36
Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 5 - Número 50 - Junho de 2010 Mensal • Preço: 1 Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222 V V ALE ALE 1 GARRAF 1 GARRAF A DE VINHO A DE VINHO O Talho do Manel dá-lhe as boas vindas a 2010, oferecendo-lhe uma garrafa de vinho. Recorte o cupão de oferta e troque-o no Talho do Manel, por uma garrafa de vinho, ao comprar o produto seleccionado para a campanha. O Talho do Manel oferece-lhe vinho Campanha “Bem vindo a 2010” Campanha “Bem vindo a 2010” Recorte este cupão última edição Acabou! Saiba tudo na Grande Entrevista com Abel Matos Santos. Prémio SHIP 2010 JC mais uma vez distinguido! Notícia na pág. 7 O Jornal de Coruche acaba hoje! 4 anos e 50 números depois do seu início, a referência jornalística em que se tornou, termina devido a inaceitáveis pressões. Ao acabar o JC, Coruche perde um elemento de cultura e pluralismo, perde um embaixador da nossa terra!

O Jornal de Coruche

  • Upload
    buikhue

  • View
    267

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Jornal de Coruche

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins • Ano 5 - Número 50 - Junho de 2010 • Mensal • Preço: €1 • Registo ERC 124937 • ISSN 1646-4222

VVALEALE1 GARRAF1 GARRAFA DE VINHOA DE VINHO

O Talho do Manel dá-lhe as boas vindas a 2010,oferecendo-lhe uma garrafa de vinho.

Recorte o cupão de oferta e troque-o no Talho do Manel, por uma garrafa de vinho,ao comprar o produto seleccionado para a campanha.

O Talho do Manel oferece-llhe vinho

Campanha “Bem vindo a 2010”

Campanha“Bem vindo a 2010”

Recorte este cupão

última edição

Acabou!

Saiba tudo na Grande Entrevista com Abel Matos Santos.

Prémio SHIP 2010

JC mais uma vez distinguido!Notícia na pág. 7

O Jornal de Coruche acaba hoje! 4 anos e 50 números depois do seu início,a referência jornalística em que se tornou, termina devido a inaceitáveis pressões.

“Ao acabar o JC, Coruche perde um elemento de cultura e pluralismo, perde um embaixador da nossa terra!”

Page 2: O Jornal de Coruche

Em jeito de introdução come-ço por agradecer a todos aquelesque tomam neste momento o “OJornal de Coruche” em mãos.Seja por curiosidade, amizade,respeito ou por mera maledicên-cia, por isso mesmo o meu obri-gado, de resto, pelo benefício dadúvida, pelo apoio e pela com-preensão, em meu nome e emnome do “O Jornal de Coruche”.

Foi assim em Fevereiro de2008, quando pela primeira vezescrevi um editorial para o Jornalde Coruche, foi o meu primeirotexto para o público (exceptuan-do uma vez em que escrevi umpequeno texto para o jornal daminha universidade).

Quando somos mais novostemos os nossos sonhos, ideali-zamos a nossa vida futura, con-struímos os nossos castelos.

Como estudante de comuni-cação ambicionava trabalhar

num grande jornal da nossapraça, ser repórter, ir para aqui epara ali, investigar, descobrir,escrever. Escrever sem mais não.Mas, como quase tudo na vida,não é como sonhamos ou comoidealizamos, a vida deu outravolta e o jornalismo foi esqueci-do e guardado na mais fundagaveta do meu armário.

Quando surgiu o Jornal deCoruche, fiquei surpreendido.Estava habituado à publicidade,às necrologias e às pequenasnotícias do também saudoso “OSorraia” que nessa altura já tinhaacabado.

E surpreendido porquê?Porque com tantos coruchenses ahabitar em Coruche, foi umCoruchense a viver e a trabalharem Lisboa que teve a coragem decriar um jornal, para esta terraque por vezes é tão ingrata paracom aqueles que tentam fazer

alguma coisa por ela. Parabénspela tua coragem Abel!

Tornei-me leitor assíduo doJC.

Dois anos após a primeiraedição, sou surpreendido comum convite para ser Director doJornal de Coruche. Eu? Masporquê eu? Estarei a sonhar? Porfavor belisquem-me. Foi esta aminha primeira reacção.

Depois de uma longa conver-sa com o amigo Abel MatosSantos (apesar de não nos ver-mos há alguns anos) achou quetinha o perfil ideal para dar con-tinuidade ao seu trabalho. Aceiteio convite e dediquei-me de corpoe alma ao Jornal de Coruche, umpart-time quase a full-time, mui-tas noites perdidas, muitas pes-tanas queimadas, muitos cigarrosfumados. E quando fui a ver ojornalismo fazia parte da minhavida! Aquilo que um dia sonhei

para mim estava agora a aconte-cer.

As reacções foram as maisvariadas, houve os que apoiaram,houve os que mal disseram.Houve os indiferentes, houve osfingidos (desses milhões), houveos que escreveram cartas anóni-mas a maltratar, houve os quetelefonaram a maltratar. Ou seja,de mau houve de tudo, mas dess-es não reza esta nem nenhumaoutra história. Desses só resta avontade de querer continuar equerer cada vez fazer mais e me-lhor.

Depois houve os que conhe-ciam o meu sonho, que me res-peitaram e ajudaram em tudo oque puderam. Os amigos, os ver-dadeiros amigos e é desses quereza a minha história, a minhapassagem pelo Jornal de Coru-che, do qual cesso funções decabeça bem erguida, de cons-ciência tranquila e com a certezade DEVER CUMPRIDO.

Obrigado a todos os colabo-radores que desinteressadamentecontribuíram para o sucessodeste projecto, António Gil Mal-ta, Brandão Ferreira, Ana Freitas,António Pereira, António Ma-nuel Tocha, Carlos Bacalhau,Carlos Palmeiro, Carlos Consig-lieri, Carlota Alarcão, Domingosda Costa Xavier, Floriano Bar-bas, Frederico Condeço, Freireda Silva, Hélder Roque, IsabelMiranda, João Alarcão, JoaquimLaranjo, Joaquim Tapada, JorgeRangel, José Carlos Pinto deSousa, Laura Macedo, LuísAntónio Martins, Luís Dias, Li-no Mendes, Luís Rafael Carlota,Manuel Amaro Bernardo, Marí-lia Abel, Marina Jorge, MatosChaves, Marta Costa Almeida,Mário Justino Silva, Mário Gon-çalves, Mónica Tomaz, PedroAguiar, Rodrigo Taxa, Rui Duar-te, Telma Caixeirinho, VascoMantas, Vanessa Sofia Caetano eVitorio Rosário Cardoso.

Obrigado à Escola Profis-sional de Salvaterra pelos extra-ordinários estagiários que traba-lharam comigo no JC.

Obrigado ao Dr. António JoséRosa pela colaboração prestadamensalmente.

Um obrigado especial ao Joa-quim Mesquita, porque na hora

em que precisei dele não baixouos braços.

Ao Campo Pequeno, nas pes-soas do Maestro Rui Bento e doDr. Paulo Pereira pela parceriadesenvolvida em prol da FestaBrava.

Um obrigado também espe-cial ao amigo Paulo Fatela quesempre apoiou nas horas difíceis.

Obrigado ao Dr. DiamantinoDiogo, ao Pedro Orvalho e àCMC.

Um grande obrigado a todosos assinantes e anunciantesporque sem eles não seria possí-vel sustentar economicamenteeste projecto.

Obrigado Isabel.Obrigado Henrique.Obrigado Manel, és um gran-

de gráfico.Obrigado Sr. Manuel Alves

dos Santos, pelo amigo que é epela ajuda que sempre me deu.

Obrigado Pedro Boiça porme ajudares no comando destebarco.

Um obrigado ao meu irmãoLuís António Martins, por tam-bém ajudares a desarrumar agaveta onde tinha o jornalismoguardado.

Agradeço aos meus pais,sogros e à Titi, pelo apoio quesempre me deram, quer nosbons, quer nos maus momentos.

À minha mulher, agradeço--lhe a ajuda preciosa que me deuem todas as edições. O confortoque me dava quando me sentiadesamparado. A paciência queteve comigo ao sacrificar-se a elapor causa dos meus compromis-sos. Obrigado Maria José.

E por último, Obrigado Abel,pela oportunidade que me deste,obrigado pelas vezes que me aju-daste quando precisava! Porvezes discordámos em algumascoisas, mas tudo se resolvia. Ésum Homem com H grande, cora-joso e aventureiro. Obrigadomeu amigo! Tudo de bom para tie para a tua família.

Quanto a si caro leitor, resta--me despedir-me, e, quem sabese não nos voltaremos a encon-trar para o mês que vem?

___José António Martins

Director do Jornal de Coruche

2 O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010

EE D I TD I T O R I A LO R I A L

O Fim…

www.ojornaldecoruche.com • [email protected] • tlm. 91 300 86 58

FAÇA A SUA ASSINATURANacional 20 € • Resto do Mundo 30 €

PAGUE A SUA ASSINATURA OU PUBLICIDADENIB: 0045 5170 4021 8445 9592 4

Membro daParceiro da Prémios SHIP

Impr

ensa

Reg

iona

l20

07, 2

008,

200

9 e

2010

Fundador e Proprietário do Título: Abel Matos Santos ([email protected])Director: José António Martins ([email protected])Redacção: Rua Júlio Maria de Sousa, 36 – R/C 2100-192 CorucheAgenda e Notícias: [email protected] Fax: 243 677 344 • Tlm: 91 300 86 58Redacção: José António Martins (TE-626) Pedro BoiçaEditor: ProSorraia – NIPC: 508 467 403 Registo ERC: 124937 Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal Paginação e Grafismo: Manuel Pinto Assinaturas, Publicidade e Contabilidade: 91 300 86 58 • [email protected]ão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, António Gil Malta, Brandão Ferreira, Carlos Consiglieri, CarlosBacalhau, Carlos Palmeiro, Domingos da Costa Xavier, Floriano Barbas, Joaquim Mesquita, Luís Rafael Carlota, MartaCosta Almeida, Mário Gonçalves, Mónica Tomaz, Paulo Fatela,Rui Duarte, Telma Caixeirinho, Cáritas, GIRPI-CMC,CRIC, MIC.Fotos: Abel Matos Santos, Carlos Palmeiro, Joaquim Mesquita, José António Martins, Manuel Pinto, Paulo Fatela, PedroBoiça, Pedro Aguiar, CRIC, GIRPI - CMC.Web: Henrique Lima

Ediç

ão d

e 7/

06/2

010

Page 3: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 3

Porque acaba o JC?É sabido que vivemos tempos

difíceis e um jornal que se colo-ca afastado e não dependente daasfixia política tem sempre maisdificuldades em se manter, ape-sar do JC sempre ter cumpridoescrupulosamente os seus com-promissos.

Contudo, desde há algunstempos que as pressões se têmfeito notar sobre a direcção dojornal, em especial sobre a suaorientação e em particular sobrea minha pessoa, devido às mi-nhas posições e ao meu entendi-mento sobre a realidade das coi-sas.

Mas isso é razão para ter-minar este projecto editorial?

Só por si não seria, mas acon-tece que o jornal está circunscritoà realidade local e por isso mes-mo totalmente dependente dereceitas publicitárias, dado quenão recebe nenhum subsidio ouapoio, como por exemplo a Rá-dio Voz do Sorraia. Esta rádiorecebe todos os meses da Câma-ra de Coruche verbas para uti-lização de espaço radiofónico,razão pela qual ainda existe, senão há muito que teria fechado.Facilmente se percebe que destaforma, um órgão de comunica-ção não pode fazer bem o seu tra-

balho, com rigor e independência.O Jornal de Coruche acabou

por ficar numa situação, em quea publicidade é importante paramanter vivo o projecto, e a inde-pendência, mas os poderes insta-lados acabam por ter tentaçõesde interferência, como forma depressão ou mesmo para que esseórgão de comunicação social ter-mine.

Obviamente que a minha po-sição pública, tomada na Assem-bleia Municipal de Coruche, nopassado mês de Abril sobre o25/4 e publicada no número an-terior deste jornal, não agradou amuita gente que gravita na zona

de poder, agudizando esta situa-ção.

Então qual a solução?Sabe, olho sempre para as di-

ficuldades como uma oportuni-dade. Muitas soluções forampensadas e equacionadas. Acon-tece que a realidade é uma e aca-bamos por ter de ser pragmáticose realistas. A solução é terminareste projecto, que tem um carizmuito ligado à minha pessoa,pois mesmo não tendo nenhumaresponsabilidade editorial nosúltimos dois anos, essa ligaçãoexiste.

Por este motivo, abdico de serproprietário de um jornal ou seu

fundador, em prol da liberdadeinformativa que Coruche preci-sa, sendo claro que a solução éalargar a área de influência dojornal e criar uma nova publica-ção, para que Coruche continue ater um jornal e uma voz que sefaça ouvir, sacrificando assim aminha envolvência nesse novoprojecto.

O novo jornal assumirá oscompromissos previamente acor-dados pelo JC, até porque o direc-tor será o mesmo e toda a estru-tura se mantém, nomeadamentenos assinantes que continuarão areceber o novo jornal.

> continua na página seguite

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

Abel Matos Santos, tem 36 anos de idade, é Mestre emPsicologia da Saúde e Assistente Especialista de Psicologia Clínicado Hospital de Santa Maria em Lisboa.Nascido e criado em Coruche, daqui saiu para se formar académicae profissionalmente, nunca renegando as suas raízes, nem esqueci-do as suas origens e gentes.Em Abril de 2006 funda o Jornal de Coruche, devido ao jornal “OSorraia” ter acabado, sem existir alternativa, e por não quererdeixar a sua terra órfã de um meio de comunicação social escrito.Dirigiu a publicação até 2008, tornando-o numa referência local eregional, com impacto nacional através do seu suplemento deTauromaquia, dos seus artigos e de vários prémios de imprensaconquistados.Nessa altura, por motivos familiares e profissionais, passa aDirecção do Jornal de Coruche a José António Martins.Mais tarde passa a intervir politicamente em Coruche, através doMIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche, quefundou, mantendo sempre a transparência e a separação entre oplano político e o jornal de que é proprietário.O estatuto editorial e as várias posições públicas, que tomou aolongo das várias edições, deixaram clara a sua orientação e a dojornal. No entanto, nunca deixou de dar voz a todos e às opiniõesdiscordantes, e, também nunca se deixou submeter ao poderinstalado, caminho mais fácil para o sucesso.

Hoje, explica porque chega ao fim o Jornal de Coruche.

Page 4: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 20104

Afirma que existe censura?Alguém duvida disso!? A

censura actual, é uma censuraeconómica, bastante eficiente eque se nota a vários níveis. Bastarecordar o mais recente casoTVI.

Por aqui, pela nossa terra, elaé mais ou menos intensa, con-soante somos mais ou menospermeáveis a ela, mais ou menosdependentes. É praticada de vá-rios modos, nunca sendo assu-mida.

É uma censura sem rosto,muitas vezes praticada por aque-les que se afirmam contra ela.Hoje, simplesmente afastam-sepessoas, despedem-se jornalis-tas, fecham-se meios de comuni-cação ou… compram-se!

O JC marcou para semprea história de Coruche?

Penso que sim! O Jornal deCoruche teve muitas conquistasem muito pouco tempo. Tornou--se uma referência nacional como seu suplemento de tauroma-quia. Ganhou 4 anos consecu-tivos o Prémio SHIP ImprensaRegional e menções honrosas,entrevistou personalidades im-portantes e destacadas da vidapública portuguesa como um ex--presidente da República, publi-cou duas obras em livro, deu aconhecer a memória histórica deCoruche, apagada após 74, rege-nerou e recuperou para o pre-sente a memória de um dos maisilustres filhos de Coruche, oMajor Luís Alberto de Oliveira,sempre no respeito pela verdade,quase sempre ocultada às novasgerações.

Já para não falar em inúmerasconferências e debates que trou-xeram a Coruche personalidadescomo Zita Seabra, Daniel Sam-paio ou Brandão Ferreira, entremuitas outras, ou exemplos re-centes como a vinda de um depu-tado do CDS e a conferência des-ta semana com os deputados doPS e BE, que ainda moderarei.

O Campo Pequeno temsempre uma faixa do JC?

Sim, é verdade! Desde que apraça maior do País se abriurenovada, que a vila de Coruche,lá teve sempre o seu nome,através de uma faixa do Jornal deCoruche, presente em todas ascorridas.

Isto não é publicidade à nossaterra? Quanto vale isto em ter-mos publicitários? Agora que seinvestiram centenas de milharesde euros para colocar o nome deCoruche numa novela (dandouma imagem rude e ignorante

das nossas gentes, nada positivada nossa realidade), não seriatambém sensato apoiar finan-ceiramente um projecto editorialque se afirmou e destacou nopanorama nacional a vários ní-veis? Não parece ser o entendi-mento de alguns.

O JC deu voz a todos? Foitendencioso?

Penso que a forma como de-mos cobertura às últimas elei-ções autárquicas é a evidência deque demos voz a todos! Fomosos únicos, e repito os únicos, adar espaço, páginas inteiras, atodas as forças políticas para lácolocarem o que entendessem, eem iguais condições. Existe maisabertura do que esta?

