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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 57 Nº 681 Novembro de 2010 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Altamirando Carneiro ............... 7 Claudia Schmidt ...................... 15 Crônicas de Além-Mar ............ 12 De coração para coração ........... 4 Divaldo responde .................... 15 Editorial ..................................... 2 Édo Mariani ............................. 15 Emmanuel ................................. 2 Espiritismo para as crianças ... 14 Estudando a série André Luiz ... 5 Grandes vultos do Espiritismo . 7 Histórias que nos ensinam ...... 13 Jane Martins Vilela ................. 13 Joanna de Ângelis ..................... 2 José Soares Cardoso ............... 15 José Viana Gonçalves ............. 13 Seminários, palestras e outros eventos ...................... 11 Ainda nesta edição 6º Congresso Espírita Mundial Um livro de Kardec que devemos estudar Publicado há 120 anos, em janei- ro de 1890, após a desencarnação de Allan Kardec, o livro Obras Póstu- mas contém anotações, textos e es- tudos encontrados no gabinete de tra- balho do Codificador do Espiritismo. A obra é formada de duas partes. Na primeira, estudos de Kardec so- bre empolgantes temas e na segunda parte anotações íntimas, detalhes da vida particular do Codificador, comu- nicações dos Espíritos diretamente li- gados à tarefa da Codificação Espí- rita e a preciosidade dos textos Pro- jeto 1868, Constituição do Espiritis- mo e Credo Espírita. A segunda parte do livro, em es- pecial, merece ser lida, consultada e amplamente divulgada entre todos nós, espiritistas de todo o mundo, principalmente a partir do texto Fora da Caridade Não Há Salvação, que dá início a uma sequência de ideias que podem contribuir bastante na condução do movimento espírita aqui e no exterior. Pág. 3 Mais de 1.800 pessoas participam do evento realizado em Valência CEI se reúne em Valência e elege seus dirigentes Logo após o encerramento do 6º Congresso Espírita Mundial, re- alizou-se mais uma Reunião Or- dinária do Conselho Espírita In- ternacional - CEI, nas dependên- cias do Hotel Vora Fira, em Valência. A reunião foi presidida por Jean Paul Évrard e secretaria- da por Charles Kempf. Participaram da reunião diri- gentes de entidades nacionais dos seguintes países: Alemanha, Angola, Argentina, Áustria, Bél- gica, Brasil, Canadá, Chile, Co- lômbia, Cuba, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Fran- ça, Guatemala, Holanda, Hondu- ras, Itália, Japão, México, Noru- ega, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Portugal, Reino Uni- do, Suécia, Suíça e Uruguai, e de visitantes de Hungria, Bielorrús- sia, Equador, Finlândia, Luxem- burgo e Polônia. Um dos assuntos tratados foi a eleição da Comissão Executiva do CEI, quando foram renovados sete membros cujos mandatos se extin- guiam. Nestor João Masotti, do Brasil, continua, porém, como Se- cretário Geral da comissão execu- tiva. Pág. 6 A morte vista sob a ótica espírita Para muitos, inclusive na ótica de adeptos do Cristianis- mo, a morte é um fim de ciclo cuja etapa seguinte é desconhe- cida. Com o advento da Dou- trina Espírita esse mistério co- meçou a ser desfeito, porque a morte passou, desde então, a ser considerada como, de fato, deve ser: um fenômeno ineren- te apenas ao físico. Editorial, pág. 2 Dois importantes eventos na Capital do Estado Dois importantes eventos rea- lizam-se neste mês em Curitiba. O primeiro, nos dias 6 e 7 de novem- bro, será o I Encontro Estadual do Atendimento Espiritual na Casa Espírita, promovido pela Federação Espírita do Paraná. No dia 13 de novembro, sába- do, ocorre um Seminário para Pre- paração de Multiplicadores para Implementação do “Orientação aos Órgãos de Unificação”, em come- moração dos 60 anos da “Caravana da Fraternidade”, sob coordenação da equipe da SG/CFN da Federa- ção Espírita Brasileira. O seminário iniciar-se-á às 9 horas, com encerramento previsto para as 18 horas. Além da palestra “Chico Xavier e o Ideal de Unifi- cação”, que será proferida pelo confrade Antonio Cesar Perri de Carvalho, far-se-á a apresentação do opúsculo “Orientação aos Ór- gãos de Unificação” e discutidos quatro temas: Fundamentos para o Trabalho de Unificação; Síntese das Ações de União e de Unifica- ção; Gestão Federativa e Estraté- gias de ação para multiplicação do “Orientação aos Órgãos de Unifi- cação”. Pág. 11 A educação dos sentimentos segundo Jason de Camargo Espírita de berço, o confra- de Jason de Camargo (foto), escritor, palestrante e ex-pre- sidente da FERGS – Federa- ção Espírita do Rio Grande do Sul, radicado em Porto Alegre- RS, em entrevista concedida ao nosso colaborador Antonio Nascimento, de Santo Ânge- lo-RS, tece considerações a respeito de vários assuntos e fala também sobre o tema Educação dos Sentimentos, tí- tulo de sua obra espírita mais conhecida. Pág. 16 Realizou-se nos dias 10 a 12 de outubro o 6º Congresso Espí- rita Mundial, organizado pelo Conselho Espírita Internacional e coordenado pela Federação Espí- rita Espanhola, cujo presidente, espanhóis e 693 brasileiros. O 6º Congresso foi ampla- mente noticiado, tanto pelos mei- os de comunicação espanhóis como brasileiros. Dentre os ór- gãos da imprensa espanhola esti- veram presentes os jornais El País, El Mundo, Diario Informacion de Alicante, El Le- vante, a Revista Más Allá, Rádio Nacional de Espanha, Cadena Ser e a Televisión Levante. Também estiveram presentes a Revista In- ternacional do Espiritismo, a re- vista eletrônica O Consolador e as Rádios Rio de Janeiro e Fra- ternidade, dentre outros. O tema do Congresso, “Somos Espíritos Imortais”, foi também o assunto central da conferência ini- cial, proferida pelo confrade Dival- do Franco. Págs. 8, 9 e 10 o confrade Salvador Martin, foi au- tor da saudação inicial (foto). Ao longo dos três dias de in- tensa programação, estiveram pre- sentes 1.807 participantes de mais de 50 nacionalidades, sendo 773

O IMORTAL - oconsolador.com.br 2010.pdf · Além da palestra “Chico Xavier e o Ideal de Unifi-cação”, que será proferida pelo confrade Antonio Cesar Perri de ... fala também

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O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA

Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 57 Nº 681 Novembro de 2010 R$ 1,50

“A vida é imortal,não existe a morte;não adianta morrer,

nem descansar,porque

ninguém descansanem morre.”

Marília Barbosa

“Nascer,morrer,renascerainda e

progredircontinuamente,

tal é a lei.”Allan Kardec

Altamirando Carneiro ............... 7Claudia Schmidt ...................... 15Crônicas de Além-Mar ............ 12De coração para coração ........... 4Divaldo responde .................... 15Editorial ..................................... 2Édo Mariani ............................. 15Emmanuel ................................. 2Espiritismo para as crianças ... 14Estudando a série André Luiz ... 5Grandes vultos do Espiritismo . 7Histórias que nos ensinam ...... 13Jane Martins Vilela ................. 13Joanna de Ângelis ..................... 2José Soares Cardoso ............... 15José Viana Gonçalves ............. 13Seminários, palestrase outros eventos ...................... 11

Ainda nesta edição

6º Congresso Espírita MundialUm livro de Kardec quedevemos estudar

Publicado há 120 anos, em janei-ro de 1890, após a desencarnação deAllan Kardec, o livro Obras Póstu-mas contém anotações, textos e es-tudos encontrados no gabinete de tra-balho do Codificador do Espiritismo.

A obra é formada de duas partes.Na primeira, estudos de Kardec so-bre empolgantes temas e na segundaparte anotações íntimas, detalhes davida particular do Codificador, comu-nicações dos Espíritos diretamente li-gados à tarefa da Codificação Espí-

rita e a preciosidade dos textos Pro-jeto 1868, Constituição do Espiritis-mo e Credo Espírita.

A segunda parte do livro, em es-pecial, merece ser lida, consultada eamplamente divulgada entre todosnós, espiritistas de todo o mundo,principalmente a partir do texto Forada Caridade Não Há Salvação, quedá início a uma sequência de ideiasque podem contribuir bastante nacondução do movimento espíritaaqui e no exterior. Pág. 3

Mais de 1.800 pessoas participam doevento realizado em Valência

CEI se reúne em Valênciae elege seus dirigentes

Logo após o encerramento do6º Congresso Espírita Mundial, re-alizou-se mais uma Reunião Or-dinária do Conselho Espírita In-ternacional - CEI, nas dependên-cias do Hotel Vora Fira, emValência. A reunião foi presididapor Jean Paul Évrard e secretaria-da por Charles Kempf.

Participaram da reunião diri-gentes de entidades nacionaisdos seguintes países: Alemanha,Angola, Argentina, Áustria, Bél-gica, Brasil, Canadá, Chile, Co-lômbia, Cuba, El Salvador,Espanha, Estados Unidos, Fran-

ça, Guatemala, Holanda, Hondu-ras, Itália, Japão, México, Noru-ega, Panamá, Paraguai, Peru,Porto Rico, Portugal, Reino Uni-do, Suécia, Suíça e Uruguai, e devisitantes de Hungria, Bielorrús-sia, Equador, Finlândia, Luxem-burgo e Polônia.

Um dos assuntos tratados foi aeleição da Comissão Executiva doCEI, quando foram renovados setemembros cujos mandatos se extin-guiam. Nestor João Masotti, doBrasil, continua, porém, como Se-cretário Geral da comissão execu-tiva. Pág. 6

A morte vista sob a ótica espíritaPara muitos, inclusive na

ótica de adeptos do Cristianis-mo, a morte é um fim de ciclocuja etapa seguinte é desconhe-

cida. Com o advento da Dou-trina Espírita esse mistério co-meçou a ser desfeito, porque amorte passou, desde então, a

ser considerada como, de fato,deve ser: um fenômeno ineren-te apenas ao físico. Editorial,pág. 2

Dois importantes eventosna Capital do Estado

Dois importantes eventos rea-lizam-se neste mês em Curitiba. Oprimeiro, nos dias 6 e 7 de novem-bro, será o I Encontro Estadual doAtendimento Espiritual na CasaEspírita, promovido pela FederaçãoEspírita do Paraná.

No dia 13 de novembro, sába-do, ocorre um Seminário para Pre-paração de Multiplicadores paraImplementação do “Orientação aosÓrgãos de Unificação”, em come-moração dos 60 anos da “Caravanada Fraternidade”, sob coordenaçãoda equipe da SG/CFN da Federa-ção Espírita Brasileira.

O seminário iniciar-se-á às 9horas, com encerramento previstopara as 18 horas. Além da palestra“Chico Xavier e o Ideal de Unifi-cação”, que será proferida peloconfrade Antonio Cesar Perri deCarvalho, far-se-á a apresentaçãodo opúsculo “Orientação aos Ór-gãos de Unificação” e discutidosquatro temas: Fundamentos para oTrabalho de Unificação; Síntesedas Ações de União e de Unifica-ção; Gestão Federativa e Estraté-gias de ação para multiplicação do“Orientação aos Órgãos de Unifi-cação”. Pág. 11

A educação dos sentimentossegundo Jason de CamargoEspírita de berço, o confra-

de Jason de Camargo (foto),escritor, palestrante e ex-pre-sidente da FERGS – Federa-ção Espírita do Rio Grande doSul, radicado em Porto Alegre-RS, em entrevista concedidaao nosso colaborador AntonioNascimento, de Santo Ânge-lo-RS, tece considerações arespeito de vários assuntos efala também sobre o temaEducação dos Sentimentos, tí-tulo de sua obra espírita maisconhecida. Pág. 16

Realizou-se nos dias 10 a 12de outubro o 6º Congresso Espí-rita Mundial, organizado peloConselho Espírita Internacional ecoordenado pela Federação Espí-rita Espanhola, cujo presidente,

espanhóis e 693 brasileiros.O 6º Congresso foi ampla-

mente noticiado, tanto pelos mei-os de comunicação espanhóiscomo brasileiros. Dentre os ór-gãos da imprensa espanhola esti-veram presentes os jornais ElPaís, El Mundo, DiarioInformacion de Alicante, El Le-vante, a Revista Más Allá, RádioNacional de Espanha, Cadena Sere a Televisión Levante. Tambémestiveram presentes a Revista In-ternacional do Espiritismo, a re-vista eletrônica O Consolador eas Rádios Rio de Janeiro e Fra-ternidade, dentre outros.

O tema do Congresso, “SomosEspíritos Imortais”, foi também oassunto central da conferência ini-cial, proferida pelo confrade Dival-do Franco. Págs. 8, 9 e 10

o confrade Salvador Martin, foi au-tor da saudação inicial (foto).

Ao longo dos três dias de in-tensa programação, estiveram pre-sentes 1.807 participantes de maisde 50 nacionalidades, sendo 773

O IMORTALPÁGINA 2 NOVEMBRO/2010

EditorialEMMANUEL

A perda de um ente querido éuma das maiores dores que existem.Isso porque a morte representa, paraa grande maioria das pessoas, a se-paração definitiva entre nós e o serque partiu.

Para muitos, a morte é um fim deciclo cuja etapa seguinte é desconhe-cida, o que equivale a dizer que tudoacaba com a morte. Esse pensamento,peculiar a muitas pessoas, é difundidomesmo entre os cristãos, que acredi-tam ou deveriam acreditar na ressur-reição. Para eles, o grande problema éque o destino do homem depois damorte não é nada consolador.

A Doutrina Espírita veio desfa-zer o mistério que sempre houve comrelação à morte. A morte passou, des-de então, a ser considerada como, defato, deve ser: um fenômeno ineren-te apenas ao corpo físico.

A comunicação entre nós e os Es-píritos veio demonstrar o verdadeirodestino do homem, e a verdadeira jus-tiça de Deus. O fato de que a vida apósa morte é uma continuação da vida quea precede, com o Espírito recebendooportunidades de acordo com seu me-recimento, destrói o mito da morte e omedo da vida futura. Não existe onada, não há inferno, nem céu, nempurgatório, nem sono à espera de umjulgamento final. Há tão-somente avida que continua estuante e permiteao que parte comunicar-se com aque-les que ficam.

O poder consolador da Doutri-

Todos nos encontramos sujeitosao que se convencionou chamar ad-versidade.

Uma tragédia, uma ocorrênciamarcante pela dor que produz, umacontecimento nefasto, a perda deuma pessoa querida, constituem in-fortúnios que maceram.

Prejuízos financeiros, danosmorais, enfermidades catalogadas

Se muitas vezes grandes vozesdo Cristianismo se referiram a su-postos crimes da carne, é necessá-rio mencionar as fraquezas do“eu”, as inferioridades do próprioespírito, sem concentrar falsas acu-sações ao corpo, como se este re-presentasse o papel de verdugoimplacável, separado da alma, quelhe seria, então, prisioneira e víti-ma.

Reparamos que Pedro denomi-nava o organismo como sendo oseu tabernáculo.

O corpo humano é um con-junto de células aglutinadas oude fluidos terrestres que se reú-nem, sob as leis planetárias,oferecendo ao Espírito a santaoportunidade de aprender, valo-rizar, reformar e en-grandecer avida.

Frequentemente o homem,qual operário ocioso ou perverso,imputa ao instrumento útil as másqua-lidades de que se acha acome-tido.

O corpo é concessão da Mise-ricórdia Divina para que a alma seprepare ante o glorioso porvir.

A morte e a reencarnaçãona Espírita consegue abrandar, emmuito, o sofrimento pela perda dosseres amados. Para uma mãe, saberque seu filho continua vivo, que lhededica afeto e pode comunicar-secom ela, é uma alegria digna dabondade de Deus. E é a bondade deDeus que permitiu que, há um sé-culo e meio, tenha-se iniciado esseesforço para esclarecer os homensa respeito da vida futura.

Jesus venceu a morte ao reve-lar-se vivo no episódio conhecidocomo sua ressurreição, mas é o Es-piritismo que nos demonstra que aressurreição com que sonham oscristãos não é um fenômeno únicopertinente ao chamado Juízo Final,mas, sim, o ressurgir no cenário domundo a cada vez que morremos.

O Espiritismo, no entanto, nãonos consola apenas porque matou amorte. Ele consola porque mostra avida em sua plenitude e o fato de queela prossegue, incessante, na históriados indivíduos, em novos corpos, pormeio de sucessivas encarnações.

A lei de reencarnação conforta-nos a todos porque demonstra a jus-tiça e a bondade de Deus, que per-maneceriam incompreensíveis, edariam margem à dúvida e à des-crença, caso nossas existências seresumissem a uma única passagempelo orbe. E não só isso. A reencar-nação é, também, a chave que nospermite entender os destinos futu-ros e o porquê da dor, fornecendo-

nos motivos reais para que tudoenfrentemos com resignação e cul-tivemos a esperança de um futuromelhor para todos.

