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O ENSINO DE FÍSICA NA EJA: UMA INTRODUÇÃO AOS … · Moderna na Educação de Jovens e Adultos, utilizando o tema “Radiações”. Estudar sobre temas atuais como radiações

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O ENSINO DE FÍSICA NA EJA: UMA INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS

DAS RADIAÇÕES

Ivanety Rodrigues da Silva1

Polônia Altoé Fusinato2

Resumo: O presente trabalho sugere um estudo sobre a inserção da Física Moderna na Educação de Jovens e Adultos, utilizando o tema “Radiações”. Estudar sobre temas atuais como radiações permite ao aluno uma visão mais integrada de mundo e das ciências, construindo habilidades e competências que dão significados aos conhecimentos adquiridos, contribuindo para compreender a física como um empreendimento humano. Os estudos na área do ensino têm mostrado a grande importância da inserção da Física Moderna no ensino médio, podendo ser destacado como exemplo a contribuição para compreender a aplicação desta ciência nos mais variados campos da tecnologia, favorecendo na formação da cidadania. As diversas aplicações das radiações na medicina e indústria têm mostrado seu vasto uso na atividade científica tanto na área das ciências da natureza quanto nas ciências humanas. A metodologia usada procurou facilitar e instigar o processo de ensino-aprendizagem, propondo desafios que garantiram a participação dos alunos e práticas que favoreceram o diálogo, compreensão dos fenômenos e o interesse pela Ciência de uma forma geral e interativa. Palavras-chave: Ensino médio. Educação de Jovens e Adultos. Física moderna.

Radiações. Vídeos.

1

Professora da Rede Pública Estadual do Paraná. Participante PDE 2012 disciplina Física, graduada no curso de Matemática na UEM (Universidade Estadual de Maringá) com Habilitações em Física. Pós-Graduada em Educação Matemática e Educação Especial. 2Trabalho orientado pela Profª. Dra. Polônia Altoé Fusinato - UEM (Universidade Estadual de

Maringá) – Paraná no PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

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INTRODUÇÃO

O ensino de física deve estar centrado em conteúdos e metodologias que

possibilitem aos estudantes uma melhor visão de mundo.

Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos socias, políticos, econômicos e culturais. (PARANÁ, 2008, p. 50)

Diante da contribuição que a física tem nos avanços tecnológicos e da

necessidade de trabalhar os conteúdos de física moderna é que se desenvolveu

esse trabalho sobre radiações. A física moderna é importante para melhor

compreensão de alguns conceitos físicos que envolvem as tecnologias mais

recentes. As diversas aplicações das radiações na medicina e indústria têm

mostrado seu vasto uso na atividade científica tanto na área das ciências da

natureza quanto nas ciências humanas. O conhecimento do universo, por exemplo,

deve-se principalmente à radiação luminosa, térmica ou de outros tipos provenientes

do sol e demais estrelas.

Estudar sobre temas atuais como radiações permite ao aluno uma visão mais

integrada de mundo e das ciências, construindo habilidades e competências que dão

significados aos conhecimentos adquiridos contribuindo para compreender a física

como um empreendimento humano.

O estudo sobre radiações contou com a utilização vídeos, noticiários e

documentários sobre os acidentes ocorridos com a radiação e foi desenvolvido com

os alunos do ensino médio.

O estudo das ondas eletromagnéticas foi feito mostrando a evolução histórica

e descobertas científicas o que permitiu ao aluno uma maior interação com as

tecnologias, como os aparelhos de RX, por exemplo, que utilizam essa forma de

energia.

O trabalho deu ênfase também nos efeitos das radiações ultravioletas sobre o

organismo humano, pois estamos constantemente em contato com ela através do

sol e muitas vezes não sabemos como aproveitá-la de modo eficiente para

utilizarmos dos seus benefícios. Muito se fala do câncer de pele, mas há um

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esquecimento de que a vitamina D cuja principal fonte é o sol é necessária para o

sistema imunológico do nosso organismo. Por isso é necessário uma ampla

discussão sobre os efeitos benéficos e também maléficos da radiação solar ao

nosso organismo.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A introdução da Física Moderna no ensino médio é assunto abordado por

vários pesquisadores da área do ensino. Segundo Pereira e Aguiar (2006) a física é

vista muitas vezes como desinteressante, mas isso não se deve ao fato da falta de

aplicação no cotidiano do aluno, visto que sua presença é muito abrangente, como

por exemplo, no funcionamento de aparelhos eletrônicos existente em seus lares.

