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UNVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE GESTÃO E ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL ALINE SANTA ROSA O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO CURITIBA - PR 2014

O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTÃO …repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3682/5/CT_GPM_02... · implantação do controle interno em municípios menores

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UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL

ALINE SANTA ROSA

O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL

DE LARANJAL PAULISTA-SP

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO

CURITIBA - PR 2014

ALINE SANTA ROSA

O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL

DE LARANJAL PAULISTA-SP

Monografia de Especializaccedilatildeo apresentada ao Departamento Acadecircmico de Gestatildeo e Economia da Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de ldquoEspecialista em Gestatildeo Puacuteblica Municipalrdquo Orientador Profa Msc Ana Cristina Macedo Magalhatildees

CURITIBA - PR 2014

Agrave minha famiacutelia e meu namorado pelo apoio e compreensatildeo durante esta jornada

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho

A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado

As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso

A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho

RESUMO

Este trabalho objetiva demonstrar a importacircncia do controle interno para uma Secretaria Municipal de Assistecircncia Social fazendo um relato de seu conceito e caracteriacutesticas complementando com o histoacuterico da Assistecircncia Social no paiacutes e com a descriccedilatildeo do ciclo orccedilamentaacuterio na administraccedilatildeo puacuteblica A Administraccedilatildeo Puacuteblica deve valorizar o controle interno uma vez que atraveacutes dele consegue-se garantir o funcionamento dos processos proacuteprios agrave gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios As entidades que possuem um controle interno efetivo podem utilizaacute-lo para a avaliaccedilatildeo de seus atos e para a melhoria de sua gestatildeo A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliograacutefica atraveacutes de livros artigos e monografias disponibilizados em site e tambeacutem o estudo de caso com aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio aos funcionaacuterios da Secretaria Municipal de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Tambeacutem foi realizada uma pesquisa sobre a execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios sendo que essa execuccedilatildeo pode servir como meio para implantaccedilatildeo do controle interno em municiacutepios menores A partir do que foi estudado percebe-se que eacute necessaacuterio um conhecimento por parte dos funcionaacuterios do funcionamento do controle interno como tambeacutem uma parametrizaccedilatildeo do controle interno na gestatildeo puacuteblica municipal Palavras-chave Orccedilamento Puacuteblico Controle Interno Assistecircncia Social

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

ALINE SANTA ROSA

O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL

DE LARANJAL PAULISTA-SP

Monografia de Especializaccedilatildeo apresentada ao Departamento Acadecircmico de Gestatildeo e Economia da Universidade Tecnoloacutegica Federal do Paranaacute como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de ldquoEspecialista em Gestatildeo Puacuteblica Municipalrdquo Orientador Profa Msc Ana Cristina Macedo Magalhatildees

CURITIBA - PR 2014

Agrave minha famiacutelia e meu namorado pelo apoio e compreensatildeo durante esta jornada

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho

A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado

As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso

A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho

RESUMO

Este trabalho objetiva demonstrar a importacircncia do controle interno para uma Secretaria Municipal de Assistecircncia Social fazendo um relato de seu conceito e caracteriacutesticas complementando com o histoacuterico da Assistecircncia Social no paiacutes e com a descriccedilatildeo do ciclo orccedilamentaacuterio na administraccedilatildeo puacuteblica A Administraccedilatildeo Puacuteblica deve valorizar o controle interno uma vez que atraveacutes dele consegue-se garantir o funcionamento dos processos proacuteprios agrave gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios As entidades que possuem um controle interno efetivo podem utilizaacute-lo para a avaliaccedilatildeo de seus atos e para a melhoria de sua gestatildeo A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliograacutefica atraveacutes de livros artigos e monografias disponibilizados em site e tambeacutem o estudo de caso com aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio aos funcionaacuterios da Secretaria Municipal de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Tambeacutem foi realizada uma pesquisa sobre a execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios sendo que essa execuccedilatildeo pode servir como meio para implantaccedilatildeo do controle interno em municiacutepios menores A partir do que foi estudado percebe-se que eacute necessaacuterio um conhecimento por parte dos funcionaacuterios do funcionamento do controle interno como tambeacutem uma parametrizaccedilatildeo do controle interno na gestatildeo puacuteblica municipal Palavras-chave Orccedilamento Puacuteblico Controle Interno Assistecircncia Social

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

Agrave minha famiacutelia e meu namorado pelo apoio e compreensatildeo durante esta jornada

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho

A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado

As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso

A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho

RESUMO

Este trabalho objetiva demonstrar a importacircncia do controle interno para uma Secretaria Municipal de Assistecircncia Social fazendo um relato de seu conceito e caracteriacutesticas complementando com o histoacuterico da Assistecircncia Social no paiacutes e com a descriccedilatildeo do ciclo orccedilamentaacuterio na administraccedilatildeo puacuteblica A Administraccedilatildeo Puacuteblica deve valorizar o controle interno uma vez que atraveacutes dele consegue-se garantir o funcionamento dos processos proacuteprios agrave gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios As entidades que possuem um controle interno efetivo podem utilizaacute-lo para a avaliaccedilatildeo de seus atos e para a melhoria de sua gestatildeo A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliograacutefica atraveacutes de livros artigos e monografias disponibilizados em site e tambeacutem o estudo de caso com aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio aos funcionaacuterios da Secretaria Municipal de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Tambeacutem foi realizada uma pesquisa sobre a execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios sendo que essa execuccedilatildeo pode servir como meio para implantaccedilatildeo do controle interno em municiacutepios menores A partir do que foi estudado percebe-se que eacute necessaacuterio um conhecimento por parte dos funcionaacuterios do funcionamento do controle interno como tambeacutem uma parametrizaccedilatildeo do controle interno na gestatildeo puacuteblica municipal Palavras-chave Orccedilamento Puacuteblico Controle Interno Assistecircncia Social

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho

A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado

As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso

A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho

RESUMO

Este trabalho objetiva demonstrar a importacircncia do controle interno para uma Secretaria Municipal de Assistecircncia Social fazendo um relato de seu conceito e caracteriacutesticas complementando com o histoacuterico da Assistecircncia Social no paiacutes e com a descriccedilatildeo do ciclo orccedilamentaacuterio na administraccedilatildeo puacuteblica A Administraccedilatildeo Puacuteblica deve valorizar o controle interno uma vez que atraveacutes dele consegue-se garantir o funcionamento dos processos proacuteprios agrave gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios As entidades que possuem um controle interno efetivo podem utilizaacute-lo para a avaliaccedilatildeo de seus atos e para a melhoria de sua gestatildeo A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliograacutefica atraveacutes de livros artigos e monografias disponibilizados em site e tambeacutem o estudo de caso com aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio aos funcionaacuterios da Secretaria Municipal de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Tambeacutem foi realizada uma pesquisa sobre a execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios sendo que essa execuccedilatildeo pode servir como meio para implantaccedilatildeo do controle interno em municiacutepios menores A partir do que foi estudado percebe-se que eacute necessaacuterio um conhecimento por parte dos funcionaacuterios do funcionamento do controle interno como tambeacutem uma parametrizaccedilatildeo do controle interno na gestatildeo puacuteblica municipal Palavras-chave Orccedilamento Puacuteblico Controle Interno Assistecircncia Social

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

RESUMO

Este trabalho objetiva demonstrar a importacircncia do controle interno para uma Secretaria Municipal de Assistecircncia Social fazendo um relato de seu conceito e caracteriacutesticas complementando com o histoacuterico da Assistecircncia Social no paiacutes e com a descriccedilatildeo do ciclo orccedilamentaacuterio na administraccedilatildeo puacuteblica A Administraccedilatildeo Puacuteblica deve valorizar o controle interno uma vez que atraveacutes dele consegue-se garantir o funcionamento dos processos proacuteprios agrave gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios As entidades que possuem um controle interno efetivo podem utilizaacute-lo para a avaliaccedilatildeo de seus atos e para a melhoria de sua gestatildeo A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliograacutefica atraveacutes de livros artigos e monografias disponibilizados em site e tambeacutem o estudo de caso com aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio aos funcionaacuterios da Secretaria Municipal de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Tambeacutem foi realizada uma pesquisa sobre a execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios sendo que essa execuccedilatildeo pode servir como meio para implantaccedilatildeo do controle interno em municiacutepios menores A partir do que foi estudado percebe-se que eacute necessaacuterio um conhecimento por parte dos funcionaacuterios do funcionamento do controle interno como tambeacutem uma parametrizaccedilatildeo do controle interno na gestatildeo puacuteblica municipal Palavras-chave Orccedilamento Puacuteblico Controle Interno Assistecircncia Social

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

ABSTRACT This work aims to demonstrate the importance of internal control for a Municipal Social Services making a report of its concept and characteristics complementing the history of Social Assistance in the country and with the description of the budget cycle in public administration Public administration should enhance internal control since it is achieved by ensuring the operation of their own management processes as a means of avoiding mistakes fraud and waste Those entities that have an effective internal control can use it to evaluate their actions and improve their management The methodology used was the literature research through books articles and monographs available on site and also a case study with a questionnaire to employees of the Municipal Social Welfare of the municipality of Paulista Orangery A survey on the implementation of internal control in other municipalities was also performed and that implementation can serve as a means for implementation of internal control in smaller municipalities From what has been studied it is perceived that knowledge by employees of the functioning of internal control as well as a parameterization of the internal control in municipal governance is needed Keywords Public Budget Internal control Social Assistance

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

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projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

LISTA DE GRAacuteFICOS Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

LISTA DE SIGLAS CNAS - Conselho Nacional de Assistecircncia Social CNSS - Conselho Nacional de Serviccedilo Social LBA - Legiatildeo Brasileira de Assistecircncia LDO - Lei de Diretrizes Orccedilamentaacuterias LOA - Lei Orccedilamentaacuteria Anual LOAS - Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social MAS - Ministeacuterio da Assistecircncia Social MDS ndash Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome MESA - Ministeacuterio Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome NOB - Normas Operacionais Baacutesicas PNAS - Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social PPA - Plano Plurianual SUAS - Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social TCESP ndash Tribunal de Contas do Estado de Satildeo Paulo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 Tema e Problema 11

12 Objetivos 11

121 Objetivo Geral 11

122 Objetivos Especiacuteficos 12

13 Justificativa 12

14 Metodologia 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 15

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO 15

211 Conceito 15

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios 16

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio 17

22 CONTROLE INTERNO 19

221 Conceito 19

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno 20

2221 Lei nordm 432064 20

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988 20

2223 Lei Complementar nordm 1012000 21

223 Objetivos 21

224 Princiacutepios 22

225 As funccedilotildees do Controle Interno 22

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL 23

231 Histoacuterico 23

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS 28

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social 30

3 METODOLOGIA 33

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

4 ESTUDO DE CASO 36

41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista 36

42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados 37

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente 37

422 Quanto ao Controle Interno 38

43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios 41

431 CampinasSP 41

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas 42

432 LondrinaPR 43

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina 44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

6 REFEREcircNCIAS 49

APEcircNDICE A 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A administraccedilatildeo de uma entidade seja puacuteblica ou privada eacute desempenhada

por meio de atos coordenados e planejados designados a funccedilotildees administrativas

O controle desempenha na administraccedilatildeo papel fundamental na atuaccedilatildeo eficaz

de qualquer organizaccedilatildeo Eacute por meio dele que detectamos ocasionais desvios ou

problemas que acontecem durante a execuccedilatildeo de um trabalho

Todas as accedilotildees da Administraccedilatildeo Puacuteblica precisam ser antecipadamente

planejadas e devem cumprir as normas baacutesicas previstas na legislaccedilatildeo vigente

visando o desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida da sociedade

11 TEMA E PROBLEMA

Na administraccedilatildeo puacuteblica o controle interno precisa estar presente agindo de

forma preventiva em todas as suas funccedilotildees administrativa juriacutedica orccedilamentaacuteria

contaacutebil financeira patrimonial de recursos humanos dentre outras buscando a

efetivaccedilatildeo dos objetivos a que se propotildee

O controle representa a seguranccedila do administrador na tomada de decisotildees O

ato praticado deve ser amparado por evidecircncias de que os fatos ocorreram foram

conferidos e aprovados (CASTRO 2001 p 291)