Léon Denis afirmava que a mai-or caridade que se pode fazer a al-guém é dar-lhe a notícia da vida fu-tura. Porque a crença na continuida-de da vida faz o homem rever o pon-to de vista com que encarava a vida,avaliar quais são seus verdadeirosinteresses e como harmonizá-loscom a justiça de Deus.

A perspectiva de que recebere-mos sempre da vida de conformida-de com as nossas obras, e de que de-pende de nós criarmos um futuromelhor por meio do nosso comporta-mento no mundo em que vivemos, éo poder transformador do Espiritis-mo, é a informação mais valiosa paraa vida prática de alguém.

O Espiritismo, como sabemos,tem o objetivo de tornar melhor ohomem. É assim que ele se fazcontinuador do Evangelho do Cris-to. As informações novas com queo Consolador prometido completaos ensinamentos de Jesus só têmrazão de ser porque auxiliam nachamada salvação do homem.

E é exatamente por demonstrar,no seu justo valor, a justiça e a bon-dade de Deus através da reencarna-ção, da imortalidade da alma e dacomunicabilidade dos Espíritos,que o Espiritismo possibilita amelhoria da Humanidade.

Um minuto com Joanna de Ângeliscomo irreversíveis, são adversidadesdesastrosas em muitas existências.

No entanto, se fosse encarada avida sob o ponto de vista espiritual,o homem compreenderia a razão detais insucessos e não se entregaria adesastres mais graves, quais a lou-cura e o suicídio, a fuga pelo álcoolou pelos tóxicos...

A existência física não transcor-

Pensaste nisso?

Longe da indébita acusação àcarne, reflitamos nos milêniosdespendidos na formação dessetaber-náculo sagrado no campoevolutivo.

Já pensaste que és um Espíritoimortal, dispondo na Terra, por al-gum tempo, de valiosas potênciasconcedidas por Deus às tuas exi-gências de trabalho?

Tais potências formam-te ocorpo.

Que fazes de teus pés, de tuasmãos, de teus olhos, de teu cére-bro?

Sabes que esses poderes teforam confiados para honrar oSenhor iluminando a ti mes-mo?

Medita nestas interrogações esantifica teu corpo, nele encontran-do o templo divino.

JOANNA DE ÂNGELIS,mentora espiritual de Divaldo P.Franco, é autora, entre outros livros,de Episódios Diários, do qual foiextraído o texto acima.

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EMMANUEL, que foi omentor espiritual de FranciscoCândido Xavier e coordenador daobra mediúnica do saudoso mé-dium mineiro, é autor, entre outroslivros, de Pão Nosso, do qual foiextraído o texto acima.

re qual nau sem rumo em marencapelado.

Os atos anteriores e a condutaatual são-lhe mapa e rota para che-gar ao destino pelo qual o indivíduoopta.

Realmente desastrosos são osmales que se praticam em relação aopróximo, pois que eles irão fomentaras adversidades de amanhã, que sãoos inadiáveis resgates do infrator.

Trabalha para te impedires infor-túnios, especialmente os atuais, quedefluem da insensatez, da malversa-ção de valores, da malquerença. En-tretanto, se fores colhido porinsucesso de qualquer natureza oualgum sinistro, assume um compor-tamento de equilíbrio e enfrenta-oscom serenidade.

“Sabendo que brevemente hei de deixar estemeu tabernáculo, segundo o que também nosso

Senhor Jesus-Cristo já mo tem revelado.” -(2ª Epístola de Pedro, capítulo 1, versículo 14.)

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 3

Eis um livro muito especi-al. Esquecido, infelizmente!Convido o leitor a buscar seuexemplar na estante de sua bi-blioteca para folhear a obra.Sugiro iniciar pelo índice parainteirar-se do conteúdo do li-vro.

Contém ele duas partes. Naprimeira delas, estudos de Kar-dec sobre empolgantes temas ena segunda parte anotações ín-timas, detalhes da vida particu-lar do Codificador, comunica-ções dos Espíritos diretamenteligados à tarefa da CodificaçãoEspírita e a preciosidade dostextos Projeto 1868, Constitui-ção do Espiritismo e CredoEspírita.

Como se sabe, o livro foipublicado em janeiro de1890, após a desencarnaçãode Allan Kardec, contendoanotações, textos e estudosencontrados em seu gabinetede trabalho.

Apesar da riqueza dos estu-dos contidos na primeira parteda obra, parece-nos que a se-gunda parte do livro deva serconsultada e amplamentedivulgada entre todos nós, atu-ais espíritas do Brasil e do mun-do, principalmente a partir dotexto Fora da Caridade NãoHá Salvação. Referido texto dáinício a uma sequência mara-vilhosa de reflexões, que se dis-tribuem nos capítulos Projeto1868, Constituição do Espiri-tismo e Credo Espírita, comojá citado acima.

ORSON PETERCARRARA

[email protected] Matão, SP

Obras Póstumas, um livro esquecido

a ocasião disso se apresentasse.Eis como entendo a caridadecristã; compreendo uma religiãoque nos ordena retribuir o malcom o bem, com mais forte ra-zão restituir o bem pelo bem.Mas não compreenderia jamaisa que nos prescrevesse retribuiro mal com o mal.” – do capítuloFora da Caridade não há salva-ção.

“A caridade e a fraternidaderesumem todas as condições e

todos os deveres sociais”

b) “(...) Os homens não po-dem ser felizes se não vivemem paz, quer dizer, se não es-tão animados de um sentimen-to de benevolência, de indul-gência e de condescendênciarecíprocos, em uma palavra,enquanto procurarem se esma-gar uns aos outros. A caridadee a fraternidade resumem todasas condições e todos os deve-res sociais; mas supõem a ab-negação; ora, a abnegação é in-compatível com o egoísmo e oorgulho; portanto, com seus ví-cios nada de verdadeira frater-nidade, partindo, da igualdade

e da liberdade, porque o egoís-ta e o orgulhoso querem tudopara eles. Estarão sempre aí osvermes roedores de todas asinstituições progressistas; en-quanto eles reinarem, os siste-mas sociais mais generosos,mais sabiamente combinados,desabarão sob os seus golpes.(...)” – do capítulo O egoísmo eo orgulho – suas causas, seusefeitos e os meios de destruí-los.

c) “(...) Todos vós que sonhaiscom essa idade de ouro para aHumanidade, trabalhai, antes detudo, na base do edifício, antesde querer coroar-lhe a cumeeira;dai-lhe por base a fraternidadeem sua mais pura acepção; mas,para isso, não basta decretá-la einscrevê-la sobre uma bandeira;é preciso que ela esteja no cora-ção e não se muda o coração doshomens com decretos. Do mes-mo modo que, para fazer umcampo frutificar, é preciso arran-car-lhe as pedras e os espinhei-ros, trabalhai sem descanso paraextirpar o vírus do orgulho e doegoísmo, porque aí está a fontede todo mal, o obstáculo real aoreino do bem; destruí nas leis, nasinstituições, nas religiões, naeducação, até os últimos vestígi-os, os tempos de barbárie e deprivilégios, e todas as causas quemantêm e desenvolvem esseseternos obstáculos ao verdadei-ro progresso, que se recebe, porassim dizer, desde a meninice eque se aspira por todos os porosna atmosfera social; só então oshomens compreenderão os deve-res e os benefícios da fraternida-de; então, também, se estabele-cerão por si mesmos, sem abalose sem perigo, os princípios com-

A obra ainda contém a biogra-fia de Kardec, o discurso deFlammarion por ocasião do se-pultamento do Codificador e ospreciosos estudos intitulados Te-oria da Beleza, A música celes-te, Música Espírita, O Caminhoda Vida e As cinco alternativasda Humanidade, entre outros.

“Os pobres jamais foramrejeitados em minha casa, ou

tratados com dureza”

Quando volto a reler tais pre-ciosidades, fico a pensar: Por quenos esquecemos delas? Seria le-viandade nossa? Seria desprezoou indiferença? O que nos leva adesprezar tão valiosos escritos etão importantes reflexões de Kar-dec?

Digo isto porque se trata detextos tão importantes que deve-riam constituir material de refle-xão diária para os estudiosos doEspiritismo.

Para mostrar a importância doconteúdo desse livro, infelizmen-te pouco conhecido dos espíritas,seleciono para o leitor alguns pe-quenos trechos.

Ao final das pequenas trans-crições, inseri outros comentári-os:

a) “Estes princípios, paramim, não são apenas uma teoria,eu os coloco em prática; faço obem tanto quanto o permite a mi-nha posição; presto serviço quan-do posso; os pobres jamais foramrejeitados em minha casa, ou tra-tados com dureza; (...) Continu-arei, pois, a fazer todo o bem quepuder, mesmo aos meus inimi-gos, porque o ódio não me cega;e eu lhes estenderia sempre a mãopara tirá-los de um precipício, se

plementares da igualdade e daliberdade. (...)” – do capítuloLiberdade, Igualdade, Frater-nidade.

“O anátema secretotornar-se-á oficial, e os

Espíritas serão rejeitadospela Igreja romana”

d) “O clero clamará heresia,porque verá que nele atacas fir-memente as penas eternas e ou-tros pontos sobre os quais apoiaa sua influência e o seu crédi-to, clamará tanto mais que sesentirá muito mais ferido doque pela publicação de O Livrodos Espíritos, do qual a rigor,podia aceitar os princípios da-dos; mas, no presente, vais en-trar num novo caminho ondeele não poderá te seguir. O aná-tema secreto tornar-se-á ofici-al, e os espíritas serão rejeita-dos junto aos judeus e aos pa-gãos pela Igreja romana. Emcompensação, os espíritas ve-rão seu número aumentar, emrazão dessa espécie de perse-guição, sobretudo vendo os pa-dres acusarem de obra absolu-tamente demoníaca uma Dou-trina cuja moralidade brilharácomo um raio de Sol pela pu-blicação mesma de teu novo li-vro, e daqueles que o seguirão.(Continua na pág. 10 desta edi-ção.)

Cento e vinte anos após sua publicação, soa novamente a hora de o divulgarmos amplamente,para que seus preciosos textos estejam conosco a nos orientar o procedimento e os passos no bem

O IMORTALPÁGINA 4 NOVEMBRO/2010

De coração para coração

Logo que terminou o 6º Con-gresso Espírita Mundial emValência, Espanha, uma amiga quedele participou ativamente, ao com-parar o que viu no evento com asnotícias do que, na mesma ocasião,se verificava no mundo, escreveu-nos a frase que dá título a este arti-go: Onde foi que erramos? E aduziu:Por que nosso mundo chegou à situ-ação em que se encontra?

As duas indagações nos inspira-ram o texto abaixo, que escrevemospara servir de Editorial da edição 183,de 7 de novembro, da revista “OConsolador”, que temos a honra dedirigir, ao lado do nosso confrade eamigo José Carlos Munhoz Pinto.

Eis o texto, tal como sairá na re-ferida edição:

“Depois de sair de um eventograndioso como foi o 6º CongressoEspírita Mundial realizado no mêspassado na Espanha, no qual tantose falou na transição que se opera

em nosso mundo, é difícil compre-ender a confusão que se verifica naTerra, às voltas com sérios proble-mas políticos, econômicos, sociaise ambientais.

Na Europa a crise econômica esuas inevitáveis consequências,como as greves, abatem-se sobreinúmeros países, como a Grécia, porexemplo. Na Espanha, onde se rea-lizou o Congresso, a taxa de desem-prego alcançou neste mês um recor-de absoluto, e na Indonésia, comode resto em diversos lugares do mun-do, os flagelos naturais se repetem,como a indicar que a nossa amadaTerra continua sendo, na feliz ex-pressão usada por Emmanuel, uma“casa em reforma”.

Casa em reforma – cremos queninguém ignora – lembra confusão,pessoas entrando e saindo, coisas forado lugar, uma espécie de caos quedeixa em seus moradores a impres-são de que aquilo jamais terá fim.

Diante disso surge, então, umaquestão que volta e meia se repete:Onde foi que erramos? Por que omundo chegou a este nível?

A pergunta não deveria, eviden-temente, ser feita pelos adeptos doEspiritismo. Afinal, se existe umadoutrina, uma religião, um movimen-to de ideias que nenhuma responsa-bilidade tem por esse estado de coi-sas, essa doutrina é o Espiritismo.

A razão é muito simples. Bastareconhecer que, apesar de estarmosem pleno século 21, o Espiritismonão chegou – como Kardec certa-mente imaginava – à fase em queteria influência sobre os rumos dasociedade, fato que só se dá em al-guns lugares, muito poucos, e emnível individual. É o cidadão quesaiu da depressão, é o alcoólatra quese reabilitou, é o criminoso que mu-dou de vida, é o mau esposo queagora respeita a mulher, é o homemdesonesto que percebeu que

Onde foi que erramos?

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected] Londrina

desonestidade não vale a pena, é acriatura infeliz que se reencontrouna vida e a encara agora com otimis-mo, e inúmeros casos semelhantes.

Seria, com efeito, pretensão exi-gir influência sobre a ação social epolítica de uma doutrina codificada naFrança que nem aí, onde surgiu, é co-nhecida, porque na França, como bemsabemos, Allan Kardec e sua obra con-tinuam sendo ignorados, enquantoconterrâneos seus que nos legaramuma obra menor são reverenciados.

Preocupa-nos, por causa disso,essa insistência de autores e confe-rencistas espíritas em falarem tantosobre a proximidade do Mundo deRegeneração, pois os sinais que aíestão mostram de forma muito claraque este planeta terá de cumprir, ain-da, um longo período de ajustes comseu passado de guerras, exploração,tortura, escravidão e uma vasta co-leção de diferentes crimes. O Espi-ritismo nos diz como se dão tais ajus-tes, que implicam a necessidade ab-soluta da expiação bem como da re-paração dos malefícios causados aospovos, aos indivíduos e às nações.

Faz pouco mais de 60 anos quea França, a Inglaterra, a Itália, aPolônia e os soviéticos viveram odrama causado pelo nazismo, quedestruiu a Alemanha e quase extin-guiu os descendentes de Israel. E,depois disso, ainda tivemos as guer-ras da Coreia, do Vietnã, doAfeganistão, do Iraque e dezenas deconflitos, uns maiores, outros meno-res, cujos crimes terão de ser expia-dos e reparados.

Com relação ao que nós espíritasfazemos hoje, pensamos que se repeteagora o que foi feito pelos cristãos pri-mitivos, que se escondiam nascatacumbas para poderem ouvir falarde Jesus e jamais imaginaram que umdia eles dominariam o mundo, emboraesse domínio nada tenha valido para oaprimoramento espiritual do planeta.

Poucos séculos atrás, os reis daEuropa – que dominava o mundo –eram todos cristãos e o Cristianis-mo detinha na Terra todo o poder, oque não impediu que ocorressem asguerras, a Inquisição, a exploração,a dizimação das minorias, o que nosleva a concluir que a edificação donovo mundo, do mundo regenerador,do mundo da paz e da concórdia seráo resultado de uma construção espi-ritual em que o homem, quitando seupassado sombrio, se decida por umanova vida, com novos ideais e com-promissos bem diferentes dos quecaracterizam a sociedade atual.

Enquanto isso não ocorrer, con-tinuarão as guerras, as ações terro-ristas, as crises, as greves, osflagelos, as doenças, o sofrimento.

Cabe, pois, a nós espíritas, com asparcas possibilidades que detemos,divulgar a mensagem, trabalhar, atuarno bem, mostrar o caminho que faci-litará as coisas para as gerações quevirão, imbuídas então de novos senti-mentos, indispensáveis para que nos-so planeta possa galgar o novo está-gio evolutivo e se transforme, de fato,em um Mundo de Regeneração, comoSão Luís descreve no cap. III d´ OEvangelho segundo o Espiritismo.”

Como devemos dizer: “Mariapossui quatro filhos” ou “Mariatem quatro filhos”?

Aparentemente, ambas asorações estão corretas, o que, noentanto, não corresponde à ver-dade.

O verbo “possuir” significa:ter a propriedade de, estar na pos-se de, poder dispor de, desfrutar,desempenhar.

Assim, estão corretas estasorações:

- João possui uma bela casa.- Helena possui muita saúde.- Mário possui uma fazenda

Pílulas gramaticaispróspera.

- Pedro possui um alto cargono governo.

Em todos os outros casos, emque o sentido não for um dos in-dicados, devemos usar o verbo“ter” em lugar de “possuir”.

Em face disso, devemos es-crever:

- Maria tem quatro filhos.- Roberto tem direito adqui-

rido à reeleição.- Dr. Paulo tem uma carreira

de sucesso.- Francisco tem ainda muita

coisa a resolver nesta semana.

Flávia pergunta-nos se os ani-mais irracionais também evolu-em e se um dia chegarão à condi-ção humana.

Kardec inseriu no cap. VI deseu livro A Gênese informaçãotransmitida mediunicamente peloEspírito de Galileu segundo aqual o Espírito não chega a rece-ber a iluminação divina, que lhedá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noçãode seus altos destinos, sem haverpassado pela série divinamentefatal dos seres inferiores, entre osquais se elabora lentamente aobra da sua individualização.Apenas a contar do dia em que oSenhor lhe imprime na fronte oseu tipo augusto, o Espírito tomalugar no seio das humanidades.(A Gênese, cap. VI, itens 14, 15 e

Primeira Parte, cap. VII, pp. 56 e57, o ensinamento em exame.

