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Robô-cirurgião opera cancro da próstata Os participantes do 3º Congresso de Ciências da Saúde vão assistir, por videoconferência, a uma operação a um cancro na próstata reali- zada por um robô-cirurgião, assistida por um médico norte-americano. |Pag.10 Videoconferência no Congresso Multiperfil Paralímpicos a postos! Paralímpicos angolanos preparam-se para a competição. Só faltam cerca de 200 dias. A aposta nos atletas paralímpicos trans- cende a actividade desportiva e tem um forte conteúdo inclusivo. A BP Angola apoia. |Pag.16 Rio 2016 jornal Ano 6 - Nº 66 Outubro 2015 Mensal Gratuito Director Editorial: Rui Moreira de Sá MINISTÉRIO DA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA aude a saúde nas suas mãos A N G O L A da A alegria e a entrega desta criança ao ser vacinada, capta- da este mês pela objectiva do nosso fotógrafo, parece prenun- ciar a notícia: Angola prevê para Novembro receber a certifi- cação da erradi- cação da polio- mielite, comple- tados que estão quatro anos sem a ocorrência de casos da doença. Como melhorar a sua saúde através da alimentação A alimentação é um tema que gera controvérsia. Há muitas ideias que nos são incutidas desde o nascimento e que permanecem enraizadas. Conheça alguns desses mitos, os factos, e o que a ciência demonstra. Pags. 18 e 20 O Caminho do Bem European Society for Quality Research Lausanne EUROPE BUSINESS ASSEMBLY OXFORD Angola erradica a poliomielite Mitos e Factos

O Caminho do Bem · Os participantes do 3º Congresso de Ciências da Saúde vão assistir, por videoconferência, a ... zavam-se ao antro gástrico, cerca de 81,4% eram tumo-res

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Robô-cirurgião opera cancro da próstataOs participantes do 3º Congresso de Ciênciasda Saúde vão assistir, por videoconferência, auma operação a um cancro na próstata reali-zada por um robô-cirurgião, assistida por ummédico norte-americano. |Pag.10

Videoconferência no Congresso MultiperfilParalímpicos

a postos!Paralímpicos angolanos preparam-se paraa competição. Só faltam cerca de 200 dias.A aposta nos atletas paralímpicos trans-cende a actividade desportiva e tem umforte conteúdo inclusivo. A BP Angolaapoia. |Pag.16

Rio 2016

jornalAno 6 - Nº 66Outubro2015Mensal Gratuito Director Editorial: Rui Moreira de Sá

MINISTÉRIO DA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA aude

a saúde nas suas mãosA N G O L A

da

A alegria e aentrega destacriança ao servacinada, capta-da este mês pelaobjectiva donosso fotógrafo,parece prenun-ciar a notícia:Angola prevêpara Novembroreceber a certifi-cação da erradi-cação da polio-mielite, comple-tados que estãoquatro anos sema ocorrência decasos da doença.

Como melhorar a sua saúdeatravés da alimentaçãoA alimentação é um tema que gera controvérsia. Há muitas ideias que nos

são incutidas desde o nascimento e que permanecem enraizadas. Conheça

alguns desses mitos, os factos, e o que a ciência demonstra. Pags. 18 e 20

O Caminho do BemEuropean Society for

Quality ResearchLausanne

EUROPE BUSINESS ASSEMBLY

OXFORD

Angola erradica a poliomielite

Mitos e Factos

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2 EDITORIAl Outubro 2015 JSA

Conselho editorial: Prof. Dr. MiguelBettencourt Mateus, decano da Fa-culdade de Medicina a UAN (coor-denador), Dra. Adelaide Carvalho,Prof. Dra. Arlete Borges, Dr. Carlos(Kaka) Alberto, Enf. Lic. ConceiçãoMartins, Dra. Filomena Wilson, Dra.Helga Freitas, Dra. Isabel Massocolo,Dra. Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dúnem, Dra. Joseth de Sousa, Prof.Dr. Josinando Teófilo, Prof. Dra. Ma-ria Manuela de Jesus Mendes, Dr. Mi-guel Gaspar, Dr. Paulo Campos.

Director Editorial: Rui Moreira de Sá [email protected]; Redacção: Cláudia Pinto; Esmeral-da Miza; Francisco Cosme dos San-tos; Magda Cunha Viana.Corres-pondentes provinciais: Elsa Inakulo(Huambo); Diniz Simão (CuanzaNorte); Casimiro José (Cuanza Sul);Victor Mayala (Zaire) Publicida-de: Eileen Salvação Barreto Tel.: +244 945046312 E-mail: [email protected] Edição deste nú-mero: Cláudia Pinto, Magda Cunha

Viana; Fotografia:António Paulo Ma-nuel (Paulo dos Anjos). Editor:Marke-ting For You, Lda - Rua Dr. Alves daCunha, nº 3, 1º andar - Ingombota,Luanda, Angola, Tel.: +(244) 935432 415 / 914 780 462,[email protected]. Con-servatória Registo Comercial de Luan-da nº 872-10/100505, NIF5417089028, Registo no Ministérioda Comunicação Social nº141/A/2011, Folha nº 143.Delegação em Portugal: Beloura Of-

fice Park, Edif.4 - 1.2 - 2710-693 Sin-tra - Portugal, Tel.: + (351) 219 247670 Fax: + (351) 219 247 679E-mail: [email protected] Geral: Eduardo Luís MoraisSalvação BarretoPeriodicidade:mensal Design e maquetagem:Fernando Al-meida; Impressão e acabamento: DamerGráficas, SATransportes: Francisco Carlos de An-

drade (Loy) Tiragem: 20 000 exemplares. Audiência estimada: 80 mil leitores.

FICHA TÉCNICA

Parceria:

O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos graças

ao apoio das seguintes empresas e entidades socialmente

responsáveis que contribuem para o bem-estar dos angolanos

e o desenvolvimento sustentável do país.

QUADRO DE HONRAEmpresas Socialmente Responsáveis

www.jornaldasaude.org

Neste canto do JS, pomposamente chamado

editorial, já temos vindo a escrever e a comentar

os inúmeros eventos – entre congressos, confe-

rências, jornadas e workshops – que se realizam

no nosso sector da saúde. Recordo-me que, em

Setembro do ano passado, contabilizámos, du-

rante um mês, uma média de três eventos cien-

tíficos por semana! E opinámos a este propósito

que “…dificilmente um outro sector social ou

económico do país apresenta a dinâmica que o

da saúde tem revelado, medido pelo número de

actividades que se realizam”. Este ano, continua

a ser verdade. Acabou de ter lugar a 2ª Semana

da Farmácia Angolana, o I Congresso do Hospi-

tal Josina Machel e inicia-se, dentro de dias, o 3º

Congresso de Ciências da Saúde da Multiperfil.

Já anunciado para Janeiro de 2016 um dos even-

tos de referência, já na sua 11ª edição, o Con-

gresso Internacional dos Médicos em Angola. To-

dos com programas científicos de excelência.

Ora, isto é bom, porque de uma forma geral cor-

rem muito bem e os profissionais de saúde co-

lhem experiências e ensinamentos destes en-

contros que lhes permitem fazer melhor no seu

dia-a-dia, como podemos constatar nas conclu-

sões de um inquérito recente, espelhadas nos

gráficos que publicamos nesta página.

Quanto às feiras profissionais que decorrem em

simultâneo – em 2013/14 foi um número exage-

rado, conforme aliás nos assinalou o Senhor Se-

cretário de Estado da Saúde – o mercado já se

clarificou por própria opção das empresas par-

ticipantes: temos no país dois grandes Salões por

ano – um em Janeiro, a Médica Hospitalar, em pa-

ralelo ao Congresso da Ordem dos Médicos, e

outro em Setembro, a Expo Farma, com a Sema-

na da Ordem dos Farmacêuticos de Angola

(OFA).

Bons eventos e boa leitura!

Os eventos e a vitalidadedo sector da saúde

Resultados do inquérito aos expositores e patrocinadores da EXPO FARMA 2015

Resultados do inquérito aos participantes(congressistas) da 2ª Semana da FarmáciaAngolana

Rui MoReiRa de Sá

Director [email protected]

Identificar novos clientes Receber encomendas

Promover a imagem da empresa/marca

Receber clientes habituais

Outras razões

Objectivos atingidos

Quase todos

Sim

Não

56%

33%

Principais objectivos da sua participação(A pergunta admitia respostas múltiplas)

11%

81% 78%

44%

67%

41%

Objectivos atingidos

Sim

Quase nenhuns

47%Quase todos

50%

Não2%

%

2%%

%%%%

O que achou dos temas debatidos?

Interessantes

41%

Muito interessantes

57%

Pouco interessantes 2%

4141

2

5757

Identificar novos clientes Receber encomendas

Promover a imagem da empresa/marca

Receber clientes habituais

Outras razões

Objectivos atingidos

Quase todos

Sim

Não

56%

33%

Principais objectivos da sua participação(A pergunta admitia respostas múltiplas)

11%

81% 78%

44%

67%

41%

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3hipertenSãoJSA Outubro 2015

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4 CARDIOVASCULAR Outubro 2015 JSA

Cuide-se pela saúde do seu coração

nAs doenças cardiovascula-res, como o enfarte do mio-cárdio e o Acidente VascularCerebral (AVC), ceifam a vidaa milhares de pessoas em to-do mundo. Estima-se que se-jam responsáveis por cerca17,3 milhões de mortes porano provendo-se uma dupli-cação no ano de 2030.

