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O Ciclo de Catástrofes Cósmicas Platão descreve uma destruição que chegou em um dia e uma noite e a Bíblia conta a história de chuvas torrenciais e duma imensa inundação na qual a maioria da vida na Terra desapareceu. Existe também uma rica quantidade de literatura ameríndia falando dum cataclismo mundial de fogos seguidos por inundações e a morte que cai dos céus. Pelo menos cinquenta culturas diferentes a volta do globo relatam versões desta história e o físico Firestone, com os seus co-autores geólogos, compilaram um livro, baseado sobre provas científicas sólidas que descreve uma cadeia de eventos que culminariam na catástrofe mundial de há 12 mil anos atrás. Acreditam que o Evento foi despoletado por uma supernova vizinha que apareceu há 41 mil anos A história de Noé e a história da Atlântida são apócrifas: numerosos pequenos grupos de pessoas no mundo inteiro sobreviveram a este cataclismo há 12 mil anos aqui e ali. Depois nas suas histórias e lendas, os seus descendentes atribuem a sua sobrevivência a intervenção da sua divindade particular para dar mais autoridade a esta divindade. Alguns dizem que o mundo acabará no fogo, alguns dizem que acabará no gelo, escreveu Robert Frost. Mas qual será o nosso destino, parece que estamos atrasados em relação ao grande calendário cósmico. Depois da análise do extermínio de milhões de espécies antigas, os cientistas contestaram que uma extinção massiva pode acontecer a qualquer momento. A sua pesquisa mostrou que a cada 62 milhões de anos mais ou menos 3 milhões de anos as criaturas são apagadas da superfície da Terra numa proporção gigantesca. Mas os cientistas não sabem qual o factor catalisador desta hecatombe. “Não há qualquer dúvida sobre a existência deste ciclo de extinções massivas a cada 62 milhões de anos.

O Ciclo de Catástrofes Cósmicas

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O Ciclo de Catástrofes Cósmicas

Platão descreve uma destruição que chegou em um dia e uma noite e a Bíblia conta a história de chuvas torrenciais e duma imensa

inundação na qual a maioria da vida na Terra desapareceu. Existe também uma rica quantidade de literatura ameríndia falando dum cataclismo mundial de fogos seguidos por inundações e a morte

que cai dos céus. Pelo menos cinquenta culturas diferentes a volta do globo relatam versões desta história e o físico Firestone, com os

seus co-autores geólogos, compilaram um livro, baseado sobre provas científicas sólidas que descreve uma cadeia de eventos que

culminariam na catástrofe mundial de há 12 mil anos atrás. Acreditam que o Evento foi despoletado por uma supernova vizinha

que apareceu há 41 mil anos

A história de Noé e a história da Atlântida são apócrifas: numerosos pequenos grupos de pessoas no mundo inteiro sobreviveram a este cataclismo há 12 mil anos aqui e ali. Depois nas suas histórias e lendas, os seus descendentes atribuem a sua sobrevivência a intervenção da sua divindade particular para dar mais autoridade a esta divindade. Alguns dizem que o mundo acabará no fogo, alguns dizem que acabará no gelo, escreveu Robert Frost. Mas qual será o nosso destino, parece que estamos atrasados em relação ao grande calendário cósmico. Depois da análise do extermínio de milhões de espécies antigas, os cientistas contestaram que uma extinção massiva pode acontecer a qualquer momento. A sua pesquisa mostrou que a cada 62 milhões de anos – mais ou menos 3 milhões de anos – as criaturas são apagadas da superfície da Terra numa proporção gigantesca. Mas os cientistas não sabem qual o factor catalisador desta hecatombe. “Não há qualquer dúvida sobre a existência deste ciclo de extinções massivas a cada 62 milhões de anos.

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É muito claro depois da análise de amostras de fósseis” declarou o professor James Kirchner, da Universidade da Califórnia em Berkeley. “Infelizmente, estamos todos completamente estupefactos com este assunto em particular”. Parece que o ciclo não é apenas de 62 milhões de anos ! Existe também um sinal muito forte para um ciclo de extinção de 26 milhões de anos. O ciclo de 62 milhões de anos, provem principalmente do estudo de fósseis marinhos. O estudo, publicado num número da Nature, foi efectuado pelo Professores Richard Muller e Robert Rohde, igualmente de Berkeley. Eles estudaram o desaparecimento de milhares de espécies marítimas diferentes (onde os fósseis estão mais bem conservados do que os fósseis terrestres) ao longo dos últimos 500 milhões de anos.

O episódio da Arca de Noé remete para a última grande catástrofe

terrestre de origem cometária ?

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Os seus resultados foram completamente inesperados. Se sabia que as extinções massivas tinham ocorrido no passado. Durante a extinção do Permiano, há 250 milhões de anos, por exemplo, mais de 70% de todas as espécies foram aniquiladas. Muller e Rohde constataram que longe serem imprevisíveis, as extinções massivas acontecem a cada 62 milhões de anos, um modelo que é “compreensivo e obrigatório”, segundo Kirchner. Mas qual o responsável por esta extinção ? Sobre esta questão, os pesquisadores colidiram com problemas. Consideraram a passagem do sistema solar através de nuvens de gás que penetram a galáxia. Estas nuvens podem despoletar uma enorme instabilidade climática. Todavia, não há nenhum mecanismo conhecido para explicar o porque da passagem nem poderá explicar o chegar a cada 62 milhões de anos. Em alternativa, o Sol pode ter uma estrela – companheira ainda não descoberta. Ela poderia se aproximar do Sol a cada 62 milhões de anos, deslocando os cometas do sistema solar exterior e os propulsando para a Terra. Uma tal estrela – companheira não foi jamais observada, todavia uma estrela com uma órbita tão longa seria instável, diz Muller. Os dois pesquisadores procuraram também um certo ciclo geofísico interno na Terra que não tivesse despoletado uma actividade vulcânica massiva a cada 62 milhões de anos. As nuvens de cinza destes vulcões rodearão todo o planeta e provocaria uma baixa devastadora das temperaturas que mataria de frio a maioria das criaturas. Infelizmente, os cientistas não conhecem nenhum ciclo geológico deste tipo. “Nós tentamos tudo o que se possa pensar para encontrar uma explicação para estes ciclos de diversidade biológica e extinção”, disse Muller, “Até aqui nós fracassamos. E, sim, nós chegamos já ao fim do prazo, mas não me espantei.”

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Se admite hoje que o reino dos dinossauros acabou subitamente na sequência dum impacto dum asteróide gigantesco sobre o nosso

planeta

As clássicas “Cinco Grandes” extinções massivas identificadas por Raup e Spkoski em 1982 são largamente aceites como certamente as mais significativas e são: o fim do período Ordivícico (há 438 milhões de anos) – 100 famílias se extinguiram, mais a maioria das espécies de briozoários e braquipodes se extinguiu. Setenta e oito milhões de anos mais tarde: fim do Devónico (há cerca de 360 milhões de anos atrás) – 30% das famílias de animais extintas, 106 milhões mais tarde; no final do período Pérmico – as trilobites se extinguiram, 50% de todas as famílias animais e 95% de todas as espécies marinhas e boa parte das árvores se extinguiriam Trinta e sete milhões de anos mais tarde, fim do Triássico (há 208 milhões de anos) – 35% de todas as famílias animais se extinguiam. As mais antigas famílias de dinossauros desapareceram e a maior parte dos sinápsidas desapareceram com a excepção dos mamíferos. Cento e quarenta e três milhões de anos mais tarde, no limite K-T (Cretácico – Terciário, N.T. também K-Pl Cretácico – Paleoceno (desde 1989) ) (há cerca de 65 milhões de anos atrás) praticamente a maioria de todas as espécie de vida se extinguiram e compreendia os dinossauros, pterossauros, plesiossauros, mosassauros, amonites, bastantes famílias de peixes, moluscos, caracóis, esponjas, ouriços e muitos outros.