Podemos, portanto, afirmarque é passando pelos diversosgraus da animalidade que a almase ensaia para a vida e desenvol-ve, pelo exercício, suas primei-ras faculdades. Chegada ao graude desenvolvimento que esse es-tado comporta, ela recebe as fa-culdades especiais que constitu-em a alma humana.

Em face disso, é possível con-cluir que a alma de um animal umdia chegará à condição de umaalma humana, fato que assinalapara os seres do reino animal umobjetivo, uma finalidade na vida,que é o progresso, o mesmo pro-gresso que possibilitará que, umdia, nós humanos cheguemos àfase da angelitude.

O Espiritismo responde19.)

No livro A Evolução Anímica,pp. 70 e 71, Gabriel Delanne nosensina: “Se tivermos bem de vistaos fatos retrocitados, a respeito dosselvagens, compreenderemos me-lhor a marcha ascendente do prin-cípio pensante, a partir das mais ru-dimentares formas da animalidade,até atingir o máximo do seu desen-volvimento no homem. Os povosprimitivos são vestígios que de-monstram as fases do processotransformista, mas tais seres quenos parecem tão degradados são,ainda assim, superiores ao nossoancestral da época quaternária, oque nos permite compreender quenão existe diferença essencial en-tre a alma animal e a nossa.”

André Luiz confirma em seulivro Evolução em Dois Mundos,

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 5

batiam-lhe às portas. Seus compa-nheiros tinham um abrigo de órfãosem projeto, um ambulatório que co-meçava a nascer e serviços semanaisde instruções evangélicas, nas noi-tes de terças e sextas-feiras, mas Joelsó queria saber das suas descober-tas pessoais, sem qualquer proveitoútil. Esquecia que o Senhor lhe per-mitia aquelas reminiscências, nãopara satisfazer-lhe a vaidade, maspara que entendesse a extensão deseus débitos e se entregasse à obrade esclarecimento e conforto aosferidos do mundo. Passou, assim, aexistência de surpresa em surpresa,de sensação em sensação, transfor-mando a lembrança em viciação dapersonalidade. Perdera a oportuni-dade de redenção e o pior era o es-tado de alucinação em que agoravivia. (Obra citada, cap. 10, pp. 58a 61.)

C. Que ensinamento colhemosdo caso Belarmino?

R.: Belarmino foi umdoutrinador fracassado. Sua tragé-dia é igual à de todos os que conhe-cem o bem, mas não o praticam.Saíra de “Nosso Lar” com tarefa dedoutrinação no campo do Espiritis-mo evangélico. Por vaidade, convi-dou pessoas para integrar seu gru-po, tão-somente em virtude da falsaposição que usufruíam na cultura ena pesquisa científica. Os resultadosse tornaram pífios. A dúvida insta-lou-se em seu coração. Perdeu a se-renidade de outro tempo. Da dúvi-da passou à descrença. Debalde,Elisa o chamava para a esfera reli-giosa e edificante, mas ele passou adesprezar o próprio Evangelho, quetachava de velharia. Largou a ativi-dade espírita, para dedicar-se à po-lítica humana e, desviado dos seusobjetivos fundamentais, apegou-seao dinheiro, transformando os pró-prios sentimentos. Quando desen-carnou, tinha uma bela situação fi-nanceira no mundo e um corpo cri-vado de enfermidades, um palácio

Continuamos a apresentar o tex-to condensado da obra “Os Mensa-geiros”, de André Luiz, psicografa-da pelo médium Francisco CândidoXavier e publicada pela editora daFederação Espírita Brasileira.

Questões preliminaresA. As dificuldades no lar po-

dem levar um médium ao fracas-so?

R.: Sim. Dois casos de pessoasque saíram de “Nosso Lar” prepa-radas para tarefa mediúnica no mun-do, e, no entanto, fracassaram intei-ramente, são exemplos disso. O casode Mariana é um deles: ela sentiaque deveria aplicar-se ao trabalho,mas Amâncio, seu esposo, nunca seconformou. Uma outra entidade vi-veu experiência semelhante: tam-bém ela entendia agora não haverexecutado sua tarefa mediúnica emvirtude da irritação que sentia pelaindiferença dos familiares pelos ser-viços espirituais. Se o marido faziaponderações contrárias a suas con-vicções, ela refutava. Não suporta-va qualquer parecer contrário ao seuponto de vista em matéria de cren-ça, incapaz de perceber a vaidade ea tolice de seus gestos. Discussões,insultos, conflitos tornavam-seconstantes, e nesse clima ela sentia-se inutilizada para qualquer traba-lho de elevação espiritual. (Os Men-sageiros, cap. 9, pp. 52 a 54.)

B. Que faculdades tinha Joele por que ele fracassou?

R.: Joel recebeu no Ministériodo Esclarecimento um tratamentoespecial que lhe aguçou as percep-ções, partindo para a Terra com to-dos os requisitos indispensáveis aoêxito de suas obrigações. Mas, dei-xando-se empolgar pela curiosida-de doentia, Joel aplicou sua facul-dade mediúnica somente para dila-tar suas sensações. Passou a procu-rar, então, cada um de seus compa-nheiros de lutas religiosas, parareconstituir os passos de todos eles,por curiosidade, sem qualquer pro-pósito benfazejo. Exigia, assim,notícias de bispos, de autoridadespolíticas e de padres amigos quehaviam errado tanto quanto ele mes-mo. As advertências dos amigos es-pirituais não cessaram. Sofredores

confortável de pedra e um desertono coração. Voltara a ligar-se a an-tigos companheiros menos dignosde experiências carnais e colheriaagora, na vida espiritual, tormentos,remorsos, expiações...(Obra citada,cap. 11, pp. 63 a 66.)

Texto para leitura9. Fracassos por dificuldades

no lar - Dois casos de pessoas quesaíram de “Nosso Lar” preparadaspara tarefa mediúnica no mundo e,no entanto, fracassaram inteiramen-te, são apresentados por André. Ocaso de Mariana é um deles: ela sen-tia que deveria aplicar-se ao traba-lho, mas Amâncio, seu esposo, nun-ca se conformou. Se os enfermos aprocuravam no receituário comum,a neurastenia do marido se amplia-va; se companheiros de doutrina aconvidavam aos estudos, ele se re-voltava, ciumento, e mobilizava aspróprias filhas contra a esposa. Daío seu afastamento da tarefa mediú-nica e Mariana nunca deixou de re-clamar quando era incompreendidapelos seus familiares. Uma outra en-tidade viveu experiência semelhan-te: também ela entendia agora nãohaver executado sua tarefa mediú-nica em virtude da irritação que sen-tia pela indiferença dos familiarespelos serviços espirituais. Se o ma-rido fazia ponderações contrárias asuas convicções, ela refutava. Nãosuportava qualquer parecer contrá-rio ao seu ponto de vista, em maté-ria de crença, incapaz de perceber avaidade e a tolice de seus gestos.Discussões, insultos, conflitos tor-navam-se constantes, e nesse climaela sentia-se inutilizada para qual-quer trabalho de elevação espiritu-al. (Cap. 9, pp. 52 a 54)

10. O caso Ernestina - O medofoi a causa do fracasso de Ernestina,que se preparara convenientementeem “Nosso Lar” para a tarefa damediunidade no mundo. As instru-toras do Esclarecimento confiavamextraordinariamente nela, mas

Ernestina não vigiou como devia.Apesar dos incentivos recebidos doplano espiritual, desconfiou de tudoe de todos. Nos estudiosos encarna-dos, só via pessoas de má fé; nosinstrutores desencarnados, enxerga-va apenas mistificadores, e em simesma receava as tendências noci-vas. O receio das mistificações pre-judicou a oportunidade recebida.(Cap. 9, pp. 54 e 55)

11. A falta de amparo da espo-sa - Outra entidade atribuía seu fra-casso à falta de amparo da esposa.Enquanto a teve a seu lado, verifi-cava-se profundo equilíbrio em suasforças psíquicas. A companhia delacompensava-lhe todo gasto de ener-gia mediúnica. Quando a morte aarrebatou, amedrontou-se por sen-tir-se em desequilíbrio. Não haviaaprendido a ciência da conformação,nem a percorrer sozinho as estradashumanas. Casou-se segunda vez edeu-se mal. Sua segunda mulher, ex-tremamente ligada a entidadesmalfazejas, arrastou-o a inúmerosdesvarios e ele se perdeu, voltandoao convívio de criaturas perversas.Agora, entendia que o triunfo nomundo, mesmo no futuro, ser-lhe-ámuito difícil sem a companheiraamada. (Cap. 9, pp. 55 e 56)

12. O caso Joel - Outro que saiupreparado de “Nosso Lar” e fracas-sou no mundo é Joel. Sua tarefamediúnica exigia sensibilidade maisapurada e, por isso, recebeu no Mi-nistério do Esclarecimento um tra-tamento especial que lhe aguçou aspercepções, partindo para a Terracom todos os requisitos indispensá-veis ao êxito de suas obrigações.Mas, Joel, deixando-se empolgarpela curiosidade doentia, aplicousua faculdade mediúnica somentepara dilatar suas sensações. No qua-dro de suas tarefas mediúnicas, es-tava a recordação de existências pas-sadas como expressão indispensávelao esclarecimento coletivo dos se-melhantes. Existe, porém, uma ci-

MARCELO BORELA DEOLIVEIRA

[email protected] Londrina

Estudando a série André Luiz

Os MensageirosAndré Luiz

(3ª Parte)ência de recordar que ele não res-peitou como devia. Sentia, intuiti-vamente, a vívida lembrança de suaspromessas em “Nosso Lar”. O co-ração estava repleto de propósitossagrados. Ele trabalharia. Espalha-ria muito longe a vibração das ver-dades eternas... Contudo, a excita-ção psíquica, aos primeiros conta-tos com o serviço, fez rodar o me-canismo de recordações adormeci-das e ele lembrou sua penúltimaexistência, quando fora MonsenhorAlejandro Pizarro, nos últimos tem-pos da Inquisição Espanhola. Pas-sou a procurar, então, cada um deseus companheiros de lutas religio-sas, para reconstituir os passos detodos eles, por curiosidade, semqualquer propósito benfazejo. Exi-gia, assim, notícias de bispos, deautoridades políticas e de padresamigos que haviam errado tantoquanto ele mesmo. As advertênciasdos amigos espirituais não cessa-ram. Sofredores batiam-lhe às por-tas. Seus companheiros tinham umabrigo de órfãos em projeto, umambulatório que começava a nascere serviços semanais de instruçõesevangélicas, nas noites de terças esextas-feiras, mas Joel só queriasaber das suas descobertas pessoais,sem qualquer proveito útil. Esque-cia que o Senhor lhe permitia aque-las reminiscências, não por satisfa-zer-lhe a vaidade, mas para que en-tendesse a extensão de seus débitose se entregasse à obra de esclareci-mento e conforto aos feridos domundo. Passou, assim, a existênciade surpresa em surpresa, de sensa-ção em sensação, transformando alembrança em viciação da persona-lidade. Perdera a oportunidade deredenção e o pior era o estado dealucinação em que agora vivia. Como erro, a mente desequilibrou-se eas perturbações psíquicas passarama constituir-lhe doloroso martírio.(Cap. 10, pp. 58 a 61) (Continuana pág. 12 desta edição.)

O IMORTALPÁGINA 6 NOVEMBRO/2010

O IMORTAL na internetAlém de circular com seu formato impresso, o jornal O

Imortal pode ser visto também na internet, bastando para issoacessar o site www.oconsolador.com, em cuja página inicialhá um link que permite o acesso do leitor às últimas ediçõesdo jornal, sem custo algum.

Para contactar a Redação do jornal, o interessado deve uti-lizar este e-mail: [email protected].

Na tarde do dia 12 de outubro,após o encerramento do 6º Congres-so Espírita Mundial, realizou-semais uma Reunião Ordinária doConselho Espírita Internacional, nasdependências do Hotel Vora Fira. Areunião foi presidida por Jean PaulÉvrard, assessorada pelo secretáriogeral Nestor João Masotti e secreta-riada por Charles Kempf. Houve ocomparecimento de dirigentes deentidades nacionais dos seguintespaíses: Alemanha, Angola, Argenti-na, Áustria, Bélgica, Brasil, Cana-dá, Chile, Colômbia, Cuba, El Sal-vador, Espanha, Estados Unidos,França, Guatemala, Holanda, Hon-duras, Itália, Japão, México, Noru-ega, Panamá, Paraguai, Peru, PortoRico, Portugal, Reino Unido, Sué-cia, Suíça e Uruguai, e de visitantesde Hungria, Bielorrússia, Equador,Finlândia, Luxemburgo e Polônia(fotos).

Num primeiro momento todosos representantes apresentaraminformações sobre as atividadesrealizadas em seus países. O rela-tório das ações da FEB foi apre-sentado pelo seu representanteAntonio Cesar Perri de Carvalho.Ocorreram relatos de atividadesrealizadas e programadas dasCoordenadorias do CEI (Europa,América do Sul, América Central

CEI reúne-se em Valência eelege seus novos dirigentes

e Caribe); informação sobre as me-didas iniciais com a criação daCoordenadoria do CEI para o Mo-vimento Espírita da África; informa-ções sobre o 6º Congresso EspíritaMundial, que contou com 1.807 par-ticipantes, oriundos de 36 países.

A reunião ordinária do ConselhoEspírita Internacional foi concluídacom algumas decisões: 1) Houveaprovação da integração de Luxem-burgo, como membro observador doCEI. 2) Após as ações de apoio jáocorridas e, tendo em vista a diver-gência existente com relação ao re-presentante da USFF - União Espíri-ta Francesa e Francófona, com duaspessoas comunicando ao ConselhoEspírita Internacional que estão napresidência dessa Instituição, e na im-possibilidade de o CEI deliberar so-bre o assunto, já que este está sendolevado para decisão em juízo junto aJustiça Francesa, o Conselho Espíri-ta Internacional deliberou afastar tem-porariamente a USFF - União Espíri-ta Francesa e Francófona como mem-bro do CEI, retornando o assunto paraser analisado em próxima reunião,quando houver condições para umadecisão a respeito. A direção do Con-selho Espírita Internacional e as Ins-tituições que o integram permanecemà disposição da referida Instituição edo Movimento Espírita Francês paracolaborarem no trabalho de pacifica-ção e de união desse Movimento. 3)Após apresentações de países que sepropõem a sediar o 7º Congresso Es-

pírita Mundial em 2013, foi desig-nada uma comissão para conhecer“in loco” as condições dos três paí-ses candidatos para o evento. 4)Houve eleição da Comissão Execu-tiva do CEI, renovando-se setemembros cujos mandatos se extin-guiam. A comissão executiva do CEIficará integrada por Nestor JoãoMasotti (Brasil) - secretário geral;Charles Kempf (Bélgica) – 1º secre-tário; Salvador Martin (Espanha) –2º secretário; Antonio Cesar Perri deCarvalho (Brasil) – 1º tesoureiro;Vitor Mora Feira (Portugal) – 2º te-soureiro; membros: Eduardo dosSantos (Uruguai), Elsa Rossi (Rei-no Unido), Edwin Bravo(Guatemala), Fábio Villarraga (Co-lômbia), Jean Paul Évrard (Bélgica),Jussara Korngold (EUA) e RicardoLequerica (Colômbia).

Ao final, foram definidos al-guns eventos, como reuniões, se-minários e visitas para o ano de2011, e reunião ordinária do CEIem Montreal (Canadá), para o pe-ríodo do verão do ano de 2012.

A reunião foi concluída em umclima fraterno, com a leitura deduas mensagens espirituais desti-nadas à reunião do CEI, assinadaspelos Espíritos de Joaquim Alves(Jô) e Amália Domingo Soler. Odirigente da Confecol, JorgeBerrio (Colômbia), descreveu apresença de diversos Espíritosorientadores, ligados a vários paí-ses presentes.

ANGÉLICA REIS [email protected]

De Londrina

Vista geral dos representantes presentes Mesa diretora da reunião do CEI em Valência

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 7

Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

De Londrina

João Nunes Maia

O médium João Nunes Maianasceu em 10 de novembro de 1923em Glaucilândia, antiga Juramento,no norte de Minas Gerais. A mediu-nidade veio à tona cedo, trazendo-lhe angústias e aflições. O apoio veioda mãe, dona Maria Nunes Maia, quese apegava às orações. O jovemNunes muito estudou e lutou, desen-volvendo a psicografia, a psicofonia,a clarividência e o desdobramento.O pai, Joaquim da Silva Maia, e suamãe tiveram cinco filhos.

Não tinham informações sobrea Doutrina Espírita. O segundo fi-lho do casal, João Nunes Maia, con-versava sozinho e era tido como“estranho”. À procura do equilíbrio,foi atrás de dona Lozinha, conheci-da benzedeira da região que tinharecurso para mau olhado, anemia epragas que atacassem as fazendas.

