59
O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som. Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear. IMPLANTE COCLEAR (Componente Externo e Interno) Com a evolução tecnológica, os implantes cocleares atuais já são considerados de 3ª geração. Com isso, são considerados candidatos ao uso do dispositivo de Implante Coclear, crianças a partir dos 12 meses de idade e adultos que apresentam deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo e profundo e que não obtiveram benefícios com o uso de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual. A avaliação dos pacientes candidatos ao Implante Coclear é realizada por meio de uma equipe interdisciplinar, composta por médicos otologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros. No entanto, os resultados variam de individuo para individuo, em função de uma série de fatores, entre eles, memória auditiva, estado da cóclea, motivação e dedicação e programas educacionais e/ou de reabilitação. Candidatos que poderão apresentar um melhor benefício com o uso do implante coclear: idade acima de 18 anos, com deficiência auditiva neurossensorial pós - lingual bilateral severa ou profunda; que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual

O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

     O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário, a capacidade de perceber o som. Atualmente existem no mundo, mais de 60.000 usuários de implante coclear.

IMPLANTE COCLEAR(Componente Externo e Interno)

  Com a evolução tecnológica, os implantes cocleares atuais já são considerados de 3ª geração. Com isso, são considerados candidatos ao uso do dispositivo de Implante Coclear, crianças a partir dos 12 meses de idade e adultos que apresentam deficiência auditiva neurossensorial bilateral de grau severo e profundo e que não obtiveram benefícios com o uso de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual.A avaliação dos pacientes candidatos ao Implante Coclear é realizada por meio de uma equipe interdisciplinar, composta por médicos otologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e outros.No entanto, os resultados variam de individuo para individuo, em função de uma série de fatores, entre eles, memória auditiva, estado da cóclea, motivação e dedicação e programas educacionais e/ou de reabilitação.Candidatos que poderão apresentar um melhor benefício com o uso do implante coclear:

       idade acima de 18 anos, com deficiência auditiva neurossensorial pós - lingual bilateral severa ou profunda;       que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja, apresentarem escores inferiores a 40% em testes de reconhecimento de sentenças do dia a dia;       tempo de surdez ser inferior a metade da idade do candidato (em deficiências auditivas progressivas não há limite de tempo);       deficiência auditiva pré-lingual tem benefício limitado e só é indicado em pacientes com fluência da linguagem oral e com compreensão desta limitação;       apresentarem adequação psicológica e motivação para o uso do Implante Coclear.

       idade até 17 anos, com deficiência auditiva neurossensorial bilateral severa ou profunda;       preferencialmente indica-se o Implante Coclear em deficiência auditiva pré -lingual até os 6 anos de idade. Salienta-se que a idade ideal é a partir de 1 ano;       adaptação prévia de AASI e (re)habilitação auditiva intensiva para verificar se há benefício deste dispositivo principalmente nas deficiências auditivas severas;

Page 2: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

       apresentarem incapacidade de reconhecimento de palavras em "conjunto aberto";       serem provenientes de famílias adequadas e motivadas para o uso do Implante Coclear;    O implante coclear consiste em dois tipos de componentes, interno e externo. Para melhor compreensão será descrito separadamente.

O componente interno é inserido no ouvido interno através do ato cirúrgico e é composto por uma antena interna com um imã, um receptor estimulador e um cabo com filamento de múltiplos eletrodos envolvido por um tubo de silicone fino e flexível.

O componente externo é constituído por um microfone direcional, um processador de fala, uma antena transmissora e dois cabos. A sensação auditiva ocorre em frações de segundos. Todo o processo inicia-se no momento em que o microfone presente no componente externo capta o sinal acústico e o transmite para o processador de fala, por meio de um cabo. O processador de fala seleciona e codifica os elementos da fala, que serão reenviados pelos cabos para a antena transmissora (um anel recoberto de plástico, com cerca de 3mm de diâmetro) onde será analisado e codificado em impulsos elétricos. Por meio de radiofreqüência, as informações são transmitidas através da pele (transcutaneamente), as quais serão captadas pelo receptor estimulador interno, que está sob a pele. O receptor estimulador contém um “chip” que converte os códigos em sinais eletrônicos e libera os impulsos elétricos para os eletrodos intracocleares específicos, programados separadamente para transmitir sinais elétricos, que variam em intensidade e freqüência, para fibras nervosas específicas nas várias regiões da cóclea. Após a interpretação da informação no cérebro, o usuário de Implante Coclear é capaz de experimentar sensação de audição. Quanto maior o número de eletrodos implantados, melhores serão as possibilidades de percepção dos sons.    Entre os implantes cocleares multicanais de gerações mais avançadas utilizados nos principais centros internacionais dedicados ao tratamento da surdez estão: Nucleus 24, desenvolvido na Austrália pela Cochlear Corporation; Combi 40+, desenvolvido na Áustria pela Med-EL; e Clarion, desenvolvido nos Estados Unidos pela Advanced Bionics. Os modelos diferem entre o número e configuração dos eletrodos, disponibilidade de telemetria e telemetria de respostas neurais (NRT), localização do microfone externo, design e tecnologia do processador de fala, estratégia de comunicação de fala, número e tipos de estimulação e sistema de programação.

A Cochlear Corporation iniciou-se no mercado com o modelo Nucleus 22. Posteriormente, foram lançados os modelos Nucleus 24, Nucleus 24 M, Nucleus 24K, Nucleus 24 Contour e recentemente o Nucleus 3. Com os avanços tecnológicos, foi possível a miniaturização do processador de fala, como o uso do processador de fala modelos ESPrint e ESPrint 3G (retroauricular) .

Nucleus® 24 Contour ESprint 3G Sprint Nucleus®

A Med-EL inseriu-se no mercado com o modelo C 40 e em função dos avanços tecnológicos, estão disponíveis atualmente os modelos C40 S, C40+, também permitindo o uso de dispositivos externos retroauriculares.

Page 3: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Med-EL®Combi 40+ Med-EL® Tempo + Med-EL® Tempo +

E a Advanced Bionics iniciou com o modelo Bipolar Enhaced, posteriormente foi lançado o modelo Hifocus e com avanços tecnológicos lançaram o modelo HiRes 90K.

HiRes 90K Platinum HiRes Auria

Cuidados necessários para obter o funcionamento adequado do Implante Coclear, relacionadas aos aspectos ambientais:

Os usuários de Implante Coclear devem evitar a aproximação direta à monitores de televisão, computadores e forno de microondas quando os mesmos encontram-se em funcionamento, uma vez que a radiação eletromagnética presente nestes equipamentos pode ser capaz de alterar a função do circuito eletrônico do Implante Coclear e ocasionar alteração na qualidade do som e falha no envio da estimulação.

No momento em que os usuários de Implante Coclear passam com o dispositivo em funcionamento entre as barras de sistemas de Vigilância Eletrônica, presentes na grande maioria de lojas e supermercados, pode ocorrer uma sensação sonora distorcida. É aconselhável que o usuário desligue o processador de fala no momento em que ocorre a aproximação do sistema. Épouco provável que o Implante Coclear dispare o alarme presente nos sistemas de vigilância eletrônica.

Os materiais presentes no IC são capazes de ativar o sistema de detectores de metais. Assim sendo, o usuário deve apresentar a carteira de identificação do Implante Coclear fornecida pelo fabricante e entregue após a cirurgia.

Page 4: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Como solicitado para qualquer equipamento eletrônico, o processador de fala do Implante Coclear deve ser desligado durante o pouso e decolagem de aeronaves.

A eletricidade estática é definida como o acúmulo de carga elétrica em uma pessoa ou objeto, capaz de criar um campo magnético. Níveis elevados de eletricidade estática podem danificar dispositivos eletrônicos, inclusive o Implante Coclear.Os Implantes Cocleares apresentam um circuito protetor contra este tipo de eletricidade, oferecendo um alto grau de proteção. No entanto alguns cuidados devem ser tomados:        Colocação de tela protetora para o monitor do computador        Retirar o processador de fala no momento em que as crianças usuárias de Implante Coclear estão em contato com piscina de bolinha e escorregador de plástico.

A utilização de ultrasom terapêutico está contra-indicada (proibida) em regiões próximas ao Implante Coclear.O ultrasom diagnóstico não oferece riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, para a realização de qualquer procedimento que não seja considerado de rotina, é aconselhável que o usuário ou seus familiares, entrem em contato com a equipe do Programa de Implante Coclear.

As doses de radiação utilizadas na radiologia médica não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear. No entanto, durante o procedimento, o componente externo do dispositivo deve permanecer desligado.

A utilização de luz ultravioleta em clínicas odontológicas e camas solares não oferecem riscos aos usuários de Implante Coclear.

A utilização de bisturi elétrico ou eletrocautério em cirurgias está proibida em usuários de Implante Coclear. Para maiores informações, é aconselhável que o cirurgião entre em contato com a equipe de Implante Coclear.

Está proibido aos usuários de Implante Coclear tanto a realização da ressonância magnética, bem como a entrada em salas em que este procedimento é realizado.Em indivíduos usuários do sistema Nucleus 24, em situações em que se faz de extrema necessidade a realização deste procedimento, existe a possibilidade de remoção do magneto interno por meio de uma pequena cirurgia.

Page 5: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

1) Os Implantes Cocleares caracterizam-se como próteses computadorizadas, inseridas cirurgicamente na cóclea. Desta maneira, é correto afirmar que:

a) Este dispositivo de sofisticada tecnologia tem como o objetivo substituir parcialmente as funções do Órgão de Corti, fornecendo impulsos elétricos para a estimulação direta das fibras neurais remanescentes da cóclea.

   b)O Implante Coclear é capaz de fornecer amplificação sonora aos indivíduos

portadores de deficiência auditiva neurossensorial de grau profundo.Os impulsos elétricos gerados pelos dispositivos do implante coclear não amplificam o som. Estude novamente a diferença do implante coclear e o aparelho de amplificação sonora.

   c) O implante coclear caracteriza-se como um poderoso e efetivo recurso

utilizado na cura da surdez.O que ocorre no caso do implante é que este é um recurso eletrônico para o deficiente auditivo, capaz de beneficiar o desenvolvimento da audição e da linguagem. No entanto, a surdez permanece. Estude melhor como funciona o implante.

   d)O benefício mais relevante proporcionado pelo implante coclear é a

possibilidade de amplificação dos sons de fala de freqüências altas.A estimulação elétrica de diferentes regiões da cóclea fornecida pelo IC permite ao usuário o reconhecimento dos sons de fala com mais facilidade. Vale a pela estudar novamente a diferença entre o implante coclear e o aparelho de amplificação sonora.

     Para mais informações, consulte: www.cochlear.com. e www.medel.com.   

2) Em relação ao funcionamento do implante coclear, este dispositivo é constituído por dois componentes: um interno e outro externo. Para que todo o sistema funcione, propiciando ao usuário a sensação de audição, faz-se necessário:

a) um microfone para captação do som, um processador de sinal para a conversão do sinal acústico em sinal elétrico e um sistema de transmissão capaz de enviar esses sinais para o eletrodo ou feixe de eletrodos inseridos na cóclea.

   b)um microfone para captação do som e um processador de sinal para a

conversão do sinal acústico em sinal elétrico.Para que a informação advinda do IC possa ser interpretada pelo córtex cerebral, o sinal acústico deve ser captado pelo microfone do equipamento e codificado em sinais elétricos pelo processador de fala. Um sistema de transmissão faz-se necessário para que os sinais decodificados sejam enviados ao componente interno do dispositivo e desta maneira, transmitidos aos eletrodos intracocleares. Estude novamente o funcionamento do implante coclear.

