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O MAR NO FUTURO DE PORTUGAL
FÓRUM DO MAR
OCEANO XXI
José Félix Ribeiro
PAINEL - O Mar - que potencial para
o desenvolvimento do País?
Esquema
1. OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
2. OS OCEANOS E A TRANSFORMAÇÃO DO ENQUADRAMENTO GEOECONÓMICO DE PORTUGAL
3. OS OCEANOS E A SUA VALIA PARA PORTUGAL
4. A EXTENSÃO DA PLATAFORMA CONTINENTAL:GANHANDO RELEVÂNCIA GLOBAL
5. DEEP OFFSHORE - EM BUSCA DE PETRÓLEO & GÁS NATURAL
6. FACHADA ATLÂNTICA - ENERGIA, TRANSPORTES, ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA
7. ZONAS COSTEIRAS - LAZER, ALIMENTAÇÃO, ENERGIA
1.
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
1.Os Oceanos vão continuar a ser o suporte
principal das redes de transporte intercontinental
de mercadorias – nomeadamente entre a Ásia e a
América do Norte e a Ásia e a Europa Ocidental -
contribuindo decisivamente para o
prosseguimento da Globalização.
No curto prazo o alargamento do Canal do
Panamá pode determinar mudanças de rotas na
relação entre estes espaços; sendo que no longo
prazo as novas rotas do Ártico irão revolucionar
as relações entre os Países do” Grande Norte “ –
Japão, Rússia, EUA, Canadá e Escandinávia, com
a China muito interessada
2.Os Oceanos, incluindo como nova área chave o
Oceano Ártico - vão crescer de importância noabastecimento em combustíveis fósseis do planeta;a instabilidade duradoura nas regiões onde seconcentra atualmente o essencial das reservas depetróleo e gás natural – Golfo Pérsico e MédioOriente – vai determinar um duplo movimento emdireção ao Offshore:
os países desenvolvidos do Norte irão procurar fazer doÁrtico uma base segura de exploração energética
as economias emergentes - China, Índia, Brasil e Turquia -vão apostar na exploração intensiva do potencial energéticoda sua plataforma continental
E no longo prazo poderão ver ampliada sua capacidade deoferta com a provável entrada em exploração do gás naturalobtido a partir dos hidratos de metano localizados no fundodos Oceanos
oS OCEANOS NO SÉCULO XXI
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos podem vir a ser pela primeira vez
encarados como uma fonte imprescindível de
minerais, nomeadamente aqueles que hoje se
concentram na China (terras raras) ou na África
Central e do Sul (devido à dificuldade de estabilizar
em tempo útil essas regiões); tornando necessário
aceder a outras fontes de minerais de importância
militar e civil
(Mas não são a única alternativa não convencional para ampliar
a futura base de extração de minérios: veja-se os planos de
mineração dos Asteróides por empresas dos EUA)
3.
Proposed mining projects
On April 24, 2012 a plan was announced by billionaire entrepreneurs to mine asteroids for their resources. The company is called
Planetary Resources and its founders include film director and explorer James Cameron as well as Google's chief executive Larry Page and its executive chairman Eric Schmidt.[1][29]
They also plan to create a fuel depot in space by 2020 by using water from asteroids, which could be broken down in space to liquid oxygen and liquid hydrogen for rocket fuel. From there, it could be shipped to Earth orbit for refueling commercial satellites or
spacecraft .
The plan has been met with scepticism by some scientists who do not see it as cost-effective, even though platinum and gold are
worth nearly£35 per gram ($1,600 per ounce). http://
ASTEROID MINING
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, pela descoberta recente de formas
de vida em condições extremas, a grandes
profundidades, vão fornecer uma base
completamente nova de exploração
biotecnológica com impactos desde a área da
saúde à criação artificial de seres vivos que
permitam combater a acumulação de gases com
efeito de estufa;
E numa escala mais reduzida a exploração
intensiva das micro algas irá constituir uma base
de produção de biocombustíveis sem efeitos
perversos sobre a oferta alimentar
4.
