O Livro Das Runas, Ralph Blum

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O LIVRO DE RUNASUm Manual para o Uso de um Orculo Antigo: As Runas VikingsComentrios RALPH BLUM Traduo Lusa Ibanez I5BX 85-286-0106-4

Este livro afetuosamente dedicado a Margaret Mead Emprestar coragem virtude e ardor verdade... Dr. Samuel Johnson.

SUMARIO

Agradecimentos Prefcio Introduo O Orculo do Eu O Ressurgimento das Runas Consulta ao Orculo Consulta s Runas Questes Apropriadas Primordialidade Rnica Leituras em P e Invertidas Consulta a Dois Orculos Faa suas Prprias Runas O Emprstimo de suas Runas Runemal: A Arte de Lanar as Runas A Runa de Odin Lanamento de Runas por Trs Lanamento de Runas por Cinco A Cruz Rnica Lanamento das Trs Vidas O Jogo das Runas O Ciclo de Iniciao Mantenha um Dirio Rnico A Arte das Runas: Trs Novos Mtodos de Lanamento

Runas da gua Runas da Retificao Runas do Conforto Para os Que Partiram Perfil de um Destino Interpretao das Runas O Teatro do Eu Posfcio: Magia no Tempo Presente Guia de Pronncia

The RuneWorksAs Runas Vikings Significados Tradicionais

Futhark (Ordem Tradicional)As Runas Vikings (Quadro Geral)

AGRADECIMENTOS

Tenho uma dvida de gratido com o Dr. Allan W. Anderson, do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade Estadual de San Diego, uma vez que foi ele quem me apresentou ao estudo dos Orculos. Dr. Anderson lecionava um curso nico, intitulado "A Tradio Oracular", no qual apresentava o I Ching como "o nico texto sagrado e sistemtico que possumos". Sua erudio, apresentao de conceitos embrionrios e influncia criativa estimularam-me a persistir em meu estudo da "mais pura de todas as artes a arte da mudana pessoal". Sou especialmente grato a Murray Hope, que, em uma chuvosa tarde de quarta-feira, em Redhill, Surrey, Inglaterra, apresentou-me s Runas como um orculo contemporneo. Minhas primeiras tentativas para escrever este manual sobre o uso das Runas como orculo pessoal incluram setenta e trs pginas adicionais de

histria, filologia e arqueologia. Pelo apoio e encorajamento na reduo do texto para esta forma mais concisa e manusevel, fico muito grato a Bronwyn Jones, meu amigo e editor. Finalmente, meus sinceros agradecimentos a Tom Dunne, meu editor na St. Martin's Press, que se mostrou ilimitadamente generoso quando me estimulou a apresentar novos insights e tcnicas dentro do texto original.

"A FALA DO MAIS ALTO"Vi-me suspenso naquela rvore batida pelo vento, Ali pendurado por nove longas noites, Por minha prpria lmina ferido, Sangrando para Odin, Eu, uma oferenda a mim mesmo: Atado rvore Que homem nenhum conhece Para onde vo suas razes. Ningum me deu de comer, Ningum me deu de beber. Perscrutei as mais terrveis profundezas At vislumbrar as runas. Com grito estentreo as ergui, E ento, tonto e desfalecido, ca. Bem-estar eu conquistei E tambm sabedoria. Cresci, alegrando-me de meu crescimento: De uma a outra palavra, Fui levado a uma palavra, De um fato a outro fato. Do Escandinavo Antigo A Edda Potica (cerca de 1200 d. C.)

PREFCIO

Conforme descritas aqui, as Runas so benficas e tolerantes; elas nunca o prejudicaro. Aprenda sua linguagem e deixe que elas lhe falem. Entreveja a possibilidade de que podem proporcionar "um espelho para a magia de nossos Eus Conscientes", um meio de comunicao com as mentes consciente ou subconsciente que possumos. Lembre-se de que est consultando um Orculo, e no prevendo sua sorte. Um orculo no fornece instrues sobre o que devemos fazer e tampouco prediz eventos futuros. Ele enfoca nossa ateno sobre os medos e motivaes ocultas que viro a modelar nosso futuro, atravs de sua presena impalpvel em cada momento que vivemos. Uma vez percebidos e reconhecidos, tais elementos so transferidos para o domnio da opo. Os Orculos no nos absolvem da responsabilidade na seleo de nosso futuro, mas orientam nossa ateno para opes interiores que podem tornar-se os elementos mais importantes na determinao desse futuro. Como possvel uma seleo ao acaso de pedras marcadas nos dizer algo a nosso respeito? Talvez estas interpretaes rnicas sejam simplesmente to evocativas que cada uma contenha algum ponto que possa ser aceito como relevante para alguma parte do que est acontecendo nos limites da conscincia, em qualquer dia, qualquer momento, a qualquer pessoa. De um ponto de vista estritamente cientfico, esta a possibilidade de mais fcil aceitao. No obstante, minha prpria utilizao destas Runas tem apresentado coincidncia aps coincidncia, bem como uma aparentemente consistente "adequao" em cada leitura de Runa, sendo difcil explicar como isto acontece atravs do mecanismo que acabei de descrever. Existiro outros fatores distorcendo o acaso j esperado na seleo das Runas, de maneira a fornecer uma linguagem com que o subconsciente se torne conhecido, bem como suas expectativas? Pessoalmente, mantenho minha mente

aberta, lembrando a mim mesmo que as observaes no podem ser minimizadas, simplesmente porque seus mecanismos subjacentes ainda no foram satisfatoriamente explicados. Assim sendo, v em frente. Experimente as Runas. Veja se este Orculo pode espelhar seu processo subconsciente, mas no se esquea de que talvez precise praticar bastante para chegar ao desenvolvimento desse elo. As interpretaes rnicas aqui oferecidas so oriundas das meditaes de uma mente benigna e saudvel. Elas lhe falaro de mudana e amadurecimento. A nica negatividade que encontrar aqui diz respeito ao bloqueio do crescimento, enquanto que todos os aspectos positivos so transcendentes, transformadores e conduzindo a aprofundamentos. O que o seu subconsciente ir encontrar no uma fera indomada, necessitando de treinamento obedincia. o buscador-daverdade interno que precisa ser ajudado, para poder salvar-nos de ns mesmos. Dr. Martin D. Rayner Professor de Fisiologia Escola de Medicina da Universidade do Hava

INTRODUO

Poucas pessoas atualmente j ouviram a palavra "Runas". Alis, algumas delas encontram-se entre as pessoas de origem escandinava e os leitores de Tolkien. Como antigo alfabeto escrito, cada letra possuindo um nome significativo, bem como seu respectivo som, as Runas foram empregadas na poesia, em inscries e na arte divinatria, embora jamais tendo evolvido para uma linguagem falada. O quase nada que se tem escrito sobre as Runas apresenta-as como um Orculo contemporneo. Tanto a ordenao alfabtica como a interpretao das letras, segundo o encontrado em O Livro de Runas, so anticonvencionais. A interpretao das

Runas como predio ficou perdida para ns. Embora o legomonismo a transmisso de um conhecimento sagrado atravs da iniciao fosse praticado pelos Mestres Rnicos da antigidade, seus segredos no foram registrados ou, se o foram, no sobreviveram. Nos tempos antigos, as Runas e seus smbolos foram empregados pelos guerreiros inclinados conquista. E minha esperana que as Runas, em seu uso contemporneo, serviro para o Guerreiro Espiritual, aquele cuja busca oferecer batalha ao eu, aquele cujo objetivo a mudana pessoal. Em seu Captulo 6, versculo 5, o Bhagavad Gita diz, sucintamente:

Erga o eu atravs do Eu E no deixe o eu esmorecer, Porque o Eu o nico amigo do eu E o eu o nico adversrio do Eu. 1O Livro de Runas foi escrito como um manual para o Guerreiro Espiritual. Liberado de ansiedades, radicalmente sozinho e sem ligaes com conseqncias, o Guerreiro Espiritual demonstra confiana absoluta na batalha pela percepo, permanentemente cnscio de que o importante possuir um verdadeiro presente. Muito tempo tem de passar para o crescimento em sabedoria, no se falando no que gasto no aprendizado para pensar bem. Trilhar o Caminho do Guerreiro no para qualquer um, embora ele esteja aberto a todos que queiram enfrentar seus desafios. Lanar-se a esta senda cultivar o Eu Testificante, o Vigia Interior, aquele que, proveitosamente, pode dialogar com as Runas. Antes de comear a escrever, consultei as Runas sobre o oportunismo de empreender esta tarefa. As trs Runas lanadas foram Inguz , a Runa da

Fertilidade e Novos Comeos; Nauthiz, a Runa da Coao, Necessidade e Sofrimento; e Dagaz , a Runa do Aprofundamento e Transformao. O Livro de Runas foi concebido em uma frtil noite insone. A Coao requerida durante as longas horas passadas editando e remanejando a primeira metade do livro certamente no foi isenta de sofrimento. No obstante, no decorrer do processo,

permaneci atento ao dito francs: "O sofrimento a habilidade penetrando no aprendiz". Trabalhar com as Runas tem sido uma fonte de transformao em minha prpria vida e na vida de muitos outros, ao serem apresentados a elas. No transcorrer de O Livro de Runas, o termo eu usado para representar o pequeno eu ou ego-eu, enquanto que Eu significar o Eu Superior, o Deus Interno. Durante todo o tempo, desde o comeo deste livro, sempre houve sinais e augrios positivos. O sinal derradeiro surgiu quando completei o Posfcio. Uma vez que os Mestres Rnicos viveram na Islndia, no sculo XVII, pareceume apropriado encerrar com uma bno islandesa. A fim de checar a ortografia de Gud Blessi thig, o equivalente islands para "Deus o abenoe", dei um telefonema para o Consulado da Islndia, em Nova Iorque. A mulher que atendeu confirmou a ortografia. Quando me ouviu falar sobre O Livro de Runas, fez uma pausa por um longo momento e ento disse: Meu nome Sigrun. Quer dizer "Runa da Vitria". Durante os anos aps a publicao deste livro pela primeira vez, inmeras novas tcnicas sugeriram-se por si mesmas. Algumas delas esto agora includas nesta edio revista e ampliada de O Livro de Runas. O Lanamento das Runas por Cinco (pgina 56), proveitoso se precisamos chegar ao mago de uma questo, v-la iluminada sob perspectivas diferentes. As Runas da Retificao, Runas da gua e Runas do Consolo Para os Que Partiram, apresentadas pela primeira vez de forma um tanto diferente em Rune Play (St. Martin's Press, 1985), aqui ficaram agrupadas no captulo intitulado A Arte das Runas: Trs Novos Mtodos de Lanamento. Perfil de um Destino, "uma grade dentro da qual pode ser estruturada uma vida humana", abrange um captulo prprio. Aos inmeros leitores que escreveram, perguntando sobre a pronncia dos antigos nomes de Runas em alemo, foi oferecido um Guia de Pronncia nesta nova edio. medida que passa o tempo, podero ser acrescentadas outras tcnicas e prticas ao texto original. Porque, conforme observa O Livro de Runas, "a

funo determina a forma, o uso confirma o significado, e um Orculo sempre ressoa aos requerimentos da poca em que consultado".

INVOCAO

Deus em meu interior, Deus no exterior, Como jamais poderei duvidar? No h lugar aonde possa ir E l no ver a face de Deus, no saber Que sou a viso Dele e Seus ouvidos. Assim, atravs da colheita dos anos de minha vida Sou o Semeador e sou o Semeado, 0 Eu desdobrado de Deus e Dele exclusivamente.

Pedra rnica, Vsterby, Uppland, Sucia, trabalho de Asmund Karasun, cerca de 1050 d. C.

