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B4 Paraíba Terça-feira, 03 de março de 2015 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Novo emprego no aviso prévio antecipa prescrição DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR CORREIO TRABALHISTA Uma nova colocação profissional durante o aviso- prévio causa o fim imediato do contrato de trabalho anterior, conforme decisão da Sexta Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina. Por assim entender, a Câmara pronunciou a pres- crição bienal do pedido de um executivo. Essa prescri- ção se refere ao prazo de dois anos, depois do fim do contrato, para que o empregado ingresse com a reclama- ção trabalhista. A rescisão, sem justa causa, aconteceu no dia 13 de janeiro de 2011. Com o aviso-prévio indenizado, o fim do contrato ficou projetado até 12 de fevereiro de 2011 e a ação foi proposta no dia 4 de fevereiro de 2013. Mas, a empresa apresentou um documento, retira- do de um site de currículos, em que o autor registrou o trabalho na nova empresa em 2011, sem precisar o dia e o mês. Acontece que essa prova não foi contestada pelo autor e, para os desembargadores, isso presume que seja verdadeira a alegação da defesa de que executivo renunciou ao aviso. (TRT 12ª. Região – 6ª. Câmara – Proc. 00442- 58.2013.5.12.0031) FALHA DO PJe ANULA PROCESSO O Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso, por sua Segunda Turma, determinou a reabertura da instrução processual de uma ação por causa de falhas no sistema PJe, que não permitiram que alguns documen- tos juntados por uma empresa na contestação fossem assinados e validados, impossibilitando suas análises. A empresa interpôs recurso no Tribunal alegando cerceamento de defesa, pedindo anulação da sentença e o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem para que todos os documentos anexados pudessem ser apreciados. Entre os documentos não validados devido à falha no PJe estão alguns cartões e espelhos de pontos, além de cópias de Convenções Coletivas, contrato de trabalho e outros. Na ação, uma ex-vendedora de uma rede varejista pedia, entre outras coisas, o reconhecimento de jornada extraordinária realizada. Como os documentos no qual a empresa embasava sua contestação não puderam ser analisados, a sentença de primeiro grau entendeu que a rede varejista não se desincumbiu de seu ônus, em especial quanto a jun- tar os cartões de ponto e provar a jornada de trabalho sustentada. Assim, considerou válidos os registros de frequência anexados pela trabalhadora e condenou a empresa ao pagamento das horas extras. No recurso, a empresa alegou que só tomou conhe- cimento dos problemas após a publicação da sentença, quando percebeu que os documentos não foram consi- derados pela magistrada que apreciou o caso. A relatora do recurso, desembargadora Maria Be- renice, anotou que a Secretaria de Tecnologia da Infor- mação (STI) do TRT de Mato Grosso emitiu um relatório técnico atestando que, por inconsistências na versão do PJe em uso à época, os documentos relacionados pela empresa realmente não foram assinados. Conforme destacado pela desembargadora, alguns desses documentos, como os cartões de pontos, são fundamentais para esclarecer a controvérsia e resolver o conflito em questão. Assim, votou por anular a sentença neste aspecto e determinar o retorno dos autos à Vara para reabertura da instrução processual e reanálise das provas. Para a relatora, “Não há dúvidas, portanto, de que o direito de defesa da Empregadora restou cerceado, já que as provas por ela juntadas não foram apreciadas pelo Juízo monocrático, consubstanciando cerceamento de defesa, trazendo prejuízo irreparável à Recorrente”. (TRT 23ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000001- 21.2014.5.23.0004) Entre os novos atributos estão o pla- nejamento da utilização dos recursos de maneira mais eficaz e com atendimento pleno à linha pedagógica Desembargador Wolney Cordeiro, diretor da Escola Judicial do TRT Presidentes discutem salários de servidores do Judiciário Ubiratan Delgado apresentou Moção de Apoio a recomposição salarial Proposta foi aprovada por unanimidade em reunião do Coleprecor na sede do TST, em Brasília O Colégio de Presi- dentes e Corregedores dos Tribunais do Traba- lho do Brasil (Coleprecor) aprovou por unanimidade uma moção de apoio a re- composição dos salários dos servidores do Poder Judiciário Federal. A mo- ção foi apresentada pelo presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargador Ubiratan Delgado, no en- cerramento da primeira reunião do Coleprecor deste ano, que aconteceu em Brasília. Os presidentes e corregedores decidiram encaminhar a moção a todos os deputados fe- derais e senadores e aos presidentes dos Tribu- nais superiores. O do- cumento explicita a ne- cessidade a a urgência da recomposição salarial dos servidores. Na semana passa- da, um encontro para tratar das carreiras de servidores do Poder Ju- diciário e do Ministério Público da União reuniu no Tribunal do Trabalho da Paraíba os deputados Federais Wilson Santiago Filho, Efraim Morais Fi- lho, Hugo Mota e Mano- el Júnior com represen- tantes das instituições. Agora, a moção aprovada pelo Coleprecor chegará a todos os deputados e se- nadores. Comissões Na primeira reunião do ano do Colégio de Pre- sidentes e Corregedores dos TRTs, foram esco- lhidas as comissões que irão atuar junto ao Tri- bunal Superior do Traba- lho e Conselhos Nacional de Justiça e Superior da Justiça do Trabalho. O presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba, desembargador Ubiratan Delgado foi indicado para participar das Comissões de Assuntos Legislativos, de Informática, e de Or- çamento. Na Comissão de Orçamento está ocupan- do a vice-presidência. O Coleprecor é presi- dido pelo desembargador Valtércio de Oliveira, do Tribunal Regional do Tra- balho da Bahia e a vice- presidente é a desem- bargadora Denise Horta, corregedora do TRT de Minas Gerais ESCOLA JUDICIAL DO TRT Ano letivo começa nesta quinta A conferência “Prin- cípios e diretrizes gerais do Novo Código de Pro- cesso Civil e a aplicação supletiva e subsidiária ao Processo do Trabalho” vai abrir o ano letivo da Es- cola Judicial do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) nesta quin- ta-feira, dia 5, no audi- tório principal da sede do TRT, em João Pessoa. O tema será apresentado pelo juiz Mauro Schiavi, da 19ª Vara do Trabalho de São Paulo, que é Mes- tre e Doutor em Direito das Relações Sociais. Na sexta (6), a pro- gramação tem prossegui- mento com a realização do minicurso “Impactos do Novo Código de Pro- cesso Civil no cotidiano das Varas do Trabalho e TRTs”, ministrado no auditório da Escola Ju- dicial, localizado no 3º andar, Bloco C, na sede do Regional. O curso visa apresentar as alterações procedimentais advindas com o novo CPC e suas repercussões no procedi- mento trabalhista. Em janeiro passado a EJud passou por pro- fundas transformações, que estão contempladas no Regimento Interno do TRT. Em sessão do Tribunal Pleno, foram aprovadas mudanças que garantiram autono- mia administrativa e fi- nanceira, além de novas responsabilidades envol- vendo a capacitação de servidores. De acordo com o desembargador Wolney Cordeiro, diretor da Escola, entre os novos atributos estão o planejamento da utilização dos recursos de maneira mais eficaz e com atendimento pleno à linha pedagógica. Para o magistrado, as Escolas Judiciais têm um papel reconhecido pela própria Constituição, no sentido de promover a formação de magistrados e também de servidores. “A nossa EJud ganhou, neste ano, um crédito de confiança da Presidência, dos colegas desembargadores”, disse. Já consta na programação da Escola para este ano a realização de uma semana de atualização (de 11 a 15 de maio). No segundo semestre, a intenção é a realização de um congresso internacional de Direito Constitucional. Outro ponto positivo para a Escola destacado pelo diretor é a busca de uma sede própria, que já conta com o apoio do presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado. “A sede terá salas de aula confortáveis e escritório que permitam o desenvolvimento das atividades pedagógicas de maneira mais adequada”, comentou. A escola tem como vice-diretor o juiz Paulo Henrique Tavares e integram o conselho pedagógico os juízes Antônio Cavalcanti Neto, Roberta de Paiva Saldanha e Adriano Mesquita Dantas. ! Novas atribuições Definidas ações para a Semana da Conciliação em Campina As Varas do Trabalho e a Central de Mandados de Campina Grande já de- finiram as atividades para a Semana da Conciliação, que acontecerá em todo o país no período de 17 a 20 de março. Os juízes de to- das as unidades se reuni- ram e decidiram que vão pautar os processos de execução e de fase de co- nhecimento, como forma de antecipação das audi- ências, e sem prejuízo das audiências já marcadas. A diretora do Fórum Irineu Joffily é a juíza Maria das Dores Alves A Central de Manda- dos Judiciais de Campina decidiu dedicar todo o mês de março à conciliação de processos. Durante a Se- mana da Conciliação, a juíza Flávia Assunção vai colocar em pauta, todos os dias, de 10 a 12 pro- cessos dos anos de 2013 e 2014. Além disso, está facultado a advogados e partes o pedido de inclu- são de processos fora da pauta para a busca de conciliação. Para as três outras semanas do mês, a Cen- tral de Mandados vai dedi- car todas as terças-feiras para a busca por concilia- ção. “Nós queremos tra- balhar com afinco para conciliar o maior número de acordos, seja nas ações trabalhistas já definidas por esta Central de Man- dados, seja pela procura espontânea dos advoga- dos e das partes”, disse a juíza Flávia Assunção. Curiosidade Recentemente em Campina Grande foi conciliado um processo curioso. Em uma ação trabalhista, o Paulistano Esporte Clube teria vendi- do um terreno de sua pro- priedade, mas o vigilante que trabalhava e morava no local, se recusou a sair do local, onde havia um imóvel. Em audiência reali- zada na 5ª Vara do Tra- balho, a juíza Flávia As- sunção conseguiu que as partes chegassem a um consenso. Ficou acordado que os representantes do Paulistano Esporte Clube pagariam o valor de R$ 60 mil, sendo R$ 48 mil para o trabalhador e ou- tros R$ 12 mil a título de honorários advocatícios. Satisfeito com o acordo, o empregado se com- prometeu a desocupar o imóvel localizado dentro do terreno, que teria sido vendido ao Grupo Assai Atacadão Ltda. Ubiratan Delgado fez visita ao Comando Geral da PMPB O presidente do Tribu- nal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembarga- dor Ubiratan Delgado fez vi- sita de cortesia ao Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba. O magistrado es- tava acompanhado pelo juiz Auxiliar da Presidência, An- tônio Eudes Vieira Júnior e pelo diretor do Serviço de Segurança do Regional, co- ronel Jefferson Pereira. No Comando Geral, o presidente foi recebido pelo comandante PM, coronel Euller Chaves e pelo subco- mandante, coronel Almeida Rosas. Delgado está fa- zendo uma série de visitas com o objetivo de estreitar os laços de relacionamen- to entre instituições. “Hoje nós temos uma Resolução do CNJ que dá maior im- portância ao setor de segu- rança, e o coronel Jefferson Pereira está nos ajudando a cuidar melhor da área pa- trimonial e pessoal”, disse o desembargador. Ubiratan Delgado falou que o TRT está fazendo es- tudos para diagnosticar as competências necessárias para o exercício da segu- rança, e vai investir em cur- sos de capacitação para os agentes de Segurança. A PM disponibilizou para o TRT uma vaga na 2ª turma do Estágio de Segu- rança de Autoridades, que acontecerá de 23 a 27 de março no Centro de Educa- ção da PMPB. Para a vaga foi designado o servidor Guaracy Medeiros. Magistrados foram recebidos pelo Coronel Euller Chaves

