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Cada vez mais o aquecimento global tira o sono de investidores, especialmente no mercado Verde ANO VI - EDIÇÃO N o 336 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 6 de maio de 2014 Pesquisa afirma: Cidade mais verde é cidade mais feliz Quem vive próximo aos ambientes naturais, como a vegetação, tem menos depressão e estresse e mais saúde e felicidade. Em Fortaleza, verticalização e crescimento demográfico barram o acesso da população aos benefícios da natureza. INDÚSTRIA Fortaleza sedia encontro da CNI “Meio Ambiente é um negócio para a humanidade, do catador ao industrial”, disse a titular da Seuma, durante a 13ª reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, em Fortaleza. VISÃO GLOBAL Temperaturas adversas afetam a cultura do café Pág. 12 Pág. 3 Págs. 6, 7 e 8 MEIO AMBIENTE FOTO: ANDERSON SANTIAGO FOTO: DIVLGAÇÃO

O Estado Verde - Edição 22248 - 06 de maio de 2014

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Jornal O Estado (Ceará)

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Cada vez mais o aquecimento global tira o sono de investidores, especialmente no mercado

Verde ANO VI - EDIÇÃO No 336FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL

Terça-feira, 6 de maio de 2014

Pesquisa afirma: Cidade mais verde é cidade mais felizQuem vive próximo aos ambientes naturais, como a vegetação, tem menos depressão e estresse e mais saúde e felicidade. Em Fortaleza, verticalização e crescimento demográfico barram o acesso da população aos benefícios da natureza.

INDÚSTRIAFortaleza sedia encontro da CNI“Meio Ambiente é um negócio para a humanidade, do catador ao industrial”, disse a titular da Seuma, durante a 13ª reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, em Fortaleza.

VISÃO GLOBAL Temperaturas adversas afetam a cultura do café

Pág. 12

Pág. 3

Págs. 6, 7 e 8

MEIO AMBIENTE

FOTO: ANDERSON SANTIAGO

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O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado. EDITORA: Tarcília Rego. CONTEÚDO: Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Wevertghom B. Bastos. MARKETING: Pedro Paulo Rego. JORNALISTA: Sheryda Lopes. TELEFONE: 3033.7500 / 8844.6873Verde

TARCÍLIA [email protected]

O ESPERADO NÃO ACONTECEUOu aconteceu o esperado? Mais uma

vez, a PEC da Caatinga não foi votada. O requerimento 10066/2014, apresen-tado pelo deputado Amauri Teixeira (PT--BA), para a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 504/2010, a proposta que altera o § 4º do art. 225 da Constituição Federal, para incluir o Cerrado e a Caatinga en-tre os biomas considerados patrimônio nacional, não foi apreciado no último dia 29 de abril, em face do encerramento da Sessão. Apenas isso, falta de tempo, ou melhor, apenas por falta de interesse dos legisladores. No ano que vem, a pauta volta à ordem do dia e de novo, acontece a mesma coisa. Até quando?

NO SENADOComissão de Educação pode votar,

até o dia 15 de maio, a criação do Dia Nacional da “Amazônia Azul”. Se apro-vado, segue diretamente para a Câmara dos Deputados. O assunto foi debati-do dia 30/04, em Audiência Pública. O termo “Amazônia Azul” foi criado pela Marinha para chamar a atenção da so-ciedade e do Estado para a importância estratégica do oceano brasileiro. O con-tra-almirante, Marcos Silva Rodrigues, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, informou du-rante a audiência que 95% do comércio exterior passa pelo mar brasileiro. De lá, são extraídos 90% da produção de pe-tróleo e 70% da de gás natural do País.

BELA INICIATIVAA Universidade do Trabalho Digital, ini-

ciativa do Governo do Ceará, através da Secitece, acaba de iniciar um novo ciclo de cursos recebendo um número recorde de estudantes. São 710 alunos distribuídos em 30 turmas, que, desde ontem (05/05), estão em salas de aula, sendo capacita-dos nas áreas de Tecnologia da Informa-ção. Uma bela iniciativa, somente com co-nhecimento se constrói um novo Estado.

OUTRO DIAAguardando a abertura do farol da Ave-

nida Antônio Sales, esquina com a Ave-nida Senador Virgílio Távora, dentro do meu carro, presenciei cena que considero inusitada e “verde”. O meu querido amigo, Alexandre Fontoura, empresário do ramo gráfi co, atravessava a avenida, e num bom e belo exemplo de cidadania, des-prendimento e mudança de hábito, leva-va duas sacolas com resíduos recicláveis para depositar no Ponto de Entrega Volun-tária (PEV) do Pão de Açúcar, na citada es-quina. A família Fontoura, por iniciativa da esposa Marcia, segrega o lixo gerado em casa; cabe ao Alexandre, antes de chegar ao trabalho, depositar naquele PEV. Ado-rei, e o meio ambiente, agradece.

Refl exão: “A persistência realiza o impossível. Se você quer ser bem--sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si mesmo”. Ayrton Senna

A pesquisa “Meu Mundo”, um esforço coletivo da Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar as prioridades de desenvolvimento pós-2015 da popu-lação em todo o mundo, já ouviu, aproximadamente, 1,6 milhão de pessoas. No Brasil, mais de 40 mil pessoas já disseram quais as prioridades que escolheram para um mundo melhor. Eu participei e você também pode participar. É legal, vale a pena. Acesse o site da campanha clicando em myworld2015.org/?lang=pr.

Em abril último, a ONU lançou relatórios parciais da campanha por país. Uma “boa educação” foi preferência no Brasil, onde foi apontada como prioridade por quase to-das as categorias da pesquisa (por gênero e por faixa etária). Os brasileiros elegeram saúde (2o), governo honesto (3o), proteção contra o crime e a violência (4o), proteção do meio ambiente (5o) alimentos (6o) como seus tópicos mais urgentes.

MEU MUNDO

Coluna Verde

GESTORA E EDUCADORA AMBIENTAL

2 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

DE 07 E 08 DE MAIO7ª EDIÇÃO DO SUSTENTAR• Entre 07 e 08 de maio, acontece no Minascentro em Belo Horizonte (MG) a 7a edição do SUSTENTAR, considerado o maior evento sobre sustentabilida-de da América Latina. O evento é uma associação de conferências, encontros e exposições que reúne, de forma multidisciplinar, renomados especialistas, executivos, lideranças e autoridades nacionais e internacionais, no intuito de promover transformações substanciais relacionadas às questões socioambien-tais. A programação prevê uma série de 22 eventos simultâneos, com 240 pa-lestrantes e 6.000 participantes. Mais informações: www.sustentar.net.

