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O estranho fado - PerSe · – Três palmos – arriou as calças dois metros adiante. Apesar de cru, o matuto tinha ideia. Malogrado no intuito de encontrar o rastro da mãe do ouro,

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São Paulo, 2012

Creso Balduíno

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Editor responsávelZeca MartinsProjeto gráfico e diagramaçãoClaudio Braghini JuniorControle editorialManuela OliveiraCapaZeca MartinsRevisãoTiago Soriano

Esta obra é uma publicação da Editora Livronovo Ltda.CNPJ 10.519.6466.0001-33www.editoralivronovo.com.br@ 2011, São Paulo, SPImpresso no Brasil. Printed in Brazil

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser copiada ou reproduzida por qualquer meio impresso, eletrônico ou que venha a ser

criado, sem o prévio e expresso consentimento dos editores.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

B179eBalduíno, Creso O estranho fado do coronel José Olavo / Creso Balduíno. – Águas de São Pedro: Livronovo, 2012.

256 p.; 21 cmISBN 978-85-8068-088-1

1. Cultura popular. 2. Regionalismo – causos. I. Título.

CDD – 398.0981

Ao adquirir um livro você está remunerando o trabalho de escritores, diagramadores, ilustradores, revisores, livreiros e mais uma série de profissionais responsáveis por transformar boas ideias em realidade e trazê-las até você.

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À memória de meu pai, Odair Balduíno.

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Boassara era corrutela. Oito casas de esteios e uma venda onde os garimpeiros das barrancas do Rio Santo Antônio das Minas Vermelhas iam comprar mantimentos e petrechos para extração e lavagem do cascalho diamantino, entornar cachaça e matraquear.

O vendeiro chamava-se Crisonte Frastes, negociante ladino de feição desmazelada – bigode ralo esfiapado. Mentia demais.

– Subi num ingazeiro casquento e me escanchei numa for-quilha. Não sei por quê, a espingarda não tinha correia. Ajeitei a carabina no colo e acheguei o umbigo na casca da garapa.

– Ingazeiro.– Meio desajeitado por causa da espingarda que podia cair,

piquei fumo e enrolei um pito. Pitei. Pitei. Pitei. Depois guardei o toco do pito na capanga, pra não esparramar o cheiro embaixo da canjerana.

– Ingazeiro.– Prontinho, eu falei. Queria bicho carnudo, gostoso.Tiné Crispim estampou um sorriso maroto nos lábios.– Anta?Crisonte Frastes espiou a cumeeira.– Queixada.– Então?– Não é que a tarde se desenrolou todinha e somente o que

tive na quadra de tiro foram dois luís-cacheiros e uma cutia miúda:

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trinca de bichinhos porqueiras que vieram proseando entremeio

o raizame esparramado do angico.

Tiné Crispim restaurou o riso desavergonhado.

– Ingazeiro.

– Atirei neles não, Tiné! Pra quê? Não valiam o custo duns

carocinhos de chumbo. Pensei em me aprumar e voltar a casa com

a carabina descarregada no ombro, mas tive preguiça. Fui ficando.

Fui ficando. Fui ficando. A toada da mata me embalou que nem

mãe e eu morguei na forquilha da braúna.

– Ingazeiro.

– Não é que o fuzil caiu! Eu vi? Senti? Nem em sonho! Por

sorte a coronha não bateu aprumada no chão nem os cãos topa-

ram com garrancho senão cuspia chumbo grosso na forquilha do

pau-d’óleo.

Tiné Crispim quase perdeu a paciência. Potoquista descarado!

Filho duma égua!

– Espingarda, Crisonte! Ingazeiro!

– Anoiteceu. Eu vi? Não. Tava ferrado no sono. Dei de mim

com um formigueiro no pescoço. Não atinei de imediato onde

estava, mas cuidei de sacudir as formigas e quase que me despenco.

Descorado de susto, abracei a peroba e espacei as vistas.

Tiné Crispim relevou a peroba.

– Com medo de onça?