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Seposki, um paleontólogo da universidade de Chicago sugeriu na realidade que a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos poderia fazer parte de um ciclo de 26 milhões de anos ! Todavia, eu queria sublinhar que vocês se servirem do número 26 como multiplicador, têm resultados interessantes como: 3 x 26 que faz 78 – que se encontra exactamente no tempo entre as extinções ordovicianas e devónicas; 4 x 26 que faz 104 que é perto dos 106 milhões de anos entre as extinções devónicas e pérmicas; e 5 x 26 são 130 que é muito próximo do espaço entre o triássico e a extinção K-T. Para estar na aproximação, assim pode haver qualquer coisa como 26 milhões de anos antes de tudo, apenas cada “retorno” tem efeitos variáveis baseadas sobre outras variáveis do sistema solar. Uma estrela – companheira com uma órbita de 26 milhões de anos poderia ser mais estável, por quer Muller sugeriu que uma órbita de 62 milhões de anos seria demasiadamente grande para ser estável. Há outros eventos de extinção de grande amplitude que parecem ter pouca relação com um ciclo de 62 milhões de anos e mais a ver com outro ciclo, além disso, estes eventos são mais frequentes do que se pensava. Deixemos os catalisadores de possíveis extinções massivas por um instante e vemos como algumas extinções poderão chegar, veja a seguir uma pequena redução prática do problema: Conceptualmente há 4 maneiras principais para a extinção de uma espécie: 1) Gelar a Terra (Terra Bola de Neve) 2) Faze-la ferver (Terra Estufa) 3) Deixar cair um meteoro (Impacto de meteoro) 4) Cobri-la de cinza e de lava (Erupção vulcânica gigante)

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Como estes efeitos físicos (apenas 1 e 2) podem estar na origem de extinções massivas ? A resposta é a mais simples a esta pergunta com uma resposta em relação com o clima. Cada espécie viva hoje e também presumivelmente no passado, está adaptada a uma certa gama de condições. Da mesma maneira se nós fôssemos subitamente afastados para o Pólo Norte e que nós esperamos apenas viver um ano com um pullover de lã, nós morremos certamente. É a mesma coisa num evento de extinção, as zonas climáticas mudam a volta do globo, ou os ecossistemas morrem por falta de luz ou de substâncias nutritivas. Isto culmina nas plantas e nos animais com a ruptura do seu meio ambiente levando a termo a extinção da espécie inteira. Nos anos 40 do século XX, o Dr. Frank C. Hibben, professor de arqueologia na universidade do Novo México empreendeu uma expedição ao Alasca para examinar restos de humanos. Não encontrou restos de humanos; ele encontrou kilómetros e kilómetros de lama gelada e cheia de mamutes, mastodontes, diferentes tipos de bisontes, cavalos, lobos, ursos e leões. Mesmo ao norte de Fairbanks, no Alasca, os membros da expedição ficaram petrificados de horror ao ver bulldozers a conduzir a lama semi-congelada nas cubas de lavagem destinadas ao ouro. As presas e as ossadas de animais rolavam sob a lama “como a serradura sob a acção de uma plaina gigante”. As carcaças se encontravam em todas as atitudes de morte, a maior parte “desmembradas por uma qualquer perturbação pré-histórica catastrófica” [Frank Hibben, The Lost Americans (Nova Iorque: Thomas & Crowell Co. 1946)].

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O Sol possui uma estrela gémea que vem perturbar o nosso

sistema solar regularmente ? “A violência que manifesta a morte destes animais, combinada com o pivete da carne putrefacta era intolerável tanto que ao observar o que o poderia causar. Os campos da morte se estendem literalmente por centenas de kilómetros em todas as direcções. Existem árvores e animais, camadas de turfa e de mousse, torcidos, emaranhados e misturados como um se um qualquer robot de cozinha cósmico os tivesse aspirado a todos e os tivesse congelado logo de seguida numa massa sólida” [Ivan T. Sanderson, “Riddle of The Frozen Giant” Saturday Evening Post, #39, January 16, 1960]. Mesmo ao norte da Sibéria, ilhas inteiras são constituídas por ossadas de animais do Pleistoceno, varridas para norte desde do continente para o Oceano Árctico. Uma das estimativas sugere que perto de 10 milhões de animais estão enterrados ao longo dos rios da Sibéria setentrional. Vários milhares de presas geraram um comércio massivo de marfim em benefício dos mestres - gravadores da China; todo o marfim que usavam provinha de mamutes e de mastodontes congelados na Sibéria. O famoso mamute de Bereskova chamou logo de início a atenção dos industriais da congelação rápida, quando se encontraram pepitas de ouro na sua boca. Qual o evento terrestre que levou estes milhões de criaturas num único dia ? Estes testemunhos sugerem que um enorme tsunami alastrou através de toda a região, tombando junto animais e vegetais, os congelando instantaneamente para os 12 mil anos seguintes. Mas a extinção não se limitou apenas ao Árctico, mesmo se a congelação conservou os sinais da raiva da natureza.

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O paleontólogo George G. Simpson considerou a extinção do cavalo do Pleistoceno no norte da América como um dos episódios mais misteriosos da história zoológica; ele confessa que “ninguém tem a resposta”. Ele também é extremamente honesto para admirar que há um problema mais misterioso do que a extinção de outras numerosas espécies na América ao mesmo tempo.

Como explicar como milhões de mamutes parecem ter sido

congelados instantaneamente

O cavalo, a tartaruga gigante que vivia no Mar das Caraíbas, a preguiça gigante, o tigre dentes de sabre, o gliptodonte e o toxodon. Todos animais tropicais. “Estas criaturas não foram colocadas em perigo por entrada “gradual” de uma era glacial, a menos que alguém prove que houve temperaturas abaixo de zero no equador, uma tal explicação coloca claramente a questão.” (P.S. Martin e J.E. Guilday, «Bestiary for Pleistocene Biologists», Pleistocene Extinction, Yale University, 1967). Pilhas e pilhas de ossadas de mastodontes e tigres dentes de sabre foram descobertas na Florida. Os mastodontes, toxodons, preguiças gigantes e outros animais foram encontrados na Venezuela, congelados num instante em glaciares.

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O rinoceronte lanoso, o tatu gigante, o castor gigante, o jaguar gigante, antílopes, a preguiça gigante, e dezenas de outras espécies; foram inteiramente apagadas da superfície da Terra no final do Pleistoceno, há aproximadamente 12 mil de anos. Este evento foi global. Os mamutes da Sibéria desapareceram ao mesmo tempo que os rinocerontes da Europa, que os mastodontes do Alasca, os bisontes da Sibéria, os elefantes da Ásia, e os camelos da América. Foi evidente que a causa destas extinções deveria de ter sido comum aos dois hemisférios, e que elas não foram graduais. Uma “glaciação progressiva” não iria provocar extinções em massa, pois porque os diferentes animais iriam todos simplesmente emigrar para pastos mais acolhedores. O que se constata é que é um evento de uma violência atroz apanhando os animais de surpresa. Há cerca de 12 mil anos, um período que nós encontramos antes e que nós encontraremos muitas repetições, qualquer coisa de assustador chegou – se é assustador que a vida sobre a Terra esteve quase a aniquilar-se num dia só. Harold P. Lippman admite que a amplitude dos fósseis e das presas enterradas no permafrost siberiano apresenta uma “dificuldade insuperável” na teoria do uniformismo, porque nenhum processo gradual não pode resultar na conservação de dezenas de presas e de indivíduos inteiros, “mesmo se eles morreram no Inverno.” [Harold P. Lippman, «Frozen Mammoths» Physical Geology, (New York, 1969)]. É particularmente verdade quando muitos destes indivíduos têm ervas e folhas não digeridos no seu ventre; o geólogo do Pleistoceno, William R. Farrand do Observatório Geológico Lamont – Doherty, que se opõe ao catastrofismo, apesar desta evidência, este cientista é incapaz de fazer face a realidade da catástrofe mundial representada por milhões de depósitos por todo este planeta mesmo no fim do Pleistoceno. Hibben resume a situação numa única declaração: “O período do Pleistoceno acabou na morte. Esta não foi uma extinção vulgar dum período geológico vago que se acaba num final incerto. Esta morte foi catastrófica e global” (Hibben, obr. Cit.). A conclusão é que, de novo, o fim do período glacial, a extinção do Pleistoceno, no fim do Paleolítico Superior, Magdaliano, Perigordiano, etc. e o fim do “reino dos deuses”, todos resultam num final global, catastrófico a cada 12 mil anos.

