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Director: Abel Matos Santos Ano 1 Número 1 Abril de 2006 Mensal Tiragem: 5 000 exemplares Preço: 1 Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 E DITORIAL Começa aqui o primeiro número do “O Jornal de Coru- che”! E pretende ser isto mes- mo, o jornal das terras do Sor- raia, que o concelho de Coruche comporta desde, pelo menos 1182, ano em que lhe foi dado foral e constituído como conce- lho. A área geográfica de Coru- che, que faz a transição do norte (Ribatejo) para o sul (Alente- jo), encontrando-se estrategica- mente próxima e colocada entre o interior e o litoral, pos- sui uma identidade cultural e humanas bem definidas e con- solidadas ao longo dos séculos. É destas realidades humanas, económicas, sociais, históricas, etnográficas, culturais, enfim tudo o que diga respeito às nos- sas gentes, que esta aventura jornalística se pretende ocupar, dando-lhes todo o espaço e tem- po que merecem, porque é disso que este jornal se trata. Poder-se-á perguntar, que sendo eu um profissional de Saúde e vivendo em Lisboa há já 14 anos, o que me levou a criar este jornal? Um jornal regio- nal, é a voz do seu povo, é o repositório da sua memória colectiva, é também um orga- nizador social, e o fim do “Sor- raia” foi motivo de tristeza para todos nós. Mas este facto gerou em mim uma vontade, que aliado ao amor à terra que me viu nascer e crescer, teve o poder de me fazer envolver e dedicar o meu tempo, que já vai sendo escasso, à criação deste projecto. Mas não tenham quaisquer dúvidas, que o faço de alma e coração. Empenhar-me-ei para fazer deste Jornal de Coruche, uma referência de credibilida- de, isenção, rigor e muita quali- dade. Este jornal será certa- mente um ponto de encontro de todos os que nasceram e aqui vivem, bem como os que na diáspora pelos quatro cantos do mundo, vão matando sauda- des da sua terra e sabendo o que por cá se passa. Mas este projecto só será bem sucedido com o apoio de todos! Da população do con- celho de Coruche, das forças vivas da nossa terra, da indús- tria e do comércio, de todos aqueles que exercem aqui as suas actividades económicas, da autarquia e das juntas de fre- guesia. Todos são apoios impres- cindíveis. Enfim, este jornal não será nunca do seu Director, este jornal é de todos vós. É o nosso Jornal! Por tudo isto, está aberto a todos os que de boa fé e respei- tando o estatuto editorial, quei- ram colaborar, enviando artigos, notícias, sugestões e críticas. Contudo, convém não esquecer que a viabilidade económica do jornal só é possível com as receitas da publicidade e das assinaturas. Os custos, para se obter qualidade, são elevados, por isso espero o vosso apoio para podermos ter o Jornal de Coruche todos os meses, pelo menos durante mais uns bons anos. Biscainho – Branca – Coruche – Couço – Erra – Fajarda – São José da Lamarosa – Santana do Mato Visite Coruche, o Vale do Sorraia ... e Sorria! Destaques Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Entrevista exclusiva, do Presi- dente da Câmara Municipal de Coruche, Dr. Dionísio Mendes. Página 4 Papa João Paulo II, um ano depois da sua morte – Relance Fotográfico da sua vida. Páginas 10 e 11 António Badajoz, tributo a um Mestre, um Príncipe das Arenas. Páginas 14 e 15 Homenagem a José Luís Pereira, um bom Coruchense e um bom Português. Página 12 O Vale do Sorraia tem Novo Jornal O Vale do Sorraia tem Novo Jornal Começa aqui, com este Número 1, a aventura d’O Jornal de Coruche. Participe, leia-o e divulgue-o. Continua na pág. 2 >

Destaques O Vale do Sorraia tem Novo Jornal A1N01 site.pdf · 2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso, informativo,

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Page 1: Destaques O Vale do Sorraia tem Novo Jornal A1N01 site.pdf · 2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso, informativo,

Director: Abel Matos Santos – Ano 1 • Número 1 • Abril de 2006 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

EDITORIAL

Começa aqui o primeironúmero do “O Jornal de Coru-che”! E pretende ser isto mes-mo, o jornal das terras do Sor-raia, que o concelho de Coruchecomporta desde, pelo menos1182, ano em que lhe foi dadoforal e constituído como conce-lho. A área geográfica de Coru-che, que faz a transição do norte(Ribatejo) para o sul (Alente-jo), encontrando-se estrategica-mente próxima e colocadaentre o interior e o litoral, pos-sui uma identidade cultural ehumanas bem definidas e con-solidadas ao longo dos séculos.É destas realidades humanas,económicas, sociais, históricas,etnográficas, culturais, enfimtudo o que diga respeito às nos-

sas gentes, que esta aventurajornalística se pretende ocupar,dando-lhes todo o espaço e tem-po que merecem, porque é dissoque este jornal se trata.

Poder-se-á perguntar, quesendo eu um profissional deSaúde e vivendo em Lisboa hájá 14 anos, o que me levou a criareste jornal? Um jornal regio-nal, é a voz do seu povo, é orepositório da sua memóriacolectiva, é também um orga-nizador social, e o fim do “Sor-raia” foi motivo de tristezapara todos nós. Mas este factogerou em mim uma vontade,que aliado ao amor à terra queme viu nascer e crescer, teve opoder de me fazer envolver ededicar o meu tempo, que jávai sendo escasso, à criaçãodeste projecto.

Mas não tenham quaisquerdúvidas, que o faço de alma ecoração. Empenhar-me-ei parafazer deste Jornal de Coruche,uma referência de credibilida-de, isenção, rigor e muita quali-dade. Este jornal será certa-mente um ponto de encontrode todos os que nasceram eaqui vivem, bem como os quena diáspora pelos quatro cantosdo mundo, vão matando sauda-des da sua terra e sabendo oque por cá se passa.

Mas este projecto só serábem sucedido com o apoio detodos! Da população do con-celho de Coruche, das forçasvivas da nossa terra, da indús-tria e do comércio, de todosaqueles que exercem aqui assuas actividades económicas,da autarquia e das juntas de fre-

guesia. Todos são apoios impres-cindíveis. Enfim, este jornal nãoserá nunca do seu Director,este jornal é de todos vós. É onosso Jornal!

Por tudo isto, está aberto atodos os que de boa fé e respei-tando o estatuto editorial, quei-ram colaborar, enviando artigos,notícias, sugestões e críticas.Contudo, convém não esquecerque a viabilidade económicado jornal só é possível com asreceitas da publicidade e dasassinaturas. Os custos, para seobter qualidade, são elevados,por isso espero o vosso apoiopara podermos ter o Jornal deCoruche todos os meses, pelomenos durante mais uns bonsanos.

Biscainho – Branca – Coruche – Couço – Erra – Fajarda – São José da Lamarosa – Santana do Mato

Visite Coruche, o Vale do Sorraia ... e Sorria!

Destaques

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Entrevista exclusiva, do Presi-dente da Câmara Municipal deCoruche, Dr. Dionísio Mendes.

Página 4

Papa João Paulo II, um anodepois da sua morte – RelanceFotográfico da sua vida.

Páginas 10 e 11

António Badajoz, tributo a umMestre, um Príncipe das Arenas.

Páginas 14 e 15

Homenagem a José Luís Pereira,um bom Coruchense e um bomPortuguês.

Página 12

O Vale do Sorraiatem Novo Jornal

O Vale do Sorraiatem Novo Jornal

Começa aqui, com este Número 1, a aventura d’O Jornal de Coruche.Participe, leia-o e divulgue-o.

Continua na pág. 2 >

Page 2: Destaques O Vale do Sorraia tem Novo Jornal A1N01 site.pdf · 2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso, informativo,

2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006

O JORNAL DE CORUCHE éum jornal noticioso, informativo,generalista que, de uma formaindependente e apartidária, procu-rará incentivar e divulgar as poten-cialidades do Concelho de Coru-che e do todo em que se integra.

O JORNAL DE CORUCHEnão renega as características Riba-tejanas da grande maioria da popu-lação Coruchense, mas terá ematenção as evoluções administrati-vas conducentes às novas reali-dades regionais que aproximarãoCoruche de outros Concelhos comos quais, por se estenderem aolongo do Sorraia e se incluir noVale do Tejo, sempre mantevecontactos privilegiados.

Na transcendência desses en-quadramentos regionais adminis-trativos o JORNAL DE CORU-CHE defenderá e respeitará sem-pre a realidade que nos definiucomo Estado – Nação, cada vezmenos Estado mas ainda Nação, aexigir de todos nós um maioresforço na preservação da identi-dade cultural colectiva.

O JORNAL DE CORUCHEconstitui-se, pois, também, comotribuna de defesa duma herançacultural que moldou Portugalcomo o mais antigo Estado – Na-ção de toda a Europa.

O JORNAL DE CORUCHEdefenderá, por essas razões, a pre-servação e divulgação do Patrimó-nio Histórico da região comoexpressivo testemunho do legadodos nossos antepassados que estána raiz da nossa identidade cultu-ral comum.

O JORNAL DE CORUCHEespera contribuir para a exigívelobrigação de transmitir às gera-ções mais jovens a consciênciadesse legado.

O JORNAL DE CORUCHEassume-se, assim, como formativona medida em que se propõe des-pertar nas camadas mais jovens aatenção para esse património reli-gioso, natural, ambiental, arquitec-tónico, etnográfico, enfim, cultural,bem como para a necessidade de omanter e proteger.

Contra tudo e contra todos oJORNAL DE CORUCHE defende-rá os valores e princípios da tradi-ção portuguesa tão caros aoshomens e mulheres do Sorraia nageneralidade e aos Coruchensesem particular, que sempre se sou-beram adaptar às novas realidadesque os séculos lhes fizeram chegar.

Com particular atenção às no-vas realidades que vão surgindo oJORNAL DE CORUCHE estarásempre, pois, disposto a divulgaras soluções que as transformemem efectivas melhorias da justiçasocial que todos merecem ter.

Dentro de um espírito de equi-dade e respeito pelas diferençasinterpretativas e de critérios avali-ativos o JORNAL DE CORUCHEprocurará dar expressão àquelesque perfilhem posições antagónicasdesde que estas não contrariemdrasticamente, na sua essência osvalores e princípios enunciados.

Esses posicionamentos deverão,no entanto, ser claramente identi-ficados a fim de não serem con-fundidos com a linha editorial doJORNAL DE CORUCHE.

Os artigos assinados serão sem-pre, assim, da responsabilidade dequem os subscreve.

Coruche, Abril de 2006.

Abel Matos Santos

Estatuto Editorial deO Jornal de Coruche

Director e Proprietário: Abel Matos Santos ([email protected])Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 Lisboa

Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche • Fax: 243675693Editor: ProCorucheNIPC: 507700376Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06ISSN: 1646-4222Periodicidade: MensalCoordenação, Paginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto

Agenda e Notícias: ([email protected])Redactor Principal: João Louro (CP7599)Assinaturas e Publicidade: Conceição Louro e Fernanda Balhé

([email protected]) • Tlm: 914360796 e 934674320Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda.Tiragem: 5000 exemplaresColaboradores: António Gil Malta, Domingos da Costa Xavier, JoãoAlarcão Carvalho Branco, João Costa Pereira, João Louro, José ManuelCaeiro, Manuel Alves dos Santos, Manuel Badajoz, Manuel João Balhé,Norberto Esperança, ANF.Fotografias: Manuel Pinto, João Carlos Louro, Ana Mendes, Paulo Teixeira,Casimira Matos, CMC.Web: Henrique Lima

www.ojornaldecoruche.com

Creio que, como toda agente, me entristeci com anotícia do fecho d’ “O Sor-raia”.