O ORCULO DO EUUm Rei ele foi, em trono esculpido Com salas de pedra de muitos pilares Com teto de ouro e piso de prata, E runas de poder acima da porta. - J.R.R. Tolkien The Fellowship of the Ring

As runas e encantaes eram uma frmula muito prtica, destinada a produzir resultados definidos, como retirar uma vaca de um pntano. T.S. Eliot The Music of Poetry

O propsito deste livro reapresentar um antigo Orculo, qual seja, as Runas. Mais antigas do que o Novo Testamento, as Runas permaneceram no abandono por mais de 300 anos. Semelhantes em funo ao Taro e ao Livro das Mutaes chins, estiveram em uso corrente pela ltima vez na Islndia, durante fins da Idade Mdia. Em sua poca, funcionavam como o I Ching dos vikings. A sabedoria dos Mestres Rnicos morreu com eles. Nada permaneceu, com exceo das sagas, os extensos fragmentos da tradio rnica e as prprias Runas. Em seu excelente livro, Runes: An Introduction, Ralph W.V. Elliot escreve sobre estranhos smbolos garatujados em ferramentas e armas antigas, agora jazendo ociosas em alguma vitrina de museu; nomes de guerreiros, encantaes secretas, at mesmo trechos de canes, aparecendo sobre objetos to diversos como pequenas moedas de prata e altas cruzes de pedra, dispersas pelos lugares mais imprevisveis, da Iugoslvia a Orkney e da Groenlndia Grcia.1 incontestvel a influncia das Runas em sua poca. Elliot observa que, quando os grandes lderes e sbios conselheiros da Inglaterra anglo-saxnica reuniam-se em conclave, davam a suas deliberaes secretas o nome de "Runas", e que quando o Bispo Wulfila fez sua traduo da Bblia para o gtico do sculo XIV, na passagem "os mistrios do reino de Deus" (Marcos, 4:11), empregou a palavra Runas para "mistrios". Oito sculos antes, quando o historiador grego Herdoto viajou pelo Mar Negro, ali encontrou descendentes de tribos citas que se enfiavam debaixo de mantas, fumavam at ficar em uma espcie de transe (uma prtica ainda encontrada atualmente nas montanhas caucsicas) e ento lanavam gravetos ao ar, "lendo" seu significado quando caam ao cho. Embora esses citas fossem analfabetos, seus gravetos provavelmente seriam qualificados como Runas.1

Ralph W. H. Elliot, Runes: An Introduction (Manchester, Ing.:

Manchester University Press, 1959), pg. 1.

Entre os eruditos no existe um firme acordo sobre onde e quando primeiro surgiu a escrita rnica na Europa Ocidental.2 Antes que o povo germnico possusse alguma forma de escrita, eles empregavam smbolos pictricos, inscritos em rochas. Especialmente comuns na Sucia, tais escrituras pr-histricas em rochas ou hllristningar so datadas da segunda Idade do Bronze (cerca de 1300 a.C), sendo provavelmente relacionadas aos cultos indo-europeus dedicados fertilidade e ao sol. As inscries incluem representaes de homens e animais, partes do corpo humano, motivos de armas, smbolos solares, a sustica e variaes das formas quadrada e circular:

Elliot sugere um amlgama de duas tradies separadas, "por um lado, o alfabeto escrito, por outro, o contedo simblico... A prtica do sortilgio (adivinhao) era cultivada pelos itlicos do norte, assim como pelos povos germnicos, uns usando letras, os outros smbolos pretricos".3 Numerosos hallristningar, bem como as pedras rnicas em p, ainda podem ser vistos nas Ilhas Britnicas, na Alemanha e atravs da Escandinvia. Para ns, difcil imaginar os imensos poderes conferidos queles poucos que se especializaram no uso das marcaes simblicas ou glifos, destinados a transmitir o pensamento.

2. Elliot escreve: "Tudo quanto ento sabemos que, em algumas tribos germnicas, alguns membros das mesmas tanto tiveram o tempo disponvel (um fator freqentemente ignorado) como o notvel senso fontico para captar o futhark (escrita alfabtica) de um modelo do norte da Itlia, que ele sabia ter existido nas regies alpinas, em alguma poca no perodo entre 250-150 a.C." Op, cit, pg. 11. 3. Elliot, Ranes: An Introduction (Manchester, Ing.: Manchester University Press, 1959), pgs. 64-5.

Esses primeiros glifos eram denominados Runas, do gtico Runa, significando "uma coisa secreta, um mistrio". A letra rnica ou runastafr, tornouse um repositrio para intuies, enriquecido segundo a habilidade do praticante de runemal a arte de lanar Runas. Desde o incio, as Runas assumiram uma funo ritual, servindo para que fossem lanados sorteios, para a adivinhao e evocao de poderes superiores, capazes de influenciar a vida e a sorte das pessoas. A arte do runemal tocava cada aspecto da vida, do mais sagrado ao mais prtico. Havia Runas e encantaes para influenciar o tempo, as mars, plantaes, amor e cura; Runas de fertilidade, de pragas e remoo de pragas, de nascimento e morte. As Runas eram esculpidas em amuletos, copos, lanas de batalha, sobre o lintel de moradias e nas proas dos barcos vikings. Entre os teutes e vikings, os lanadores de Runas usavam uma indumentria pomposa, que os tornava facilmente reconhecidos. Homenageados, bem acolhidos, temidos, esses xams eram figuras familiares nos crculos tribais. H evidncias de que um nmero razovel de praticantes rnicos era de mulheres. O autor annimo da Saga de Erik, o Ruivo, do sculo XIII, fornece uma vivida descrio de uma praticante contempornea no ofcio rnico:

Ela usava uma capa incrustada de pedras ao longo da bainha. Em torno do pescoo e cobrindo sua cabea, tinha um capuz orlado de peles brancas. Em uma das mos carregava um basto com casto na extremidade, e, do cinto, apertando o vestido comprido, pendia uma bolsa com encantamentos.Aos olhos pr-cristos, a terra e todas as coisas criadas eram vivas. Gravetos e pedras eram utilizados na adivinhao rnica, pois, como objetos naturais, corporificavam poderes sagrados. Os smbolos rnicos eram inscritos em pedaos de madeira, gravados no metal ou riscados no couro, sendo depois manchados com pigmentos em que o sangue humano s vezes era misturado, a fim de intensificar-se a potncia da encantao. As Runas mais comuns eram seixos lisos e achatados, com smbolos ou glifos pintados em um lado. Os

praticantes da runemal sacudiam sua bolsa e lanavam as pedras no cho; as que caam com os glifos para cima eram ento interpretadas. A descrio sobrevivente mais explcita deste procedimento nos vem por intermdio de Tcito, o historiador romano. Escrevendo no ano 98, a respeito de prticas em uso entre as tribos germnicas, ele registra:

Mais do que quaisquer outras pessoas, eles se dedicam adivinhao e lanamento de sortes. Seu mtodo para saberem a sorte simples: cortam um galho de uma rvore com frutos e o dividem em pedaos pequeninos que marcam com certos sinais distintivos (notas), em seguida espalhando-os ao acaso, sobre um pano branco. Ento, o sacerdote da comunidade, se a sorte for consultada publicamente, ou o pai da famlia, se isso for feito em privado, aps a invocao aos deuses e com os olhos erguidos para o cu, recolhem trs pedaos, um de cada vez, que vo sendo interpretados conforme os sinais previamente marcados neles.(Germania, Cap. X) Na poca de Tcito, as Runas j estavam ficando largamente conhecidas no continente. Eram levadas de lugar para lugar pelos mercadores, aventureiros, guerreiros e, eventualmente, por missionrios anglo-saxes. Para isto acontecer, tornou-se necessrio um alfabeto aquele que ficou conhecido como futhark, devido s suas primeiras seis letras ou glifos:

f

u

th

a

r

k

Embora mais tarde os alfabetos anglo-saxes se expandissem, incluindo at trinta e trs letras, como aconteceu na Gr-Bretanha, o futhark germnico tradicional abrangia vinte e quatro Runas. Estas foram divididas em trs "famlias" de oito Runas o trs e o oito sendo nmeros que se acreditava possuidores de potncia especial. Conhecidos como aettir, os trs grupos tinham os nomes dos deuses escandinavos Freyr, Hagal e Tyr. Os trs aettir so:

Oito de Freyr: Oito de Hagal: Oito de Tyr:

O Livro de Runas foi escrito com referncia a estas vinte e quatro Runas, mais uma inovao posterior, uma Runa em Branco.

A RUNA DA HOSPITALIDADE Vi um estranho na tarde de ontem Coloquei comida no local de comer, Bebida no local de beber, Msica no local de ouvir; E nos nomes sagrados do Tri-uno Ele abenoou a mim e minha casa, Meu gado e meus entes queridos. E disse em seu canto cotovia: E comum, comum, comum, Vir o Cristo disfarado de estranho: E comum, comum, comum, Vir o Cristo disfarado de estranho. - do Galico

2

O RESSURGIMENTO DAS RUNASoracle (orculo) do latim oraculum, anncio divino... 1. Entre os antigos gregos e romanos, a) o lugar onde ou meio pelo qual deidades eram consultadas; b) a revelao ou resposta de um mdium ou sacerdote; 2. a) qualquer pessoa ou meio acreditado como em comunicao com uma deidade; b) qualquer pessoa de grande conhecimento ou sapincia; c) opinies ou declaraes emitidas por tal orculo; 3. O santo dos santos do antigo Templo judeu. - Webster's New World Dictionary

E por dentro da casa interior preparou o orculo, para pr ali a arca do concerto do Senhor. - I Reis, 6:19 Quando comecei a trabalhar com as Runas, jamais havia posto os olhos em um texto rnico e, portanto, no percebi que me distanciava da tradicional seqncia de Freyr, Hagal e Tyr, usada pelos praticantes iniciais do runemal. No obstante, a funo determina a forma, o uso confere significado, e um Orculo sempre ressoa aos requisitos da poca em que consultado. Tive que depender das Runas para estabelecer sua prpria ordem e ser instrudo em seu significado. As pedras rnicas com que trabalhava tinham vindo para mim da Inglaterra: pequeninos retngulos acastanhados, pouco maiores do que uma unha de polegar, com os glifos riscados nas superfcies. A mulher que as fez morava em Trindles Road, em Redhill, uma cidade do Surrey. Ela no havia

vidrado as Runas, apenas as cozera em seu forno, como biscoitos. Juntamente com este conjunto de Runas vieram duas folhas xerox fornecendo o significado aproximado dos glifos em ingls, mais uma breve interpretao de cada Runa, quando "em p" ou "invertida". As vinte e quatro Runas originais fora acrescentada uma Runa em Branco, sem inscries, representada simplesmente como "o Caminho do Carma: aquilo que predestinado e no pode ser evitado. Assuntos ocultados pelos deuses". No havia instrues sobre a maneira de usar as Runas, e, assim, aps alguns dias, as Runas de Trindles Road foram parar em uma prateleira. Entretanto, fiquei com as Runas e as levei para os Estados Unidos. Vrios anos passaram at eu dar com elas novamente. Sozinho em minha fazenda do Connecticut, incapaz de dormir em uma quente noite de vero, fui a meu estdio e comecei a dar uma arrumao em meus livros. E l, em seu pequeno saco de camura, estavam as Runas. Ao espalhar as pedrinhas sobre minha secretria, e manuse-las, tive a mesma sensao agradvel de quando as pegara pela primeira vez, na Inglaterra. Foi ento que me ocorreu perguntar s Runas como eram usadas. Fiquei sentado e quieto por algum tempo, procurando concentrar-me, e disse uma prece. Abri meu caderno de anotaes e escrevi esta pergunta: "Em que ordem desejam ser arranjadas?" O relgio marcava 22:55, a data era 21 de junho, a noite do solstcio de vero. Espalhei as Runas, os lados em branco virados para cima, e comecei a mov-las de um lado para outro, tocando cada pedra. Ento, fui virando-as de uma em uma, alinhando-as em trs fileiras minha frente. Ao terminar de arrum-las, estudei o arranjo:

