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Raquel Alves Pereira O MARKETING NA INTERNET Rio de Janeiro 2002

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Raquel Alves Pereira

O MARKETING NA INTERNET

Rio de Janeiro 2002

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO

“ MARKETING NO MERCADO GLOBALIZADO”

MARKETING NA INTERNET

OBJETIVOS: Proporcionar uma análise sobre a implemen-

tação do marketing através da internet. Através da avaliação dos requisitos necessários ao processo de marketing, este trabalho busca encontrar formas de revolucionar o processo de compra e venda ante as novas tecnologias.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus. A minha família, pelo

incentivo e a meu namorado Wagner, que tanto colaborou para este projeto.

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DEDICATÓRIA

A minha família, ao meu namorado Wagner e a

todos aqueles que contribuíram direta ou diretamente para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Esta dissertação se propõe a estudar a implementação do marketing

através da internet, com todos os requisitos necessários para o seu sucesso:

logística, automatização dos processos de vendas, pós-vendas, o uso da

tecnologia ERP, a sua evolução para e- business, as questões jurídicas e de

segurança, os custos associados, os procedimentos de implementação, os

aspectos éticos entre outros. Nesta travessia evolutiva, são descritas algumas

tecnologias que habilitam, facilitam e proporcionam uma melhor integração dos

processos do negócio.

Assim, paralelamente a construção de um site, deve o empresário e as agências

de publicidade se prepararem para enfrentar as situações aqui delineadas,

devendo visualizar todas as etapas que devem envolver a operação, de modos

que elas passem a trabalhar em sintonia permanente, para que não haja

interrupção da operação, sob o risco de haver descontinuidade dos fornecimentos

dos bens e serviços.

O marketing tem muito a aprender com a auto- estrada da informação. É nela que

muito do desperdício que parece inevitável no marketing tradicional pode ser

eliminado. Também é nela que novas formas de comunicação entre clientes e

empresas e entre clientes e clientes podem acontecer, fazendo surgir novas

oportunidades para criação de valor, à medida que empresas se reestruturam para

diminuir custos e alavancar sua capacidade de proporcionar satisfação ao cliente,

o trabalho de reinventar a organização de vendas, está se tornando um item

fundamental nas empresas.

Este trabalho procura mostrar o processo de reforma, como deve ser o

novo projeto da organização tradicional de vendas, alavancando a tecnologia de

informação para diminuir custos e fornecer respostas rápidas e projetando

estratégias de vendas, de modo a atender as diferentes necessidades dos clientes

e parcerias comerciais.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................01

CAPÍTULO I - O MARKETING NA INTERNET......................................................03

1.1 Conceito................................................ ...........................................................03 1.2 Evolução............................................................................................................06 1.3 Aspectos técnicos da Internet...........................................................................08 1.4 A internet como ferramenta de marketing.........................................................10 1.5 Desenvolvimento da atividade comercial via internet........................................14 1.6 Processo de instrumentos.................................................................................14 CAPÍTULO II – VENDAS DE PRODUTOS/ SERVIÇOS PELA INTERNET..........16 2.1 Produtos/ serviços............................................................................................16 2.2 Propaganda/ promoção....................................................................................16 2.3 E- business seus conceitos e benefícios..........................................................18 2.4 Vendas/ distribuição.........................................................................................20 2.4.1. Logística empresarial....................................................................................21 2.4.2. Modelos de logísticas nos negócios eletrônicos...........................................23 2.4.3. Automatização do processo de fornecimento...............................................25 2.4.4. Automatização do processo de recebimento e entrega................................26 2.5. Sistema de gerenciamento de negócios..........................................................29 2.6. Pagamentos.....................................................................................................30 CAPÍTULO III – ASPECTOS ÉTICOS DAS VENDAS PELA INTERNET.............34

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3.1. Cibergerenciamento........................................................................................34 3.2. Normas de conduta..........................................................................................35 3.3. Políticas de uso................................................................................................36 3.4. Internet na vida em grupo................................................................................37 CAPÍTULO IV- A QUESTÃO DA SEGURANÇA...................................................39 4.1. Segurança como elemento fundamental de marketing...................................39 4.2. Ameaças à segurança ....................................................................................40 4.3. Mecanismos de defesa....................................................................................43 4.4. Pesquisa sobre segurança de informação.......................................................50 4.5. Tipos mais comuns de invasões......................................................................52 4.6. Privacidade......................................................................................................54 4.7. Credibilidade....................................................................................................54 CAPÍTULO V – ASPECTOS JURÍDICOS DO MARKETING NA INTERNET.......56 5.1. Desenvolvimento dos negócios eletrônicos.....................................................56 5.2. Desenvolvimento dos negócios mercantis.......................................................57 5.3. Precauções......................................................................................................58 5.4. Conseqüências da utilização indevida da marca e sinal da propaganda........59 5.5. Registro de domínio e provedor de acesso à internet.....................................60 5.6. O consumidor e seus direitos..........................................................................61 5.7. Contratos nos negócios eletrônicos.................................................................64 5.8. Responsabilidade civil.....................................................................................65 5.9. Medidas para resolver disputas.......................................................................66

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5.10. Tributação......................................................................................................67 Conclusão...............................................................................................................68 Bibibliografia...........................................................................................................71

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INTRODUÇÃO

Na primeira parte do século XIX, as oficinas têxteis eram as histórias de

sucesso industrial. Essas oficinas, que vieram a povoar as cidades em

crescimento na Inglaterra e na Nova Inglaterra, usavam a força dos rios nessas

regiões. A água, correndo pelas rodas, movimentava as máquinas. Por um século,

a imagem da revolução industrial foi a água movimentando essas máquinas.