Literatura sugerida para resolver melhor esta questão:

Page 6: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

BEVILACQUA, M.C.; COSTA, O.A.; MARTINHO, A.C.F. Implante Coclear. In Ferreria, L.P.; Befi-Lopes, D.M.; LMONGI, S. (org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo, 2004. p. 751-761 Visite: www.medel.com

   c) um processador de sinal para a conversão do sinal acústico em sinal elétrico

e um sistema de transmissão capaz de enviar esses sinais para o eletrodo ou feixe de eletrodos inseridos na cóclea.As informações acústicas devem ser captadas pelo microfone do equipamento para serem codificadas em sinais elétricos pelo processador de fala. A partir deste momento, os sinais elétricos serão enviados por meio do sistema de transmissão para o feixe de eletrodos. Estude novamente o funcionamento do implante coclear e seus componentes externos.

Literatura sugerida para resolver melhor esta questão:

COSTA, O. A.; BEVILACQUA, M. C.; AMANTINI, R. C. B.; LÂMONICA NETO, D.. Implante coclear em adultos. In: Campos, C. A. H.; Costa, H. O. Ol. (Org.). Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo, 2003, v. 2, p. 278-289

   d)

um microfone para captação do som e um sistema de transmissão capaz de enviar os sinais decodificados para o feixe de eletrodos inseridos na cóclea.As informações acústicas captadas pelo microfone do equipamento necessitam ser codificadas em sinais elétricos pelo processador de fala para que serem transmitidas e processadas pelo receptor-emissor interno. Os impulsos elétricos processados pelo receptor-emissor interno serão enviados a eletrodos intracocleares específicos.

Literatura sugerida para esta resolver melhor esta questão:

BEVILACQUA MC, COSTA AO, MORET ALM. Implante coclear em crianças. In: Campos CAH, Costa HOO, editores. Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca; 2003. p. 268 – 77

   

3) A indicação do implante coclear em crianças deve ser realizada de maneira criteriosa por uma equipe interdisciplinar. Na população infantil atualmente, são considerados candidatos preferenciais ao uso do IC:

a) Crianças portadoras de deficiência auditiva de grau profundo a partir dos 12 meses de idade.

   b)Crianças portadoras de deficiência auditiva de grau profundo a partir dos 24

meses de idade.A indicação cirúrgica do IC em crianças portadores de deficiência auditiva neurossensorial de grau profundo deve ocorrer o mais precocemente possível, para que o impacto da privação sensorial nos primeiros anos de vida seja minimizado por meio da utilização da estimulação elétrica advinda

Page 7: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

do IC. Estude melhor os critérios de indicação do implante coclear.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA, M.C.; COSTA, O.A.; MARTINHO, A.C.F. Implante Coclear. In Ferreria, L.P.; Befi-Lopes, D.M.; LMONGI, S. (org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo, 2004. p. 751-761

   c) Crianças portadoras de deficiência auditiva de grau severo a partir dos 36

meses de idade.Em crianças portadoras de deficiência auditiva neurossensorial de grau severo, a indicação cirúrgica deverá ocorrer após o período de validação da efetividade do uso do AASI para o desenvolvimento das habilidades de audição e linguagem. A estreita relação existente entre o tempo de privação sensorial e os possíveis resultados obtidos com o uso do IC deve ser considerada, não sendo necessário tempo de uso de AASI demasiadamente longo. Na deficiência auditiva severa a indicação cirúrgica pode ser realizada a partir dos 24 meses de idade.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA MC, COSTA AO, MORET ALM. Implante coclear em crianças. In: Campos CAH, Costa HOO, editores. Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca; 2003. p. 268 – 77

   d)

Crianças portadoras de deficiência auditiva de grau profundo que não realizaram testes com aparelho de amplificação sonora individual.A indicação cirúrgica do IC deverá ocorrer após um período de testes com dispositivos eletrônicos auxiliares, capazes de minimizar o impacto da deficiência auditiva no desenvolvimento da criança.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA MC, COSTA AO, MORET ALM. Implante coclear em crianças. In: Campos CAH, Costa HOO, editores. Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca; 2003. p. 268 – 77

   

4) Durante o mapeamento e balanceamento dos eletrodos, o fonoaudiólogo deverá determinar os ajustes necessários para que o processador de fala seja capaz de converter de maneira efetiva a informação acústica em uma área dinâmica de corrente elétrica adequada para cada eletrodo. A escolha do modo de estimulação dos eletrodos corresponde à localização do eletrodo indiferente (referência) em relação ao eletrodo ativo (estimulado). Com relação aos modos de estimulação, é correto afirmar:

a) No modo monopolar eletrodos isolados e selecionados no feixe de eletrodos intracocleares são ativados e um eletrodo de referência é colocado de maneira extracoclear.

   b)No modo bipolar eletrodos isolados e selecionados no feixe de eletrodos

Page 8: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

intracocleares são ativados e um eletrodo de referência é colocado de maneira extracoclear.A estimulação bipolar é caracterizada como o modo de estimulação capaz de concentrar grande parte da energia em uma região específica da cóclea. Estude novamente as características do modo de estimulação bipolar.

   c) No modo monopolar eletrodos isolados e selecionados no feixe de eletrodos

intracocleares são ativados e um eletrodo de referência é colocado de maneira extracoclear, requerendo desta maneira um maior nível de corrente elétrica.A utilização do eletrodo referência localizado de maneira extracoclear no modo de estimulação monopolar, possibilita uma estimulação mais difusa, na qual uma quantidade menor de corrente elétrica pode ser utilizada.Estude novamente as características do modo de estimulação monopolar.

   d)

No modo monopolar um sinal diferente é enviado para um par de eletrodos situados em regiões próximas.No modo de estimulação monopolar o eletrodo ativo, ou seja, aquele que será estimulado, é selecionado no feixe de eletrodos intracocleares enquanto que o eletrodo indiferente (referência) encontra-se localizado de maneira extracoclear.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA MC. - Implante Coclear Multicanal: uma alternativa na habilitação de crianças surdas. Bauru, 1998 – Tese de Livre Docência. Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo

   

5) Na programação do IC, a escolha do número de canais utilizados, representa:

a) o número de filtros independentes de informação do sinal, que são liberados, em paralelo, no ouvido interno.

   b)a maneira pela qual o eletrodo referência encontra-se localizado em relação

ao eletrodo estimulado.A determinação do número de canais a ser utilizado na programação do IC define o local (região) em que ocorrerá a estimulação.Consulte o tópico referente aos parâmetros utilizados na programação do IC.

   c) quantidade de contatos elétricos inseridos na cóclea

O número de contatos elétricos deve ser diferenciado do número de canais utilizados na programação do IC.Vale a pena revisar o referente aos parâmetros utilizados na programação do IC.

   d)

número de eletrodos ativados ao longo do feixe de eletrodos.

Page 9: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Para a compreensão das propriedades eletrônicas relacionadas ao funcionamento do IC, a diferenciação entre contatos elétricos e locais de estimulação deve ser realizada.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA MC. - Implante Coclear Multicanal: uma alternativa na habilitação de crianças surdas. Bauru, 1998 – Tese de Livre Docência. Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo

   

6) Na programação do processador de fala, medidas psicofísicas devem ser registradas por meio de técnicas subjetivas e objetivas. No que se refere às técnicas subjetivas, ou comportamentais, para o registro de medidas psicofísicas, é correto afirmar:

a) O nível T representa o limiar de estimulação elétrica e é definido como o nível mínimo de estimulação elétrica necessária para eliciar uma sensação auditiva.

   b)O nível C representa o limiar de desconforto do usuário para estimulação

elétrica.A área dinâmica para a utilização da estimulação elétrica em usuários de IC deve estar compreendida entre o menor nível de estimulação capaz de causar uma sensação auditiva e o nível de maior conforto do estimulo elétrico para o paciente.

   c)

Os níveis T e C permanecem fixos durante todo o acompanhamento para mapeamento e balanceamento dos eletrodos.Existe uma variação dos níveis T e C, principalmente no primeiro uso do dispositivo. De acordo com o tempo de uso do IC, diferentes ajustes e parâmetros podem ser modificados utilizados na programação do dispositivo.

Literatura sugerida para esta questão:

BEVILACQUA MC, COSTA AO, MORET ALM. Implante coclear em crianças. In: Campos CAH, Costa HOO, editores. Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca; 2003. p. 268 – 77

   d)Os níveis T e C não se modificam diante de mudanças na estratégia de

codificação da fala.A maneira pela qual os sinais acústicos de entrada, captados pelo microfone, serão processados ou codificados em sinais elétricos influencia os resultados obtidos na avaliação de medidas psicofísicas.

Literatura sugerida para esta questão:

COSTA, O. A.; BEVILACQUA, M. C.; AMANTINI, R. C. B.;

Page 10: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

LÂMONICA NETO, D.. Implante coclear em adultos. In: Campos, C. A. H.; Costa, H. O. Ol. (Org.). Tratado de Otorrinolaringologia. São Paulo, 2003, v. 2, p. 278-289

BEVILACQUA, M.C.; COSTA, O.A.; MARTINHO, A.C.F. Implante Coclear. In Ferreria, L.P.; Befi-Lopes, D.M.; LMONGI, S. (org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo, 2004. p. 751-761.

     Para mais informações, consulte: www.cochlear.com. e www.medel.com.   

7) Os resultados encontrados em usuários de implante coclear recebem interferência de diversos fatores e isto pode justificar a variabilidade dos resultados entre a população implantada. Assim sendo, é correto afirmar que:

a) A etiologia da surdez, o tempo de privação sensorial, o envolvimento a família, além dos recursos existentes para o processo de (re) habilitação na cidade de origem caracterizam-se como fatores determinantes para a indicação do IC.

   b)Os resultados obtidos nos estudos por imagem (ressonância magnética e

tomogragia computadorizada) caracterizam-se como fatores secundários durante o processo de indicação cirúrgica do IC.No momento da avaliação pré- cirúrgica dos candidatos ao IC, os estudos por imagem possibilitam a avaliação da permeabilidade para a inserção total ou parcial dos eletrodos e o diagnóstico de malformações ou patologias que impeçam o procedimento cirúrgico.

   c)

O nível sócio econômico do candidato ao IC caracteriza-se como fator determinante no início do processo de indicação cirúrgica do IC.A avaliação dos candidatos é multifatorial, sendo que aspectos anatômicos e fisiológicos dos candidatos ao IC determinam inicialmente a indicação do IC, seguidos dos aspectos psicosociais.

   d)

Após a ativação dos eletrodos do IC, não se faz necessário acompanhamento terapêutico fonoaudiológico, uma vez que por si só, a estimulação elétrica advinda do IC é capaz de contribuir para o desenvolvimento das habilidades auditivas na população implantada.Os usuários de IC necessitam aprender a ouvir com o dispositivo e à integrar a audição nas diversas situações do seu cotidiano, aumentando seus conhecimentos, suas experiências de vida, e adquirindo a linguagem oral por meio da via auditiva.

O que é implante coclear?

Para que você saiba o que é e como funciona o implante coclear é importante que voce conheça como é e como funciona o ouvido normal.

O SISTEMA AUDITIVO:

Page 11: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

O ouvido é constituído de várias partes, cada uma com uma função específica:

1-Ouvido externo: é a parte visível, constituída pela orelha e pelo canal do ouvido.

2-Orelha média: é composta pela membrana do tímpano e por 3 pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo).

3-Orelha interna: formada pela cóclea, que contém as células com pequenos pelinhos (cílios) que transformam a vibração em sinais elétricos sensoriais da audição (células ciliadas).

4- Nervo auditivo: os impulsos elétricos são transmitidos ao nervo auditivo, e daí conduzidos até o cérebro, onde serão interpretados.

O MECANISMO DA AUDIÇÃO:O ouvido transforma os sons em sinais elétricos que o cérebro é capaz de entender.

1) Os sons alcançam o OUVIDO EXTERNO...

2) Passam pelo CONDUTO AUDITIVO EXTERNO (canal do ouvido)...

3) E atingem o TÍMPANO, que vibra.

4) As vibrações do TÍMPANO chegam até três pequenos ossos do OUVIDO MÉDIO (martelo, bigorna e estribo), que vibram e amplificam o som como um sistema de alavancas...

