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O Gênero Reportagem na sala de aula: uma proposta de ação didática Augusto César da Silva Freire 1 Carlos Eduardo Barros dos Santos² RESUMO: Este trabalho tem como objetivo discutir o estudo do gênero Reportagem na sala de aula do ensino fundamental como instrumento didático para as práticas de leitura crítica e análise linguística além de propor ações didáticas do uso do gênero nas aulas de língua portuguesa. O estudo se fundamenta na Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003), na perspectiva do gênero como ação social (MILLER, 2009) e na perspectiva de propósito comunicativo de (SWALES, 1990). O objeto da pesquisa dar-se por três reportagens de mesma temática respectivamente do Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco. Apesar dos PCN’s focar no ensino de diferentes gêneros discursivos e na análise crítica deles ainda se percebe a falta de informação e formação dos professores para o trabalho com eles. Dessa forma, propomos em nosso trabalho uma ação didática que contemple a compreensão do funcionamento das relações sociais nos contextos sociodiscursivos além de buscar uma prática de leitura crítica que vise a interpretação crítica discursiva, a compreensão dos 1 Mestrando em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE, Garanhuns. [email protected] ² Mestrando em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE/ [email protected]

O Gênero Reportagem em sala de aula: uma proposta de ação didática

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Uma análise do gênero Reportagem em sala de aula.

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O Gênero Reportagem na sala de aula: uma proposta de ação didática

Augusto César da Silva Freire1

Carlos Eduardo Barros dos Santos²

RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo discutir o estudo do gênero Reportagem na sala de

aula do ensino fundamental como instrumento didático para as práticas de leitura crítica e

análise linguística além de propor ações didáticas do uso do gênero nas aulas de língua

portuguesa. O estudo se fundamenta na Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003),

na perspectiva do gênero como ação social (MILLER, 2009) e na perspectiva de propósito

comunicativo de (SWALES, 1990). O objeto da pesquisa dar-se por três reportagens de

mesma temática respectivamente do Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e Folha de

Pernambuco. Apesar dos PCN’s focar no ensino de diferentes gêneros discursivos e na análise

crítica deles ainda se percebe a falta de informação e formação dos professores para o trabalho

com eles. Dessa forma, propomos em nosso trabalho uma ação didática que contemple a

compreensão do funcionamento das relações sociais nos contextos sociodiscursivos além de

buscar uma prática de leitura crítica que vise a interpretação crítica discursiva, a compreensão

dos mecanismos textuais e linguísticos do gênero, como também a inserção dos alunos em

processos sociais e discursivos.

Palavras-chave: Gêneros Discursivos, Reportagem, Análise Crítica, Ação didática.

INTRODUÇÃO:

O ensino de Língua Portuguesa através dos Gêneros Textuais tem tomado uma posição

de destaque, desde os PCN’s o ensino de língua tem centrado em uma representação

dialógica, social e interacional da linguagem, assim os gêneros discursivos se apresentam

como fios condutores dessa estratégia de leitura que buscam tal entendimento.

1 Mestrando em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE, Garanhuns. [email protected]² Mestrando em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE/ [email protected]

A partir desse ponto buscamos um gênero discursivo que além de trazer uma forma de

ação social que julgamos de relevante importância dada à influência dos veículos midiáticos

nos dias atuais, tratasse de um gênero ligado às práticas sociais do educando do nono ano do

ensino fundamental, visto que eles, além de se enxergarem nas reportagens desses jornais,

(do corpus da pesquisa), já se compõe de uma maturidade escolar na aquisição de tais

aspectos sócio discursivos e reconhecimento das relações de poder entranhados nos textos dos

mais diversificados meios comunicativos.

A reportagem se constitui como um gênero jornalístico opinativo em que se percebe

uma polifonia com propósito comunicativo de informar a respeito de um determinado assunto,

essa informação deve ser produzida seguindo um levantamento de dados, entrevistas com

especialistas, ou seja, há a necessidade de uma investigação, a presença de outras vozes

parece dar o efeito de que a opinião expressada não é do jornalista ou do jornal, porém de toda

forma esse gênero é assinado por um repórter e carrega vários elementos da ideologia de

quem escreve assim a escolha desse gênero se justifica por esses elementos.

Existe nesse trabalho a busca da discursão e análise do gênero discursivo Reportagem

como instrumento didático para a prática de leitura crítica bem como, uma análise linguística

dos aspectos discursivos, a compreensão do funcionamento das relações sociais nos contextos

sociodiscursivos, dos mecanismos textuais e linguísticos do gênero conseguindo resgatar a

compreensão do modo como o gênero se constitui na nossa prática social bem como o

propósito comunicativo que orienta o uso do mesmo gênero, além da inserção dos educandos

em processos sociais e discursivos.