– Não tenho medo nem de lobisomem! Onça, então! Você

não imagina o que eu vi!

– Será o currupira, pé virado, calcanhar pra diante? A Fortu-

nata conta que lá no Grupo Escolar Marcolino de Barros em Patos

de Minas as professoras ensinam pros meninos que o currupira

existe. Hé, hé, hé!

– Era a mãe do ouro!

Tiné Crispim esbugalhou os olhos.

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– A mãe do ouro?!

Crisonte Frastes assuntou o matuto de viés.

– Ela rutilava feito farol de fenemê no tope do morro torto

na fazenda dos Mundico Osório.

– A mãe do ouro?!

– Juro por São Barsanulfo.

Em Boassara ninguém duvidava de que a mãe do ouro existia

e que encontrar o rastro dela significava topar com a fortuna. Por

isso Tiné Crispim rompeu a madrugada do dia seguinte a cavoucar

na grimpa do morro torto na fazenda dos Mundico Osório. Labutou

como danado até desencabar o enxadão, e necas: nem ouro nem

besouro. Ah, eu sou muito besta! Precisou aliviar as tripas e, por

instinto, saiu afobado atrás de uma moita e deparou uma furna.

Mal embicou a cara no buraco esbarrou a botina num esqueleto

humano desconjuntado: as costelas e o crânio separados do resto

da espinha, os braços e as pernas esparramados.

– São Geronço, espia o tamanho das canelas do mutreco!

– mediu a tíbia com a mão. – Três palmos – arriou as calças dois

metros adiante.

Apesar de cru, o matuto tinha ideia. Malogrado no intuito de

encontrar o rastro da mãe do ouro, ainda acocorado, vislumbrou na

ossada um negócio da China, que o recompensaria do esforço de

esgaravatar o morro. Vou remontar o bitelo e propor catira ao filho

duma égua do Crisonte. Ajuntou os pedaços do esqueleto no saco

de estopa que trouxera para açambarcar o ouro e zarpou. Em casa,

pôs os ossos de molho em água decoada e depois os secou ao sol.

Eles ficaram branquinhos, branquinhos. Os dentes, uma beleza!

Imbuído de um sentimento criador, caprichoso, com paciên-

cia de Jó e aptidão que desconhecia, Tiné Crispim porfiou consigo

o resto da semana para combinar os ossos num suporte de arame.

Resolvido o quebra-cabeça, montou no cavalo e escarranchou o

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esqueleto na garupa, prendeu-o às costas com embira e galopou

a Boassara.

– Espia que beleza! Troco o bitelo por um saco de farinha de

mandioca, sete garrafas de cachaça e meio rolo de fumo – propôs

ao vendeiro.

Crisonte Frastes, além de mentiroso crônico, era catireiro.

Amava a embromação do escambo. Cobiçou o esqueleto, mas fez

cara de pouco caso:

– Hum, hum! Vale não. Depois há o risco de eu esbarrar na

alma do finado aqui dentro da venda. Já pensou o tamanho do susto?

– Vale porque ele é todo legítimo. Não falta nem uma pecinha.

Pode conferir. E você corre o risco de topar com a alma dele não.

– Quem sabe? Sei não!

– Uai, fui eu quem tirou ele do buraco, pus no saco e levei

pra casa, lavei com água decoada, sequei, poli e emendei as partes!

Caso a alma ainda zelasse dele, já havia pedido a devolução.

– É, pode ser! A alma zela dele mais não. Mas o que eu faço

com ele, Tiné? Não tem serventia.

– Pendura ele na cumeeira.

– Ficou doido? Vai me espantar a freguesia.

– Qual o quê, é novidade!

– É, pode ser! Comparando, veja só que horror de pecinhas

miúdas você tem na cacunda. Deve ser quase o mesmo tanto das

juntas duma suã de capado. Você somou o total?

– Contei não. Deve ser o mesmo tanto da suã de você.

– Dois quilos de farinha, no capricho, e três dedos de fumo

capoeirinha.

