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O desenvolvimento econômico da Caixa e do Brasil FLÁVIA VON ATZINGEN P ASQUINI GONÇALVES / BELO HORIZONTE, 2010 Agradecimentos Ao papai e à mamãe, pelo amor. Ao professor e orientador Domingos Sávio Alves Cunha, pela paciência e a compreensão incomensuráveis na realização desta monografia, apresentada ao 1º Concurso Nacional Caixa de Monografias. A Eliane Monken, Francisco Adelmi dos Santos Rodrigues e Hamilton Arlindo de Freitas Xavier, pelo suporte incondicional e por acreditarem na minha capacidade. Resumo Nesta monografia, verificou-se a correlação entre o desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal (Caixa) e do Brasil. Para tanto, estudou-se a evolução econômica da instituição, suas principais atuações e a relação com o governo federal; depois, examinaram-se a evolução do país, o cenário econômico e seus principais índices de desenvolvimento. Com esses dados, pôde-se verificar que a variação no crescimento dos ativos da Caixa pode ser explicada pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e que elas demonstram sinergia, já que, ao se analisar o desenvolvimento do Brasil, foi possível perceber que algumas ações estavam diretamente ligadas à Caixa. Palavras-chave: desenvolvimento; Caixa Econômica Federal; Brasil. Sumário 1. Introdução 2. Desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal 3. Desenvolvimento econômico do Brasil 4. Relação entre o desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal e do Brasil 5. Conclusão Referências bibliográficas | 127 cap_06.qxd:Layout 1 8/1/11 10:44 PM Page 127

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O desenvolvimento econômico da Caixa e do Brasil FLÁVIA VON ATZINGEN PASQUINI GONÇALVES / BELO HORIZONTE, 2010

Agradecimentos

Ao papai e à mamãe, pelo amor.Ao professor e orientador Domingos Sávio Alves Cunha, pela paciência e a compreensão

incomensuráveis na realização desta monografia, apresentada ao 1º Concurso NacionalCaixa de Monografias.

A Eliane Monken, Francisco Adelmi dos Santos Rodrigues e Hamilton Arlindo de FreitasXavier, pelo suporte incondicional e por acreditarem na minha capacidade.

Resumo

Nesta monografia, verificou-se a correlação entre o desenvolvimento econômico daCaixa Econômica Federal (Caixa) e do Brasil. Para tanto, estudou-se a evolução econômicada instituição, suas principais atuações e a relação com o governo federal; depois,examinaram-se a evolução do país, o cenário econômico e seus principais índices dedesenvolvimento. Com esses dados, pôde-se verificar que a variação no crescimento dosativos da Caixa pode ser explicada pela variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro,e que elas demonstram sinergia, já que, ao se analisar o desenvolvimento do Brasil, foipossível perceber que algumas ações estavam diretamente ligadas à Caixa.

Palavras-chave: desenvolvimento; Caixa Econômica Federal; Brasil.

Sumário1. Introdução2. Desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal3. Desenvolvimento econômico do Brasil4. Relação entre o desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal e do Brasil5. ConclusãoReferências bibliográficas

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1. Introdução

A história bancária do Brasil começa com a criação do Banco do Brasil em 1808, por meiode um alvará do príncipe regente D. João VI. Entretanto, o próprio criador do banco contribuiupa ra seu insucesso, levando seus recursos para Portugal, em 1821, e promovendo a liquidaçãoem 1833 (Banco do Brasil, 2010). A partir daquele momento, outras instituições financeiras fo -am surgindo. Em 1861, o imperador D. Pedro II, por meio do Decreto nº 2.723, criaria a CaixaEconômica e Monte de Socorro, com a finalidade de incentivar a poupança, ao remunerar comjuros de 6% às pequenas economias e empréstimos sob penhor, assegurando a fiel restituiçãodo que pertencesse a cada contribuinte, sob a garantia do governo imperial. (Brasil, 1861).

Nessa época, ainda existiam escravos no Brasil, e eles, segundo Celso Furtado (1991, p.49),eram tratados como um bem durável de consumo. Contudo, embora a Abolição da escravaturasó tenha ocorrido em 1888, já se esboçava uma evolução. Pela Lei nº 2.040, de 28 de setembrode 1871, foi permitido “ao escravo a formação de um pecúlio com o que lhe provier de doações,legados e heranças, e com o que, por consentimento do senhor, obtiver do seu trabalho eeconomias” (Brasil, 1871).

A Caixa Econômica tinha, nesse período, importante papel a desempenhar, e ainda ampliariasua atuação. A instituição passaria a operar na área de empréstimos a partir 1915, e, em 1969,o governo federal unificaria as 22 Caixas do Brasil, tornando-as uma empresa pública (Caixa,“Dimensão institucional da Caixa”).

A necessidade de operacionalização das políticas do governo federal era notória. A Caixapassava, então, a atuar como o principal agente para fomentar o desenvolvimento do Brasil.

A Caixa é o grande banco público de fomento do desenvolvimento urbano eestá presente em todo o país. Atua aplicando recursos onerosos e não onerosos,promovendo e empreendendo esforços para atender a população brasileira nasáreas de habitação, saneamento, infraestrutura urbana e na operação dosserviços públicos, colaborando, assim, com o desenvolvimento sustentável e coma implementação de experiências voltadas principalmente para a redução dapobreza, melhoria das condições de vida e utilização racional dos recursosnaturais. (Caixa, 2004)

Hoje, a Caixa e outras instituições atuam no mercado brasileiro seguindo as normas doBanco Central do Brasil (Bacen), autarquia federal que tem como principal função a autoridademonetária (Bacen, 2010).

Com a atuação do Bacen, foi possível planejar as diretrizes monetárias do Brasil, que vemapresentando desenvolvimento de país de Primeiro Mundo. Depois da implantação do Plano Real,o Brasil conseguiu atingir a estabilidade econômica – em 1989, registrava-se 1.972,91% (IPCA)de inflação (Terra, 2010).

Além da estabilidade econômica, ou em virtude dela, o crescimento brasileiro se destacamundialmente, compondo o grupo do Bric (Brasil, Rússia, Índia, e China), mantendo um “mercadointerno em expansão, investimentos externos crescentes, e a busca por uma nova governançaglobal (Vizia e Costa, 2010).