Assim, o trabalho objetiva lançar ações didáticas sob uma perspectiva da análise

crítica do discurso que visem garantir todos os objetivos aqui mencionados capazes de

estabelecer uma relação linguística do gênero discursivo com o educando e com a ação social

determinada em cada especificidade.

Análise Crítica do Discurso

Resgatando as concepções de Bakhtin sobre gênero discursivo partiremos da ideia de

que é uma produção oral ou escrita, identificada pelos participantes da situação comunicativa

com base em seu propósito comunicativo, condições de produção, circulação e estilo, marcada

pelo dialogismo.

As discussões mais recentes acerca dos gêneros discursivos têm se estabilizados na

ideia da linguagem como prática social, assim, a análise crítica do discurso se apresenta como

uma proposta teórica-metodológica para tal fim. A ACD constitui-se como um método de

análise do discurso que procura desvendar os processos de construção, distribuição e consumo

dos textos presentes na sociedade, analisando-os de maneira crítica observando as questões

sociais impregnadas na constituição de identidades e as relações de poder presentes no

discurso. Dessa feita Faiclough apresenta a ideia de discurso como prática social por entender

que é o modo de ação pelo qual as pessoas agem sobre o mundo, sendo assim, o discurso se

torna uma representação social. No dizer de Fairclough (2001, p.91)

O discurso é moldado e restringido pela estrutura social de uma forma mais ampla e em todos os níveis, ou seja, pela classe, pelas relações sociais, pelas relações específicas em instituições particulares como o Direito, a Educação, por sistemas de classificação, por várias normas e convenções, tanto de natureza discursiva quanto não-discursiva.

A partir desse ponto Fairclough (2001) apresenta o tríplice efeito constitutivos do

discurso: cria, reforça ou reconstitui as identidades sociais, estabelece relações sociais, e

produz e reproduz conhecimentos e crenças por meio de diferentes modos de representação da

realidade.

A fim de análise do texto Fairclough (2001) desenvolve uma abordagem

tridimensional dos eventos discursivos: o texto, a prática discursiva e a prática social, sendo

texto a descrição do léxico, a prática discursiva a busca pela interpretação do texto pelos

agentes nas circunstâncias sociais e a prática social compreende-se a explicação para o evento

discursivo retomando as ideias de ideologia e hegemonia, respectivamente de Althusser e

Gramsci.

Gênero como ação social

A nossa pesquisa se situa na noção de gênero como ação social, ou seja, na que

emerge das práticas sociais por se constituir de funções comunicativas dos atores sociais,

assim tomamos por base teórica os estudos de Carolyn Miller e Charles Bazermam

representantes da escola americana.

Os Estudos Retóricos de Gênero têm o foco voltado para a observação das implicações

que os fatores sociais têm sobre a produção dos gêneros e como a produção textual interfere

nas relações sociais das atividades humanas. Os ERG se concentram como os gêneros

capacitam os usuários a realizar retórica e linguisticamente ações simbólicas situadas

desempenham ações e relações sociais e moldam realidades sociais (BAWARSHI & REIFF,

2014 p.81).

As considerações de Bazerman (2006) compreendem os gêneros como interação e

afirma que os instrumentos conceituais e analíticos são necessários na análise dos textos

produzidos na sociedade, ou seja, os fatos são representados nos textos e os textos são

geradores de outras ações sociais.

Entender os gêneros discursivos e seu funcionamento está intimamente ligado em

conhecer os conceitos básicos de fatos sociais e situação e, por conseguinte produzir textos

compreensíveis.

Miller desenvolveu suas pesquisas acerca de gêneros a partir da década de 80 e trouxe

significativas impressões acerca da ação do gênero na sociedade, pois articulou a

compreensão de gêneros aos usos que se faz da linguagem, entendendo o gênero como ação

social dentro de um contexto de situação e interação comunicativa.

Para ela os gêneros são tipificações socialmente derivadas, intersubjetivas e retóricas

que nos ajudam a reconhecer e a agir em situações recorrentes (MILLER,2009, p.34).

Dessa feita, para Miller (2009) saber agir socialmente e observar os usos linguísticos

recorrentes nas situações sociodiscursivas podem ajudar o falante a utilizar a linguagem da

melhor forma a fim de chegar aos propósitos comunicativos de cada ação.

Todas essas contribuições a partir dos estudos retóricos determinaram o conceito dos

artefatos culturais que auxiliam na efetivação das atividades sociointerativas e nos posiciona

na ideia de que por meio do gênero nos comunicamos e nos posicionamos adequadamente

quanto as necessidades sociais. Assim a escolha da teoria de gênero baseado nos estudos

retóricos enxergando o gênero como ação social nos permite analisar o uso que os atores

sociais fazem da língua em suas produções discursivas sobretudo na reportagem.

