55
O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) 30 de Janeiro de 2020 Associação Portuguesa de Bancos Lisboa, Portugal 1 Ricardo Reis London School of Economics

O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

  • Upload
    others

  • View
    10

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL)

30 de Janeiro de 2020Associação Portuguesa de BancosLisboa, Portugal

1

Ricardo ReisLondon School of Economics

Page 2: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Qual é o papel de um banco?

2

Page 3: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Qual é o papel de um banco?

2

Serviços de pagamentos

Page 4: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Qual é o papel de um banco?

2

Serviços de pagamentos

Transformação de maturidade

Page 5: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Qual é o papel de um banco?

2

Serviços de pagamentos

Transformação de maturidade Alocação de crédito

Page 6: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O sistema de pagamentos

3

Page 7: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Moeda no século XX

4

Page 8: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Moeda no século XXMoeda do Estado

• Denominação em euros• Física• Anónima• Zero taxa de juro

4

Page 9: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Moeda no século XXMoeda do Estado

• Denominação em euros• Física• Anónima• Zero taxa de juro

4

Dinheiro da banca: depósitos, cheques, cartões

• Em euros também → inflação tarefa do banco central• Digital → maior alcance, maior uso• Registo e memória → comércio e sistema de justiça• Paga taxa de juro → investimento apelativo

Page 10: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária

5

Page 11: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

5

Page 12: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo

5

Page 13: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos

5

Page 14: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível

5

Page 15: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível• “Clearing house” no banco central com reservas e alguma regulação

5

Page 16: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível• “Clearing house” no banco central com reservas e alguma regulação• Emprestador de último recurso no banco central

5

Page 17: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível• “Clearing house” no banco central com reservas e alguma regulação• Emprestador de último recurso no banco central• Transferências internacionais com bancos correspondentes e ramos

5

Page 18: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível• “Clearing house” no banco central com reservas e alguma regulação• Emprestador de último recurso no banco central• Transferências internacionais com bancos correspondentes e ramos • Ligação ao crédito necessário ao comércio

5

Page 19: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Indispensável ter conta bancária Muitas moedas privadas em circulação

• Valor fixo• Rede interbancária, aceites por todos• Criação descentralizada, elástica, flexível• “Clearing house” no banco central com reservas e alguma regulação• Emprestador de último recurso no banco central• Transferências internacionais com bancos correspondentes e ramos • Ligação ao crédito necessário ao comércio• Colaboração com o Estado no combate aos crimes

5

Page 20: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, complacência…

6

“As ATM foram a única invenção útil na banca nos últimos 20 anos.”

Paul Volcker, Londres 2009

Page 21: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, disrupção…

7

Page 22: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, disrupção…

7

Gestão de pagamentos:

mais ágeis com novos negócios

Page 23: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, disrupção…

7

Gestão de pagamentos:

mais ágeis com novos negócios

Finanças pessoais:

melhor atenção ao cliente

Page 24: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, disrupção…

7

Gestão de pagamentos:

mais ágeis com novos negócios

Finanças pessoais:

melhor atenção ao cliente

Transferências internacionais:

melhor gestão de inventório

Page 25: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, disrupção…

7

Gestão de pagamentos:

mais ágeis com novos negócios

Finanças pessoais:

melhor atenção ao cliente

Transferências internacionais:

melhor gestão de inventórioEconomia da informação:

Facebook vs Visa

Page 26: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, circunstâncias.

8

Page 27: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, circunstâncias.

8

A crise financeira: o abuso do emprestador de último recurso Industry 2015 2016 2017 2018 2019 5yr. Trend

Technology 74 75 76 75 78

Automotive 67 61 66 62 69

Entertainment 64 65 65 63 68

Food and beverage 64 65 68 64 68

Telecommunications 60 61 64 64 67

Consumer packaged goods 61 62 64 61 65

Energy 57 59 63 63 65

Financial services 49 53 55 55 57

+4

8

2019 Edelman Trust Barometer. TRU_IND. Please indicate how much you trust businesses in each of the following industries to do what is right. Again, please use the same nine-point scale where one means that you “do not trust them at all” and nine means that you “trust them a great deal”. 9-point scale; top 4 box, trust. Industries shown to half of the sample. General population, 23-market average.