Muitos fatores concorrem para que o ensino em muitas regiões do Brasil seja de

baixa qualidade. O desinteresse dos alunos e as dificuldades enfrentadas por muitos

professores no exercício da docência são fatores determinantes desse quadro.

A artificialidade dos problemas tratados pela Física pode ser considerada

como uma das causas de desinteresse dos alunos (Brasil, 2006). Sendo assim é

necessário pensar numa revisão da prática pedagógica com uma reflexão da

inclusão da física moderna no currículo do Ensino Médio.

De acordo com Terrazzan (1992) os currículos de física do ensino médio são

pobres e apresentam grandes semelhanças. Normalmente segue uma sequência

ditada em muitos manuais de física que se “divide” em temas como: Mecânica, física

térmica, ondas e eletromagnetismo.

Na verdade, a prática escolar usual exclui tanto o nascimento da ciência, como a entendemos, a partir da Grécia Antiga, como as grandes mudanças no pensamento científico ocorridas na virada deste século e as teorias daí decorrentes. A grande concentração de tópicos se dá na física desenvolvida aproximadamente entre 1600 e 1850. (TERRAZZAN, 1992, p. 210)

Os programas mais completos de física no ensino médio normalmente se

reduzem ao ensino de cinemática, leis de Newton, termologia, Óptica Geométrica,

Eletricidade e circuitos simples. Os conteúdos de Física Moderna e os

desenvolvimentos mais recentes da Física contemporânea cujo estudo começou no

final do século XIX dificilmente atingem os nossos estudantes.

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Podemos dizer que grande parte dos alunos estuda apenas tópicos de Física

Clássica, por isso se faz necessário uma reformulação curricular, “pois não é

admissível que os estudantes não tenham contato com o conhecimento construído

pela ciência no século XX” (BORGES, p.3, 2005).

De acordo com os Parâmetros Curriculares do Ensino Médio (PCNEM) “o

ensino dessa disciplina destina-se principalmente àqueles que não serão físicos e

terão na escola uma das poucas oportunidades de acesso formal a esse

conhecimento.” Assim sendo a física deve ser reconhecida como cultura e como

possibilidade de compreensão do mundo. Não se trata de abandonar os conteúdos

clássicos ou partir para generalização, mesmo porque, muitos deles são necessários

para o entendimento da física moderna e contemporânea. Os conteúdos devem

passar por escolhas criteriosas e tratamentos didáticos adequado onde a

apresentação dos mesmos tenha um ponto de vista mais moderno para que não se

resumam a amontoados de fórmulas e informações desarticuladas.

Segundo Terrazzan (1992), aparelhos, artefatos e fenômenos cotidianos em

sua maioria só podem ser compreendidos se alguns conceitos estabelecidos a partir

do inicio do século XX forem utilizados.

A influência crescente dos conteúdos de física moderna e contemporânea para o entendimento do mundo criado pelo homem atual, bem como a inserção consciente, participativa e modificadora do cidadão neste mesmo mundo define, por si só, a necessidade de debatermos e estabelecermos as formas de abordar tais conteúdos na escola de 2º grau. (TERRAZZAN, 1992, p. 10)

Os estudos na área do ensino têm mostrado a grande importância da inserção

da Física Moderna no ensino médio, podendo ser destacado como exemplo a

contribuição para compreender a aplicação desta ciência nos mais variados campos

da tecnologia, favorecendo na formação da cidadania. A Física Moderna resgata e

desperta o interesse no aluno, pois seus estudos proporcionam uma aprendizagem

mais contextualizada e atual e, além disso, podemos dizer que ela contribui para

“despertar a curiosidade dos alunos e ajudá-lo a reconhecer a Física como um

empreendimento humano e, portanto mais próxima a eles” (OSTERMAN &

MOREIRA, 2000, apud OLIVEIRA, 2006, p.6).

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Os parâmetros curriculares incorporam as discussões da pesquisa na área do

ensino das ciências e sabem da necessidade de realização de estudos sistemáticos

das teorias e modelos desenvolvidos mais recentemente.

