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O Cresce Brasil e o PAC - FNE

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C 3

A luta social pelodesenvolvimento

evolui-se para a mobilização por alteraçõesna economia. O projeto dos engenheirosantecedeu o PAC (Programa de Aceleração doCrescimento), lançado em janeiro último, nãopor acaso, mas sim como parte da expressãodessa vontade da sociedade de que hajamudanças efetivas em benefício da maioria.

A engenharia, bem como vastos segmentosdo povo brasileiro, recebeu o PAC com otimismoe espera que o governo o execute. Há muitassemelhanças entre suas propostas e as do CresceBrasil. Há também diferenças, pois esse últimoé mais ambicioso. Neste documento, a FNEapresenta a comparação entre o programagovernamental e o manifesto dos engenheiros.Espera assim contribuir para que asproposições do PAC sejam uma realidade eque, no seu processo de implantação, surjamoutros programas que promovam açõescapazes de um desenvolvimento integral,sustentável e soberano.

Murilo Celso de Campos PinheiroPresidente da FNE

desenvolvimento nacional tem sidobandeira histórica dos engenheirosbrasileiros, que defendem aimplementação de um projeto

sustentável que leve à inserção soberana doBrasil na globalização, assim como à inclusãosocial e ao bem-estar de toda a população. Oque se viveu no país nos últimos 26 anos, noentanto, foi o exato oposto disso. Planejamentoe investimentos públicos foram esquecidos, oneoliberalismo e a ideologia do Estado mínimoconcorreram contra a infra-estrutura nacional eos serviços essenciais, muito embora,contraditoriamente, tenham sido elevadas adívida pública e a carga tributária.

Como resposta a essa situaçãoinsustentável, a FNE lançou, em 2006, oprojeto Cresce Brasil + Engenharia +Desenvolvimento, publicado em manifestocom o mesmo título e disponível na Internet(www.crescebrasil.com.br). O debatepercorreu as cinco regiões do Brasil,recebendo colaborações de milhares deprofissionais e dando voz ao principal anseioda sociedade brasileira: é preciso voltar acrescer, escapar à asfixia do encolhimentoeconômico. O documento foi entregue atodos os candidatos ao Executivo na eleiçãopassada, inclusive ao presidente Luiz InácioLula da Silva, a integrantes de seu ministério,após o resultado das urnas, e neste ano foiapresentado ao Congresso Nacional.

Acreditamos assim que o Cresce Brasil temsido peça importante para a mudança dacorrelação de forças no país. De umasituação de imobilismo e perplexidade,

O

O projeto dos engenheiros antecedeuo PAC, lançado em janeiro último,

não por acaso, mas sim como parteda expressão dessa vontade da

sociedade de que haja mudançasefetivas em benefício da maioria

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Índice

• Cresce Brasil: uma proposta coerente dos engenheiros brasileiros.........................7

• O Programa de Aceleração do Crescimento............................................................10

• A reação da sociedade brasileira ao PAC ................................................................14

• O Cresce Brasil e o PAC............................................................................................16

• Capital especulativo: o inimigo do desenvolvimento ............................................18

• A prioridade nacional ...............................................................................................19

• Anexos

I - Comparação sintética entre o Cresce Brasil e o PAC ........................................20

II - Síntese das propostas do Cresce Brasil .............................................................26

III - Síntese do PAC ..................................................................................................44

IV - Legislação do PAC ............................................................................................ 71

• Bibliografia ................................................................................................................72

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A FNE (Federação Nacional dosEngenheiros) dedicou parte importante desuas energias em 2006 para o debate e aproposição de prioridades para a retomadado crescimento econômico e odesenvolvimento do Brasil, processodenominado Cresce Brasil + Engenharia +Desenvolvimento. Foram realizados encontrosde engenheiros em 14 cidades, capitais doBrasil e no Interior no Estado de São Paulo,para desenvolver idéias, analisar propostas eobter consensos que pudessem colaborarcom a sociedade e os governos brasileiros nadefinição de estratégias práticas para superara estagnação que há 26 anos vem minandonossas forças e potenciais, levando a umasituação insuportável de barbárie social.

As ações do Cresce Brasil culminaram noVI Conse (Congresso Nacional dosEngenheiros), realizado entre os dias 13 e16 de setembro de 2006, quando osengenheiros brasileiros aprovaram umconjunto expressivo e consistente depropostas. De início, apontam a elevaçãoanual da taxa de crescimento do PIB em6% como condição para gerar 2 milhões deempregos que incluam a população

economicamente ativa ao mercado detrabalho formal. Esse crescimento deveseguir dois eixos norteadores quepromovam uma melhor estrutura social eeconômica do país, a saber:

1) o fortalecimento do mercadointerno através do estímulo aomacrossegmento da construçãocivil, aplicado ao desenvolvimentourbano, gerando empregos ereativando a indústria;

2) a integração socioterritorial do país edo continente sul-americano, o quedeve ser alcançado através doatendimento das demandas por infra-estrutura, desenvolvimento urbano,transporte, energia, recursos hídricos emeio ambiente e comunicações.

Projetos paraa infra-estrutura

Em desenvolvimento urbano, o CresceBrasil propõe a construção de habitaçõesdispondo, no mínimo de luz, água potável eesgoto, possibilitando a ativação da demandaem todo o espectro industrial; bem como aimplementação de projetos de transporteurbano de alta capacidade nas regiõesmetropolitanas (metrô, ferrovia, corredores deônibus). Conclama o governo para cumprimentodas metas e do investimento previsto noprograma para o setor de saneamento.

Em energia, indica a construção degrandes hidrelétricas (especialmente, as doRio Madeira e Rio Xingu), bem como demédias e pequenas (PCHs) usinas

Cresce Brasil: uma propostacoerente dos engenheiros brasileiros

A taxa de crescimento anual deveatingir os 6% para gerar osempregos necessários à inclusão dapopulação economicamente ativa

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hidrelétricas; ampliação da rede detransmissão; a conclusão de Angra 3 econtinuidade do programa de geração deenergia nuclear. Afirma a prioridade aosbiocombustíveis e o aumento da produçãode petróleo e gás, distribuído por gasodutosa serem construídos.

Em transporte, propõe a recuperação,duplicação e construção de rodovias nas cincoregiões; a conclusão das ferroviasTransnordestina e Norte-Sul, além de trechos deoutras ferrovias prioritárias; a remodelação dosportos; a ampliação do potencial hidroviário,além de necessárias medidas complementaresem estradas vicinais e armazenamento.

Em recursos hídricos, considerafundamental resolver a questão da transposiçãode águas entre e nas bacias dos Rios Tocantins

e São Francisco, sem prejudicar a geração deenergia, a irrigação e a navegação; além deprover água potável para o semi-árido,inclusive com a recuperação das barragens eaçudes da região.

Em telecomunicações, é de sumaimportância a universalização, que não podeser restringir à telefonia fixa. Para tanto,devem ser utilizados os recursos do Fust(Fundo de Universalização dos Serviços deTelecomunicações), conforme previsto em lei.Deve-se levar em consideração aconvergência empresarial e tecnológica parauma política industrial. A introdução da TVdigital deve ser aproveitada como umaoportunidade para se expandir toda umacadeia produtiva de equipamentos,componentes e conteúdos.

Recuperar a infra-estrutura de transportes éessencial para conseguir eficiência econômica.

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Outras ações são indicadas pelo Cresce Brasil emciência, tecnologia e engenharia, bem como emagronegócios. Apresenta propostas que visam odesenvolvimento científico, tecnológico e ainovação em bens de capital, agropecuária,biotecnologia, tecnologia digital, aeroespacial,saúde e biossegurança e sustentabilidade dosbiomas brasileiros. Essas são ações que estimulamnovas cadeias produtivas, criam empregos demelhor qualidade, permitem acessar novosmercados, preservam o meio ambiente epropugnam pela exploração não-predatória dosrecursos naturais e garantem o domínio do país emtecnologias fundamentais para a competitividadeda indústria brasileira (ver anexo II).

Um movimentopermanente

Logo após a realização do VI Conse, a FNEentregou em mãos o manifesto Cresce Brasil +Engenharia + Desenvolvimento aos candidatos apresidente e governadores nas eleições 2006.Esse gesto expressou a determinação daentidade de dar continuidade ao Cresce Brasil,passando a cobrar dos governantes aimplantação de projetos que viessem aoencontro de suas resoluções. Ao presidente LuizInácio Lula da Silva, então candidato à reeleição,o documento foi entregue no dia 22 de outubro.

O Cresce Brasil é um movimentopermanente de mobilização dosengenheiros, da engenharia e da sociedadebrasileira para debater, propor, pressionar eacompanhar o desenvolvimento nacional. OCresce Brasil está munido de idéias,propostas, vontades, determinações eempenho para fazer elevar as taxas decrescimento econômico, fortalecer omercado interno, integrar o território e asociedade, melhorando substancialmente ainfra-estrutura do país e do continente.

O Cresce Brasil tem um significado muitoimportante para o avanço da democraciabrasileira, pois está colaborandodecisivamente para a mudança na correlaçãode forças políticas do país. Antes marcadapelo imobilismo e pela sujeição da política àeconomia, agora evolui para a participaçãoda sociedade na definição dos rumos daeconomia brasileira, buscando submeter apolítica econômica ao interesse nacional.

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Principal anseio da sociedade, a retomadado crescimento, com os devidosinvestimentos na infra-estrutura nacional, foitambém a promessa dos candidatos naseleições de 2006. Não foi diferente com oPresidente Lula, que, portanto, semtergiversar, deveria agora cuidar dodesenvolvimento. Se o primeiro mandato,com afirmou Lula, foi dedicado a colocar“ordem na casa”, o que exigiu enormessacrifícios dos trabalhadores e da populaçãoem geral, que amargaram mais quatro anosde estagnação, no segundo mandato, adependência externa e a inflação nãoconstituem mais obstáculos à expansãoeconômica. De devedor externo, o paíspassou a credor e a inflação está abaixo dameta estabelecida e sob controle. Estavam,portanto, dadas as condições para o avanço,que deveria começar pela infra-estrutura,com forte e decisivo investimento público.Outra questão posta em debate foram osjuros altos e a financeirização da economia,grandes entraves à atividade produtiva.

Em 22 de janeiro de 2007, 21 dias após aposse do novo governo, o Presidente lançouo PAC (Programa de Aceleração doCrescimento) numa ampla reunião com osgovernadores, presidentes e líderes dospartidos, declarando que o programa é aprincipal aposta do seu segundo mandato.

O PAC tem como ponto de partidafundamentos econômicos de estabilidademonetária, responsabilidade fiscal eestabilidade externa. Assim, prevêcrescimento anual do PIB de até 5%,redução gradual da taxa básica de juros,bem como da dívida pública em relaçãoao PIB (ver tabela 1).

Trata-se de um programa abrangente,complexo e composto de medidas muitodiversas, considerando diversos aspectoslegais, fontes de financiamento, subsídios,modelos de contrato, gestão etc.Destacam-se:

• implementação de 353 projetos demédio e grande porte (ver anexo III);

• metas físicas e financeiras detalhadas

O Programa de Aceleraçãodo Crescimento

Taxa Selic nominal

Taxa de inflação

Taxa de crescimento real do PIB

Resultado primário em % do PIB

PPI em % do PIB

Resultado nominal do PIB

Dívida líquida do setor público em % do PIB

2007

12,2%

4,1%

4,5%

4,25%

0,50%

-1,9%

48,3%

2008

11,4%

4,5%

5,0%

4,25%

0,50%

-1,2%

45,8%

2009

10,5%

4,5%

5,0%

4,25%

0,50%

-0,6%

42,9%

2010

10,1%

4,5%

5,0%

4,25%

0,50%

-0,2%

39,7%

Cenário do PACTabela 1

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por região e estado, bem distribuídas;• metas e investimento escalonadas em

curto (2007), médio (até 2010) e longo(2020) prazos;

• a maior parcela dos recursos advém doOrçamento Geral da União e de estatais;

• estímulo ao crédito por meio definanciamentos habitacionais e deinfra-estrutura através da CEF (CaixaEconômica Federal) e do BNDES(Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social), utilizando-sede recursos do FAT (Fundo deAmparo ao Trabalhador);

• medidas de desoneração edesburocratização, ainda insuficientes,mas que devem garantir algunsavanços. Estima-se que essasdesonerações atinjam R$ 6,6 bilhõesem 2007 e R$ 11,5 bilhões em 2008;

• compromisso com equilíbrio fiscal,contendo gastos de pessoal da União;

• regra para o reajuste do salário mínimoaté 2023: a partir de 2008, o aumentolevará em conta a inflação mais o PIBde dois anos anteriores;

• criação de um fórum para debater coma sociedade saídas que equilibremreceita e despesa do sistemaprevidenciário e de assistência social,dentre outras medidas;

• criação do Comitê Gestor do PAC, coma finalidade de coordenar a

• implementação do programa, e o

Grupo Executivo do PAC, com afinalidade de estabelecer metas eacompanhar sua implementação.

O programa busca adequar a infra-estrutura a um crescimento vigoroso,prevendo investimentos de mais de R$ 500bilhões até 2010, distribuídos em obras nossetores de energia (geração e transmissãode energia elétrica, petróleo, gás natural ecombustíveis renováveis); infra-estruturaeconômica e social (saneamento,habitação, programa Luz para todos,recursos hídricos e metrôs) e logística(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos eaeroportos). A energia é a maiordestinatária dos recursos (54%), seguidapela infra-estrutura social e urbana (34%)e logística (12%) (ver tabela 2).

Apenas 14% dos recursos são oriundosdo Orçamento da União, sendo o restantedividido em partes iguais entre empresasestatais e privadas. Os recursos para o PPI(Programa Piloto de Investimentos) serãoelevados de 0,2% do PIB (R$ 4,9 bilhões)para 0,5% (cerca de R$ 11 bilhões) nesteano. O PPI, no qual entram os projetosconsiderados prioritários, é um tipo deinvestimento público que permite aogoverno pagar menos juros da dívida.

Eixos

Logística

Energética

Social e urbana

Total

2007

13,4

55,0

43,6

112,0

2008–2010

44,9

219,8

127,2

391,9

Total

58,3

274,8

170,8

503,9

Previsão deinvestimento eminfra-estrutura(2007–2010) – (R$ bilhões)

Tabela 2

Apresentado como principal apostado segundo governo Lula, o PACtenta ser uma resposta à reivindicaçãoda sociedade pelo desenvolvimento

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O plano apresenta metas físicas efinanceiras detalhadas por Estado e região,além daqueles que extrapolam as fronteirasregionais (ver tabela 3).

PAC logísticaEm infra-estrutura logística, os objetivos são

o aumento da eficiência produtiva em áreasconsolidadas; a indução ao desenvolvimentoem áreas de expansão agrícola e mineradoras; aredução das desigualdades regionais em áreas

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Nacional*

Total

Previsão de investimento regional eminfra-estrutura (2007–2010) – (R$ bilhões)

Logística

6,3

7,4

7,9

4,5

3,8

28,4

58,3

Energética

32,7

29,3

80,8

18,7

11,6

101,7

274,8

Social e urbana

11,9

43,7

41,8

14,3

8,7

50,4

170,8

Total

50,9

80,4

130,5

37,5

24,1

180,5

503,9* Projetos de característica nacional que não estão localizados em uma única região.

Tabela 3

Rodoviário

Ferroviário

Portuário

Aeroportuário

Hidroviário

Marinha mercante

Total

33,4

7,9

2,7

3,0

0,7

10,6

58,3

Os investimentos previstosem infra-estruturalogística até2010 – (R$ bilhões)

Tabela 4

deprimidas e a integração regionalsul-americana (ver tabelas 4 e 5).

PAC energiaEm infra-estrutura energética, as

premissas são garantir a auto-suficiênciasustentada no longo prazo (mínimo de 20%

Rodovias 45.337 (investimento público

responsável por 42.090)Obras de recuperação: 32.000Construção: 6.876

Adequação/duplicação: 3.214

Ferrovias construção de 2.518(investimento privado

responsável por 2.307)

Portos ampliação e modernizaçãode 12 portos

Hidrovias 67 portos e 1 eclusa

Aeroportos remodelação e ampliaçãode 20 aeroportos

Metas físicas emlogística até 2010(em km)

Tabela 5

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C 13

65,9

12,5

93,4

45,2

40,4

17,4

274,8

Geração de energia elétrica

Transmissão de energia elétrica

Exploração e produção de petróleo

Refino e transportede petróleo e petroquímica

Produção e distribuiçãode gás natural

Produção e distribuição de

combustíveis renováveis

Total

Investimentos previstosem infra-estruturade energia até 2010(R$ bilhões)

Tabela 6

4,4

31,2

78,8

3,1

12,7

130,2

Luz para todos

Saneamento

Habitação

Metrôs

Recursos hídricos

Total

Investimentoaté 2010(R$ bilhões)

Tabela 8

Geração de energia

elétrica

Transmissão

Exploração de petróleo

(aumento de reservas)

Produção

(auto-suficiência)

HBIO

Gás natural

Gasodutos

Biodiesel

Etanol

Alcoolduto/poliduto

12.386MW

13.826MW

800 milhões de barris

de óleo/ano

2,6 milhões de barris/dia

425 mil m3/ano de

óleos vegetais no refino

55 milhões de m3/dia

4.526km

3,3 bilhões de litros/

ano (46 novas usinas)

23,3 bilhões de litros/

ano (77 novas usinas)

1.150km de dutos

Principais metasfísicas eminfra-estrutura deenergia até 2010

Tabela 7de produção acima do consumo nacional,garantir reservas mínimas de 15 anos,aumento da produção de óleos leves);ampliar e modernizar o parque de refino(aumento do processamento do petróleonacional, melhoria da qualidade docombustível, com benefícios ambientais);acelerar a produção e a oferta de gás nacional;assegurar a liderança do Brasil na área debiocombustíveis (ver tabelas 6 e 7).

5,2 milhões de pessoas

22,5 milhões de domicílios

4 milhões de famílias

600 mil famílias

23,9 milhões de pessoas

609 milhões de

passageiros/ano

Luz para todos

Saneamento

Habitação

Habitação SBPE

Recursos hídricos

Metrôs

Metasfísicas

Tabela 9

PAC desenvolvimento urbano e social

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O PAC tem sido entendido por grandeparte dos analistas e do empresariado comoum plano que devolveu ao país a urgência docrescimento e que o governo acerta ao seesforçar por aumentar seus investimentos eminfra-estrutura, mantendo a estabilidade.Nesse aspecto, são quase unânimes osaplausos dos setores produtivos à iniciativa dedar fim à inércia da máquina governamental.