Trust in each sector, and change from 2015 to 2019FINANCIAL SERVICES REMAINS LEAST TRUSTED

+4

+4

+7

+4

+8

+8

+2

Change, 2015 to 2019- +0

TrustNeutralDistrust

Page 28: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

No século XXI, circunstâncias.

8

A crise financeira: o abuso do emprestador de último recurso

Pagamento de juros: menos relevante em ambiente de juros negativos

Industry 2015 2016 2017 2018 2019 5yr. Trend

Technology 74 75 76 75 78

Automotive 67 61 66 62 69

Entertainment 64 65 65 63 68

Food and beverage 64 65 68 64 68

Telecommunications 60 61 64 64 67

Consumer packaged goods 61 62 64 61 65

Energy 57 59 63 63 65

Financial services 49 53 55 55 57

+4

8

2019 Edelman Trust Barometer. TRU_IND. Please indicate how much you trust businesses in each of the following industries to do what is right. Again, please use the same nine-point scale where one means that you “do not trust them at all” and nine means that you “trust them a great deal”. 9-point scale; top 4 box, trust. Industries shown to half of the sample. General population, 23-market average.

Trust in each sector, and change from 2015 to 2019FINANCIAL SERVICES REMAINS LEAST TRUSTED

+4

+4

+7

+4

+8

+8

+2

Change, 2015 to 2019- +0

TrustNeutralDistrust

Page 29: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O fim da linha: CBDC + narrow banks + Alipay

9

Page 30: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Portugal: tempestade no horizonte

10

Page 31: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

A transformação de maturidade e os seus lucros

11

Page 32: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Os lucros desta atividade: yield curve

12

2005

2008-12

20152019

Opportunity Cost

2005

2008

2010

2012

2013

2015

2019

-1.0%

0.0%

1.0%

2.0%

3.0%

4.0%

5.0%

7D 3M 1Y 2Y 5Y 10Y

Yields

TermsofMaturity

Page 33: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

As derivadas não alteram o risco

13

Electronic copy available at: https://ssrn.com/abstract=2220360

95 97 99 01 03 05 07 09 11 13

$ Tr

illion

s

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Traditional banks

non-derivderivtr deriv

95 97 99 01 03 05 07 09 11 13

$ Tr

illion

s

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Market makers

Figure 10: Interest rate exposures of market makers (share of trading assets A 10%; right panel)and traditional banks (all others; left panel). Black solid line represent total interest-rate expo-sures. Shaded areas indicate contributions of derivatives held for trading (dark green), derivativesheld not for trading (light green) and other business net of hedging via derivatives (yellow).

exposure. For most of the sample, the contribution of derivatives is positive and the black line

serves as an upper margin of the colored area; the yellow area then represents the total exposure

due to non-derivatives business. However, there are episodes in the late 1990s where the overall

exposure of traditional banks due to derivatives is negative, so that the green area lies above the

black line; the yellow area is non-derivatives exposure net of hedging by derivatives, which is now

positive.

While the average traditional bank exhibits some episodes of hedging in the 1990s, interest-

rate risk is built up in the 2000s in part by entering pay floating swap positions. Gains on these

positions, especially as interest rates begin to fall during the financial crisis, leave traditional banks

with a substantial increase in interest-rate risk. The behavior of market makers’ exposures through

derivatives throughout the 2000s is broadly similar. The one notable difference is that market

makers’ exposures remained large even after the crisis as traditional banks’ exposures declined

again. The main point, however, is that banks incurred similar exposures through derivatives and

other business: for both types of positions, increases in interest rates are bad.