A celebração do Dia Mun-dial do Coração convidou auma reflexão sobre a impor-tância dos cuidados a ter comeste órgão vital de forma a evi-tar mortes prematuras. “Mui-tas das mortes que fazem par-te das estatísticas ocorremantes dos 70 anos”, explicouAdelaide de Carvalho, Direc-tora Nacional de Saúde Públi-ca, na abertura do workshoprealizado a este propósito emLuanda. O objectivo do even-to foi sensibilizar e conscien-cializar toda a população pa-ra a prevenção de doençascardiovasculares. Foram de-batidos diferentes temas querealçam o contexto destadoença, como por exemplo, ahipertensão arterial, os cuida-dos a ter com pacientes quetiveram AVC, ataque cardía-co e tromboembolismo. “Aadopção de estilos de vidasaudáveis, como o controlodos factores de risco (obesi-dade, sedentarismo, diabe-tes, hipertensão arterial, co-lesterol, tabagismo, má ali-mentação e stress) permitereduzir significativamente aincidência das doenças car-diovasculares, tanto em pes-soas sãs, como nas que já te-nham contraído alguma pa-tologia. Para tal, deve-se pri-mar na mudança de compor-tamentos, alterando os hábi-tos de vida", referiu. A respon-sável afirmou ainda que opaís vive actualmente um

contexto de transição epide-miológica, em que persistemas doenças transmissíveis e severifica o aumento das doen-ças crónicas não transmissí-veis, onde as doenças cardio-vasculares se incluem e cons-tituem as altas taxas de mor-talidade e morbilidade. Estefacto obrigou o Mistério daSaúde a incluir um subpro-grama no Plano Nacional de

Desenvolvimento Sanitário2012-2025 alguns projectosdireccionados para a preven-ção e o tratamento dessasmesmas doenças.

Consultar especialistas“O índice das doenças car-diovasculares está a aumen-tar e ultimamente acompa-nha o perfil epidemiológicodas doenças contagiosas”,

acrescentou Joseth Rita Sou-sa, médica cardiologista. Esteaumento crescente deve-seao consumo de bebidas al-coólicas, ao uso excessivo dosal, ao sedentarismo, ao taba-gismo, à alimentação à basede enlatados e ao consumode gorduras.

O encontro serviu parachamar à atenção dosparticipantes para aprevenção das doençascardiovasculares. Paratal, é necessário procu-rar um cardiologista efazer uma vigilância re-gular e adequada deforma a controlarmelhor a sua saú-de. “O hábito deconsultar regu-larmente espe-cialistas quelidem regu-l a r m e n t ecom estaárea da me-dicina é es-sencial parase evitaremcomplica-ções gravesuma vez quemuitas pessoasacabam por per-der a vida por faltade conhecimento so-bre a doença e por não teremapostado na prevenção des-tas patologias”.

Workshop sobre doenças cardiovasculares

Foi instituído pela Federação Mun-

dial do Coração (World

Heart Federation), da qual

fazem parte a Organização

Mundial da Saúde e a

UNESCO. A efeméride

assinala-se anualmente

no último domingo

de Setembro. Para

saudar a data, es-

tas três organi-

zações realiza-

ram inúmeras

actividades de

sensibilização

em vários paí-

ses, como tes-

tes médicos,

debates públi-

cos, marchas,

entre outros,

alertando a

população pa-

ra os riscos

das doenças

cardiovascula-

res.

Sobre o Dia Mundial do Coração

ADELAIDE CARVALHO “A adopção de estilos de vida saudáveis, como o controlo dos factores de risco (obesidade, sedentarismo,

diabetes, hipertensão arterial, colesterol, tabagismo, má alimentação e stress) permite reduzir significativamente a incidência das

doenças cardiovasculares, tanto em pessoas sãs, como nas que já tenham contraído alguma patologia. Para tal, deve-se primar na

mudança de comportamentos, alterando os hábitos de vida"

JOSETH RITA DE SOUSA “O índice das doenças cardiovascu-

lares está a aumentar e ultimamente acompanha o perfil epide-

miológico das doenças contagiosas. Este aumento crescente de-

ve-se ao consumo de bebidas alcoólicas, ao uso excessivo do sal,

ao sedentarismo, ao tabagismo, à alimentação à base de enlata-

dos e ao consumo de gorduras”

FFranciscO cOsme dOs santOs

com cláudia PintO

As doenças cardiovasculares

estão a aumentar em todo o

mundo e constituem uma

das principais causas de

morte em Angola. A adop-

ção de estilos de vida saudá-

veis e a aposta na prevenção

através da consulta a espe-

cialistas são algumas das es-

tratégias que permitem re-

verter os números.

“O país viveactualmente umcontexto detransiçãoepidemiológica,em quepersistem asdoençastransmissíveis ese verifica oaumento dasdoenças crónicasnãotransmissíveis,onde as doençascardiovascularesse incluem econstituem asaltas taxas demortalidade emorbilidade”

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6 ONCOLOGIA Outubro 2015 JSA

Tratamento do cancro do estômago

nO estudo desta patologiaem Angola remonta aosanos 80. O registo de tumo-res do Serviço de AnatomiaPatológica do Hospital Amé-rico Boavida, então dirigidopelo Prof. Carlos Lopes, re-velava que o cancro do estô-mago era o quarto tumormais frequente e, emboraatingindo ambos os sexos,era mais frequente no sexomasculino. Os dados deuma tese de licenciatura docurso de medicina da Uni-versidade Agostinho Netode 1985, referente ao estudode 187 casos consecutivosde cancro de estômago diag-nosticados e tratados nomesmo hospital, foram pu-blicados pelo IARC em 1991permitindo a primeira ca-racterização desta doençaapós a independência. Amaioria dos tumores locali-zavam-se ao antro gástrico,cerca de 81,4% eram tumo-res avançados e a taxa deressecabilidade cirúrgica erade apenas 21,4%.De acordo com o Director

do IACC, o cancro do estô-mago continua a ser um tu-mor frequente no país. É umdos 10 tumores mais fre-quentes. Infelizmente, nomomento do diagnóstico, amaior parte destes tumoresencontram-se em estádiosavançados. A taxa de morta-lidade desta neoplasia ma-ligna nesses estádios é eleva-da.

Ressecção cirúrgica A ressecção cirúrgica consti-tui a base do tratamento docancro do estômago e a lin-fadenectomia é capital paraa obtenção de sobrevivên-cias elevadas. Defendemosa linfadenectomia tipo D2(25 ou mais gânglios remo-vidos durante a cirurgia).Em 2001, o estudo prospec-tivo SWOG/Intergroup 0116trial, mostrou que o trata-mento pós-operatório dequimioterapia e radiotera-

pia (5 Fu/leucoverina antes,durante e após a radiotera-pia – 45Gy/25 fracções) teveimpacto significativo na so-brevivência média e sobre-vivência livre de doença,quando comparado com acirurgia isolada. A linfade-nectomia na maioria dos ca-sos desse estudo era insufi-ciente (<15 gânglios tinhamsido removidos). Demons-traram que a terapêutica ad-juvante nesses doentes as-socia-se a um aumento dasobrevivência global.

Devem ser consideradoscandidatos a tratamento ad-juvante de quimioterapia eradioterapia os doentes comamostragem ganglionar <15gânglios e os doentes comcirurgia R1, com ECOG <2 eidade <70 anos

Quimioterapia peri-operatória

Na Europa, estudos de fase IIrevelaram aumento da so-brevivência global com aquimioterapia peri-operató-ria e sem aumento da mor-bilidade. Os estudos de faseIII confirmaram essa vanta-gem. No estudo MAGIC,realizado no Reino Unido,foram aliatorizados doentesem dois ramos: três ciclos de

quimioterapia pré-operató-ria (esquema ECF), seguidosde cirurgia (250 doentes)versus cirurgia apenas (253doentes). O grupo de doen-tes tratados com quimiote-rapia teve uma sobrevivên-cia global superior (HR paraa morte = 0.75; IC 95%: 0.60 –0.93, p=0.009), com taxas desobrevivência aos 5 anos de36% versus 23%. O estudoFNLCC ACCORD 07/FFCDaliatorizou 224 doentes emdois ramos: 2 ciclos de qui-mioterapia pré-operatória(CF) seguidos de cirurgia e 4ciclos do mesmo esquemade quimioterapia no pós-operatório (caso existisse

resposta antes da cirurgia),versus cirurgia isolada.Constatou-se um aumentoda sobrevivência aos 5 anoscom a associação da qui-mioterapia: 38% versus 24%(HR = 0.69; IC 95%: 0.5 – 0.95,p=0.021). A taxa de ressec-ção curativa também foi su-perior nesse ramo. Um ou-tro grupo europeu (SAKK)apresentou dados demons-trando que a quimioterapiapré-operatória (contendoDocetaxel) é melhor tolera-da que a quimioterapia pós-operatória. A quimioterapia paliativa

determinou melhor quali-dade de vida e sobrevivência

global quando comparadacom o melhor tratamento desuporte.