Muitos entendem que o plano veio emboa hora, pois a economia brasileira estariapreparada para ele, diferentemente do quese passava quatro anos atrás. Segundo esses,a economia nacional está mais sólida, pois oendividamento externo público

praticamente desapareceu e o privado estácaindo; a dívida interna também estáregredindo e os prazos de pagamento maisalongados; além de o país contar comreservas internacionais em torno de US$ 100bilhões, lembrando que há quatro anos ogoverno brasileiro precisava recorrer ao FMI(Fundo Monetário Internacional).

No entanto, há também críticas aoPAC, que apontam sua insuficiência paraefetivamente destravar a economiabrasileira, que hoje se situa no rankingdas que menos crescem no mundo e tem a

pior perfomance dentre os paísesemergentes. Muitos ainda acreditam que,com a atual carga tributária, dificilmenteo Brasil pode crescer mais que 4% aoano, pois o governo tira do setor privadoboa parte dos recursos que poderiam irpara investimento e consumo. Segundoesses, as desonerações prometidas peloPAC também não resolvem a questão.

Não são poucos os que entendem haveruma antinomia entre o PAC e as políticascambial e monetária. O programa não tocaa fundo na questão monetária e nosaltíssimos spreads bancários que o BancoCentral pratica há mais de dez anos, comtaxas de juros seis vezes maiores que a depaíses emergentes com inflação semelhanteà do Brasil. O impacto fiscal dessa políticaatingiu R$ 176 bilhões, ou seja, 8,8% doPIB por ano, como média nos últimos dezanos; constituindo-se o pagamento dejuros a maior despesa do setor público,praticamente inviabilizando o investimentoprodutivo do Estado. A taxa de juros vemcaindo, mas aquém do necessário parafazer com que os projetos de investimentosaiam da gaveta.

Há ainda preocupações quanto àcapacidade do governo de gerir oprograma, com muitas cadeias decomando que dificultam agilizar decisões.Duvida-se que a administração públicapossa superar os entraves ambientais queparalisam há tempos a execução de váriosprojetos, assim como da capacidadeestatal de fazer o acompanhamentorigoroso das obras.

A reação da sociedadebrasileira ao PAC

O programa foi bem recebido pelamaioria, mas é consideradoinsuficiente e há dúvidas quanto àcapacidade do governo de executá-lo

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Não são poucas as preocupações quanto aoconsumidor ter de arcar com elevadas tarifasdevido à taxa de retorno exigida pelos altosinvestimentos. Há também receios com aformação de cartéis, driblando a concorrência nosleilões, e a falta de transparência nos contratos deconcessões e de parcerias público-privadas.

Há uma forte inconsistência no PAC ao secomprometer com a manutenção da despesade pessoal da União. Como crescer sem quese fortaleça a competência técnica e degestão do Estado? As centrais sindicais e ofuncionalismo público questionamfortemente a medida e a classificam como“um tiro no próprio pé do PAC”.

O fato é que o PAC está sendo debatido, oque é uma boa reação, pois a sociedadebrasileira padeceu na estagnação,especialmente na década de 1990, de umaconsiderável apatia diante dos problemasnacionais. Confiou que os governantes eleitosfizessem o melhor. Porém, muitas vezes, agestão econômica do país traiu o resultado dasurnas. Agora, menos iludidos e mais sofridos, ossegmentos sociais interessados no crescimentoe no desenvolvimento, que constituem agrande maioria dos brasileiros, devem semobilizar no debate, na crítica, noacompanhamento e na correção dos projetosde desenvolvimento nacional.

A retomada do desenvolvimento é a grande reivindicaçãoda sociedade após 26 anos de estagnação e desemprego.

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O Cresce Brasil + Engenharia +Desenvolvimento e o PAC são programas dedistintas naturezas. Enquanto o primeiro éum programa de mobilização dosengenheiros, da engenharia e da sociedadebrasileira em prol do desenvolvimento, osegundo é uma peça de planejamentogovernamental, portanto, com detalhamentosque não caberiam a um movimento como oCresce Brasil. Nesse sentido, eles sãoincomparáveis, mas podem ser comparadosno principal que são o foco, os eixosnorteadores, os objetivos e os projetos maisimportantes (ver anexo III).

A começar, aos olhos do Cresce Brasil, o PACnão é um programa estatizante. É sim a reversãoda política neoliberal de Estado mínimo quelevou à falta de planejamento e à brutal quedade investimento público na infra-estrutura. Arecuperação e a ampliação da infra-estruturademandam fortemente a empresa privadaatravés da indústria de construção civil, metal-mecânica, eletroeletrônica, hidráulica, dentremuitas outras. Os projetos do PAC são intensivosem capital e em mão-de-obra, gerando grandequantidade de empregos com alta e baixaqualificação. Modificam a natureza eapresentam longo período de maturação. Porisso, o planejamento deve ser exaustivo edefinidor para que as várias condicionantes quecercam o projeto não se exacerbem a ponto de

criar várias distorções na sua real concepção.Quanto ao investimento estatal, o PAC não seráainda suficiente para recuperar os níveisanteriores, que foram de 5% do PIB no tempoem que a carga tributária era 25%, enquantohoje não chega a 1% do PIB com uma cargatributária de 38%.

O PAC pretende implementar uma série deprojetos que vão ao encontro, em grandemedida, do que o Cresce Brasil propõe para opaís. Em primeiro lugar, ambos partem de queé preciso elevar o PIB a taxas maiores do queas atuais; apesar de o Cresce Brasil propor 6%em média, frente à meta mais modesta doPAC de atingir 4,5%, em 2007, e 5% ao ano,de 2008 a 2010. Em segundo lugar, ambosindicam o investimento em infra-estruturacomo aquele que melhor integra o país edesenvolve a economia nesse momento. Emterceiro lugar, afirmam a integração docontinente. Em quarto, elegem os mesmosobjetivos setoriais em transporte, energia edesenvolvimento urbano.

Chama atenção a distribuição equilibradados investimentos do PAC pelas regiões,garantindo-se a continuidade do crescimentoeconômico no Sul e Sudeste eproporcionando ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste grandes avanços na constituição deuma infra-estrutura que os melhor integreentre si e ao restante do país. A integraçãodas diversas regiões deve ser realizada porsignificativos projetos de abrangêncianacional. Muitos dos projetos nacionais eregionais permitirão uma melhor integraçãodo país ao continente.

Quanto à localização dos projetos de obras einstalações, o Cresce Brasil não pretende teruma definição exata das prioridades, atendo-sena indicação das principais. Em transportes, a

O Cresce Brasil e o PAC

Programas de naturezas distintas, aproposta dos engenheiros e a lançadapelo governo têm várias convergênciase os mesmos eixos norteadores

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convergência das obras indicadas pelo CresceBrasil e as intervenções pretendidas pelo PACsão bastante positivas. Em energia, também háexpressiva confluência, como, por exemplo, aconstrução das usinas hidrelétricas no RioMadeira e em Belo Monte e a instalação daslinhas de transmissão para interligá-las aoscentros consumidores; além de muitas outrasintervenções que aliviam significativamente orisco de o país não ter abastecimento suficientede energia a médio e longo prazos.Infelizmente, o PAC não prevê a conclusão deAngra 3 e a continuidade necessária doprograma nuclear brasileiro. O programa deprodução e distribuição de biocombustíveisdeve garantir a liderança do Brasil no setor, oque propiciará impacto positivo na agriculturae em menor nível de poluição urbana, o que éperseguido com ênfase pelo Cresce Brasil.

Em desenvolvimento urbano, os projetosdo governo não são suficientes para dar contada situação caótica das grandes cidades, masavançam consideravelmente na construção dehabitações, no saneamento básico, noprograma Luz para todos e na implantação detransportes urbanos de alta capacidade emalgumas regiões metropolitanas. O setor daconstrução civil será bastante impulsionado, oque é de suma importância para gerarempregos e ativar a demanda industrial.

Em recursos hídricos, o PAC não é tãoabrangente quanto o Cresce Brasil, masatende parte considerável do que foiproposto pelos engenheiros brasileiros,notadamente na região Nordeste.

O programa do governo federal nãoabrange amplamente a questão dascomunicações, que para o Cresce Brasil é umacondição sine qua non do desenvolvimento;limitando-se o PAC ao estímulo ao setorcom desonerações tributárias para ossemicondutores, TV digital e computadores.Essa é uma limitação e uma incoerência do

PAC, pois a convergência empresarial etecnológica em curso é uma oportunidadeímpar para o desenvolvimento de uma políticaindustrial e tecnológica para o país. A inclusãoinformacional dos setores excluídos nãoavança com o PAC, o que ainda podeacontecer se destravados os recursos do Fustprevistos em lei para essa finalidade.

O PAC também não abarca a ciência etecnologia como propõe o Cresce Brasil, e nãoindica o que se espera do setor nodesenvolvimento que pretende implementar. Afalha é lamentável, pois desenvolvimento comsustentabilidade e autonomia deve ter ênfaseno avanço científico e tecnológico nacional.

O PAC também não aborda o agronegócio,como faz o Cresce Brasil, mas é precisoconsiderar nesse aspecto que a infra-estruturaem logística atende importante demanda doagronegócio, bem como os projetos de infra-estrutura hídrica no Nordeste, além deapresentar excelentes oportunidades aosagricultores na produção de matéria-primapara biocombustíveis. Porém, isso não ésuficiente, pois o agronegócio tem muitasoutras dimensões a serem cuidadas.

Apesar dessas restrições, o Cresce Brasil devese empenhar para que o PAC seja efetivamenteimplantado, pois o cumprimento das suasmetas físicas e financeiras abre perspectivas decrescimento econômico e social semprecedentes nos últimos 26 anos, o que é degrande relevância para o desenvolvimento daengenharia nacional, bem como para os demaissetores produtivos do país.

Mais ambicioso, o Cresce Brasilpropõe crescimento de 6% ao ano etrata de temas não abordados pelo

PAC, como C&T e agronegócio

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Há uma correlação de forças políticas noBrasil que garante e privilegia o rentismo e afinanceirização parasitária do país. Ao invésde aproveitar a farta liquidez internacionalpara a produção, o país permite que capitaisespeculativos entrem virtualmente noterritório brasileiro para engordar a custa dotrabalho dos brasileiros. Trabalho essetransferido ao governo em forma de tributos

e por esse aos especuladores em forma dejuros. Muitos desses capitais são tomadosemprestados em outros países, especialmenteos EUA, nos quais os juros são mais baixos,deslocando-se para aqui aproveitar as altastaxas garantidas pelo Banco Central.

Não se trata de se posicionar contra o capitalfinanceiro, pois o crédito e os mercados decapitais são decisivos para a acumulaçãoprodutiva. Contudo, o sistema financeiro e decrédito no Brasil, principalmente após a aberturada conta de capitais e da desregulamentaçãofinanceira, não está contribuindo com aprodução e sim com o retrocesso industrial etecnológico. Portanto, se não corrigida, essadeformação derrubará o PAC, a exemplo dasmuitas outras vezes em que as finanças atuaramcontra o desenvolvimento brasileiro.

Poucos países emergentes têm umacombinação de câmbio e juros tão hostil aodesenvolvimento e tão favorável ao capitalimprodutivo em busca voraz por altaliquidez e ganho fácil. A valorização damoeda nos moldes praticados hoje peloBanco Central afugenta do país o capitalprodutivo, estrangeiro e nacional.

É fundamental ter uma política que proteja opaís contra as pressões do mercado financeiro.Com o balanço de pagamentos sob controle, aacumulação de reservas e a inflação abaixo dameta, não faz o menor sentido manter umapolítica monetária tão apertada, com efeitosnocivos sobre a dinâmica da dívida pública. Comoresultado, não sobram recursos no Tesouro parainvestir no país e desestimula-se a iniciativaprivada de fazê-lo.

O caminho para reverter isso é a lutasocial pelo desenvolvimento. Deve ficarcada vez mais explícita a oposição aocapital especulativo, portanto àcombinação perversa de dólar baixoe juro alto. Não se trata de uma questãosimples, porque há de se enfrentar odiscurso ideológico diário dos lobbiesfinancistas na mídia, que espalham medopor meio da desinformação.

O interesse especulativo atende à minoriaem se tratando da parcela da população quese beneficia dela, mas é essa parcela quecomanda o sistema financeiro e exerceenorme influência sobre a opinião pública. Épreciso melhorar a correlação de forças nasociedade brasileira em favor do produtivismoe do desenvolvimentismo, pois isso é o queinteressa à maioria.

Capital especulativo:o inimigo do desenvolvimento

A abertura indiscriminadaà movimentação financeirae o favorecimento ao rentismotêm sido obstáculos à atividadeprodutiva e ao crescimento

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A luta pelo desenvolvimento no Brasilequivale hoje à luta pela democracia nosanos 80. Ela propicia o avanço domovimento social e da política. Odesenvolvimento não é o paraíso, pois ele écheio de tensões. Há conflitos de diversasnaturezas. Há a questão da justiça socialque precisa ser alcançada; a ambiental queprecisa ser equacionada permanentemente;a da renda que precisa ser melhordistribuída; a do trabalho que precisa sermais valorizado com remunerações maisdignas; a da ciência e tecnologia nacionalque precisam ser mobilizadas; a dos meiosde comunicação que precisam serdemocratizados; a da violência que precisaser enfrentada; a questão da educação e ada saúde pública que precisam sersubstancialmente melhoradas. Há ainda aquestão das mulheres, dos negros, dosíndios, da classe média. Todos essessetores, e ainda outros, precisam terreconhecida a sua contribuição numprojeto nacional de desenvolvimento.

Enfim, são muitos os desafios, mas sãopositivos e podem fazer a democraciabrasileira avançar. É melhor reconhecer osconflitos do que escondê-los debaixo dotapete. Parte deles, especialmente os quecomprometem o desenvolvimento, podemser negociados através de um pacto socialnacional e democrático que permitaimplementar um crescimento econômicoque garanta resultados sociais eambientais positivos.

O pacto social para o desenvolvimentonão pode ser um acordo das elites embenefício próprio. Trata-se de formular umprojeto nacional discutido e negociadonum amplo debate, que reúna Estado,

empresas, trabalhadores e sociedade civil.Deve resultar de um planejamentoestratégico, em que não apenas osobjetivos quantitativos tenhamimportância. Tal projeto deve ser pactuadode forma a se chegar à contratualizaçãodos objetivos e das obrigações dosdiferentes parceiros.

O planejamento do desenvolvimento não éum apêndice do planejamento econômico.Deve-se inverter essa relação: o econômico éapenas uma das dimensões dodesenvolvimento que, evidentemente,depende do crescimento econômico, mas nãoé uma resultante imediata dele. Odesenvolvimento é, por definição, umconceito pluridimensional com fortecomponente cultural. O desenvolvimentorequer a invenção do futuro, como apregoavaCelso Furtado. Não é uma invençãoresultante de voluntarismo desenfreado, masbaseada no exercício de um voluntarismobalizado pelo princípio da responsabilidade einspirado pela esperança.

O desenvolvimento hoje requer ummodelo oposto ao excludente econcentrador que aconteceu no passado,que resgate a brutal dívida social brasileira.O essencial é evitar os modos predatóriosde utilização da natureza, até mesmorecuperando áreas e recursos jádegradados. Portanto, não se trata de nãousar a natureza ou de propor o não-desenvolvimento em nome doambientalismo, mas de se fazerintervenções adequadas. Debater odesenvolvimento é positivo, mas realizá-loé muito melhor. A engenharia nacional e osengenheiros brasileiros têm muito acontribuir para a sua prática.

A prioridade nacional

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ANEXO I

Comparação sintética entreo Cresce Brasil e o PAC

Cresce BrasilCrescimento médio anual do PIB em 6%.

Aumento da taxa de investimento, alavancadopelo investimento público em infra-estrutura.

Diminuição da taxa de juros para conterdespesas com a dívida pública e estimularo crédito e o investimento produtivo.

PACTaxa de crescimento real do PIB:4,5% (2007); 5% (2008); 5% (2009); 5% (2010).

Previstos investimentos em infra-estrutura deR$ 503,9 bilhões; sendo R$ 67,8 bilhões doorçamento do governo central e R$ 436,1 bilhõesprovenientes das estatais federais e do setorprivado. O aumento do investimento público seráassegurado pela elevação da dotaçãoorçamentária do PPI, que subirá de 0,2% do PIBestabelecido em 2006 para 0,5% do PIB, por ano,durante o período de 2007-2010.

Diminuição da taxa Selic nominal: 12,2% (2007);11,4% (2008); 10,5% (2009); 10,1% (2010).Redução da relação dívida pública do setorpúblico em percentual do PIB: 48,3% (2007);45,8% (2008); 42,9% (2009); 39,7% (2010).

Obs.: As metas do PAC em relação ao PIB deverão ser modificadas em virtudeda nova metodologia de cálculo do PIB pelo IBGE.

Premissas econômicas

Princípios norteadores do desenvolvimentoCresce BrasilFortalecimento do mercado interno através do

investimento em habitações ligadas às redes deeletricidade, água e esgoto.

Integração socioterritorial

(interna e sul-americana) atravésdo investimento em infra-estrutura.

PACInvestimentos em habitação, Luz para todos e

saneamento básico.

O foco é o programa de investimentos em infra-

estrutura, com projetos e recursos bemdistribuídos em todo o país que permitirão umamelhor integração das cinco regiões e do país ao

subcontinente sul-americano.

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Cresce BrasilSim

Sim

Sim: habitação, meio ambiente(saneamento básico), recursos

hídricos e transporte urbano.

Sim

Sim

Sim

PACSim

Sim

Sim: habitação, energia elétrica,saneamento básico, recursos

hídricos, transporte urbano.

Não, a não ser residualmenteatravés de medidas de

desoneração tributária.

Não, a não ser indiretamenteatravés de programas de transporte,

energia e recursos hídricos.

Não

SetoresEnergia

Logística

Desenvolvimentourbano e social

Comunicações

Agronegócio

Ciência e tecnologia

Setores contemplados

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C22

Cresce BrasilAproveitamento máximo do

potencial hidrelétrico do país,especialmente na região Norte,com a construção de grandes

hidrelétricas. Indica tambémusinas de porte médio e PCHs.

Ligação das usinas hidrelétricasaos centros de consumo através

do sistema interligado.

Conclusão de Angra 3 econtinuidade do programa de

instalação de outras usinas.

Garantir a auto-suficiênciae o aumento das reservas,

mas não o seu uso comocommodity.

Aumento da produção nacional econstrução de gasodutos.