08 DE MAIODIA MUNDIAL DAS AVES MIGRATÓRIAS

• Data comemorada anualmente em todo o mundo com o objetivo de cha-mar atenção para as crescentes ameaças sobre as aves migratórias e a im-portância das mesmas para a biodiversidade planetária. Essas espécies, que migram de uma região para outra, conectam e utilizam praticamente todos os ecossistemas do globo terrestre e são reconhecidas como “indicadores--chave” da situação e das tendências da biodiversidade.

A cada ano, aumenta o número de pássaros que não retornam às suas áre-as reprodutivas. As causas são muitas, e entre os rigores físicos e os diversos perigos estão as ações humanas: envenenamento por pesticidas; perdas de habitat para a agricultura e outras pressões antrópicas. Outro fator prepon-derante é a mudança climática; o fenômeno pode prejudicar habitats e alte-rar o ritmo ecológico do qual essas aves dependem.

11 DE MAIOSETOR QUÍMICO: 2Oo PRÊMIO DE INOVAÇÃO

• As inscrições, para a segunda edição do Prêmio de Inovação Setor Quí-mico 2014, estão abertas até o dia 11 de maio. A iniciativa é do Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refi nação de Petróleo do Estado do Ceará (Sindquímica), com a coordenação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/CE). O objetivo é incentivar o aprimoramento do setor químico e farmacêutico cearense a partir do fomento a práticas de gestão inovadora das empresas, além de reconhecer e premiar projetos inovadores com apli-cabilidade para o segmento químico.

Os valores das premiações variam entre dois e cinco mil reais. As inscri-ções são gratuitas e devem ser feitas por meio do preenchimento do formu-lário no site www.premio.sindquimicaceara.org.br.

AGENDA VERDE

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POR TARCILIA REGO*[email protected]

O clima está cada vez mais impactando os negócios e tirando o sono de investido-res, especialmente no mer-

cado de grãos. Artigo do coeditor, Kie-ran Cooke, da Climate News Network, publicado no último domingo, alerta que nos últimos dias grãos de café arábico – “de longe, a variedade mais popular de café” – encerrou abril, com alta em torno de US$ 2 americanos por libra, no mercado mundial. Isso é qua-se o dobro do preço de um ano atrás.

“Vários fatores parecem estar empur-rando o mercado para cima: na América Central, uma área signifi cativa de produ-ção, um surto de uma doença chamada ferrugem da folha, que se acredita, pode estar ligada às mudanças climáticas, dani-fi cou severamente a cultura”. No Vietnã, hoje, o segundo maior produtor de café do mundo, um período prolongado de seca e excepcionalmente alguns dias de clima frio afetou as previsões de colheita de grãos Robusta, usado principalmente para a produção do café instantâneo. “A falta de chuva também atingiu as áreas produtoras de café na África Oriental”.

BRASILMas, são os eventos relacionados com

o clima no Brasil, o maior produtor de café do mundo e responsável por pelo menos 40% da produção global, ao que tudo indica, está é o que está causando mais preocupação entre os comercian-tes do mercado internacional.

O estado de Minas Gerais, por exem-plo, que produz 25% da safra de café do país, foi atingido por temperaturas que subiram bem acima da média, e as típicas chuvas no mês de dezembro, ja-neiro e fevereiro – nomalmente perío-do de maior precipitação – fi caram em torno de 10% do normal.

Segundo um relatório recente da Co-ffee & Climate (C & C), organização que colabora com os produtores de café em todo o mundo com relação às questões de adaptação às mudanças climáticas, os dados de 68 estações meteoroló-gicas e de 264 pluviômetros, indicam que o clima em Minas Gerais está mu-dando. “Quase todas as áreas do estado foram, signifi cativamente, impactadas pelo aquecimento global, ao longo do período 1960 a 2011. Os períodos ex-tremamente quentes aumentaram, en-quanto os períodos de extremo frio di-minuíram.” O relatório está disponível

em http://www.coffeeandclimate.org/tl_fi les/CoffeeAndClimate/.

“O estado mineiro foi afetado por tem-peraturas máximas médias entre 3 ° C e 4 ° C (5,5 ° F e 7 ° F) em janeiro, bem acima da média de longo prazo. O resultado tem sido um desastre para muitos produtores de café. Sem água sufi ciente, bagas seca-ram ou tornaram-se os chamados fl utu-antes [cascas praticamente vazias]. Nas últimas semanas, as chuvas chegaram de forma torrencial: o que pode ser maléfi co ao invés de benéfi co para a colheita está se aproximando rapidamente. Os produ-tores brasileiros de café têm esperança de uma reviravolta de última hora”.

QUEDAEspecialistas em commodities proje-

tam que em consequência da queda na produção de grãos arábica no Brasil, no decorrer de 2014, provalvelmente, sig-nifi ca queda de até 35% na produção mineira, e de 18% na produção global. Como a demanda mundial por café dis-parou nos últimos anos, os agricultores estão correndo para plantar mais mudas de café, porém essas novas plantações, são mais suscetíveis à escassez de água, por isso agricultores e comerciantes de café também estão preocupados com a

qualidade, bem como com a quantida-de, e o quanto a cultura poderá ser afe-tada pelo clima adverso.

IPCCO maior temor está relacionado às con-

dições de seca e aos padrões climáticos, cada vez mais voláteis, que ameaçam uma grande parte do Brasil, um dos maiores produtores agrícolas do mundo. O mais recente relatório do Painel Intergoverna-mental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afi rma que a produção de café está suscep-tível e pode diminuir em todo o mundo em consequência das temperaturas altas.

NÃO VAI FALTARPara àquelas pessoas que não dispen-

sam um cafezinho, mesmo em tempos de aquecimento global, tem uma luz no fi m do túnel. Os preços não devem subir este ano – ou pelo menos, não muito. A maioria das grandes casas de café ou torrefadores tende a comprar no que é chamado mercado futuro – “fazem uma reserva do produto e garantem um pre-ço fi xo para os grãos, muitas vezes, com anos de antecedência”. Além do mais, os comerciantes estocaram os grãos colhi-dos fartamente na safra do ano passado. Por enquanto não vai faltar café.

3FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

Eventos relacionados com o clima no Brasil, considerado um grande produtor de café, estão causando preocupação entre os comerciantes do mercado internacional

Temperaturas adversas afetam a cultura do café

ECONOMIA E CLIMA

IMAGENS: DIVULGAÇÃO

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POR TIAGO ANDRADE LIMA

A lei que institui o Sistema Na-cional de Unidades de Conver-sação, em seu art. 36, estabe-leceu, para fi xação dos valores

de compensação ambiental, um percen-tual não inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implanta-ção do empreendimento. Todavia, no ano de 2008, o Supremo Tribunal Fede-ral declarou a inconstitucionalidade do percentual, afi rmando que o percentual e o cálculo dos recursos só poderiam ter relação com os impactos negativos e não mitigáveis ao meio ambiente.