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, devido às alterações climáticas e aos
efeitos devastadores que podem ter na produção
agrícola de algumas regiões mundiais densamente
povoadas, vão exigir que os Oceanos realizem a sua
“Revolução AZUL” por forma a disponibilizarem
alimentos, alguns tradicionais, outros
completamente inovadores
5.
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, devido aos prováveis impactos das
alterações climáticas vão transformar-se numa
fonte de riscos de intensidade muito elevada em
muitas regiões do mundo determinando um
enorme esforço de investimento em obras de
proteção costeira, nomeadamente nas regiões
desenvolvidas do planeta onde se concentram as
mais ricas e sofisticadas actividades
desenvolvidas pela humanidade
6.
O conjunto das actividades de exploração e
utilização dos Oceanos com maior potencial
de crescimento e maior efeito de arrastamento
nas economias em que se localizem nas
próximas décadas, constitui um campo de
negócios claramente global em que
dominarão actores internacionais com forte
capacidade tecnológica e organizativa; serão
actividades em que se cruzarão várias das
tecnologias mais avançadas em várias áreas
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
2.
OS OCEANOS E A
TRANSFORMAÇÃO DO
ENQUADRAMENTO
GEOECONÓMICO DE PORTUGAL
PORTUGAL - ENTRE A ÁSIA E A EUROPA
O dinamismo exportador das economias asiáticas emdireção às economias da Europa e dos EUA/Canadá -gera os mais importantes fluxos de mercadorias anível global e reestrutura as redes de portos eterminais dos operadores de transporte marítimo decarga contentorizada
Por sua vez a grande assimetria na carga originadana Ásia e a que é destinada à Ásia - com origem naEuropa e nos EUA - determina uma busca deplataformas logísticas que permitam reduzir o ónusdo transporte de contentores vazios
Ao mesmo tempo que reduz os custos de transportecontentorizado para a Asia, a partir da Europa e dosEUA/Canada devido ao interesse em ter contentorescheios
PORTUGAL - ENTRE A AMÉRICA DO NORTE
E A EUROPA
O inicio das negociações para a formação de
uma Zona de Livre Troca Transatlântica,
envolvendo naturalmente os membros da NAFTA
e da União Europeia e Estados da AELE, abre
oportunidades para o aumento substancial das
exportações europeias para os EUA /Canadá e
para a eventual implantação na Europa de
empresas do Continente norte americano
interessadas em vender para a Europa, Africa e
Médio Oriente
PORTUGAL - ENTRE O ATLÂNTICO SUL
E O ÍNDICO E A EUROPA
Estamos a assistir à transformação do AtlânticoSul num nexo de bacias energéticas deimportância mundial, que na margem latinoamericana, quer na margem africana,estendendo-se à costa africana do Indico;
Por sua vez a maior autonomia energética dosEUA, após a revolução do shale gas e do tight oilvai libertar uma parte mais substancial dessanova capacidade de produção de petróleo e gásnatural para o abastecimento da EuropaOcidental - em vez dos fluxos atuais vindos doleste euroasiático;
(Enquanto as grandes descobertas no Mediterrâneo Oriental - em Israel, Chipre epossivelmente Grécia - vão modificar por completo a geografia do abastecimentoenergético da Europa de Leste)
PORTUGAL - NO CENTRO DO ATLÂNTICO
NORTE
Os processos de extensão das
plataformas continentais, ocorrendo
neste ambiente de busca de novas fontes
de minérios - mas também de recursos
biológicos suscetíveis de aplicação na
descoberta de novos fármacos - valoriza
os países com configuração arquipelágica
como Portugal
A GLOBALIZAÇÃO IMPEDIRÁ PORTUGAL
DE SER UM PÁIS PERIFÉRICO
A posição geográfica de Portugal,
frequentemente avaliada como periférica,
a está a ser transformada na sua valia por
estes quatro processos, o último dos
quais valoriza a característica
arquipelágica do seu território
3.