Ênfase na produção de

biocombustíveis.

PACConclusão de usinas e a construção

de novas, sendo as de grandepotencial gerador localizadas naregião Norte. Há projetos de médio

porte e também de PCHs nas cincoregiões. A meta física é gerar12.386MW até 2010 e 27.420MW

após esse prazo.

Construção de 13.826kmde linhas de transmissão do

sistema interligado.

Não contempla.

Aumento da produção em 2,6milhões de barris/dia (auto-

suficiência) e das reservas em 800milhões de barris/ano, através dainstalação de novas plataformas;

ampliação e modernização derefinarias; construção de novasrefinarias e petroquímicas e

ampliação da frota de petroleiros.

Aumento da produção em55MM/dia, através da exploração

das reservas e da construção de4.526km de gasodutos.

Além de 425 mil m3/ano de óleos

vegetais no refino, prevê aprodução de 3,3 bilhões delitros/ano de biodiesel (46 novas

usinas), 23,3 bilhões de litros/anode etanol (77 novas usinas)e a construção de 1.150km

de dutos.

ModalidadeHidrelétricas

Linhas de transmissão

Energia nuclear

Petróleo

Gás natural

Bioenergia

Infra-estrutura de energia

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Cresce BrasilConstrução, pavimentação,

adequação/duplicação

e recuperação de rodovias

em todo o país.

Construção, recuperação e

reaparelhamento de ferrovias em

vários pontos do país.

Construção e recuperação

de hidrovias em vários pontos

do país, especialmente

no Norte e Nordeste.

Melhoria e ampliação de

diversos portos, além de

vocacioná-los para a

cabotagem com o devido

reaparelhamento dos meios de

navegação para isso.

Não contempla.

Construção de dutos para

transporte de gás e outros

combustíveis e cargas.

Recuperação do Lloyd Brasileiro.

Desobstruir gargalos em 50 mil

km de estradas vicinais e

instalação de equipamentos

integrados às redes de grande

capacidade de transporte.

PACConstrução (6.876km),

adequação/ duplicação (3.214km)

e recuperação (32.000km) e

concessões, totalizando

intervenções em 52 mil km de

estradas rodoviárias.

Construção e recuperação de

2.518km de ferrovias.

Construção e adequação de

67 terminais hidroviários e

construção/recuperação de

hidrovias, além da construção

das eclusas de Tucuruí.

Melhoria e ampliação de

12 portos e programa de

dragagem nos portos.

Melhoria e ampliação

de 20 aeroportos.

Construção de gasodutos,

alcooldutos e polidutos,

através do programa de

infra-estrutura de energia.

Programa de financiamento da

marinha mercante.

Não contempla.

ModalidadeRodovias

Ferrovias

Hidrovias

Portos

Aeroportos

Dutos

Marinha mercante

Outras intervenções

Infra-estrutura logística

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C24

Cresce BrasilGarantir uma unidade

habitacional para cada família,ligada às redes de eletricidade,água e esgoto.

Universalização do saneamentocomo principal medida paramelhor qualidade da água e do

solo (água, esgoto e lixo).

Universalização da energiaelétrica para todas as habitações.

Transporte de alta capacidade

nas regiões metropolitanase pólos urbanos.

Água potável no semi-árido, águapara o desenvolvimento daagricultura e da industrialização

no Nordeste. Transposição doRio São Francisco sem prejuízo doabastecimento de água e da geração

de energia elétrica. Recuperaçãodos rios Tietê e Paraíba do Sul queabastecem São Paulo e Rio de

Janeiro, respectivamente.

Diminuir a poluição das regiõesmetropolitanas através de

transporte urbano de altacapacidade; substituição do dieselpelo biodiesel nos transportes

públicos; incentivo aos veículos demotor híbrido e elétrico; incentivoaos biocombustíveis; substituição

de óleo nas indústrias por gás.

PACHabitação para 4,6 milhões

de famílias.

Saneamento para 22,5 milhões dedomicílios, estendendo a rede deágua para 86% dos domicílios,

esgoto para 55% dos domicílios edestinação adequada do lixo para47% dos domicílios.

Luz para todos atendendo5,2 milhões de pessoas.

Investimento em transporte urbano de

alta capacidade em cinco regiõesmetropolitanas (Fortaleza, Recife,Salvador, Belo Horizonte, São Paulo).

Revitalização de baciashidrográficas no Nordeste (SãoFrancisco e Parnaíba). Integração

do Rio São Francisco com baciasdo Nordeste setentrional. Ofertade água potável no semi-árido.

Oferta de água bruta no Nordeste,Centro-Oeste, Sudeste e Sul.Projetos de irrigação no Norte,

Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

No programa de energia,aumento da produção e

distribuição de biocombustíveis ede gás.

ModalidadeHabitação

Saneamento

Energia elétrica

Transporte urbano

Recursos hídricos

Melhor qualidade do ar

Infra-estrutura social e urbana

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AgronegócioO Cresce Brasil apresenta uma série de

propostas para o agronegócio (ver anexo II),não contemplado pelo PAC, a não serindiretamente através do programa de infra-estrutura em logística que atenderá ademanda do setor por transporte; doprograma de infra-estrutura energética quedeverá criar oportunidades para osagricultores na produção de matérias-primaspara a geração de biocombustíveis; e doprograma de recursos hídricos que aumentaráa disponibilidade de água para a agricultura.

Ciência e tecnologiaO Cresce Brasil apresenta um conjunto

expressivo de propostas em ciência etecnologia com o objetivo de assegurarcadeias produtivas estratégicas para o país(ver anexo II). O setor, infelizmente, não foicontemplado pelo PAC.

É preciso evitar que o agronegóciosofra crises cíclicas, garantindo

seu papel na economia nacional.

Cresce BrasilUniversalização da telefonia

para 85% das residênciase 90% das escolas.

Universalização informacional com

uso dos recursos do Fust, conformegarantido pela legislação.

Política industrial-tecnológica

para o setor a partirda convergência empresariale tecnológica em curso.

Aproveitar a TV digital paraexpansão da cadeia produtivade equipamentos, componentes

e conteúdos.

PACNão contempla.

Não contempla.

Apenas apoio residual

ao setor, através de desoneraçõestributárias via Programa deIncentivos ao Setor da TV digital,

Programa de Incentivos ao Setorde Semicondutores e ampliaçãode benefícios tributários

para microcomputadores.

ModalidadeTelefonia

Internet

Política industrial e tecnológica

Infra-estrutura de comunicações

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1 - Elevação das metas decrescimento econômico

O PIB brasileiro, que expressa a soma detodos os bens e serviços produzidos no paísdurante o ano, precisa crescer de formasustentada a uma taxa de 6% ao ano para quesejam gerados 2 milhões de empregos formais(com direitos trabalhistas assegurados). Esse éo caminho que deve ser trilhado de modo agarantir a qualidade de vida e trabalho paratodos e a inclusão social dos vastos segmentosmarginalizados dos benefícios do progresso.

Para alcançar esse objetivo, é necessária arecuperação do nível de investimento que seteve em outras épocas, atingindo-se 25% doPIB. Para tanto, é urgente aumentar aparticipação pública, garantindo osinvestimentos na manutenção e recuperaçãoda infra-estrutura existente, bem como ainstalação de novos projetos. Odesenvolvimento do país não será possívelsem que o Estado assuma a liderança noinvestimento em infra-estrutura, criandoambiente favorável e animando o capitalprivado, nacional e estrangeiro, a investirprodutivamente no Brasil.

2 - Fortalecimento domercado interno

A inclusão social é o principal referencialdo programa de desenvolvimento propostopelos engenheiros brasileiros. Ela deve serperseguida através de políticas sociais, mastambém pelo aquecimento do mercado

interno. É amplamente reconhecida apotencialidade do macrossegmento daconstrução civil para isso, especialmentequando voltada à habitação.

Melhorar a estrutura urbana, gerarempregos e melhorar a qualidade de vidapassa por construir uma unidade residencialadequada para cada família brasileira que, nomínimo, esteja ligada à rede elétrica, sejadotada de serviços sanitários e de infra-estrutura de acesso. Essas obras são as quemais absorvem mão-de-obra, bem comoutilizam materiais produzidos localmente, nãopressionando a balança comercial. Além disso,geram efeitos encadeados muito importantescom a requisição de máquinas e equipamentose também de objetos domésticos, reativando ademanda em todo o espectro industrial.

3 - Integraçãosocioterritorial

A integração socioterritorial é objetivoestratégico porque não há condição, nomundo contemporâneo, de o Brasil sedesenvolver sem assumir sua própriaidentidade. Essa é construída e preservadaa partir do contínuo espacial. Isso serápossível se o país possuir suas própriasredes de transportes, energia ecomunicações, e se elas estiveremsubmetidas ao interesse de sua população,possibilitando a cada cidadão a certeza damobilidade, da transformação produtiva eda capacidade criativa.

ANEXO II

Síntese das propostasdo Cresce Brasil

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Chamam a atenção, nesse sentido, asregiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, queprecisam ser melhor integradas entre si e como restante do país. É prioritário para odesenvolvimento do Nordeste o suprimentode água potável para o semi-árido, bemcomo de recursos hídricos para acontinuidade da industrialização e odesenvolvimento da agricultura, pisciculturae floricultura diversificadas. A adequadainterligação da região e do Centro-Oeste comos três portos nordestinos (Pecem, Itaqui eSuape) prioriza a conclusão da ferroviaTransnordestina. A conclusão da ferroviaNorte-Sul irá garantir a integração da regiãoNorte, onde é prioritário ainda robustecer otransporte hidroviário, bem como ampliar oequacionamento hídrico, notadamente noRio Madeira, em que a hidrovia resultanteengendrará 1.800 quilômetros de extensãopara embarcações de bom calado e 3 milquilômetros para as de menor porte.

A cooperação sul-americana é caminhodecisivo para a inserção internacional doBrasil, em virtude do contexto internacionalde crescente polarização dos países e doenorme potencial econômico da região.Tecnologia exige escala. Apesar de o Brasilser um país com enorme potencial, ter umapopulação de 185 milhões de pessoas, ummercado dessa dimensão e um território de8,5 milhões de metros quadrados, o paísainda não tem capacidade de sozinhoarticular um projeto capaz de conduzi-lo auma inserção significativa na globalização.Os demais países da América do Sul padecemdo mesmo problema. Juntos, têm grandechance de conquistar espaço.

A posição do Brasil no continente sul-americano é ímpar, pois tem limites comquase todos os demais estados nacionais, oque lhe propicia uma posição privilegiadacomo articulador da integração do vasto

território da América do Sul. No entanto, nãoserá possível a cooperação, muito menosavançar na integração, se não houver infra-estrutura que una os países sul-americanospelo interior do continente, interligandoculturas e integrando mercados. Esse pareceser o caminho mais consistente e altivo paraa inserção do Brasil na globalização.

O projeto de infra-estrutura da integraçãosul-americana deve se concentrar em trêsgrandes áreas: transporte, hidráulica eenergia. O transporte terá de ser feito por

Para o crescimento de 6% ao ano,a oferta de energia deve aumentar 8%.

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água de forma fluvial e marítima, sobre aterra, suportada em redes ferroviárias erodoviárias, no espaço, por meio aéreo e ainterconexão eficiente entre essas redes, comarmazéns de cargas e descargas. Não hácontinente passível de realizar obrashidráulicas no mundo com a importânciadaquelas que podem ser realizadas nocontinente sul-americano em virtude dagrande quantidade de água doce nos rios daregião. Um sistema de energia que tem queser imaginado de forma comum, interligandoacima das fronteiras o potencial disponível.

A integração sul-americana tem duasprojeções fundamentais nas ligaçõesrodoviárias do Acre em relação ao Pacífico edo Amapá em relação à Guiana. Em relaçãoao Mercosul, o Brasil terá que fazer umimportante esforço de melhoria do eixorodoviário que o liga aos seus vizinhos, bemcomo um esforço ferroviário que deve, apartir de Bauru (SP), modernizar a ligaçãocom o Pacífico, em Arica. O projeto do anelgasífero que ligará a Venezuela à Argentina,atravessando o Brasil, tem magnasimplicações para a integração continental e éconsensual sua prioridade para o balançoenergético futuro do continente. Devem seraproveitadas as potencialidades de umainterligação elétrica da América do Sul.

4 - Infra-estruturaAlém de garantir a integração, a infra-

estrutura deve induzir ao desenvolvimento,já que é o elemento articulador do processode geração de riqueza. Deve ainda irrigar osespaços congestionados com saídas e canaisque possibilitem o livre fluir de mercadorias,permitindo a circulação de bens e serviços e,conseqüentemente, atender as exigências deconsumo dos seus cidadãos.

4.1 - Energia

Para o crescimento anual do PIB brasileirode 6% será necessário ampliar a oferta deenergia em torno de 8%, o que significa fazerfuncionar a cada dois anos o equivalente auma Itaipu. Esse desafio só poderá ser vencidocom investimentos públicos vultosos e com oaproveitamento das diversas alternativas, nãose desprezando nenhumas das fontes deenergia disponíveis, porém enfatizando ageração por hidrelétricas e nuclear, bem comoprogramas de bioenergia.

O planejamento energético do país deveser integrado, buscando a eficiênciaenergética, e de longo prazo, para que osagentes econômicos possam definir suasestratégias industriais de forma segura.

HidrelétricasO excelente potencial hidrelétrico do país

deve ser explorado ao máximo, equacionando-sea questão ambiental para tanto. As obras emdestaque são as usinas projetadas no RioMadeira (Santo Antônio e Jirau) e no RioXingu (Belo Monte). As longas distâncias entreessas usinas e o centro consumidor demandaminvestimentos consideráveis na ampliação dosistema de distribuição. Portanto, faz-senecessária uma adequada política tarifária dosistema interligado.

Além das usinas no Norte, prioritáriasporque irão garantir uma parte expressiva dosuprimento nacional, devem ser expandidasusinas médias, na faixa de 500 a 1.000megawatts, muitas delas paradas porproblemas de natureza ambiental, em geralmuito simples, que podem ser resolvidos.Esses projetos menores podem serfinanciados com recursos do BNDES.

As PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas)são excelente solução porque permitem

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distribuir a custos menores, mas há que seconsiderar que o investimento por megawatt émaior do que nas demais plantas. Mesmo assimelas são importantes fontes complementares.

Energia nuclearA energia nuclear contribuirá para a

estabilização da matriz energética brasileira. Ageração de energia nuclear tem 87% deaproveitamento, muito mais produtiva que ahidrelétrica e mais segura quanto à preservaçãoambiental. O Brasil possui uma das maioresreservas de urânio e tem tecnologia completapara o seu enriquecimento, precisando investirapenas na capacitação industrial. Embora nãototalmente nacional, temos bastantecompetência em tecnologia nuclear. Portanto,faz-se necessário a conclusão da usina Angra 3e a prospecção de outros empreendimentos.

BioenergiaO solo, a água e o sol garantem ao

Brasil excepcional potencial bioenergético.O etanol brasileiro pode substituir pelomenos 5% do consumo mundial degasolina. Outros projetos, como o Hbio,com base em óleo vegetal, também deveser estimulado. Outros vegetais levespoderão ser usados, mas é preciso verificarsua produtividade, bem como a concorrênciacom a produção de alimentos e a questãoambiental. O Brasil deve conquistar aliderança mundial em biocombustíveis.

PetróleoA conquista da auto-suficiência em

petróleo é o resultado de uma metaperseguida pelo país desde a crise mundial nosanos 70, mas as reservas poderão não sersuficientes numa nova realidade dedesenvolvimento econômico, o qual deve

evitar o crescimento do consumo doscombustíveis fósseis. É necessário garantir aauto-suficiência a longo prazo, aumentando-se a produção de petróleo, bem como aampliação da capacidade de refino no país.

Gás naturalO Brasil deve aumentar a produção do gás

natural e a sua participação na matrizenergética, especialmente para finsindustriais, em substituição ao óleocombustível o que, inclusive, permitirámenores níveis de poluição atmosférica.Investimentos devem ser feitos emgasodutos, interligando as diversas fontesbrasileiras, localizados em vários pontos doterritório brasileiro, e o gasoduto da Bolívia.É de importância estratégica para o Brasil e aAmérica do Sul, a construção do gasodutoVenezuela-Brasil-Argentina.

O Brasil deve exercer liderançana área de biocombustíveis.

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4.2 - Transporte

Os altos custos do transporte rodoviárioimpõem a necessidade de implantação de umanova matriz de transporte no país, dotando-o deinfra-estrutura menos onerosa, aproximando-seda intermodalidade existente em países como osEstados Unidos e a Argentina. Portanto, alongo prazo, até 2025, ao invés de manter arelação atual em que a proporção no transportede cargas é de 60:22:18:3 (rodoviário,ferroviário, aquaviário, dutoviário), o Brasil deveter uma relação de 20:35:40:5. Dessa maneira,ênfase crescente deverá ser dada aos modosferroviário e aquaviário de carga.

As principais ações em transportepropostas pelo Cresce Brasil destinam-se adotar as cinco regiões do país de uma infra-estrutura de transportes que promovairrigação econômica, integração entremercados e indução ao desenvolvimento.

Irrigação econômicaA atividade de irrigação econômica

pressupõe a construção de uma nova passagemviária em área de fluxo saturado ou superar oengarrafamento de canais sobreocupados.Trata-se de uma atividade central para aresolução da matriz de transportes, sendo quesuas ações prioritárias localizam-se na regiãoSudeste, responsável por mais de 50% daprodução de transportes no Brasil.

Ações prioritárias• Recuperação das ferrovias nos trajetos

Rio-São Paulo, Rio-Belo Horizonte,Campinas-Triângulo Mineiro-Brasília.

• Recuperação e duplicação dos trechosrodoviários Rio-São Paulo (interligaçãocom o trecho duplicado São Paulo-Queluz); São Paulo-Belo Horizonte;Belo Horizonte-Juiz de Fora-Rio.

Essas ações devem ser acompanhadas deoutros investimentos em estradasalimentadoras, terminais e pátiosintermodais, armazenagem, terminaisportuários especializados etc.

Integração de mercadosA atividade de integração de mercados

pressupõe a ligação viária entre os já existentes,de forma a permitir o fluxo de pessoas, bens emercadorias, dando valor comercial aosexcessos de produção em cada mercado.

O Plano Viário Nacional deve ser revistoatravés de amplo processo participativoenvolvendo toda a sociedade brasileira.Apesar disso, é necessário apresentar ao paísum conjunto de projetos estruturais a seremrealizados no atual governo.

