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O CONFECCIONISTA NOV/DEZ 2011 1 www.oconfeccionista.com.br www.oconfeccionista.com.br PESQUISA SALARIAL NO MUNDO DA MODA MINAS TREND PREVIEW SHOW! SELO DE QUALIDADE ABRAVEST. Certifique-se! PESQUISA SALARIAL NO MUNDO DA MODA ANO III Nº15 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2011 MINAS TREND PREVIEW SHOW! SELO DE QUALIDADE ABRAVEST. Certifique-se! Grandes expectativas cercam o ano de 2012 Saiba o que esperar! O que vem por aí?

O Confeccionista 15

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PESQUISASALARIALNO MUNDODA MODA

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PESQUISASALARIALNO MUNDODA MODA

ANO III Nº15 NOvEMbRO/DEZEMbRO 2011

MINAS TREND PREvIEwSHOw!

SELO DE QUALIDADE AbRAvEST.Certifique-se!

Grandes expectativascercam o ano de 2012Saiba o que esperar!

O que vem por aí?

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Caro leitor,Dizem que se mede a idade de um homem pela quantidade de sonhos que ele tem. Todo final

de ano, após o balanço do ano que termina, a gente olha para frente, respira fundo e lá longe, no horizonte do que virá, sonhamos com nossas realizações, bem-estar para nossa família, saúde para todos os que amamos (e para os que não amamos tanto assim também). É muito bom para mim quando vejo uma pessoa cheia de planos, aquele brilho no olhar de quem tem a certeza de que vai enfrentar as maiores dificuldades e desencantos, mas que vai lutar com tudo o que tiver para alcançar seus sonhos. Às vezes, muita gente que está de fora pensa que nada vai dar certo, mas só o sonhador conhece o caminho e tem a força para chegar aonde quer, às vezes demora mais, às vezes menos, mas com sua determinação e coragem ele vai em frente até que, a despeito de tudo e de todos, ele vê seu sonho realizado.Sonhar não é para qualquer um, é para quem tem grande força interior, enorme vontade de enfrentar a vida, é para quem ama o que faz, para quem tem um objetivo definido e que só ele entende, é para quem não se importa em cair, mas para quem vibra muito toda vez que se levanta e se sente vivo, é para quem quer construir algo grandioso, algo de que possa se orgulhar e servir de exemplo.Que no próximo ano, você, caro leitor, sonhe muito e seja feliz.

Um abraço.

Júlio César [email protected]

Que venham os sonhos

CARTA AO LEITOR

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Linha DiretaReDaçãO O [email protected]

(11) 2769-0399 www.oconfeccionista.com.br

O mês de dezembro é famoso por duas palavras: balanços e promessas. É o momento de

repensar o que passou e planejar o que virá. É o mês da esperança. Com esta edição, encerramos 2011. Podemos considerar que foi um ano de vitórias. Afinal, diante de todas as dificuldades que o setor enfrentou, encerrá-lo com notícias de investimentos governamentais pode significar uma virada de ânimos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em encontro com representantes de entidades do setor, mostrou-se conhecedor da sua importância. Sabe quantos empregos seriam perdidos caso haja alguma crise. Por isso, ficou de notificar as novas medidas ainda este ano ou no começo do próximo. Assim, não temos outra opção a não ser esperar um 2012 mais próspero a toda a cadeia.Esta edição da O Confeccionista vem seguindo exatamente este espírito, trazendo diversas novidades, além

da matéria sobre o que esperam entidades e empresários. No mundo da moda, o que rolou no primeiro evento de passarelas de inverno, o Minas Trend Preview, além das informações importantes do Senac Moda Informação.Uma pesquisa salarial revela quanto os profissionais de toda a cadeia estão ganhando no país. É importante se informar, pagar corretamente é manter o funcionário fiel e contente. Outra novidade bacana é o selo de qualidade da Abravest, que atesta se as roupas seguem as normas de medidas da ABNT. Confira isso e muito mais nesta edição da revista. Afinal, fazer tudo direitinho é garantir bons negócios, sempre.

Boa leitura!

Laura Provenzano NavajasEditora [email protected]

oDiretor-Geral - Júlio César Mello [email protected]

Diretora de Relações com o Mercado - Bernadete Pelosini [email protected]

Editora - Laura navajas (Mtb 64646)[email protected]

Repórter Roberto Carlessi (Mtb 10.854-sP)[email protected]

Editor de Arte - Leandro [email protected]

Colaboraram nesta edição: Luiz américo Zeballos, sonia Duarte

Internet - Mulisha [email protected] Financeiro - Mauro Gonç[email protected]

Publicidade [email protected]

Executivos de NegóciosLeandro [email protected]

Assinaturas [email protected]ão - Gráfica OceanoTiragem - 20.000 exemplares.

Distribuição Nacional

O Confeccionista é uma publicação bimestral da impressão editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos.

Redação - Rua teodureto souto, 208, Cambuci – são Paulo – sP. CeP: 01539-000 - fone: (11) 2769-0399www.oconfeccionista.com.br

Novidades e desafiosEDITORIAL

ERRAMOSna última edição, a foto e o artigo publicado à página 50, intitulado Zero Defeito, são de Luiz américo Zeballos. a Revista O Confeccionista está no ano iii. a empresa de máquinas entrevistada na página 30, na matéria sobre a Maquintex, chama-se silmaq.

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ANO III • NÚMERO 15 • DEZ/JAN • 2011ocapa

ARTIGOS 52 Modelagem 61 Gestão

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12 MINAS TREND PREvIEw

16 DESFILES

30 SELO DE QUALIDADE AbRAvEST

36 NEGÓCIOS

36 2012 – O QUE ESPERAR DO PRÓxIMO ANO?

48 PESQUISA SALARIAL NO MUNDO DA MODA

SUMÁRIOfO

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20 SENAC MODA INFORMAçãO

26 ZíPER NO MUNDO DA MODA

42 PRêMIO AbIT

44 ERGONOMIA

54 NT&T

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Evento une desfiles, rodada de negócios e palestras sobre moda, tendências e

estratégia de competitividade para a indústria nacional

POR LAURA NAvAJAS

Negócios, moda e informação

O Minas Trend Preview se su-pera a cada edição e firma--se como lançador de ten-

dências e um dos principais eventos de negócios de moda do país. No mês de outubro, entre os dias 26 e 29, o Expominas recebeu 191 estandes com 240 marcas de moda e acessórios, além de 21 desfiles individuais.

Foram registrados mais de 13 mil visitantes de todo o país e do exterior, número 18% superior em relação à mesma temporada do ano passado. Para Olavo Machado Jr., presidente do Sistema Fiemg – Federação das Indústrias do Estado Minas Gerias, “os resultados posi-tivos obtidos nesta edição refletem o acerto da entidade ao apostar em expositores qualificados e no incre-mento da presença de compradores com real interesse na realização de negócios. Sem dúvida, vamos con-tinuar investindo para aumentar o nível de satisfação dos públicos envolvidos neste projeto”.

NegóciosOs resultados são atestados pe-

los expositores, que se mostram, no geral, bastante satisfeitos com o evento. Rodrigo de Oliveira Carvalho, da Engenharia da Roupa, está no MTP desde a 1ª edição. “A participação no evento traz muita visibilidade para a marca e permi-te prospectar novos clientes”, diz. Com roupas para pronta entrega e produção mensal de 2.500 a 3.000 peças, a Engenharia cresce a cada ano, atendendo o Brasil todo, além de Venezuela e Argentina.

Patrícia Castro, da Patogê, diz acreditar que o evento abre possi-bilidades para o Brasil todo. A gri-fe participa da 4ª edição do MTP, desfilando pela segunda vez. Com produção própria, a grife chega a 28 mil peças por mês, atuação forte em Minas, Espírito Santo e Nordeste. “Agora, pretendemos ampliar os ne-gócios no Sul e Sudeste”, diz.

Outra grife que viu portas abertas

pela última edição do Minas foi a Arte Sacra, especializada em moda festa. Tanto que resolveram repetir a dose, mostrando uma coleção com tema nas pedras mineiras, que teve boa aceitação. “No nosso primei-ro dia de negócios, já atingimos o dobro do que vendemos na última edição”, conta Marcela Malloy, di-retora de estilo da grife.

Eduardo Amarante, da E. Store, estreia nas passarelas do MTP, na sua segunda participação no even-to. “Na nossa primeira edição, con-quistamos 250 novos clientes, o que representou média de R$ 250 mil em negócios. Somente no primei-ro dia desta, cheguei a R$ 70 mil”, comemora. Quem também está no line up, não mais pela primeira vez, é a grife Áurea Prates. Com cinco anos de marca casual fashion, cresce significativamente a cada ano. “Os desfiles nos projetaram como marca fashion”, afirma Rodrigo Tavares, sócio da grife.

MINAS TREND

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DiversidadeO desfile que abriu a temporada

de inverno 2012 do MTP teve como tema central a Inspiração. Sob o comando de Ronaldo Fraga, styling de Daniel Uêda e make e cabelo de Cida Nogueira, foram apresentados na passarela 60 looks criados com peças de 30 grifes diferentes.

Além do line up e da feira de ne-gócios, a programação do Minas Trend Preview incluiu palestras e bate-papos interessantes para quem trabalha em qualquer elo da cadeia. A primeira foi uma mesa-redonda entre Jaques Brunel, diretor geral da Première Vision e da Première Vision Brasil, e seus convidados, para trocar ideias sobre a cadeia têxtil da moda, desde o tecido (origem de tudo), até o confeccio-nista. Recém-chegado da China e da Rússia, Brunel falou um pouco sobre o desenvolvimento destes países no cenário mundial, sobre a carga tributária paga por quem fa-

brica tecidos e roupas e a crescente importância do Brasil no mercado da América Latina.

