4
A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto. A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens. O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu cami- nho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira). Iª Leitura: Act 12, 42 - 47; Salmo Responsorial: Salmo 117 (118); IIª Leitura: 1 Pedro 1, 3 - 9; Evangelho: Jo 20, 19 - 31. O JOANINO Nº 939 16 a 22 de abril de 2017 DOMINGO DE PÁSCOA

O JOANINO - Paróquias de Ribeira, Fornelos e Serdedelo · to mais preciosa que o ouro perecível, que se ... cheia de fé, consciente dos seus limites ... descobrir o fio condutor

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O JOANINO - Paróquias de Ribeira, Fornelos e Serdedelo · to mais preciosa que o ouro perecível, que se ... cheia de fé, consciente dos seus limites ... descobrir o fio condutor

A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de

uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo

concreto que confirma tudo isto.

A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e

que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta

dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.

O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado,

que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser

geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu cami-

nho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida

plena, a vida verdadeira).

Iª Leitura: Act 12, 42 - 47;

Salmo Responsorial: Salmo 117 (118);

IIª Leitura: 1 Pedro 1, 3 - 9;

Evangelho: Jo 20, 19 - 31.

O JOANINO Nº 939 – 16 a 22 de abril de 2017

DOMINGO DE PÁSCOA

Page 2: O JOANINO - Paróquias de Ribeira, Fornelos e Serdedelo · to mais preciosa que o ouro perecível, que se ... cheia de fé, consciente dos seus limites ... descobrir o fio condutor

LITURGIA DA PALAVRA

Domingo da Divina Misericórdia

23 de abril de 2017

Primeira Leitura:

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Os irmãos eram assíduos ao ensino dos

Apóstolos, à comunhão fraterna, à frac-

ção do pão e às orações. Perante os inu-

meráveis prodígios e milagres realizados

pelos Apóstolos, toda a gente se enchia

de temor. Todos os que haviam abraçado

a fé viviam unidos e tinham tudo em

comum. Vendiam propriedades e bens e

distribuíam o dinheiro por todos, confor-

me as necessidades de cada um. Todos os

dias frequentavam o templo, como se

tivessem uma só alma, e partiam o pão

em suas casas; tomavam o alimento com

alegria e simplicidade de coração, lou-

vando a Deus e gozando da simpatia de

todo o povo. E o Senhor aumentava todos

os dias o número dos que deviam salvar-

se.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Dai graças ao Senhor, porque Ele é

bom, porque é eterna a sua misericórdia.

Ou: Aclamai o Senhor, porque Ele é

bom: o seu amor é para sempre.

Segunda Leitura: Leitura da Primeira Epístola de São

Pedro

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor

Jesus Cristo, que, na sua grande miseri-

córdia, nos fez renascer, pela ressurreição

de Jesus Cristo de entre os mortos, para

uma esperança viva, para uma herança

que não se corrompe, nem se mancha,

nem desaparece. Esta herança está reser-

vada nos Céus para vós que pelo poder de

Deus sois guardados, mediante a fé, para

a salvação que se vai revelar nos últimos

tempos. Isto vos enche de alegria, embora

vos seja preciso ainda, por pouco tempo,

passar por diversas provações, para que a

prova a que é submetida a vossa fé – mui-

to mais preciosa que o ouro perecível,

que se prova pelo fogo – seja digna de

louvor, glória e honra, quando Jesus Cris-

to Se manifestar. Sem O terdes visto, vós

O amais; sem O ver ainda, acreditais n’E-

le. E isto é para vós fonte de uma alegria

inefável e gloriosa, porque conseguis o

fim da vossa fé: a salvação das vossas

almas.

Palavra do Senhor.

Aleluia: Jo, 20, 29´

Disse o Senhor a Tomé: «Porque Me

viste, acreditaste; felizes os que acreditam

sem terem visto. Evangelho: Jo 20, 19 – 31.

O TODO PODEROSO

FEZ EM MIM MARAVILHAS

Podemos definir revolucionária esta

oração de Maria: o cântico duma jovem

cheia de fé, consciente dos seus limites

mas confiante na misericórdia divina.