Ações prioritáriasNa ligação Sul/Sudeste• Duplicação das rodovias que ligam

Porto Alegre-Florianopólis-Itajaí-Joinville-Curitiba-São Paulo;reaparelhamento do sistema ferroviárioque interliga a região Sul à Sudeste, emespecial o corredor São Paulo-Curitiba-Porto Alegre-Uruguaiana, inclusive otrecho Fepasa.

Na ligação Sudeste/Nordeste• Restauração da BR-116;

reaparelhamento do trecho ferroviárioSalvador-Belo Horizonte e do ramalCorinto-Pirapora; restauração danavegabilidade no Rio São Francisco,entre Pirapora e Juazeiro/Petrolina.

No litoral Atlântico• Atuação na melhoria dos seguintes

portos: Vila do Conde, Itaqui,Fortaleza, Cabedelo, Suape, Aratu,

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Sepetiba, Santos, São Francisco do Sul,Itajaí e Rio Grande, vocacionando-ostambém para a cabotagem. A questãoportuária terá solução prioritária, umavez que a nova Lei dos Portosadicionou problemas sem resolver osexistentes. Além das ações visandofortalecer e recapacitar as CompanhiasDocas, bem como eliminar a excessivaintermediação existente na atividadeportuária, deverá ser estudada aespecialização de alguns portos,tornando-os cativos de determinadosfluxos de mercadorias, o que resultaráem maior racionalização tanto na suaoperação, quanto no seu projeto,incentivando a intermodalidade.

• Reaparelhamento dos meios flutuantesda navegação de cabotagem. Éfundamental o reequacionamento dotransporte naval, remodelando aconcepção de embarcações epadronizando-as para a prestação deserviços de cabotagem.

• Recuperação do Lloyd Brasileiro de suainsolvência gerencial e da decorrentecrise financeira, especializando-o paraa cabotagem. O estreitamento derelações entre o Lloyd e as operadorasresultantes da antiga RFFSA éfundamental para viabilizar essasempresas como eficientes operadorasde transporte intermodal.

Na ligação Centro-Oeste/Nordeste• Restauração da BR-020

(Brasília-Fortaleza) e da BR-242(Brasília-Salvador).

• Continuidade da expansão da FerroviaNorte-Sul.

Na ligação Centro-Oeste/Sul• Ampliação da Ferro-Oeste, em

construção pelo Governo do Estado doParaná, através da interligaçãoCascavel-Maracaju e doreaparelhamento da interligaçãoMaracaju-Campo Grande.

A mobilidade nas grandes cidades depende de sistemasde alta capacidade para o transporte público.

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Na ligação Centro-Oeste/Sudeste• Continuidade da construção da

Ferronorte, interligando Santa Fédo Sul-Cuiabá.

• Reaparelhamento da ferroviaBauru-Campo Grande.

Na ligação Centro-Oeste/Norte• Restauração e pavimentação das

BR-070, 158 e PA-150, ligandoCuiabá-Barra do Garças-Belém.

• Restauração e pavimentação daBR-364, ligando Cruzeiro do Sul-RioBranco-Porto Velho-Cuiabá.

• Restauração e pavimentaçãoda BR-163, ligando Sinop-Cuiabá-Campo Grande.

• Restauração da BR-318, ligandoManaus-Porto Velho.

Na ligação Nordeste/Norte• Implantação da Ferrovia Imperatriz-

Balsas-Petrolina-Juazeiro-Salgueiro erecuperação do trecho Salgueiro-Suape. Esta ferrovia possibilitará aintegração transversal de toda a zonade expansão da fronteira agrícola doscerrados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, possibilitando o reforço dasrotas de abastecimento de produtosagrícolas para as populações dasregiões Nordeste e Norte do Brasil.Além disso, devem ser construídosportos para realizar a interligaçãoentre essa ferrovia e a de Carajás coma hidrovia Araguaia-Tocantins.

Indução ao desenvolvimentoA atividade de indução ao

desenvolvimento pressupõeo estabelecimento de uma estrutura viáriade acesso a um espaço geográfico,

colocando-a como instrumento deexploração e de ocupação desse território.

Três regiões são as mais importantes paraações de indução ao desenvolvimento nosetor de transportes: Centro-Oeste, Norte eNordeste; todas elas podendo serconsideradas regiões de fronteira.

Ações prioritáriasNa região Centro-Oeste• Recuperação e pavimentação do

trecho da BR-158 entre Barra doGarças e Brasília.

• Recuperação do trecho ferroviárioCampo Grande-Corumbá.

Na região Norte• Implantação e consolidação da Hidrovia

Araguaia-Tocantins e de suasinterligações com a E.F. Carajás, como trecho existente da Ferrovia Norte-Sule com o trecho ferroviárioNorte/Nordeste a ser construído(Imperatriz-Suape).

• Recuperação da BR-230, entreItaiutaba e Marabá.

• Recuperação da BR-163, entreSinop e Itaiutaba.

• Recuperação dos trechos navegáveisdos rios da Bacia Amazônica:rios Juruá (Cruzeiro do Sul-Eirunepé-Rio Solimões), Purus (RioBranco-Lábrea-Rio Solimões),Japurá, Madeira (Porto Velho-Manicoré-Rio Amazonas) e Negro(São Gabriel da Cachoeira-Manaus-Rio Amazonas-Solimões).

• Recuperação e conclusão da BR-174,Manaus-Caracaraí-Boa Vista.

• Implantação da BR-210, entre Macapá-Caracaraí-São Gabriel da Cachoeira(parte do Projeto Calha Norte).

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Na região Nordeste• Ferrovia Carajás-Suape (construção do

trecho entre Imperatriz-Petrolina-Salgueiroe recuperação de Salgueiro-Suape, comojá proposto em item anterior).

• Implantação e pavimentação da BR-226, ligando Marabá-Porto Franco-Pres. Dutra-Teresina-Cratéus.

• Construção do trecho remanescente daferrovia Transnordestina, ligandoSalgueiro-Crato e Senador Pompeu/Piquet Carneiro-Cratéus.

• Restauração e recuperação da FerroviaCratéus-Teresina-São Luís.

• Restauração e recuperação da FerroviaCratéus-Fortaleza.

• Restauração e recuperação da FerroviaFortaleza-Iguatu/Arrojado-Souza/Mossoró-Campina Grande-JoãoPessoa-Recife.

• Restauração do trecho ferroviárioRecife-Macéio-Aracaju-Salvador.

Integração sul-americanaA implantação de projetos de transporte

visando a integração sul-americana necessitada celebração de acordos diplomáticosprecisos para sua viabilização. O Cresce Brasilselecionou as prioridades a serem apreciadasno debate sobre a instalação de infra-estrutura de transporte que melhor interligueo subcontinente.

Na ligação ferroviária Centro-Oeste-LitoralPacífico/Porto de Arica

• Reconstrução e reaparelhamento dotrecho ferroviário Corumbá-Santa Cruzde la Sierra.

• Construção do trecho Santa Cruz de laSierra-Cochabamba.

• Construção e reaparelhamento do trechoexistente no eixo Cochabamba-Arica.

Na ligação rodoviária Centro-Oeste-Norte-Litoral Pacífico/Peru

• Expansão da BR-364, interligandoCruzeiro do Sul/Acre com a cidade dePuna/Peru, viabilizando o acesso aoPacífico a partir da região Centro-Oeste e da região Amazônica,abrangida pelos afluentes da margemdireita do Rio Solimões.

Na interligação com o sistemarodoferroviário do Cone Sul

• Construção de ponterodoferroviária sobre o rio Uruguaina cidade de São Borja.

• Construção de ponte rodoferroviáriasobre o rio Uruguai na cidade deUruguaiana.

Ações complementaresA implementação das propostas acima

apresentadas pelo Cresce Brasil exige ações

A integração nacional e sul-americana exigeprojetos e planejamento em transportes.

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conjuntas de todas as esferas executivas(União, Estados e Municípios), de empresasprivadas, cooperativas, associações deprodutores e outras entidades da sociedadecivil, visando a superação de outrosproblemas existentes no interior demicrorregiões, cidades e distritos.

Faz-se necessária a realização de obras deconstrução, recuperação e remoção depontos de estrangulamento de 50.000quilômetros de rodovias vicinais; a instalaçãode equipamentos de infra-estrutura voltadosà racionalização de processos produtivos eintegrados às redes de grande capacidade detransporte, representadas pelas ferrovias ehidrovias e a construção de armazénscoletores por proprietários, por cooperativas epor associações de produtores.

4.3 - Transporte urbano

O desempenho da economia brasileiradepende em grande medida do funcionamentoadequado das cidades, o que será atendido poruma melhor infra-estrutura em transportesurbanos e habitacional. Quanto ao transporteurbano, a falta de uma adequada infra-estruturade transporte público eficiente causa grandesdeseconomias e exclusão social, inibeinvestimentos e induz a realocação de atividades.Investir em redes estruturantes de transportepúblico garante, além de melhor qualidade devida da população, retorno econômico aosgovernos através da diminuição do custo e doincremento de receitas. Vencer esse desafio éobjetivo nacional que deve ser perseguido pelostrês níveis de governo, dada a amplitude e a

Eliminar o caos urbano que gera deseconomias e prejudica a qualidadede vida nas metrópoles deve ser objetivo perseguido pelos três níveis de governo.

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complexidade dos problemas de transporte etrânsito nas grandes cidades.

O Cresce Brasil aponta as prioridades a seremdadas no desenvolvimento dos transportesurbanos no Brasil, especialmente nas regiõesmetropolitanas, onde vive quase metade dapopulação brasileira e se concentram os magnosproblemas de transporte e trânsito urbano.

Gestão metropolitanaÉ fundamentar o planejamento e a gestão

metropolitana dos transportes urbanos empelo menos 25 regiões e aglomeradosurbanos, promovendo a integração física etarifária entre modais, otimizando a suautilização, eliminando as sobreposições ediminuindo os custos. A prioridade deve serdada aos transportes coletivos e não aosautomóveis como tem sido praxe no Brasil.

Transporte de alta capacidadeA mobilidade eficiente nas metrópoles

depende da implantação ou ampliação dossistemas metro-ferroviários, alimentados porcorredores de ônibus ou VLTs (Veículos Levessobre Trilhos) e integradas com o transporteindividual através de bolsões deestacionamento. Os investimentos para aimplantação dessas redes é relativamentepequeno diante das deseconomias causadaspela baixa eficiência na circulação do trânsito.

CombustíveisOs altos impactos ambientais, provocados

pelos combustíveis poluidores, exigem aadoção de sistemas de alta e médiacapacidade que utilizem energias de traçãolimpa e de fonte renovável. Nas regiõesmetropolitanas, deve ser incentivada asubstituição do diesel pelo biodiesel.

4.4 - Meio ambiente, recursoshídricos e saneamento

As boas condições da água, do ar e dosolo são cruciais para garantir abiodiversidade e o desenvolvimento, oqual não pode ser realizado estritamentecomo crescimento econômico. Narealidade contemporânea, odesenvolvimento nacional requer escolhasde modelos socioeconômicos, projetos etecnologias que mitiguem a pressãoambiental; e mais, demanda porrecuperação de recursos naturaisdegradados. O Brasil, uma das naçõesmais ricas do mundo em recursos naturais,deve estabelecer políticas e estratégiasque assegurem tais premissas.

Ações prioritáriasAssegurar a boa condição das águas doces• Restabelecimento permanente da

produção dos mananciais, superficiaise subterrâneos.

• Reduzir a erosão das margens doscursos d’água pela recomposição dasmatas ciliares e, assim, reduzir tambémo assoreamento dos leitos dos rios.

• Promover o reflorestamento de áreasdevastadas pela exploraçãoindiscriminada de florestas nativasou artificiais.

• Tratar os esgotos domésticose industriais.

• Evitar a contaminação das águas peloderramamento de matérias tóxicas, taiscomo os resíduos industriais de diversascomposições e o óleo utilizado nascaldeiras de navios.

No Nordeste• Recuperação de todas as barragens e

açudes implantados na região.

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• Implantação de barragens em todos osrios e cursos d’água perenes ouintermitentes, visando tanto a retençãodas águas pluviais, como aregularização das cheias queperiodicamente assolam a região.

• Transposição das águas dos rios SãoFrancisco e Tocantins em quantidadesque não causem prejuízo aos atuaisusos de água do rio São Francisco emgeração elétrica, navegação e irrigação.

No Sudeste• Revitalização dos rios Paraíba e Tietê

que dão suporte às metrópoles do Riode Janeiro e São Paulo, respectivamente.

Assegurar a boacondição do ar

Zelar pela renovação do oxigênio de queprecisamos para viver

• Cuidar e garantir a manutenção dasquantidades de materiais particuladosem níveis toleráveis para os seres vivos.

• Fazer regredir a produção de caloratmosférico provocador do efeitoestufa e de gases que reduzem acamada de ozônio que envolve a partesuperior da ionosfera.

Ações prioritárias• Adoção de energias menos poluentes a

partir da biomassa.• Adoção de sistemas de transporte

urbano de alta capacidade(trem e metrô).

• Substituição do diesel pelo biodieselnos sistemas de transporte público demédia capacidade.

• Desenvolvimento e incentivo deveículos elétricos e híbridos.

• Substituição do óleo combustível naatividade industrial pelo gás natural, dequeima limpa.

Assegurar a manutenção das condições defecundidade dos solos

• Minimizar os efeitos da erosão causadapelas construções indiscriminadas, pelasenchentes e demais catástrofesnaturais, pela infiltração através doslençóis freáticos de matérias agressivasque os contaminam e, assim, permitir areprodução equilibrada dos entes doreino vegetal e animal.

• Coibir o uso indiscriminado do solobrasileiro evitando-se o desmatamentoe o recurso às queimadas.

• Planejar e executar a distribuição dapopulação pelo território nacional demodo a reduzir a ocupaçãodesordenada do solo urbano em certasáreas excessivamente povoadas,assegurando uma equilibrada fixaçãodos excedentes populacionais em novosassentamentos urbanos.

SaneamentoA universalização do saneamento básico,

envolvendo os sistemas públicos de água eesgotos e de coleta e disposição dos resíduossólidos, resolve a maioria dos problemasambientais brasileiros, com grandes repercussõesna saúde pública e na geração de trabalho erenda, além de ampliar a infra-estruturanecessária ao desenvolvimento do país.

Nesse sentido, é fundamental cumprir asmetas do Programa de Modernização doSetor de Saneamento, do governo federal,com investimentos previstos de R$ 123,5milhões, a serem gastos no período de 2007a 2011. Serão necessários outros recursospara a continuidade do programa até 2020.

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4.5 - Comunicações

O Brasil deve assegurar a universalizaçãoda telefonia e avançar aceleradamenterumo à universalização da inclusãoinformacional. Isso significa oferecer aospobres e excluídos condições de infra-estrutura e de conhecimento que lhespermitam acessar as novas oportunidadesde trabalho e renda abertas pela sociedadeda informação e do conhecimento.

Apesar do retrocesso industrial etecnológico que o país viveu no setor nasúltimas décadas, a convergência tecnológica eempresarial nas comunicações, incluindo atelevisão digital, representa a oportunidadepara a expansão de toda uma cadeiaprodutiva de equipamentos, componentes econteúdos. A introdução da televisão digitaldeverá ser cercada de cuidados de modo quenão haja recuo em relação à posiçãoalcançada pelo país na produção deconteúdos, bem como de aparelhos receptores.

Convergênciatecnológica-empresarial

É necessário elaborar uma nova legislaçãoque seja capaz de:

• Definir as tecnologias de informação ecomunicação como prioridade nacional

estratégica, vetor de desenvolvimentocom inclusão social e democracia.

• Unificar os diferentes tratamentosnormativos.

• Considerar a produção de conteúdoscomo inerente a uma políticaindustrial-tecnológica.

• Fomentar o desenvolvimento industrial-tecnológico endógeno, explorando asnovas fronteiras industriais, como é ocaso da TV digital.

• Priorizar a universalização,democratização e inclusão social(articulação das tecnologiasde informação com os projetossociais estratégicos como, por exemplo,a educação).

• Fomentar a competição através deinvestimentos privados na infra-estrutura e mínima intervenção doEstado nos espaços competitivos.

• Dar ao capital estrangeirotratamento unificado baseadonos interesses nacionais.

Universalização• A telefonia deve alcançar 85%

das residências e 90% das escolas,pelo menos.

O país deve assegurar a universalização da telefonia einformacional utilizando-se das várias possibilidades tecnológicas.

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• A banda larga e a telefonia celulardevem ser incluídas no regime públicopara fins de universalização e para aprópria evolução do serviço prestadoem regime público.

• O governo e a Anatel (Agência Nacionalde Telecomunicações) devem baixarnormas para permitir o ressarcimento,pelo Fust, dos custos devido àuniversalização da telefonia em escolas,postos de saúde, comunidades de baixarenda etc, conforme previsto em lei.

• O regulamento do STFC (ServiçoTelefônico Fixo Comutado) deve sermodificado para incluir a banda larga (n64bps), permitindo ao poder executivo criarimediatamente uma nova modalidade deserviço em regime público, resolvendoassim o impasse sobre a Lei do Fust.

Política industrial e tecnológica• A TV digital é uma grande

oportunidade para reorganizar omercado audiovisual, abrindo espaçopara multiplicar produtores, além depermitir o reposicionamentoempresarial da indústria.

• A chegada da TV digital não pode levarà perda da posição nacional einternacional já conquistada pelo Brasilna produção e oferta de conteúdosaudiovisuais televisivos.

• O Estado deve ter políticas einstrumentos de fomento ao audiovisual,jogos eletrônicos, conteúdos educativosetc., como em outras épocas tevepolíticas de fomento às indústriaspetroquímica, metal-mecânica etc.

• Será necessária grande arbitragem paraque a TV digital não venha a consolidarsituações superadas ou servir paradestruir situações já alcançadas.

5 - Ciência, tecnologiae engenharia

Cabe à política científica e tecnológicapotencializar soluções voltadas para osproblemas brasileiros, tornando ampliada emais eficaz a oferta do conjunto de bens eserviços essenciais concebidos como vetoresde cidadania, tais como educação, saúde,habitação, saneamento e transporte.Paralelamente, deve-se buscar potencializar aaceleração da industrialização fundamentadana produção de conhecimento interno comoestratégia para criação de empregosqualificados no país.

Bens de capitalAs competências nacionais devem sermobilizadas e coordenadas de maneira ase buscarem soluções viáveis para acriação de oportunidades no segmento debens de capital (máquinas, equipamentose materiais de transporte). Com issoespera-se priorizar o processo desubstituição de importações no segmentomais sensível em momentos de criseexterna, contribuindo-se para a elevaçãoda autonomia da industrializaçãobrasileira em longo termo.