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No ciclo econômico recente, os países em desenvolvimento têmapresentado sistematicamente taxas de crescimento superiores às dos paísesdesenvolvidos e da própria economia mundial. Segundo o Fundo MonetárioInternacional (FMI), no período 2003-08, a taxa de crescimento média daeconomia global alcançou 5,3% ao ano, e a dos países avançados, 2,8% aoano, enquanto a dos países em desenvolvimento alcançou 8,6% ao ano. (Idem)

O desenvolvimento brasileiro e o da Caixa Econômica Federal podem estar atrelados oufortemente relacionados. Assim, pretende-se, com esta monografia, verificar se existe essacorrelação.

2. Desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal

Após a unificação das Caixas, no início dos anos 1970, a instituição, que contava com 525agências, elevaria esse número para 813, na década seguinte. Em 2002, após implementaçãodo projeto Caixa Aqui, o banco atingiu todos os municípios brasileiros, com 1.700 agências,381 postos de atendimento bancário, 1.078 postos de atendimento eletrônico, um posto deatendimento avançado, 8.952 casas lotéricas e 2.108 correspondentes bancários,possibilitando amplo acesso ao atendimento bancário e a diversos programas sociais. Hoje,a instituição conta com 2.237 agências e teve um crescimento da ordem de 54,8% entre asdécadas de 1970 e 1980, e mais de 175% até os dias atuais. Além das agências, a Caixapossui 36,2 mil unidades de atendimento, sejam agências, postos, salas de atendimento oucorrespondentes bancários (Gouvêa e Caixa, 1981).

A Caixa atende a sociedade em diversos ramos, o que faz dela uma empresa ímpar.Além das suas operações principais, como fomentar o sistema de poupança e de habitação,exerce atividades de banco comercial, ao captar depósitos à vista, realizar operações ativase prestar serviços a pessoas físicas e jurídicas. Exerce ainda a administração das loteriasfederais, promove a melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população,por meio de ações de saneamento básico e muitos outros. “A Caixa é a principal instituiçãofederal responsável pela operação de recursos destinados ao fomento do desenvolvimentourbano de diversas fontes, tais como FGTS, FAT, FAR, Caixa, OGU, BID e Bird.” (Caixa, “Trabalhandocom a Caixa”). Os recursos mantidos pela instituição são divididos em duas categorias:

Recursos onerosos são aqueles que exigem retorno (pagamento) e estãovinculados a operações de crédito ou financiamentos. São exemplos derecursos onerosos os programas que operam recursos do FGTS, entre os quaisse destacam o Pró-Moradia e Saneamento para Todos. Podem ser mutuáriosneste tipo operação um estado, um município, uma empresa pública, umaempresa particular (uma concessionária privada de saneamento, porexemplo), uma entidade/associação e um indivíduo específico (como porexemplo, nas operações coletivas do FGTS com subsídio). Recursos não onerosossão aqueles que não exigem retorno, apenas contrapartida, e estão vinculadosa operações de repasse. Geralmente, são destinadas a estados, municípios ou

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entidades/organizações não governamentais. O principal exemplo são osprogramas vinculados aos recursos do OGU. (Idem)

As operações de fomento mantidas pela Caixa possuem legislações específicas e agregampara a sociedade diversos benefícios que, ao longo dos últimos anos, vêm apresentandocrescimento: “O patrimônio líquido total dos fundos de investimentos administrados pelainstituição, incluindo os fundos de rede, exclusivos, carteiras, FI FGTS, FI FAR, FI FDS e FI de FIC,apresentou aumento de 11,5%, passando de R$ 249,4 bilhões, em junho de 2009, para R$278,2 bilhões em junho de 2010 (Caixa, “Caixa expande crédito”).

Entre as operações de fomento destaca-se o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS), que representa os direitos trabalhistas, além de servir como investimento nas áreasde infraestrutura, saneamento, entre outras.

Com a absorção do Banco Nacional de Habitação (BNH) em 1986, aempresa transformou-se na maior agência de desenvolvimento social daAmérica Latina, administrando o FGTS, e se tornou o órgão-chave na execuçãodas políticas de desenvolvimento urbano, habitação e saneamento. Em 1990,a instituição foi incumbida de centralizar quase 130 milhões de contas deFGTS que se encontravam distribuídas em 76 bancos. O desafio foi vencido e,em 1993, ela efetuou o pagamento de cerca de 72 milhões de contas inativas.(Caixa, “Balanço social”, 2003)

Na área de habitação, a Caixa atua como agente administrador e agente financeiro.Essas duas funções não se confundem, pois suas demonstrações contábeis são representadasseparadamente, e as regulamentações para alocações dos recursos para a instituição sãoiguais às de qualquer outro agente financeiro.

No Gráfico 1, a Caixa aparece como agente financeiro do FGTS, e pode-se verificar aalocação dos recursos por segmentação. No setor de financiamentos imobiliários observa-se uma involução de aproximadamente 91,19% de 2000 para 2001. A redução deveu-se aofato de, em 2001, ter sido criada a Empresa Gestora de Ativos (Emgea), que assumiu asresponsabilidades da Caixa em contrapartida de transferência de créditos imobiliários. Dessaforma, a queda decorre de subsídios na carteira de crédito imobiliário e de ajustes, como estáinformado no seguinte relatório administrativo:

Não obstante as adversidades, o ano representa um marco na história dainstituição, que teve equacionado o desequilíbrio estrutural decorrentesobretudo de subsídios indiretos na sua carteira de créditos imobiliários. Oresultado negativo apurado decorre, portanto, dos ajustes promovidos com areestruturação patrimonial e foi plenamente absorvido pela capitalizaçãorecebida, no âmbito do Programa de Fortalecimento das InstituiçõesFinanceiras Federais (MP no 2.196-3, de 24 de agosto de 2001). (Caixa,“Demonstrações financeiras”, 2001)

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Ao passar dos anos, a instituição conseguiu se estabilizar e evoluir de 2001 para 2009cerca 397,89%, o que demonstra uma recuperação sadia. Em agosto de 2010, a Caixainformou que o desempenho em crédito imobiliário fora novamente recorde, comcontratações da ordem de R$ 33,5 bilhões, incluindo repasses – quase o dobro do valorregistrado no mesmo período do ano passado (Caixa, “Caixa expande crédito...”).