Esquema recomendadoUm estudo de fase III recen-te (V325), em que 445 doen-tes com cancro gástricoavançado foram aleatoriza-do em dois ramos de trata-mento (DCF – Docetaxel,Cisplatina, 5-Fluorouraciloversus CF), revelou que otempo para a progressão foisignificativamente superiorno primeiro ramo (5.6 me-ses versus 3,7 meses). A taxade sobrevivência aos doisanos foi o dobro (18% versus9%), e a sobrevivência me-diana estatisticamente su-perior (9.2 meses versus 8.6meses, p=0.02) (71). Actual-mente, este é o esquema re-comendado em doentescom bom estado geral. A Capecitabina é uma

fluoropirimidina oral, cujaeficácia em substituição do5-FU foi avaliada em dois es-tudos de fase III (REAL-2 eML 17032). O estudo REAL-2 comparou a Capecitabinacom o 5-FU e a Oxaliplatinacom a Cisplatina. O estudoincluiu 1003 doentes em 4ramos: ECF versus EOF ver-sus ECX versus EOX. Comum seguimento mediano de

17,1 meses não se verifica-ram diferenças significativasentre os 4 ramos em termosde taxas de resposta: 41%versus 42% versus 46% ver-sus 48%. Porém o estudo Ja-ponês ML 17032 comparoua associação Capecitabina /Cisplatina versus 5-FU / Cis-platina, tendo mostrado noprimeiro ramo uma taxa deresposta superior (41% ver-sus 29%), assim como umasobrevivência mais elevada(10.5 meses versus 9.3 me-ses). Estes achados sugeremque a Capecitabina (um me-dicamento oral) não é infe-rior ao 5-Fluorouracilo, eque a Oxaliplatina não é in-ferior à Cisplatina (que temefeitos adversos renais). Novos medicamentos es-

tão a emergir dado o conhe-cimento molecular do can-cro gástrico e dos medica-mentos que modulam a res-posta imunitária.O conhecimento de to-

dos estes estudos foi funda-mental para o desenho doGuia de Tratamento do can-cro gástrico, que poderá serútil entre nós, realizado peloGrupo de Investigação doCancro Digestivo (GICD).Todos os profissionais desaúde podem ter acesso noseu portal (www. gicd.pt).

Lúcio Lara SantoS

Professor Doutor, oncologista cirúrgico

e assessor do iacc

oncocir-angola

O cancro gástrico é, em mui-

tos países africanos, um pro-

blema de saúde pública, ten-

do em conta as taxas de inci-

dência. No entanto, como é

sabido, estas taxas são muitas

vezes estimadas dado a ine-

xistência de registos de base

populacional.

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7publicidAdeJSA Outubro 2015

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8 SAÚDE MENTAL Outubro 2015 JSA

Acabar com o estigma e promover a dignidadedas pessoas com doença mental

n Segundo a OrganizaçãoMundial de Saúde, cerca de10% da população mundialsofre de distúrbios mentais, oque representa aproximada-mente, 700 milhões de pes-soas. De entre estas, 250 mi-lhões de pessoas têm depres-são, independentemente daposição social. “A maioria vi-ve em países não desenvolvi-dos com menos de um psi-quiatra disponível por cada100 mil habitantes”, referiuna ocasião o ministro da Saú-de, José Van-Dúnem. Há quecompreender as pessoas comdoença mental de forma a vi-verem com maior dignidadee a sentirem os seus direitospreservados. “As instituiçõesdo Estado, o Sistema Nacio-nal da Saúde e as famílias des-tes doentes devem trabalharnesse sentido”, afirmou. Asdoenças mentais são muitoprevalentes em Angola devi-do ao uso de drogas, ao alcoo-lismo, ao stress pós traumáti-co, à depressão, à esquizofre-nia, aos transtornos mentaise aos conflitos sociais e conju-

gais. “A maioria destes casosnão tem sido tratada com adevida antecedência devidoà falta de informação e ao es-tigma associado às patologiasdo foro mental. Por outro la-do, existe a indisponibilidadedos serviços de saúde em tra-tar estas doenças bem comode especialistas treinados pa-ra o seu acompanhamento”,alertou. A depressão diminuia capacidade das pessoas li-darem contra os conflitos diá-rios, propicia a ruptura fami-liar, a interrupção da escola-ridade e leva à perda de em-prego. “Tanto nos locais detrabalho, como nas unidadeshospitalares, na comunidadee em casa, deve-se falar aber-tamente sobre os problemasde saúde mental, para que se-jamos promotores de estilosde vida e de comportamentosque nos ajudem a viver commenos stress. Há que estimu-lar hábitos de leitura, exercí-

cio físico, ocupação dos tem-pos livres com actividades lú-dicas que proporcionam oconvívio social, combater al-coolismo e as drogas.

Facilitar o acesso ao tratamento

Em 2012, o Ministério da Saú-de, fez uma avaliação em to-do o território nacional com oobjectivo de melhorar a assis-tência destas doenças e ga-rantir a dignidade que odoente mental merece. Combase nessa avaliação, foramorganizados os serviços em

Benguela, Cabinda, Huam-bo, Huíla, Malange e Luandanuma primeira fase onde fo-ram integrados serviços desaúde mental, em 37 unida-des de todo país, culminandocom a formação de váriosprofissionais, enfermeiros emédicos com habilidadesdeste domínio e a inaugura-ção de normas e protocolosde actuação.

Pacientes estigmatizadosO representante da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS)em Angola, Hernando Agu-delo, afirmou que “a come-moração do Dia Mundial daSaúde Mental pretende cha-mar à atenção para a preser-vação da dignidade da vidahumana”. Em África, umaem cada seis pessoas sofre dealgum tipo de transtornomental. Muitos desses pa-cientes são estigmatizadosneste continente mas tam-

bém em todo o mundo, sen-do muitas vezes, privados dealimentação e condições dehigiene. “Tais actos são abso-lutamente condenáveis poratentarem contra a vida hu-mana”, reforçou. A OMS re-conhece os esforços em-preendidos pelos países afri-canos pela implementaçãode medidas que consciencia-lizam todos os angolanos so-bre os problemas da saúdemental como garantia de per-mitir o fácil acesso aos servi-ços no Sistema Nacional deSaúde.

Reorganização dos serviços

Massoxi Vigário, coordena-dora do Programa Nacionalde Saúde Mental, adiantouque estão a ser reorganizadosserviços para acompanhar osproblemas do país a este ní-vel. “Graças ao trabalho in-tensivo que tem sido desen-

volvido foi possível atendernas consultas cerca de 10.800pessoas”. No ano de 2014,houve uma incidência de pa-tologias, “destacando-se a es-quizofrenia, seguida dostranstornos por consumoabusivo de álcool e outrasdrogas, transtornos orgâni-cos que causam malária, epor último, mas não menosimportante, as depressões”.Em 2015, têm sido observa-das mudanças, quer no au-mento da procura como daoferta de serviços, ainda queos resultados estejam muitoaquém dos preconizados de-vido à existência de discrimi-nação e estigma no seio dascomunidades. A rede de ser-viços de saúde mental permi-tiu implementar a integraçãode serviços dentro dos hospi-tais, facilitando o acesso, paraque todas as pessoas possamusufruir de cuidados de saú-de que outrora não eram fa-cultados sobretudo pelas lon-gas distâncias em que se en-contravam estas unidades.“Estão a ser desenvolvidosvários trabalhos no sentidode dar mais atenção à divul-gação das doenças mentais”,afirmou a responsável. Ac-tualmente, em seis provín-cias, estão a ser reorganiza-dos dados estatísticos de háum ano para cá, com o objec-tivo de informar a populaçãosobre o contexto que envolveas doenças mentais, não con-siderando apenas o total deconsultas e o número de ca-sos, mas também a realizaçãode palestras e eventos de ca-pacitação de profissionais daárea de saúde e não só.

“Em África, umaem cada seispessoas sofre de algum tipode transtornomental”

Francisco cosme dos santos

com cláudia Pinto

“Dignidade em Saúde Men-

tal” foi o lema do workshop

realizado pelo MINSA a pro-

pósito do Dia Mundial de

Saúde Mental comemorado

este mês. Os preconceitos,

estigma e discriminação, os

benefícios do acompanha-

mento biospsicosocial para

o paciente e a capacitação

de profissionais foram al-

guns dos temasdebatidos.

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9publicidAdeJSA Outubro 2015

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10ActuAlidAde Outubro 2015 JSA

Multiperfil mostra cirurgia robótica por videoconferência

nDe acordo com o PCA daMultiperfil, e presidente doCongresso, Manuel FilipeDias dos Santos, “esta seráuma das novidades do even-to que contará também coma realização de 65 cursospré-congresso, o 3º Simpó-sio de Enfermagem, o 3º

Simpósio de Anemia Falci-forme, um workshop sobresinistralidade rodoviária e o1° Simpósio de Fisioterapia”.Este último realiza-se “por-que temos tido uma enormeprocura de formação nestaárea que ajuda na reabilita-ção e diminuição do tempode internamento dos pa-cientes, bem como na redu-ção de muitas sequelas pro-venientes de algumas pato-logias, como os acidentesvasculares cerebrais e outrasresultantes de traumas”.Trata-se de um “congressode grande vulto e magnitudeporque serão abordados te-mas da maior preocupaçãopara a saúde em Angola”,afirmou.“A hipertensão arterial –

igualmente objecto de uma

outra videoconferência apartir da Escola de Educa-ção Permanente do Hospitaldas Clínicas da Faculdadede Medicina da Universida-de de São Paulo –, o politrau-ma, as infecções, entre asquais o VIH, malária, e todasas outras patologias que nosafectam e inquietam todosos profissionais quando pro-curam as melhores soluçõespara conter o sofrimento dospacientes nos hospitais dopaís, e os seus familiares, es-tarão em debate nas confe-rências”, adiantou.