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Ao que pode parecer esta catástrofe ? Ela começou por meteoros a caírem como gotas de chuva alguns aqui outros acolá; alguns poderiam ter atingido o Sol, provocando grandes explosões solares. As explosões solares provocaram auroras coloridas no céu mesmo em pleno dia. Depois a era dos cometas chegou; de uma ponta a outra do horizonte, se tornaram mais e mais numerosos a cada segundo, eles passaram como um relâmpago na atmosfera, brilhando mais do que o Sol. Aquecido a temperaturas enormes pela sua passagem pela atmosfera, o enxame mortal estilhaça milhares de grandes fragmentos do tamanho de uma montanha em nuvens de poeira de gelo. Os fragmentos mais pequenos explodirão na alta atmosfera, criando detonações que mudarão a cor do céu para laranja e vermelho; depois o cometa maior partirá a cobertura de gelo que cobre a parte do hemisfério norte aonde fica a Baía de Hudson, outros cometas colidirão no Lago Michigan, no Canadá, na Sibéria e na Europa. Agora as ondas de choque terrestres, atingem a Terra, sacudindo-a violentamente durante dez minutos em grandes vagas e em abalos alternados. Abrem-se fissuras, as árvores tremem e caem, rios e ribeiros desaparecem na terra fissurada. Nos segundos depois do impacto, a corrente de ar sobreaquecido se propagará a mais de mil milhas por hora (1600 km/h) vindo disparada pela paisagem, arracando árvores da terra e as atirando pelo ar, dilacerando as rochas das vertentes das montanhas e queimará todas as plantas, animais e terra, bem como todos os seres humanos que estiverem no seu caminho. Os únicos seres vivos a sobreviverem serão aqueles que procurarão um abrigo sob a terra ou sob a água.

Um fragmento dum cometa que venha percutir o nosso planeta

significaria o fim da nossa civilização.

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Através da parte superior da América do Norte e da Europa, a energia imensa dos impactos múltiplos enche uma série de bolhas gigantes se sobrepõem, sempre em expansão, esforça a atmosfera para criar um interior próximo do vácuo. Quando a bolha passa, a pressão atmosférica baixa, impedindo a respiração. Atrás da bolha em expansão, a Terra foi privada do escudo protector da atmosfera. A detonação ejectou grãos minúsculos, rápidos para todas as direcções através do ar ténue; alguns se alojaram nas árvores, nas plantas ou nos animais, tanto que outros subiram para voltar a cair a velocidades estonteantes porque não existia qualquer atmosfera para travar a sua queda. No mesmo instante, raios cósmicos de grande velocidade bombardeiam a zona com radiações, os animais e os homens caem mortos no lugar onde estão devido a radiação. Os objectos inanimados parece que ganham vida, ao agitar-se e a tremerem sobre o terreno do bombardeamento; quando o impulso da onde de choque para o exterior cessa, o vácuo faz o ar recuar, tanto que a atmosfera dilatada reflui rapidamente para local do impacto, as bolhas se desmoronam, aspirando para o interior os gases e a poeira aquecidos ao rubro a velocidades ciclónicas para o alto e para longe do solo. Uma parte da poeira se escapa da atmosfera da Terra tanto que continua a se encher como um cogumelo atómico vermelho que se estende horizontalmente sobre milhares de kilómetros através da alta atmosfera, bloqueando o Sol e envolvendo a Terra na obscuridade. A poeira e os detritos que forem demasiadamente pesados começam a tombar sobre a Terra, sempre extremamente quentes para a detonação, eles emitem um brilho semelhante a lava; os fragmentos aterram sobre a camada continental de gelo, fundindo imediatamente quantidades fenomenais de água que correm sobre a camada de gelo em todas as direcções provocando inundações. A corrente ascendente passa a toda velocidade através das bolhas ocas criará uma corrente descendente igualmente poderosa de ar glacial de grande altitude, viajando a centenas de milhas por hora; com temperaturas abaixo dos -65ºC, a corrente de ar descendente atinge a Terra e se espalha desde dos vários locais de detonação em todas as direcções, congelando em alguns segundos tudo em que toca. O estrondo, a detonação glacial transformará as árvores e as plantas em estátuas de gelo frágeis e o flash congelará os mastodontes e os mamutes com a alimentação nas suas bocas que nós descobrimos ainda congelados na Sibéria.

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As flutuações rápidas de temperatura significarão o fim de milhões de plantas e animais… mas a destruição não faz mais do que começar. Os impactos e as ondas de choque despoletam enormes sismos ao longo das linhas de falha existentes desde das Carolinas à Califórnia, acorda vulcões inertes da Islândia às ilhas do Pacífico e ao despertar com uma actividade furiosa, os vulcões vomitam a lava ardente libertando produtos químicos nocivos no ar que se vão juntar a camada de nuvens já de si pesada.

Aqueles que sobreviverem a potência do impacto, doravante

enfrentam as condições de vida atrozes provocadas por erupções vulcânicas massivas

Os impactos, as ondas de detonação e as erupções iniciarão milhares de incêndios terrestres por todo o lado ou por onde houver combustível para os alimentar, mas alguns continuarão a arder durante dias; os fogos se deslocarão rapidamente empurrados pelo vento, formarão línguas de chamas furiosas que subirão em flecha e retorcendo sobre milhares de metros de altitude e o inferno entra a toda velocidade através das florestas mais rápido do que os animais e os pássaros podem fugir. A fúria do fogo seca a terra e o calor feroz faz explodir as árvores como fossem bombas, faz estoirar as rochas como granadas ofensivas e despoleta explosões de vapor por todo o lado onde a frente de fogo rápida atravessa os lagos e os rios gelados. Quando os incêndios finalmente se extinguem, pouco resta para servir de alimento para os fogos a não ser brasas e carvão vegetal, revelador espalhado através dos continentes.

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Os produtos químicos nocivos na atmosfera caem no solo como chuva envenenada e em alguns lugares a atmosfera estaria demasiado tóxica e demasiadamente sem oxigénio para suportar a vida. O impacto na Baía de Hudson fez subir 200 mil milhas cúbicas de gelo (+/- 830 mil km3) do glaciar, atirando os pedaços gelados, que seguem os pedaços do cometa através do continente. Uma chuva de detritos incandescentes e de grandes pedaços de gelo geram vapor de água que se espalha através da maior parte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Em alguns minutos, os blocos massivos, voam em baixa altitude entram em colisão com as Carolinas e com o litoral oriental, explodindo em bolas de fogo, escavando as Baías das Carolinas, em número de mais 500 mil ! Outras massas explodem através das planícies do Nebraska e do Kansas até ao Arizona. Os fragmentos voadores de gelo e de detritos, grandes e pequenos, cairão do Pacífico ao Atlântico, do Golfo do México ao Árctico, da Europa a Ásia e até mesmo em África. Mas mesmo isto não foi tudo. O impacto através do glaciar da Baía de Hudson enviou água fundida a grande velocidade, atirando-a sob a camada de gelo; as vagas se elevam e fazem flutuar grandes secções de gelo, provocando o deslizamento de blocos monolíticos de gelo para sul ao longo de centenas de kilómetros da frente de gelo; se deslocam quase tão rápido como um cavalo em galope, os blocos abriram caminho pelas florestas e seccionaram as árvores. Os oceanos também são alvos; milhares de fragmentos de gelo e nuvens de água fervente atingem o Atlântico, o iluminando com detonações colossais; os choques múltiplos provocam deslizamentos de terra submarinos imensos nas Carolinas e na Virgínia, libertando milhares de milhas cúbicas de lama e por sua vez a lama provocará um tsunami de 1000 pés de altura (300 metros) que se vai atirar para a Europa e África a 500 milhas por hora (800 km/h); nove horas mais tarde, a vaga acertará na Europa com a altura de mil pés (300 mts.) a velocidade de 400 milhas por hora (640 km/h), levando com ela alguns dos sobreviventes das primeiras explosões. A vaga penetra centenas de kilómetros para o interior das terras devastando tudo sobre o seu caminho; tudo que estava vivo sobre a costa, foi morto imediatamente.