Depois, em relação às ten-dências, alguém acusa o Avante

de ser tendencioso, ou o Expres-so, ou o Mirante? O Jornal deCoruche, como todos os jornais,tem um estatuto editorial, e énele que baseia a sua linha, sendoque isso nunca colidiu com o di-reito de resposta ou com a publi-cação de opiniões contrárias.Acontece isso nos outros jor-nais? Prova disto é o facto denunca termos tido queixas naERC. Sempre publicámos ver-dades e opiniões assinadas! Nun-ca publicámos nada no anonima-to ou com pseudónimos, podía-mos tê-lo feito, mas é contra anossa forma de estar, apesar determos recebido muita denúncia,muita queixa anónima, muitainformação grave e compromete-dora, que nunca publicamos pornão saber a fonte, ficando direc-

tamente em arquivo.Alguns afirmaram que o

JC era para promoção pes-soal? Que queria ser presiden-te da Câmara?

Sempre que ouvi isso, e ouvialgumas vezes, dava-me umavontade enorme de rir. Mas quepromoção pessoal podia obterem Coruche, se vivo em Lisboa,e se profissionalmente me en-contro realizado e é aqui que pos-so ter essa promoção pessoal!?

As diversas vezes que apa-reço na televisão, jornais ourevistas, é pela minha profissão,não por Coruche ou pelo jornal.

Quanto a ser presidente daCâmara, nunca o desejei, é in-compatível com a minha vidaprofissional e familiar. A maiorprova disso foi o facto de ter fun-

dado o MIC e me ter recusado aser candidato à Câmara de Co-ruche, apesar das muitas pres-sões para que isso acontecesse.

Agora o facto de não quererser presidente da Câmara, nãoimpede que deseje uma elevaçãoda vida cívica e política da minhaterra e que queira participar nelanum espírito nobre, desprovidode lógicas partidárias e de caci-quismos locais. O MIC faziafalta, sendo hoje uma realidade.Dinamizei esse projecto, commuitas outras pessoas, fui can-didato e eleito à Assembleia Mu-nicipal, que em consciência eraonde podia cumprir cabalmenteo lugar, caso fosse eleito.

Para os mais preocupados,posso ainda afirmar que não sereicandidato à Presidência da Câ-

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

Abel Matos Santos, fundador do Jornal de Coruche, > continuação da página anterior

Page 5: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 5

mara nas próximas eleições, talcomo sempre disse.

Para mim, o Presidente daCâmara de Coruche, além de terde ser uma pessoa nascida e cria-da em Coruche, que conheça asrealidades e as gentes locais, quenão precise da política para viver,deve também viver em Coruche.

Se vai ser criado um novojornal, mais abrangente, por-que não o integra?

Não quero que tenham qual-quer desculpa para não apoiaremum jornal da terra, gente da terra.Mas também não abdico das mi-nhas ideias e ideais, daquilo emque acredito, nunca me calareinem me acobardarei a nada!

Não quero que persigam onovo jornal por causa das minhasposições públicas enquanto depu-tado municipal e cidadão preocu-pado, como fizeram com o Jor-nal de Coruche.

Agora, o que não posso per-mitir é que o Jornal de Coruchese transformasse numa coisa quenão respeita o seu estatuto edito-rial e a sua linha de intervenção.

Assim, com a experiência

adquirida ao longo destes doisanos, o José António tem todasas possibilidades de desenvolvero seu próprio projecto editorial,criar a sua própria linha de orien-tação.

Desta forma, continua livrepara tomar as posições que enten-der, na certeza de que o novo jor-nal não poderá ser objecto derepresália política ou outra. Euestou fora!

Como lida com esta situa-ção?

Com a certeza de que tomeias decisões certas. Claro quetenho pena que algumas pessoassó pensem em defender a sua“quintinha”. Não conseguemperceber que projectos editoriaiscomo o Jornal de Coruche sãodesejáveis e importantes para oaprofundamento da cultura decidadania que, já se percebeu,não existe na sua plenitude e naqual muitos dos seus propaladosdefensores não a conseguemexercer, chegando a ter atitudes ecomportamentos primários, pró-prios de pessoas nada civiliza-das.

Ficará para a história e naconsciência de cada um, as ati-tudes que terão tido para que oJornal de Coruche fosse forçadoa terminar.

Contudo, sinto que valeu apena, que se agitaram consciên-cias e que muita gente tem hojeoutra informação e modo deolhar a realidade e o seu mundo.Foi também uma nova forma defazer jornalismo, através de con-teúdos, que alguns chamaram deintelectualizados, mas que atraí-ram muita gente, mesmo aquelesque não se reviam neles.

Dei o melhor de mim, a favorde Coruche e de um projectojusto. O futuro revelará a impor-tância relativa que o Jornal deCoruche teve.

Uma mensagem para oFuturo

Desejo o maior sucesso aonovo jornal “Lezírias” e esperoque todos possam apoiar estenovo projecto, em particular aautarquia de Coruche.

Faço votos para que a novageração de políticos e de pessoasque têm forçosamente de tomar

os destinos e a governação doConcelho e do País, possam teruma nova forma de fazer políti-ca, colocando os interesses daspopulações e das terras acimados interesses partidários.

Que se discuta ideologia e setenham posições diferentes, énormal e saudável, mas que nofim o superior interesse das co-munidades se sobreponha àsdiferenças e possamos todos deforma solidária, ajudar a realizarCoruche, e a melhorar a quali-dade de vida de quem cá vive,habita e trabalha.

Tenho a certeza que os daminha geração e mais novos, te-rão a capacidade de levar a caboesta transformação, sob pena deenveredarmos por um caminhoperigoso, desumano e destrutivo.

Tenho também de partilhar, oagradecimento sincero e recon-hecido, a todos aqueles que aju-daram o Jornal de Coruche, des-de a sua fundação, sem nadaesperarem.

Aqui incluo todos os colabo-radores e amigos do Jornal deCoruche, os coordenadores de

páginas e suplementos, as cente-nas de assinantes e de anun-ciantes.

Sem eles, nada disto teriasido possível, e, foi! Realizamoscom qualidade, rigor e muitoamor o nosso Jornal de Coruche.

O número 50 assinala o fimdeste jornal, mas também oprincípio de muitas realizações esonhos que seguramente sur-girão.

Um abraço a todos e até sem-pre!

____Entrevista de José António Martins

Fotos de Carlota Alarcão

diz porque chega ao fim este projecto editorial.

ALTERAÇÃO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTODA JUNTA DE FREGUESIA

Jacinto Amaro de Oliveira Barbosa, Presidente da Junta de Fre-guesia de Coruche, nos termos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setem-bro, Artigo 38.º, alínea h), com as alterações introduzidas pela Lein.º 5-A/2000, de 11 de Janeiro, torna público que:

A partir de dia 14 de Junho do corrente, o horário de abertura aopúblico da Junta de Freguesia de Coruche será alterado.

Assim, a Junta de Freguesia passará a abrir diariamente, entreSegunda e Sexta-feira, pelas 08:00 horas.

Face à alteração do actual horário de funcionamento, o mesmopassará a ser o seguinte:

De Segunda a Sexta-Feira08:00 Horas às 12:30 Horas14:00 Horas às 16:30 Horas

Para constar se passou o presente e outros de igual teor, quevão ser legalmente afixados nos locais habituais e publicados numJornal da região.

Junta de Freguesia de Coruche, 09 de Junho de 2010.

O Presidente da Junta

(Jacinto Amaro de Oliveira Barbosa)

EDITAL

FREGUESIA DE CORUCHE

Todas as ediçõesvão continuar a estar

disponíveis, na internet,para quem pretender

reverou consultar informação

única sobre Coruche,no endereço

www.ojornaldecoruche.com

Page 6: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 20106

A todos os Patriotas, Combatentes e suas Famílias.Este ano, o 10 de Junho realizará uma especial homenagem às Mães e Mulheres dos Combatentes. Será oradora a viúva do Herói de Diu, SenhoraD.ª Maria do Carmo de Oliveira e Carmo.Torna-se imperativo passar a mensagem não só aos Combatentes mas a todos as Famílias Portuguesas que mantêm vivos os Valores Patrióticos.Será seguramente uma bonita e muito digna cerimónia, celebrando VALORES que o nosso Portugal de hoje tanto necessita.Lá vos esperamos!____Francisco de Bragança v. UdenComissão Executiva

Comemoraçõesdo Dia 10 de JunhoXVIEncontro Nacionalde Combatentes 2010

Page 7: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 7

Após 3 anos consecutivosonde ganhou o primeiro prémio evárias menções honrosas, “OJornal de Coruche”, volta a serpremiado pela Sociedade His-tórica da Independência de Por-tugal (SHIP) com 2 mençõeshonrosas no prémio anual desti-nado a galardoar as melhorespublicações que tenham a vercom a independência nacional.

O primeiro prémio foi para oProf. Dr. Eduardo Ferraz da Rosacom um conjunto de artigos pu-blicados em vários jornais aço-rianos sobre o tema “A Restau-ração como ideal nacional”.

As duas menções honrosasganhas pelo periódico Ribateja-no “O Jornal de Coruche” forampara o artigo do Sr. Coronel Ma-nuel Amaro Bernardo intitulado“Portugal homenageia os co-mandos guineenses fuziladosque combateram no exércitoportuguês” e para o Sr. Ten. Cor.Brandão Ferreira , num conjuntode 7 artigos intitulados “D. Nuno

Álvares Pereira. Um Portuguêsde Excepção; A República daGuiné Bissau e Portugal; OPREC não acaba; Uma coisabem feita; Será Portugal umaDemocracia?; Outra vez os sub-marinos”.

A Joaquim Coutinho, foi atri-buída uma terceira menção hon-rosa com o artigo “A penínsulaibérica e o nascimento de Por-tugal” publicado no jornal “Avoz de Paço de Arcos”.

Informação: O Jornal deCoruche foi fundado em Abril de2006 por Abel Matos Santos,tendo actualmente como Direc-tor José António Martins. É umjornal mensal de cariz informati-vo e formativo, tendo sido pre-miado pela SHIP logo no seu pri-meiro ano de existência. É umareferência nacional na área datauromaquia com o seu suple-mento dirigido por JoaquimMesquita. Tem uma circulaçãoefectiva de cerca de 3500 exem-plares/mês.

Tem colaboradores locais,regionais e personalidades nacio-nais, realizando inúmeras confe-rências com figuras de renomedo panorama nacional de diver-sas áreas do saber e da sociedade.

É ainda parceiro da RádioONU.

O Jornal de Coruche volta a vencernos “Prémios SHIP Imprensa Regional”

“Em Nome da Pátria”vence Prémio Livro

A entrega dos prémios SHIP 2010 foi no dia 24 de Maio, pelas 18 horas na sede da SHIP,no Palácio da Independência em Lisboa e contou com a presença do Secretário de Estado daDefesa Nacional.

O livro do colaboradordo Jornal de CorucheBrandão Ferreira, inti-tulado “Em nome daPátria” venceu o PrémioLivro da SHIP, pelo rigorhistórico e pela visão dequem combateu noUltramar, num tempo emque Portugal era doMinho e Timor.

O Prémio mais importante da SHIP foi esteano para o General Vasco Rocha Vieira, ex-Governador de Macau, entregue peloPresidente da Direcção Central da SHIP, Dr.Jorge Rangel, à mulher do galardoado por estese encontrar em missão oficial em Singapura.O prémio foi atribuído pelas suas extraor-dinárias capacidades enquanto militar e gover-nador de Macau, e, pelos elevados serviçosprestados à Pátria.Jorge Rangel, não deixou se sublinhar que“não se fez justiça ao general Rocha Vieira,pelas mais altas individualidades do Estado,que não souberam merecer, nem estão à alturade tão elevada personalidade”.

Vasco Rocha Vieiragalardoadocom o PrémioAboim Sande Lemos

Page 8: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 20108

Numa amena noite de Pri-mavera, que convidava os coru-chenses a deixarem a rotina doseu lar e a surpreenderem-se como brilho do primeiro Sarau Bar-roco aqui realizado no âmbito doProjecto de Turma do 11.º D,num crescendo de emoções, re-viveu-se o ambiente das festas dacorte de D. João V, “O Magnâ-nimo” (papel desempenhado pe-lo aluno André Silva). Coube aosCondes de Murça (David Nunese Joana Simões), ilustres repre-sentantes da nobreza local, ahonra de organizarem o Sarau,que teve como mestre-de-ceri-mónias o Servidor de Sua Ma-jestade, o Duque de Aveiro (ocronista deste evento).

O rei e a rainha, D. Maria Ana(Ana Rita Ribeiro), abriram oSarau saindo de um coche, gen-tilmente cedido pela Herdade daAgolada de Cima.

Em seguida, pela passadeiravermelha, desfilou a fina-flor danobreza lusa do primeiro quartelda centúria de oitocentos: alémdos já mencionados nobres anfi-triões, percorreram o caminho dafama e da glória os Duques deLafões (João Paulo Lopes e AnaCarolina Carvalho), a Duquesade Cadaval e filhas (Profª PaulaAlves, Soraia Silva e Teresa Ri-beiro), a Marquesa de Távora efilhas (Profª Luzia Silva, AnaCláudia Marques e Patrícia Ra-mos), as Marquesas de Fronteira

(Catarina Machado e DéboraGalvão) e a Marquesa de Angejae filhas (Daniela Rosa, CatarinaCatita e Tânia Prates – recepcio-nista do Museu).

O maneirismo do estilo bar-roco, o contraste entre a sua opu-lência e a demanda da espirituali-dade, foram sendo exibidos atra-vés da poesia, da música e dadança. Os jovens deleitaram opúblico com a frescura das suasdeclamações e a graciosidade dosseus passos. A Sociedade Instru-ção Coruchense evocou compo-sitores célebres, enquanto o can-to lírico, bem timbrado pela pro-fessora da E. S. de Salvaterra deMagos, Raquel Oliveira, fez vi-brar a assistência. Mas o apogeu

da noite foi atingido com a re-citação do Sermão de Santo Antó-nio aos Peixes, do padre AntónioVieira, vulto da nossa históriaque foi admiravelmente incarna-do pelo talento do jovem, JoséManuel Cordeiro.

No final do sarau, pelo perso-nagem que representou o Duquede Aveiro foi apresentada a expo-sição comemorativa do Ano In-ternacional da Biodiversidade“Etnobotânica e Micologia deCoruche”, inaugurada nessa noi-te (22 de Maio é o Dia Interna-cional da Biodiversidade) e pa-tente ao público até 25 de Julho.Trata-se de uma exposição foto-gráfica que retrata a riqueza natu-ral e histórico-cultural das encos-

tas a poente da vila, um autênticorefúgio de biodiversidade, mastambém com importantes nichosarqueológicos, que é dever de to-dos preservar. Após as palavrasde agradecimento e encerramen-to pelo personagem Duque deAveiro, o sarau terminou emautêntico clima de apoteose.

Um êxito que só foi possívelgraças à infatigável colaboraçãoda Câmara Municipal, uma par-ceria que mais uma vez voltou adar frutos: a este respeito, mere-cem ainda destaque as professo-ras Teresa Nunes e Elisa Con-deço, pela Escola Secundária, e aDra. Isabel Chaparro e a Arq.Maria do Castelo Morais pelaautarquia.

António Gil Malta

AMBIENTE E SOCIEDADE

Coordenador do ProjectoNichos Pedagógicos

22 DE MAIO – O DIA “B”:DE BARROCO E DE BIODIVERSIDADE

A Escola Secundária no Museu Municipal

Quando os sons e as imagens de um Power Point evocativo da época barroca, da autoria da professora de história LuziaSilva, começaram a ser projectados no pátio do Museu de Coruche, criou-se a atmosfera propícia para uma noite cultural

memorável e única nesta latitude transtagana.

Page 9: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 9

OPINIÃO

Decorreu nos pretéritos dias 3 e 4 deMaio, na Gulbenkian, um colóquio sobre aenvolvente externa que condicionou o eclodirdas operações de guerrilha no Ultramar por-tuguês e o ataque a Goa, Damão e Diu e queacompanhou o desenrolar do conflito nosanos 50, 60 e 70 do século XX.

No primeiro dia constava na lista deoradores o cidadão Manuel Alegre (MA), aque o panfleto que enunciava o programatinha filantropicamente antecedido de um“Dr”, título a que, em abono da verdade, onosso poeta nunca reivindicou. A sua “ora-ção” não tinha título, era anunciada apenascomo “um depoimento”. Achei curioso e fuiassistir.

O orador que acompanhava MA naerudição da sessão, era o embaixador NunesBarata que me merece um comentário. O Sr.embaixador juntou um conjunto de factosirrefutáveis, fez uma análise bem estrutura-da mas tirou, creio, um conjunto de ilaçõeserradas. É humano olhar para factos e inten-ções, cruzá-los e chegar-se a conclusõesdiferentes. Por isso o contraditório e o estu-do imparcial das questões é tão importante.Quando a premência das decisões e a in-certeza do amanhã, se abatem sobre as per-sonalidades com as responsabilidades domomento, a análise é uma; quanto estaanálise pode ser feita décadas depois, comtudo serenado e os arquivos disponíveis, atarefa torna-se mais fácil.

Ora o que o sr. Embaixador defendeu,parece-me, foi que a conjuntura interna-cional era de tal modo adversa a Portugal eos “ventos da História” tão irreversíveis quesó restava ao governo português ceder,adaptar-se e ir na onda. Isto é, fazer umapolítica que fosse ao encontro dos interessesalheios e não dos nossos. É natural que seeste sentimento prevalecer, a maioria dosdiplomatas vai para o desemprego...