Tomando por base o exposto acima eacute direcionado o tema do trabalho logiacutestica

aplicada a Gestatildeo Puacuteblica Municipal

Nota-se atualmente que determinados atos da administraccedilatildeo puacuteblica satildeo

executados de forma improacutepria o que leva ao entendimento de que o controle interno

deve estar presente em todos os setores de um oacutergatildeo puacuteblico Diante dessa

afirmaccedilatildeo tem-se o seguinte problema Qual o papel do controle interno de

documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de possibilidades de melhorias de resultados para

a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal

Paulista-SP

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Analisar o papel do controle interno de documentaccedilatildeo contaacutebil na criaccedilatildeo de

possibilidades de melhorias de resultados para a gestatildeo puacuteblica municipal na aacuterea de

Assistecircncia Social no municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

12

122 Objetivos Especiacuteficos

a) Conceituar orccedilamento puacuteblico

b) Apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio

c) Relatar controle interno na administraccedilatildeo puacuteblica municipal

d) Apresentar a importacircncia do controle interno na gestatildeo dos gastos puacuteblicos

municipais na aacuterea de Assistecircncia Social

e) Levantar casos de sucesso na implantaccedilatildeo de controle internos de Gestatildeo

f) Citar melhorias para o controle interno na aacuterea de Assistecircncia Social

13 JUSTIFICATIVA

A escolha pelo assunto aqui apresentado eacute resultado pelo interesse de aplicar

o aprendizado de niacutevel acadecircmico e aprofundar os conhecimentos pelo controle

interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica focando a aacuterea de Assistecircncia Social

Atualmente eacute um assunto que chama muito atenccedilatildeo uma vez que eacute possiacutevel a

anaacutelise da documentaccedilatildeo produzida pelos processos referentes a Administraccedilatildeo

Puacuteblica

Tendo em vista a defasagem na quantidade de profissionais contaacutebeis na aacuterea

puacuteblica o presente trabalho tem a intenccedilatildeo de evidenciar a importacircncia que o

controlador interno tem ao se conduzir um oacutergatildeo puacuteblico e seus recursos

demonstrando a importacircncia do controle para uma boa administraccedilatildeo na aacuterea de

Assistecircncia Social como tambeacutem a importacircncia dos gastos realizados com os

recursos estaduais e federais destinados a esta aacuterea e sua aplicaccedilatildeo de forma clara

a praacutetica condizente com a execuccedilatildeo de suas atividades

14 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e explicativo de natureza qualitativa e

quantitativa sobre a importacircncia de estabelecer o controle interno numa secretaria

municipal com intuito de apresentar as contribuiccedilotildees desse controle nas atividades

desenvolvidas

Caracteriza-se como uma pesquisa bibliograacutefica e documental uma vez que o

estudo consistiu na utilizaccedilatildeo da literatura pertinente ao assunto composta de livros

manuais teses dissertaccedilotildees e sites de internet Tambeacutem eacute caracterizada como um

estudo de caso onde foi utilizado um questionaacuterio para percepccedilatildeo se haacute implantado

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

13

ou qual o grau de implantaccedilatildeo de um controle interno na secretaria de assistecircncia

social do municiacutepio de Laranjal Paulista

O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados eacute um questionaacuterio

apresentado no Apecircndice A Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 53) o

questionaacuterio ldquoconteacutem um conjunto de questotildees todas logicamente relacionadas com

um problema centralrdquo Para os autores eacute necessaacuterio constituir com criteacuterios as

questotildees mais importantes a serem escolhidas e que interessam ser avaliadas de

acordo com os objetivos Elaborou-se um questionaacuterio impresso com intuito de

verificar se haacute implantado o controle interno nas atividades da secretaria

A populaccedilatildeo desta pesquisa satildeo os funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria

de Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista A amostra foi delimitada aos

funcionaacuterios que responderam ao questionaacuterio impresso

Para conseguir alcanccedilar os objetivos indicados neste trabalho seu conteuacutedo

foi organizado em cinco capiacutetulos com intuito de demonstrar a ligaccedilatildeo dos mesmos

As consideraccedilotildees iniciais sobre o tema satildeo apresentadas no primeiro capiacutetulo

Tambeacutem neste capiacutetulo estatildeo colocados os objetivos indicados tanto o objetivo geral

quanto os objetivos especiacuteficos que satildeo a base de toda a preparaccedilatildeo desta pesquisa

Apresenta-se ainda uma justificativa da pesquisa um resumo dos meacutetodos utilizados

para o alcance dos objetivos e a organizaccedilatildeo dos seus capiacutetulos

O segundo capiacutetulo pretende posicionar o leitor dentro do tema estabelecido

Para isso apresenta-se a fundamentaccedilatildeo teoacuterica com a pretensatildeo de conceituar

orccedilamento puacuteblico e apresentar as fases do ciclo orccedilamentaacuterio como tambeacutem o

controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica expondo seus conceitos e finalidades Este

capiacutetulo tambeacutem aborda o histoacuterico da assistecircncia social e importacircncia do controle

interno

No terceiro capiacutetulo eacute esboccedilada detalhadamente a metodologia utilizada para

a realizaccedilatildeo do trabalho

No quarto capiacutetulo apresenta-se um breve histoacuterico da cidade de Laranjal

Paulista Apoacutes aparecem informaccedilotildees sobre a coleta e anaacutelise dos dados que

correspondem agrave elaboraccedilatildeo do questionaacuterio e agrave anaacutelise das respostas obtidas dos

funcionaacuterios do oacutergatildeo gestor da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista como tambeacutem uma anaacutelise do controle interno instituiacutedo em dois

outros municiacutepios

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

14

O quinto capiacutetulo explana as conclusotildees do trabalho apresentando uma

siacutentese dos resultados alcanccedilados em decorrecircncia dos objetivos propostos

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

15

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

O planejamento figura como funccedilatildeo administrativa primordial para designar

quais objetivos a serem alcanccedilados e ligado a este planejamento encontra-se o

orccedilamento que determina quais as accedilotildees a serem efetivadas para alcanccedilaacute-los

(CASTRO 2011)

Abordando a definiccedilatildeo de orccedilamento seus princiacutepios e explicando como se daacute

o ciclo orccedilamentaacuterio liga-se o assunto a apresentaccedilatildeo do controle interno que tem

como um de seus direcionamentos a execuccedilatildeo do orccedilamento Finalizando a

explanaccedilatildeo teoacuterica apresentam-se marcos importantes da Assistecircncia Social no paiacutes

e tambeacutem as responsabilidades do municiacutepio quanto aos niacuteveis de gestatildeo

direcionados as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial

21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO

211 Conceito

Para Castro (p 35 2013) a funccedilatildeo baacutesica do orccedilamento puacuteblico eacute organizar as

accedilotildees e definir os recursos para materializar o planejamento

O orccedilamento eacute um modo de consolidar um planejamento estabelecendo de

forma detalhada todas as fontes e aplicaccedilotildees de dinheiro sendo apresentado como

um documento que daacute autorizaccedilatildeo para se receber e gastar recursos financeiros e

havendo a necessidade que a aplicaccedilatildeo desses recursos esteja prevista em lei

(MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010) eacute uma ferramenta que expressa a alocaccedilatildeo

dos recursos puacuteblicos sendo operacionalizado atraveacutes de diferentes programas que

estabelecem a integraccedilatildeo do plano plurianual com o orccedilamento

ldquoO orccedilamento puacuteblico portanto eacute o ato administrativo revestido de forccedila legal

que estabelece um conjunto de accedilotildees a serem realizadas durante um periacuteodo de

tempo determinado estimando o montante das fontes de recursos a serem

arrecadados pelos oacutergatildeos e entidades puacuteblicas e fixando o montante dos recursos a

serem aplicados pelos mesmos na consecuccedilatildeo dos seus programas de trabalho a fim

de manter ou ampliar os serviccedilos puacuteblicos bom como realizar obras que atendam as

necessidades da populaccedilatildeordquo (Mota 2009 p 17)

16

212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios

Os princiacutepios orccedilamentaacuterios satildeo normas fixadas em legislaccedilatildeo ou formas

empregadas e aceitas historicamente com intuito de dar estabilidade consistecircncia e

transparecircncia aos atos puacuteblicos Foram se consolidando ao longo dos tempos e foram

determinados por leis para limitar a accedilatildeo do Poder Executivo (CASTRO 2013)

Unidade o orccedilamento deve ser uno para permitir maior informaccedilatildeo do fluxo de

recursos orccedilamentaacuterios que compotildeem as financcedilas de determinado ente puacuteblico num

uacutenico contexto (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) explicam que cada esfera da Administraccedilatildeo necessita

elaborar um orccedilamento que contenha suas receitas e despesas

Castro (2013) sintetiza citando que segundo o art 2ordm da Lei 43201964 cada

ente da Federaccedilatildeo (Uniatildeo Estado DF ou Municiacutepio) deve ter somente um orccedilamento

ficando proibida a existecircncia de orccedilamentos paralelos

Anualidade o orccedilamento limita-se a periacuteodo definido de tempo chamado

exerciacutecio financeiro que coincidiraacute com o ano civil (1ordm de janeiro a 31 de dezembro)

Citando o art 35 da lei 432064 pertencem ao exerciacutecio financeiro as receitas nele

arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas (CASTRO 2013)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 34) ldquoo princiacutepio estaacute tambeacutem associado agrave

prestaccedilatildeo formal de contas pelos responsaacuteveisrdquo

Segundo Mota (2009 p 31) ldquoesse princiacutepio tambeacutem permite que os planos

operacionais sejam revistos no maacuteximo anualmente o que concorre para o constante

aperfeiccediloamento delesrdquo

Universalidade O orccedilamento deve abranger todas as receitas e todas as

despesas (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Segundo Mota (2009) esse princiacutepio impede que a arrecadaccedilatildeo de

determinado recurso financeiro e sua consequente aplicaccedilatildeo fuja agrave apreciaccedilatildeo e

aprovaccedilatildeo do Poder Legislativo

Deste princiacutepio deriva a regra do orccedilamento bruto instituindo que as receitas e

despesas devam fazer parte da lei orccedilamentaacuteria e de creacuteditos adicionais pelos seus

valores brutos sem nenhuma deduccedilatildeo (MOTA 2009)

Exclusividade estaacute expresso no art 165 sect 8ordm natildeo podendo ser inserido na lei

orccedilamentaacuteria referecircncia sobre qualquer outro assunto a natildeo ser a previsatildeo da receita

e a fixaccedilatildeo da despesa (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

17

Mota (2009) elucida que a Constituiccedilatildeo Federal prevecirc duas exceccedilotildees a este

princiacutepio a autorizaccedilatildeo para abertura de creacuteditos suplementares e a contrataccedilatildeo de

operaccedilotildees de creacutedito

Especificaccedilatildeo instituiacutea identificaccedilatildeo de cada dotaccedilatildeo de receita e despesa de

maneira que natildeo figurem de forma global Partindo do princiacutepio eacute que surge a

necessidade de um quadro de detalhamento das despesas bem como classificaccedilatildeo

das receitas e despesas em diversos niacuteveis (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Esse princiacutepio fortalece o controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria sendo que a

especificaccedilatildeo eacute uma regra que colabora para a transparecircncia dos gastos puacuteblicos

(MOTA 2009)

Publicidade eacute um princiacutepio expresso no art 37 da Constituiccedilatildeo Federal e

aplica-se aos atos da administraccedilatildeo puacuteblica em geral (PISCITELLI E TIMBOacute 2010)

Seu principal objetivo eacute oferecer as informaccedilotildees dos atos puacuteblicos na busca da

transparecircncia dos gastos puacuteblicos e tambeacutem apresentar informaccedilotildees ao exerciacutecio de

fiscalizaccedilatildeo das accedilotildees dos dirigentes e responsaacuteveis pelo uso dos recursos dos

contribuintes (PISCITELLI E TIMBOacute 2010 MOTA 2009)

Natildeo Afetaccedilatildeo da Receita orienta que natildeo se deve estabelecer vinculaccedilotildees

definitivas entre receitas e despesas A vinculaccedilatildeo precisa estar subordinada a

classificaccedilatildeo das necessidades pois tanto receitas quanto despesas estatildeo sujeitas a

mudanccedilas constantemente (MOTA 2009)