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Uma vez com a sua energia esgotada, a água fervente faz brevemente uma pausa e começa o seu refluxo para a costa, carrega com ela os restos mortais de plantas e animais no seu movimento. A subida das águas provocará por sua vez, deslizamentos de terra na costa da Europa e em África, reenviando uma segunda vaga de mega – vagas para as Américas. Kilómetros de costa foram atingidos pelas vagas de 100 pés que despoletam ainda uma outra vaga de tsunamis que vai atingir a Europa e a África de novo. Mas pouco resta para destruir, alguns minutos depois dos impactos, o ar gelado e o vapor de água ascendente se combinam para produzir uma neve pesada e neve fundida que vai tão longe a sul como o México, as Caraíbas e a África do Norte; a sul a neve se transforma em chuva. No hemisfério norte a tempestade dura durante meses, uma tempestade de água nociva contaminada e mortal. Qualquer um que teve a sorte de sobreviver seria agora uma vítima potencial do ácido de metais tóxicos, do cianeto, formaldeído e arsénico; uma mistura que mataria muitos e deixaria o resto gravemente doentes.

A Terra ainda tem os estigmas de alguns impactos do passado.

A questão não é saber se estes factos se produzirão de novo, mas sim quando ?

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A água fundida tem outro efeito: ao escorrer para o Atlântico, ela irá parar o transportador oceânico que leva a água quente aos climas do norte; uma vez parado com as nuvens de poeira bloqueando o Sol, a temperatura cairá drasticamente. Nos dias ou semanas que se seguem aos impactos, as temperaturas continetais cairão abaixo do ponto de fusão e um frio brutal da idade glaciar se estende de novo sobre toda a Terra, ficando durante outro milénio. E tudo num aconteceu num instante e vos voltamos a vos lembrar de certeza que foi a “12 mil anos” é apenas uma estimativa aproximada porque algumas das datas apontam os seus dados ao máximo de há 14 mil anos e o mínimo de 10 mil anos. Podemos conjecturar um ciclo de 3 600 anos ? Por volta de 3200 a.C., os Sumérios inventaram o seu sistema de notação numérica, dando símbolos gráficos especiais as unidades 1, 10, 60, 600, 3600; é dizer que constatamos que os Sumérios não contavam em dezenas, centenas e milhares; mas que adoptaram antes a base 60, agrupando as coisas por 60 e multiplicando por potências de 60. A nossa própria civilização utiliza vestígios da base 60, na forma como contamos o tempo em horas, minutos e segundos e nos graus do círculo. Sessenta é um grande número para utilizar como base de sistema de numeração. Ele torna a memória mais pesada porque ela necessita de conhecer sessenta sinais (palavras) diferentes que representam os números de 1 a 60. Os Sumérios trataram de usar neste o 10 como um intermediário entre as diferentes ordens de magnitude sexagesimal: 1, 60, 602, 603, etc. A palavra que simboliza 60 é a mesma que quer dizer unidade; o número 60 representava um certo nível, acima do qual os múltiplos de 60 até 600 eram exprimidos utilizando 60 como nova unidade.

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Porque os Sumérios utilizaram uma base numérica que se apoiava

numa base numérica 60 ? A explicação pode vir das estrelas

Quando atingirem 600, o nível seguinte era tratado ainda como uma outra unidade, com múltiplos até 3000; o número 3600, ou sessenta vezes sessenta, tinha um novo nome: Sàr e ele por sua parte, se tornar uma nova unidade. Assim o mistério está aqui: porquê os Sumérios conservaram o número 60 – e os seus múltiplos 60 x 60 – no seu sistema de numeração ? Zecariah Sitchn acredita porque havia um décimo planeta no sistema solar com uma órbita de 3600 anos, onde eles basearam o seu sistema de numeração sobre o ciclo deste evento. Mas a prova do décimo planeta – tanto que o planeta – e as suas ideias ligadas a ele, eram um tanto insuficientes, tanto que a prova para o bombardeamento da Terra pelas massas de detritos de cometas aumenta a cada dia. Ao examinar dados fiáveis, não é preciso se ser um génio para compreender que algo vem a cada 3600 anos, é muito mais provável que seja um grupo de corpos cósmicos do que seja um 10º planeta e isto são más notícias.

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Cometas e desastres na Idade do Bronze Num certo momento da nossa história, as principais civilizações do mundo se desmoronaram, parece que simultaneamente. O Império da Acádia na Mesopotâmia, o Reino Antigo no Egipto, a primeira civilização da Idade do Bronze em Israel, Anatólia e Grécia; assim como a civilização do Vale do Indo na Índia, a civilização Hilmand no Afeganistão e a cultura Hongshan na China – as primeiras civilizações urbanas no mundo – tombaram todas, mais ou menos, na mesma época. Pouco tempo depois, em tempos arqueológicos, o desastre atingiu os Micénicos da Grécia, os Hititas da Anatólia, o Reino Novo no Egipto, a última Idade do Bronze em Israel e a Dinastia Shang na China. As Razões destes desastres extensos e aparentemente simultâneos – que coincidiram também com mudanças de culturas e de sociedades noutros lugares, como na Grã – Bretanha – foram durante muito tempo um mistério fascinante. As explicações tradicionais incluem a guerra, a fome e mais recentemente “o colapso do sistema”, mas a ausência de provas arqueológicas ou escrita directa para as causas por oposição aos efeitos, conduziu muitos astrólogos e historiadores a suporem de forma resignada que não existe nenhuma explicação definida e provavelmente não se poderá achar nenhuma. Há algumas décadas, a caça aos indícios passou grande parte nas mãos dos cientistas da natureza; se concentrando sobre as primeiras amostras da Idade do Bronze, os pesquisadores começaram a encontrar uma gama de provas que sugeriam mais causas naturais do que acções humanas; se começou a falar em mudanças climatéricas, de actividade vulcânica e de terramotos. Todavia não havia consenso; alguns pesquisadores eram favoráveis a um tipo de desastre natural, enquanto outros continuavam sem achar qualquer explicação simples que pareça vir explicar a totalidade do fenómeno. Durante os últimos 15 anos, todavia, um novo tipo de “catástrofe natural” foi muito discutida e começou a ser considerada por muitos estudiosos, como a explicação simples e a mais provável do colapso cultural espalhado e simultâneo não apenas na Idade do Bronze, mas também em outras épocas. A nova teoria foi avançada em grande parte pelos astrónomos e quase completamente desconhecida por quase todos os arqueólogos (algumas excepções incluem o professor Mike Baillie, dendrocronologista da Queen’s University em Belfast e do doutor Euan MacKie da Universidade de Glasgow). A nova ideia é que estes desastres culturais massivos foram causados pelo impacto de cometas ou de outros detritos cósmicos na Terra.