5) As vibrações aplificadas são conduzidas aos líquidos do OUVIDO INTERNO (cóclea)...

6) Em seguida, atingem as CÉLULAS RECEPTORAS, que transformam as vibrações em impulsos elétricos.

7) Estes impulsos caminham através do NERVO AUDITIVO até o cérebro, que os percebe como sons.

Esquema das principais estruturas que compõem o ouvido.

O IMPLANTE COCLEAR

O implante coclear, ou mais popularmente conhecido como ouvido biônico, é um aparelho eletrônico de alta complexidade tecnológica, que tem sido utilizado nos últimos anos para restaurar a função da audição nos pacientes portadores de surdez profunda que não se beneficiam do uso de próteses auditivas convencionais.Trata-se de um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas que tem surdez total ou quase total. Assim o implante é que estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea e o nervo leva estes sinais para o cérebro. É um aparelho muito sofisticado que foi uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina. Já existe há alguns anos e hoje mais de 100.000 pessoas no mundo já o estão usando.

Quais são as partes do que compõem o implante coclear?

Page 12: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

O implante coclear é composto por duas partes: uma unidade interna e outra externa.

A unidade internaÉ implantada cirurgicamente dentro o ouvido do paciente. Esta unidade possui um feixe de eletrodos que será posicionado dentro da cóclea (órgão da audição com formato de caracol). Este feixe de eletrodos se conecta a um receptor (decodificador) que ficará localizado na região atrás da orelha, implantado por baixo da pele. Junto ao receptor fica a antena e o imã que servem para fixar a unidade externa e captar os sinais elétricos.

A unidade externaA unidade externa é constituída por um processador de fala, uma antena transmissora e um microfone. A unidade externa é a parte do implante que fica aparente e pode ser de dois tipos: retroauricular ou tipo caixa. A antena transmissora possui um imã que serve para fixá-lo magneticamente junto a antena da unidade interna ( que também possui um imã).O microfone capta o som do meio ambiente e o transmite ao processador de fala. O processador de fala seleciona e analisa os elementos sonoros, principalmente os elementos da fala, e os codifica em impulsos elétricos que serão transmitidos através de um a cabo até a antena transmissora. A partir da antena transmissora o sinal é transmitido através da pele por meio de radiofreqüência e chega até a unidade interna. Na unidade interna temos o receptor estimulador interno, que está sob a pele. O receptor estimulador contém um "chip" que converte os códigos em sinais eletrônicos e libera os impulsos elétricos para os eletrodos intracocleares estimulando diretamente as fibras no nervo auditivo.Esta estimulação é percebida pelo nosso cérebro como som. Desse modo, o paciente recupera parte da audição e pode voltar a se comunicar com as pessoas.

PACIENTES QUE SE BENEFICIAM COM O IMPLANTE COCLEAR

O paciente candidato ao implante coclear é aquele que possui surdez severa a profunda bilateral, que fez uso de prótese auditiva, mas não obteve resposta satisfatória (resultados mínimos satisfatórios).Nós dividimos os pacientes em dois grupos que apresentam indicação e resultados diferentes.Existem aqueles pacientes que ouviam e por algum motivo perderam a audição, que nós denominamos de pacientes pós-linguais. E existem também aqueles pacientes que são surdos desde o nascimento ou perderam a audição muito cedo antes mesmo de aprenderem a falar, que nós denominamos de pacientes pré-linguais.

Critérios básicos de indicação do implante coclear:Pacientes pós-linguais:

Deficiência auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou seja, apresentarem escores inferiores a 50% em testes de reconhecimento de sentenças com o uso da melhor protetização bilateral possível.

Não existe limite de tempo para a realização do implante coclear neste grupo, porém quanto maior o tempo de surdez, piores serão os resultados.

Pacientes pré-linguais:

Deficiência auditiva neurosensorial bilateral de grau severo a profundo, com reabilitação fonoaudiológica efetiva há pelo menos 3 meses (crianças de 0 a 18 meses) ou desde a realização do diagnóstico (crianças maiores de 18 meses), que não se beneficiarem do aparelho de amplificação sonora individual (AASI).

Neste grupo a idade do paciente é importante.

Page 13: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Nas crianças, a idade ideal é até 2 anos de idade, sendo que quanto mais precocemente o paciente é implantado, melhores serão os resultados.

Entre 2 e 5 anos os resultados também podem ser bons, porém são inferiores aos pacientes implantados até 2 anos.

A partir dos 5 anos os pacientes também podem ser implantados, porém os resultados dependerão de outros fatores como o grau de desenvolvimento da linguagem já adquirida e do trabalho de estimulação auditiva prévia, como uso de prótese auditiva e capacidade de realização de leitura orofacial e linguagem de sinais.

ETAPAS A SEREM SEGUIDAS ATÉ A REALIZAÇÃO DO IMPLANTE COCLEAR.

O implante coclear é um processo complexo que exige a atuação conjunta de um equipe multidisciplinar (vários profissionais de especialidades diferentes) para que se alcance o sucesso do tratamento.A equipe é composta por um médico otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo e um psicólogo (todos os membros da equipe têm que ter especialização em implante coclear).A avaliação do paciente candidato ao implante coclear é um processo complexo e pode ser demorado pois existem etapas que devem ser obrigatoriamente seguidas e cumpridas em todos os pacientes, para que seja conseguido o melhor resultado possível em benefício do paciente.

Avaliação médicaInicialmente o paciente deve ser avaliado pelo otorrinolaringologista para o diagnóstico da causa, tipo e a gravidade da surdez.O médico avalia se a causa que levou a surdez permite que seja realizado o implante coclear.Também é importante que seja estudada a existência de outras doenças, pois o paciente deve ser avaliado como um todo e não apenas a audição.

Avaliação fonoaudiológicaA próxima etapa é a avaliação pela fonoaudióloga, que realizará uma série de testes auditivos e de linguagem, assim como exercícios que prepararão o paciente para receber o implante coclear.A avaliação da fonoaudióloga pode ser demorada e depende muito de cada caso e da motivação do paciente, esta avaliação é composta por:-Avaliação do grau de surdez: temos que ter certeza que a surdez é mesmo profunda.-Avaliação da adaptação do paciente com a prótese auditiva convencional: temos que ter certeza que uma prótese convencional já não seria suficiente para atender a necessidade do paciente.-Avaliação de linguagem emissiva (fala, uso de língua de sinais e escrita - em pacientes já alfabetizados) e receptiva (realização efetiva de leitura orofacial, uso de língua de sinais e escrita).Quando algum destes aspectos não é satisfatoriamente atendido o paciente pode ser encaminhado para reabilitação fonoaudiológica por período determinado, e posterior retorno para avaliação. Neste período poderá ser necessário:-Treinamento em leitura orofacial para crianças maiores e adultos: Este treinamento é essencial na fase pré implante e muda muito o resultado final quando bem realizado.-Treinamento auditivo (melhorando muitas vezes o desempenho do paciente com prótese convencional, ou o resultado final com implante)- Terapia de estimulação de linguagem

Avaliação psicológicaÈ muito importante que sejam avaliados os aspectos psicológicos do paciente e das pessoas que convivem com ele no dia a dia. É importante que o psicólogo avalie se o paciente está preparado para ser submetido a uma cirurgia, se aceita o fato de viver com uma prótese implantada dentro da cabeça, se os familiares estão motivados e apóiam esta

Page 14: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

decisão (nós consideramos o apoio e a participação da família fundamentais). Devemos avaliar também o grau de expectativa do paciente e se ele tem consciência dos resultados que podem ser atingidos. O paciente tem que estar ciente de tudo o que está acontecendo e a equipe deve expor tudo de uma forma clara e sincera, pois nós acreditamos que uma relação de confiança mútua entre o paciente e a equipe seja fundamental.

No final do processo pré cirúrgico o paciente é submetido a avaliação pré operatória para que seja avaliada todos os possíveis riscos cirúrgicos e a cirurgia seja realizada da forma mais segura possível.

EXAMES QUE GERALMENTE SÃO REALIZADOS

Audiometria completa.

Audiometria em campo com uso de AASI

BERA

Emissões otoacústicas

Tomografia computadorizada e Ressonância magnética.

PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

A colocação da unidade interna é realizada através de uma cirurgia que tem duração aproximada de 2 horas.É realizado sob anestesia geral, ou seja, o paciente estará entubado e inconsciente e não sentirá nada durante todo procedimento.1) O corte (incisão): A cirurgia é realizada toda atrás da orelha e um pequeno corte na pele de aproximadamente 4 cm.

2) Colocação dos eletrodos: É realizado uma abertura na cóclea (órgão da audição com formato de caracol) e os eletrodos são inseridos dentro da cóclea perfazendo uma volta completa em seu interior.

3) Fixação do processador interno: o processador interno é colocado embaixo do couro cabeludo atrás da orelha (o paciente sentirá uma pequena elevação no local).

4) No final da cirurgia fecha-se a pele com pontos e um curativo compressivo é colocado no local.

Possíveis riscos da cirurgiaPrimeiramente existem os riscos que existem em todas as cirurgias com anestesia geral, mas com o desenvolvimento da medicina, hoje em dia são muito mais raras se realizados em bons hospitais.

Page 15: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Os riscos próprios do procedimento são pouco frequentes, mas podem ocorrer. Abaixo listamos em ordem de freqüência:-Insucesso na colocação do implante coclear: pode ocorrer se houver alterações anatômicas no ouvido do paciente, seja por um defeito congênito (de nascença) ou por seqüelas de infecção ou fraturas.-Infecção e necrose da pele: é devido ao fato de se colocar uma prótese sob a pele, se ocorrer pode ser tratada se diagnosticada rapidamente.-Tontura: Pode ocorrer porque o órgão que faz agente escutar também é responsável pelo equilíbrio, mas é uma complicação transitória que melhora rapidamente em poucas semanas.-Paralisia facial: é a complicação mais temida. Pode ocorrer porque o nervo que faz a mímica da face passa muito próximo do local da cirurgia. Para evitar esta complicação é utilizado um aparelho chamado monitor de nervo facial que diminui o risco desta complicação. Esta complicação apesar de possível é muito rara e geralmente melhora após algumas semanas de tratamento.-Meningite e fístula liquórica: Foram complicações que ocorreram no início dos implantes cocleares. Hoje em são complicações extremamente raras.

Rotina pós-operatóriaNa maioria dos casos o paciente recebe alta no dia seguinte da cirurgia.O curativo com faixa por 24 horas e os pontos serão retirados em 2 semanas.A ativação do implante coclear ocorre 30 a 40 dias após o procedimento.Depois inicia-se o processo de programação e adaptação do paciente ao implante coclear com consultas com a fonoaudióloga. Essas avaliações no início serão semanais e depois quinzenais e mensais.

Cuidados que devem ser tomados no pós operatórioNão lavar a cabeça por 3 dias. Após 3 dias pode lavar a cabeça mas deve-se tomar cuidado pra não deixar entrar água dentro do ouvido operado protegendo-o com um tampão até o retorno com o cirurgião.Dormir com o ouvido operado para o lado de cima por 14 dias.Não fazer esforço físico ou tomar sol por 30 dias.Não deixar de tomar corretamente a medicação prescrita pelo médico e não deixar de comparecer ao retorno pós operatório.Não existem restrições à alimentação.Se fizer uso de prótese auditiva no outro ouvido pode colocá-la logo no primeiro dia após a cirurgia.

CUIDADOS COM O SEU IMPLANTE COCLEAR

O implante coclear é uma prótese e pode quebrar se sofrer um traumatismo sobre ela.O paciente implantado não deve praticar esportes violentos como lutas ou outras atividade com grande risco de bater a cabeça.

