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O discurso esotérico da medicina chinesa: quando a religião se sobrepõe a uma análise crítica Publicado no blogue: http://acupuntura.blogas-pt.com/ Dentro da medicina chinesa pode definir-se o Qi como uma energia que circula por entre determinados canais conhecidos como meridianos. Cada meridiano é constituído por pontos de acupunctura. Estes pontos têm uma localização anatómica precisa e possuem funções energéticas especificas assim como indicações clínicas precisas. Na medicina chinesa existem pessoas que olham para o Qi mais como um conceito abstracto que tenta definir uma determinada realidade clínica (o meu ponto de vista preferido) e outras que defendem uma existência real e esotérica para o Qi. Este último grupo de pessoas, regra geral muito dedicadas ao Qi Gong, aborda a medicina chinesa sob uma perspectiva mais esotérica e menos clínica. O seu discurso apesar de se parecer com um discurso clínico (dentro da medicina chinesa) não é mais do que um discurso religioso onde Deus é trocado por Qi e uma data de novos conceitos esotéricos vêem à luz do dia. Normalmente, este grupo de pessoas, não aprecia uma abordagem científica da medicina chinesa e não gosta de colocar em causa as suas crenças (é isso que são) sobre a realidade energética do

O discurso esotérico da medicina chinesa: quando a religião se sobrepõe a uma análise crítica

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texto que fala sobre distorções de tradução e influências New Age no seio da medicina chinesa e que acabam por deturpar o seu discurso real.Acompanhe o bloghttp://acupuntura.blogas-pt.com/blog/

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Page 1: O discurso esotérico da medicina chinesa: quando a religião se sobrepõe a uma análise crítica

O discurso esotérico da medicina chinesa: quando a religião se sobrepõe a uma

análise crítica

Publicado no blogue:

http://acupuntura.blogas-pt.com/

Dentro da medicina chinesa pode definir-se o Qi como uma energia que circula por

entre determinados canais conhecidos como meridianos. Cada meridiano é constituído

por pontos de acupunctura. Estes pontos têm uma localização anatómica precisa e

possuem funções energéticas especificas assim como indicações clínicas precisas.

Na medicina chinesa existem pessoas que olham para o Qi mais como um conceito

abstracto que tenta definir uma determinada realidade clínica (o meu ponto de vista

preferido) e outras que defendem uma existência real e esotérica para o Qi. Este último

grupo de pessoas, regra geral muito dedicadas ao Qi Gong, aborda a medicina chinesa

sob uma perspectiva mais esotérica e menos clínica.

O seu discurso apesar de se parecer com um discurso clínico (dentro da medicina

chinesa) não é mais do que um discurso religioso onde Deus é trocado por Qi e uma

data de novos conceitos esotéricos vêem à luz do dia. Normalmente, este grupo de

pessoas, não aprecia uma abordagem científica da medicina chinesa e não gosta de

colocar em causa as suas crenças (é isso que são) sobre a realidade energética do

paciente. À primeira vista pode ser difícil distinguir uns e outros uma vez que a própria

linguagem da medicina chinesa leva a enganos.

As frases mencionadas a seguir são comuns nesse grupo particular:

1 – o Qi é tudo, é o oposto dos opostos, é tudo o que existe;

2 – pode o Qi ser uma energia tão avançada que a ciência ocidental só daqui a milhares

de anos a poderá detectar? Eu acredito que sim.

3 – o Qi não pode ser estudado mas pode ser sentido desde que a pessoa tenha o treino

adequado para o fazer.

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4 – o Qi é imaterial, é uma realidade que ultrapassa a nossa capacidade de percepcionar

o mundo.

A primeira vez que ouvi a frase “o Qi é tudo, é o oposto dos opostos, é tudo o que

existe” fiquei bastante radiante. A pessoa que a usou, posteriormente, referiu-se ao amor

da mesma forma. Que curioso é este pensamento… e que profundo!!!

Para compreendermos esta frase precisamos de voltar aos anos setenta quando a

medicina chinesa começa a divulgar-se ao mundo com sucesso. Foi nos anos setenta

com a aproximação dos EUA com a China que a medicina chinesa entrou em contacto

íntimo com o Ocidente (mas não foi a primeira vez). Contudo, o grupo de pessoas, que

mais estava disposto a aceitar esse novo (e muito velho) tipo de terapia possuía uma

ideologia conhecida como New Age. Em particular, agradava-lhes o símbolo Yin/Yang,

os conceitos de ciclicidade da natureza, os conceitos de macrocosmos e microcosmos

existentes na medicina chinesa. Mas o movimento New Age não era muito mais do que

um novo movimento religioso, curiosamente, anti-religião (especialmente cristâ) e anti-