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Contudo, qual seria a causa desde terramotos, erupções, tsunamis, explosões incendiárias e mudanças climáticas ? No final dos anos 70 do século passado, os astrónomos britânicos Victor Clube e Bill Napier da Universidade de Oxford começaram a examinar o impacto de cometas como causa suprema. Depois em 1908, o físico laureado com o prémio Nobel, Luis Alvarez e os seus colegas publicaram um artigo célebre na Science que sustentava que um impacto cósmico levou a extinção dos dinossauros. Ele mostrou que as grandes quantidades do elemento irídio (metal relativamente raro, usado em ligas metálicas e bicos de caneta de tinta permanente ou em aparos de canetas, N.T.) presente nas camadas geológicas que datam cerca de há 65 milhões de anos a.C. teriam uma origem cósmica. O artigo de Alvarez teve uma influência imensa e estimularia uma nova pesquisa para os astrónomos britânicos como Cube e Napier. O professor Mark Bailey do Observatório Armagh, Ducan Steel of Spaceguard Australia e o astrónomo britânico mais conhecido, Sir Fred Hoyle, todos apoiam a teoria do impacto de cometas e representam a escola britânica do Castastrofismo Britânico Coerente. Estes estudiosos conjecturaram que trilhos de detritos de cometas que se encontram com a Terra várias vezes. Sabemos que partículas de material cósmico penetra na atmosfera todos os dias, mas o seu impacto é insignificante. De vez enquando, todavia, detritos cósmicos medindo entre um e várias dezenas de metros atingem a Terra e eles podem ter contudo efeitos catastróficos no nosso meio ambiente por causa das explosões de várias megatoneladas e das bolas de fogo que destruíram as características naturais e culturais sobre a superfície da Terra pelo meio de inundações provocadas por tsunamis (se os detritos caírem no mar), devido a explosões incendiárias e abalos sísmicos. Segundo as suas propriedades físicas, os asteróides ou os cometas podem atingir a superfície da Terra e deixar uma cratera de impacto como a cratera Barringer, bem conhecida no Arizona feita por um asteróide constituído por ferro há cerca de 50 mil anos. Pelo menos dez crateras de impacto no mundo inteiro datam de antes do último período glaciar, e pelo menos de entre elas, sete datam do 3º milénio antes de Cristo – a data dos colapsos do início da Idade do Bronze – embora nenhum tenha atingido o Médio Oriente.

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Em alternativa os cometas e asteróides podem explodir no ar. Um caso recente – conhecido como o Evento de Tunguska – aconteceu em 1908 na Sibéria, quando um bólide rochoso explodiu à 5 km do solo e devastou completamente um sector de 2000 km2 graças as explosões em bola de fogo. O corpo cósmico com apenas cerca de 60 metros de diâmetro, teve uma energia de impacto de 20 a 40 megatoneladas e foi o equivalente a cerca de 2000 bombas nucleares da dimensão da que foi detonada em Hiroshima – bem que não teve nenhum impacto físico real sobre a Terra; Até recentemente, a corrente científica dominante na astronomia era fortemente crítica em relação a hipótese do cometa gigante de Clube e Napier. Todavia o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Júpiter no ano de 1994, onde se viu o cometa observado pelos observatórios de todo o mundo, se desfez em 20 pedaços e foram chocando com diferentes partes do planeta durante um período de vários dias, mudou bastante as mentalidades dos estudiosos mais recalcitrantes na nova hipótese. Um impacto semelhante sobre a Terra não vale pena mencionar que seria devastador. Segundo os conhecimentos actuais, os impactos semelhantes ao de Tunguska acontecem a cada 100 anos ou um pouco depois; não é de tudo absurdo formular a hipótese que um super-Tunguska pode acontecer a cada 2000, 3000 ou 5000 mil anos e é capaz de despoletar crises ecológicas a uma escala continental ou mesmo mundial. No passado, os cépticos exigiam a prova de uma cratera sem a qual não aceitavam um argumento de impacto cósmico, mas agora se compreende que nenhuma cratera é precisa para que as consequências desastrosas se sucederem.

Depois do desmembramento do cometa Shoemaker-Levy 9 sobre Júpiter em 1994, se viu o cometa, observado pelos observatórios

mundiais, se desfazer em 20 fragmentos e despenharem em diferentes partes do planeta num período de vários dias.

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A dificuldade que se deixa aos estudiosos no entanto é que um evento Tunguska, sem nenhuma prova directa não é deixado para trás; poder ser impossível de provar que houve um evento semelhante no passado distante. Na mesma medida em que os impactos de cometas do passado foram responsáveis pelo desmoronamento da civilização, por mudanças culturais e mesmo pelo desenvolvimento da religião ? Ao olhar as provas astronómicas, geológicas e arqueológicas, esta hipótese do “cometa gigante” não deveria de ser afastada de todo por um golpe de mão dos arqueólogos. De entre os numerosos efeitos secundários dos bombardeamentos de cometas, se encontram tremores de terra, tsunamis e erupções vulcânicas. E se sabe que aconteceu um evento vulcânico significativo no momento do desmoronamento das civilizações da Idade do Bronze que nos d+a uma data fortemente fixada: Théra (conhecida por Santorini, N.T.). Os desenvolvimentos publicados no número de Abril de 1996 da Science fixam a data da erupção ente 1627 e 1600 a.C. com uma certeza de 95%. Claro que esta hipótese é rejeitada por bastantes arqueólogos que passaram toda a sua carreira a datar as coisas segundo a Bíblia e se deram conta que andam atrás de uma ilusão é desconcertante. Yoshiyuki Fuji e Okitsugu Watanabe demonstraram que “as mudanças ambientais em grande escala chegaram provavelmente ao hemisfério sul em meados do Holoceno [Mcroparticle Concentration And Electrical Conductivty of A 700 m Ice from Mizuho Station Antarctic, publicado nos Annals of Glaciology (Janeiro de 1988) pp. 38 – 42] (ao longo dos últimos 10 mil anos). Os seus perfis de profundidade de concentração de micro partículas, condutividade eléctrica e de oxigénio 18 até 1600 a.C. indicam um ponto nas medidas de todos estes elementos. Os factos mostram que esta perturbação cobriu este período específico, mas com “um pico enorme até 1600 a.C.”.

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Uma prova semelhante existe em 5200 a.C. Este período mostra um stress climático menos severo mas semelhante; o perfil de oxigénio 18 está perto do normal, mas há uma banda de poeiras vulcânicas visíveis. [cit. G. Chape Schellhorn, Ph.D.: Evidence of Cyclical Earth Changes, from When Men are Gods]; num artigo na Nature de Novembro de 1980; C.U. Hammer, H. B. Clausen e Dansgaard dataram uma perturbação de núcleo de gelo de Camp Century em 5470 a.C. ,+/- 120 anos. Esta se comparou a erupção do Hekla que foi datada com carbono 14 em 5450 a.C. +/- 190 anos. Há um sinal de acidez, sensivelmente alto nestas secções do núcleo de gelo que indicam um alto nível de actividade vulcânica – de novo na marca do ciclo de 3600 anos; se conjecturou que o ciclo continua imperceptível por causa das repercussões a longo prazo, como o clima a arrefecer, e também que cada ciclo tem efeitos mais ou menos grandes sobre a Terra segundo as interacções dinâmicas particulares no sistema solar, não importando qual seja a ruptura. É evidente que alguma coisa acontece a cada 3600 anos como o indicado pelos núcleos de gelo. Olhemos para mais longe: Michel R. Legrand e Robet J. Delmas do Laboratório Nacional de Glaciologia (França) que publicaram um artigo “Soluble Impurities in Four Antarctic Ice Cores Over the Last 30,000 Years” [Annals of Glaciology (Outubro de 1988, pp. 116-120)], no qual traçam as variações de oxigénio 18 e os compostos iónicos Na (sódio), NH4 (amónia) Ca2 (cálcio 2), H (hidrogénio) e Cl (Cloreto), NO3 (nitrato) e SO4 (sulfato). A escala de tempo para cada nível de composto iónico, bem como do O18 se estende até 30000 no passado; o gráfico mostra as correlações nos pontos à 5200 a.C., 8800 a.C., 12400 a.C., cerca de 16000 a.C., cerca de 19600 a.C. Todos os quais foram tempos de grande stress geológico.