Um dos participantes, o em-presário Rogério Gonçalves, da Santanense tecidos, falou sobre o desafio de crescer com rentabili-dade, a globalização e a falta de autoestima da indústria nacional

para apresentar seu produto lá fora. Luiz Humberto Murakami, da grife Patrícia Bonaldi, enfatizou a dificul-dade provocada pelos altos tributos pagos no Brasil. Ambos estão com bons resultados em suas experiên-cias de exportação, graças a um bom investimento e trabalho duro.

História e tendênciasContinuando com sua programa-

ção variada, o MTP também contou com lançamento de livro História da Moda no Brasil – Das Influências às Autorreferências (Pyxis Editorial, 642 páginas, 120 reais), de Luís André do Prado junto com o histo-riador João Braga.

A palestra de Ima Campbell, do WGSN, contou com auditório lo-tado. Os profissionais e estudantes do setor disputaram a tapa um lu-gar para conhecer os caminhos da moda para o inverno 2012 e o verão 2013 no Hemisfério Norte. Segundo Campbell, a tendência retrô conti-nua forte, em peças como calças fla-re, saias midi, golas laço, tubinhos, entre outras.#

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A Renda que faz a moda !!!

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A Renda que faz a moda !!!

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Brilho sóbrioblazers e outras peças de alfaiataria em corte reto aparecem enfeitados por franjas, plumas e texturas

para o Outono/Inverno 2012, conforme mostraram os desfiles do Minas Trend Preview

Chicletes com GuaranáMix de tecidos e texturas são o forte desta coleção, que foi inspirada em Cleópatra. na cartela de cores, preto, branco, camelo, azul, verde e rosa, além de estampas com desenhos exclusivos que remetam à Rainha do egito. tecidos como tweed, renda, couro, gorgorão, seda e alfaiataria, além das franjas de seda pura e metal, poás e fitas de veludo foram trabalhados em formas mais justas ao corpo, com mangas sobrepostas.

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E.Storea grife estreou nas passarelas do MtP com uma coleção

marcada pelo minimalismo. O estilista eduardo amarante apresentou formas sólidas e rígidas, mas também trouxe

vestidos longos fluidos. as peças vêm coloridas com traços geométricos em tons de branco, preto e azul, enfeitados por

paetês e cristais translúcidos (parceria com a swarovski). entre os looks, também maxitricôs e vestidos com a cintura marcada.

Aurea PratesO Glamour dos anos 40, 50 e 60 esteve presente nesta coleção, cuja musa inspiradora foi Rita Hayworth, em camisarias, saias volumosas, vestidos longos e chemises. Bordados artesanais sobre bases nobres, como crepe de chine, cetim e gazar de seda pura são o ponto forte da grife. Cores suaves como off white, preto e argila sugerem leveza às peças. as saias com recortes de flores garantem um ar romântico à temporada.

Última horasilhuetas refinadas com estampas florais

misturadas com tecidos lisos e nobres lembram o luxo e a opulência revolucionária da década

de 70. a alfaiataria vem representada por casacos, trench coats, blazers boyfriends.

tubos, saias longas e chiques e peças em tricô complementam as produções, com uso de um

brilho dourado discreto e pontual. sobreposições também marcaram a coleção eclética e elegante.

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MINAS TREND PREVIEW

Vitor ZerbinatoDenominada Wildchic, a nova

coleção de Vitor Zerbinato é mesmo definida pela palavra

selvagem, com referências africanas, mitológicas, que se encontram com um universo

urbano, geométrico e sofisticado, com silhuetas glamurosas, formas justas ao corpo, com maxipaetês,

plumas e couro, além do cetim dublado em vermelho, preto,

branco e cinza.

Apartamento 03a coleção da grife é marcada pela aparência de feito a mão. Com o forte conceito de encasulamento, as roupas propõem proteção, como armaduras contemporâneas. Os ombros são arredondados, construídos por alfaiatarias perfeitas. texturas protegem o corpo, bem como a sobreposição de tecidos (seda, lã, jacquard metálico). na cartela cromática, pretos e pretos coloridos.

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Confira a sua coleção de inverno e veja as

dicas a seguir, para não ficar faltando nada!

POR LAURA NAvAJAS

Ainda dá tempo!O inverno 2012 se aproxima e

a temporada de elaborar as coleções já começou. Mas

para ter certeza de que nada ficou faltando, trazemos aqui parte das di-cas elaboradas pela equipe do Senac Moda Informação, que pesquisou o que rolou nas coleções da Europa e dos Estados Unidos, não só nas passarelas dos principais estilistas, mas também nas principais vitrines do varejo.

Repletos de referências ao buco-lismo e às lembranças do passado, os temas da estação vêm sóbrios, elegantes, discretos, ou então exa-geradamente alegres. As sensações estão à flor da pele, seja num roman-ce ou sensualidade ou apenas poder, elegância. E são demonstradas nos tecidos, nas estampas, nos cortes.

A detalhada pesquisa da estação foi compilada em cinco grandes te-mas, Atelier 60’s, Alta burguesia, Charme masculino, Artsy e Fetiche dark. Escolha o que mais combina

com os seus clientes e complemente a sua coleção.

Atelier 60’sO chique dos anos 60 é revisi-

tado e reinventado com um olhar contemporâneo, com o uso de tec-nologia moderna. Cortes precisos, geométricos, grandes planos, blocos de cor, referências espaciais e todos os looks futuristas que marcaram a moda daquela época criam looks elegantes e refinados.

Destaques: tecidos e malhas com-pactos, texturas, estampas geométri-cas ou blocos de cor, lurex, silhuetas quadradas, ovóides ou redondas, ombros naturais ou arredondados, vestes sem mangas ou mangas 7/8, decotes careca ou v raso, gola “Peter Pan”, saias A ou ovo, calças cigar-rete e skinny, vestidos tubinho ou Mod (cintura baixa, com cinto lar-go), alfaiataria precisa, influência esportiva, em cores vivas e alegres contrastando com neutros elegantes.

INVERNO 2012

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Ainda dá tempo!

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Alta burguesiaPeças com estilo rico e sofisticado,

provocada pela onda de casamentos reais do ano passado, onde jovens aristocratas ficaram em evidência, ditando moda. A elegância e o li-festyle burguês revelam-se em looks coordenados. A classe e o refina-mento recebem toques discretos de sex appeal.

Destaques: materiais luxuosos, rendas, cetim, peles, seda. Silhueta ampulheta, estilo ladylike, babados, saias lápis com comprimento nos joelhos ou logo abaixo, vestidos e blusas com golas vitorianas ou com laços, vestidos de renda, tailleurs de saia ou calça com blazer acinturado, mangas com volumes, calças mon-taria, ponchos, capas e blazer-capa, mantôs e casacos tipo cobertor, em cores inspiradas nas pedras precio-sas, com direito a metalizados.

Charme masculinoA androginia cria raízes no mundo

da moda, nesta releitura mais suave do grunge dos anos 90, repleta de referências masculinas, com um res-gate do exagero dos anos 80. Neste

retas, calças baggy, cintura no lugar, smoking, calças flare ou pantalonas com ou sem pregas. Tons mais con-servadores em cinza, marinhos e marrons ou vibrantes dos anos 80.

tema, o masculino e o feminino se misturam em looks cheios de charme. Referências nerds e militares com-pletam o visual.

Destaques: malharia circular, camisaria, flanela, sarjas e denim. Silhuetas Y, com ombros podero-sos, decotes V arredondados, cami-sas com colarinhos altos, detalhes utilitários, casacos, blazers e saias com fendas, vestidos saco, jaquetões e blazers curtos e quadrados, saias

ArtsyA arte é a principal referência para

este tema, cuja regra é ousar, expe-rimentar, romper padrões. As inspi-rações saem do cinema, fotografia, artes plásticas, circo, jogos eletrô-nicos, cartoons. Referências étnicas, como os trabalhos dos índios navajos e elementos do folk europeu também têm forte apelo neste tema.

Destaques: contrastes de mate-riais, couros macios ou metalizados, lãs pesadas, tecidos decorados, lu-rex, efeito plástico, recortes e relevos com efeito 3D, listras, estamparia, estampas com efeito caleidoscópico e fractais, motivos étnicos e folclóri-

Materiais luxuosos aliam moda e bom gosto em vestidos e blusas

com laços ou golas vitorianas

Ousadia faz parte da coleção

Inverno 2012

INVERNO 2012

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cos, vestidos e túnicas estampados, calças e casacos em xadrez, assi-metrias em comprimentos, mangas, decotes, lapelas ou recortes, grandes botões, cintura no lugar, maxigolas, aplicações. Todas as cores são pos-síveis neste tema.

INVERNO 2012

Fetiche darkA onda vampiresca dos livros, fil-

mes e seriados não poderia deixar de influenciar a moda, também. Este tema oscila entre o rebelde e o me-lancólico, com referências góticas, vitorianas, barrocas, românticas ao mesmo tempo.

Destaques: lãs lustrosas, couros opacos, peles e pelos, plumas e pe-

nas, rendas e transparências, textu-ras em preto e branco, imagens de fumaça e neblina, imagens sombrias de animais selvagens, répteis, avia-mentos metálicos, zíperes e fivelas, capuz e gola-capuz, mangas raglã com ombreiras, grandes mangas

quimono, cintura apertada e quadris inflados, efeito corset, silhuetas alongadas e estreitas, jaqueta biker e total look de couro. Muito preto em look total, convi-vendo com uma gama som-bria de cores escuras que vão desde azuis profundos a tons de vinho intensos.#

Looks coordenados revelam elegância

e estilo de vida

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Existe todo um universo fashion

esperando para sair debaixo de um zíper

POR LAURA NAvAJAS

abre, fecha e muito mais

Foi-se o tempo em que o zíper era apenas um instrumento para unir duas partes de um

todo, usado somente para abrir, fe-char e pronto. A peça ganha cada vez mais espaço no mundo da moda, sendo utilizada por estilistas famo-sos e ganhando design e personali-zação. É difícil imaginar o que se-ria do vestuário sem o zíper. Claro, neste caso, mais pela sua função do que como um acessório. Mas é fato que o costume com a peça é tal que não dá para pensar em como era o mundo das confecções antes dela.