Recordo que minha primeira sensao foi de desalento, ao constatar que a Runa em Branco, a Runa do Desconhecido, no se posicionara de maneira mais dramtica, porm apenas simplesmente tomando seu lugar entre as restantes. Ento, sobreveio uma curiosa sensao: a mulher da Inglaterra me dissera que as Runas eram lidas da direita para a esquerda (As Runas podem ficar com a face voltada para um ou outro lado e ser lidas a partir da esquerda ou da direita, inclusive verticalmente, em certas ocasies. Algumas inscries podem at ser lidas boustrophedon (do grego bous, boi, e strophe, virar), significando a maneira como um boi cobre seu trajeto, enquanto ara). Considerada desta maneira, a seqncia comeava com a Runa de "O Eu", Mannaz, terminando com a Runa em Branco, que assinala a presena do Divino em nossas vidas. Enquanto estava ali imvel, fitando a Runa de "O Eu", acudiram-me as palavras: O ponto de partida o eu. Sua essncia a gua. O efetivo, agora, somente a clareza, o desejo de mudar... As Runas vikings haviam iniciado o seu ensinamento. Trabalhei nelas atravs da noite, tomando cada Runa na mo, ficando com ela, meditando nela, anotando o que me vinha mente. Quando, de vez em quando, o fluxo definhava, eu apelava para o I Ching, pedindo um hexagrama que revelasse a essncia de uma determinada Runa. O esprito de algumas dessas leituras est incorporado s interpretaes das Runas vikings. Quando, finalmente, cheguei Runa em Branco e terminei sua interpretao, o sol estava nascendo. Desde aquela noite, tenho lido extensivamente sobre as Runas e sua histria, as controvrsias envolvendo suas origens, as especulaes em torno de seu uso. Apenas uma coisa certa: as Runas permanecem de difcil compreenso, esquivas, alm de todos os esforos dos eruditos em cingi-las, porque elas so uma ddiva de Odin e, portanto, sagradas. Odin a divindade mxima no panteo dos deuses escandinavos. Seu

nome se deriva do escandinavo antigo para "vento" e "esprito", e foi atravs de sua paixo, de seu sacrifcio transformador do eu, que Odin nos trouxe as Runas. Segundo a lenda, ele ficou pendurado por nove noites na Yggdrasil, a rvore do Mundo, ferido pela prpria lmina, atormentado pela fome, pela sede e pela dor, sem auxlio e sozinho at que, antes de cair, avistou as Runas e conseguiu apanh-las, em um ltimo e tremendo esforo. Em seguida ddiva do fogo, aquela do alfabeto a luz em que vemos nossa natureza revelada. Em A Edda Potica, Odin, o grande Mestre Rnico, fala atravs dos sculos. Ouamos Odin agora: Sabes como talh-las, sabes como tingi-las, Sabes como l-las, como entend-las? Sabes como evoc-las, como arremess-las, Ou como ofert-las, o que perguntar? Antes no ofertar que demais ofertar, porque uma oferta requer uma outra, Antes no matar que demasiado matar Assim falou Odin, antes da terra nascer, ao ressurgir quando aps os tempos. As Runas que sei esposas de reis desconhecem Ou qualquer homem terreno. "Ajuda", uma chamada, Porque ajuda seu dom, e ajudada sers Na doena e pobreza e tristeza. Uma outra eu conheo, e dela precisam Aqueles que a arte da cura estudam. Risque-as na casca, no tronco das rvores Com galhos que buscam o lado do leste.

Sei de uma terceira... Se minha carncia demais na batalha, Ela embota as espadas de inimigos mortais, Intocado serei por astcias e armas So e salvo estarei... E assim comea a sagrada histria das Runas. O lema para as Runas deveria ser as mesmas palavras esculpidas acima da entrada do Orculo, em Delfos: Conhece a ti mesmo. As Runas so um professor. Para alguns, entretanto, mais cmodo enfoc-las sob o esprito de divertimento. Orculos so jogos sagrados, instrumentos de utilizao sria ou elevada; o valor de sua utilizao que nos libera do esforo de aprender, liberanos para que aprendamos como aprendem as crianas. O Livro de Runas ofertado como uma cartilha principiante para o jogo oracular. Considerados sob esta perspectiva, cada um de ns um Orculo. A consulta s Runas coloca-nos em contato com nossa prpria orientao interior, aquela parte nossa que sabe tudo quanto precisamos conhecer sobre nossa vida, agora.

Se existe uma notvel autoridade moderna para a eficcia dos orculos, esta o psiclogo suo Carl Jung, o qual afirmou que as consideraes tericas de causa e efeito freqentemente parecem plidas e esfumadas, em comparao com os resultados prticos do acaso. (C. G. Jung, Prefcio do I Ching (Princeton, N. J.: Princeton University Press, 1950)). Isto sugere que nada demasiado insignificante para deixar de ser visto como uma pista que nos guiar para a ao correta e oportuna. A consulta ao Orculo nos coloca no tempo presente verdadeiro, pois o que quer que acontea no determinado momento possui o que Jung chama de "a qualidade peculiar quele momento".

Experimentar um presente verdadeiro algo que a maioria de ns acha extremamente difcil. Levamos uma boa parte da vida rememorando arrependimentos passados e fantasias de desastres futuros. Em minha prpria vida, quando me exercito correndo ou dirijo o carro por longas distncias, costumeiramente me ocupo em rever idias, escolher esquemas, meditar em opes e oportunidades. De repente, caio em mim: percebo que quilmetros e quilmetros de paisagem rural desfilaram ao meu lado e no foram vistos, no percebi que respirava aquele ar, como tampouco percebi as rvores, a brisa, as ondulaes do pavimento. Hoje, caio em mim com freqncia bem maior, o que j um bom comeo. A "tagarelice das alturas cerebrais" est sendo lentamente substituda por uma imobilidade que me mantm no agora. Uma vez rompido o momentum, o hbito logo se estiolar. Tenho apenas que recordar: Na vida espiritual, estamos sempre no comeo. Recordar isto ajuda-nos a superar o hbito de "estar frente", porque, quando experimentamos um presente verdadeiro, a que tudo acontece.

A consulta s Runas permite que ultrapassemos as censuras da razo, os grilhes do condicionamento e o momentum do hbito, conforme nos recorda Brugh Joy em seu ltimo manual, Joy's Way: a Map for the Transition Journey existem trs conjuntos de grilhes mentais a romper, se quisermos ser verdadeiramente livres: julgamento, comparao e necessidade de saber por qu. O "porqu" inevitavelmente se vai esclarecendo, a medida que progredimos em nossa passagem. . O breve perodo de interao com as Runas nos faz estabelecer uma zona livre, onde nossa vida se torna malevel, vulnervel e aberta mudana. Estamos vivendo em uma era de radical descontinuidade. As lies chegam cada vez mais rpidas, enquanto nossas almas e o universo nos impelem para novo crescimento. De repente, guas familiares parecem perigosas, cheias de baixios no mapeados e bancos de areia moventes. Os antigos mapas ficaram ultrapassados: precisamos de novas ajudas navegacionais. Ento, surge o fato inescapvel: Voc

agora o seu prprio cartografo. Da mesma forma como os vikings usaram a informao proporcionada pelos Mestres Rnicos, a fim de que seus barcos navegassem sob cus nublados, tambm voc, agora, poder usar as Runas para modificar o curso de sua prpria vida. Um desvio de alguns graus no incio de qualquer viagem significar uma posio largamente diferente quando chegar a alto mar. O que quer que possam ser as Runas uma ponte entre o eu e o Eu, um elo entre o Eu e o Divino, um auxlio navegacional imemorial a energia que as envolve a nossa prpria e, em ltima anlise, tambm a sabedoria. Assim, quando comeamos a fazer contato com nossos Eus Cognoscitivos, passamos a ouvir mensagens de profunda beleza e real utilidade. Porque, como flocos de neve e impresses digitais, cada uma de nossas assinaturas oraculares um aspecto da Criao nico em espcie, que se dirige a si mesma.

CREDOA verdade que a vida difcil e perigosa; que quem busca a prpria felicidade no a encontra; que quem fraco deve sofrer; que quem exige amor ser decepcionado; que quem faminto no ser alimentado; que quem busca a paz encontrar a luta; que a verdade apenas para os corajosos; que a alegria apenas para aquele que no receia estar sozinho; que a vida apenas para aquele que no tem medo de morrer. - Joyce Cary Boustrophedon inscrito em pedra, perto de Asferg, Sucia.

3

CONSULTA AO ORCULO

A verdadeira viagem de descoberta consiste em no procurar novas paisagens,mas em ter novos olhos.Marcel Proust

Senhor, d-me olhos fracos para coisas que no importam e olhos fortes para toda a tua verdade. - Sren Kierkegaard Caminhemos levados pela f e no pela vista. - So Paulo Quando voc comear a explorar o mundo das Runas descobrir que muitas pessoas desenvolveram uma forma toda pessoal no lanamento de suas prprias Runas. H um homem que atua no passeio de tbuas em Venice, Califrnia. Ele tem um saquinho com pedras, conchas e gravetos. Quando lhe expomos nossa pergunta, ele espalha suas "Runas" e faz a leitura segundo a maneira como ficou o lanamento. H pessoas que trabalham com bolachas, pedacinhos de osso ou pedrinhas em que inscreveram seus prprios smbolos. Existe ainda o que um de meus amigos chama de "Orculo de Noah Webster". Ele abre o dicionrio ao acaso e aceita o conselho fornecido pelas palavras apontadas por seu dedo. Enquanto trabalhava intensamente neste livro,

houve um momento em que me surgiu uma atraente oportunidade de negcios, a qual fui forado a deixar passar. Agindo assim, comecei a lamentar o que perdera e no era fcil conviver com tal pensamento. Em vez de consultar as Runas sobre a questo, abri um dicionrio e, sem olhar, apontei o dedo para determinado lugar da pgina. O conselho que recebi estava sob as palavras lay off, e, abaixo de meu dedo, havia as frases 'delimitar fronteiras... cessar o criticismo... minimizar um risco. Retornei ao manuscrito com a conscincia leve. No transcorrer dos anos, conheci vrias pessoas que, sem nenhum conhecimento preciso de Orculos, empregam a Bblia de maneira similar. H muito tempo tenho o hbito de consultar o Daily Word1 e tentar pautar minha vida por sua sabedoria. Um livro mensal de Orculos dirios um professor para mim. Embora despretensiosos, estes Orculos contemporneos so consistentes com antigas tradies como a prtica chinesa de ler Orculos em ossos ou nas rachaduras surgidas em cascos de tartaruga, quando aquecidas ao fogo e com a prtica do prprio runemal. Enquanto prosseguia neste trabalho, procurei considerar o que, da maneira mais bsica possvel, compe uma Runa. At que ponto o significado est presente em um signo ou glifo? J notou a Runa dos Guerreiros estradas? Ou a Runa de Abertura em uma srie de determinadas curvas? Aceito que o significado esteja presente, porm dificilmente de natureza oracular a menos, claro, que estejamos meditando em certo assunto e vejamos o signo naquele momento, quando ento ele contm uma mensagem especial para ns.

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Em portugus, "Palavra Diria". Uma excelente coleo de leituras

dirias inspiradoras, publicada mensalmente por Unity, Unity Village, Missouri 64065.