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Logo que ele falava da Atlântida, Platão dizia sem dúvida a

verdade. Em todo o caso a sua récita se inscreve num período de grande instabilidade

Quando se observam os dados e se começam a contar a inexactidões de datação reconhecidas (algumas gamas de datas podem divergir 100 anos para um lado ou para outro, bem que a repartição dos picos é regular e rítmica) para as datas mais recentes e a variação de 300 a 600 anos para as datas mais antigas – particularmente quando se considera que estas são grandes análises e ninguém procura nada de verdadeiramente específico – apenas dizem “Uau ! Olhem esta linha ondulada !” – nós constatamos que os núcleos de gelo do Sul não registam a mesma coisa que as linhas do Norte. O evento de 1628 a.C. que verdadeiramente marcou os anéis das árvores no hemisfério Norte, não mostra quase nenhum registo nos núcleos de gelo antárctico em termos de actividade vulcânica. Mas os núcleos do Norte mostram que a actividade começa em 1644 a.C. A prova para o evento de 5200 a.C. é forte no núcleo de gelo do Domo C; o evento de 8000 a.C. está bem marcado – de facto parece ser o mais forte de entre todos. Recordem que evento foi há 10800 anos – exactamente na janela de datas ditas por Heródoto e Platão. A variação de O18 é considerável, o aumentar da salinidade do mar, os níveis elevados de Cl e Cl/Na; há um ponto extremo no nível de SO4 e H sugere uma actividade vulcânica estendida – grandes mudanças da Terra aconteciam neste momento e elas se inscrevem no clima e os oceanos as conservaram no gelo.

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O evento de 12400 a.C. está também extremamente marcado nos núcleos de gelo. Os gráficos mostram uma mudança rápida, enorme incluindo o fim do período glacial do Wisconsin; há uma grande variação do isótopo 18 do oxigénio como também picos de sódio e pico bem pronunciados de cálcio, sulfato e hidrogénio. Não há dúvida que o acontecimento de Santorini aconteceu; o sinal ácido no núcleo de gelo é muito forte; o que significa há poucas dúvidas sobre a data que aconteceu. Algo de muito pouco comum e específica aconteceu então em 1664 a.C., e culminou num cataclismo maior e parece que percorreu todo o mar Egeu e o sector da Anatólia, deixando pistas que são impossíveis de serem esquecidas; impossível para qualquer um, mesmo dizendo que excepto os egiptólogos. Em todo Mediterrâneo havia reinos e culturas que comunicavam e negociavam entre elas. Ligando os numerosos livros sobre cada região produzidos pelos vários peritos que nas diferentes culturas, se encontram muitas repetições do facto, que um período de ruptura é anotado nos arquivos históricos e arqueológicos. Duma forma ou de outra um tal evento numa região não está necessariamente ligado a um evento semelhante noutra região. Não se pode considerar a ideia que as rupturas num período geral dado; possivelmente simultâneos; porque isto perturba a cronologia cuidadosamente construída que está baseada sobre actos de tetrafiloctomia (cortar os cabelos em 4; disciplina criada por Umberto Eco em “O Pêndulo de Foucault”). No seu livro “Estratografia Comparada e Cronologia da Ásia Ocidental” (Londres, Oxford University Press, 1948), as investigações arqueológicas de Claude Shaeffer levaram a que se propusesse que uma grande catástrofe natural provocou o fim do Império Médio no Antigo Egipto e que também desvastou pelo fogo e por terramotos cada uma das zonas populosas de Creta, Chipre, Cáucaso, Síria, Palestina, Pérsia e Ásia Menor em geral. É um caso especial de um “evento local”; é apenas a conclusão lógica que o evento de Santorini e o fim da Idade do Bronze são um e o mesmo evento, e este aconteceu pouco depois de 3600 anos; dito por outras palavras, nós estamos atrasados.

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Os cometas e asteróides susceptíveis de nos atingir vêm eles da

Nuvem de Oort ?

Agora, voltamos aos céus. A primeira questão que queremos colocar é: Qual a relação entre esta estrela companheira do Sol – Nêmsis e a extinção ? Como uma estrela para lá do sistema solar pode ter um tal impacto sobre a vida terrestre ? Bem além da órbita de Plutão se encontra a nuvem de Oort, também chamada de Nuvem de Öptik – Oort, é uma nuvem esférica superlotada de cometas colocados a cerca de 50 mil a 100 mil UA (Unidades Astronómicas: 1 UA = 149.597.871 km, a distância média da Terra ao Sol) do Sol. É cerca de 2 mil vezes a distância de Plutão ao Sol ou quase um ano-luz, praticamente ¼ da distância do Sol a Próxima Centauro. O sistema solar está rodeado por esta nuvem constituída por biliões de cometas. Imagine um certo número destes cometas que se dirigem para o centro da nuvem, o nosso Sol e o seu sistema solar, seria o maior objecto na vizinhança, seria o maior ponto de atracção, os cometas seriam atraídos para uma órbita a volta do Sol. Todavia nenhuma observação directa foi feita de tal nuvem, que se pensa ser a fonte da maioria ou mesmo de todos os cometas que entram no sistema solar interior (alguns cometas de órbita de curto período podem vir da cintura de Kuiper). Até aqui, apenas se descobriu um objecto potencial da nuvem de Oort: 90377 Sedna, com uma órbita que se estende de 76 a 928 UA, o que é mais próximo que se esperava à da origem. Se Sedna aparenta ser da nuvem de Oort, isto pode significar que a nuvem de Oort, é de facto mais densa e mais próxima do Sol que pensávamos. Assim temos um mecanismo que pode hipoteticamente despoletar o lançamento de um enxame de cometas no sistema solar.

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A órbita da gémea binária do sol se encaixa no ciclo das grandes extinções sobre a Terra, mas é sempre uma hipótese, se estes ciclos acontecem a cada 26 milhões de anos. Qualquer prova que possamos ter que éramos vivos num destes períodos se pode dizer que estariam moribundas ? Um dos corolários da teoria de Nêmesis é que a companhia sombra do Sol pode ser bem visível como um segundo Sol no céu quando ela está no ponto mais próximo do Sol. Há uma prova que poderia sugerir que as pessoas já teriam visto “um segundo Sol” ? No seu livro “Comets and Popular Culture and the Birth of Modern Cosmology” de Sarah J. Schenchner escreveu: “Vê-se a disposição ensolarada do tempo durante a coroação (de Carlos II de Inglaterra) como a realização de uma profecia. Em 1630, no momento do nascimento de Carlos II, uma estrela do Meio-Dia ou um Sol rival, segundo disseram, apareceu no céu. […] Aurelian Cook no Titus Britannicus explicou a sua importância: “Assim que nasceu o Céu, se considerou em conta e se viu e o olhamos com “uma estrela” que se revela ao descaso do Sol do Meio-Dia…” Para Cook, o Sol suplementar anunciava que Carlos II governava por direito divino; além disso a altura para a entrada de Carlos II em Londres, no seu aniversário foi politicamente calculada para que coincidir com a aquilo que lhe pressagiado no seu nascimento. Abraham Cowley, o poeta e espião da corte escreveu: “Nenhuma Estrela de entre vós todos, creio, que nenhuma ajuda vigorosa como aquela que aconteceu há 30 anos, no nascimento de Carlos II, apesar da luz do sol do Meio-Dia, o seu esplendor futuro, que este ano predisse”. Edouard Matthieu consagrou um livro inteiro para a consumação da profecia declarando Carlos II “recomendado para ser o Monarca mais poderoso do Universo…” O regresso de Carlos I era considerado como um renascimento da Inglaterra e devidamente registado por um decreto especial no livro das leis, que proclamou o 29 de Maio como o dia de nascimento mais memorável não só da Sua Majestade tanto como homem, príncipe, mas também como um rei real…” Portanto há 377 anos apareceu um segundo Sol em carne e osso, pelo que eu sei, nunca esteve ligada a um cometa ou a uma supernova. De forma interessante, sobreviveu 30 anos mais tarde pela observação de vários cometas.