Assim, coube aos órgãos de meio ambiente estabelecer metodologias para definição dos valores a serem fixados. No Estado de Pernambuco, encontra-se vigente a Resolução CON-SEMA no 04/2010, que estabelece a metodologia de gradação de impactos ambientais e procedimentos para fixa-ção e aplicação da compensação ambi-ental no Estado de Pernambuco.

Segundo a Resolução vigente, con-sidera-se Valor de Referência – VR - o somatório dos investimentos inerentes à implantação do empreendimento, incluindo-se o montante destinado ao cumprimento de medidas mitigadoras

estabelecidas como condicionantes. Ademais, o parágrafo segundo do ar-tigo 6º dispõe que, no detalhamento do Valor de Referência, também deverão ser computados aqueles valores desti-nados à mitigação dos impactos causa-dos pelo empreendimento.

O VR é utilizado para se determinar o valor da compensação ambiental do empreendimento. Dessa forma, quanto maior for o valor de referência, maior será o custo do empreendedor com a compensação. Assim, para efeito de fi xação do montante compensatório, da forma como resta expresso na norma deverão ser somados aos custos com a implantação os valores gastos pelo em-preendedor com a mitigação dos impac-tos causados pelo empreendimento.

Porém, no âmbito federal, a nova re-dação dada ao § 3º do Artigo 31 do De-creto no 4.340/2002 excluiu do cálculo da compensação ambiental os investi-mentos referentes aos planos, projetos e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para mitigação de impactos. Essa redação não só estim-ulou o empreendedor a buscar alternati-vas tecnológicas de mitigação dos impac-tos do empreendimento, que geralmente são mais onerosas que as convencionais, como também não permitiu um aumen-to desarrazoado no VR.

Dessa forma, não restam dúvidas que a Resolução Consema no 04/2010 ca-rece de urgente revisão da norma junto ao Consema de modo a não atribuir uma dupla penalidade ao empreend-edor do Estado de Pernambuco, que deverá cumprir as medidas mitiga-dores por meio de planos, projetos e programas, sem que isso aumente o valor do empreendimento para efeito de compensação ambiental.

Titular de Direito Ambiental do Queiroz Cavalcanti Advocacia, mestre em Tecno-logia Ambiental e especialista em Direito Público e em Direito Urbanístico. Foi também consultor jurídico na elabora-ção dos Projetos de Lei que instituíram o Sistema Estadual de Unidades de Con-servação e a Política Estadual de Resídu-os Sólidos em Pernambuco.

4 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

Compensação ambiental em Pernambuco

ARTIGO

JORNALISTA E ESCRITOR

Normas técnicasExistem normas técnicas para trans-

plante de árvores, que se não forem devidamente seguidas podem, de fato, resultar em crime. O primeiro a se fazer é pocurar um profi ssional qualifi cado nessa área, que pode ser um enge-nheiro agrônomo ou engenheiro fl ores-tal. A poda das parvores deve ser rea-lizada com no mínimo trinta dias antes do transplantio e a área foliar deve ser reduzida em no máximo um terço. Não realizar corte radical em galhos mais grossos, o que difi cultaria a brotação posterior. O que se vê nas árvores da Av. Dom Luís é exatamente ao contrário do que diz a norma.

Sangria e canaletaDeve-se também executar, por ocasião

da poda, a sangria, que consiste em abrir no solo uma canaleta (feita com ferramen-ta manual) a uma distância de aproxima-damente 50 a 80 cm do tronco e com profundidade mínima de 40 cm. Irrigar com abundância a canaleta aberta após estas operações. No dia do transplante, aprofundar a canaleta cuidadosamente. As raízes mais grossas (diâmetro maior ou igual a 5 cm) devem ser cortadas com ferramentas adequadas. O torrão deve ser trabalhado manualmente de modo a apresentar-se em forma de funil, estrei-tando-se o diâmetro de acordo com sua profundidade; o tamanho do torrão de-penderá da espécie e do porte da árvore.

Cintas apropriadasÉ necessário marcar no tronco a

indicação da posição da árvore em relação ao norte geográfico. O torrão somente poderá ser içado quando não houver mais raízes prendendo-o ao solo, utilizando-se cintas apropria-das feitas de lona ou material similar para não provocar ferimentos ou des-cascamentos no tronco que possam comprometer o sucesso do trans-plantio. Providenciar o amarrio do tor-rão com sacos de aniagem ou similar antes de içá-lo, de modo mantê-lo firme durante o transporte. Providen-ciar transporte adequado ao porte da árvore a ser transplantada.

Cuidadosa adubaçãoAs covas que receberão as árvo-

res devem ser preparadas com pelo menos quinze dias de antecedência ao plantio, observando-se o seguin-te: a) apresentar dimensões com-patíveis com o tamanho do torrão; b) receber adubação, no fundo da cova, de trezentos gramas de fos-fato natural;c) receber adubação de trezentos gramas de superfosfato simples incorporados à terra vegetal de boa qualidade com a qual será preenchida a cova. Irrigar abundan-temente a cova antes de se colocar a árvore, até a formação de barro no fundo da mesma.

ARQUITETO CRITICA INTERVENÇÃO NA AVENIDA DOM LUÍS

O arquiteto e professor José Sales tem sido um analista perspicaz do pro-cesso urbanístico de Fortaleza e um crítico isento das questões pertinentes à intervenções urbanas, sobretudo no que diz respeito ao meio ambiente. Agora mesmo, em razão das modificações que a Prefeitura de nossa capital intenta realizar na Avenida Dom Luís e Praça Portugal, José Sales se inquieta em face daquilo que conceitua como um verdadeiro “crime ambiental”. Com o espírito de “ver de perto para contar o certo”, o arquiteto codena o modus operandi da prefeitura para a poda e retirada de árvores da supramencio-nada avenida. Segundo ele, o crime ambiental está caracterizado, porque pelo que viu in loco da forma como está feito a retirada por arrancamento, nenhuma árvore terá condições de sobreviver.

Page 5: O Estado Verde - Edição 22248 - 06 de maio de 2014

5FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

POR VIVIAN [email protected]

Ansiedade, precipitação, falta de visão sistêmica e imediatismo seriam os sintomas da nossa sociedade vigilante? Somos

guiados por tecnologias smarts e a maio-ria das pessoas acha que sofre de TDAH (Transtorno do Defi cit de Atenção com Hiperatividade)? É isso mesmo? O sis-tema está em colapso e estamos à beira de um ataque de nervos? Infelizmente, esses comportamentos vêm sendo incor-porados pelas pessoas também nos pro-cessos de gestão das marcas e talvez seja por isso que ataques de net-ativistas vêm sendo incorporados por consumidores ou formadores de opinião que vigiam os comportamentos e discursos equivocados frequentemente alvo desse tipo de ação.