Tive um singular encontro rnico na Califrnia, enquanto trabalhava neste livro. Certa tarde, dirigindo para a praia a fim de tomar parte em uma sesso deliberativa, segui pela estrada Las Virgenes-Malibu Canyon, um belo trajeto pelas montanhas. Saindo de uma curva, espiei para o outro lado do desfiladeiro, e l, na encosta da montanha, algum havia pintado uma Runa, da altura de um homem. No havia dvidas quanto a isso eu estava olhando para Algyz, a Runa de Proteo. O glifo havia sido pintado invertido sobre a rocha, um alerta para a cautela, no vocabulrio rnico. O artista fechara a Runa em um crculo, de maneira que a figura aparecia assim: . Levei um momento antes de compreender que via um smbolo do movimento contra a guerra, na dcada de 60. Achei curioso que os protestadores houvessem escolhido justamente a Runa de Proteo, talvez sem mesmo saberem disso. Enquanto dirigia estrada adiante, imaginei se, dentro de alguns sculos, um dedicado estudante avanado no tentaria provar que, realmente, os vikings que haviam desenhado o smbolo naquele trajeto para Malibu.

CONSULTA S RUNAS H pessoas que reservam um perodo especial em cada dia, dedicado ao lanamento das Runas. Outras preferem uma abordagem mais formal: acendem uma vela, talvez ume vareta de incenso e ficam alguns momentos em concentrao. H aquelas que acham proveitosa a meditao sobre a respirao: simplesmente, acompanham o ato de respirar, inspirando e expirando; deixam que as respiraes sejam prolongadas, fceis e interligadas. Expulsam da mente todos os problemas e preocupaes, nem que apenas naquele momento. Voc talvez queira dizer uma prece, em particular se estiver diante de uma situao intensa ou turbulenta. A focalizao importante. No entanto, ainda que surja a intromisso do rotineiro ato de viver, sempre poder consultar as Runas sem uma preparao formal. a sua necessidade que as coloca em ao. E, lembre-se, voc est

dentro do reino do jogo, de um jogo sagrado. Um momento particularmente bom para consultar as Runas quando j exauriu todos os seus recursos e enfrenta uma situao a cujo respeito possui informao limitada ou incompleta. Focalize o assunto com clareza em sua mente2, introduza a mo em sua sacola, faa contato com as pedras e retire uma Runa. Conforme declarou um praticante de runemal, "a Runa correta sempre adere a meus dedos". Quando voc lana as Runas para outra pessoa, diga a ela que formule com clareza na mente a questo que a preocupa, mas no a expressando em palavras. Isto elimina qualquer tendncia pessoal inconsciente em sua interpretao das Runas. Se um amigo que more muito longe precisar beneficiar-se da perspectiva de uma leitura das Runas, o telefone seu aliado: pea a esse amigo para pensar na questo e em seguida retire uma Runa de sua sacola. A leitura das runas funciona to bem atravs de 5.000 quilmetros, como no encontro frente a frente. Se voc quiser consultar as Runas para outra pessoa, sem poder pedir-lhe sua permisso diretamente, ser mais conveniente perguntar ao Orculo se tal atitude oportuna e correta. Pea um "Sim" ou um "No" ao introduzir a mo na sacola e retirar uma Runa. Tirando-a com o glifo em p "Sim", com ele invertido, "No". Se, por acaso, retirar uma das nove Runas cujo smbolo seja o mesmo, tanto em p como invertido, retire outra Runa.

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'Assim como na interpretao de um sonho devemos seguir o texto do sonho com a

mxima exatido, tambm ao consultar o Orculo deve-se ter em mente a forma da pergunta feita, porque isto estabelece um limite definido para a interpretao da resposta". CG. Jung, op. cit, pg. XXXVI.

QUESTES APROPRIADAS Uma questo apropriada qualquer coisa que se relacione a oportunidade e ao correta. Voc talvez queira uma orientao sobre efetuar ou no uma mudana de carreira, vender um negcio, fazer um investimento, mudar-se para outra casa, terminar ou iniciar um relacionamento. Note que a palavra questo usada de preferncia a pergunta. Uma pergunta poderia ser: "Devo terminar o relacionamento?" Para transformar isto em questo, voc dir: "A questo meu relacionamento agora." Ao invs de perguntar: "Devo aceitar este novo emprego?", dir: "A questo o meu trabalho." Esta pequena distino crucial. Se voc fizer uma pergunta e o Orculo fornecer uma resposta, ento, seu papel ser de passividade. Ao contrrio, apresentando uma questo e o orculo comentar a respeito, isto lhe permitir extrair sua prpria resposta, determinando por si mesmo qual ser a ao correta. Se voc no tiver uma questo especfica em mente e, mesmo assim, quiser consultar as Runas, pergunte simplesmente: O que preciso saber para minha vida agora? A resposta do Orculo ser sempre instrutiva. PRIMORDIALIDADE RNICA Ocasionalmente, voc talvez constate que o conselho recebido no parece ajustar-se questo exposta. Quando isto ocorrer, considere a possibilidade de que as Runas se tenham sintonizado a uma questo primordial, algo que voc tem evitado ou do que no tem percepo consciente. Esta primordialidade rnica parece ser um dispositivo automtico contra falhas. Da mesma forma, ao encontrar-se em um dilema, sem saber qual a questo primordial, no se preocupe; as Runas faro a seleo em seu lugar e se referiro questo que exige uma resoluo mais imediata.

LEITURAS EM P E INVERTIDAS Entre as Runas, nove delas oferecem o mesmo significado, pouco importando a maneira como voc as retire da sacola. As outras dezesseis apresentam sentidos diferentes, se lidas em p ou invertidas. A Runa de Movimento, por exemplo, Ehwaz, em p apresenta-se desta

maneira: e, invertida, fica assim:

. A leitura invertida chama a ateno para

aspectos de uma situao que podem impedir o movimento ou para o fato de que o movimento, em si, poder ser inadequado no momento. bom recordar que o surgimento de uma Runa invertida no motivo para alarme, sendo antes uma indicao de que cuidado e ateno so requisitos exigidos para sua conduta tornar-se correta. Uma leitura invertida freqentemente assinala a presena de uma oportunidade para desafiar algum aspecto de seu comportamento, alguma rea em sua vida que, at agora, voc no esteve querendo enfrentar. Quer voc retire sua Runa em p ou invertida, sempre uma boa idia verificar os dois aspectos, pois isto o manter em contato com o lado invisvel de sua natureza aquele que no est sendo expresso presentemente. Ler os dois aspectos da Runa o ajudar a conscientizar-se melhor sobre as foras das trevas e da luz que se combinam para compor nossa natureza. CONSULTA A DOIS ORCULOS Quando voc comea a usar as Runas, talvez queira chec-las para verificar a preciso, a fim de calibr-las. Isto pode ser feito se consultar dois instrumentos oraculares diferentes sobre a mesma questo. Quando comecei a trabalhar com as Runas, a fim de confirmar suas respostas com as de um sbio e conhecido amigo, costumava expor a mesma questo ao I Ching e s Runas. Vez aps vez, constatei que os dois orculos

estavam de acordo, sendo ocasionalmente idnticos em contedo simblico, com freqncia de maneira complementar e sempre constituindo um enriquecimento mtuo. FAA SUAS PRPRIAS RUNAS Voc talvez prefira fazer suas prprias Runas. Elas j tm sido confeccionadas em madeira, com os glifos aplicados a fogo em sua face. Um conjunto particularmente bonito foi feito para mim por um navajo que trabalhava em prata. Seixos achatados e polidos pelo mar ou um rio tambm podem formar belas Runas. Elas podem, ainda, ser feitas de cristal de quartzo, ametista, jade ou pedaos de osso. O primeiro conjunto de Runas que encomendei foi feito de argila, vidrada duas vezes, pelo oleiro Norman Aufrichtig, de Brookfield, Connecticut. Enquanto confeccionava as Runas vikings, ele reservou uma parte da argila de cada pedra e, dessas partes, formou a Runa em Branco, desta maneira, a Runa em Branco continha a argila simblica de todos os elementos da vida. Se voc fizer suas prprias Runas ou ento conjuntos para outras pessoas, permita que a confeco se torne uma meditao. A idia de meditar um bloqueio para certas pessoas inclusive eu prprio. Finalmente, libertei-me da ansiedade por ser incapaz de meditar convencionalmente, ao ouvir o mitologista Joseph Campbell dizer que sua meditao eram as frases sublinhadas dos livros. O trabalho de jardinagem pode ser uma meditao. Da mesma forma, lavar seu carro. O ato de confeccionar suas prprias Runas pode ser uma profunda e satisfatria meditao. O EMPRSTIMO DE SUAS RUNAS Por fim, resta a questo de saber se deve ou no emprestar suas Runas aos outros. Algumas pessoas sentir-se-o bem emprestando-as, mas nem todas.

O emprstimo das Runas um assunto pessoal. Quando em dvida, oriente-se retirando uma Runa da sacola: em p, significa "Sim", invertida, significa "No". Se a Runa retirada mostrar o mesmo desenho, em p ou invertida, retire uma outra. A GRANDE INVOCAO Do ponto de Luz dentro da mente de Deus, Que a luz flua para a mente de todos. Que a Luz desa sobre a Terra. Do ponto de amor dentro do corao de Deus, Que o amor flua para o corao de todos. Que Cristo possa retornar Terra. Do centro onde conhecida a Vontade de Deus, Que o propsito guie nossas pequenas vontades -0 propsito conhecido e usado pelo Mestre. Do centro do que chamamos a raa humana, Que funcione o Plano do Amor e da Luz E que ele possa selar a porta onde habita o mal. Que a luz, o Amor e o Poder Restaurem o Plano sobre a Terra. - Alice Bailey

Cano Nupcial

RUNEMAL: A ARTE DE LANAR AS RUNAS Lembre-se, voc no pode abandonar aquilo que no conhece. Para ir alm de si mesmo, voc precisa conhecer-se. - Sri Xisargadatta Maharaj semelhana de muitos jogos, sagrados e seculares, as Runas devem ser "jogadas" sobre um campo. O campo representa o mundo que est sempre vindo a ser e extinguindo-se. Voc talvez queira usar um pedao de tecido especial, branco ou em cores, que reservar unicamente para esta finalidade. Quando desdobrar o pano que funciona como seu campo, esse prprio ato poder tornar-se uma meditao silenciosa. O meu campo, uma tecelagem multicolorida, foi criado por Patrick Shepherd, tecelo da Comunidade Findhorn, na Esccia, medindo (45,5 x 35,5 cm) e tecido em vinte e dois matizes graduados de cor, em fio de seda. Minha primeira sacola foi um objeto encontrado: prpura, com uma etiqueta costurada a um lado, anunciando que o contedo original da sacola havia sido uma garrafa de usque Crown Royal. Algum mais bebeu o usque; eu herdei a sacola. Existe algo muito satisfatrio no ato de introduzir a mo em uma sacola e escolher as pedras. Gosto de senti-las chocando-se umas nas outras e, ainda mais, da maneira como freqentemente uma Runa parece inserir-se entre meus dedos. Entretanto, nem a sacola ou o campo precisam ser enfeitados; segundo nos recorda o I Ching, "ainda que com meios minguados, podem ser expressos os sentimentos do corao". Nos tempos remotos, o lanador de Runas cantaria uma invocao a Odin, solicitando que o deus estivesse presente, para ento lanar as pedras sobre a terra e extrair orientao daquelas que caam com o glifo voltado para cima. Se achar inconveniente este venervel mtodo, h vrias outras tcnicas satisfatrias, por si mesmas recomendadas.