Atualmente, o zíper deixou de ser somente funcional para se tornar um elemento decorativo, que agrega valor à peça. E hoje conta com vá-rios modelos, banhos, puxadores e pingentes, criando tendências, con-ceitos e dando identidade à roupa. “As aplicações são as mais varia-das possíveis e dependem muito da criatividade dos modelistas”, opina Rodrigo Klann, gerente comercial

da Sancris, empresa de capital na-cional que está investindo alto no mercado de zíperes.

Apesar de o setor têxtil estar atra-vessando um momento difícil, com o mercado mais retraído, o zíper figura entre os aviamentos que con-tinuam em alta. “Além do segmento de vestuário, em que o zíper é peça indispensável, encontra outros ni-chos de mercado em que também é utilizado, como o coureiro (calçados, bolsas, estojos, brindes), embalagens PVC (capas para edredons e outros), capas de ternos, barracas, capotas e outras funções”, explica Klann.

Segundo o gerente comercial da Sancris, os modelos mais vendáveis de zíperes são os metálicos para bra-guilha de calças, assim como os sinté-ticos de 3 mm, para moda social. “Para uso fashion, temos várias opções de tamanhos e modelos, nos banhos Prata Velha, Ouro Velho e Preto Oxidado. Os banhos Dourado e Niquelado já são tradicionais”, completa.

MUNDO TÊXTIL

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CustomizaçãoNão é difícil os consumidores

exigirem cada vez mais peças úni-cas, exclusivas. O zíper pode ser um excelente aliado neste sentido. “Gosto muito de utilizá-lo em peças básicas, como uma camiseta ou uma

tante com o zíper, não precisa ser aquele básico metálico.

“Zíper é o máximo, principalmente no inverno, nas peças mais pesadas”, concorda a estilista Dayse Cristina Rux. “Utilizo o zíper em vários es-tilos, desde o romântico (com cores claras, mais delicados, principal-

mente o invisível, nas linhas es-portivas, tipo de náilon trator), nas peças com estilo minimalis-ta (zíperes coloridos), rock (com os zíperes de metal e puxadores diferenciados)”, completa. “Sua funcionalidade é 100% compro-vada, tanto que a utilização des-se aviamento nunca ficou fora de nenhum lançamento de co-leção”, finaliza.

HistóriaInventado pelo americano

Whitcomb Judson, que em 1893 registrou a primeira patente

de um feixe com uma sequência de ganchos e furos, o zíper nasceu para substituir cadarços de sapatos, vi-sando facilitar a vida das pessoas. No entanto, a primeira versão não era assim tão fácil de usar. Ainda no início do século, o zíper passou a ser usado por membros da Marinha americana. Mas foi somente em 1923 que o fabricante de pneus B.F. Goodrich utilizou materiais novos, que facilitavam o processo de abrir e fechar. Inclusive foi ele quem ba-tizou o artefato.

A partir de então, o zíper passou a ser encontrado em bolsas e sapa-tos e, no início dos anos 30, entra pela primeira vez no mundo da mo-da pelas mãos da estilista italiana Elza Schiaparelli. A massificação do zíper se deu com o lançamento de saias justas e vestidos acinturados, além de calças jeans, na década de 50, com fecho em zíper. Nesta épo-ca, ele já estava tecnologicamente mais sofisticado, com dentes colo-ridos, acompanhando as cores dos tecidos, em metal ou plástico.

O contato definitivo do zíper com o mundo da moda se deu na década de 70, usado por Courréges como adorno em suas coleções. Pierre Cardin, Rabanne e Mary Quant também já utilizaram o feixe, que de lá para cá não sai das passarelas.#

Novos estilos podem ser criados o aviamento

Uso do zíper pode agregar valor a

peças do vestuário

saia lisa”, opina a personal stylist Camila Almeida. “Nessas peças, quando você encaixa o zíper em lugares estratégicos, a roupa acaba ficando com outra cara”, diz.

A personal stylist apresenta ou-tras ideias, como, por exemplo, uti-lizá-lo na parte do viés da roupa, ou acompanhando recortes diferencia-dos, na borda de babados e na beira de decotes. “Acho bacana ainda usar um lado só do zíper, como um enfei-te, formando uma espécie de babado metálico”, diz Camila. Ela finaliza lembrando que dá para ousar bas-

MUNDO TÊXTIL

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Medidas padronizadas pela AbNT agora ganham selo de qualidade da Abravest,

o que pode aumentar as vendasPOR LAURA NAvAJAS

Qualidade garantida

Uma coisa que todo con-feccionista sem-pre tem que ter em

mente é que as roupas não são feitas para as lojas ou marcas, mas para o consumidor final. É ele quem determina o que sai mais ou menos. Assim, es-tar atento às suas necessida-des também é uma obrigação.

A divergência das medidas das roupas de uma confecção para outra incomodam muito. Por isso, chegam a impedir as empresas de aumentarem suas vendas e até mesmo acelera-rem seus processos produtivos. A Associação Brasileira do Vestuário, Abravest, sempre

batalhou para que esse transtorno fosse extinto. Há dois anos, conse-guiu que a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, determi-

nasse a NBR 15800:2009, que regu-lamenta medidas de roupas para be-bês e infanto-juvenis, e a NBR 15778: 2009 para as medidas dos uniformes escolares. O próximo passo, já em consulta pública, entrando em vigor no começo do ano que vem, é a mo-da masculina. Depois, padronizar a moda feminina (o projeto também está previsto para o final deste ano).

Para reforçar o efeito da adesão à nor-ma, que é voluntária, agora a Abravest lançou um selo de qualidade, que atesta-rá aos consumidores que aquelas peças são feitas dentro do padrão das normas da ABNT. “O primeiro objetivo é facili-tar a vida do consumidor. O segundo é cuidar do próprio setor. Se a gente não se autorregulamentar, como poderemos cobrar que os produtos importados te-nham qualidade?”, questiona Roberto Chadad, presidente da Abravest.

A engenheira Maria Adelina

MEDIDAS

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lo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, Inmetro, com experiência em autorregula-mentação, para atestar o selo. “A independência traz a credibilidade. Nosso único contato foi com o IBV para estabelecermos os parâme-tros usados na certificação”, conta Fernando Lopes, da divisão de sus-tentabilidade.

O primeiro passo para conseguir a avaliação é procurar a Abravest. Depois, a confecção será avaliada diretamente pelo Instituto Totum. Primeiramente, pela sua infraestru-tura, inclusive a maneira pela qual contrata os seus funcionários. “O se-lo garante também que aquela roupa não foi produzida, por exemplo, por trabalho escravo”, afirma Lopes.

Será analisada, também, uma amostra do tecido, que deve vir do fabricante com o laudo. Por fim, se-rá atestado se a etiquetagem mostra corretamente os padrões de medi-

Pereira, superintendente da CB 17, comitê especial para a área têxtil dentro da ABNT, concorda e vai mais longe: “A norma é produzida pela sociedade e para a sociedade”.

CertificaçãoPela norma, baseada nas medidas

médias dos brasileiros, as roupas devem levar em conta diversos as-pectos. O P, M e G estão destinados a acabarem, restando medidas dife-renciadas de acordo com o tamanho: normal, atlético e obeso, conforme o tipo de corpo.

Dentro da Abravest, quem está cuidando do assunto é o Instituto Brasileiro do Vestuário, entidade criada para elaborar e implantar programas para o setor. Segundo Alexandre Melo, diretor de tecnolo-gia industrial do IBV, o selo é uma prestação de serviço de qualificação. “Os empresários precisam entender que investir em qualidade não é custo, é melhoria”, ensina.

Para garantir a credibilidade do selo, a Abravest elegeu a Totum, en-tidade certificadora credenciada pe-

das. “O instituto fará, ainda, após a certificação, verificações periódicas dos produtos”, completa Fernando. O processo de certificação de uma empresa que esteja com tudo em or-dem leva cerca de dois meses.

EtiquetasUma das sugestões da norma e,

portanto, exigências para a conquis-ta do selo de qualidade Abravest, é a etiqueta com as informações comple-tas sobre o produto, com informações mais detalhadas e composição dos tecidos. As etiquetas para calças, por exemplo, contarão com especificações de “perímetro de cintura”, “compri-mento entre pernas” e “estatura” pa-ra as quais a peça foi confeccionada. No caso das camisas, as informações compreendem “perímetro de cintura”, “perímetro de tórax”, “comprimento do braço” e “estatura”. Para as roupas femininas as etiquetas vão indicar a “estatura”, “medida ombro a ombro”

Uniformes: padronização já faz parte da realidade.

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34 O COnfeCCiOnista nOV/DeZ 2011

(no caso dos casacos), “busto”, “cin-tura”, “quadril” e “comprimento”. As calcinhas e sutiãs serão comerciali-zados em embalagens separadas, pois também trarão as medidas no lugar da numeração tradicional.

Dionicir Hoepers, da HI etiquetas, aprova a medida, e já se informou sobre o que está acontecendo, para poder oferecer os novos modelos de etiquetas aos clientes. “As mudanças no modelos não irão afetar os bolsos dos clientes”, diz.

ProduçãoRoberto Chadad deixa claro que

as mudanças nas medidas só trarão vantagens para as confecções. Além de diminuir problemas na hora da venda final, por exemplo com trocas (o que gera custo duplo de imposto), a produção também será facilitada, havendo mais agilidade e redução de custo. “As alterações necessárias são mínimas e facilmente assimiláveis pelas empresas. E terão maior com-petitividade, já que todas as peças se-rão produzidas dentro de um mesmo

padrão, a economia com matérias--primas poderá alcançar um índice de até 8%”, completa Chadad.