Formação contínuaSegundo Dias dos Santos,em 2016, a clínica Multiper-fil vai continuar a melhorar aqualidade da prestação dosserviços, nomeadamente

através de maior capacita-ção dos seus profissionaisatravés dos cursos que serãoministrados no seu centrode formação. “Formaçãocontínua, especializaçõesdos técnicos de enferma-gem e enfermeiros, interna-to médico, para que melho-rem os serviços para o bemdos angolanos, não só nanossa unidade hospitalar,mas em todo território na-cional”, concluiu.O 3º Congresso realiza-se

de 3 a 6 de Novembro, noMemorial Dr. António Agos-tinho Neto, em Luanda. AClínica Multiperfil foi inau-gurada em Novembro de2002 e possui estatuto deinstituto público, com auto-nomia administrativa, fi-nanceira e patrimonial.

No 3º Congresso de Ciências da Saúde

Francisco cosme dos santos

Os participantes do 3º Con-gresso de Ciências da Saúdeterão a oportunidade de as-sistir, por videoconferência, auma operação a um cancrona próstata realizada porum robô-cirurgião, assistidapor um médico norte-ame-ricano especialista neste sis-tema.

Novera vai prestar serviços de terapia respiratória ao domicílio

n “Esperamos lançar esteano novos serviços de tera-pia respiratória domiciliáriapós internamento que estãoa ser desenvolvidos pela em-presa e têm sido uma refe-rência em outros países.Permitirão que os pacientestenham cuidados de saúdeno interior de suas casas me-diante indicação médica,em vez de permaneceremno hospital”, adiantou o res-ponsável desta empresa es-pecializada em engenhariahospitalar. Os serviços nãose restringem à entrega deequipamentos e descartá-veis. Uma equipe especial-mente treinada e capacitadainstala e instrui pacientes,

familiares e cuidadores co-mo utilizar os equipamentose obter os melhores resulta-dos do tratamento prescrito. “A recuperação dos pacien-tes num ambiente familiar émuito benéfica. A terapia aodomicílio pode ser um factorcatalisador para a rápidamelhoria dos doentes e im-possibilitará, em simultâ-neo, que venham a contrairvárias infecções nosoco-miais nos hospitais”. Por ou-tro lado, estas terapias dimi-nuem custos, tanto para oEstado, como para pacien-tes e hospitais. “A imple-mentação dos serviços re-presenta um grande passopara a empresa que irá re-flectir-se na saúde pública. Ainstalação e os equipamen-tos devem ser projectadostendo em atenção os aspec-tos de segurança, impactoambiental e o uso racionalda energia”, afirmou Antó-nio Azevedo.

Redes de distribuição defluidos e gases

A empresa encontra-se pre-parada para fornecer váriosequipamentos de qualidadepara a área das redes de dis-tribuição de gases medici-nais e terapia respiratóriaem hospitais e outras unida-des de saúde, como concen-tradores de oxigénio, balõesde oxigénio, ventiladoresmecânicos, aerossóis, nebu-lizadores, CPAPS, BIPOPS,oxímetros, aspiradores de

secreções, glucómetros, es-figmomanómetros, másca-ras, cânulas e circuitos respi-ratórios, oxigenoterapia,ventiloterapia, aerossoltera-pia e sucção.As redes de produção e

distribuição de fluidos ougases medicinais são dispo-sitivos médicos que têm co-

mo finalidade o transportede gases medicinais, desdeas centrais até às tomadas. Ovácuo medicinal utilizadopara aspiração de fluidoscorporais surgiu para opti-mizar a utilização dos gasesem ambientes hospitalaresem redes centralizadas. Es-tas redes evitam a circulação

de garrafas de gases nos cor-redores, no interior dos blo-cos e outras áreas afectas aoshospitais. “As centrais de ga-ses que temos montado nopaís são provenientes daAlemanha e Portugal, salvoo oxigénio que é adquiridonos Estados Unidos da Amé-rica. A maior parte dos gasesque utilizamos nas unidadeshospitalares são produzidospelas centrais de produçãode gases medicinais dos pró-prios hospitais, excepto oprotóxido de azoto (N2O)por se tratar de um gás que éfeito com a composição quí-mica de nitrato de amónioque não se pode fazer numarampa de gás”. Defendendo a fiscaliza-

ção nas obras de grande epequeno porte, o responsá-

vel indica que é fundamen-tal denunciar todas as em-presas que primam pela ile-galidade. Algumas das difi-culdades têm sido ultrapas-sadas com a formação dequadros em Angola e Fran-ça, possibilitando a sua qua-lificação para estarem a altu-ra de servirem o grupo e opúblico, com a excelência ea qualidade exigida, o quenos distingue da concorrên-cia. “Actualmente, a Noverarevê-se na assistência perso-nalizada, disponibilidadepermanente, qualidade ga-rantida, encontrando-se aum nível bastante aceitável”,afirmou.

Filial em CabindaNo que respeita a projectosfuturos, a empresa prepara ainstalação de uma filial emCabinda, no segundo tri-mestre do próximo ano e acontratação de um técnicoestrangeiro para acompa-nhar e auxiliar a formaçãode alguns técnicos da em-presa, devido aos grandesavanços tecnológicos queexigem uma maior comple-xidade.Actualmente, dispõe de

23 trabalhadores nacionais,nove dos quais estão inte-grados na categoria técnica.A empresa tem três filiais si-tuadas em Luanda e Luban-go “para responder às ne-cessidades das provínciasdo centro e sul de Angola”,concluiu.

Francisco cosme dos santos

com cláudia Pinto

Com mais de duas décadasde actividade, a Novera pre-para-se para lançar este anoo serviço de terapia respira-tória ao domicílio. Por outrolado, na área das redes dedistribuição de gases medi-cinais “ao apostar na quali-dade dos materiais e equipa-mentos que distribui e co-mercializa, os serviços daempresa permitem, paraalém da redução de custos,melhorar as condições desaúde dos doentes e optimi-zar o espaço nos hospitais”,de acordo com o seu direc-tor-geral, António Azevedo.

ANTÓNIO AZEVEDO “Os serviços não se restringem à entrega de equipamentos e descartá-veis. Uma equipe especialmente treinada e capacitada instala e instrui pacientes, familiares e cui-dadores como utilizar os equipamentos e obter os melhores resultados do tratamento prescrito”

As redes de produção e distribuição de fluidos ou gases medici-nais são dispositivos médicos que têm como finalidade o trans-porte de gases medicinais, desde as centrais até às tomadas

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11publicidAdeJSA Outubro 2015

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nÀ margem do acto que as-sinalou a passagem do 15 deOutubro, dia mundialmenteconsagrado à lavagem dasmãos com água e sabão, omédico indicou que o sim-ples acto de lavar as mãos naescola, no local de trabalhoou em casa pode mudar estasituação alarmante, por tra-tar-se também de um aspec-to cívico e moral da compo-

nente higiene e saúde, infor-mou a Angop.

Mais de mil alunos da es-cola primária de Catome deBaixo, em representaçãodas crianças dos dez muni-cípios da província, partici-param do acto de lavagemdas mãos, sob a égide da Di-recção Provincial da Educa-ção.

“Manter as mãos semprelimpas é uma das maneirasmais simples e eficientes deevitar doenças infecciosas,transmitidas por bactérias,vírus ou fungos”, aconse-lhou Manuel Varela.

Apelou aos professores eencarregados de educação aincentivarem as crianças àprática de lavar as mãos comágua e sabão, facto que tam-bém concorre em mantersempre a escola e a casa lim-pa, bem como consciencia-lizar a população de que oacto de lavar as mãos podesalvar vidas.

A cerimónia decorreusob o lema “Levante a suamão para a higiene” e foiorientado pelo vice-gover-nador da província para osector técnico e infraestrutu-ras, Ernesto Erlindo Lida-dor.

O evento contou aindacom a participação demembros do conselho con-sultivo da direcção provin-cial da Educação, professo-res, directores de escolasprimárias de Cazengo, mu-nicípio sede da província,pais e encarregados de edu-cação.

O Dia Mundial de Lava-gem das Mãos com Água eSabão foi instituído em 2008pelo Fundo das Nações Uni-das para a Infância (Unicef)e visa chamar a atenção parao hábito de lavagem dasmãos e aumentar a cons-ciencialização sobre os be-nefícios da lavagem dasmãos com detergentes.

O director provincial da saú-

de do Cuanza Norte, Ma-

nuel Duarte Varela, defen-

deu este mês, em Ndalatan-

do, a lavagem das mãos com

água e sabão como acto

muito importante, sendo

uma forma de evitar doen-

ças diarreicas, infecções res-

piratórias e outras que pro-

vocam a morte de muitas

crianças menores de cinco

anos.