O mundo dos negócios mudou. As velhas cidades dos engenhos são agora

meras curiosidades históricas. As construções de engenhos nas margens de rios

deram lugar a armazéns e shoppings, estúdios de artes e empresas de

computação. Até mesmo empresas produtoras estão oferecendo mais valores em

serviços do que em mercadorias.

O acesso à energia elétrica ou mecânica não é mais um critério de sucesso.

Para os produtos nos mercados massificados, os dados sobre as interações do

cliente são o equivalente moderno da força da água. O conhecimento move as

turbinas da economia de serviços e, uma vez que a linha entre produto e serviço

está cada vez menos nítida, muito da economia manufatureira também está.

O surgimento da Internet fez com que os negócios começassem a tomar

outro rumo e a informação passou a ter uma velocidade nunca vista antes.

A internet não foi criada para fazer negócios, ela nasceu no Sistema Militar,

foi rapidamente absorvida pelas universidades e é a coisa mais fantástica nesta

última década, onde verificamos uma profunda mudança na economia, que está

cedendo espaço da era industrial para a era da Internet. É um paradigma no

mundo novo. O homem tem sede de conhecimento e busca respostas, mais do

que nunca ele precisa estar atualizado para o mercado de trabalho ou profissional

e cada vez ele se vê pressionado a adquirir informações confiáveis em um menor

tempo possível e neste ponto a Internet é imbatível. A grande rede é apenas a

base de uma nova forma de construir, conduzir, administrar, gerenciar e operar

uma empresa, onde todos estão ligados a todos - pessoas a pessoas, empresas a

empresas, empresas a clientes e clientes a empresas. Seja bem vindo ao novo

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mundo dos negócios e ao despontar de uma era de tecnologia avançada com

corporações e funcionários virtuais.

As informações dos dados enfocam os esforços de marketing pela seg-

mentação dos clientes, aprimoram os projetos de produtos atendendo às reais

necessidades dos clientes e aumentam o posicionamento de fontes pela compre-

ensão e previsão de preferência dos clientes.

Marketing na internet é um mundo inteiramente novo que desponta exigindo

uma compreensão abrangente, e dessa maneira, inteiramente nova de lançar no

mercado uma recém- criada empresa de e- commerce. Nova propaganda, nova

promoção e te mesmo a forma de se construir um site. Tudo depende de como

você vai compreender essa nova paisagem do e- commerce.

Para se tornar algo mais que um meio de apresentar informações estatísti-

cas, a internet da próxima geração terá de permitir cooperação contínua de cons-

telações de computadores, artigos inteligentes e serviços via Web.

As informações dos dados enfocam os esforços de marketing pela seg-

mentação dos clientes,aprimoram os projetos dos produtos atendendo às sua re-

ais necessidades e aumentam o posicionamento de fontes pela compreensão e

previsão de sua preferência.

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CAPÍTULO I

O MARKETING NA INTERNET

1.1- Conceito

O marketing, que é conjunto de atividades de comunicação necessário à

manutenção de uma relação proveitosa entre a empresa e seus consumidores,

está sendo afetado em sua base. A comunicação de massa ganha um novo con-

ceito onde a “customização” – adaptação do produto por serviço às preferências

do cliente – passa a ser fundamental em qualquer processo de comercialização.

As possibilidades da internet para o marketing são infinitas. Mais cedo do

que os incautos imaginam,, não haverá empresa que não terá alguma presença

na rede. As pessoas estarão usando a Internet em suas casas e no trabalho com

uma intensidade maior que a do telefone nos dias de hoje por um motivo muito

simples: utilidade.

A organizações descobrem, na luta pela sobrevivência, que a melhor ma-

neira de manter suas portas sempre abertas é só orientarem pelas exigências e

necessidades do mercado. O papel do marketing é de identificar as necessidades

não satisfeitas dos consumidores e a estratégia é colocar no mercado produtos ou

serviços que proporcionem a sua satisfação e gerem resultados favoráveis para a

organização.

As pessoas devem estar abertas a um raciocínio criativo, devido às mudan-

ças rápidas no mercado, os administradores precisam estar aptos para analisar

novas situações e aplicar métodos criativos, pois métodos antigos para problemas

não funcionam.Os administradores devem estar atentos ao mercado, não subes-

timando ou superestimando a concorrência, e devem continuar experimentando.

Se os administradores adotarem este padrão de raciocínio, esta estrutura de

pensamento, podem evitar o maior problemas de todos: transformarem-se em

concorrente de si mesmos.