– Seis quilos de farinha, duas garrafas de cachaça e setenta

centímetros de fumo.

Fecharam a barganha em três quilos de farinha, uma garrafa

de cachaça e meio palmo de fumo bazé.

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O professor Aristóbulo Mecarto Pontes guiava o jipe a mais

de três horas, mas não atinava o rumo da Fazenda Araruta. As

pernas reclamavam. Parou o jipe à porta da venda de Crisonte

Frastes e apeou. Urgia espichar as pernas e indagar da Araruta.

Também lhe apetecia molhar a goela. Quem sabe eu tomo uma

lapada de Ferro-Quina.

Bateu a sola das botinas no chão, sacudiu a poeira do chapéu

e adentrou o comércio, coçou a cabeça e indagou:

– Vendeiro, você sabe o caminho da Araruta?

– Araruta?! Uai, sei não senhor! A araruta daqui é polvilho,

e causo do Nézinho da Cerca, o maior mentiroso de Minas. Ainda

por esses dias o safado falou que Patos de Minas é terra do milho

porque tem roça de milhão. Grão feito coco macaúba. Espiga do

tamanho de mogango. Tem base não!

– Fazendão do Assílvio Dantas! – deitou os olhos no esqueleto

e maravilhou-se. – Que espetáculo!

– Quem?

– O pai do meu genro. Quer dizer, quase.

– Ãããã! – Crisonte Frastes mirou a cumeeira e engoliu sali-

va. – É mesmo?

– O Assílvio Dantas.

– Aaaah!

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A prosa centrou-se no esqueleto - exatos duzentos e seis ossos enfiados em arame - pendurado pelo tampo do crânio na cumeeira do telhado.

– É um tapuia – ditou o professor.O garimpeiro Aderaldo Moché mastigava uma lasca de jabá,

encostado no balcão, e engasgou-se ao ouvir a sentença. Forçou a passagem do charque no gogó, rebateu o desconforto com um gole de cachaça e exclamou:

– Eita, conheceu o bitelo!– Não, vejo-o agora, de dentro para fora, pois a podridão

e os vermes o consumiram da musculatura e das vísceras. Fosse bicho carniceiro que se repastasse dele comia também os ossinhos miúdos e macios que nem as falanginhas e as falangetas.

Aderaldo Moché andava envergado de tanto extrair e lavar o cascalho das barrancas do Rio Santo Antônio das Minas Ver-melhas, sonhando bamburrar, mas sobrevivia de xibius. Passava o ano conforme os xibius que bateava. Às vezes tinha fartura, às vezes agrura nas quatro estações, sem dinheiro para uma garrafa de cachaça ou dois minutos de engambelo na cama com uma puta. Viera à corrutela se abastecer de querosene. Limpou a garganta, foi à porta da venda e cuspiu num piolho-de-cobra que passeava na poeira da rua com os seus tantos parzinhos de pernas. Voltou a se escorar no balcão, olhou o professor com o rabo do olho e divergiu:

– Tem base não! – apontou o esqueleto com o beiço. – Aquele é de antes de antigamente, quando existiam ogro e gigante na terra. Se finou há dois mil e tantos anos. Não foi assim, Crisonte?

Crisonte Frastes tossiu e tergiversou:– Comeu cagaita, doutor?– Cagaita?!– Uai, a frutinha do cerrado! Ela amarela quando amadurece.

Agora tem muita na beira da estrada.– Se vi, não vi.

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– O paladar da cagaita é meio azedo, mas é pra lá de boa. Não convém é se empaturrar, que a cagaita fermenta na barriga e a gente se desmancha em caganeira. Há, há, há!

– Quanto àquele dali, Crisonte – insistiu Aderaldo Moché,

beiço espichado outra vez na direção do esqueleto. – Bateu ou não

o pacau há dois mil e tantos anos?

Crisonte Frastes estalou o dedo médio da mão direita.

– Faço data não. É antigo demais.

– Para sabermos a idade dele com precisão, teríamos que fazer

exame científico, o que não é o caso – aduziu o professor. – Uns

trezentos e quarenta e dois anos. Quem o encontrou?