A brincar a brincar deixeiCoruche fisicamente aos quin-ze anos, se bem que jamais atenha deixado de coração,mais não fora pela graça deDeus de ainda lá ter vivos osmeus pais e tia, e sempre pelojornal fui sabendo o que ocor-ria na vila.

Na realidade, um órgãode comunicação local, im-porta a paisanos e sobretudoà diáspora, e muitos somosos que com Coruche na alma,granjeamos a vida por outras

bandas. No que à notícia re-porta, interessa-nos o que nãointeressa a mais ninguém,mas só nós, os ausentes, sabe-mos o quão importantes sãoalgumas miudezas no que re-fere ao contextualizar a sau-dade.

Por assim ser (e demaisrazões que não vêm agora acaso…) entendi ser irrecusá-vel a proposta do DoutorAbel para uma mais que mo-desta colaboração.

Sem tão pouco ter vistoeste texto em letra de forma eantevendo todas as dificulda-des na futura obtenção dodesiderato de pôr mensal-mente na rua um texto tauri-

no susceptível de interessaraos Coruchenses, ocorre-mede imediato lembrar o quedevemos ao Victor Amaro esobretudo ao Xico Manel,que anos a fio se esforçarame conseguiram cumprir oobjectivo.

Que não se espere de mima croniqueta que dê conta deque A pôs dez ferros ou queB deu dez passes. Já estounoutra!

Que a nossa Senhora doCastelo me inspire a escreveralgo que vos motive, dadoque, detestaria desiludir-vos.

____Domingos da Costa Xavier

CortesiasÀ Memória do Dr. Francisco Manuel Bento da Silva Santos

EDITORIAL

Não posso deixar de agra-decer a todos aqueles que acei-taram de imediato participar.

Ao Dr. Domingos da Costa

Xavier, que prontamente acei-tou o convite para fazer a pági-na taurina, ao Manuel GomesPinto, sempre disponível e entu-siasta e o meu braço direito nesteprojecto, à Conceição Louro eà Fernanda Balhé, que com asua boa vontade e simpatia,logo começaram o trabalho difí-cil de angariar publicidade, aoJoão Louro, pela disponibili-dade total e vontade de fazerjornalismo de qualidade, à minhaMãe e à Carlota pelo apoioincondicional.

Um agradecimento muitoespecial ao meu Pai, que na suajá madura idade e ainda exces-so de trabalho, arranjou tempo

e vontade para dedicar a suaajuda ao seu filho.

Um obrigado sincero, a to-dos os que colaboraram nestenúmero enviando artigos e foto-grafias e que constam da fichatécnica (peço desculpa se algumfalha, mas foram tantos), atodas as pessoas e entidadesque anunciaram neste primeironúmero depositando a sua con-fiança em nós, e um agradeci-mento particular à CâmaraMunicipal de Coruche, na pes-soa do seu Presidente, pelo seuapoio imediato, disponibilidade esimpatia.

____Abel Matos Santos

> continuação da pág. 1

Tendo o Jornal de Coruche,adoptado como um dos seussímbolos, a torre cimeira docastelo, onde se encerram ossinos que nos habituamos aouvir tocar, estamos claramente ainvocar a Santa Padroeira deCoruche, Nossa Senhora doCastelo.

No lançamento deste primei-ro número, não podemos deixarde orar à Senhora do Castelo,pelo sucesso deste Jornal.Contudo, as nossas primeirasorações devem ir para os povosoprimidos, que sofrem as guer-ras e a fome, para todos aquelesque sofrem no nosso país e na

nossa terra, as doenças e as difi-culdades de uma vida cada vezmais difícil, apesar dos avançoscientíficos e tecnológicos dosnossos dias.

As nossas preces, vão paratodos e sem excepção, para quecada um nos seus locais detrabalho, nas nossas famílias,nas nossas vidas, possamos acres-centar valor à vida, dando-lhedignidade e humanismo, tentan-do sempre criar melhorescondições para todos.

Nossa Senhora do Castelo,rogai por nós!

___Abel Matos Santos

Nossa Senhora do Castelo,rogai por nós!

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“O JORNAL DE CORUCHE”, Ano 1, N.º 1, 30 de Abril de 2006.

NOTARIADO PORTUGUÊS

Cartório Notarial de Almeirim

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que por escritura de Justificação outorgadaneste Cartório no dia trinta e um de Março de dois mil e seis, de folhas oitenta e três a folhas oitenta equatro do Livro de Notas para Escrituras Diversas número seiscentos e trinta e cinco-D, Idalina dasNeves Arrates Gomes e marido, Geminiano Evangelista Gomes, casados sob o regime da comunhãode adquiridos, ambos naturais da freguesia e concelho de Coruche, onde residem, na Rua da Escola, emForos de Vale Mansos, contribuintes fiscais, respectivamente, números 148 281 524 e 148 281 516,declararam, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel:

Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão, destinada a habitação, e logradouro, com a super-fície coberta de cento e vinte e um metros quadrados, e a superfície descoberta de duzentos e setenta eum metros quadrados, sito na Rua da Escola, em Foros de Vale Mansos, freguesia e concelho deCoruche, a confrontar do norte com Manuel Rodrigues, do sul com Francisco Gabriel, do nascente comserventia, e do poente com Manuel Henriques, inscrito na matriz, em nome dela, justificante mulher, sobo artigo 13.953, com o valor patrimonial tributário de quarenta e quatro mil oitocentos e oitenta euros,valor que lhe atribuem, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial.

Que o terreno, já devidamente demarcado, com a área de trezentos e noventa e dois metros quadra-dos, e as confrontações referidas, sobre o qual construíram a mencionada casa de rés-do-chão, foi-lhesdoado verbalmente por volta do ano de mil novecentos e setenta e dois, em dia que não podem precisar,sempre há mais de vinte anos, pelos pais dela, primeira outorgante mulher, Manuel Rodrigues Arrates emulher, Clotilde das Neves, ela já falecida, casados que foram sob o regime da comunhão geral, resi-dentes no referido lugar de Foros de Vale Mansos, nunca tendo sido reduzido a escritura pública, ou aoutro documento, formalmente válido, aquele contrato.

Que desde a referida “doação”, até hoje, sempre praticaram sobre aquele prédio todos os actos deposse de que o mesmo era susceptível, tais como, removendo terras e construindo a referida edificação,e, desde essa construção, utilizando a mencionada casa de rés-do-chão para habitação própria, nela efec-tuando obras de conservação e de beneficiação, depositando equipamentos e bens de consumo, cuidan-do e usufruindo do logradouro, e pagando as competentes contribuições, tudo na convicção de exerceremum direito próprio, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gente e sem oposição de quem quer quefosse, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, pelo que adquiriram o identifi-cado prédio por usucapião, que invocam, na impossibilidade de comprovar os referidos domínio e possepelos meios extra judiciais normais. Está conforme o original e declara-se que na parte omitida nada háque amplie, restrinja, modifique ou condicione aparte transcrita.

Almeirim, trinta e um de Março de dois mil e seis.

A 1.ª Ajudante,

(Ema Maria Antunes Osório Filipe)

CONTA:Art° 20° - 4.5……23,00 €São: Vinte e três euros.Conta registada sob o n° 1115

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 3

1986-2006

20 AnosComemora-se este ano,

os 20 anos sobre a fundação dos“Os Corujas – Ginásio Clube de

Coruche”, que em 1986, um grupode amigos e amantes do Hóquei em

Patins, se lembraram de fundar.A data exacta remonta ao dia 5 de

Dezembro de 1986, pelo queo Jornal de Coruche irá

até essa data, dar a conhecera história e o percurso deste clube.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 20064

Eleito pelo PS, com maioriaabsoluta na Câmara, o autarcapretende criar mais condiçõesde vida e mais qualidade devida às populações do conce-lho. Nesta entrevista, o autarcaadiantou as obras que estão adecorrer no concelho e os pró-ximos projectos. Dionísio Men-des, garantiu que o empregovai crescer no concelho, faceaos fortes investimentos empre-sariais.__

O Jornal de Coruche: Comopresidente da autarquia de Co-ruche, como analisa o apareci-mento deste novo jornal noConcelho?

Dionísio Mendes: A opiniãoé bastante positiva, é um mistode satisfação e de expectativa.Todos nós ficamos tristes porterminar “O Sorraia”, que era

uma referênciapara o concelho,e sentimos queficava um vazionas nossas vidase na vida políticae social. De facto,há espaço paraum jornal de in-formação que sir-va a populaçãodo concelho e atépara lá do conce-lho de Coruche.Quando “O Sor-raia” terminouficámos mais po-bres e ficámos ávidos de umjornal que sirva as popula-ções. Apareceu este novo pro-jecto, desejamos que vingue etenha êxito porque significasinónimo de progresso e desen-volvimento do concelho de Co-ruche. Desejo que este jornal

encontre o seu caminho efaça um percurso de afirma-ção e defesa dos coruchensesalém da divulgação da nossaterra onde se encaixa o espaçocrítico.

O J.C.: No anterior mandatoo PS não tinha maioria na Câ-

mara, mas foipossível consti-tuir maioria como vereador PSD.Que balanço fazdesse mandato?

D.M.: Foi umbalanço positivo,neste meio anodo novo manda-to, demos conti-nuidade aquiloque era o cam-inho do primei-ro mandato ouseja afirmaçãodo concelho no

sentido do progresso e cresci-mento económico além dosentido do desenvolvimento.Estamos a completar um cicloque é o III Quadro Comunitá-rio de Apoio, que vai terminarno final deste ano. Neste pri-meiro ano de mandato vamos

concluir obras que tínhamosem mente e que são funda-mentais para encerrar umciclo e um Quadro Comunitá-rio (estradas, caminhos, esgo-tos, área da educação, áreado desporto). Estamos já apreparar, aquilo que vai ser opróximo Quadro Comunitá-rio de Apoio e em resumo nes-tes primeiros seis meses pen-so que melhoramos bastanteem termos de operacionalida-de em virtude de termos umamaioria na câmara. A certezaque estamos a fazer um bomtrabalho foi dada pelo eleitoradodo concelho de Coruche a 9 deOutubro e retomamos commais confiança um caminho eum rumo, que já vínha-mostraçando, e entendemos que é ocaminho certo onde vamosfazer mais coisas no futuro.Pretendemos criar mais condi-

EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

fala do passado, do presente e do futuro do concelho,na primeira edição do novo jornal de Coruche.

Dionísio MendesO Presidente da Câmara Municipal de Coruche

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 5

ções de vida e mais qualidadede vida às populações, com todaa humildade, estamos no cami-nho certo e disponíveis para ou-vir opiniões e aceitar críticas.

O J.C.: Sente uma posturadiferente por parte da oposi-ção neste mandato?