Mais uma vez, a superintenden-te da CB 17, Maria Adelina Pereira, pode corroborar a fala de Chadad. Segundo ela, o feedback que se tem em relação às duas normas já em ação é muito positivo. “A aprovação dos produtos é prévia, não posterior, quando já há chances de haver pro-

blemas. A norma agiu de maneira preventiva, evitando que clientes te-nham desgaste e as confecções tam-bém, que não têm problemas com

peças devolvidas”, afirma. Ela lembra também a fa-

cilidade que as normas trazem no caso de e--commerce. Os

consumidores se sentem muito mais seguros ao com-prar pela internet, o que amplia as possibilidades de negócios das confecções. “Alguns sites, inclusive, já indicam as medidas do cor-po para que a pessoa possa escolher melhor a sua rou-pa”, diz Maria Adelina.#

MEDIDAS

O setor precisa se autorregulamentar,

diz Roberto Chadad, presidente da Abravest

Maria Adelina Pereira, da AbNT: as normas

são da sociedade, para a sociedade

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34 O COnfeCCiOnista nOV/DeZ 2011 O COnfeCCiOnista nOV/DeZ 2011 35atendimento

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Ano de 2012 promete ser melhor, se governo

aceitar solicitações do setor

POR RObERTO CARLESSI O ano que termina gerou pre-ocupações para alguns se-tores da indústria têxtil,

diante da concorrência desenfreada de produtos têxteis e de confecções exportados principalmente pe-la China e outros países asiáticos. Mas as projeções para 2012 poderão melhorar, se o governo atender as reivindicações dos empresários do setor para enfrentarem, no Brasil, os efeitos da crise econômica que atinge os países da Zona do Euro e também a economia norte-americana.

Uma das solicitações feitas ao Ministério da Fazenda é incluir as empresas desses setores no regime tributário diferenciado do Simples, que reduz a carga tributária dos atu-ais 42% para percentuais em torno de 12% a 13% ao ano.

É verdade que o clima desses dois importantes segmentos da econo-mia, que são o segundo maior ge-rador de empregos depois da cons-trução civil, não anda lá muito oti-mista, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Vestuário, Sindivest, Ronald Massiga. “Mas, depois da

reunião com o ministro Mantega, que se mostrou completamente in-teirado dos problemas enfrentados por esse mercado, criou-se um cli-ma de expectativa bastante positivo, até porque o ministro nos disse que apresentará algumas soluções para os nossos problemas ainda este ano.”

Esse regime diferenciado, de acor-do com Massiga, ajudaria o setor a ficar mais competitivo com relação a produtos importados e também a preservar empregos.

Hoje, o segmento vestuário repre-senta 6,8% do PIB, emprega direta-mente cerca de 2 milhões de traba-lhadores e, indiretamente, mais de 6 milhões. Massiga acrescenta que esse contingente de trabalhadores representa 16,5% do total de empre-gos no País e o compara com o setor automobilístico, que representa 7% do PIB, mas emprega apenas 6,5% do total de trabalhadores brasileiros.

“O segmento de confecção e vestuá-rio entende que os produtos brasileiros não concorrem diretamente com pro-dutos chineses, mas com as políticas de subsídio do governo chinês para

PERSPECTIVAS

Caminhar com cautela

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ter o atual cenário as ações não de-pendem diretamente das empresas, mas da política cambial. No Brasil, vivemos períodos de importantes alterações na cadeia produtiva de roupas, pois o País produz cada vez menos e importa cada vez mais para atender o consumo interno.”

Molinero acrescenta que este ce-nário está ficando mais complicado com a crise na zona do Euro e que os empresários do setor ainda não conseguem visualizar crescimento para 2012. “Em 2011, em razão des-sa situação, as vendas de algumas linhas de equipamentos da Marbor atingiram sua meta e outras não.”

Carga tributáriaO segmento têxtil, pela sua im-

portância, espera iniciativas gover-namentais como redução da carga tributária, oferta de financiamento para modernizar e ampliar fábricas e rigor na fiscalização das importações predatórias, particularmente as de países asiáticos, diz Molinero.

O engenheiroWalter José Porteiro, diretor comercial da Indústria de Máquinas Walter Porteiro, diz que

exportar seus produtos. A indústria brasileira do vestuário é muito com-petitiva da porta para dentro, investe forte em máquinas, tem um grande mercado interno, mas não consegue competir da porta pra fora. Mas es-tamos otimistas com os sinais que o ministro Mantega emitiu sobre a pos-sibilidade de implantar o regime tri-butário do Simples para o nosso setor. Se o governo fizer a lição de casa, a competição com produtos importados será bem menos adversa e poderemos crescer e até ampliar o número de em-pregos”, concluiu Massiga.

Opiniões da indústriaNo segmento de máquinas indus-

triais para costura, bordado, impres-são digital e máquinas de costura domésticas e para bordado, 2011 foi

difícil, diz o gerente nacional de ven-das da Máquinas Marbor, Eduardo Fuentes Molinero. “Estamos falando de dificuldades no plano macroeco-nômico do Brasil, ou seja, para rever-

em 2011 as vendas de sua empresa se mantiveram estáveis e espera cres-cimento de 4% para 2012. “A única solução para quem deseja produzir é se atualizar e modernizar seu parque fabril”, sugere.

Ele acrescenta que as atuais di-ficuldades financeiras do setor ini-bem os investimentos de pequenos e de alguns médios confeccionistas.

“Essa cautela também é causada pela alta taxa de impostos que recai

sobre o setor, mas existe um fator positivo para reduzir a concorrên-cia predatória: a entrada definitiva da NF Eletrônica, que deverá reduzir ao máximo a sonegação. Antes, para algumas empresas o lucro só existia com a sonegação.”

Outro fator que deverá gerar difi-culdades para o setor em 2012, acres-centa Walter Porteiro, é a escanca-rada abertura das portas do Brasil para produtos chineses e a fome do governo brasileiro para arrecadar impostos. “A confecção, que tem custo significativo de mão de obra na composição de preço de seus pro-dutos, teve seus custos aumentados e, ao mesmo tempo, precisou nivelar seus preços aos dos produtos impor-tados.”

CautelaEntretanto, não é em todos os

segmentos da indústria de compo-nentes para confecção que o clima está mais para o pessimismo. O seg-mento de aviamentos é um dos que não tem tantos motivos para se quei-xar do desempenho das vendas em 2011. O coordenador de Marketing e Comunicação Armarinhos 25,

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Molinero: fabricantes de máquinas para confecção ainda não visualizam crescimento para 2012

Aguinaldo, da Abit: concorrência desleal e carga tributária excessiva

dilaceraram a indústria têxtil no bras

PERSPECTIVAS

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Fernando Gouveia Gonçalves de Oliveira, diz que 2011 foi menos aquecido que 2010, ano considera-do excepcional para ele. “Neste ano, só não crescemos mais porque faltou zíper no mercado”. Mesmo assim, o faturamento de sua empresa deverá crescer 11% em 2012, graças à aber-tura de uma loja focada em oferecer aviamentos para “modinha”.

Outro fator que tem potencial para aumentar o faturamento da empresa no ano que vai começar é a implanta-ção do e-commerce, que deverá levar produtos a mercados ainda não con-solidados pela Armarinhos 25.

O setorO presidente da Abit, Aguinaldo

Diniz Filho, diz que, no Brasil, 2011 foi um dos piores anos da indústria têxtil e de confecção nas últimas dé-cadas, bem diferente de 2009/2010, quando o mercado interno estava bem aquecido e as empresas do setor com faturamento crescente. Deduzida a valorização cambial, o crescimento ficou bem próximo de 15%. Porém, o mercado interno desaqueceu, o valor

do algodão disparou e, em fun-ção do câmbio, as importações aumentaram muito e as expor-tações não cresceram. Tudo isso somado à alta carga tributária, que vem tirando competitivida-de do setor.

Em 2010 o setor investiu mais de US$ 2 bilhões em máquinas, equipamentos, instalações e capacitação. Contudo, as atu-ais perspectivas de produção em queda seguraram um pouco

os investimentos. No acumulado do ano, o saldo de novas vagas geradas até julho estava em torno de 15 mil, enquanto em 2010 nessa mesma épo-ca era de 65 mil novas vagas geradas. Por isso, acrescenta Aguinaldo, em 2012 os números de novos postos será menor.

“O custo dos impostos no preço final dos produtos desse segmento pode variar de 35% a 42%. Somado à valorização do real, que está em cerca de 30%, o Brasil deixou de ser competitivo em manufaturados. Toda a sociedade espera por juros menores e impostos mais transparentes.”

Agora, apesar de o governo sinali-zar medidas para tornar o setor mais competitivo, via redução de carga tributária, Aguinaldo diz preferir não fazer nenhuma perspectiva para 2012: “Queremos crer que o gover-no vai implantar logo as medidas do Plano Brasil Maior com as reduções tributárias de que tanto precisamos. Mas vamos aguardar.”