Piscitelli e Timboacute (2010) citam que este princiacutepio estaacute expresso no inciso IV do

art 167 da Constituiccedilatildeo Federal e mencionam que se correm riscos quando tem que

se conviver simultaneamente com sobras e faltas de recursos

Equiliacutebrio estabelece que o total da despesa orccedilamentaacuteria natildeo pode exceder

o da receita orccedilamentaacuteria prevista para o exerciacutecio financeiro (MOTA 2009)

Segundo Piscitelli e Timboacute (2010 p 36) ldquode um lado pressupotildee-se que o

governo natildeo absorva da coletividade mais que o necessaacuterio para o financiamento das

atividades a seu cargo de outro condiciona-se a realizaccedilatildeo de dispecircndios agrave

capacidade efetiva de obtenccedilatildeo dos ingressos capazes de financiaacute-losrdquo

213 Ciclo Orccedilamentaacuterio

Segundo Mota (2009) o ciclo orccedilamentaacuterio comeccedila antes do iniacutecio do exerciacutecio

financeiro em vista do prazo que a Constituiccedilatildeo Federal determina para envio do

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

18

projeto de lei orccedilamentaacuteria ao Legislativo e conclui apoacutes seu encerramento uma vez

que a avaliaccedilatildeo poderaacute ser realizada apenas apoacutes a execuccedilatildeo do orccedilamento

Mota (2009) explica que o orccedilamento percorre distintas etapas podendo ser

agrupadas as atividades relacionadas ao ciclo orccedilamentaacuterio da seguinte forma

- elaboraccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria Mota (2009 p 47) explica que

ldquoA primeira etapa do ciclo orccedilamentaacuterio denominada de elaboraccedilatildeo do projeto

de lei orccedilamentaacuteria inicia-se com a definiccedilatildeo a cargo de cada unidade gestora da

sua proposta parcial de orccedilamento que deveraacute ser consolidada a niacutevel de oacutergatildeo ou

ministeacuteriordquo

Na preparaccedilatildeo do projeto de lei orccedilamentaacuteria seratildeo obedecidas as orientaccedilotildees

disciplinadas previamente pela lei de diretrizes orccedilamentaacuterias e apoacutes sua elaboraccedilatildeo

seraacute encaminhado ao Legislativo para apreciaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo (MOTA 2009)

- apreciaccedilatildeo votaccedilatildeo aprovaccedilatildeo sanccedilatildeo e publicaccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria

sendo aprovado o projeto seraacute devolvido ao Executivo para sancionaacute-lo e enviado

para publicaccedilatildeo lembrando que cabe ao Legislativo acompanhar e fiscalizaccedilatildeo a

execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria (MOTA 2009)

- execuccedilatildeo da lei orccedilamentaacuteria neste momento acontece a contabilizaccedilatildeo do

orccedilamento aprovado registrando a dotaccedilatildeo orccedilamentaacuteria a cada unidade

orccedilamentaacuteria especiacutefica

Mota (2009 p 48) elucida que

ldquoA partir daiacute essas unidades orccedilamentaacuterias passam efetivamente a executar os seus programas de trabalho por meio de concretizaccedilatildeo de diversos atos e fatos administrativos inerentes agrave execuccedilatildeo de receita e da despesa orccedilamentaacuteria tais como emissatildeo de empenhos liquidaccedilatildeo da despesa emissatildeo de ordens bancaacuterias arrecadaccedilatildeo da receita etcrdquo

Depois da publicaccedilatildeo da Lei Orccedilamentaacuteria o Poder Executivo dispotildee de trinta

dias para constituir a programaccedilatildeo financeira e o cronograma de execuccedilatildeo mensal de

desembolso como meio de cumprir as metas estabelecidas (PISCITELLI E TIMBOacute

2010)

Castro (2013) destaca que a execuccedilatildeo eacute a etapa em que os atos e fatos satildeo

exercidos na Administraccedilatildeo Puacuteblica para implementaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e na

qual ocorre a accedilatildeo de operacionalizaccedilatildeo objetiva e real de uma poliacutetica puacuteblica

- acompanhamento e avaliaccedilatildeo da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria essas accedilotildees

caracterizam o controle que segundo Castro (2013 p 42) ldquoeacute a verificaccedilatildeo da execuccedilatildeo

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

19

fiacutesica e financeira das accedilotildees visando preservar a probidade do gestor e a eficiecircncia

da gestatildeordquo

Para Mota (2009) a acompanhamento da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria deveria ser

realizado sobre atos ainda natildeo concretizados Poreacutem se verifica que na maioria das

vezes eacute realizado apoacutes o pagamento da despesa o que atrapalha a identificaccedilatildeo de

possiacuteveis falhas no processo de execuccedilatildeo da despesa a tempo de corrigi-las antes de

finalizada

22 CONTROLE INTERNO

O processo de gestatildeo numa organizaccedilatildeo puacuteblica eacute algo que necessita ser

encarado de forma acentuada para alcanccedilar os objetivos do Estado que tem como

principal meta atender de forma satisfatoacuteria agraves demandas da sociedade nos mais

distintos campos (SANTOS 2013 p2)

Desse modo na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle interno tem papel

fundamental para garantir a organizaccedilatildeo do funcionamento dos processos proacuteprios agrave

gestatildeo como meio de evitar erros fraudes e desperdiacutecios (SANTOS 2013 p 2)

221 Conceito

Segundo Castro (2011 p 284-285) o controle interno representa a seguranccedila

para o gestor puacuteblico uma vez que este gestor eacute quem responde por seus atos e pelos

que delega a terceiros Sendo necessaacuterio estabelecer o controle interno em todos os

niacuteveis como meio de suporte aos atos decisoacuterios O autor elucida que o controle

interno aleacutem de ser muito importante para os gestores tambeacutem o eacute para os auditores

internos explicando que ldquonatildeo haacute como dissociar o controle interno da accedilatildeo de

administrar ou gerenciarrdquo

Em seu Manual Baacutesico do Controle Interno do Municiacutepio o TCESP (2013

p10) sintetiza que na Administraccedilatildeo Puacuteblica o controle seraacute desempenhado por

servidores da proacutepria entidade auditada segundo as normas regulamentos e

procedimentos por ela proacutepria apontados em conformidade com os preceitos gerais

da Constituiccedilatildeo e das leis que regem o setor puacuteblico

Segundo Olivieri (2009 p 6) controle interno eacute

O conjunto de atividades de auditoria e fiscalizaccedilatildeo da gestatildeo puacuteblica que visa natildeo apenas garantir a conformidade legal dos atos da administraccedilatildeo puacuteblica mas que tem tambeacutem a finalidade de prover o gestor de um instrumento de monitoramento sobre a eficiecircncia economicidade e eficaacutecia

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

20

das accedilotildees com os objetivos de evitar perdas melhorar a gestatildeo puacuteblica e garantir a prestaccedilatildeo puacuteblica de contas

Castro (2011 p 259) ressalta que ldquono Brasil o foco do controle interno sempre

foi mais negativo voltado para a correccedilatildeo do que positivo ou administrativo em busca

dos objetivosrdquo O controle se volta para o exame e a validaccedilatildeo dos aspectos da

legalidade e da formalidade

Santos (2013 p 6) resume que ldquoo sistema de controle interno daacute ao

administrador a possibilidade de exercer realmente a funccedilatildeo de lsquogestor dos negoacutecios

puacuteblicosrsquordquo

222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno

Quanto ao controle interno na Administraccedilatildeo Puacuteblica no Brasil existem

algumas legislaccedilotildees que tratam do assunto que satildeo

2221 Lei nordm 432064

A Lei 432064 em seus artigos 75 a 80 trouxe em sua redaccedilatildeo a forma de

controle a ser exercido pela Administraccedilatildeo Puacuteblica ao tratar do assunto no tiacutetulo do

controle da execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Na redaccedilatildeo tambeacutem se encontra descrito o

controle exercido pelo Poder Executivo natildeo traraacute prejuiacutezo agraves atribuiccedilotildees do Tribunal

de Contas sendo que este controle seraacute realizado previamente concomitante ou

subsequumlente A prestaccedilatildeo de contas instituiacuteda por lei anualmente poderaacute ser

realizada em qualquer tempo durante a execuccedilatildeo orccedilamentaacuteria Finalizando compete

a exata observacircncia da execuccedilatildeo do orccedilamento

2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988

O controle interno deveraacute estar inserido no Sistema de Controle Interno que

tem suas atribuiccedilotildees apresentadas na Constituiccedilatildeo atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 70

que sintetiza que a fiscalizaccedilatildeo das entidades da administraccedilatildeo direta e indireta da

Uniatildeo seraacute exercida pelo Congresso Nacional mediante controle externo e pelo

sistema de controle interno de cada Poder

A Constituiccedilatildeo Federal tambeacutem atribui finalidades aos Sistemas de Controle

Interno de cada um dos Poderes atraveacutes da redaccedilatildeo do artigo 74 citando que os

Poderes Legislativo Executivo e Judiciaacuterio deveratildeo manter de forma associada um

sistema de controle interno a fim de avaliar o cumprimento das metas do plano

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

21

plurianual avaliar os resultados quanto a eficiecircncia e eficaacutecia da gestatildeo nos oacutergatildeos

da administraccedilatildeo federal como tambeacutem a aplicaccedilatildeo dos recursos puacuteblicos exercer o

controle das operaccedilotildees de creacutedito e apoiar o exerciacutecio do controle interno

2223 Lei Complementar nordm 1012000

A Lei Complementar nordm 1012000 de 04052000 (Lei de Responsabilidade

Fiscal) veio como exigecircncia de modernizaccedilatildeo da administraccedilatildeo puacuteblica e institui

normas de financcedilas destinadas a responsabilidade na gestatildeo fiscal Essa lei

estabeleceu que a accedilatildeo do controle interno deva ser de forma mais enfaacutetica ativa e

organizada tendo como consequecircncia uma administraccedilatildeo puacuteblica eficiente e

transparente (SANTOS 2013 p 8)

A participaccedilatildeo do responsaacutevel pelo controle interno nos relatoacuterios de gestatildeo

fiscal estaacute expressa no artigo 54 que indica que o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal deveraacute

ser assinado pelos chefes dos Poderes como tambeacutem por responsaacuteveis pela

administraccedilatildeo financeira e pelo controle interno

223 Objetivos

O objetivo do controle interno eacute funcionar concomitantemente como uma

estrutura de subsiacutedio para o administrador puacuteblico e como instrumento de proteccedilatildeo e

defesa do cidadatildeo O controle garante que os objetivos da organizaccedilatildeo puacuteblica seratildeo

obtidos e que as accedilotildees seratildeo dirigidas de forma econocircmica eficiente e eficaz

(CASTRO 2011 p 293)

Santos (2013 p 8) sintetiza que os principais objetivos do controle interno satildeo

-Obtenccedilatildeo de informaccedilotildees precisas e adequadas para a formulaccedilatildeo de

diretrizes de accedilatildeo administrativa

- Comprovaccedilatildeo da veracidade dos informes e relatoacuterios contaacutebeis financeiros

e operacionais

- Proteccedilatildeo de ativos

- Promoccedilatildeo da eficiecircncia operacional

- Estimulaccedilatildeo da obediecircncia e do respeito agraves poliacuteticas da Administraccedilatildeo

- Contribuiccedilatildeo para eficaacutecia do Controle Externo

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

22

224 Princiacutepios

Segundo Santos (2013 p 9) e Castro (2011 p 295) os princiacutepios definem o

alcance e o sentido das normas de um dado subsistema do ordenamento juriacutedico

demarcando a interpretaccedilatildeo e a proacutepria produccedilatildeo normativa As estruturas normas e

processos administrativos que abrangem todo e qualquer ato dentro de um ente

devem atentar a princiacutepios baacutesicos Os princiacutepios partem da fixaccedilatildeo de

responsabilidades e segregaccedilatildeo de funccedilotildees O pessoal que exerceraacute o controle

interno deveraacute ser criteriosamente selecionado como tambeacutem eacute importante que haja

um rodiacutezio de trabalhando permitindo que os servidores possam desenvolver novas

tarefas Sempre que possiacutevel a inserccedilatildeo de um sistema de processamento eletrocircnico

torna o registro das operaccedilotildees do controle interno eficiente como tambeacutem evita erros

e dificulta fraudes

225 As funccedilotildees do Controle Interno

Em seu manual o TCESP (2013 p 20-22) elenca as atribuiccedilotildees do Controle

Interno sob a redaccedilatildeo que segue

bull Avaliar o cumprimento das metas propostas nos trecircs instrumentos que

compotildeem o processo orccedilamentaacuterio o Plano Plurianual (PPA) a Lei de Diretrizes