A segunda fase da campanha de vacinação contra a

pólio imunizou, este mês, cerca de 167 mil crianças no

Cuanza Norte. De acordo o supervisor provincial de

promoção da saúde, Alfredo da Conceição Caetano,

deste total, cerca de 79,2 mil crianças dos seis meses

aos cinco anos de idade beneficiaram também de vita-

mina A.

Para a campanha estiveram mobilizados 984 técnicos,

subdivididos em 230 equipas, sendo 458 vacinadores,

66 supervisores e 230 mobilizadores.

Adiantou que para a o êxito do programa foram pre-

paradas 106 mil doses de vacina da poliomielite e 90

mil cápsulas de vitamina A, que foram distribuídas aos

dez municípios da província.

Alfredo Caetano exortou os pais e os encarregados

de edução a levarem as crianças aos postos criados

para a vacinação ou apresentarem-nas durante a pas-

sagem dos vacinadores.

JSAOutubro 2015 12Saúde Cuanza norte

O hospital municipal de Ambaca, no

Cuanza Norte, tem actualmente já

em funcionamento a incineradora de

lixo hospitalar e a central de esterili-

zação.

De acordo com o director geral da institui-

ção, Caetano José Miguel, os equipamentos

estavam inoperantes desde a entrada em

funcionamento do hospital, em 2013, na me-

dida em que apresentavam dificuldades téc-

nicas que só foram solucionadas em finais

de Setembro transacto, de acordo com a

Angop.

O médico disse que a entrada em fun-

cionamento daqueles equipamentos repre-

senta uma mais-valia para a unidade sanitá-

ria, em particular, e para o município em ge-

ral, pois a incineradora permitirá que o lixo

hospitalar seja seguramente destruído e a

central de esterilização dispõe de um apa-

relho próprio para esterilizar os utensílios

hospitalares.

Esclareceu que, anteriormente, o lixo

era queimado ao relento, facto que manifes-

tamente representava um atentado à saúde

pública, aclarando ainda que tais meios fun-

cionam já desde o dia 28 de Setembro.

Revelou, por outro lado, que todo lixo

hospitalar produzido pelos postos e cen-

tros médicos do município passa a ser des-

truído na incineradora, para garantir segu-

rança na sua eliminação e evitar o tratamen-

to inadequado que pode colocar em risco

as comunidades.

“Isto significa que os centros e os postos

médicos não vão poder mais tratar do lixo

pois o mau encaminhamento do mesmo

pode colocar em risco milhares de vidas”,

disse, acrescentando que serão acionados

meios próprios para o transporte do lixo

das sedes comunais até Camabatela, capital

municipal.

Avançou ainda que sem a central de es-

terilização o hospital tinha a sua actividade

amputada no tocante à esterilização de ins-

trumentos, sobretudo os de fórum cirúrgi-

co, na medida em que o processo de esteri-

lização era feito através de outros utensílios

não vocacionados para o efeito.

Com a entrada em funcionamento da in-

cineradora e da central de esterilização o

hospital municipal de Ambaca vê o seu po-

tencial técnico a funcionar em quase cem

por cento, garantiu.

Capacidade de internamento

A unidade hospitalar, inaugurada em De-

zembro de 2012, ocupa uma área de 22,5

mil metros quadrados e conta com uma ca-

pacidade de internamento de 75 camas. Está

dividida em 10 blocos que compreendem as

áreas administrativa, de consultas externas,

banco de urgência, farmácias, laboratórios,

bloco operatório e salas de partos, entre

outros serviços.

Dispõe ainda de uma lavandaria, cozinha

industrial, refeitório, morgue com capacida-

de para a conservação de seis cadáveres, pa-

ra além de sala de autópsias. As áreas de he-

moterapia e de exames radiológicos são

outros dos serviços aí prestados.

O hospital está dotado de uma zona re-

sidencial com 16 habitações destinadas a

acomodar os médicos e os gestores da ins-

tituição. Para além da população da provín-

cia do Cuanza Norte, a unidade presta tam-

bém assistência a cidadãos do Uíge e de Ma-

lanje.

A unidade sanitária localiza-se na vila de

Camabatela, sede do município de Ambaca,

180 quilómetros a nordeste de Ndalatando,

capital da província do Cuanza Norte.

Hospital de Ambaca conta com incineradora de lixo e central de esterilização

Vacinação contra apólio imunizou 167mil crianças

Manuel Duarte Varela

Lavar as mãos com sabão evita doenças

MANUEL DUARTE VARELA “Manter as mãos sempre limpas é uma das maneiras mais simples

e eficientes de evitar doenças infecciosas, transmitidas por bactérias, vírus ou fungos”

Das 167 mil crianças imunizadas, cerca de 79,2 mil dos

seis meses aos cinco anos de idade beneficiaram também

de vitamina A

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13publicidAdeJSA Outubro 2015

Especialistas em equipamentosde imagiologia e electromedicina

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nA Direcção Provincial deSaúde do Cuanza Sul reali-zou, na vila da Quibala, emSetembro, uma feira da saú-de que, entre outros objecti-vos, patenteou as potenciali-dades do sector.

O certame, que juntou es-pecialistas do ramo da saúdedos doze municípios da pro-víncia, foi marcado por acti-vidades de assistência médi-ca e medicamentosa às po-pulações, pela demonstra-ção do potencial do sectornos domínios das infraestru-turas e equipamentos, bemcomo na análise dos desafiosactuais e futuros.

Durante dois dias, espe-cialistas do sector puseram àprova os seus conhecimen-tos. “Procurámos juntar es-pecialistas num mesmo es-paço para partilharmos ex-periências sobre o modo deactuação nas distintas cir-cunscrições municipais daprovíncia”, afirmou Henri-que Lopes Silvestre, chefe dedepartamento de gestão dosrecursos humanos da direc-ção provincial da saúde ecoordenador da feira, em en-trevista ao JS.

No certame, os visitantestiveram também a oportuni-dade de efectuar consultasde especialidade e fazer tes-tes à malária e ao VIH / Sida.“Foram identificadas muitaspatologias através dos testesde diagnósticos realizados”.Foi efectuado “um total de629 testes de malária,VIH/Sida, glicémia e doençado sono. Nos 214 testes demalária identificaram-se 24positivos. Nos 124 testes de

VIH detectou-se um positi-vo. Nos 126 testes de glicémiaencontraram-se dez positi-vos. Por fim, efectuaram-se200 testes de doença do sonosem nenhum caso positivodetectado”.

Henrique Lopes Silvestreapontou a malária e as doen-ças diarreicas agudas comoas que foram mais diagnosti-cadas na região nestes doisdias de evento.

Evolução crescente dos recursos humanos

Durante a feira divulgaram-se os resultados de um estu-do comparativo sobre a si-tuação sanitária na provínciado Cuanza Sul. De acordocom o coordenador do even-to, observa-se uma evolução

satisfatória do sector. Antesda independência, o CuanzaSul dispunha de 822 efecti-vos, entre médicos, enfer-

meiros básicos, práticos epromotores da saúde. Após aindependência registou-seum crescimento notável. Ac-

tualmente dispõe de 24 mé-dicos nacionais, 115 médicosexpatriados, 1.586 enfermei-ros, 340 técnicos de diagnós-tico e terapêutica, 625 admi-nistrativos e 353 efectivos deapoio hospitalar, num totalde 3.043 efectivos. Em termosde infraestruturas e equipa-mentos, Henrique Silvestreadiantou que a provínciapossui uma rede sanitáriacom 245 unidades sanitárias,sendo dois hospitais provin-ciais de referência, 13 hospi-tais municipais, 31 centros desaúde e 194 postos de saúde.

No acto de encerramentoda feira, o Director Provincialda Saúde, Abreu Undongo,referiu que ”todos os anossão construídas novas infra-estruturas sanitárias em di-versas localidades da provín-cia com o propósito de apro-ximar os serviços de saúde àspopulações, destacando-se aassistência materno-infantilpara a redução da morbi-mortalidade infantil”.

Abreu Undongo salientouque o sector da saúde acom-panha a evolução demográ-fica sendo cada vez mais ne-cessárias outras unidades sa-nitárias e o respectivo alarga-mento dos serviços. “Cadavez mais temos a obrigaçãode acompanhar a explosãodemográfica, construindounidades sanitárias onde hánecessidade, sendo este umcompromisso permanente”.

CaSimiro JoSé

Correspondente no Cuanza Sul

Texto e fotografias

A primeira feira provincial

da saúde permitiu aos milha-

res de visitantes realizar exa-

mes de diagnóstico e consul-

tas de especialidade. Foram

também sensibilizados para

a prevenção de doenças

transmitidas sexualmente.

No decorrer do certame, os

participantes tiveram ainda

acesso a informação sobre a

evolução do sector da saúde

na província, os desafios pre-

sentes e futuros.