Devido à necessidade da escola revisar os conteúdos ensinados e práticas

educativas os PCN+ trazem sugestões de temas estruturadores que articulam

competências e conteúdos apontando para novas práticas pedagógicas. Um dos

temas sugeridos nos PCN+ é “Matéria e Radiação”, esse tema foi escolhido para o

desenvolvimento desse projeto porque apresenta grande potencial para inserção da

Física Moderna e contemporânea no ensino médio e está fortemente ligado às

tecnologias atuais.

Introduzir esses assuntos no ensino médio significa promover nos jovens competências para, por exemplo, ter condições de avaliar riscos e benefícios que decorrem da utilização de diferentes radiações, compreender os recursos de diagnóstico médico (radiografias, tomografias etc.), acompanhar discussões sobre problemas relacionados à utilização da energia nuclear ou compreender a importância dos novos materiais e processos utilizados para o desenvolvimento da informática. (BRASIL, 2002, p.77)

Nesse trabalho o objetivo principal é inserir tópicos de Física Moderna em

particular Radiações, na formação de jovens e adultos, pois os conteúdos

estruturantes para Educação de Jovens e Adultos (EJA) são os mesmos do ensino

regular, no nível fundamental e médio. A proposta pedagógico-curricular da

educação de jovens e adultos do Paraná permite aos educandos percorrerem

trajetórias de aprendizagem não padronizadas e respeita o ritmo próprio de cada um

no processo de aprendizagem. Permite organizar o tempo escolar de acordo com o

tempo disponível do educando trabalhador.

O educando deve cumprir cem por cento da carga horária total na forma

presencial (1200h ou 1440h/a), essa proposta está vigente desde 2006. Seus

estudos podem ser feitos de forma individual ou coletiva, sendo que essa última

destina-se a aqueles que podem frequentar com regularidade as aulas a partir de

um cronograma pré-estabelecido.

A proposta curricular da EJA respeita o tempo de aprendizagem de cada

educando estabelecendo a carga horária mínima que deverá ser cumprida por ele

em cada disciplina, e se for necessário poderá ser ultrapassada.

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O fato de o currículo EJA ter um tempo diferenciado em relação à escola

regular, não significa que os conteúdos devam ser tratados de forma precária ou

aligeirados. “Ao contrário, devem ser abordados integralmente, considerando os

saberes adquiridos pelos educandos ao longo de sua história de vida. De fato, os

adultos não são crianças grandes e, portanto, têm clareza do porquê e para que

estudar” (PARANÁ,2006,p.26). Para Ausebel, a predisposição para aprender é

condição necessária para ocorrer à aprendizagem e isso pode ser encontrada em

grande parte dos educando da modalidade EJA.

Dessa forma não podemos omitir o ensino da Física Moderna na EJA que

deverá ter pelo menos o mínimo de uma compreensão qualitativa dessa ciência.

A educação de jovens e Adultos (EJA), com modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual. (PARANÁ, 2006, p.27)

O professor na educação de jovens e adultos deve contemplar inovações com

conteúdos significativos, levando em consideração que o tempo de aprendizagem

não é o mesmo para todos. Deve ser superado o ensino enciclopédico, centrado

mais na quantidade do que na qualidade de informações que favorecem o

conhecimento. Os alunos atendidos pela modalidade EJA são pessoas que já têm

certos conhecimentos socialmente construídos e já fazem parte do mundo do

trabalho, dessa forma necessitam de metodologias específicas com utilização de

diferentes atividades que possibilitam a aprendizagem.

A prática pedagógica deve promover a interação entre os saberes dos

docentes e discentes favorecendo a formação do educando e assegurando espaços

de reflexão que contribua para sua formação de qualidade. Devem dar ênfase às

atividades fundamentadas em valores étnicos percebendo e valorizando as diversas

culturas e articulando situações da prática escolar com a prática social. A atuação do

professor é muito importante para que os alunos percebam que os conhecimentos

estão ligados com o seu contexto de vida, que é repleto de significação. Dessa

forma os docentes se comprometem com uma metodologia de ensino que favorece

uma relação dialética entre sujeito-realidade-sujeito.