D.M.: Há efectivamente umadiferença, nomeadamente aonível do discurso e do que sediz para fora e ao nível do tra-balho da Assembleia Munici-pal. É notória uma preocupa-ção da oposição (CDU) emter um papel construtivo naAssembleia Municipal, coisaque infelizmente não aconte-ceu no mandato anterior.Espero que essa nova atitudedê bons resultados, nomeada-mente de forma a podermosconseguir a aprovação de algunsdos projectos para o concelho,coisa que não foi possível fazerno mandato passado. Saúdoessa atitude, que parece positi-va da CDU, no sentido cons-trutivo de resolver as questõese de fazer funcionar a Assem-bleia, talvez por deter a presi-dência. Em breve iremos pro-por a revisão do quadro depessoal, fundamental pararesolver questões pendentes epara dar outro enquadra-mento à gestão de pessoal daCâmara. O Parque Industri-al ou Parque de Negócios vaivoltar a ser discutido e quenão foi possível concretizarno anterior mandato, mas quequeremos concretizar nestemandato. Na próxima Assem-bleia Municipal de Junho ireilevar uma proposta concretapara aquisição de terrenos eespero que a CDU e o PSDvotem favoravelmente, umavez que pretendem o Parque deNegócios, conforme o demons-traram publicamente.

O J.C.: Crescimento econó-mico e mais qualidade de vidasão os objectivos do executivoneste mandato. Será um man-dato com fortes investimentosempresariais no concelho?

D.M.: Sem dúvida, estamosmuito satisfeitos com a opçãode algumas empresas em inves-tir no concelho de Coruche. Esta-mos a falar num reforço muitogrande na fileira da cortiça, on-de vamos ter a partir de Julhouma produção rolheira muitosignificativa.

Recordo que, só o GrupoAmorim, associado agora àEquipar, vai produzir a partirde Julho um milhão de rolhaspor dia. Significa cerca de 35%da produção do Grupo Amo-rim. O Grupo Piedade está ainvestir em Coruche na produ-ção de rolhas. Há interesse deoutras empresas associadas àcortiça na produção de rolhasem fornecer outros materiais

para a industria da cortiça,existindo negociações no senti-do de se instalarem. Existe umadiversidade doutros interesses,nomeadamente na área da cos-mética, embalagem de carnes,captação e embalagem de águas.A instalação do Pingo Doce éuma realidade em Coruche, vaicriar umas dezenas de postosde trabalho, estamos numa fasede crescimento económico e de

crescimento do emprego. Anível nacional o emprego temvindo a decrescer, mas no nossoconcelho vamos crescer o em-prego, daí a urgência do Par-que de Negócios e a urgência delotes industriais. Estamos a tra-balhar em várias frentes paraaumentar o número de espaçosindustriais disponíveis, nomea-damente no Couço, vamos avan-çar com a infra estruturação de

todo o loteamento industrial,onde estão instaladas oficinas euma instalação dos produtoresde tomate Tomaraia, que preten-de concretizar uma central defrio para hortícolas. Há umadinâmica crescente no conce-lho e vamos aproveitar esteperíodo favorável para trazerempresas para o concelho,para cativar empresas e au-mentar o emprego.

O J.C.: A Câmara Munici-pal continua a ser a maior enti-dade empregadora no concelhode Coruche?

D.M.: Ainda somos, mas háoutra realidade interessante noconcelho, por exemplo, na áreaalimentar somos o maior produ-

tor de pinhão de Portugal, paraalém de sermos o maior produ-tor de cortiça. Na área da emba-lagem de arroz de descasque,para além do arroz Cigala,temos outra empresa com umaforte afirmação, sediada nas ins-talações da antiga Copsor, ago-ra associada ao Grupo EspíritoSanto, que tem vindo a aumen-tar o número de postos de tra-balho. Tem havido um cresci-

mento em áreas tradicionaiscomo a agro indústria (arroz,pinhão e cortiça), mas existemoutras que vêm enriquecer otecido empresarial.

O J.C.: No investimentopúblico, o executivo vai cum-prir o Plano Plurianual de Inves-timentos dentro da planificaçãoestabelecida? Quer adiantar asgrandes obras no actual man-dato?

D.M.: A curto prazo, esta-mos a fazer obras para concluireste ano. Por exemplo a 2.ª faseda obra do Estádio Municipal,até ao final deste ano fica prati-camente concluída, o relvadosintético de Santana do Matoem fase avançada de execução,os relvados sintéticos do Cou-ço e Fazendas das Figueiras,Polidesportivo do Rossio emfase final de conclusão, faltan-do apenas a iluminação. A infraestruturação da Zona Industrialdo Couço, Creche e Jardim deInfância da Azervadinha, eestamos a intervir em ruas emdiversas áreas do concelho (La-marosa, Frazão, Feixe, Azer-veira, Biscainho).

Outra obra de grande di-mensão, é o Emissário e Etarde Coruche, que ronda os 10milhões de euros e que jáarrancou com o visto do Tri-bunal de Contas. A empresajá está no local para concre-tizar a obra num prazo dedoze meses. Esta é uma obrade grande dimensão e fundamen-tal para o concelho de Coruche,onde se pretende concretizar adespoluição do Rio Sorraia etratamento dos esgotos da Vila.Está a decorrer a obra de Feirase Mercados, fica concluída nofinal do ano. Contamos iniciaraté ao verão, a Central de Ca-mionagem para deslocarmos aRodoviária para este espaço,Habitação Social no antigoMatadouro, portanto, são gran-des obras que queremos concre-tizar. Para os próximos tempos,outras obras serão concretiza-das e já estão identificadas,mas as obras que referi estão adecorrer e até final do ano se-rão concluídas. A nível de espa-ços urbanos, destaco a entradanorte da Vila de Coruche e oParque do Vale no Bairro daAreia, obras que serão concluí-das. O aproveitamento inte-gral até ao último euro dosfundos comunitários, foi fun-damental para concretizar-mos estas obras.

O J.C.: Que relação irámanter com as Juntas deFreguesia ?

D.M.: Até ao momento umarelação excelente. As regrasestão estabelecidas, assinamosum protocolo há cerca de qua-tro anos com essas freguesiascom um critério onde eram re-feridas as obrigações por partedas Juntas. Há casos particu-lares, Couço, Lamarosa e Erraonde protocolamos a questãoda limpeza das áreas urbanas.Mas no fundamental, o proto-colo tem a ver com o arranjo darede viária, estradas e ruas deterra batida, que são da com-petência das Juntas, sendo dis-tribuída uma verba que tem aver com o número de quilóme-tros a conservar. Com diversasJuntas, nomeadamente a Lama-rosa, Erra, Santana do Mato eBranca, temos protocolos paraos transportes escolares. Fun-damentalmente, rede viária, hi-giene e limpeza, transportesescolares são as áreas dos pro-tocolos. Temos comparticipadoem obras, como fizemos no man-dato anterior com a Junta daErra, Polidesportivo, arranjo darua do cemitério e a casa mor-tuária. Pretendemos celebrarestes protocolos específicos,neste mandato. O relacionamen-to com as Juntas é óptimo.

O J.C.: O grande proble-ma são as Estradas Nacionaisque atravessam o concelho?

D.M.: Sem dúvida, é umapreocupação para a câmara, mu-nícipes, empresas e neste mo-mento para a Comunidade Ur-bana da Lezíria do Tejo (CULT).Recentemente na CULT, decidi-mos pedir uma reunião com osecretário de estado das obraspúblicas, no sentido de sensibi-lizar o governante, para a ques-tão das acessibilidades e da con-cretização do Plano RodoviárioNacional. O IC 10 e o IC 13 queestão no Plano RodoviárioNacional, estão em fase deestudo prévio, e desejamosardentemente que estas obrassejam concretizadas. É funda-mental, a travessia do Vale doSorraia. Temos um triste recor-de de termos sete pontes em2,5 kms, estrangulam o trân-sito, sendo necessária a tra-vessia do Vale do Sorraia e aligação fácil a Santarém eMontemor através do IC 10.Depois será a ligação fácil àPonte Vasco da Gama, IC 13,Alcochete e ligação ao Alen-tejo até Portalegre. São obrasfundamentais, queremos que seconcretizem, sob pena de ficar-mos isolados ou com acessosdifíceis a estes centros urbanos.A nossa localização geográficaé boa, mas precisamos de maise melhores estradas, melhoresacessibilidades, nomeadamentepara a Grande Lisboa, Porto deSetúbal e Interior.

O J.C.: O executivo da Câ-mara, na penúltima reunião,exigiu o reforço de elementosda GNR no Couço e em Coru-che. A falta de efectivos daGNR é outro dos grandes pro-blemas e o clima de inseguran-ça faz-se sentir?

D.M.: Em Coruche, as ques-tões mais graves ou que ocorri-am com mais gravidade estãode alguma forma mais alivia-das, com a presença do Pelotãodo Corpo de Intervenção. Opatrulhamento diário é nulo,são necessários mais militaresna área do concelho, de manei-ra a que o patrulhamento sejaefectivo. As patrulhas não sãopossíveis, com tão reduzidonúmero de elementos. É neces-sário que o Secretário de Es-tado e o comandante geral daGNR, reparem na situaçãoconcreta do concelho e possamreforçar o efectivo no Postode Coruche de maneira a quetodo o concelho possa usu-fruir de mais segurança atra-vés de uma vigilância diáriafeita por patrulhas da GNR.

A culpa não é dos militares,a culpa não é do comando local,é mesmo por falta de elementos.Tenho agendada uma reuniãocom o Secretário de Estado.

2.ª fase da obra do Estádio Municipal Prof. José Peseiro, obra em curso.

Parque do Sorraia – RossioObra emblemática do anterior mandato de Dionisio Mendes

(continua na pág. 19) >

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Gabinete de Contabilidade e Gestão

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ANOREXIA E BULIMIANERVOSAS

A anorexia e a bulimia ner-vosas são distúrbios alimenta-res caracterizados por grandesalterações de peso, dos padrõesalimentares e do comporta-mento social. Problemas gra-ves do comportamento alimen-tar são cada vez mais fre-quentes, e a anorexia e bulimianervosas podem mesmo sermortais.

A prevalência de anorexianervosa varia entre os 0,1 e os0,6% para a população emgeral e várias vezes mais(cerca de 12% de síndromasparciais) em raparigas adoles-centes. A bulimia nervosa éduas a três vezes mais comumque a anorexia nervosa, comuma prevalência de cerca de1% para a população em gerale 4% em mulheres entre os 18e os 30 anos. Cerca de 10% dasmulheres pode sofrer, em algummomento das suas vidas, destapatologia. Nos doentes comanorexia nervosa nove em cada10 são mulheres.

A anorexia nervosa aparece

frequentemente como uma res-posta a conflitos, muitas vezessimples e banais, relacionadoscom esse período específico deevolução da personalidade queé a adolescência, tais como adificuldade de relacionamentocom os familiares e amigos.

Marcado por uma progres-siva e acentuada perda de peso,este distúrbio alimentar afectasobretudo jovens do sexo fem-inino (cerca de 95 por cento,com maior incidência entre os15 e os 25 anos), mas tambémpode ocorrer em indivíduos dosexo masculino.

As pessoas anorécticas supor-tam estoicamente a fome po-dendo praticar exercício desenfre-adamente e abusar dos laxantese diuréticos. Desta forma, che-gam a perder mais de 15 % doseu peso de referência, come-çando a sofrer várias perturba-ções associadas à desnutrição.