A Feira da Saúde

em números

23médicos envolvidos

nas consultas

realizadas

14técnicos

de diagnóstico

e terapêutica

13especialistas

de diagnóstico

76enfermeiros

4terapeutas

tradicionais

2.320pacientes

consultados

610pacientes com

malária assistidos

111dos participantes

foram tratados

devido a doença

diarreica aguda

60pacientes com

reumatismo

11com infecções

de pele

1391foram

acompanhados

devido a outras

doenças

JSAOutubro 2015 14Saúde Cuanza Sul

HENRIQUE LOPES SILVESTRE

“A província dispõe de 24 médi-

cos nacionais, 115 médicos expa-

triados, 1.586 enfermeiros, 340

técnicos de diagnóstico e terapêu-

tica, 625 administrativos e 353 au-

xiliares de apoio hospitalar, num

total de 3 043 efectivos”

Na feira foram efectuados 629 testes de malária, VIH/Sida, glicé-

mia e doença do sono. Nos 214 testes de malária identificaram-se

24 positivos. Nos 124 testes de VIH detectou-se um positivo e nos

126 testes de glicémia encontraram-se dez positivos. Os 200 tes-

tes de doença do sono não revelaram casos positivos.

População da Quibala acorreu em massa

às consultas de especialidade

Feira da Saúde destaca potencialidadesdo sector em Quibala

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15ACTUALIDADEJSA Outubro 2015

São muitos os serviços e as

consultas disponibilizados

no novo centro médico per-

tencente ao grupo Interna-

tional SOS recentemente

inaugurado.

“Cada momento em que me as-

socio a eventos que visam trazer

serviços para o ramo de saúde

em Angola é um motivo de muita

satisfação porque vem demons-

trar a vitalidade do sector. Os an-

golanos vão beneficiar de mais

um serviço que irá aumentar a

concorrência, mas ampliar a ofer-

ta”, afirmou o ministro da Saúde,

José Van-Dúnem, no acto inaugu-

ral do novo centro médico da In-

ternacional SOS em Talatona.

O centro vai oferecer diver-

sos serviços de saúde, como por

exemplo, o rastreio pré empre-

go/aptidão física, exames clínicos

periódicos e pós doença, exames

médicos certificados pela United

Kingdom Oil&Gas, consultas de

clínica geral, ginecologia e pedia-

tria, vacinação infantil e de adul-

tos, exames de diagnóstico com

laboratório e radiologia, entre

outros.

O director do centro médi-

co Internacional SOS, Francisco

Teixeira Homem, adiantou que

“o centro está aberto para as

empresas que queiram garantir

cuidados de saúde de qualidade

aos seus trabalhadores através

de uma gama de serviços acima

da média”.

Esta nova clínica conta com

três consultórios, um laborató-

rio, sala privada de isolamento, es-

terilização, colheitas, sala de re-

pouso do pessoal, observação,

radiologia, procedimentos, tria-

gem, radiologia, e serviço de

emergências para estabilização

de pacientes bem como evacua-

ção médica por via de meios aé-

reos, se necessário, para o exte-

rior dependendo do destino pre-

ferencial do cliente. Disponível 24

sobre 24 horas todos os dias da

semana, conta com uma equipa

de 15 profissionais, dos quais 70%

nacionais, entre médicos, enfer-

meiros, técnicos de laboratório e

Raio-X, especialistas.

International SOS

abre centro médico

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16reSponSAbilidAde SociAl Outubro 2015 JSA

“O apoio aos atletas paralímpicos tem um forte conteúdo inclusivo”

n“A aposta nos atletas para-límpicos transcende a meraactividade desportiva e temum forte conteúdo inclusivo,porque estes homens e mu-lheres são referência na socie-dade e as suas conquistas ele-vam a auto-estima de todos osportadores de deficiência”. Aafirmação é do Secretário deEstado para os Desportos, Al-bino da Conceição José, nacerimónia de lançamento dacampanha de preparação dos

atletas para os Jogos Paralím-picos Rio 2016, no dia 25 deSetembro de 2015, no Palmei-ras Clube, em Luanda. O go-vernante agradeceu à BP An-gola “por manter a sua pala-vra e continuar a parceria” eaugurou um êxito que “digni-fique o nome do País”.

Já só faltam 249 diasPara o Presidente do ComitéParalímpico Angolano (CPA),Leonel da Rocha Pinto, “este émais um momento históricopara o Comité Paralímpico

Angolano, no âmbito da nos-sa parceria com a BP Angola,quando faltam exactamente249 dias para o início dos Jo-gos Paralímpicos em 2016, noRio de Janeiro. O responsávellembrou ainda a “primeiraaparição da selecção angola-na, em 1996, nos Jogos deAtlanta e o percurso de suces-so que se seguiu na Austrália,Grécia, China e Reino Unido”.Mas “temos de trabalhar ar-duamente para termos osnossos atletas no pódio”, ad-vertiu.

Juntos seremos campeões

Por sua vez, o Presidente Re-gional da BP Angola, DarrylWillis, garantiu que “o espí-rito de equipa, a coragem e adeterminação que os atletasparalímpicos demonstramestão também patentes nosvalores colectivos da BP.Acreditamos no desportoparalímpico como um factorde inclusão social, desenvol-vimento humano e unidadenacional”, declarou.

Darryl Willis reafirmou o

apoio da BP ao Comité Para-límpico Angolano e aos atle-tas “certos de que, em breve,iremos brindar com maisalegria e, claro, muitas me-dalhas, pelo que juntos sere-mos campeões”, finalizou.

O Director de Comunica-ção e Relações Externas daBP Angola, António Vueba,chamou de seguida os atle-tas um a um que foram lon-gamente ovacionados. Entreestes, estavam presentes osparalímpicos “Embaixado-res da BP Angola”, José

Sayovo, Esperança Gicasso,Octávio dos Santos, JoaquimManuel e Maria Gomes daSilva.

Na cerimónia, a que seseguiu um cocktail, esteveainda presente a Vice-Presi-dente da Assembleia Nacio-nal, Joana Lina, deputados edirigentes desportivos. Foilida uma mensagem de in-centivo enviada pela Presi-dente da Assembleia-geraldo CPA, Fátima Jardim, quese encontrava no exterior dopaís.

Secretário de Estado dos Desportos, Albino da Conceição José

Os jogos Paralímpicos são o maior

evento desportivo mundial envolvendo

pessoas portadoras de deficiência. In-

cluem atletas com deficiências físicas (de

mobilidade, amputações, cegueira ou pa-

ralisia cerebral), além de deficientes

mentais. Realizados pela primeira vez

em 1960 em Roma, Itália, têm a sua ori-

gem em Stoke Mandeville, na Inglaterra,

onde ocorreram as primeiras competi-

ções desportivas para deficientes físi-

cos, como forma de reabilitar militares

feridos na 2ª Guerra Mundial.

O sucesso das primeiras competições

proporcionou um rápido crescimento ao

movimento paralímpico, que, em 1976, já

contava com quarenta países. Neste mes-

mo ano foi realizada a primeira edição dos

Jogos de Inverno, levando a mais pessoas

deficientes a possibilidade de praticar des-

portos em alto nível. Os Jogos de Barcelo-

na, em 1992, representam um marco para

o evento, já que pela primeira vez os co-

mitês organizadores dos Jogos Olímpicos

e Paralímpicos trabalharam juntos. O

apoio do Comitê Olímpico Internacional

após os Jogos de Seul, em 1988 propor-

cionou a fundação, em 1989, do Comitê

Paralímpico Internacional. Desde então

os dois órgãos desenvolvem ações con-

juntas visando ao desenvolvimento do

desporto para deficientes.

Vinte e sete modalidades compõem o

programa dos Jogos Paralímpicos, sendo

que vinte e cinco já foram disputadas e

duas irão estrear na edição de 2016 dos

Jogos. Além de modalidades adaptadas,

como atletismo, natação, basquetebol, té-

nis de mesa, esqui alpino e curling, há des-

portos disputados exclusivamente por

deficientes, como bocha, goalball e futebol

de cinco.

José Sayovo foi o primeiro paralímpico

angolano a ganhar três medalhas de ouro,

nos 100, 200 e 400 metros, nas olimpíadas

de Atenas. Mantendo as vitórias ao longo

do tempo, conquistou a medalha de ouro

nos 400 metros, em Londres 2012.

O que são os Paralímpicos?

Jogos Paralímpicos Rio 2016

Rui MoReiRa de Sá

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17publicidAdeJSA Outubro 2015

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18 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Outubro 2015 JSA

Como melhorar a suasaúde através da alimentação

nNo passado dia 16 de Outu-bro comemorou-se o DiaMundial da Alimentação, epara assinalar a data, a Clíni-ca Luanda Medical Center,realizou um workshop comvários temas ligados à ali-mentação e nutrição destina-do a jornalistas e a outrosprofissionais do saber. A nu-tricionista Maria Martinsadiantou na ocasião que “acomemoração deste dia é ex-tremamente importante pa-ra todos os povos do mundo,porque possibilita a reflexãosobre tudo que está aconte-cer no planeta sobre a situa-ção alimentar principalmen-te Angola que é um país emvias de desenvolvimento”. Asdiferenças existentes entre osvários países são provocadaspor distúrbios relacionadoscom a alimentação e obri-gam Angola a adoptar políti-cas sociais e de protecção na

agricultura e a uma maiorreeducação alimentar daspopulações, para o maiorcontrolo desta epidemia comgrande incidência no país,como é o caso da obesidade,para se reduzir as altas taxasde evolução desta doença noseio das populações”.