41

95 97 99 01 03 05 07 09 11 13

$ Tr

illion

s

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Traditional banks

non-derivderivtr deriv

95 97 99 01 03 05 07 09 11 13

$ Tr

illion

s

0

0.5

1

1.5

2

2.5

Market makers

Figure 10: Interest rate exposures of market makers (share of trading assets A 10%; right panel)and traditional banks (all others; left panel). Black solid line represent total interest-rate expo-sures. Shaded areas indicate contributions of derivatives held for trading (dark green), derivativesheld not for trading (light green) and other business net of hedging via derivatives (yellow).

exposure. For most of the sample, the contribution of derivatives is positive and the black line

serves as an upper margin of the colored area; the yellow area then represents the total exposure

due to non-derivatives business. However, there are episodes in the late 1990s where the overall

exposure of traditional banks due to derivatives is negative, so that the green area lies above the

black line; the yellow area is non-derivatives exposure net of hedging by derivatives, which is now

positive.

While the average traditional bank exhibits some episodes of hedging in the 1990s, interest-

rate risk is built up in the 2000s in part by entering pay floating swap positions. Gains on these

positions, especially as interest rates begin to fall during the financial crisis, leave traditional banks

with a substantial increase in interest-rate risk. The behavior of market makers’ exposures through

derivatives throughout the 2000s is broadly similar. The one notable difference is that market

makers’ exposures remained large even after the crisis as traditional banks’ exposures declined

again. The main point, however, is that banks incurred similar exposures through derivatives and

other business: for both types of positions, increases in interest rates are bad.

41

Fonte: Gomez et al (2019) e Begenau et al (2015)

Page 34: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Porque é que as taxas de juro estão baixas?Não por causa do BCE. Antes, aumento poupanças em relação ao investimento. Porque:

• Aumento do risco

• Transição demográfica

• Redução da concorrência, levando a inovação que não traz produtividade

• Menos ideias, invenções que permitam ganhos de produtividade

Menos claro que isto permaneça por muito tempo.

14

Page 35: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Os riscos desta atividade: corridas ao banco

15

Page 36: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito dos NBFI

16

57

companies (with 79% of total EF2 assets). EF2 entities are relatively concentrated in the US (with 32.1% of the total EF2 assets), Japan (15.3%) and India (11.6%).

Economic Function 2 trends and composition 29-Group

Exhibit 4-18

Financial assets level and growth1 Breakdown by entity type2 USD trillion Per cent Per cent of EF2 assets

1 Some exchange rate effects have been netted out by using a constant exchange rate (from 2017). Net of prudential consolidation into banking groups. Changes relative to the 2017 Report are due to data revisions. 2 At end-2017. Others = credit unions and venture capital firms.

Sources: Jurisdictions’ 2018 submissions (national sector balance sheet and other data); FSB calculations.

4.5.2 Financial stability risk metrics for EF2

Since finance companies account for most EF2 assets, the analysis here of risk metrics focuses primarily on finance companies and on the risk metrics most relevant for these entities (Exhibit 4-19).104 Overall, as discussed below, EF2 entities engage primarily in credit intermediation, with a somewhat elevated degree of leverage, particularly when accounting for off-balance sheet exposures (as illustrated by L2 metrics). Relatively high leverage and maturity transformation were observed in finance companies in some jurisdictions. Risk metrics changed little between 2016 and 2017.

Looking more closely at the risk metrics:

■ The median value for CI1 (ratio of credit assets to total financial assets) was 0.86 in 2016 and 0.83 in 2017, while the median value for CI2 (ratio of loan assets to total financial assets) was 0.77 in 2016 and 0.75 in 2017. Although this suggests a slight reduction in the extent of credit intermediation performed by finance companies in 2017, they nonetheless continue to engage in a significant degree of credit intermediation, as the maximum value of this ratio is 1.

■ The median value for MT1 (the ratio of long-term assets funded by short-term liabilities) was -0.11 in 2016 and -0.16 in 2017, indicating that only a negligible portion of long-term assets have been funded through short-term liabilities (or the absolute amount of short-term liabilities is very small compared to long-term

104 Other entity types classified into EF2 may also pose risks to financial stability. Due to data limitations, some

jurisdictions submitted data that includes entities prudentially consolidated into banking groups.