As causas da anorexia nãosão ainda todas conhecidas,mas há um grande número defactores que parecem ser co-muns a todas as doentes. Asadolescentes com anorexia ner-vosa são, na sua grande parte,

perfeccionistas e muito traba-lhadoras, situações que tendema exagerar quando padecemdesta doença.

Introvertidas e dependentesdos familiares, são tambémpessoas que têm grandes difi-culdades em exprimir emo-ções. Na maior parte dos casos,são jovens inteligentes, aparen-temente bem adaptadas, boasestudantes e exigentes em to-das as áreas da vida. No entan-to, têm uma baixa auto-estimae necessitam de gestos de apro-vação e reconhecimento porparte das restantes pessoas.

Talvez a característica maissurpreendente desta doençaseja a imagem distorcida queas pessoas anorécticas têm doseu próprio corpo. Sentem-se evêem-se gordas, embora, defacto apresentem um estadoexageradamente magro.

No outro extremo, encon-tra-se a bulimia nervosa, pertur-bação caracterizada por episó-dios recorrentes de apetite ali-mentar descontrolado. Normal-mente afecta pessoas de pesonormal que ingerem grandesquantidades de alimentos de

uma só vez. Os doentes bulími-cos perdem o autocontrolo so-bre a ingestão de comida e,para evitar o lógico aumentode peso, costumam provocar ovómito e abusar de medica-mentos como laxantes e de diu-réticos. Além destes comporta-mentos, optam por fazer exer-cício em demasia, sobretudoentre as crises de voracidadealimentar (comer exagerada-mente num curto espaço detempo).

Tal como na anorexia ner-vosa, a bulimia nervosa tam-bém é mais frequente em pesso-as do sexo feminino. No entan-to, é comum surgir em idadesmais avançadas do que a ano-rexia, mais concretamente nasraparigas em final de adoles-cência e em mulheres adultas.

Problemas dentários, lesõesdo esófago e do estômago, oste-oporose, risco de infertilidade,são algumas das repercussõesfísicas a que a bulimia e a ano-rexia nervosas estão associadas.

As pessoas bulimicas, assimcomo as anorécticas, revelamuma preocupação excessivacom a figura e com o peso,

sendo que, no entanto, as pri-meiras comem às escondidas.

Embora com menos frequên-cia, a anorexia nervosa podelevar à bulimia nervosa, istoquando as doentes passam dasdietas rígidas à ingestão com-pulsiva. Contudo, a situaçãomais normal é as doenças ocor-rerem independentemente.

Tanto a anorexia como abulimia nervosa são problemasgraves do comportamento ali-mentar que, entre outras, secaracterizam pelo desejo deemagrecer e o medo de comere de se tornar obeso. A desnu-trição que se instala podetornar-se extremamente severae conduzir à morte.

As perturbações alimenta-res são doenças psíquicas comconsequências físicas e, por-tanto, não se resumem a umaquestão de força de vontadenem de fraqueza de carácter.

(continua no próximo número)

Obsessões com a Comida (PARTE I)

– Anorexia e Bulimia Nervosas

* Assistente Hospitalar EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

Doenças do Comportamento Alimentar

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

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o seu banco em Coruche

Desde o pretérito dia 30 deMarço e até ao dia 28 de Abrilestá aberta ao público, na Es-cola Secundária com 3.º Ciclodo Ensino Básico de Coruche,a exposição “Etnobotânica eMicologia de Coruche”, um tra-balho do Projecto Nichos Peda-gógicos que procura retratar ariqueza da biodiversidade damancha verde a jusante da vilae que este projecto baptizoucomo as “Encostas do Poente”.

A sua abertura coincidiucom a inauguração do novoespaço de exposições daquelaescola, no Bloco A, no átriocontíguo ao Centro de Recur-sos e ao auditório.

O programa de actividadesincluiu a visita de um grupo dealunos e professores do Pro-jecto Serra d’Ossa, da EscolaSecundária da Rainha SantaIsabel, de Estremoz, em inter-câmbio escolar, oportunidadepara chamar a atenção de quealgumas das nascentes daságuas do Rio Sorraia se situam

precisamente nesta serra doAlentejo Central.

A apresentação pública reali-zou-se durante um colóquio quecontou com a presença do Chefede Gabinete do Presidente da Câ-mara Municipal, Dr. Aníbal Men-des, da Chefe da Divisão deAcção Sócio-Cultural e Despor-tiva, Drª Isabel Chaparro, doPresidente da Junta de Freguesiade Coruche, Sr. Jacinto Barbosa,e do Presidente da AssociaçãoPortuguesa dos Guardas e Vigi-

lantes da Natureza, Sr. José Alber-to Carvalho.

Pela voz das alunas AnaMendes e Maria João Azevedoe do professor Gil Malta, os pre-sentes tomaram conhecimentodo conjunto das pesquisas efec-tuadas, bem como das iniciati-vas desenvolvidas, com desta-que para as várias publicaçõese para os esforços de preservaçãoda erva-pinheira (Equisetumtelmateia), na baixa da Almoi-nha, onde está a ser implantada

a ETAR de Coruche, e da gala-crista (Salvia verbenaca), juntoà Ermida de Santa Luzia.

Este grupo de estudo e inter-venção eco-pedagógica, apostana conservação do patrimóniobiológico do concelho de Coru-che, que considera ter valor na-cional, e elegeu como tarefaprioritária a recolha de saberesancestrais sobre a utilidade dasplantas, pretendendo efectuar asua divulgação, pois testemu-nham milénios de uma ligaçãoharmoniosa do Homem à Natu-reza. Eis a razão de existir estaexposição.

Um projecto que nasceu noano lectivo de 2002/2003 e quetem como objectivo principal aconcretização da máxima, pen-sar globalmente, agir localmen-te, sendo coordenado pelos pro-fessores Gil Malta e SandraMeirinho Diogo.

A acção prosseguiu com avisita de docentes e discentesaos nichos ecológicos, da mís-tica Azinhaga de Santa Luzia,

da pitoresca Curva do Rio, ondea corrente se suaviza e vêm de-pois as correntinhas, e da áreada depressão da Almoinha queainda viceja de espécies higró-filas.

Por fim, foram as aves aquá-ticas que concentraram as aten-ções com a visita ao Açude doCascavel. Para todos os aman-tes da natureza, foi um dia me-morável.

___António Gil Malta,

Coordenador do Projecto NichosPedagógicos

Exposição patentena Escola Secundária Erva-pinheira

(Equisetum telmateia)Galacrista

(Salvia verbenaca)

A Galacrista era usada como colírio ocular – levantava-se uma das pálpebras, introduzia-se uma semente que percorria todo o olho, limpando a vista, tirando os argueiros dos olhos. Existe ao pé da Ermida deSanta Luzia que é a advogada das doenças da vista. A Erva-pinheira existente na baixa da Almoinha, ainda hoje é procurada para tratamento das infecções urinárias e também há quem a use para as diarreias.

fax 243 689 380 • telefs. 243 689 333 - 243 689 369

DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Etnobotânica e Micologiade Coruche

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O serviço de desporto daAutarquia de Coruche, lançourecentemente a Caderneta doDesportista.

Um documento que paraalém de indicar a calendariza-ção das actividades físicas edesportivas promovidas pelaCâmara, serve para atribuir oprémio “O Mais Activo”, quepretende distinguir o despor-tista que alcance o maior nú-mero de participações nessasactividades.

Segundo o vereador NelsonGalvão, “é um documento tipopassaporte, que tem calendari-zada toda a actividade despor-tiva da Câmara Municipal.

O objectivo é divulgar asactividades desportivas, para

que qualquer munícipe possaparticipar nessas actividades etenha conhecimento das queestão calendarizadas”.

A par da Caderneta e na pró-pria Caderneta, surge a iniciati-va do prémio “O Mais Activo”,que em jeito de brincadeira,premeia o desportista que nasactividades atinja uma maiorparticipação.

“O grande objectivo, é tra-zer as pessoas para a prática do

exercício físico, porque se sabeque trinta minutos de exercíciofísico diário (caminhada, pas-seio pedestre, cicloturismo) tra-zem benefícios para a saúdebastante consideráveis”, salien-tou o autarca.

Resta acrescentar que a Ca-derneta do Desportista poderáser adquirida no serviço de des-porto da Câmara de Coruche.

___JCL

Iniciativa da Câmara de Coruche

Prémio “O Mais Activo”

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 20068

O Judo Clube de Corucherealizou, no dia 8 de Abril de2006, um estágio de Ju-Jitsu(Defesa Pessoal) no Pavilhãoda Escola Básica 2-3 – Dr.Armando Lizardo, em SantoAntonino. A sala onde habitual-mente os atletas treinam amodalidade, no Pavilhão Des-portivo Municipal, não permi-tia este estágio.

Nesta iniciativa participa-ram mais de 50 atletas, oriun-dos de Beja, Évora, Vila Realde Santo António, Leiria, Coim-bra, Torres Novas e de Coru-che. Durante este certame des-portivo, estiveram presentes ospresidente e vice-presidente daFederação de Ju-Jitsu e disci-plinas associadas de Portugal e

o Mestre Espanhol, graduadoem 6.º Dan, Luís Martín Gala-che, que orientou o estágio.

Para o Mestre Manuel Lobei-ro, do Judo Clube de Coruche,“este estágio serviu para con-centrar os atletas do norte aosul do País e naturalmenteencurtar distâncias. As condi-ções no Pavilhão Desportivopara treinos são mínimas edesde há alguns anos que lu-tamos com falta de espaçopara os atletas praticarem amodalidade. Continuamos àespera da resolução do pro-blema, por parte da CâmaraMunicipal de Coruche”, sali-entou Manuel Lobeiro.

___JCL

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 9

FAZENDENSE CONQUISTA TAÇA DO RIBATEJO

O Fazendense venceu em plena sexta-feira santa, o União deSantarém por 2-1 no jogo da Final da Taça do Ribatejo, disputadono Estádio D. Manuel de Mello, em Almeirim.

A equipa das Fazendas de Almeirim, colocou-se na frente logonos primeiros minutos mas o União de Santarém empatou ainda noprimeiro tempo.

Na segunda parte o Fazendense demonstrou melhor frescura físi-ca e chegou ao 2-1 final, conquistando o troféu pela primeira vez noseu historial. Recorde-se que, o Fazendense eliminou o Coruchenseesta temporada na Taça do Ribatejo em futebol.

DESPORTO JOVEM – Coruchense bate Benfica

A equipa do Badajoz, ganhou o 1º Torneio Internacional de fute-bol sub-14 do Grupo Desportivo “O Coruchense”, que decorreu nosdias 13, 14 e 15 de Abril no campo relvado da Estalagem doSorraia, em Santa Justa. Na final do torneio, o Badajoz venceu oLusitano de Évora por 4-2 nos penaltis. Para o 3.º e 4.º lugar, oCoruchense venceu o Benfica por 2-1 e para o 5.º e 6.º lugar, o V.Setúbal venceu o Peña Real Madrid (Montijo) por 11-0.

Na 21.ª Jornada da II Distrital Série B, o Glória recebeu oPontével e perdeu por 2-0. Recorde-se que o jogo tinha sido inter-rompido, no dia 19 de Março, pela forte chuva que se abateu sobreo Campo do Glória do Ribatejo.