Mas o mais perturbador é que todo o dis-curso do sr. Embaixador apontava, algodescaradamente, para a “compreensão” daacção dos nossos inimigos e “amigos”/alia-dos, como se eles dispusessem do monopó-lio da verdade e do acerto e ao governo por-tuguês de então – que se limitou a defendera sua terra e as suas gentes – tenha destina-do o amplexo do erro! E gostaria que o sr.Embaixador explicasse qual foi a época danossa História em que tivemos uma conjun-tura internacional favorável e que não noscustasse um extenso lençol de trabalhos,crises e perdas. E porque apelidou a posiçãodos governos portugueses de então, de irre-alismo e de meter o país num beco semsaída.

Creio que não será difícil ao sr. Embai-xador perceber que se nos quiséssemos sen-tar à mesa com Nerhu ou com os dirigentesdos movimentos que nos atacavam, tendo asgrandes potências por detrás, e transferísse-mos calmamente a soberania para eles, isso

nos evitaria, a nós, um ror de chatices e aeles o incómodo de montar operações políti-cas, diplomáticas e militares, sempre desa-gradáveis.

Mas a que título e à pala de que princí-pios é que o faríamos? Se os seus “colegas”que actuaram no tempo da Restauração,pensassem assim talvez não estivéssemos naFundação do Arménio que gostou da nossahospitalidade, mas sim no Parque do Retiro,em Madrid, a beber umas “cañas”. E ficopor aqui.

Agora vamos ao grande defensor da“Ética Republicana”.

MA aproveitou a ocasião para fazer umabreve explicação/branqueamento do seupercurso como militar e defensor dos movi-mentos nacionalistas (ao serviço da GuerraFria). E não se coibiu, no fim, de elogiar ocomportamento das FAs portuguesas du-rante o conflito e afirmar que não forambatidas no terreno. Mais, que os territóriosse desenvolveram apesar da guerra. Regis-tamos a evolução, que é de monta!

Explicou que não desertou, pois foipreso pela Polícia Militar (por actividadessubversivas e de conluio com o inimigo) epassado à disponibilidade, altura em que lhefoi instaurado um processo pela PIDE, aindaem Luanda. Teve oportunidade de fugir e

chegar a Argel. Daí para a frente o seu per-curso é conhecido.

No período de debate coloquei-lhe aseguinte questão: “como sabe as FAs têmvárias forças suas a actuar em diferentesteatros de operações no estrangeiro. A últi-ma unidade a partir, foi uma companhia decomandos, para Cabul. Vamos supor que eu,cidadão português, me metia num avião e iapara o Cairo, para Tripoli, ou Casablancaque é aqui mais perto, ou talvez Argel. Reu-nia-me lá com mais uns amigos que não con-cordassem com esta política, fundava umarádio e passava a emitir textos de apoio aostalibãs, incitando os militares portugueses àdeserção, passando informações ao IN, etc.

A pergunta é esta: como é que o senhorreagiria a isto, o que é que me chamaria? Eacrescentei (pois já adivinhava a resposta): “e não me venha dizer que antigamente erauma ditadura e agora estamos em democra-cia; porque, mesmo que fosse assim, talfacto é marginal à questão”.

Calejado por uma tarimba dialéctica demuitas décadas, o vate não se perturbou erespondeu, incidindo a justificação justa-mente na dualidade ditadura vs democracia;liberdade vs censura. Acrescentou quedefendia a ida das tropas portuguesas para oAfeganistão, pois tudo fora discutido demo-

craticamente e a pedido da NATO, de quefazíamos parte e que se teria invocado o arti-go 5º (o ataque a um é um ataque a todos).E, ufano, declarou algures que se fosse hojefaria tudo na mesma. Deixando a questão daNATO e a razão do envolvimento portuguêsque está longe de ser pelas razões que invo-cou, e registando a coerência no erro, vamosconcentrar-nos na inacreditável argumen-tação que só pode ter origem numa grandeconfusão de conceitos, e má consciência.Ou ausência dela.

Devemos ver, em primeiro lugar, que ocrime de traição é considerado em relação àPátria, não em relação a governos ouregimes. Não há traidores “democráticos”ou traidores a ditaduras, ou outra coisa qual-quer. A traição é sempre relativa a umacausa, um juramento, uma crença. O cida-dão MA quando foi para Argel não se limi-tou a combater o regime, consubstanciadonos órgãos do Estado, mas a ajudar objecti-vamente as forças políticas que nos embos-cavam as tropas. A não ser que conside-rassem essas tropas como fiéis apaniguadosdo regime, coisa que até hoje sempre des-mentiu.

Quando a Legião Portuguesa comanda-da pelo Marquês de Alorna (um maçónicoafrancesado) foi enviada para França com-bater no Exército de Napoleão, nunca veioincorporada nas invasões francesas justa-mente para não ter de atacar o seu própriopaís. Até os imperialistas napoleónicosperceberam isto!

E conhecerá MA algum governo de umpaís em guerra, que permita ou não se opon-ha a quem queira contestar a legitimidade doconflito em que estejam envolvidos – ouapoie o lado contrário? (lembra-se que naIIGM,os americanos até construiram cam-pos de internamento para os suspeitos?).

Para encurtar razões, que legitimidadetem o senhor para invocar a democracia e aliberdade, para justificar a sua acção emArgel, quando na altura era membro do PCP– uma das mais fiéis correias de transmissãodo Kremlin – e que, como se sabe, foi sem-pre um modelo de transparência, liberdade edemocracia?

Traição não tem, assim, que ver comataques a pessoas, instituições ou sistemaspolíticos, a não ser que os fins justifiquem osmeios. Traição tem mais a ver com carácter,ombridade e ser-se inteiro.

O “citoyen”MA continua a querer justi-ficar os maus conceitos que lhe povoam acabeça, deve ser por isso que adjectiva cons-tantemente a ética de “republicana”. A éticaé a ciência do Bem, vale por si só, não pre-cisa de adjectivos. Muito menos de adjec-tivos políticos…

Por isso, poupe-nos e não fale mais emPátria. A palavra soa mal na sua boca.

____

Manuel Alegre “combatente”,por quem?

João José Brandão Ferreira

TcorPilAv (ref.)Comd. Linha Aérea

Page 10: O Jornal de Coruche

Um antigo silêncio.A voz de um vendedor de música queecoa neste crepúsculo cinzento.Abafado. Os pingos que se sentem dequando em vez num intervalo do copodo costume. Lá longe como aqui, ummar agitado pelo rebento de juízos erra-dos sobre as coisas. Episódios sucedem--se ao ritmo de um vagar infantil,quente, suave.

Pupina, criança, aproxima-se e pergun-ta-me (penso) “o que aconteceu à tuapele” – respondo, “transformou-se,branquejou-se, morreu”. Os seus olhosagudos pela perspicácia da ingenuidadeexprimem compreensão e acordo, comoquem diz “cresceste, e o branco tam-bém”. O peixe escuta o diálogo, jámorto, fora de casa, enorme, barato,companheiro. Da mesma cadeira, avis-tam-se pescador, barco, peixeira, brasas

e cozinheira, todo o processo num raiode 20 metros, os olhos são dois artistasladrões, tudo roubam, modificam edepositam num baú de conexões quími-cas algures na retina de um céu sónosso, quando pensamos ser o cérebro oseu destino. Nada há de cerebral poraqui quando o instinto é soberano. Noaproximar de uma sombra, lê-se oalargar de um passo, num movimentode arbusto o afastar do corpo, num estô-mago ensurdecedor a primeira coisa queo cale (seja ela o que for), num corposemi-nu o simples certificar que ohomem é humano mas tem vezes que amulher não.

Diz-me Serafim o que é a vida? – per-gunto – “bíblia, comida e trabalho”.Mas Serafim sabes que quem trouxeDeus até aqui foram os mesmos quemataram os teus avós, “não, Deus já cáestava”. E estava, Serafim tem razão. A“transcendência” é tão velha quanto ohomem, mas os seus livros obrigatóriossão outra história mais recente e misté-rio-duvidosa. Sua mãe quer casar um

branco compensando a viuvez e os bol-sos, dá-me a sua fotografia para“mostrar aos brancos da Europa, algumhá-de casar com ela”, eu aceito, aceno eminto “talvez quem sabe, ela é bonita”.Serafim despede-se, vai rezar, trabalharou comer, afinal de contas, é essa aVida.

Que queres ser quando fores grandeElanga? “ter muito dinheiro”, solta ime-diato. Não é o que queres “ter” mas simo que queres “ser” que estou a pergun-tar. Pensativo, “qualquer coisa que medê muito dinheiro…quero ser rico”.Mas, Elanga ser rico não é nenhum tra-balho. Discorda, “claro que é, eu conheçomuitos ricos”. Também eu, e calo-me.

Hei “whiteman” já provaste mulherafricana?”. Já pois, é salgada e picante,serve-se com ervas selvagens, alho equiabos. “Não whiteman, estou a falarda verdadeira mulher africana…”. Ah!Essa…então diz-me, sabe a quê? Gritavigoroso, “ah whiteman, isso não seexplica, prova-se”. Afinal o tema, nãoera comida.

Regresso a casa, pelas colinas, os chim-panzés reunidos gritam agitados, aceleroo passo, penso pouco, penso nada, rio-medo que é realmente saber que não sesabe muito, principalmente em terras dealguém que não nós.

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201010

CRÓNICAS DE VIAGENSCamarões, Junho de 2009.

Lic. em Filosofia

Luis António Martins

Ecos de um macaco Urbano

Eles

Fotos da entrega das roupas e canetas vindas de Coruchenum orfanato local que serve de casa a cerca de 80 crianças.

Page 11: O Jornal de Coruche

ROSADO & CATITAMontagens de Alumínios, Lda.

Alumínios • Estores • Vidros• Gradeamentos • Banheiras

Mosquiteiros • Portões • Automatismos

ORÇAMENTOS GRÁTIS

Tel. 243 679 161Tlms. 938 526 652 • 939 064 534

Contacte e visite-nos em:Travessa dos Agoladas – Vale Mansos 2100-037 Coruche

LLaavvaaggeemm -- AAuuttooAlexandre Ferreira Casimiro

LLLLaaaavvvvaaaaggggeeeemmmm ddddeeeeestofos – motores

aspiraçãotratamento de plásticos

mudança de escovas limpa-vidros

uuuummmm vvvvaaaassssttttoooo sssseeeerrrrvvvv iiiiççççoooo aaaauuuuttttoooo aaaaoooo sssseeeeuuuu ddddiiiissssppppoooorrrr

Estrada da Lamarosa

TTTTllllmmmm:::: 99993333 888866663333 11118888 66662222

Bandas de Coruche – SnowFlakes

Este mês o Jornal de Coruche foi ao encontrode uma das bandas de garagem de Coruchedo momento – os SnowFlakes.

Entrevista aos SnowFlakes

Jornal de Coruche (JC) - Como se formou a banda?SnowFlakes (SF) – A banda já tinha existido há uns anos atrás

quando “ nós” tínhamos cerca de 15, 16 anos; num certo verão abanda difundiu-se cada um foi para seu lado, mas em cerca deSetembro de 2008 reunimo-nos outra vez, falamos uns com os outrose começamos a ensaiar novamente. Enquanto banda, nosso primeiroconcerto foi na Golegã em 27 de Setembro de 2008.

JC- E o vosso nome como surgiu?SF- O nosso nome surgiu numa brincadeira com os amigos quan-

do procurávamos um nome para a banda e ficamos os flocos de neveem homenagem aos rebuçados.

JC - Que tipo de música tocam?SF- A nossa banda quanto ao tipo de musica tocamos o estilo

Pop/Rock, tentámos criar um repertório que nos agrade a nós e ámaioria das pessoas.

JC- Quais são as vossas referências musicais?SF- As nossas referências musicais são imensas, desde os anos 60

até á actualidade sendo os mais emblemáticos por exemplo “TheDoors”, “The Beatles”, “Oasis”, “Quenn”, “Franz Ferdinand” ,“Duran Duran”…

JC - Acham que é difícil impor-se no panorama musicalnacional?

SF- É muito difícil dar o “salto”, é necessário muito tempodisponível para dedicar á banda o que é por vezes difícil, uma vez quecada elemento tem a sua ocupação profissional e nem sempre é fácilconciliar todos.

JC – Em que tipo de eventos costuma tocar?SF- Costumamos tocar acima de tudo em semanas da juventude,

bares e festas em geral.JC – Possuem originais ou só tocam covers?SF- Não, possuímos 2 originais nossos, um em inglês e outro em

português.

Os SnowFlakes são constituídos por:Laura Macedo – vozJoão Silvério – BaixoCarlos Asseiceira – Bateria Pedro Lamas – Guitarra

Entrevista por:Rui Duarte

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 49 • Maio de 2010 11

Page 12: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201012

Grand Theft Auto : Episodes from Liberty Cityé uma ascensão a GTA 4, em Episodes fromLiberty vamos ter duas histórias muito diferentes,The Lost and Damned, que retrata a história de ummotoqueiro, leva-nos percorrer as ruas de LibertyCity em motas estilo chopper , como membro deum dos Ganges de motoqueiros de Liberty City.Em The Ballad of Gay Tony vamos entrar na vidanocturna de Liberty City, onde as bebidas as mu-lheres os carros luxuosos vão passar a fazer parteda nossa vida. A Rockstar realizadora da obra-prima que é GTA, fez um excelente trabalho, noque diz respeito á narrativa do jogo, a maneiracomo estas duas histórias se cruzam com a históriade Niko Belic, o protagonista de GTA 4 é genial,vamos saber que foi o motoqueiro Johnny Klebitzque raptou o Roman o primo de Niko Belic, vamossaber que foi Gay Tony que interrompe a troca dos

diamantes que Niko efectua no Libertonian.Episodes from liberty é um titulo que é o rei daslicenças num vedeojogo, um titulo que para alemde graficamente estar perfeito, sonoramente estágenial, com estilo muito próprio, com programasde rádio personalizados, onde neste capituloaparece Max Cavalera (ex vocalista dos Sepultura)a fazer um programa de rádio, onde vamos poderouvir temas muito velhinhos dos primeiros temposdos Sepultura, entre outras bandas de vários estilosmusicais conhecidos de quem gosta de musica.Stories from Liberty oferece-nos para alem do storymode vários modos de jogo online, o que tornaGTA muito completo nesta vertente, para alem deser uma ascensão de GTA 4, Episodes from Libertyestá bastante completo e como sempre os seus pro-dutores conseguem nos surpreender e acima detudo encontra-se a um preço a ter em conta.

acção virtual Luís Rafael Carlota

Analista de jogos de consola e pc OURIVESARIA E RELOJOARIAAmândio Cecílio & C.a Lda.Agente das conceituadas marcas de Relógios

OMEGA * TISSOT * ORIENT * CASIOSWATC * TIMEX E OUTRAS

Vendemos Valores SeladosExecutamos consertos

Telef.: 243 675 817Rua de Santarém – 2100-225 Coruche

Possuímos máquinas de gravar alianças echapas para automóveis e motorizadasTaças para desporto * Serviço em Prata

* Lembranças para Bebé

Zona Industrial Monte da Barca, Lote 272100-051 Coruche

Tel. 243 618 422Fax 243 618 424

Tlms 962 737 289969 087 759

São Bartolomeu do Outeiro, no concelho de Portel,recebeu na manhã de um quente Domingo 30 de Maioa 6.ª Etapa do IV Troféu OriAlentejo, numa orga-nização da ADFA (Associação dos Deficientes dasForças Armadas).

Setenta e um atletas participaram no evento queteve lugar num mapa caracterizado pelo terreno demontado Alentejano com zonas de elevada exigênciatécnica, onde abundavam os detalhes rochosos e derelevo.

O COAC esteve representado no eventopor 9 atletas

Miguel Gualdino foi o vencedor do escalão MédioMasculino, no qual Alfredo Gualdino terminou nolugar mais baixo do pódio.

Em Fácil Masculino, Gabriel Brasileiro alcançou avitória, terminando Gonçalo Mesquita na segundaposição.

O Troféu OriAlentejo prossegue no dia 20 deJunho em Montargil, com a realização da 7.ª etapa.

CCOOAACC com 4 presenças no pódiona 6.ª etapa do TTrrooffééuu OOrriiAAlleenntteejjoo

Orientação

GGGGrrrraaaannnndddd TTTThhhheeeefffftttt AAAAuuuuttttoooo::::EEEEppppiiiissssooooddddeeeessss ffffrrrroooommmm LLLL iiiibbbbeeeerrrrttttyyyyCCCCiiiittttyyyy-- PPPPCCCC ,,,, PPPPSSSS3333 ,,,, XXXXBBBBOOOOXXXX333366660000

Page 13: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 13

A UMM (União Metalo-Mecânica)é uma empresa metalúrgica e automobilística portuguesa. Foi fundada a 1977com o propósito de fabricar jipes 4x4 para a agricultura, indústria e serviços.

motores de outros tempos

Após a Segunda Guerra Mundial Bernard Cournilmonta uma garagem em Aurillac França.

Nos anos 50, inicia a construção de uma viaturachamada “Cournil”, 10 anos depois fabrica o TracteurCournil equipado com o motor diesel Hotchkiss dostractores Massey Fergusson.

No ano de 1976 estabelece parecerias com asociedade Stemat para se tornar fornecedor de exérci-tos e de bombeiros. Faz negociações com a Gevarm,fabricante de armas e munições, e a UMM, UniãoMetalo Mecânica. Um ano após, finalmente a UMMcompra a licença e os direitos de comercialização doCournil para o resto do mundo excepto na Françaonde eram vendidos pela Gevarm. Os primeiros mod-elos ficaram com o nome do seu criador, chamando-se UMM 4x4 Cournil disponíveis em três versões, oTracteur, o Randonneur e o Entrepreneur.