Gosto de lembrar o que Foucault (1970) mencionou sobre as práticas discursivas: As práticas discursivas não são pura e simplesmente modos de fabricação de

discursos. Ganham corpo em conjuntos técnicos, em instituições, em esquemas de comportamento, em tipos de trans-missão e difusão, em formas pedagógi-cas, que ao mesmo tempo as impõem e as mantêm. Por isso, a responsabilidade de todos nós só aumenta porque as práti-cas discursivas em curso apenas mantêm o que estamos presenciando na boca das campanhas equivocadas, elas revelam muito sobre o pensamento vigente da

nossa sociedade atual e sobre nós mes-mos. Todo cuidado é pouco.

Precisamos mudar nosso modelo mental. Chega de jogar pedra na Geni: a publicidade não é a vilã! Só para lem-brar: somos primatas humanos, incom-pletos. Nunca teremos as nossas ne-cessidades plenamente satisfeitas, mas nossa responsabilidade aumenta cada vez mais porque temos o domínio de técnicas que nos permitem tomar deci-sões sobre todos os outros seres vivos da terra. Mas isso não nos faz superiores; ao contrário, tem nos tornado medío-cres e míopes em relação a nós mesmos e às outras espécies. Esquecemos a so-lidariedade, a reciprocidade a favor de uma moral que privilegia os valores ca-pitalistas de mercado.

Frans de Waal, em suas pesquisas com bonobos e chimpanzés, conseguiu comprovar que a moralidade está pre-sente também em primatas não hu-manos porque há dois fatores sempre presentes: a reciprocidade, o senso de

justiça e a partir deles a empatia e a compaixão. Infelizmente, os humanos vêm demonstrando visões imediatistas, supondo que o dinheiro pode comprar tudo ou que a publicidade pode vender tudo. No entanto, nem sempre essas es-tratégias capitalistas têm convencido as pessoas dessa falsa moral, e a campanha #somostodosmacacos acabou causando a antipatia do público.

Encerro essa refl exão com o pensa-mento de Edgar Morin: A dominação dos objetos materiais, o controle das energias e a manipulação dos seres vivos foram importantes para o avanço da humani-dade, mas se tornou míope para captar as realidades humanas, convertendo-se numa ameaça para o futuro humano.

*Professora VIVIAN AP. BLASO SOU-ZA SOARES CÉSAR, Doutoranda e Mes-tre em Ciências Sociais (PUC-SP), MBA em Gestão Estratégica de Marketing (UFMG), Especialista em Sustentabili-dade (FDC) e Relações Públicas (CNP).

Somos todos macacos?ARTIGO

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Avenida Carlos Jereissati recebe plantio de 830 mudasProjeto Via Verde planta 830

mudas na Avenida do Aeropor-to. As espécies nativas foram plantadas ao longo de 4,5 qui-

lômetros da Carlos Jereissati, na manhã do último dia 30. A iniciativa é mais uma ação do projeto do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) que segundo a assessoria de imprensa do órgão, tem como objetivo arborizar ruas e avenidas de todo o Estado.

“Essa foi nossa segunda ação em For-taleza e o local não poderia ser mais apropriado. A Avenida do Aeroporto é a entrada para os turistas e receberá fl uxo intenso na Copa do Mundo. Nada melhor que recebê-los com muito verde e deixar para a cidade esse legado”, ex-plicou o presidente do Conpam, Bruno

Menezes. Segundo a coordenadora de biodiversidade do Conselho, Isabella Matos, o plantio de espécies nativas fa-vorece a fauna local.

As mudas escolhidas para o Via Verde são todas nativas, típicas dos ecossistemas locais. Dentre elas estão cedro, joão-mole, ipê, munguba, jaca-

randá, timbaúba, pau marfi m, angico preto, angico vermelho, cumaru, ara-ticum, jucá e sabiá. Todas as espécies possuem mais de 1,5 metros. A ação do Conpam teve o apoio da Base Aérea de Fortaleza no plantio e do Departamen-to de Estradas e Rodovias (DER) na manutenção das espécies.

SOBRE O PROJETO VIA VERDEO projeto Via Verde pretende reapro-

ximar o público cearense do seu patri-mônio natural. O plano inicial é oferecer diversas espécies de mudas nativas para serem plantadas em cidades com gran-de população e buscar parceiros públi-cos ou privados que garantam a manu-tenção das espécies nas áreas plantadas.

Com informações do Conpam.

ARBORIZAÇÃO

Todas as espécies plantadas são nativas de Fortaleza

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6 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

POR: SHERYDA [email protected]

Pesquisa divulgada em abril mostra o que a sociedade já vem percebendo há mui-to tempo: pesquisadores da Universida-de de Wisconsin, nos Estados Unidos,

constataram que pessoas que vivem perto de áre-as verdes são mais propensas a ter saúde e bem--estar. Os benefícios que a proximidade da natu-reza traz à população mobilizam ambientalistas e a sociedade em geral no sentido de aumentar essas áreas e facilitar o acesso da população às mesmas. E com algumas iniciativas, quem vive no meio urbano também pode trazer um pouco dessa felicidade para perto de si.

O território verde que existe atualmente em Fortaleza está escondido por muros, cercas de metal, ou em alguns casos, por barreiras invisí-veis, como a sensação de violência pela qual a população passa. Essa é a avaliação do jornalis-ta Ademir Costa, secretário do movimento Pró--Parque, que se mobiliza em prol do Parque Rio Branco, na Avenida Pontes Vieira. Para ele, não adianta ter áreas verdes se as pessoas não podem acessar as mesmas, e é dever do poder público garantir sensação de segurança e acesso a esses locais. “Eu não tenho dúvidas de que a proximi-dade a áreas verdes traz felicidade, mas desde que haja o acesso”, defende.

Apenas 34% da área total da Cidade são ocupa-das por vegetação, é o que mostra o Mapeamen-to das Áreas Verdes do Município de Fortaleza de 2012, estudo produzido pela então Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) em parceria com o Departamento de Geografi a

da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A atual Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informou por meio de assessoria, que em maio será iniciado o Plano de Arborização de Fortaleza, que prevê o levantamento de informa-ções mais específi cas e as ações de arborização devem acontecer de maneira integrada.

BENEFÍCIOSO bem-estar proporcionado por áreas verdes

é consequência da integração entre diversos e benéfi cos aspectos próprios dos ambientes natu-rais. O membro do movimento Pró-Árvore, Le-onardo Jales, elenca o conforto térmico, a visão confortável proporcionada pela sombra ou foto-lumínico e o conforto acústico que uma área ar-borizada oferece, elementos importantes numa

capital como Fortaleza. “As áreas verdes também têm a capacidade de purifi car o ar, diminuindo a quantidade de gás carbônico e de outros tóxicos no ambiente e de proporcionar atrativos para a fauna, promovendo assim o equilíbrio do ecos-sistema”, complementa.