EnergiaEm energia, destaca-se como prioridade o

fortalecimento das cadeias de produçãodedicadas ao aproveitamento de energiasalternativas, entre essas o biodiesel, o álcoolcombustível, a energia nuclear, o hidrogênio,entre outras.

O desenvolvimento tecnológico voltadopara aumento e diversificação da oferta deenergia demanda programas maciços depesquisa para viabilização e aumento de

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eficácia de fontes alternativas, além daadoção de incentivos públicos para o projetoe a produção automobilística de modeloscom reduzido consumo de combustível.

A execução do programa de energiaelétrica, a continuidade de inversões empesquisa para exploração de petróleo emáguas profundas e a ação programada nocampo da energia nuclear também sãofatores importantes de estímulo e desafio àengenharia e à capacidade científica etecnológica do país.

Comunicações e logísticaSão ainda prioritárias as cadeias de

produção associadas à constituição de infra-estrutura de comunicações e de transportes,assim como as que impliquem aspectosrelevantes do desenvolvimento econômico,social, urbano, ambiental e regional, e queoferecem, a par disso, oportunidadesconsideráveis para uma ação nacional própriade pesquisa e desenvolvimento experimental.

No que se refere ao potencial transformadordas tecnologias digital e aeroespacial sobre os

serviços públicos de telecomunicações, énecessário esforço de pesquisa edesenvolvimento para possibilitar umacontribuição mais efetiva da engenharia e daindústria nacionais no suprimento de insumos ede equipamentos requeridos no futuro,principalmente através do fortalecimento deempresas de consultoria de engenharia.

Caberá igualmente promover incentivospara direcionar a política de compras dasempresas prestadoras de serviços para aprodução interna dos equipamentos, materiais,componentes e sistemas requeridos para aexpansão prevista da rede de comunicações.

Quanto à política tecnológica de apoio aodesenvolvimento das cadeias logísticas,aponta-se a intenção de corrigir as distorçõespresentemente observadas na composiçãodos fluxos de carga, através do deslocamentoprogressivo do transporte de grandes massaspara os setores ferroviário, marítimo e fluvial.

Essa diretriz deverá manifestar-se tambémno âmbito dos transportes urbanos, em relaçãoaos quais deverão ser empreendidas iniciativasna área da pesquisa e desenvolvimento voltadaspara a elaboração de novas soluções, além de

Tecnologia digital e biotecnologia merecem destaque em um programa de C&T.

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esforço para manter atualizada a capacidade deabsorção da tecnologia emergente em paísesmais avançados.

As iniciativas no campo dos transportesapontam ainda a necessidade de empreenderpesquisas específicas destinadas à busca desoluções para os problemas que afetam asregiões metropolitanas, notadamente no queconcerne ao uso do solo, à habitação, aosaneamento básico e à poluição ambiental.

Tecnologia digital ebiotecnologia

Como estratégia para fomento de novascadeias produtivas no tecido industrialbrasileiro, propõe-se que se privilegie aestratégia de domínio e de aplicação industrialda tecnologia digital e da biotecnologia. Essaescolha se fundamenta na hipótese de queessas tecnologias, uma vez combinadas,constituirão uma “nova indústria”, comprocesso de transformação de materiais vivose, portanto, implicando o surgimento deoportunidades em novos segmentos e emnovas cadeias de transformação.

O desenvolvimento da biotecnologia setornará crítico para a agropecuária nautilização racional do solo e o estímulo acerta especialização que aproveite asvocações naturais de cada região. Com isso,espera-se que o avanço técnico potencialize amultiplicação nas relações insumos-produtose a sua integração ao longo de cadeiasprodutivas. Como exemplos da combinaçãoentre avanços na tecnologia digital ebiotecnologia têm-se a agropecuária deprecisão, automação e uso de novosmateriais, genômica e proteômica,bionanotecnologia, entre outras.

A viabilização dessa estratégiadependerá, em boa medida, dadinamização do processo de criação e

difusão de tecnologia adaptada àspeculiaridades regionais. As possibilidadesde contribuição de tecnologia importadasão limitadas, não dispensando arealização de pesquisas que visem adequá-la às especificidades climáticas do país ede cada região.

AgropecuáriaAs necessidades científicas e tecnológicas

decorrentes da estratégia de desenvolvimentoagropecuário compreendem, principalmente,aplicações da biotecnologia para amanipulação genética e a identificação dasvariedades agrícolas mais adaptadas às váriascondições ecológicas e climáticas; a definiçãode novas técnicas de manipulação, cultivo ecriação, contemplando-se inclusive amelhoria das técnicas de conservação e deutilização do solo e o desenvolvimento defertilizantes e defensivos mais adequados aosdiversos solos e culturas, o combate e aprevenção das pragas.

A pesquisa deve ainda buscar a manipulaçãogenética das espécies animais; a prevenção e ocombate das moléstias e a produçãoveterinária; a melhoria da capacidade desuporte dos insumos; a identificação e adifusão de novos métodos de criação animal enovos produtos de alimentação animal.Neste contexto, incluem-se a pesquisae o desenvolvimento em saúde animal,segurança alimentar e segurançado alimento, rastreabilidade,defesa agropecuária, segurançabiológica, biossegurança e sistemasde produção integrada.

A constituição de complexosagroindustriais terá papel relevante nadifusão de novas tecnologias para outrascadeias de produção, principalmente afarmacêutica e a têxtil, entre outras.

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Sustentabilidade e soberaniaO aproveitamento industrial sustentável

dos biomas brasileiros deve ser tratado comoquestão nacional e relacionado à conquistada soberania brasileira sobre a ocupaçãosocioeconômica do território. Assim, odesenvolvimento das regiões deve estarassociado ao equilíbrio ambiental e climático,o que poderá ser atingido mediante intensivoesforço de pesquisa sobre recursos hídricos,florestais e minerais. Estes desafios devem sercumpridos, preferencialmente, em parceriacom nações vizinhas, no contexto daestratégia de integração sul-americana.

Saúde e biossegurançaA criação da Secretaria de C&T e Insumos

Estratégicos do Ministério da Saúde abriuespaço para a articulação entre Estado,empresas e universidades para alcance deauto-suficiência de itens estratégicos para opaís, tais como: vacinas, reagentes e kits paradiagnóstico, fitomedicamentos, fármacos emedicamentos, equipamentos e materiais.

Dentre essas prioridades, merece impulso apesquisa sobre as chamadas “doençasesquecidas” (tuberculose, lepra, malária, febreamarela), cujo reaparecimento vem ocorrendoe que não estão no alvo dos centros depesquisa farmacêutica mundiais. Cumpre-se,neste contexto, o fortalecimento de centrosde excelência públicos e privados e odirecionamento do poder de compra doMinistério da Saúde para empresas nacionaiscom planos de negócio em condiçõespromissoras e competitivas.

Deve-se promover ainda impulso àspesquisas sobre o genoma humano, célula-tronco e outras linhas de pesquisa quevenham resultar em barateamento, aumentode eficácia e universalização no atendimentoà saúde da população brasileira.

AeroespacialO processo de integração, bem como a

construção de condições dissuasórias paraameaças internas e externas dependem doenfrentamento do desafio de fortalecimentodas instituições e da pesquisa científica etecnológica voltadas para o aeroespaçobrasileiro. Nesse sentido, destaca-seformação de joint ventures, entre empresasnacionais e estrangeiras, públicas e privadas,em virtude dos elevados montantesnecessários à pesquisa e desenvolvimento denovos produtos e o adensamento das cadeiasaeronáutica e aeroespacial brasileira.

Entre as oportunidades disponíveis,coloca-se ênfase no desenvolvimento deturbina a jato movida a álcool combustível.Ênfase especial deve ainda ser dada aodesenvolvimento de tecnologias para veículosaéreos não tripulados, sensoreamento remoto,geração de imagens via satélite, comparaçãode padrões, integração de sistemas digitais,materiais compostos, entre outras.

Formação de engenheirosNão se pode pensar políticas de

desenvolvimento sem que se dê destacadoespaço à questão da formação dos recursoshumanos aptos a operar o sistema empresariale de inovação. Os engenheiros são relevantesnesse sentido, pois são eles os condutores dainovação na indústria e nos demais setoresprodutivos. Por isso, o número de engenheirose a qualidade da sua formação têm estreitarelação com o desenvolvimento.

Comparações internacionais demonstramque o Brasil precisa de mais diplomados emengenharia. Na Coréia do Sul, são 20engenheiros para cada 100 formandos nasuniversidades; na França essa relação é de 15para 100 e no Brasil é de 8 para 100.Formamos aproximadamente 30 mil

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engenheiros por ano, contra 300 mil naChina, 200 mil na Índia e 80 mil na Coréia.Em 25 anos, o país avançou muito pouco naformação desses profissionais.

Estima-se que se precise formar anualmente60 mil engenheiros aptos a operar o sistemaempresarial e de inovação. Ou seja, é urgenteaumentar o número de vagas nos cursos deengenharia e é fundamental que a formaçãooferecida seja de boa qualidade. Para tanto, énecessário que em suas escolas se faça pesquisae que exista interface com as empresas nabusca de inovação. Ou seja, deve-se educar ofuturo engenheiro num ambiente de pesquisa,desenvolvimento e inovação, em que sejamvalorizados os estágios, trabalhos em equipe,ensino a distância e projetos.

O aumento do número de vagas noscursos de engenharia deve se dar,prioritariamente, nas universidades públicas.Há exemplos de escolas de engenhariapúblicas no país que dobraram suas vagasrecentemente, o que deve ser seguido portodas as instituições públicas. Asuniversidades privadas também deverãooferecer mais vagas, mas é fundamental queelas garantam qualidade na formação.

A ampliação dos programas de mestrado edoutorado em engenharia e tecnologia tambémdeve ser perseguida. Somente 11,6% dos que segraduam a cada ano em engenharia sãoabsorvidos em programa de mestrados no setor.O Brasil forma anualmente cerca de 10 mildoutores, sendo que apenas 13% deles são daárea de engenharia e ciências da computação.O país se posiciona no 17º lugar no rankingmundial de pesquisa e desenvolvimento emengenharia e sua produção científica é apenas1,4% da mundial. Esses números demonstrama necessidade de uma política deintensificação dos esforços em educação epesquisa de modo a dar conta dodesenvolvimento nacional que se persegue.

6- AgronegócioUm programa de desenvolvimento do

agronegócio deve enfocar não o aspectoestritamente econômico e empresarial, mas asustentabilidade social do país. Portanto, devehaver algum tipo de compensação dasociedade pelas transferências recebidas doagronegócio. Caso contrário, o setorfatalmente tenderá à estagnação ou regressão.

A sociedade brasileira como um todo tem sebeneficiado de várias maneiras do desempenhoque o agronegócio vem apresentando desde adécada de 1990. Sua produtividade vemcrescendo rapidamente e as reduções de custode produção têm sido repassadas ao consumidorna forma de preços mais acessíveis. Ao mesmotempo, o setor vem gerando substanciaissuperávits comerciais, que permitiram a solvênciado país durante as turbulências de sucessivascrises internacionais e tem permitido inéditasreduções da dívida externa brasileira.

Apesar desse excelente desempenho, oagronegócio vem sendo vítima de crisescíclicas que demandam injeções de novosrecursos e renegociação das dívidas emvencimento; ou seja, configura-se o caso deum setor sem sustentabilidade econômica.

Ciência e tecnologiaFortalecer os investimentos em ciência e

tecnologia agropecuária, educação e saúderural é pré-condição para que o setor retomeo padrão de crescimento de produtividade queocorria até o início do ano 2000.

Infra-estruturaÉ indispensável avançar sem mais demora

na recuperação e ampliação da infra-estruturalogística – incluindo armazenamento,transporte rodoviário, hidroviário e ferroviário.Urge estabelecer um programa sanitário e de

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qualidade de produtos que assegure tanto oacesso ao mercado externo como a saúde ebem-estar da população brasileira. Com amesma urgência, é necessário implantar umprograma eficaz para a área ambiental,cuidando da água, das florestas, do homemdo campo e do consumidor.

InvestimentosQuanto aos recursos disponíveis no setor,

bastante instáveis, propõe-se que sejamsuplementados pelo crédito do setor públicobem como a criação de um sistema depoupança que incentive a canalização derecursos tanto horizontalmente (entre setoresque momentaneamente estejam superavitáriose deficitários) e entre ciclos de alta e baixa. Nafalta de um sistema de poupanças, algumaslavouras sofreram tremenda escassez derecursos e outras os tiveram em abundância.A idéia é evitar tanto o sobreinvestimento naeuforia como o subinvestimento na depressão,que agravam a intensidade dos ciclos.

Novos mercadosÉ preciso estabelecer metas de ampliação do

consumo interno e de conquistas de novosmercados para a exportação. Isso será feitoatravés do cuidado com a qualidade e asanidade de nossas carnes; do desenvolvimentomais elaborado de café; e da melhoria da infra-estrutura de comercialização de nossos grãos edo melhor aproveitamento da grande vantagemcomparativa do Brasil no campo da agroenergia.

Cadeia produtivaEm termos de cadeias produtivas

individuais, fica o desafio de compatibilizar osbenefícios da concentração agroindustrial, ajusante, e da agropecuária, a montante. Isso é

necessário para a competitividade global, paraos investimentos em qualidade, bem comopara acesso a mercados e benefício doconsumidor, com a partilha dos ganhos entreos produtores espalhados atomizadamente portodo o território nacional.

É preciso efetivamente disseminar o conceitode cadeia produtiva, constituída de elos comdiferentes graus de resistência, de forma aaprender com as experiências recentes quecomprovaram uma vez mais que a cadeia todaé prejudicada quando o elo mais fraco serompe. Em especial, preocupa a exclusão dopequeno agricultor, sem capital financeiro ehumano para acompanhar a evoluçãotecnológica do agronegócio em escala mundial.

As propostas específicas do projeto dosengenheiros, mais detalhadas, estão nomanifesto Cresce Brasil + Engenharia +

Desenvolvimento e a íntegra delas está nasnotas técnicas, documentos esses que

podem ser acessados na Internet:www.crescebrasil.com.br.

É preciso fortalecer todos os elosda cadeia produtiva do agronegócio

para torná-lo sustentável.

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C44

1 - Medidas econômicas

1.1 – Estímulo ao créditoe ao financiamento

• Concessão pela União de crédito à CEF(Caixa Econômica Federal) para aplicaçãoem saneamento e habitação: concessão decrédito à CEF no valor de R$ 5,2 bilhõesem condições financeiras que permitem oenquadramento da operação comoinstrumento híbrido de capital e dívida,conforme definido pelo ConselhoMonetário Nacional. Os recursos poderãoser utilizados exclusivamente para aplicaçãoem saneamento básico e habitação popular.

• Ampliação do limite de crédito do setorpúblico para investimentos em saneamentoambiental e habitação: ampliação em R$ 6,0bilhões, nos próximos dois anos, do limiteespecífico para contratação de operações decrédito do setor público e para novas açõesde saneamento ambiental (R$ 1,5 bilhão paradrenagem urbana associada a projetos desaneamento integrado); b) ampliação emR$ 1 bilhão, em 2007, do limite de créditopara habitação, especialmente para ofereceracesso à moradia adequada à população emsituação de vulnerabilidade social e comrendimento familiar mensal de até trêssalários mínimos

• Criação do Fundo de Investimento emInfra-estrutura com recursos do FGTS:

criação do Fundo de Investimento emInfra-Estrutura, com valor inicial de R$ 5bilhões, com recursos do patrimôniolíquido do FGTS, podendo ser elevadopara o valor de até 80% do patrimôniolíquido do fundo, que atualmente é decerca de R$ 20 bilhões. Além do aporte doFGTS, os trabalhadores também poderãocomprar cotas do fundo até o limite de10% do saldo de suas contas no FGTS.

• Elevação da liquidez do FAR (Fundode Arrendamento Residencial): a medidavisa permitir a antecipação da opção decompra do imóvel arrendado ou a vendadireta de imóveis pertencentesao FAR. O objetivo é ampliar a liquidez dofundo que operacionaliza o PAR (Programade Arrendamento Residencial), destinado aoatendimento exclusivo de moradia popular.

Já implementadas• Redução da TJLP (Taxa de Juros de

Longo Prazo): redução consistente daTJLP, que é a principal referência para ofinanciamento dos investimentos comprazo mais longo de implantação. A TJLPrecuou de 9,75% ao ano, em dezembro de2005, para 6,50% ao ano, em janeiro de2007. A taxa atual é o menor valor da TJLPdesde a sua criação, em dezembro de 994.

• Redução dos spreads do BNDES (BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social) para infra-

Anexo III

Síntese do Programa deAceleração do Crescimento

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estrutura, logística e desenvolvimentourbano: redução dos spreads do BNDESpara financiamento de projetos eminfraestrutura, especialmente na área deenergia (geração, transmissão edistribuição), bem como nas operaçõesde logística (ferrovias, rodovias,aeroportos, portos e terminais) e dedesenvolvimento urbano (transporteurbano integrado e saneamentoambiental). Também foi aprovada arealização de operações de financiamentode projetos (Project Finance).

1.2 – Melhoria do ambientedo investimento

• Regulamentação do artigo 23 daConstituição: a medida estabelece asdiretrizes e normas para a cooperaçãoentre os entes federativos com o intuitode harmonizar os procedimentos, bemcomo elevar a eficiência e a celeridade noexercício das competências ambientais.

Em tramitaçãono Congresso• Marco legal das agências reguladoras:

disciplina a gestão, a organização e o controlesocial das agências reguladoras, definindotambém o padrão de interação entre essas e osórgãos de defesa da concorrência.

• Lei do Gás Natural: corrige lacuna dalegislação vigente que reserva espaçosecundário à regulação do gás.Estabelece as diretrizes para acesso aosgasodutos de transporte e para fixaçãodas tarifas desse serviço. Introduz oregime de concessão para a construção eoperação de gasodutos.

• Reestruturação do SBDC (SistemaBrasileiro de Defesa da Concorrência):racionaliza o desenho institucional doSBDC, unificando as funções de instruçãoe de julgamento no Cade (ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica) ecentraliza as atividades de promoção daconcorrência na Secretaria deAcompanhamento Econômico doMinistério da Fazenda. Enfatiza ocombate a condutas anticompetitivas.Introduz a análise prévia de fusões eaquisições e rito simplificado para aanálise de operações de impactoconcorrencial reduzido.