Orccedilamentaacuterias (LDO) e a Lei Orccedilamentaacuteria Anual (LOA)

bull Comprovar a legalidade da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e patrimonial De

acordo com o art 77 da Lei 4320 essa verificaccedilatildeo seraacute preacutevia (antes de o ato

financeiro produzir efeitos) concomitante (ao longo da execuccedilatildeo do ato financeiro) e

subsequente (apoacutes a realizaccedilatildeo do ato financeiro em certo periacuteodo de tempo)

bull Comprovar a eficaacutecia e a eficiecircncia da gestatildeo orccedilamentaacuteria financeira e

patrimonial

bull Comprovar a adequada aplicaccedilatildeo dos recursos entregues a entidades do

Terceiro Setor

bull Assinar o Relatoacuterio de Gestatildeo Fiscal em conjunto com o Prefeito ou o

Presidente da Cacircmara Municipal e tambeacutem com o responsaacutevel pela administraccedilatildeo

financeira

bull Atentar se as metas de superaacutevit orccedilamentaacuterio primaacuterio e nominal devem ser

mesmo cumpridas

bull Observar se as operaccedilotildees de creacuteditos sujeitam-se aos limites e condiccedilotildees das

Resoluccedilotildees 40 e 432001 do Senado

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

23

bull Verificar se os empreacutestimos e financiamentos vecircm sendo pagos tal qual

previsto nos respectivos contratos

bull Analisar se as despesas dos oito uacuteltimos meses do mandato tecircm cobertura

financeira o que evita relativamente a esse periacuteodo transferecircncia de descobertos

Restos a Pagar para o proacuteximo gestor poliacutetico

bull Verificar se estaacute sendo providenciada a reconduccedilatildeo da despesa de pessoal e

da diacutevida consolidada a seus limites fiscais

bull Comprovar se os recursos da alienaccedilatildeo de ativos estatildeo sendo despendidos

em gastos de capital e natildeo em despesas correntes isso a menos que lei municipal

permita destinaccedilatildeo para o regime proacuteprio de aposentadorias e pensotildees dos

servidores

bull Constatar se estaacute sendo satisfeito o limite para gastos totais das Cacircmaras

Municipais

bull Verificar a fidelidade funcional dos responsaacuteveis por bens e valores puacuteblicos

23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL

231 Histoacuterico

Conforme cita Barbieri (2011 p 30) ldquoa filantropia jaacute era uma instituiccedilatildeo do

direito romano e a ela recorreu a Igreja Catoacutelica Um exemplo de filantropia satildeo as

Santas Casas de Misericoacuterdiardquo

As praacuteticas de proteccedilatildeo social natildeo satildeo recentes no Brasil Mas essas accedilotildees e

mesmo os programas voltados para a proteccedilatildeo tem sua origem histoacuterica

fundamentada na caridade filantropia e na solidariedade religiosa (GARCIA 2012 p

6)

Como um marco do histoacuterico da assistecircncia social aparece a Legiatildeo Brasileira

de Assistecircncia (LBA) instituiccedilatildeo criada em 1942 que inseriu a assistecircncia social no

acircmbito governamental deixando-a a cargo diretamente das primeiras-damas Com

mais de 50 anos de existecircncia produziu um campo de praacuteticas e de trabalho

profissional originou conhecimentos firmou parcerias com entidades filantroacutepicas e

se fez presente nos acircmbitos municipal estadual e federal Todo o seu acervo de

informaccedilotildees e de praacuteticas sociais foi extinto em 1995 Foi dentro da LBA que

apareceram os primeiros e principais debates que levaram os constituintes a perceber

que a assistecircncia social necessitava ser incluiacuteda e executada como um direito

(GARCIA 2012 p5)

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

24

Com a Constituiccedilatildeo Federal de 1988 consagrou-se a concepccedilatildeo de

Seguridade Social como Poliacutetica Puacuteblica de Proteccedilatildeo Social composta pelo tripeacute

Sauacutede Previdecircncia e Assistecircncia Social (MDS 2008)

No marco constitucional a Assistecircncia Social integrante da Seguridade Social eacute concebida como poliacutetica puacuteblica natildeo contributiva de direccedilatildeo universal de responsabilidade estatal como direito de cidadania com potencialidade de ampliar os direitos sociais dos cidadatildeos de acordo com suas necessidades a partir da condiccedilatildeo inerente de ser de direitos Essa mudanccedila de paradigma rompe com a histoacuteria concepccedilatildeo filantropia benemerecircncia e caridade onde a assistecircncia social eacute concebida como uma ajuda ou favor ocasional e emergencial (MDS 2008 p 39)

A Constituiccedilatildeo Federal de 1988 ao desencadear o procedimento de

descentralizaccedilatildeo entre as esferas do governo tornou os municiacutepios autocircnomos e

independentes no plano poliacutetico-instituicional natildeo se restringindo soacute ao

reordenamento estatal mas apreciando o poder local e a participaccedilatildeo popular como

embasamentos do exerciacutecio democraacutetico recuperada apoacutes as deacutecadas de

autoritarismo (MDS 2008 p 39)

Em 1993 acontece outro marco na histoacuteria da Assistecircncia Social no Brasil com

a promulgaccedilatildeo da Lei 8742 de 07 de dezembro de 1993 A Lei Orgacircnica da

Assistecircncia Social-LOAS ldquoafirma os novos paradigmas da Poliacutetica de Assistecircncia

Social garantia de cidadania proteccedilatildeo social caraacuteter natildeo contributivo necessaacuteria

integraccedilatildeo entre o econocircmico e o socialrdquo (MDS 2008 p 39)

A lei tambeacutem constitui ldquoum novo desenho institucional e o controle social

comando uacutenico descentralizaccedilatildeo planos e fundos de assistecircncia social e a criaccedilatildeo

de conselhos de gestatildeo e controle social em todas as esferas de poderrdquo (MDS 2008

p 40)

No periacuteodo entre 1994 e 2003 amplia-se o processo nacional de constituiccedilatildeo

do sistema descentralizado e participativo com implantaccedilatildeo dos conselhos paritaacuterios

e deliberativos fundos e planos nos trecircs niacuteveis de governo Satildeo realizadas as

conferecircncias nacionais estaduais e municipais sendo que na IV Conferecircncia

Nacional de Assistecircncia Social realizada em 2003 decidiu-se pela implantaccedilatildeo do

Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social-SUAS no sentido de concretizar o sistema

descentralizado e participativo da assistecircncia social (MDS 2008 p 40-41)

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

25

Tambeacutem nesse periacuteodo satildeo marcos a 1ordf Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

(1998) as Normas Operacionais Baacutesicas NOB 1 (1998) e NOB (1999) que

reafirmaram os princiacutepios e diretrizes da LOAS (MDS 2008 p 41)

Em janeiro de 2004 foi criado o Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e

Combate agrave Fome (MDS) para o qual foram transferidas as competecircncias do Ministeacuterio

Extraordinaacuterio de Seguranccedila Alimentar e Combate agrave Fome (MESA) do Ministeacuterio da

Assistecircncia Social (MAS) e da Secretaria Executiva do Programa Bolsa Famiacutelia Em

setembro de 2004 eacute aprovada a Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social (PNAS2004)

que aprovou como diretrizes accedilotildees e pressupostos as deliberaccedilotildees das Conferecircncias

Nacionais de Assistecircncia Social definindo importantes alteraccedilotildees na compreensatildeo

processos e gestatildeo dessa poliacutetica de seguridade em acircmbito nacional (JUNIOR e

LIMA 2007 p 63)

O que se pretende claramente com tal deliberaccedilatildeo eacute a implantaccedilatildeo de poliacuteticas articuladas de informaccedilatildeo monitoramento e avaliaccedilatildeo que realmente promovam novos patamares de desenvolvimento da poliacutetica de assistecircncia social no Brasil das accedilotildees realizadas e da utilizaccedilatildeo dos recursos favorecendo a participaccedilatildeo o controle social e uma gestatildeo otimizada da poliacutetica Desenhados de forma a fortalecer a democratizaccedilatildeo da informaccedilatildeo na amplitude de circunstacircncias que perfazem a poliacutetica de assistecircncia social estas poliacuteticas e as accedilotildees resultantes deveratildeo pautar-se principalmente na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo que seratildeo base estruturante e produto do Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social e na integraccedilatildeo das bases de dados de interesse para o campo socioassistencial com definiccedilatildeo de indicadores especiacuteficos de poliacutetica puacuteblica (PNAS 2004 p49)

A Norma Operacional Baacutesica reguladora do Sistema Uacutenico da Assistecircncia

Social (NOB-SUAS05) foi aprovada no ano de 2005 Apresenta novas diretrizes

regras fluxos e procedimentos agrave implementaccedilatildeo da assistecircncia social no paiacutes e

assinala para uma imprescindiacutevel adaptaccedilatildeo nos seus arranjos institucionais e

sistemas de gestatildeo com acentuados desafios e condiccedilotildees a sua concretizaccedilatildeo como

poliacutetica puacuteblica de garantia de direitos de cidadania (MDS 2008 p 13)

Em siacutentese ldquoa NOBSUAS eacute responsaacutevel por avanccedilos significativos como a

implantaccedilatildeo dos pisos de proteccedilatildeo no financiamento da assistecircncia social e o respeito

agrave diversidade nacionalrdquo (GARCIA 2012 p 11)

Na tabela 1 estatildeo descritos os marcos mais importantes da Assistecircncia Social

no Brasil

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

26

Tabela 1 - Marcos mais importantes da Assistecircncia Social no Brasil

1988 A nova Constituiccedilatildeo Federal define o grande marco regulatoacuterio da Poliacutetica de

Assistecircncia Social (PAS) A assistecircncia social eacute poliacutetica puacuteblica de

seguridade social natildeo contributiva e direito do cidadatildeo

1993 Promulgaccedilatildeo da Lei Orgacircnica da Assistecircncia Social (LOAS) que

regulamenta os artigos da Constituiccedilatildeo que tratam da questatildeo

1995 Eacute implantado o Conselho Nacional de Assistecircncia Social (CNAS)

substituindo o Conselho Nacional de Serviccedilo Social (CNSS)

Eacute realizada a I Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

1996 Experimenta-se o processo de estadualizaccedilatildeo dos repasses dos recursos do

Fundo Nacional de Assistecircncia Social como etapa de transiccedilatildeo para sua

municipalizaccedilatildeo

Satildeo implantados o Benefiacutecio de Prestaccedilatildeo Continuada (BPC) e o Programa

de Erradicaccedilatildeo do Trabalho Infantil (Peti) jaacute na loacutegica da descentralizaccedilatildeo e

da articulaccedilatildeo federada

1997 Iniacutecio do processo de municipalizaccedilatildeo das accedilotildees e dos recursos da Poliacutetica

Nacional de Assistecircncia Social (PNAS)

Aprovaccedilatildeo no CNAS da primeira Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

Tambeacutem eacute realizada a II Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social

precedida de conferecircncias municipais regionais e estaduais

1998 Aprovaccedilatildeo no CNAS da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB

1

Aprovaccedilatildeo da segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social pelo CNAS

1999 Publicaccedilatildeo da Norma Operacional Baacutesica conhecida como NOB 2 no

CNAS satildeo instaladas as Comissotildees Intergestores Tripartite (nacional) e

Bipartites (estaduais)

Inicia-se a implantaccedilatildeo dos nuacutecleos de apoio agrave famiacutelia que em 2004 seratildeo

definidos como Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social (CRAS)

2001 III Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de conferecircncias

municipais regionais e estaduais

Iniacutecio do processo do Cadastro Uacutenico dos Programas Sociais (CadUacutenico)

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

27

2003 Eacute aprovado na IV Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social o Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social (SUAS)

2004 Eacute aprovada pelo CNAS a segunda Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social

instituindo o SUAS

2005 A Norma Operacional Baacutesica eacute pactuada na Comissatildeo Intergestores

Tripartite (CIT) e aprovada no CNAS apoacutes consulta puacuteblica e ampla

discussatildeo por todo o paiacutes

O CNAS organiza amplo debate nacional sobre o Artigo 3ordm- da LOAS

buscando a definiccedilatildeo real para as entidades de assistecircncia social

As Comissotildees IntergestoresBipartites (CIB) habilitam os municiacutepios aos

novos modelos de gestatildeo (inicial baacutesica e plena) eacute aprovado o Plano