Em 1983 a UMM marca presença no rali Paris--Argel-Dakar, 5 UMM começaram e 5 chegaram aofinal, em 1985 Saída do Alter 2.5 em Portugal que erauma evolução do modelo anterior. O autor do projec-to é o Engenheiro português Carlos Galamba.

Ao longo dos Anos, França tornar-se-ia no principalmercado de exportação, seguido de Angola, do ReinoUnido, Espanha, Alemanha e Holanda.

Em França, o UMM torna-se popular entres os prati-cantes de todo o terreno e dos serviços públicos. AUMM France fornece também clientes no UltramarFrancês, da Guiana às Ilhas do Índico e Pacífico.

Em 1986 o UMM entra ao serviço do Exército deAngola, que o usa em grande número na guerra civil.

No ano de 1992 ciente da necessidade de modelosnovos para enfrentar a concorrência e ganhar dimen-são, a UMM inicia o projecto de dois novos veículos:o Alter III, destinado a rivalizar com o Suzuki Vitarae um veículo ligeiro seguindo o mesmo conceito doMini Moke, estes últimos recorrendo a partes mecâni-cas do Peugeot 205. Para o fazer, a UMM contoucom a promessa do governo da época de CavacoSilva para financiar os protótipos, e com encomendasdas forças e serviços públicos para lançar a produçãodos novos veículos.

O Alter III é um jipe moderno, com suspensãoindependente, com ar condicionado, vidros eléctri-cos… que em nenhum aspecto perde para os modelosmais vendidos na altura, o Mitsubishi Pajero e o LandRover Discovery.

O protótipo do UMM Alter III é apresentado obtendouma fraca atenção da imprensa apesar de com esteveículo o construtor português poder passar a compe-

tir de igual para igual com as grandes marcas interna-cionais.

O Estado acaba por negar a transferência das verbasacordadas com a UMM, e começa a suceder-se todauma série de inspecções oficiais e dificuldades buro-cráticas que são levantadas na UMM.

Em 1993 as vendas caem para alguns modelos ape-nas, por ano. Num concurso para a aquisição de algu-mas centenas de novos jipes, a GNR opta pelo NissanPatrol que era fabricado em Espanha. O ExércitoPortuguês usa pela primeira vez nesse ano um UMMno exterior, numa missão de paz em Moçambique,onde o veículo confirma a sua boa qualidade.

1994-Início da reestruturação da empresa e final daprodução em série dos veículos.

1999-A UMM dá os primeiros passos para a pro-dução do Alter 2000, uma versão com motor Peugeot,novos eixos, novos travões e suspensão remodelada.

2006-Perante a escassez de encomendas, a UMMfabrica os últimos jipes e retira-se do sector automó-vel definitivamente.

Rui Duarte

a nostalgia de um passado bem recente…

Page 14: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201014

A transição de ciclo escolarconstitui-se uma experiência sig-nificativa na vida de uma criançaou jovem, e um grande desafioao seu desenvolvimento.

Na transição para o 2.º ciclode escolaridade o pré-adolescen-te é confrontado com toda umasérie de mudanças que tem queintegrar, numa fase em que gran-des alterações estão também aocorrer ao nível do seu desenvol-vimento. Aentrada na adolescên-cia implica mudanças ao nívelbiológico, emocional, cognitivoe social, e a mudança de escola ede ciclo escolar acarreta altera-ções no contexto escolar, nasregras de funcionamento, nasrelações com os professores e nogrupo de pares.

A transição para a Escola de2.º e 3.º Ciclo pode tornar-se umaexigência muito marcante paraqualquer criança. É a transiçãopara um ambiente muito dife-rente, muito maior e, como tal,propício a gerar um sentimentode insegurança. A maioria dascrianças deixa de se sentir a maiscrescida e a mais confiante deentre os alunos da sua escola,para se passar a sentir mais pe-quena, desconfortável e insegu-ra. São mais professores, maisaulas, mais disciplinas, mais tra-balhos de casa, mais provas deavaliação, um horário para deco-rar com vários intervalos, é oalmoço na cantina, as senhaspara comprar ou o cartão electró-nico para carregar, o equipamen-to de Educação Física para pre-parar, regras diferentes para cum-prir (algumas até variam con-soante os diferentes professores aquem têm que se saber adaptar.De facto são muitas diferenças!

A mudança de contexto so-cial gera um sentimento de “co-meçar de novo”, implica um pro-cesso de ruptura com uma ordemjá alcançada e tem implicaçõesna identidade pessoal e social.Contudo, quando devidamenteacompanhada por educadorespresentes, é também encaradacomo uma oportunidade de aber-tura e desenvolvimento de pa-drões relacionais (Abrantes,2005) e novas exigências podemmesmo constituir-se desafiosestimulantes a ultrapassar.

AS PREOCUPAÇÕES DOSALUNOS

As especificidades associa-das às diferenças encontradas natransição de escola poderão sergeradoras do que diversos auto-res designam por stress escolar.Um acontecimento gerador destress para a criança é aquele queé percebido como uma ameaça eacompanhado por um sentimen-to de incapacidade em respondercom eficácia a essa ameaça(Pereira e Davide, 2005).

Três domínios da vida escolartêm sido identificados comoprincipais focos de preocupaçãopara crianças na transição para o2.º ciclo:

1) AcadémicoO stress a nível académico

situa-se na pressão para o suces-so e para a obtenção de bons re-sultados. A fragmentação do cur-rículo num grande número dedisciplinas requer elevadas com-petências de organização e estu-do (organizar diferentes materi-ais; realizar os trabalhos das dife-rentes disciplinas, cumprindodiferentes calendários; organizaro estudo para as avaliações), queos alunos frequentemente nãotêm. Uma outra preocupaçãorelaciona-se com o excesso detrabalho (trabalhos de casa; tra-balhos de grupo; avaliações quese multiplicam pelo elevado nú-mero de disciplinas). Os alunosmostram dificuldades em lidarcom estas exigências, quer ao ní-vel da realização, quer da gestãode várias solicitações em simul-tâneo.

2) Relação com o profes-sor e regras da escola

Apartir do 2.º Ciclo, a criançaé confrontada com horários maisirregulares e com a necessidadede se adaptar a diferentes profes-sores que não a conhecem tãobem. É neste período que come-çam a emergir relações profes-sor-aluno potencialmente maisconflituosas, uma vez que na altu-ra em que as crianças começamprogressivamente a procurarmaior autonomia, os professorescolocam uma maior ênfase nocontrolo e disciplina (Wenz-Gross & cols., 1997).

3) Relação com os colegasUm terceiro domínio de

stress escolar diz respeito à rela-ção entre pares. O receio de nãoser aceite pelos colegas é motivode preocupação para os alunos.No mesmo sentido, mostramainda inquietação com incidentesrelacionados com a pressão parao desvio e violência na escola.

Apesar de ser impossível,pouco adaptativo e saudável, eli-minar completamente o stress davida das crianças, é desejávelconhecer como é que elas podemlidar de forma eficaz com o mes-mo, para que não se cheguem aproduzir consequências negati-vas ao nível da saúde e do bem--estar.

COMO AJUDAR?

De modo a prevenir dificul-dades de adaptação ao novo con-texto educativo e minorar even-tuais perturbações emocionais,comportamentais e de aprendiza-

gem com maior prevalência no5ºano, é essencial que pais e pro-fessores proporcionem algumsuporte social e emocional noprocesso de transição promoven-do o aumento do conhecimentoacerca dos procedimentos envol-vidos na transição de ciclo e deescola.

Antes da mudança é crucialconversar com a criança sobre asdiferenças que irá encontrar eformas de ultrapassar os seusmedos, já que o esclarecimento efornecimento de informação éuma etapa essencial para que acriança não actue no desconheci-do e possa antecipar (em conjun-to com um cuidador atento e pre-sente) formas de lidar com algu-mas situações que possam surgir.Poderá, também, ser importantea criança visitar a escola nova,aprender a ler um horário de 5.ºano, ter noções de algumas re-gras da escola, conhecer os no-mes das disciplinas e sobre o queirá aprender em cada uma, terconhecimento sobre o papel dodirector de turma, conversar comalunos que tenham feito essatransição e com quem possaabordar os seus receios e esclare-cer dúvidas, etc.

Após a transição, nos primei-ros dias de aulas, é muito impor-tante a atenção do professor edos pais aos sinais de mal-estar.Esse mal-estar pode ter origemno medo do desconhecido e deexperiências novas, podendocontribuir para gerar sintomas deevitamento, medo e ansiedaderelativamente à escola.

A NÃO ESQUECER:

As transições escolares sãoeventos que podem causar per-turbações ao funcionamento adap-tativo das crianças (Rudolph,Lambert, Clark e Kurlakowski,2001) e que requerem ajusta-mentos a vários níveis.

A transição do 4.º para o 5.ºano implica uma mudança paraum ambiente muito mais com-plexo, o que desencadeia, comfrequência, maiores dificuldadespor parte dos alunos na adap-tação ao novo contexto escolar,podendo estes apresentar eleva-do stress escolar.

É necessária uma inter-venção incisiva e prática, apoian-do e orientando as crianças eseus familiares na mudança deciclo.

O fornecimento de infor-mação quanto às mudanças quevão ser encontradas, bem comoconversar com a criança sobre osseus receios face à transição,parece ser uma ideia simples,mas assume-se essencial aquan-do a transição para o 5.º ano.

O CAFAP desenvolve umprograma de ajustamento escolarao 2.º Ciclo em turmas de 4.º anodenominado “Escola dos Cresci-dos”. Neste programa são desen-volvidas, em turma, diversasactividades que visam uma tran-sição positiva e esclarecida parao 5.º ano de escolaridade.

Cáritas Paroquial de Coruche

Equipa TécnicaSílvia Caraça

(Assistente Social/Coordenadora)

Gonçalo Arromba(Psicólogo Clínico)

Ana Miriam Barradas(Psicóloga Clínica)

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Na seguinte morada:Cáritas Paroquial de Coruche

CAFAP – “Educar para oFuturo”

Travessa do Forno nº 16-18, 2100-210 Coruche

Nos seguintes contactos:Telefone: 243 679 387

Telemóvel: 934 010 534Fax: 243660388

Vou para a Escolados Crescidos! “Preocupa-me se me perder nos corredores”

Aluno do 4.º ano

Page 15: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 15

António José - Gostávamos de saber oseu nome e um pouco do seu percurso devida.

O meu nome é Ana Margarida mas nomeu local de trabalho, como em todas asforças militares, sou apenas conhecida pelomeu apelido: Caçador. Mas comecemospelo início: sou natural da Fajarda, onde fre-quentei o ensino primário. De seguida, con-cluí o Ensino Básico e Secundário emCoruche. Já nessa época pensava em sermilitar, no entanto, ainda fiz uma breveincursão na Universidade do Algarve, ondefrequentei o 1.º ano de Psicologia.

No dia 21 de Junho de 2006 ingressei naMarinha de Guerra Portuguesa. Fiz a recru-ta na Escola de Fuzileiros (Vale de Zebro)onde, pelos 28 dias do mês de Julho jureibandeira. Iniciei o Curso de Formação dePraças (CFP), classe operações, a 3 deAgosto de 2006, na scola de TecnologiasNavais. Finalizei o curso com sucesso, a 30de Maio de 2007, donde destaquei para umanova unidade. Estive cerca de um ano nestaunidade onde fui indigitada para umaunidade naval. Frequentei, a partir de Junhode 2008, cursos na Holanda onde começá-mos a conhecer e a preparar-nos para rece-ber um novo navio adquirido à MarinhaHolandesa.

No frio e ventoso dia 16 de Janeiro de2009, a fragata Bartolomeu Dias içou pelaprimeira vez a Bandeira Portuguesa, emDen Helder – Holanda. Permaneci naHolanda até finais de Abril, onde concorriao Curso de Sargentos, no qual ingressei, a1 de Setembro de 2009. Actualmente sou 2.ªMar/OP a frequentar o 1.º ano do Curso deFormação de Sargentos.

Vítor - Gosta de ser Marinheira? Oque gosta mais?

É claro que gosto! Foi o caminho quedecidi seguir. Como um navio segue sempreo rumo para chegar ao seu destino, tambémeu achei que ser militar seria o rumo certopara alcançar os meus objectivos.

Não vou dizer que é uma vida fácil:quando embarcado, um marinheiro passamuito tempo longe de casa e dos seus, assaudades apertam, o trabalho extenua-nos…No entanto, também tem o seu lado positi-vo: a camaradagem que temos, os amigosque ficam para a vida, os locais novos quese conhecer…acaba por ser uma vida ro-tineira sem, no entanto, ser monótona.

João Silva - O que costuma fazer nostempos livres?

Nos tempos livres, normalmente, apro-veito para descansar. Como estou a frequen-tar um curso muitas das minhas horas vagassão para estudar. Contudo, sempre queposso, acompanho a S.I.C. (Sociedade deInstrução Coruchense) onde toco clarinete.Com esta actividade extra acabo por não termuito tempo disponível, mas vale bem oesforço! Faço o que gosto e há que mantervivo o espírito da mais antiga e desampara-da colectividade do Concelho.

Tiago - Quais os seus planos para ofuturo?

Actualmente frequento o curso de Sar-gentos electrotécnicos. O curso tem aduração de 3 anos e, a curto prazo, pretendoterminar o curso com aproveitamento. Pro-vavelmente, quando atingir esta nova meta,irei embarcar num navio. Marinheiro é paraisso mesmo…Quanto a planos a longoprazo, tenciono concorrer ao Curso de Ofi-ciais.

António José - O que achou doC.R.I.C.?

Já há muito tempo que tinha recebido oconvite da Lila para fazer uma visita aoC.R.I.C. Devido à minha pouca disponibili-dade ainda não tinha realizado a visita. Logoque surgiu uma oportunidade, vim conhecerestas pessoas muito especiais.

Adorei a experiência! Na minha opinião,penso que todos nós já ouvimos falar doC.R.I.C. sem, no entanto, tomarmos conhe-cimento do que esta Instituição é. Conheceras pessoas que aqui trabalham, sensibiliza--nos um pouco! É importante que estas pes-soas que contribuem de forma diferente paraa nossa sociedade se sintam integradas e emfamília.

O C.R.I.C., por breves momentos, per-mite que sejam pessoas como as outras numlocal onde não há discriminação.

Gostei muito dos novos amigos que fizassim como desta experiencia que se mos-trou muito gratificante. Para finalizar gosta-va de mandar um grande beijinho para todasas pessoas que tornam possível esta Insti-tuição.

Muito obrigado Ana! Volta mais vezese traz novas histórias para contar!

Cada um de nós é diferente e com histórias para contar… então decidimos ter um espaçocom as nossas opiniões, trabalhos e novidades. Todos os dias, de manhã, vamos ao blog e lemosos comentários novos!

É sempre um momento de muita alegria e gargalhadas pois nunca pensámos ter tantas pes-soas a verem o nosso blog e a escrever.

Já temos amigos em Lisboa, Vila Nova de Gaia, Coruche e arredores e hoje fazemos o con-vite a cada leitor deste Jornal que nos visite em www.caminhosdiferentes-cric.blogspot.com.

Veja as nossas novidades e, antes de fechar a página deixe-nos umas palavrinhas, respon-demos sempre!

Alunos do Atelier de Leitura e Escrita do C.R.I.C.

entrevista No dia da Marinha (20 de Maio) entrevistámos a Ana Caçador,marinheira! Foi com muita alegria que a recebemos e ficámos fascinadoscom as fotografias e vídeos que nos mostrou.Aqui fica a entrevista que lhe fizemos.

O C.R.I.C. teve nova visita!

O C.R.I.C. tem um blogwww.caminhosdiferentes-cric.blogspot.com

Visite o Blog do C.R.I.C., onde a diferença é um valor!

Page 16: O Jornal de Coruche

FICOR 2ª Edição

Jornal de Coruche (JC) - Qual opapel da APFC entre o produtore a industrial?

António Gonçalves Ferreira(AGF) - O papel da associação étentar trazer mais industriais para seencontrarem e poderem negociarcom os produtores. Há cerca de100 empresas que compram cortiçapara fazer uma primeira transfor-mação e o que nós gostaríamos éque todas elas pudessem comprardirectamente á produção.

JC - AAPFC funciona comointermediário?AGF - Não. A associação funcionasó como facilitador não tem qual-quer intervenção no negócio, temapenas um local onde os industriaispodem chegar e ver amostras decortiça dos produtores, sendo osnegócios concretizados entre pro-dutores e industriais.

JC - As avaliações que fazem dovalor da cortiça, convencem osprodutores e a indústria?AGF - A questão não é convencer,pois as avaliações que fazemos re-presentam o que de facto está nafloresta, para que o industrial nãonecessite de se deslocar á florestapara escolher a cortiça por-menorizadamente e para que o pro-dutor também tenha uma ideia doque a cortiça possa valer.

JC - Como é feito esse processode avaliação?

AGF - O processo de avaliação foidesenvolvido em colaboração como Instituto Superior de Agronomia.Consiste numa recolha de amostrasaleatórias representativas da zonade cortiça a extrair, seguidamente acortiça é cozida e classificada ecom isso determina-se o valordaquela cortiça em termos de quali-dade e de calibre.

JC - Como irá funcionar aplataforma no observatório?

AGF - Na plataforma do obser-vatório as 40 amostras expostas naFICOR, vão ficar disponíveis paraconsulta pelos industriais duranteos meses de Junho e Julho todas asquartas feiras entre as 9:00 e as17:00 no Observatório da Cortiça.

Jornal de Coruche (JC) - Qual oponto alto da feira este ano?