João Nunes passou a frequentaras reuniões na distante casa de donaLozinha, aonde ia a cavalo. Mediu-nizada, ela o alertava sobre suas tare-fas futuras e sobre a necessidade deconhecer as obras de Allan Kardec.

Através do reembolso postal, omédium encomendou à FederaçãoEspírita Brasileira os livros básicosda Doutrina. Nessa época, criou ohábito de conversar com Deus, aonascer e ao pôr do sol e, numa ma-nhã, teve a inspiração que norteariaa Sociedade Espírita Maria Nunes:o lema do Pão e do Livro.

Incentivado pelo pai, e já ór-fão de mãe, mudou-se para BeloHorizonte em 1950, sendo acolhi-do pelo amigo Chico Sapateiro,que lhe ensinou o ofício. Casou-secom Irene e dessa união tiveramduas filhas: Alcione e a outra quenão chegou a nascer.

João Nunes frequentava reuniõesespíritas e conheceu, por ocasião, emPedro Leopoldo, o médium Francis-co Cândido Xavier, de quem se tor-nou amigo.

Numa reunião mediúnica naUnião Espírita Mineira, identifica-secom o Espírito de Fernando Miramezde Olivídeo, seu guia espiritual, pos-teriormente autor de vários livrospsicografados por Nunes.

João Nunes Maia muito fez pelomovimento espírita. Incentivou, ori-entou e participou da fundação devárias casas espíritas em Belo Hori-zonte e em outros estados brasileiros.

Fruto de sua persistência, surge em12 de abril de 1955 a Sociedade EspíritaMaria Nunes – SEMAN. Iniciada comestudos evangélico-doutrinários e humil-de distribuição de sopa aos carentes, aSEMAN ramificou-se em diversas ati-vidades sociais e permitiu, por meio daEditora Fonte Viva, sua parceira, a edi-ção de 62 livros psicografados.

Os originais psicografados porJoão Nunes Maia, que eram guarda-dos debaixo da cama, na modestacasa de Santa Tereza, viraram livros.Espalharam-se pelo Brasil, Portugal,Estados Unidos, Espanha, Japão e sóDeus sabe por onde mais.

Além da tarefa do livro, JoãoNunes orientou pessoalmente cente-nas de médiuns em desequilíbrio. Foimembro da diretoria do HospitalEspírita André Luiz e também doConselho da União Espírita Minei-ra. Foi o primeiro diretor doutriná-rio do Hospital André Luiz.

Tido pelos leigos como umparanormal, ele possuía vários tiposde mediunidade. A psicofonia pormeio dele era maravilhosa, o seudom de oratória era extraordinário,mas ele procurou conduzir sua ener-gia para a psicografia. Tinha o livrocomo um fundamento, objetivo bá-sico da sua reencarnação. A saída docorpo consciente, em viagem astral,para ele era comum. Era médium

passista e trabalhava em reuniões deassistência e cura em sua Casa Es-pírita, com resultados magníficos.

No momento em que psicogra-fava obras romanceadas transporta-va-se para os lugares citados.

Em 1973, em comunicação trans-mitida pelo Espírito de Mesmer, JoãoNunes Maia recebeu a fórmula daPomada Vovô Pedro, bastante conhe-cida por seus efeitos em males da pele.

O surgimento da Pomada VovôPedro é muito interessante. Ele via-jara, com uma pequena caravana, atéa cidade de Betim, onde existe oSanatório Santa Isabel.

Aquela foi uma noite memorável.Mais de 400 pessoas lotavam o audi-tório e muitos ficaram do lado de fora,assistindo ao estudo do Evangelhoatravés das janelas. Ao aproximar-se

o final da reunião, notou-se que JoãoNunes se mostrava todo embaraçado,precisando de um pedaço de papel ede uma caneta. O dirigente da Casapesquisou os bolsos de seu paletó en-contrando um pequeno lápis. O Joãopegou esse lápis e um pedaço de pa-pel e se pôs a psicografar. Ao termi-nar, tinha em mãos a fórmula da po-mada Vovô Pedro. Logo que concluiuas anotações, ele indagou ao Espíritosua identidade e o Espírito, humilde-mente, respondeu: “Vovô Pedro” eacrescentou: “Atente, meu filho, parao preço - “DEUS LHE PAGUE”; esseé um ensinamento que todos, promo-tores da pomada Vovô Pedro, não de-vem jamais esquecer”.

No momento em que João Nunesfinalizava o livro Francisco de As-sis a campainha tocou. Abriu a por-

ta de sua casa e 44 ex-hansenianosentraram. Todos haviam sido cu-rados com o uso da pomada e alichegaram quando ele encerrava ocitado livro. O autor da fórmula daPomada Vovô Pedro, que é o Es-pírito do médico Franz AntonMesmer, viveu na Europa no sé-culo XVIII e é considerado o Paido Magnetismo moderno. A poma-da, como foi dito, alivia diversasdoenças, principalmente as depele. Simples como o nome, ba-seia-se nas propriedades medici-nais de plantas e produtos naturaiscomo o própolis, erva-de-bicho,ipê-roxo e o condurango, não apre-sentando efeitos colaterais.

Missão cumprida, João NunesMaia desencarnou em 4 de setem-bro de 1991.

Nossas marcas

Na Epístola aos Gálatas (6: 17),Paulo diz: “Desde agora ninguémme moleste, porque trago no meucorpo as marcas do Senhor Jesus”.

Assim, no capítulo 8 do livro Vi-nha de Luz (FEB), psicografado porFrancisco Cândido Xavier, Emmanu-el explica que todas as realizações hu-manas possuem marca própria: casa,livros, artigos, medicamentos.

Com este raciocínio, conscien-tizamo-nos de que Jesus, o Espíritode maior elevação que veio à Terra,deixou-nos os seus sinais, a sua pró-pria marca, que deve ser evidencia-da não apenas numa simples cruz,mas nos ensinamentos e exemplosluminosos que Ele nos deixou.

Emmanuel enfatiza:“Jesus forneceu padrões

educativos em todas as particulari-dades da sua passagem pelo mundo.

ALTAMIRANDO [email protected]

De São Paulo, SP

O Evangelho no-lo apresenta nos maisdiversos quadros, junto ao trabalho, àsimplicidade, ao pecado, à pobreza, àalegria, à dor, à glorificação e ao mar-tírio. Sua atitude, em cada posição davida, assinalou um traço novo de con-duta para os aprendizes”.

Nós, seus discípulos, se aprovei-tarmos com sabedoria cada instan-te de nossa vida terrena, no uso dosobjetos transitórios, por certo queusaremos da mesma medida, quan-to no que se refere aos assuntos re-ferentes à vida eterna.

O verdadeiro cristão, e, por con-seguinte, o verdadeiro espírita, háque nortear-se por uma vida deexemplos vivificantes, vigiandosempre os seus pensamentos e ca-minhando por caminhos retos, quelhe descortinem, sempre, uma sen-da de luz.

“Todos os dias, portanto, o dis-cípulo pode encontrar recursos desalientar suas ações mais comunscom os registros de Jesus”, observa

Emmanuel.E nos recomenda:“Quando termine cada dia, pas-

sa em revista as pequeninas expe-riências que partilhaste na estradavulgar. Observa os sinais com queassinalaste os teus atos, recordan-do que a marca do Cristo é, funda-mentalmente, aquela do sacrifíciode si mesmo para o bem de todos”.

Portanto, façamos da nossavida um roteiro de luz. Renovemo-nos. Amemo-nos, como JoanaD’Arc amou a França e como Je-sus amou a Humanidade.

“Feliz aquele que ama, porquenão conhece as angústias da alma,nem as do corpo! Seus pés são le-ves, e ele vive como transportadofora de si mesmo. Quando Jesuspronunciou esta palavra divina –amor – fez estremecerem os povos,e os mártires, ébrios de esperança,desceram ao circo.” (O Evangelhosegundo o Espiritismo (EdiçõesFEESP, capítulo XI, item 8.)

Amemo-nos, como Joana D’Arc amou a França e como Jesus amou a Humanidade

Mais de 1.800 pessoas presentes no 6º Congresso Espírita Mundial

Ainda sentindo em nossos co-rações as emoções vividas emCartagena de Índias, Colômbia,quando da realização do 5º Con-gresso Espírita Mundial, ocorridoem 2007, nos preparávamos paraa chegada de mais um CongressoMundial, evento sempre aguarda-do com muita ansiedade e expec-tativa, já que é uma das únicasoportunidades de abraçarmos nos-sos irmãos queridos de terras dis-tantes, assim como aprofundarmosnossos conhecimentos a respeitoda Doutrina Espírita, visto que osconferencistas escolhidos para oevento possuem um currículo ex-tenso que nos propicia uma enor-me troca de experiências.

Centenas de pessoas provindasdos cinco continentes eram espe-radas com muito entusiasmo pelaorganização, para participarem nosdias 10 a 12 de outubro do 6º Con-gresso Espírita Mundial organiza-do pelo Conselho Espírita Interna-cional e coordenado pela Federa-ção Espírita Espanhola sob o tema:“Somos Espíritos Imortais”. Aolongo desses três dias se pronun-ciariam destacadas personalidadescom domínio da cultura, da arte,da medicina, da ciência, da filoso-fia e da sociedade, as quais, por suavez, são também espíritas, ofere-cendo uma visão de esperança efelicidade para o futuro do ser hu-mano e revelando nossa verdadei-ra natureza, a espiritual. Falaremossobre estas personalidades no de-correr desta reportagem.

Para todos, este CongressoMundial tinha um motivo a maispara ser especial, já que o primei-ro Congresso Espírita Internacio-nal ocorreu de 8 a 13 de setembro

de 1888 na cidade de Barcelona, naEspanha, e foi o ultimo antes daguerra civil de 1934. Nos anos se-guintes, com a privação de liberda-de, devido às ditaduras, o movimen-to espírita foi proibido e persegui-do. Uma vez instaurada a democra-cia na Espanha ressurgiu, com a cri-ação da Federação Espírita Espa-nhola e do Conselho Espírita Inter-nacional, no ano de 1992, um novoCongresso Espírita Internacional nacapital espanhola.

A importância dessa doutrinacientífico-filosófica de consequên-cias morais na Espanha foi tama-nha que a primeira legislação dasCortes Constituintes da RepúblicaEspanhola, em 1873, apresentouuma proposta de lei para que o Es-piritismo fosse incluído como umamatéria a mais no ensino público.Porém, o deputado Jose Navarretenão teve oportunidade de defendera proposta devido a um golpe deestado levado a efeito pelo Exérci-to. Por isso, a realização deste Con-gresso Mundial aqui na Espanhaassume um caráter tão importante.

A Feira Internacionalde Valência foi onde serealizou o Congresso

Desta vez a cidade escolhida foia bela Valência, que é a capital e amaior cidade da ComunidadeValenciana e a terceira da Espanha,estando localizada na costa do Me-diterrâneo, no leste do país. É umacidade muito antiga, sendoreferenciada já no século II a.C. Comuma longa história, diversos museus,tradições populares como as Fallase a proximidade do mar Mediterrâ-neo, é uma das cidades mais conhe-cidas e visitadas da Espanha.

Em nossa viagem de carro paraValência, no sábado, nossos cora-ções se afligiam, visto que uma chu-va torrencial teimava em cair, preo-cupando-nos com relação à chega-

da dos participantes, já que muitosviriam de carro e as estradas esta-vam perigosas. Em orações, solici-tamos ao Pai Maior que a todos con-duzisse em paz e segurança. Che-gamos a Valência à tardinha, debai-xo de muita chuva e encontrandoruas alagadas em decorrência dotemporal. Tínhamos a sensação, emnosso íntimo, de que tudo estavasendo bem limpo pela Espirituali-dade para o importante evento quese aproximava. Para nossa surpresae grande alegria, o domingo chegoureluzente, com um céu de infinitoazul, adornado por um sol radiante.

O local escolhido para a reali-zação do 6º Congresso EspíritaMundial foi o grandioso centro deexposições chamado Feria Interna-cional de Valência, em espanhol, ouFeira Internacional de Valência, noidioma português.

Localizado a cinco quilômetros docentro de Valência, a Feria de Valênciaé um dos maiores e mais modernoscentros de exposições do mundo. Comum total de mais de 230.000m2 desuperfície, tem oito salas polivalentes,salas de reuniões, salas de conferênci-as e 68.000 m2 de área para estaciona-mento. Para a realização do Congres-so Mundial foi escolhido o aconche-gante Centro de Eventos, um moder-no prédio de vidro com 3 andares quea todos impressionou.

O evento teve como mestre decerimônias nosso querido confradeespanhol Juan Miguel FernandezMunoz, fundador e presidente daAsociacíon de Estudios Espiritas deMadrid, que, juntamente com suaesposa, Maria del Carmem, apresen-tou os conferencistas, além de bre-ves mensagens e poemas espíritas.

Inicialmente foram apresenta-dos os jovens músicos MikhailShunov e Joana Vieira, que abriramo evento com doces melodias, con-vidando a todos a se integrarem nas

vibrações de amore fraternidade quedominavam o am-biente. Dandocontinuidade aeste pequeno mo-mento musical,nos enebriamoscom um minuetode Mozart e a So-nata Mediúnica,também deMozart, apresen-tada por prof. En-rique EliseoBaldovino, pianis-ta nascido na Ar-gentina que viveem Foz do Iguaçu,Brasil, desde1981. O prof.Baldovino nos in-formou na ocasiãoque, dentre as 300obras queimadaspor ordem do Bis-po de Barcelona,constava a SonataMediúnica de Mozart. Vale ressal-tar que outro momento musical foiapresentado, desta vez na solenida-de de encerramento, quando nosconfraternizamos ao som da canto-ra Ana Ariel.

A saudação inicial foi feitapor Salvador Martin, da

Federação Espírita EspanholaApós a composição da mesa, em

que estavam presentes os represen-tantes da Comissão Executiva doConselho Espírita Internacional, Sal-vador Martin, presidente da Federa-ção Espírita Espanhola, foi convida-do a proferir as palavras iniciais, cujopequeno trecho segue abaixo:

… Han pasado 3 años desde elultimo Congreso Mundial, y finali-zado aquel evento el presidente dijo: - Misión cumplida¡¡

Es ahora que lo hemos vivido en

PÁGINA 8 PÁGINA 9O IMORTAL NOVEMBRO/2010NOVEMBRO/2010

CLAUDIA [email protected]

De Madri (Espanha)

primera persona toda la extensiónde aquellas sencillas palabras .... ,y cuando vemos que todo elengranaje funciona empezamos asentir que la cosa funciona. Pero sialgo no estuviera del todo bien ro-gamos disculpas , y es nuestroprimer Congreso Espirita Mundial,y probablemente no habrá más enEspaña, al menos durante estanuestra reencarnación, porque lasotras naciones también deben cele-brar este evento.

Es un gran honor para laFederación Espírita Espanhola al-bergar en tierras españolas uncongreso consolidado gracias alCEI.

En el 1888 se celebro el CongresoEspirita Mundial en Barcelona, hace149 años, y tambien un 9 octubre1861 a las 22:30h la inquisición

española quema los libros espiritasque Allan Kardec habia enviado a unlibrero Frances afincado en Barce-lona… y aquel hecho que fue pensa-do por los inquisidores para “COR-TAR” el movimiento espirita, lejos dela intención de quien firmó aquel Autode Fé, sirvio para divulgar mas elespiritismo, tal y como habíaadelantado la espiritualidad a Kar-dec ...

Las imposiciones religiosas decaracter fanático , colocaronbarreras de miedo y fanatismo,intolerancia entre los hombres ytambien fueron colocadas entre loshombres las barras del materialis-mo… pero nuevamente volvera lanecesidad al hombre de ser libre ypoco a poco descubrirá que hayalgo mas que los fantasmas de lasreligiones... SOMOS ESPIRITUS

INMORTALES.Dando prosse-

guimento à ceri-mônia de abertu-ra, Nestor JoãoMasotti, Secretá-rio Geral do Con-selho Espírita In-ternacional, nosconvidou ao pre-paro adequadopara adentramos omundo de regene-ração que se apro-xima, mundo esseque espera de nósa edificação dossentimentos debondade e amor,manifestações tí-picas do Evange-lho. Vale destacaraqui o seguintetrecho das pala-vras de NestorMasotti:

… EsteCongreso ocurre

en momento significativo en que latierra se halla en transición haciaun nuevo mundo, y es en este mo-mento que debemos proclamar quesomos espiritus inmortales.

Es importante que compañerosde todo el mundo, se encuentrenunidos por el mismo ideal y es im-portante que nuestros corazonesestén unidos, porque la obra de ladifusion espirita, y la viviencia delevangelio NO ES OBRA DE UNSOLO HOMBRE ¡¡¡¡ Y SI DE TO-DOS LOS HOMBRES¡¡¡¡…

Somos Todos Imortais foio tema da conferência

de Divaldo FrancoNa sequência, assistimos, aten-

tamente, à enriquecedora conferên-cia proferida por nosso querido con-frade Divaldo Franco, cujo tema foi“Somos Todos Imortais”.

