25
O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira de Araujo

O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da

Pampulha

Maravilhas da Arquitetura Brasileira

Indicadores Ecológicos

Políticas Públicas

Aluna: Esther Nogueira de Araujo

Page 2: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

“Assim, o homem fez engolirem as terras e solaparem os montes. Quebrando um acordo de milênios, as águas assaltaram os vales e fizeram deles sua nova morada, espalhando

peixes onde outrora existiam bois, misturando o verde das algas com o verde

das copas das árvores, fazendo boiar coisas que foram feitas para ficar no chão.”

Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade

Page 3: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Criação do Reservatório

Década de 30: grande crescimento populacional e conseqüente aumento da demanda de água

O prefeito Otacílio Negrão de Lima inicia em 36 a construção da barragem, que é inaugurada em 38

Seu objetivo inicial era o abastecimento de água mas acabou servindo apenas à sua própria região.

Page 4: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

“Não satisfeito com a beleza que ele mesmo (o homem) criara, entendeu que

à beleza tão natural - apesar de artificialmente criada – precisava sobrepor a sua própria criação”

Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade

Page 5: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

JK – Década de 40

A Pampulha era a principal meta de Juscelino enquanto prefeito de Belo Horizonte

Aumento da capacidade da Represa triplicando sua capacidade ampliando o parâmetro de jusante.

Concurso público da Prefeitura para escolha do prédio que seria o Cassino da Pampulha decepciona.

Page 6: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

JK queria uma arquitetura nova e genuinamente brasileira, que espelhasse o progresso e a modernidade da época.

Ele entra então em contato com o Arquiteto Oscar Niemeyer que finalmente consegue colocar no papel todos os ideais de JK com seus traços curvos e revolucionários

Em 1943 é inaugurado o Complexo Arquitetônico da Pampulha

Page 7: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

O Cassino da Pampulha Construção com dois

pisos, o primeiro voltado para o jogo e o segundo para festas suntuosas.

Com a proibição do em 1946, “o cassino passou pela errância dos pecadores sem salvação”, que so terminou quando se tornou o Museu de Arte da Pampulha em 1957.

Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/pampulha

Planta SuperiorFonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos

Page 8: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Casa do Baile

Duas finalidades: “valorização artística da Pampulha e a função social com diversão sadia para o povo”

Fonte:http://www.inf.pucminas.br

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos

Page 9: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Iatch Golfe Clube Aproveitar a lagoa

para os esportes náuticos e com segundo andar voltados para festas.

O golfe seria realizado na área onde hoje é o Jardim Zoológico

Fonte: http://static.panoramio.com

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos

Page 10: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Igreja de São Francisco de Assis

“Ora diabos! (isto é, que Deus me perdoe!). Mas como sagrar uma igreja feita por dois comunistas?”

Terminada em 44, so foi sagrada em 59, mas antes, em 47 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional

Fonte: www.wikipedia.org

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos

Page 11: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

O Valor do Complexo Arquitetônico da Pampulha

O Complexo Arquitetônico da Pampulha se tornou referência de uma arquitetura inovadora

O presidente do instituto de patrimônio histórico português confidenciou que, nos anos 50 e 60, todos estudantes de Arquitetura que pretendiam uma carreira sólida na Europa tinham de vir a Belo Horizonte para ver a Pampulha

Page 12: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Anos 50 - Ruptura A população de Belo Horizonte dobrou no

anos 50, uma das principais causas de poluição da Lagoa da Pampulha.

Acentuam-se as ocupações clandestinas do solo na região somada ao desenvolvimento da Cidade Industrial em Contagem.

Sinais de eutrofização e assoreamento já podiam começar a serem observados.

Em 1954 acontece a ruptura da barragem que começou como uma fenda que, apesar dos esforços da Administração Pública, acabou resultando na ruptura definitiva.