Pedro Orvalho (PO) - O pontoalto da feira, … temos de a separarem 2 programações uma lúdico-recreativa e há outra parte da feiraque tem a ver com aquilo que é osdebates científicos ou profissionaismais ligados aqueles que estãoenvolvidos no negócio e na pro-dução. Em relação á parte lúdico-

recretaiva destaca-se o desfile demoda o Coruche Fashion Corkonde destacamos algumas pro-postas de moda com aplicações emcortiça, a Foto-Parede procurandopromover o centro histórico e ocomércio tradicional e a praça derestauração a funcionar em tornodos sabores do montado de sobro.Quanto a desporto vamos ter pas-seios pedrestes, BTT, passeios debalão de ar quente, para-motor.

A Câmara Municipal deCoruche organizou pelasegunda vez consecutiva aFeira Internacional daCortiça (FICOR) nos dias28, 29 e 30 de Maio. Oobjectivo desta segundaedição é reforçar a liderançainternacional de Portugal nosector e afirmar, ainda mais,Coruche como a capitalmundial da cortiça.

O Jornal de Coruche entre-vistou alguns dos interve-nientes nesta 2ª edição daFICOR.

O engenheiro AntónioGonçalves Ferreira, daAssociação de ProdutoresFlorestais de Coruche ePedro Orvalho, assessor doPresidente da Câmara deCoruche.

EntrevistasPor: Rui Duarte e José António Martins

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201016

Page 17: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 17

No que diz respeito á parte cientifi-co-profissional, é importante referirque estão em Coruche os especia-listas mundiais das mais diversasáreas ligadas ao montado de sobro,e irão abordar temas certamente degrande interesse para todos os queestão ligados ao negócio do sectorcorticeiro.”

JC - Muitos Coruchenses, per-guntam qual a finalidade de ter-mos um observatório da cortiça.Funciona todo o ano? Quantaspessoas emprega?

PO - O observatório foi um projec-to da câmara municipal, no qualhouve financiamento comunitário,agora o edifico esta concluindo,tem as salas, os gabinetes, os labo-ratórios todos criados; faltandonesta altura a parte humana e umprograma científico para dinamizaro observatório. A câmara municipalnão é a responsável por esta parte,sendo os responsáveis todos osagentes da fileira, os institutos, asfaculdades, as industrias, osempresários, os produtores atravésda associação de produtores flo-restais; a todos estes cabe adinamização e rentabilizaçãodaquele investimento que foi feito.Neste momento o observatórioespera a aprovação de um fundocomunitário para que seja adquirido

equipamento que ainda falta noobservatório. No observatório jáexiste um centro de documentaçãoe uma biblioteca ligada a estatemática do montado de sobro, serátambém inaugurada durante aFICOR a sede da FILCORK que éuma organismo que faz a promoçãoe divulgação do montado de sobro.

O observatório não tem estadofechado, já se fizeram lá aulas dealgumas faculdades, tem sidoaproveitado de uma forma inicialsobretudo para apresentações, con-tudo num futuro próximo o quepretendemos é que o observatórioseja explorado ao máximo portodos aqueles que estão ligados aomontado de sobro, sendo umimportante pólo de investigação eque possa vir a responder a algumavontade dos produtores.

JC - Qual é a próxima actividadedo programa Coruche Inspira2010?

PO - A próxima actividade é aEscola em Festa, que é uma dasactividades que fazem parte daagenda da câmara municipal emque no final de cada ano lectivo éfeita esta exposição no âmbito depromover e mostrar os trabalhosdesenvolvidos ao longo do ano lec-tivo.

Page 18: O Jornal de Coruche

No passado dia 29 de Maio,por ocasião do capítulo da con-fraria gastronómica do toirobravo, Coruche foi palco de umcorridão de toiros, em que frentea toiros Passanha, estiveram àaltura, como se esperava, Antó-nio Ribeiro Telles, Pablo Hermo-zo de Mendonza e João Telles(filho), estando as pegas a cargodos grupos de forcados amadoresde Montemor e de Coruche, cor-rida que Júlio Gomes (matadorde toiros formado na escola detoureio de Coruche, e ao mo-mento Director de corrida) diri-giu superiormente, dado o bomsenso e toureria que soube exibir.

António Telles este ano nãodá tréguas a ninguém, entra empraça cada tarde ou cada noite(como foi o caso) com a puraintenção de explanar o que levadentro, exibindo uma monteexemplar, um saber mexer nostoiros que faz inveja a qualquerum, rigor nas reuniões e rematescom senhorio. É de luxo o seuestar, que mais se lhe pode pedir?

Pablo Hermozo, é como ésabido todo um caso, e se é certoque bebeu à exaustão em Portu-gal, tem revelado uma capaci-dade invulgar de estabelecer sín-teses entre o “rejoneio” e o nossotourear a cavalo, e na noite co-rucheira deu-nos conta dissomesmo, dado que para além deexibir valor a rodos, soube mos-

trar que pôr cavalos a tourear écom ele.

João Telles (filho) é tambémtodo um caso, e se é certo que asua juventude acusou o "cartela-zo" em que se sentiu entalado noprimeiro toiro, é também certoque no seu segundo deve ter res-pirado os ares que lhe chegavamda Torrinha e com voluntariosaalegria e saber estar, deu boaconta de si e triunfou.

Os forcados de Montemor ede Coruche, exibiram maneiras

e classe, até na forma como sesouberam respeitar em praça etão grande foi a sua postura, queme limito a assinalar a grandezacom que honraram as jaquetasque envergam, sem contudo per-der o ensejo de agradecer muitosentidamente o brinde que Amo-rim Ribeiro Lopes resolveu queMacedo fizesse às confrarias,gesto bonito, capaz de sensibili-zar quem nos visitou e engrande-cer a terra que orgulhosamente(porque filhos dela) usam o

nome. Obrigado! Obrigado tam-bém a Rui Bento, que soube hon-rar (e às vezes as circunstânciasnão foram cómodas …) as con-versas que a Confraria Gastronó-mica do Toiro Bravo vinha de háanos mantendo com a conces-sionária “Toiro Lindo”, a quemtambém nos cumpre agradecerna pessoa do Eng.º Inácio Ramose de seu filho.

Ainda bem que a corrida teveuma excelente entrada, em dataque não podemos considerar tra-

dicional. Fez um ano uma corri-da TV foi, em termos de público,um fracasso.

Manda a honestidade que vosdiga que por ter havido doisgrandes eventos no mesmo diaem termos de movimento con-frádico, as coisas podiam ter cor-rido ainda melhor.

No entanto é bom que nãonos envergonhemos, face ao su-cesso da noite, do caminho per-corrido.

____

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Joaquim Mesquita

Não pode ser vendido separadamente.

Fundador: Abel Matos Santos • Director: José António Martins Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 50 de Junho de 2010

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Dr. Domingos da Costa Xavier

Médico veterinário e escriba taurino

Coruche, 29 de Maio de 2010Casa Cheia

Page 19: O Jornal de Coruche

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010

Distribuição de Combustíveis eLubrificantes

•Gasóleo Agrícola, Rodoviário

e de Aquecimento•

Entregamos ao Domicílioqualquer quantidade

em qualquer ponto do País(com viaturas próprias)

Fornecemos tanques aéreos e subterrâneos para combustíveis

Distribuidor Oficial

CONTACTOS / INFORMAÇÕESTel. 263 851 201 • Fax 263 851 204 • [email protected]

Campanha“Bem vindo a

2010”

O Talho do Maneldá-lhe as boas vindasa 2010, oferecendo-lhe uma garrafa de

vinho.

Nesta edição do JCrecorte o cupão deoferta, na capa, e

troque-o no Talho doManel por uma garrafa

de vinhoao comprar o produtoseleccionado para a

campanha.

OO TTaallhhoo ddoo MMaanneellooffeerreeccee-llhhee vviinnhhoo

1ª Grande Corrida das Confrarias, que corridão!Foto panorâmica de Henrique Lima Pinto, a quem agradecemos.

Foto de Joaquim Mesquita

Page 20: O Jornal de Coruche

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010III Tauromaquiasuplemento

Coruchenses Triunfaram na Feira Taurinada Ascensão

Joaquim Mesquita

Texto e fotos

A Feira Taurina da Ascen-são na Chamusca decorreucom excelente ambiente nos doisespectáculos que tiveram lugar,já o motor de aquecimento dafeira, as variedades taurinasanunciadas para a semana anteri-or não se realizou devido á chuvaque se fez sentir, aí destacava-sea apresentação na terra do bezer-rista Pedro Caldeira.

A corrida da quinta-feira deascensão, este ano a coincidircom o dia maior das comemo-rações de Fátima.

O castiço taurodromo ribate-jano registou uma boa entrada depúblico a roçar os dois terçosnum espectáculo de entrega dostoureiros e forcados. Luís Rouxi-nol andou em bom plano, tantodiante do primeiro como doquarto da ordem, Rouxinol é umtoureiro que ultrapassa todos osobstáculos que lhe surgem pordiante, para ele todos os toirostem lide. Uma quadra em con-stante renovação, mais uma vezisso ficou patente, na Chamusca.

Marcos Tenório “Bastinhas”andou poderoso e com raça pe-rante um lote exigente. O pri-meiro saiu mansote, reservado epor vezes de investida duvidosa,o segundo menos brusco. Mar-cos, no conjunto das duas actu-ações, chamou a si o triunfo datarde.

O praticante Marcelo Men-des teve que se haver de iniciocom um mansote desencastadocumprindo com a papeleta e aencerrar a corrida alcançou exce-lentes momentos na brega com oseu crack, “Único” de seu nome,com o triunfo da tarde á vistamas o remate da lide com o parde bandarilhas deitou tudo aperder, o primeiro par caiu e aotentar emendar a cavalaria nãolhe correspondeu deitando tudo aperder.

Os dois grupos da terra esti-veram em excelente plano, tantoos Amadores como os do Apo-sento da Chamusca concreti-zaram todas as pegas á primeiraajudando superiormente.

Correcta direcção de CésarMarinho.

Sábado 15 de Maio, umcartel atractivo com António Ri-beiro Telles, Manuel RibeiroTelles Bastos e o jovem MateusPrieto, vindo da prova de prati-cante no dia anterior e apertadoentre num cartel de responsabili-dade não deixou os seus créditospor mãos alheias e esteve á alturada função, mais se pode dizer,

tocou-lhe o toiro maior da corri-da e com ele alcançou impor-tante êxito que decerto o catapul-tou para uma carreira auspiciosa!

O Grupo de Forcados ama-dores de Coruche e Amadores daChamusca, um curro cinquenhode Vinhas, cumpridor no geral,serviu a perfeição ao êxito detoureiros e forcados.

Maestro António abordou oclassicismo na mais pura dassuas interpretações. Com o “San-tarém” no primeiro da noite co-mo com o “Rondeño” perante oquarto, duas montadas que lhepermite executar sortes frontaisde forte impacto, cravar bemcingido ao estribo e rematar comlaivos de arte. O público rendeu--se á sua entrega premiando-ocom ovações triunfais.

Seu sobrinho Manuel, umafigura a montar, um toureiro finoe sublime, foi protagonista deduas lides extraordinárias diantedo lote que lhe tocou em sorte.Recriou-se de frente, escolheuprimorosamente os terrenos e daípartia para a concretização dassortes, levantando bem o braçopara cravar de alto a abaixo entu-siasmando o publico, terminoucom um palmitos emotivos.

Mateus Prieto, no seu primei-ro grande compromisso de ca-saca, mostrou-se desinibido, tou-reiro mas acima de tudo respon-sável pelo importante compro-misso e o peso que teve para oseu futuro.

No primeiro deixou a ferra-gem a quarteio lidando bem e nosegundo optou por sortes cambi-adas que resultaram de muitoimpacto nas bancadas, executan-do-as com decisão, destreza epoder, com a mais valia de teruma quadra á altura dos seusobjectivos. Um nome a ter emconta na arte de Marialva, umtoureiro com interesse e a mere-cer oportunidades.

No campo da forcadagem, oGrupo de Forcados Amadores deCoruche alcançaram brilhantetriunfo com três pegas ao pri-meiro intento através de MiguelRaposo, José Sousa e João La-ranjinha, excelente também ocomportamento do grupo a aju-dar, irrepreensível.

Os Amadores da Chamuscaexecutaram duas pegas á pri-meira traves de Diogo Cruz eJoão Vasconcelos Neves e Ema-nuel Enjai dobrou Mário Duarte.

Correcta direcção de RicardoPereira.

____

Page 21: O Jornal de Coruche

IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010

> Veja as novidades• venda de jogos PC, PS2, PSP• Venda de consolas• representante Haagan Daazs

gelados• venda de gomas • tabacaria

Visite o nosso Video-CClube em Coruche

Desconto de 10% para reformadosOferta de vales de €7 em compras no

comércio tradicional

Apresentação Oficial da “Protoiro”

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS Joaquim Mesquita

Texto e fotos

18 de Maio foi o dia escolhi-do para apresentação da

“Protoiro”

A arena do Campo Pequenofoi o palco de apresentação destaplataforma que em boa hora foicriada em defesa da festa de toi-ros. Criada por iniciativa da Fe-deração Portuguesa de Associa-ções Taurinas, SNTP (Sindicatonacional dos Toureiros Portu-gueses), APET (Associação Por-tuguesa de Empresários Tauri-nos), ANGF (Associação Nacio-nal de Grupos de Forcados),APCTL (Associação Portuguesa

de Criadores de Toiros de Lide) eATT (Associação de TertúliasTaurinas). A Protoiro terá comoprincipal missão a defesa intran-sigente da festa de toiros em Por-tugal.

O logótipo, um quadro inédi-to da autoria do pintor Júlio Po-mar um desenho de uma cabeçade toiro que irá ser preenchido noseu interior com impressões dig-itais de todos aqueles que amama festa e por ela dão a cara no seudia a dia, quer seja artista profis-sional, amador ou simples aficio-nado, é um lema de: Todos PelaFesta! Que possa firmar publica-mente sempre que necessário“sou Protoiro”!

Nesse mesmo dia MestreDavid completava 52 anos de Al-ternativa dada ali naquela arenapor Alberto Luís Lopes, sentadona primeira fila, onde marcarampresença muitos taurinos dosvários ramos da festa, muitas fi-guras publicas deram a cara pela

continua na página seguinte >

Page 22: O Jornal de Coruche

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010V Tauromaquiasuplemento

festa, sendo que Mestre Davidfoi convidado a colocar a primei-ra impressão digital dando assiminicio a uma prolongada sessãode impressões digitais dandovida a um logótipo que irá per-

correr diversas praças de toirosdo país ate estar completamentepreenchido.

Na sessão de abertura usaramda palavra os presidentes dasdiversas associações representa-

das em discurso conciso, nãomoroso mas convicto e elucidati-vo dos propósitos da “Protoiro”.Seguiu-se um jantar volante coma carne de toiro bravo comoiguaria principal.

A partir do dia 18 de Maio eperante o testemunho de inúmeragente do toiro nasceu uma plata-forma de defesa da festa em Por-tugal, Será esta a rampa de lança-mento para que os taurinos deste

pais se unam em defesa de umpatrimónio tão nosso e que tãomal tratado e estimado tem sido.

Bem-vinda PROTOIRO! ___

> continuação da página anterior

Figuras públicas das artes e da política apadrinham a Protoiro

Mestre David coloca a primeira impressão digital e abre oficialmente o logótipo

Forcados de Coruche, todos Protoiro

Apresentação Oficial da “Protoiro”

Page 23: O Jornal de Coruche

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010

Fotos: Joaquim Mesquita

Corrida bem montada, comtoiros de Ortigão costa para aslides a cavalo e de herdeiros deVarela Crujo para o toureio a pé,muito havia que esperar dosartistas em cartel – Luis Rouxi-nol e Rui Fernandes, forcadosamadores da Chamusca e os ma-tadores Luis Procuna e MiguelAngel Perera.

Começou com uma lide aduo, em que Rouxinol encon-trando sitio mais facilmente sesuperiorizou a Fernandez, pro-vando á evidência que lidar a duonão é colocar em praça dois cav-aleiros frente ao mesmo toiro, éde facto algo mais; que vos digaque em lide desta natureza se-quer houve um ferro colocado noressalto!

A solo, Rouxinol voltou a dara verdadeira dimensão do seu be-líssimo momento e esteve muitobem, quase me apetecendo dizerque a cavalo está como em seutempo esteve puerta a pé – nãodefrauda…

Fernandes, ainda não foi des-ta que justificou em Portugal os

triunfos que averba em Espanha.Vindo de Madrid onde se credi-tou com uma orelha (o que seassinala…), demorou a entender-se com o toiro que lhe tocouenfrentar, quase se limitando aestar muito digno, o que é curtopara as suas ambições. Grandepega de Emanuel Injai, pelosamadores da Chamusca.

Os matadores de forma geral

agradaram, sendo certo que com-parar um alguidar com a feira decastro.

Procuna, evidenciou nos toi-ros que enfrentou que está me-lhorando o seu conceito, mastambém deixou provado que asua ânsia de estar bem com asbandarilhas o impede ver o queconvém aos toiros que tem quetourear de muleta.

No primeiro, melhor da corri-da, esteve asseado e face aosegundo que havia esgotado ematléticas correrias, viu-se gregopara por a investir, triunfandoapesar de tudo.

Perera, surgiu-nos em Lisboaarrepiado pelo “Pisoton” da vés-pera em Madrid e com o primei-ro revelou-se cauteloso, dando--nos contudo a dimensão do seu

conceito; no segundo, mais solto,exibiu o seu consagrado repor-tório de cintura partida e mãobaixa, que o torna interessantefigura com lugar nas grandesfeiras.