O destaque do financiamento imobiliário são as contratações com recursosda caderneta de poupança (SBPE), que atingiram R$ 14,9 bilhões no semestree saldo de R$ 44,5 bilhões, acréscimo de cerca de 84% com relação aomesmo período do ano anterior. Com as contratações realizadas ao longo doprimeiro semestre, o saldo total da carteira habitacional alcançou R$ 86,9bilhões, avanço de 23,2% nos seis primeiros meses do ano, que elevaram para75,9% a participação da Caixa nesse segmento no mercado, 3,4 p.p. a mais doque em junho de 2009. (Idem)

Assim como nos financiamentos, de 2000 para 2001, percebe-se queda dos valoresdestinados ao saneamento básico, à infraestrutura e ao desenvolvimento: “O setor privadofoi responsável pela totalidade das contratações realizadas em 2001, devido aocontingenciamento de crédito ao setor público estabelecido pelo Conselho MonetárioNacional, conforme Resolução nº 2.827, de 30 de março de 2001” (Caixa, “Demonstraçõescontábeis do FGTS”, 2001).

Gráfico 1. Caixa, agente financeiro do FGTS. Financiamentos por setor

FONTE: Caixa Econômica Federal, FGTS

Além das operações de fomento, a Caixa atua com operações delegadas. O Quadro 1apresenta-as, com foco na área social.

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Quadro 1. Caixa, operações delegadas, benefícios sociais

FONTE: Dados da Caixa Econômica Federal, 2010.

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Peti Trabalho não combina com criança. Pensando nisso o governo federal criou o Programa de Erradicaçãodo Trabalho Infantil (Peti), que tem o objetivo de proteger crianças e adolescentes menores de 16 anoscontra qualquer forma de trabalho, garantindo que frequentem a escola e atividades socioeducativas.O programa oferece auxílio financeiro, pago mensalmente pela Caixa à mãe ou responsável legal domenor, por meio de cartão magnético.

Garantia Safra O Garantia Safra é um benefício social vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Seu objetivoé garantir renda mínima para a sobrevivência de agricultores de localidades em situação de emergênciaou calamidade pública por causa de estiagem.

Bolsa Família O governo federal criou o Programa Bolsa Família em 2003, para apoiar as famílias mais pobres egarantir seu direito à alimentação. Para isso, transfere renda diretamente para as famílias, por meioda Caixa, onde a família beneficiária saca com seu cartão magnético o valor a que tem direito. Desdesua criação, o Bolsa Família unificou os seguintes programas de transferência de renda: Bolsa Escola,Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação e Auxílio Gás.

De Volta paraCasa

O De Volta para Casa, criado pelo Ministério da Saúde, é um programa de reintegração social de pessoasacometidas por transtornos mentais, egressas de longas internações, segundo critérios definidos na Lei no10.708, de 31 de julho de 2003, que tem como parte integrante o pagamento do auxílio-reabilitaçãopsicossocial.

Bolsa Atleta O Bolsa Atleta é um programa do governo federal, gerido pelo Ministério do Esporte, que buscagarantir a manutenção pessoal dos atletas de alto rendimento, mas sem patrocínio. Com isso, procura-se oferecer condições necessárias para que se dediquem ao treinamento esportivo e possam participarde competições que permitam o desenvolvimento de suas carreiras.

Chapéu dePalha

Instituído pelo Governo do Estado de Pernambuco, o Programa Chapéu de Palha tem por finalidadeadotar medidas de combate aos efeitos do desemprego em massa, decorrentes da entressafra da cana-de-açúcar e da fruticultura irrigada.

Pró-JovemUrbano

O Pró-Jovem Urbano tem como finalidade primeira proporcionar formação integral aos jovens, por meiode uma efetiva associação entre:• formação básica, para elevação da escolaridade, tendo em vista a conclusão do ensino fundamental• qualificação profissional, com certificação de formação inicial;• participação cidadã, com a promoção de experiência de atuação social na comunidade.

BolsaFormação –Pronasci

O Bolsa Formação dedica-se à qualificação dos profissionais de segurança pública e justiça criminal, taiscomo integrantes das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, dos agentes penitenciários, agentescarcerários e peritos ou ocupantes de cargo ou emprego efetivo nas Guardas Civis Municipais. O projetocontribui para a valorização desses profissionais e para o consequente benefício da sociedade brasileira.

Mulheres daPaz (Pronasci)

O projeto destina-se à capacitação de mulheres socialmente atuantes nas áreas atendidas pelo Pronasci.As participantes irão trabalhar com jovens em situação de risco social e em conflito com a lei, impedidosde participar dos programas sociais do governo por terem sido aliciados pelo tráfico e pela criminalidade.

ProjetoPronasci

O protejo é destinado à formação e inclusão social de jovens e adolescentes expostos à violência domésticaou urbana, nas áreas geográficas abrangidas pelo Pronasci. Forma jovens e adolescentes, a partir depráticas esportivas, culturais e educacionais, buscando resgatar a autoestima e a convivência pacífica, eincentivando a reestruturação do seu percurso socioformativo, para inclusão numa vida saudável.

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Esse conjunto de ações tem em mira promover o bem-estar social, por meio de serviçosou programas como: erradicação do trabalho infantil, auxílio à agricultura, distribuição derenda, reintegração social, ajuda esportiva, melhoria na saúde, redução de desemprego equalificação profissional.

Com a missão de principal executora das políticas públicasgovernamentais, a Caixa assumiu, desde 2002, ainda que como um agentefinanceiro, a identidade de banco social. Atendendo às diretrizes dadas àpolítica social do atual governo, o governo Lula, a Caixa propôs a reformulaçãode sua missão e a criação de uma gerência especifica para trabalhar compolíticas sociais. (Araújo, 2005)

O Programa Bolsa Família tem papel fundamental, que se consolida pela transferência derenda. No mês de setembro de 2010, o programa atendeu 12.769.155 famílias e chegou aorepasse de R$ 1.227.998.637,00 (Ministério do Desenvolvimento Social, 2010).