Page 13: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

“O romper de um sonho tornado real é pior que o não acontecer

de um sonho”Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade

Page 14: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Fonte: Museu Histórico Abílio Barreto - Pampulha Múltipla

Page 15: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Causas Assim que ocorreu a ruptura aconteceu uma corrida

pelos responsáveis e pelas causas do desastre. Dentre as causas citadas estão:

A barragem não foi construída com seu projeto original

Falhas na construção como emprego de material impróprio e de processo pouco recomendado para o maciço e a presença de fendas na parte superior da barragem (falhas apontadas num parecer técnico em 38)

Emperramento da porta do vertedouro que poderia ter aliviado a pressão da água

Page 16: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Reconstrução da Barragem

Diante de esforços federais, estaduais e municipais, a barragem foi reconstruída sendo re-inaugurada em 1958 com o melhor da tecnologia disponível na época.

Destaca-se o aumento da largura da base e do topo da barragem e que o material de solo empregado na construção foi criteriosamente escolhido e colocado com compactação controlada através de laboratórios de solos.

Page 17: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Décadas de 60 e 70

A Pampulha não atrai muito a atenção política nesse período e problemas de

eutrofização, assoreamento e ocupação ilegal e desordenada de áreas que

drenam para a bacia continuam acontecendo e piorando sua situação

Page 18: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

“A saúde das lagoas é normalmente consequência da “contribuição” que

lhes trazem seus afluentes, os rios que as formam. Nas cidades essa

“contribuição” na maior parte das vezes, não é água limpa mas sedimentos de erosões os desaterros clandestinos,

esgotos de populações sem saneamentos básico (ou também

clandestinos) e lixo, muito lixo”Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade

Page 19: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Década de 80

O assoreamento e a contaminação da lagoa já são óbvias.

O espelho d’água é diminuído pelo crescente número de aguapés.

Começam os debates pela solução dos problemas

“antes de tratar as águas, seria preciso tratar a mente dos homens”

Page 20: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Indicadores Ecológicos

Assoreamento Mortandade de peixes Mau cheiro Contaminação por cianobactérias Vetores de doenças infecciosas Eutrofização da lagoa Ploriferação de aguapés

Page 21: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Década de 90

Começam os grandes programas de recuperação da Lagoa

PROSAN - Fundo de Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça Publicado no Diário do Executivo "Minas Gerais" em 07/01/1994, concluído em 1998.

PROPAM – Programa de recuperação da Bacia da Pampulha

CEMAP - Centro de Educação e Mobilização Ambiental da Pampulha 1998

Page 22: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

PROPAM Subprograma de Recuperação da Lagoa - ação

direta nos problemas: dragagem da parte assoreada, revitalização da orla e tratamento das águas dos córregos Ressaca e Sarandi.

Subprograma Saneamento Ambiental - melhoria da infra-estrutura urbana: com urbanização de vilas e favelas e na revitalização e preservação das áreas verdes, implantação de interceptores de rede de coleta de esgotos nas áreas ainda não atendidas e ampliação da coleta e disposição final adequada para os resíduos sólidos.

Page 23: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Subprograma de Planejamento e Gestão Ambiental - questões preventivas de manutenção e de controle dos problemas decorrentes da poluição e da ocupação inadequada do solo: educação ambiental, monitoramento das ações e o controle dos problemas. Conta com o Consórcio de Recuperação da Bacia da Pampulha entre Berlo Horizonte e Contagem.

Page 24: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Notícia publicada no blog do Governo de Minas Gerais

na data: 19/08/2009

Boas Notícias!

Page 25: O Colapso Ambienta do Complexo da Represa da Pampulha Maravilhas da Arquitetura Brasileira Indicadores Ecológicos Políticas Públicas Aluna: Esther Nogueira

Bibliografia Pampulha Múltipla – Museu Histórico Abílio Barreto - 52007 BH. A cidade de cada um.Pampulha – CASARDE, FLÁVIO –

2007 Acervo textual do Museu Histórico Abílio Barreto Monografia: “Lagoa da Pampulha” Adilene, Wilson, Hilda, Hilton

– 1990 Recuperação da Lagoa da Pampulha – ENG.Wilson Teixeira

Moreira Site: www.manuelzao.ufmg.br Site: www.wikipedie.org Site: www.pbh.gov.br Site: www.blog.mg.gov.br