No cômputo geral a corridaagradou, o que não é de some-nos.

___Domingos da Costa Xavier

Lisboa, 20 de Maio

Excelente derechazo de Procuna Miguel Angel Perera, poder e classe de uma figura

João salgueiro foi o triun-fador da tradicional corridada feira de Maio na Moita.

___

Corrida comemorativa dos35 anos do Grupo de Forcadosdo Aposento da Moita e com umcurro superior de apresentação ealguma qualidade de investida damítica e histórica ganadaria ex-tremeña de Conde la Corte.

O cartel era constituído peloscavaleiros Rui Salvador, teve quese haver com um mansote des-caído para tábuas cravando a fer-ragem da ordem a quarteio e asesgo pisando terrenos de muitopeso alcançando momentos deboa nota.

Luís Rouxinol também nãofoi muito bafejado no sorteio,empenhando-se numa lide regu-lar deixando a ferragem da or-dem a quarteio, bregando comofício destacando-se nos rematese preparação das sortes.

João Salgueiro arrimou-secom valor e decisão, aproveitoua investida do oponente e com o“Zamorim” aqueceu o publiconas bancadas rematando a lidecom dois bons curtos no “Van-Goght”.

Vítor Ribeiro lidou comentrega o quarto da ordem, foiprotagonista de dois ferros impo-nentes a culminar a lide. Antes

deixou ambiente com boa bregae sortes a quarteio com ferrosemotivos.

João Ribeiro Telles Jr lidou omaior do curro, com peso superi-or a 600 kgs, saiu com pata e oginete esperou-o á porta gaiola,cravou os compridos com podere nos curtos entrando de frenteconsumou sortes com impactorematando com laivos de arte.

Tiago Carreiras encerrou atarde de toiros moitense comuma lide regular, recriou-se comalgum valor embora abusando

um pouco das passagens circula-res. O grupo do Aposento daMoita suplantou com (quase)distinção os Conde La Corte comcinco pegas á primeira e uma ásegunda.

Vítor Ribeirofoi homenageado

ao intervalo assim como aganadaria espanhola.

O Grupo de Forcados doAposento da Moita saiu pelaporta grande do taurodromo

Moitense. Dirigiu correctamenteManuel Jacinto perante meiacasa forte na Moita.

No sábado realizou-se a no-vilhada com duas excelentesactuações do novilheiro espanholJuan D'el Álamo, Morenito dePortugal regressou á Moita comduas actuações pouco convin-centes, a cavalo actuaram Gil-berto Filipe e Soller Garcia am-bos com muita decisão e valor,Soller lidou um toiro com 560kgs, mansote e complicado.

Pegaram os amadores da

Moita ficando-se por uma pega áprimeira e o segundo toiro reco-lheu vivo ao curro após diversastentativas de caras e cernelha.

Lidaram-se novilhos-toirosde Manuel Veiga, encastados nogeral, com peso e trapio a maispara uma novilhada.

Dirigiu com competênciaFrancisco Farinha.

____Joaquim Mesquita

Texto e fotos

Salgueiro Triunfa na Moita

Page 24: O Jornal de Coruche

NOTARIADO PORTUGUÊS

Cartório Notarial – CorucheNotária Ana Fernanda Claro de Almeida

Rua dos Guerreiros n.° 15, em Coruche

– EXTRACTO –

Ana Fernanda Claro de Almeida, Notária, certifico, narrativamente, para efeitos de publicação, que no CartórioNotarial de Coruche, sito na Rua dos Guerreiros, no 15, no livro de notas para escrituras diversas número VINTE ETRÊS - A, a folhas sessenta e um e seguintes, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, pela qual JOAQUIMPATRÍCIO, e mulher LUCÍLIA MARIA PRATES PATRÍCIO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos,naturais, ambos da freguesia e concelho de Coruche, residentes na Rua do Sorraia, n° 73, no lugar de Montinhos dosPegos, da dita freguesia de Coruche, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, doprédio a seguir identificado, da freguesia e concelho de Coruche:

MISTO, sito no lugar de Montinhos dos Pegos, com a área de mil e quarenta e seis metros quadrados, composto aparte rústica por hortejo, e a parte urbana, de uma casa de habitação e logradouro, com a superfície coberta de sessentae sete, vírgula, trinta e dois metros quadrados; a confrontar de norte com Maria Custódia Patrício dos Santos, de sul comMaria Dias, de nascente com José Santos, e de poente com Francisco Justino; inscrito na matriz rústica sob parte doartigo 128, secção FFF, e na matriz urbana pelo artigo 7590; a desanexar do descrito na Conservatória do RegistoPredial de Coruche sob o número MIL QUATROCENTOS E QUARENTA E SEIS, da freguesia de Coruche, encon-trando-se registada a aquisição, pela inscrição resultante da apresentação um, de dezanove de Março de mil novecen-tos e noventa e um, a favor de Eusébio Patrício, ora terceiro outorgante identificado em a) e mulher Clara Maria, pre-sentemente já falecida, em vinte e nove de Dezembro de dois mil e nove, sem testamento ou outra disposição de von-tade, na freguesia de Santarém (São Nicolau), concelho de Santarém, natural da freguesia do Peso, concelho de Coruche,e que teve a última morada habitual na referida Rua da Música, n° 60, no estado de casada com o outorgante EusébioPatrício, sob o regime da comunhão geral, de quem são únicos herdeiros, Eusébio Patrício, ora Terceiro outorgante iden-tificado em a), Joaquim Patrício, ora Primeiro outorgante marido e Maria Custódia Patrício dos Santos, ora Terceira ou-torgante mulher identificada em b), nos termos da escritura de habilitação de herdeiros lavrada hoje, neste mesmoCartório e Livro de notas, exarada a folhas que a estas imediatamente antecedem, resultante da escritura de compra evenda lavrada no dia catorze de Março de mil novecentos e noventa e um, a folhas dois verso e seguintes do Livro denotas número Quatrocentos e Dezanove - C, do Cartório Notarial de Coruche, de cujo acervo sou fiel depositária, quetitulou a compra feita sob a forma meramente verbal, por volta do ano de mil novecentos e oitenta dois, que os men-cionados Eusébio Patrício e mulher Clara Maria fizeram a Custódia Dias, e herdeiros de Joaquim Ribeiro, no reco-nhecimento do direito dos adquirentes.

Que os justificantes não são detentores de qualquer título formal que legitime o domínio deste prédio, o qual veioà sua posse, por lhes ter sido doado, já na constância do seu casamento, sob a forma meramente verbal, por volta do anode mil novecentos e oitenta e sete, pelos pais do justificante marido, Eusébio Patrício, ora Terceiro outorgante identifi-cado em a), e mulher Clara Maria, já falecida, casados que foram sob o regime da comunhão geral e residentes no alu-dido lugar de Montinhos dos Pegos, sem nunca terem lavrado o correspondente título, existindo como unidade predialautónoma desde essa data.

Que, dado o modo de aquisição, não têm os justificantes possibilidades de comprovar pelos meios normais o seudireito de propriedade perfeita, mas a verdade é que são eles os titulares de tal imóvel, pois dele têm usufruído, nelehabitando, cultivando a horta e nele colhendo todos os frutos que ele é susceptível de dar, efectuando as reparações elimpezas necessárias, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, há mais de vinte anos, ininterruptamente,com o conhecimento de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que seja, respeitando as suas demarcações,estremas, agindo com total exclusividade e independência, e nunca como comproprietários, como se de coisa sua setratasse, sendo por isso uma posse contínua, pública, pacífica e de boa fé, pelo que o adquiriram por usucapião.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Coruche, aos 12 de Maio de 2010A Notária,

(Ana Fernanda Claro de Almeida)

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201024

“O Jornal de Coruche, n.º 50 de 7 de Junho de 2010”

Tancredo Pedroso, Joaquim Tapada e Joaquim Grave

A Mexicana voltou a encher, desta vez para ouvir o Dr. Joaquim Grave falar, do e sobre,Toiro Bravo

Joaquim Gravena TTM

O veterinário e académico Dr. Joaquim Grave, foi o convida-do e orador da Tertúlia Tauromáquica “A Mexicana” no passadodia 24 de Maio na famosa pastelaria de Lisboa, onde falou sobreo toiro bravo nas suas mais diversas vertentes.

Apresentado por Tancredo Pedroso, amigo de longa data e porJoaquim Tapada o anfitrião da tertúlia, coube-me a mim a honrade entregar a tradicional lembrança da TTM.

Mais uma vez a sala encheu e o Jornal de Coruche marcoupresença e foi leitura assídua dos tertulianos.

“MOMENTOS” é um exce-lente livro de fotografia taurinalançado pelo prestigiado fotó-grafo Pedro Cardoso.

O livro “Momentos”, com 120páginas, onde o autor procuramostrar não só a vida do toiro em todas as fases da sua vida mastambém todas as vertentes da festa brava: O campo, as tentas, oscampinos, o toureio a pé, o toureio a cavalo e os forcados. En-contra-se à venda nas principais papelarias e livrarias e poderátambém ser encomendado através do e-mail:[email protected]

Texto: Abel Matos SantosFotos: Joaquim Mesquita

Pedro Cardoso Lança“MOMENTOS”

Page 25: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 25

Táxis PaulTlm(s). 914 068 678

932 273 052

Táxi c/ 7 lugares

O turismo tem vindo a ganhar espaço nas estratégiasde desenvolvimento delineadas com o fim de resolver acrise que afecta a maioria das áreas rurais, todavia, paraque o turismo se constitua instrumento de desenvolvi-mento destes territórios, precisa desconcentrar-se e diver-sificar-se, aproveitando o potencial das regiões e confi-gurando produtos turísticos alternativos. Uma das formascorresponde à realização de eventos que aumentem aatractividade de um lugar e captem mais turistas. Apesardestes eventos estarem normalmente associados, numaprimeira fase, a motivações culturais, artísticas ou educa-tivas, importa conhecer as implicações que a nível turís-tico tem a sua realização.

A realização de eventos pode desempenhar váriospapéis, que vão desde a atracção de turistas, à animaçãode locais, à dinamização de outras actividades e até comoforma de criação de uma imagem como destino turístico.Em todas as sociedades podemos encontrar eventos, vis-tos normalmente como factores de renovação e revitali-zação dos lugares e das regiões, a nível económico, cul-tural e histórico, sendo igualmente vistos como suscep-tíveis de influenciar positivamente a imagem externa einterna de um território.

A realização de eventos constitui, à partida, umaestratégia efectiva de diversificação da oferta turística, demodo a captar novos segmentos da procura e a renovar ointeresse de visitantes já habituais, justificando investi-mentos públicos e privados, quer na vertente turísticaquer na vertente cultural. Para o sucesso dos eventos re-vela-se fundamental a coordenação e colaboração entreos agentes envolvidos, quer públicos quer privados, semesquecer o papel dos residentes do território em causa. Aconciliação dos interesses de todos, bem como a sua par-ticipação activa em todo o processo é, sem dúvida, fun-damental para a tradução da actividade turística emdesenvolvimento local.

Os eventos revelaram-se nos últimos tempos um“produto turístico” bastante dinâmico, quer do ponto devista da procura, quer do da oferta. Entretanto, o conhec-imento das reais implicações que a nível turístico tem arealização de eventos constitui, muitas vezes, uma incóg-nita. No contexto do planeamento dos destinos turísticos,os eventos podem desempenhar vários papéis impor-tantes. Em primeiro lugar, os eventos captam turistas eexcursionistas, quer nacionais quer estrangeiros. Em se-gundo lugar, os eventos ajudam a captar a atenção, a ani-mar atracções e equipamentos fixos, estimulando a

repetição de visitas. Deste modo, maximiza-se e racio-naliza-se o uso dos espaços, com os consequentes bene-fícios financeiros mas, também, a nível de preservação edifusão do património artístico e cultural. Finalmente,através da oferta de eventos, os territórios podemcomeçar a atrair não só turistas mas também investimen-tos. Com a realização dos eventos é natural que surja umaindústria turística complementar, adequada às caracterís-ticas do produto oferecido, com a consequente geraçãode actividade e diversificação económica, incorporandotambém novos espaços que podem ser partilhados pelasempresas e cidadãos desse destino.

Fornecer a imagem correcta é um ponto essencialneste processo, pelo que o papel das entidades públicas éfundamental, através de elementos como a limpeza, asegurança, a boa sinalização, a adequada iluminação, osequipamentos urbanos, a conservação e preservação dopatrimónio, entre muitos outros.

Os eventos podem ajudar a alcançar objectivos tãodiversos como: Manutenção de tradições autênticas, oque pode ter o efeito de atrair turistas mais sensíveis aosrecursos endógenos; Conservação do património naturale histórico; e potencialização do desenvolvimento local,através de adequada cooperação entre todos os agentesenvolvidos. Alcançar estes e outros objectivos pode con-duzir o território ao desejado desenvolvimento turísticobaseado na comunidade, sendo porventura este o princi-pal papel dos eventos. Para a concretização deste objec-tivo âncora, revela-se indispensável a conciliação entreos diversos agentes do território, públicos e privados,desde os que intervêm nas esferas cultural e turística aospróprios residentes no território.

Apesar dos potenciais benefícios no desenvolvimen-to turístico dos territórios que apostam na realização deeventos, importa assinalar que se observam, igualmente,aspectos negativos. Estes não são, entretanto, muitodiferentes dos que se verificam noutras modalidadesturísticas. Uma das principais limitações reside no factoda maioria dos eventos depender dos mercados locais eregionais, e estes se caracterizarem por visitas breves,pontuais e marcadamente sazonais. Em consequência,não se traduzem apenas em impactes económicos posi-tivos para a população receptora. Esta enfrenta tambémsituações incómodas, como o congestionamento e asobreutilização de infra-estruturas, em momentos con-centrados no tempo. Também o aumento da concorrênciae o próprio esgotamento do ciclo de vida dos eventos, em

resultado também da proliferação de iniciativas seme-lhantes, frustram muitas vezes as expectativas do sectorturístico local e de outras actividades económicas, emgeral, que esperavam obter benefícios da organizaçãocontinuada e do sucesso destes eventos na sua localidade.

De forma a rendibilizar os investimentos realizados –que devem, em todo o caso, ser rigorosamente pondera-dos e realizados, especialmente em tempo de crise eco-nómica, devendo os municípios dar azo à imaginação naconcretização dos eventos (isto é, valendo-se de meiospróprios, humanos e materiais) e a menos despesismo,pois não escapa às populações a forma como muitasvezes, em tempo de “aperto do cinto”, se desperdiçamverbas fundamentais em eventos de fraca relevânciamediática (cujos resultados não são mensurados ade-quadamente, ou simplesmente não são mensurados) queem pouco ou nada contribuem para a estruturação do des-tino a longo prazo –, importa incorporar os eventos naoferta turística global do município, de forma a gerar umproduto integral que permita oferecer mais e melhoresserviços ao turista, prolongando ou incentivando novasvisitas em momentos distintos dos da sua realização, con-vertendo-os em veículo e motor da dinamização e diver-sificação económica local.

Sugestões:

Festas de Lisboa 2010… com cantiguinhas na bocae amor no coração

Decorrem desde meados de Maio, com duração até 15de Julho, as Festas de Lisboa, Durante este período acapital terá mais actividades, mais concertos, mais fes-tas, festivais e arraiais, mais teatro, mais dança, maisexposições, mais vida!

Consulte o programa em www.festasdelisboa.com.

Festival Sons do Parque

Sons do Parque é o nome do ciclo de música que duranteos meses de Verão anima a Praça de Água, no Parque doSorraia, em plena zona ribeirinha de Coruche. Aos sába-dos à noite, de 19 de Junho a 7 de Agosto, poderá ouvirsonoridades que vão do jazz à música popular.

Consulte o agenda em

www.corucheinspiraturismo.pt.

O Papel dos Eventos noDesenvolvimento do Turismo Carlos Palmeiro

TURISMO

No passado dia 3 de Maio, a freguesia daBranca passou a contar com um sistema inte-grado de tratamento de águas residuais, com ainauguração da ETAR da Branca, que serviráuma população de cerca de mil habitantes.O equipamento está concluído, mas não foiposto a funcionar, pois ainda falta a ligação

das casas aos esgotos que levam à ETAR, oque deverá acontecer durante os próximos trêsmeses.A obra teve um custo de cerca de meio milhãode euros e demorou cefca de oitos meses a serconstruída.

Branca inaugurou ETAR

Page 26: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201026

telefs. 243 617 502 - 243 617 544 - 243 617 592 • fax 243 617 196

o seu banco em Coruche

telefs. 243 689 333 - 243 689 369 • fax 243 689 380

DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Confecção:Com a ajuda de um fuzil ou afiador de facas e uma faca, perfure o lombo de um lado ao outro no sentido do compri-mento. Empurre então o chouriço ate que fique com ambas as pontas fora da carne. No 123, pique a cebola, o alho e oalho francês. Misture os legumes picados com o azeite, a massa de pimentão, o louro, a salva, sal e pimenta e um poucode vinho branco. Barre a carne com esta pasta e deixe repousar umas horas no frio. De seguida disponha o lombo numtabuleiro de forno juntamente com toda a marinada, se necessário acrescente um pouco de agua. Leve ao forno a 160°por 40 minutos virando o lombo ocasionalmente e acrescentando um pouco de vinho branco caso seque muito depres-sa. Quando o lombo estiver assado retire-o do tabuleiro e corte em fatias finas. Ponha o tabuleiro ao lume com todo omolho da assadura, refresque com um pouco de vinho branco, junte a mostarda e a margarina e mexa ate que fique ummolho grosso e cremoso. Se necessário acrescente um pouco de natas. Passe tudo por um passador e regue a carne.Acompanhe com um arroz de nozes e legumes salteados.