Decenal ndash SUAS e tambeacutem os criteacuterios e metas nacionais para o Pacto de

Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

Ocorre a V Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais Nessa conferecircncia eacute definida

a fotografia da assistecircncia social e eacute aprovado o Plano Decenal da

Assistecircncia Social no Brasil

2006 Satildeo aprovados a Norma Operacional de Recursos Humanos do Sistema

Uacutenico de Assistecircncia Social NOB-RH e os criteacuterios e as metas nacionais

para o Pacto de Aprimoramento da Gestatildeo Estadual

2007 Os Estados assinam com o governo federal os Pactos de Aprimoramento da

Gestatildeo Estadual da Assistecircncia Social

Ocorre a VI Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2008 O PL CEBAS e o PL SUAS satildeo encaminhados ao Congresso Nacional Ateacute

aqui o SUAS ainda natildeo eacute lei

2009 Eacute publicada a Resoluccedilatildeo nordm- 109 (Tipificaccedilatildeo Nacional de Serviccedilos

Socioassistenciais) apoacutes amplo debate e pactuaccedilatildeo na CIT e aprovaccedilatildeo no

CNAS

Eacute realizada a VII Conferecircncia Nacional de Assistecircncia Social precedida de

conferecircncias municipais regionais e estaduais

2010 O PL CEBAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula

2011 Eacute lanccedilado o Programa Brasil Sem Miseacuteria com a coordenaccedilatildeo geral do MDS

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

28

O PL SUAS eacute aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma

O SUAS se torna lei

Fonte Garcia 2012 p 13-14

Os marcos elencados na tabela mostram que a efetivaccedilatildeo da Assistecircncia Social

se daacute a partir da promulgaccedilatildeo da Constituiccedilatildeo Federal de 1988 se desenvolvendo ao

longo dos anos atraveacutes das Conferecircncias Nacionais e das Normas Operacionais

Baacutesicas

232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS

O Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social determinou trecircs niacuteveis de gestatildeo para

os municiacutepios inicial baacutesica e plena e responsabilidades para as trecircs esferas

governamentais para viabilizar a gestatildeo articulada Com isso torna-se possiacutevel

incentivos e maior acesso ao financiamento puacuteblico da assistecircncia social (MDS 2008

p 28)

Na tabela 2 encontra-se um resumo dos requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Tabela 2 - Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Requisitos para cada niacutevel de gestatildeo

Inicial -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

Baacutesica -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

Plena -Ter conselho fundo e plano

-Recursos financeiros no fundo

-Ter CRAS - em nuacutemero e capacidade de acordo com o porte

-Plano de inserccedilatildeo e acompanhamento de beneficiaacuterios do BPC

-Unidade de recepccedilatildeo para BPC e benefiacutecios eventuais

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

29

-Prioridade de acesso aos beneficiaacuterios do PBF

-Diagnoacutestico de aacutereas de risco e maior vulnerabilidade social

-Manter secretaria executiva no conselho

-Ter conselhos funcionando (CMASCMDCAConselho Tutelar)

-Ter sistema municipal de monitoramento e avaliaccedilatildeo por niacutevel de

proteccedilatildeo social

-Declarar a capacidade instalada de alta complexidade

-Cumprir pacto de resultados

-Ter gestor do fundo nominado e lotado no oacutergatildeo gestor de assistecircncia

social

-Poliacutetica de recursos humanos com carreira para servidores puacuteblicos

Fonte Adaptado de MDS 2008 p28

De acordo com a tabela acima o municiacutepio adquire maiores responsabilidades

dependendo do niacutevel de gestatildeo que se encontra inserido sendo que eacute em cada

municiacutepio que as proteccedilotildees sociais baacutesica e especial se solidificam atraveacutes de

serviccedilos e accedilotildees socioassistenciais (MDS 2008 p 30)

Na Tabela 3 visualizam-se de forma comparativa as responsabilidades dos trecircs

niacuteveis de gestatildeo

Tabela 3 - Responsabilidades dos trecircs niacuteveis de gestatildeo

INICIAL BAacuteSICA PLENA

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

-Municiar com dados a

rede SUAS

-Inserir as famiacutelias mais

vulneraacuteveis no cadastro

uacutenico (Lei 1083604)

-Preencher plano de

accedilatildeo no SUAS-Web

-Apresentar o relatoacuterio

de gestatildeo

-Participar da gestatildeo do

BPC

-Participar de accedilotildees

(locais regionais

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

30

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

estaduais) para atenccedilatildeo

agraves demandas de meacutedia e

alta complexidade

-Supervisionar rede

proacutepria e a conveniada

-Criar o viacutenculo SUAS

com as entidades

-Projetos e programas de

inclusatildeo produtiva

-Programa ampliado de

CREAS

-Viacutenculo SUAS com

entidades parceiras

-Avaliaccedilatildeo de resultados

Fonte Adaptado de MDS 2008 p30

Partindo do que foi exposto na Tabela 3 eacute possiacutevel observar que as

responsabilidades por niacuteveis de gestatildeo evidenciam o papel central dos municiacutepios na

implementaccedilatildeo do SUAS

233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social

O SUAS eacute um exemplo de gestatildeo para todo territoacuterio nacional que articula a

accedilatildeo dos trecircs entres governamentais por meio do estabelecimento de novos acordos

federativos para a poliacutetica de assistecircncia social e para a sua articulaccedilatildeo com as

demais poliacuteticas sociais no campo da proteccedilatildeo social brasileira (MDS 2008 p 42)

A proteccedilatildeo social no acircmbito da assistecircncia social tem por meta o

desenvolvimento humano e social e os direitos de cidadania e seus serviccedilos

programas projetos e benefiacutecios precisam ser articulados com as demais poliacuteticas

sociais para efetivamente se estabelecer um sistema puacuteblico (MDS 2008 p 45)

Com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS definem-se elementos fundamentais para

a nova formulaccedilatildeo da poliacutetica de assistecircncia social dos quais se destaca a atenccedilatildeo

diferenciada segundo os niacuteveis de proteccedilatildeo social baacutesica e especial objetivando o

atendimento de necessidades sociais rompendo com o paradigma de atenccedilatildeo aos

necessitados Tambeacutem tem destaque o trabalho com famiacutelias como princiacutepio da

poliacutetica de assistecircncia social (MDS 2008 p 43)

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

31

Torna-se importante tambeacutem com a promulgaccedilatildeo da NOB-SUAS o co-

financiamento das trecircs esferas de governo regulado em pisos de proteccedilatildeo baacutesica e

especial por meio de repasses fundo a fundo e a criaccedilatildeo de apoios reais para a

constituiccedilatildeo de uma poliacutetica nacional de recursos humanos de capacitaccedilatildeo e planos

de gestatildeo de meacutedio e longos prazos (como por exemplo o Plano Nacional Decenal

de Assistecircncia Social) (MDS 2008 p 43)

O SUAS como um novo ordenamento da poliacutetica de assistecircncia social

configurou a Proteccedilatildeo Social em duas modalidades ndash Baacutesica e Especial ndash segundo a

natureza e a complexidade abrangidas partindo do pressuposto de que as

necessidades sociais satildeo distintas e complexas determinando respostas puacuteblicas

individualizadas (MDS 2008 p 47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Baacutesica engloba as accedilotildees preventivas de convivecircncia

socializaccedilatildeo inserccedilatildeo e acolhida voltadas prioritariamente para as famiacutelias e

indiviacuteduos em situaccedilatildeo de vulnerabilidade socialrdquo Visa promover o fortalecimento dos

viacutenculos familiares sendo que nesta modalidade estatildeo incluiacutedos os serviccedilos

programas e projetos locais de acolhimento os benefiacutecios de prestaccedilatildeo continuada

e outras formas de transferecircncia de renda A realizaccedilatildeo dessas atenccedilotildees eacute

desenvolvida nos Centros de Referecircncia de Assistecircncia Social-CRAS (MDS 2008 p

47)

ldquoA Proteccedilatildeo Social Especial refere-se a programas e serviccedilos mais

especializados dirigidos agraves famiacutelias e indiviacuteduos que se encontram em situaccedilatildeo de

risco pessoal e socialrdquo Haacute duas modalidades de proteccedilatildeo social especial a meacutedia

complexidade e alta complexidade (MDS 2008 p 47)

A Proteccedilatildeo Especial de Meacutedia Complexidade visa a oferta de serviccedilos a

indiviacuteduos e famiacutelias cujos viacutenculos familiar e comunitaacuterio mesmo que fragilizados natildeo

foram rompidos Os serviccedilos de atendimento a indiviacuteduos grupos e famiacutelias satildeo

realizados nos Centro de Referecircncia Especializado de Assistecircncia Social-CREAS

(MDS 2008 p 48)

ldquoA Proteccedilatildeo Especial de Alta Complexidade prevecirc assistecircncia integral (moradia

alimentaccedilatildeo higienizaccedilatildeo e trabalho protegido) a famiacutelias e indiviacuteduos que se

encontram sem referecircncia eou sob ameaccedila necessitando a sua retirada do nuacutecleo

familiar ou comunitaacuteriordquo (PNAS 2004 p32)

Para fins de aprimoramento do SUAS eacute indispensaacutevel a gestatildeo participativa

que estaacute relacionada com a inclusatildeo social a desconcentraccedilatildeo de poder e a

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

32

participaccedilatildeo da sociedade tornando-se possiacutevel a mobilizaccedilatildeo de atores sociais que

possam participar do desenvolvimento econocircmico e social em seu territoacuterio

repercutindo em sua autonomia e busca de cidadania (ALBUQUERQUE E CRUS

2008 p 20)

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

33

3 METODOLOGIA

Este Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) apresenta-se desenvolvido sob a

forma de monografia que para Marconi e Lakatos (2010 p 219) eacute um estudo sobre

um tema exclusivo ou particular com satisfatoacuterio valor representativo e que obedece

a rigorosa metodologia pesquisando sobre determinado assunto

Segundo Prodanov e Freitas (2013 p170) ldquoeacute o trabalho visando a cumprir um

requisito acadecircmico e de caraacuteter de iniciaccedilatildeo cientiacuteficardquo Sintetizando os autores

citam que o trabalho deve ser restrito estruturado e desenvolvido em volta de um

uacutenico tema ou problema ser decorrecircncia de uma pesquisa e orientado por um

professor do curso

Dentro deste contexto este trabalho caracteriza-se como pesquisa uma vez

que o trabalho foi elaborado para responder a uma indagaccedilatildeo direcionada ao

desenvolvimento do controle interno dentro de uma secretaria municipal

A pesquisa eacute descrita por Marconi e Lakatos (2010 p 139) como ldquoum

procedimento formal com meacutetodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento

cientiacutefico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir

verdades parciaisrdquo Para Barros e Lehfeld (2010 p 81) a pesquisa estabelece um ato

de questionamento indagaccedilatildeo e aprofundamento tendo como consequecircncia a

tentativa de esclarecer determinados objetos Eacute a procura de uma resposta expressiva

a uma duacutevida ou problema Jaacute para Prodanov e Freitas (2013 p 44) ldquoeacute portanto um

conjunto de accedilotildees propostas para encontrar a soluccedilatildeo para um problema as quais

tecircm por base procedimentos racionais e sistemaacuteticos A pesquisa eacute realizada quando

temos um problema e natildeo temos informaccedilotildees para solucionaacute-lordquo

Do ponto de vista de seus objetivos esta pesquisa caracteriza-se como

descritiva e explicativa Por meio dos documentos acessados e do questionaacuterio

elaborado busca-se demonstrar a existecircncia do controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social do municiacutepio de Laranjal Paulista Atraveacutes da pesquisa explicativa

explana-se a anaacutelise dos dados obtidos por meio das respostas ao questionaacuterio

proposto A pesquisa descritiva segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p61) busca

descobrir com a maior exatidatildeo possiacutevel a constacircncia com que um fenocircmeno

acontece sua relaccedilatildeo e conexatildeo com outros sua natureza e suas caracteriacutesticas

Barros e Lehfeld (2010 p 84) citam que ldquoneste tipo de pesquisa natildeo haacute interferecircncia

do pesquisador isto eacute ele descreve o objeto de pesquisardquo A pesquisa explicativa eacute