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B4 Paraíba Terça-feira, 03 de março de 2015

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Novo emprego no aviso prévio antecipa prescrição

Dorgival Terceiro NeTo JúNior

Correio TrabalhisTa

Uma nova colocação profissional durante o aviso-prévio causa o fim imediato do contrato de trabalho anterior, conforme decisão da Sexta Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina.

Por assim entender, a Câmara pronunciou a pres-crição bienal do pedido de um executivo. Essa prescri-ção se refere ao prazo de dois anos, depois do fim do contrato, para que o empregado ingresse com a reclama-ção trabalhista.

A rescisão, sem justa causa, aconteceu no dia 13 de janeiro de 2011. Com o aviso-prévio indenizado, o fim do contrato ficou projetado até 12 de fevereiro de 2011 e a ação foi proposta no dia 4 de fevereiro de 2013.

Mas, a empresa apresentou um documento, retira-do de um site de currículos, em que o autor registrou o trabalho na nova empresa em 2011, sem precisar o dia e o mês. Acontece que essa prova não foi contestada pelo autor e, para os desembargadores, isso presume que seja verdadeira a alegação da defesa de que executivo renunciou ao aviso.

(TRT 12ª. Região – 6ª. Câmara – Proc. 00442-58.2013.5.12.0031)

FALHA DO PJe ANULA PROCESSOO Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso,

por sua Segunda Turma, determinou a reabertura da instrução processual de uma ação por causa de falhas no sistema PJe, que não permitiram que alguns documen-tos juntados por uma empresa na contestação fossem assinados e validados, impossibilitando suas análises.

A empresa interpôs recurso no Tribunal alegando cerceamento de defesa, pedindo anulação da sentença e o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem para que todos os documentos anexados pudessem ser apreciados. Entre os documentos não validados devido à falha no PJe estão alguns cartões e espelhos de pontos, além de cópias de Convenções Coletivas, contrato de trabalho e outros.

Na ação, uma ex-vendedora de uma rede varejista pedia, entre outras coisas, o reconhecimento de jornada extraordinária realizada.

Como os documentos no qual a empresa embasava sua contestação não puderam ser analisados, a sentença de primeiro grau entendeu que a rede varejista não se desincumbiu de seu ônus, em especial quanto a jun-tar os cartões de ponto e provar a jornada de trabalho sustentada. Assim, considerou válidos os registros de frequência anexados pela trabalhadora e condenou a empresa ao pagamento das horas extras.

No recurso, a empresa alegou que só tomou conhe-cimento dos problemas após a publicação da sentença, quando percebeu que os documentos não foram consi-derados pela magistrada que apreciou o caso.

A relatora do recurso, desembargadora Maria Be-renice, anotou que a Secretaria de Tecnologia da Infor-mação (STI) do TRT de Mato Grosso emitiu um relatório técnico atestando que, por inconsistências na versão do PJe em uso à época, os documentos relacionados pela empresa realmente não foram assinados.

Conforme destacado pela desembargadora, alguns desses documentos, como os cartões de pontos, são fundamentais para esclarecer a controvérsia e resolver o conflito em questão. Assim, votou por anular a sentença neste aspecto e determinar o retorno dos autos à Vara para reabertura da instrução processual e reanálise das provas.

Para a relatora, “Não há dúvidas, portanto, de que o direito de defesa da Empregadora restou cerceado, já que as provas por ela juntadas não foram apreciadas pelo Juízo monocrático, consubstanciando cerceamento de defesa, trazendo prejuízo irreparável à Recorrente”.

(TRT 23ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000001-21.2014.5.23.0004)

Entre os novos atributos estão o pla-nejamento da utilização dos recursos de maneira mais eficaz e com atendimento pleno à linha pedagógica

Desembargador Wolney Cordeiro, diretor da Escola Judicial do TRT

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Presidentes discutem salários de servidores do JudiciárioUbiratan Delgado apresentou Moção de Apoio a recomposição salarial

Proposta foi aprovada por unanimidade em reunião do coleprecor na sede do TST, em Brasília

O Colégio de Presi-dentes e Corregedores dos Tribunais do Traba-lho do Brasil (Coleprecor) aprovou por unanimidade uma moção de apoio a re-composição dos salários dos servidores do Poder Judiciário Federal. A mo-ção foi apresentada pelo presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembargador Ubiratan Delgado, no en-cerramento da primeira reunião do Coleprecor deste ano, que aconteceu em Brasília.

Os presidentes e corregedores decidiram encaminhar a moção a todos os deputados fe-derais e senadores e aos presidentes dos Tribu-nais superiores. O do-cumento explicita a ne-cessidade a a urgência da recomposição salarial dos servidores.

Na semana passa-da, um encontro para tratar das carreiras de servidores do Poder Ju-diciário e do Ministério Público da União reuniu no Tribunal do Trabalho da Paraíba os deputados Federais Wilson Santiago

Filho, Efraim Morais Fi-lho, Hugo Mota e Mano-el Júnior com represen-tantes das instituições. Agora, a moção aprovada pelo Coleprecor chegará a todos os deputados e se-nadores.

comissõesNa primeira reunião

do ano do Colégio de Pre-sidentes e Corregedores

dos TRTs, foram esco-lhidas as comissões que irão atuar junto ao Tri-bunal Superior do Traba-lho e Conselhos Nacional de Justiça e Superior da Justiça do Trabalho. O presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba, desembargador Ubiratan Delgado foi indicado para participar das Comissões de Assuntos Legislativos,

de Informática, e de Or-çamento. Na Comissão de Orçamento está ocupan-do a vice-presidência.

O Coleprecor é presi-dido pelo desembargador Valtércio de Oliveira, do Tribunal Regional do Tra-balho da Bahia e a vice-presidente é a desem-bargadora Denise Horta, corregedora do TRT de Minas Gerais

ESCOLA JUDiCiAL DO tRt

Ano letivo começa nesta quintaA conferência “Prin-

cípios e diretrizes gerais do Novo Código de Pro-cesso Civil e a aplicação supletiva e subsidiária ao Processo do Trabalho” vai abrir o ano letivo da Es-cola Judicial do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) nesta quin-ta-feira, dia 5, no audi-tório principal da sede do TRT, em João Pessoa. O tema será apresentado pelo juiz Mauro Schiavi, da 19ª Vara do Trabalho de São Paulo, que é Mes-tre e Doutor em Direito das Relações Sociais.

Na sexta (6), a pro-gramação tem prossegui-mento com a realização do minicurso “Impactos do Novo Código de Pro-cesso Civil no cotidiano

das Varas do Trabalho e TRTs”, ministrado no auditório da Escola Ju-dicial, localizado no 3º andar, Bloco C, na sede do Regional. O curso visa apresentar as alterações procedimentais advindas com o novo CPC e suas repercussões no procedi-mento trabalhista.

Em janeiro passado a EJud passou por pro-fundas transformações, que estão contempladas no Regimento Interno do TRT. Em sessão do Tribunal Pleno, foram aprovadas mudanças que garantiram autono-mia administrativa e fi-nanceira, além de novas responsabilidades envol-vendo a capacitação de servidores.