Combater a obesidadeDeve prestar-se atenção àobesidade que afecta cadavez mais pessoas. “A doençaincide sobre as pessoas comuma situação económicamais estável, por se alimenta-rem desregradamente ou deforma não balanceada. Poroutro lado, é importante ain-da ser solidário com os indi-víduos que, por falta de ali-mentação, morrem de fomedevido à impossibilidade deobtenção dos alimentos”.Angola necessita da criaçãode um sector que se encarre-gue da situação alimentar dopaís. “Existem inúmeros es-tabelecimentos comerciaisque não têm qualquer legis-lação sobre a segurança ali-mentar e não cumprem comas normas exigidas”, alerta anutricionista. Defende aindaa elaboração e a existência depolíticas que estabeleçam re-gras “para evitar a maior pro-babilidade de serem adquiri-das várias doenças relaciona-

das com a intoxicação ali-mentar, como a febre tifóide,e outras devido à inseguran-ça alimentar. Deve manter-se o controlo rigoroso dos es-tabelecimentos comerciais eacabar com a venda dos pro-dutos alimentares na rua pa-ra se evitar as doenças prove-nientes da má higienizaçãodos alimentos que facilitam aexistência de microrganis-mos e outras substâncias no-civas para a saúde, que po-dem causar infecções ali-mentares”.

Saiba escolher os alimentos

A educação alimentar devecomeçar em casa. Alimentoscomo carne e peixe devemser convenientemente cozi-dos; os produtos alimentaresdevem ser lavados em águacorrente com lixívia ou vina-gre e as frutas devem ser de-vidamente desinfectadas.“Não comer saladas cruas,não beber água da torneira e

não consumir produtos so-bretudo se não se tiver a cer-teza de que foram cumpridosos parâmetros de seguran-ça”, aconselha Maria Mar-tins. Para uma alimentaçãosaudável, recomenda-se aaquisição de produtos docampo, como a beterraba, abatata-doce, os ovos, a fari-nha, a mandioca e a kizacaporque contêm ferro. “Cha-mo à atenção para o facto dea primeira refeição do dia sera mais importante. Não saiade casa sem fazer esta refei-ção, faça cinco a seis refei-ções por dia, coma de três emtrês horas em pequenasquantidades porque quandoalguém permanece muitotempo sem se alimentar, nomomento em que come, oseu organismo absorve umamaior quantidade do ali-mento ingerido. Posterior-mente, esse mesmo alimen-to transforma-se em gordura,acabando por esta atitude serprejudicial à saúde”.

Francisco cosme dos santos

com cláudia Pinto

Uma alimentação adequada

é essencial para ter saúde.

Para isso, a escolha dos ali-

mentos é fundamental bem

como alguns cuidados que

permitem evitar contami-

nações e infecções. Conse-

lhos úteis para levar em con-

sideração dia a dia.

“Para uma alimentação saudável,recomenda-se a aquisição deprodutos do campo, como abeterraba, a batata-doce, os ovos, afarinha, a mandioca e a kizacaporque contêm ferro”

w Esta data simboliza o dia da fundação da Or-

ganização das Nações Unidas para a Alimenta-

ção e Agricultura (FAO) em 1945, em Qué-

bec, no Canadá. O dia Mundial da Alimenta-

ção, comemorado todos os anos a 16 de Ou-

tubro, foi estabelecido em Novembro de

1979, pelos países membros da 20ª Conferên-

cia da FAO e teve início em 1981. Este ano, o

tema escolhido foi a protecção social e agri-

cultura: quebrando o ciclo da pobreza rural.

O objectivo da comemoração desta data é

alertar a população para a importância da se-

gurança alimentar para se garantir uma ali-

mentação adequada e o combate a fome indi-

cando as acções necessárias para que a ali-

mentação saudável seja acessível a todos. A

efeméride já é reconhecida em mais de 150

países e é fundamental para informar e cons-

ciencializar a opinião pública quanto às ques-

tões relacionadas com a nutrição e a alimen-

tação em todo mundo destacando o combate

à fome que atinge diversas populações.

O tema deste ano teve como objectivo cha-

mar à atenção para a produção agrícola em

todos os países, estimulando a cooperação

económica e promovendo o sentimento de

solidariedade nacional e internacional na luta

contra a fome, a desnutrição e a pobreza.

Sobre o Dia Mundial da Alimentação

A educação alimentar deve começar em

casa. Alimentos como carne e peixe devem

ser convenientemente cozidos; os produtos

alimentares devem ser lavados em água

corrente com lixívia ou vinagre e as frutas

devem ser devidamente desinfectadas

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20 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Outubro 2015 JSA

10curiosidades

sobre o olho

humano

Luanda MedicaL center

n Parecendo simples, o olho huma-no é um dos órgãos mais complexosdo corpo humano. Quase nenhumde nós tem verdadeira noção dos nú-meros e dos factos que estão por de-trás do olho, por isso aqui ficam dezcuriosidades que provavelmentedesconhece.

1O nervo óptico é constituído por1.2 milhões de fibras nervosas e

liga o olho ao cérebro. Este número,apesar de tudo, parece insignificantequando o comparamos com o nú-mero de receptores nervosos presen-tes na retina: 130 milhões.

2Há muitas pessoas com um olhode cada cor, ou seja, íris com co-

res distintas. Esta condição tem o no-me de heterocromia da íris. A cor dosolhos de uma pessoa depende dadensidade de um tipo de célula de-nominado melanócito: quantomaior é esta densidade, mais escuraé a íris.

3Ao contrário do que se pensa,uma visão de 20/20 não significa

visão perfeita. A sensibilidade ao con-traste ou a percepção de halos muitasvezes não interfere com esta quanti-ficação e interfere na qualidade daimagem.

4O comprimento do olho é deter-minante no seu tipo de defeito

refractivo. Desta forma, olhos gran-des estão associados a miopia e olhospequenos a hipermetropia.

5Apenas 1/6 do olho humano é ex-posto (o mais anterior) e o globo

ocular encontra-se inserido e prote-gido na órbita, uma cavidade ósseano crânio em forma de cone.

6Em média, pestanejamos 10 ve-zes por minuto e cada pestanejar

dura 100 a 150 milisegundos.

7Enquanto uma impressão digitalapresenta 40 características úni-

cas, a íris do olho apresenta 250. É porisso que cada vez mais a íris é utiliza-da em questões de segurança, atéporque não é falsificável.

8Existem no mundo 39 milhõesde cegos. No entanto, se pensar-

mos que desses 39 milhões, 31 mi-lhões têm tratamento disponível, onúmero é preocupante. No fundo,80% dos cegos podiam estar a ver,ainda que parcialmente.

9Os olhos aparecem muitas vezesvermelhos nas fotografias devido

à iluminação do interior do olho peloflash. A luz é reflectida pela retinacom tonalidade vermelha, conferidapela sua grande quantidade de vasossanguíneos.

10Olhar directamente para o solpode, de facto, provocar a ce-

gueira, ao induzir uma maculopatiasolar (alteração na área macular da re-tina, a mais importante) irreversível.

Alimentação:mitos e factos

Luanda MedicaL center

A alimentação é um tema que gera sempre muita controvérsia. Há muitas filosofias acerca de ali-mentação com ideias que são incutidas desde o nascimento até à idade adulta e que permane-

cem enraízadas na sociedade. Fique a conhecer alguns desses mitos e controvérsias, com todas asjustificações baseadas na ciência e nos estudos feitos pela medicina e nutrição até o momento.

“Ficar muitas horas sem comer emagrece.”Há quem pense que emagrecer implicafazer menos refeições, ingerir menos ali-mentos e ficar em jejum. Esta ideia estátotalmente errada. Ficar horas sem co-mer apenas torna o metabolismo maislento, acabando por ter o efeito contrá-rio ao pretendido, dificultando a elimina-ção de gorduras. Para emagrecer é fun-damental comer de forma fracionada. Fa-ça 5-6 refeições ao longo do dia, em por-ções mais reduzidas que o habitual e se-guindo uma alimentação equilibrada.

MITO

“Beber água às refeições engorda.”A ingestão de água não engorda. Ela não fornece calorias, pois nãotem macronutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono).Até pelo contrário, beber um copo de água durante as refeiçõespode causar uma sensação de saciedade mais rápida, o que levaque haja uma diminuição de alimentos ingeridos. Mas se ingerirmuito mais do que um copo de água tem o efeito contrário, poisdilata o estômago e assim será necessário ingerir uma maior quan-tidade de alimentos para que atinja a saciedade. Lembre-se que éfundamental que beba pelo menos 1,5L de água por dia para semanter mais saudável e não tenha medo de beber à refeição.

MITO

“O azeite não engorda.”Embora o azeite seja uma gordura mais saudável que outrasque utilizamos, este também é calórico. O azeite fornece ca-lorias semelhantes ao óleo e às outras gorduras, 9 Kcal porgrama, ou seja, é melhor moderar o consumo. No entanto agordura fornecida pelo azeite é considerada uma das maissaudáveis, estando associada à redução de mau colesterol,mas o consumo exagerado só porque é saudável deve serevitado.

MITO

“A fruta é saudável por isso pode-secomer toda a fruta que se quiser.”Afruta contém frutose, um açúcar simplesque pode e deve ser consumido diaria-mente mas sem exagero. A quantidadede fruta recomendada diariamente é de3 a 4 peças. Quem consome fruta emexcesso não está a fazer uma alimenta-ção saudável e poderá desencadear pro-blemas de saúde no futuro.

