O DESANHO INFANTIL

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    1/6

    ESCOLA DE ENSINO SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS

    PS-GRADUAO Latu Sensu EM PSICOPEDAGOGIA

    ELZA ARAUJO DA SILVA

    RESUMO

    MANAUS2012

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    2/6

    ELZA ARAUJO DA SILVA

    RESUMO

    Trabalho apresentado ao Curso de PsGraduao Latu Sensu em Psicopedagogia,

    da Escola Superior Batista do Amazonas ESBAM, como parte dos requisitos paraavaliao da disciplina: Construo dosProcessos de Leitura e Escrita, sob aorientao da Prof. MSc. Rosa Azevedo.

    MANAUS2012

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    3/6

    RESUMO

    Os diferentes estudos, realizados por diversos autores, sob diferentes

    enfoques que envolvem as questes do desenvolvimento do desenho infantil e da

    escrita, explanam e explicam diferentes etapas pelas quais passam as crianas e

    que so comuns no processo de apropriao do sistema lingustico, enquanto sua

    funo e representao social. O ensino desse sistema requer conhecimento e

    dedicao, pois a apropriao da escrita pelo sujeito um processo complexo.

    Neste resumo estaremos abordando os pensamentos e ideias da autora

    SEBER, Maria da Glria, explanados em seu livro: Psicologia do pr-escolar: uma

    viso construtivista, especificamente dos captulos 5 ao 8, onde a mesma faz umaabordagem sobre o desenvolvimento da escrita.

    No capitulo 5, intitulado O DESANHO INFANTIL, a autora retrata o

    desenvolvimento da escrita e do pensamento, utilizando estudos e pesquisas com

    crianas para fundamentar-se. Em suas diversas experincias, percebe que o

    boneco da figura humana fator presente em quase todos os desenhos, seja

    completo ou faltando algumas partes e que independente de seu significado ou

    funo, as interpretaes dos desenhos assemelham-se.Diz que a linguagem acompanha, antecipa ou descreve posteriormente as

    aes, sendo que o desenvolvimento ocorre dependendo do avano de sua

    capacidade representativa, e que essa intermediada, ou seja, durante o

    desenvolvimento a criana necessita da interveno do outro, para seu aprendizado.

    Estas se apresentaro nas brincadeiras de faz de conta, na linguagem e nas

    condutas imitativas apreendidas atravs das atividades ldicas.

    Trava uma discusso entre as teorias empirista-associacionista, inatista-maturacionista e a construtivista. Havendo divergncias de pensamento sobre a

    importncia da imitao para o desenvolvimento da criana, sendo que para a

    primeira, h interferncia dos modelos sociais sobre o contedo mental da criana,

    j para a segunda, essa imitao espontnea, pois a criana nasce com essa

    predisposio, a ltima e mais abrangente diz que para ocorrer esse processo, o

    raciocnio da criana deve estar desenvolvido e que esta necessita de um modelo,

    ampliando assim suas possibilidades de compreenso e imitao.

    Uma criana apoia-se no que v e assim reproduz, no decorrer de seu

    desenvolvimento vai aumento sua capacidade representativa e o pensamento. A

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    4/6

    evoluo da criana gradativa, capacitando-a a realizaes e aes distintas, o

    pensamento vai adequando-se a realidade do que visto, ajustando assim o interno

    com o externo.

    Sendo assim o educador como afirma a autora, necessita estar apto a

    conhecer e reconhecer os nveis de desenvolvimento da criana e as caractersticas

    evolutivas do desenho que se desenvolve em duas etapas essenciais, que vo do

    rabisco at a concretizao do desenho, para assim, auxilia-la quando surgir algum

    problema no decorrer de seu processo evolutivo.

    No capitulo 6: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVO DA

    ESCRITA POSIES TERICAS, a autora retoma as discusses em torno das

    posies tericas dos empiristas-associacionistas, inatistas-maturacionistas e dosconstrutivistas, abordando suas posies em relao ao desenvolvimento do

    pensamento e da escrita da criana. O que vem a ser interessante, pois, segundo a

    autora, faz-se necessria essa investigao para compreenso das diferentes

    concepes de aprendizagem do sujeito aprendente.

    Para a posio empirista-associacionista, a criana um ser vazio, seus

    rabiscos so entendidos como falta de aprendizagem ou de desenvolvimento, ou

    seja, a criana no est evoluindo. Tambm diz que muitos educadores apoiamesse pensamento, pois o mesmo ignora os conhecimentos prvios do aluno,

    passando a adestra-lo no que ele entende como ensino e aprendizagem, e esta

    ocorre pela associao e percepo dos sons e smbolos grficos.