É proibido:-Realizar exame de ressonância magnética ou chegar perto da sala de exame: o implante é composto de um metal que pode ser atraído violentamente pelo aparelho de ressonância magnética podendo levar a complicações graves. Existem alguns modelos que permitem realizar o exame em condições muito especiais, mas é obrigatório avisar o seu otorrino e o radiologista sempre que for solicitado um exame de ressonância magnética.-Manter o aparelho desligado o pouso e na decolagem de aeronaves: funciona como qualquer aparelho eletrônico e pode interferir nos aparelhos de controle da aeronave. Manter o implante desligado no pouso e na decolagem.-Uso de bisturi elétrico: é proibido o seu uso em pacientes com implante coclear pois podem queimar a unidade interna. Avisar o médico toda vez que for ser submetido a uma cirugia.

Podem ser realizados sem problemas:

Page 16: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

-Ultra-sonografia diagnóstica.-Radiografia simples.-Tomografia computadorizada.-Luz ultra violeta de clínicas odontológicas.

Podem alterar o funcionamento do implante coclear:-Sistema de detectores de metais: o implante coclear irá disparar toda vez que passar por estes dispositivos (geralmente estão presentes em portas de bancos e aeroportos). Por isso, é aconselhável andar sempre com o comprovante emitido pelo fabricante, comprovando que o paciente é mesmo implantado.-Radiação eletromagnética: monitores de computador, televisores, forno de microondas. A proximidade deste dispositivos podem alterar a qualidade sonora ou interferir no transmissão de dados entre as unidades interna e externa.-Sistema de vigilância de lojas: desligar o aparelho quando for passar através da porta de lojas que possuem sistema eletrônico de vigilância (são aqueles aparelhos que apitam quando alguém tenta sair com um produto sem passar pelo caixa). O implante coclear geralmente não dispara estes aparelhos, mas pode ocorrer distorção no som e desconforto para o usuário de implante.

CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO PARA PACIENTES SUS(Portaria nº 1.278/GM Em 20 de outubro de 1999)IMPLANTE EM ADULTOSO Implante Coclear em adultos deverá seguir os seguintes critérios de indicação:a - pessoas com surdez neuro-sensorial profunda bilateral com código lingüístico estabelecido (casos de surdez pós-lingual ou de surdez pré-lingual, adequadamente reabilitados);b - ausência de benefício com prótese auditiva (menos de 30% de discriminação vocal em teste com sentenças);c - adequação psicológica e motivação para o uso de implante coclear.IMPLANTE EM CRIANÇASO Implante Coclear em crianças, menores de 18 anos com surdez pré e pós-lingual, deverá seguir os seguintes critérios de indicação:a) experiência com prótese auditiva, durante pelo menos três meses;b) incapacidade de reconhecimento de palavras em conjunto fechado;c) família adequada e motivada para o uso do implante coclear;d) condições adequadas de reabilitação na cidade de origem.CRITÉRIOS DE CONTRA-INDICAÇÃOEstá contra-indicado o Implante Coclear nos seguintes casos:a - surdez pré-lingual em adolescentes e adultos não reabilitados por método oral;b - pacientes com agenesia coclear ou do nervo coclear;c - contra-indicações clínicas.

BENEFÍCIOS DO IMPLANTE COCLEARApesar dos amplos critérios de indicação, não são todos os pacientes que se beneficiam do implante coclear. Por isso a avaliação e a orientação correta são fundamentais para previsão do prognóstico e direcionamento das expectativas. Muitas vezes, se o resultado será muito limitado, o implante pode não ser indicado, mesmo quando o paciente apresenta surdez profunda.Os estudos e o acompanhamento em longo prazo mostram que os melhores resultados com o implante coclear são em pacientes com perdas de audição pós-lingual e em crianças implantadas ainda pequenas (até 2 anos e 11 meses). Nos indivíduos pós-linguais em geral se obtém cerca de 80% de reconhecimento de sentenças em formato aberto; retomada das atividades profissionais e sociais com melhora significativa na qualidade de vida e 50% de uso o telefone sem dificuldades. Nas crianças implantadas ainda bebês a aprendizagem da língua oral ocorre de maneira incidental e, em geral, o desenvolvimento é muito próximo ao de uma criança normal.

Page 17: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Atualmente, os benefícios com o implante coclear já estão muito comprovados. Os resultados de 877 pacientes acompanhados em centros na Espanha mostram ganho médio de 60% na percepção de fala em relação ao pré-operatório de adultos pós-linguais e de 90% de discriminação e compreensão de fala em formato aberto de crianças implantadas antes dos 03 anos de idade (Manrique et al., 2006).Em crianças com idade superior a 4 anos os benefícios com o implante coclear são altamente dependentes do seu nível de desenvolvimento de linguagem e cognição. Quanto melhor é o desenvolvimento lingüístico, melhor é a capacidade da criança em processar os estímulos auditivos, associá-los ao significado lingüístico, estabelecer regras lexicais e sintáticas para compreensão e expressão da língua. Entende-se por adequado nível de desenvolvimento de linguagem a criança que, apesar da deficiência auditiva, é capaz de compreender através de leitura labial ou LIBRAS, sem lacunas no desenvolvimento. Essa exigência é diferente em cada faixa etária, portanto quanto mais velho é o indivíduo, maior domínio da língua é necessário para que ele possa ter um bom resultado com o implante coclear. Em um estudo com 54 crianças surdas pré-linguais implantadas, com idade entre 4 e 12 anos no momento da ativação e uso efetivo do implante há 1 ano, Guedes et al. (2005) mostraram que não houve diferença significativa entre os grupos para os fatores sexo, etiologia e médias de idade. Porém, crianças com boa compreensão de linguagem pré-operatória tiveram risco para melhor percepção de fala 3,6 vezes o risco das demais crianças (p=0,009). Assim, concluíram que a compreensão de linguagem pré-operatória, seja por LIBRAS e/ou leitura orofacial, é um importante fator prognóstico para percepção de fala após 1 ano, devendo ser considerado na seleção de crianças mais velhas para o implante coclear.Em pacientes adolescentes ou adultos com surdez pré-lingual o resultado é dependente da expectativa; pode haver um excelente ganho auditivo porém sem modificação do padrão de comunicação; o benefício é limitado e em longo prazo; e os indivíduos dificilmente chegam à percepção de fala sem pistas auxiliares (apoio de leitura labial, escrita, sinais).

BENEFÍCIOS DO IMPLANTE COCLEAR BILATERALHá muito tempo já é provado a importância da audição bilateral na localização sonora e na discriminação de sentenças principalmente quando existe mais de um interlocutor ou quando estamos num ambiente barulhento.Da mesma forma, estudos realizados em pacientes surdos pós linguais têm demonstrado que pacientes que realizaram o implante bilateral apresentam melhores desempenhos auditivos nestas mesmas situações. Baseado na teoria da maturação das vias auditivas que apresenta o seu maior desenvolvimento até 2 anos de idade, acredita-se que este grupo terá grande benefício com a realização precoce do implante bilateral. Estudos mais recentes já comprovam os benefícios do implante coclear bilateral realizado precocemente, motivo pelo qual muitos centros nos EUA e Europa têm realizado a cirurgia bilateral ao mesmo tempo na mesma cirurgia. Em nosso país, por questões econômicas e sociais, o SUS não contempla a realização do implante bilateral, o que é bem razoável quando pensamos em políticas de saúde pública no qual devemos beneficiar o maior número de pacientes com os recursos limitados que dispomos.O nosso grupo tem atualmente 20 pacientes utilizando o implante coclear bilateralmente. Sendo que destes 20, 3 foram sequenciais e 17 simultâneos. Alguns argumentos contra a realização do implante coclear seria o custo maior de manutenção de dois aparelhos e a possibilidade de preservar um dos ouvidos para novas tecnologias que possam se desenvolver.Porém, após alguns anos do primeiro implante coclear, o resultado do implante na orelha contralateral piora drasticamente, impedindo que o paciente se beneficie de novos modelos de implante se o intervalo entre o primeiro e o segundo implante for muito longo.

O implante coclear veio para ficar, disso não resta a menor dúvida. Para quem tem perda profunda bilateral, esta tecnologia é a melhor forma de ter acesso aos sons que, naturalmente, não haveria a menor possibilidade de ser ouvido.

Mas, o implante ainda é uma tecnologia pouco divulgada e, pior ainda, pouco acessível. O custo da cirurgia não é barato, sai mais de quarenta e cinco mil reais.  Felizmente, esse valor costuma ser coberto pelo SUS e pelos convênios, o que faz com que o número de usuários do IC cresça cada vez mais.

Page 18: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

O que muita gente não sabe, é que manter esse aparelho é caro e nem todos os usuários tem condições de fazê-lo sem dificuldade.

A começar pelo funcionamento do aparelho, sem qualquer quebra ou manutenção regular. Os gastos com pilhas são consideráveis. As baterias recarregáveis custam mais de R$750 (com vida útil de dois anos e cada recarga deve ser feita a cada poucas horas, de acordo com a programação de cada usuário. No meu caso, as recargas são feitas a cada 13 horas). Já as baterias descartáveis, que permitem que o aparelho funcione um pouco mais do que as recarregáveis (costumam durar o dobro do tempo), custam entre R$25 e R$45 (pacote com seis pilhas, usa-se duas ou três por vez, conforme o aparelho), o que leva o usuário a gastar um mínimo de R$200/mês só para que o aparelho funcione.

Além disso, gasta-se com a terapia de reabilitação auditiva, coisa que também é cara e imprescindível. É preciso essa terapia para que o usuário aprenda a ouvir através do IC e treine sua memória auditiva, o que acelera o processo de adaptação ao aparelho.

Porém, como todo aparelho, é necessária uma manutenção regular. Pelo menos uma vez por ano. E isso custa caro. Se alguma peça precisar ser reposta, o valor delas é alto, pouco acessível para muita gente. As peças podem custar até R$22000, valor de um carro popular.

Sem ajuda do SUS, muita gente que precisa do Implante para ouvir, não conseguiria sequer manter o aparelho funcionando, quanto mais repor as peças tão necessárias para o bom funcionamento do processador.  E isso, nem o SUS nem os convênios cobrem. Logo, o IC se torna um sonho distante.

Além do próprio aparelho, existe um acessório importantíssimo, especialmente para usuários crianças e adolescentes, que estão em fase escolar, o SISTEMA FM. Como já expliquei numa coluna dedicada a esse aparelho, ele é fundamental para que o aluno com implante consiga acompanhar o que diz o professor, numa sala de aula em que existe outras pessoas falando dentro e fora dela, além de ecos e reverberações. E este aparelho também é caro e pouco acessível. E não é coberto nem pelo SUS nem pelos convênios. Para consegui-lo, muitos pais recorrem à justiça para que o governo pague. Alguns conseguem, outros não. Ninguém consegue de imediato e, anos perdidos em idade escolar são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento do aluno usuário do IC.

Portanto, é preciso que o SUS e os convênios se responsabilizem também com o pós operatório. Não basta bancar a cirurgia e esperar que o usuário seja o único responsável pela manutenção e gastos extras que o IC gera. Senão, muita gente vai colocar o IC para usá-lo apenas até a primeira reposição de peça e então deixar de usá-lo. Uma tortura para quem pôde vislumbrar o som, mas não consegue manter o acesso a ele.

Num país com o 8º PIB mundial, garantir plena acessibilidade às carências físicas e sensoriais, o que facilita para que o cidadão com deficiência possa vir a se tornar mais uma mão de obra qualificada para trabalhar e manter o país, deveria ser o mínimo!

O implante coclear veio para ficar, disso não resta a menor dúvida. Para quem tem perda profunda bilateral, esta tecnologia é a melhor forma de ter acesso aos sons que, naturalmente, não haveria a menor possibilidade de ser ouvido.

Mas, o implante ainda é uma tecnologia pouco divulgada e, pior ainda, pouco acessível. O custo da cirurgia não é barato, sai mais de quarenta e cinco mil reais.  Felizmente, esse valor costuma ser coberto pelo SUS e pelos convênios, o que faz com que o número de usuários do IC cresça cada vez mais.