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

34

utilizada ldquoquando o pesquisador procura explicar os porquecircs das coisas e suas

causas por meio do registro da anaacutelise da classificaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo dos

fenocircmenos observadosrdquo Tende a identificar os fatores que motivam ou colaboram

para a ocorrecircncia dos fenocircmenos (Prodanov e Freitas 2013 p 53)

A classificaccedilatildeo quanto aos procedimentos a serem utilizados de acordo com

Prodanov e Freitas (2013 p54) ldquorefere-se ao planejamento da pesquisa em sua

dimensatildeo mais ampla que envolve tanto a diagramaccedilatildeo quanto a previsatildeo de anaacutelise

e interpretaccedilatildeo de coleta de dadosrdquo Segundo o conceito esta pesquisa pode ser

classificada como pesquisa bibliograacutefica e estudo de caso A pesquisa bibliograacutefica se

daacute atraveacutes do uso de materiais jaacute elaborados por diversos autores mencionados na

explicaccedilatildeo dos temas contidos no referencial teoacuterico como tambeacutem em citaccedilotildees ao

longo da definiccedilatildeo da metodologia

A pesquisa bibliograacutefica busca esclarecer um problema a partir de referecircncias

teoacutericas publicadas em livros artigos dissertaccedilotildees e teses Atraveacutes dela procura-se

conhecer e avaliar as contribuiccedilotildees culturais e cientiacuteficas do passado sobre

determinado tema (Cervo Bervian e Silva 2007 p 60)

Segundo Barros e Lehfeld (2010 p 85) para conseguir realizar uma pesquisa

bibliograacutefica ldquoeacute fundamental que o pesquisador faccedila um levantamento dos temas e

tipos de abordagem jaacute trabalhados por outros estudiosos assimilando os conceitos e

explorando os aspectos jaacute publicadosrdquo

Para Prodanov e Freitas (2013 apud Gil 2010 p 37) o estudo de caso ldquoconsiste

no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos de maneira que permita seu

amplo e detalhado conhecimentordquo Segundo Cervo Bervian e Silva (2007 p 62) ldquoeacute a

pesquisa sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade que seja

representativo de seu universo para examinar aspectos variados de sua vidardquo

Apresenta-se o estudo de caso da Secretaria de Assistecircncia Social do municiacutepio de

Laranjal Paulista local pesquisado para elucidar qual o grau de existecircncia do controle

interno no oacutergatildeo

Quanto agrave abordagem do problema esta pesquisa classifica-se como qualitativa

e quantitativa Na pesquisa qualitativa estudaram-se as caracteriacutesticas municiacutepios

onde haacute implantado o controle interno Atraveacutes do questionaacuterio elaborado e

respondido pelos funcionaacuterios da Secretaria torna-se possiacutevel quantificar as

respostas e apresentaacute-las por meio de graacuteficos Segundo Prodanov e Freitas (2013

p 70) ldquoa interpretaccedilatildeo dos fenocircmenos e a atribuiccedilatildeo de significados satildeo baacutesicas no

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

35

processo de pesquisa qualitativardquo Os autores sintetizam que as questotildees satildeo

estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem nenhuma manipulaccedilatildeo

proposital do pesquisador A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser

quantificaacutevel o que significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para

classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo Procura a relaccedilatildeo causa-efeito entre os fatos e tambeacutem

pela facilidade de poder apresentar a complexidade de determinada hipoacutetese ou de

um problema avaliar a interaccedilatildeo de certas variaacuteveis compreender e qualificar

processos dinacircmicos experimentados por grupos sociais (Prodanov e Freitas 2013

p 69 e 70)

A partir do exposto para conseguir alcanccedilar os objetivos propostos seraacute

efetuada uma pesquisa descritiva e explicativa atraveacutes da utilizaccedilatildeo da pesquisa

bibliograacutefica do estudo de caso e da pesquisa qualitativa e quantitativa

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

36

4 ESTUDO DE CASO

O estudo apresentado parte de pesquisa documental e atraveacutes das respostas

a um questionaacuterio elaborado para abordar o tema controle interno dentro da Secretaria

de Assistecircncia Social de Laranjal Paulista as quais satildeo apresentadas atraveacutes de

anaacutelise percentual e representadas em forma de graacuteficos Tambeacutem foi pesquisado o

histoacuterico dos trecircs municiacutepios citados e a estrutura do controle interno de dois

municiacutepios maiores em populaccedilatildeo e com diferentes caracteriacutesticas a fim de

demonstrar a importacircncia do controle interno para os municiacutepios

41 BREVE HISTOacuteRICO DO MUNICIacutePIO DE LARANJAL PAULISTA

Em fins do seacuteculo XVII agraves margens do ribeiratildeo Laranjal assim batizado pela

grande quantidade de laranja azeda na regiatildeo foi formado um pouso de tropeiros de

muares Anos mais tarde o pouso do Ribeiratildeo do Laranjal tornou-se ponto obrigatoacuterio

de estada e reuniatildeo dos comerciantes quase sempre empregado o sistema de trocas

Isso constituiu um atrativo para a fixaccedilatildeo de residentes sendo a primeira casa

construiacuteda em 1884 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Em 1885 foi construiacuteda a primeira escola primaacuteria e no ano seguinte

inaugurada a estaccedilatildeo da Estrada de ferro Sorocabana atual FEPASA O Distrito de

paz foi criado em 1896 Distrito criado com a denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei

Estadual 460 de 30 de novembro de 1896 Elevado agrave categoria de municiacutepio com a

denominaccedilatildeo de Laranjal por Lei Estadual 1555 de 08 de outubro de 1917 Laranjal

para Laranjal Paulista teve sua denominaccedilatildeo alterada por forccedila do Decreto-Lei

Estadual 14334 de 30 de dezembro de 1944 (LARANJAL PAULISTA 2014)

Com uma aacuterea de 384021 kmsup2 o municiacutepio possui 25251 habitantes segundo

o censo IBGE 2010 (IBGE 2014)

A policultura (cafeacutealgodatildeofeijatildeomilhogirassol) jaacute foi a base econocircmica do

municiacutepio Em 1990 cedeu lugar agrave pecuaacuteria Atualmente na agricultura destaque para

a plantaccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar que pode ser caracterizada como monocultura pois

na regiatildeo haacute grande demanda pelo produto devido agraves usinas existentes na regiatildeo A

avicultura tambeacutem se enquadra como fonte de geraccedilatildeo de renda assim como a

produccedilatildeo ceracircmica telhas e tijolos principalmente

A induacutestria de fabricaccedilatildeo de brinquedos eacute expressivo poacutelo nos cenaacuterios

nacional e internacional Suas atividades se datildeo em determinados meses voltada

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

37

geralmente para datas comemorativas no decorrer do ano (LARANJAL PAULISTA

2014)

42 OBTENCcedilAtildeO E ANAacuteLISE DOS DADOS

O questionaacuterio utilizado como instrumento de pesquisa para a coleta de dados

foi aplicado aos funcionaacuterios que trabalham na Secretaria de Assistecircncia Social do

municiacutepio de Laranjal Paulista Para a elaboraccedilatildeo deste questionaacuterio foram

formuladas 10 (dez) perguntas com intuito de conhecer o grau de entendimento

desses funcionaacuterios sobre conceito de controle interno e se existe implantado

minimamente o controle interno na Secretaria de Assistecircncia Social

O questionaacuterio foi enviado a vinte funcionaacuterios que trabalham no oacutergatildeo gestor

e nos dois CRAS-Centro de Referecircncia de Assistecircncia Social que fazem parte da

Secretaria de Assistecircncia Social O questionaacuterio impresso foi enviado juntamente com

uma apresentaccedilatildeo em forma de ofiacutecio na qual se ressalta a importacircncia do estudo da

colaboraccedilatildeo e do sigilo das informaccedilotildees prestadas sendo que se obtiveram respostas

para todos os questionaacuterios enviados

Apoacutes a obtenccedilatildeo das respostas fornecidas procedeu-se a organizaccedilatildeo das

mesmas de modo a possibilitar a anaacutelise sobre o controle interno na Secretaria de

Assistecircncia Social

421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente

Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente nota-se que a maioria dos

respondentes atuam na Secretaria de Assistecircncia Social entre 1 a 5 anos o que

representa 65 Tem-se a distribuiccedilatildeo entre outros periacuteodos de atuaccedilatildeo dentro da

Secretaria como demonstra o Graacutefico 1

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

38

Graacutefico 1 ndash Tempo de Trabalho na Secretaria de Assistecircncia Social

Quanto ao questionamento sobre que tipo de cargo ocupa tem-se como

maioria funcionaacuterios que ocupam cargos sob forma de contrato representando 65

dos respondentes Os dados chamam atenccedilatildeo pois somente 15 dos respondentes

ocupam cargo efetivo sendo que atuam na Secretaria de Assistecircncia Social

estagiaacuterios e um funcionaacuterio efetivo que representa 5 como demonstrado abaixo no

Graacutefico 2

Graacutefico 2 ndash Tipo de Cargo Ocupado na Secretaria de Assistecircncia Social

422 Quanto ao Controle Interno

Quanto ao conceito de controle interno pra dois dos vinte respondentes eacute

referente ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica sendo que

0

2

4

6

8

10

12

14

menos de 1 ano 1 a 5 anos 5 a 10 anos mais de 10anos

15

65

10 10

0

2

4

6

8

10

12

14

efetivo contratado estaacutegio comissionado

15

65

155

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

39

a grande maioria tem o entendimento de que eacute o controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo

executor no acircmbito de sua proacutepria administraccedilatildeo Para todos os respondentes eacute

importante a existecircncia de controle interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia

Social poreacutem quanto ao entendimento ao que corresponde o controle interno dois

dos vinte respondentes responderam que eacute referente ao controle efetuado por oacutergatildeo

externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica o que demonstra que mesmo todos interpretando

que eacute necessaacuterio haver controle interno dentro da Secretaria de Assistecircncia Social

natildeo eacute a maioria que deteacutem o conhecimento do que seja o conceito de controle interno

Ao questionamento referente se existem atividades de controle interno

realizadas na Secretaria de Assistecircncia Social 70 responderam haver e 30

responderam que natildeo haacute

Todos os respondentes apontaram que existe algum tipo de controle sendo

realizado dentro da Secretaria de Assistecircncia Social Dentre estes controles aparece

o orccedilamentaacuterio com 45 o de documentos com 50 e outros com 5 sendo que o

controle de almoxarifado natildeo foi citado Os dados encontram-se demonstrados no

Graacutefico 3

Graacutefico 3 ndash Tipo de Controle Realizado na Secretaria de Assistecircncia Social

Para todos os respondentes haacute um acompanhamento dos convecircnios firmados

referentes a repasses estaduais e federais Para 30 dos respondentes ocorre

orccedilamentaacuterio

documento

outros

02

46

810

45

50

5

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

40

atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas para 10 ocorre atraveacutes de visitas

perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem

os repasses jaacute 60 dos respondentes apontam de que eacute realizado de ambas as

formas conforme mostra o Graacutefico 4

Graacutefico 4 ndash Formas de Acompanhamento de Convecircnios

Agraves respostas de que existe algum tipo de controle sendo realizado dentro da

Secretaria de Assistecircncia relaciona-se a observaccedilatildeo de todos os respondentes

afirmarem de que ocorre acompanhamento dos convecircnios firmados referentes a

repasses dos governos Estadual e Federal poreacutem haacute divergecircncia quanto a forma que

ocorre o acompanhamento conforme demonstrado no graacutefico acima e que a

fiscalizaccedilatildeo por meio de ambas as formas significaria maior controle sobre os valores

recebidos e como os mesmos estatildeo sendo aplicados

Referente agrave questatildeo sobre o conhecimento de algum tipo de normatizaccedilatildeo de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio 50 afirmam que conhecem

e os outros 50 responderam que natildeo

Para finalizaccedilatildeo do questionaacuterio foi perguntado de que forma satildeo apresentados

os controles da Secretaria de Assistecircncia Social sendo que 20 entendem que satildeo

apresentados atraveacutes de relatoacuterios para 30 se daacute atraveacutes de reuniotildees com

apresentaccedilatildeo de documentos para a maioria de 60 natildeo satildeo apresentados e a forma

de apresentaccedilatildeo atraveacutes da internet natildeo foi citada Os dados satildeo demonstrados

atraveacutes do Graacutefico 5

30

1060

documentaccedilatildeo deprestatildeo de contas

visita agrave entidade e setores

ambos

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

53

8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

41

Graacutefico 5 ndash Formas de apresentaccedilatildeo do controle interno

43 FORMA DE ATUACcedilAtildeO DO CONTROLE INTERNO EM OUTROS MUNICIacutePIOS

431 CampinasSP

Campinas surgiu na primeira metade do seacuteculo XVIII como um bairro rural da

Vila de Jundiaiacute Teve iniacutecio com a instalaccedilatildeo de um pouso de tropeiros que se

localizava nas proximidades de trilha que seguia em direccedilatildeo agraves descobertas minas

dos Goiases Nessa mesma eacutepoca houve a chegada de fazendeiros que buscavam

terras para cultivo de cana-de-accediluacutecar O bairro rural do Mato Grosso foi transformado

em Freguesia de Nossa Senhora da Conceiccedilatildeo das Campinas do Mato Grosso (1774)

depois em Vila de Satildeo Carlos (1797) e em Cidade de Campinas (1842) periacuteodo no

qual as plantaccedilotildees de cafeacute jaacute ultrapassavam as lavouras de cana Os cafezais que

nasceram do interior das fazendas de cana estimularam em pouco tempo um novo

periacuteodo de desenvolvimento da cidade (CAMPINAS 2014)