OS OCEANOS E A SUA VALIA
PARA PORTUGAL
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS ESTRATÉGICOS - A valiaestratégica de Portugal resulta do seucaráter arquipelágico no Atlântico Norte,com uma base continental na periferiasudoeste da Península europeia, à entradado Mediterrâneo e com uma exposiçãogeográfica e relacional com o Atlântico Sul,
Esse caráter arquipelágico pode ser útil àsPotências que dominem os fluidosestratégicos e os espaços em que seorganizam - espaço marítimo, espaço aéreo eespaço exterior
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS GEOECONÓMICOS – A configuraçãogeoeconómica mundial que mais potenciaPortugal é a que se estrutura em torno de relaçõesoceânicas - como são as que suportam a fase atualde Globalização - e não as que fraturam aeconomia mundial em blocos continentais;
O maior desafio que Portugal defronta hoje é o queimplica a transição de uma concentração quaseexclusiva na construção europeia continental parauma configuração como a que os EUA propuseramde Parceria Transatlântica de Comércio eInvestimento
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS DE RECURSOS NATURAIS E LOCACIONAISO acesso a recursos naturais de maior valor quedistinguem Portugal na Europa são os recursos dosoceanos com a composição cada vez mais abrangenteque têm vindo a ganhar. Recursos que se localizam naplataforma continental (nomeadamente se esta foralargada); no deep offshore nas zona costeiras
Para além dos recursos naturais Portugal possui recursoslocacionais que podem ser favoráveis aodesenvolvimento de certo tipo de atividades industriaise de serviços e que se organizam em torno da suaFachada Atlântica e das suas Zonas Costeiras (portos,aeroportos, transportes e logística)
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS DE RISCOS NATURAIS - Os riscosnaturais que ameaçam Portugal - para além dorisco sísmico nalgumas das suas regiõesdensamente povoadas - são os riscosambientais, parte dos quais residem no interfaceentre o oceano e o espaço terrestre, numperíodo de alterações climáticas;
Os riscos associados à mudança do regime deondulação, elevação das águas do mar ou àsinundações repentinas em zonas estuarinas vãoobrigar Portugal a investir na monitorização eadaptação inteligente a esses riscos
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Mas a “Economia do Mar” não é uma“solução mágica” para a economiaportuguesa no curto prazo. Mas faz parteimprescindível da busca de:
Uma nova “Carteira de atividadesexportadoras que contribuam para ocrescimento mais rápido
Uma nova estratégia de posicionamentona Globalização – parcerias e aliançasinternacionais
DIVERSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE ACTIVIDADES EXPORTADORAS
EM BUSCA DE :
ATIVIDADES COM FORTE PROCURA MUNDIAL – ACTUAL & POTENCIAL
ATIVIDADES EXIGINDO QUALIFICAÇÕES & CONHECIMENTO
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
As Oportunidades abertas pelosOceanos para Portugal desagregam-sea quatro níveis, em três horizontestemporais de exploração distintos
A Plataforma Continental Alargada & aObservação dos Oceanos
O Deep Offshore
A Fachada Atlântica
As Zonas Costeiras
DA SUPERFICIE PARA A PROFUNDIDADE,
DO CURTO PARA O LONGO PRAZO:
OS OCEANOS - UM ESPAÇO
ESTRATÉGICO PARA PORTUGAL
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
4.
A EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL:GANHANDO
RELEVÂNCIA GLOBAL
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
No longo prazo dominarão as actividades
associadas, já não tanto à “fachada
atlântica”, mas à exploração dos
Oceanos, no contexto da extensão da
Plataforma Continental de um País com
um território arquipelágico, como
Portugal.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PROPOSTAS DE EXTENSÃO DAS
PLATAFORMAS CONTINENTAIS - EXEMPLOS
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O Projeto de alargamento da Plataforma Continentalapresentado por Portugal às Nações Unidasconstitui no longo prazo um modificaçãosubstancial do valor geoeconómico do Pais,nomeadamente pela possibilidade de conhecimentoexploração do Oceano profundo que rodeia a RegiãoAutónomo dos Açores.