O que muita gente não sabe, é que manter esse aparelho é caro e nem todos os usuários tem condições de fazê-lo sem dificuldade.

Page 19: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

A começar pelo funcionamento do aparelho, sem qualquer quebra ou manutenção regular. Os gastos com pilhas são consideráveis. As baterias recarregáveis custam mais de R$750 (com vida útil de dois anos e cada recarga deve ser feita a cada poucas horas, de acordo com a programação de cada usuário. No meu caso, as recargas são feitas a cada 13 horas). Já as baterias descartáveis, que permitem que o aparelho funcione um pouco mais do que as recarregáveis (costumam durar o dobro do tempo), custam entre R$25 e R$45 (pacote com seis pilhas, usa-se duas ou três por vez, conforme o aparelho), o que leva o usuário a gastar um mínimo de R$200/mês só para que o aparelho funcione.

Além disso, gasta-se com a terapia de reabilitação auditiva, coisa que também é cara e imprescindível. É preciso essa terapia para que o usuário aprenda a ouvir através do IC e treine sua memória auditiva, o que acelera o processo de adaptação ao aparelho.

Porém, como todo aparelho, é necessária uma manutenção regular. Pelo menos uma vez por ano. E isso custa caro. Se alguma peça precisar ser reposta, o valor delas é alto, pouco acessível para muita gente. As peças podem custar até R$22000, valor de um carro popular.

Sem ajuda do SUS, muita gente que precisa do Implante para ouvir, não conseguiria sequer manter o aparelho funcionando, quanto mais repor as peças tão necessárias para o bom funcionamento do processador.  E isso, nem o SUS nem os convênios cobrem. Logo, o IC se torna um sonho distante.

Além do próprio aparelho, existe um acessório importantíssimo, especialmente para usuários crianças e adolescentes, que estão em fase escolar, o SISTEMA FM. Como já expliquei numa coluna dedicada a esse aparelho, ele é fundamental para que o aluno com implante consiga acompanhar o que diz o professor, numa sala de aula em que existe outras pessoas falando dentro e fora dela, além de ecos e reverberações. E este aparelho também é caro e pouco acessível. E não é coberto nem pelo SUS nem pelos convênios. Para consegui-lo, muitos pais recorrem à justiça para que o governo pague. Alguns conseguem, outros não. Ninguém consegue de imediato e, anos perdidos em idade escolar são extremamente prejudiciais para o desenvolvimento do aluno usuário do IC.

Portanto, é preciso que o SUS e os convênios se responsabilizem também com o pós operatório. Não basta bancar a cirurgia e esperar que o usuário seja o único responsável pela manutenção e gastos extras que o IC gera. Senão, muita gente vai colocar o IC para usá-lo apenas até a primeira reposição de peça e então deixar de usá-lo. Uma tortura para quem pôde vislumbrar o som, mas não consegue manter o acesso a ele.

Num país com o 8º PIB mundial, garantir plena acessibilidade às carências físicas e sensoriais, o que facilita para que o cidadão com deficiência possa vir a se tornar mais uma mão de obra qualificada para trabalhar e manter o país, deveria ser o mínimo!

INTRODUÇÃOO implante coclear (IC) é uma prótese eletrônica introduzida cirurgicamente na orelha interna. Beneficia pacientes portadores de surdez severa e profunda bilateral que apresentam pouco ou nenhum benefício com próteses auditivas convencionais. Ao contrário da prótese auditiva convencional, o IC capta a onda sonora e transforma-a em impulso elétrico estimulando diretamente o nervo coclear.

Atualmente, é a melhor alternativa de tratamento para indivíduos com surdez severa ou profunda bilateral, sendo rotineiramente empregado como auxiliar na reabilitação destes pacientes em vários centros, uma vez que melhora sua comunicação oral e seu convívio em sociedade.

Embora a possibilidade da estimulação elétrica do nervo auditivo tenha sido descrita em 1957 por DJOURNO E EYRES1, a primeira cirurgia que obteve sucesso foi realizada por DOYLE em 19622, sendo que o paciente obteve audição útil por mais de um ano. Em 1973, HOUSE e URBAM relataram que já haviam realizado uma cirurgia em 1961, mas o paciente apresentou rejeição 2 semanas após a cirurgia3.

Page 20: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Seu uso clínico só foi reconhecido muito tempo depois. Apenas em 1977 o primeiro estudo multicêntrico apoiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) conclui que os IC são benéficos, uma vez que definitivamente melhoram a comunicação dos indivíduos surdos, particularmente quando associado à leitura labial, proporcionando modulação vocal e tornando a fala esteticamente boa. Além disso, esse estudo deu credibilidade à tecnologia do IC, ainda emergente4.

Atualmente, mais de 15.000 pessoas já foram implantadas em todo o mundo. Embora essa prática já esteja bem estabelecida para a surdez profunda bilateral, o desenvolvimento tecnológico está permitindo ampliação de sua indicação para indivíduos com surdez severa bilateral ou até mesmo para perda neurossensorial profunda em freqüências agudas, nas quais se introduz o eletrodo somente na espira basal da cóclea 5.

O sistema multicanal Nucleus 22 foi o primeiro implante multicanal aprovado pelo Food and Drug Administration para uso clínico em 1984. Desde então, os sistemas multicanais suplantaram os aparelhos monocanais na discriminação de freqüências sonoras e percepção da fala, praticamente substituindo-os por completo na prática médica6,7.

Em 1990, a Disciplina de Otorrinolaringologia e a Divisão de Bioengenharia do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo visavam estimular a tecnologia nacional para oferecer aos pacientes surdos um IC de baixo custo8. Assim, foi criado o implante coclear monocanal FMUSP-1 e, a partir desta iniciativa, formou-se o Grupo de Implante Coclear do HC-FMUSP, composto por uma equipe multidisciplinar compreendendo médicos otorrinolaringologistas, fonoaudiólogas e psicólogas voltados para o tratamento e reabilitação do deficiente auditivo. Esta experiência permitiu o estabelecimento das complicações cirúrgicas encontradas, seus métodos de prevenção e alternativas de tratamento9.

Muitos foram os sistemas, técnicas cirúrgicas e materiais utilizados para IC desde o início. Os primeiros implantes usavam o sistêma percutâneo de acoplamento, isto é, um \”plug\” retroauricular no qual se encaixava a unidade externa aos eletrodos internos. Este modelo evoluiu para os sistemas de transmissão por rádio-frequência (acoplamento transcutâneo) devido aos problemas infecciosos do antigo sistema10. Também houve sistemas cujo eletrodo era extracoclear, levando a menores possibilidades de complicações como fístula, labirintopatia infecciosa, lesão de células e terminações nervosas intracocleares11. Atualmente todos os sistemas encontrados comercialmente são transcutâneos e com eletrodos multicanais intracocleares.

O IC é composto por duas unidades: uma externa, usada pelo paciente conforme sua vontade, contendo microfone, processador de fala e antena transmissora; e uma unidade interna, cirurgicamente implantável, que contém um receptor/estimulador e um fino cabo com eletrodos.

O receptor/estimulador da unidade interna é implantado cirurgicamente em um nicho realizado no osso temporal póstero-superiormente à mastoidectomia, realizada como acesso à janela redonda da cóclea. Os eletrodos são usualmente implantados na escala timpânica da cóclea pela própria janela redonda ou por uma cocleostomia realizada em seu giro basal.

A unidade externa é confeccionada com materiais biocompatíveis extensamente testados. Em todos estes sistemas e marcas, a técnica cirúrgica e seus resultados são semelhantes, de modo que suas complicações são igualmente semelhantes.

Sobretudo na indicação de cirurgias funcionais, como é o caso do IC, médicos e pacientes devem estar bastante cientes das possíveis complicações decorrentes do ato cirúrgico propriamente dito ou de procedimentos relacionados. Neste estudo, optamos por dividi-las em: A. pré-operatórias; B. trans-operatórias; C. pós-operatórias; D. outras.

A COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATORIAS

Page 21: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

São aquelas resultantes de métodos utilizados para o diagnóstico e indicação cirúrgica.

Os exames de imagem como a tomografia computadorizada de ossos temporais e a ressonância magnética são geralmente associados à administração do contraste, que pode provocar reações alérgicas. Indivíduos claustrofóbicos têm enorme dificuldade em permanecer na posição adequada para o exame, principalmente na ressonância magnética, muitas vezes interrompendo ou nem mesmo permitindo o início do exame (30% das pessoas). Esta prevalência é maior entre os indivíduos surdos devido a alterações psiquiátricas que o mesmo apresenta. Estes doentes por vezes necessitam de anestesia geral para a realização do exame, levando-os ao rol dos riscos das complicações anestésicas.

É importante lembrar que, após a cirurgia, pacientes com IC não podem realizar ressonância magnética. Devem portar consigo um cartão de identificação oficial atestando o uso de prótese metálica, a qual poderá acionar sistemas de segurança contra metais (aeroportos e prédios públicos por exemplo).

A estimulação elétrica do promontório é usada por alguns grupos como um procedimento de rotina para estabelecer prognóstico do IC. Este procedimento introduz uma fina agulha pela membrana timpânica, de modo a apoiá-la sobre o promontório para estimulação. As complicações inerentes são raras, pois o procedimento se assemelha a uma eletrococleografia transtimpânica. Entretanto, podem ocorrer infecções da cavidade timpânica, perfurações timpânicas permanentes, lesão de cadeia ossicular e até da janela oval, com formação de fístulas e iatrogenia no nervo facial em seu segmento timpânico (principalmente em crianças com o canal de Falópio deiscente). As infecções são tratadas com antimicrobianos, as fístulas por lesões da janela via de regra fecham-se espontaneamente e as lesões do nervo facial são tratadas com corticoterapia e acompanhadas por eletromiografia, freqüentemente evoluindo para recuperação espontânea.

B. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATORIAS

O procedimento é realizado sob anestesia geral e tem uma duração aproximada de 2 horas de anestesia. Normalmente utiliza-se neuroleptoanalgesia idêntica à utilizada para as mastoidectomias.

A abordagem é através de uma mastoidectomia, porém o tipo de retalho miocutâneo varia de cirurgião para cirurgião. Esta abertura tem a finalidade de expor amplamente a região retro-auricular e toda a região escamosa e petrosa do osso temporal. Este retalho pode ser realizado com incisão em \”C\”, formando um só retalho pediculado, ou em \”S\”, formando 2 retalhos correspondentes às duas curvaturas do \”S\”. Atualmente, utilizamos somente o retalho em \”S\” que até o momento não apresentou nenhuma complicação. De um modo geral, não há complicações descritas na confecção destes retalhos, com exceção de sangramentos que podem ser contidos por hemostasia clássica.

Uma das etapas da cirurgia é a confecção do nicho que vai conter o módulo receptor. A forma e o tamanho do módulo receptor variam de equipamento para equipamento. O objetivo deste nicho é conter o receptor o melhor possível para evitar grandes relevos na calota craniana que possam expor o implante a riscos de traumatismo no pós-operatório. Dependendo da espessura da calota craniana óssea, o cirurgião pode ser obrigado a expor a dura-máter quando a calota é fina, correndo o risco de lesá-la. Esta lesão não tem maiores consequências no momento da cirurgia a não ser um sangramento (contido por coagulação bipolar ou por utilização de substâncias hemostáticas) ou uma fístula liquórica. Dependendo de sua extensão, esta lesão de dura-máter pode requerer sutura e curativo compressivo no pós-operatório.

A abordagem à janela redonda é feita através de uma mastoidectomia clássica e timpanotomia posterior. As complicações da mastoidectomia propriamente dita são bastante conhecidas, de modo que abordaremos aqui apenas as particularidades inerentes ao acesso para o implante coclear. A timpanotomia posterior deve ser ampla a ponto de permitir a visualização da janela redonda pelo menos em sua metade superior. Esta ampliação aumenta a probabilidade de 3 tipos de complicações:

Page 22: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

1. Lesão do anel e da membrana timpânica, na parte lateral da timpanotomia: nestes casos, não há necessidade de interrupção da cirurgia e um enxerto de fáscia do músculo temporal deve ser colocado imediatamente de modo a fechar a perfuração resultante.