Esta mulher corajosa dá graças a Deus,

porque olhou para a sua pequenez e tam-

bém pela obra de salvação que realizou

no povo, nos pobres e nos humildes. A fé

é o coração de toda a história de Maria. O

seu cântico ajuda-nos a compreender a

misericórdia do Senhor como motor da

história, tanto a história pessoal de cada

um de nós como a da humanidade inteira.

Quando Deus toca o coração dum

jovem, duma jovem, estes tornam-se

capazes de ações verdadeiramente gran-

diosas. As «maravilhas» que o Todo-

poderoso fez na existência de Maria

falam-nos também da viagem da nossa

vida, que não é um vagar sem sentido,

mas uma peregrinação que, não obstante

todas as suas incertezas e tribulações,

Page 3: O JOANINO - Paróquias de Ribeira, Fornelos e Serdedelo · to mais preciosa que o ouro perecível, que se ... cheia de fé, consciente dos seus limites ... descobrir o fio condutor

Como a jovem Maria, podeis fazer com

que a vossa vida se torne instrumento

para melhorar o mundo. Jesus chama-vos

a deixar a vossa marca na vida, uma mar-

ca que determine a história, a vossa histó-

ria e a história de muitos (cf. Discurso na

Vigília, Cracóvia, 30/VII/2016).

Ser jovem não significa estar desco-

nectado do passado Maria ultrapassou há pouco a adoles-

cência, como muitos de vós. E todavia,

no Magnificat, dá voz ao louvor do seu

povo, da sua história. Isto mostra-nos que

ser jovem não significa estar desconecta-

do do passado. A nossa história pessoal

insere-se numa longa esteira, no caminho

comunitário dos séculos que nos precede-

ram. Como Maria, pertencemos a um

povo. E a história da Igreja ensina-nos

que, mesmo quando ela tem de atravessar

mares borrascosos, a mão de Deus guia-a,

fá-la superar momentos difíceis. A verda-

deira experiência de Igreja não é como

um flashmob em que se marca um encon-

tro, faz-se uma representação e depois

cada um continua pelo seu caminho. A

Igreja traz consigo uma longa tradição,

que se transmite de geração em geração,

enriquecendo-se ao mesmo tempo com a

experiência de cada indivíduo. Também a

vossa história encontra o seu lugar dentro

da história da Igreja.

Fazer memória do passado é útil tam-

bém para acolher as intervenções inéditas

que Deus quer realizar em nós e através

de nós. E ajuda a abrir-nos para sermos

escolhidos como seus instrumentos, cola-

boradores dos seus projetos salvíficos.

Também vós, jovens, podereis fazer

maravilhas, assumir responsabilidades

enormes, se reconhecerdes a ação miseri-

cordiosa e omnipotente de Deus na vossa

vida.

Deixai-me pôr-vos algumas perguntas:

Como é que «salvais» na vossa memória

os acontecimentos, as experiências da

vossa vida? Que fazeis com os factos e as

imagens gravadas nas vossas recorda-

ções? A alguns, particularmente feridos

pelas circunstâncias da vida, poderia vir a

vontade de «resetar» o seu passado, valer

-se do direito ao esquecimento. Mas que-

ria lembrar-vos que não há santo sem

passado, nem pecador sem futuro. A

pérola nasce duma ferida da ostra! Com o

seu amor, Jesus pode curar os nossos

corações, transformando as nossas feridas

em verdadeiras pérolas. O Senhor, como

dizia São Paulo, pode manifestar a sua

força através das nossas fraquezas (cf. 2

Cor 12, 9).

Mas as nossas recordações não devem

ficar todas comprimidas, como na memó-

ria dum disco rígido. Nem é possível

arquivar tudo numa «nuvem» virtual. É

preciso aprender a fazer com que os fac-

tos do passado se tornem realidade dinâ-

mica, refletindo sobre ela e dela tirando

lições e sentido para o nosso presente e

futuro. Tarefa difícil, mas necessária, é

descobrir o fio condutor do amor de Deus

que une toda a nossa existência.