Integrar a vegetação ao meio urbano, porém, é um desafi o que exige planejamento no longo pra-zo. Para o professor de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), Antô-nio Carvalho Neto, um projeto efi ciente e susten-tável para a cidade precisaria ser feito para acon-tecer ao longo de, pelo menos, 50 anos. Porém, não há continuidade nas ações dos governantes no decorrer da história de Fortaleza, que inter-rompem os projetos em andamento a cada nova gestão, segundo a avaliação do professor.

Áreas verdes proporcionam saúde e bem-estar

MEIO AMBIENTE

Em Fortaleza, os ambientes naturais estão sendo tomados pelo concreto e o resultado é uma cidade sem cobertura vegetal e com pouco conforto ambiental

A Praça do Jardim América é um das áreas mais arborizadas do bairro que sofre com a falta do verde

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7FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

QUINTAIS EM EXTINÇÃOEmbora acredite que é nos bancos de escolas

e universidades que está à esperança para um futuro mais verde para a Capital, Carvalho la-menta que existam áreas que difi cilmente serão recuperadas. Entre os fatores responsáveis pelo problema, estão o crescimento demográfi co e os altos índices de verticalização. Ou seja: os pomares e quintais que faziam parte de muitas residências estão dando lugar, cada vez mais, a prédios sem espaço, condições ou ações concre-tas para comportar espécimes vegetais.

Nesse contexto, promover oportunidades para a população do campo e criar meios legais para controlar a verticalização ajudariam a diminuir o êxodo rural e o desmatamento para a cons-trução de mais prédios. O professor também propõe uma reavaliação da estrutura da cidade, pois com a lógica de centralização de áreas co-merciais e de trabalho há tendência de áreas com índices demográfi cos mais concentrados, com maiores necessidades de prédios residenciais, obras com asfalto e outras estruturas que vão to-mando o lugar que poderia ser ocupado por solo natural. Para criar novas áreas verdes acessíveis ao público demandaria muitas desapropriações. “Seria preciso muito interesse e coragem dos go-vernantes”, descrente, Carvalho avalia.

CONTRASTESNo Jardim América, localizado na Regional

IV, as árvores fazem falta. O bairro é aponta-do no Mapeamento de 2012, como o menos verde, com apenas 0,008 km² ocupados por vegetação. O roupeiro de hotel Maykon Tor-res vive na região desde a infância e gostaria de ter mais sombra disponível. “Saio de casa ao meio-dia para trabalhar, e o calor é in-suportável”, queixa-se o jovem, que também gostaria de morar em um local com ar mais purificado pela ação das plantas.

Quem também se queixa da ausência do verde é o ambulante Raimundo Pinto, que vai três vezes por semana fazer caminhadas na Praça do Jardim América. Para ele, se o local tivesse mais verde, a população o frequenta-ria mais e faria mais exercícios.

Já no Edson Queiroz, área com maior concen-tração de verde da Capital, as amigas Angelina Chaves, auxiliar de laboratório, e Yvone França, diarista, aproveitam o frescor do fi m de tarde para conversar na calçada. Angelina se diz pri-vilegiada por morar no bairro e ter esse contato com a natureza. Entre os principais benefícios, segundo ela, estão a temperatura agradável e o barulho das folhas ao vento. O bairro, localiza-do na Regional VI, tem 9 Km² de vegetação.

A alegria de proporcionar ao fi lho o contato com a natureza aparece no sorriso de Yvone. Segundo ela, aos quatorze anos, o menino já fala em cursar agronomia, pois gosta muito de plantas. “Acho que é bom para o crescimento das crianças e para a saúde”, conta. O quintal de Yvone é o lugar especial da casa, onde rela-xa e conversa com as plantas. A diarista não tem dúvidas de que elas trazem felicidade à vida das pessoas. “Quem não é feliz debaixo da sombra de uma árvore?”, questiona.

MAIS ÁREAS VERDES PARA FORTALEZAA nova Política Ambiental do Município, com

foco nas áreas verdes da cidade, foi apresenta-da pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, dia 10 de janeiro. Na ocasião, o prefeito Roberto Cláudio assinou decretos regulamentando os parques municipais Rachel de Queiroz, Rio Branco, Parreão, Adahil Barreto, Guararapes, Parque da Liberdade (Cidade da Criança), Par-que das Lagoas de Fortaleza, Pajeú, Parque das Iguanas e Parque Riacho Maceió. Também fo-ram apresentados os primeiros resultados do Programa de Adoção de Praças e Áreas Verdes; e o Projeto Calçada Verde, com o plantio de ár-vores nos passeios da Cidade.

No Edson Queiroz, bairro mais arborizado de Fortaleza, amigas aproveitam o clima ameno para as conversas na calçada

As caminhadas ao ar livre fazem parte da rotina do ambulante Raimundo Pinto, que gostaria de ter mais sombra disponível

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8 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

PESQUISA Áreas verdes ajudam a reduzir estresse

VERDE

POR TARCILIA [email protected]

Pesquisadores da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin (UW), nos Estados Unidos,

constataram que as pessoas que vivem em áreas verdes demonstram ser mais felizes e saudáveis. O estudo publi-cado no Jornal Internacional de Pes-quisa Ambiental e Saúde Pública, dia 11/04,combina dados de saúde mental da Pesquisa da Saúde de Wisconsin (SHOW, sigla em inglês) e dados de satélite Landsat 5, de julho de 2009, que indicou a grande presença de ve-getação em cada um dos blocos de amostragem do censo sobre a saúde da população daquele estado americano.

A pesquisa considera os efeitos do verde sobre o bem-estar dos morado-res. Cerca de 2.500 moradores de 229 bairros de Wisconsin responderam uma avaliação na qual foi pedido que classi-fi cassem os seus sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Os pesquisadores descobriram que em todos os estratos da sociedade, as pessoas que viviam em um bairro com menos de dez por cento de cobertura vegetal eram muito mais propensas a relatar sintomas de depres-são, estresse e ansiedade, diferente de quem vivia em áreas antropizadas.

A dra. Kristen Malecki, professora as-sistente de Ciências da Saúde da Popu-lação na Escola de Medicina e Saúde Pú-blica de UW, conforme nota à imprensa da Universidade, conta que ao atraves-sar bairros de Wisconsin, a partir da

Floresta Nacional de Chequamegon--Nicolet, no norte do Estado, os resul-tados são “impressionantes”. “Quanto mais espaços verdes menos sintomas de ansiedade, depressão e estresse, os moradores apresentavam”. Em 2012, a Organização Mundial de Saúde citou a depressão como a principal causa de in-capacidade em todo o mundo.