O Bolsa Família está consolidado como política social no Brasil, cumprindoseu objetivo de transferir renda para famílias carentes. Atualmente oprograma atende 15,5 milhões de famílias, distribuindo 0,37% do ProdutoInterno Bruto (PIB) do país. É um dos fatores para a redução de quase trêspontos, entre 1995 e 2004, do índice de Gini, medida de concentração derenda, sendo responsável por 7% da queda. Desde o início do programa, em2003, 19,4 milhões de famílias saíram da extrema pobreza, segundo dados daFundação Getulio Vargas. (Pita, 2010)

Esse programa teve como “porta de saída” o Programa Fome Zero (idem, p.16), quetinha como finalidades o acesso à alimentação, a geração de renda, o fortalecimento daagricultura familiar, a articulação, a mobilização e o controle social.

Outra iniciativa realizada pela Caixa foi o lançamento, em março de 2003,do fundo de investimento Fundo Caixa FI Fome Zero, em que 50% da taxa deadministração são doados ao Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.No ano, foram repassados R$ 447,9 mil ao Fundo. Deste total, 56,82% foramdoados pela Caixa, por meio da comercialização do Caixa FI Fome Zero. (Caixa,“Demonstrações financeiras”, 2006)

Como se pode observar no Quadro 2, a Caixa também opera no seguimento de benefíciosao trabalhador.

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Quadro 2. Caixa, operações delegadas, benefícios ao trabalhador

Fonte: Dados da Caixa Econômica Federal, 2010.

Nesse contexto, todos os programas atuam diretamente ligados aos trabalhadores,promovendo seu amparo, sua requalificação e integração social.

A atuação da Caixa destaca-se também como agente financeiro e agente operador doFundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), criado em 1999 e reeditadoem 2001, em substituição ao Programa de Crédito Educativo, proporcionando a qualificaçãodas pessoas por meio de financiamento estudantil. Os recursos provêm da dotaçãoorçamentária do Ministério da Educação (MEC), do retorno de financiamentos e da LoteriaFederal (Caixa, ”Relatório de gestão”, 2002).

O Programa de Financiamento Estudantil (Fies) é destinado a financiar,prioritariamente, a graduação no ensino superior de estudantes que não têmcondições de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmentematriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Programa e com

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FGTS O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço foi criado na década de 1960 para proteger otrabalhador demitido sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os empregadoresdepositam, em contas abertas na Caixa em nome dos seus empregados e vinculadas ao contratode trabalho, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Com o Fundo, otrabalhador tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir sua casa própria, comos recursos da conta vinculada. Além de favorecer os trabalhadores, o fgts financia programasde habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana que beneficiam a sociedadecomo um todo, sobretudo a parcela de menor renda.

PrevidênciaSocial –pagamento

A Previdência Social é um seguro para todos. Ao contribuir para a Previdência, o segurado temdireito aos benefícios oferecidos pela instituição por meio do Instituto Nacional do SeguroSocial (INSS).

Houve mudanças nas categorias da contribuição. Assim, quem trabalha com carteira assinadaautomaticamente está filiado à Previdência Social. Autônomos em geral e os que prestamserviços temporários podem se inscrever e pagar como contribuintes individuais. Aqueles quenão têm renda própria, como estudantes, donas de casa e desempregados, podem ser seguradose pagar como contribuinte facultativo.

Seguro-desemprego

O seguro-desemprego é um benefício integrante da Seguridade Social, garantido pelo artigo7o dos Direitos Sociais da Constituição Federal, e tem por finalidade prover assistência financeiratemporária ao trabalhador dispensado involuntariamente.

PIS – quotas erendimentos

O PIS é um programa criado pelo governo federal que tem a finalidade de promover a integraçãodo empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição darenda nacional. Por meio do cadastramento no Programa, o trabalhador recebe um número deinscrição que possibilitará consulta e saques dos benefícios sociais. Divide-se em quotas departicipação e rendimentos.

Abono salarial O abono salarial é um benefício constitucional no valor de um salário mínimo, assegurado aotrabalhador cadastrado no PIS/PASEP que preencher as condições legais para seu recebimento.

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avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. (Caixa, “Financiamentoestudantil”)

Outra operação delegada que merece destaque é a Loteria Federal. Em 1962 a Caixapassou a administrá-la exclusivamente, por decreto do então presidente Jânio Quadros,antes, portanto, da unificação das Caixas. De acordo com a Caixa Econômica Federal, aloteria é um “mecanismo de formação de fundos para benefícios sociais, gerados a partir danecessidade lúdica, intrínseca ao ser humano” (Caixa, “Breve história das loterias”, 2001).

Com isso, as loterias são responsáveis por repasses na área social. No Gráfico 2,observam-se os valores repassados para cada segmento. No esporte, os beneficiários legaissão o Ministério do Esporte, clubes de futebol, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o ComitêParaolímpico Brasileiro (CPB), representando grande parte da destinação. Na saúde, obeneficiário legal é o Fundo Nacional da Saúde (FNS), que começou a receber dotação apenasem 2008. Na cultura, o beneficiário legal é o Fundo Nacional da Cultura (FNC). Na segurança,é o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen); e, na área de seguridade, a própria SeguridadeSocial. Os outros beneficiários são os concursos especiais (Associação de Pais e Amigos dosExcepcionais, Cruz Vermelha, COB e CPB).

Gráfico 2. Repasse, Loteria Federal

FONTE: Dados da Caixa Econômica Federal, 2004-09.

A atuação da Caixa na área comercial tem como produto básico a caderneta depoupança, investimento tradicional de baixo risco. Analisando o Gráfico 3, pode-se verificarum declínio de 121,22%, em 2000, quando comparado a 1999, com recuperação crescentenos anos seguintes, e apenas uma leve queda em 2003, logo recuperada em 2009.

No primeiro semestre de 2010, de acordo com a Caixa, o segmento registrou o saldo deR$ 116,3 bilhões, conseguindo a primeira colocação, com mais de 34% do segmento total nomercado brasileiro (Caixa, “Poupança da Caixa alcança...”). Isso se reflete diretamente na áreahabitacional, pois a Caixa, como agente financeiro, aplica todos os recursos provenientes dapoupança em financiamentos habitacionais.

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Gráfico 3. Caixa, poupança

FONTE: Dados da Caixa Econômica Federal, 1999-09.