A RUNA DE ODIN Esta a utilizao mais simples e prtica do Orculo, consistindo na seleo de uma Runa para uma viso global de uma situao inteira. Retirar apenas uma Runa pode ajud-lo a focalizar mais claramente sua questo e proporcionar-lhe uma nova perspectiva. De fato, o que estar fazendo ser um convite mente, para que funcione intuitivamente. Em condies prementes, a Runa de Odin particularmente proveitosa. Voc talvez esteja lidando com assuntos que exijam pronta ao, porm a verdade que no dispe de informao suficiente. Para chegar a uma deciso, precisar apenas de sua sacola de Runas e, se possvel, de um lugar sossegado. Um amigo que alto funcionrio de uma empresa, ocupando um posto executivo, contou-me recentemente que, de uma hora para outra, viu-se diante de uma crise que o levaria a assumir a direo ou ento demitir-se. - Fui para o lavatrio masculino, agarrado minha sacola de Runas relatou ele. Quando sa de l, estava a caminho de tornar-me o Diretor-Chefe da firma. A Runa que ele havia retirado da sacola foi Dagaz, a Runa do Aprofundamento e Transformao, Selecionar apenas uma s Runa proveitoso no somente em pocas de crise: a tcnica til sempre que voc quiser um panorama global de sua situao. Enquanto dirigem durante um longo trajeto ou na conduo entre casa e trabalho, algumas pessoas mantm suas Runas ao lado delas, sobre o assento. Retirar a Runa de Odin freqentemente revela o humor em um assunto difcil. E por que no? Dizem que o riso a msica favorita de Deus. Quando voc estiver preocupado com algum que se encontra longe e no houver possibilidade de entrarem em contato, concentre-se diretamente nessa pessoa e ento retire uma Runa. Esta prtica abre na mente um portal para o incomum. Voc poder descobrir que, de fato, possvel saber coisas a distncia. Use o mtodo de retirada de uma s Runa, para conferir distino a

eventos significativos em sua vida: aniversrios, o Ano-Novo, solstcios e equincios, a morte de um amigo, nascimentos, aniversrios de casamento e outras ocasies especiais. Talvez queira registrar estes lanamentos em um Dirio Rnico (ver a pgina 66.)

LANAMENTO DE RUNAS POR TRS O nmero "trs" figura com destaque nas prticas divinatrias dos antigos. O Lanamento de Runas por Trs, que, segundo Tcito, j era utilizado h 2.000 anos, produz uma leitura satisfatria, exceto se a questo for mais extensa e intrincada. Tendo a questo bem clara na mente, escolha trs Runas, uma de cada vez, em seguida colocando-se por ordem de retirada da sacola, da direita para a esquerda. A fim de evitar uma alterao consciente no direcionamento das pedras, em particular depois que ficar familiarizado com seus smbolos, seria conveniente dispo-las com o lado em branco para cima e ento vir-las. Aps haver selecionado as Runas, elas jazero sua frente desta maneira: lendo a partir da direita, a primeira Runa falar da Situao como ; a segunda Runa (no centro) sugerira o Curso de Ao Requerido; e a terceira Runa ( esquerda) indicar a Nova Situao Que Envolver, aps voc ter enfrentado seu desafio com

sucesso..

A maneira como voc virar as pedras poder ainda alterar a direo dos glifos, seja para a posio em p ou invertida, porm isto tambm faz parte do processo. Uma vez que somente nove Runas so lidas da mesma forma, quer estejam em p ou invertidas, a leitura das outras dezesseis depender da maneira como voc virar as pedras. Exemplo de uma Leitura Um amigo procurou-me para um lanamento de Runas, depois que a esposa o tinha deixado. Estava sofrendo muito, percebia o quanto aquele relacionamento significava para ele e lamentava sua perda. Sua questo era a seguinte: "O que aprenderei com esta separao?" Estas foram as Runas que ele retirou:

As trs Runas foram interpretadas da seguinte maneira: lendo-as a partir da direita, temos Algiz, a Runa de Proteo, invertida, falando de seu senso de encontrar-se completamente vulnervel, desprotegido. pessoa atenta, um conselho de que somente a atitude certa e a conduta correta proporcionam proteo, em momento semelhante. Ele teria que aprender a amadurecer, em decorrncia desta perda. A segunda Runa, Kano, a Runa de Abertura. Ele encorajado a crer em seu processo e considerar que aspectos de seu antigo condicionamento devem mudar. A terceira Runa Nauthiz, a Runa da Sujeio e Sofrimento. O novo amadurecimento no ser isento de angstia. No obstante, a partida de sua esposa poder incit-lo a empreender um trabalho srio em si mesmo; ele receber o lembrete de que a retificao dever surgir antes do progresso. Resumindo, as trs Runas esto dizendo que, embora ele esteja se

sentindo vulnervel e exposto, com o sofrimento vir a clareza necessria para empreender o trabalho da automodificao. medida que progredir, ser lembrado a considerar os empregos positivos da adversidade. LANAMENTO DAS RUNAS POR CINCO Como norma, a retirada de uma nica Runa a Runa de Odin fornecer informao suficiente para capacit-lo ao certa atravs de mtodos habilidosos. No entanto, h momentos em que a necessidade-de-saber se estende alm da autoridade de uma s pedra. O emprego do Lanamento de Runas por Cinco penetra nas caractersticas distintivas de uma situao que poderia confundi-lo, pela complexidade e incerteza da mesma. Comece formulando a questo com clareza. Em seguida, retire as cinco pedras da sacola, uma de cada vez, colocando-as uma abaixo da outra, em ordem descendente, quando ento o significado das Runas ser: 1) Perspectiva global da situao 2) Desafio 2) Curso de ao requerido 4) Sacrifcio 5) Situao evolvida Se voc selecionou cinco Runas e as colocou sua frente, uma abaixo da outra, as probabilidades de compor este lanamento particular so de 607.614 por 1. Se, no entanto, resolver anotar a Runa retirada e ento devolv-la sacola, ir fazer cada seleo dentre um conjunto total de Runas, quando as probabilidades de compor este lanamento particular se elevam para 312.500.000 por 1. Como pode constatar, o Lanamento de Runas por Cinco altamente pessoal e especfico. O termo Sacrifcio, na quarta posio, aponta para o reconhecimento de que a vida lhe oferece escolhas, opes que, com freqncia, so mutuamente

exclusivas. No correr dos tempos, o conceito de sacrifcio chegou a associar-se primariamente a sofrimento e perda. Como empregado no Lanamento das Runas por Cinco, entretanto, o termo sacrifcio se refere ao que precisa ser descartado, mudado, rejeitado (conforme o requerido na Runa Othila), a fim de que emerja uma nova integralidade. Originalmente uma ligao de duas palavras latinas (sacrificium e facere), um dos significados centrais de sacrifcio "capitulao a Deus". Exemplo de uma Leitura Leila havia criado um bem-sucedido negcio, em sociedade com o marido. Basicamente, o impulso criativo, a idia e o constante trabalho rduo para colocar a firma de p haviam sido dela. Em essncia, a companhia era o seu "beb". Agora, chegara o momento de tornar o beb pblico, e os novos investidores desejavam a participao continuada dela, mas no de seu marido. Todos os temores de Leila sobre lealdade, abandono, o risco que representaria para o casamento e o amor-prprio de seu marido foram acrescidos situao. Assim, ela se decidiu pelo lanamento das Runas por Cinco. As pedras que retirou foram as seguintes: Viso global

Selecionando Perth, a Runa de Iniciao, como viso global da situao, ela imediatamente desviou seu foco, tanto do relacionamento com o marido, como do negcio. Nada externo importa aqui, exceto para mostrar-lhe a reflexo interior tais palavras foram uma chave para ela. Leu-as insistentemente, ento percebendo que isto seria outra encruzilhada no processo da automodificao. Na posio Desafio, estava Uruz Invertida, a Runa da Fora e Feminilidade, indicando a necessidade de reagir conscientemente s "demandas de uma to criativa poca". Ficou claro para ela que a deciso correta seria o crescimento em todos os nveis, tanto profissional como pessoal. O Curso da Ao Requerido trouxe Wunjo Invertida, que fala do "processo de nascimento", sendo longo e rduo, alm dos temores surgidos pela segurana "do filho" no interior. Novamente, as Runas recordavam a Leila que isto era uma prova. A Runa de Sacrifcio foi Nauthiz Invertida, a Runa da Sujeio, Necessidade e Sofrimento, o grande professor sob o disfarce da dor e limitao. Ela pde ver mais claramente que era chegado o momento de assumir uma nova espcie de responsabilidade quanto ao que havia criado, a fim de possu-lo e honr-lo, fazendo o que fosse bom para a firma. Leila sorriu de prazer, quando retirou Dagaz, Aprofundamento e Transformao, para a Nova Situao Evolvida. Esta Runa oferece a segurana de que "como a oportunidade est certa, o desfecho est garantido, embora no previsvel, do presente ponto de vantagem". Vrios meses mais tarde, aps a companhia tornar-se pblica, o marido de Leila iniciou um novo negcio, no qual sua capacidade em breve gerou o sucesso pessoal. A CRUZ RNICA Este tipo de lanamento proveitoso, quando queremos um quadro mais completo da situao. Inspirada no Taro, a disposio requer que sejam

selecionadas seis Runas, as quais ficam dispostas na forma de uma cruz rnica ou cltica. O padro o seguinte:

A primeira Runa representa o Passado, aquilo de onde voc est vindo, o que jaz diretamente sua retaguarda. A segunda Runa representa Voc Agora. A terceira, ou Runa do Futuro indica o que jaz sua frente, o que acontecer. A quarta Runa fornece a fundao da matria em considerao, os elementos inconscientes e foras arquetpicas envolvidas. A quinta Runa ou Desafio indica a natureza dos obstculos em seu caminho. A Runa final aponta a Nova Situao que evolver, quando voc enfrentar seu desafio com xito. Posto que a Cruz Rnica contm uma considervel dose de informao, este lanamento freqentemente oferece o incentivo para profundo pensamento e reflexo. Se, aps extrair as seis Runas e consider-las, voc continuar sem clareza de idias, devolva todas as pedras sacola e retire uma nica Runa. Esta stima Runa, a Runa da Resoluo, ajud-lo- a reconhecer a essncia da situao.

LANAMENTO DAS TRS VIDAS Este lanamento para aqueles que desejam uma experincia com a idia da reencarnao. Apresenta uma perspectiva de sua passagem em trs nveis, sendo disposto na forma da Runa da Fertilidade, Inguz. As Runas representam:

(1) Condies do Nascimento e Infncia, (2) Seu Presente, (3) Futuro nesta Vida, (4) Encarnao Passada e (5) Encarnao Futura/As Runas ficam dispostas da seguinte maneira:

O Lanamento das Trs Vidas proporciona informao relacionada a aspectos no resolvidos de seu passado. Uma vez identificados estes elementos, voc pode modificar sua situao presente, desta maneira afetando o futuro nesta vida, bem como seu prximo ciclo de alma. Exemplo de uma Leitura A primeira leitura que fiz, utilizando o Lanamento das Trs Vidas, foi para mim mesmo.

As Condies de Nascimento e Infncia me dizem que cheguei a esta vida para receber a ddiva de Nauthiz, a Runa d Sujeio e Sofrimento. Agora, devo aprender a trabalhar com os aspectos no desenvolvidos de mim mesmo, reas de crescimento interrompido, fraquezas que projeto nos outros. Fui advertido de que posso esperar reveses, at compreender a fonte de meu sofrimento.

Meu Presente significado por Jera, a Runa dos Ganhos Benficos, um perodo que conduzir Colheita, durante o qual sou exortado a ser paciente e cultivar minha natureza com carinho. Meu Futuro nesta Vida representado por Sowelu, a Runa da Integralidade, da Fora Vital, o impulso para a auto-realizao e regenerao, o reconhecimento de algo por muito tempo negado e o apropriado aviso para no me mostrar envaidecido por isso. Dagaz, a Runa da Transformao, encontra-se na posio da Encarnao Passada. Ela indica que sobrevir uma grande transformao, atravs do desenvolvimento de comiserao por mim mesmo e pelos outros, ao enfrentar meu prprio sofrimento e compreender a sua fonte. Finalmente, a Encarnao Futura representada por Eihwaz, a Runa dos Poderes Preventivos e da Defesa. A nica defesa atravs de mtodos habilidosos, isto , desenvolvendo as qualidades da pacincia, perseverana e determinao. So estes os mtodos habilidosos que abriro a porta para uma vida nova.