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Embora muitas vezes ignorado, o marketing tem sido fator de sucesso de

muitas organizações. É grande no Brasil o índice de mortalidade de empresas e

uma das causas é o desprezo às técnicas de marketing. No entanto, é importante

que os empresários que desejam se tornar competitivos, necessitam estar

preparados para utilizar, cada vez mais, as novas tecnologias, como a Internet,

para realizarem atividades de marketing mais eficazes, a fim de conseguir

aumentar a capacidade tecnológica, desenvolvendo a imagem da empresa no

mercado interno e até mesmo mundial.

Segundo Sheth (2002, pág.11):

“ ...No alvorecer do século XXI, estamos testemunhando

uma transformação na história da humanidade. Realmente,

a revolução da informática, estimulada pela eletrônica digital,

levou a informação à posição de fator mais importante na

criação de riqueza. Apesar de a informação sempre ter de-

sempenhado um papel fundamental na história do homem,

só nos últimos anos foi possível criar, coletar, armazenar,

processar e distribuir informação em uma escala de massa a

um custo tão baixo. A revolução digital está delegando auto-

ridade às massas pela democratização da informação e im-

pondo uma nova ordem à economia de rede, na qual todos

estão ligados a todos, pessoas a pessoas, empresas a em-

presas, empresas a clientes e clientes a empresas em um

campo mais ou menos nivelado. Essa explosão de conecti-

vidade foi possibilitada pelo advento da internet.’

Tecnologia da informação, mercado de informações, convergência digital,

etc., estes termos ganharam força nos anos 90 e, embora seus princípios já se

delineavam no final na década de setenta, englobam dois aspectos principais: um

tecnológico e outro organizacional. O aspecto tecnológico refere-se ao processo

de unificação das funções e do mercado de produtos já existentes de informática e

de comunicação que até então eram relativamente distintos, ou ainda, o computa-

dor passou a incorporar a funcionalidade dos aparelhos de comunicação (fax, te-

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lefone, televisão) e o telefone a funcionalidade do computador. A esse movimento

de unificação da tecnologia de informática e de comunicação veio se juntar à in-

dústria de entretenimento ( cinema, televisão, indústria e editorial).

Ficava claro que era necessário, para que as empresas sobrevivessem

nesse novo ambiente, um profundo processo de redefinição e reorganização de

seu negócios, da estrutura administrativa, das estratégias de crescimento e do

perfil da mão - de- obra, estudos recentes demonstram que as experiências de

sucesso são muito mais frutos de um gerenciamento criativo, ou ainda, da capaci-

dade de combinar criativamente tecnologias complementares, do que do domínio

de todos os aspectos dessas tecnologias ou de descobertas espetaculares. Outra

característica desse novo ambiente competitivo, é a extrema velocidade com que

se vê nascer de uma hora para outra, empresa e projetos que em meses multipli-

cam seus valores e transformam jovens estudantes universitários em empresários

milionários.

É dentro desse movimento que a Internet se insere. Certamente, nenhum

outro “produto” incorpora melhor os princípios dessa “nova economia’ como a In-

ternet. Ela surgiu de tecnologias já existentes, ou seja, não foi fruto de nenhuma

descoberta fantástica ou ruptura tecnológica, foi resultado de uma feliz combina-

ção entre o processo de aperfeiçoamento dos sistemas de comunicações e da

capacidade de processamento dos microcomputadores, da criação de softwares

amigáveis de fácil utilização e do processo de aperfeiçoamento do conteúdo das

“home pages” que passaram a aproveitar cada vez mais as especificidades dessa

nova mídia. Nesta nova era, de novas tecnologias que as empresas estão cad vez

mais utilizando, o marketing será uma ferramenta necessária, visto que a concor-

rência está aumentando rapidamente, pois pode-se atingir um maior número de

consumidores, mesmo que ainda, nem todos podem ser considerados consumido-

res potenciais, no entanto, a médio e longo prazo poderão ser, é uma tendência

que a maioria das compras serão realizadas pela Internet. (Fonte www. terra-

vista.com.br)

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Em suma, o marketing na internet é um conjunto de atividades através das

quais uma organização divulga, promove, anuncia e dá suporte aos seus produtos

ou serviços, utilizando os meios eletrônicos.

Segundo Kotler(1999, pág. 249)

“...atualmente há mais de cem milhões de pessoas em todo o mundo que podem conectar à Internet. Mais de 1,5 milhões de nomes de domínios

estão registrados na Internet. Estima-se que o tráfego irá dobrar a

cada cem dias. O comércio eletrônico rendeu 20 milhões de dólares em 1998 e espera-se que

chegue a 327 bilhões no ano 2002. O ciberespaço nos conduzirá a uma era

em que a compra e a venda se tornarão mais automatizadas e

convenientes. As empresas estarão conectadas umas às outras e aos seus

clientes em uma rede virtual perfeita. As informações na Internet fluirão pelo globo, em um instante,

sem custo nenhum.”

1.2.- Evolução

A grande conquista do milênio foi o surgimento da Rede Mundial de com-

putadores.