Já implementadas• Aprovação do marco regulatório

para o setor de saneamento:estabelece os princípios gerais do setor.Organiza as atividades deplanejamento, regulação e execução doserviço. Identifica de maneira clara asresponsabilidades de todos os agentesenvolvidos. Observa preocupações coma gestão dos recursos hídricos.

• Abertura do mercado de resseguros:acaba com o monopólio no mercado deresseguros, até há pouco exercido pelo IRB(Instituto de Resseguros do Brasil); e criaregras para a atuação de novosresseguradores no mercado brasileiro, bemcomo para a realização de operações deresseguro diretamente no exterior.

• Recriação da Sudam e da Sudene: essassuperintendências ficarão vinculadas aoMinistério da Integração Nacional e vãoincentivar novos investimentos nas regiõesNorte e Nordeste e no norte dos estadosde Minas Gerais e Espírito Santo.

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1.3 – Desoneração tributária

• Recuperação acelerada dos créditosde PIS e COFINS em edificações: reduzirpara 4 meses o prazo para a apropriaçãodos créditos de PIS e COFINS sobreedificações incorporadas ao ativoimobilizado, dando a estas o mesmotratamento dispensado a máquinas eequipamentos. A apropriação hoje ocorreno prazo de depreciação de 5 anos.Valor estimado: R$ 1,5 bilhão noprimeiro ano e R$ 2,3 bilhões nosegundo ano.A partir do terceiro ano, a renúnciaé decrescente.

• Desoneração do Fundo de Investimentoem Infra-Estrutura: criação de Fundo deInvestimento em Infra-Estrutura paracaptação destinada ao financiamento deprojetos de infra-estrutura. Osrendimentos do Fundo serão isentos deimposto de renda na fonte e nadeclaração da pessoa física, apóstranscorridos cinco anos da data deaquisição da cota.Valor estimado: como se trata de umanova modalidade de aplicação financeira,que não concorre com as existentes, nãohá impacto fiscal relevante.

• Desoneração de obras de infra-estrutura: nos casos de obras deconstrução civil, suspender a exigibilidadede PIS e COFINS nas aquisiçõesde insumos e serviços vinculadosa novos projetos de infra-estrutura delongo prazo nos setores de transportes,portos, energia e saneamento.Valor estimado: o cálculo darenúncia dependerá da regulamentaçãodo Poder Executivo.

• PATVD (Programa de Apoio aoDesenvolvimento Tecnológico deEquipamentos para TV Digital):programa de estímulo à pesquisa edesenvolvimento e produção dosequipamentos aplicados à TV digital,exceto os set-top boxes (conversores parasinal digital), que contarão com osincentivos da Zona Franca de Manaus. Asempresas que aderirem ao programa serãobeneficiadas com a redução a zero dasalíquotas do IPI, do PIS, da Cofins e daCide incidente sobre a venda deequipamentos transmissores de sinais, bemcomo sobre a aquisição de bens de capitale as transferências para aquisição detecnologia e softwares.Valor estimado: não há impactofiscal relevante por se tratarde setor em implantação.

• Padis (Programa de Apoio aoDesenvolvimento Tecnólogico daIndústria de Semicondutores): programade incentivo à pesquisa e desenvolvimentoe produção de bens de microeletrônica(semicondutores). As empresas queaderirem ao programa serão beneficiadascom a isenção de IRPJ e a redução a zerodas alíquotas do IPI, do PIS, da Cofins eda Cide incidente sobre as vendas desemicondutores e displays, bem comosobre a aquisição de bens de capital e astransferências para aquisição detecnologia e softwares.Valor estimado: não há impactofiscal relevante por se tratar de setorem implantação.

• Ampliação do benefício tributáriopara microcomputadores: eleva oslimites do valor de venda a varejo demicrocomputadores e notebooks

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beneficiados com alíquota zero de PISe Cofins. Os limites atuais de R$ 2.500e R$ 3 mil, respectivamente, passarãopara R$ 4 mil, em ambos os casos(Programa de Inclusão Digital, criadopela Lei nº 11.196/2005).

• Desoneração das compras de perfis deaço: reduz de 5% para 0% a alíquota deIPI incidente sobre perfis de aço, insumobásico da construção civil.Valor estimado: R$ 60 milhões.

Já implementadas• Lei Geral das Micro e Pequenas

Empresas: unifica a cobrança dos tributosfederais, estaduais e municipais para asmicro e pequenas empresas.Reduz a parcela dos tributos federais.Amplia o universo de empresasbeneficiadas pela tributação simplificada.Agiliza a abertura e o fechamentode empresas. Cria regimes favorecidospara essas empresas nas comprasgovernamentais.Valor estimado: R$ 2,45 bilhões em 2007e R$ 4,9 bilhões em 2008.

• Reajuste da tabela do Imposto de Rendade Pessoa Física: reajuste anual de 4,5%,no período de 2007-2010, das faixas derendimento do IRPF e elevação, no mesmopercentual, dos limites de dedução comdespesas de educação e com dependentes.Valor estimado: R$ 1,26 bilhão em 2007 eR$ 2,52 bilhões em 2008

• Prorrogação da depreciação acelerada:prorrogar por dois anos o benefício quepermite a contabilização fiscal dadepreciação de novos investimentos nametade do prazo normal, reduzindo a

contribuição social sobre o lucro devidopelas empresas. O benefício alcançavaapenas os investimentos realizados até ofinal de 2006.Valor estimado: R$ 900 milhõesem 2007 e 2008.

• Prorrogação da cumulatividade do PISe da Cofins na construção civil:prorrogar o prazo de permanência daconstrução civil no regime decumulatividade do PIS e da Cofins até31 de dezembro de 2008.Valor estimado: R$ 600 milhõesem 2007 e 2008.

1.4 – Aperfeiçoamentodo sistema tributário

• Aumento do Prazo de Recolhimentode Contribuições (Previdência, PIS eCofins): mudança na data derecolhimento da contribuiçãoprevidenciária, do dia 2 para o dia 10, eda Cofins e do PIS, do dia 15 para odia 20. A medida permitirá que asempresas adaptem o prazo derecolhimento de tributos ao seu fluxode caixa, o que implicará na reduçãodas despesas financeiras e nocrescimento do volume de negócios.

Em tramitação• Criação da Receita Federal do Brasil:

unificação da estrutura de arrecadação ecobrança de tributos da União.

• Reforma tributária: retomar a discussãosobre a reforma tributária com osgovernadores, prefeitos, empresários,representantes dos consumidores e

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C48

parlamentares, tendo como objetivo oaprimoramento do sistema tributárionacional e, se possível, a unificação detributos indiretos federais, estaduais emunicipais em um IVA (Imposto sobre oValor Agregado) com legislação uniformee receita compartilhada.

Em implementação• Implantação do SPED (Sistema Público

de Escrituração Digital) e Nota FiscalEletrônica: completar, no prazo de 2anos, a implantação do cadastrosincronizado e do SPED.

1.5 – Medidas fiscaisde longo prazo

• Controle da expansão da despesa depessoal da União: limitação docrescimento anual da folha de pessoal(inclusive inativos) à taxa de inflação(IPCA), acrescida de um índice real de1,5% ao ano, resguardados os acordosconsolidados na legislação até o final de2006. Medida a ser implementada a partirde 2007, por 10 anos.

• Política de longo prazo de valorizaçãodo salário mínimo: reajuste do valordo salário mínimo para R$ 380,00 em2007 e estabelecimento de uma políticade longo prazo de elevação de seuvalor real. No período compreendidoentre 2008 e 2011, o salário mínimosofrerá reajustes iguais à inflação(INPC) acrescida da taxa de crescimentoreal do PIB com dois anos dedefasagem. Prevê-se a manutenção dapolítica de valorização até 2023, sendoas novas regras definidas até 2011,

levando-se em conta a avaliação doresultado da medida.

• Fórum Nacional da Previdência Social:instituir o Fórum Nacional da PrevidênciaSocial, no âmbito do Ministério daPrevidência, para promover o debate entreos representantes dos trabalhadores, dosaposentados e pensionistas, dosempregadores e do governo federal comvistas ao aperfeiçoamento esustentabilidade dos regimes deprevidência social e sua coordenação comas políticas de assistência social.

• Agilização do processo licitatório:adequação dos processos licitatórios àsnovas tecnologias de informação,aumentando a transparência e aeficiência nas contrataçõesgovernamentais. As principais medidassão: possibilidade de inversão das faseslicitatórias; utilização de meioseletrônicos em todas as modalidades delicitação; inclusão de fase saneadora;criação do Cadastro Nacional deRegistro de Preços; diminuição dosprazos e fases recursais; uso das novasferramentas tecnológicas paraverificação da habilitação; esubstituição da publicação em DiárioOficial por publicação em meioeletrônico, via Internet.

• Aperfeiçoamento da governançacorporativa nas estatais: instituição daCGPAR (Comissão Interministerial deGovernança Corporativa e deAdministração de Participações Societáriasda União) para aperfeiçoar a ação dogoverno no seu papel de acionista,estimular a adoção das modernas práticasde governança corporativa e garantir

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C 49

maior transparência no relacionamentocom empresas estatais.

• Extinção de empresas estatais emprocesso de liquidação: extinção daRFFSA (Rede Ferroviária Federal) e daFranave (Companhia de Navegação doSão Francisco).

• Regime de previdência complementardo servidor público federal:implementação do regime deprevidência complementar parao servidor público federal, dandoseqüência à reforma da previdênciainiciada com a EmendaConstitucional nº 41/2003.

Em tramitação• Melhora na gestão da Previdência

Social: aprovar o Projeto de Lei doSenado 261/2005, que inclui as seguintesmedidas: a) estabelecer que a falta decomunicação ou informação incorretarelativa aos óbitos sujeita os titulares decartório a multa e à responsabilidadesubsidiária pelo ressarcimento dosbenefícios; b) determinar que empresasenviem à Previdência Social, até o dia dacontratação, dados do trabalhador quepretende contratar, sujeitando-se a multao empregador que assim não procederem relação a empregado que sofraacidente; c) limitar o benefício doauxílio-doença à média dos 12 últimossalários de contribuição.

1.6 – Medidas de gestão• Criação do CGPAC (Comitê Gestor do

PAC): criação do CGPAC, compostopelos ministros da Casa Civil, da

Fazenda e do Planejamento, com afinalidade de coordenar aimplementação do PAC; criação doGEPAC (Grupo Executivo do PAC)composto pela Subchefia de Articulaçãoe Monitoramento (Casa Civil), Secretariade Orçamento Federal (Planejamento),Secretaria de Planejamento eInvestimentos Estratégicos(Planejamento) e Secretaria Nacional doTesouro (Fazenda), com a finalidade deestabelecer metas e acompanhar aimplementação do PAC.

2 – Infra-estrutura parao desenvolvimento

O plano de investimentos vai significar aconstrução, adequação, a duplicação erecuperação, em quatro anos, de 52 milquilômetros de estradas, 2.518 quilômetrosde ferrovias, ampliação e melhoria de 12portos e 20 aeroportos, geração de mais de12.386 MW de energia elétrica, construçãode 13.826 quilômetros de linhas detransmissão, instalação de quatro novasunidades de refinos ou petroquímicas,construção de 4.526 quilômetros degasodutos e instalação 46 novas usinas deprodução de biodiesel e de 77 usinas deetanol. Também trará como resultadomelhores condições de moradias paraquatro milhões de famílias, levará água ecoleta de esgoto a 22,5 milhões dedomicílios, proporcionará infra-estruturahídrica para 23,8 milhões de pessoas egarantir a ampliação e construção demetrôs em quatro cidades.

O PAC prevê, no quadriênio de 2007 a2010, um total de R$ 503,9 bilhões eminvestimentos públicos e privados.

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Tabela 10

Eixos

Logística

Energética

Social e urbana

Total

2007

13,4

55,0

43,6

112,0

2008–2010

44,9

219,8

127,2

391,9

Total

58,3

274,8

170,8

503,9

Previsão de investimento em infra-estruturapor eixo (2007-2010) – (R$ bilhões)

Tabela 11

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Nacional*

Total

Logística

6,3

7,4

7,9

4,5

3,8

28,4

58,3

Energética

32,7

29,3

80,8

18,7

11,6

101,7

274,8

Social e urbana

11,9

43,7

41,8

14,3

8,7

50,4

170,8

Previsão de investimento em infra-estruturapor região (2007–2010) – (R$ bilhões)

Total

50,9

80,4

130,5

37,5

24,1

180,5

503,9* Projetos de característica nacional que não estão localizados em uma única região.

Tabela 12

Modal

Rodovias

Ferrovias

Portos

Aeroportos

Hidrovias

Marinha mercante

Total

2007

8.086

1.666

684

878

280

1.779

13.373

2008–2010

25.352

6.197

1.979

2.123

455

8.802

44.907

Total

33.437

7.863

2.663

3.001

735

10.581

58.280

Previsão de investimento em infra-estrutura logísticapor setor (2007–2010) – (R$ milhões)

Orçamento Geral da União: R$ 33 bilhões / Financiamento público (BNDES): R$ 17 bilhões

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C 51

Tabela 14

Modal

RodoviasInvestimento públicoRecuperaçãoAdequação/DuplicaçãoConstruçãoInvestimento privado

FerroviasInvestimento públicoInvestimento privado

Portos

Hidrovias

Aeroportos

km/Quantidade

45.33742.09032.000

3.2146.8763.247

2.518211

2.307

12

67 portos1 eclusa

20

Metas físicas previstasem infra-estruturalogística (2007–2010)

Tabela 13

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Projetos especiais

Total*

Investimento total

6,2

7,3

6,1

3,9

3,5

28,4

55,4

Previsão de investimentoem infra-estruturalogística por região(R$ bilhões)

* Não inclui investimentos em aeroportos.

NORTE

• BR-364-AC: construção e pavimentação Sena Madureira - Feijó - Cruzeiro do Sul

• BR-319-AM: restauração, melhoramentos e pavimentação Manaus-AM - Porto Velho-RO

• BR-163-MT-PA: pavimentação Guarantã do Norte-MT - Rurópolis-PA - Santarém-PA,

incluindo o acesso a Miritituba-PA (BR-230-PA)

• BR-230-PA: pavimentação Marabá - Altamira - Medicilândia - Rurópolis

• BR-156-AP: pavimentação Ferreira Gomes - Oiapoque

• Construção da ferrovia Norte-Sul: Araguaína - Palmas-TO

• Ampliação do Porto de Vila do Conde-PA

• Construção das eclusas de Tucuruí-PA

• Construção de terminais hidroviários na Amazônia-AM - PA

NORDESTE

• BR-101-Nordeste (RN-PB-PE-AL-SE-BA): duplicação e adequação de capacidade Natal -

entroncamento BR-324 (Feira de Santana)

Tabela 15

Projetos em infra-estrutura logística por região (rodoviária,ferroviária, hidroviária, portuária e marítima)

Continua

Page 52: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C52

• BR-230-PB: duplicação João Pessoa - Campina Grande

• BR-135-PI-BA-MG: pavimentação Jerumenha - Bertolínea - Eliseu Martins-PI; construção detrechos entre a divisa PI-BA e a divisa BA-MG; pavimentação divisa BA-MG - Itacarambi

• BR-116-BA: execução de ponte sobre o Rio São Francisco - divisa PE-BA

• BR-116-324-BA: Salvador - Feira de Santana - divisa BA-MG - parceria público-privada

• Contorno de São Félix - Cachoeira-BA

• Variante ferroviária Camaçari - Aratu-BA

• Ferrovia nova Transnordestina – CFN - privado e financiamento público

• Recuperação e ampliação dos berços 101 e 102 do Porto de Itaqui-MA

• Construção do berço 100 do Porto de Itaqui-MA

• Dragagem dos berços 100 a 103 do Porto de Itaqui-MA

• Duplicação do acesso rodoviário ao Porto de Itaqui-MA - BR-135-MA

• Duplicação do acesso rodoviário ao Porto de Pecém-CE - BR-222-CE - Caucaia - Pecém

• Melhorias no terminal salineiro de Areia Branca-RN

• Construção de novo acesso rodoferroviário ao Porto de Suape-PE

• Construção da via expressa portuária ao Porto de Salvador-BA

• Dragagem e derrocagem na hidrovia do Rio São Francisco (Pirapora-MG-Juazeiro-BA -Petrolina-PE) e acesso ferroviário ao Porto de Juazeiro-BA

CENTRO-OESTE

• BR-163-364-MT: duplicação Rondonópolis - Cuiabá - posto Gil-MT

• BR-158-MT: pavimentação Ribeirão Cascalheira - divisa MT-PA

• BR-364-MT: pavimentação Diamantino - Campo Novo dos Parecis-MT

• BR-242-MT: pavimentação Ribeirão Cascalheira - Sorriso-MT

• BR-158-MS-SP: construção da ponte Paulicéia-SP - Brasilândia-MS

• BR-070-GO: duplicação divisa DF-GO - Águas Lindas

• BR-060-DF-GO: conclusão da duplicação Brasília-DF - Anápolis-GO

• BR-153-GO: conclusão da duplicação Aparecida de Goiânia - Itumbiara-GO

• Construção da ferrovia Norte-Sul: Anápolis (Porto Seco) - Uruaçu-GO - Concessão

• Construção do trecho da Ferronorte - Alto Araguaia - Rondonópolis-MTPrivado com financiamento BNDES

• Dragagem e derrocagem na hidrovia do Paraná-Paraguai - MS-MT

SUDESTE

• Arco rodoviário do Rio de Janeiro, incluindo BR-101-RJ

Continuação

Projetos em infra-estrutura logística por região (rodoviária,ferroviária, hidroviária, portuária e marítima)

Continua

Page 53: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 53

Continuação

Projetos em infra-estrutura logística por região (rodoviária,ferroviária, hidroviária, portuária e marítima)

• BR-101-ES: adequação de capacidade divisa RJ-ES - Vitória (incluindo o Contorno de Vitória)

• BR-381-MG: Adequação de capacidade e duplicação Belo Horizonte - Governador Valadares,incluindo o Contorno de Belo Horizonte - Subtrecho Betim-Ravena (em pista dupla)

• BR-153-365-MG: duplicação divisa GO-MG - Trevão - Uberlândia

• BR-040-MG: duplicação trevo de Curvelo - Sete Lagoas

• BR-050-MG: conclusão da duplicação Uberaba-Uberlândia e duplicação Uberlândia-Araguari

• BR-262-MG: duplicação Betim-Nova Serrana

• BR-265-MG: pavimentação Ilicínea - São Sebastião do Paraíso

• Rodoanel de São Paulo-SP - trecho sul

• Adequação da linha férrea no perímetro urbano de Barra Mansa-RJ e construção de pátio