Receitas de Cheff

Lombo de porco recheado com chouriço

> CheffPedro Aguiar

Ingredientes p/4 pax.1 kg lombo de porco 2 chouriços correntes1 cebola3 dentes de alho100gr alho francês2 c.s. massa pimentãovinho branco q.b.sal e pimenta q.b.2 folhas de louro3 folhas de salva1 dl azeite50 gr margarina1 c.s. mostarda

Page 27: O Jornal de Coruche

Em 1957, aquando da constituição do Ran-cho de Folclore da Fajarda, e porque o meu ma-rido pretendia ingressar nesse grupo, decidi,também eu, participar, sendo que essa partici-pação não aconteceu só ao nível das danças massobretudo da confecção dos trajes.

Executei quase todas as roupas do RanchoFolclórico da Fajarda, nesse período.

Posteriormente, fui contactada pelo Sr. Joa-quim Lamber, para produzir trajes para váriosRancho Folclóricos de Portugal, ele fornecia-meos tecidos e modelos e eu confeccionava. Co-mo era necessário ornamentar algumas peça devestuário, com bordados e como o tradicionalponto de cruz, pelo que também desenvolvi essaárea. Passei não só bordar trajes como peças vá-rias para lar, como toalhas, etc.

Paralelamente, desenvolvi também outrointeresse, o de vestir bonecos com trajes regio-nais. Grande parte do espólio dos bonecos, épropriedade da Junta de Freguesia da Fajarda.

Outra das suas actividades artesanais estárelacionada com trapologia. A partir de uma pe-ça da minha avó decidi executar as mais diver-sas peças com retalhos de tecidos.

Dei formação na área de bordados a ponto decruz, na Junta de Freguesia da Fajarda, iniciati-va da autarquia.

Aquando da realizações de exposições deartesanato no âmbito das festas em Honra deNossa Senhora dos Castelo, marquei, quasesempre presença

Em 2003, associei-me à CORART – Asso-ciação de Artesanato de Coruche, tendo dessaforma exposto algumas das minhas peças.

Cinquenta e três anos depois de vestir o oRancho Folclórico da Fajarda, em 2009, trajei oRancho Folclórico da Branca – Coruche

Artesã:Docelina Cardoso

•••• Artesanato em Coruche

Por: Paulo Fatela

ARTE & CULTURA

Freguesia da Fajarda

Artesão

Toalha de mesabordada a ponto de cruz

Blusa (traje tradicional)bordada a ponte de cruz

Talegos bordadosa ponto de cruz

Bonecos comtrajes tradicionais

Fotos: Paulo Fatela

Docelina Cardoso poderá ser contactada na Rua deSalvaterra de Magos – Fajarda e CORART (Associação de

Artesanato de Coruche) Largo João Felício – Coruche

Artesanato TradicionalDocelina Cardoso fala de si:

http://p

aulofatela.blog

s.sapo.p

tO Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 27

Page 28: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201028

O agrupamento de escolas Educor, deCoruche, está a levar a cabo um conjuntode acções de formação, no âmbito do“Rumos de Mudança”, um projecto quetem carácter preventivo.

Destinado a docentes e a parceiros doagrupamento, o referido plano abrangetemas tão diversos, como “metodologiade trabalho autónomo no 1.º ciclo”, “sen-sibilização sobre intervenção em contex-tos socioeducativos adversos”, “sensibi-lização sobre diversidade cultural” e “bul-lying”.

Como formadoras, este agrupamentoconta com a colaboração de quatro espe-cialistas. A saber: Matilde Sirgado, coor-denadora-geral do projecto Rua do Insti-tuto de Apoio à Criança, Mirna Monte-negro, da Direcção-Geral de Inovação ede Desenvolvimento Curricular, MélanieTavares, psicóloga do sector SOS Crian-ça, e a professora Piedade Fernandes.

Alguns artesãos, exerceram cidadania,juntaram-se à festa e contribuíram nomínimo para a dinamização do espaço eemprestaram, igualmente, cores e saberes,num momento em que o colorido seimpunha face aos períodos históricosinvocados. Os sabores foram levados pelaCORART – Associação de Artesanato deCoruche (bolos, licores, chás, …), numregisto de Idade Média.

O Agrupamento de Escolas “EDUCOR” com o

aposta na Formação e na Prevenção

Aconteceu no dia 15 de Maio,no pátio do Museu Municipalde Coruche, uma iniciativaconjunta da Câmara Municipalde Coruche e AgrupamentoEducor (Departamento deCiências Sociais).

PROJECTO “RUMOS DE MUDANÇA”

Artesanato na “Noite dos Museus”

Sarau Cultural “Culturas em Movimento”1 2

3 4

5

6

1 - Paulo Fatela2 - Artesanato de Arlindo Pirralho3 - Romão Santos4 - Inês5 - José Tanganho

6 - venda de sabores(CORART - Associação deArtesanato de Coruche)

Page 29: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 29

A maioria das produçõesexpostas são excelentes exem-plos de artesanato, peças úteis edecorativas, algumas tradicionaise outras poderão ser incluídasnuma vertente de artesanatourbano/contemporâneo, outrasainda, salvo melhor opinião, nãolhes reconheço características

para que possamos enquadra-lasno artesanato/craft, ou seja, ofacto de serem produzidas ma-nualmente não lhes confere essaqualidade.

Sem preconceitos, as artesplásticas, estiveram no espaço daAssociação de Artesanato deCoruche, algumas pinturas a óleo

sobre tela e aguarelas, imitaçãodo real (mimesis), numa perspec-tiva de registo do nosso patrimó-nio edificado e imagens associa-das aos usos e costumes do meiorural coruchense, obra pintora –Mestre Helena Diogo.

Não obstante as obras expos-tas possuírem alguns anos, é

sempre um prazer revelas, face àsua qualidade estética e à almasubjacente. Importa referir que aCORART – Associação de Arte-sanato de Coruche ganhou oespaço na Praça de Toiros, cedi-do pela CMC, perdeu, em meuentender, em imagem.

Impõe-se nestes momentos

uma produção expositiva, “sim-ples” mas cuidada e coerente, pa-ra que aconteça uma boa promo-ção e divulgação da cultura “po-pular” implícita ao artesanato.

___Paulo Fatela

(Texto e fotos)

Artesanato nos “Sabores do Toiro Bravo”Artesanato presente nos “Sabores do Toiro Bravo” através da CORART – Associação de Artesanato de Coruche,

foi uma mostra de peças dos associados:

Márcia Branco; Maria José Pires; Custódia Prancha; Emília Ferreira; António Monteiro; Docelina Cardoso; Helena Diogo; Rosa Simões;Ana Freitas; Arlindo Pirralho; Anabela Couto; Ofélia; José Tanganho; Liete; Joaquina; Marília; Liliana Gafaniz, Maria Castelo Pardal;

Maria do Castelo Vilelas; Lina Fernandes; Paulo Fatela; Henrique Barroso; António Lourenço; Inês; Nazaré e Joana Pereira.

Page 30: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201030

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

Trata de Toda a Documentação•

Artigos Religiosos

AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

2100-179 Coruche

ResidênciaRua José Maria Rebocho - Lote 1

Santo António – 2100-042 Coruche

Chamadas a qualquer hora para o Telef.: 243 679 618Telemóvel 917 284 692 • Fax 243 617 340

AA ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

BB FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

CC HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070Posto da BrancaTel. 243 606 444

DD MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

Linha AzulTel: 243 370 578

Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

FARMÁCIAS DE SERVIÇO

JUNHO DE 2010

D

S

T

Q

Q

S

S

6 13 20 27

7 14 21 28

1 8 15 22 29

2 9 16 23 30

3 10 17 24

4 11 18 25

5 12 19 26

D C B A

A D C B

C B A D C

D C B A D

A D C B

B A D C

C B A D

Dr.ª ConceiçãoDr. Mendonça

MÉDICOS

Rua de Santarém, 75-1.º2100-226 CORUCHE

Tel. 243 675 977

Dr.ª FernandaSilva Nunes

MÉDICA DENTISTA

Rua Bombeiros Municipais, N.º 1– 1.º Dt.º • 2100-178 CORUCHE

Tel. 243 660 060

Albina GonçalvesMédica de

Clínica Geral

Tlm. 936 264 300

Clínica Médica Sorraia – CORUCHE

Tel. 243 617 888

Duarte NunoCadavez

Médico EspecialistaOrtopedia e Fracturas

Marcações peloTel. 243 617 591

Rua da Calçadinha, 7 – CORUCHE

Vende-seCasa

no Centro de CorucheBom Negócio

Contacto: 910 632 530

• FALECIMENTOS •

• CASAMENTOS •

1 de MaioJoão Adeodato de 80 Anos2 de MaioRosalia Maria C. Penedo Basuga de 49 Maria Rosa Coutinho de 69 AnosAdriano Carvalho de 85 Anos3 de MaioFortunata Maria Severino de 94 AnosMaria Diolinda P. David Castanhas de 67 Aníbal Diogo da Costa de 70 AnosCesaltina Maria de 90 Anos4 de MaioMariana Rosa de 97 AnosJoaquim de Sousa Frigideira de 77 Anos6 de MaioMário José da Costa de 74 Anos7 de MaioAntónio Tenxanito de 76 Anos8 de MaioJoão Coelho de 86 Anos10 de MaioAntónia Maria Dimas Alves de 79 Anos13 de MaioRosária Maria de 96 Anos14 de MaioBrás Francisco de 84 AnosJoaquim Gonçalves de Oliveira de 88

18 de MaioJoaquina Maria de 87 Anos19 de MaioMaria Hermínia de 81 Anos20 de MaioAntónio Henrique de 79 Anos22 de MaioJoão Manuel Ferreira de 86 Anos23 de MaioLuís Manuel Rodrigues Soares de 47 24 de MaioLucinda da Piedade Duarte de 84 AnosAntónio Estanque de 82 Anos25 de MaioFrancisco Fortunato Moreira de 76 Anos26 de MaioAdelia Leonor de Oliveira de 73 anosAntónia Guilhermina Teles de 79 Anos27 de MaioAntónio Frade Lopes de 89 Anos30 de maioJosé Simão de 79 AnosJoaquim Francisco de 70 Anos31 de MaioEusébio dos Santos Faustino de 71 AnosAmélia Godinho Feijão de 86 Anos

Igreja do Castelo1 de Maio - Carlos Miguel dos SantosFaria com Liliana Sofia da Silva Ferreira1 de Maio - Manuel Fernando MachadoGalvão com Anabela Cecílio dos Santos

Igreja Matriz22 de Maio - Rui Miguel Moreira do Valecom Helena Sofia Mendes Rosalino30 de Maio - David Miguel Lopes daSilva com Patrícia Alexandra do RosárioLopes da Silva

Igreja do Rebocho22 de Maio - João Luis Soares Coruchecom Marta Machado da Cruz MonizPereira

Igreja da Branca29 de Maio - Luís Carlos do RosárioMartins com Cesarina Henriques Gaspardos Santos

Paróquia de Coruche

MMaaiioo ddee 22001100

AGÊNCIA FUNERÁRIA SEBASTIÃO, LDA.De: Sebastião Júlio Pereira • Temos os melhores e mais

sofisticados auto-fúnebres• Pessoal especializado e

credenciado• Florista privada

Funerais, Cremações,Trasladações e ArtigosReligiosos

Tratamostoda a documentação,para o país e estrangeiro,

Telefones 243 617 067 e 243 678 318Telemóveis 938 446 494 e 919 769 058

Serviço 24 horas

Page 31: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 31

No próximo sábado 12 deJunho, memória Litúrgica doImaculado Coração de Maria.

Um dia depois do encerra-mento do Ano Sacerdotal, 270famílias da paróquia de NossaSenhora da Graça, na Azerva-dinha e Montinhos dos Pegos,consagrar-se-ão a Nossa Senho-ra.

Repetindo assim o gesto deS. João Maria Vianney, padro-eiro de todos os sacerdotes na

paróquia de Ars em França noAno de 1836. Para esta con-sagração, a paróquia elaborouum programa de oração, for-mação, compromisso pessoal ecomunitário.

A 1 de Janeiro, deste ano, nasolenidade de Santa Maria Mãede Deus, foram benzidos naEucaristia três quadros com aimagem de Nossa Senhora, eenviados em missão para todasas famílias da comunidade paro-

quial no dia 2 de Fevereiro, nafestividade de Nossa Senhora daLuz. O objectivo era a oraçãoem família, o crescimento na fée o compromisso com a paró-quia

Cada família ao receber oquadro com um pequeno guiãoelaborado pelo pároco, tinhacomo intenção a oração pelasantificação das famílias, asvocações sacerdotais e religiosase ainda a visita o Santo Padre

Bento XVI ao nosso País. Cadaum teve assim a possibilidade deconfiar à Virgem Santa, as suaspreocupações, anseios e oferecercada hora do dia marcado pelotrabalho, alegria, sofrimento epaz, como um filho o faz doce-mente com a sua mãe.

Neste mês de Maio, houveainda um tempo de formaçãotestemunhal, com o Ciclo de Con-ferências: “Amigos de NossaSenhora” todas as Sextas-feiras

após a recitação do terço, naIgreja paroquial da Azervadinha.

No Dia 07 reflectimos sobreos Beatos Francisco e JacintaMarto com a Irmã Ângela Coe-lho – Vice Postuladora da Causade Canonização.

Dia 14 sobre o Servo deDeus D. Manuel da ConceiçãoSantos com Irmã Maria HelenaCordovil – Vice Postuladora daCausa de Beatificação.

Dia 21 de Maio, sobre a Ser-va de Deus Madre Isabel da San-tíssima Trindade com Irmã Ivo-ne Coelho – Vice Postuladora daCausa de Beatificação e no dia28 sobre o Venerável Padre Fran-cisco Cruz, com Doutora Con-ceição Barreira de Sousa, fami-liar do venerável sacerdote.

No próximo dia 25 de Junhoteremos a última conferenciasobre S. João Maria Vianneyproferida pelo Pe. FernandoPaiva da Diocese de Setúbal.

Que estes momentos, revesti-dos de alegria e festa, sejam paracada família da paróquia a cer-teza de que Deus nos ama, e nosenvia para a Messe do Seu reinoque é a vida de cada um de nós,em comunhão.

Assim compreenderemos, eviveremos, o que a Mãe do Céunos comunicou em Fátima: “omeu Imaculado Coração tri-unfará”.

____

Actividade Religiosa

Muitos Parabéns, pela sublime história de vida em comum, é bemmerecida esta singela homenagem, e que as bodas de ouro sejam umapequena parte do maior tributo que a vida Vos tem dado, a felicidade,

porque a merecem.

Muitas felicidades são os votos das Vossas Filhas, Genros e Netos.

Azervadinha eMontinhosConsagra-se aNossa Senhora

O Papa bem nos avisou:“Precisamos de verdadeirastestemunhas de Cristo e não depessoas falsas; sobretudo onde osilêncio da fé é mais amplo eprofundo, como por exemplo napolítica”.

Porque em tais âmbitos –disse o Papa em Portugal – “nãofaltam crentes envergonhadosque dão as mãos ao secularismoe constroem barreiras à inspi-ração cristã.” Pois, aqui está umaboa definição de Cavaco Silva.

Que pena, Sr. Presidente. Se oSr. tivesse assumido a sua posi-ção antes de Bento XVI vir aonosso país, teria sido mais hones-to para com o Papa e para com osportugueses...

Mas não. O Sr. tomou a típica

opção que desprestigia a política:encheu-nos de palavreado e lin-dos discursos de sabor cristão,para afinal fazer o contrário doque insinuou durante os quatrodias que andou com o Papa. Paraquê Sr. Presidente? Para ganharmais votos?

O Sr. sentou-se lá à frente namissa e ouviu certamente o que oPapa disse: “o acontecimento deCristo é a força da nossa fé evarre qualquer medo e indeci-são, qualquer dúvida e cálculohumano (...) mas é preciso queesta fé se torne vida em cada umde nós”.

O Presidente da Repúblicafez exactamente o contráriodisto, dois dias depois de se des-pedir do Papa.

Aura Miguelarrasa

Cavaco Silva

Page 32: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201032

O mês de Maio foi farto em actividadena Escola Academia Sporting SamoraCorreia. No sábado que assinalou o dia dotrabalhador, a Academia Sporting de Samo-ra Correia manteve em actividade durante amanhã cerca de 80 jovens atletas. Entretreino extra para a turma do Vasco, quecomemorou com os amigos o seu aniver-sário, o jogo treino com o GD Benaventepara os Sub11 e a 1-ª jornada da Liga EAS-SC 2001, até cerca das 13 horas, viveu-sefutebol com intensidade no complexodesportivo da Murteira.

No fim-de-semana de 8 e 9 de Maiodecorreu mais uma jornada da Liga EAS-SC Sub13, em Samora Correia. As duasequipas da nossa Academia (Adrien e Pe-reirinha) conseguiram resultados que asmantiveram na frente da classificação, apósos jogos deste fim-de-semana. Os resultadosforam: Grupo A: EAS Samora CorreiaAdrien (3) vs EAS Póvoa Santa Iria A (2);Grupo B: EAS Setúbal (4) EAS SamoraCorreia Pereirinha (2); EAS Póvoa de SantaIria B (1) EAS Setúbal (3).