ciência. O que muitas pessoas desconhecem é que os fundadores intelectuais dos

movimentos New Age são: Theillard Chardin (padre católico do século XX) e Nicolau

de Cusa (cardeal alemão do século XV). Toda esta nova ideologia vai beber destas 2

fontes. Assim as características divinas definidas por Chardin como Deus é tudo e

encontra-se em todo o lado (para mais informação ler o meio divino) ou as

características divinas de Nicolau de Cusa como Deus é o oposto dos opostos (para mais

informação ler a visão de Deus) são emprestadas ao Qi. E é assim que nasce um

conceito de Qi imbuído das principais características de Deus. O que é que isto tem a

ver com Medicina Chinesa? Não sei bem….

A segunda frase é realmente maravilhosa. À primeira vista pode parecer uma frase

completamente inocente. No entanto ao colocar o Qi num pedestal tão elevado torna-se

possível eliminar todo o juízo crítico que alguém decida fazer;

- mas será que o Qi existe mesmo? – questiona um céptico.

- não te preocupes com essa questão porque a ciência não é capaz de a analisar. –

responde o crente. – Está fora das suas capacidades de análise. Logo o Qi existe.

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Esta lógica é exactamente a mesma usada pelos religiosos para tentarem defender todo o

conjunto de patetices supersticiosas que a religião defende. E enquanto o fazemos,

passamos ao lado de 2 aspectos cruciais: (1) qualquer estudo feito não revelou a

existência de Qi e (2) existem, actualmente, um conjunto de provas científicas

esmagadoras a mostrarem a relação da acupunctura com o sistema nervoso (já falei de

algumas dessas provas noutros textos). Realmente, fugir às provas cientificas e assentar

arreais em crenças esotéricas é tudo o que um bom especialista precisa para fazer

medicina chinesa.

“O Qi não pode ser estudado mas pode ser sentido”. Também já ouvi o mesmo acerca

do amor. Isto porque na nossa sociedade o amor é o substituto de Deus e nos meios de

medicina chinesa é o Qi o Seu substituto.

Esta frase também está associada à premissa que para sentir o Qi é necessário muito

treino energético. Treino, esse, essencial para se atingir níveis elevados de

desenvolvimento espiritual (se derem trela a um defensor destas teorias rapidamente

começam a apreciar uma bela mistura de termos como Qi Gong, alma, Qi,

espiritualidade, revelações supranaturais, Deus, etc…). Os métodos mundanos da

ciência não são nunca capazes de avaliar este desenvolvimento, uma vez que falamos do

plano espiritual ou esotérico ou energético ou como lhe queiram chamar. Mais uma vez

está fora das capacidades meditivas da ciência. Obviamente que esta frase, muito

apreciada por alguns, é em si um paradoxo. Se o Qi se pode sentir é porque tem

influência neste nosso mundo mundano e, como tal, pode ser quantificado e qualificado

pelos métodos científicos. Ao afirmar-se que ele só pode ser sentido está a empurrar-se

o Qi para a esfera subjectiva e a criar-se as condições para o desenvolvimento de um

futuro guru. “Se o Qi só pode ser sentido e se eu o sinto então vocês devem acreditar

naquilo que vos digo… sem o questionarem de preferência porque o meu sentir é puro e

verdadeiro e os vossos cepticismos são incapazes de o analisar.” Algumas pessoas

parece não saberem fazer a diferença entre a auto-sugestão psicológica e a realidade

objectiva.

Há um último truque que pode ser usado contra os proponentes deste ponto de vista.

Após afirmarem que a ciência não tem capacidade de medir o Qi ou provar a sua

existência sempre os podemos interrogar acerca da capacidade da ciência em medir ou

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provar algo! Nestas circunstâncias as pessoas ficam sem resposta pois não sabem que

provar e explicar são coisas muito diferentes e nem se quer tem formação científica para

saber o que a ciência é capaz de fazer ou não.

Em termos de prática clínica esta filosofia de vida é do pior que se pode encontrar. É

muito fácil passar desta crença para a crença que temos de estar despertos para a

realidade energética do paciente e fazer o diagnóstico energético. Grande parte das

vezes o diagnóstico energético não passa por uma análise semiológica profunda, tal

como é feita dentro da medicina chinesa, mas sim pela forma como a nossa intuição

justifica o diagnóstico. “Sinto que o problema é este”, “é preciso estar em frente ao

paciente para sentir a sua energia e poder fazer o diagnóstico”, “justificar o diagnóstico

com a nossa intuição”, etc…. Sintomas? Sinais clínicos? Relação entre diferentes

sintomas e sinais clínicos? História da queixa principal? Nada disto é necessário se

estamos despertos para a realidade energética do paciente. Infelizmente algumas

pessoas usam o Qi Gong para exaltar o seu lascismo profissional e esconder a sua total

ignorância acerca dos métodos de diagnóstico e tratamento em medicina chinesa.