Em julho de 2010, a Caixa atingiu o patamar de 40 milhões de contas ativas em poupança,marca jamais atingida por nenhuma outra instituição, além de chegar praticamente a 51milhões de clientes entre poupadores e correntistas (Brasil Econômico, 2010)

A composição das operações de crédito pode ser dividida em dois setores, público eprivado, como mostra o Gráfico 4. O setor público é segmentado em administração direta,petroquímica, saneamento, produção e distribuição de energia elétrica e outros. O setor privadoé segmentado em pessoa jurídica para comércio varejista e atacadista, metalurgia, fabricaçãode produtos químicos, alimentos, veículos leves e pesados, vestuários e acessórios, petroquímica,produção e distribuição de energia elétrica, saneamento, construção civil, saúde, serviçosfinanceiros, escritório, transporte terrestre, educação, infraestrutura, habitação,telecomunicações, e outros na área de serviços, indústria e comércio. Também no setor privadoestá incluída a destinação para as pessoas físicas, segmentado em habitação e empréstimo.

Gráfico 4. Caixa, composição das operações de crédito

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FONTE: Dados da Caixa Econômica Federal, 2000-09.

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As operações de crédito possuem várias destinações, e o primeiro produto, como entidadesocial, foi o Caixa Hospitais, “que se constitui de uma linha de financiamento para hospitaisfilantrópicos, sem destinação específica” (Araújo, 2005). Outra operação que merece destaqueé o financiamento de crédito em mobilidade urbana para a Copa de 2014 (verhttp://www1.caixa.gov.br/imprensa/imprensa_release.asp?codigo=6610824&tipo_noticia=13).

O crescimento econômico da Caixa pode ser medido pela evolução de seus ativos e seupatrimônio líquido (PL).

A Tabela 1 apresenta a evolução nominal dos seus ativos e PL. Percebe-se que houve cres -cimento em todos os anos, tanto do ativo como do PL da Caixa, com exceção de 2001, possi vel -mente pelos aspectos apresentados anteriormente, sobre transferência de créditos imobiliários.

Tabela 1. Caixa: evolução nominal de seus ativos e PL

Ano Ativo PL

1999 122.441.169 3.900.219

2000 126.080.240 3.070.024

2001 101.330.651 3.891.469

2002 128.417.934 4.628.121

2003 150.495.476 5.771.552

2004 147.786.559 6.663.640

2005 188.677.661 7.951.942

2006 209.532.836 9.182.470

2007 253.575.011 10.585.470

2008 295.920.330 12.704.670

2009 341.831.823 13.143.767

3. Desenvolvimento econômico do Brasil

O slogan de Juscelino Kubitscheck (JK) para Brasil, “Cinquenta anos em cinco”,representava o que se esperava de desenvolvimento no país. De acordo com Nogueira (apudMarques, 2010), “Juscelino plantou projetos de grande profundidade. Assim como GetúlioVargas criara a siderurgia, JK deu autonomia energética ao Brasil, indispensável para ocrescimento”. Contudo, o desenvolvimento acelerado e o milagre econômico brasileiro(ocorrido no governo do presidente Emílio Garrastazu Médici) fizeram com que o paíspassasse da euforia ao descontrole.

Maria de Fátima Andrade informa que:

A disponibilidade externa de capital e a determinação dos governos militaresde fazer do Brasil uma “potência emergente” viabilizam pesados investimentosem infraestrutura (rodovias, ferrovias, telecomunicações, portos, usinas

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hidrelétricas, usinas nucleares), nas indústrias de base (mineração e siderurgia),de transformação (papel, cimento, alumínio, produtos químicos, fertilizantes),equipamentos (geradores, sistemas de telefonia, máquinas, motores, turbinas),bens duráveis (veículos e eletrodomésticos) e na agroindústria de alimentos(grãos, carnes, laticínios). No início da década de 70, a economia apresentaresultados excepcionais, com o PIB crescendo a 12%, e o setor industrial a 18%ao ano. O “milagre econômico” brasileiro foi acompanhado de muitas “explosões”,dentre elas um crescimento contínuo das classes médias, primeiro nas grandescidades e depois nas cidades menores e no campo modernizado. (Andrade, 2010)

O Estado iria se transformar, no período de expansão (década de 1970), no maior agente eco -nô mico do Brasil. Em 1972, estavam sob o controle do Estado 80% das exportações de minériode ferro e da capacidade de gerar energia, e mais de 80% do setor de exploração, refino e distri -buição de petróleo (ver “O milagre brasileiro”). Entretanto, o crescimento foi drasticamente re du -zido, gerando endividamento interno e externo, hiperinflação e taxas de desemprego alar mantes.

Depois do regime militar (1964-84), sucederam-se vários projetos para tentar conter ainflação, como o Plano Cruzado, que substituiu o cruzeiro pelo cruzado. Contudo, o planofracassou, e novas mazelas surgiram, como o desabastecimento e o ágio nos produtos. Maistarde, um novo plano, o Cruzado II, liberou os preços e as tarifas públicas. Em 1987, sem reservascambiais, o Brasil se viu obrigado a deixar de pagar os juros da dívida externa. No ano seguinte,surgiu outro plano, o Plano Verão (janeiro de 1989), na tentativa de estabilizar a economiacom congelamento de preços, mas também fracassa (Marcon, 2010).

Depois do Plano Verão, o então presidente Fernando Collor de Mello anunciou o Plano BrasilNovo (março de 1990), que ficou conhecido como Plano Collor, com o objetivo de acabar coma crise, ajustar a econômica e elevar o país à condição de Primeiro Mundo. A moeda, cruzadonovo, mudou para cruzeiro. Contas-correntes, cadernetas de poupança e demais investimentossuperiores a CR$ 50.000,00 ficaram bloqueados por 18 meses. O governo tabelou os preços,prefixou os salários, aumentou os tributos e tarifas, além de criar novos, e suspendeu os incentivosfiscais não previstos na Constituição (Ruiz, 2003).

Depois que fracassaram os planos Cruzado I e II (1986), Bresser (1987), Verão (1989),Collor I (1990) e Collor II (1991), na tentativa de estabilizar a inflação, foi elaborado o Plano Real,calcado na paridade do real com o dólar e no não congelamento dos preços (EstabilidadeFinanceira, 2010).

O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o maisbem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combatercasos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas eeconômicas para permitir que o governo brasileiro lançasse, ainda no final de1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o planoresultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição daantiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994 (Ministério daFazenda, s.d.).

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Como demonstra o Gráfico 5, a implementação desse plano conseguiu estabilizar ainflação do país.

Gráfico 5. Inflação no Brasil (1976-2004)

FONTE: Meirelles (2004).