O presidente da Abit acrescenta que há uma dé-cada praticamente 100%

dos produtos de Vestuário vendidos no varejo brasileiro eram nacionais. Mas a concorrência desleal e a ex-cessiva carga tributária dilaceraram essa indústria. “Entretanto, para ela voltar a crescer, basta o governo tomar as medidas necessárias para fortalecer essa cadeia, que susten-ta e emprega diretamente tantos brasileiros. Lidar com o dumping cambial da China envolve muito mais que só o nosso setor, ou só o nosso País. Envolve um fórum maior, como a OMC (Organização Mundial do Comércio), pois o que a China faz não é economia de mercado e vem sangrando várias economias. Por sua parte, o governo brasileiro deve apertar o cerco na fiscaliza-ção, tanto nas fronteiras quanto nas Aduanas, para impedir o descami-nho, a pirataria e o comércio desleal. Recentemente, o governo aprovou uma MP que introduzirá fiscais do Inmetro nos portos para fiscalizarem produtos. Isso já será um avanço”, complementou Aguinaldo.#

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Gonçalves: em 2011 Armarinhos 25 só não cresceu mais porque

faltou zíper no mercado

walter Porteiro: modernização do parque fabril é a única solução para as

empresas voltarem a crescer

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Abit concede Medalha ao ministro Guido

Mantega e ao empresário Fuad Mattar

POR RObERTO CARLESSI

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil, Abit, ou-torgou dia 1º de dezembro,

em São Paulo, a Medalha Mérito Abit a duas personalidades que se destacaram por suas ações em prol do desenvolvimento do setor: o mi-nistro da Fazenda, Guido Mantega, e o empresário Fuad Mattar, pre-sidente da centenária Indústria de Tecidos Paramount. Por motivos de agenda, o ministro não pôde comparecer, mas mandou e--mail agradecendo a home-nagem e informando que o governo já anunciou medidas de estímulo para a economia brasileira reduzir os efeitos da crise econômica que assola os países da zona do Euro e os Estados Unidos, depois de ter se reunido com lideran-ças do setor em São Paulo,

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no dia 25 de novembro. Entre essas medidas, está a redução de alíquo-ta de ICMS para produtos de linha branca. Quanto ao setor têxtil e de confecções, declarou que “o governo está atento aos problemas da indús-tria têxtil e de confecções do Brasil e tomará as medidas necessárias”, no mesmo e-mail.

Depois de ler a mensagem do ministro, o presidente da Abit,

Muitos desafios a vencer

Mattar recebe Medalha Mérito Abit

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Setor PrivadoHá 66 anos atuando no setor

têxtil, o presidente da Paramount, Fuad Mattar, recebeu o Prêmio Mérito Abit, na presença de muitos empresários do setor, do secretário de governo do Estado de São Paulo, Andrea Calabi; do presidente do Sindiêxtil, Alfredo Emílio Bonduki, e de Ricardo Steinbruck.

Em seu discurso, Mattar disse que o setor têxtil brasileiro se tornou re-ferência mundial, mas enfrenta pro-blemas de concorrência desleal por parte de empresas estrangeiras. “O

Aguinaldo Diniz Filho, disse que saiu impressionado da reunião do dia 25 de novembro e bastante cré-dulo pelo conhecimento que ele de-monstrou ter sobre os problemas do setor. “Não queremos fazer do Brasil um entreposto de produtos têxteis estrangeiros, principalmente asiáti-cos. Queremos apenas ter condições mais favoráveis de competitividade nesse mercado. O governo brasilei-ro já percebe com clareza que nosso setor tem elevado potencial de cres-cimento e muita capacidade para gerar renda e empregos”, resumiu.

Brasil sofre dumping cambial, que o coloca à margem da concorrência justa e o custo Brasil dispensa co-mentários. Vivemos um momento de grande preocupação e a falta de perspectivas nos entristece, porque estamos assistindo novamente a es-se filme, que também já mostrou a extinção de empresas têxteis e de milhares de empregos nos Estados Unidos e na Europa. Em nome da indústria têxtil, reitero pedidos de solução para o governo federal. Não pedimos proteção, mas condições isonômicas de tratamento para a in-dústria têxtil brasileira. No início da década de 1990, nosso setor investiu milhões de dólares em tecnologia e produção e agora corremos o risco de perder todo esse investimento. Mas acredito na atual geração de lí-deres, esperando que lutem de for-ma incessante para que nosso setor tenha uma política industrial justa, apoiada por todos os escalões de go-verno”, declarou Mattar.#

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O afastamento de costureiras por motivos médicos pode se tornar

uma dor de cabeça para os proprietários de confecções. Atente para

não sofrer deste mal!POR LAURA NAvAJAS

Dor nas costas ou dor de cabeça?

Todos os colaboradores de qualquer empresa têm direi-to a afastamento médico por

motivo de saúde. No entanto, se isso for repetitivo, o custo para a empresa pode acabar ficando muito alto. E se o próprio local de trabalho estiver cau-sando o problema de saúde? Quando a doença é física (dores no corpo), é bem possível que o motivo seja a má adequação do espaço às medidas antropométricas do colaborador. Em confecções, isso tem se tornado cada vez mais comum, fazendo com que o empresário tenha custo muito alto pelo afastamento de suas costureiras.

Milene Rodrigues, coordenadora nacional da saúde e segurança no local de trabalho da Conaccovest – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, explicou que, dos afastamentos das costureiras em geral, 60% é causado pelo Distúrbio Musculoesquelético, que engloba dor nas costas, membros

superiores e inferiores. A causa? “Os postos de trabalho não respeitam a questão da ergonomia e atitudes co-mo pausa para a ginástica laboral”, explica Milene.

A Confederação recebeu um estudo da Universidade Federal do Espírito Santo, elaborado por Antônio Carlos Garcia Júnior, que discorria sobre a situação das costureiras naquele Estado. Garcia aplicou questioná-rios aos colaboradores e observou e analisou o local de trabalho de todos os setores envolvidos na indústria da moda. A conclusão é que quase 25% dos trabalhadores apresentavam queixas de saúde, as mais comuns de dores musculoesqueléticas.

Quando teve acesso ao estudo, a Conaccovest o ampliou e realizou a mesma análise e observação em vá-rias regiões do país, concluindo que o problema é geral. Pelo estudo do posto de trabalho, a confederação verificou que, por exemplo, há costu-reiras trabalhando em assentos que

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posição” (NR 17.3.1). “Se a pessoa fo-lhear a norma, verá que ela estipula detalhadamente o posto de trabalho, desde como tem que ser o assento até como têm que ser o som e o ar do ambiente”, diz Milene.

AfastamentoO tempo em que as costureiras pas-

sam afastadas é relativo ao momento em que se detectou o problema. “Tem costureiras afastadas por dias, outras por anos. Muitas vezes, acontece de saírem rapidamente, mas quando re-tornam o posto de trabalho não foi readequado. Então, o problema não acaba”, explica Milene.

não têm regulagem de altura e até mesmo de madeira sem estofamento, além da questão do maquinário, que não obedece as medidas antropomé-tricas do corpo.

Segundo Milene Rodrigues, mui-tas das costureiras estão adquirindo uma pequena corcunda, chamada cifose, por ficarem muito tempo na mesma posição. Para ela, existem diversos fatores que resultam neste cenário, o principal deles a falta de fiscalização do governo e dos pró-prios sindicatos.

Norma RegulamentadoraA NR17 é uma norma regulamenta-

dora desenvolvida pelo Ministério do Trabalho e está em vigor desde 1990, pela portaria 3751, de 23/11/1990. Nela, são estabelecidos parâmetros que permitem a adaptação das con-dições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempe-nho eficiente.

O item 17.3.1, por exemplo, é bas-tante claro: “sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado e adaptado para essa

Ainda não há uma norma especí-fica para o setor, mas a Conaccovest está batalhando por isso. “Estamos fazendo um estudo, protocolan-do e entregando ao Ministério do Trabalho, solicitando norma especí-fica para as indústrias de confecção, calçado e têxtil.”

Neste estudo, estão sendo ana-lisadas as posições perfeitas tan-to do assento quanto as medidas dos equipamentos, já que, segun-do Milene Rodrigues, o design nas máquinas também precisaria ser alterado. “Em parceria com a Fundacentro, já desenvolvemos um modelo de cadeira e agora estamos desenvolvendo um protótipo de máquina”, conta. Além disso, entra em questão também a iluminação do ambiente e a necessidade de gi-nástica durante alguns minutos de intervalo na produção. “Tudo isso com o apoio de empresários que já estão preocupados em reduzir o número de afastamentos, porque o custo é alto para eles também. E a Fundacentro tem um estudo que diz que, para cada dólar investido na saúde e segurança do trabalhador, são economizados 5 dólares pelo empresário”, conclui. #

Adequação dos postos de trabalho permite melhores condições

Ginástica reduz problema de dores

PRODUçãO

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Ginástica Laboral, um bom começo a Damyller é uma confecção catarinense que está no mer-cado desde 1979. atualmente conta com cerca de 90 lojas próprias. entre as lojas e seu parque fabril, em nova Veneza, gera 1,9 mil empregos diretos. e demonstra preocupação com a saúde e o bem-estar dos seus funcionários. Desde 2001, o parque fabril para por alguns minutos para a realização da cinesioterapia (ginástica laboral). Cada gru-po de trabalho tem um monitor responsável por orientar os trabalhadores e também cobrar para que todos reali-zem a ginástica diariamente e de maneira correta. O técnico de segurança da empresa, Jefferson Mota estevam, explica que o programa inclui três práticas ao dia. a primeira é logo na entrada, com exercícios mais voltados para a preparação e o aquecimento do corpo para o início das atividades diárias. Depois tem outra parada às 9h20 min e a última, às 15 horas.Os monitores realizam treinamentos frequentes para se atualizarem, onde aprendem a fazer novos exercí-cios. Recentemente, no início deste ano, a prática da ioga foi inserida na ginástica laboral. “Os exercícios são feitos para atuar na musculatura mais exigida, ou seja, são específicos”, diz a fisioterapeuta Renata Becker, uma das responsáveis pelo projeto.além da ginástica, já que o programa consiste em trazer qualidade e prezar pela saúde do trabalhador, atu-almente todas as cadeiras usadas na produção são criadas pensando nisso, com assento adequado, regula-gens, encosto dorsal e bordas arredondadas, que deixam a postura correta.

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Pesquisa detecta relação cargos e

salários dentro do mundo da modaPOR LAURA NAvAJAS

Vai pagar quanto?