2. Lesão do canal de Falópio na parte medial da timpanotomia: nestes casos, o cirurgião deve analisar se houve ou não exposição do tecido nervoso do nervo facial, avaliando a necessidade de descompressão de um segmento, ou até de anastomose. Embora não seja absolutamente necessário, preconizamos o uso de monitorização facial durante a cirurgia. A paralisia facial quando ocorre normalmente é transitória, podendo ser tratada com corticóide.

3. Lesão do nervo corda do tímpano na parte lateral da timpanotomia: nestes casos, também não há necessidade de interrupção da cirurgia e a conseqüência desta lesão é geralmente a sensação de gosto metálico referido pelo paciente no pós-operatório.

C. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATORIAS

1. Referentes ao equipamento

1.1. Fratura do aparelho receptor

Tivemos apenas 1 caso de fratura do aparelho receptor em paciente adulto que relatou ter sido atingido pela filha durante uma brincadeira (Figura 1). Normalmente, esse tipo de complicação ocorre em crianças pela maior exposição a traumatismos diretos da região cefálica. O implante tem seu funcionamento interrompido, sendo necessário trocar toda a unidade interna.

1.2. Interrupção de funcionamento

Pode ocorrer devido a um problema técnico do aparelho. Felizmente, essa complicação é bastante rara, pois o receptor e seus eletrodos apresentam grande durabilidade (10 anos na maioria dos casos e 15 anos ou mais em alguns casos). A unidade interna pode ser testada através de exames eletrofisiológicos.

2. Referentes ao procedimento cirúrgico

2.1. Infecção, hematoma ou necrose do retalho

A infecção e deiscência da cicatriz cirúrgica são as complicações mais comuns da cirurgia do IC. Quando a unidade interna é colocada muito próxima à incisão ou o retalho músculo-cutâneo fica muito fino, pode ocorrer a extrusão da unidade implantável. Para evitá-la, o ideal é que a borda da unidade interna fique pelo menos a 1 cm da incisão e que a espessura do retalho músculo-cutâneo tenha pelo menos 6-7 mm. É importante lembrar que enquanto um retalho muito fino pode sofrer necrose, um retalho muito espesso impede ou dificulta a transmissão transcutânea de informação.

Portanto, a correta realização do retalho músculo-cutâneo é fundamental na prevenção desta complicação, devendo ter um suprimento sanguíneo adequado e permitir boa exposição da área cirúrgica e o adequado recobrimento da unidade interna sem tensão no fechamento da pele. Como já dito anteriormente, existem diversos tipos de incisão e a escolha deve ser feita de acordo com a experiência do cirurgião, levando em conta os critérios citados. A incisão em \”C\” invertido, por exemplo, deve ser evitada quando o paciente já tem uma outra incisão retro-auricular prévia.

2.2. Fístula liquórica no nicho do receptor

Page 23: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Essa complicação é possível quando se expõe a dura-máter da calota craniana. Para evitá-la, deixamos sempre uma fina lâmina ou uma \”ilha\” óssea sobre a dura-máter para sua proteção. Como a calota craniana de crianças é mais fina, há maior probabilidade desta complicação. Quando ocorre, o indivíduo deve ser submetido a nova intervenção cirúrgica com fechamento da dura-máter no local exposto.

2.3. Paralisia Facial

Como já foi dito anteriormente, a paralisia facial geralmente é transitória e melhora com corticoterapia. Entretanto, os casos de paralisia nos quais o cirurgião não tem certeza de ter identificado o facial devem ser submetidos a nova exploração.

Durante a estimulação dos eletrodos, pode ocorrer estimulação simultânea do nervo facial pelo campo elétrico gerado entre os eletrodos, provocando espasmos faciais de intensidade variável. Nestes casos, a melhor conduta é a identificação dos eletrodos associados a esta estimulação, com seu posterior desligamento.

2.4. Extrusão do receptor

A extrusão do receptor geralmente é secundária à necrose ou infecção do retalho, já comentada anteriormente. Dos 35 indivíduos operados no HC-FMUSP, apenas uma paciente apresentou extrusão da unidade interna por necrose de retalho (Figura 2). Este caso foi solucionado com a realização de um novo retalho, sem a necessidade de retirada da unidade interna. Desde que começamos a utilizar a incisão em forma de \”S\”, não foram observadas outras complicações.

A extrusão pela reação de corpo estranho ao material do IC é raríssima, não tendo ocorrido em nenhum dos nossos casos.

2.5. Eletrodo mal posicionado

O eletrodo pode estar posicionado fora da cóclea. Existem alguns casos descritos de cocleostomia realizadas inadvertidamente, levando à introdução de eletrodos em células da cavidade timpânica. Atualmente, a possibilidade de checagem intra-operatória dos eletrodos em alguns modelos de IC tende a diminuir este tipo de complicação.

2.6. Problemas no eletrodo

Durante sua introdução, os eletrodos podem apresentar ruptura interna ou ficarem pressionados ou enovelados ao redor de um ponto (Figura 3), resultando em mau funcionamento. Para evitar essa complicação, a introdução deve ser delicada e com instrumentos que não pressionem o cabo dos eletrodos. Além disso, a checagem intra-operatória também deve ser realizada, sempre que possível.

2.7. Extrusão do eletrodo

Há descrição de casos de reação de corpo estranho e extrusão de eletrodos intracocleares, bem como migração de eletrodos dentro da cóclea com necessidade de modificação das estratégias de codificação.

2.8. Migração do receptor

Em crianças, o crescimento craniano pode levar à migração do receptor e tração do cabo de eletrodos. Para evitar esta complicação, deve-se deixar o cabo com uma folga que permita esta pequena migração sem tracionar os eletrodos. Uma fixação eficiente da antena receptora deve ser igualmente realizada.

Page 24: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

2.9. Fístula perilinfática

Após a inserção do eletrodo, pode haver saída de perilinfa pela cocleostomia. Por isso, sempre obliteramos a cocleostomia com pequenos pedaços de músculo ou fáscia. A saída de líquor pela cóclea é mais rara e acontece principalmente em casos de malformações de orelha interna.

D. Outras complicações mais raras

Embora descritas na literatura, não ocorreram em nenhum dos nossos casos.

1. Otite média aguda e secretora

Em crianças há um aumento da incidência de otite média aguda em portadores de implante coclear. O tratamento não difere do utilizado rotineiramente.

2. Otite média crônica simples e colesteatomatosa

São descritos casos de otite média crônica simples e colesteatomatosa em pacientes com IC. Nestes casos, pode-se realizar os mesmos procedimentos cirúrgicos indicados para indivíduos sem implante coclear.

3. Dor pós-operatória

Ocorre raramente, via de regra relacionada à região de inserção do músculo esternocleidomastoideo, respondendo bem ao uso de analgésicos comuns.

4. Meningite

Resulta da propagação de infecções da cavidade timpânica através da cocleostomia.

CONCLUSÃO

A cirurgia do implante coclear deve ser realizada por equipe exaustivamente treinada e experiente. Embora raras e passíveis de correção na maioria dos casos, as complicações desta cirurgia estão diretamente relacionadas à inexperiência do cirurgião.

Implants. College Hill Press, San Diego, p. 1-26, 1985.

Page 25: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Figura 1. Fratura do aparelho receptor em paciente adulto.Figura 2. Extrusão parcial do aparelho receptor em paciente adulto após necrose do retalho.

Figura 3. Radiografia simples comprovando o enovelamento dos eletrodos no interior da cóclea.

Page 26: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Info Saúde > Implante Coclear         

     Implante Coclear

     Há já alguns anos, estas crianças começaram a se beneficiar também do implante coclear que tem um funcionamento  completamente diferente dos aparelhos auditivos, mas que tem o mesmo objetivo de oferecer o melhor em termos de audição. Desde as primeiras cirurgias de implante até os dias de hoje, ocorreram muitas evoluções nas técnicas cirúrgicas e nos dispositivos eletrônicos usados. Além deste fatores, os bons resultados observados também colaboraram para que ela fosse indicada até para crianças bem pequenas de 1 ano de idade.

O implante coclear é um dispositivo implantado diretamente na cóclea, que é o órgão da audição, e que na presença de um som, estimula eletricamente as terminações nervosas do nervo auditivo que se inserem nas paredes da cóclea. Ele tem dois componentes: o Interno (fio de eletrodos e receptor-estimulador) e o externo (processador de fala, microfone, antena e cabos).

O fio de eletrodos que faz parte do componente iInterno é colocado na cóclea durante uma cirurgia, que dura em torno de 3 horas. A sua ponta, que tem o receptor-estimulador, fica sob a pele na região do osso  temporal da cabeça, local em que é feita a incisão na cirurgia.

O componente externo é adaptado de 1 mês a 1 mês e meio depois da cirurgia, quando então o implante é acionado. Uma parte do componente externo se chama processador de fala, ele pode ficar inserido em uma caixa como a de um aparelho auditivo do tipo retro-auricular ou ficar inserido em uma caixa  do tamanho de um celular preso por um cinto na cintura, no peito ou nas costas da criança. Os profissionais da equipe responsável pelo implante é que determinam junto com a família qual dos dois tipos de processador de fala é o mais indicado para cada um.

Outra parte do componente externo é o microfone, que capta os sons. O microfone fica acoplado ao processador de fFala se este for do tipo caixa de aparelho retro, ou fica acoplado a uma caixa de aparelho retro atrás da orelha da criança e este por sua vez se conecta através de um cabo ao processador de fala que está na cintura da criança. Há também externamente uma Antena que se prende através de um ímã ao receptor-estimulador que está sob a pele na região do osso temporal.

A Figura 1 mostra todos os componentes do Implante já adaptado ao paciente.

Page 27: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

 Figura 1

A Figura 2 mostra como é o componente externo cujo processador de fala é do tipo retro-auricular.

 

Figura 2

A Figura 3 mostra como é o componente externo cujo processador de fala é do tipo caixa.

 Figura 3

 

Quando o implante é acionado, faz-se o mapeamento dos eletrodos que estimularão as fibras do nervo auditivo dentro da cóclea, a partir deste momento a criança já passa a escutar e faz-se necessária a terapia fonoaudiológica com ênfase no desenvolvimento das habilidades auditivas, da linguagem oral e da fala. O fato da criança já ter sido usuária de aparelhos auditivos garante que a estimulação das fibras do nervo auditivo tenham ocorrido e não tenha havido atrofia das mesmas, assim como garante que as regiões do cérebro responsáveis pelo processamento dos sinais auditivos tenham sido estimuladas. Mas com o uso do implante ela terá que reaprender a ouvir já que os estímulos oriundos do aparelho são diferentes dos oriundos do implante, por isso a importância da terapia fonoaudiológica.

Os mapeamentos acontecem nos acompanhamentos que são repetidos regularmente (a cada mês, a cada três meses) até que se chegue a

Page 28: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

um mapeamento mais definitivo para a criança e seu limiar, o que se dá ao redor de um ano de uso. A troca de informações entre os fonoaudiólogos responsáveis pelos mapeamentos e os fonoaudiólogos terapeutas das crianças é imprescindível, já que muitos dos ajustes nos mapeamentos podem ser feitos com base nas observações que são feitas durante as sessões de terapia.

O Ministério da Saúde estabeleceu, em 1999, através de uma portaria, os critérios para indicação do Implante Coclear em crianças. Os centros devem seguir estes critérios, mas também têm as suas particularidades, por isso é importante consultá-los para se saber mais detalhes.

Basicamente, são candidatas crianças com perdas severas (a partir de 1 ano de idade) ou profundas (a partir de 6 meses de idade) que não têm respostas ou benefício com aparelhos auditivos. Para estas crianças, o fato de terem usado os aparelhos lhes dá uma condição propícia a mais para o aproveitamento do implante, que é o fato de terem tido estimulação das vias auditivas. São candidatas também as crianças com as condições citadas acima que tenham uma família envolvida e motivada para o uso do Implante Coclear e que tenham na cidade em que moram condições adequadas de reabilitação.