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1.1 A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA

Segundo Silva e Filho (2010) a experimentação no ensino de Física contribui

de forma significativa com a aprendizagem quando é desenvolvida com diferentes

enfoques, visando às necessidades dos alunos perante o conteúdo. Pode ser

utilizada como agente motivador, como forma de comprovar as teorias, no contexto

de atividades investigativas ou simplesmente como demonstração.

O professor poderá usar a experimentação para formular e estabelecer

relações entre os conceitos, proporcionando melhor interação com os estudantes,

favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social. Para Vigotski a aquisição do

conhecimento se dá pela interação do sujeito com o meio, assim sendo o trabalho

do educador não deve se limitar na transmissão de conteúdos, mas favorecer essa

interação que possibilita o desenvolvimento mental. Dessa forma a experimentação

é uma estratégia pedagógica que envolve efetivamente os alunos no processo

ensino e aprendizagem contribuindo para inovação da prática docente e melhoria da

qualidade do ensino. Atividades experimentais ganham importância porque favorece

um ensino onde há estímulos de ideias e permite aos alunos pensar e interpretar o

mundo que os cerca.

Com o ensino de física moderna, de forma sistemática e experimental, desenvolver-se-ia no aluno a capacidade de observação e de análise de questões cotidianas relacionados à física, e se promoveria neles uma conscienciosa reflexão sobre fatos atuais e sua explicação por meio de conceitos. Hoje, há uma série de desafios relacionados à tecnologia [...] (PEREIRA; AGUIAR, 2006, p.66)

As aulas de física são na maioria das vezes teóricas e descritivas distantes da

realidade dos alunos. O professor pode vencer essa lacuna trabalhando tópicos de

Física Moderna juntamente com os temas clássicos assim como também pode

desenvolver uma metodologia fundamentada na experimentação.

Ao propor atividades experimentais, o professor deve ir além da explicação do

fenômeno físico, deve assumir uma postura questionadora e lançar dúvidas para o

aluno, permitindo que ele explicite suas ideias, que deverão ser problematizadas

pelo professor.

A experiência seja ela feita com a manipulação de materiais pelos estudantes

ou simplesmente como demonstração experimental pelo professor, nem sempre

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precisa de aparatos sofisticados. O mais importante é a organização e a discussão

que favoreça uma reflexão sobre todas as etapas da experiência propiciando dessa

forma uma interpretação dos fenômenos físicos e troca de informações durante a

aula, seja ela na sala ou no laboratório (Paraná, 2006).

1.2 A UTILIZAÇÃO DO VÍDEO NA AULA DE FÍSICA

De acordo com Moran (1995), o vídeo desempenha um papel importante e

pode ser utilizado para sensibilizar o aluno na introdução de um novo assunto, para

despertar a curiosidade e a motivação para novos temas facilitando assim o desejo

de pesquisa. O vídeo também pode ser utilizado como conteúdo de ensino quando

mostra o assunto de forma direta informando sobre o tema especifico, ou de forma

indireta quando mostra o tema permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.

Pode simular experiências mais sofisticadas consideradas perigosas ou de

difícil realização por falta de recursos. Por fim Moran ainda considera o vídeo como

produção onde pode ser documentados registros de aulas, experiências, entrevistas,

etc.

Alguns autores, tais como Moran e Marcondes Filho, são favoráveis a utilização do vídeo como suporte a educação. As justificativas são as maneiras como o vídeo interfere em várias áreas do indivíduo, tais como a comunicação sensorial, emocional e racional. Marcondes Filho (1998) indica a utilização do vídeo como suporte a educação formal e não formal, pois segundo ele, “desperta a curiosidade, prende a atenção, parte do concreto, mexe com a mente e o corpo do telespectador, educa mesmo sem fazer tal afirmação, procura inovar, entre outros fatores” (MARCONDES FILHO,

1998, p.106, apud SACERDOTE, 2010, p.31)

Neste contexto é que se insere o presente trabalho, que pretende utilizar o

vídeo para despertar o interesse e a motivação dos alunos nos estudos das

radiações.

2 IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

Este Projeto de Intervenção Pedagógica é destinado aos alunos do Ensino

Médio da Escola CEEBJA - Professor Manoel Rodrigues da Silva de Maringá. Sua

aplicação foi oferecida aos alunos do coletivo que demonstraram interesse e

disposição para frequentar com regularidade as aulas a partir de um cronograma

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pré-estabelecido. Para tanto foi elaborado uma unidade didática sobre o conteúdo

de radiações que em conjunto com vídeos e desenvolvimentos de práticas foram

utilizados com tais alunos.

