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7/31/2019 O DESANHO INFANTIL
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ESCOLA DE ENSINO SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS
PS-GRADUAO Latu Sensu EM PSICOPEDAGOGIA
ELZA ARAUJO DA SILVA
RESUMO
MANAUS2012
7/31/2019 O DESANHO INFANTIL
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ELZA ARAUJO DA SILVA
RESUMO
Trabalho apresentado ao Curso de PsGraduao Latu Sensu em Psicopedagogia,
da Escola Superior Batista do Amazonas ESBAM, como parte dos requisitos paraavaliao da disciplina: Construo dosProcessos de Leitura e Escrita, sob aorientao da Prof. MSc. Rosa Azevedo.
MANAUS2012
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RESUMO
Os diferentes estudos, realizados por diversos autores, sob diferentes
enfoques que envolvem as questes do desenvolvimento do desenho infantil e da
escrita, explanam e explicam diferentes etapas pelas quais passam as crianas e
que so comuns no processo de apropriao do sistema lingustico, enquanto sua
funo e representao social. O ensino desse sistema requer conhecimento e
dedicao, pois a apropriao da escrita pelo sujeito um processo complexo.
Neste resumo estaremos abordando os pensamentos e ideias da autora
SEBER, Maria da Glria, explanados em seu livro: Psicologia do pr-escolar: uma
viso construtivista, especificamente dos captulos 5 ao 8, onde a mesma faz umaabordagem sobre o desenvolvimento da escrita.
No capitulo 5, intitulado O DESANHO INFANTIL, a autora retrata o
desenvolvimento da escrita e do pensamento, utilizando estudos e pesquisas com
crianas para fundamentar-se. Em suas diversas experincias, percebe que o
boneco da figura humana fator presente em quase todos os desenhos, seja
completo ou faltando algumas partes e que independente de seu significado ou
funo, as interpretaes dos desenhos assemelham-se.Diz que a linguagem acompanha, antecipa ou descreve posteriormente as
aes, sendo que o desenvolvimento ocorre dependendo do avano de sua
capacidade representativa, e que essa intermediada, ou seja, durante o
desenvolvimento a criana necessita da interveno do outro, para seu aprendizado.
Estas se apresentaro nas brincadeiras de faz de conta, na linguagem e nas
condutas imitativas apreendidas atravs das atividades ldicas.
Trava uma discusso entre as teorias empirista-associacionista, inatista-maturacionista e a construtivista. Havendo divergncias de pensamento sobre a
importncia da imitao para o desenvolvimento da criana, sendo que para a
primeira, h interferncia dos modelos sociais sobre o contedo mental da criana,
j para a segunda, essa imitao espontnea, pois a criana nasce com essa
predisposio, a ltima e mais abrangente diz que para ocorrer esse processo, o
raciocnio da criana deve estar desenvolvido e que esta necessita de um modelo,
ampliando assim suas possibilidades de compreenso e imitao.
Uma criana apoia-se no que v e assim reproduz, no decorrer de seu
desenvolvimento vai aumento sua capacidade representativa e o pensamento. A
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evoluo da criana gradativa, capacitando-a a realizaes e aes distintas, o
pensamento vai adequando-se a realidade do que visto, ajustando assim o interno
com o externo.
Sendo assim o educador como afirma a autora, necessita estar apto a
conhecer e reconhecer os nveis de desenvolvimento da criana e as caractersticas
evolutivas do desenho que se desenvolve em duas etapas essenciais, que vo do
rabisco at a concretizao do desenho, para assim, auxilia-la quando surgir algum
problema no decorrer de seu processo evolutivo.
No capitulo 6: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVO DA
ESCRITA POSIES TERICAS, a autora retoma as discusses em torno das
posies tericas dos empiristas-associacionistas, inatistas-maturacionistas e dosconstrutivistas, abordando suas posies em relao ao desenvolvimento do
pensamento e da escrita da criana. O que vem a ser interessante, pois, segundo a
autora, faz-se necessria essa investigao para compreenso das diferentes
concepes de aprendizagem do sujeito aprendente.
Para a posio empirista-associacionista, a criana um ser vazio, seus
rabiscos so entendidos como falta de aprendizagem ou de desenvolvimento, ou
seja, a criana no est evoluindo. Tambm diz que muitos educadores apoiamesse pensamento, pois o mesmo ignora os conhecimentos prvios do aluno,
passando a adestra-lo no que ele entende como ensino e aprendizagem, e esta
ocorre pela associao e percepo dos sons e smbolos grficos.