De acordo com a pesquisa, uma pes-soa pobre que reside em uma estrada na Floresta Nacional, provavelmente, é muito mais feliz do que uma pessoa rica que vive em um bloco de aparta-mentos no Condado de Milwaukee. “Mais verde nos bairros pode ser uma solução simples para reduzir o estres-se. Assim, quando uma pessoa não estiver se sentido bem, basta sair de casa“, conclui a dra. Malecki.

SOBRE AS PESQUISASA Pesquisa da Saúde de Wisconsin

foi o primeiro levantamento desse tipo, naquele estado americano, e me-diu as informações sobre as condições críticas de saúde da população . O re-sultado do estudo apresenta uma vi-são abrangente da saúde das pessoas, de forma a ajudar a identificar neces-sidades e alocação de recursos.

Quanto à pesquisa que considera os efeitos de áreas verdes sobre residentes de Wisconsin, de acordo com a equipe de pesquisadores , os resultados foram ajustados de forma que eles não fossem confundidos com fatores como raça, idade, nível de renda, escolaridade, es-tado civil, emprego e outros.

Mais informações: http://www.wisc.edu/

PLANTE UMA ESPÉCIE NATIVA

Plantas exóticas podem até parecer mais bonitas, no entanto não devem ser cultiva-das por aqui, e sim evitadas, elas podem causar desequilíbrio aos ecossistemas e até poluir os lençóis freáticos. O alerta vem do

ambientalista, Leonardo Jales, do movimen-to Pró-Árvore. Segundo ele, “o nim indiano, por exemplo, se reproduz sem controle e produz uma substância tóxica poluente”.

Plante uma árvore nativa. De acordo

com o Movimento Pro- Árvore, listamos as espécies mais indicadas para a ar-borização de Fortaleza. Escolha uma, duas, três... Coloque mais verde na sua vida, o meio ambiente agradece.

PEQUENO PORTE(Até quatro metros)

Peroba (Tabebuia roseoalba)Pau-branco (Cordia oncocalyx)Catingueira (Poincianella gardneriana)Jucá (Libidibia ferrea)Araticum-do-brejo (Annona glabra)Sabonete (Sapindus saponaria)Pereiro (Aspidosperma pyrifolium)Côco-babão (Syagrus cearensis)

MÉDIO PORTE(Entre quatro e oito metros)

Caraúba (Tabebuia aurea)Ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus)Ipê-amarelo (Handroanthus serratifolius)Ipê-verde (Cybistax antisyphilitica)Oiticica (Licania rigida)Trapiá (Crateva tapia)Xixá (Sterculia striata)Cajueiro (Anacardium occidentale)Juazeiro (Ziziphus joazeiro)Jatobá (Hymenaea courbaril)Caroba (Jacaranda brasiliana)Pitomba (Talisia esculenta)Ingazeira (Inga affi nis)Ingaí (Inga laurina)

GRANDE PORTE (Ultrapassam oito metros)

Timbaúba (Enterolobium timbouva)Oiti (Licania tomentosa)Cedro (Cedrela odorata)Gameleira (Ficus elliotiana) (Ficus enormis)Cassia-rosa (Cassia grandis)Barriguda (Ceiba glaziovii)Pau-pombo (Tapirira guianensis)Angelim (Andira surinamensis)Mirindiba (Buchenavia tetraphylla)Macaúba (Acrocomia intumescens)Carnaúba (Copernicia prunifera)

Fonte: Movimento Pró-Árvore

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9VERDE

Conferência discutirá o tema em Fortaleza

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

AGROECOLOGIA

Evento vai explorar qual o melhor caminho a seguir em um mundo onde os impactos das mudanças climáticas são cada vez mais visíveis

As inscrições para a chamada públi-ca do Ecoforte foram prorrogadas para 18h do dia 13 de junho, sexta-feira. Se-rão selecionados 30 projetos de asso-ciações sem fi ns lucrativos, fundações de direito privado ou cooperativas que atuam como representantes de rede de agroecologia e que desenvolvem projetos de agricultura orgânica e ex-trativismo de forma sustentável. Cada instituição só poderá inscrever uma proposta de projeto. A proposta preci-sa ter valor máximo de R$ 1,25 milhão e prazo de até 24 meses para execução.

Podem receber apoio ações de forma-ção e qualifi cação; assessoria (jurídica, contábil, sanitária e ambiental); assis-

tência técnica e extensão rural; gestão dos processos de negócios. Também estão entre os itens contemplados pelo edital: despesas com aquisição de má-quinas e equipamentos novos; veículos; EPI (Equipamentos de Proteção Indivi-dual); e equipamentos de informática e software, entre outros.

Dúvidas sobre o Edital podem ser en-caminhadas à Comissão de Seleção por meio do correio eletrônico [email protected] com o título “Edital de Seleção Pública no 2014/005 - Redes ECO-FORTE – DÚVIDAS”, até o dia 6 de junho. Os documentos poderão ser enviados pessoalmente à Fundação Banco do Bra-sil, mediante protocolo até às 18h do dia

13/06/2014 ou postados até 13/06/2014 com AR - Aviso de Recebimento.

ECOFORTEO Ecoforte integra o Plano Nacional

de Agroecologia e Produção Orgânica (Brasil Agroecológico). Neste primeiro edital estão previstas duas etapas. A primeira para a seleção das redes que receberão apoio; a segunda será a pré--habilitação das associações e coopera-tivas, pertencentes a essas redes, para participarem de chamadas públicas que visam implantar ou melhorar em-preendimentos econômicos.

Nesta primeira etapa, a iniciativa vai destinar R$ 25 milhões em investimentos

Prorrogadas as inscrições para o Edital do Ecoforte

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

Vai acontecer em Fortaleza, nos dias 12 a 16 de maio, a terceira edição do Interna-tional Climate Change Adap-

tation Conference – Adaptation Fu-tures 2014. Esta conferência discutirá os impactos do clima e as opções de adaptação. Para isso a conferência pre-tende reunir pesquisadores, tomadores de decisão e profi ssionais, de países desenvolvidos e em desenvolvimento, para compartilhar abordagens, méto-dos e resultados de pesquisa no tema.

“A nossa meta é criar uma rede de pesquisa internacional, colaborativa e criativa de pesquisadores, tomadores de decisão e profi ssionais interessados no tema”, declara José Marengo, chefe do CCST/INPE. “A conferência irá explorar qual o melhor caminho a seguir em um

mundo onde os impactos das mudanças climáticas são cada vez mais visíveis e as ações de adaptação são cada vez mais necessárias”, complementa.

A Conferência Adaptation Futures 2014 terá cinco eixos temáticos princi-pais: Impactos das mudanças climáti-

cas nos diferentes setores e implicações para adaptação; Relação entre adap-tação e desenvolvimento para o bem--estar humano; Abordagens integradas em diferentes níveis (local até global) frente a um mundo 4oC mais quente; Adaptação ao limite em regiões que são

mais vulneráveis às mudanças climáti-cas; e compreendendo, avaliando e co-municando adaptação.