De acordo com o desembargador Wolney Cordeiro, diretor da Escola, entre os novos atributos estão o planejamento da utilização dos recursos de maneira mais eficaz e com atendimento pleno à linha pedagógica. Para o magistrado, as Escolas Judiciais têm um papel reconhecido pela própria Constituição, no sentido de promover a formação de magistrados e também de servidores. “A nossa EJud ganhou, neste ano, um crédito de confiança da Presidência, dos colegas desembargadores”, disse.Já consta na programação da Escola para este ano a realização de uma semana de atualização (de 11 a 15 de maio). No segundo semestre, a intenção é a realização de um congresso internacional de Direito Constitucional.Outro ponto positivo para a Escola destacado pelo diretor é a busca de uma sede própria, que já conta com o apoio do presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado. “A sede terá salas de aula confortáveis e escritório que permitam o desenvolvimento das atividades pedagógicas de maneira mais adequada”, comentou.A escola tem como vice-diretor o juiz Paulo Henrique Tavares e integram o conselho pedagógico os juízes Antônio Cavalcanti Neto, Roberta de Paiva Saldanha e Adriano Mesquita Dantas.

!Novas atribuições

Definidas ações para a Semana da Conciliação em Campina

As Varas do Trabalho e a Central de Mandados de Campina Grande já de-finiram as atividades para a Semana da Conciliação, que acontecerá em todo o país no período de 17 a 20 de março. Os juízes de to-das as unidades se reuni-ram e decidiram que vão pautar os processos de execução e de fase de co-nhecimento, como forma de antecipação das audi-ências, e sem prejuízo das audiências já marcadas. A diretora do Fórum Irineu Joffily é a juíza Maria das Dores Alves

A Central de Manda-dos Judiciais de Campina decidiu dedicar todo o mês de março à conciliação de processos. Durante a Se-mana da Conciliação, a juíza Flávia Assunção vai colocar em pauta, todos os dias, de 10 a 12 pro-

cessos dos anos de 2013 e 2014. Além disso, está facultado a advogados e partes o pedido de inclu-são de processos fora da pauta para a busca de conciliação.

Para as três outras semanas do mês, a Cen-tral de Mandados vai dedi-car todas as terças-feiras para a busca por concilia-ção. “Nós queremos tra-balhar com afinco para conciliar o maior número de acordos, seja nas ações trabalhistas já definidas por esta Central de Man-dados, seja pela procura espontânea dos advoga-dos e das partes”, disse a juíza Flávia Assunção.

curiosidadeRecentemente em

Campina Grande foi conciliado um processo curioso. Em uma ação

trabalhista, o Paulistano Esporte Clube teria vendi-do um terreno de sua pro-priedade, mas o vigilante que trabalhava e morava no local, se recusou a sair do local, onde havia um imóvel.

Em audiência reali-zada na 5ª Vara do Tra-balho, a juíza Flávia As-sunção conseguiu que as partes chegassem a um consenso. Ficou acordado que os representantes do Paulistano Esporte Clube pagariam o valor de R$ 60 mil, sendo R$ 48 mil para o trabalhador e ou-tros R$ 12 mil a título de honorários advocatícios. Satisfeito com o acordo, o empregado se com-prometeu a desocupar o imóvel localizado dentro do terreno, que teria sido vendido ao Grupo Assai Atacadão Ltda.

Ubiratan Delgado fez visita ao Comando Geral da PMPB

O presidente do Tribu-nal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), desembarga-dor Ubiratan Delgado fez vi-sita de cortesia ao Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba. O magistrado es-tava acompanhado pelo juiz Auxiliar da Presidência, An-tônio Eudes Vieira Júnior e pelo diretor do Serviço de Segurança do Regional, co-ronel Jefferson Pereira.

No Comando Geral, o presidente foi recebido pelo comandante PM, coronel Euller Chaves e pelo subco-mandante, coronel Almeida Rosas. Delgado está fa-zendo uma série de visitas com o objetivo de estreitar os laços de relacionamen-to entre instituições. “Hoje nós temos uma Resolução do CNJ que dá maior im-portância ao setor de segu-rança, e o coronel Jefferson Pereira está nos ajudando

a cuidar melhor da área pa-trimonial e pessoal”, disse o desembargador.

Ubiratan Delgado falou que o TRT está fazendo es-tudos para diagnosticar as competências necessárias para o exercício da segu-rança, e vai investir em cur-sos de capacitação para os

agentes de Segurança. A PM disponibilizou

para o TRT uma vaga na 2ª turma do Estágio de Segu-rança de Autoridades, que acontecerá de 23 a 27 de março no Centro de Educa-ção da PMPB. Para a vaga foi designado o servidor Guaracy Medeiros.

Magistrados foram recebidos pelo coronel euller chaves

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B4 Paraíba Terça-feira, 10 de Março de 2015

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Barriga de aluguel garante emprego a homem

Dorgival Terceiro NeTo JúNior Desembargador Ubiratan Delgado anunciou nova sede para a Ejud

Escola Judicial começa ano letivo discutindo novo CPC

Correio TrabalhisTa

A Décima Sétima Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo reconheceu o direito de um homem à garantia provisória de emprego, após o nascimento dos filhos, gerados por meio de “mãe substitutiva” ou “barriga de aluguel”.

A redatora do acórdão, desembargadora Maria de Lourdes Antônio, pôs em destaque reflexão sobre a concessão de garantia provisória no emprego para um homem que, junto com seu companheiro, teve dois filhos, gerados por “mães de aluguel”., anotando que “a união homoafetiva ostenta nature-za jurídica de entidade familiar, na forma do § 3º do art. 226 da Constituição Federal, segundo interpretação dada pelo STF”.

A redatora mencionou ainda modificações na CLT e uma instrução normativa do INSS, relativa à concessão de licença-maternidade para homossexuais que adotem crianças.

A Turma ressaltou que não se deve confundir a licença-maternidade, que é um benefício previdenciário, com a esta-bilidade provisória no emprego, que é direito trabalhista, mas registrou que “é certo que ambos os institutos jurídicos têm por escopo a proteção da família e do nascituro, (...) embora estejam diretamente ligados à gestante”.

O acórdão defende que a interpretação restritiva do texto constitucional, no sentido de que a licença-maternidade e a garantia provisória de emprego são direitos conferidos unicamente à gestante, acarretaria discriminação evidente, em casos nos quais o nascituro não seria criado pela mãe biológica. E lembra que, diante dessa realidade, o legislador brasileiro expressamente passou a conceder a licença-maternidade e a garantia de emprego do artigo 10, II, b, do ADCT, ao emprega-do homem, no caso de adoção ou guarda judicial, incluindo-se as relações homoafetivas.

Mesmo que a situação vivida pelo reclamante, de gera-ção dos filhos por “mãe substitutiva”, ainda não tenha sido, ao menos expressamente, contemplada pela lei ordinária, os magistrados consideraram a necessidade de proteger a família e o nascituro.

Decidiu, então, a Turma, que o reclamante faz jus à garantia provisória de emprego e determinaram a anotação do fim do contrato de trabalho como 16/01/2012, e não 20/07/2011, quando ele foi efetivamente rescindido.

(TRT 2ª Região – 17ª Turma - Proc. 0002715-88.2011.5.02.0053)

ESPIAR EMPREGADA EM VESTIÁRIO GERA RESCISÃO INDIRETA

A invasão da intimidade e privacidade de uma traba-lhadora por parte dos seus superiores garantiu a ela o direito à rescisão indireta do contrato de trabalho e uma indenização por dano moral no valor de R$10.000,00, por decisão da 4ª Vara do Trabalho de Betim-MG.

A empregada trabalhava como operadora de empilha-deira e não tinha local próprio para troca de roupa, utilizando o vestiário masculino. De acordo com relatos de testemunhas, furos na parede do vestiário permitiam a visibilidade de fora para dentro.

Na decisão, a juíza Cláudia Eunice Rodrigues, entendeu ter “como suficientemente comprovado o fato de que havia uma conduta inadequada por parte do líder da equipe quanto à pessoa da reclamante, sobretudo ao espiá-la enquanto ela es-tava no vestiário trocando de roupa, o que demonstra erro de conduta quanto ao exercício do poder diretivo, que se mostrou nitidamente abusivo e em desrespeito à intimidade e dignida-de da pessoa da reclamante”.

Para a magistrada, o comportamento desrespeitoso e abusivo constatado por parte da chefia da reclamante é motivo suficiente para considerar o contrato de trabalho extinto por culpa do empregador.

(TRT 3ª Região – 4ª VT de Betim-MG – Proc. 0010879-39.2013.5.03.0087)

Direção da escola já programou uma semana de atualização no períoro de 11 a 15 de maio

A sede terá salas de aula confortáveis e escritó-rio que permitam o desenvolvimento das atividades pedagógicas de maneira mais adequada. O trabalho é árduo, mas com o apoio dos magistrados, servido-res e da equipe da Escola, obteremos sucesso

Desembargador Wolney Macedo, diretor da Escola Judicial do TRT

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SEMANA DA CONCIlIAçÃO

Justiça inicia mutirão na segunda-feiraTudo pronto no Tri-

bunal do Trabalho da Pa-raíba (13ª Região) para a Semana Nacional da Con-ciliação, que começa na próxima segunda-feira, dia 16. O evento é uma promoção do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), com a participação de todos os Tribunais Regionais do Trabalho. Na Justiça do Trabalho os advogados e partes nos processos tra-balhistas podem pedir, via Internet, a inclusão de processos para a celebra-ção de acordo durante a Semana, que vai até o dia

a 20 deste mês de março. Na página do TRT

da Paraíba na Internet, foi disponibilizado um link para o pedido da au-diência de tentativa de conciliação. O formulário é simples e pede nome, e-mail, número do telefone, número do processo e a unidade onde está a ação trabalhista. Existe ainda um espaço para a postagem de uma mensagem do requerente.