A cadeia de moda é vasta, com muitas funções distribuídas entre muita gente. Uma

pesquisa recente, realizada pelo Carreira Fashion, maior empresa de Recursos Humanos do segmento de moda da América Latina, mapeou cargos e salários do setor e revelou algumas surpresas.

Apesar de a indústria da moda ser a segunda que mais emprega no país, até agora não se sabia muito sobre a prática de salários desse mercado. “Era muito comum, antes de anunciarem uma vaga, as empresas nos ligarem para saber quanto oferecer”, conta Ângela Vailera, designer de inovação e novos negócios da empresa, responsável pela coordenação da pesquisa.

Cerca de 300 empresas de todos os elos da cadeia responderam à pesquisa, que também contou com a análise de salários oferecidos em mais de mil vagas do banco de dados do Carreira Fashion. Os dados foram

colhidos entre maio e setembro de 2011, com empresas provenientes das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Assim, a pesquisa foi conduzida primeiramente por região, para depois ser encontrada a média salarial nacional. “Este é um projeto que começou no ano passado, para conseguirmos viabilizar como fazer a pesquisa”, afirma a coordenadora.

NovidadesUma das surpresas descobertas

neste quesito é que a região Sul paga salários equivalentes aos da Região Sudeste, derrubando o mito de que São Paulo sempre paga maiores salários. Foram pesquisadas 43 áreas de atuação, sendo cada uma dividida em três níveis hierárquicos (Auxiliar/ Assistente; Profissional Pleno; Supervisor/ Coordenador/ Gerente).

Outra surpresa é que como a maior parte dos estudantes que se formam na área de moda vislumbram um futuro como estilistas, procurando

MERCADO

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50 O COnfeCCiOnista nOV/DeZ 2011

a mesma função”, acrescenta.Para lidar com esta questão da

nomenclatura, o Carreira Fashion optou por não trabalhar com cargos específicos. “Muitas vezes dois cliente queriam postar vagas com nomes diferentes, mas a capacitação, os conhecimentos, habilidades e atitudes exigidos pelas empresas para cada um deles era a mesma. Por isso, optamos por trabalhar com o cruzamento da área com o nível hierárquico”, explica Ângela.

Assim, uma costureira que vá buscar uma vaga pode procurar pela área de costura, assistente, profissional pleno ou gerência.

A pesquisa deve auxiliar as contratações dentro de todo o setor, desde a Indústria até o Varejo, numa tentativa de eliminar essas dificuldades nas contratações. “Nosso mercado de moda vem se profissionalizando bastante ao longo dos anos, mas tudo ainda é muito recente”, finaliza Angela Vailera.#

vagas para assistentes de criação/estilo, começaram a sobrar vagas em modelagem. “Esta lei de oferta e procura gerou aumento de salário na carreira. Assim, um assistente na área de modelagem ganha 27% a mais do que um de criação/estilo”, explica Ângela. Ela conta que a relação candidato por vaga chegou a um para um neste ano. Até o ano passado havia dois anúncios de emprego por candidato.

Vagas e SaláriosNão é só na área de modelagem que

sobram vagas. As costureiras também já estão em falta. “Antes a profissão passava de mãe para filha. Hoje elas buscam outras carreiras”, justifica Ângela. “Isso provavelmente fará com que os salários aumentem”, completa.

Com relação aos valores, a menor média salarial encontrada pela pesquisa é de R$ 794,70, para assistente de acabamento. Em relação a valores, a pesquisa também desmistifica a ideia de que trabalhar em uma empresa grande é sinal de salário maior. “Dependendo do porte da empresa, ela contrata 60, 70 profissionais para a mesma área. Se ela é pequena, vai contratar apenas um, que terá mais responsabilidade e, por consequência, ganhará mais”, explica a coordenadora da pesquisa.

DificuldadesA realização da pesquisa esbarrou

em alguns entraves que foram cuidadosamente resolvidos, por isso o projeto demorou tanto tempo. “O setor tem muitas particularidades. Para começar, a profissão de moda no Brasil não é regulamentada e não tem pisos salariais, a não ser as costureiras que são sindicalizadas. Além disso, nomenclaturas de cargos e suas funções não são padronizadas aqui. Cada região usa um nome para

PRAZOS PARA CONTRATAÇÃO E COLOCAÇÃO

Tempo médio para a empresa preencher uma vaga de trabalhoAs empresas participantes da pesquisa responderam a seguinte questão:“Qual é o tempo médio que sua empresa leva para preencher uma vaga?”

Tempo médio para o candidato conquistar uma colocação no mercadoTodos os candidatos que se cadastram no site Carreira Fashion, ao encerrar seu cadastro, respondem à pergunta:“Por quanto tempo você divulgou seu currículo até conseguir uma colocação no mercado?”Entre maio e setembro de 2011 os candidatos responderam:

Tempo médio: 2,8 meses

MERCADO

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dica do especialista MODELAGEM

Sonia Duarte é pesquisadora, professora e autora do livro MiB Modelagem industrial Brasileirawww.modelagemmib.com

Roupas de crianças

Desde que li a matéria "Roupa de criança com cultura brasileira para preservarmos aqui e difundirmos lá", de Ivy Tinoco - jornalista dedicada ao segmento infantil – e, logo em se-guida, a matéria "Elas começaram cedo”, de Iesa Rodrigues, jornalista de Moda, percebi o grande espaço que as grifes infantis têm ocupado. A Ivy mostra como ser um público susten-tável em relação ao reaproveitamento da roupa, diante da agilidade das in-dústrias e do desejo de consumo rápi-do das novas criações. A Iesa cita co-mo exemplo a “Pequena Valentina, de três anos e meio, que segue o mes-mo estilo de vida de Suri, filha de Tom Cruise e Kate Holmes. As duas são fashionistas, se vestem com gri-fes e as mães não negam a partici-pação nas tardes de compras”.

Com tanta in-formação, o mer-cado infantil vem ganhando frente, não que esteja com a maior fatia do mercado, mas crescendo organiza-damente com o mesmo planejamen-

to dos segmentos dos adultos. Um espaço aqui, outro ali, publicações em revistas, blogs e sites interes-santes, meninas blogueiras já tão famosas, que de mansinho vão se estabelecendo.

Desde que os malls apareceram, as lojas de produtos direcionados ao público infantil juntavam-se em um corredor ou num canto específico dos shoppings. Hoje elas se misturam en-

tre as grifes famosas ou fazem parte da mesma marca, expondo suas co-leções em corners dentro da própria loja direcionada aos adultos.

Modelagem e ErgonomiaUma das principais característi-

cas das roupas infantis é a ergono-mia (técnica aplicada às modelagens para adequá-las aos movimentos do corpo). Vocês já notaram que os bebês

Modelos

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Modelos

Corpos

Corpos

nos primeiros meses de vida ado-ram encolher as perninhas em dire-ção ao umbigo? Vocês já se questio-naram por que o "Cobre Fralda" tem as aberturas das perninhas voltadas para cima, na parte da frente, e não no mesmo lugar das pernas de uma cal-ça? Então, comparem as posições dos bebês com a modelagem do "Cobre

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NT&TT 2011 apresentou em São

Paulo novas máquinas, equipamentos e

tecnologias para a produção de tecidos

técnicos e não-tecidosPOR RObERTO CARLESSI

Além da Imaginação

Tecidos técnicos e não-teci-dos têm aplicação em pra-ticamente todos os segmen-

tos, da indústria à construção civil, e também na área de uniformes, prin-cipalmente hospitalares, e em produ-tos de higiene, como fraldas descar-táveis e outros. Para mostrar o po-tencial desse mercado e as inúmeras aplicações desses produtos, a Reed Exhibition e a Alcântara Machado realizaram, de 26 a 28 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, a NT&TT Show 2011 (quarta edição da Feira Internacional de Não-Tecidos e Tecidos Técnicos), que reuniu fabricantes, for-necedores de matérias-pri-mas, produtores de máqui-nas, equipamentos, insumos e convertedores.

Com foco na apresentação de novos produtos e novas tecnologias para tecidos e não-tecidos, a feira rece-beu cerca de 4 mil visitan-

tes de diversas regiões do País. Com 45 expositores, representou não só esses dois segmentos, mas também os setores de máquinas e equipa-mentos, insumos e componentes, descartáveis higiênicos, máquinas e equipamentos para conversão e insu-mos e componentes para conversão. Atualmente, no Brasil, o setor de te-cidos técnicos e não-tecidos tem 223 empresas, emprega diretamente 44 mil pessoas e tem faturamento bruto de 2,8 bilhões de dólares

A feira aconteceu num momento em

FEIRA

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56 O COnfeCCiOnista nOV/DeZ 2011

ras agrícolas, entretelas para confecção, lenços umedeci-dos, roupas descartáveis pa-ra a área médico-hospitalar, toucas, máscaras, aventais, jalecos, calças e outros.

Presentes nos mais diversos ramos industriais, tecidos téc-nicos e não-tecidos estão cada vez mais sendo utilizados na fabricação de automóveis, fil-tros, construções, calçados e descartáveis higiênicos.

No caso específico da in-dústria automobilística, esses produtos são cada vez mais utiliza-dos em tubos de admissão, coifas de câmbio, revestimentos de capô, defletores de ar, isolador do painel de instrumentos, apoio de cabeça, teto pré-moldado, revestimento de porta-malas, parachoques, reves-

timento dos bancos, tapete do as-soalho, isolador térmico e acústico, console, pneus, cinto de segurança e outras aplicações.

Agora, têxteis técnicos são utiliza-dos praticamente em todos os luga-res, de residências a indústrias, para filtrar gases, sólidos, líquidos (óleos e solventes) e impurezas, alimentos, ar, óleos, minerais, coifas, exaustores

que a economia brasileira está aque-cida, com crescimento sustentado nos últimos anos. Em 2010, as ven-das desse segmento cresceram 10,5% e deverão se manter em percentual elevado. Tanto que, para os próximos dois anos, a Associação Brasileira das Indústrias de Não-Tecidos e Tecidos Técnicos (Abint) projeta investimen-tos de 260 milhões de dólares para acompanhar o aumento da demanda por esses produtos e a diversificação de aplicação desses insumos.