O JOGO DE RUNAS Este no um jogo com a finalidade de vencer ou perder. O Jogo de Runas focaliza qualquer questo que as pessoas queiram examinar, prosseguindo at o momento em que essa questo parece adequadamente esclarecida a todos os jogadores. Se possvel, cada jogador deve ter um conjunto de Runas, porque apenas um conjunto o suficiente. No obstante, sendo utilizada apenas uma sacola, a dinmica do jogo se altera significativamente. Retire trs Runas de sua sacola e coloque-as sua frente, com o glifo voltado para baixo. O primeiro jogador vira uma Runa e a interpreta, segundo a maneira como ela se relaciona questo. Ento, o jogador seguinte vira uma Runa, fornece a interpretao e tem a opo de relacion-la Runa anterior. O

terceiro jogador vira uma Runa, interpreta-a e tem a opo de comentar as duas Runas anteriores. Completada a rodada, repete-se o processo, pela segunda e terceira vezes. Voc talvez queira jogar uma rodada final, onde cada jogador, cada um por sua vez, dir que novos insights lhe chegaram, no concernente questo. O Jogo de Runas pode ser feito por um grupo muito unido de colegas ou associados trabalhando um projeto. Digamos que voc est pesquisando e desenvolvendo uma nova inveno, mas que o processo ficou bloqueado. Trs ou quatro de vocs talvez se decidam por uma folga para o Jogo das Runas. Uma variante na progresso das trs Runas poder ser vantajosa em tal situao: Voc Agora (primeira rodada), Sua Parte no Bloqueio (segunda rodada) e Remdio (terceira rodada). O jogo assume rapidamente implicaes estratgicas e teraputicas. Todos sairo aprendendo alguma coisa, e, durante o processo, no faltar uma dose de humor. Para questes mais ntimas, o Jogo de Runas a dois pode ser esclarecedor. Quaisquer duas pessoas podem consultar este jogo, quando alguma questo requer um esclarecimento. Voc escolher o nmero de Runas. A fim de manter o atrito ao mnimo - se a situao for particularmente sensvel , pode ser conveniente um no fazer comentrio sobre a Runa do outro, seno quando o jogo estiver completo. Exemplo de um Jogo Um casal, cujo relacionamento vinha enfrentando problemas, decidiu tentar o Jogo de Runas, O processo foi o seguinte: Ela jogou Laguz Invertida, a Runa da gua, do Fluxo, Daquilo que Conduz, interpretando-a como uma declarao a seu marido para que entrasse em contato com o eu intuitivo dele, se pretendia compreender a esposa. Ele jogou Raido, a Runa da Viagem, Comunicao, Unio e Reunio, na qual viu uma evidncia de seu desejo de continuar removendo resistncias e de regular os excessos. Na segunda rodada, ela jogou Hagalaz, a Runa das Foras Naturais

Desintegrantes, do Poder Elementar, indicando uma nsia por liberdade, uma advertncia de que, se necessrio, ela sacrificar a segurana e o relacionamento, a fim de crescer. Ele jogou Uruz, a Runa da Fora, da Masculinidade, uma indicao de que tambm ele est atravessando uma transio - reclamando parte de si mesmo, uma parte dele sobrevivendo atravs de outra. Continuando a jogar, eles perceberam o fato de que ambos encontravam-se em um perodo de acelerada automodificao, necessitando esforar-se para que um ouvisse o outro com mais clareza. Observar-se o desenvolvimento de um jogo pode ser muito revelador, embora nem sempre isento de desconforto ou mal-estar. Alis, o mesmo acontece no processo do verdadeiro crescimento.

O CICLO DE INICIAO Treze das vinte e cinco Runas focalizam diretamente o mecanismo da automodificao. Voc talvez ache proveitoso ficar atento s Treze enquanto submetido prpria passagem, pois, em conjunto, elas formam um Ciclo de Iniciao. Estas Runas compem uma estrutura de energia dentro do corpo do alfabeto rnico; uma armadura, por assim dizer, facilitando e sustentando o processo da automodificao. As Treze so: (3) Ansuz, Sinais, a Runa do Mensageiro; (4) Othila, Separao, Recuo, Herana; (5) Uruz, Fora, Masculinidade/ Feminilidade; (6) Perth, Algo Oculto; (7) Nauthiz, Sujeio, Necessidade, Sofrimento; (8)Inguz, Fertilidade, Novos Comeos; (14) Kano, Abertura, Fogo; (16) Berkana, Crescimento, Renascimento; (17) Ehwaz, Movimento, Progresso; (19) Hagalaz, Foras Naturais Desintegradoras, Poder Elementar; (20) Raido, Comunicao, Unio, Reunio; (21) Thurisaz, Portal, Lugar da No-ao; (22) Dagaz, Aprofundamento, Transformao. Sempre duas ou mais Runas do Ciclo de Treze surgem conjuntas em um

lanamento, o potencial para crescimento e integrao fortemente intensificado.

Tcnica Isole as treze Runas em sua sacola. Assuma uma postura de quietude, cnscio de que, mais do que apresentar uma questo a ser comentada pelas Runas, estar solicitando orientao ao seu inconsciente, pedindo ao Eu Superior que o aconselhe: O que requer uma ateno especial? Que aspecto de sua Natureza (se trabalhado, modificado, compreendido e alimentado) o far progredir na jornada do eu em direo ao Eu? Agora, retire uma Runa, a fim de saber em que ponto se acha no Ciclo de Iniciao. Verifique se o sentido da Runa sobre sua posio est de acordo com o seu prprio.

Exemplo de uma Leitura Ansuz, Sinais, a Runa do Mensageiro, diz a voc que este o momento para um desdobramento de vida nova. Voc est iniciando um novo Ciclo. Chegou a hora de tornar consciente o que inconsciente, em particular uma percepo de que a autofomentao no s possvel, como tambm oportuna. Est sendo solicitado a permitir que o Eu nutra o eu, pois somente assim ficar, de fato, em posio de nutrir outras pessoas. Agora, dentre todas as vinte e cinco pedras, retire uma Runa para saber como agir, o que requer sua ateno, a fim de serem identificados os Sinais oportunos sua natureza. A Runa retirada Thurisaz, o Portal, outra Runa pertencente ao Ciclo. Ela recomenda uma contemplao de seu progresso at o momento, a qualidade de seu caminho e os encontros que nele esto ocorrendo. Se quiser, voc pode retirar mais uma Runa para melhor esclarecimento.

medida que for ficando esclarecido, os outros percebero e lhe sero propiciadas novas oportunidades. A palavra do eu chega ao Eu e, deste Eu, vai ao Divino. Ento, segundo sua preparao, chega-lhe a resposta. Conforme disse Madre Teresa, "Deus ama o mundo atravs de ns". Seguindo a orientao do Ciclo de Iniciao, em verdade voc estar se abrindo mensagem do Divino em sua vida.

MANTENHA UM DIRIO RNICO Enquanto estabelece sua prtica de trabalho com as Runas, voc talvez considere conveniente ir registrando a orientao recebida. Poder querer anotar as pedras lanadas, bem como uma breve interpretao das mesmas em seu dirio.3 Anote a hora, data e condies prevalecentes em sua vida, naquele momento. Esse dirio lhe permitir observar a qualidade de seu progresso, medida que for trabalhando com as Runas. Uma tcnica que o Dr. Allan W. Anderson sugere aos estudantes do I Ching igualmente para aqueles que trabalham com as Runas. Ele a denomina "A Norma da Ao Correta". A cada manh, consulte o Orculo para determinar sua Norma de Ao Correta para o dia. Retire uma Runa, anote-a em seu dirio e deixe-a funcionar como seu guia durante esse dia. Por vezes, ao ter um dia particularmente cansativo ou satisfatrio, talvez queira consultar novamente o Orculo noite, a fim de avaliar como se conduziu. Se a idia de solicitar uma Norma diria parecer-lhe excessiva, experimente em uma base semanal. Consulte as Runas na segunda-feira, a fim de obter a Norma da Ao Correta, depois retire outra Runa na noite do domingo, para fazer sua avaliao.

3 Rune Play, A Seasonal Book with Twelve New Techniques for Rune Casting (Jogo das Runas, Livro para Registros Peridicos, com Doze Novas Tcnicas para o Lanamento das Runas, de Ralph Blum, publicado por St. Martin's Press, em 1985.

. O registro destas leituras em seu dirio rnico permitir que fique mais familiarizado com as Runas e seu simbolismo. No correr do tempo, ter experincia bastante para julgar por si mesmo a relevncia e preciso do Orculo, como um guia para a mudana pessoal. medida que voc ficar mais familiarizado com as Runas, sem dvida descobrir novas e criativas maneiras para utiliz-las. Apesar de sua antigidade, as Runas permanecem um sistema aberto, inovativo. Passe momentos agradveis com suas Runas, jogue com elas, deixe que lhe falem. Ns, da RuneWorks, apreciaremos receber notcias suas, a respeito das experincias que tiver com o Orculo.

UMA SINGELA ORAOSenhor, fazei-me o instrumento de vossa paz. Que onde houver dio, eu possa levar amor, Onde houver ofensa, eu possa levar o perdo, Onde houver dvida, eu possa levar a f, Onde houver desespero, eu possa levar a esperana, Onde houver trevas, eu possa levar a luz, Onde houver tristeza, eu possa levar a alegria Divino Mestre, permiti Que eu procure menos Ser consolado, do que consolar, Ser compreendido, do que compreender. Ser amado, do que amar, Pois dando que recebemos E perdoando que somos perdoados E morrendo que nascemos para a vida eterna. S Francisco de Assis

A ARTE DAS RUNAS: TRS NOVOS MTODOS DE LANAMENTOEm nosso mundo contemporneo, onde tudo acontece de maneira instantnea, estes exerccios nos fazem recordar a natureza cclica da vida, a qualidade processional do crescimento pessoal. Seja sob a forma de purificao, de corrigir coisas em um relacionamento ou no trmino de um dos ciclos de vida, dedicar tempo a conhec-los e conscientizar-se do que voc est prestes a fazer invariavelmente enriquecer a sua experincia. A finalidade dos trs exerccios que se seguem de atuar na reintroduo do ritual em nossa vida diria.

RUNAS DA GUA Este exerccio tem ligao com a Runa Laguz, cujos atributos so "gua, fluidez, o fluxo e refluxo de emoes, de vocaes e relacionamentos". A ponderao desta Runa pode ser feita onde quer que seu corpo entre em contato com a gua. um ritual de purificao, limpeza e cura. Sempre que mergulhar as mos na gua, tomar um banho ou entrar em uma piscina, um lago ou mar, pense ou pronuncie estas palavras: Eu me limpo de todo o egosmo, Ressentimento. Emoes crticas dirigidas a meus semelhantes,

Autocondenao E ignorantes equvocos das experincias de minha vida. Ao repetir estas palavras, em silncio ou pronunciadas, observe o que lhe vem mente. Use esta Prece de Inteno com amor e doura, porque ela no um silcio que est usando; de maneira alguma est se compondo como um ser errado. Pelo contrrio, est corporificando em palavras uma nsia por mais claridade, mais luz em sua vida. Ento, novamente, talvez queira transformar o egosmo, ressentimento e autocondenao em seus opostos de luz, repetindo a Prece de Inteno da seguinte maneira: Eu me banho em generosidade. Apreo. Emoes de louvor por meus semelhantes, Auto-aceitao E uma clara compreenso das experincias de minha vida. Escolha uma Runa sobre a questo da Autocondenao e Auto-aceitao em um dia. No outro, retire uma Runa relativa ao Egosmo e Generosidade. Poder querer retirar uma Runa relativa a uma experincia de vida particular que se fixou em sua memria como desagradvel, vergonhosa ou constrangedora, solicitando uma nova luz que aumente sua compreenso da Verdade e da pertinncia daquela experincia de vida. So ilimitadas as ocasies para usar as Runas da gua. No existe atividade que seja menos sagrada do que outra. Lavar os pratos, dar banho no cachorro ou lavar o carro so excelentes oportunidades, assim como dar banho no beb, regar o gramado ou ficar em p na chuva. Uma boa idia anotar esta Prece de Inteno e preg-la parede do banheiro, na prateleira acima da pia, no refrigerador. Quando as palavras se desmancharem e dissolverem, escreva-as de novo e torne a preg-las nesses

lugares. Deixe que a Cerimnia das Runas da gua flua com sua vida.