A internet nasceu da soma de pequenas conquistas tecnológicas feitas por

cientistas extraordinários. Uma das mais vitais para o funcionamento da rede é a

capacidade de um único computador dividir sua atenção com diversos usuários no

mesmo instante, num processo conhecido como tempo compartilhado. Michael

Dcitouzos, uma das melhores cabeças do Instituto de Tecnologia de Massachu-

setts, contribui para isso acontecer no começo dos anos 60. Sem essa habilidade,

os chamados roteadores, computadores que controlam e direcionam o tráfego na

internet, lidando simultaneamente com milhares de impulsos, não poderiam existir.

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Com a Guerra Fria os americanos optaram por montar uma rede sem hie-

rarquia, com interconexões redundantes, uma espécie de ninho de serpente com

milhares de cabeças e ao mesmo tempo sem cabeça alguma. De modo que se os

soviéticos jogassem uma bomba sobre Washington ou qualquer outra grande ci-

dade, a rede de computadores continuaria funcionando sem interrupção. Essa foi

a planta sobre a qual a internet foi construída.

Todos já sabemos das enormes transformações que a internet vem cau-

sando nas comunicações, no trabalho, no comércio, no entretenimento. Essa rede

de computadores de4scenntralizada, quase anárquica, é um verdadeiro fenômeno

mundial.

O Brasil não está alheio a essa “revolução”. Pelo contrário, estamos entre

os dez países que mais utilizam a Internet. O número de internautas brasileiros

ultrapassa seis milhões. Os serviços bancários ( home banking) são um dos mais

adiantados do mundo. Também pode-se sentir um crescimento acentuado no co-

mércio eletrônico (e- commerce), considerando que a Internet comercial no país

tem menos de cinco anos. Desde a entrada da sua versão comercial, a rede fez

aparecer mais profissões, que quatro décadas de inovações tecnológicas não tive-

ram êxito de criar. No Brasil, nos últimos quatro anos, foram abertas 60.000 vagas

só em provedores de acesso, na avaliação da ABRANET, associação que reúne

essas empresas. O International data Corporation, IDC, calculou em mais de

770.000 as pessoas contratadas nos Estados Unidos apenas em 1999 pela

indústria de tecnologia da informação. Alguns economistas acreditam que o Brasil

terá de fazer um grande esforço para melhorar a educação, já que o ingresso para

se juntar à revolução da informação depende de profissionais qualificados. (Fonte:

Revista Exame nº 6 de 22/03/2000)

O grande desafio da Internet é conectar quem está fora dela por motivos

econômicos ou ideológicos.

Como disse o maior pensador do mundo contemporâneo Peter Drucker em

uma entrevista à revista Exame, edição nº 6 de 22/03/2000, pág. 113.

“ O impacto verdadeiramente revolucionário da Revolução

da Informação está apenas começando a ser sentida. Mas

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não é a informação que vai gerar tal impacto. Nem a

inteligência artificial. Nem os efeitos dos computadores

sobre processos decisórios, determinação de políticas ou

criação de estratégias. É algo que praticamente ninguém

previa, que nem mesmo era comentado 10 ou 15 anos atrás:

o comércio eletrônico, ou seja a emergência explosiva da

Internet como importante (e, talvez, com o tempo, o mais

importante) canal mundial de distribuição de bens , serviços

e em seu fluxos; na segmentação, nos valores e no

comportamento dos consumidores; nos mercados de

trabalho e de emprego. Mas talvez, seja ainda maior o

impacto exercido sobre a visão que temos do mundo e de

nós mesmos. Aquilo que chamamos de revolução da

Informação é, na realidade, uma revolução do

conhecimento. A rotinização dos processos não foi

possibilitada por máquinas. O computador, na verdade é

apenas o gatilho que a desencadeou.”

1.3 . – Aspectos técnicos da Internet

A INTERNET é, portanto uma rede de computadores potentes ligados entre

si, que propiciam o envio e recebimento de informações em qualquer local do

mundo, utilizando software sofisticadíssimos, desenvolvidos para atender a estes

objetivos.

Além da INTERNET, pode-se citar a INTRANET, que é a rede instalada

dentro de um ambiente próprio comercial ou empresarial.

Do ponto de vista jurídico, o acesso à INTERNET é um ato formal, que é

realizado através de outros computadores potentes, (backbone), que estão ligados

a essas grandes redes e são chamados os Provedores de Acesso.

Os PROVEDORES DE ACESSO são, portanto, os computadores

habilitados a viabilizarem o transporte das informações via a rede da INTERNET.

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O provedor nada mais é do que um equipamento possante (hardware +

software) que faz a conexão entre o usuário que acessa a Internet e a própria.

Não se trata de um serviço de telecomunicação, é tipicamente uma prestação de

serviços.

Para possibilitar o acesso à Internet, o provedor entrega ao usuário um

software com os dados a serem utilizados na conexão. Para o acessso é

necessário dispor de linha telefônica, modem e computador.