Após a conferência, fomos con-vidados ao intervalo onde tínhamosao nosso dispor:

1ª. Feira do Livro Espírita daEspanha: produzida pela FederaçãoEspírita Espanhola e pela EDICEI,sob a coordenação de Oscar,Yolanda e Javier, assim como valo-rosos voluntários. A Feira colocouà disposição do público 10.000 li-vros, em sua maioria no idioma es-panhol. Era um dos locais mais vi-sitados durante os intervalos.

Exposição “Pioneiros do Espi-ritismo”: a interessante exposiçãoconstou de 40 painéis contendo fo-tos e dados biográficos dos pionei-ros do Espiritismo, desde Allan Kar-dec, Léon Denis, Irmãs Fox etc.; dealguns dos pioneiros mais importan-tes espanhóis como: Miguel Vives,Amalia Domingo Soler, Jose MariaFernandez Colavida, El CapitánLagier, dentre outros, e jornais espí-ritas espanhóis publicados no perío-do de 1868 a 1936. Gostaríamos deparabenizar Yolanda Duran e Clau-dia Bernardes pelo belo trabalho.

Banca de livros EDICEI: aEDICEI ofereceu ao público, duran-te o Congresso, em torno de 140 tí-tulos em vários idiomas, sendo al-guns lançamentos, como o concor-rido livro “Las Vidas Pasadas de losNinos”, da pesquisadora americanaCarol Bowman. Também era possí-vel, nos intervalos, encontrar RaulTeixeira, Divaldo Franco e CarolBowman autografando carinhosa-mente seus livros.

Prosseguindo com as atividadesdeste 6º Congresso Mundial, na parteda tarde deste primeiro dia, foram pro-feridas as seguintes conferências:

Que é Deus? - Orador: CharlesKempf, 1º Secretário do ConselhoEspírita Internacional e Coordena-dor para a Europa deste Conselho.

Comprovações da Existênciae Imortalidade do Espírito - Ora-

dor: Juan Miguel Fernandez Munoz,presidente da Asociación deEstudios Espíritas de Madrid e arti-culista de diversas revistas espíritas.

Evidências Científicas da Re-encarnação - Oradora: CarolBowman, autora internacional, pro-fessora, conselheira e terapeuta, re-conhecida por seu trabalho em es-tudos sobre reencarnação, em espe-cial relacionados com crianças.

A Construção da Paz à Luz daImortalidade da Alma Orador:Jorge Berrio, fundador e presidentedo Centro de Estudios EspíritaJuana de Angelis, Cartagena de Ín-dias, Colômbia.

Visando encerrar de maneirabrilhante este primeiro dia de ativi-dades, foi exibido o filme NossoLar, durante o qual cada coraçãovibrou numa mesma sintonia, levan-do o público às lágrimas. Foi ummomento muito marcante, ondemais uma vez fomos chamados aosnossos compromissos e responsabi-lidades. E dali nos retiramos envol-tos nas mais puras vibrações de paz,amor e trabalho edificante.

O dia amanhecia mais uma vezradiante e nós já estávamos nos di-rigindo para a Feria de Valência paramais um dia de muito aprendizadoe confraternização.

O segundo dia de atividades foimarcado pela esclarecedora confe-rência do Dr. Sérgio Felipe de Oli-veira, que, ao final, foi aplaudido depé pelos presentes, e também pelas comemorações do Centenário deChico Xavier, que foi carinhosa-mente lembrado nas belas apresen-tações da Dra. Marlene Nobre e doconfrade Antonio Cesar Perri deCarvalho. Esse também representoupara todos os participantes um mo-mento de grande emoção e muitassaudades do querido irmão de ca-minhada e exemplo de humildade,caridade e amor incondicional.

O público foi brindadocom um trecho do filme

E a vida continua...Os temas apresentados no se-

gundo dia foram:Médiuns e Mediunidade -

Orador: Dr. Sérgio Felipe de Oli-veira, médico dedicado às áreas deneurociências, clínica médica e psi-quiatria, sendo diretor clinico doInstituto de Saúde “Pineal Mind”,dentre várias outras funções.

Lei de Causa e Efeito segun-do o Espiritismo Orador: AlfredoTabuena, orador espírita e membrodo Centro Espírita Amalia Domin-go Soler, de Barcelona, Espanha.

Espiritismo: Fonte de Esclare-cimento e Consolo Espiritual Ora-dor: Dr. Pablo Ricardo VillaragaBenavides, médico cirurgião e co-ordenador do Conselho Espírita In-ternacional para a América do Sul.

A Caridade na visão espirita- Oradora: Dra. Maria de la GraciaEnder, médica e fundadora daFraternidad Espirita Dios, Amor yCaridad, obra pioneira da Doutri-na Espírita no Panamá, sendo tam-bém vice-presidente da AME-Pa-namá e da AME-Internacional.

Allan Kardec, Fundamentosda Filosofia Espírita Oradora:Dra. Vanessa Anseloni, neurocien-tista e professora assistente da Uni-versidade de Maryland, EstadosUnidos. Fundadora e presidente daSociedade Espírita de Baltimore.

As Leis Morais - Orador: JeanPaul Evrad, presidente do Movimen-to Espírita Francofônico e da UniãoEspírita Belga, sendo também mem-bro da Comissão Executiva do Con-selho Espírita Internacional.

Chegava a hora do encerramentode mais um dia de intensas ativida-des e pensávamos que as emoções esurpresas haviam acabado, mas ha-via ainda mais novidades pela frente.(Continua na pág. 10 desta edição.)

Abertura evento, Nestor Masotti

Visão parcial do público que participou do Congresso

Palestra inaugural, Divaldo Franco

Raul Teixeira e Divaldo Franco, autografando na EDICEI

O IMORTALPÁGINA 10 NOVEMBRO/2010

Após a ultima palestra do dia, tivemosa grata satisfação de receber Oceano Vieirade Melo, fundador da Versátil Home Vídeoe o ator e diretor Paulo Figueiredo, que nosbrindaram com a première mundial do fil-me “E a vida continua...”. Foram 10 minu-tos de muita emoção, pois o filme é maravi-lhoso e será também um grande sucesso. Oscompanheiros nos informaram que a reali-zação do referido filme é um projeto antigo,que foi trabalhado nos últimos 5 anos, masnão divulgado visando manter a ética e res-peitando os dois últimos filmes que estari-am sendo lançados. Paulo Figueiredo assi-na a direção e o roteiro adaptado e o elencoé composto por Luiz Bacelli, Ana Rosa,Lima Duarte, dentre vários outros. O filmetem estreia estimada para o primeiro semes-tre de 2011 e, posteriormente, os DVDs po-derão ser encontrados em cinco idiomas.Vamos aguardar com ansiedade!

Estiveram presentes noCongresso 1.807 participantesde mais de 50 nacionalidadesChegou o último dia do Congresso

e, ao iniciá-lo, já sentíamos a dor da sau-dade que começava a se fazer presenteem nossos corações.

Foram dias de intensos estudos, massobretudo de intensa confraternização,pois é sempre uma alegria rever amigos,poder abraçá-los fortemente, assimcomo ter a oportunidade de fazer novosamigos. É impressionante como a trocade experiências, conhecimentos, emo-ções nos impulsiona a seguir em frente!

No terceiro dia estas foram as con-ferências:

Educação do Espírito - Orador:Carlos Campetti, articulista espírita, ex-positor espírita e presença constante emdiversos eventos espíritas no mundo. Éum contribuidor valoroso na formação deGrupos Espíritas em diversos países.

Natureza e Espiritismo - Orador:Dr. Edwin Genaro Bravo, cirurgião eexpositor espírita, presidente da CadenaHeliosóphica Guatemalteca, Guatemala.

Para a cerimônia de encerramentodo 6º Congresso Espírita Mundial, no-vamente foi composta a mesa com aComissão Executiva do CEI, assimcomo foram convidados nossosconfrades Raul Teixeira e Divaldo Fran-co para dela também participar.

Antes da conferência de encerra-mento, que foi proferida brilhantemen-te por Raul Teixeira, sobre o tema “UmaNova Era para a Humanidade”, ocorre-ram as manifestações de agradecimen-

dente de Honra do 1º Congresso Espíri-ta Internacional ocorrido em Barcelona,Espanha, em 1888.

Encerrando esta reportagem, aindaembalados pelas emoções deste Con-gresso, transmitimos abaixo a mensa-gem de José Colavida:

Maestro Jesús.En el momento en que se clausura

el 6º Congreso Espírita Mundial,debemos agradecerte por todas lasbendiciones con que nos honraste, agra-decerte el bien, las oportunidadesdichosas, el estudio de la Doctrina Es-pírita, las reflexiones profundas alrespecto de la verdad y el momento deConvivencia Espiritual Internacional ytambién agradecerte por el mal que nologró perturbarnos por cuanto adminis-traste las tareas de la Divulgación delConsolador no solamente en tierrasespañolas sino en diferentes cuadrantesdel mundo.

Maestro Incomparable, te apreciamosde seguir en esta labor que las ganas ter-restres no logren destruir porque es laclaridad Divina de tu Evangelio restau-rado por los Espíritus. Facúltanos perse-guir en el intercambio saludable en quelas fronteras entre las dos vibraciones,material y espiritual, desaparezcan en estanueva hora que ya se vive en la Tierra.Los espiritistas sepamos demostrar comolos Cristianos Primitivos la excelencia detus Enseñanzas.

Tú, que nos propiciaste estos tresdías de convivencia espiritual superior,“O aprimoramento dos valores

humanos é imprescindível naevolução espiritual da sociedade”

(Conclusão da entrevista publicada na pág. 16.)

– Tem tido oportunidade de avali-ar o crescente interesse pelo Espiritis-mo? Quais suas principais conclusões?

Observo o crescente interesse peloconhecimento dos princípios espíritas.No Brasil, por exemplo, já mais de 50%das pessoas acreditam na reencarnação,outros tantos aceitam a comunicabili-dade dos Espíritos, e assim por diante.Não se dizem espíritas, mas aceitam osseus postulados. Allan Kardec, por si-nal, já alertava que no futuro as pesso-as de outros credos aceitariam o ensinoespírita. A verdade tende cada vez maisa se universalizar em nosso planeta e,com esse aumento de adeptos, aumen-tam as nossas responsabilidades.

– Como o amigo tem encaradoas manifestações em torno do cen-tenário de nascimento de ChicoXavier e o lançamento de filmes elivros sobre ele e sua obra?

Primeiramente temos que considerar

Mais de 1.800 pessoas presentes no 6º Congresso Espírita Mundial(Conclusão da reportagem publicada nas págs. 8 e 9 desta edição.)

que após o advento da Doutrina Espírita asobras que realmente serviram de comple-mento ao Espiritismo foram, sem dúvidaalguma, aquelas surgidas através da psico-grafia luminosa de Chico Xavier. E ele dig-nificou a sua missão com uma condutamoral irretorquível. Allan Kardec já haviaassinalado que missionário não é aquele querecebe uma tarefa, mas sim aquele que sedesincumbe satisfatoriamente dela. E issoaconteceu com Chico Xavier. O queestamos vendo é um tributo geral a um ho-mem que auxiliou a iluminar a sociedadeterrena, através de sua disciplina férrea, dasua sabedoria e do seu amor. A comunica-ção bem utilizada é uma bênção para a so-ciedade. Vemos nesse episódio atual das ho-menagens e do lançamento de filmes umaforma mais rápida e mais abrangente paraa disseminação dos princípios exaradospela Doutrina Espírita, propiciando o es-clarecimento e o consolo de que tanto ne-cessita o ser humano de nossa época. Pre-firo retirar a área mercantilista que natural-mente acompanha esses processos para fi-car com o grande auxílio socioespiritualdesses acontecimentos.

– Houve alguma lição de Chico

CLAUDIA [email protected]

De Madri (Espanha)

ANTONIO AUGUSTONASCIMENTO

[email protected] Santo Ângelo, RS

tos de Nestor Masotti, Secretário Geraldo CEI, Salvador Martin, presidente daFEE, e Joaquin Huete, Coordenador daComissão Executiva do Congresso.

Ao longo dos três dias de intensaprogramação, estiveram presentes 1.807participantes, sendo 773 espanhóis, 693brasileiros e mais de 50 nacionalidades.

O 6º Congresso foi amplamente no-ticiado, tanto pelos meios de comunica-ção espanhóis, como brasileiros. Den-tre a imprensa espanhola destacamos osjornais El País, El Mundo, DiarioInformacion de Alicante, El Levante, aRevista Más Allá, Rádio Nacional deEspanha, Cadena Ser e a Televisión Le-vante, com a emissão de duas reporta-gens no horário das noticias. Tambémestiveram presentes a Revista Interna-cional do Espiritismo, a revista eletrô-nica O Consolador, Rádio Rio de Ja-neiro, Rádio Fraternidade, dentre outros.

O evento foi transmitido ao vivo pelaTVCEI e, segundo o Google Analytics,ela recebeu 13.044 visitas, compreenden-do 52 países e 603 cidades.

Divaldo Franco transmitiu no finallinda mensagem de José Colavida

Convidado para fazer a oração fi-nal, Divaldo Pereira Franco emocionoua todos com a mensagem psicofônica deJosé Maria Fernandez Colavida, presi-

Xavier que o tocou particularmente?Eu estive duas vezes em Uberaba

e percebi o extravasamento constantede sua paciência e de sua humildade.O Chico não atendia as pessoas ape-nas no plano encarnado. Eu o vi tam-bém, através de um desdobramentopelo sono, atendendo pacientemente aum grande número de pessoas, entreelas muitos espíritas, portadores ounão de funções de relevo em nossa se-ara. E eu nunca esqueci quando ele meatendeu aí e me deu uma folha com osdizeres: “Sê Dele”, ou seja, sejamosservos de Jesus. Isso eu guardo comi-go até hoje, porque Jesus é o nosso“modelo e guia”, a quem devemosamar e seguir os seus ensinos. Outralição esplendorosa do nosso Chico foiele viver a sua vida “apenas com o ne-cessário”, como ele sempre dizia.

– Suas palavras finais.Os espíritas, como as demais pes-

soas, estão realizando uma viagem deaperfeiçoamento; logo, trabalhemos omáximo que pudermos no bem comum,pois somente assim atingiremos o bem-estar espiritual que tanto desejamos.

alárganos los horizontes para queprosigamos indefinidamente hasta que seinstale en el planeta terrestre el reino deamor que iniciaste hace dos mil años.

Por más que intentemosagradecerte, no salimos del lugarcomún de las palabras y por ello noscomprometemos vivir realmente el Sig-nificado Divino de tus Enseñanzas paraque todos sepamos que te pertenecemosa la familia, y sin embargo las diferen-cias alternativas somos las ovejas de turebaño que cada tiempo retorne a sussitios, sus provincias, sus países,llevando no solamente la alegría, elaplauso, la satisfacción de aquel haberestado, pero principalmente elCompromiso de Servir al Espiritismoantes que del Espiritismo servirse paraproyectarse. Que la nueva Era sea ca-racterizada por la luz de nuestraeternidad y por la construcción de unmundo mejor.

Nosotros los Espíritus que participa-mos del Movimiento Espírita de España yvosotros con vuestros Guías Espiritualesque con vosotros confraternizan lesabrazamos con infinita ternura y rendimosgracias a Dios, el Padre Celestial.

Os abraza,José María Colavida, deseando

mucha paz a todos.Colaboraram nesta reportagem

Elaine Lettieri, Yolanda Duran, OscarAglio, Federação Espírita Espanhola. Asfotos foram tiradas por Spartak Severin,Claudia Werdine e Elaine Lettieri.

Obras Póstumas, umlivro esquecido

(Conclusão do artigo publicado na pág. 3)

Eis que a hora se aproxima em queserá preciso declarar abertamente oEspiritismo por aquilo que ele é, e mos-trar a todos onde se encontra a verda-deira doutrina ensinada pelo Cristo; ahora se aproxima em que, diante do céue da Terra, deverás proclamar o Espiri-tismo como a única tradição realmentecristã, a única instituição verdadeira-mente divina e humana.” – Trecho deuma mensagem mediúnica obtida emSégur, em 9 de agosto de 1863, sobreas consequências da publicação d´OEvangelho segundo o Espiritismo.

Percebe-se, com clareza, que referi-dos textos – entre outros – precisam sercopiados, distribuídos, lidos e estudadosem conjunto por todos nós em nossas reu-niões públicas ou íntimas de estudos, emnossas instituições, pela preciosidade desuas considerações. Pela nossa imperfei-

ção humana, estamos muitas vezes esque-cidos da caridade nos relacionamentos,nos julgamentos, ou nos iludimos comtolas vaidades, colocando a perder esfor-ços de décadas daqueles que ergueramou fundaram as instituições a que atual-mente nos entregamos.

Por outro lado, as anotações pesso-ais do Codificador, seus pensamentosíntimos (como o texto Fora da Carida-de não há salvação), suas lutas e difi-culdades precisam novamente ser colo-cados à nossa visão para refletirmos notempo que perdemos com picuinhas eassuntos sem importância, retardando es-forços no bem, onde deveríamos con-centrar mais nossas atenções...