O desenvolvimento socioeconômico do Brasil se acentuou após o controle da inflação efortaleceu-se ante as crises. Conforme dados do Bacen, em 1999, a inflação chegou aopatamar de 8,94%, alcançando 12,53%, em 2002, e, a partir de 2005, conseguiu manteruma inflação abaixo de 6% a.a.

Com a estabilização da inflação, o cenário brasileiro ficou propício ao crescimento. O PIB

aumentou, e a renda do brasileiro melhorou, como se observa na Tabela 2.

Tabela 2. Brasil, evolução do PIB

ANO PIB

1999 1.064.999.712

2000 1.179.482.000

2001 1.302.136.000

2002 1.477.822.000

2003 1.699.948.000

2004 1.941.498.000

2005 2.147.239.000

2006 2.369.484.000

2007 2.661.344.000

2008 3.004.881.057

2009 3.143.014.695

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No Gráfico 6, pode-se visualizar o desenvolvimento do PIB per capita do Brasil emporcentagem e os diversos fatores que o influenciaram no decorrer de 1999 a 2009.

Gráfico 6. Brasil: PIB per capita e cenários que influênciaram (1999-2009)

FONTE: Dados do Bacen.

Um dos fatores que marcou a desvalorização do real, em 1999, foi a mudança de regimede taxa de câmbio fixa, que permanecia desde 1994 como taxa fixa valorizada, para taxaflutuante (Dieese, 2006). Nesse ano, o PIB per capita chegou a –1,2%, e elevou-se para2,8%, em 2000.

Em 2001 o PIB per capita caiu para -0,2%, e o país passou por uma crise energética, comos reservatórios das represas de energia elétrica em níveis excepcionalmente baixos,conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese(apud Executivo Federal, 2001).

O PIB per capita de 2001 para 2002 subiu 1,4%. Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse em2003 e lançou o programa Fome Zero (Tubino, 2007). Em 2004, o PIB per capita subiu para4,3%.

Desde 2004, o Brasil apresentava trajetória de crescimento mais vigorosaem relação à média das duas últimas décadas, estimulada pelo aumento dopreço internacional das commodities exportadas pelo país em quadro deexpansão da economia internacional, pelos efeitos multiplicadores do aumentodo salário mínimo (SM) e da expansão dos programas sociais. Essa tendênciatambém era incentivada por quadro macroeconômico favorável, comacumulação crescente de reservas cambiais, superiores aos débitos com osetor externo. (Ipea, 2009)

Com a inflação estável e a demanda interna favorável, o PIB per capita subiu de 1,9%, em2005, para 4,9% em 2007. O governo federal lançou, no mesmo ano, o Programa deAceleramento do Crescimento (PAC). De acordo com informações do Portal Brasil, “O PAC é

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mais que um programa de expansão do crescimento”, pois, através de investimentos nasdiversas áreas socioeconômicas e outras medidas, consegue estimular o desenvolvimento dopaís. De acordo com o balanço do PAC, até 2010, previa-se um valor investido em ações daordem de R$ 427,8 bilhões nas áreas de logística, energia, social e urbana, com 33,6%concluídos; e, na área de habitação e saneamento, R$ 228,7 bilhões, com 69,4% concluídos.Foram elaborados diversos projetos na área de infraestrutura social e urbana. Um dos quemais se destacou foi o Luz para Todos.

Em 2008, o PIB per capita atingiu 4%, e o mundo adotou medidas para conter os efeitosda crise internacional (ibid.). “A deterioração do cenário econômico internacional, em razãoda eclosão da crise do subprime americano, e de seu aprofundamento, depois da falência dobanco Lehman and Brothers, atingiu a economia brasileira com profundidade no quartotrimestre de 2008 (ibid.).

Ao mesmo tempo, no início dos anos 1990, Brasil, Rússia, Índia e China respondiam porcerca de 5% do PIB mundial (Exame, 2007). Hoje representam 23,51% (Buarque, 2010).

A sigla Bric aglutina, num mesmo termo, países que têm em comumgrandes territórios, populações, e que, nos últimos anos, vêm crescendo ataxas elevadas. Diversos estudos apontam para o aumento da participaçãodesses países na economia e política internacionais. Alguns desses trabalhosargumentam que, nos próximos 50 anos, o conjunto de países formado porBrasil, China, Rússia e Índia poderá superar o G-6 (Estados Unidos, Japão,Alemanha, Reino Unido, França e Itália) como principal força propulsora daeconomia global. (Ipea, 2010)

Nesse período, o Brasil passou por diversas modificações. Conforme dados do IBGE,houve uma evolução da iluminação elétrica no país, que atendia 95% da população em1999, para se estender para mais de 99%, em 2009. (De acordo com o IBGE [“Iluminaçãoelétrica”], investigou-se a existência de iluminação elétrica nos domicílios particularespermanentes, independentemente de ser proveniente de rede geral ou obtida de outra forma,como gerador, conversor de energia solar etc.) A iluminação elétrica representa parte dodesenvolvimento brasileiro conforme o Ministério de Minas e Energia.

As atividades escolares, no período noturno, melhoraram para 40,7% dosentre vistados. A pesquisa apontou, ainda, que as oportunidades de trabalhome lho raram para 34,2% dos beneficiados. Já a disponibilidade dos serviçosde saúde, para 22,1% dos pesquisados; e a renda familiar aumentou para35,6%, mos trando que a chegada da energia elétrica está promovendo odesenvol vimento econômico e social das comunidades. (Ministério das Minase Energia, 2010)

Os indicadores de desenvolvimento sustentável do Brasil em 2010 (IDS 2010) retrata aimportância da energia.

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Em 2009, o consumo de energia per capita, ou seja, o que cada brasileiroconsumiu de energia por ano, alcançou 48,3 gigajoules por habitante (GJ/hab).Foi o segundo maior índice desde o início da série histórica, em 1992, sóperdendo para 2008, quando alcançou o patamar de 50 GJ/hab. Essa variávelestá diretamente ligada ao grau de desenvolvimento de um país.