Tecidos técnicos, como o próprio nome indica, têm desempenho mui-to determinado, visando praticidade, segurança, economia e durabilidade definida, com inúmeras aplicações, como aplicativos finais em big bags, lonas arquitetônicas e de decoração, lonas de proteção para cargas, pis-cinas infantis, aquicultura, cintos de segurança, filtros para colete e blindagem de veículos, bar-reiras infláveis e contentores de poluição marítima, roupas de segurança, esteiras e cin-tas de amarração e de eleva-ção, etc.

Por sua vez, os não-tecidos têm estrutura plana, flexível e porosa, composta de véus, mantas ou fibras de filamen-to, com aplicações principal-mente no revestimento de au-tomóveis, carpetes, cobertu-

e óleos industriais. Os não-tecidos têm ampla utili-

zação na produção de paramentos médicos, odontológicos e hospita-lares, compressas, aventais, toucas, máscaras, bandagens, campos cirúr-gicos, wipes, pads, curativos, protetor

oftálmico, vestuário para procedi-mentos e exames, embalagens para esterilização e outras, para reduzir os riscos de infecções hospitalares.

Na feira também foram apresen-tadas palestras sobre otimização das compras de artigos de não-te-cidos descartáveis hospitalares, arquitetura têxtil, Perspectivas e o futuro da petroquímica no Brasil, curso de treinamento em não--tecidos e o V Encontro Técnico CTG/Abint Geossintéticos em Solos Reforçados.#

Fabricantes de não-tecidos apresentaram seus produtos

Em quatro dias feira recebeu mais de 4

mil visitantes

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ESTANTE

HISTÓRIA DA MODA O desenvolvimento da criação de moda em solo brasileiro é investigado no livro História da Moda no Brasil: das influências às autorreferências. Desde o período de implementação da moda industrial, o jornalista e escritor Luís andré do Prado e o professor de moda e escritor João Braga compilaram os resultados de uma abrangente pesquisa em sete capítulos, subdividido de acordo com as tendências estéticas e comportamentais predominantes em cada época: Belle Époque (1889-1918), anos Loucos (1919-1930), era do Rádio (1931-1945), anos Dourados (1946-1960), tropicália & Glamour (1961-1975), anos azuis (1976-1990) e supermercado de estilos (1991-2010). O trabalho de pesquisa envolveu consultas a fontes bibliográficas, iconográficas (fontes secundárias) e a depoimentos, coletados com base nos princípios da história oral (fontes primárias), envolvendo relatos de pessoas que atuaram diretamente na construção da moda brasileira, o que lhe dá um sabor especial de história vivida.Livro: História da Moda no brasil: das influências às autorreferênciasAutores: Luís André do Prado e João braga.Editora: Pyxis

PARA ORIENTAR O CLIENTEMuitas vezes montar a vitrine certa ou sugerir a combinação perfeita ao consumidor faz com que as vendas subam muito. O livro “Continue na Moda com isabella fiorentino”, segundo título da coleção “na Moda”, traz orientações e dicas de looks para ocasiões pessoais, profissionais e sociais, além de peças-chave e acessórios para o guarda-roupa, com ilustrações e itens coringa para montar um visual prático, elegante, moderno e descolado. a publicação é rica em fotos de produções e também ajuda a identificar os diferentes tipos físicos e estilos como romântico, criativo, sensual, esportivo, clássico e como se enquadram em cada um. Livro: Continue na moda com Isabela FiorentinoEditora: Libreria Editora e EdiouroEditora: Nobel

CONSUMIDOR Há 20 anos o Código de Defesa do Consumidor entrou em vigor e Roberto Meir, especialista internacional em relações de consumo, apoiou o projeto desde o início. Recentemente, capitaneou uma das mais ousadas ações em prol das boas relações de consumo: “o CDC para todos”, com fóruns para ouvir ideias e propostas dos principais segmentos da economia: instituições financeiras; telecomunicações; seguros, alimentos; Varejo e serviços Públicos, entre outros comumente citados nas listas de reclamações. O resultado deste trabalho se transformou no livro Do Código ao Compromisso: Propostas efetivas para a melhoria dos serviços ao consumidor no Brasil, que teve o apoio de órgãos de defesa do consumidor, dentre os quais Procon, inmetro e Proteste. O livro tem prefácio de Geraldo alckmin, governador de são Paulo.Livro: “Do Código ao Compromisso: Propostas efetivas para a melhoria dos serviços ao consumidor no brasil”Autor: Roberto MeirEditora: Padrão

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PRODUçãO O professor do senai Vestuário, Renato Lobo apresenta o livro Gestão de Produção, onde reflete sobre a importância do assunto ao destacar os princípios básicos do controle da qualidade total, controle de processos, tipos de planejamento, qualidade pessoal, os impactos da manutenção produtiva total (MPt), custos de manutenção, sistemas de controle e implementação. aborda também a manutenções corretiva, preventiva e preditiva, o planejamento de ações (5W2H), sistema de gestão, medição de desempenho, gestão de produtividade e vantagem competitiva, ferramentas e estudos de caso, reengenharia e padrões de desempenho. a obra abrange produtividade industrial, controle da produtividade, análises e mudanças de um layout, controle de medidas e carga de máquinas.Livro: Gestão de ProduçãoAutor: Renato LoboEditora: Editora Érica

MODA NA LINHA Lançado pela professora e coordenadora da Modateca, izabelle Barros, o livro Linhas da Moda: pesquisa, ensino, empresa e sociedade trata o tema como assunto científico, organizado em artigos sobre as mais diversas questões relacionadas à moda e à forma de fazê-la. Dividido em três volumes, é escrito por doutores, mestres e especialistas que abordam o tema sob aspectos singulares, com ações de extensão universitária, de ensino, o conforto do vestuário, aspectos têxteis, cultura indígena, figurino, balé e outros tantos temas. Título: Linhas da Moda: pesquisa, ensino, empresa e sociedadeAutora: Izabelle barrosEditora: Modateca

ALÉM DO FASHION seja como fenômeno cultural ou como negócio altamente lucrativo, a moda sempre foi um espelho da sociedade, refletindo as dinâmicas sociais, econômicas e políticas de cada época. Mairi Mackenzie faz uma reflexão sobre o tema ao mostrar que a moda não se limita ao mundo da alta-costura, sendo também manifestação das identidades sociais. Para isso, reúne tendências de design e os movimentos que moldaram a evolução das roupas desde o século XVii e, de modo conciso, identifica o contexto, as características, as obras e os significados mais importantes de cada estilo. O volume mostra as influências e conexões dos grandes criadores da moda moderna, como Paul Poiret, Coco Chanel e Christian Dior, com destaques do design contemporâneo como John Galliano e Marc Jacobs. nomes de personagens históricos e de celebridades que tiveram e têm papel fundamental ao consolidar e ditar estilos também estão presentes na obra: da imperatriz Maria antonieta a lady Diana spencer, de sarah Bernhardt asarah Jessica Parker.Livro: Para Entender a ModaAutor: Mairi Mackenzie

ESTANTE dica do especialista CONFECçãO

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dica do especialista CONFECçãO

Zero Defeitos

(Parte 2)

Luiz Américo Zeballos é Engenheiro Mecânico Eletricista, formado pela Escola Politécnica, na USP

ve ser iniciado. O pessoal recebe seus padrões dos seus líderes. Eles desempenham de acordo com os requerimentos que lhes são solici-tados, por isso deve ficar claro que o padrão pessoal da alta gerência é Zero Defeito.

2-Fazer nascer no colaborador o espírito do artesão. No artigo an-terior mostramos alguns passos de como proceder para fazer nascer no colaborador o espírito do artesão. Mais difícil é manter esse desper-tar num crescendo. Para obter es-se crescendo, tínhamos grupos de discussão com um mediador que conseguia obter das pessoas gran-des resultados (coach de grupo).

Vencidas essas duas etapas, lançávamos o ZD com o seguin-te programa de passos:

1-Comprometimento da Gerência.2-Grupo para melhoria da Qualidade.Objetivo: Estabelecer orientação para o programa de melhoria da Qualidade.

3-Quantificação da Qualidade.Objetivo: Obter informação que permita avaliação objetiva e ação corretiva.4-Custo Relacionado com a Qualidade.Objetivo: Definir os componen-tes do custo relacionado com a Qualidade.5-Ação Corretiva.Objetivo: Estabelecer método para resolver, de forma definitiva, problemas que são encontrados na implantação do ZD.6-Planejamento do ZD.Objetivo: Fazer análise do status em que se encontram as ativida-des que participarão do lança-mento formal do ZD, para uma possível ação corretiva.7-Treinamento dos Supervisores.Objetivo: Para definir o tipo de treinamento que o supervisor ne-cessita, de forma a desempenhar sua parte no programa de melho-ria da Qualidade.8-Dia do ZD.Objetivo: Expor todo o pessoal da unidade ao programa de ZD em um mesmo dia.

Com a política de atuação junto ao pessoal, mencionada no artigo an-terior, atingir as metas da empresa passava a ser aspiração de todos. Além de uma recompensa pecuniá-ria, no natal havia o reconhecimen-to pelo desempenho pessoal. Havia farta distribuição de medalhas e também muitos discursos. A festa de fim de ano era um grande acon-tecimento. Esse reconhecimento era mais importante do que o prê-mio monetário. Era resultado de um acompanhamento durante o ano que fazia com que o interesse fosse man-tido sempre em alerta. Com todas as necessidades primárias dos cola-boradores satisfeitas, o prêmio tinha o valor de condecoração.