Ainda, para estabelecer os parâmetros legais é importante definir o que é

HOMEPAGE – que significa a página de abertura, entrada base de um site na

Internet. As páginas dos sites são vinculadas através de HYPERLINKS,

independentemente de comporem o mesmo documento ou estarem armazenadas

num mesmo computador, ou espalhadas em servidores na rede.

Ainda dentro dos conceitos, é importante esclarecer que WEBSITE é a

página (homepage) ou a seqüência de páginas que qualquer pessoa mantém no

WWW ( World Wide Web), ou o seu endereço de localização na rede da Internet.

World Wide Web é a teia de alto alcance para acessar à Internet. Segundo

definições conhecidas, é uma verdadeira teia mundial de informações através de

um conjunto de ferramentas que, além de facilitar o acesso a inúmeras bases de

dados, permite aos softwares de interfaces gráficas navegarem pela rede, usando

linguagem própria, de forma que o usuário possa buscar, expedir ou recuperar

informações distribuídas, ou a serem distribuídas pelos milhares de computadores

da rede Internet, não só na forma de textos, como também em arquivos de sons,

imagens e vídeos. ( Fonte: Campos, Conrado E. – Dicionário Interativo de Informática).

Site Portal é concebido para ser aporta de entrada na web, onde

internautas podem obter informações úteis a navegação e até iniciar pesquisas,

antes de se moverem para outros sites. O conceito de Portal relacionado com a

Internet nasceu em 1998, para denominar sites de busca (Yahoo, etc.), que se

propunham a ser o ponto de entrada dos navegadores Web ( o mesmo autor

acima).

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SERVIÇO DE VALOR AGREGADO – È considerado um serviço autônomo, que

usa a linha telefônica como meio de acesso para finalização da busca partindo de

um Website.

1.4. A internet como ferramenta de marketing

Apesar de tudo que se tem falado sobre Internet, a grande verdade é que

os profissionais de marketing e propaganda ainda estão digerindo com dificuldade

este novo conceito de comunicação. Sim, pois desde o advento da televisão, há

décadas atrás, não se tem notícia de meio tão revolucionário. E, assim como a TV

na década de 50, ninguém sabe ao certo como se desdobrará este processo.

No mundo da informática, ao acesso ao ciberespaço, já é uma realidade há

algum tempo. Para as pessoas do mercado, o marketing na Internet só começou a

ser considerado como uma realidade somente depois do surgimento da World

Wide Web (WWW). Com ela, vieram a reboque os “ navegadores” Mosaic e o

Netscape, este último utilizado por cerca de 75 % dos “surfistas’ da Web e já

demonstrando que veio para ficar.

Foi com o surgimento do Netscape que a porteira deste cibermundo se

abriu ao usuário do Windows em seu computador doméstico. A partir daí, o que

acontece? As empresas passaram a se comunicar com milhares de

consumidores, de uma forma simples e acessível. Nestes casos, as agências e os

profissionais de marketing têm que estar preparados para lidar com esta nova

realidade.

Curiosamente, o que tem-se visto são profissionais de Informática

desenvolvendo “ home-pages” para os ávidos clientes que precisam colocar

rapidamente suas logomarcas no ciberespaço – muitas vezes sem saber

exatamente o porquê.

Na realidade, a Internet é uma ferramenta de marketing, e como tal deve

estar integrada a um Plano de Marketing e Comunicação onde serão

contemplados os objetivos do cliente, e uma estratégia coerente deverá prever

sua sinergia com os outros meios tradicionais.

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A Internet de hoje é apenas um embrião do que estaria por vir em termos

de sofisticação, no que se refere a acesso a informação. De qualquer forma o

caminho é o da interatividade.

Os critérios de medição de eficiência, por exemplo, ainda não foram

padronizados, o que torna qualquer avaliação prematura e imprecisa. Outros

fatores, tais como qualidade de transmissão telefônica e posse de computadores

ainda são gargalos a serem transpostos para o crescimento da base de usuários.

O alerta, por outro lado, é que tudo está se desenvolvendo na velocidade da luz,

e, aqueles que se recusarem a entender este novo ambiente poderão estar se

auto-condenando à obsolescência.

Há algumas questões centrais que devem ser lembradas quando se

começa a trabalhar com a WWW usando Mosaic ou Netscape . Estes browsers

fazem uso de um recurso para localização uniforme chamado URL ( Uniform

resource locator) para definir o endereço de uma determinada página na WWW.

Um enderço URL se refere à primeira página ( home page) do espaço reservado

na WWW, por exemplo, informações para divulgação de uma universidade, grupo

de pesquisa ou uma empresa. Ao chegar nesta primeira página (basta indicar para

Mosaic ou Netscape qual o endereço desejado), o usuário encontrará um

repositório de informação estruturado como um sistema hipermídia que permitirá

que ele navegue pelas informações apenas apontando com o mouse as palavras

ou símbolos chave no texto. Já na próxima seção deste primeiro capítulo

indicaremos o endereço de alguns repositórios na WWW (chamados WWW sites)

e mostraremos como as primeiras páginas destes repositórios aparecem na tela

do usuário.