Por outro lado, a intensidade energética,ou seja, a quantidade de energianecessária à produção de uma unidade de PIB, que mede a eficiência no usode energia, tem se mantido estável desde 1995. Desde então, o índice oscilouentre 0,209 toneladas equivalentes de petróleo (tep) por R$ 1.000, o menorda série, e 0,213 tep/R$ 1.000, em 2009. O pico foi atingido em 1999, quandoo índice alcançou 0,229 tep/R$ 1.000 (quanto menor o valor, maior aeficiência no uso de energia). (IBGE, 2010)

O abastecimento de água no Brasil, rede geral, cresceu 5,5% de 1999 para 2009chegando ao atendimento de 85,3%. (Conforme IBGE, [“Rede geral”] considera-se “redegeral” quando o domicílio é servido por água proveniente de uma rede geral de distribuição,com canalização interna ou, pelo menos, para o terreno ou propriedade em que se situava.)Em relação ao esgotamento sanitário, houve melhoria em relação às pessoas que têm acessoà rede coletora. (Conforme IBGE [“Rede coletora”], há “rede coletora” de esgoto ou pluvialquando a canalização das águas servidas e dos dejetos estivesse ligada a um sistema decoleta que os conduzisse para um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmoque o sistema não dispusesse de estação de tratamento da matéria esgotada.) Eram cercade 8,9% em 1999, passando para 52,5%, em 2009 (IBGE,1999-2009).

Em 2008, 57% dos domicílios eram considerados adequados paramoradia, ou seja, tinham simultaneamente abastecimento de água por redegeral, esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica, coleta delixo direta ou indireta e até dois moradores por dormitório. Isso significa quecerca de 25 milhões de domicílios ainda não atendiam a esses critérios. Poroutro lado, houve um aumento significativo, uma vez que, em 1992, apenas36,8% dos domicílios eram considerados adequados. (IBGE, 2010)

O percentual de abastecimento de água no Brasil, em rede geral, é quase o mesmo queo de acesso dos brasileiros ao telefone fixo. (Conforme IBGE [“Telefone”], nos domicíliosparticulares permanentes, investigou-se a existência de linha telefônica fixa instalada, mesmoque fosse partilhada com outra unidade, domiciliar ou não residencial, de ramal de umacentral telefônica comunitária etc. Pesquisou-se, também, se algum morador do domicílioparticular permanente tinha linha telefônica móvel.). Este, de 1999 a 2009, aumentou 47,3%,alcançando 84,9% no final desse período

O acesso ao telefone móvel passou por um aumento acelerado no Brasilnos últimos anos. Em 1994, enquanto a telefonia fixa alcançava 86 usuários

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para cada mil habitantes, a telefonia celular só tinha cinco acessos; dez anosdepois, a densidade de acessos a esse serviço entre mil habitantes alcançava366 usuários, contra 279 da linha fixa, segundo a Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel). Em 2008, a diferença era de 306 acessos àtelefonia fixa contra 794 do serviço móvel para cada mil habitantes, o quecorresponde a um aumento de 259% em quatro anos. Nesse mesmo ano, opaís contava com mais de 150 milhões de acessos móveis. (IBGE, 2010)

Segundo o Dieese, para “construir uma sociedade justa no Brasil, é necessário respondera uma pergunta fundamental: qual é a situação dos trabalhadores do país?” Os dados doIBGE demonstram que a porcentagem de pessoas com CTPS assinada, no total deempregados no trabalho formal, no Brasil, em 1999 era 53,4%, aumentando 6,5% em 2009.

Entre os avanços verificados no tema trabalho e rendimento estão aredução da taxa média anual de desocupação (Pesquisa Mensal de Emprego),o aumento do rendimento médio mensal (Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios) e a redução da concentração na distribuição de renda, medida peloÍndice de Gini2 (0,531 em 2008). (Ibid)

De acordo com os dados do IBGE, a educação brasileira evoluiu de uma média de 5,8 anosde estudo, entre pessoas de dez anos ou mais de idade, em 1999, para 7,20, em 2009.“Programas governamentais como o Bolsa Família, o Fome Zero e o Brasil Alfabetizadoajudaram o Brasil a melhorar nos índices de educação avaliados pela Unesco no relatório‘Alcançando os marginalizados’” (UOL, 2010).

Melhorias na saúde ajudam a diminuir a mortalidade infantil, como informa o IBGE .

A ampla cobertura de vacinação para doenças como poliomielite etuberculose, além da redução de aproximadamente 75% no número de criançasde até cinco anos de idade desnutridas, melhoria do nível educacional dasmulheres, mostradas no IDS 2010, foram alguns dos fatores que levaram àredução de 50% na mortalidade infantil (crianças com menos de um ano deidade) entre 1990 e 2008, de 47 por mil nascidos vivos para 23,3 por mil. (Ibid.)

A situação econômica do Brasil pode ser analisada pela disponibilidade de crédito do sistemafinanceiro. O Gráfico 7 demonstra a crescente evolução de crédito de 2001 a janeiro de 2009,tanto no setor privado quanto no público (risco total) por PIB. Observa-se que o crédito na áreade habitação diminuiu de janeiro de 2001 para janeiro de 2009, quando o governo federal,com a Caixa Econômica Federal, lançou o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).

A meta é ambiciosa: construir um milhão de habitações, priorizandofamílias com renda de até três salários mínimos, mas que também abrangefamílias com renda de até dez salários mínimos. Isso só será possível com uma

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ampla parceria entre União, estados, municípios, empreendedores emovimentos sociais. Trata-se de um esforço inédito em nosso país, masnecessário e viável. (Caixa e governo federal)

Gráfico 7. Brasil, crédito do Sistema Financeiro (habitação, público e privado, %)

FONTE: Dados do Bacen.Notas: 1– Estimativa do Banco Central para o pib dos doze últimos meses a preços do mês assinalado, a partirde dados anuais do ibge, com base no igo-di centrado.2 – Refere-se às instituições em que as pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas e residentes no país detêmparticipação superior a 50% no capital votante.

O país vem se sobressaindo com relação a outros países, como observou Celso Furtado:“É importante que o Brasil assuma a liderança nessa confrontação entre economiasdesenvolvidas e subdesenvolvidas.” Pois possui recursos suficientes para se desenvolver“Sendo o país dotado do maior potencial de desenvolvimento” (Furtado, 2004).

4. Relação entre o desenvolvimento econômico da Caixa Econômica Federal e doBrasil

Na interpretação de Martins (2002), esta pesquisa pode ser caracterizada comoempírico-analítica, do ponto de vista metodológico, uma vez que o tema é abordadoutilizando-se técnicas de coleta de dados para análise, por meio de tratamento estatísticodas relações entre o ativo e o patrimônio líquido da Caixa Econômica Federal e o PIB brasileiro.