– CAMPEONATO DISTRITAL DA II DIVISÃO –

– SÉRIE B –

JOGOS DISPUTADOS

Na 23.ª JORNADA - 9.4.06ATALAIENSE 2 - SANTANENSE 1

U. ALMEIRM 8 - ÁGUIAS DO SORRAIA 0___

PRÓXIMOS JOGOS A DISPUTAR

Na 24.ª JORNADA - 23.4.06SANTANENSE - ABITUREIRAS

ÁGUIAS DO SORRAIA - PORTO ALTO

25.ª JORNADA - 30.4.06PERNES - ÁGUIAS DO SORRAIA

26.ª JORNADA - 7.5.06BARROSENSE - SANTANENSE

ÁGUIAS DO SORRAIA - MINDENSE

27.ª JORNADA - 13.5.06SANTANENSE - P. B. M.

ATALAIENSE - ÁGUIAS DO SORRAIA

28.ª JORNADA - 21.5.06PONTÉVEL - SANTANENSE

ÁGUIAS DO SORRAIA - ABITUREIRAS

29.ª JORNADA - 28.5.06SANTANENSE - ÁGUIAS DO SORRAIA

– CAMPEONATO DISTRITAL DA I DIVISÃO –

JOGOS DISPUTADOS

Na 24.ª JORNADA - 9.4.06CORUCHENSE 2 - SAMORA CORREIA 0

BENAVENTE 3 - FIGUEIRENSE 1

25.ª JORNADA - 23.4.06FIGUEIRENSE - CORUCHENSE

___

PRÓXIMOS JOGOS A DISPUTAR

Na 26.ª JORNADA - 30.4.06CORUCHENSE - MEIAVIENSE

TORRES NOVAS - FIGUEIRENSE

27.ª JORNADA - 7.5.06S. ANTÓNIO ASSENTIZ - CORUCHENSE

FIGUEIRENSE - CARTAXO

28.ª JORNADA - 13.5.06CORUCHENSE - FERREIRA DO ZEZERE

ÁGUIAS - FIGUEIRENSE

29.ª JORNADA - 21.5.06CHAMUSCA - CORUCHENSEFIGUEIRENSE - FAZENDENSE

30.ª JORNADA - 28.5.06CORUCHENSE - U. SANTARÉM

MAÇÃO - FIGUEIRENSE

DESPORTO E LAZER

João Carlos Louro *

* Jornalista

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Karol Josef Wojtyla (1920-2005) – João Paulo II – Um Ano de Eterna Saudade!

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200610

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 11

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200612

A IGREJADE SANTO ANTÓNIO

ESTÁ A SER RESTAURADA

Homenagem ao Mestre

JOSÉ LUIS PEREIRA

Um Bom Coruchense, Um Bom Português!

José Luis Pereira nasceu em Coruche em13 de Agosto de 1916.

Profissão: Marceneiro – Restaurador

No desempenho da sua profissão restau-rou parte da talha dourada da Igreja daMisericórdia em Coruche, sendo este o seuúltimo trabalho de fôlego quando já contavamais de 80 anos de idade.

O restauro de móveis e imagens antigasconstituíam a sua grande paixão.

O desenho e a pintura artística foram ou-tras das suas facetas.

Procurou ensinar a sua arte e os seus con-hecimentos, ensaiados durante décadas, agerações de jovens que o procuravam para seiniciarem nas artes da marcenaria e restauroe pintura artísticas de móveis.

A faiança portuguesa dos sécs. XVII,XVIII e XIX foi procurada incessantemente,durante anos por monte e vales do nossoconcelho. Nestas suas voltas, que fazia debicicleta a pedais, aproveitou para a recolhados usos e costumes da nossa terra que foramregistadas em dois livros da sua autoria:“Aqui está Coruche” e “Coruche velhinhaninguém sabe a tua idade…”

Foi um conservador por natureza mas odesenvolvimento e o futuro não lhe pas-savam ao lado, desde que esse desenvolvi-mento não fosse feito à custa do passado.

Monárquico por convicção afirmava-se,como tal, desde sempre.

Foi bombeiro nos primórdios do Corpo deSalvação Pública de Coruche, onde se incor-porou em 1937.

Organizou na década de 1980 um cortejorepositório dos usos e costumes de Corucheem colaboração com as escolas do concelhoque movimentou centenas de crianças e país.

Era frequentemente convidado para ir àsescolas básicas e ciclo preparatório para falarsobre usos e costumes locais.

Aficionado aos toiros, sobretudo aotoureio a cavalo e aos forcados.

Foi um dos fundadores da AssociaçãoPara o Estudo e Defesa do Património Cultu-ral e Natural do Concelho de Coruche. Nosanos 60 do século passado, com JoaquimPandaio dos Santos (já falecido), fundou umGrupo de Teatro Amador que levou à cenavárias peças de teatro.

Morreu no ano em que fazia os 90 anos,em 30 de Março de 2006.

José Luís Pereira, faleceusem ver este primeiro núme-ro do Jornal de Coruche. Cer-tamente que ficaria feliz se ovisse e apoiaria como semprefez, qualquer actividade a fa-vor de Coruche e das nossasgentes. Infelizmente, esta per-sonalidade que fica na his-tória de Coruche partiu paraa Casa do Senhor e este pri-meiro número testemunhaesta perda colectiva.

Mas José Luís Pereira, conti-nuará entre nós, através dosseus livros, das suas obras derestauro, dos seus desenhos,das suas palestras, dos seusensinamentos, da sua culturae do seu génio artístico.Ficará para sempre também,para quem teve o privilégiode o conhecer e privar comele, na nossa memória pelasua simplicidade e força decarácter.

O Jornal de Coruche, hu-milde e respeitosamente prestaas mais sinceras homenagensa um Homem bom da nossaterra, com a certeza de quecontinuará para sempre con-nosco e endereça à sua famí-lia as mais sentidas condo-lências!

Que descanse em Paz!___

Abel Matos Santos

Situada no largo que tem oseu nome é um dos ex-líbris daVila de Coruche e estava a ne-cessitar de restauro. Verificá-mos com satisfação que omesmo já começou!

Foi-nos dito pelo ReverendoPadre Elias que as obras, tantoexterior como interiormente,estão a ser patrocinadas pelaCaixa de Crédito Agrícola Mú-tuo de Coruche, graças ao em-penho e dedicação do seu Ge-rente, Senhor Dr. Diamantino daSilva Diogo, sempre pronto aauxiliar e a colaborar para oengrandecimento de Coruche,terra que o viu nascer.

Pensamos que devemos, emnome de todos os Coruchenses,aqui deixar expresso o nossomuito obrigado e que Deus oajude.

Mas, a nossa igreja de SantoAntónio necessita também queos bancos destinados aos fiéis,durante as celebrações eclesi-ásticas, sejam substituídos, da-do que os que lá estão actual-mente estão muito degradados.A nível da paróquia foi dadoinício a um peditório, que jádeu alguns frutos, cujo mon-tante é ainda manifestamenteinsuficiente para custear o va-lor total dos bancos a adquirir.

Assim, apelamos a todos osCoruchenses e amigos da nossaterra, que contribuam com asua oferta, por pequenina queseja, a qual pode ser entregue,na Igreja Paroquial de Coruche,ao cuidado do Reverendo PadreElias Serrano.

____Manuel Alves dos Santos

A igreja de Santo António de Coruche, é de invocação popular aopadroeiro de Lisboa, sendo resultado da mudança de orago, queprimeiramente foi o Arcanjo São Miguel. Foi doada por D. AfonsoIII ao Mestre da Ordem de Aviz. Tem nave única, revestida de azule-jos do século XVII, púlpito e arco do cruzeiro simples. A capela morapresenta cobertura em abóboda.

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Page 13: Destaques O Vale do Sorraia tem Novo Jornal A1N01 site.pdf · 2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso, informativo,

Única Associação cultural e recreativa existente na Vilade Coruche, estranha a quaisquer assuntos de índole políti-ca ou religiosa, foi criada com o fim de proporcionar aosseus associados e familiares, instrução e recreio.

Constituída ainda durante o regime monárquico, sempreserviu, até aos dias de hoje e ao longo dos tempos, os finspara que foi criada, promovendo profusamente, a leitura deobras escolhidas atinentes à instrução e recreio, conferên-cias, conversações, reuniões de família e todos os jogos lícitos.

Os tempos mudaram, os hábitos de vida são hoje muitodiferentes, perdeu-se o sentido de associação mas, após otrabalho, é ainda o ponto de encontro favorito de muitossócios para um são e amistoso convívio.

Para comemorar a efeméride a Direcção irá oferecer aossócios, nas suas instalações, um pequeno lanche, pelas 14horas do dia 1.º de Maio de 2006.

Dado que se trata de um evento de particular importân-cia para o Clube, contamos com a presença de todos paralhe darmos o realce e o brilhantismo que merece e que todosnós desejamos.

____Manuel Alves dos Santos

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 13

Depois da aber-tura do concursopúblico, no 1.º trimestredeste ano, para a reparação econservação das sete pontesdo percurso (Coruche –Monte da Barca), a obrapoderá iniciar-se em plenoverão. A confirmar-se o arran-que da obra no verão, haveráuma sobrecarga de veículosneste trajecto de 2,5 Kms.Recorde-se que à porta estãoas campanhas agrícolas dotomate, milho, beterraba eadivinha-se um maior núme-ro de tráfego, sobretudo trân-sito pesado.

Segundo o presidente daCâmara de Coruche, Dionísio

Mendes, “ainda não temosaté ao momento, qualquerindicação por parte do direc-tor de estradas, sobre o arran-que das obras nas pontes.Estamos preocupados com asituação das pontes, clara-mente precisam de ser repa-radas e mais preocupadosficamos se a reparação acon-tecer em pleno verão.

Por um lado é urgente a re-paração das pontes, por outrolado se a reparação surgir noverão, o trânsito fica condicio-nado neste percurso. Recordoque para atravessar o Vale doSorraia, se este trajecto não

estiver aberto aotrânsito pesado,

em estradas nacionais sópoderá ser feito em Bena-vente (30 Kms de Coruche)ou em Mora. Não sendo destaforma, não há pontes parasuportar o trânsito pesado,porque as pontes ao longo doVale do Sorraia, são da Asso-ciação de Regantes e pontesem estradas municipais. Atéagora, a direcção de estradasnão tem nada definido, falana perspectiva do concurso,mas ainda não se concreti-zou e isso preocupa-nos”,referiu o autarca.

___JCL

Nota do Director

Que bem seria, aprovei-tar esta intervenção de fun-do na reparação e manuten-ção das pontes de Coruche,para colocar uma estrutura“fingida” no tabuleiro queveio substituir o que caiu hávários anos, descaracteri-zando uma das imagens deCoruche. Isto não é caro,nem tecnicamente difícil,pelo que viria repor umacaracterística distintiva deCoruche.

____AMS

Reparação das Pontesde Coruche poderá

surgir no verão

Centenário do ClubeArtístico Comercial

Coruchense

Celebra-se, este ano,o 1.º Centenário desta Sociedadesobre a data da sua constituição.