Tópico1- Introdução teórica ao tema “radiações”

Duração: 3 aulas

Foi apresentado aos alunos o objetivo e uma síntese do projeto. Em seguida

foi entregue aos mesmos um questionário com o objetivo de analisar os

conhecimentos prévios. Eis algumas das questões apresentadas:

Existe diferença entre radiação e radioatividade?

Você está submetido a algum tipo de radiação? Qual?

A radiação pode prejudicar a nossa saúde?

Será que a luz é um tipo de radiação?

E os raios X?

O Brasil tem em sua história o registro de acidentes radioativos?

O celular tem radioatividade e a bateria dele?

Após foi passado um documentário sobre o acidente com césio-137 que

aconteceu em Goiânia.

Inicia-se então um debate sobre algumas questões do questionário e sobre

alguns acidentes radioativos acontecidos no mundo.

Os alunos observaram o documentário com bastante interesse, uma das

alunas mostrou-se chocada com o acontecimento e comentou que desconhecia a

história. Percebe-se que havia mais alunos que não conheciam o fato ocorrido no

Brasil.

Tópico 2 - Ondas eletromagnéticas Duração: 4 aulas

Com o objetivo de oferecer ao aluno uma efetiva compreensão sobre o

assunto, iniciou-se o estudo da teoria, explicando o que são ondas eletromagnéticas.

Para tal assunto foi utilizado slides, vídeos e textos.

Texto 1 - Ondas Eletromagnéticas

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Vídeo 1: http://www.youtube.com/watch?v=QpiouWxKsbk (duração: 7

min.59s)

Vídeo 2: http://www.youtube.com/watch?v=KdUOhzUDGLM (duração: 2min.

35s)

O texto 1 encontra-se no material didático elaborado pela professora PDE. O

primeiro vídeo exemplifica o que são ondas eletromagnéticas com utilização de

objetos e o segundo trata-se de um noticiário do jornal da cultura onde fala sobre os

diversos empregos das ondas e interferências entre elas.

De acordo com Moran (1995), o vídeo desempenha um papel importante e

pode ser utilizado para sensibilizar o aluno na introdução de um novo assunto, para

despertar a curiosidade e a motivação para novos temas facilitando assim o desejo

de pesquisa. O vídeo também pode ser utilizado como conteúdo de ensino quando

mostra o assunto de forma direta informando sobre o tema especifico, ou de forma

indireta quando mostra o tema permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.

Tópico 3: Atividades práticas- Espectrômetro e chama da vela Duração: 2 aulas

Com o objetivo de medir as propriedades da luz numa determinada faixa do

espectro eletromagnético os alunos construíram seguindo as orientações da

professora um espectrômetro. Com ele foi possível observar a decomposição da luz

e as diferenças entre as raias espectrais emitidas por diferentes fontes de luz.

Verificaram por exemplo a luz emitida por uma lâmpada incandescente e uma

lâmpada fluorescente. A lâmpada fluorescente apresenta uma série de raias mais

luminosas no violeta, verde e amarelo, que são as linhas de emissão do mercúrio

presentes nessas lâmpadas enquanto que a lâmpada de filamento não apresenta

essa mesma estrutura. Os alunos fizeram várias observações e após fizeram outra

prática que foi observar a chama de uma vela com o objetivo de identificar as

diferentes colorações e verificar que as cores está relacionado com a frequência.

Em pequenos grupos os alunos observaram a chama da vela e anotaram em

uma tabela as cores encontradas e a região da chama (base, meio da chama ou

região superior) onde se encontra cada cor. Estabeleceram em que partes da chama

têm uma maior temperatura, relacionando-as com suas cores.

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Cada parte da chama tem uma temperatura diferente e sua coloração

depende do comprimento de onda e da energia que ela carrega quanto mais energia

mais curta é a onda. Temos que na base da chama da vela tem muito calor e forma

ondas de luz com muita energia, mais curtas e mais azuladas. A parte alta tem

menos calor, portanto forma ondas com menos energia, mais longas e mais

avermelhadas. Assim puderam concluir que a cor azul tem mais energia, portanto

maior frequência, a vermelha tem menos energia e, portanto uma menor frequência.