Inicialmente trataram-se os valores (vr) de ativos e patrimônio líquido, bem como osvalores do PIB, a fim de eliminar os efeitos inflacionários. Desta forma, os valores foramcorrigidos, utilizando a variação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), elaborado pelaFundação Getulio Vargas (FGV), para valores de 31 de dezembro de 2009, como mostra aTabela 3.

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Tabela 3 – Evolução do ativo e PL da Caixa e do PIB (Vr em milhares de reais)

Ano Ativo total PL PIB

1999 278.034.695 8.856.467 2.418.360.364

2000 260.385.761 6.340.332 2.435.911.593

2001 189.605.554 7.281.549 2.436.500.856

2002 191.765.541 6.911.138 2.206.820.542

2003 206.763.445 7.929.448 2.335.532.699

2004 180.609.400 8.143.609 2.372.697.433

2005 227.846.996 9.602.759 2.593.004.139

2006 243.656.109 10.677.873 2.755.364.091

2007 273.671.676 11.424.404 2.872.264.380

2008 290.853.486 12.487.137 2.953.430.507

2009 341.831.823 13.143.767 3.143.014.695

Fonte: Dados da FGV, Caixa e Bacen.

Após tratar os dados, utilizando o programa SPSS, foi realizado teste não paramétrico parainvestigar se a distribuição de dados é normal. Confirmada a distribuição normal, aplicou-se a correlação de Pearson, apresentada no Quadro 3.

Quadro 3. Correlação de Pearson

A correlação de Pearson é uma medida do grau de relação linear entre duas variáveis quantitativas. Este

coeficiente varia entre os valores –1 e 1. O valor 0 (zero) significa que não há relação linear,o valor 1 indica uma relação linear perfeita, e o valor –1 também indica uma relação linearperfeita mas inversa, ou seja, quando uma das variáveis aumenta a outra diminui. Quanto

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PL PIB ATIVO

PL Pearson CorrelationSig. (2-tailed)N

1

11

,944**,000

11

754**,007

11

PIB Pearson CorrelationSig. (2-tailed)N

,944**,000

11

1

11

,820**,002

11

ATIVO Pearson CorrelationSig. (2-tailed)N

754**,007

11

,820**,002

11

1

11

** Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed)

Correlations

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mais próximo estiver de 1 ou –1, mais forte é a associação linear entre as duas variáveis.(“Coeficiente de correlação de Pearson”)

Observou-se, pela correlação de Pearson, que as variáveis são significativamentecorrelacionadas com um nível de significância de 1%.

Buscou-se ainda obter a relação de causalidade entre as variáveis, por meio do coeficientede correlação ao quadrado, ou R2, “uma medida da quantidade de variação em uma variávelque é explicada pela outra” (Field, 2009, p.143). Verificou-se um R2 de 0,878, significando que87,8% da variação no crescimento dos ativos da Caixa Econômica Federal podem serexplicados pela variação do PIB brasileiro, e 12,5% por outras variáveis.

Completando cerca de 150 anos de atuação, a Caixa demonstra ser uma entidade firme,criada para perpetuar e ajudar o desenvolvimento do Brasil. A Figura 1 representa essasinergia.

A sinergia entre políticas governamentais, orientações democráticas eparticipativas da administração da empresa e a cultura dos empregados –desenvolvida ao longo de mais de um século de experiência na prestação deserviços à sociedade – permitiu que se cumprisse a determinação social quefaz parte da própria essência e da razão de existir da Caixa. (Caixa, “Balançosocial”, 2003)

Figura 1. DNA, Brasil e Caixa

5. Conclusão

Com quase 150 anos de atuação, a Caixa demonstra grande desenvolvimento. Suasunidades possibilitam o atendimento a todos os municípios brasileiros. A instituição atua comoperações delegadas, fomento e banco comercial. Sua base começou com a caderneta depoupança, e atualmente ela ocupa a primeira colocação do segmento total do mercado nopaís, o que se reflete diretamente na área habitacional, pois, como agente financeiro, aplicatodos os recursos provenientes da poupança em financiamentos habitacionais.

Outra marca registrada da Caixa é a atuação como agente financeiro na áreahabitacional, saneamento e infraestrutura, com os recursos provenientes do FGTS, além deatuar separadamente, como agente administrador. Entre as operações delegadas, destaca-se o Programa Bolsa Família, que apoia as famílias mais pobres e garante o direito delas à

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alimentação, por meio de transferência de renda. Operação delegada que merece destaquetambém é a Loteria Federal. Seus recursos são responsáveis por repasses para a área social.Com tudo isso a Caixa conseguiu ampliar seus ativos e seu patrimônio.

Com a estabilização da inflação, o cenário brasileiro ficou propício para o crescimento.O PIB aumentou, a renda do brasileiro melhorou, e o país se fortaleceu para enfrentar crisescomo a desvalorização do real, a energética e a internacional. Através de investimentos nasdiversas áreas socioeconômicas e de medidas condizentes, a Caixa consegue estimular odesenvolvimento do país.

Indicadores de desenvolvimento que tiveram como base projetos governamentais comoo PAC e o Bolsa Família têm sido incrementados, assim como o abastecimento de água,saúde, esporte, estudo, acesso a energia elétrica, trabalho, crédito. Ao se analisar odesenvolvimento econômico do país e o da Caixa, verificou-se que 87,8% da variação nocrescimento dos ativos do banco podem ser explicados pela variação do PIB brasileiro, e12,5% por outras variáveis. Os dois indicadores demonstram sinergia, pois, quando se observao desenvolvimento do país, percebe-se que algumas ações estão diretamente ligadas àCaixa, e vice-versa. “É impossível dissociar as duas histórias, tão ricas em conteúdo e empersonagens. A razão dessa proximidade está no fato de não existir um só brasileiro que nãotenha em sua vida um momento de relacionamento com a Caixa” (Caixa, “Caixa lança livro...”).

Referências bibliográficas

ANDRADE, Maria de Fátima G. Milagre econômico brasileiro. Disponível em:http://pt.shvoong.com/social-sciences/economics/1662701-milagre-econ%C3%B4economico/. Acesso em: 21 out 2010.

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