• Construção do contorno ferroviário de Araraquara-SP

• Ferroanel de São Paulo - tramo Norte - SP – MRS-Privado (REFC)

• Construção das avenidas perimetrais do Porto de Santos - Margem Direita (Santos-SP) eMargem Esquerda (Guarujá-SP)

• Dragagem de aprofundamento no canal de acesso, bacia de evolução e junto ao cais do Porto de Santos-SP

• Derrocagem junto ao canal de acesso ao Porto de Santos-SP

• Contenção do cais do Porto de Vitória-ES

SUL

• BR-101-SUL (SC-RS): duplicação Palhoça-SC - Osório-RS

• BR-116-RS: programa via expressa (Região Metropolitana de Porto Alegre)-RS

• BR-386-RS: duplicação Tabaí – Estrela-RS

• BR-392-RS: duplicação Pelotas-Rio Grande, inclusive Contorno de Pelotas-RS

• BR-158-RS: pavimentação Santa Maria-Rosário do Sul-RS

• BR-470-SC: duplicação Navegantes-Blumenau - entroncamento acesso Timbó-SC

• BR-280-SC: duplicação São Francisco do Sul-Jaraguá do Sul-SC

• BR-282-SC: pavimentação Lajes-Campos Novos-São Miguel-Paraíso-SC

• BR-153-PR: pavimentação Ventania-Alto do Amparo-PR

• Construção da segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná - Foz do Iguaçu-PR

• BR-116-PR: adequação do contorno leste de Curitiba-PR

• Construção do contorno de São Francisco do Sul-SC

• Construção do contorno de Joinville-SC

• Ampliação da capacidade do corredor ferroviário do oeste do Paraná – ALL - Privado

• Ampliação dos molhes e dragagem de aprofundamento do Porto de Rio Grande-RS

• Construção e recuperação de berços do Porto de Paranaguá-PR

• Construção e recuperação de berços do Porto de São Francisco do Sul-SC

• Construção da via expressa portuária do Porto de Itajaí-SC

Page 54: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C54

Tabela 16

Projetos especiais em infra-estrutura logísticaInvestimento total: R$ 28,4 bilhões

RODOVIAS

• Conservação de 52.000km de rodovias - R$ 1,7 bilhão

• Manutenção e recuperação de rodovias - R$ 8,0 bilhões

• Estudos e projetos para 14.500km de rodovias - R$ 1,0 bilhão

• Controle de peso - implantação e operação de 206 postos - R$ 666 milhões

• Sistema de segurança de rodovias - R$ 1,1 bilhão

• Sinalização de 52.000km de rodovias - R$ 470 milhões

Concessão de rodovias - R$ 3,8 bilhões:

• BR-153: divisa MG/SP– divisa SP/PR – 321,6km

• BR-116: Curitiba – divisa SC/RS – 412,7km

• BR-393: divisa MG/RJ – Entr. BR-116 (Via Dutra) – 200,4km

• BR-101: divisa ES/RJ – Ponte Rio-Niterói – 320,1km

• BR-381: Belo Horizonte – São Paulo – 562,1km

• BR-116: São Paulo – Curitiba – 401,6km

• BR-116-376-101: Curitiba – Florianópolis – 382,3km

PORTOS

• Programa de dragagem nos portos - R$ 1,1 bilhão

MARÍTIMO

• Programa de financiamento da Marinha Mercante - R$ 10,6 bilhões

Tabela 17

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total

R$ milhões

95

151

1.801

601

353

3.001

Previsão de investimentosem aeroportos porregião (2007–2010)

Tabela 18

Fonte

Infraero

Orçamento Geralda União

Total

Investimentos eminfra-estruturaaeroportuária porfonte de recursos(2007–2010) – (R$ milhões)

2007

305

573

878

2008–2010

664

1.459

2.123

Total

969

2.032

3.001

Investimento

Page 55: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 55

Tabela 20

Projetos de infra-estrutura logística(aeroportuária)

CONCLUSÃO DE OBRAS EM ANDAMENTO

• Boa Vista-RR - ampliação da capacidade para 330 mil pass/ano

• Macapá-AP - ampliação da capacidade para 700 mil pass/ano

• Fortaleza-CE - construção do terminal de cargas e da torre de controle

• Natal-RN - construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante

• João Pessoa-PB - ampliação da capacidade para 860 mil pass/ano

• Guarulhos-SP - implantação, adequação, ampliação e revitalização do sistema de pátios e pistas

• Congonhas-SP - 2ª etapa da reforma e modernização do terminal de passageiros e construção

da torre de controle

• Santos Dumont-RJ - ampliação da capacidade para 8,5 milhões de pass/ano

• Vitória-ES - ampliação da capacidade para 2,1 milhões de pass/ano

• Goiânia-GO - ampliação da capacidade para 2,1 milhões de pass/ano

NOVAS OBRAS

• Parnaíba-PI - ampliação e reforço de pátio e pista

• Recife-PE - construção de quatro pontes de embarque

• Salvador-BA - readequação do acesso ao aeroporto

• Vitória-ES - construção do novo terminal de cargas

• Confins-MG - ampliação do estacionamento de veículos em mais 700 vagas

• Guarulhos-SP - ampliação da capacidade para mais 12 milhões de pass/ano

• Tom Jobim-RJ - recuperação e revitalização dos sistemas de pistas e terminal de cargas

• Curitiba-PR - ampliação da pista de pouso e ampliação do terminal de cargas em mais 5.000m²

• Florianópolis-SC - ampliação da capacidade para 2,7 milhões de pass/ano

• Porto Alegre-RS - implantação do novo complexo logístico do aeroporto e ampliação da pista

de pouso e decolagem

• Cuiabá-MT - complementação da reforma do terminal de passageiros

• Brasília-DF - ampliação da capacidade para 11 milhões de pass/ano

Tabela 19

Capacidade

Milhões de passageiros/ano

Mil toneladas/ano

Metas de ampliação de capacidade dainfra-estrutura aeroportuária (2007–2010)

Número de aeroportos

20

4

Atual

118

100

Acréscimo até 2010

40,3

191

Page 56: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C56

Tabela 21

Previsão de investimentos em infra-estruturade energia por setor

Programas

Geração de energia elétrica

Transmissão de energia elétrica

Petróleo e gás natural

Combustíveis renováveis

Total

Investimentos (R$ bilhões)

2007

11,5

4,3

35,9

3,3

55,0

2008-2010

54,4

8,2

143,1

14,1

219,8

Total

65,9

12,5

179,0

17,4

274,8

Após 2010

20,7

3,4

138,1

27,0

189,2

Tabela 23

Instrumentos públicos de incentivo ao investimentoprivado em infra-estrutura de energiaProgramas

Geração de energia elétricaTransmissão de energia elétrica

Combustíveis renováveis

Petróleo e gás natural

Instrumentos

Financiamento• Aumento do prazo limite: 14 para 20 anos• Mínimo, em termos reais, de 70% doinvestimento será financiado• Redução do índice de cobertura dadívida de 1,3 para 1,2• Aumento da carência de seis para 12 meses,de acordo com a necessidade do projeto• Isonomia entre autoprodutores e PIEs

Parcerias com o setor privadoFinanciamento público

Orçamento PetrobrasParcerias da Petrobras – Setor privadoConcessões privadas

Tabela 22

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Investimento total

2007–2010

32,7

29,3

80,8

18,7

Previsão de investimento em infra-estruturade energia por região (2007–2010) – (R$ bilhões)

Inclui geração e transmissão de energia elétrica, petróleo, gás e combustíveis renováveis.

Região

Centro-Oeste

Projetos nacionais

Total

Investimento total

2007–2010

11,6

101,7

274,8

Page 57: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 57

Tabela 24

Metas de geraçãoe transmissão deenergia elétrica

Geração MW

Transmissão km

Até 2010

12.368

13.826

Após 2010

27.420

5.257

Projetos de infra-estrutura de energia elétrica por regiãoSiglas utilizadas:

UHE (Usina Hidrelétrica) Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica)

PCH (Pequena Central Hidrelétrica) LT (Linha de Transmissão)

Tabela 25

Investimento R$ milhões

Potência MW

Geração

Até 2010

24.368

1.664

Após 2010

10.541

15.685

Tabela 26b

• UHE Santo Antônio - Rio Madeira - 3.150MW

• UHE Jirau - Rio Madeira - 3.300MW

• UHE Belo Monte - Rio Xingu - 5.681MW

• UHE Serra Quebrada - Rio Tocantins - 1.328MW

• UHE Tupiratins - Rio Tocantins - 620MW

• UHE Tocantins - Rio Tocantins - 480MW

• UHE Novo Acordo - Rio do Sono - 160MW

Usinas previstas

Tabela 26a

• UHE Estreito - Rio Tocantins - 1.087MW -operação em 2010

• UHE São Salvador - Rio Tocantins - 243MW -

operação em 2009

• UHE Rondon II - Rio Comemoração -73,5MW - operação em 2008

• Proinfa - 6 PCHs - 102MW

Usinas em implantação

Tabela 27

Investimento R$ milhões

Linhas de transmissão km

Transmissão

Até 2010

5.420

4.721

Após 2010

466

613

Tabela 28

• Interligação AC/RO I: sistema isoladoAC/RO e Sistema Interligado Nacional

(Porto Velho-RO a Jauru-MT)

• Conexão das Usinas do Madeira:Porto Velho-RO a Araraquara-SP

• Interligação Norte-Sul III: sub-sistemasN/SE (Marabá-PA a Serra da Mesa-GO)

• Interligação Tucuruí - Manaus - Macapá:

em estudo - Tucuruí-PA a Manaus-AM eTucuruí-PA a Macapá-AP LT Tucuruí

Linhas de transmissão

Norte

Page 58: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C58

Projetos de infra-estrutura de energia elétrica por região

Nordeste

Tabela 29

Investimento R$ milhões

Potência MW

Geração

Até 2010

11.148

2.036

Após 2010

2.413

4.004

Tabela 30a

• UTE Vale do Açu - 340MW - operação em 2008

• UTE Camaçarí Muricy I - 148MWoperação em 2009

• UTE Camaçari Pólo de Apoio

148MW - operação em 2009

• 5 UTEs - 582MW - operação até 2010

• Proinfa - 3 PCHs, 35 centrais eólicas e 2 UTEs

a biomassa - 818MW

Usinas em implantação

Tabela 30b

• UHE Riacho Seco - Rio São Francisco - 240MW

• UHE Pedra Branca - Rio São Francisco - 320MW

• 5 UHEs - 612MW

• UTE Biomassa - 250MW (indicativo)

• UTE Gás Natural - 2.550MW (indicativo)

Usinas previstas

Tabela 31

Investimento R$ milhões

Linhas de transmissão km

Transmissão

Até 2010

1.549

2.276

Após 2010

353

975

Tabela 32

• LT Balsas - Ribeiro Gonçalves - MA-PI

• LT Colinas - Coremas - TO-PB (Colinas –Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí –Milagres – Coremas)

• LT Açailândia - Miranda – MA (Açailândia –Presidente Dutra – Miranda)

• LT Banabuíu - Mossoró - CE-RN

• LT Xingó - Angelim - PE-AL

• LT Jardim - Penedo - SE-AL

• LT Ibicoara - Brumado II - BA

• LT Funil - Itapebi - BA

• LT Paraíso - Açu II - RN

• LT Picos - Milagres - PI-CE (Picos – Tauá – Milagres)

Linhas de transmissão

Page 59: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 59

Projetos de infra-estrutura de energia elétrica por região

Centro-Oeste

Tabela 33

Investimento R$ milhões

Potência MW

Geração

Até 2010

6.535

1.827

Após 2010

1.678

1.811

Tabela 35

Investimento R$ milhões

Linhas de transmissão km

Transmissão

Até 2010

1.818

1.851

Após 2010

1.109

2.457

Tabela 36

• LT Juína – Jauru - MT (Juína – Maggi – Jauru)

• LT Maggi – Sinop - MT (Maggi – NovaMutum – Sorriso – Sinop)

• LT Jauru – Cuiabá - MT

• LT Vilhena – Jauru – RO-MT

• LT Peixe II – Luziânia - TO-GO (Peixe II –Serra da Mesa II – Luziânia)

Linhas de transmissãoTabela 34a

• UHE Dardanelos - Rio Aripuanã - 261MW -

operação em 2010

• UHE Serra do Facão - Rio São Marcos -213MW - operação em 2010

• Ampliação da UTE Três Lagoas - 110MW -operação em 2008

• 8 UHEs, 2 PCHs e 2 UTEs - 835MW -

operação até 2010

• Proinfa - 19 PCHs e 1 UTE a biomassa -408MW

Usinas em implantação

Tabela 34b

• UHE Água Limpa - Rio das Mortes - 320MW

• UHE Torixoréu - Rio Araguaia - 408MW

• 8 UHEs - 829MW

• Proinfa: 20 PCHs

Usinas previstas

Page 60: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C60

Projetos de infra-estrutura de energia elétrica por região

Sudeste

Tabela 37

Investimento R$ milhões

Potência MW

Geração

Até 2010

13.475

2.387

Após 2010

3.802

3.740

Tabela 38b

• 4 UHEs - 251MW

• UTEs - 1.350MW (indicativo)

• UTE Biomassa - 1.300MW (indicativo)

Usinas previstas

Tabela 39

Investimento R$ milhões

Linhas de transmissão km

Transmissão

Até 2010

2.680

2.900

Após 2010

1.448

1.213

Tabela 40

• LT Paracatu 4 – Pirapora 2 - MG

• LT São Simão - Poços de Caldas - MG-SP(São Simão – Marimbondo – Ribeirão Preto –Poços de Caldas)

• LT Luziânia - Ribeirão Preto - GO-SP(Luziânia – Paracatu 4 – Emborcação –Nova Ponte – Estreito – Ribeirão Preto)

• LT Itumbiara – Bom Despacho - MG(Itumbiara – Nova Ponte – São Gotardo 2 –Bom Despacho 3)

• LT Irapé - Araçuaí - MG

• LT Mascarenhas – Verona - MG

• LT Campos - Macaé - RJ

• LT Itutinga - Juiz de Fora - MG

• LT Neves - Mesquita - MG

• LT Araraquara - Nova Iguaçu - SP-RJ

(Araraquara – Atibaia – Nova Iguaçu)

Linhas de transmissãoTabela 38a

• UHE Simplício - Rio Paraíba do Sul -

306MW - operação em 2010

• UHE Baguarí - Rio Doce -140MW - operação em 2009

• UHE Retiro Baixo - Rio Paraopeba -82MW - operação em 2009

• UTE Cubatão - 250MW - operação em 2008

• 2 UHEs (Baú I e Barra do Braúna), 4 PCHse 7 UTEs - 1.903MW - operação até 2010

• Proinfa - 15 PCHs, 2 centrais eólicas

e 3 UTEs a biomassa - 780MW

Usinas em implantação

Page 61: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 61

Projetos de infra-estrutura de energia elétrica por região

Sul

Tabela 41

Investimento R$ milhões

Potência MW

Geração

Até 2010

10.421

4.472

Após 2010

2.287

2.180

Tabela 42a

• UHE Foz do Chapecó - Rio Uruguai -

855MW - operação em 2010

• UHE Mauá - Rio Tibagí de 361MW -operação em 2010

• UTE Candiota III - 350MW -operação em 2009

• 6 UHEs e 2 UTEs - 2.627MW -

operação até 2010

• Proinfa - 11 PCHs, 11 centrais eólicase 2 UTEs a biomassa - 522MW

Usinas em implantação

Tabela 42b

• UHE São Roque – Rio Canoas –Potência: 214MW

• UHE Baixo Iguaçu – Rio Iguaçu –Potência: 340MW

• UHE Itapiranga – Rio Uruguai –

Potência: 580MW

• 4 UHEs - 482MW

• UTE Carvão – 350MW (indicativo)

Usinas previstas

Tabela 43

Investimento R$ milhões

Linhas de transmissão km

Transmissão

Até 2010

1.052

2.078

Tabela 44

• LT Londrina – Maringá - PR

• LT Itararé – Jaguariaíva - SP-PR

• LT Curitiba – Bateias - PR

• LT Bateias – Joinville Norte – PR-SC

• LT Videira – Machadinho – SC-RS (Videira –Campos Novos – Machadinho)

• LT Blumenau – Siderópolis - SC (Blumenau –

Biguaçu – Siderópolis)

• LT Santa Cruz I – Presidente Médici – RS

• LT Cascavel Oeste – Foz do Iguaçu Norte – PR

Linhas de transmissão

Page 62: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C62

Tabela 45

Ação

Petróleo: exploração e produção

Refino, transporte e petroquímica

Gás natural

Combustíveis renováveis

Total

Investimentos em infra-estrutura de petróleo, gásnatural e combustíveis renováveis – (R$ bilhões)

Até 2010

93,4

45,2

40,4

17,4

196,4

Após 2010

100,2

31,7

6,2

27,0

165,1

Tabela 46

Metas físicas – petróleo, gáse combustíveis renováveisAção

Petróleo: exploração e produção

Exploração – aumento de reservas

Produção – auto-suficiência

Refino, transporte e petroquímica

Novas refinarias e petroquímicas

Refino e modernização

Petroleiros em construção no Brasil

HBIO

Gás natural

Gás natural = plangas + outros

GNL

Gasodutos

Combustíveis renováveis

Biodiesel

Etanol

Alcoolduto/Poliduto

2010

800 milhões de barris de óleo por ano

2,6 milhões de barris/dia

Adicional

350 mil barris/dia (2012)

250 mil barris/dia de petróleo pesado processado

100 mil barris/dia na capacidade de refino

42 navios contratados (15 entregues)2 superpetroleiros contratados

425 mil m3/ano de óleos vegetais no refino

Adicional

39,2 milhões de m3/dia + 15,8 milhões de m3/dia = 55 m3/dia

20 milhões de m3/dia (2008)

4.526km

3,3 bilhões de litros/ano, 46 novas usinas

23,3 bilhões de litros/ano, 77 novas usinas

1.150km de dutos

Page 63: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 63

Tabela 47

Área

Luz para todos

Saneamento

Habitação

Metrôs

Recursos hídricos

Total

Previsão de investimentos em infra-estrutura sociale urbana por área (2007–2010) - (R$ bilhões)

2007

4,3

8,8

27,5

0,7

2,3

43,6

2008–2010

4,4

31,2

78,8

2,4

10,4

127,2

Total

8,7

40,0

106,3

3,1

12,7

170,8

OGU Fiscal: R$ 34 bilhões (sem Luz para todos)Financiamento público (FGTS-FAT e BNDES): R$ 65,5 bilhões