Parece-nos que não podemos dei-xar tal obra no esquecimento. Cento evinte anos depois de sua publicação,soa novamente a hora de a divulgar-mos amplamente, para que seus preci-osos textos estejam conosco a nos ori-entar o procedimento, o comportamen-to, os passos no bem.

Cento e vinte anos após sua publicação, soa novamente a hora deo divulgarmos amplamente, para que seus preciosos textos estejam

conosco a nos orientar o procedimento e os passos no bem

Entrevista: Jason de Camargo

ORSON PETER [email protected]

De Matão, SP

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 11

Estado do ParanáCambé – Todas as quartas-feiras, às20h30, o Centro Espírita Allan Kar-dec promove em sua sede, na RuaPará, 292, um ciclo de palestras. Emnovembro, os palestrantes convida-dos serão: dia 3, Marcelo Cazeta deOliveira (Londrina); dia 10, DavidJosé de Oliveira (Ibiporã); dia 17,Dorothéia Cristina Ziel da Silveira(Londrina); e dia 24, Paulo Fernandode Oliveira (Londrina).

Curitiba – Realizou-se no dia 12 deoutubro o lançamento do livro infan-til “Uma oficina chamada Terra”,sob a coordenação do DIJ. O eventoocorreu no Teatro da FEP (AlamedaCabral, 300), com presença da auto-ra, Anabela Sabino, que autografoua obra para os interessados. Houvetambém a participação do Quintetode Cordas do Teatro da FEP e a apre-sentação do Momento Espírita aovivo, com Paulo Roberto de Olivei-ra.– A peça teatral inspirada na obra“Paulo e Estêvão”, de Emmanuel,psicografada por Chico Xavier, quetem como título “E se um dia... AHistória do convertido de Damasco”,com adaptação de Fabiano Paul, di-reção de Fabiano Paul e MarcusAzuma e coordenação do setor deArtes da FEP, será encenada no Te-atro da FEP (Alameda Cabral, 300),até o dia 21 de novembro, todos ossábados (20h) e domingos (18h). Aentrada é 1 kg de alimento não pere-cível.– Realiza-se nos dias 6 e 7 de no-vembro o I Encontro Estadual doAtendimento Espiritual na Casa Es-pírita, promovido pela FederaçãoEspírita do Paraná.– No dia 13 de novembro, sob a co-ordenação da equipe da SG/CFN daFEB, realiza-se em Curitiba um Se-minário para Preparação deMultiplicadores para Implementaçãodo “Orientação aos Órgãos de Uni-ficação”, em comemoração dos 60anos da “Caravana da Fraternidade”.Eis a programação do Seminário: 9hàs 9h30 - Abertura, prece e apresen-tação das equipes. 9h30 às 9h45 -Apresentação do “Orientação aosÓrgãos de Unificação” e seus obje-tivos – SG/CFN. 9h45 às 10h30 -Fundamentos para o Trabalho de

Palestras, seminários e outros eventosUnificação com base na mensagem“Unificação” – Estudo em grupo – SG/CFN. 10h30 às 10h45 – Intervalo. 10h45 às 11h45 - Palestra: “ChicoXavier e o Ideal de Unificação” - An-tônio Cesar Perri de Carvalho. 12h –Almoço. 14h às 14h15 - Dinâmicasobre união – SG/CFN. 14h15 às15h15 - Síntese das Ações de União ede Unificação – SG/CFN. 15h15 às16h30 - Gestão Federativa - Estudo emgrupo – SG/CFN. 16h30 às 17h – In-tervalo. 17h às 18h - Estratégias deação para multiplicação do “Orienta-ção aos Órgãos de Unificação” – Dis-cussão entre os participantes – Secre-tário da Comissão Regional Sul. 18h -Encerramento.

Londrina – A Federação Espírita doParaná (FEP) por meio da 5ª URE,promoveu em outubro o I Festival Es-pírita da Canção Inter-Norte (FECIN),além da Semana Nacional de Arte Es-pírita (Abrarte), que se realizou no pe-ríodo de 16 a 24 de outubro. O FECINocorreu no dia 23 no Centro de Con-venções do Hotel Sumatra (Rua Sou-za Naves, 803 - Centro) e contou coma participação de compositores resi-dentes em municípios atendidos pelas4ª, 5ª e 6ª UREs.– Foi instalada pelo presidente da Fe-deração Espírita do Paraná, confradeFrancisco Ferraz Batista, a URE Me-tropolitana Londrina, que abarca ascidades de Londrina, Cambé e Ibiporã.O evento ocorreu na noite de 9 de ou-tubro no auditório do Centro EspíritaNosso Lar e contou com a presençados dirigentes da FEP e de represen-tantes de várias instituições espíritasde Londrina, Cambé e Ibiporã. Após ainstalação da nova URE, procedeu-seà eleição de sua primeira diretoria. Achapa eleita por unanimidade ficouassim constituída:Presidente: Luiz Claudio Assis Perei-ra 1o Vice-Presidente: Marinei FerreiraRezende 2o Vice-Presidente: Marcel Gonçalves Diretora do DIJ: Rosilene AparecidaCarvalho Ferreira Tesoureiro: Sebastião Borges. – O Grupo de Estudos Espíritas AbelGomes (GEEAG) iniciou no dia 19 deoutubro o estudo do livro “Obras Pós-tumas”, de Allan Kardec. As reuniõessão semanais e realizam-se às terças e

quintas-feiras, no miniauditório doCentro Espírita Nosso Lar, sob a dire-ção de Astolfo O. de Oliveira Filho.– Está no ar mais um veículo de co-municação sobre o movimento espí-rita em Londrina – o sitewww.espiritasdelondrina.com.br.Nele é possível encontrar endereçosdas casas espíritas de Londrina, pro-gramação de atividades, horários detrabalhos, entre outros.

Foz do Iguaçu – Realiza-se no perío-do de 2 a 7 de novembro mais umaFeira de Livros Espíritas, que será ins-talada na Praça do Mitre (região cen-tral da cidade), no horário das 12 às22 horas. A promoção da Feira é doCEOM (Centro Espírita Os Mensagei-ros), com apoio da 13ª URE/FEP. Se-rão postos à disposição do público li-vros de Allan Kardec, Divaldo Fran-co, Chico Xavier, Raul Teixeira,Yvonne Pereira, DVDs dofilme ”Chico Xavier” e CDs doprograma Momento Espírita, alémde centenas de obras espíritas, todasoferecidas a preços módicos.

Ibiporã – A Fraternidade EspíritaMensageiros da Luz promove todomês palestras abertas ao público quese realizam sempre às quartas-feiras,pontualmente às 20h15.

Jacarezinho – O Centro Espírita“João Batista” promove em novembroas seguintes palestras públicas, todascom início às 20 horas:01.11.2010 – José Lázaro Boberg.

Tema: Renovação mental05.11.2010 – Aparecido Luiz Silva.Tema: Perante o mundo08.11.2010 – Maria Luiza Boberg.Tema: Transitoriedade12.11.2010 – José Aparecido Sanches.Tema: Obsessão15.11.2010 – Mércia MirandaVasconcellos. Tema: O mundo das ilu-sões19.11.2010 – João Maria Martins.Tema: Prosseguindo22.11.2010 – José Aparecido Sanches.Tema: Educação26.11.2010 – Elaine Campos GuijarroRodrigues. Tema: Na cultura da paz29.11.2010 – José Lázaro Boberg.Tema: Espinheiros.– Em novembro, estas são as pales-tras que se realizarão no Centro Espí-rita “Nosso Lar”, com início sempreàs 20 horas:03.11.2010 – José Lázaro Boberg.Tema: Renovação mental10.11.2010 - José Aparecido Sanches.Tema: Obsessão17.11.2010 – João Maria Martins.Tema: Prosseguindo24.11.2010 – Maria Luiza Boberg.Tema: Transitoriedade.

Lapa – Realizou-se no dia 2 de outu-bro, no Centro Espírita Allan Kardec,um seminário sobre a Evangelizaçãono SAPSE, promovido pela equipe doDepartamento de Infância e Juventu-de da FEP. O evento abordou o aco-lhimento na Evangelização Infanto-Juvenil às crianças provenientes dasfamílias assistidas; orientação do tra-balho da evangelização no SAPSE;entre outros.

Maringá – O confrade André Triguei-ro, conhecido jornalista e apresenta-dor do Jornal das Dez do canal GloboNews e comentarista na Rádio CBNdo programa “Mundo Sustentável”,falou nos dias 30 e 31 de outubro, nasede da AMEM (Associação Espíritade Maringá), ocasião em que abordouos temas “Espiritismo e Ecologia” e“Ecologia na obra de Chico Xavier”,respectivamente.

Ribeirão do Pinhal – Realiza-se emnovembro o Mês Espírita de Ribeirãodo Pinhal, com palestras na sede doCentro Espírita “Irmão Jacó”, todas às20 horas. Eis a programação:

05.11.2010 – Ieda Maria V.F dosReis (S.A.P). Tema: Nada acontecepor acaso12.11.2010 – Dorival da Silva (Ban-deirantes). Tema: Doutrina dos Es-píritos19.11.2010 – MérciaM.Vasconcellos (Jacarezinho).Tema: O sentido da vida.26.11.2010 - José Lázaro Boberg(Jacarezinho). Tema: O Evangelhode Tomé – o elo perdido.

Rolândia – Realiza-se em novem-bro o 20º Mês Espírita de Rolândia,promoção da União das SociedadesEspíritas de Rolândia – USER. Se-rão ao todo quatro palestras aos sá-bados, com início às 20h30. Eis aprogramação: dia 6 – Dr. José Gon-çalves (Cambé). Local: Centro Es-pírita Emmanuel, situado na RuaRubi, 68 - Vila Oliveira. Dia 13 –Astolfo O. de Oliveira Filho (Lon-drina). Local: Centro Espírita Ma-ria de Nazaré, situado na Rua Ma-ria de Nazaré, 200 - Jardim Planal-to. Dia 20 – José Canova(Maringá). Local: Casa EspíritaUnião, situado na Rua AlfredoMoreira Filho, 252. Dia 27 – JulianaDemarchi (Londrina). Local: Mo-vimento Assistencial Espírita –MÃE, situado na Rua WaldemiroPedroso, 93.

Santa Terezinha do Itaipu – Rea-liza-se no período de 4 a 7 de no-vembro, das 10 às 22 horas, umaFeira de Livros Espíritas. A Feiraserá instalada na Rua PadreBernardo, 1863 (Próximo à Rua 1ºde Maio, no centro da cidade). A pro-moção é do CEAK (Centro EspíritaAllan Kardec), com apoio da 13ªURE/FEP.

Distrito FederalBrasília – Nos dias 5, 6 e 7 de no-vembro ocorrerá na sede da FEB areunião ordinária do Conselho Fe-derativo Nacional, integrado pelosrepresentantes das 27 Entidades Fe-derativas Estaduais, contando coma presença das Entidades Especiali-zadas de Âmbito Nacional. A reu-nião tem como objetivo definir pla-nejamentos e ações para o Movi-mento Espírita do País. Mais infor-mações: [email protected].

Feira do Livro em Foz do Iguaçu

Estudando a série André LuizOs Mensageiros

André Luiz(3ª Parte)

(Conclusão do texto publicado na pág. 5 desta edição.)13. Reflorescimento da espe-

rança - Muitos dos que ali se encon-travam haviam atravessado zonaspurgatoriais de sombra e tormento ín-timo. Uns mais, outros menos. Bas-tara, contudo, o reconhecimento desua pequenez, a compreensão de seusdébitos, e ali estavam eles em “Nos-so Lar”, reanimando energiasdesfalecidas e reconstituindo progra-mas de trabalho. Via-se em todos oscompanheiros o reflorescimento daesperança. (Cap. 11, pág. 62)

14. O caso Belarmino -Fisionomia grave, gestos lentos,Belarmino Ferreira deixavatransparecer grande tristeza no olharhumilde. Fora um doutrinador fracas-sado. Sua tragédia é igual à de todosos que conhecem o bem, mas não opraticam. Saíra de “Nosso Lar” comtarefa de doutrinação no campo doEspiritismo evangélico. Sua compa-nheira Elisa acompanhou-o no servi-ço laborioso. Desde criança conhecerao Espiritismo cristão; mais tarde che-gou à presidência de um grande gru-po espiritista. Teve a seu dispor o con-curso de oito médiuns dedicados.Descambou, porém, para o campo daexperimentação científica, à procurade provas insofismáveis. Por vaida-de, convidou pessoas para integrar seugrupo, tão-somente em virtude da fal-sa posição que usufruíam na culturae na pesquisa científica. Os resulta-dos se tornaram pífios. A dúvida ins-talou-se em seu coração. Perdeu a se-

renidade de outro tempo. Da dúvidapassou à descrença. Debalde, Elisa ochamava para a esfera religiosa eedificante, mas ele passou a desprezaro próprio Evangelho, que tachava develharia. Largou a atividade espírita,para dedicar-se à política humana e,desviado dos seus objetivos fundamen-tais, apegou-se ao dinheiro, transfor-mando os próprios sentimentos. Quan-do desencarnou, tinha uma bela situa-ção financeira no mundo e um corpocrivado de enfermidades, um palácioconfortável de pedra e um deserto nocoração. Voltara a ligar-se a antigoscompanheiros menos dignos de expe-riências carnais e colheria agora, navida espiritual, tormentos, remorsos,expiações...(Cap. 11, pp. 63 a 66)Frases e apontamentos importantes

26. Para trabalharmos com eficiên-cia é preciso saber calar antes de tudo.Teríamos atendido perfeitamente aosnossos deveres, se tivéssemos usado to-das as receitas de obediência e otimis-mo que fornecemos aos outros. (...) para

29. Na vida humana, junto aosque administram e aos que obedecem,há os que ensinam. Chego, pois, apensar que nas esferas da Crosta hámordomos, cooperadores e servos.Muito especialmente, os que ensinamdevem ser dos últimos. (BelarminoFerreira, cap. 11, pág. 63)

30. Minha tragédia angustiosa éa de todos os que conhecem o bem,esquecendo-lhe a prática. (BelarminoFerreira, cap. 11, pág. 64)

31. Cada homem receberá, agorae no futuro, de acordo com as própri-as obras. (Belarmino Ferreira, cap. 11,pág. 65)

32. O Evangelho é livro divino e,enquanto permanecemos na cegueirada vaidade e da ignorância, não nosexpõe seus tesouros sagrados. Por issomesmo, tachava-o de velharia. (...) aescravidão ao dinheiro me transfor-mara os sentimentos. (BelarminoFerreira, cap. 11, pp. 65 e 66) (Mar-celo Borela de Oliveira, de Londri-na.)

O IMORTALPÁGINA 12 NOVEMBRO/2010

ELSA [email protected]

De Londres (Reino Unido)

As palavras param na garganta, aemoção toma conta, a alegria quaseexplode, e a gratidão ameniza o sen-timento de muita felicidade. Nasciamais um livro.

Era uma bela tarde final de verãoem Londres. Atravessei todo obelíssimo Holland Park, a ponte japo-nesa e rumei para Earls Court. Osesquilos cruzaram à minha frente epediam os amendoins que naquela tar-de eu já não trazia mais nos bolsos.

Era um ritual quase semanal quefazia, para me encontrar com o escri-tor Guy Lyon Playfair, autor do livro

Chico Xavier, Medium Of The Century(veja capa).

Foram meses de pesquisa, trocas dee-mails, ouvindo muito as belas histó-rias do Guy, que teve oportunidade devisitar o nosso Chico nos áureos tem-pos de mais de 40 anos atrás. Guy pôdeestar perto de Chico, conversar com ele,coletar informações que armazenara emsua memória de jornalista e escritor, efizera um arquivo precioso que ele man-tém e ao qual poucas pessoas têm aces-so, apenas as de sua confiança.

Aprendi a amar esse ser britânicode quase 75 anos, que na sua simpli-cidade demonstra o belo aprendizadoque obteve nas visitas ao Chico, en-quanto residia no Brasil por questõesprofissionais.

Crônicas de Além-Mar

Guy Lyon Playfair e a Biografia de Chico Xavier

ELSA ROSSI, escritora e pales-trante espírita brasileira radicada emLondres, é membro da Comissão Exe-cutiva do Conselho Espírita Interna-cional, diretora do Departamento deUnificação para os Países da Europa,organismo do Conselho Espírita Inter-nacional, e atual presidente da BritishUnion of Spiritist Societies (BUSS).