1906 - 2006

Queda da Ponte sobre o rio Sorraia (24 de Abril de 1979, pelas 10h30m)

Ponte vista da Vila, anos 40.

Inauguração da Ponte GeneralTeófilo da Trindade

(16 de Agosto de 1930)O Jornal de Coruche dá os mais sinceros Parabéns a esta nobreinstituição que desde 1896, desenvolve a cultura musical dosCoruchenses. Venham mais 110 anos!

Page 14: Destaques O Vale do Sorraia tem Novo Jornal A1N01 site.pdf · 2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 O JORNAL DE CORUCHE é um jornal noticioso, informativo,

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200614

A propósito de uma reu-nião da recém constituídaconfraria gastronómica dascarnes do toiro bravo, deslo-quei-me recentemente a Coru-che, e ao jantar, o meu amigoFrancisco Tomáz informou--me que um toiro chamado“Saúde” tinha pregado umavoltareta ao mestre AntónioBadajoz, que inclusivé o obri-gou a internamento hospitalar.__

Lógico será que a circuns-tância me incomodou, dadoque se trata de um homem aque devo muito, que me honracom a sua amizade e a estendea minha família, e que, é tão sóum dos nossos paisanos quemais longe levou o nome danossa terra, esquecido que dehá muito está, o facto circuns-tancial de a sua ascendência sesituar na alentejana Amareleja.António Badajoz, é por direitoum filho insigne de Coruche ebem que a autarquia podiatransformar em facto real estaevidência. Aqui fica a suges-tão, bem barata e capaz de hon-rar quem a torne realidade.

Mas, voltando à minha in-tenção inicial, permitam-meque aqui reproduza um texto,resultado de conversa que dei àestampa no “Público”, escritoem 24 de Agosto de 1991, apropósito da última corrida emque se vestiu de luzes, na suaemocionante despedida. Cha-mei-lhe então (e reafirmo …).

__

ANTÓNIO BADAJOZ

Um Príncipe das Arenas !

“Se torea como se es”Juan Belmonte

Decorrem neste ano da gra-ça 43 anos sobre a data em queAntónio Pereira Cipriano (Bada-joz) se vestiu de luces pela pri-meira vez, a 26 de Julho de1948, na Praça de Salvaterra deMagos, data que o toureiroainda hoje vivamente recorda.

Entende agora, malgrado omuito que tem a dar à festa e aaficion reclama, ser chegada ahora de deixar de “apertar osmachos” e prepara-se para nopróximo dia 5 de Setembro, emcorrida de festa que ocorrerá,no Campo Pequeno, deixarcortar a coleta.

O menino que Coruche viucrescer, e que cresceu comotodos os meninos do seu tempona saudável traquinice que osmeios rurais consentem, bemcedo foi obrigado a deixar osfolguedos inocentes e a fazerpela vida.

Quiseram os desígnios deNossa Senhora do Castelo, quefosse parar como aprendiz àoficina do mestre Martinó, res-peitado ferrador e alveitar, on-de os campinos que vinham

ferrar, povoavam a sua imagi-nação com as bravatas (vividasquantas vezes ao luar) do ma-neio do gado bravo, e também,que se enriquecesse com a pro-sápia de lavradores e ganadei-ros, narrando viveres das jor-nadas de toiros a que ocorriampor essa Ibéria.

Se o meio ajuda a moldar oshomens, é verdade que foi aquique António sonhou um dia sertoureiro e deixou crescer a afi-cion desmedida (que ainda hoje

o caracteriza) e a vontade indó-mita de romper nos toiros. Con-seguiu, é primeiríssima figuradas hostes de prata, perfeccio-nista que ainda não perdeu víciode querer “estar por cima”, nãopor mera vaidade vã, mas simpelo enorme desejo de servin-do, cumprir.

Certamente que já se nãodelicia embevecido com as his-tórias alheias, protagonista quetem sido ao longo de 40 anosno “ruedo e en la calle” no que

concerne à festa de toiros. Hojeé ele que tem inúmeras histó-rias para contar. O espaço nãonos permite muitas, ouçamosalgumas:

Público – Diga lá toureiro,como é que surgiu esse apodoque se lhe colou à pele?

António Badajoz – Quan-do era aprendiz de ferrador, iaeu nos 10 anos, um almocrevechamado Romualdo ferrava lána oficina as parelhas. Umempregado dele, cujo nomenão me ocorre, mas que era umfulano com muita graça, umdia ao querer saber se erampara o gado dele umas ferradu-ras que eu tinha à forja, soltouem ar de chalaça a pergunta:“Ouve lá ó Badajoz, para quemsão as ferraduras?” ...até hoje!

P – Ainda hoje poucos sãoos que sabem pregar de saída aum toiro, um par de verónicasde lei, como as que lhe tenhovisto desenhar. Nunca teve atentação de se vestir de oiro?

AB – Tive! Logo ao princí-pio roía-me o bicho de quererser matador, e um amigo, o An-tónio Durão, chegou a mandar-me tirar o passaporte para meenviar para a Casa OSBORNE,isto em 47/48, para que emSevilha seguisse o caminho dematador. Nessa altura, no pósguerra, surgiu uma lei em Espa-nha, que obrigava os estran-geiros ao pagamento de 300pesetas diárias para residir enão havia dinheiro para tanto,até porque tomara eu ajudar afamília a levar a casa pordiante. Com tudo isto, cons-cientemente optei pela classede bandarilheiro. Comecei entãoa treinar com o mestre Francis-co Susana, (com o JoaquimMarques e o Luís Capricho, quefoi uma pena não chegar atoureiro), e aprendi com ele tu-do o que sabia até à prova depraticante.

No dia da minha prova emSalvaterra, o Xico Susana, viu-me tourear e bandarilhar e teveum gesto extraordinário. Cha-mou-me e disse-me: “OlhaAntónio até aqui tive conheci-mentos para te ensinar, daquipara diante é contigo”. É factoque me meteu no pensamentoque tinha que ser figura dotoureio e creio que o consegui.

P – E depois, em que qua-drilhas andou?

AB – Comecei com o Dia-mantino Viseu, nas épocas de

Tributo a Um MestreDomingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

ANTÓNIO BADAJOZ – Um Príncipe das Arenas!

António Badajoz, no Campo Pequeno, em Lisboa, a 19 de Outubro de 1953.

António Badajoz com Manuel Badajoz, José Tinoca e Manuel Barreto,que eram os 3 peões de brega do Manuel dos Santos e a quem chamavam o “trio maravilha”.

Em 11 de Outubro de 1992, por ocasião da Feira do Milagre em Santarem

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 15

No Domingo, dia 30 deAbril de 2006, pelas 16 horas,inaugura-se a nova praça detoiros na Vila do Soito. Estanova praça vem juntar-se àstrês Praças de Toiros já exis-tentes, numa distância de es-cassos 25 Kms. Isto deve-se aofacto de o gosto pela festa bra-va estar tão profundamenteenraizado na Cultura Tradicio-nal Portuguesa e neste caso naalma das gentes da Região doAlto Côa.

Este evento, integrado na

“Festa do Mundo Rural – 11.ªMostra Agroalimentar do Alto--Côa”, vai contribuir para oenriquecimento, Cultural eTradicional da “Raia Taurina”,abrindo as suas portas comuma Monumental Corrida deToiros mista, onde vão estar osCavaleiros José ManuelDuarte e Ana Batista, o EspadaMário Miguel e os ForcadosAmadores de Montemor-o-Novo. Os toiros são da presti-giada ganadaria da Herdade dePégoras.

Inaugura-se Nova Praçade Toiros em Portugal

Na Vila do Soito, Concelho do Sabugal.

50 e 51, andei depois com oXico Mendes até ele se retirar,e depois com o Manuel dosSantos, com o sr. João Núncio,para falar só do princípio.

P – Diga lá Toureiro, o queé para si o toureio puro?

AB – Há vários toureios

que são puros, dependendo doestilo próprio do toureiro e dapureza com que o executa. Masa verdade é que “Arte Honda”reconheço-a no toureio clássi-co e profundo, no adiantar daperna aos toiros, no dar-lhesdistância, para os despejar,enfim toureio sem artifícios.

P – E quanto à lide a cavalo?AB – Eu sou partidário do

toureio frontal, do toureio que

dá vantagens ao toiro; nem po-dia pensar de outra maneira,quem como eu, a pé, ainda toire-ou toiros corridos e levou mui-ta tareia, muita voltareta, porprosseguir o ideal de tourear defrente e com perfeição... Até queaprendi a cambiar-me...

P – António, quarenta anosno galarim da festa deixam recor-dações inolvidáveis, ora conte aí.

AB – Fui o único toureirono mundo a lidar um búfalo, oLuís Miguel Dominguin disseque lidava, eu lidei mesmo. E… sou dos que, graças a Deus,tive muitas tardes grandes, masa feira de Manizales na Colôm-bia, em 1956, em que sai emombros com os matadores de-

pois de ter bandarilhado cincotoiros, a temporada de 55/56no México com o prémio parao melhor bandarilheiro e, paranão alongar, o mais grato, foiquando regressei da América, amanifestação de apreço e cari-nho por parte do sindicato dostoureiros, que até teve a genti-leza de me oferecer um placaem que me agradecem o terhonrado a classe dos bandari-lheiros portugueses.

P – A escola de toureio deCoruche é quase um nomemágico no panorama taurinonacional. Que figura fez?

AB – O José Simões, quesendo um bom toureiro foi atéhoje o mais valente que conhe-ci, o Oscar Rosmano, o saudosoJosé Falcão, que era um artista,até o Victor Mendes, a quemdei a alternativa de banda-

rilheiro, e a passar por lá podiacitar umas dezenas.

P – E cavaleiros?AB – Levei à alternativa

Luís Miguel da Veiga, José JoãoZoio, António Raul Brito Paise Paulo Caetano.

P – Diga lá, quem vem do toirocorrido, como vê os toiros hoje?

AB – Bem, a Diferença éabissal, hoje é mais fácil andarcom os toiros!

António Badajoz, cortou acoleta no dia 5 de Setembro de1991, e em consequência deixouo toureio activo, limitando-se aprodigalizar momentos de arteem faenas camperas. Jamais seafastou do meio e digam lá oque disserem, segue sendo tau-rino de “solera”, como diria onosso saudoso e querido XicoManel, que, esteja lá onde estiver,tenho a certeza de que comungacomigo o presente tributo.

____* Médico Veterinário, crítico taurino

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

António Badajoz, Manuel Badajoz, Jorge Marques e António Sacramentoem Coruche, a 10 de Agosto de 1979.

António Badajoz, Barcelona, em Julho de 1955.

António Badajoz, na Plaza México em 1 de Janeiro de 1955.

Mazinha que se constata aprogramação televisiva nacio-nal, sobretudo no chamadohorário “nobre”, não raro meagarro ao comando em buscade outras paragens, e muitasvezes assento arraiais aqui navizinha Espanha, que ao invésde pastilha elástica, se preocu-pa em dar ao cliente coisas quepara além dos maxilares exer-citam os neurónios.

Diverte-me sobretudo assis-tir, à entrada da noite às terças--feiras, ao “El Loco de la Coli-na”, programa superior deJesus Quintero (que felizmenteherdou os genes de seu pai…),que obriga a profunda reflexãono meio de alguma diversão.