Tópico 4 - Vídeos Duração: 2 aulas Os vídeos abaixo são utilizados para despertar o interesse e a motivação dos

alunos nos estudos das radiações. Também tem o objetivo de levar o aluno a

estabelecer uma diferença entre radiação e radioatividade.

Vídeo 1: http://www.youtube.com/watch?v=VcQ9_WyP4Bg (duração: 10

min.43s.). O vídeo mostra o acidente radioativo acontecido em Chernobyl na

Ucrânia.

Vídeo 2: http://www.youtube.com/watch?v=BygxeniXsOY - Fantástico 2001 –

Visita a Chernobyl. Fantástico volta à região atingida pela radiação na Ucrânia 15

anos depois. (Duração: 7 min. 24s.)

Vídeo 3: http://www.youtube.com/watch?v=DhYXTuB8XSo – Reportagem da

rede globo sobre 20 anos do acidente nuclear na usina Chernobyl. (Duração: 5

min.15s.)

Vídeo 4: http://www.youtube.com/watch?v=wHUChyztI5M - Chernobyl se torna

uma cidade fantasma 25 anos após desastre nuclear - JORNAL NACIONAL. (Duração: 3

min. 14s.)

Após cada vídeo foi aberto um espaço para discussões e dúvidas.

Tópico 5 - O uso das ondas eletromagnéticas nas comunicações. Duração: 2 aulas Para mostrar os diversos empregos das ondas eletromagnéticas e a diferença

entre uma onda e outra, foi feito estudo de textos, discussões e análise de vídeos,

como consta abaixo:

Texto 1.1- O uso das ondas eletromagnéticas nas comunicações.

Texto 1.2 - Há diferença entre as ondas de rádio e de TV?

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Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=PE5RQzBYCPU (duração: 5

min.31s.) “Como funciona a telefonia celular.” O vídeo foi utilizado por que fala das

ondas eletromagnéticas utilizadas em telecomunicações e entre diversas

explicações faz uma comparação entre a frequência da rádio FM com a telefonia

celular. Explica que o sistema de telefonia celular funciona através das estações

rádio-base (ERBs), e divisão do território em células. Além disso, o vídeo faz uma

ótima revisão mostrando a radiação eletromagnética com utilização de imagens.

Tópico 6 - Blindagem eletromagnética Duração: 1 aula

Com o objetivo de mostrar a blindagem eletromagnética, utiliza-se um celular

e objetos como caixa de sapatos, vasilhas de plástico, caixa de leite longa vida,

panelas.

A atividade consiste em colocar o celular no interior de cada objeto, fechando-

os. Pedir para alguém ligar para o celular e anotar o que acontece.

Repetir o procedimento para todos os objetos. Deixar os alunos chegarem a

uma conclusão.

Com essa demonstração os alunos perceberam que quando o celular está no

interior de algo metálico ele não é acionado, pois as ondas eletromagnéticas não

chegam até ele. Foi analisada juntamente com os alunos, como essa blindagem,

conhecida também como gaiola de Faraday pode ter aplicações na sociedade.

Como os alunos sempre têm dúvidas sobre a radiação do celular, se ela

provoca ou não câncer, foi passado um vídeo sobre os estudos científicos nessa

área.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=FyahaDUJvwE&NR=1

O telefone Celular pode causar câncer? - Programa Fantástico-2011. (Duração:

7 min.56 s.)

Tópico 7 - Radiações Ultravioletas Duração: 4 aulas

No estudo das radiações ultravioletas foi visto sobre o comprimento de onda,

as divisões da radiação em UVA, UVB e UVC mostrando a diferença no

comprimento de onda de cada uma e a forma como elas agem no organismo.

Procurou-se mostrar para o aluno com uso de textos (texto 2- Radiações

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Ultravioletas) e vídeos as doenças causadas pela radiação solar em excesso, mas

também problemas de saúde causada pela falta dessa radiação, que é o caso da

deficiência de vitamina D o que leva o indivíduo a ter sérios problemas de saúde.