Os objetivos da definição dos critérios é procurar garantir que o implante seja realizado na criança que possa obter dele o melhor resultado possível, que valha o risco da cirurgia e o alto custo da mesma.

Quando estes critérios são respeitados, quando o procedimento cirúrgico é realizado com sucesso, quando a criança freqüenta um bom programa de reabilitação auditiva e quando a família se envolve com todo o processo, são obtidos bons resultados em termos das respostas auditivas e do desenvolvimento da comunicação oral das crianças.

Em nossa experiência, temos observado que as crianças aproveitam muito bem a qualidade do som que o implante oferece e que desenvolvem mais rapidamente as habilidades auditivas, necessárias para uma boa aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Este fator tempo é um grande aliado, já que previnem-se as conhecidas defasagens em termos de linguagem e, às vezes, até em termos cognitivos de crianças deficientes auditivas e seus pares ouvintes.     

Page 29: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

 

Page 30: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

 

Page 31: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia
Page 32: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Deficiência auditiva e implantes cocleares

Antes que você possa compreender perfeitamente como funcionam os implantes cocleares você deve primeiro saber as informações básicas de como funciona um ouvido normal:

O ouvido externo coleta as ondas sonoras que trafegam no ar.

As ondas sonoras vibram o tímpano e os 3 minúsculos ossos (martelo, bigorna e estribo) que estão no ouvido médio.

Essa vibração move os pêlos das células sensoriais do ouvido interno (também conhecido como cóclea), e estas células convertem as vibrações em um sinal elétrico que é enviado ao nervo auditivo.

O sinal é transferido para o nervo auditivo e depois ao cérebro para que seja interpretado como som.

O processo da audição normalQuando qualquer parte deste delicado sistema é danificada, pode ocorrer uma perda auditiva. Para os adultos a perda auditiva, seja repentina ou progressiva, pode causar frustração, isolamento e até depressão. Pode causar os mesmos resultados em uma criança, além de afetar a capacidade de aprender e falar, e um atraso de desenvolvimento. Mas para pessoas de todas as idades, os implantes cocleares acabam com o isolamento causado pela perda auditiva, trazendo o mundo dos sons de volta à vida do usuário.

Page 33: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Nesta seção transversa da cóclea, você pode ver como os ossos do ouvido médio (extrema direita) vibram os minúsculos pêlos das células sensoriais do ouvido interno (centro). Estas vibrações são então convertidas em um sinal elétrico que é enviado pelo nervo auditivo ao cérebro (extrema esquerda).

Implante coclearO implante coclear é um dispositivo eletrônico indicado para os pacientes que possuem perda auditiva profunda e que não se beneficiam da utilização dos aparelhos de amplificação sonora para aproveitamento da informação auditiva. Entendemos que não há aproveitamento quando as habilidades de reconhecimento e discriminação da fala estão sofrendo prejuízos. É também conhecido como "ouvido biônico". A sua indicação demanda a avaliação de uma equipe multidisciplinar especializada, composta pelo médico otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo e assistente social.

O implante coclear é um dispositivo inserido cirurgicamente na cóclea, o órgão responsável pelo recebimento do estímulo auditivo e transmissão desta informação ao nervo auditivo e estruturas corticais.

Para seu funcionamento adequado é necessário a realização da ativação, mapeamentos e retornos para acompanhamento. É imprescindível o trabalho de terapia fonoaudiológica para que a criança desenvolva as habilidades auditivas e linguísticas.

Page 34: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Aqui você poderá encontrar algumas informações sobre este dispositivo

O que é um implante coclear?O implante coclear é um dispositivo eletrônico que estimula diretamente as fibras do nervo auditivo. Diferentemente dos aparelhos auditivos convencionais, os quais amplificam os sons, o implante coclear fornece impulsos elétricos a diferentes fibras nervosas,estimulando diversas regiões da cóclea.

Os novos aparelhos auditivos ancorados no osso (baha) desviam-se do processo de audição normal para ajudar pessoas com perda auditiva severa, sensorineural, condutiva ou mista que não podem se beneficiar dos aparelhos auditivos normais. Em vez de meramente amplificar o som, esses dispositivos implantados cirurgicamente são conectados aos ossos no ouvido médio. Ao desviarem-se do canal auditivo e o ouvido médio, os aparelhos auditivos baha criam vibrações no crânio e transmitem essas vibrações diretamente até a cóclea através de um processo chamado condução óssea direta.

A Nova geração de aparelhos auditivos ou aparelhos para surdez

Os tradicionais aparelhos auditivos funcionam bem para pessoas com níveis variados de perda de audição, mas eles não podem restaurar o som para as pessoas que têm surdez profunda. Os implantes cocleares funcionam melhor em pessoas com danos auditivos mais severos porque eles se desviam das partes danificadas do ouvido e enviam as informações sonoras diretamente ao nervo auditivo como sinais elétricos.

Os implantes cocleares podem ser usados sozinhos ou com aparelhos auditivos tradicionais em pessoas que têm perda auditiva moderada para algumas freqüências, mas uma perda auditiva mais severa em outras freqüências.

O implante coclear é composto de dois sistemas principais: um externo e um interno. O sistema externo é composto de três partes: um processador de som, um microfone e um transmissor. O sistema interno apresenta um receptor e

Page 35: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

um arranjo de eletrodos.

O microfone, que é anexado ao processador de som, captura os sons e os envia para o processador de som, um pequeno dispositivo que pode ser anexado de forma imperceptível sobre o ouvido externo. O transmissor se ajusta atrás do processador de som e se conecta ao couro cabeludo diretamente do lado externo onde o receptor interno está implantado sob a pele.

O transmissor é ajustado com um ímã que o prende ao receptor interno (em vez de ser preso ao couro cabeludo e ao ouvido, o sistema externo também pode ser transportado no bolso de uma camisa ou pochete). O receptor, cujo tamanho é parecido com o de uma moeda, é implantado sob a pele, no osso atrás do ouvido. E o arranjo de eletrodos é um fio que corre do implante para dentro da cóclea.

O microfone capta o som e o envia para o processador de som, que traduz o som em informações digitais. Ele envia essas informações digitais para o receptor implantado, que transforma as informações digitais em sinais elétricos e envia esses sinais para o arranjo de eletrodos. O arranjo de eletrodos envia esses sinais para o nervo auditivo, que então passa os sinais para o cérebro.

Componentes e funcionamento do implante coclear O implante coclear é formado por dois dispositivos: um interno, inserido cirurgicamente e composto pelo receptor-estimulador interno e cabo de eletrodos e um externo, composto pelo microfone, processador de fala, antena transmissora e cabos.

Todo o sistema funciona da seguinte maneira:

1.  O microfone capta o som e envia-os ao processador de fala, o qual irá analisar e codificar a informação em impulsos elétricos.

2.  A informação é enviada à antena transmissora externa, a qual de maneira transcutânea, transmite a informação ao receptor-estimulador interno por rádio-frequência.

3. No receptor-estimulador interno os sinais serão decodificados e enviados aos eletrodos intra-cocleares, inseridos cirurgicamente.

4. A informação deverá percorrer a via auditiva central e atingir as estruturas corticais responsáveis pela interpretação das informações auditivas. A partir deste momento, o usuário de implante coclear será capaz de experimentar a sensação de audição.

Quem são os candidatos ao implante coclear? Adultos e crianças a partir de 1 ano de idade, portadores de deficiência auditiva neurossensorial de grau severo a profundo e/ou profundo bilateral, os quais não obtiveram resultados significativos com o uso do aparelho auditivo

Quais são os benefícios do Implante Coclear?O Implante possibilita uma melhora significativa na percepção de sons de fala e de sons ambientais, permitindo o desenvolvimento das habilidades de audição e linguagem para as crianças que não possuem um aproveitamento satisfatório do uso dos aparelhos de amplificação.

O que pode interferir nos resultados do Implante Coclear?Os fatores que podem interferir nos resultados podem variar. A etiologia da deficiência auditiva e idade da implantação, bem como a duração e grau da perda auditiva, o estado da cóclea e outras condições médicas são capazes de influenciar nos resultados do implante coclear. De uma maneira geral, quanto menor o tempo de privação sensorial, melhores serão os resultados.

Page 36: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Tendências tecnológicas atuaisO que há de novo em termos de recursos para os dispositivos.

Dispositivo Interno:

1.

1. Altas taxas de estimulação e avanços no processamento de sinais

2. Possibilidade de realização de Ressonância Magnética (necessário requerimento da autorização prévia do fabricante)

3. Diversidade de eletrodos, de acordo com as possibilidades cirúrgicas de cada candidato

Dispositivo Externo:

1.

1. Processadores de fala com diversas opções de compartimento de baterias, adaptável às atividades de vida diária do usuário

2. Tecnologia avançada, com controles e ajustes realizados por meio de

3. controle remoto

4. Conexão direta com sistemas de FM

As etapas do processo

Pré-cirúrgica: é a etapa na qual acontece a avaliação médica otorrinolaringológica, o diagnóstico audiológico preciso, avaliação e estudos por imagem. Em todo o processo a equipe deverá oferecer o apoio e esclarecimento ao usuário e família.

Cirúrgica: diz respeito ao momento da cirurgia para inserção dos eletrodos na cóclea. Nesta etapa também são realizados os procedimentos intra-cirúrgicos: telemetria de impedância dos eletrodos, telemetria de respostas do nervo auditivo e raio X.

Pós-cirúrgica: é quando acontece a ativação dos eletrodos. Neste momento são realizadas as orientação aos pais e/ou paciente com relação aos cuidados e funcionamento dos dispositivos externos, além do mapeamento dos eletrodos. Após esta etapa é necessário um acompanhamento periódico, de acordo com a idade e necessidade do paciente, para verificação das características deste procedimento.

Quantos sujeitos já foram implantados? Existem mundialmente cerca de 120.000 usuários de Implante Coclear.

No Brasil, já foram implantados cerca de 1.500 usuários de Implante Coclear. O Programa Nacional de Atenção à Saúde Auditiva do Ministério da Saúde paga esta cirurgia.

Dispositivos Auxiliares e Implante Coclear Com o objetivo de minimizar as dificuldades encontradas na compreensão dos sons da fala em situações consideradas

Page 37: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

difíceis, por exemplo, na presença de ruído competitivo, os usuários de Implante Coclear podem utilizar o processador de fala do implante coclear de maneira combinada à tecnologia do sistema de  FM.Uma melhora significativa das habilidades auditivas na percepção dos sons da fala em situações de ruído competitivo vem sendo descrita pelos pesquisadores da área, no que se refere ao uso do implante coclear associado a esses sistemas.