Fontes hidrotermais e depósitos minerais no fundodo oceano abrem oportunidades de investigação emtorno de formas de vida em ambientes extremoscom uma possível valia em termos de descoberta denovas moléculas para uso farmacêuticos, assimcomo os depósitos de minérios tanto podem levareventualmente à descoberta de concentraçõesexploráveis de minérios metalíferos de uso múltiplo,como de terra raras.
Exploring the Industrial Value of the
Portuguese Deep Sea Micro organisms
BIOALVO Designs and develops several applications derived from its
technology platform, GPS D2 (Global Platform Screening for DrugDiscovery), aimed at the discovery of new drugs. Using thediverse applications of BIOALVO’s innovative and patentedplatform GPS D2 we can accelerate and improve the efficiency ofthe first stages in the discovery of new drugs, reducingsignificantly the duration time and, consequently, the costs ofthis process. Coupling this powerful tool with a unique andproprietary source of new leads – PharmaBUG
Additionally, BIOALVO has its headquarters at BIOCANT PARK,in Cantanhede, Coimbra, the first biotechnology-dedicatedscience park in Portugal with the state-of-the art facilities.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
AÇORES-FONTES HIDROTERMAIS
A importância das fontes hidrotermais da R.A.A., designação dada
ao conjunto de picos submarinos, parte da Crista Média do
Atlântico, existentes nos fundos marinhos em torno do
arquipélago para além do seu interesse geomorfológico, são
repositório de uma variedade de minérios e suporte de uma das
zonas com maior biodiversidade da Terra, com a particularidade
de conter cadeias tróficas cuja produtividade primária é
puramente quimiossintética (independente da luz solar e do
processo de fotossíntese).
A R.A.A. constitui, assim, um território muito importante para
estudos das fontes hidrotermais profundas, que têm sido alvo de
vários projectos de investigação quer por parte da Universidade
dos Açores, quer por equipas de investigação internacionais.
(Fonte: Carta Regional de Competitividade da R A Açores)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
MID - ATLANTIC RIDGE - FONTES HIDROTERMAIS - AÇORES
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O interesse de investidores pelo desenvolvimento de
tecnologias que permitam explorar os recursos
minerais no fundo dos mares tem vindo a crescer
devido a dois fatores principais:
A enorme pressão que a procura das economias
emergentes exerce sobre a oferta mineira
existente (minérios de cobre, ferro, níquel etc) e
sobre as reservas e minérios de maior qualidade,
que têm vindo a reduzir-se
A cada vez maior procura de minerais
específicos para alta tecnologia e, em particular,
para as indústrias elétricas e eletrónicas, de que
a columbite tantalite, o lítio ou as terras raras
são exemplos de todos conhecidos.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Estão a ser dados os primeiros passos para odesenvolvimento de tecnologias e processos deextracção de minérios a grande profundidades,por exemplo de complexos metálicos como ossulfuretos existentes próximo de ocorrênciasvulcânicas submarinas ou de fonteshidrotermais.
Um exemplo é o que está a ser ensaiado naPapua Nova Guiné por uma empresa canadiana.A futura extração terá sempre uma grandecomponente de robótica e instrumentaçãosubmarina e vai defrontar-se com questões desustentabilidade ambiental na sua concretização.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Nautilus Minerals may hold the world's
largest deposits of gold, silver, copper
and cobalt – Beneath the Ocean
Nautilus Minerals (Toronto and
London) is the first company to
commercially explore the ocean floor
for polymetallic seafloor massive
sulphide deposits and is currently
developing its first project at Solwara 1,
in the territorial waters of Papua New
Guinea where massive deposits of
gold, silver, copper and cobalt have
been discovered.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Duas interrogações:
1) Prioridades na mineração dos Oceanos -
Minérios Metalíferos comuns ou Terras
Raras?