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Mas o século XVII foi interessante por causa de outra anomalia implicando o nosso Sol: O Mínimo de Maunder. Entre os anos de 1645 e 1715, o nosso Sol descansou num período de mínimo solar. Durante um período de 30 anos, no Mínimo de Maunder, por exemplo, os astrónomos observaram apenas cerca de manchas solares, por oposição a um número mais típico de 40 mil a 50 mil manchas. O Mínimo de Maunder coincidiu com o ponto médio e pico de temperaturas mais baixas da suposta Pequena Idade Glaciar, durante a qual a Europa e a América do Norte, bem como o resto do mundo, foram submetidos a Invernos extremamente frios. A pesquisa recentemente publicada sugeriu que a rotação do Sol diminuiu no Mínimo de Maunder profundo (1666 – 1700). No nosso nível actual de compreensão da física solar, um Sol maior e mais lento implica necessariamente um Sol mais frio que fornece menos calor a Terra; pode ser que a aproximação extrema, astronomicamente falando, da companheira do Sol foi a causa deste arrefecimento. A actividade solar inferior durante o Mínimo de Maunder também afectou a quantidade de radiação cósmica que atingiu a Terra; a mudança na produção de carbono 14 durante este período causou uma imprecisão na datação por carbono 14 até que se descobriu este efeito. No total, a análise de carbono 14, bem como os anéis de crescimento das árvores e dos estudos fundamentais no gelo indicam que parece que houveram 18 períodos de mínimos de manchas solares, nos últimos 8 mil anos e os estudos indicam que o Sol passa de forma habitual um quarto do seu tempo nestes Mínimos. Nós apenas podemos especular se no momento actual se estes ciclos têm uma relação com a nossa companheira sombria e/ou com os seus filhos cometas.

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A detecção de meteoritos não é ainda uma prioridade para os

nossos governos se podem arrepender e sobretudo se lamentar.

Voltando a nossa hipótese, se nós estamos certos, a estrela sombra foi vista há 377 anos, se era de facto a companheira Nêmsis; então os cometas se dirigiriam para o sistema solar interior, se dirigiriam para nós. Segundo as suas posições na nuvem de Oort, haveria grupos variáveis – variáveis tanto no tempo de chegada como no tamanho. Há alguma prova disto ? A terceira edição do livro escolar universitário “Exploration of The Universe” da autoria de George O. Abell, publicado em 1975, nos informa que Júpiter tem 9 luas em 1974. Ele disse “Os sete satélites exteriores, todavia, têm uma órbita bastante excêntrica, cujos alguns têm uma grande inclinação sobre o equador de Júpiter. Os 4 satélites mais distantes rodam de leste para oeste, ao contrário dos movimentos da maioria dos outros objectos no sistema solar. Eles poderiam ser antigos planetas menores capturados por Júpiter (página 324 da mesma obra)”. Note com atenção que Abell sugere que algumas das luas de Júpiter teriam sido capturadas pela gravidade de Júpiter; agora 63 satélites em Júpiter, se descobriram 47 destes satélites desde 1999 que não estavam lá previamente ? E no que concerne ao nosso texto, Saturno, o nosso texto de 1975 nos disse que Saturno tinha 10 satélites. Em 2007, se contavam 62; com 41 descobertos desde 2000 e outros 10 descobertos nos anos 80 e 90. Nos deslocamos para exterior e; nós vamos à Urano, com cinco satélites em 1975 e tem agora 28; com dez descobertos nos anos 80 do século XX; seis nos anos 90 e 7 desde 2000. Neptuno tinha dois satélites em 1975, tem agora 13.

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Tabela 1, O Número de Luas

Planeta 1975 2005

Júpiter 9 62

Saturno 10 62

Urano 5 28

Neptuno 2 13

A explicação mais frequente que é dada para explicar este aumento no número de satélites para estes planetas é que os telescópios estão melhorados; é como dizer que nós podemos ver mais longe com detalhes maiores e que ainda podemos encontrar coisas que não poderíamos ver anteriormente.

De onde vêm as numerosas e recentes luas de Júpiter ?

É uma explicação que é coerente; um pequeno problema com esta teoria é que as “novas luas” de Neptuno e de Urano foram descobertas antes das novas luas de Júpiter e Saturno. Se pensou que telescópios potentes, capazes de encontrar luas tão longe como no sétimo e oitavo planeta teriam encontrado dificuldades para de início entrar as luas difíceis de ver nos 5º e 6º planetas ! Uma outra explicação possível é que as novas luas apareceram a volta de Neptuno e Urano antes de aparecerem a novas luas a volta de Júpiter e Saturno. São novas luas, ou algumas delas, são objectos que foram capturados na ratoeira das órbitas destes planetas apenas recentemente, que foram capturados pela gravidade destes planetas e arrancados da cauda de cometas que chegam; ao passar as órbitas dos planetas exteriores de início, eles alcançarão os planetas interiores depois.

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O sistema binário

Nós observamos o nosso céu e não vemos mais do que um sol, nós concluímos naturalmente que o nosso sistema estrelar apenas inclui uma estrela, o sol. Todavia, os sistemas de estrelas binárias são muito frequentes. Há uma hipótese que sustenta que o nosso Sol faz parte de um tal sistema binário. A companheira hipotética do Sol foi chamada como vem acima de “Nêmesis”. A órbita é de 26 milhões de anos, aproximadamente o tempo necessário para que aconteça a queda de numerosas civilizações. Os estudos de fósseis de Dave Raup e Jack Sepkoski mostraram que há uma repetição cíclica dos períodos de extinção. A teoria de Nêmsis foi estabelecida para explicar o ciclo de extinção. Nós não podemos oferecer qualquer prova para a hipótese do trabalho já descrito em cima; trabalhamos sobre uma base de dados limitada. O máximo que podemos dizer, é que um argumento pode ser estabelecido sugerindo o cenário seguinte: A companheira do Sol, sobre a sua órbita de 26 milhões de anos, se aproximou do sistema solar há 377 anos, se mostrando e colocando diante dela os cometas, dos quais alguns apareceram 30 anos depois da manifestação de 1630 da própria estrela sombra. A passagem da companheira do Sol pela nuvem de Oort atrelou milhares de outros corpos na sua esteira, seguiram a sua órbita e ejectaram um enxame de entre eles para nós, viajando agora quase 400 anos. Os membros deste enxame foram capturados pelos campos de gravitação dos planetas exteriores, aumentando o número de luas nestes últimos anos; se o enxame passou por Júpiter, então podemos ter chegado a resposta.