A World Wide Web está mudando a forma pela qual as empresas

desenvolvem o marketing de seus produtos.

Há pouco tempo lia-se na Business Week:

“ Hoje a internet está se transformando em um lugar quente

para a publicidade e a atividade comercial. Publicitários

estão se movendo rapidamente para fazer com que suas

mensagens cheguem a milhões de clientes potenciais

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através de anúncios que usam todos os recursos gráficos e

outras formas de informação atraentes, que agora podem

ser colocadas na WWW. O meio de promoção de promoção

mais eficiente tem sido a possibilidade da Web poder exibir

as mensagens de marketing de profissionais de

comunicação para grupos selecionados. Na rede,

informação promocional, como o anúncio de novos produtos,

catálogos de produtos e programações de seminários para

treinamento podem ser disponibilizados através da WWW.

Clientes interessados podem obter a informação e

responder inteirativamente usando o mouse. Mas a questão

permanece sobre se as pessoas certas verão a informação,

porque o escopo maciço da WWW pode fazer com que as

companhias fiquem perdidas e passem despercebidas na

rede, submersas no mar de mais de dez mil sites comerciais

hoje existentes na WWW.”

A resposta para o dilema publicitário segue a mesma linha de mudanças

que ocorreu no mercado de venda a varejo. A solução é colocar a loja em um

shopping center para o qual milhões de clientes podem ir em massa. Isto é

exatamente o que está acontecendo na WWW através dos shopping centers

eletrônicos que focalizam seus interesses em grupos específicos de compradores.

Por exemplo, no setor industrial, o IndustryNET On-line Mall se destacou

como o maior e o mais utilizado shopping eletrônico com o foco na indústria.

Atualmente, ele inclui 250 fabricantes que são líderes mundiais em produtos e

serviços usados por compradores de indústria.

Ao longo do último ano, mais da metade das 500 maiores empresas da

revista Fortune lançaram programas de marketing na WWW. Companhias como

GE, IBM Rockwelle e outras lançaram-se na WWW para promover seus produtos

e mandar mensagens institucionais para os seus clientes. Esta é claramente uma

forma de abrir a companhia para o mundo, procurando, além de anunciar os seus

produtos, comunicar aquelas informações institucionais que podem melhorar a

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imagem da companhia junto a seus atuais clientes e seus clientes potenciais em

todas as partes do globo.

A explosão do marketing eletrônico é o início de uma nova era em

comunicações que fornece aos executivos de marketing uma ferramenta poderosa

para atingir suas audiências.

A parte mais interessante é que o ambiente Internet dá suporte às duas

principais filosofias do marketing na atualidade: a possibilidade do anúncio se

dirigir (target) a grupos selecionados de compradores e a possibilidade da

empresa continuar a manter com este grupo um diálogo interativo.

Em contraste com os programas tradicionais de marketing, que são,

essencialmente, formas de comunicação uni- direcionais para audiências muito

grandes e com interesses muito diferenciados, o marketing eletrônico na WWW

permite o desenvolvimento de uma afinidade muito grande entre o vendedor e o

cliente.

Os clientes têm a possibilidade de buscar informação sob demanda e esta

informação se relaciona precisamente com seus interesses específicos, o que

desenvolve a sensação de que ele está recebendo um serviço muito íntimo por

parte da companhia vendedora.

Como os clientes atuais potenciais desejam ser objeto de uma relação

personalizada com as companhias, a possibilidade de manter uma comunicação

por correio eletrônico ou através de outros meios, amplia, significativamente, a

imagem da companhia na mente do consumidor.

Claramente o mundo profissional de marketing está mudando. Os novos

desafios trarão enormes oportunidades para aqueles que rapidamente adquirirem

experiência sobre como conduzir programas de marketing no mercado eletrônico

na Internet.

1.5 – Desenvolvimento da atividade comercial via internet

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Qualquer pessoa jurídica ou física que queira acessar à INTERNET, tem

que ter acesso o PROVEDOR, ou requerer a sua qualidade para tal, de forma que

haja possibilidade de transporte da informação.

Há necessidade de uma conexão à Internet, seja através da linha discada

ou linha direta.

Existem outros tipos de conexão direta à Internet, não usando a linha

telefônica, por exemplo, o serviço AJATO, da TVA, e o serviço VIRTUA, da NET.

Em vista do anteriormente exposto, a viabilização do negócio depende da

criação de um Website, que nada mais é que um software, uma ferramenta, um

sistema que será instalado no provedor e disponível na rede.

A transposição dos negócios para serem desenvolvidos na rede determina

como providência inicial por parte do comerciante, fabricante ou prestador de

serviços, a criação de um site, que o identifique e que contenha todas as

informações e links necessários à efetivação dos seu negócios, observando a

segurança atinente aos mesmos.