RUNAS DA RETIFICAOretificar 1. pr ou colocar certo; corrigir, emendar. 2. ajustar, como em movimento ou equilbrio... - Webster's New World Dictionary of the American Language Esta uma tcnica para aqueles momentos em que surgem problemas entre colegas de trabalho, amigos, entes queridos e outras pessoas que colaboram acima dos limites da compreenso e do temperamento. Quando ocorrer algo que provoque disseno ou bloqueio, os envolvidos se reuniro com a inteno de levar Luz situao. Aqui, o processo o contrrio do usual, sendo a Runa escolhida no fim. A essncia do processo a pergunta e resposta de cinco questes: (1) O que aconteceu? (2) Como voc se sente sobre o que aconteceu? (3) Como agiria diferentemente da prxima vez? (4) Que resultados gostaria de obter? (5) Que insight obteve do que aconteceu? Feche a porta e desligue o telefone. Certifique-se de que haver tempo suficiente para a) todos os participantes responderem a cada pergunta, b) para discusso, e c) para a retirada de Runas que esclaream ainda mais a questo. Uma pessoa poder ser escolhida para tomar notas enquanto as outras estiverem falando. Cada pergunta dever ser comentada por todos os participantes, antes de passarem seguinte. Interpelaes ou interrupes por algum, enquanto uma pessoa estiver falando, no devero ser encorajadas. As declaraes sobre como voc se sente (magoado, zangado, envergonhado, receoso),

ao invs de frases como "o que voc fez comigo" ou "o que voc fez de errado", evitaro que o perodo de perguntas se dissolva em auto justificativas ou tenso. Durante este processo, o julgamento dever ser suspenso, em benefcio de uma compreenso maior. Tudo dever ser leve. Tudo dever ser claro. Por fim, depois que todos tiveram oportunidade de expressar seus sentimentos no referente a cada pergunta, encoraje qualquer participante que ainda precise de esclarecimento sobre uma questo em particular a retirar uma Runa. Algum talvez esteja perturbado ou confuso sobre sentimentos que voc expressou quando respondeu pergunta n 2, Como se sente sobre o que aconteceu? Talvez haja discordncia entre os participantes quanto ao que realmente ocorreu. Neste caso, pode ser propiciada uma perspectiva global dos eventos-chave, selecionando-se uma Runa para a pergunta n?l, O que aconteceu? Cada um dever mencionar as perguntas que continuam com resposta pouco satisfatria ou no esclarecida. Aps tudo ser dito e feito, um grupo poder retirar uma Runa final, a fim de comentar a essncia do assunto, luz do processo de retificao. RUNAS DO CONFORTO PARA OS QUE PARTIRAM Se voc ficou sem terminar algum assunto com algum que faleceu basta dedicar um momento a visualizar a pessoa que quer recordar. Use uma foto favorita, caso disponha de uma. Em seguida, faa uma lista das coisas que teria gostado de discutir, das que teria desejado partilhar, mas que no pde. Retire uma Runa para cada questo e medite sobre a resposta. Cartas recebidas de pessoas que trabalharam com as Runas desta forma indicam que os resultados so, invariavelmente, confortadores. Um rapaz, cuja me havia falecido recentemente em um acidente de automvel, queria saber como ela o teria aconselhado antes de morrer. A Runa que retirou foi Teiwaz , Energia do Guerreiro. "Seja um guerreiro espiritual eis exatamente o que ela diria!"

"Quando eu me sentia transtornada pelo pesar", escreveu uma mulher da Flrida, sobre a morte da irm gmea, "retirei uma Runa sobre a questo 'O que Clara diria para mim agora?' e obtive Inguz, Fertilidade e Novos Comeos. Comecei a rir, rir e rir, porque havia mantido minha promessa de espalhar suas cinzas sobre as roseiras." Este processo no deve ser confundido com sesses espritas ou telegramas noturnos do alm. O que as Runas fazem aqui talvez seja a abertura de uma passagem para seu profundo conhecimento da pessoa, um conhecimento que est alojado em seu subconsciente. Quando ouvimos a voz da Verdade, ns a reconhecemos. A prece que se segue resultante de uma meditao quando de uma consulta semelhante, ao ser retirada a Runa Dagaz, a Runa do Aprofundamento e Transformao.

RUNAS DO CONFORTO PARA OS ENLUTADOS

Eu sou o Caminho, a Vida e a luz A terra o meu Jardim. / Cada alma que planto como semente Germina e floresce em sua estao, / E em cada uma sou realizado. / No h motivo de pesar / Quando fenece um boto Mas somente de jbilo pela beleza que teve. / E de louvor, ao ser feita a Minha vontade / E cumprido o meu Plano. /Sou uno a todas as criaturas E nada jamais perdido / E, sim, a mim devolvido, / For nunca me ter deixado./ Pois aquilo que Eterno / No se separa de sua Fonte Estou com todos vs,/ E cada um de vs um canal para a minha Luz. Senti o meu Amor Que vos envolve agora e para todo o sempre.

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PERFIL DE UM DESTINOAo empreendermos a tarefa da mudana pessoal, requerido que examinemos os fundamentos de nossa vida. Em inmeros campos, professores espirituais de todas as crenas costumam dizer que nos compete "descobrir o professor dentro de ns". No momento, necessitamos de algumas tcnicas teis para ouvirmos ns mesmos. Uma dessas tcnicas foi idealizada pelo Dr. Allan W. Anderson, de uso indicado para o I Ching, o livro das Mutaes chins. Ele lhe deu o nome de Perfil de um Destino. O Perfil, que consiste de seis perguntas, compreende uma rede em cujo interior pode ser montada uma vida humana. O Perfil de Destino adapta-se perfeitamente ao uso com as Runas vikings. No obstante, sobre esta tcnica h uma seriedade que classifica o Perfil de Destino fora de outros exerccios rnicos. Segundo o Dr. Anderson, as seis perguntas que compem o Perfil devem ser feitas uma vez apenas durante a vida da pessoa. A princpio, tal restrio pode parecer intimidante, especialmente em nossa cultura do "tente, tente outra vez". No apreciamos limitaes. Ainda assim, a ddiva conferida pelo Perfil de Destino a essncia criativa da limitao. Ao ser perguntado "De que teremos percepo, atravs do Perfil de Destino?", as Runas responderam com Laguz ,a Runa da gua, do Fluxo, Daquilo que Conduz, Invertida: Uma advertncia contra querer ir alm, empenhar-se em demasia, um conselho para que no tente exceder suas prprias foras ou operar alm do poder que acumulou at agora em sua vida. Esta uma leitura que focaliza a natureza da limitao.

Voc talvez prefira adiar a seleo das Runas para o Perfil de Destino, demorando-se algum tempo em considerar a idia. Antes de atirar-se tarefa, seria conveniente refletir bastante na maneira como levou sua vida at agora. Quando estiver pronto para comear, talvez queira fazer a primeira pergunta, receber o comentrio do Orculo e ento consider-lo durante certo tempo, antes de passar segunda pergunta. Poder, ainda, preferir fazer todas as seis perguntas em uma s sesso, porm estudando-as uma de cada vez, no correr de extenso perodo. Deixe que o lado receptivo de sua Natureza de Guerreiro seja seu guia. Aps retirar sua Runa para a primeira pergunta, anote-a e torne a coloc-la na sacola. Cada pergunta deve ser feita com todo o conjunto de Runas na sacola. Quando anotar as Runas que retirou, coloque-as em uma linha vertical, com a primeira Runa no alto, em seguida anotando seus pensamentos sobre a resposta do Orculo. Seria interessante revisar seu Perfil de Destino de tempos em tempos, acrescentando novos insights que possam ter-lhe ocorrido. Aqui, portanto, esto as seis perguntas que compreendem o Perfil de Destino, cada uma seguida por um exemplo de leitura. (1) QUAL A MINHA NATUREZA? Ao fazer a pergunta "Qual a minha natureza?" voc se refere causa material de sua natureza, aquela com a qual nasceu. Isto porque sua natureza uma constelao de possibilidades, sendo circundada e circunscrita por numerosas impossibilidades. Comece examinando suas limitaes: voc provm de um determinado ambiente, levou sua vida de uma maneira particular, tem um problema cardaco, no pode ter filhos seja qual for o caso. Quando suas limitaes lhe forem ficando mais ntidas, voc comear a perceber que vrias noes tidas sobre si mesmo no so apoiadas pela realidade de sua vida. Ainda assim, como sua natureza limitada pelo que no pode fazer ou ser, tambm especificada pelo que

voc faz. Atravs deste processo de limitao e especificao, a viso que tem de si mesmo se tornar mais clara e mais simples. medida que simplificar, voc encontrar o poder para trabalhar com sua natureza, com a substncia da qual ser realizado o seu Destino. Exemplo de Leitura Ehwaz, a Runa do Movimento, do Progresso, Invertida. "Movimento que parece bloquear", falando de sua incapacidade em reconhecer aquilo que oportuno sua natureza e aquilo que no . Primeiro, empenhe-se em fortificar sua vida interior; quando ela estiver forte o suficiente, o que precisar ser realizado ficar translcido para voc. O senso de estar-se omitindo ser substitudo pelo desejo de evitar a ao, at que surja o momento oportuno. Entretanto, se insistir em avanar, mesmo no estando fortalecido, sua natureza se voltar contra tudo quanto voc fizer prematuramente, porque o Destino no pode ser logrado, dirigido ou influenciado. H um velho provrbio que diz: "O que voc para si mesmo, disso no passar". Ou, como expressa Ehwaz: "Quando cultivo minha natureza, tudo o mais faz o mesmo"

(2) POR QUE NASCI? O significado da pergunta : "Com que carncia ou privao vim ao mundo, cuja satisfao fortalecer meu contnuo crescimento em acompanhar a Vontade do Divino?" Em outras palavras, Qual a injuno dos Cus para mim? Ao fazer esta pergunta, voc se prepara para descobrir o que falta em sua estrutura, aquilo que veio aqui para adquirir pacincia, coragem diante da adversidade ou qualquer outro aspecto subdesenvolvido do seu eu, cuja aquisio permitir que navegue atravs desta vida, por um rumo ideal. Exemplo de Leitura

Sowelu, a Runa da Integralidade, significa "aquilo que sua natureza requer. Ela encarna o impulso para a auto-realizao, indicando a trilha que voc deve seguir, no provindo de motivos ulteriores, mas do mago de sua individualidade". Dizem que a marca do Guerreiro Espiritual a impecabilidade. Viver impecavelmente significa esforar-se o tempo todo para fazer o que apropriado. Para tanto, "requer-se que enfrente e vena a sua recusa em permitir que a ao correta flua atravs de voc". Sua busca, como Guerreiro Espiritual, procurar a Integralidade, no senso de reunir aquilo que requer unificao. Esta Runa focaliza a aptido para "recuar fortificado". No recuo oportuno, a Luz poder penetrar em qualquer parte sua que tenha sido mantida em sombras. Essas sombras o resultado de sua carncia so o eu dividido, de maneira que a ao correta e oportuna o conduzir auto aceitao, cura pessoal e Integralidade.