O evento que já aconteceu, em 2010, na Austrália e, em 2012, nos Estados Unidos, é promovido pelo Centro de Ci-ência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (INPE/MCTI) e pelo Programa das Nações Unidas para Estudos sobre Vul-nerabilidade, Impactos e Adaptações às Mudanças Climáticas (PROVIA), com o apoio do Governo do Federal e Estadu-al e vai acontecer no Hotel Vila Galé, na Praia do Futuro, em Fortaleza.

As inscrições para participar do Adaptation Futures 2014 podem ser feitas até o dia 11 de maio pelo site http://adaptationfutures2014.ccst.inpe.br/registration/

sociais, oriundos da Fundação Banco do Brasil, do Fundo Amazônia e do Fundo Social do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES). As redes concorrerão por meio da apresen-tação de projetos territoriais com foco na estruturação de unidades de referência relacionados à produção sustentável.

O foco será a estruturação das entidades que representem as redes relacionadas à produção orgânica, extrativista e de base agroecológica. Em uma segunda etapa haverá nova chamada pública para apoio à implantação ou melhoria de empreendi-mentos econômicos que estejam vincula-dos à rede selecionada na primeira etapa.

Os recursos devem benefi ciar cer-ca de 20 mil famílias de assentados da reforma agrária, agricultores familia-res, indígenas, povos e comunidades tradicionais. A expectativa do Ecoforte é diversifi car e ampliar a capacidade produtiva, intensifi car as práticas de manejo sustentável de produtos da so-ciobiodiversidade e de sistemas produ-tivos orgânicos e de base agroecológica.

Fonte: Fundação Banco do Brasil.

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POR ELIZABETH REBOUÇASEspecial para Estado Verde

Com a apresentação de docu-mento impresso sobre os resul-tados do Projeto Mata Branca e a entrega da medalha Ambien-

talista Joaquim Feitosa para a Fundação Araripe, o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Conpam, comemo-rou o transcurso do Dia Nacional do Bio-ma Caatinga, 28 de abril. A solenidade ocorreu no auditório do Palácio Iracema e foi presidida pelo vice-governador Do-mingos Filho. À mesa, duas personalida-des carismáticas receberam toda atenção das autoridades: O presidente da ONG do Crato, que recebeu a premiação, Pier-re Gervaiseau e a dama da Caatinga, dona Dolores Feitosa, presidente da Fundação Joaquim Feitosa, com sede em Tauá.

A solenidade constou de duas etapas. A primeira, foi o lançamento das publi-cações com os resultados do Projeto de Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga nos Estados da Bahia e do Ceará – Mata Branca, cujo Atlas foi publicado em parceria com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme. Os dados foram apresentados pela coordenadora do Mata Branca, Tereza Farias e por Mar-gareth Menezes, da Funceme. O segun-do momento foi a entrega da Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa, em sua décima edição, para o presidente da Fun-dação Araripe, Pierre Gervaiseau.

O presidente do Conpam, Bruno Me-nezes, agradeceu a presença de todos e o trabalho em especial da equipe do Mata Branca, que tem no comando a ex--presidente do Conselho, Tereza Farias. Destacou ser um grande prazer conceder o Prêmio Ambientalista Joaquim Feitosa para a Fundação Araripe. “Você, Pierre Gervaiseau, presidente desta ONG, se apaixonou por uma cearense: dona Vio-leta Arrais, e foi mais além, se apaixonou pelo Nordeste e pela Caatinga”. Pierre, por sua fez, se disse surpreso com a es-

colha destacando em seu agradecimento, a dimensão dos sonhos, dos pensamen-tos e da realização. Disse que dá trabalho cuidar da terra, e enumerou a luta que foi conseguir criar a Área de Proteção Am-biental (APA) da Chapada do Araripe.

O vice-governador, Domingos Filho, não perdeu a oportunidade de mostrar sua verve poeta, durante discurso de en-cerramento do evento. Em seus versos louvou a Caatinga e a força dos serta-nejos, e entre a secura da terra e a ação que se sonha e vira realização, propôs um desafi o para dona Dolores Feitosa, a de fundar em Tauá a Universidade Sem Fronteiras. Ela, de pronto, aceitou e fez, sorrindo, o seguinte comentário: “Ele vai se ver comigo”, no sentido de que vai aperrear para o projeto sair do papel. Ela defende formas de se criar mais consci-ência ambiental nos cidadãos.

A prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, em seu discurso que destacou o consór-cio da governança, frisou que vai poder construir o Jardim Botânico da Caatin-ga. Também presentes na solenidade uma delegação da Câmara de Comércio Ítalo Brasileira que busca implantar negócios no Semiárido.

OS RESULTADOSOs resultados considerados positivos

foram alcançados no incremento da ca-deia produtiva da apicultura. De acordo com os dados do escritório da Ematerce--Tauá, foi ampliado em 23%a produção de mel. Houve incremento na produção

de hortaliças orgânicas, para consumo próprio, utilização em merenda escolar e vendas junto ao PPA e mercados locais. Foram construídos 150 fogões ecoefi cien-tes em comunidades indígenas e quilom-bolas, tendo como entidade executora e replicadora do método o IDER-Instituto de Energias Renováveis. Os benefícios foram de ordem ambiental, pois pela efi -ciência energética dos fogões, reduzem o consumo de lenha, bem como, tem ge-rado melhorias na saúde da família pela redução de emissão de CO2, ocasionando aumento de doenças respiratórias.

Implantação de Galpões e centro de triagem, treinamento e aquisi-ção de equipamentos e treinamento junto aos catadores, possibilitando melhorias ambientais, sociais com geração de renda, destacando-se ex-periências em Crateús, Tauá, Novo Oriente e Parambu. Intenso proces-so de capacitação e extensão rural e atividades de Educação ambiental em escolas, tendo sido capacitados 6000 educadores em 100 escolas pú-blicas, parceria com Seduc Credes e técnicos das Aspe-Conpam.

10 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

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A festa foi da Mata BrancaCEARÁ

No dia da Caatinga o reconhecimento foi para pessoas, projetos e organizações que trabalham para fazer do Bioma um modelo de sustentabilidade

Durante a solenidade foram lançadas publicações de projeto realizado em parceria com a Funceme

Representando a Fundação Araripe, Pierre Gervasieau recebe prêmio Joaquim Feitosa

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Alguns estádios de futebol são conhecidos como autênticas obras de arte em termos ar-quitetônicos, de design, como

é o caso do Ninho de Pássaro, em Pe-quim, na China, ou por alguma outra particularidade como tamanho ou his-tória, a exemplo, o Maracanã no Rio de Janeiro. Mas na Casa do Jotinha ou es-tádio Janguito Malucelli, o diferencial está mesmo é na questão ambiental e por que não dizer, na econômica.