Muitos dizem que vós, jovens, sois des-

memoriados e superficiais. Não concordo

de maneira alguma! Mas é preciso reco-

nhecer que, nestes nossos tempos, há

necessidade de recuperar a capacidade de

refletir sobre a própria vida e projetá-la

para o futuro. Ter um passado não é o

mesmo que ter uma história. Na nossa

vida, podemos ter tantas recordações,

mas delas… quantas constroem verdadei-

ramente a nossa memória? Quantas são

significativas para os nossos corações e

ajudam a dar um sentido à nossa existên-

cia? Os rostos dos jovens, nas «redes

sociais», aparecem em muitas fotografias

que contam acontecimentos mais ou

menos reais, mas de tudo isso não sabe-

mos quanto seja «história», experiência

Page 4: O JOANINO - Paróquias de Ribeira, Fornelos e Serdedelo · to mais preciosa que o ouro perecível, que se ... cheia de fé, consciente dos seus limites ... descobrir o fio condutor

FICHA TÉCNICA Propriedade: Paróquia de S. João da Ribeira • Diretor: Pe. Manuel de Almeida e Sousa

• Publicação: Semanal • Tiragem: 350 Ex. tel. 258 944 132 • E-mail: [email protected] • Site: www.paroquias-ribeira-fornelos-serdedelo.com - Isento a) nº 1 art 12º DR 8/1999 de 9 de junho.

Dia Hora Intenções

Seg. 17

07:00 - José de Matos Gonçalves e Esposa - m. c. sobrinha Filomena Gonçalves.

Terça 18

19:30 - VIIº Aniv. - Isaura Vieira de Sá e José António do Vale- m. c. filha Rosa.

Qua. 19

19:30

- Francisco Fernandes (aniv. nasc.), Pais e Familiares - m. c. irmã Filomena; - Joaquim Barbosa da Silva, Esposa e Filhos - m. c. filho Manuel.

Quin. 20

19:30

- Francisco Fernandes (aniv. nasc.), Pais e Familiares - m. c. irmã Teresa da Con-ceição; - António Dias Martins (aniv. nasc.), Esposa e Familiares - m. c. filha Lurdes (pg); - José Fernandes e Esposa Lucinda Almeida Vaz - m. c. Família.

Sáb. 22

19:15

Igreja da Cruz de Pedra: - Maria da Conceição Fernandes, Marido, Filho e Genro - m. c. filha Glória; - Santo António - m. c. Rita; - Maria de Jesus e Familiares - m. c. Marido (pg); - António Baptista Gonçalves e Maria D’Assunção D’Almeida - m. c. Família; - João Lopes Sequeiros e Família - m. c. filho Tomás; - Xº Aniv. - Manuel da Costa Morais e Maria da Glória Azevedo - m. c. Esposa.

Dom. 23

07:00

11:00

Domingo da Divina Misericórdia - Povo de Deus. - Iº Aniv. - Rosa de Jesus Guimarães Esteves - m. c. filha Ester; - Cândida de Matos Dias (29/30) - m. c. Família (pg); - Manuel Martins de Sá e Familiares - m. c. Esposa e Filhos (pg); - IVº Aniv. - Conceição Alves de Oliveira - m. c. filho João; - Adolfo Rodrigues Gonçalves, António Martins Gonçalves e Rosa Martins - m. c. Esposa; - Nossa Senhora da Cabeça e Santa Luzia - m. c. Filomena Oliveira; - Rosalina Lopes de Almeida, Marido e Familiares - m. c. Família.

Segunda-feira:

08:00 horas - Saída do Compasso Pascal para a esquadra de Crasto;

10:00 horas - Saída do Compasso Pascal para a esquadra da Ribeira a come-

çar nos Carreiros. Ao fim do «Compasso Pascal, clamor, agradecimentos e beijar

da Cruz.

Quinta-feira, 21:30 horas - Ultreia de Cursilhistas. SANTA PÁSCOA

Avisos