Tabela 48

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Nacional-SBPE

Total

Previsão de investimentosem infra-estruturasocial e urbana porregião (2007–2010)(R$ bilhões)

Total

11,9

43,7

41,8

14,3

8,7

50,4

170,8SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo)

Tabela 49

Programa

Luz para todos

Saneamento

Habitação

Habitação SBPE

Recursos hídricos

Metrôs

Metas físicas eminfra-estruturasocial e urbana(2007–2010)

Atendidos

5,2 milhões de pessoas

22,5 milhões de domicílios

4 milhões de famílias

600 mil famílias

23,9 milhões de pessoas

609 milhões de

passageiros/ano

Page 64: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C64

Tabela 50

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total

Recursosfederais

(R$ bilhões)

2,10

3,20

0,60

0,09

0,40

6,4

Recursosestaduais

(R$ bilhões)

0,30

0,70

0,10

0,06

0,10

1,3

Recursosprivados

(R$ bilhões)

0,30

0,50

0,10

0,04

0,10

1,0

Total(R$ bilhões)

2,7

4,4

0,8

0,2

0,6

8,7

Pessoas aatender

(milhares)

1.620

2.560

480

125

365

5.150

Investimentos no Luz para todos por regiãoe fonte de recursos (2007–2010)

Água

Esgoto

Lixo

destinação adequada

% domicíliosatendidos - 2005

82,3

48,2

36,0

Meta %2010

86,0

55,0

47,0

Domicílios (milhões)2007-2010

7,0

7,3

8,9

Pessoas (milhões)2007-2010

24,5

25,4

31,1

Tabela 51

Metas físicas para o saneamento básico(2007–2010)

Page 65: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 65

Prioridades de investimento

Saneamento integrado em favelas e palafitas (PPI)

Água, esgoto, destinação final de lixo edrenagem urbana em cidades de grande e médio porte – inclui

desenvolvimento institucional (PPI)

Água, esgoto, destinação final de lixo e drenagem urbana emcidades de até 50 mil habitantes

Subtotal

Financiamentos a estados, municípiose companhias de saneamento

Financiamento a prestadores privados e operações de mercado

Subtotal

Contrapartida de estados, municípios e prestadores

Total

Fonte

OrçamentoGeral da União

FGTS/FAT

Investimento

4

4

4

12

12

8

20

8

40

Tabela 52

Fontes de recursos para o saneamento básico(2007–2010)

Tabela 53

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total

Previsão de investimentos e metas físicasem saneamento básico por região(2007–2010)

Investimento total(R$ bilhões)

3,9

9,6

15,5

7,4

3,6

40,0

Domicílios atendidos(milhões)

2,2

5,4

8,7

4,2

2,0

22,5

Page 66: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C66

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total

Moradia(R$ bilhões)

3,8

12,7

19,1

5,3

3,4

44,3

Urbanização defavelas (R$ bilhões)

1,1

3,5

4,8

1,3

0,9

11,6

Total(R$ bilhões)

4,9

16,2

23,9

6,6

4,3

55,9

Famílias atendidas(mil)

313

1.070

1.785

484

308

3.960

Tabela 54

Previsão de investimentos em habitação porprograma e região (2007–2010)

Inclui recursos de contrapartida de estados, municípios e pessoas físicas.

Fonte

Orçamento Geral da União

Financiamento setor público

Financiamento pessoas físicas

SBPE Poupança

Contrapartida*

Total

2007

2,6

1,0

8,8

10,5

4,6

27,5

2008–2010

7,5

3,0

23,7

31,5

13,1

78,8

Total

10,1

4,0

32,5

42,0

17,7

106,3

Tabela 55

Fontes de financiamento para habitação(2007–2010) – (R$ bilhões)

* Recursos de estados, municípios e pessoas físicas.

Fontes

Orçamento Geral da União

Financiamento

Total

2007

535

186

721

2008–2010

976

1.430

2.406

Total

1.511

1.616

3.127

Tabela 56

Previsão de investimentos em transporte urbano dealta capacidade (2007–2010) – (R$ milhões)

Meta: aumento de 609 milhões de passageiros/ano.

Investimento

Page 67: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

O C R E S C E B R A S I L E O P A C 67

Fortaleza-CELinha Sul: conclusão de trechoLinha Oeste: recuperação e melhoramento de trecho

Recife-PELinha Sul: recuperação, duplicação e conclusão de trechoLinha Centro: recuperação e ampliação de trecho

Salvador-BALinha Calçada-Paripe (Trem): recuperação e conclusão de trechoLinha Lapa-Pirajá: conclusão de trechos

Belo Horizonte-MGLinha I: conclusão de sinalização, modernização da frota e construção de terminalLinha II: conclusão das desapropriações e implantação de plataforma ferroviária

São Paulo-SPCorredor expresso de transporte coletivo urbano: conclusãodo trecho Parque D. Pedro - Cidade Tiradentes

Tabela 57

Projetos de transporte urbanode alta capacidade

Tabela 59

Região

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Total

Previsão de investimentos em recursoshídricos por região (2007–2010)

Investimento total(R$ milhões)

359

11.759

218

151

171

12.658

População atendida(milhares)

50

19.712

1.408

162

2.552

23.884

Programa

Revitalização de bacias (São Francisco e Parnaíba)

Integração da Bacia do São Francisco

Sistema de abastecimento de água bruta

Projetos de irrigação

Total

2007

349

837

486

593

2.265

2008–2010

1.226

5.721

852

2.594

10.393

Financiamento público – R$ 980 milhões (70% do investimento privado).

Total

1.575

6.558

1.338

3.187

12.658

Tabela 58

Previsão de investimentos em recursos hídricos porbacia hidrográfica (2007–2010) – (R$ milhões)

Investimento

Page 68: O Cresce Brasil e o PAC - FNE

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Tabela 60

NORTE

Projetos de irrigação

Investimento: R$ 359 milhões

• Manuel Alves - Propertins (5.000 ha) - TO

• Sampaio (1.000ha) - TO

• São João (3.511ha) - TO

NORDESTE

Revitalização de bacias hidrográficas

Investimento: R$ 1,6 bilhão

• Bacia do São Francisco - BA, PE, AL, SE, MG

• Bacia do Parnaíba - CE, PI e MA

Integração do Rio São Francisco com bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional - CE, PB, RN e PE

Investimento: R$ 6,6 bilhões

• Integração Açude Castanhão / Porto Pecém-CE

• Canal do Sertão Alagoano-AL

• Adutora do Oeste-PE

• Integração Orós/Feiticeiro-CE

• Adutora do Agreste-PE

• Adutora do Pajeú-PE

• Barragem Setúbal-MG

Oferta de água bruta - sistema de abastecimento

Investimento: R$ 640 milhões

• Maceió (Barragem e adutora Pratagy)-AL

• Barragem Palmeira dos Índios-AL

• Região do Baixo Paraíba (Adutora Acauã)-PB

• Região Noroeste Paraibano (Adutora Capivara)–PB

• Recife (Adutora Pirapama)-PE

• Região do Sudeste Piauiense (Barragem Piaus)-PI

• Região de Marcos do Piauí (Barragem e adutora Poço do Marruá)-PI

• Aracaju (Adutora São Francisco)-SE

Água tratada – Proágua nacional

Investimento: R$ 269 milhões

Sistema integrado de abastecimento de água e esgotamento sanitário

• Coqueiro Seco-AL

Continua

Projetos de recursos hídricos por região

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Continuação

Continua

Projetos de recursos hídricos por região

Sistema adutor

• Jacobina-BA

• Cafarnaum-BA

• Congo (2ª etapa)-PB

• Agrestina-PE

• Bocaina-PI

• Piaus-PI

• Alto Oeste-RN

Açude

• Missi-CE

• Riacho da Serra-CE

Projetos de irrigação

Investimento: R$ 2,7 bilhões

• Várzeas de Souza (5.100ha) -PB

• Rio Bálsamo (700ha)-AL

• Jacaré Curituba (3.150ha)-SE

• Tabuleiro de Russas - 2ª etapa (3.600ha)-CE

• Baixo Acaraú - 2ª etapa (4.140ha)-CE

• Araras Norte - 2ª etapa (1.618,56ha)-CE

• Guadalupe - 2ª etapa (10.500ha)-PI

• Tabuleiros Litorâneos - 2ª etapa (5.895ha)-PI

• Pontal (7.700ha)-PE

• Baixio de Irecê (54.000ha)-BA

• Salitre (32.000ha)-BA

• Marituba (4.800ha)-AL

• Estreito IV (5.000ha)-BA

• Uso múltiplo Canal do Xingó (10.000ha)-SE

CENTRO-OESTE

Investimento: R$ 171 milhões

Oferta de água bruta

Sistema de abastecimento

• Região Metropolitana de Goiânia (Adutora João Leite)-GO

Projetos de irrigação

• Flores de Goiás (3.000ha)-GO

• Luis Alves do Araguaia (8.148ha)-GO

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Continuação

Projetos de recursos hídricos por região

SUDESTE

Investimento: R$ 218 milhõesOferta de água bruta - sistema de abastecimento• Região do baixo Rio Pardo (Barragem Berizal)-MG

• Barragem do Peão-MG (uso múltiplo)Proágua nacional• Sistema de abastecimento de água nos municípios de Janaúba, Mato Verde

e Rio Pardo de Minas - Sistema Norte-MGProjetos de irrigação• Uso múltiplo - Jequitaí-MG

• Uso múltiplo - Barragens-MG• Jaíba III - IV – MG

SUL

Investimento: R$ 189 milhõesBarragens• Arroio Taquarembó na Bacia do Rio Santa Maria-RS

• Arroio Jaguari na Bacia do Rio Santa Maria-RS• Rio do Salto-SC

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A seguir, a relação das proposiçõeslegais referentes ao PAC, sendo algumasdelas anteriores ao programa (inclusiveuma aprovada e sancionada), mas quenele foram incluídas.

Medidas provisórias

340/06: Corrige a tabela doImposto de Renda

346/07: Abre crédito extraordináriopara a extinção da RedeFerroviária Federal S.A.(RFFSA) e da Franave

347/07: Capitaliza a Caixa EconômicaFederal para elevarempréstimos sociais

348/07: Cria Fundo para Investimentoem Infra-Estrutura

349/07: Destina R$ 5 bilhões do FGTSpara infra-estrutura

350/07: Permite antecipação dacompra de imóvel arrendado

351/07: Beneficia investimentos eminfra-estrutura

352/07: Incentiva produção dedispositivos eletrônicos

353/07: Cria 157 cargos comissionadospara extinguir RFFSA

Projetos de lei complementarPLP 388/07: Propõe ações de cooperação

na área ambientalPLP 1/07: Limita gasto com pessoal

nos três poderes

Projetos de leiPL 3337/04: Dispõe sobre a gestão e

e controle social dasagências reguladoras

PL 5877/05: Altera a Lei de Defesada Concorrência

PL 6673/06: Regula a movimentaçãoe a comercialização do gás(Lei do Gás)

PL 7709/07: Altera a Lei de LicitaçõesPL 1/07: Fixa diretrizes para valorização

do salário mínimo

Projeto de lei do CongressoPLN 1/07: Altera LDO para

aumentar investimentos

Projeto aprovadoe já sancionadoPL 6272/05: Criou a Super-Receita,

unificando as secretarias deReceita Federal e deReceita Previdenciária

Projeto do SenadoPLS 261/05: Altera as leis 8.212 e 8.213,

que criaram os planos decusteio e de benefíciosda Previdência Social

Obs.1: Até 19/4/2007, seis das nove medidasprovisórias propostas pelo PoderExecutivo haviam sido aprovadas pelaCâmara dos Deputados.

Obs. 2: Além dessas proposições, a maioriaainda em trâmite no CongressoNacional, diversos decretos integram oPAC, que já estão em vigor.

Fonte: Câmara dos Deputados. Conheça as propostasque integram o PAC. Agência Câmara. Brasília, 31 jan. 2007.

Disponível em:<http://www2.camara.gov.br/homeagencia/

materias.html?pk=97740 > . Acesso em 19/4/2007

Anexo IV

Legislação do Programa deAceleração do Crescimento

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Bibliografia1 - As informações sobre o Cresce Brasil foram extraídas dasseguintes fontes:

Federação Nacional dos Engenheiros. Manifesto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento.VI Congresso Nacional dos Engenheiros. São Paulo, 13 a 16 set. 2006.Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/conse/pps/manifesto.pdf>. Acesso em 21mar. 2007.

BARROS, Geraldo S. de Camargo. Agronegócio brasileiro - perspectivas, desafios e uma agendapara seu desenvolvimento. Nota técnica do seminário Soluções para a agricultura do país.Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento. Federação Nacional dos Engenheiros.Cuiabá, 24 jul. e Piracicaba, 31 jul. 2006.Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/cuiaba/NotaTecnica_Cuiaba.pdf>. Acesso em 21 mar. 2007.

BRITO, Osório de. Energia. Nota técnica do seminário Um projeto energético para o país. CresceBrasil + Engenharia + Desenvolvimento. Federação Nacional dos Engenheiros.Florianópolis, 24 abr. 2006.Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/florianopolis/downloads/Nota%20Tecnica%20Energia.doc>. Acesso em 21 mar. 2007.

COSTA, Darc; PADULA, Raphael. Infra-estrutura de transportes. Nota técnica do seminárioComunicações e transportes. Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento. FederaçãoNacional dos Engenheiros. Belém, 22 mai. 2006Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/belem/downloads/Nota%20Tecnica%20TRANSPORTES.doc >. Acesso em 21 mar. 2007.

DANTAS, Marcos. As comunicações a caminho da convergência digital – um estudo sobre aevolução recente das (tele)comunicações brasileiras e sua agenda futura. Nota técnica doseminário Comunicações e transportes. Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento.Federação Nacional dos Engenheiros. Belém, 22 mai. 2006.Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/belem/downloads/Nota%20Tecnica%20Comunicacoes.pdf >. Acesso em 21 mar. 2007.

LEITE, Luiz Edmundo H. B. da Costa. Meio ambiente, recursos hídricos e saneamento. Notatécnica do seminário Recursos hídricos, saneamento e meio ambiente. Cresce Brasil +Engenharia + Desenvolvimento. Federação Nacional dos Engenheiros. São Luís,19 mai. 2006 e Teresina, 29 jun. 2006.

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O C R E S C E B R A S I L E O P A C 73

Disponível em <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/sao_luis/downloads/Nota%20Tecnica%20Recursos%20Hidricos%20Saneamento%20e%20Meio%20Ambiente.doc>. Acesso em 21 mar. 2007.

PINTO, Marco Aurélio Cabral. Ciência, tecnologia e engenharia. Nota técnica do seminário Umaproposta de C&T para o país. Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento. FederaçãoNacional dos Engenheiros. Brasília, 04 mai. 2006.Disponível em: <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/brasilia/downloads/Nota%20Tecnica%20Ciencia&Tecnologia.doc >. Acesso em 21 mar. 2007.

RIBEIRO, Marcio de Queiroz. Transportes urbanos de passageiros municipais e intermunicipais. Notatécnica do seminário Sistema viário e transporte intermunicipal. Cresce Brasil + Engenharia +Desenvolvimento. Federação Nacional dos Engenheiros. Rio de Janeiro, 17 jul. 2006Disponível em : <http://www.crescebrasil.com.br/seminarios/rio_de_janeiro/downloads/Nota%20Técnica%20Sistema%20Viario.pdf>. Acesso em 21 mar. 2007.

2 – As informações sobre o PAC foramextraídas das seguintes fontes:

Governo Federal. Programa de Aceleração do Crescimento - 2007-2010 - Romper barreiras e superarlimites - Investimento em Infra-Estrutura. Presidência da República, Brasília, 22 jan. 2007.Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br/>. Acesso em 21 mar. 2007.Governo Federal. Programa de Aceleração do Crescimento. Material para a imprensa. Secretariade Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, Palácio do Planalto, Brasília, 22 jan. 2007.Disponível em: <http://www.estadao.com.br/ext/economia/pac_internet.pdf>.Acesso em 21 mar. 2007.

3 – Outras principais fontes consultadas

Governo Federal. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Programa de Aceleração doCrescimentoDisponível em: < http://www.brasil.gov.br/pac/>. Acessos em 18-19 abr. 2007

Governo Federal. Câmara dos Deputados. Diversos documentos referentes ao Programa deAceleração do CrescimentoDisponível em: < http://www2.camara.gov.br/plonesearch?SearchableText=PAC> Acessosem 18-19 abr. 2007

Diap – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. Diversos documentos sobre atramitação das proposições legais referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento.Disponível em: http://www.diap.org.br. Acessos em 18-19 abr. 2007

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PresidenteMurilo Celso de Campos Pinheiro

Vice-presidenteMaria de Fátima Ribeiro Có

TesoureiroCarlos Bastos Abraham

SecretárioAntônio Florentino de Souza Filho

Diretor de Planejamentoe Relações InternasAugusto César de Freitas Barros

Diretor de Relações InterinstitucionaisAntônio Noé Carvalho de Farias

Diretor OperacionalFlávio José A. de Oliveira Brízida

Diretoria triênio 2007-2010

Diretores regionaisMarcílio Vital de Paula (Norte)José Ailton Ferreira Pacheco (Nordeste)Cláudio Henrique Bezerra Azevedo(Centro-Oeste)Clarice Maria de Aquino Soraggi(Sudeste)José Carlos Ferreira Rauen (Sul)

Conselheiros fiscais efetivosLuiz Benedito de Lima NetoAgenor Aguiar Teixeira JaguarArthur Chinzarian

Conselheiros fiscais suplentesFrancisco Regis Carneiro de AndradeManoel Ferreira da Conceição Neto

Representantes na ConfederaçãoJosé Luiz Lins dos SantosSebastião Aguiar da Fonseca Dias

Sindicatos filiados

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí,

Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins

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Coordenação geralMurilo Celso de Campos Pinheiro

Coordenação técnicaAllen HabertFernando Palmezan Neto

Consultoria sindicalJoão Guilherme Vargas Netto

ElaboraçãoMarta Rúbia de Rezende

Expediente

FotosSXCFolhapress

Fotolitos e impressãoBangraf

Tiragem2.000 exemplares

EdiçãoRita Casaro

RevisãoSoraya MislehRita Casaro

Diagramação e capaEliel Almeida

ApoioFábio SouzaLourdes SilvaLucélia Barbosa

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SDS Edifício Eldorado, salas 106/109CEP: 70392-901 – Brasília/DF

Telefone: (61) 3225-2288E-mail: [email protected]

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