O formulário permite

o envio de mensagem para todas as Varas do Traba-lho e para os gabinetes dos desembargadores. A mensagem eletrônica, além de ser direcionada

para a uni-dade esco-lhida, gerará uma cópia automática para o Nú-cleo de Con-ciliação Hu-manista do

TRT (Nucon). O processo será incluído na pauta e as partes serão notifica-das com todas as infor-mações para a audiência

de conciliação.O link para contato

direto com as unidades é mais uma ferramenta colocada à disposição da população para facilitar os que querem encerrar o processo pela via do entendimento. A concilia-ção é uma forma rápida e eficiente de solucionar os processos e pode ser feita a qualquer tempo, inde-pendentemente da fase processual. O objetivo do TRT com a semana é con-seguir o maior número possível de acordos e pro-mover a cultura da conci-liação.

InternetTRT disponibilizou formulário para inclusão de processos na pauta da Semana da Conciliação

Acordo na Vara de Catolé beneficia 19 operários

Imóveis arrematados em leilãopaga dívida de 184 trabalhadores

Um conflito en-tre 19 trabalhadores e a Construtora Primos Ltda., teve um ponto fi-nal esta semana. O juiz André Machado, titular da Vara do Trabalho de Catolé do Rocha conse-guiu que as partes fizes-sem um acordo que re-sultou no valor total de R$ 115.700. No montan-te estão incluídas ver-bas resilitórias (o mesmo que verbas rescisórias; dinheiro devido pelo em-pregador ao empregado pela extinção do contra-to de trabalho), horas extras e reflexos e FGTS + 40%, além de baixa do contrato na CTPS e de liberação de alvará para processamento do segu-ro-desemprego.

Os reclamantes tra-balharam em favor do Consórcio Cidades em obras de pavimentação

entre os anos de 2012 e 2013. Os contratos, fo-ram realizados com du-ração determinada, de acordo com o art. 443, § 2º, “a”, da CLT, e da Lei nº 2.959/56. Em suas defesas, os trabalhado-res alegaram que não tinham ciência dessa pré-determinação e que teriam sido contratados

por tempo indetermina-do. Após a sentença, o juiz André Machado re-conheceu, em algumas decisões tomadas pelas Turmas de Julgamento, a tese da indetermina-ção do prazo contratual, mas manteve a decisão da Vara em alguns acór-dãos acatando a versão patronal.

valor de r$ 115,7 mil será dividido entre os trabalhadores

Homologação foi feita pelo juiz Paulo vieira, da vT de Sousa

Dois imóveis locali-zados às margens da BR 230 na cidade de Sousa, pertencentes a Empre-sa Suprema - Sayona-ra Plásticos Reciclagens Ltda., foram arremata-dos em leilão no valor de R$ 1.550.000,00. O valor arrecadado será destina-do ao pagamento de dívi-das trabalhistas em 184 processos que tramitam na Vara do Trabalho.

A Vara do Trabalho de Sousa, após tentativa de alienação por inicia-tiva particular e venda através do portal Negócio Legal, conseguiu, através de leilão local, alienar os dois imóveis para paga-mento de dívidas traba-lhistas. Os imóveis ficam em região privilegiada da cidade, medindo, ao todo, 2.700 metros qua-drados.

Após a formalização

da entrega do bem ao arre-matante, será providencia-do o pagamento de todos os credores de uma só vez, através de uma plani-lha única que está sendo elaborada na Vara, indi-cando o valor destinado a cada um dos credores. A homologação foi feita pelo juiz Paulo Roberto Vieira Rocha, titular da Vara do Trabalho de Sousa.

De acordo com o

juiz Paulo Vieira, os bens foram avaliados em R$ 1.540.000,00, mas o valor da arrematação foi de R$ 1.550.000,00. “O processo é de grande interesse so-cial, pois mobiliza diversas famílias interessadas, os advogados, investidores e a própria Vara do Trabalho, que tem se empenhado para dar a melhor resposta possível quando procura-da”, disse o magistrado.

!Conferência

O desembargador Wolney de Macedo Cordeiro apresentou o palestrante na solenidade de abertura do ano letivo da EJud, o juiz Mauro Schiavi, destacado pelo diretor da Escola com “a estrela da noite e o grande jurista da nova geração”. A conferência abordou os “Princípios e diretrizes gerais do Novo Código de Processo Civil e a aplicação supletiva e subsidiária ao Processo do Trabalho”. O juiz Mauro Schiavi, titular da 19ª Vara do Trabalho de São Paulo, é Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais e tem um currículo muito vasto. A escola tem como vice-diretor o juiz Paulo Henrique Tavares e integram o Conselho Pedagógico os juízes Antônio Cavalcanti Neto, Roberta de Paiva Saldanha e Adriano Mesquita Dantas. O secretário é o servidor Francisco Firmino.

A Escola Judicial (EJud) do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) assume um novo patamar, ganhou do Ple-no autonomia administra-tiva e orçamentária, que significa sua independên-cia. É o início das ativida-des com linhas traçadas pelo Conselho Pedagógi-co. Com essa afirmação, o presidente do TRT, de-sembargador Ubiratan Delgado, declarou aberto o ano letivo da Escola. A solenidade aconteceu na semana passada no audi-tório do Tribunal Pleno.

No evento, o magis-trado destacou a possibi-lidade da Escola ganhar sua sede própria já a par-tir do próximo semestre deste ano de 2015, “o que vai trazer mais conforto e efetividade para o cum-primento de seu compro-misso acadêmico”.

O desembargador Wolney de Macedo Cor-deiro, diretor da EJud, disse que o trabalho da Escola Judicial tem sido frenético nesses primei-ros meses do ano, mas necessário para produzir um perfil que atenda a demanda dos magistra-dos e dos servidores. Para o desembargador, as Es-colas Judiciais têm um papel reconhecido pela Constituição no sentido de promover a formação

de magistrados e também de servidores. “A nossa EJud ganhou, neste ano, um crédito de confiança da Presidência, dos co-legas desembargadores”, disse.

Já consta na pro-gramação da Escola para este ano a realização de uma semana de atualiza-ção (de 11 a 15 de maio). No segundo semestre, a intenção é a realização de um congresso internacio-nal de Direito Constitu-cional.

Outro ponto positivo para a Escola destacado pelo diretor é a conquista de uma sede própria. “A sede terá salas de aula confortáveis e escritório que permitam o desenvol-

vimento das atividades pedagógicas de maneira mais adequada. O tra-balho é árduo, mas com o apoio dos magistrados, servidores e da equipe da Escola, obteremos suces-so”.

Na solenidade foi exibido um vídeo produ-zido pela a Assessoria de Comunicação Social mostrando as atividades da Escola Judicial para 2015.

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B4 Paraíba Terça-feira, 17 de Março de 2015

O Direito e o [email protected]

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Conduta exigente e austera não gera dano

DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIORNucon atuará em João Pessoa e terá agenda especial em Campina

Justiça do Trabalho dedica esta semana à conciliação

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Goiás negou pedido de danos morais de ex-empregado de empresa aérea que alegava ter sofrido constrangimentos, humilhações e ame-aças de dispensa no ambiente de trabalho, além de ser alvo de xingamentos por parte de sua superior hierárquica.

A Turma entendeu que não houve comprova-ção de que o comportamento exigente e austero de superior hierárquico tenha sido grave o suficiente para deflagrar um dano moral à dignidade, honra e imagem do trabalhador, passível de reparação civil.

Embora a relatora do processo, a juíza con-vocada Marilda Jungmann, tenha considerado as atitudes da supervisora “inadequadas” em razão da austeridade e da alta cobrança por resultados, o autor, segundo a magistrada, não conseguiu provar o assédio ou dano moral aos subordinados diretos da supervisora.

Para a relatora, “o evento ensejador da indeniza-ção por danos morais deve ser bastante para atingir a esfera íntima da pessoa, sendo que meros dissabo-res ou a invocação de peculiaridades pessoais que agravam o resultado não caracterizam prejuízo, sob o ponto de vista jurídico”.

Acrescentou a relatora que o instituto da repa-ração por danos morais tem por escopo a proteção contra atitudes que encerram um maior grau de violência, atingindo o indivíduo drasticamente em sua esfera moral, a ponto de colocar em xeque a sua honra e a sua dignidade ou de perturbar a sua higi-dez física e mental”.

(TRT 18ª. Região – 2ª. Turma – Proc. 0000033-89.2013.5.18.0007)

COMPENSAÇÃO DE CHEQUE NÃO ATRAI MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

O pagamento da rescisão do contrato de traba-lho dentro do prazo legal, ainda que com cheque a compensar, é o quanto basta para afastar a aplica-ção da penalidade prevista no artigo 477 da CLT, conforme decisão da Primeira Vara do Trabalho de Betim-mg.