2) Mineração nos Oceanos ou Mineração no
Espaço (Asteroid Mining)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
(…em termos só de níquel, cobalto e cobre, um monte submarino com 1600 quilómetros quadrados de área pode conduzir a um rendimento líquido anual de 300 milhões de euros. E temos nas nossas águas cerca de 200. É fazer as contas: 60 mil milhões de euros/ano.
…Estas contas feitas aos montes submarinos já incluem os que farão parte da soberania exclusiva de Portugal na desejada extensão da plataforma continental, que passa por um dossier de candidatura na ONU, a dever ser, apreciado lá para 2014/ /2015".)
PORTUGAL- A EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL
(Diário de Notícias ,1 de Julho 2012)
“O Mar pode render 60 mil milhões por ano em
cobre, cobalto e níquel“ O Secretário de Estado
do Mar explica:
Robótica
submarina –
ferramenta -
chave para
exploração
dos Oceanos
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O Projeto de Extensão e de exploração daPlataforma Continental permitiria a Portugalassumir-se, cada vez mais, como umaimportante nação marítima europeia. Tal acarretatrês exigências:
A salvaguarda do controlo nacional sobre a exploraçãofutura da plataforma continental quando se parte de umperíodo de fragilidade financeira no quadro da UniãoEuropeia (Caso contrário a Plataforma Continental acabará dirigida a partir deBruxelas, no quadro de uma Politica Comum Europeia)
A escolha dos parceiros internacionais que criem a maioroportunidade de conhecimento dos fundos dos oceanos,de prospeção de recursos e da sua eventual exploraçãocom o maior envolvimento de competências tecnológicasnacionais
A aposta no reforço da investigação científica oceânica eno desenvolvimento das tecnologias de exploraçãosubmarina, podendo servir para alavancar ascompetências em robótica móvel existentes em váriasEscolas Superiores de Engenharia e Centros de I&D doPaís para a atividade empresarial
Portugal/Japão:
Uma parceria para
o Século XXI?
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A robótica submarina constitui hoje uma das áreas
tecnológicas desenvolvidas em Portugal e
diretamente orientada para o conhecimento,
monitorização e exploração dos Oceanos, embora
ainda não tenha expressão empresarial endógena.
São exemplo destas competências Quatro
instituições de Ensino Superior/Institutos de
Investigação com competências na área da
automação e robótica prosseguem programas de
I&D em robótica submarina integrados em projectos
internacionais ou respondendo a solicitações
nacionais.
ROBÓTICA SUBMARINA E EXPLORAÇÃO DOS OCEANOS
INSTITUTO DE SISTEMAS E ROBÓTICA (IRS/ IST) que há mais tempo tem
atividades de I&D na área. acumulando uma vasta experiência nos campos da robótica
marinha e aérea, processamento de informação e computação distribuída, navegação,
controlo coordenado de múltiplos veículos autónomos, tendo estado envolvido na
conceção e experimentação de vários tipos de robótica aquática e submarina. O ISR/IST
integra atualmente um Laboratório Associado a que também pertencem o IN+, o IMAR –
Açores e o CREMINER, estando envolvido em vários projetos de I&D dos ambientes
extremos do fundo do oceano em torno dos Açores.