A crescer novamente, mas apenas a recuperar o tamanho que tinham antes da crise.

Page 37: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

A alocação do crédito

17

Page 38: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O banco no processo de crédito

18

Page 39: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O banco no processo de crédito• Escolha dos projetos mais rentáveis. Avaliação de retorno e risco

18

Page 40: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O banco no processo de crédito• Escolha dos projetos mais rentáveis. Avaliação de retorno e risco

• Acompanhamento, disciplina, e cobrança dos pagamentos

18

Page 41: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O banco no processo de crédito• Escolha dos projetos mais rentáveis. Avaliação de retorno e risco

• Acompanhamento, disciplina, e cobrança dos pagamentos

• “Pooling e tranching” dos investimentos para reduzir os riscos para os depositantes

18

Page 42: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O banco no processo de crédito• Escolha dos projetos mais rentáveis. Avaliação de retorno e risco

• Acompanhamento, disciplina, e cobrança dos pagamentos

• “Pooling e tranching” dos investimentos para reduzir os riscos para os depositantes

• Capital humano no conhecimento criado sobre o projecto. Financiado com depósitos de curto prazo para impor disciplina.

18

Page 43: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito imobiliário Preços cada vez mais altos. Crédito necessário

19Figure 2: Real house price growth in G7 countries (1980-2018) a

aOECD housing prices database - real house prices, 1980=100

Figure 3: Average UK house price to house-

hold income ratio (1977- 2018)a

aIncome measure: the ONS’s mean equivalised household dispos-

able income, in nominal terms, taken from the data release ”The ef-

fects of taxes and benefist on household income, disposable income

estimate”. House prices: ONS UK House Price Index.

Figure 4: Average UK house price to earnings

ratio (1983-2017)a

aEarnings measure: ONS series for working adults in Great

Britain, taken from ONS ad hoc data release reference 006301. House

prices: ONS UK House Price Index. Note the slightly di↵erent cover-

age for the data (GB for income, UK for house prices).

This paper sets out an explanation for this dramatic rise in the price of buying a house -

it will focus on the national picture and not on regional di↵erences. It does not try to model

high frequency ups and downs in the housing market, but rather the long-run trends. It assesses

whether the rise in house values across the last 35 years can be explained in terms of economic

fundamentals, or whether it has been on such a scale as to suggest inflated values (loosely speaking,

what might be called a ‘bubble’). One reason to take the idea that values today may be far in

2

Page 44: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito imobiliário Taxas de juro baixas e envelhecimento da população. Crédito necessário.

20

Moreover, the fall in the real interest rate is a global phenomenon. King and Low (2014)

present a measure of a ‘world’ interest rate, using data for 10 year index-linked bond yields for

G7 countries (excluding Italy, due to Italy’s rates experiencing significant volatility as a result

of the euro area crisis). Summers and Rachel (2019) extend this measure to 2018. Figure 8

reproduces their chart. The fall in global real interest rates is most unlikely to have been caused

by developments in the UK housing market; it is plausibly best seen as a largely exogenous driver

of house values.

Figure 8: ’World’ interest rate – weighted average 10 year index-linked yields for G7 countries (excl.

Italy)a

aReproduced from Summers and Rachel (2019).

Next we turn to expected real capital gains on housing: here we proceed by initially assuming

that �t + POt + RPt (i.e. the sum of maintenance, taxes on property ownership, and the risk

premium on housing) has been relatively constant and see what conclusion that generates about

E[⇢t], the expected capital gains, then check for consistency by allowing for supply and demand

elasticities for housing. The key idea is that if: (a) �t + POt + RPt is roughly constant and (b)

at each point in time people thought that the average future level of the safe real rate is today’s

level then, in a fundamental equilibrium, expected real house price growth will be approximately

equal to expected growth in real rents.