Para a juíza Maila Vanessa de Oliveira Costa, prolatora da decisão, o fato de o valor ser disponibili-zado somente depois do prazo, em razão do período de compensação do cheque, não é suficiente para gerar o direito à multa.

Por isso, foi julgado improcedente o pedido de pagamento da multa prevista no artigo 477, parágra-fo 8º, da CLT.

No caso, a empregada foi dispensada em 01/11/2012, com aviso prévio indenizado, e argu-mentou que somente conseguiu receber as verbas rescisórias em 14/11/2012, data em que sacou o che-que do pagamento na boca do caixa do banco, após o prazo de 10 dias previsto no parágrafo 6º do artigo 477 da CLT.

Para a juíza, a empresa cumpriu a obrigação legal, tendo entregue à empregada o cheque para pagamento da verbas rescisórias no dia 09/11/2012, portanto no prazo legalmente previsto, estabelecido no artigo 477 da CLT, registrou na sentença.

Em remate, magistrada lembrou que o parágra-fo 4º do artigo 477 da CLT permite o pagamento em dinheiro ou cheque, e que, a reclamada não pode ser responsabilizada pela demora na compensação do cheque, considerando-se que o entregou ao recla-mante dentro do prazo legal.

(TRT 3ª Região – 1ª VT de Betim-MG – Proc. 0010717-09.2013.5.03.0131)

Juiz Luis Antônio (D) falou sobre as demandas processuais

Além de propiciar aos estudantes uma visão prática do funcionamento da Vara, permite que esses cidadãos desmistifiquem conceitos sobre o Poder Judiciário e pas-sem a ter uma visão de instituição que presta um serviço de boa qualidade, na medida de suas limitações

Juiz Carlos Hindemburg de Figueiredo, titular da Vara do Trabalho de Patos

““do funcionamento da Vara, permite que esses cidadãos desmistifiquem conceitos sobre o Poder Judiciário e pas-sem a ter uma visão de instituição que presta um serviço de boa qualidade, na medida de suas limitações

ITAPORANGA

Trabalho é tema de seminário O município de Itapo-

ranga sediou o Seminário “Trabalho de Todos”, que tem como objetivo aproxi-mar a população da Justi-ça do Trabalho. O evento foi promovido pela Procu-radoria Regional do Tra-balho da Paraíba, e teve a participação do Tribunal do Trabalho da Paraíba, representado pelo juiz Luiz Antônio Magalhães, substituto da Vara do Tra-balho.

Foram discutidos os temas Criação de sindi-catos, Trabalho escravo, e Contratos temporários com órgãos públicos, além de Fraudes em contrato de Trabalho foram discutidos no auditório do Colégio es-tadual Adalgisa Teódolo da Fonseca. Uma mesa re-donda reuniu os procura-dores do Trabalho, Cláudio Queiroga Gadelha e Rau-lino Maracajá Coutinho Filho; o prefeito de Itapo-ranga, professor Aldberge

Alves; o superintende da Delegacia Regional do Tra-balho e Emprego na Para-íba, Rodolfo Catão e o juiz do Trabalho, Luiz Antônio Magalhães, que na ocasião estava substituindo o juiz titular, Arnóbio Teixeira de Lima, para interagir com o público pressente. Os par-ticipantes da mesa respon-deram a questionamentos do público presentes sobre os temas: Criação de sin-dicatos, Trabalho escravo, e Contratos temporários com órgãos públicos, além de Fraudes em contrato de Trabalho.

Justiça do TrabalhoO juiz Luiz Antônio

Magalhães, respondeu di-versos questionamentos sobre tipos de demanda processual; conluio entre empregado e empregador com o fito de fraudar o seguro desemprego e Pre-vidência Social e, as prin-cipais demandas que são

Juiz Carlos Hindemburg (E) falou sobre o processo eletrônico

submetidas ao crivo do Poder Judiciário do Tra-balho, principalmente na região representada pela Vara do trabalho de Itapo-ranga.

De acordo com o pro-curador Cláudio Gadelha, chefe da Procuradoria Re-gional do Trabalho da Pa-raíba, “o evento teve como objetivo aproximar a po-pulação dada Justiça do Trabalho, ouvindo suas queixas e aflições, orien-tando de forma pedagógi-ca os micros e pequenos empresários na melhor forma de cumprir a legis-lação Trabalhista”, disse.

Foram parceiros do Semi-nário “Trabalho de Todos” a FIEP, o SEBRAE, o TRT da Paraíba, o Governo do Estado, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Fede-ral, a Fundação Cidade Viva, a Prefeitura de Ita-poranga, entre outros.

Também participam do evento representantes de Sindicatos, Conselhos Tutelares, educadores , comerciantes, empresá-rios e o público em geral. A cidade de Itaporanga é um polo regional que agrega, aproximadamente, 18 ci-dades da região do vale do Piancó.

OUVIDORIA:

Desde ontem a Jus-tiça do Trabalho da Pa-raíba está atuando com foco na Semana Nacional da Conciliação que vai até esta sexta-feira, dia 20. O evento é promovido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho com a participação de todos os regionais traba-lhistas do país. O Tribu-nal do Trabalho da Para-íba adotou uma série de providências para que os seus principais objetivos sejam atingidos.

LinkAlém da orientação

para que todas as Varas do Trabalho priorizem as audiências para tentativa de acordos, o TRT dispo-nibilizou, em sua página na Internet, um link para que fossem feitos os pe-didos de audiência para conciliação. Um formu-lário, de preenchimento fácil, está à disposição das partes. Basta colocar nome, e-mail, número do telefone, número do pro-cesso e a unidade onde está a ação trabalhista. Existe ainda um espaço para a postagem de uma nota (opcional) do reque-rente. O formulário per-mite o envio de mensa-gens para todas as Varas do Trabalho da Paraíba e para os gabinetes dos desembargadores. O co-municado eletrônica gera uma cópia automática para o Núcleo de Con-ciliação Humanista do TRT (Nucon) e em segui-

da é incluído na pauta e as partes são notificadas com todas as informações sobre a audiência.

RecomendaçõesUm Ato da Presidên-

cia do TRT estabeleceu critérios para a realiza-ção da Semana da Con-ciliação. O presidente do Regional, desembargador Ubiratan Delgado reco-mendou que as Varas do Trabalho, durante esta se-mana, preferencialmente, em horário que não coin-cida com aquele destinado às audiências ordinárias, realizem pautas de conci-liação. O Ato diz que com-pete a cada magistrado a inclusão de reclamações trabalhistas dos maiores litigantes na unidade, em arquivo provisório, pen-dentes de agravo de ins-trumento no TST, com prioridades legais, os que estão em hasta pública designada, no prazo de julgamento e com audiên-cias de instrução apraza-das para os meses de abril e maio de 2015.

EngajamentoEm atendimento a

uma solicitação do presi-dente do TRT, desembar-gador Ubiratan Delgado, o Ministério Público do Trabalho, por meio de sua Procuradoria Regio-nal, aderiu a Campanha Nacional da Conciliação. A procuradora Maria Ed-lene Lins Felizardo enca-minhou ao Nucon, para inclusão na pauta da

Vara de Patos recebe estudantesA Vara do Trabalho de

Patos recebeu a visita dos estudantes do 9º período do curso de Bacharelado em Direito da FIP - Faculdades Integradas de Patos. A visi-ta foi previamente agenda-da pelas professoras Marília Aguiar Ribeiro do Nasci-mento e Maria da Guia Alves Pereira, que ministram, res-pectivamente, as cadeiras de Prática Jurídica III (tra-balhista) e de Tutelas Cole-tivas. Os alunos receberam informações pelo juiz Carlos Hindemburg de Figueiredo, titular da unidade e pelo di-

retor de Secretaria Severino dos Ramos da Silva Nery.

Falaram sobre as di-ferenças entre autos físicos (de papel) e autos eletrônicos (PJe-JT) e sobre o processa-mento das ações no SUAP.

A professora Maria da Guia disse que deixava o ambien-te satisfeita com a receptivi-dade e a simplicidade com a qual as informações foram prestadas. O Juiz Carlos Hindemburg agradeceu a

todos pela visita e destacou que esse tipo de relação é muito satisfatória, tanto para a Faculdade, quan-to para o Poder Judiciário. “Além de propiciar aos es-tudantes uma visão prática do funcionamento da Vara do Trabalho, permite que esses cidadãos desmisti-fiquem conceitos sobre o Poder Judiciário e passem a ter uma visão de institui-ção que existe em razão de-les e que presta um serviço essencial de boa qualidade, na medida de suas limita-ções”, disse.

CURSO DE DIREITO

Desembargador ouvidor: Leonardo José Videres Trajano

HORÁRIO DE ATENDIMENTO

l Segunda a Sexta das 7h às 17h

ENTRE EM CONTATO 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones

fixos) Formulário eletrônico na página do Tribunal no

seguinte endereço: www.trt13.jus.br. Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcio-

namento do TRT. Pessoalmente, também nos horários do TRT. Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Traba-

lho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260.

Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.

E-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor,

mediante prévio agendamento pelo telefone 3533-6001.

conciliação, Ações Civis Públicas e Ação de Exe-cução de Termo de Ajuste de Conduta.