Alguns países como os Estados Unidos enriquece seus alimentos com a vitamina D

para evitar alguns problemas de saúde na população. A maior quantidade, no

entanto vem pelo sol. O mesmo raio UV que pode provocar o câncer também tem a

capacidade de estimular a produção de vitamina D pela pele. Para isso basta uma

exposição de 15 minutos por dia sem uso de protetor solar.

A vitamina D além de estar ligada ao crescimento e desenvolvimento de

dentes e ossos também atua na prevenção de vários tipos de câncer, da esclerose

múltipla e arteriosclerose (endurecimento das artérias) e outras doenças.

Vídeos assistidos:

Vídeo 1- http://www.youtube.com/watch?v=q6xVfNfELpk (6min. 38s)

Vídeo 2 - http://www.youtube.com/watch?v=Bb9ed_0S_q0 (2 min.05s)

Vídeo 3 - https://www.youtube.com/watch?v=h0MCVJDsDcE (10min. 56s.)

Tópico 8 - Análise de radiografias Duração: 2 aulas

Com objetivo de estimular o interesse do aluno pelo estudo dos raios x, foi

pedido para os alunos que trouxessem radiografias para o estudo nas próximas

aulas. Em pequenos grupos foi feito uma observação das radiografias e uma

reflexão sobre o assunto levando em consideração os itens abaixo relacionados:

Parte do corpo observada.

Por que numa radiografia existem regiões claras e escuras?

Quanto tempo demora ao realizar o exame?

Como é a sala em que fica o equipamento?

É necessário tirar a roupa para fazer o exame?

Alguém acompanha o paciente na sala de exame?

Faz algum barulho ao realizar o exame?

Após a atividade foi feito uma discussão, onde foi possível verificar se os

alunos tinham conhecimento das aplicações dos raios X, além da medicina e

odontologia.

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Tópico 9 - Tubo de Crookes Duração: 2 aulas

Utilizando o vídeo: Tubo de Crookes, deu-se o início a explicação sobre como

foi descoberto os raios x. Foram utilizados slides mostrando o princípio de

funcionamento dos raios x e as imagens das primeiras radiografias. Nesse encontro

utilizando-se como apoio os slides foram possíveis fazer algumas reflexões e

análises, tais como:

Análise do contexto histórico e social onde a teoria científica foi

desenvolvida.

O uso indiscriminado inicial dos raios x e suas consequências.

O uso racional dessas aplicações.

Os riscos de uma exposição excessiva.

Compreender a importância dos cuidados com uma novidade científica.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4VeBBJA7m2w

Tópico 10 - Vídeos e textos Duração: 6 aulas

Vídeos mostrando a profissão de técnicos e tecnólogos em radiologia e sobre

a proteção contra os raios x.

Vídeo 1: http://www.youtube.com/watch?v=1OheBEBBgdQ (Duração: 8

min.29s.)

Vídeo 2: http://www.youtube.com/watch?v=jifkiu9P5ZU (Duração: 8min. 13s.)

Foram estudados também os textos:

Texto 3 – Raios x (texto da produção didática elaborada pela professora

PDE).

Texto 3.1 – Radiação por raios X

Texto 3.2 – Saúde e raios X.

Em um dos encontros do tópico 10, um aluno após assistir o vídeo 1,

demonstrou interesse em fazer o curso de técnico em radiologia.

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Tópico 11 - Radioatividade Duração: (3 aulas)

A aula tem como objetivo mostrar os estudos que levaram o cientista

Becquerel e posteriormente os Curie a descobrirem elementos radioativos. Com isso

os alunos vão tendo subsídios para ir fazendo uma diferenciação entre radiação e

radioatividade. Com a utilização de vídeos foi mostrado também os efeitos da

radioatividade na saúde. Os vídeos utilizados como apoio foram:

Vídeo 1: http://www.youtube.com/watch?v=ah4dv2lMLGA - A descoberta da

radioatividade. (Duração: 8 min.23 s.)

Vídeo 2: http://www.youtube.com/watch?v=UfxlrD-Su7M - Especialistas

explicam os efeitos da radioatividade. (Duração: 2min. 31s.)

Vídeo 3: http://www.youtube.com/watch?v=8qd_t4z6ko0 – Efeitos da radiação

na saúde. (Duração: 4 min. 29s.)