Quintero, cultiva o cinismofilosófico e sobretudo a ironiacom espírito superior e peloseu programa têm passado,desde a Duquesa de Alba ao“Risifal”, meio indigente sevi-lhano que justifica com a pos-tura a alcunha. Também temsabido conciliar o melhor daintelectualidade, desde Antó-nio Gala, a Arrabal, a FernandoSanchez Drago e é neste, por-que agora me interessa, que mequedo.

Dragó, aficionado de luxo aquem a festa de toiros muitodeve, tal a profundidade dosseus textos taurinos, era na cir-

cunstância entrevistado porQuintero sobre a sua aproxi-mação à paz budista e eissenão quando falando sobre asua famosa reunião com oDalai Lama, à época ampla-mente publicitada, resolveuconfessar que de religião faloudez minutos e de toiros duashoras, dado que o sumo sacer-dote tibetano aproveitou a suapresença para se esclarecersobre os mistérios da festa,visto que tendo assistido a umacorrida de toiros, ficou tão im-pressionado que quis entendertudo o que não havia em directoapreendido.

Dá que pensar…!Há muito que afirmo que a

Festa de Toiros só persiste pelasua carga mística. Dando-merazão, um budista, nessa base,interessa-se pelos eventos táu-ricos. Esquecendo-se que afesta é tão santa que se iniciaem Mourão pela Senhora dasCandeias e termina no Cartaxopor Todos os Santos, a igrejacatólica parece divorciar-sedela (excepto o Frei Elias e oPadre Melícias…) e apraz-meque um alto sacerdote, como oLama do Tibete lhe confira aimportância que lhe inere.

Dá que pensar … …!____

Domingos da Costa Xavier

Dá que pensar …!

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A estrada nacional 119 (In-fantado – Monte da Barca),está bastante degradada e des-de alguns anos a necessitar dereparação. Foi assinado o actode consignação entre o IEP e oempreiteiro, mas tarda emarrancar a obra em benefíciode milhares de automobilistasque circulam diariamente nestaestrada.

Segundo o projecto, a refe-rida estrada terá um novo pisoe rotunda no cruzamento doMonte da Barca, que irá substi-tuir os semáforos a partir docruzamento do Monte da Barcae em direcção ao Couço (EN251) até ao limite do concelho.Este troço também necessita dereparação e está consignado noprojecto de obra.

Entretanto, a EN 118 já so-freu algumas intervenções entreo Infantado e Alcochete. Emrelação ao troço da EN 251(Quinta Grande – Canha), comcerca de 14 Kms no concelhode Coruche, com bastantesburacos e praticamente intran-sitável, o IEP não considera anecessidade de tratar o piso, deresto, lastimável.

Reparação da EN 119 tarda em arrancarPiso da EN 251 prejudica as populações

___JCL

As Piscinas Municipais deCoruche voltaram a ter proble-mas. Desta vez, a deficiênciadetectada reside na elevadacondensação e humidade quese gera no interior das instala-ções. O ambiente húmido é tãoforte no interior do recinto, quemuito material se vai oxidandoe até um tecto em pladur já cedeu.

A criação de estalactites nostectos e água que pinga dotecto para o chão do corredorde acesso às bancadas da pisci-

na, são outros problemas cau-sados pela elevada humidadedentro do recinto.

Segundo adiantou o presi-dente da câmara, Dionísio Men-des, “já se realizou uma reuni-ão com a empresa projectista,na qual não se fez representara empresa construtora daspiscinas, Teixeira Duarte SA”.

Ainda segundo o autarca,“temos a informação por partedos projectistas, de que o equi-pamento instalado não corres-

ponde aquilo que estava no pro-jecto. É um equipamento quenão tem a potência suficientepara ser eficaz na remoção dacondensação. Vamos agora, noti-ficar a Teixeira Duarte SA, paramudar o equipamento instala-do, para um com mais potên-cia. Se a empresa não o fizer,seremos nós a fazê-lo e debita-mos à empresa Teixeira Duarteas respectivas despesas”, salien-tou o autarca.

JCL

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200616

Piscinas de Coruchevoltam a ter problemas

O executivo da autarquia deCoruche, decidiu instalar semá-foros na Avenida Luís de Camõese Rua de Salvaterra de Magos naVila de Coruche. Para já, existemtrês locais onde os semáforosestão instalados e o objectivo édefender os peões que atravessamestas vias, onde circulam diaria-mente milhares de viaturas.

Outro objectivo com a colo-cação dos semáforos, é obrigar a

uma moderação da velocidade,quer dos motociclos quer dosveículos automóveis, ligeiros epesados.

De facto, existem condutoresque circulam em velocidadeexcessiva na Avenida Marginal,uma via com trânsito urbano, masque é aproveitada para trânsitonacional.

___JCL

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A Concelhia do Partido So-cialista de Coruche, elegeu a suacomissão política. A única listacandidata, encabeçada por Joa-quim Banha, assumirá o comandodo partido durante os próximos doisanos. Para Joaquim Banha, actualpresidente da Junta de Freguesiade Santana do Mato, “foi umalista de consenso em que todosou quase todos os elementos dosecretariado, acharam por bemque me deveria candidatar. Va-mos tentar levar da melhor for-ma, nos próximos dois anos, opartido a seguir o seu rumo,visto que o PS é poder a nível

nacional e local. Temos algumaresponsabilidade em termos deapoio ao actual executivo nacâmara de Coruche, onde existemaioria do partido, e preten-demos ouvir os munícipes doconcelho sobre alguns aspectosque eventualmente estarão me-nos bem e onde pretendemos sero porta-voz perante o poder lo-cal e nacional. Penso que tudoirá funcionar da melhor forma,porque em dois anos não se pers-pectivam eleições, quer a nívelnacional quer a nível local”,adiantou o líder dos socialistas deCoruche.

JCL

Concelhia do PSde CorucheJoaquim Banha continuaa liderar

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 17

Neste mês de Abril de 2006,passam 500 anos certos sobre onascimento dessa grande figu-ra da Igreja que foi São Fran-cisco Xavier, nascido no Cas-telo de Xavier em 7 de Abril de1506. Para além de ser um dosfundadores da Companhia deJesus, cujos padres membrossão normalmente designadospor Jesuítas, S. Francisco Xa-vier foi um permanente Missio-nário. Nascido na maior gran-deza terrena, na maior riqueza,tudo sacrificou, vivendo com amaior simplicidade, dedicandoa sua vida à evangelização dospovos do Oriente, em especialaos da Índia, Ceilão e Japão.Fê-lo de uma forma tão intensaque foi considerado por SuaSantidade o Papa Pio X, em1904, o Padroeiro Universal dasMissões.

Em Portugal, uma das maisprestigiadas personagens liga-das ao património cultural, aDr.ª Natália Correia Guedes,antiga Secretária de Estado daCultura, foi nomeada comis-sária nacional para as comem-orações do 5.º centenário doapóstolo do oriente. Da suaconhecida perseverança, nas-ceu na cordoaria nacional delisboa, uma magnifica expo-sição, "S. Francisco Xavier – Asua vida e o seu tempo", e umbelíssimo catálogo em que fo-ram reproduzidas as peçasexposta.

Outro dos organismos por-tugueses que decidiram come-morar o histórico acontecimen-to foram os CTT. E fizeram-no,dando-lhe a dimensão que me-recia. Lançando uma emissãofilatélica comemorativa e ummagnífico livro, com a qualida-

de gráfica e artística a que noshabituaram as suas ediçõesanteriores, que tem o título de“S. Francisco Xavier - umHomem para os demais” e é da

autoria do notável investigadore professor universitário, Prof.Dr. Miguel Corrêa Monteiro.Desta obra foi feita uma ediçãoem Português, apresentada no

dia 26 de Abril e uma em lín-gua inglesa que foi lançada emGoa na própria data do nasci-mento do Santo, no passadodia 7 de Abril, durante a missacampal realizada junto à Basí-lica do Bom Jesus, em VelhaGoa, onde está o túmulo doSanto.

A esta missa solene, conce-lebrada por vários prelados epor mais de uma centena desacerdotes jesuítas, e presididapelo Patriarca das Indías, D.Filipe Nery Ferrão. Assistirammais de dez mil pessoas, àsquais o Arcebispo de Goa apre-sentou a citada obra.

Tendo, como especial devo-to de São Francisco Xavier,tido a felicidade de participarna organização de algumas

destas Comemorações na Ín-dia, delas daremos pormenoresmais detalhados no próximonúmero.

_____João Alarcão de Carvalho Branco

CTT LANÇAM SELOS E LIVRO COMEMORATIVO DOS500 ANOS DO NASCIMENTO DE S. FRANCISCO XAVIER

O belíssimo selo comemorativo dos 500 Anos do nascimentode S. Francisco Xavier, agora editado pelos CTT

Desenho da autoria do grande pintorAlberto Sousa, que serviu de

modelo ao selo editado na então ÍndiaPortuguesa pelos CTT em 1948.

Capa da Edição em Inglês do Livro lançado pelos CTT sobre S. Francisco Xavier

A urna com o corpo incorrupto do santo,que há 500 anos se venerae conserva em Velha Goa.

João Alarcão, nosso colaborador,segurando o ostensório contendo

a relíquia de S. Francisco Xavier, nasacristia do Bom Jesus, em Velha Goa.

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GNR - Couço e Coruche, Reforços Precisam-se!

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200618

Os centros de saúde dodistrito de Santarém vão serinformatizados, tendo emconta a criação das unida-des de saúde familiar. Exis-tem seis grupos de profis-sionais que pretendem gerircentros de saúde, quer doponto de vista técnico querfuncional.

Os centros de saúdedeverão estar informatiza-dos até final deste ano.Uma das unidades contem-pladas foi a de Coruche,por ser de maior dimensão.Esta medida, vai permitirconstruir uma base de da-dos concelhia, que propor-

cione um acesso imediatoatravés de computador aoprocesso clínico de cadautente. Um utente registadonuma extensão ou centro desaúde terá a sua ficha à dis-tância de um simples cli-que, em qualquer das uni-dades de saúde do concelhoonde está registado.

O Sistema de Apoio aoMédico, que está a ser im-plementado, permite quequalquer médico tenha aces-so imediato à ficha clínicado paciente e fique a saberdo seu historial clínico edos medicamentos que jálhe foram receitados. A

emissão dos certificados deincapacidade temporária(baixa), passam também aser feitos por sistema infor-mático, o que vai permitiracelerar o processo de pa-gamento aos doentes porparte da Segurança Social.

Para já, em Coruche foiapresentada uma candida-tura, para a implementaçãoda Unidade de Saúde Fami-liar. Resta acrescentar queem termos financeiros eadministrativos as directi-vas da Unidade continuama depender do Ministério daSaúde.

JCL

Centros de Saúde do Distritovão ser informatizados

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dos recursos humanos do Posto daGNR do Couço por forma a garantir asegurança a que as populações têm di-reito.

Segundo a deputada comunista, “aqualidade do serviço público em Por-tugal é muitas vezes posta em causa porinsuficiência de recursos humanos efinanceiros que diminuem a eficiênciae eficácia dos serviços prestados”,salienta Luísa Mesquita. A questão dasegurança é um “velho” problema noconcelho de Coruche, e nos últimos diasos assaltos têm acontecido com algumafrequência.