Convite às partesEntre as providên-

cias adotadas pelo TRT da Paraíba para reali-zar o maior número de acordos possíveis, o vice-presidente do Regional, desembargador Eduardo Sérgio de Almeida, por meio de edital, convidou advogados e partes en-

volvidas em processos sob sua relatoria, para participação na Semana Nacional da Conciliação. O desembargador Fran-cisco de Assis Carvalho distribuiu um comuni-cado convidando partes e advogados para partici-par do evento. No comu-nicado o desembargador disse que “a conciliação é o objetivo maior da Justi-ça do Trabalho, podendo ser formalizada em qual-quer fase processual”.

Com foco no objetivo número 1 do Planejamento Estratégico do Tribunal, que é aprimorar o acesso à Justiça, bem como democratizar a relação da população com a Justiça do Trabalho e garantir qualidade no atendimento à sociedade, o presidente do Regional, desembargador Ubiratan Delgado designou, por meio de Ato, as juízas Nayara Queiroz Mota de Sousa e Flávia Roberta Assunção para atuarem, excepcionalmente, como juízas auxiliares do Nucon, durante a Semana Nacional da Conciliação, sem que haja o comprometimento das atividades de rotina. A juíza Nayara Queiroz Mota é titular da 3ª Vara do Trabalho de Campina Grande e a juíza Flávia Assunção é supervisora da Central de Mandados Judiciais e Arrematações do Fórum Irineu Joffily, de Campina Grande.

!Planejamento

O Nucon foi criado em maio de 2012, obedecendo a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que prevê um tratamento adequado para os conflitos. Na Paraíba o projeto foi implantado adotando a conciliação humanista , fundamentado na “Abordagem Centrada na Pessoa”, do psicólogo e pesquisador Carl Rogers, trabalho fruto de uma pós-graduação da juíza Nayara Queiroz Mota. A conciliação humanista habilita o magistrado como facilitador do diálogo e o empo destinado para a tentativa de conciliação é bem maior. A equipe do Nucon foi preparada para receber a todos com gentiliza e espírito de alegria. Nas paredes foram pintados grandes painéis pelo artista plástico Pedro Nogueira focando paisagens do interior do Nordeste brasileiro. As cores fortes do regionalismo quebraram a sisudez do ambiente da Justiça. Até o mobiliário é diferente. Na entrada do Núcleo não existe balcão, permitindo a circulação em um só ambiente das partes nos processos, advogados, servidores e juízes.

!Humanização

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B4 Paraíba Terça-feira, 24 de Março de 2015

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Limites à desconsideração da pessoa jurídica

DorgivaL Terceiro NeTo JúNior Parcial dos acordos realizados em todo o estado foi divulgado ontem

Balanço aponta para R$ 2 mi resultado das conciliações

Correio TrabalhisTa

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, sob a relatoria da ministra Maria Isabel Gallotti, decidiu que o encerramento das atividades da sociedade ou sua dissolução, ainda que irregulares, não são causas, por si sós, para a desconsideração da personalidade jurídica a que se refere o artigo 50 do Código Civil.

Entendeu a Seção que, para aplicação da teoria maior da desconsideração da personalidade social, exige-se o dolo das pessoas naturais que estão por trás da sociedade, desvirtuando-lhe os fins institucionais e servindo-se os sócios ou administradores desta para lesar credores ou terceiros, pelo que é a intenção ilícita e fraudulenta que autoriza, nos termos da teoria adotada pelo Código Civil, a aplicação do instituto.

Ressaltou a Seção que, tratando-se de regra de exceção, de restrição ao princípio da autonomia patri-monial da pessoa jurídica, deve-se restringir a aplicação desse disposto legal a casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha sido instrumento para fins fraudulentos, configurado mediante o desvio da finalidade institucio-nal ou a confusão patrimonial.

Portanto, a ausência de intuito fraudulento afasta o cabimento da desconsideração da personalidade jurídi-ca, ao menos quando se tem o Código Civil como o mi-crossistema legislativo norteador do instituto, a afastar a simples hipótese de encerramento ou dissolução irregu-lar da sociedade como causa bastante para a aplicação do disregard doctrine.

(STJ – 2ª Seção – Proc. EREsp 1.306.553-SC)

LIMITES DE IMPENHORABILIDADE DE VERBA RESCISÓRIA POUPADA

É impenhorável a quantia oriunda do recebimento, pelo devedor, de verba rescisória trabalhista posterior-mente poupada em mais de um fundo de investimento, desde que a soma dos valores não seja superior a qua-renta salários mínimos.

Foi o que decidiu a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, acompanhando o voto do relator, ministro Luiz Felipe Salomão, tomando em consideração a jurisprudência consagrada de que a expressão salá-rio, prevista no inciso IV do art. 649 do CPC, de forma ampla, de modo que todos os créditos decorrentes da atividade profissional estão abrangidos pela impenhora-bilidade.

Para a Seção, a norma do inciso X do art. 649 do CPC merece interpretação extensiva, de modo a permitir a impenhorabilidade, até o limite de quarenta salários mínimos, de quantia depositada não só em caderneta de poupança, mas também em conta corrente ou em fundos de investimento, ou guardada em papel-moeda.

Dessa maneira, a Segunda Seção admitiu que é pos-sível ao devedor poupar, nesses referidos meios, valores que correspondam a até quarenta salários mínimos sob a regra da impenhorabilidade.

Esclareceu a Seção, porém, que, pelo entendimen-to da Terceira turma do mesmo Superior Tribunal de Justiça, deve-se admitir, para alcançar esse patamar de valor, que esse limite incida em mais de uma aplicação financeira, na medida em que, de qualquer modo, o que se deve proteger é a quantia equivalente a, no máximo, quarenta salários mínimos.

(STJ – 2ª Seção – Proc. EREsp 1.330.567-RS)

Temos um percentual de quase 10% do total de servidores da Justiça do Trabalho na Paraíba participando das equipes, o que dá uma grande representatividade da instituição a essas ações

Max Frederico Guedes Pereira, assessor de Gestão Estratégica do TRT

““

PLANEjAMENTO ESTRATégICO

Aprovada abertura de 15 projetos

Um balanço parcial sobre a Semana Nacional de Conciliação, encer-rada na sexta-feira, 20, mostra que os acordos realizados na Justiça do Trabalho da Paraíba so-maram quase R$ 2 mi-lhões (R$ 1.964.900,93). Somente no Núcleo de Conciliação (Nucon), em João Pessoa, os valores ultrapassaram os R$ 500 mil.

Na última sexta-fei-ra, 20, o Nucon realizou cerca de 80 audiências, presididas pelos juízes José Guilherme e Aírton Pereira, que é diretor do Fórum Maximiano Fi-gueiredo, em João Pes-soa. Somente o Banco do Brasil fechou acordos em processos que ultra-passaram R$ 280 mil. Foram realizadas na se-mana cerca de oitocen-tas audiências, alcan-çando mais de duas mil pessoas.

Conciliação no TRTEm 2ª Instância,

desembargadores se en-gajaram no movimento pela conciliação. No ga-binete do desembargador Eduardo Sérgio de Al-meida foram conciliados mais de R$ 300 mil (R$ 327.558,11). Em vários outros processos as par-tes pediram novas datas para audiências de con-ciliação. No gabi-nete do desembargador Carlos Coelho foi fechado um acordo que envolvia um processo por danos morais e materiais no va-lor de R$ 55 mil.

Já no gabinete do desembargador Francis-co de Assis Carvalho e Silva, um processo envol-vendo uma empresa de segurança e o sindicato da categoria, as partes, de comum acordo, re-quereram a suspensão do processo pelo prazo de 30 dias, tendo em vista a

Quinze projetos estra-tégicos já foram oficial-mente abertos na atual Administração do Tribu-nal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) e deverão ser executados até final do próximo ano. “Tenho absoluta confian-ça que vamos conseguir grandes resultados para a instituição, com re-flexos claros e positivos para a população usuária da Justiça do Trabalho”, disse o presidente do TRT, desembargador Ubi-ratan Delgado ao abrir a reunião e agradecer aos gestores e integrantes das equipes dos projetos.

Segundo a Assesso-ria de Gestão Estratégica (AGE), que coordena essa ação, são mais de 80 ser-vidores e juízes que in-tegram as equipes como gestores e patrocinadores dos projetos. “Temos um percentual de quase 10%

do total de servidores da Justiça do Trabalho na Paraíba participando das equipes, o que dá uma grande representativida-de da instituição a essas ações”, disse o diretor da AGE, Max Frederico Gue-des Pereira.

Os projetos foram originados a partir dos indicadores do Planeja-mento Estratégico para o sexênio 2015-2020, planos de ação de cada unidade administrativa e das visitas do presiden-te às Varas do Trabalho. Ao assumir a Presidência do TRT, o desembargador Ubiratan Delgado, visitou todas as Varas do Traba-lho do estado.

ProjetosUm dos exemplos

está no projeto que cui-dará da climatização das áreas de recepção nas Varas do Trabalho. “No

alto sertão da Paraíba é impossível deixar as pes-soas à espera de uma au-diência em um ambiente com temperaturas insu-portáveis”, disse Delgado. Este projeto está orçado em R$ 344.432,80.

Entre os projetos es-tão ações muito impor-tantes para a instituição, como a construção da 2ª Etapa do novo Fórum Maximiano Figueiredo, em João Pessoa, e a re-forma de um imóvel da avenida Pedro I, também na capital, para abrigar a sede da Escola Judicial.