Na qualidade de inseridos no sis-tema consumista, eles estavam habilitados a participar desse tipo de satisfação. Na implan-tação de programas de ZD dois itens são de suma importância:

1-Aceitação e participação da al-ta gerência no programa. Enquanto não houver este suporte, nada de-

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EM DIAfO

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A CRIATIvIDADE E o DEsIGN No BRAsIl O estilista Ronaldo fraga, o arquiteto e designer gráfico Carlos Perrone e o designer Marcelo Rosenbaum se reuniram em Pomerode, no dia 19 de novembro, para realizarem o evento Diálogos Criativos. Organizado pelo Orbitato, instituto de estudos em arquitetura, Moda e Design, reuniu cerca de 200 pessoas, dentre elas industriais, estúdios de design, fotógrafos, escritórios de arquitetura, entre outros. O objetivo do encontro foi discutir formas de criar e integrar indústria, artesanato e autoralidade. Os três palestrantes debateram junto com Celina Refosco, diretora do Orbitato, como usam a criatividade e o design nas suas carreiras. todos concordam que o Brasil é um país extremamente rico, está sendo descoberto pelo mundo e precisa aprender a valorizar a criatividade de seu povo.

GRIFEs INFANTIs PElA INTERNET Fazer compras on line é coisa de gente grande. No entanto, o e-commerce também já chegou à moda infantil. O grupo Interfeira Eventos, organizador da FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil e Bebê, acaba de trazer ao mercado a primeira loja virtual multimarcas de vestuário infantil do país. O site Moda Kids (www.modakids.com.br) oferece aos pais e filhos a praticidade de comprar sem sair de casa. Atualmente, conta com seis grifes, entre elas as renomadas Diesel e Tommy Hiltiger. Dentre os artigos comercializados, estão calçados, acessórios, peças de enxoval e passeio para bebês, além de roupas para crianças e adolescentes de até 16 anos. A expectativa é que até o primeiro semestre de 2012 outras 30 novas marcas passem a integrar o site.

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Uma ação que deu certo O projeto Costurando o Futuro é resultado de uma parceria entre a Fundação Volkswagen, a Prefeitura de São Bernardo do Campo e a Associação Mundaréu, que está em ação desde 2009. Recentemente, formou o primeiro grupo de 18 empreendedores, que criaram a companhia Tecoste (Tecido, Costura e Arte). Pelo programa, os participantes aprendem a costurar, contam com apoio psicológico e aulas de empreendedorismo. A Fundação Volkswagen doa uniformes usados por funcionários, amostras de tecido automotivo e até cintos de segurança para que sejam transformados em novos produtos, como necessaires, bolsas, aventais, entre outros. Os empreendedores trabalham na oficina de costura montada na Sedesc, Secretaria de Desenvolvimento Social de São Bernardo do Campo, onde já criaram três linhas de produtos, com mais de 30 itens.

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Feiras para Noivas as feiras especializadas são ótimos meios para os confeccionistas exporem seus produtos, tanto para os lojistas quanto para consumidores finais. em 2011, a expo noivas & festas realizou cinco edições no eixo RJ-sP e teve um volume de negociações em torno de R$ 82 milhões. Para o próximo ano, a Goal Promoções & feiras, empresa que organiza o evento, já divulga suas próximas edições. são cinco edições confirmadas, com a expectativa de abrir mais uma opção de data, segundo José Luiz de Carvalho Cesar, diretor e organizador da expo noivas & festas. em 2010 este setor movimentou no Brasil cerca de R$ 10 bilhões e a expectativa é que em 2011 tenhamos aumento de 10%. Confira a agenda de eventos da expo noivas & festas 2012:São PauloExPO NOIvAS & FESTAS SP 2012Local: Centro de exposições imigrantesData: 19 a 22 de janeiro de 2012 ExPO NOIvAS & FESTAS SP 2012Local: expo Center norte – Pavilhão amareloData: 28 de abril a 1 de maio de 2012 ExPO NOIvAS & FESTAS SP 2012Local: expo Center norte – Pavilhão amareloData: 11 a 14 de outubro de 2012 Rio de JaneiroExPO NOIvAS & FESTAS SP 2012Local: expo Center norte – Pavilhão amareloData: 16 a 20 de maio de 2012 ExPO NOIvAS & FESTAS RJ 2012 - edição PrimaveraLocal: norteshoppingData: 19 a 23 de setembro de 2012 http://www.exponoivas.com.br/

Moda especialO fashion Weekend Plus size 2012, evento de moda de grifes para tamanhos especiais, já tem data marcada: a primeira edição do ano acontecerá nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Centro de Convenções frei Caneca. O evento espera receber cerca de dois mil convidados durante os dois dias de desfiles e salão de negócios.

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PREMIèRE BRAsIl PRIMAvERA/vERão 2013 já TEM DATA MARCADA O maior salão latino-americano especializado em matérias-primas para a indústria da moda ocorre nos dias 18 e 19 de janeiro, em novo local: expo Center norte, em são Paulo. além de vários estandes com ofertas de tecidos, denim, fios, fibras, acessórios e design têxtil para estamparia, o salão também promove a Conferência de Moda exclusiva Première Vision, apresentada pela Diretora de Moda Pascaline Wilhelm. O fórum de tendências, juntamente com a Cartela de Cores, ajudará os participantes a saberem, em primeira mão, que rumos irão tomar as coleções futuras, tanto em cores e estampas, até cortes e modelagens que estarão em voga. Os organizadores do evento, fagga l GL exhibitions, com o Première Vision, esperam um volume maior de negócios, pelas medidas anunciadas pelo governo com o Plano Brasil Maior, que influenciou a confiança dos expositores e parceiros.

EM DIA

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CoNsUMIDoR BRAsIlEIRo DE vEsTUáRIo Para compreender melhor o cenário atual da indústria de confecção no Brasil e oferecer a possibilidade de traçar estratégias mais acertadas de negócios, a associação Brasileira da indústria têxtil e de Confecção (abit) e o Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio exterior (MDiC) acabam de concluir a Pesquisa sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário. O estudo, que ouviu consumidores das principais capitais do Brasil, identificou os hábitos dos consumidores e a existência de uma forte relação deles com a moda. algumas características presentes nas peças de vestuário e artigos de moda foram consideradas muito importantes no momento da compra: conforto, bom preço, qualidade e durabilidade. também foi identificada uma grande demanda de consumo interno decorrente do crescimento econômico. a questão da aquisição de produtos têxteis e de confecção pela internet também foi trabalhada. a pesquisa concluiu, entre outras informações, que:* apenas 27,1% dos entrevistados costumam olhar as etiquetas das peças de vestuário para saber a origem do produto: * as mulheres são as maiores responsáveis, com participação de 84,6%, pela escolha de peças de vestuário/artigos de moda para si próprias ou para membros da família;* as lojas de rua são o local preferido para compra de 56,2% dos entrevistados, sendo que quanto mais jovem o consumidor, maior a preferência pelas compras em shoppings;* somente 15,2% dos consumidores já compraram peças de vestuário/artigos de moda pela internet;* no Brasil, a participação do gasto com vestuário no total de despesas das famílias é de 5,5%, sendo que a região norte apresentou o maior índice: 7,4%;* televisão é apontada como principal fonte de informação sobre moda, com participação de72%;* a maneira de vestir das personalidades (artistas, modelos, cantores e jogadores de futebol) influencia 62,2% dos entrevistados, sendo que as mulheres são as mais influenciadas, com 70,7%; Os resultados estão disponíveis nos sites do MDiC (www.mdic.gov.br) e da abit (www.abit.org.br), onde é possível ter acesso a diferentes informações por meio de filtros e obter os dados completos da pesquisa quantitativa.

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Nova tecnologia fabrica fios que possibilitam tecido mais resistente ao piling, garante o fabricante

POR LAURA NAvAJAS

Sem bolinhasUma roupa que quase não

faz bolinhas, com um teci-do macio, sem deformação.

Isso é o que promete a tecnologia Vortex®, sistema trazido ao país pela Adatex, empresa paulistana produ-tora de fios. A tecnologia possibilita que a ponta da fibra seja direciona-da para o centro do fio por meio de um sistema de jatos de ar. O núcleo do fio não é torcido durante a sua formação e a outra ponta, por sua vez, forma uma camada externa, que cobre as outras fibras. “Isso deixa a superfície uniforme, inclusive pa-ra fibras acrílicas”, garante Daniel Mehler, diretor da Adatex.

No caso da malha, deixaria a peça lisa e resistente à formação de boli-nhas na superfície, depois de lavagens caseiras. Os fios revestidos também seriam adequados para camisaria e tricô, também. Além disso, com a tecnologia também é possível oferecer mais opções de mescla nos fios elas-tizados para os fabricantes de denim. Por fim, pela sua resistência ao piling, à abrasão e à lavagem, absorção de

umidade superior e estabilidade con-tra deformação, são muito adequados para roupas casuais, cama e banho e outras muito lavadas em casa.

O equipamento, conhecido por Sistema Vórtex, fabricado pela ja-ponesa Murata, além de produzir o fio especial reduz o tempo do pro-cesso de fiação, já que incorpora três etapas do processo tradicional, maçaroqueira, filatório e conicaleira.

A Adatex conta com mais de 50 anos de experiência em produção de fios. Para a produção do Vortex®,

expandiu seu parque industrial com a inauguração de uma unidade em Jacareí, interior de São Paulo, con-tando com capacidade instalada inicial de 200 toneladas. A fiação iniciou sua produção há cerca de três meses, em área que comporta a instalação de mais uma fábrica, para atingir um total de 800 toneladas, que pode ser inaugurada no segun-do semestre de 2012, se o mercado permitir, de acordo com o gerente de desenvolvimento e inovação José Francisco Cestare.#

TECNOLOGIA

Novo parque industrial para nova tecnologia

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Sem bolinhas

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