“O Qi é imaterial”. Esta é uma versão extrema e bastante pobre do que se pode chamar

o Qi. Regra geral, baseada em livros orientais com uma perspectiva esotérica do mundo.

Mas que nada tem a ver com medicina chinesa, nem com a cultura chinesa no seu todo.

Por exemplo, os chineses consideram que o Qi é tudo desde o ar a uma mesa (que

digamos tem matéria bem palpável). Em medicina chinesa a palpação de massas (pedras

na vesícula, por exemplo) estão associadas ao Qi. Considera-se que quando o Qi deixa

de fluir livremente condensa e produz massas. Neoplasias sólidas são uma consequência

da condensação do Qi. Será uma neoplasia sólida palpável? Outras massas como pedras

no rim ou na vesícula serão imateriais? Ao afirmar-se que o Qi é imaterial tenta fazer-se

uma ligação do Qi ao mundo espiritual e retira-se todo o contexto clínico que o Qi pode

ter na medicina chinesa. Esta é só mais uma frase que mostra a busca religiosa que

muitas pessoas fazem dentro do campo da medicina chinesa.

Surge agora uma pergunta. O que é o Qi? Qual a importância deste conceito na

medicina chinesa, em termos de prática clínica?

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Perguntar o que é o Qi é uma pergunta que pode facilmente enganar. Isto porque a

resposta mais acertada seria, provavelmente, que dependeria do contexto. Na realidade

termos como Yin, Qi e Yang não tem tradução noutras línguas porque podem significar

várias coisas em contextos diferentes. Por exemplo o yang pode significar fogo e o Yin

água. Mas dentro da água o Yang pode ser considerado como vapor de água e o Yin

como gelo. Além disso o Yang pode representar outras coisas que nada tem a ver com a

água ou o fogo como dia, verão, homem, imaterial, etc… Com o Qi acontece algo

semelhante. Podemos considerá-lo como imaterial ou esotérico, ou usá-lo, mesmo,

como um substituto de Deus. Mas nunca num contexto clínico como é o contexto em

que a medicina chinesa se insere. Permitam-me apresentar 2 exemplos clínicos:

1 – quando se refere que um paciente tem Vazio de Qi do Pulmão não se diz que ele tem

um vazio do “oposto dos opostos” no pulmão. Diz-se unicamente que o paciente

apresenta tosse de som fraco, tosse produtiva com expectoração fluida, respiração curta,

voz fraca, agravamento destes sintomas com esforço físico, língua pálida, pulso fino,

etc… Neste contexto clínico o Vazio de Qi do Pulmão não é mais do que um conceito

abstrato que pretende definir um conjunto de sintomas muito específicos.

2 – quando se refere que um paciente sofre de gastralgias por Estase de Qi do Fígado

não significa que ele tem uma Estase do “imaterial” do Fígado ou uma Estase “daquilo

que pode ser sentido mas não pode ser estudado” do Fígado. Significa, unicamente, que

o paciente apresenta gastralgia tipo distensão que pode irradiar para a direita,

agravamento dos sintomas com estados de stresse ou irritabilidade, pulso tenso, etc…

Novamente, observamos que o Qi é um conceito abstrato que visa denunciar um

conjunto classificar um conjunto particular de sintomas.

Os exemplos que acabei de dar podem parecer ridículos à primeira vista. Mas para mim,

que tenho alguns anos de ensino e de prática nestes meios são do mais revelador. É raro

encontrar um terapeuta, dedicado a uma abordagem esotérica da medicina chinesa, que

saiba discutir diagnóstico e fundamentar o seu discurso clínico. A sua linguagem

envolve muitos conceitos orientais, típicos da medicina chinesa, mas quase nunca são

capazes de trocar esses conceitos por sintomas e sinais clínicos. Na realidade a grande

maioria não consegue fazer um diagnóstico minimamente desenvolvido. A abordagem

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esotérica serve unicamente para dar uma aura de credibilidade à ignorância de muitos

dos praticantes desta arte milenar.

Nestes 2 casos clínicos é notável a inutilidade da abordagem feita anteriormente por

muitos preponentes de uma realidade energética (leia-se esotérica) do paciente. Mas este

problema coloca-se no âmbito do diagnóstico. E em relação ao tratamento? Em relação

à selecção de pontos uma vez que se relacionam directamente com o Qi? Mais uma vez

a gritante ignorância acerca dos métodos de selecção de pontos e dos princípios de

tratamento em acupunctura se vê mascarada por um discurso superficial e sem

conteúdo. Exemplos práticos e clínicos não faltam… infelizmente.