– Tiné Crispim.

– Tinha algum artefato perto dele?

– Tinha não – retorquiu Aderaldo Moché. – Não é, Crisonte?

– Artefato?! Ãããã!

– Borduna.

– Tinha não. Caso tivesse, o Tiné trazia pra barganhar. Aquele

um gosta tanto de catira que é capaz de dispor da Fortunata por

uma jumenta, na orelha.

– Mesmo assim é um tapuia.

– Tapuião – reparou Aderaldo Moché.

– Senhores, sejamos coerentes com a etimologia da palavra.

Nesse caso é tapuiaçu. Na língua tupi, açu quer dizer grande.

Por isso diz-se baiacuaçu quando o baiacu é avantajado. E deve-

-se aplicar o mesmo raciocínio para um tapuia desse tamanho:

tapuiaçu. Não há de se usar, no termo em questão, que é de ori-

gem tupi, o adjetivo grande para qualificar o substantivo, nem o

elemento de composição da língua, açu, separado por hífen, mas

aglutinado como sufixo – discorreu Aristóbulo Mecarto Pontes,

assumindo autoridade no mister etimológico das palavras. A

escrita correta deve ser tapuiaçu, acudia consigo. Ou será tapuias-

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su, tapuia-açu ou tapuia-assu? Certo é que não punha a mão no

fogo pelo que dissera. Ensinava aritmética. No entanto, dado à

ignorância flagrante de Crisonte Frastes e Aderaldo Moché, sabia

que essa ou aquela forma escrita da palavra não faria qualquer

diferença e arrematou decidido: – É um legítimo tapuiaçu.

– Ta-pu-i-a-çu. Ta-pui-açu. Tapuia-çu. Tapuiaçu – soletrou

Crisonte Frastes, pasmado de admiração à sabedoria eminente

do professor Aristóbulo Mecarto Pontes, enquanto este, ao lado

de Aderaldo Moché, que continuava a espreitá-lo, entornava dois

dedos da cachaça especial, do coração da alambicada, que o ven-

deiro guardava num garrafão bojudo para os amigos do peito e os

visitantes ilustres. O vinho quinado ele esqueceu.

A lição de etimologia calou na alma deslambida de Crisonte

Frastes e o vendeiro desandou a inventar variantes da história do

esqueleto para impressionar os estranhos. Foi assim a história do bi-

telo. O Morro do Tapuiaçu é uma beleza. Na língua tupi, açu é grande.

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A história das cidades é a história dos homens. Também

assim elas nascem, como os homens. Às vezes por acaso, no ensejo

da ocasião. Não raro são concebidas e gestadas – frutos de desejos.

José Olavo Mundico Osório fruía a seu modo o privilé-

gio de fazendeiro endinheirado. Vivia como um senhor feudal

devasso às avessas. Quarentão ricaço, conservado, mas comum,

apesar do pormenor, não avaliava dispêndio financeiro para

fornicar com as mulheres de sua fazenda. Por isso, as brevida-

des, as broas e as pamonhas que comia, não raro custavam os

olhos da cara.

Esse foi o fio da trama que gestou Tapuiaçu dos Osório ao pé

do morro torto na fazenda dos Mundico Osório. Diga-se, há muitos

anos o morro constava na geografia de Boassara como Morro do

Tapuiaçu. Pataratas de Crisonte Frastes.

O impulso que deflagrou a urdidura da urbe foi a indisciplina

indefectível do Deputado – burro pedrês elegante e soberbo, mas

espantadiço, que já quebrara os braços do fazendeiro ao sacudi-lo

da sela numa posição reversa. Por instinto, ele amorteceu com as

mãos o baque na cabeça e partiu cúbitos e rádios. Ficou quarenta e

cinco dias no gesso. Nem assim José Olavo arrefeceu o sentimento

de preferência que emprestava ao burro para andanças de gavião.

Montar o Deputado infundia nele uma formidável sensação de

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