Além do ISR, que foi pioneiro, destacam-se ainda na área da robótica e suas aplicações
submarinas, três grupos de I&D no Porto, associados à FEUP e ao ISEP:
INESC PORTO através do Grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes
LABORATÓRIO DE SISTEMAS E TECNOLOGIA SUBAQUÁTICA (LSTS) da FEUP,
distinguido em 2008 pelo Prémio BES Inovação em resultado de um projecto de I&D em
consórcio com o Porto de Leixões e o CIIMAR
LABORATÓRIO DE SISTEMAS AUTÓNOMOS do Instituto Superior de Engenharia do Porto
ISEP
Uma dos start up originado nestas actividades de I&D no Porto é o OCEANSCAN. que
desenvolve ferramentas, veículos, sistemas, tecnologias de monitorização e estudo de
recursos hídricos, em particular dos oceanos.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
ROBÓTICA SUBMARINA E EXPLORAÇÃO DOS OCEANOS
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O ESPAÇO E A MONITORIZAÇÃO DOS OCEANOS
A Estação de Santa Maria nos Açores foi a primeira estação daESA em território português (e a primeira da ESA destinada aoseguimento de lançadores, capaz de seguir um lançadordurante o voo com motor)
As suas novas valências, permitirão acompanhar diariamente(dia e noite) as trajectórias de vários satélites de observaçãoremota, recolhendo os dados para monitorização de derramesde hidrocarbonetos bem como outros serviços operacionais,tornando a Estação um pólo dinamizador da investigação e daciência nos domínios do Espaço e dos Oceanos - refira-secomo exemplo a colaboração, no contexto do projecto OceanEye (Oceanic Management Sistem for the Environment), daEdisoft com DOP-IMAR.
Os serviços de monitorização e vigilância marítima prestadospela Estação de Santa Maria apoiam os projectos CleanSeaNet,geridos pela Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA),e MARISS (Serviço de Segurança Marítima), este último parte doprograma Monitorização Global para o Ambiente e Segurança(GMES) da União Europeia com o apoio da ESA.
5.
DEEP OFFSHORE - EM BUSCA
DE PETRÓLEO & GÁS NATURAL
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A economia mundial vai continuar durante décadas aassentar o seu sistema energético noshidrocarbonetos, com a cada vez maior expressão deexplorações no deep offshore ou a partir de formasnão convencionais de hidrocarbonetos como o shalegas o tight oil ou as areias betuminosas .
A prospeção de petróleo e gás natural no deepoffshore que pela primeira vez se está a realizar emPortugal - em três concessões diferentes - é umaatividade de importância estratégica para Portugal,para a qual devem ser criadas as condições maisatrativas para os operadores potencialmenteinteressados.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Concessões de
Prospeção
Petróleo & Gás Natural- Deep Offshore
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Mas para que a utilização de combustíveis fósseis seja maissustentável ambientalmente terão que se realizar três mudançasradicais no modo de os usar, ou seja:
Extraindo deles combustíveis mais ricos emhidrogénio e materiais mais ricos em carbono;
Utilizando os hidrocarbonetos na produção deeletricidade sem recorrer á sua queima direta(vd. através da utilização de células decombustível) ,
Aprendendo a "fechar o ciclo do carbono"gerado pelo seu uso
Mudanças em que Portugal teria vantagem em participardesde cedo
6.
FACHADA ATLÂNTICA –
ENERGIA, TRANSPORTES ,
ENGENHARIA NAVAL E
OCEÂNICA
Portugal como interface
energético para a Europa
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A Fachada Atlântica de Portugal tem potencial paranela se construir uma plataforma de recepção erefinação de petróleo bruto, bem como derecepção de gás natural liquefeito, suaregaseificação e distribuição no CorredorEnergético Norte-Sul, no oeste da Europa, previstonas Redes Transeuropeias.
Com essa plataforma a ser abastecida de petróleobruto e do gás natural:
Vindos do Atlântico Sul e do ÍndicoOcidental
Vindos do Atlântico Norte – EUA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
COMO SE PREVIAM EM 2007 AS POSSIVEIS ORIGENS DE
GÁS NATURAL PARA ABASTECIMENTO DA EUROPA NOS
HORIZONTES 2010/2020/30
Corredores e
Interconexões
Energéticas no
Espaço Europeu
2011
Gás Natural –
O Corredor Norte –Sul
na Europa Ocidental
O espaço lusófono está a emergir como umarealidade incontornável na oferta de petróleo e gásnatural a nível global.