È importante registrar que elas não ilidem os pré-requisitos já citados para

o exercício da atividade em tela, porém são elementos adicionais necessários à

formatação dos seus negócios neste segmento, não gerando mais ou menos

obrigações tributárias ou legais , além daquelas exigíveis para seus concorrentes,

que utilizam os meios tradicionais para se relacionarem com seus clientes.( Fonte:

Kraynak, Joe. Internet Rio de Janeiro: Campus)

1.6. Processos de instrumentos

O marketing e a internet permitem a formulação do produto até o pós-

venda como: comerciar, vender, receber pagamento e entregar. Este é o sucesso

do Marketing na Internet, podendo também ser medido o seu resultado com

exatidão. Sabe-se que hoje o conjunto de internautas brasileiros é de 9 milhões de

pessoas, que mais da metade acessa a rede pelo menos uma vez a cada trinta

dias e está na classe AB, com razoável poder de compra. Os profissionais de

marketing repensam as bases dos processos pelos quais identificam, comunicam

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e fornecem valor para o cliente. A Internet oferece informações para procurar seus

fornecedores, seu crédito e seu histórico. Segundo Martin (1999, página 50), “ as

empresas estão usando a filtragem colaborativa para sugerirem produtos a

clientes que mais provavelmente os comprarão”. De muitas maneiras esse é o

outro lado do dataminig ou mineração de dados. Em vez de fragmentar um imenso

banco de dados em pedaços menores e procurar encontrar pontos em comum

entre eles, a filtragem colaborativa começa com as preferências de um usuário e

desenvolve um grupo totalmente novo baseado na síntese das preferências de

usuários afins. Com a filtragem colaborativa, são os próprios clientes que dão

destaque ao produto. Todos aqueles que revelam suas preferências- quer

respondendo s um questionário, quer simplesmente dando um clique naquele de

sua preferência- fornecem informações que melhoram o sistema, fazendo

previsões para todos os outros. O que a maioria dos clientes encontrar em um site

de uma empresa na web determinará sua visão da empresa. Já se espera que

uma empresa marque sua presença na Web. Esse é apenas o custo do ingresso.

Enquanto algumas empresas designam uma ilimitada verba de marketing para a

manutenção de uma presença mínima na Web, outras estão forjando novos

relacionamentos com seus clientes e se redefinindo para o mundo on-line. É a

revolução digital transformando os aspectos da gestão: marketing, recursos

humanos, finanças, compras e produção.

CAPÍTULO II

VENDAS DE PRODUTOS/ SERVIÇOS PELA INTERNET

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2.1- Produtos/ Serviços

Segundo Kotler (1999, pág. 126), “ A base de qualquer negócio é um

produto ou serviço. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira

diferente e melhor, para que o mercado- alvo venha a preferi-lo e até mesmo

pague um preço mais alto por ele.”

A revolução digital alterou de maneira fundamental nossos conceitos de

espaço, tempo e massa. A inovação de produto na era da Internet possibilita às

empresas incorporarem novos requisitos de clientes e novas tecnologias até a

introdução no mercado. Com a Internet o cliente além de comprar, ele agrega

valor ao produto. As empresas cumprem seus deveres esmerando-se no

marketing, para que seus produtos e serviços sejam preferidos pelos

consumidores. A tecnologia da informação aperfeiçoa a prática do marketing

diminuindo o custo para o cliente e aumentando a produtividade. Segundo Chuck

(2002), “ no mundo físico, as empresas criaram produtos e os venderam; no futuro

da Internet, os consumidores determinarão o que querem comprar e então alguma

empresa fabricará o produto.” Antigamente, quanto mais informação você

controlasse, mais poder deteria. No futuro da Internet, à medida que os

mecanismos para micropagamentos se tornarem mais difundidos, cada vez mais

os consumidores serão capazes de comprar produtos e serviços em fatias

menores. Isso se aplica, principalmente, a produtos de informação, que podem ser

combinados e recombinados infinitamente.

2.2 – Propaganda / promoção

Fazer propaganda é, antes de mais nada, um exercício de convencimento.

Agências de publicidade e anunciantes lutam pelos corações, mentes e bolsos de

quem pode e quem não pode consumir. Mas quando a conversa é anunciar na

Internet, o primeiro a ser convencido é o próprio anunciante. Segundo Sheth

(2002, pág. 169):

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“... o impacto na era da Internet na propaganda e promoção

é tão significante e rápido! Afinal, propaganda e promoção

representam informação e comunicação, e sempre foram

afetados pelo meio de comunicação. Conseqüentemente , a

Internet como veículo de comunicação, informação e

transação já está tendo um grande impacto na função da

propaganda e em agências de propaganda.”

Marketing on- line é um conjunto de atividades, inseridas no contexto geral

do marketing convencional, através das quais, uma organização divulga, promove,

anuncia e/ou dá suporte a seus produtos ou serviços, utilizando para isto os

recursos de comunicação eletrônica mediados pela Internet.

Por esta definição, deve ficar claro que o marketing na Internet insere-se no

contexto muito mais amplo de todo processo mercadológico de uma empresa. A

propaganda brasileira está em transformação, procurando adaptar-se às

exigências de um mercado competitivo em que o profissional tem que ser criativo

e orientado para os resultados, montando estratégias, juntamente com os clientes,

visando a oferecer promoções, eventos, marketing de relacionamento, database

marketing, etc. As variáveis que entram nesta questão são o preço, a qualidade, a

disponibilidade e as características do produto, que serão ofertados através desta

nova mídia eletrônica. A Web oferece vantagem singulares e inegáveis em

comparações a outras mídias. O marketing on- line e os benefícios da

comunicação pela propaganda tradicional combinam- se para fazer da Web um

poderoso veículo potencial.

