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Aluísio de Azevedo GC”

O Cortiço - Seminário

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Page 1: O Cortiço - Seminário

Aluísio de Azevedo

GC”

Page 2: O Cortiço - Seminário

BiografiaAluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão

em 14 de abril de 1857. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima

de mulher, em 1880.  Fundador da cadeira número quatro da Academia

Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: “O Mulato”, que provocou escândalo na época de seu lançamento, “Casa de Pensão”, que o consagrou e “O Cortiço”, conhecido com sua obra mais importante.

Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913.

Guilherme

Page 3: O Cortiço - Seminário

BibliografiaCasa de PensãoO MulatoUma lágrima de mulherO madereiro e alguma prosaO homem: romanceO cortiço

Guilherme

Page 4: O Cortiço - Seminário

Naturalismo O Naturalismo é um movimento literário conhecido por

ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade.

São características gerais do Naturalismo:CientificismoValorização do objetoSóbrio e o minuciosoExpressão da realidade e dos aspectos descritivosPersonalismo cede terreno ao universalismoMaterialismo leva à negação do sentimentalismoDeterminismo

Evelyn

Page 5: O Cortiço - Seminário

Características da ObraCRÍTICA AO CAPITALISMO SELVAGEM – O

DINHEIRO VALE MAIS QUE A VIDA.

DETERMINISMO – O MEIO DETERMINA A RAÇA, MOMENTO.

A FORÇA DO SEXO – É PRATICADO ONDE QUER QUE SEJA E É VISTO COMO SATISFAÇÃO PESSOAL.

OS TIPOS HUMANOS – SÃO MUITOS E DOS MAIS VARIADOS.

Evelyn

Page 6: O Cortiço - Seminário

LinguagemA linguagem é um pouco arcáica e tem marcas do

naturalismo e do meio (Cortiço).

Ela acompanha o grau de instrução das personagens.

Ela transmite ao leitor, com veracidade, imagens daquilo que ele acaba de ler.

É possível imaginar com detalhes algumas das passagens, sendo em muitas os humanos comparados ao bando de animais: “O escândalo assanhou a estalagem inteira, como um jato de água quente sobre um formigueiro.” Taislaine

Page 7: O Cortiço - Seminário

Espaço O espaço físico retratado é o microcosmo de uma

sociedade em formação:

Cortiço x Sobrado

Os dois locais ressaltam o engalfinhar constante de forças econômicas e sociais.

O espaço físico é urbano – local onde as classes trabalhadoras(lavadeiras, cavulqueiros, vendeiros, etc).

Evelyn

Page 8: O Cortiço - Seminário

Tempo “Situa-se alguns anos antes da publicação

do romance (1890).”

O tempo do realista-naturalista é mesmo o agora.

O enredo é linear: segue os passos do vendeiro João Romão desde a juventude pobre até a maturidade abastada e inescrupulosa.

O tempo do romance é cronológico.Evelyn

Page 9: O Cortiço - Seminário

Justificativa do títuloO título refere-se justamente ao cortiço

donde ocorre todo o trâmite da narrativa.

M. Isabel

Page 10: O Cortiço - Seminário

PersonagensSe encontram divididos entre ricos e

pobres(moradores do sobrado e moradores do cortiço respectivamente)

Caracterizam principalmente a diversidade dos tipos humanos;

Cadorim”

Page 11: O Cortiço - Seminário

João RomãoEspertoAmbiciosoEgoístaMiserávelInvejosoEnganador

Page 12: O Cortiço - Seminário

BertolezaSubmissa à João RomãoTrabalhadoraHonestaSonhava com a liberdade

Page 13: O Cortiço - Seminário

MirandaCovardeOportunistaEra infeliz na vida conjugal

Page 14: O Cortiço - Seminário

Dona EstelaAdúlteraPresunçosaEsposa de Miranda

Page 15: O Cortiço - Seminário

ZulmiraFilha de Miranda e EstelaSofre por ser o fruto desta união – o pai não

acreditava que era sua filha, a mãe desprezava por ser filha de Miranda.

Era fraca e bem magrinha e depois torna-se bela fronte aos padrões realistas – olhos, pele, quadris.