10

Projeções de População Residente – 2015-2080

5/19

Figura 4 - População residente com 65 ou mais anos, Portugal, 1991-2080 (estimativas e projeções)

Em 2080, a população idosa poderá atingir entre 3,3 milhões no cenário alto e 2,5 milhões de pessoas no cenário

baixo. O acréscimo mais acentuado no cenário alto resulta, sobretudo, de um maior aumento da esperança de vida

considerado neste cenário.

A tendência de aumento da população idosa é transversal a todas as regiões e em qualquer dos cenários analisados,

com exceção do Centro no cenário sem migrações e do Alentejo nos cenários baixo, central e sem migrações.

Diminuição da população em idade ativa

A população em idade ativa (entre 15 e 64 anos) residente em Portugal passará de 6,7 milhões em 2015 para 3,8

milhões, no cenário central.

Ainda neste cenário, a população em idade ativa ficaria abaixo do limiar de 6,7 milhões (6 675 996) já em 2017, de 6,0

milhões (5 979 659) em 2032, de 5,0 milhões (4 983 068) em 2047, e do limiar de 4,0 milhões (3 983 644) em 2074.

Figura 5 - População residente dos 15 aos 64 anos, Portugal, 1991-2080 (estimativas e projeções)

2140,82466,9

2781,9

3302,6

2555,7

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1991

1996

2001

2006

2011

2016

2021

2026

2031

2036

2041

2046

2051

2056

2061

2066

2071

2076

milhares

estimativas cenário baixo cenário central cenário alto cenário sem migrações

2080

6739,7

2799,1

3819,8

4960,2

3197,0

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

1991

1996

2001

2006

2011

2016

2021

2026

2031

2036

2041

2046

2051

2056

2061

2066

2071

2076

milhares

estimativas cenário baixo cenário central cenário alto cenário sem migrações

2080

Page 45: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito empresarialPrivate equity: está nos limites

21

Private equity and small-caps returns

Source: CFA and Wall Street Journal

Page 46: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito empresarialEmpréstimos obrigacionistas:

• Perda de flexibilidade

• Não cobre pequenas e médias empresas.

• Complementar a credito bancário, e mais estável em crises.

• Pode piorar a qualidade do crédito: Japão 1990s

22

Page 47: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Crédito empresarialA ligação acionista-credor:

• Bancos desintermediados através da criação de outros “bancos”.

• Má afetação do capital abundante nos anos 2000.

• Mas muito menor no novo panorama da banca nacional.

• Apertar da regulação, subida nos custos de entrada no setor.

23

Page 48: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Com alavancagem, vem o risco e regulação

24

Page 49: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Com alavancagem, vem o risco e regulação Alocação de investimentos

Financiamento de último recurso

Responsabilização da gestão:

24

Page 50: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Com alavancagem, vem o risco e regulação Alocação de investimentos

Financiamento de último recurso

Responsabilização da gestão:

24

Mercado

Capital

Compensação

Page 51: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Com alavancagem, vem o risco e regulação Alocação de investimentos

Financiamento de último recurso

Responsabilização da gestão:

24

Regulação intrusiva

Contribuinte

Idoneidade

Mercado

Capital

Compensação

Page 52: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

Conclusão

25

Page 53: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O futuro do setor bancário em Portugal

26

Page 54: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O futuro do setor bancário em PortugalAs suas funções:

• Na prestação de pagamento: em perigo, talvez tarde de mais• Transformação de maturidade: mau no presente, mas quem sabe o futuro• Alocação de crédito: continua a ser central e fundamental

26

Page 55: O FUTURO DO SISTEMA BANCÁRIO (EM PORTUGAL) · Moeda no século XX Moeda do Estado • Denominação em euros • Física • Anónima • Zero taxa de juro 4 Dinheiro da banca: depósitos,

O futuro do setor bancário em PortugalAs suas funções:

• Na prestação de pagamento: em perigo, talvez tarde de mais• Transformação de maturidade: mau no presente, mas quem sabe o futuro• Alocação de crédito: continua a ser central e fundamental

Os grandes desafios:

• Descobrir as novas complementaridades entre estas funções• Foco na alocação do crédito, não cair em complacência aqui• Relações com reguladores, supervisores, e governos

26