Um dos erros mais notáveis que se prega a 7 ventos é «sentir-se o ponto». Um

profissional da área que não seja capaz de “sentir” o ponto nunca irá ser um bom

acupunctor. Como professor de acupunctura não tenho medo em afirmar que o

importante em acupunctura é saber seleccionar os pontos e não ”senti-los”. Várias são

as razões que me levam a fazer esta afirmação.

1 – existem 364 pontos regulares. Por pontos regulares compreende-se pontos com uma

localização anatómica precisa, indicação clínica específica e pertencentes a um

meridiano. No entanto existem milhares de pontos extra que são caracterizados por não

pertencerem a nenhum meridiano, apesar de terem uma localização anatómica precisa.

Muito dificilmente alguém no planeta conhecerá a localização exacta de todos os pontos

extra. Pergunta: quem me garante que eu estou a sentir um ponto de acupunctura regular

e não umas dezenas de pontos extra à volta desse ponto? Porque é que se o importante é

sentir o ponto é dada uma localização anatómica tão precisa do mesmo? Bastava dizer

que o ponto se encontrava algures naquela região e não era preciso entrar em

pormenores anatómicos como faz a topografia dos meridianos e pontos. Mas mantinha-

se o problema de saber qual era o ponto que se estaria a sentir.

Ainda existem 2 outros problemas graves ao “sentir-se” os pontos de acupunctura. Se os

pontos regulares se podem sentir, então qual a razão de termos vários terapeutas, muito

desenvolvidos energeticamente, a sentirem os mesmos pontos, nos mesmos pacientes,

em locais diferentes? Inventa-se a teoria dos pontos activos. O que esta teoria realmente

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interessante diz é que: os pontos não são estáticos, eles movem-se. Um pouco para

cima, um pouco para os lados mas… «eppur si mueve».

Fica difícil compreender como se conseguiu definir uma localização anatómica dos

mesmos se eles não param quietos. Também é um pouco complicado definir o percurso

dos meridianos quando ficam uns perto dos outros e os pontos alteram de posição

constantemente.

Daqui sai uma boa notícia para os alunos que vão fazer exames de topografia de

meridianos e pontos: quando um professor vos disser que marcaram o ponto no local

errado já sabem o que têm a responder. Nem percebo porque se chumbam alunos a esta

cadeira.

Finalmente temos uma curiosidade dentro da medicina chinesa muito interessante. É

que a localização dos pontos de acupunctura não é unânime nas diferentes escolas. Por

exemplo algumas escolas referem que o ponto 37VB fica no bordo posterior do

peróneo. Mas outras referem o bordo anterior do mesmo osso. Como se explica estas

diferenças se os pontos se podem sentir tão bem? A resposta é simples: quando os

iluminados de uma escola vão sentir o ponto ele move-se para o bordo anterior e quando

chega a vez dos iluminados da escola rival ele move-se para o bordo posterior. E com

estas lógicas lá vamos nós enfrentando o cruel mundo objectivo existente à nossa volta.

2 – o problema de “sentir” o Qi coloca-se a 2 níveis na acupunctura: (1) “sentir” o ponto

já mencionado atrás e (2) passar o Qi pela agulha. Ou seja passar a energia boa para o

ponto. Este tipo de crença acaba regra geral com a afirmação «a intenção é que conta».

Mais uma vez considero este tipo de crenças extremamente prejudiciais para uma boa

prática clínica. Relembro um episódio em que um aluno ao não compreender um

protocolo feito por um professor perguntou para que serviam os pontos seleccionados

(alguns dos pontos não tinham muito a ver com aquele caso clínico) ao que o professor

respondeu: «a intenção é que conta».

Por mais ridículo que possa parecer o professor não sabia justificar porque tinha

seleccionado aqueles pontos nem sabia explicar o protocolo completo. Qual a melhor

maneira de esconder a nossa ignorância? Basta reclamar o nosso direito divino a

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dominar as maravilhas energéticas do Qi. «Não faço a mínima ideia de como construir

um protocolo de acupunctura? Não faz mal basta eu passar boas intenções para os

pontos escolhidos e o paciente fica bom. Holismo acima de tudo». Sempre é mais fácil

do que aprender acupunctura a um nível profissional.

Para terminar gostava de deixar um pequeno desafio a todos os “passadores” de energia:

tratem um paciente com dor no joelho com o ponto Yintang (localizado entre as

sobrancelhas. Este ponto é usado para tratar rinite, sinusite, insónia, agitação psíquica,

cefaleia frontal). E lembrem-se «a intenção é que conta».