Page 16: O Cortiço - Seminário

JerônimoSérioForteTrabalhadorDedicadoHonestoPai de família

Page 17: O Cortiço - Seminário

PiedadeEsposa de JerônimoSubmissaHonestaTrabalhadora

Page 18: O Cortiço - Seminário

BotelhoAntipáticoParasita – vivia sob o teto de Miranda

Page 19: O Cortiço - Seminário

LéonieProtistuta (à La Francesa)HomossexualIndependente dos homens

Page 20: O Cortiço - Seminário

FirmoCharlatãoGastadorPresunçosoGalanteadorPernóstico

Page 21: O Cortiço - Seminário

IsabelMãe de Pombinha – sonhava voltar a vida que

tinha antes do marido falecer;Era honestaDeu o de melhor a filha

Page 22: O Cortiço - Seminário

PiedadeEsposa (e/ou Ex-esposa ) de Jerônimo;Submissa;Trabalhadora;Amava Jerônimo com todas suas forças;Honesta;

Page 23: O Cortiço - Seminário

Rita BaianaAlegreAssanhadaDançarinaSensual ao extremo - baseado em descrições

suas

Page 24: O Cortiço - Seminário

Pombinha“Era a flor do cortiço”Filha de IsabelCasou-se com o Costa e depois fugiu com

Léonie

Corrompida pelo determinismo*

Page 25: O Cortiço - Seminário

CORTIÇOPersonagem Principal da história – Determina como são as pessoas e como agiriam;

Tem vida própia -“O cortiço acordou abrindo não os olhos mais a sua infinidade de portas e janelas[...]”

Ele é quem o tempo todo vive os conflitos e o desenrolar da história

É de origem ilícita - J. Romão roubava com Bertoleza os materias de construção para poder fazer as casinhas que mais tarde o constituiram.

Tem em si pessoas que são muito boas mas que são “engolidas” pela infinidade de erros e delitos – Incestos, Brigas, Polêmicas, Tramas, Ambição.

Page 26: O Cortiço - Seminário

Papel das mulheres em “O Cortiço”Estela – se prostitui para o próprio marido pelo fato de

estar entediada com o casamento;

Pombinha – retrata a prostituição; passa de flor para trepadeira;

Leocádia e Augusta – desejaram engravidar apenas para poder ganhar dinheiro como ama de leite;

Rita Baina – típica mulher que destrói casamentos com sua sensualidade;

Cadorim”

Page 27: O Cortiço - Seminário

NarradorVê e sabe tudo sobre a história e sobre os

personagens.Narra em 3° Pessoa.

M. Isabel

Page 28: O Cortiço - Seminário

ClímaxExistem vários momentos que podem ser

classificados como clímax na história.O mais notável deles coincide com o desfecho

da história:

“Chega o filho mais velho do antigo senhor de Bertoleza. Ao mandar prender Bertoleza, esta, “com ímpeto de anta bravia,” rasga o ventre de lado a lado. Romão foge até o canto mais escuro, tapando o rosto com as mãos. Nesse momento, uma comissão de abolicionistas vem entregar a Romão o diploma de sócio benemérito da causa abolicionista.”

Hugo

Page 29: O Cortiço - Seminário

Resumo da Obra O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para

acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso. Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois. Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, freqüentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa. No cortiço, paralelamente, estão os moradores de menor ambição financeira. Destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influência do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus hábitos.

Hugo

Page 30: O Cortiço - Seminário

A relação entre Miranda e João Romão melhora quando o comerciante recebe o título de barão e passa a ter superioridade garantida sobre o oponente. Para imitar as conquistas do rival, João Romão promove várias mudanças na estalagem, que agora ostenta ares aristocráticos. O cortiço todo também muda, perdendo o caráter desorganizado e miserável para se transformar na Vila João Romão. O dono do cortiço aproxima-se da família de Miranda e pede a mão da filha do comerciante em casamento. Há, no entanto, o empecilho representado por Bertoleza, que, percebendo as manobras de Romão para se livrar dela, exige usufruir os bens acumulados a seu lado. Para se ver livre da amante, que atrapalha seus planos de ascensão social, Romão a denuncia a seus donos como escrava fugida. Em um gesto de desespero, prestes a ser capturada, Bertoleza comete o suicídio, deixando o caminho livre para o casamento de Romão.

Page 31: O Cortiço - Seminário

Desfecho da História

Morte de Bertoleza

J. Romão recebe o diploma de sócio benemérito da causa abolicionista.

Taislaine

Page 32: O Cortiço - Seminário

Ideologias vivas em “O Cortiço”Anarquismo – Os carapicus não queriam de

modo algum que a polícia (autoridade que representava o Estado) entrasse nos perímetros do cortiço no caso da briga entre Firmo e Jerônimo, o que caracteriza o ideal anarquista;

Liberalismo – O homem é movido por interesses pessoas e egoístas ( J. Romão);

Evolucionismo – O cortiço desenvolve-se juntamente com os seus habitantes e os atos destes;

Determinismo – O homem é fruto biológico do meio em que vive;

Cadorim”

Page 33: O Cortiço - Seminário

Curiosidades

Taislaine

Page 34: O Cortiço - Seminário

Intertextualidade

Favelas – atualidadeSemelhança do ambiente Problemas sociais

Cidade de Deus - Paulo Lins Semelhança entre as personagensConflitos internos causados pelo meio

externo

Cadorim”

Page 35: O Cortiço - Seminário

Cortiço X Favela

Page 36: O Cortiço - Seminário
Page 37: O Cortiço - Seminário

Crítica e Mensagem

M. Isabel