O Brasil, Angola, Moçambique, Timor Leste e maisrecentemente Guiné-Bissau, têm sido palco denovas descobertas de jazigos de grande dimensão,quase todos eles situados no offshore e, emparticular no deep offshore.
Uma parte desta nova capacidade irá orientar-separa o abastecimento da Europa (e da Ásia) dada aredução previsível das necessidades de importaçãodos EUA.
O espaço lusófono, o petróleo e o gás natural
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
ATLÂNTICO SUL E INDICO OESTE –
O ESPAÇO LUSÓFONO EM ASCENSÃO
NO ABASTECIMENTO GLOBAL DE ENERGIA
PRINCIPAIS RESERVAS
DE
SHALE GAS NOS EUA
Os EUA, graças a inovações tecnológicas (horizontal drilling e
hydraulic fracturing), estabeleceram uma nova fronteira na
utilização de recursos energéticos não convencionais, com o
início da exploração em larga escala de shale gas, que, não só,
lhes vai permitir ser auto-suficientes nas próximas décadas no
menos poluente dos combustíveis fósseis, como, também, podem
tornar-se exportadores a breve trecho.
Portugal – Prestação de serviços à
exploração de petróleo e gás natural
no Atlântico Sul e no Índico Ocidental
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O gigantesco processo de investimento emprospeção e exploração no Atlântico Sul e Indicovai constituir um vastíssimo mercado paraserviços de engenharia e serviços de manutençãoindustrial e reparação e construção naval.
A versão mais abrangente de um cluster“Engenharia Naval e Oceânica“ em Portugalpoderia INCLUIR no desenvolvimento deatividades de manutenção de plataformas offshoree outros equipamentos ao serviço da exploraçãopetrolífera no Golfo da Guiné/África Ocidental e noBrasil
UM GIGANTESCO VOLUME
DE INVESTIMENTO EM
INSTALAÇÕES OFFSHORE
NO ATLANTICO SUL:
OPORTUNIDADES NA
REPARAÇÃO &
MANUTENÇÃO
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
OS ESTALEIROS DE REPARAÇÃO NAVAL DA LISNAVE
Portugal como nó de
movimentação de carga e
como plataforma industrial
global
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
OS FUTUROS QUATRO TERMINAIS DE CONTENTORES NO PORTO DE TANAGERMED (TRANSIPMENT)-CONCORRENDO
COM A FACHADA ATLÂNTICA DEPORTUGAL
OS CONCESSIONÁRIOS
DOS QUATRO TERMINAIS
PSA
APM TERMINALS(Maersk) (2)
EUROGATE/ MSC
Combinar portos e aeroportos – quer nolitoral Norte (Portos de Leixões e Aveiroe Aeroporto do porto) quer no litoral Sul(portos de Lisboa, Setúbal e Sines e novoaeroporto de Lisboa) como fatores devalorização dos territórios para atividadesindustriais inseridas em cadeias de valormultinacionais - ao permitirem recebermateriais e componentes de diversosvalores/peso, por via marítima e aérea,integrá-los em produtos acabados aexportar por via marítima
AS AUTOESTRADAS DO MAR – UMA ALTERNATIVA RODOMARÍTIMA NOS
ACESSOS DE PORTUGAL À EUROPA DO NORTE –
OS NOVOS NAVIOS RO-RO
PORTUGAL, OS
OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Desenvolvendo o transporte rodo marítimo(Autoestradas do Mar) - com base nosportos de Leixões ou Aveiro a norte, eSetúbal a sul, associando este a Sines ondeseria acumulada carga vinda da Ásias e daAmérica Latina para distribuição no Norte daEuropa.
E ligando os portos de Sines, Setúbal eLisboa por via ferroviária à Espanha (eatravés desta à Europa por via terrestre).
7.