A partir da deacutecada de 1930 com a crise da economia cafeeira a cidade

agraacuteria de Campinas adquiriu uma fisionomia mais industrial e de serviccedilos

composto de faacutebricas agro-induacutestrias e estabelecimentos diversos Entre as deacutecadas

de 1930 e 1940 a cidade de Campinas vivenciou um novo momento histoacuterico

caracterizado pela migraccedilatildeo e pela propagaccedilatildeo de bairros nos arredores das faacutebricas

dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantaccedilatildeo - Via Anhanguera

(1948) Rodovia Bandeirantes (1979) e Rodovia Santos Dumont (deacutecada de 1980)

(CAMPINAS 2014)

20

30

50 relatoacuterio

reuniatildeo

natildeo satildeo apresentados

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

42

Atualmente ocupa uma aacuterea de 801 kmsup2 e conta com uma populaccedilatildeo

aproximada em 1 milhatildeo de habitantes distribuiacuteda por quatro distritos (Joaquim

Egiacutedio Sousas Baratildeo Geraldo e Nova Aparecida) e muitos bairros (CAMPINAS

2014)

4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas

A Prefeitura Municipal de Campinas em 07 de outubro de 2013 criou um Grupo

de Trabalho que funciona com a coordenaccedilatildeo da Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle objetivando comeccedilar a estruturaccedilatildeo gradativa do Sistema de Controle Interno

da Prefeitura Municipal de Campinas com isso obtendo a ampliaccedilatildeo do controle da

administraccedilatildeo sobre seus atos atribuindo maior legalidade e eficiecircncia e trazendo

ganhos ao desempenho da maacutequina puacuteblica (CAMPINAS 2014)

No grupo de trabalho tem-se a participaccedilatildeo de representantes de secretarias

com papeacuteis relevantes a este procedimento em funccedilatildeo de suas atribuiccedilotildees e

conhecimentos acumulados conforme demonstra a Tabela 4 (CAMPINAS 2014)

Tabela 4 - Secretaria IntegrantesndashGrupo de Trabalho do municiacutepio de Campinas

Secretarias Justificativa

Secretaria Municipal de Gestatildeo e

Controle

Coordenar os trabalhos

Secretaria Municipal de Assuntos

Juriacutedicos

Apoiar o oacutergatildeo de controle externo

Secretaria Municipal de Financcedilas Executar registros contaacutebeis

Secretaria Municipal de

Educaccedilatildeo

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

Secretaria Municipal de Sauacutede Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

recursos orccedilamentaacuterios e repasses ao

terceiro setor e por ser uma secretaria

classificada como de maior exposiccedilatildeo

ao risco segundo mapeamento

43

Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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Secretaria Municipal de

Cidadania Assistecircncia e Inclusatildeo

Social

Eacute destinataacuteria de grande quantidade de

repasses ao terceiro setor

Secretaria Municipal de

Infraestrutura

Por ser uma secretaria classificada

como de maior exposiccedilatildeo ao risco

segundo mapeamento

Fonte Controle Interno composiccedilatildeo do grupo de trabalho (CAMPINAS 2014)

O grupo de trabalho com os integrantes elencados acima se reuniu em

reuniotildees para discussatildeo sobre conceitos de controle interno como tambeacutem da

elaboraccedilatildeo da minuta de projeto de lei para instalaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno

da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio de Campinas

Aleacutem da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle Interno a Secretaria Municipal de

Gestatildeo e Controle possui o Departamento de Auditoria responsaacutevel por realizar

auditorias nos contratos convecircnios e demais ajustes os quais satildeo divulgados no site

da prefeitura municipal (CAMPINAS 2014)

432 LondrinaPR

A partir de 1922 o governo estadual paranaense inicia a concessatildeo de terras

a empresas privadas de colonizaccedilatildeo Em 1924 comeccedila a histoacuteria da Companhia de

Terras Norte do Paranaacute subsidiaacuteria da firma inglesa Paranaacute Plantations Ltd que deu

grande impulso ao processo desenvolvimentista na regiatildeo norte e naquele ano chega

a Missatildeo Montagu (LONDRINA 2014)

O empreendimento fracassou obrigando a uma modificaccedilatildeo nos planos Foi

criada em Londres a Paranaacute Plantations e sua subsidiaacuteria brasileira a Companhia

de Terras Norte do Paranaacute que transformaria as propriedades do empreendimento

fracassado em projetos imobiliaacuterios (LONDRINA 2014)

Londrina surgiu em 1929 como primeiro posto avanccedilado deste projeto inglecircs

uma vez que neste o ano chegou a primeira expediccedilatildeo da Companhia de Terras Norte

do Paranaacute ao local O nome da cidade foi uma homenagem prestada a Londres ndash

ldquopequena Londresrdquo A criaccedilatildeo do Municiacutepio ocorreu cinco anos mais tarde Sua

instalaccedilatildeo foi em 10 de dezembro do mesmo ano data em que se comemora o

aniversaacuterio da cidade (LONDRINA 2014)

44

Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

45

Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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Ao longo das deacutecadas Londrina desenvolve-se por meio da produccedilatildeo agriacutecola

voltada ao mercado externo contando tambeacutem com o aumento populacional durante

o periacuteodo (LONDRINA 2014)

Londrina se firmou como Poacutelo Regional de bens e serviccedilos e se tornou a

terceira mais importante cidade do Sul do Brasil na deacutecada de 90 verificando

um crescimento estaacutevel estabilizando-se como principal ponto de referecircncia do

Norte do Paranaacute bem como desempenhando grande influecircncia e atraccedilatildeo regional

(LONDRINA 2014)

4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina

O municiacutepio de Londrina conta com Controladoria Geral e Sistema de Controle

Interno desde o ano de 2004 com a promulgaccedilatildeo da Lei 9698 de 29 de dezembro de

2004 A Controladoria-Geral do Municiacutepio eacute o oacutergatildeo ligado diretamente ao Chefe do

Poder Executivo tem como missatildeo institucional estabelecer metas de Controle Interno

(LONDRINA 2014)

A estrutura organizacional da Controladoria-Geral do Municiacutepio instituiacuteda pelo

Decreto Municipal nordm 375 de 29 de marccedilo de 2012 conta atualmente com as seguintes

unidades organizacionais demonstradas atraveacutes da Figura 1 (LONDRINA 2014)

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Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

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envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

49

6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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Figura 1-Organograma da Controladoria Geral do municiacutepio de Londrina

Fonte Estrutura e Organograma (LONDRINA 2014)

A equipe eacute multidisciplinar composta por teacutecnicos das aacutereas de contabilidade

economia administraccedilatildeo e informaacutetica e afins

Entre as atribuiccedilotildees destacam-se

- Atender agraves consultas relacionadas nas questotildees de ordem administrativa e

contaacutebil da Administraccedilatildeo Direta e Indireta do Municiacutepio

- Proceder ao controle e agrave fiscalizaccedilatildeo com atuaccedilotildees preacutevias concomitantes e

posteriores aos atos administrativos visando agrave avaliaccedilatildeo da accedilatildeo governamental e da

gestatildeo fiscal dos administradores por intermeacutedio da fiscalizaccedilatildeo contaacutebil financeira

orccedilamentaacuteria operacional e patrimonial quanto agrave legalidade agrave legitimidade agrave

economicidade agrave aplicaccedilatildeo das subvenccedilotildees e agrave renuacutencia de receitas

- Verificar a aplicaccedilatildeo correta dos recursos financeiros disponiacuteveis bem como

a probidade e a regularidade das operaccedilotildees realizadas (LONDRINA 2014)

A efetivaccedilatildeo do controle interno que deveraacute ser realizado nas Secretarias de

Assistecircncia Social estaacute diretamente ligado ao perfeito funcionamento do controle

interno municipal A melhoria dos controles nestas secretarias deve relacionar-se com

o trabalho cotidiano deste oacutergatildeo sendo que todos os servidores devem estar

46

envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

50

CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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envolvidos neste controle pois a cada um cabe conduzir o trabalho de forma correta

e com a maior eficiecircncia a administraccedilatildeo dos recursos recebidos dos materiais

utilizados como tambeacutem da fiscalizaccedilatildeo dos recursos repassados atraveacutes de

convecircnios a fim de confirmar a real aplicaccedilatildeo dos mesmos

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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Ao finalizar a pesquisa e a anaacutelise de resultados pode-se observar que o

alcance dos objetivos especiacuteficos a b e c eacute demonstrado atraveacutes da explanaccedilatildeo

existente no referencial teoacuterico que eacute utilizado como um apoio para entendimento do

tema deste trabalho A anaacutelise da resposta ao item oito do questionaacuterio apresentado

no Apecircndice A que pergunta de que forma se daacute o acompanhamento dos convecircnios

firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses

estaduais e federais e a finalizaccedilatildeo do toacutepico da anaacutelise de resultados eacute uma siacutentese

do alcance aos objetivos d e f Quanto ao alcance do objetivo e cita-se a apresentaccedilatildeo

dos casos de implantaccedilatildeo do controle interno nos municiacutepios de Campinas e Londrina

onde jaacute haacute um maior desenvolvimento deste controle

Quanto ao controle interno ressalta-se a importacircncia da existecircncia de controle

interno dentro de uma Secretaria de Assistecircncia Social poreacutem mesmo havendo a

interpretaccedilatildeo de que haacute essa necessidade falta o conhecimento do que seja o

conceito de controle interno por parte de seus funcionaacuterios

Haacute muita divergecircncia quanto a forma de apresentaccedilatildeo dos controles da

Secretaria de Assistecircncia Social o que leva ao entendimento de que natildeo haacute um

meacutetodo especificado para esta apresentaccedilatildeo o que pode dificultar a interpretaccedilatildeo dos

dados e utilizaccedilatildeo dos mesmos para melhoria dos processos dentro do oacutergatildeo Sendo

assim nota-se que seria viaacutevel a execuccedilatildeo do controle interno por um teacutecnico que

seria responsaacutevel somente por esta aacuterea tanto no acircmbito municipal quanto na

aplicaccedilatildeo de controles dentro das secretarias municipais

A partir do estudo observa-se que natildeo haacute uma parametrizaccedilatildeo na forma de

execuccedilatildeo de um controle interno dentro deste oacutergatildeo sendo que seria necessaacuterio o

conhecimento miacutenimo dos funcionaacuterios sobre o tema e um conhecimento ampliado

por parte do gestor da Secretaria de Assistecircncia Social como tambeacutem do gestor

municipal como tambeacutem conhecer algum tipo as normatizaccedilotildees e legislaccedilotildees de

atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio

Atraveacutes da pesquisa de execuccedilatildeo do controle interno em outros municiacutepios com

diferentes caracteriacutesticas do municiacutepio de Laranjal Paulista percebe-se que nos

municiacutepios pesquisados a necessidade da implantaccedilatildeo do Sistema de Controle