Outro projeto foca o amplo acesso à Justiça, com sugestão de modelo de Justiça Itinerante, de postos avançados para atuação dessa justiça e, ainda, a apresentação de práticas para a prevenção de litígios. Os projetos ainda incorporam a im-plementação de práticas

de gestão com ênfase na qualidade de vida no tra-balho e gestão por com-petências para as funções de gerentes.

complexidade da matéria discutida.

Entidades Na cidade de Sousa,

na região do alto sertão da Paraíba, três entidades filantrópicas receberam o equivalente a R$ 11 mil em cestas básicas, redes, tapetes e outros utensílios têxteis. Os bens foram do-ados pela Vara do Traba-lho de Sousa, que forma-lizou acordo em ação de execução promovida pelo Ministério Público do Tra-balho contra as empresas Sotex Sousa Têxtil Ltda. e

Indústria e Comércio de Fios de Algodão do Vale Ltda. (Processo 0027000-97.2013.5.13.0012).

Catolé do RochaEm Catolé do Rocha,

também na região do ser-tão, um conflito existente entre dezenove trabalha-dores e a Construtora Primos Ltda., teve um ponto final. O juiz André Machado, titular da Vara do Trabalho conseguiu que as partes fizessem um acordo que resul-tou no valor total de R$ 115.700.

Em relação a agilidade no julgamento dos processos, na área judiciária o projeto “Redução de Prazos” busca dar efetividade às decisões judiciais. Na área administrativa uma ação busca racionalizar rotinas de trabalho, com a institucionalização da gestão de processos, com o mapeamento, otimização e plano de ação e Procedimentos Operacionais Padrões.Todos os projeto estão alinhados com o Planejamento Estratégico, que começou a vigorar este ano e vai até 2020.

!Agilidade

aNDré MachaDo cavaLcaNTigeorge FaLcão coeLho Paiva*

A Constituição Federal de 1988, a primeira promul-gada após a redemocratização do Brasil, tornou-se co-nhecida no meio jurídico como a “constituição-cidadã”, alcunha que lhe foi conferida em decorrência da ampla proteção conferida pelo seu texto aos trabalhadores e aos brasileiros em geral, prevendo todos os meios para o exercício de uma cidadania plena.

Na esfera social, preocupou-se o legislador cons-tituinte em estabelecer direitos mínimos aos trabalha-dores urbanos e rurais, todos consentâneos com os tratados e convenções internacionais ratificadas no âmbito da OIT – Organização Internacional do Traba-lho, dentre os quais a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança” (art. 7º, XXII). Trata-se de norma de ordem pública, sendo imperativo o seu cumprimento por to-dos aqueles que empreendem uma atividade econômi-ca e, nessa condição, assumem os riscos da atividade econômica.

Contudo, essa norma revelou-se programática em face da resistência dos setores produtivos em aderir a uma política eficiente de redução dos infortúnios labo-rais e também da pouca conscientização dos trabalha-dores e respectivos sindicatos a respeito da temática.

O que não se percebe, muitas vezes, é que o aci-dente de trabalho, para além de constituir uma chaga para toda a sociedade, posto que milhares de vidas são ceifadas anualmente – sem falar nos trabalhadores que têm reduzida ou mesmo eliminada a sua capacidade laborativa, em prejuízo do seu sustento e da sua famí-lia -, constitui fator negativo para a própria atividade

empresarial.Precisamos advertir, para início, que acidente de

trabalho não é apenas aquele decorre da mutilação, da lesão, das deformações, ou de eventos semelhantes, mas também a doença decorrente do exercício de ativi-dades específicas e de outras desempenhadas em con-dições especiais, sempre previamente relacionadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sendo as primeiras conhecidas como doenças profissionais e as últimas, doenças do trabalho (art. 20, I e II, da Lei nº 8.213/91). Isso tudo sem falar nos acidentes de trabalho por equi-paração, mencionados no art. 21 da lei acima citada, circunstância que importa em grande responsabilidade do empregador na condução dos negócios e na provisão de um ambiente de trabalho seguro e saudável.

Por tudo isso, é fácil constatar que a falta de co-nhecimento e de uma política eficiente de prevenção custa caro para o empregador e para a Previdência So-cial. O primeiro suporta o pagamento de multas im-postas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, órgão que compõe a estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego em cada unidade da federação, sempre que infrações são detectadas no âmbito da em-presa. Além disso, os empregadores são, muitas vezes, acionados na Justiça do Trabalho por trabalhadores que pretendem a sua responsabilização pelos danos sofridos e a consequente condenação à reparação pa-trimonial e moral por meio de indenizações pecuniá-rias. Além disso, cabe ao empregador o pagamento do salário do empregado afastado durante os primeiros quinze dias do seu afastamento, conforme dispõe o art. 60, § 3º, da Lei nº 8.213/91 (ou trinta dias, como dis-posto na MP nº 664/14).

Para a Previdência Social, o infortúnio laboral é

nefasto porque onera o seu caixa. Para cada trabalha-dor, vítima do acidente de trabalho, é devido um bene-fício denominado auxílio-doença na proporção de 91% do seu salário-de-benefício (art. 61 da lei nº 8.213/91). Além disso, obriga-se a Previdência Social ao pagamen-to da aposentadoria por invalidez àqueles segurados que, cumprido o período de carência, “estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de ativi-dade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição”, consoante re-dação do art. 42 da lei em referência.

Como visto, a conta é salgada e não fecha! Por tudo isso, é que o o Tribunal Superior do Tra-

balho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Traba-lho (CSJT), através do Programa Trabalho Seguro, vêm, conjuntamente, trabalhando no enfrentamento dos problemas afetos à segurança do trabalho e buscando uma maior aproximação junto aos atores sociais prin-cipais que lidam com trabalho, quais sejam: emprega-dos, empregadores, sindicatos, Comissões de Preven-ção de Acidentes do Trabalho (CIPA), dente outros.

Na Paraíba, o TRT da 13ª Região criou, em no-vembro do ano passado, o GETRIN 13 – Grupo de Tra-balho Interinstitucional, fórum composto por diversas entidades parceiras, cujo objetivo é o desenvolvimento de ações voltadas a um ambiente de trabalho seguro e saudável e ao combate aos acidentes de trabalho.

Precisamos nos unir nesse esforço comum e elimi-nar essa chaga do seio da nossa sociedade. Faça a sua parte e junte-se a nós!

* Juízes gestores regionais do Programa Trabalho Seguro na Paraíba

acidente de trabalho: um desperdício para a empresa, uma chaga para o trabalhador e para a sociedade!

Juiz José aírton Pereira (e) presidiu audiências no Nucon

Page 5: O Direito e o Trabalho Presidentes discutem salários · terceironeto@jpa.neoline.com.br acs@trt13.jus.br Novo emprego no aviso ... Geral da Polícia Militar da Paraíba. O magistrado

B4 Paraíba Terça-feira, 31 de Março de 2015

O Direito e o [email protected]

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Incidência do FGTS sobre o terço de férias

DorGIval TerceIro NeTo JúNIor Ação acontece no dia 29 de abril; em maio, será realizado em Uiraúna

Projeto Audiência Volante leva Justiça do Trabalho a Pombal

Correio TrabalhisTa

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, no esteio do voto do relator, ministro Mauro Campbell Marques, decidiu que a importância paga pelo empregador a título de terço constitucional de férias gozadas integra a base de cálculo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.

Entendeu a Turma que o FGTS é um direito autônomo dos trabalhadores urbanos e rurais de índole social e traba-lhista, não possuindo caráter de imposto nem de contribuição previdenciária, não sendo possível sua equiparação com a sistemática utilizada para fins de incidência de contribuição previdenciária e imposto de renda, de modo que é irrelevante a natureza da verba trabalhista (remuneratória ou indenizató-ria/compensatória) para fins de incidência da contribuição ao FGTS.

Anotou a Turma que a incidência do FGTS sobre o terço constitucional de férias (gozadas) é imperativa, pois não há previsão legal específica acerca da sua exclusão, não podendo o intérprete ampliar as hipóteses legais de não incidência.

(STJ – 2ª Turma - REsp 1.436.897-ES)

INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE OS PRIMEIROS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍLIO-DOENÇA

A importância paga pelo empregador durante os pri-meiros quinze dias que antecedem o afastamento por motivo de doença integra a base de cálculo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, conforme decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, tendo como relator o ministro Mauro Campbell Marques.

Ficou anotado que o FGTS é um direito autônomo dos trabalhadores urbanos e rurais de índole social e trabalhis-ta, não possuindo caráter de imposto nem de contribuição previdenciária, pelo que o fato de o Estado fiscalizar e garantir esse direito, com vistas à efetivação regular dos depósitos, não transmuda em sujeito ativo do crédito dele proveniente.

O Estado intervém para assegurar o cumprimento da obrigação por parte da empresa, em proteção ao direito social do trabalhador. Dessa forma, não é possível a sua equiparação com a sistemática utilizada para fins de incidência de con-tribuição previdenciária e imposto de renda, de modo que é irrelevante a natureza da verba trabalhista (remuneratória ou indenizatória/compensatória) para fins de incidência do FGTS.