Um livro notável sobre as catástrofes cíclicas

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Um ponto para terminar; há relatórios que dizem que a Terra não é o único planeta atingido pelo aquecimento global; poderá ser possível que esta mudança climática aparentemente notada no sistema solar esteja ligada a uma nuvem que se aproxima ? Nós não o sabemos e nos faltam meios fundamentais para adquirir dados a fim de aceitar ou rejeitar esta hipótese. Qualquer que seja a explicação de um aquecimento generalizado de todos os planetas, é claro que temos poucos conhecimentos no que concerne aos mecanismos fundamentais que engrenam este fenómeno. Para concluir, vos quero dar algumas citações das páginas finais de “The Cycle of Cosmic Catastrophes: Flood, Fire, and Famine in the History of Civilazation” porque as palavras deverão ter um significado para nós todos. Se vocês querem mais provas do que aquelas que se adquiriram com os mamutes, deve apenas elevar os olhos para o céu nocturno limpo. No qual não importando o mês, pode você ver estrelas cadentes, numerosas chuvas de meteoros. Digamos que cada banda ardente que veja é o resto minúsculo de um cometa que se separou em fragmentos bem mais pequenos. É certo, que a maioria destes fragmentos são microscópicos, mas o seu cometa parental não o é – ele era enorme, há alguns grandes pedaços de fragmentos de cometas. Nós passamos através das suas nuvens cada ano como a roda dentada de um relógio, aí então entramos em colisão com alguns destes grandes pedaços. Em 1990, Victor Clube, um astrofísico; e Bill Napier, um astrónomo, publicaram “The Cosmic Winter”, um livro no qual eles descreveram as análises orbitais de várias chuvas de meteoritos que atingem a Terra todos os anos. Ao utilizar um programa aperfeiçoado, eles cuidadosamente observaram no passado durante milhares de anos, traçando as órbitas de cometas, asteróides e de chuvas de meteoritos até que eles descobriram algo de surpreendente. Muitas das chuvas de meteoritos estão próximas umas das outras como as Taurídeas, as Perseidas, as Piscídeas e as Oriónidas. E mais alguns objectos cósmicos muito grandes lhe estão ligados: os cometas Encke e Rudnicki, os asteróides Olijato e Hefesto e cerca de mais 100 outros. Cada um destes 100 corpos cósmicos (e talvez mais) têm meia milha de comprimento (800 mts.) e alguns chegam a ter vários kilómetros de diâmetro. E o que eles têm em comum ?

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Segundo estes cientistas, cada um é o resultado do mesmo cometa massivo que entrou no nosso sistema pela primeira vez há menos de 20 mil anos ! Clube e Napier calcularam que para formar todos os detritos que eles encontraram por todo o sistema solar, o cometa original deveria de ter sido enorme.

Ninguém não sabe exactamente quantos são os cometas e os

asteróides perigosos no espaço, mas os astrónomos estão certos que algumas centenas de milhar estão por descobrir.

Assim seria o nosso assassino da megafauna ? Todos os factos conhecidos correspondem; o cometa pode ter cavalgado na onda de choque da supernova (ou ser propulsado no sistema solar pela estrela companheira LKJ), depois entrou em órbita há menos de 20 mil anos; ou se ele já aqui estava, a onde choque dos detritos da supernova o poderia ter impulsionado para uma órbita, cruzando à da Terra. Qualquer que seja o caso, cada vez que procuramos no céu nocturno um belo espectáculo deslumbrante de estrelas cadentes; há um lado sombrio nesta beleza.

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Nós vemos muito provavelmente, os restos de um cometa monstruoso que colocou fim a 40 milhões de animais há 12 ou 13 mil anos atrás. Clube e Napier também calcularam que devido a mudanças subtis das órbitas da Terra e dos detritos cósmicos restantes, a Terra cruza a parte mais densa das caudas de cometas gigantes a cada 2000 a 4000 anos (ou 3600 anos ?). Quando observamos os registos do clima nos núcleos de gelo, podemos ver este modelo. Por exemplo: o irídio, o hélio 3, o nitrato, o amónio e outras medidas – chave parecem subir e descer em tandem, produzindo picos enormes há cerca de 18 mil, 16 mil, 13 mil, 9 mil, 5 mil e 2 mil anos; neste modelo de picos a cada 2 mil a 4 mil anos, nós podemos ver o “cartão de visita” do mega cometa que se aproxima. Felizmente os picos mais antigos foram os mais pesados bombardeamentos e as coisas se tornaram mais tranquilas depois de então porque o cometa se separou em pedaços muito mais pequenos. Todavia alguns restantes somam vários kilómetros de tamanho e são grandes o suficiente para fazer danos graves nas nossas cidades, clima e economia mundial. Clube e Napier (1984) previram que no ano 2000 e ainda durante 400 anos, a Terra entraria noutro período perigoso, no qual a mudança de órbita do planeta nos colocaria numa rota de colisão potencial com as partes mais densas das caudas, contendo alguns detritos muito grandes. Vinte anos depois da sua previsão, nós nos deslocamos na zona perigosa; é um facto largamente aceite que alguns destes grandes objectos têm órbitas que cruzam à da Terra, agora a única incerteza é se eles nos falharão, como é o mais provável, ou se eles entrarão em colisão com alguma parte do planeta. Isto pode parecer más notícias, mas há um brilho vacilante de boas notícias também. Pela primeira vez temos meios de detectar objectos e de os impedir para nos atingir de novo. Um tal esforço é o Projecto Spaceguard, uma cooperação internacional que tenta localizar estes objectos que ameaçam a Terra e outros progrmas que incluem o telescópio Near-Earth Asteroid Tracking (Neat) e o Projecto Spacewatch na Universidade do Arizona. Infelizmente nenhum deles é financiado o suficiente para alcançar o trabalho antes de vários anos, mas eles trabalham com empenho.

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Ninguém sabe exactamente quantos são os asteróides e cometas perigosos no espaço, mas os astrónomos estão certos que de entre eles há centenas de milhar que ainda não foram descobertos. O pior é que muitos destes objectos estão na sombra e são difíceis de ver, quase invisíveis até o momento em que eles ficam muito perto e aí será tarde demais. É certo que um destes monstros está numa rota de colisão com a Terra – é justo que não conhecemos os detalhes, pode ser dentro de dias como dentro de centenas de anos a partir de agora ? Mesmo se nós estivermos certos que há um objecto a se aproximar, há muito poucas coisas que se possamos fazer neste caso actualmente. Nós somos dentro de anos, de sermos capazes de controlar o nosso próprio destino quando ele está ligado as supernovas, cometas gigantes e asteróides, mas os cientistas trabalham em soluções. Não é uma alta prioridade para os governos mundiais que preferem todavia fazer frente as ameaças terrestres do que as ameaças cósmicas. Para impedir que estes objectos gigantes de nos apagar, colectivamente, nós dispensamos cerca de 10 a 20 milhões de dólares todos os anos; uma soma menor que o custo de um ou dois aviões de guerra sofisticados; quase nenhum dinheiro é gasto para se tentar detectar as supernovas iminentes ou cometas. Os nossos políticos subestimem de forma séria estas ameaças severas, que são capazes de dar um fim a nossa espécie, as mesmas que exterminaram os mamutes e não passaram mais do que 13 mil anos, não mais do que um piscar de olhos em termos cósmicos; há poucas ameaças desta amplitude que nos faça frente hoje em dia; a espécie humana não está ameaçada de forma grave pela gripe das aves, pelos ataques da Al-Qaeda, pelo fim da era do petróleo, pelos furacões monstruosos, pelos super – terramotos ou pelas tsunamis enormes; não importa qual seja o perigo que venha, porque a maioria continua a viver.

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Nada nesta lista é aceite largamente como ter causado extinções globais; mas o mesmo já não se pode ser dito das supernovas e dos impactos de cometas massivos. Estes dois eventos cósmicos estão implicados nas maiores extinções do nosso planeta ao curso dos últimos anos. Felizmente temos sobrevivido, mas para numerosas espécies com as quais convivemos não é o caso. A humanidade pode não sobreviver ao próximo; parece razoável renunciar a muitos dos nossos aviões de guerra cada ano para diminuir as chances de sermos irradiados do espaço por uma supernova ou por um cometa. Assim com efeito, a humanidade já passou a sua “data de extinção” e como na época de Noé… Eles comeram, eles beberam, eles se casaram com as mulheres que lhes eram dadas em casamento, até ao dia que Noé entrou na arca e o dilúvio começou e todos foram destruídos. Da mesma forma como foi na época de Lot: eles comeram, eles beberam, eles compraram, eles venderam, eles plantaram, eles construíram; mas no dia em Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre dos céus e todos foram destruídos. (Tradução do artigo com o título “Le Cycle des Catastrophes Cosmiques de Laura Knight-Jadczyk e Henry See, publicado na revista 5000 Ans d’Histoire Mystérieuse de Dezembro de 2010)