Propósito Comunicativo de Swales

Swales, em 1990, propõe uma noção de gênero que é visto não como texto, mas como

eventos sociais ou comunicativos e evidencia a relevância do propósito comunicativo como

aquele que molda o gênero, determinando, inclusive, sua estrutura interna e impondo limites

relacionados às possibilidades de ocorrências linguísticas e retóricas.

Sem dúvida, é o trabalho com os gêneros discursivos que permite diversas formas de

interação no processo de ensino e aprendizagem, entre essas formas interacionais, o contato

com a língua, a compreensão do sistema linguístico e suas variações além da capacidade de

análise, entre outras. Assim, gênero são veículos comunicativos para a realização de

objetivos.

Swales (1990) propõe que o gênero é constituído a partir de um conjunto de

movimentos retóricos oriundos de ações discursivas específicas.

Assim, o propósito comunicativo de Swales (1990) auxilia na prática da análise do

gênero em questão pelo fato da atividade social inerente a sociedade analisada, pois para

Swales gêneros são ações linguísticas e retóricas que envolvem o uso da linguagem para

comunicar algo a alguém, em algum momento, em algum contexto e para algum propósito.

A Análise Crítica do Gênero Reportagem

Nossa proposta nasce da necessidade de levar o gênero discursivo para a sala de aula

discutindo práticas de leitura e análise linguística que se perceba que o gênero é um artefato

cultural, ideológico. Analisar gênero é como aprender a habitar mundos internacionalmente

produzidos. Propomos a uma sala do nono ano do ensino fundamental de uma escola pública

a leitura de três reportagens de três diferentes jornais de grande circulação no estado de

Pernambuco: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e a Folha de Pernambuco, com a

mesma temática: a Greve dos professores estaduais, correspondentes ao mesmo período de

circulação. É proposta uma leitura observando-se as características do gênero, das vozes no

texto, da disposição das fotos e do tamanho da reportagem.

A leitura crítica impõe ao educando um processo de observação de minúcias da

produção do gênero desde o título da reportagem bem como do espaço e localização ofertados

pelo veículo de comunicação. Segue o objetivo da análise: buscar uma compreensão dos

mecanismos textuais e linguísticos que permeia o gênero discursivo em destaque. O uso de

recursos estilísticos, bem como da posição das vozes cria um ambiente de completa insensatez

da ação dos professores. Vejamos o exemplo 1:

Figura 1: Reportagem do Diário de Pernambuco 13/04/2015

Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vidaurbana/2015/04/13/interna_vidaurbana,571044/professores-entram-

em-greve-nesta-segunda-feira.shtml acessado: 10/06/2015

O gênero a priori cumpre o seu propósito comunicativo de informar, porém há no

decorrer da reportagem um recorte da nota oficial do Governo de Pernambuco e após esse

recorte o jornal publica na íntegra a mesma nota oficial do governo, dessa feita há uma

reiteração da voz do governo que claramente lança a responsabilidade dos efeitos negativos da

paralização aos professores, promovendo uma pressão popular contra os educadores que

aderiram ao movimento paredista.

Fairclough (2001) defende o discurso como prática política e ideológica. Como prática

política, o discurso estabelece, mantém e transforma as relações de poder e as entidades

coletivas em que existem tais relações. Como prática ideológica, o discurso constitui,

naturaliza, mantém e também transforma os significados de mundo nas mais diversas posições

das relações de poder. Fairclough (2003) defende o seguinte ponto de vista:

As ideologias são significações / construções da realidade (o mundo físico, as

relações sociais, as identidades sociais) que são construídas em várias

dimensões das formas / sentidos das práticas discursivas e que contribuem

para a produção, a reprodução ou a transformação das relações de dominação.

(Fairclough, 2003, p.117)

A disposição das vozes permite uma análise crítica observando o mecanismo da

intertextualidade que sugere credibilidade ou de certa forma um descrédito há alguma

instituição arrolada na reportagem.

Os elementos imagéticos na Reportagem são utilizados a fim de chamar atenção do

leitor garantindo assim uma unidade dos profissionais, assim como uma decisão pela

paralização de uma grande parte dos profissionais. A disposição das vozes e o tamanho dado a

elas surge como um outro fator de análise que sugere uma posição política do veículo de

comunicação.

Também fora analisado os propósitos sociodiscursivos que orientam o uso do gênero

tais como a polifonia, os recursos estilísticos que garantem um interesse do leitor bem como o

tamanho e disposição dos elementos textuais.