(STJ – 2ª Turma - REsp 1.448.294-RS)

NÃO INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE O AUXÍLIO-CRECHEA importância paga pelo empregador referente ao auxí-

lio-creche não integra a base de cálculo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS. Foi o que decidiu a Segunda Tur-ma do Superior Tribunal de Justiça, sob a relatoria do ministro Mauro Campbell Marques.

Entendeu a Turma que a Constituição Federal previu, no seu artigo 7º, inciso XXV, entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a assistência gratuita aos filhos e dependentes em creches e pré-escolas.

O objetivo do instituto é ressarcir despesas efetuadas com o pagamento da creche de livre escolha da empregada-mãe, ou outra modalidade de prestação de serviço desta natureza.

Anotou o relator que o o artigo 28, § 9º, “s”, da Lei 8.212/1990 expressamente exclui o reembolso creche da base de incidência do FGTS.

(STJ – 2ª Turma - REsp 1.448.294-RS)

O servidor Fabiano Targino trouxe uma grande contribuição para o TRT, já que domina o tema Re-curso de Revista e a Repercussão Geral no Processo do Trabalho - de acordo com a Lei nº 13.015/2014, tanto na teoria, como na prática

Desembargador Wolney de Macedo Cordeiro, diretor da Escola Judicial

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NOvO CANAL

Ouvidoria facilita acesso do usuário

Projeto do Tribunal do Trabalho tem apoio da oaB de Sousa

O Município de Pombal sediará, no pró-ximo dia 29 de abril, pela primeira vez, audiências trabalhistas que envol-vam interessados da ci-dade. A iniciativa, em ca-ráter experimental, visa a implantação, no Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), do Projeto Audiência Volante, onde a Justiça do Trabalho, mediante convênio fir-mado com outros órgãos, judiciais ou não, possa realizar audiências em cidades onde não exis-tam Varas do Trabalho.

O projeto Audiência Volante atende ao Plane-jamento Estratégico do TRT, interiorizando e ca-pilarizando suas ações, melhorando, de forma simples e direta, o acesso à Justiça das partes, tes-temunhas, advogados e da comunidade. Pombal possui 40 mil habitantes, e fica a 53 quilômetros de Sousa, sede da Vara

do Trabalho e, ultima-mente, vem apresentan-do número crescente de ações trabalhistas, o que despertou o interesse do tribunal na sua relação com a sociedade.

As audiências foram agendadas após contato mantido entre o juiz titu-lar da Vara do Trabalho de Sousa, Paulo Rober-to Vieira Rocha, e a juí-za diretora do Fórum de Pombal, Izabelle Braga Guimarães de Melo, que se prontificou de imedia-to em colaborar com a iniciativa.

O Projeto Audiência Volante segue no mês de maio, com realização de audiências trabalhistas na cidade de Uiraúna, e vem contando com am-plo apoio dos juízes do Tribunal de Justiça e da OAB, Seccional Sousa, que tem como presidente Lincon Bezerra de Abran-tes.

Mais informações

podem ser conseguidas na secretaria da Vara do Trabalho de Sousa, pelo telefone 83-3521-2710, ou pelo e-mail [email protected].

Ações de cidadaniaO Tribunal do Tra-

balho da Paraíba está preparando ações de cidadania para levar a

comunidade de Pombal, também no dia 29 de abril. Temas como Tra-balho Seguro, Trabalho Infantil e informações sobre o funcionamento da Justiça do trabalho estão sendo discutidos para apresentação em uma escola do municí-pio em forma de pales-tra e teatro.

O Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Re-gião) fez uma mudança em sua página na inter-net para dar mais visibi-lidade e facilitar o acesso do cidadão e também dos servidores a Ouvidoria. Além de um banner des-tacado na página princi-pal, a página interna da Ouvidoria foi reformula-da e traz muitas informa-ções para os usuário.

Na página interna o usuário vai encontrar um link para fazer o re-gistro e outro para acom-panhar a manifestação. Encontrará, também, um pequeno histórico, infor-mando que: “criada pela Resolução Administrati-va Nº 117/2005, a Ou-vidoria tem por escopo receber solicitação de in-formações, conforme Lei

de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), crí-ticas, sugestões, elogios e denúncias sobre os servi-ços prestados pela Justi-ça do Trabalho na Paraí-ba. A unidade está aberta as partes em processos judiciais, aos advoga-dos, magistrados (ativos e inativos), servidores do TRT da 13ª região (ativos e inativos), bem como a sociedade em geral”.

O trabalho foi con-duzido pelo desembar-gador Leonardo Trajano, que assumiu a função de ouvidor em janeiro últi-mo. “A inserção do “ban-ner” da Ouvidoria, no Portal do Tribunal, bem como a nova página da Unidade, tem o escopo de esclarecer, ainda mais, as atividades desenvolvidas pelo Órgão. É uma ma-

neira de incrementar as atividades da Ouvidoria, tanto na comunicação interna entre os setores do Regional, bem como entre os cidadãos e o Ju-diciário”, disse o desem-bargador, acrescentando que é sempre importante destacar que a Ouvidoria é um canal permanen-te de comunicação entre o cidadão e o Tribunal. “Conduz, sem sombra de dúvidas, ao aprimora-mento dos serviços pres-tados pelo Regional, bem assim confere relevo à transparência das infor-mações e democratização do Judiciário. A unidade está aberta em receber solicitações, denúncias críticas e sugestões sobre as atividades e serviços prestados pelo TRT da 13ª Região”, concluiu.

Durante as visitas que fez às Varas do Trabalho da Paraíba logo que assumiu a Presidên-cia do TRT, uma das reivindi-cações ouvidas pelo desem-bargador Ubiratan Delgado dos servidores foi a criação ou melhoria de um canal de comunicação com a admi-nistração, com a instituição. Segundo o presidente, esta ação da Ouvidoria atende ao pedido dos servidores.O trabalho de melhoria da página na internet foi de-senvolvido conjuntamente pelas equipes da Ouvidoria, Comunicação Social e Secre-taria de Tecnologia da Infor-mação, com a coordenação do desembargador Leonardo Trajano.

!Reivindicação

O Comitê Gestor do programa Trabalho Se-guro do Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Região) está finalizando uma campanha para o mês de março focada na prevenção de acidentes nas estradas. O comitê é gerido pelos juízes An-dré Machado Cavalcanti e George Falcão Coelho Paiva.

O tema da campanha é: “Ônibus e caminhões não são brinquedos, tra-balhe com segurança”. A

frase vai ilustrar outdoors que serão colocados nas principais rodovias da Pa-raíba e terá o apoio da Po-lícia Rodoviária Federal. Os motoristas, em alguns pontos e dias determina-dos pela PRF, vão receber orientações e explicações sobre a campanha, além de material com dicas para uma viagem segura.

Segundo o juiz An-dré Machado, “o foco é o esclarecimento da popu-lação em geral e os traba-lhadores e empregadores,

em especial, quanto aos riscos dos acidentes de trabalho e as diversas for-mas possíveis de preven-ção”. O juiz George Falcão disse que a campanha tem caráter preventivo e se “aplica tanto aos pro-fissionais que estão nas estradas por força de um determinado trabalho ou emprego e seus respecti-vos empregadores e toma-dores de serviço, quanto às pessoas que estão nas estradas do Brasil por qualquer outro motivo”.

Tribunal promove campanha de prevenção de acidentes

A Escola Judicial do Tribunal do Trabalho da Pa-raíba realizou, de quinta a sábado da semana passada, três cursos dirigidos a Juízes e servidores. Na quinta (26) foi realizado o curso “Recur-so de Revista e a Repercus-são Geral no Processo do Trabalho - de acordo com a Lei nº 13.015/2014” minis-trado pelo servidor do Tribu-nal Superior do Tralho (TST), Fabiano Vila Nova Targino.

O curso ministrado por Fabiano Targino, que é che-fe de gabinete do ministro Augusto César, foi exclusivo para servidores e teve a fina-lidade de atender às necessi-dades específicas do Tribu-nal. Na sexta foi realizada a palestra “Lei nº 13.015/2014 - Repercussão Geral no Pro-cesso do Trabalho”, proferi-da por Francisco Rossal de Araújo, desembargador do TRT da 4ª Região (Rio Gran-de do Sul), destinada aos magistrados e servidores.

Já no sábado, a EJud concretizou o seu novo pro-jeto, quando atuou na capa-citação e formação de ser-vidores com a realização de

mais um curso. “Com o tema “Desenvolvimento de Com-petências para o exercício da Função de Assistente de Juiz”, o curso, composto dos módulos básico, intermediá-rio e avançado, foi ministrado pelo juiz Lindinaldo Marinho. De enfoque prático e centra-do na discussão de casos e produção de despachos, o curso abordou também deci-sões e sentenças.

Contribuição O desembargador Wol-

ney de Macedo Cordeiro,

diretor da Escola Judicial disse que o servidor Fa-biano Targino trouxe uma grande contribuição para o TRT, “já que domina o tema Recurso de Revista e a Re-percussão Geral no Proces-so do Trabalho - de acordo com a Lei nº 13.015/2014, tanto na teoria, como na prática”. O magistrado fi-nalizou expressando a ale-gria de estar vivenciando tão importante momento para a Escola Judicial, nes-sa fase de concretização do seu novo projeto.

Escola Judicial realiza cursos para juízes e servidores

Francisco rossal (c) é desembargador do TrT (4ª região)