J a posio inatista-maturacionista, a criana no necessita de interveno
para desenvolver-se, pois o desenvolvimento da mesma dar-se- conforme sua
maturao orgnica, esta diz que o processo de ensino e aprendizagem no se
diferencia, pois acontece de dentro para fora.A autora detm-se um pouco mais na explanao da posio construtivista,
por entender que essa teoria coloca o sujeito no centro do processo de ensino e
aprendizagem. Os mtodos e tcnicas de ensino devem privilegiar a ao ativa do
aluno, promovendo a evoluo do pensamento, compreenso e domnio do que se
escreve e se l.
No capitulo 7: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVO DA
ESCRITA O PRPRIO NOME, trabalha de maneira real e sucinta, o progresso do
desenho feito pela criana que leva a apropriao da escrita propriamente dita.
Relata o processo de iniciao da escrita pela criana atravs das marcas deixadas
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pelas mesmas que simbolizam sua assinatura, ou seja, o prprio nome. Nesse
processo a criana vai substituindo gradativamente os traados e linhas, fazendo
assim suas diferenciaes, essa diferenciao a representao de coisas distintas
surgidas na evoluo de seu pensamento.
Fala da necessidade de se intervir, e de no negligenciar esse processo,
baseado na experincia de uma educadora, pois a criana necessita de um
ambiente propicio para que haja desenvolvimento, e que a figura um importante
relacionador entre a leitura e a escrita, por isso o desenho um excelente recurso
de aprendizagem da escrita.
O nome da criana tambm visto como instrumento de promoo de
aquisio da lngua escrita, pois tem significado para a mesma. O prpriodesenvolvimento perceptivo da criana leva-a a questionar e preocupar-se com a
quantidade de letras necessrias para se escrever uma palavra.
Prope a quebra de paradigmas enraizados no ensino e aprendizagens de
crianas, principalmente da educao infantil, e que os educadores busquem
conhecimento em relao ao desenvolvimento qualitativo da criana, respeitando
seu tempo, ritmo e evoluo.
Na leitura do capitulo 8: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVODA ESCRITA GENERALIZAO DO PRPRIO NOME, percebe-se que o domnio
da oralidade pela criana fato, cabendo ao educador respeit-lo e utiliz-lo como
condutor para o aprendizado da escrita.
O reconhecimento do desenvolvimento processual de cada criana foco de
discusso deste capitulo, pois cada criana tem seu tempo, sendo que, atravs de
suas vivncias familiares e sociais, a criana traz consigo um vasto conhecimento e
uso da estrutura da lngua, o que lhe permite criar e recriar.A utilizao do nome da criana como base de desenvolvimento da escrita,
retomada neste capitulo, pois a mesma, leva-a a levantar hipteses e redefinir o
conhecimento adquirido, caracterizando evoluo no processo de apreenso dos
cdigos lingusticos.
Essas conquistas se percebem pelos questionamentos e inconstncia na
escrita da criana, quanto ao modo e quantidade de letras ou silaba necessrias
formulao de palavras e as combinaes entre vogais e consoantes, levando a
percepo da funo da lngua falada e escrita, sendo que esse processo
gradativo e no deve ser atropelado por instrumentos, mtodos e cartilhas que
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adestram ao invs de lev-las ao entendimento e compreenso do que se est
aprendendo, valorizando o que diz a autora, o que importa a qualidade e no a
quantidade da sua aprendizagem.
Pensar em desenho, ou at mesmo, em processo de evoluo da escrita,
constitui-se em um desafio para qualquer educador ou pesquisador, pois para que
se possa introduzir um novo olhar em relao criana e seu desenvolvimento, faz-
se necessrio abandonar as prticas tradicionais ou at mesmo as cartilhas de
adestramento.
Sendo assim, torna-se necessrio que o educador apresente um novo
comportamento em relao criana, passando a valorizar seu conhecimento
prvio, pois as palavras, aes, gestos, expresses de afeto, desenho e at o olhar,podem ser utilizados como caminhos e manifestaes de descobertas da expresso
manifesta pela viso de mundo da criana.
Da garatuja ao desenho, a criana passa por complexos processos de
evoluo, os quais ela expressa sua viso, imaginao e criao, buscando
representar sua compreenso da realidade. Portanto, faz-se necessrio ao educador
ampliar sua viso, considerar a criana pelo que valorizando seu conhecimento e
proporcionar um ambiente favorvel a aprendizagem.
REFERNCIA
SEBER, Maria da Glria. Psicologia do pr-escolar: uma viso construtivista.
So Paulo. Moderna, 1995.