Estava guardado para o fim-de-semanade 15 de Maio a maior manifestação do pro-jecto Escolas Academia Sporting – a ida ao

Estádio José de Alvalade XXI, o palco dossonhos de cerca de 6 000 alunos que, du-rante 3 dias, puderam pisar a relva onde sóos seus ídolos jogam durante o ano. Cum-priu-se uma das actividades com maisimpacto nos alunos das Escolas AcademiaSporting: a visita ao Estádio de Alvalade.No lugar onde só os jogadores profissionaisdo plantel sénior do Sporting (e, pontual-mente, os juniores) podem jogar, foi dadauma oportunidade a todos os alunos das 28Escolas Academia Sporting para se diver-tirem e conviverem no relvado e nas insta-lações do Estádio de Alvalade. A nossaAcademia esteve presente no sábado, nosturnos das 9h00m (Sub7 e Sub11) e das20h30m (Sub8 e Sub13/15). Para os alunosque encararam esta oportunidade como oconcretizar de um sonho, de facto ele reali-zou-se: pisar o palco dos sonhos é um priv-ilégio que só alguns têm possibilidade derealizar: e nós estivemos lá.

No fim de semana 22 de Maio, já acheirar a Verão, os alunos da Escola Aca-demia Sporting Samora Correia estiveramem acção, no âmbito do plano anual deactividades da Escola. Assim, pela manhã,para além do treino semanal ao sábado, os

nossos craques estiveram nos seguinteseventos: Sub11 – jogo treino com o GDBenavente, no complexo desportivo deCamarinhais. A experiência foi muito boa,apesar do resultado não tendo correspondi-do às expectativas e ao desempenho nosatletas: GD Benavente (4) vs EA SportingSamora Correia (0). Sub9 – Liga 2001:decorreu a 2ª jornada desta Liga, com asnossas duas equipas em acção: EGBAlverca (4) vs EASporting Samora CorreiaSaleiro (0); GD Benavente (2) vs EA-Sporting Samora Correia D'Jaló (5). Àtarde, teve lugar a última jornada da LigaEAS-SC Sub13, com os seguintes jogos eresultados: EAS-SC Pereirinha (5) vs ADCCoruche (3); EAS Corroios (6) vs EASPóvoa Santa Iria A (0); EAS Setúbal (5)ADC Coruche (3).

No último fim de semana do mês, todosos nossos escalões estiveram em actividade:Sub7 – torneio intra Sub7 “Dia da Criança”– sábado, 29, 10h30m, Samora Correia;Sub9 (2001) – 3ª jornada Liga EAS-SC 2001– sábado, 29, 10h30m, Samora Correia; Sub9(2002) – 5ª jornada Liga EAS Amora 2002– sábado, 29, 16h30m, Amora; Sub13 –jogo treino com EAS Póvoa de Santa Iria –

sábado, 29, 16h00m; Sub11 – torneio quad-rangular EAS Santarém – domingo, 30,9h00m; Sub13 – torneio quadrangular EASSantarém – domingo, 30, 9h30m. Foi umajornada intensa de futebol com excelenteparticipação de todos nossos craques. Asnossas equipas tiveram um excelente de-sempenho.

Durante o mês, estiveram de parabéns osnossos alunos: Hugo Silva, João Sousa,Pedro Claudino, João Valério, Diogo Salva-dor, Diogo Mendes e Filipe Martins. Paratodos, os nossos parabéns.

O próximo mês vai assinalar as finaisdas Ligas EAS-SC Sub13 e 2001 (a 19 e a26 de Junho), última jornada da Liga EASAmora, para os alunos nascidos em 2002.

____

Campeonato Internacional de Judo em Valdemoro – Espanha, no dia 8 e 9 de Maiode 2010

Leonor Barbas, na categoria Esperanças -60Kg, obteve a medalha de Bronze 3º lugar. Maria Fonseca, na categoria Esperanças -60Kg, não conseguiu qualificar-se, para subir

ao pódio, ficando em 4º lugar.Cláudia Liberato, na categoria Esperanças +63Kg, obteve a medalha de Bronze 3º

lugar, que pertence ao Judo Clube de Salvaterra de Magos, mas que foi à responsabilidadedeste clube por ser menor.

Miguel Peneireiro, na categoria Juvenis +60Kg, obteve a medalha de Prata 2º lugar. Jessica Filipe, na categoria Infantis -32Kg, obteve a medalha de Prata 2º lugar. Raquel Barbas, na categoria Benjamins -30Kg, obteve a medalha de Prata 2º lugar.

Campeonato Europeu de Judo_Esperanças e Estágio Internacional de JudoMiranda do Corvo de 15 a 19 de Maio de 2010

Atleta convocada para a selecção Portuguesa feminina: Leonor Barbas, ficou classifi-cada em 7º lugar.

Open de Seniores e JuvenisSangalhos - Anadia, no dia 29 de Maio de 2010

Seniores:José Costa, na categoria +90Kg, obteve o 3º lugar. Pedro Mariano, na categoria -66Kg, ficou classificado em 7º lugar.Juvenis:Miguel Peneireiro, na categoria Juvenis -73Kg, obteve o 2º lugar. Campeonato de Judo - Casa do Povo de Rio Maior, no dia 30 de Maio de 2010:

António Branco – 1.º lugar, na categoria -35Kg.José Mendanha – 1.º lugar, na categoria -30Kg.Ana Lamas – 2.º lugar, na categoria -25Kg.Raquel Barbas – 2.º lugar, na categoria +25Kg.Jessica Filipe – 3.º lugar, na categoria +30Kg.Jaime Saramago – 3.º lugar, na categoria +25Kg.Rafael Fonseca – 3.º lugar, na categoria +30Kg.

O Judo Clube de Coruche agradece o empenho e dedicação, destes e de todos osrestantes atletas do clube, que contribuíram mais uma vez para marcar a presença nestescampeonatos, permitindo trazer para Coruche, durante o mês de Maio de 2010, três meda-

lhas de Prata e uma de Bronze, num campeonato Internacional e nos restantes campeonatosdois 1º lugar, três 2º lugar, três 3º lugar.

Assim como não pode de deixar de agradecer aos pais e familiares dos atletas, que sema ajuda de todos eles, não permitia ao Clube comparecer em cada um dos campeonatos comos seus atletas, que tanto têm dignificado o clube, a vila de Coruche e os seus TreinadoresMestre Joaquim Fernandes; Mestre Manuel Lobeiro e o Monitor José Costa.

____Floriano Barbas

Carlos Bacalhau

ESCOLA ACADEMIA SPORTING DE SAMORA CORREIA

Judo Clube de CorucheO Judo Clube de Coruche informa os resultados obtidos pelos atletas deste clube nosdiversos Campeonatos em que participaram.

informação

Page 33: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 33

Foi no dia 22 de Maio, Sábado passado, que odeputado Filipe Lobo D'Ávila, eleito pelo CDSpor Santarém, esteve em Coruche para um balan-ço dos primeiros seis meses de (Des)Governo doPS.

A meu convite e organizado pelo Jornal deCoruche, o Deputado Filipe Lobo D'Ávila fez umbalanço claro e bastante completo sobre a compli-cada situação a que o País chegou, fruto da gover-nação socialista, além de ter focado também osproblemas da Insegurança e da Agricultura.

O Auditório do Museu Municipal esteve bas-tante preenchido, mas de eleitos e autarcas deCoruche, só mesmo os do MIC.

O meu agradecimento ao Senhor Deputado,pela sua presença e pela prova de grande proxi-midade com as populações ao ter estado cerca de3 horas à conversa e respondendo aos presentes.

Numa época em que os políticos caíram emdescrédito, aqui fica um bom exemplo de excep-ção! Bem haja Sr. Deputado

____Abel Matos Santos

Fundador do Jornal de Coruche

O deputado Filipe Lobo D'ÁvilaO deputado Filipe Lobo D'Ávilado CDS esteve em Coruchedo CDS esteve em Coruche

Iniciando o Ciclo de Conferências “À conversa com os deputados”

ESPECIALIDADES

Cozinha Tradicional • Carnes NacionaisPeixes Frescos • Doces RegionaisMariscos Frescos

Bairro da Areia, 122 – 2100-018 Coruche

Tel. 243 617 552

Grandes Salõesde Exposição

MÓVEIS SORRAIA

ESTUDO, PROJECTO E MONTAGEM DE SISTEMAS DE REGARações • Adubos •Sementes • Produtos Fito-Farmacêuticos • Produtos e

Equipamentos para Agricultura e Jardim • Redes de Vedação • Postes TratadosPlásticos de Cobertura • Tubos e Acessórios para Sistemas de Rega e Canalizações

Equipamentos para Cozinhas e Casas de Banho • Motobombas, MáquinasAgrícolas, Portáteis e de Jardim da prestigiada marca HONDA

Produtos e Equipamentos para Tratamento e Manutenção de Piscinas

Telef/Fax 243 675 862 Móvel 962 939 710 E-mail [email protected] de Olivença S/N – 2100-151 CORUCHE

Rua de Diu, nº 9 – 2100-144 CORUCHE

Escritório:Telef./Fax: 243 617 501

Telem.: 966 288 506

Gabinete de Contabilidade e Gestão

ARRAGEST

Comida para fora e Frango no Churrasco

Rua 5 de Outubro2100-127 Coruche

Tel. 243 617 744/5Fax 243 617 747Tm. 917 074 345

Page 34: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 201034

LEAL & CATITA, LDA.

Vendas e Assistência

Stand 1:Rua do Cemitério

Stand 2:R. Maria Emília Jordão

Oficinas:Rua do Cemitério Santo Antonino

Coruche

Tel. 243 675 020Fax 243 617 163

[email protected]

Créditosde 12 a 120 Meses

Semi-NovosVW Passat Variant 1.9 TDI BlueMotion 5p Diesel 2008VW Golf Variant 1.9 TDI BlueMotion 5p Diesel 2008Peugeot 308 Executive 1.6 HDI 5p Diesel 2008Renault Megane Brk Dinam. S 1.5 DCI 5p Diesel 2008Renault Clio 1.5 DCI Dinamique 5p Diesel 2008Fiat Bravo 1.6 M.Jet 5p Diesel 2008 Opel Astra Carav. 1.3 CDTI 5p Diesel 2008Opel Astra GTC 1.3 CDTI 3p Diesel 2008Opel Corsa Ecoflex 1.3 CDTI 5p Diesel 2008Opel Corsa Enjoy 1.2 5p 2008Seat Ibiza 1.2 12v 5p (Modelo Novo) 2008Skoda Fabia 1.2 12v 5p 2008Hyundai I30 CW 1.6 CRDI 5p Diesel 2008Hyundai Getz 1.5 CRDI 5p Diesel 2008Volkswagen Polo 1.2 12v 5p 2008Seat Alhambra Stylance 1.9 TDI 7L Diesel 2008Fiat Grande Punto 1.2 5p 2008

RetomasSuzuki Swift 1.3 16v 5p 2007Skoda Fabia Break 1.2 12v 5p 2007Opel Astra Carav. 1.3 CDTI 5p Diesel 2007Mitsubishi Colt Invicte 1.2 5p 2007Seat Ibiza 1.4 TDI 5p Diesel 2007Renault Clio Lux Dinamique 1.5 DCi 5p Diesel 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p Diesel 2006Citroen C-3 SX Pack 1.1 5p 2006Opel Astra Enjoy 1.3 CDTi 5p Diesel 2008

ComerciaisPeugeot 207 1.4 HDI Van C/AC 2008Seat Ibiza 1.4 TDI Van C/AC 2008Peugeot Partner 1.6 HDI Van C/AC (Mod. Novo) 2008Citroen Berlingo 1.6 HDI Van 2007Opel Combo 1.3 CDTI Van 2005Hyundai H-1 2.5 TD 9L C/AC 2001Peugeot 206 1.4 HDI Van 2002

ELECTRODOMÉSTICOSAR CONDICIONADO

MEO – SATELITE – IPTVREPARAÇÕES

COMPUTADORES • POSTOS DE VENDASOFTWARE • ASSISTÊNCIA

Rua dos Bombeiros Municipais, Nº 28-B2100-179 CORUCHE

Tels. 243 689 300 • 96 130 27 72 • 93 610 11 69

Comercio de pneusnovos

e usados

Recauchutagem –Calibragem de rodas

Focagem de faróis –Alinhamento de

direcções de veículosligeiros, médios e

pesados

Capas de bancos“Nirita”

Rodas estreitas paraAgricultura

RECAUCHUTAGEM CORUCHENSEDE MANUEL DE MATOS ALVES & FILHOS, LDA.

Estrada Nacional, 114 – Apartado 73 • 2104-909 Coruche

Tel. 243 61 76 60 • Fax 243 61 76 95

Os Deputados José Gusmão do BE e JoãoGalamba do PS, eleitos por Santarém, vãoestar presentes na iniciativa do Jornal de Co-ruche para um debate/conversa em Corucheno dia 9 de Junho pelas 20,30 horas, noAuditório Municipal do Pavilhão de Coru-che.

O convite partiu do Fundador do Jornal deCoruche, Abel Matos Santos, que fará a mo-deração do debate, que visa discutir deforma aberta e participativa com a assistên-cia, os principais problemas do Concelho, doDistrito e do País.

À Conversacom os Deputadosem Coruche

Page 35: O Jornal de Coruche

O Jornal de Coruche • Ano 5 - Número 50 • Junho de 2010 35

Com o fim do “O Jornal de Coruche”, eis que surge uma novidade,um projecto, um sonho. O meu sonho e o sonho de todos aqueles queirão contribuir para que este se concretize. Surge o novo JornalLezírias.Nova gente chegará enquanto outros partem, a própria vida é feita deboas vindas e despedidas.Vivem-se tempos difíceis para todos nós, mas a palavra de ordem ésó uma: Coragem, essa qualidade que fez de nós um povo indepen-dente e inovador.Não é, nem há tempo para nostalgias, há que investir, aperfeiçoar,criticar, fazer parte, atingir consensos, no fundo lutar honestamenteno mundo da informação e da cultura em prol de Portugal e das nos-sas terras e regiões.Aprendemos todos os dias com o que de bom e de mal é feito, estenovo jornal é um desafio, mas é disto que o povo vive, aprender,ensinar, ouvir e dar voz.O povo precisa de um jornal capaz de, simultaneamente, informar,entreter e, acima de tudo, estimular. O “Lezírias” quer ser “isto”, sejalá o que “isto” for. Saúde-se justamente o bem sucedido antecessor “O Jornal deCoruche” pela sua ascensão e contributo, mas hoje inaugura-se umnovo estado de coisas onde o melhor de “O Jornal de Coruche” a parcom a novidade desejada do “Lezírias”, abrirão caminho a outrasregiões, outros pontos de vista, outras ilusões onde os mais novos, osidosos, os empregados e os sem-emprego, os ricos e os pobres em(ou sem) sintonia se possam exprimir sem o dogma da vergonha, docomplexo ou do preconceito.Eis o “Lezírias”, o jornal de todos, apartidário, democrata, ouvinte eporta-voz de todos e para todos, Coruchenses, Ribatejanos ePortugueses. Todos!Uma nova Era começa aqui. Mãos à obra! Está feito o convite ao passado e ao futuro: leitores, assinantes,colaboradores e anunciantes, fiquem connosco e quem quiser que sejunte a nós. Que o futuro seja nosso e feliz!Boa sorte Lezírias!

____

José António MartinsDirector do Jornal Lezírias

2100-169 Coruche

R. Marques da Silva, 41/A • 1170-222 LisboaTelef. 218 110 770 • Fax. 218 127 820

www.mfg.pt • E-mail: [email protected]

M. FERNANDES & GOMES, LDA.M. FERNANDES & GOMES, LDA.Plastificaçãoatravés debolsas de

plástico ourolos até

1650mm.

Tel. 243 618 893 – Tlm 917 382 943

ELECTRICISTA AUTO

• Baterias• Tacógrafos• Ar Condicionado• Testes Electrónicos

(multimarcas)

ZONA INDUSTRIAL – CORUCHE

Encadernaçãopor lombada plásticae arame

Junto à Estação da CP – 2100 Coruche

Oficina – 243 617 392Resid. – 243 679 868

Tlm. – 965 019 629

José Francisco dos Santos(Zé Nambaia)

Tel.: 243 619 459 • Tlm. 919 398 749

Santo Antonino • 2100-122 Coruche

Manuel Agostinho Correia

?

Page 36: O Jornal de Coruche

Surge nova publicação!

Lezírias, é o nome do novo Jornal que vai ocupar olugar do Jornal de Coruche, que se tornou incómodopara alguns, alargando o âmbito a todos os concelhoslimítrofes, iniciativa da responsabilidade de JoséAntónio Martins, Director do Jornal de Coruche queagora termina.

Abel Matos Santos sacrifica o seu título local e a suaposição no Jornal de Coruche, “em prol da terra e doexcelente trabalho que José António Martins temvindo a desenvolver nos últimos dois anos como direc-tor do JC”, para que possa continuar a defender assuas ideias, “sem abdicar dos valores em que acreditoe sem prejudicar a minha terra e o seu jornal de refe-rência”.

José António Martins cria o Jornal Lezírias “para quese possa tornar independente economicamente e estarmenos susceptível a pressões externas, ao mesmotempo que aumenta a sua área de influência”.

Conheça o novo jornal e as ideias de José AntónioMartins, já no próximo mês de Julho.

Contactos

Sede: Rua Direita n.º 102, 2100-192 Coruche

Telefone e fax: 243 677 344 • Tlm. 91 300 86 58

www.jornallezirias.com • [email protected]