Por exemplo, assalto “à mão armada”na farmácia Higiene, escolas do 1º ci-clo, Panificadores de Coruche e particu-lares.

Segundo Dionísio Mendes, Presi-dente da Câmara de Coruche, “o GrupoTerritorial de Santarém e o Comando-Geral da GNR informaram por escrito aAutarquia, que há um reduzido númerode ocorrências na freguesia do Couço eque de momento segarantia o atendimentopúblico à população doCouço e o patrulhamentoseguia as directrizes doresto do concelho”.Para o autarca, “esteproblema não abrangeapenas a freguesia doCouço, mas também aVila de Coruche, ondeexiste falta de patru-lhamento. Queremosuma presença visível daGNR nas ruas, neste momento não hápatrulhamento nas ruas e o número depatrulhas no concelho é reduzido. Danossa parte, não há qualquer reparo,aos militares que estão cá a cumprir oseu serviço, nós pretendemos é oreforço com mais militares da GNR de

maneira a que todo o concelho se sintaem segurança”, referiu o edil.

Ainda segundo Dionísio Mendes, “aquestão da segurança é hoje umaquestão nacional e internacional. EmCoruche, as questões mais graves ouque ocorriam com mais gravidade estãohoje mais aliviadas, com a presençafrequente do Pelotão do Corpo deIntervenção da GNR. É necessário queo Secretário de Estado e o ComandanteGeral da GNR, reparem na situaçãoconcreta do concelho e possam reforçaro efectivo no Posto de Coruche, demaneira a que todo o concelho possausufruir de mais segurança através deuma vigilância diária feita por patrulhasda GNR.

Convém realçar, que “a culpa não édos militares em serviço nem docomando local, é por falta de elementose neste momento não é possível fazermais”, adiantou o autarca.

O Jornal de Coruche, conseguiuainda apurar, que o presidente da Câ-

mara solicitou uma reunião com oSecretário de Estado da AdministraçãoInterna, para debater a questão da segu-rança no concelho de Coruche.

____João Carlos Louro

...a sua fichaà distância de umsimples clique,em qualquer dasunidades de saúdedo concelhoonde está registado.

> (continuação da última página)

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 2006 19

Paulo Fatela demitiu-seda presidência da “Corart”sendo substituído por JoséTanganho (na foto).

Paulo Fatela, desde algunsanos, presidente da Corart –Associação de Artesanato deCoruche, abandonou o cargo,sendo substituído pelo vice-pre-sidente José Pirralho Tanga-nho. Segundo o boletim núme-ro 21 da Corart, especial 2006,em Março na reunião de direc-ção comunicou a sua decisão,relativamente à demissão defunções de Presidente da Direc-ção. Adianta o mesmo boletim,que não importa mencionar osmotivos, sendo certo que pormuitas tentativas de tornarclara a situação, haveria sem-pre interrogações. Paulo Fatelaadiantou no boletim, “paraliderar um projecto é obri-gatório estar muito motivado, oprojecto Corart só mudará depágina”. Face a este cenário, JoséPirralho Tanganho, ocupa a par-tir de agora o cargo de Presidenteda Associação de Artesanato deCoruche.

Em declarações ao Jornalde Coruche, adiantou sentir-se“motivado a exemplo dos ele-mentos da Associação, para

continuar o projecto Corart.Diversas iniciativas do Planode Actividades da Corart queestavam programadas vão sercanceladas, mas em reunião deDirecção vamos traçar umnovo rumo. Podemos garantirque a Corart não encerra assuas portas e um dos objecti-vos é continuar com o artesa-nato. Quer o espaço no LargoJoão Felício quer o espaço noLargo do Pelourinho, vão con-tinuar a sua actividade”. Emrelação a eleições na Corart,após a demissão de Paulo Fate-la, José Tanganho adiantou que“esse cenário não está nos hori-zontes da Associação, porqueos associados entenderam queo acto eleitoral seria desajusta-do nesta altura”. Sobre os apoi-os à Associação, “espero queas entidades oficiais, nomea-damente a Câmara Municipal,continue a dar todo o apoio dasmais diversas ordens”, referiuo novo presidente da Corart.

JCL

Substituiçãona Presidênciada “Corart”

Recordo que as negociaçõeso ano passado junto do gover-no resultaram, com a colocaçãodo Pelotão de Intervenção Rá-pida. Agora, são necessáriosmais elementos para o patrul-hamento, para dar segurança àspessoas. As situações pontuais,assalto, roubo de circunstância,infelizmente não é específicode Coruche, mas alargado a to-do o território nacional. Temosvindo a fazer esforços, paraque o tribunal de Coruchepossa funcionar melhor, tiverecentemente uma reuniãocom o Secretário de EstadoAdjunto da Justiça, no senti-do do tribunal passar a teruma outra classificação.

Neste momento, o tribunalé de primeiro acesso, ou seja,o juiz é colocado em Coruchepor um período de um ano,no ano seguinte muda de tri-bunal. Isto significa uma faltade continuidade do trabalho egera atrasos na resolução dealguns casos complicados. Facea este cenário, é impossívelgerir da melhor forma um tri-bunal, quando um juiz se apre-senta em Setembro e tem à suafrente 1900 processos.

A Comarca de Coruche,deve ter um tribunal de aces-so final, de maneira a que ojuiz possa estar quatro, cincoou seis anos, possa dar con-tinuidade ao seu trabalho e oacumular de processos não seregiste como até agora. OSecretário de Estado adiantou-

-me que iria resolver a situação,para que no próximo ano judicialo magistrado colocado em Coru-che não fique só por um ano.

O J.C.: A aposta na divulga-ção do concelho tem sido umadas prioridades do executivo.Em Maio realiza-se a 18.ª edi-ção das jornadas de gastrono-mia, o modelo é idêntico ao doano passado ou vão surgir no-vidades?

D.M.: Este ano vamos man-ter o modelo, a exemplo do anopassado, estamos a pensar parao próximo ano fazer alterações.Nomeadamente, jogando comos dois certames (gastronomiae sabores do toiro bravo), in-vertendo as datas e em perío-dos diferentes. Mas, este anovamos manter o modelo de edi-ções anteriores, as jornadas sãonos restaurantes no primeirofim-de-semana de Maio. Comoo certame dos Sabores do ToiroBravo, teve este ano um cresci-mento muito grande, é naturalque as Jornadas de Gastrono-mia se façam no período deInverno e os Sabores do ToiroBravo na Primavera, de modoa que o tempo esteja mais agra-dável e possamos aproveitar oespaço envolvente à Praça deToiros. Em relação à divulga-ção, ainda agora estamos afazer uma promoção ao MuseuMunicipal e a ideia é divulgaraquilo que são bons cartazes devisita da nossa terra, onde oobjectivo é atrair mais pessoasa Coruche. O nosso público

alvo, são as pessoas que vivemna Grande Lisboa, estamos afalar num mercado de dois mi-lhões de pessoas. Seja para acti-vidades como a pesca, caça, li-gadas ao cavalo e ao touro, alémda gastronomia, temos todas ascondições para atrair turistas.

Temos de aproveitar estaproximidade a Lisboa, paravalorizar e fazer deste públicoo nosso público alvo, de ma-neira a que as pessoas tenhamvontade de vir a Coruche.

O J.C.: Por último, umamensagem para os leitores donovo jornal de Coruche.

D.M.: Antes de mais, desejoas maiores felicidades ao novojornal e o desejo que as empre-sas e particulares possam daratenção a este novo espaço deinformação. Penso que deve-mos fazer deste jornal, um jor-nal de Coruche no sentido detransmitir aquilo que são osanseios, as expectativas e von-tades, no fundo, aquilo que é asociedade de Coruche. Para tu-do isto, são necessários anún-cios, colaboração, comprar eassinar o jornal e escrevermospara este jornal. Estou certo que,a direcção do jornal saberácaptar esse mesmo entusiasmoe conduzir este mesmo proces-so duma forma que seja dinâ-mico rumo ao sucesso. Tenhogrande expectativa em relaçãoao primeiro número do jornal eao trabalho no futuro.

___Entrevista de João Carlos Louro

Sext. 5/5/2006 - 22,30h - Páteo do MuseuEncontro Musical entre grupos do Alentejo e Ribatejo

Sáb. 6/5/2006 - 23h - Praça da LiberdadeUm projecto de Fado - Alexandra recorda Amália

Dom. 7/5/2006 - 10,30h - Pav. Desportivo Municipal2.ª Corrida das Pontes e 2.ª Corrida da Família

Durante as refeições, animação com Ranchos Folclóricosdurante o almoço e Fadistas durante o jantar.

SÃO 11, OS RESTAURANTES PARTICIPANTES

1 - Aliança2 - Bairro Novo3 - Campino4 - Choupo5 - Farnel6 - Fonte de Pau7 - Mira Rio8 - Ponte da Coroa9 - Quinta do Lago Verde10 - Rossio11 - Tasca

ATLETISMO NA GASTRONOMIA

No dia 7 de Maio, pelas 10,30h, realiza-se a 2.ª Corrida daFamília e a 2.ª Corrida das Pontes, provas de atletismo de 2500 metros e 10 000 metros respectivamente, integrado nas18.ª Jornadas de Gastronomia de Coruche. A inscrição é gra-tuita para a prova da Família e de € 2,5 para a prova da Ponte.

APRESENTAÇÂO DO JORNAL DE CORUCHE

Dia 7 de Maio, às 16 hPáteo do Museu Municipal

Convidam-se todos os Coruchenses e amigos de Coruche aestarem presentes na apresentação pública deste novo Jornal,no Domingo, dia 7 de Maio pelas 16 horas.

1º Xurrascão Motorronco da Fajarda13 de Maio de 2006, ás 14.30 horas

Jogos Tradicionais, Folclore, Banda Tropical, BandaRCA, Tributo a Xutos e Pontapés com Banda Som da Frente.Organização: Associação R. Fajardense e Grupo Motars.

Festa da Cerveja20 de Maio de 2006, ás 15,30 horas

Torneio de Chinquilho, Animação com D JOrganização: Comissão de Festas de Santo António

> (continuação da pág. 5)

EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

com Dionísio Mendes, Presidente da Câmara Municipal de Coruche.

PPRROOGGRRAAMMAA DDAASS 1188ªªss JJOORRNNAADDAASS DDEE GGAASSTTRROONNOOMMIIAA

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 1 • Abril de 200620

A Assembleia Municipalde Coruche, aprovou umamoção por unanimidade afavor do reforço do posto daGNR do Couço em efectivose meios.___

Entretanto, o executivo daCâmara de Coruche, no passadodia 5 de Abril, deliberou reiterar

junto do Grupo Territorial deSantarém e do Comando-Geralda GNR, o reforço de militaresnos Postos de Coruche e Couço.Recorde-se que o Posto do Cou-ço apenas assegura o atendimen-to ao público, sem fazer acçõesde patrulhamento, tendo o mes-mo cenário já chegado à Vilade Coruche.

Esta preocupação dos autar-

cas chegou à Assembleia daRepública, através da deputadado PCP eleita pelo distrito deSantarém, Luísa Mesquita, queapresentou um requerimento aopresidente do hemiciclo, JaimeGama, no qual solicita ao Go-verno, através do Ministério daAdministração Interna, o reforço

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(continua no interiror, na pág. 18) >

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