    J a posio inatista-maturacionista, a criana no necessita de interveno

    para desenvolver-se, pois o desenvolvimento da mesma dar-se- conforme sua

    maturao orgnica, esta diz que o processo de ensino e aprendizagem no se

    diferencia, pois acontece de dentro para fora.A autora detm-se um pouco mais na explanao da posio construtivista,

    por entender que essa teoria coloca o sujeito no centro do processo de ensino e

    aprendizagem. Os mtodos e tcnicas de ensino devem privilegiar a ao ativa do

    aluno, promovendo a evoluo do pensamento, compreenso e domnio do que se

    escreve e se l.

    No capitulo 7: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVO DA

    ESCRITA O PRPRIO NOME, trabalha de maneira real e sucinta, o progresso do

    desenho feito pela criana que leva a apropriao da escrita propriamente dita.

    Relata o processo de iniciao da escrita pela criana atravs das marcas deixadas

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    5/6

    pelas mesmas que simbolizam sua assinatura, ou seja, o prprio nome. Nesse

    processo a criana vai substituindo gradativamente os traados e linhas, fazendo

    assim suas diferenciaes, essa diferenciao a representao de coisas distintas

    surgidas na evoluo de seu pensamento.

    Fala da necessidade de se intervir, e de no negligenciar esse processo,

    baseado na experincia de uma educadora, pois a criana necessita de um

    ambiente propicio para que haja desenvolvimento, e que a figura um importante

    relacionador entre a leitura e a escrita, por isso o desenho um excelente recurso

    de aprendizagem da escrita.

    O nome da criana tambm visto como instrumento de promoo de

    aquisio da lngua escrita, pois tem significado para a mesma. O prpriodesenvolvimento perceptivo da criana leva-a a questionar e preocupar-se com a

    quantidade de letras necessrias para se escrever uma palavra.

    Prope a quebra de paradigmas enraizados no ensino e aprendizagens de

    crianas, principalmente da educao infantil, e que os educadores busquem

    conhecimento em relao ao desenvolvimento qualitativo da criana, respeitando

    seu tempo, ritmo e evoluo.

    Na leitura do capitulo 8: A CONQUISTA DO SISTEMA REPRESENTATIVODA ESCRITA GENERALIZAO DO PRPRIO NOME, percebe-se que o domnio

    da oralidade pela criana fato, cabendo ao educador respeit-lo e utiliz-lo como

    condutor para o aprendizado da escrita.

    O reconhecimento do desenvolvimento processual de cada criana foco de

    discusso deste capitulo, pois cada criana tem seu tempo, sendo que, atravs de

    suas vivncias familiares e sociais, a criana traz consigo um vasto conhecimento e

    uso da estrutura da lngua, o que lhe permite criar e recriar.A utilizao do nome da criana como base de desenvolvimento da escrita,

    retomada neste capitulo, pois a mesma, leva-a a levantar hipteses e redefinir o

    conhecimento adquirido, caracterizando evoluo no processo de apreenso dos

    cdigos lingusticos.

    Essas conquistas se percebem pelos questionamentos e inconstncia na

    escrita da criana, quanto ao modo e quantidade de letras ou silaba necessrias

    formulao de palavras e as combinaes entre vogais e consoantes, levando a

    percepo da funo da lngua falada e escrita, sendo que esse processo

    gradativo e no deve ser atropelado por instrumentos, mtodos e cartilhas que

  • 7/31/2019 O DESANHO INFANTIL

    6/6

    adestram ao invs de lev-las ao entendimento e compreenso do que se est

    aprendendo, valorizando o que diz a autora, o que importa a qualidade e no a

    quantidade da sua aprendizagem.

    Pensar em desenho, ou at mesmo, em processo de evoluo da escrita,

    constitui-se em um desafio para qualquer educador ou pesquisador, pois para que

    se possa introduzir um novo olhar em relao criana e seu desenvolvimento, faz-

    se necessrio abandonar as prticas tradicionais ou at mesmo as cartilhas de

    adestramento.

    Sendo assim, torna-se necessrio que o educador apresente um novo

    comportamento em relao criana, passando a valorizar seu conhecimento

    prvio, pois as palavras, aes, gestos, expresses de afeto, desenho e at o olhar,podem ser utilizados como caminhos e manifestaes de descobertas da expresso

    manifesta pela viso de mundo da criana.

    Da garatuja ao desenho, a criana passa por complexos processos de

    evoluo, os quais ela expressa sua viso, imaginao e criao, buscando

    representar sua compreenso da realidade. Portanto, faz-se necessrio ao educador

    ampliar sua viso, considerar a criana pelo que valorizando seu conhecimento e

    proporcionar um ambiente favorvel a aprendizagem.

    REFERNCIA

    SEBER, Maria da Glria. Psicologia do pr-escolar: uma viso construtivista.

    So Paulo. Moderna, 1995.