ZONAS COSTEIRAS – LAZER,
ALIMENTAÇÃO, ENERGIA
DIVERSIFICAÇÃO DA
CARTEIRA
ACTIVIDADES
EXPORTADORAS
ZONA COSTEIRA
Desportos Náuticos
&construção de
Embarcações de Recreio
Energias Renováveis &
Equipamentos p/sua
Exploração
Aquicultura & Rações
Algas, Micro algas,
Química Fina &
Biocombustíveis
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Pesca ,Conservas &
Congelados
Construção Naval- os
Médios Estaleiros
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Náutica de recreio e embarcações de recreio – A
versão máxima destas atividades consistiria, na
instalação na costa portuguesa de uma marina para
os mega iates, atraindo em contrapartida um dos
construtores mundiais desses mega iates para
localizar actividades de reparação e construção em
Portugal; e num horizonte de longo prazo na
instalação de actividades turísticas associadas à
visita de ambientes variados no fundo dos mares
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Energia das ondas e eólicas offshore - utilização da
costa portuguesa para o ensaio de protótipos de
diferentes soluções de aproveitamento da energia
das ondas, procurando envolver estaleiros
portugueses na construção desse protótipos e de
soluções para eólicas offshore nas condições
especificas da costa portuguesa (estreiteza deplataforma de baixa profundidade)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Recursos energéticos – existência na costa portuguesa dealgumas zonas já identificadas com recursos energéticos denível médio/alto em termos de comparações internacionaisverificando-se igualmente a existência de águas profundasrelativamente próximas da costa, o que constitui umavantagem assinalável em termos de custos
Infra estruturas de suporte – disponibilidade de instalaçõespara a montagem e instalação dos equipamentos produtores –portos e, estaleiros navais - e de empresas do sector electro-mecânico de reconhecida competência
Configuração da rede eléctrica portuguesa – em que o seuprincipal “tronco” acompanha de perto a costa portuguesafacilitando a ligação das futuras instalações de produção deelectricidade offshore
Acumulação de conhecimentos científicos e tecnológicosque resultaram de trinta anos de actividades de I&D emescolas de Engenharia
Energia das ondas e eólicas offshore -Vantagens de Portugal
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
NAVALRIA - Localizado em Aveiro, este estaleiro estavavocacionado para reparação e construção de navios depesca; dispõe de uma doca seca, uma doca flutuante,um elevador de navios e duas carreiras com capacidadepara navios até 100m de comprimento; recentementeganhou o concurso para a construção de dois ferries dotipo catamaran para a TRANSTEJO;
Em 2008 foi adquirida pelo grupo MARTIFER com ointuito de nela se vir a construir o equipamento deprodução de eletricidade a partir da energia das ondasem desenvolvimento por uma associada daquele grupoempresarial, mantendo, e até diversificando, a suaatividade de construção naval (navios de dimensãomédia – exemplo - os navios hotel para a Douro Azul)
Construção naval – os Médios Estaleiros Dois Exemplos
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Construção naval – os Médios Estaleiros Dois
Exemplos
Estaleiros Navais de Peniche (ENP) - localizados em
Peniche foram constituídos em 1994, após terem ganho a concessão
das instalações existentes no Porto de Peniche e em resultado da fusão
de diversas empresas locais, que nasceram pela necessidade de apoiar
a manutenção da frota de pesca local
Após os elevados investimentos realizados em 1998 e 1999 entraram na
atividade de construção que já representa 80% do seu volume de
vendas; as suas instalações e equipamentos permitem-lhe trabalhar
embarcações até 700 ton de deslocamento; pode reparar navios a flutuar
com mais de 120 m e instalou uma oficina especializada na utilização de
materiais compósitos;
Construíram ferry boats para o grupo SONAE, cinco catamarans para
Nigéria com propulsão a jacto de água, navios de pesca de cerco para
Angola, rebocadores com estruturas em materiais compósitos,
embarcações de recreio etc; e apresentaram recentemente um projecto
de navio com propulsão eléctrica, a células de combustível e solar foto
voltaico para utilizações turísticas
fim da apresentação