(3) QUAL A MINHA VOCAO? No sentido empregado aqui, Vocao no significa aquilo que voc faz para viver. A retirada de uma Runa para Vocao dir como foi chamado a passar por esta vida e que princpios deve encarnar em sua passagem. Conduzindo-se de maneira adequada, segundo sua Vocao, saciar a privao, a carncia e falta descritas na respostas pergunta "Por que nasci?" Aprendendo a relacionar-se corretamente com a severa privao, voc crescer no Esprito. Da o motivo de So Paulo dizer, em Romanos 4, "Rejubilamo-nos nas tribulaes", uma vez que as tribulaes proporcionam as oportunidades de enfrentarmos corajosamente a privao. No processo, voc aumentar sua fora de vontade e autopercepo. O objetivo principal da Vocao chegar ao Eu da pessoa. Exemplo de Leitura Ehwazh, Movimento, Progresso, especifica que sua Vocao requer "movimento, no sentido de intensificar ou melhorar qualquer situao".

Observe que esta Runa tambm foi retirada Invertida, na resposta pergunta "Qual a minha natureza?" A seleo de Ehwaz por duas vezes, no Perfil, acentua a idia de movimento oportuno, como crucial ao exerccio de meios habilidosos. Expresso de maneira mais simples, o princpio : no simular necessidade, no desejar resultados ardentemente. Aprenda a esperar. Aprenda a pedir. Aprenda a seguir solitrio pelo mundo. Ento, sua Vocao, Mannaz, concordar com sua Natureza, e todo o movimento estar de acordo com a Vontade dos Cus. Existe um exerccio, praticado pelo Reverendo Harry Haines, que parece relevante ao trabalho que a voc requerido. Sempre que convocado a lidar com uma questo pouco clara, ele faz quatro coisas: "Primeiro, considero minhas prprias necessidades. Depois, considero as dos outros. Em seguida, consulto um amigo mais sbio. E, finalmente, aguardo a paz que infunde compreenso. S ento atuo."

(4) QUAL O MEU DESTINO? Conforme empregado aqui, Destino significa a sua passagem ideal por esta vida, sua possibilidade ideal. No existe isso de "destino ruim", porque seu Destino o desejo do Divino por seu Mais Alto Bem. Seu Destino sua destinao espiritual. H uma energia que nos move incessantemente a fim de mudarmos para o bem, no para o mal e essa energia a obra externa de fortificao, produzida em nossas vidas pela Vontade Divina. Ao mesmo tempo, Destino confinamento. O Destino e realizado como o resultado direto das limitaes da vida. Segundo Ehwaz, "No h oportunidades perdidas: voc precisa apenas reconhecer que nem todas as oportunidades so suas, que nem todas as possibilidades lhe esto abertas." Se suas limitaes definem o que no consegue fazer no mundo, elas tambm o desafiam a aceitar-se e resignar-se ao que pode fazer.

Exemplo de Leitura Perth, a Runa da Iniciao, Invertida. Ao selecionar Perth Invertida, lhe lembrado que "Nada externo importa aqui, exceto para mostrar a voc o prprio reflexo interior". Perth tem associaes com a fnix, "a ave mstica que se consome no prprio fogo e ento ressurge das cinzas". Vezes sem conta, diz o Orculo, voc passar pelas chamas. Encare cada obstruo em seu caminho como um desafio especfico iniciao que, no momento, est atravessando. Viver sua vida como uma Iniciao e reagir bem Vontade dos Cus o seu Destino.

(5) QUAL A MINHA CRUZ? A Cruz significa uma condio que dura a vida inteira; a sua "provao", do nascimento at a morte. A resposta a esta pergunta revela o padro de adversidade que voc deve atravessar, a fim de intensificar-se em autopercepo e autocritrio. Tome a sua cruz voluntariamente. Fazendo isso, estar declarando sua disposio em submeter-se ao padro de adversidade que lhe foi designado pela Vontade dos Cus. medida que crescer em percepo, ir reconhecer que certas caractersticas da adversidade sero trabalhadas por voc, no decorrer de sua vida. Muitas oportunidades surgiro no caminho, permitindo-lhe que enfrente os desafios representados por sua Cruz. A Cruz a condio para a sabedoria. Cristo na rvore. Odin na rvore. Cada um de ns na rvore. A Cruz significa aquilo sem o que no possvel alcanarmos a sabedoria.

Exemplo de Leitura Eihwaz, Poderes Preventivos, Defesa. "Ao sermos testados, encontramos o poder para evitar o bloqueio e a derrota", est dizendo a Runa. "Ao mesmo tempo, desenvolvemos em ns mesmos uma averso conduta que gera tenso

em nossas vidas." Aprenda a considerar os atrasos e bloqueios como potencialmente benficos e ver que, atravs da inconvenincia e do desconforto, promovido o crescimento. Em sua natureza, existe uma tendncia a ultrapassar os limites apropriados a essa natureza. Tal tendncia empenhar-se em ir alm de onde o bem pode ser alcanado requer uma Cruz, um padro de adversidade, ser minimizado a cada vez que seus atos foram inadequados. De voc, requerido apenas que caminhe bem pelo mundo.

(6) QUAL O MEU EU UNIFICADO? Ao buscar a imagem de seu Eu Unificado, procure as qualidades que emergiro em sua vida, quando o intelecto e a vontade comearem a trabalhar em harmonia com o seu ser fsico e seus sentimentos. Agir com espontaneidade e de maneira oportuna so os sinais de que a pessoa est em concordncia com o prprio Eu Unificado. Procure encontrar o professor interior, porque ento dispor de uma fonte fidedigna para compreender as foras componentes com as quais deve trabalhar, a fim de alcanar seu Eu Unificado.

Exemplo de Leitura Uruz, Fora, Masculinidade, Feminilidade. A imagem do Eu Unificado emergir quando forem rompidos os antigos elos, quando o que cresceu alm da prpria forma pode morrer, liberando sua energia em um novo nascimento, uma nova forma. Runa do "trmino e novos comeos", Uruz exemplifica a predisposio de sua parte em aceitar a mudana e reconhecer que, na vida do Esprito, voc est sempre no comeo. Nos tempos antigos, Uruz era simbolizado pelo auroque, o boi selvagem, um animal de difcil domesticao. Retirar esta Runa em resposta pergunta "Qual o meu Eu Unificado?" significa que, para alcanar a auto-unificao, voc

precisa domar e suavizar a criatura selvagem interior, ao tornar-se uno com ela atravs da compreenso compassiva da natureza e necessidades dessa criatura. Para desenvolver sua vontade, mostre-se firme de intenes, visualizando a forma que seu Eu Unificado assumir. Com o tempo, essa forma se expandir; quando voc abarcar a imagem da forma expandida, essa imagem continuar envolvendo, e a autocompreenso aumentar. Foi feito um comeo. Uma vez identificados os elementos de seu Perfil de Destino, voc comear a ver como eles se ajustam uns aos outros. Ao abordar a correlao entre "Qual a minha Vocao?" (a ocasio para adquirir fortaleza) e "Por que nasci?" (a privao com que veio ao mundo), poder comear a relacionar corretamente os aspectos subdesenvolvidos e repudiados de si mesmo. medida que aumentar o seu conhecimento do eu, aumentar tambm a sua auto-aceitao, experimentar o significado da alegria de viver sua vida, em um presente verdadeiro. Ao liberar-se de suas ligaes com o passado e das expectativas para o futuro, experimentar um presente verdadeiro, que a nica poca em que pode ser realizada a mudana pessoal. O Perfil de Destino uma ferramenta para ser utilizada enquanto voc persevera na arte mais elevada de todas, a arte da automodificao. Lembre-se: a mudana para o Eu jamais coagida; sempre temos liberdade para resistir. E, se existe uma coisa para ter em mente at que a verdade de suas palavras suavize o corao perturbado por fracassos e perdas aparentes , isto: a nova vida sempre maior que a antiga. Finalmente, enquanto estiver mudando e crescendo, tambm mudar e crescer a compreenso das seis leituras de seu Perfil de Destino a ponto de, talvez, incluir a avaliao de que fazer as perguntas uma s vez foi o bastante.

Gravura rupestre em Nr Smiss, Gotland, Sucia.

CREDO DE UM GUERREIRO No tenho pais: fiz do cu e da terra os meus pais. No tenho lar: fiz da percepo o meu lar. No tenho vida ou morte: fiz do fluir e refluir da respirao a minha vida e a minha morte. No tenho poder divino: fiz da honestidade o meu poder divino. No tenho recursos: fiz da compreenso os meus recursos. No tenho segredos mgicos: fiz do carter o meu segredo mgico. No tenho corpo: fiz da resistncia o meu corpo. No tenho olhos: fiz do relmpago os meus olhos. No tenho ouvidos: fiz da sensibilidade os meus ouvidos. No tenho membros: fiz da diligncia os meus membros. No tenho estratgia: fiz da mente aberta a minha estratgia. No tenho perspectivas: fiz de "agarrar a oportunidade por um fio" as minhas perspectivas. No tenho milagres: fiz da ao correta os meus milagres. No tenho princpios: fiz da adaptabilidade a todas as circunstncias os meus princpios. No tenho tticas: fiz do pouco e do muito as minhas tticas. No tenho talentos: fiz da agilidade mental os meus talentos. No tenho amigos: fiz da minha mente o meu amigo. No tenho inimigos: fiz do descuido o meu inimigo. No tenho armadura: fiz da benevolncia e da imparcialidade a minha armadura. No tenho castelo: fiz da mente imutvel o meu castelo. No tenho espada: fiz da ausncia de ego a minha espada. Samurai annimo, Sculo XIV.

INTERPRETAO DAS RUNASA parte final deste livro a nica de que voc realmente necessita dela e de seu conjunto de pedras rnicas. Quando abordamos um antigo mistrio, requerida uma rendio. Rumi, o poeta sufi, escreveu: Que a beleza do que amamos seja o que fazemos./ H centenas de formas para ajoelharmos e beijarmos o cho. Tente imaginar um vasto campo nevoento, contendo alguns Stonehenge que no sobreviveram. Esse campo se situa vista de uma geleira e bem alto, acima da embocadura de um fiorde agreste. Do nevoeiro emergem pedras macias e desgastadas pelo tempo, cobertas de florescentes lquens amarelos. Acima do rogaar da relva alta, os glifos profundamente esculpidos no centro de cada pedra parecem pulsar e vibrar. Bem no centro, tocada pelos primeiros raios de sol, ergue-se uma pedra solitria e sem inscries: ao mesmo tempo prenhe e vazia, rbitro de tudo aquilo que vir a ser e passar... Estas pedras so os mercadores deixados por Guerreiros Espirituais, os servos da civilizao. As preces entoadas pelos Antigos se calaram. Centenas de anos passaram. Sem dvida, essas vozes tm sussurrado para outros, como agora sussurram para ns. Cabe a ns honrar nossa natureza pessoal e conhecer a Quietude Interior. Para tanto, sempre basta um s pedido, uma prece singela: Mostra-me agora o que preciso saber para a minha vida.

Duas filhas encomendaram esta pedra, em memria de seu pai. Uma obra de Baile, o famoso escultor. Varfrukyrka, Uppland, Sucia.

INTERPRETAO DAS RUNAS

O Eu

O ponto de partida o eu. Sua essncia a gua. Agora, so efetivos apenas a claridade, o desejo de mudar. primordial um relacionamento correto com o seu eu, porque dele fluem todos os possveis relacionamentos corretos com os outros e com o Divino. Permanea modesto eis o conselho do Orculo. A despeito do quo grande possa ser o seu mrito, seja complacente, devotado e moderado, pois ento ter uma direo verdadeira para o seu sistema de vida. Esteja no mundo, mas no seja dele, aqui est implcito. Mesmo assim, no se mostre rigoroso, medocre ou crtico, mas antes receptivo aos impulsos fluindo do Divino, no interior e no exterior. Empenhe-se em viver a vida

rotineira, de modo no rotineiro. Lembre-se constantemente de que o que est por vir pas