Teve Guy um amigo inseparávelque fora Dr. Hernani GuimarãesAndrade, através de quem conheceua Doutrina Espírita. Guy fez pesqui-sas, cadastrou curiosidades, casos dereencarnação, polstergeist, evidênci-as de comunicações espirituais, casosregistrados que ele, Guy, trouxe paravários de seus livros publicados emanos passados, como The InfiniteBoundary, entre outros, com traduçãopara o português. Eram as primeiraspinceladas sobre as obras André Luiz,para que essas preciosas informaçõesda Ciência Espírita fossem conheci-das pelos povos de outras terras,

Pudemos tocar no livro FromMateralization to Healing, de autoriade Isa Gray, que nessa época vivia em

África do Sul e havia visitado ChicoXavier algumas vezes. Esse livro tam-bém traz informações sobre o Chico,que, durante aquela visita de Guy, lhefez uma dedicatória em inglês presen-teando-o em 18 de agosto de 1973 comos seguintes dizeres:

“São Bernardo do Campo, 12-08-73.To our dear friend Guy Lyon

Playfair, wishing you God’s blessingsfor your good heart, today and always.

Rolando Ramacciotti e ChicoXavier”.

Chico escreveu de próprio punho epediu ao Rolando que assinasse também.

Entre tantos documentos antigos,despontavam alguns que segundo Guylhe rememorava os bons momentospassados com nosso Chico.

Hoje, com toda a sua experiência ebagagem, entendemos que seja um ca-nal para trazer a lume esse livro de sumaimportância para informar aos de falainglesa, sejam de que terras sejam, a im-portância de conhecer a vida desse ho-mem-luz, autor de tantas preciosidadesque estão espalhadas em inglês por to-dos os países, entre outros idiomas, noesforço do Conselho Espírita Internaci-onal em publicar em todos os idiomasas obras de André Luiz, na sua essên-cia, para estudos e esclarecimentos, sejade espíritas, simpatizantes, leigos ou in-teressados na Espiritualidade.

Com certeza essas obras irão ace-lerar o conhecimento dos interessadossobre o que realmente é a vida nosdois planos e a lógica que existe emtudo isso.

Assim, quando nasce mais um li-vro espírita em língua inglesa, é comose nascesse mais um foco de intensaluz, na estrada sem fim da consciên-cia desperta de cada um de nos, seja-mos irmãos plantados aqui ou emquaisquer terras de além-mar.

Para pedir o livro, pelaROUNDTABLE PUBLISHING-UK,eis os endereços eletrônicos:[email protected] ewww.roundtablepublishing-uk.com

bem ensinar é necessário exemplificarmelhor. (Uma entidade feminina, cap.9, pág. 53)

27. Na esfera carnal, o maior inte-resse da alma é a realização de algo útilpara o bem de todos, com vistas ao Infi-nito e à Eternidade. Nesse mister, é in-dispensável contar com o assédio de to-dos os elementos contrários. Ironias, ata-ques, sugestões inferiores surgirão, comcerteza, no caminho de todo trabalhadorfiel. São circunstâncias lógicas e fataisdo serviço, porque não vamos ao mun-do físico para descanso injustificável,mas para lutar pela nossa melhoria, adespeito de todo impedimento fortuito.(Benita, cap. 9, pp. 54 e 55)

28. A missão do doutrinador é mui-tíssimo grave para qualquer homem. (...)para atingirmos uma ressurreição glori-osa, não há, por enquanto, outro cami-nho além daquele palmilhado peloDoutrinador Divino. É digna de mençãoa atitude d’ Ele, abstendo-se de qualquerescravização aos bens terrestres.(Belarmino Ferreira, cap. 11, pág. 63)

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 13

JANE MARTINS [email protected] Cambé

“Honrai a vosso pai e a vossamãe, a fim de viverdes longo tem-po sobre a terra que o Senhor vos-so Deus vos dará.” (Êxodo 20,12.)

Temos sempre, ultimamente,reforçado em nossas linhas o temaeducação e amor.

Os espíritas têm consciência deque o amor é o sentimento por ex-celência, a finalidade maior deaprendizagem para nós queestamos encarnados no planeta. Énecessário muito amor e muitaeducação, fazer voltar os valoresnobres do passado, estimular ascrianças e os jovens que ser alguémde valor, um homem ou mulher debem, consciencioso, justo, amoro-so é muito mais importante do que

ter coisas, adquirir bens. Os bensda terra passam. Os sentimentos, oEspírito leva consigo. Portanto, sãobons sentimentos que devemos nosesforçar por adquirir, boas qualida-des, bom coração.

Precisamos reforçar muito paraessa geração essa necessidade,pois, afinal, eles serão os pais deamanhã. Como passarão para seusfilhos valores que desconhecem?

É correto que essa nossa gera-ção, no campo da inteligência, estámuito adiantada, fruto dasvivências anteriores, mas tambémtraz consigo débitos a corrigir, im-perfeições a eliminar, necessidadede amor para desenvolver. Só nas-ce sabendo aquele que, antes, jáaprendeu.

O ser que é educado para oamor e a gentileza não fará mal aninguém, pelo contrário, terá com-paixão pelas dores alheias.

É preciso extirparmos de nós aschagas do orgulho e do egoísmo,para chegarmos ao amor de ummundo mais solidário.

Há algumas semanas ouvimosde uma senhora uma história tris-te, que fala da dificuldade de filhoscom relação aos pais. Se houvesseamor, jamais seria assim.

Estava ela conosco e sua lindafilha, de dez anos, queixando dedor de cabeça. Todo dia com dorde cabeça, há um mês, e a criançanão tinha nenhum problema físi-co, nenhum problema visual. Umasomatização, talvez, pensamos, eperguntamos à mãe se havia algu-ma coisa deixando a criança tensa.

“Sim, há”, disse a mãe. “Há ummês estamos com um estranhomorando conosco, um senhor deidade, que nem conhecíamos.”

Como assim? – perguntamosnós, ao que ela respondeu: “Meupai tem 82 anos e um coração mui-to bom. Convidou um conhecidodele para ir lá em casa e o velhi-nho veio, com mala e tudo! O fi-lho o deixou lá em casa, dizendoque iria buscá-lo em poucos dias enão voltou mais. Minha mãe, de 72anos, agora cuida do meu pai e do

outro senhor. Não sabemos nadasobre ele nem que remédios toma.Fomos procurar o filho e a filhadele, que disseram que vinhambuscá-lo e não vieram. Descobri-mos que eles já alugaram a casado pai deles. A nossa rotina mu-dou toda. Já fomos à assistênciasocial preocupados, pois se algoacontecer com este senhor lá emcasa o problema poderá recair so-bre nós.”

Ouvimos essa história e pensa-mos em quantos filhos estão fazen-do isso, deixando pais sem cuida-dos. Estranhos estão cuidando deum senhor idoso que deveria estarsendo amado e cuidado por seusfilhos, que, pelo jeito, não estãocom intenção de buscá-lo, e oabandonaram na casa de outra fa-mília, sem respeito, nem pelo painem pela outra família.

Onde há amor isso não aconte-ce. Onde há amor os filhos cuidamde seus pais como cuidam de umprecioso tesouro. Já tivemos opor-tunidade de ver filhos cuidando depais com “mal de Alzheimer” ecujo sofrimento para os filhos amo-rosos é os pais não se lembraremdeles, a dor é a saudade, quem sabeuma chance, um momento de lem-brança?

Amemos muito, meus leitores,amemos mais.

Quanto pudermos desenvolverde amor, o máximo de amor, ainda

Mais amorJANE MARTINS VILELA

[email protected] Cambé

Histórias que nos ensinam

Este fato se deu em uma salade espera, na residência de nossoconfrade Dr. Júpiter Silveira,endocrinologista, na época emque ele, junto de sua esposa Tâ-nia, iniciava a “Casa do Cami-nho”, há mais de vinte anos, umaobra que se tornaria uma grandeinstituição de auxílio às criançascarentes. Hoje, também, umEducandário Espírita.

Fazíamos parte do grupo devoluntários e aguardávamos al-guém para algumas instruções,quando um senhor, já de idadebastante avançada, paciente delepor ser diabético, que também oaguardava, dirigiu-se a nós, per-guntando: “Vocês têm interessenessa questão de Reencarna-ção?”

Respondi que sim. Até porquenaqueles dias fazíamos um cur-so, na cidade de São Paulo, so-bre Terapia Regressiva àsVivências Passadas, que nos pre-pararia para nossa primeira espe-cialização.

Então ele continuou:

JOSÉ ANTÔNIOV. DE PAULA

[email protected] Cambé

e saímos para que eu apresentas-se a ela a cidade que eu já conhe-cia detalhadamente.

Depois de mostrar-lhe todosos pontos mais importantes, le-vei-a ao cemitério, para que elavisse a lápide onde eu havia sidoenterrado...

Como explicar isso se crerque já vivemos antes?”

Esse senhor, já desencarna-do há muitos anos, mudou-se de-pois para Londrina, no Paraná,onde montou uma padaria queficou consagrada, até hoje, tra-zendo o nome do país de ondeele veio.

É interessante também lem-brarmos que Karl Müller, um en-genheiro também suíço, na déca-da de setenta, escreveu um livrochamado: “Reencarnação basea-da em evidências”, onde cita inú-meras maneiras de sermos leva-dos a pensar que já vivemos an-tes: crianças que se lembram es-pontaneamente da existência úl-tima, genialidade, facilidade paralínguas, marcas de nascença,etc... E, entre essas, os sonhosrepetitivos.

Este é um caso que bem ser-viria como exemplo para essaobra.

Perdão e volta

Peço perdão do fundo de minh´alma!Rogo a você que me entenda agora:

Eu preciso manter a alma calmaE estancar o pranto que a alma chora!

Não posso em sua porta bater palma,Porque você aqui já não mais mora,

Mas tem o bom remédio que me acalma,Então socorra quem a ama e adora!

Eu não posso ficar desnorteadoAo relembrar, enfim, nosso passadoE os sonhos todos que não realizei.

Porém, se concordar com a nossa volta,Sem mágoa, sem rancor e sem revolta,

Tenho certeza quão feliz serei!

JOSÉ VIANA GONÇALVESDe Campos dos Goytacazes, RJ

é pouco. Pode ser muito para opobre planeta, amado planeta Ter-ra em que habitamos, mas o máxi-mo ainda é uma pequena parcelade amor que estamos aprendendoa sentir.

Eduquemos os nossos jovenscom amor, mesmo porque, se ten-cionamos um dia poder reencarnarneste mundo, que seja com paisque nos saibam amar e educar nofuturo. Para isso, eles têm queaprender agora, quando crianças.As lembranças do amor o adultocarrega consigo, sentimento pro-fundo que se grava no Espírito.

Doenças como o “mal deAlzheimer”, que parecem “apagar”memórias, são apenas do corpo quevai tendo limites. O Espírito vê,sente, percebe, pensa. O corpo nãocolabora, mas o amor é eterno,imortal, nunca se apaga.

Amemos muito, a fim de ser-mos amados.

Amemos mais, muito mais,ainda somos aprendizes de amor!

“...Feliz aquele que ama, por-que não conhece nem a angústiada alma, nem a miséria do corpo;seus pés são leves, e vive como quetransportado fora de si mesmo.Quando Jesus pronunciou esta pa-lavra divina – amor – ela fez estre-mecer os povos, e os mártires, ébri-os de esperança, desceram ao cir-co...” (O Evangelho segundo oEspiritismo, “A lei de Amor”.)

“Sabem, eu sou natural da Suí-ça. Casado e com filhos, atormen-tava-me um sonho que se repetia,onde eu me via em uma cidade bra-sileira, do interior do estado de SãoPaulo, como se ali morasse.

A cada noite, em que esse so-nho se apresentava, mais detalhessurgiam, a ponto de minha vida atu-al parecer menos importante paramim e uma ideia obsessiva ir cres-cendo, quase como uma exigência,convidando-me a tomar um aviãoe vir para o Brasil.

Depois de algum tempo, cha-mei minha esposa e lhe disse terdecidido vir e deixei-a à vontadepara me acompanhar ou não, afi-nal, eu decidira vir para ficar.

Ela, corajosamente, disse-meque o lugar de uma esposa é ao ladodo marido, com seus filhos.

Então, um dia, viemos.Pode parecer incrível e vocês

não precisam acreditar, mas a ci-dade que eu via com clareza e ri-queza de detalhes, e onde fui pa-rar, chama-se: Salto de Itu, e ficaperto de Campinas.

Descemos do avião no aeropor-to de Viracopos, tomamos um ôni-bus até a cidade, que é bem perto.Da rodoviária, pegamos um táxi atéum hotel, onde deixamos as coisas

O IMORTALPÁGINA 14 NOVEMBRO/2010

Corrente de oraçõesEstela estava preocupada. Sen-

tia a mão de seu pai segurando for-temente a sua, como a dar-lhe âni-mo.

Chegaram ao hospital e, atra-vessando longo corredor, entraramno quarto onde a sua mãe estavahá vários dias.

Pela sua cabecinha de oito anospassavam mil pensamentos. Temiaperder a mãe. Ninguém lhe disse-ra nada, mas ouvira o médico afir-mar que o estado da mãe era gra-ve, e o pior é que não sabia qualera o problema dela.

Então, o coraçãozinho deEstela ficou apertado de medo.

Ao entrar no quarto, porém,viu a mãe que a esperava com umsorriso radioso, e tudo se ilumi-nou.

Estela correu para a mãe e foienvolvida por um abraço carinho-so.

Mamãe! Estava com muita sau-dade! Você está bem?

— Estou muito bem, filhinha.Logo voltarei para nossa casa!...

Diante da perda de um entequerido, especialmente de umacriança, a tristeza toma conta denosso coração e até pensamos queDeus não é justo, porque leva umacriança, que tem a vida inteirapela frente, e deixa um idoso, quejá viveu bastante e se sente can-sado.

No entanto, Deus sabe o quefaz. Certamente, se uma criançadesencarna em tenra idade é por-que assim era necessário, e, pro-vavelmente, já teria cumprido seutempo aqui na Terra, enquantoque uma pessoa mais velha tal-vez ainda não tenha cumprido suatarefa.

De qualquer forma, a mortenão existe. A vida continua, por-que o que morre é o corpo. O Es-pírito, ser imortal, continua maisvivo do que nunca.

Ele retorna à Espiritualidade,que é sua verdadeira vida. Ali,terá condições de rever os famili-ares e amigos que já partiram, ede fazer novas amizades.

Tudo dependerá da condiçãoevolutiva do Espírito. Se ele cum-priu suas obrigações, se exercitoua bondade e o amor, irá para uma

A vida continua

Sem conseguir se conter, amenina começou a soluçar:

— Tenho medo que você váembora e não volte mais, ma-mãe!

Comovida, a mãezinha estrei-tou a filha ainda com mais afeto edisse com ternura:

— Minha querida, você acre-dita realmente que a mamãe possair embora e não voltar mais? Es-queceu tudo o que conversamosem casa? As lições de Jesus sobrea verdadeira vida?

— Não, claro que eu me lem-bro, mamãe. Jesus falou que a Casado Pai tem muitas moradas, e comoa casa dele é o Universo, quer di-zer que aqui não é o único lugarpara se morar!

— E o que isso significa?— Que ninguém morre! Que

teremos um corpo mais leve e maisbonito, não é?

— Exatamente, meu bem.Vejo que aprendeu direitinho. En-tão, não se preocupe. Mesmo queeu tenha que partir para outro lu-

região mais feliz. Se, ao contrá-rio, fez o mal, foi egoísta, orgu-lhoso e não cumpriu seus deve-res, irá para um local compatívelcom seu modo de pensar, de agire de sentir.

O mundo espiritual superioré semelhante ao mundo material,só que muito mais aprimorado.Após a desencarnação, muitos seadmiram de encontrar cidades,uma sociedade organizada, casas,escolas, hospitais, praças, jardinse muito mais.

O Espírito continua aprenden-do e progredindo sem parar. Serámuito mais feliz do que aqui naTerra porque lá não existem vio-lência, pobreza, doenças. Existepaz e harmonia, porque todos sepreocupam em se melhorar cadavez mais, conscientes da sua con-dição de ser imortal.

Assim, não lamentemos onosso ente querido que já partiu.Ao contrário. Oremos por ele,lembrando os momentos felizesque passamos juntos, dizendo-lhe:

— Você cumpriu sua tarefa.Que Deus o abençoe! Seja muitofeliz em sua nova vida!

gar, continuarei a amá-la e a cui-dar de você, porque o amor nun-ca morre.

Com carinha triste a meninaretrucou:

— Mas eu não quero que vocêparta. Eu vou pedir a Jesus para quevocê fique aqui comigo e com opapai!...

A mãe sorriu, concordando:— Tem toda razão. É através

da oração que Jesus atende nossospedidos. Sempre que precisarmosde alguma coisa, devemos elevaro pensamento em prece, que sere-mos atendidos.

A menina estava maistranquila, e a mãe acariciou seuscabelos, dizendo:

— Minha filha, apesar de tudoo que conversamos, não se preo-cupe. Eu estou bem! Logo volta-rei para casa, acredite.

Era hora de partir. Estela des-pediu-se da mãe e retornou paracasa pensativa.

Se a oração era importante eJesus atendia sempre os nossospedidos, resolveu fazer mais.

Visitou todos os vizinhos, ex-plicando-lhes a situação e pediuque orassem por sua mãe. Depois,telefonou para seus parentes eamigos, pedindo a mesma coisa.E, para completar, no dia seguin-te falou com seus colegas da es-cola.