Cirurgia de Implante Coclear

Quando descobrimos a surdez dos nossos filhos, independente de sua causa, entramos em choque e muitas são as preocupações, as perguntas, as dúvidas, as culpas e principalmente o medo, que passa a fazer parte de nossas vidas por algum tempo. Nos deparamos com uma realidade que na verdade não gostaríamos que existisse, a DEFICIÊNCIA, não importa qual, todas são dolorosas. Geralmente não sabemos por onde começar ou o que fazer, somos incluídas num mundo desconhecido e cheio de informações e tecnologias confusas pra nós que somos “meras mães”.O intuito desse BLOG é informar, orientar e apoiar a todos que precisarem de um ponto de partida e quem sabe uma palavra amiga, nesse momento em que nos sentimos tão pequenas diante da vida. Normalmente quando nos encontramos nessa situação buscamos um milagre. O Implante Coclear não chega a ser o tão esperado milagre, mas com certeza afirmamos que ele é o mais seguro e eficaz tratamento pra deficiência auditiva.O Tratamento/cirurgia de Implante Coclear passa por 3 difíceis e importantes etapas, as quais chamamos de: PRÉ IMPLANTE(seleção, avaliação e indicação), CIRURGIA e ,por fim e mais longa a REABILITAÇÃO (fonoterapia).Para que seja realizada a cirurgia de Implante Coclear o paciente passa por uma série de avaliações e procedimentos médicos, com uma equipe multidisciplinar que geralmente é composta por cirurgião/otorrino, fonoaudiólogos, psicólogos e assistente social. Ao final dessa etapa o paciente é informado quanto a sua indicação ao IC e se estará apto para a realização da cirurgia. Após confirmada a indicação ao IC é marcada a cirurgia que dura em média 2 horas para a colocação da parte interna do equipamento. É feito um corte atrás da orelha e introduzido o componente interno logo abaixo da pele e seus eletrodos são inseridos dentro da cóclea, ainda na sala de cirurgia são realizados os primeiros testes. É uma cirurgia simples e superficial porém não podemos deixar de citar que existem riscos que podem ocorrer em qualquer procedimento cirúrgico que necessite de anestesia.A recuperação é tranquila, mas requer cuidados especiais que serão devidamente orientados pelo médico. São aproximadamente 4 semanas de recuperação em que a recomendação médica é: CUIDADOS, CARINHO e muito AMOR, após isso o paciente estará pronto a retornar para a tão esperada ATIVAÇÃO.A ativação do IC é um momento único para família de um deficiente auditivo, uma hora de muita emoção e também o primeiro passo de uma caminhada longa e maravilhosa. São feitos alguns testes e enfim o MUNDO DOS SONS, as reações são imprevisíveis, cada criança reage de uma maneira diferente algumas choram, se assustam e outras ficam curiosas por não entenderem o que está acontecendo, e no meio desse embaralhado de emoções o choro familiar e inevitável. É então realizado o mapeamento e a programação do aparelho.Após a ativação começa a etapa que classificamos como a mais difícil, a mais cansativa e mais desgastante,mas que nos traz grandes momentos e muitas realizações, nessa luta para uma melhor qualidade de vida para nossos filhos contra o silêncio. A REABILITAÇÃO é um trabalho composto com as técnicas de uma fonoaudióloga e o amor incondicional de toda FAMILIA, pois a cada simples atividade do cotidiano pode ser de muito aprendizado, o importante é dar valor a cada progresso e não desistir, nem desanimar se esse progresso for lento, pois cada CRIANÇA tem seu tempo .Postado por Implante Coclear às 23:17 Nenhum comentário: Links para esta postagem

Page 38: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Marcadores: Informação

domingo, 25 de abril de 2010

Centros de Implante Coclear no Brasil Nosso blog tem como objetivos principais a divulgação, informação e orientação na integra do assunto Implante Coclear e como não poderia deixar de ser, abaixo estaremos informando a relação dos Centros/Hospitais no Brasil que trabalham com essa especialidade (SUS)/Particular.

ATENDIMENTO PELO SUS – REDE PÚBLICA

SÃO PAULO

Hospital de Reabilitação das Anomalias Crânio-Faciais – CENTRINHO/USP Fone (14) 3235-8188 / 3235-8168 Rua Sílvio Marchioni, 3-20 – Vila Universitária – Bauru – 17012-900http://www.centrinho.usp.br/

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Fone (11) 3898-2210 / 3068-9855 Av. Dr. Éneas de Carvalho Aguiar, 255 – São Paulo – 05403-000 http://www.implantecoclear.org.br http://www.ouvidobionico.org.br

Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp Fone (19) 3521-7491 / 3521-7477 / 3521-7524 Cidade Universitária Zeferino Vaz – Campus Unicamp – Campinas – 13083-970

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP Fone (16) 3633-0186 / 3602-2395 Av. Bandeirantes, 3900 – 12o. Andar. Ribeirão Preto – 14049-900

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas Fone (11) 2176-7000 Ramal 5740, 5741 ou 7235 Rua Jaguaribe, 355 – Vila Buarque – São Paulo – 01224-000

Escola Paulista de Medicina – UNIFESP Hospital São Paulo Fone (11) 5575-8046 Rua Borges Lagoa, 783 – 2o. andar Cj. 21 Vila Mariana – São Paulo – SP – 17012-900

RIO GRANDE DO SUL

Hospital das Clínicas de Porto Alegre – UFRGS Fone (51) 2101-8249 / 2101-8228 Rua Ramiro Barcelos, 2350 – Porto Alegre – RS – 93035-903

Page 39: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

RIO GRANDE DO NORTE

Otocentro Fone (84) 3211-1236 Rua Ciro Monteiro, 759 Tirol - Natal

BAHIA

OSID – Obras Sociais Irmã Dulce - Hospital Santo Antonio Serviço de Otorrinolaringologia Núcleo de Reabilitação Auditiva “Dr.Orozimbo Alves Costa FIlho” Fones (71) 3310-1232 / 3310-1684 Avenida Bonfim , Largo de Roma – Salvador – BA

ATENDIMENTO PELA REDE PRIVADA (PARTICULAR E CONVÊNIO) CBIC - CENTRAL BRASILEIRA DE IMPLANTE COCLEAR

Informação sobre o IC e relação de médicos participantes da CBIC em todo Brasil no site abaixo:

http://www.ouvidobionico.org.br Postado por Implante Coclear às 20:51 Nenhum comentário: Links para esta postagem Marcadores: Informação

sábado, 17 de abril de 2010

O que é o Implante Coclear

O Implante Coclear (IC),é um dispositivo eletrônico também conhecido por OUVIDO BIÔNICO, desenvolvido para beneficiar pessoas com perda auditiva de grau severo/profundo, que proporciona ao seu usuário a sensação auditiva muito próxima a natural. O IC é eficaz tanto em crianças quanto adultos, independente se a surdez é desde o nascimento ou se ocorreu posteriormente, é seguro, confiável e seus resultados são satisfatórios. É muito importante que já tenha sido feito a tentativa de uso de aparelhos auditivos convencionais, sem resultados satisfatórios.O IC possui uma parte externa composta de microfones, um processador de fala e o transmissor, já sua parte interna, implantada cirurgicamente, é composta por um receptor e estimulador, um eletrodo de referência e um conjunto eletrodos que são inseridos dentro da cóclea.

Page 40: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

É importante salientar que o IC é apenas o início de um tratamento que requer muita estimulação, responsabilidade e compromentimento, para que assim sejam possíveis melhores resultados. Postado por Implante Coclear às 23:32 Nenhum comentário: Links para esta postagem Marcadores: Informação

terça-feira, 13 de abril de 2010

AparelhosExistem quatro marcas aprovadas no Brasil.

As marcas são: Cochlear Corporation®, MedEl®, Advanced Bionics® e Neurelec.

Cada aparelho tem suas características e possuem algumas diferenças no formato e no material empregado. Assemelham-se no fato de usarem um conjunto de eletrodos para estimular a cóclea.

COCHLEAR CORPORATION

Os aparelhos produzidos pela empresa australiana Cochlear Corporation® são comercializado no Brasil pela Politec® Importação e Comércio Ltda.

Estes implantes possuem 22 canais internos de estimulação e permite a realização de telemetria neural ou NRT, capacitando a verificação individual de cada eletrodo e sua resposta frente ao estímulo realizado. Os modelos de implantes desta marca são: Nucleus® 24M, Nucleus® 24K, Nucleus® 24 contour, Nucleus® Freedom, Nucleus® Double Array, Nucleus® ABI(tronco cerebral).

Nucleus Freedom®

Page 41: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Este é o modelo mais avançado da Cochlear corporation e apresenta como vantagens o chip de plataforma aberta (microprocessador),que permite atualizações ao longo dos anos a medida que novas tecnologias forem criadas, e eletrodo Softip que foi projetado para proteger as partes delicadas da cóclea durante a cirurgia.

MEDEL®

Pulsar® CI100

O implante coclear PULSAR® CI100 é produzido pela empresa austríaca MED-EL®. Além do Pulsar® CI 100, a MED-EL® também possui outros dois modelos, o Sonata® TI100 e o Combi® 40+. Esta marca possui três tipos de microprocessadores: Opus 1, Opus 2 e o Tempo+.

ADVANCED BIONICS®

HiRes® 90K

Page 42: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

O Implante coclear HiRes® 90K é produzido pela empresa norte americana Advanced Bionics®.Possui um sistema de com 16 eletrodos e permite a realização de telemetria intra operatória. Possui 2 modelos de microprocessadores, o modelo retroauricular Auria® e o modelo tipo "caixa" Platinum®.

NEURELEC

Os implantes cocleares produzidos pela empresa francesa Neurelec S.A. (MXM), são comercializados no Brasil pelo Centro Auditivo Widex Brasitom Ltda.

O implante coclear Digisonic® SP possui 20 eletrodos/canais de estimulação e permite a realização de telemetria de impedâncias, a pesquisa dos potenciais de tronco cerebral evocados eletricamente (EABR) e a pesquisa dos limiares do reflexo estapediano evocados eletricamente (ESRT).

Atualmente, a Neurelec possui dois processadores de fala referentes à 4ª geração do dispositivo, compatíveis com o Digisonic® SP: o Digi®SP´K (desenvolvido para crianças de até 3 anos de idade) e o Saphyr® SP (modelo retroauricular).

Exames realizados

- Audiometria tonal e vocal- Impedanciometria- BERA- Emissões otoacústicas

Page 43: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

- Tomografia computadorizada de ossos temporais com cortes finos de 1mm. - Ressonância magnética de ouvido interno tipo “FIESTA” com reconstrução da cóclea e medida da permeabilidade coclear.

Central Regional de Implante Coclear do Paraná

Otorrinolaringologia

Dr. Rogério HamerschmidtCoordenador

Cirurgião e responsável pelo serviço de otologia e implante coclear do Hospital IPO Professor auxiliar do serviço de otorrinolaringologia do HC - UFPR

E-mail: [email protected]

Prof. Dr. Marcos MocellinProfessor titular e chefe do serviço de otorrinolaringologia do HC-UFPR

Fonoaudiologia

Fga. Gislaine WiemesChefe do serviço de fonoaudiologia e responsável pela ativação e mapeamento dos pacientes implantados

Fga. Thais Lisboa Reabilitação auditiva

Fga. Valéria Kutianski Reabilitação auditiva

Page 44: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

Psicologia

Dra. Claremilia Piffer

Dra. Fernanda Pirih

Otoneurologia

Dr. Alexandre GasperinOtoneurologia ( labirintopatias e zumbido ).

IPOIMPLANTE COCLEAR INSTITUTO PARANAENSE DE OTORRINOLARINGOLOGIA HOSPITAL DE CLÍNICAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Av. República Argentina, nº 2069 - Bairro Água VerdeCuritiba - Paraná - CEP 80620-010

Telefones: 41 33141500 ou 41 30134687 com secretária AlineSite : www.ipo.com.br

A equipe de implante coclear e reabilitação auditiva foi montada após inúmeros esforços de unir os profissionais mais capacitados no Paraná no diagnóstico, reabilitação e tratamento das perdas auditivas, sendo que esse esforço foi coroado com o início do programa de implantes cocleares que aconteceu em agosto de 2007, com o nosso primeiro implante coclear numa criança de 5 anos, hoje já com uma evolução muito satisfatório e com um desempenho de linguagem muito superior ao que apresentava antes com o uso de próteses auditivas convencionais.Estamos realizando também outros tipos de implantes como o BAHA e os implantes de ouvido médio, dependendo do estudo de cada caso e da decisão final da equipe como um todo.O serviço só foi possível devido a todo o apoio da equipe da USP chefiada pelo Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, que não mediu esforços para que o projeto fosse implantado com sucesso no Paraná.As cirurgias têm sido feitas através dos convênios médicos que fazem a liberação do

Page 45: O implante coclear é um dispositivo eletrônico de alta tecnologia

implante através de auditorias e perícias, e comprovada a indicação, ocorre a liberação.

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Dr. Rogério Hamerschmidt