MITO“O pão engorda muito.”Frequentementeouve-se dizer que para emagrecer não se de-ve comer pão. Este, como qualquer alimento,deve ser consumido com moderação, no en-tanto, não é um alimento proibido para quemquer emagrecer. O grande problema não é opão por si só, mas sim o que lhe juntamos(manteiga, doces, queijos gordos, chourição),aumentando significativamente o seu valorcalórico.

MITO

“Há alimentos proibidos.” Qualquer alimento pode fazerparte de uma alimentação equilibrada. É verdade que algunsalimentos, sobretudo quando são ricos em gorduras ou emaçúcar são apontados como pouco saudáveis. O que não sig-nifica que não possam ser ingeridos. A questão fundamentalprende-se com a quantidade e a frequência. Alimentos menosequilibrados devem ser ingeridos em menor quantidade eapenas de vez em quando.

MITO

“O chá verde ajuda a emagrecer.” Diversos es-tudos indicam que o chá ver-de, para além de ser rico emantioxidantes, tem entre ou-tras, propriedades diuréticase termogénicas, podendo serum aliado numa dieta paraperda de peso.

FACTO

“A margarina é menos saudável que a manteiga”. A mar-garina é menos saudável do que a manteiga, por que possuiácidos gordos trans. Este tipo de gordura existe na margarinaporque ela sofre um processo de hidrogenação para adquirira consistência adequada. Este tipo de gordura aumenta o maucolesterol (LDL) e diminui o bom colesterol (HDL), sendoassim, é mais prejudicial à saúde do que a manteiga. O ideal éconsumir outras formas de gordura como os cremes vegetaispara barrar, azeite e óleos vegetais na sua forma natural. Hojeno mercado já existem margarinas isentas de gordura trans.Este tipo de margarina sim, pode ser mais saudável do que amanteiga.

FACTO

“As bactérias do iogurte são benéficas”. O iogurte égeralmente obtido pela fermentação do leite, através daação de duas bactérias: Streptococcus thermophilus eLactobacillus bulgaricus que transformam a lactose (oaçúcar do leite) em ácido láctico. Uma vez que são adi-cionadas após o processo de pasteurização do leite, es-tas bactérias permanecem "vivas", tornando os iogurtesverdadeiros "alimentos vivos". Estas duas bactérias con-seguem manter um meio ácido no intestino que impedeo desenvolvimento de outros microrganismos e leve-duras prejudiciais que podem causar infeções. Para alémdisso também ajudam o nosso corpo a reagir quando aflora intestinal se encontra fragilizada ou na presença demicrorganismos prejudiciais.

FACTO

“Frutos gordos são muito calóricos por isso não devemos consumi-los.”É verdade que os frutos gordos como o próprio nome indica contêm muita gor-dura, mas é uma gordura boa. Pesquisas recentes sugerem que a ingestão de fru-tos gordos como nozes, amêndoas, ginguba como parte de uma dieta saudávelpode ajudá-lo a perder peso. Os investigadores acreditam que a gordura presen-te nos frutos gordos ajuda as pessoas a sentirem-se saciadas e a proteína ajuda alibertar uma hormona que tem o efeito de reduzir o apetite. Além disso são umaexcelente fonte de fibras e fornecem muitos nutrientes como vitamina E, mag-nésio, folato e cobre. Por isso, em quantidade reduzida e no âmbito de uma ali-mentação variada podemos e devemos consumi-los.

MITO

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21publicidAdeJSA Outubro 2015

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nA Direcção Nacional de Via-ção e Trânsito elaborou umaanálise global de sinistralida-de rodoviária 2009/ 2014 edemonstrou que Angola ocu-pa a quinta posição no querespeita à taxa de sinistralida-de rodoviária. Morrem todosos anos mais de duas mil pes-soas em Angola em resultadode acidentes de viação. Mais

de 50% das vítimas são cida-dãos entre os 15 e os 35 anosde idade. “Os acidentes rodo-viários constituem a segundacausa de morte no país e aprimeira causa de deficiênciana população”, afirmou o Se-cretário de Estado da Saúde,Luís Gomes Sambo, no actode lançamento da Campa-nha Nacional de Prevenção

da Sinistralidade Rodoviária.Mais de 500 crianças morremtodos os dias em todo o mun-do vítimas de acidentes rodo-viárias sendo a sinistralidaderodoviária a principal causade morte infantil. “A mortali-dade é três vezes mais alta nospaíses em desenvolvimento,comparando com os paísesdesenvolvidos. Por outro la-

do, as crianças das famíliasmais pobres têm maior riscode serem as mais atingidasnas estradas”, afirmou o Se-cretário de Estado.

A campanha foi apresen-tada numa escola primária,em Luanda, pelo Ministérioda Saúde em parceria com oMinistério da Educação sob olema “Segurança das Crian-ças”. Tem como objectivo re-forçar a prevenção dos aci-dentes rodoviários e a produ-ção das suas consequências,aumentar o sentido de res-ponsabilização dos motoris-tas e dos utentes das vias pú-blicas sobre o cumprimentodas regras de trânsito e aadopção de atitudes que ve-

nham a causar menos riscospara a saúde e a aumentar acoordenação para aceleraçãodos resultados relativos à pre-venção e educação rodoviá-ria. Na apresentação destacampanha, houve ainda umaexposição sobre simulaçãode prevenção rodoviária, on-de alunos e demais partici-pantes puderam aprendercomo, quando e onde se deveatravessar uma estrada e co-mo proceder para se evita-rem acidentes.

Promover atitudes seguras

Os factores que mais contri-buem para os acidentes rodo-viários são a condução sob oefeito de álcool e outras dro-gas, o excesso de velocidade,a deficiente preparação doscondutores, a falta de respeitoaos sinais de trânsito, a nãoutilização de capacetes, cin-tos de segurança e dispositi-vos protectores para crianças,o uso inadequado de telemó-veis enquanto se conduz, (in-cluindo o envio de mensa-gens de texto), o mau estadodas estradas e veículos, a faltade vias próprias para circula-ção de peões e ciclistas, entreoutros. “Para que esta situa-ção seja ultrapassada, o exe-cutivo angolano criou o Con-selho Nacional de Viação eOrdenamento do Trânsito,um mecanismo inter-secto-rial com o objectivo de pro-mover atitudes e comporta-mentos que favoreçam a se-gurança ambiente rodoviárioe reduzam os riscos para as

vidas humanas”, acrescentouLuís Gomes Sambo. Disseainda que a actual situaçãoaconselha à promoção do ci-vismo, da responsabilidadeindividual, o respeito das re-gras do código de estrada e aprecaução enquanto compo-nentes da educação rodoviá-ria. “O cumprimento da legis-lação a melhoria da qualida-de e segurança das estradas edos veículos que circulam sãomedidas que contribuem sig-nificativamente para a redu-ção de traumatismos e óbitospor acidentes rodoviários”. OConselho Nacional de Viaçãoe Ordenamento do Trânsitoestá a trabalhar nesse sentidoe reforçará as acções necessá-rias com vista à obtenção deresultados no domínio da re-dução da sinistralidade.

Reduzir 50% dos acidentes de trânsito

em cinco anosO continente africano assu-miu o compromisso de re-duzir os acidentes de trânsitoem 50% até ao ano de 2020através da execução do pla-no de acção e da ComissãoEconómica para África. Naopinião de Salvador Rodri-gues, do Comando Geral daPolícia Nacional, “esta não éuma tarefa fácil para as auto-ridades policiais por seremas únicas que têm como mis-são cooperar com as diferen-tes instituições da sociedadecivil no sentido de levaravante o combate e a pre-venção rodoviária”. Por suavez, o representante daOMS, Hernando Agudelo,afirmou que “África tem amaior taxa de mortalidadepor acidentes rodoviárioscom uma média de 24,1 porcada cem mil habitantes.Angola tem uma das médiasmais altas do Continentecom 23,1”.

22 AcidenteS rodoviárioS Outubro 2015 JSA

Morrem mais de cinco angolanos por dia nas estradas do país

Francisco cosme dos santos

com cláudia Pinto

É um flagelo nacional res-ponsável pela morte demais de duas mil pessoaspor ano. Angola vive com oproblema da sinistralidaderodoviária causada por inú-meros comportamentos derisco. Nesse sentido, foi lan-çada uma campanha nacio-nal de forma a prevenir aci-dentes rodoviários e a pou-par vidas a longo prazo.

Cerca de 50% têm entre 15 e 35 anos

A campanha de prevenção da sinistralidade rodoviária foi apre-sentada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Ministérioda Educação, sob o lema “Segurança das Crianças”, numa esco-la primária, em Luanda

Conheça-os para evitá-los

Eis os principais

factores quecausam

os acidentesOs factores que mais con-

tribuem para os acidentes

rodoviários são a condução

sob o efeito de álcool e ou-

tras drogas, o excesso de

velocidade, a deficiente pre-

paração dos condutores, a

falta de respeito aos sinais

de trânsito, a não utilização

de capacetes, cintos de se-

gurança e dispositivos pro-

tectores para crianças, o

uso inadequado de telemó-

veis enquanto se conduz, o

mau estado das estradas e

veículos, a falta de vias pró-

prias para circulação de

peões e ciclistas.

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23publicidAdeJSA Outubro 2015

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24 Outubro 2015 JSapublicidade