Por sua vez, os parentes e ami-gos pediram para seus relaciona-mentos, e a mesma coisa fizeramos vizinhos, os colegas de escola eos professores.

O resultado disso é que toda acidade começou a orar pela mãe deEstela, numa corrente de pensa-mentos positivos jamais vista na-quela pequena cidade.

Alguns dias depois, Estela es-tava varrendo a casa para ajudarseu pai, atrapalhado com as tare-fas domésticas, quando tocaram acampainha. A menina foi abrir eficou surpresa:

— Mamãe! Você voltou paracasa!...

— Sim, filhinha, e completa-mente boa! Marta, nossa vizinha,que foi me visitar, fez a gentile-za de trazer-me. Não avisei por-que queria fazer-lhe uma surpre-sa!

Estela se jogou nos braços damãe, afirmando:

— Eu tinha certeza de que vol-taria!

A menina falou com tanta con-vicção que a mãe perguntou:

— Que bom, mas de onde lheveio essa certeza?

Estela contou à mãe o que fi-zera e concluiu dizendo:

— Também depois de tantaspreces, Jesus deve ter ficadoatolado com os pedidos e nãoteve outro jeito senão atendê-los!

Carmem sentou-se na sala paraconversar com o marido e a filha,aliviada e feliz. Depois, lembran-do-se do hospital, comentou:

— Deus foi muito bom comi-go! Nem os médicos sabem comosarei tão rápido!... Só lamento poruma moça que foi internada emestado gravíssimo. Não sei se re-sistirá!...

Estela, que atenta ouvia a con-versa, disse com firmeza:

— Pois eu sei! Deixem porminha conta!

E correu para o telefone, en-quanto os demais caíam na risada.

MEIMEI

(Psicografia de Célia Xavierde Camargo, em 11/10/2010.)

O IMORTALNOVEMBRO/2010 PÁGINA 15

Ambiente espiritual

Quando se pergunta para ondevão os Espíritos depois da mortedo corpo físico, a resposta para agrande maioria é: para o céu, pur-gatório ou inferno. Respondemdessa forma não porque têm cer-teza de ser assim, pois não há comoprovar que assim seja, mas por te-rem aprendido dessa forma atra-

ÉDO [email protected]

De Matão

vés da religião dominante.Com o advento do Espiritismo,

a Terceira Revelação, descobriu-sepor informações dos próprios Es-píritos que, após a morte do corpofísico, continuam a viver no mun-do espiritual, que é o mundo real.Então perguntarão: onde fica essemundo? O Espiritismo nos ensinaque o mundo espiritual fica ao nos-so lado, junto de nós. É por issoque Paulo afirmou que somos cer-cados por uma nuvem de testemu-

importante mensagem ditada peloEspírito Protetor José, que nos re-comenda: “Sede indulgentes, meusamigos, porquanto a indulgênciaatrai, acalma, ergue, ao passo queo rigor desanima, afasta e irrita”.Ele se refere à atração que nossasvibrações exercem sobre os Espí-ritos bons ou maus.

No Universo tudo vibra. As leisimutáveis e justas emanadas de Deussão perfeitas. Há ordem em tudo eela é regida pelos princípios de atra-ção e repulsão, onde semelhantes seatraem e opostos se retraem.

O pensamento positivo atraiaquilo que pensamos. Se acrescen-tarmos a ele o poder da palavracom sentimento elevado, estare-mos dando o pontapé inicial para aformação do ambiente espiritualdesejado.

Pensar é uma atribuição da na-tureza humana e a mente é um po-der valioso que possuímos. Nãotemos como evitar o pensamento.Ele funciona sempre para o bem oupara o mal. Por isso, para mudar-mos o ambiente espiritual em quevivemos, é preciso mudar os nos-sos pensamentos e nossas cogita-ções. O Espírito André Luiz afir-ma: “Diga-me o que pensas e tedirei quem são os teus companhei-ros espirituais”.

Considerando tais princípios deatração e repulsão, se desejarmosviver num ambiente espiritual sa-lutar, carece disciplinarmos os nos-

sos pensamentos e sentimentos es-tabelecendo como roteiro para nos-sa vida a tolerância e a indulgên-cia. É necessário entendermos queas palavras pronunciadas refletema qualidade do que pensamos e porisso elas, muitas vezes, quandoemitidas com desequilíbrio, cau-sam-nos grandes transtornos emo-cionais, por se impregnarem noslocais onde nos movimentamos.

É certo, portanto, que o ambi-ente espiritual que “respiramos” éo produto da semeadura que neleinfundimos, colhendo daí os fru-tos dessa plantação.

Kardec ensina-nos em O Livrodos Médiuns, cap. XXI, que “OsEspíritos superiores não compare-cem às reuniões em que a sua pre-sença é inútil”. Ensina mais “... quemesmo nos meios de pouca instru-ção, mas onde há sinceridade depropósitos, eles comparecem deboa vontade. Mas, nos meios ins-truídos, em que impera a ironia,eles não comparecem, aí compa-recem os Espíritos zombeteirosque só nos causam prejuízos”.

É evidente que os ambientesespirituais onde vivemos sejam oresultado do que criamos e, dessaforma, sem criticar os outros, ze-lemos por eles, tornando-os sau-dáveis e agradáveis para nele me-lhor convivermos, de forma ame-na, com todos os que nos fazemcompanhia, encarnados ou desen-carnados.

nhas. Essas testemunhas são osEspíritos que se acotovelamconosco.

É por essa razão que, quandoquestionados por Kardec, na ques-tão 459 de O Livro dos Espíritos:“Os Espíritos influem em nossospensamentos e atos?”, eles respon-deram com precisão absoluta:“Muito mais do que imaginais, poisfrequentemente são eles que vosdirigem”.

Sabendo que os Espíritos nosinfluenciam por estarem ao nossolado, é importante atentarmos parasaber de quais instrumentos eles seservem para acessar o nossopsiquismo.

O que somos nós quando encar-nados? Somos um Espírito quepensa e o pensamento é a forçaenergética com cargas vigorosas, osentimento é que lhe dá qualidadee vida, tornando o psiquismo hu-mano o piso de formação dos am-bientes, em todo lugar, como ensi-na Ermance Dufaux.

Sendo assim, para mantermosem torno de nós, onde nos encon-trarmos, um ambiente espiritualsaudável, é indispensável e neces-sário que os nossos desejos, pen-samentos e atitudes sejam semprevoltados para o bem. Foi Jesusquem asseverou acertadamente“Orai e vigiai para não cairdes emtentação”.

No livro O Evangelho segundoo Espiritismo, cap. X, item 1, há

Divaldo responde – Temos visto muitas práticas

nas Casas Espíritas que causamdependência entre os frequentado-res e trabalhadores, com hábitosdesnecessários e muitas vezes mís-ticos. A tolerância fraternal nos so-licita compreender o estágio deinstituições e confrades, uma vezque nós mesmos dela também te-mos necessidade. Devemos dizer aesses companheiros sobre a inuti-lidade de algumas práticas quepossamos presenciar ou nos dedi-carmos simplesmente a divulgar ocorreto Espiritismo?

Divaldo Franco: Acredito queambas as formas estão corretas. Noentanto, considero que o amor quedevemos dedicar à Doutrina estejaacima das conveniências decorren-tes das amizades e escrúpulos naabordagem das dificuldades quepermeiam o nosso Movimento. Nãoraro, tais comportamentos inadequa-dos que notamos em diversas Casas

Extraído de entrevista publicada em maio de 2008 no jornal O Imortal.

Espíritas são frutos da ignorância, doatavismo ancestral herdado de outrasreligiões, que são incorporados àspráticas espíritas. Desse modo, con-versando com lealdade e em parti-cular com os diretores da instituição,a nós nos cumpre o dever de orien-tar corretamente, apresentando apulcritude do Espiritismo, de formaque sejam eliminados esses compor-tamentos doentios.

Como existem também aquelesindivíduos que se acreditam portado-res do conhecimento integral e nãoaceitam a contribuição dos outros, aja-mos conforme nos recomenda a cons-ciência espírita, sem nos preocupar-mos com as reações que venham aocorrer. Como a nossa preocupaçãonão deve ser a de agradar, mas a deesclarecer espiriticamente as criaturas,não receemos em ser leais à Codifica-ção, mesmo quando tenhamos quepagar o ônus da incompreensão dosmenos preparados doutrinariamente...

Bom ânimo

Serena a tua mente, a tempestadeDesaba sobre a terra e logo passa,Da mesma forma que a dificuldade

Que agora te atormenta e te embaraça.

O Criador derrama a sua graça,Como bênção de paz e claridade,

Permitindo que sobre a humanidadeA imensa luz do seu amor se faça.

Levanta o teu espírito abatido,Não lamentes o quanto tens sofrido,

Nem creias ser pesada a tua cruz.

Recorda que já brilha em tua estradaA estrela luminosa e abençoadaDa doutrina sublime de Jesus!

José Soares Cardoso

A criança é um Espíritomilenar que traz tendências e umabagagem espiritual de outrasencarnações.

A infância é o período em queo Espírito é mais acessível e fle-xível às boas influências, que vi-sam o desenvolvimento das vir-tudes eternas. Por isso, cabe aospais, desde o nascimento dos fi-lhos, a tarefa de evangelizar, commuito amor, os Espíritos que lhessão confiados.

É importante preparar a crian-ça para o mundo material, instru-indo-a intelectualmente. Mas é es-sencial evangelizá-la, educando-amoralmente, a fim de que adquirahábitos salutares.

Assim, a bondade, o amor, operdão, a caridade e a solidarieda-de são alguns dos valores eternosque devem ser cultivados desde amais tenra infância.

“O lar é a primeira escola, ospais os primeiros professores.”

Os pais são o primeiro exemplodos filhos. Necessário, pois,evangelizarem-se, para se tornaremfonte de vibrações positivas e atitu-

des equilibradas, contribuindo, as-sim, para a sua própria evolução epara o crescimento moral e espiri-tual daqueles com quem convivem.

Sendo a educação o conjuntodos hábitos adquiridos (LE, ques-tão 685), que deve ter na sua baseo Evangelho de Jesus, buscandoa formação do indivíduo comoser integral, a Evangelização Es-pírita de crianças e jovens exerceimportante papel, reforçando osvalores preconizados pelos pais.

Lembrando que é dever dospais dirigir seus filhos ao bomcaminho, evangelize, cooperecom Jesus!

Educação: chave paraum mundo melhor

“Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores.”(Léon Denis)

CLAUDIA [email protected]

De Santo Ângelo, RS

O IMORTALPÁGINA 16

O IMORTALJORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITARUA PARÁ, 292, CAIXA POSTAL 63CEP 86.180-970TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

Experiente dirigente espírita eex-presidente da FERGS – Fede-ração Espírita do Rio Grande doSul, Jason de Camargo (foto),autor do livro Educação dos Sen-timentos, tece algumas conside-rações a respeito desse tema esuas consequências para os ho-mens e, em especial, para os es-píritas.

– Quando e como conheceua Doutrina Espírita?

Nasci em família espírita.Meu pai foi até mesmo presiden-te de Centro Espírita.

– Participa de qual CentroEspírita e em quais atividadestem atuado?

Nasci em Frederico Westpha-len-RS, mas atualmente resido emPorto Alegre, onde participo daSociedade Espírita Caminho daLuz. Sou membro do ConselhoDeliberativo dessa Instituição edo grupo de expositores. Dedico-me, também, no momento, à ela-boração de um novo livro.

– Continua realizando pa-lestras sobre o tema educaçãodos sentimentos? Qual o obje-tivo principal dessas ativida-des?

Sim, em todo o Brasil. Meuobjetivo é auxiliar o ser humanoa modificar paradigmas compor-tamentais que o infelicitaram portanto tempo e que produziram so-frimentos infindos.

– Que experiências ou liçõestem a relatar destes estudos?

Tenho observado, por experi-

ANTONIO AUGUSTONASCIMENTO

[email protected] Santo Ângelo, RS

NOVEMBRO/2010

“O aprimoramento dos valores humanos éimprescindível na evolução espiritual da sociedade”

A presidente da Federação Espírita do Espírito Santo fala sobre omovimento espírita em seu Estado, seus desafios e suas conquistas

ência, que houveuma grande acei-tação desse tema,justamente portocar nas necessi-dades humanas. Amaior lição quepodemos retirardesses estudos éum conhecimentomuito maior denossas emoções edos nossos senti-mentos, obtendouma maior cons-ciência sobre oque fazemos epensamos. E a consciência é que éo agente de nossas mudanças.

– Sua atuação no Movimen-to Espírita destaca-se por suasfrequentes atividades doutriná-rias, tanto nas palestras comonos seminários. Qual sua princi-pal motivação para realizá-las?

Cada pessoa já traz certas obri-gações reencarnatórias. Cada umana sua área de responsabilidade.No meu caso específico, sempreatuei no campo administrativo enas atividades doutrinárias. A ex-posição através de seminários epalestras foi chegando mais inten-samente com o tempo e fui atémesmo alertado espiritualmentepara essa tarefa, o que procuro fa-zer com muito carinho e dentro deminhas possibilidades.

– Além de diversos artigospublicados, quais livros seus jáforam editados?

Na área profissional (bacharelem química, professor e peritocriminalístico) tenho dois livros:Química Geral e Química Orgâ-nica. Na área espírita: Educaçãodos Sentimentos e Divaldo Fran-co – A História de um Humanista.

Como os direitos autorais dessasobras foram doados, desconheçosuas tiragens.

– Qual o retorno dos leitorese dirigentes espíritas que tiveramcontato com seu livro Educaçãodos Sentimentos?

O retorno tem sido muito alémde minhas expectativas, o que de-nota a importância do tema levan-tado. Por onde passo recebo alu-sões significativas sobre o conteú-do e, por consequência, do grandebenefício que esse livro tem pro-duzido nas pessoas. E isso tem sidoem todo o Brasil e até fora dele,visto que ele já se encontra na se-gunda edição em língua espanho-la. É comum eu receber a notíciade que o livro Educação dos Sen-timentos tem sido motivo de estu-do em grupo nos centros espíritastanto do Brasil como de outrospaíses da América do Sul ou, ain-da, como auxiliar na elaboração depalestras doutrinárias.

– Qual a importância da edu-cação dos sentimentos para o tra-balhador espírita e para as ati-vidades das Instituições Espíri-tas?

Primeiramen-te devemos sali-entar que a edu-cação dos senti-mentos é matériaconstante dasobras básicas daDoutrina Espíri-ta. O aprimora-mento dos valo-res humanos éimprescindívelna evolução espi-ritual da socieda-de contemporâ-nea. Os espíritase suas institui-

ções não estão dissociados dessarealidade. Os espíritas, pelo co-nhecimento que já conseguiram,estão altamente comprometidoscom o processo evolutivo de simesmos e também com o de seupróximo. As nossas Instituiçõesrepresentam felizes oportunidadespara o estabelecimento de rela-ções sociais produtivas ao bem co-mum. Como aguardar um CentroEspírita aprimorado sem o apri-moramento de seus trabalhadores?E como esperar um trabalhadorespiritualizado sem a educação deseus sentimentos? Com a educa-ção moral tudo melhora na Orga-nização Espírita, desde os relaci-onamentos interpessoais até asquestões administrativas e tam-bém vibratórias das instituições.Todos serão beneficiados com aeducação dos sentimentos, desdeos trabalhadores até os frequenta-dores do Centro.

– Há algo que poderia rela-tar como contribuição para oMovimento Espírita?

Chegou a hora da vivênciadaquilo que já aprendemos. O“instruí-vos” está indo relativa-mente bem. Precisamos melho-

rar um pouco mais no “amai-vos”. Necessitamos entenderque não há união dos espíritas,em torno de um objetivo co-mum, sem as bases reais dossentimentos nobres. Necessita-mos aprimorar bem mais o“campo vibratório” de nossasInstituições e isso somenteacontecerá se realmente nosamarmos. Quantos melindres ediscussões estéreis seriamabortados pela fragrância su-blime do “amai-vos uns aosoutros”? Eu vejo, portanto, quehá uma necessidade de traba-lharmos mais a harmonia, apaz e os demais valores espi-rituais em nossas organizaçõesespíritas para que elas desen-volvam mais integralmentesuas obrigações sociais e espi-rituais.

– Qual sua visão da evolu-ção do movimento espírita noRio Grande do Sul e no Bra-sil?

Observamos que depois doadvento do Estudo Sistematizadoda Doutrina Espírita e das reuni-ões do Conselho Federativo Na-cional da FEB, o Movimento Es-pírita Brasileiro tomou um novorumo, ficou com uma estruturabem mais sólida. As trocas de ex-periências entre as Federativasestaduais foram altamente signi-ficativas para o Movimento comoum todo. Essas trocas irão aospoucos atingindo a ponta do sis-tema, que são os Centros Espíri-tas e as comunidades que os ro-deiam. No entanto, há que melho-rar ainda a aproximação das Ins-tituições Espíritas com as Fede-rativas estaduais, bem como am-pliar, consideravelmente, a áreada comunicação social. (Continuana pág. 10 desta edição.)

Entrevista: Jason de Camargo

Jason de Camargo