Interno eacute imprescindiacutevel para o melhor acompanhamento da Gestatildeo Puacuteblica por conta

do porte dos mesmos

48

Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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Ao se observar o trabalho realizado por estes municiacutepios os menores como eacute

o caso de Laranjal Paulista podem utilizaacute-lo como exemplo e tambeacutem meio de

aprimoramento das atividades desenvolvidas para implantar e efetivar o trabalho do

controle interno atraveacutes do envolvimento de todos os oacutergatildeos que compotildeem a gestatildeo

puacuteblica municipal

Natildeo esgotando neste trabalho todo o estudo a ser realizado acerca do tema

controle interno uma nova pesquisa que pode ser elaborada seria a efetiva accedilatildeo do

controle interno municipal a implantaccedilatildeo deste controle em todas as secretarias

municipais e a correlaccedilatildeo dos dois controles a fim de melhorar a fiscalizaccedilatildeo dos atos

administrativos da gestatildeo puacuteblica municipal

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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6 REFEREcircNCIAS

ALBUQUERQUE Simone Aparecida CRUS Joseacute Ferreira Um Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social para o Brasil In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007

BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

BARROS Aidil Jesus da Silveira LEHFELD Neide Aparecida de Souza Fundamentos de metodologia cientiacutefica 3 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 BRASIL Capacita SUAS Volume 1 SUAS Configurando os eixos de mudanccedila Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 2 Desafios da gestatildeo do SUAS nos municiacutepios e estados Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Capacita SUAS Volume 3 Planos de Assistecircncia Social diretrizes para elaboraccedilatildeo Ministeacuterio do Desenvolvimento Social e Combate agrave Fome Instituto de Estudos Especiais da Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo 1 ed Brasiacutelia MDS 2008 ______ Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Federativa do Brasil de 1988 Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03constituicaoconstituicaohtmgt Acesso em 19 set 2014

______ Lei Complementar Nordm 101 de 04 de Maio de 2000 Estabelece normas de financcedilas puacuteblicas voltadas para a responsabilidade na gestatildeo fiscal e daacute outras providecircncias Diponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leislcplcp101htmgt Acesso em 20 set 2014

______ Lei Nordm 4320 de 17 de Marccedilo de 1964 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboraccedilatildeo e controcircle dos orccedilamentos e balanccedilos da Uniatildeo dos Estados dos Municiacutepios e do Distrito Federal Disponiacutevel em lthttpwwwplanaltogovbrccivil_03leisl4320htmgt Acesso em 20 set 2014 ______ Poliacutetica Nacional de Assistecircncia Social Disponiacutevel em lthttpwwwaracajusegovbruserfilespolitica_nacional_assistencia_socialpdfgt Acesso em 20 set 2014

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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CAMPINAS Controle Interno Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrgovernogestao-e-controlecontrole-internophpgt Aceso em 10 out 2014 ______ Origens Disponiacutevel em lthttpwwwcampinasspgovbrsobre-campinasorigensphpgt Acesso em 10 out 2014 CASTRO Domingos Poubel de Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 4 ed Satildeo Paulo Atlas 2011 ______ Auditoria contabilidade e controle interno no setor puacuteblico integraccedilatildeo das aacutereas do ciclo de gestatildeo contabilidade orccedilamento e auditoria e organizaccedilatildeo dos controles internos como suporte agrave governanccedila corporativa 5 ed Satildeo Paulo Atlas 2013 CERVO Amado Luiz BERVIAN Pedro Alcino SILVA Roberto de Metodologia cientiacutefica 6 ed Satildeo Paulo Pearson Prentice Hall 2007 GARCIA Marcelo A Assistecircncia Social no Brasil Como chegamos ateacute aqui Disponiacutevel em lthttpwwwmarcelogarciacombrnobrhcomentadapdfgt Acesso em 19 set 2014 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Infograacuteficos Histoacuterico Disponiacutevel em lthttpcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=352640ampsearch=sao-paulo|laranjal-paulista|infograficos-historicogt Acesso em 10 out 2014 JUNIOR Gilvan Coelho LIMA Ceacutesar Lucio de Antecedentes da Rede SUAS In TAPAJOacuteS Luziele RODRIGUES Roberto Wagner da Silva (organizadores) Rede SUAS gestatildeo e sistema de informaccedilatildeo para o Sistema Uacutenico de Assistecircncia Social Brasiacutelia Secretaria Nacional de Assistecircncia Social 2007 LAKATOS Eva Maria MARCONI Marina de Andrade Fundamentos de metodologia cientiacutefica 7 ed Satildeo Paulo Atlas 2010 LARANJAL PAULISTA Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlaranjalpaulistaspgovbrv2io=2dbMRrL+vDuiKeuE26Uatc6gt Acesso em 10 out 2014 LONDRINA A Controladoria Atribuiccedilotildees e Competecircncias Disponiacutevel em ltlthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=807ampItemid=785gt Acesso em 10 out 2014 ______ A Controladoria Histoacuteria Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=810ampItemid=780gt Acesso em 10 out 2014

51

______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

52

APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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______ Histoacuteria da Cidade Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=3ampItemid=5gt Acesso em 10 out 2014 ______ Estrutura e Organograma Disponiacutevel em lthttpwwwlondrinaprgovbrindexphpoption=com_contentampview=articleampid=809ampItemid=783gt Acesso em 10 out 2014

MOTA Francisco Glauber Lima Contabilidade aplicada ao setor puacuteblico 1 ed Brasiacutelia 2009

OLIVIERI Ceciacutelia O sistema de Controle Interno do Executivo Federal Brasileiro A construccedilatildeo Institucional do Controle Poliacutetico da Burocracia In II Congresso Consad de Gestatildeo Puacuteblica BrasiacuteliaDF 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwescoladegovernoprgovbrarquivosFileMaterial_20CONSADpaineis_II_congresso_consadpainel_27o_sistema_de_controle_interno_do_executivo_federal_brasileiropdfgt Acesso em 20 set 2014

PISCITELLI Roberto Bocaccio etal Contabilidade Puacuteblica uma abordagem da administraccedilatildeo financeira puacuteblica 11 ed rev ampliada e atualizada ateacute novembro de 2009 Satildeo Paulo Atlas 2010

PRODANOVCleber Cristiano FREITAS Ernani Cesar deMetodologia do trabalho cientiacutefico [recurso eletrocircnico] meacutetodos e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed ndash Novo Hamburgo Feevale2013 SANTOS Alexandre Mateus dos Controle Interno Municipal 2013 Disponiacutevel em lthttpseadtcespgovbrmoodlemodresourceviewphpid=1899gt Acesso em 21 ago 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Manual baacutesico O Controle Interno do Municiacutepio Satildeo Paulo TCESP 2013 Disponiacutevel em lt httpwww4tcespgovbrsitesdefaultfilesmanual-basico-controle-interno-do-municipiopdfgt Acesso em 19 set 2014

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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APEcircNDICE A ndash Questionaacuterio aplicado aos funcionaacuterios da Secretaria de

Assistecircncia social do municiacutepio de Laranjal Paulista-SP

QUESTIONAacuteRIO

Este questionaacuterio conteacutem dez perguntas objetivas devendo-se optar por apenas uma resposta em cada pergunta todas com enfoque ao Controle Interno na Secretaria de Assistecircncia Social CARACTERIZACcedilAtildeO DO RESPONDENTE 1 Haacute quantos anos vocecirc trabalha neste oacutergatildeo ( ) Haacute menos de 1 ano ( ) De 1 a 5 anos ( ) De 5 a 10 anos ( ) Haacute mais de 10 anos 2 Na Secretaria de Assistecircncia Social ocupa cargo ( )Efetivo ( )Comissionado ( )Estaacutegio ( )Contratado QUANTO AO CONTROLE INTERNO 3 Em sua opiniatildeo o controle interno corresponde ( ) ao controle realizado pelo proacuteprio oacutergatildeo executor no acircmbito de sua proacutepria Administraccedilatildeo ( ) ao controle efetuado por oacutergatildeo externo agrave Administraccedilatildeo Puacuteblica 4 Em sua opiniatildeo eacute importante a existecircncia de controles internos tambeacutem dentro de secretarias municipais de assistecircncia social ( ) Sim ( ) Natildeo 5 Em sua opiniatildeo satildeo executadas atividades voltadas ao controle interno nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( ) Sim ( ) Natildeo 6 Quais dos controles abaixo satildeo executados nesta Secretaria de Assistecircncia Social ( )Orccedilamentaacuterio ( )Documentos ( )Almoxarifado ( )Outros Quais 7 Ocorre um acompanhamento dos convecircnios firmados especiacuteficos desta Secretaria de Assistecircncia Social referentes a repasses estaduais e federais ( ) Sim ( )Natildeo

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011

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8 De que forma ocorre este acompanhamento ( )Atraveacutes de documentaccedilatildeo de prestaccedilatildeo de contas ( )Atraveacutes de visitas perioacutedicas agraves entidades e setores da Secretaria de Assistecircncia Social que recebem repasse ( )Ambos 9 Vocecirc conhece algum tipo de normatizaccedilatildeo de atividades relacionadas ao controle interno no municiacutepio ( ) Sim ( ) Natildeo 10 Os controles desta Secretaria de Assistecircncia Social satildeo apresentados para outras secretarias do municiacutepio atraveacutes de ( )Utilizaccedilatildeo de internet ( )Relatoacuterio ( )Reuniatildeo com apresentaccedilatildeo de documentos ( )Natildeo satildeo apresentados

  • UNVERSIDADE TECNOLOacuteGICA FEDERAL DO PARANAacute
  • DEPARTAMENTO ACADEcircMICO DE GESTAtildeO E ECONOMIA
  • CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL
  • ALINE SANTA ROSA
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • MONOGRAFIA DE ESPECIALIZACcedilAtildeO
  • O CONTROLE INTERNO COMO INSTRUMENTO DA GESTAtildeO PUacuteBLICA MUNICIPAL NA SECRETARIA DE ASSISTEcircNCIA SOCIAL DE LARANJAL PAULISTA-SP
  • AGRADECIMENTOS
  • Agradeccedilo a Deus pelo dom da vida e pela renovaccedilatildeo da coragem e determinaccedilatildeo ao longo do caminho
  • A minha famiacutelia e meu namorado pelo carinho paciecircncia e compreensatildeo todo o tempo e ao longo deste curso realizado
  • As tutoras presenciais Solange e Danielly que com muita atenccedilatildeo e disponibilidade auxiliaram a todos durante o curso
  • A professora Ana Cristina Macedo Magalhatildees pelo apoio compreensatildeo e auxiacutelio na evoluccedilatildeo que me proporcionou durante a elaboraccedilatildeo este trabalho
  • RESUMO
  • 1 introduccedilatildeo
    • 11 Tema e Problema
    • 12 Objetivos
      • 121 Objetivo Geral
      • 122 Objetivos Especiacuteficos
        • 13 Justificativa
        • 14 Metodologia
          • 2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
            • 21 ORCcedilAMENTO PUacuteBLICO
              • 211 Conceito
              • 212 Princiacutepios orccedilamentaacuterios
              • 213 Ciclo Orccedilamentaacuterio
                • 22 CONTROLE INTERNO
                  • 221 Conceito
                  • 222 Fundamentaccedilatildeo Legal para o Controle Interno
                  • 2221 Lei nordm 432064
                  • 2222 Constituiccedilatildeo Federal de 1988
                  • 2223 Lei Complementar nordm 1012000
                  • 223 Objetivos
                  • 224 Princiacutepios
                  • 225 As funccedilotildees do Controle Interno
                    • 23 ASSISTEcircNCIA SOCIAL
                      • 231 Histoacuterico
                      • 232 Niacuteveis de Gestatildeo no SUAS
                      • 233 Sistema Puacuteblico de Proteccedilatildeo Social
                          • 3 METODOLOGIA
                          • 4 Estudo de Caso
                            • 41 Breve Histoacuterico do municiacutepio de Laranjal Paulista
                            • 42 Obtenccedilatildeo e Anaacutelise dos Dados
                              • 421 Quanto agrave caracterizaccedilatildeo do respondente
                              • 422 Quanto ao Controle Interno
                                • 43 Forma de atuaccedilatildeo do Controle Interno em outros municiacutepios
                                  • 431 CampinasSP
                                  • 4311 Controle Interno no municiacutepio de Campinas
                                  • 432 LondrinaPR
                                  • 4321 Controle Interno no municiacutepio de Londrina
                                      • 5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
                                      • 6 REFEREcircNCIAS
                                        • BARBIERI Carla B Terceiro Setor desafios e perspectivas constitucionais 1 ed 1 reimpr Curitiba Juruaacute 2011