Econômica, porque o Janguito, na re-alidade, virou um estádio verde, quan-do a diretoria descobriu que não tinha recurso fi nanceiro para construir um estádio tradicional, mas tinha recurso ambiental para fazer do local uma refe-

O campo com quase dois milhões de metros quadrados de área verde fi ca “no pé” de uma colina, que serviu para a fi xação das cadeiras sem o uso de concreto, o que era uma colina, virou uma arquibancada natural. As cadei-ras da bancada foram construídas em madeira reciclada, assim como os bancos onde se sentam os jogadores suplentes e os técnicos das equipas. As cabines de imprensa também foram construídas com base neste conceito. O equipamento desportivo é considerado o primeiro “eco estádio” do Brasil e um dos mais ecológicos do mundo.

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

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CURIOSIDADE

Primeiro ecológico do Brasil, foi concebido de forma a economizar recursos econômicos e naturais, além de causar menor impacto ambiental

Janguito um estádio pra lá de verde

Gisele Bündchen, Don Cheadle, Yaya Touré e Ian Somerhalder lançam desafio

A top model Gisele Bündchen, os atores Don Cheadle e Ian Somerhal-der e o jogador de futebol Yaya Touré participam de um desafi o para ver quem acumula o maior número de compromissos para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2014 (WED 2014). Por meio de uma mensagem engar-rafada, os Embaixadores da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnu-ma) desafi am indivíduos e organi-zações do mundo todo a escolher um time e participar do WED 2014. Os compromissos podem ser registrados no site www.wedchallenge.com/po.

Um dos materiais da campanha é um vídeo estrelando Gisele, Don e Yaya, que está disponível em sete lín-

guas no Youtube e será veiculado na CNN, nos telões da Times Square em Nova York (EUA) e no Piccadilly Cir-cus em Londres (Reino Unido). O vídeo mostra os embaixadores em ativida-des que fazem parte de suas rotinas: Gisele Bündchen praticando kung fu, Don Cheadle tocando trompete (em

preparação para seu próximo papel, como Miles Davis, no cinema) e Yaya Touré treinando para jogar pela Costa do Marfi m na Copa do Mundo de 2014.

COMO FAZER PARTECada um dos Embaixadores da Boa

Vontade te desafi a para uma causa dife-

rente, em apoio ao tema do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano: Aumente sua voz, não o nível do mar. Ao se com-prometer a uma das causas e compar-tilhá-la por meio das suas redes sociais, você passa a fazer parte do time de um dos embaixadores. Acesse o site www.wedchallenge.com/po para participar!

Times: Gisele Bünchen, Twitter: @giseleoffi cialYaya Touré, Twitter: @Toure_yaya42Don Cheadle, Twitter: @IamDonCheadleIan Somerhalder, Twitter: @iansomerhalderFonte: Divisão de Comunicação eInformação Pública do Pnuma.

rência ecológica além da futebolística. O estádio que fi ca em Curitiba ao lado de um dos principais cartões postais da cidade, o Parque Barigui, foi cons-

truído de forma criativa priorizando o meio ambiente, ao invés de priorizar a engenharia e a arquitetura, que na maioria das vezes, prioriza o cimento.

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 6 de maio de 2014

VERDE

“Meio ambiente é um negócio para a humanidade, do catador ao industrial”

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INDÚSTRIA

POR TARCILIA [email protected]

A 13a reunião do Conselho Te-mático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coema) da Confederação Nacional da In-

dústria (CNI), envolvendo as regionais do Nordeste, aconteceu durante todo o dia 25 de abril, na sede da Federa-ção das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em Fortaleza . O encontro tem como objetivo discutir assuntos perti-nentes à temática ambiental de interes-se da região Nordeste. Na pauta, dentre outros temas da indústria, foi discutido o desenvolvimento sustentável e a situa-ção dos portos nos estados nordestinos.

A abertura do evento contou com a presença do secretário executivo do Coema, Shelley de Souza Carneiro, que também é o gerente de meio ambiente e sustentabilidade da CNI, o presiden-te da Fiec, Roberto Proença de Macedo, a titular da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente do Município de Forta-leza (Seuma), Águeda Muniz e o diretor adjunto da Fiec, Edgar Gadelha Pereira Filho, e o presidente do Conselho Te-mático de Meio Ambiente (Cotema) da Fiec, Marcos Albuquerque, que deram as boas-vindas aos presentes.

PARTICULARIDADES REGIONAISSegundo Shelley Carneiro, as reuniões

são importantes para conhecer as parti-cularidades regionais, os problemas do setor empresarial em torno de temas comuns e elaborar uma proposta pa-dronizada trabalhando os problemas da região. “Não adianta você fi car em Bra-sília falando, falando, discutindo coisas

que muitas vezes são estranhas à região. Cada regional tem problemas específi cos e precisamos entender essas difi culdades para transformar isso em ações políticas em Brasília”, explicou Carneiro.

DNAPara o presidente da Fiec, Roberto

Macedo, que disse trazer no sangue o DNA ambiental, meio ambiente requer um trabalho forte da indústria. “Temos que cumprir o nosso papel levando essa nova consciência para as nossas empre-sas. O nosso compromisso é grande e precisamos fazer isso com responsabili-dade”, afi rmou Macedo, que também é

conselheiro da Associação Caatinga e da organização ambientalista global The Nature Conservancy (TNC).

UM NEGÓCIO PARA A HUMANIDADEA secretária da Seuma, Águeda Muniz

relatou aos conselheiros que a maioria dos eventos relacionados às questões ambientais e dos quais é convidada a participar, quando não acontecem na Prefeitura, sempre acontecem na Casa da Indústria. “Meio ambiente é um ne-gócio para a humanidade, do catador [para quem o resíduo talvez seja a única fonte de renda] ao industrial. Esse ne-gócio só será efetivo se houver política

ambiental”, esclareceu Águeda, ressal-tando que os processos de licenciamen-to ambiental serão desburocratizados.

Os trabalhos da 13a Reunião continu-aram no período da tarde, até às 18h30, comandados pelo gerente executivo do Co-ema. No dia 25, todos os participantes fi ze-ram uma visita técnica a Recicla Nordeste, feira do setor de reciclagem e transforma-ção que acontecia no Centro de Eventos de Fortaleza. Também, os representantes dos conselhos das federações presentes, puderam conhecer os vencedores do Prê-mio Fiec por Desempenho Ambiental , foi apresentado pelo coordenador do Núcleo de Meio ambiente da Fiec, Renato Aragão.

Fortaleza sedia reunião do Conselho de Meio Ambiente da CNI

Representantes da indústria reunidos na Fiec, discutiram a temática ambiental no contexto regional

JOSÉ SOBRINHO/FIEC