Tópico 12 - Uso da irradiação nos alimentos Duração: 2 aulas

Já finalizando os estudos sobre irradiação foi mostrado para o aluno que com

o aumento do conhecimento científico temos a irradiação sendo usada na

preservação de alimentos. A irradiação nos alimentos é um processo de

conservação onde há uma redução dos microorganismos que são os principais

causadores do apodrecimento, o que favorece a prolongação da durabilidade dos

alimentos.

Foi destacado que alimentos irradiados, não ficam radioativos e que há uma

garantia por parte do ministério da agricultura que essa tecnologia não afeta a saúde

humana. Utilizou-se como apoio o vídeo cujo endereço consta abaixo:

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=auqtGgkSnBs - A irradiação na

prevenção de pragas. (Duração: 2 min.1s.)

Os alimentos irradiados trazem o símbolo abaixo, conhecido como radura:

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Figura 1 – símbolo utilizado para alimentos irradiados

Fonte:http://www.mundoeducacao.com

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando os resultados coletados após aplicação do questionário inicial, foi

possível verificar que os alunos apresentavam várias dúvidas sobre o tema radiação.

Vários deles tiveram dúvidas, por exemplo, em responder se a luz é ou não um tipo

de radiação; se eles estão ou não submetidos a algum tipo de radiação. Alguns

alunos disseram que estão submetidos a radiações das fábricas, do celular, das

pilhas, baterias, etc. Foi possível notar que a maioria dos alunos não considerava a

radiação solar ou mesmo a luz que iluminava a sala como uma forma de radiação.

Fazendo uma análise dos dados, verificou-se que apenas 36% dos alunos

consideravam o sol ou a luz como um tipo de radiação. Para alguns a radiação era

sempre ligada a algo que prejudica a saúde. Após o término do projeto foi possível

verificar que 88% dos estudantes apresentavam respostas mais completas onde o

sol e a luz entraram como exemplos de radiações.

Numa das questões onde pede para o aluno dizer o que diferencia uma

radiação da outra, foi deixada em branco pela maioria, exceto dois alunos, um que

escreveu “não sei” e outro que citou vários exemplos, mas não diferenciou. Por tanto

nenhum aluno respondeu a questão de forma correta. No questionário final 53% dos

alunos responderam a mesma questão dizendo que a diferença entre uma radiação

e outra está no comprimento de onda ou na frequência, 35% deram respostas

diversas e 12% deixaram em branco.

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Verificou-se que com o estudo do assunto onde foram utilizados textos,

vídeos, atividades experimentais e outras, houve um aprimoramento do

conhecimento dos estudantes sobre o tema radiações.

Na avaliação final foi possível notar as mesmas questões sendo respondidas

sem grandes dificuldades. Observa-se também que os alunos sabiam diferenciar a

radiação da radioatividade. Soube dar exemplos da utilização dos raios gamas, o

que não conseguiram no questionário inicial.

Na unidade didática elaborada pela professora PDE com objetivo de auxiliar o

trabalho proposto foi contemplado textos com utilização de figuras visando facilitar a

compreensão do assunto e tornar a leitura agradável. Esta apresenta uma

linguagem de simples compreensão, onde aborda conceitos físicos relacionados

com outras áreas do conhecimento. A unidade aborda também atividades

experimentais e sugestões de vídeos que foram trabalhados em sala com o objetivo

de facilitar o entendimento dos conceitos físicos.

Os objetivos de estudos apresentados pela professora PDE sobre o tema

“Radiações” foram em grande parte atingidos. Esses objetivos visavam oportunizar

aos alunos do Ensino médio, um conhecimento sobre tópicos de física moderna,

levando-os a compreender ondas como transporte de energia; o estudo do espectro

eletromagnético; diferenças entre radiações ionizantes e não ionizantes; o estudo

dos raios ultravioletas e seus efeitos no organismo humano e a percepção do papel

desempenhado pelo conhecimento físico no desenvolvimento da tecnologia e a

complexa relação entre Ciências e tecnologia ao longo da história. Durante o

desenvolvimento do trabalho houve o envolvimento dos alunos e interesse pelo

assunto o que possibilitou a aprendizagem de forma mais efetiva. Os estudantes

manifestaram satisfação por compreenderem conceitos físicos e estudarem

descobertas cientificas relacionada ao desenvolvimento tecnológico.

REFERÊNCIAS

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