A segunda reportagem fora extraída do Jornal do Commercio publicado no dia

13/04/2015. Observemos o exemplo 2:

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2015/04/13/com-professores-em-greve-deputado-quer-que-governo-discuta-carreira-

da-educacao-176556.php acessado: 10/06/2015

Neste exemplo, o título da reportagem “Com professores em greve, deputado quer

que governo discuta carreira da Educação”, o discurso tem o foco na relevância de o governo

rever a política de valorização do profissional em educação. Mais uma vez os mecanismos textuais,

linguísticos e imagéticos sugerem uma análise diferente do senso comum. É possível perceber que

a imagem do deputado indica uma credibilidade ao discurso, pois a figura parlamentar, apesar de

indicar uma personagem de posicionamento oposicionista partidário ao governo do estado,

estabiliza o pleito dos profissionais da educação.

Observa-se ainda que não há a presença da voz do governo, percebe-se que essa ausência

determina uma credibilidade ao movimento amparado pela fala do deputado.

Ao passo que a leitura crítica vai se organizando, o educando compreende como uma

leitura mais aguçada faz a diferença em qualquer gênero discursivo, neste momento as questões de

análise linguísticas se tornam mais coerentes e visivelmente mais fáceis de percepção. As

metáforas observadas garantem uma aquiescência com interpretação dos aspectos discursivos e os

propósitos comunicativos que cada gênero promove dentro da sua especificidade.

A partir disso é notória a visualização por parte do educando das relações de poder dos

discursos apresentados e dos posicionamentos políticos assumidos e legitimados na construção das

reportagens. O debate torna-se intenso e perspicaz garantindo a compreensão dos mecanismos

linguísticos que sugerem uma defesa ou ataque a cada personagem ou instituição presente na

narrativa.

Observemos a terceira Reportagem

Folha de Pernambuco:14/04/2015

http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cotidiano/noticias/arqs/2015/04/0195.html. Acessado 10/06/2015.

Continuando a análise crítica, após a leitura de cada texto se faz importante

desenvolver um debate observando o propósito comunicativo de cada reportagem. O último

gênero discursivo observado é a reportagem da Folha de Pernambuco do dia 14 de abril de

2015, o repórter faz uso de um verbo que carrega um efeito de sentido negativo (verbo afetar).

Esse mecanismo linguístico interessante para propor uma análise linguística que

identifique conceitos e práticas da ação verbal. A análise da prática social, esta objetiva

particularizar “a natureza da prática social da qual a prática discursiva é uma parte,

constituindo a base para explicar por que a prática discursiva é como é; e os efeitos da prática

discursiva sobre a prática social” (FAIRCLOUGH, 2003, p. 289). Ela está relacionada aos

aspectos ideológicos e hegemônicos presentes no material analisado.

É pertinente observar a conexões textuais e os processos de intertextualidade inseridos

no texto além de enxergar as práticas sociais que podem emanar dos educandos a fim de

resistir as formas de manipulação e dominação.

O habitat do gênero deve ser sentido, deve ser vivenciado pois os gêneros são um

constituinte específicos e importante estrutura comunicativa da sociedade.

A inserção dos alunos em processos sociais deve ser o objetivo final dessas atividades,

para que se perceba o real uso da linguagem no nosso dia-a-dia.

Considerações Finais

O uso didático do gênero reportagem com base na perspectiva discursiva crítica cria

uma relação com as práticas sociais dos educandos implicando em uma importante ação

didática capaz de desenvolver uma consciência linguística crítica em suas práticas sociais.

Com relação à prática social, a análise procurou compreender o propósito

comunicativo das reportagens bem como inserir os educandos em uma prática discursiva

refutando a prática deslocada da vida social, buscando os objetivos já mencionados neste

trabalho.

Os resultados alcançados com a análise do gênero reportagem permeiam a prática

social do uso dos gêneros discursivos nas aulas de língua portuguesa, oportunizando ao

educando uma visão crítica do uso da linguagem e a prática social ao qual estamos inseridos a

fim de nos tornamos próprio daquilo que usamos.

É interessante pontuar a percepção dos educandos quanto ao uso dos gêneros no nosso

dia-a-dia, e o quanto eles interferem diretamente nas nossas ações discursivas, além da

visualização dos fatores sócio-históricosculturais que rodeiam o texto e garantem novos

primas de observação daquilo que está posto e tão próximo a nós.

Conceber o gênero como ação social nos lança na busca por vários outros objetivos

que não foram elencados neste trabalho, contudo é proposital a fim de que se perceba a

infinitude das práticas sociais arraigadas no processo criativo interacional da linguagem .

Outros objetivos devem ser lançados com a discussão também de outros gêneros que

estalam aos nossos olhos e situações comunicativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança Social. Tradução de Izabel Magalhães. Editora:

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