A propaganda na Internet está se tornando com rapidez um subconjunto do

mundo maior da propaganda comercial, simplesmente porque muitos dos

conceitos, princípios e mídias utilizadas na propaganda tradicional não se aplicam

ao novo mundo da Internet.

Obviamente, alguns princípio básicos de imagem e estratégia também se

aplicam, mas a criação de anúncios na Internet exige um foco diferente ou uma

compreensão da mecânica da rede. Os anunciantes, familiarizados com anúncios

impressos e em forma de vídeo têm agora que desenvolver banners com

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mensagens curtas, imagens reduzidas e animação. Há links para sites afiliados,

micropagamentos, anúncios de promoção cruzada, mídia funcional, tecnologias

push, recursos de som e uma perspectiva global crescente.

Mas todas essas tecnologias ainda estão baseadas em um princípio

fundamental de projeto que prescreve que, é mais eficiente ter como alvo um

grupo selecionado para um produto do que o mundo inteiro. Seu “alvo”, entretanto,

pode parecer tão abrangente enquanto o mundo inteiro.

Outro princípio fundamental é que o projeto dos anúncios e do Web site terá

de conter imagens coerentes com a mensagem do seu site. A dificuldade estará

em imaginar uma mensagem projetada para construir uma comunidade de valore.

Terá que se compreender também a dinâmica de cada mercado - as regras têm

mudado e a liberdade de expressão e a individualidade, que fazem parte da

Internet, terão de ser consideradas ao se desenvolver novos anúncios.

2.3- E- business: seus conceitos e benefícios.

E-business é utilizar o ambiente interativo proporcionado pela rede global

para conduzir o negócio, isto é, utilizar a Web como parte do mercado onde está

situado o negócio da empresa. Ele represente a oportunidade de conduzir o

negócio para um nível mais competitivo, possibilitando o acesso às transações

comerciais de maneira mais racional e inteligente, e a qualquer hora e em

qualquer lugar (anytime & anywhere).

O e- business é muito mais do que o e- commerce, seu foco é a abertura e

a integração. O e- commerce é apenas uma troca de produtos e serviços

eletronicamente. O e-business une a empresa à internet, conectando

fornecedores, consumidores, vendedores e empregados de forma eficiente à

informação, e é uma excelente oportunidade para a empresa que deseja

conquistar novos mercados, minimizar seus custos operacionais e aumentar a

satisfação e a interação com seus clientes.

De forma similar, diz que as comunidades de e- Business são uma rede de

fornecedores, distribuidores, comerciantes e clientes que realizam comunicações

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e transações pela internet e outras mídias. Mais do que construir sistemas de

informação internos, as companhias deveriam abraçar a internet como uma nova

infra- estrurura para a criação de riqueza e evolução da estrutura empresarial.

(Fonte: Tapscott, Don- Comunidades de E-business – edupage October 1, 1998- Computer

September 28, 1998)

A preocupação atual das empresas centra-se no e- commerce que

possibilita a ampliação de mercados através de um relacionamento virtual com os

clientes. Futuramente, e com o objetivo claro de fazer um melhor e mais completo

uso da infra-estrutura disponível, com conseqüente retorno de investimento mais

favorável, haverá uma ampliação das oportunidades oferecidas pela tecnologia da

informação no sentido de se chegar ao e- business, anteriormente conceituado,

tendo em vista seu grande e variado elenco de benefícios, dentre os quais

podemos destacar os seguintes:

a) integração com o mundo dos negócios globalizado;

b) acesso à informação;

c) redução dos custos de operação;

d)automatização das vendas e serviços;

e)cadeia de fornecimento mais eficiente;

f) e vantagens competitivas

De acordo com um relatório publicado por Garcia, Ann Marie- Business- to-

Business E- Commerce: The Killer App- E- Business Advisor Magazine- Vol 17,

January 1999- pág.8 : “ o comércio eletrônico business to business está mudando

a forma das empresas operarem. Os negócios estão formando novos e diferente

tipos de relações comerciais, usando tecnologias inovadoras para suportar

processos de negócios mais eficientes e eficazes.”

Uma outra visão complementar foi dada por um estudo conduzido pela

Price Water House Coppers e The Conference Board, onde executivos e gerentes

revelam que acreditam que iniciativas de e- business são a principal prioridade

para garantir a fidelidade do cliente. Das oitenta e cinco empresas consultadas,

cinqüenta e dois por cento planejam fornecer processamento de transações via

Web, dentro dos próximos três anos, e oitenta e três por cento pretendem usar

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extranet para ligar suas empresas aos fornecedores e parceiros. (Fonte: E- business

Advisor Magazine- Vol. 17, january 1999)

2.4- Vendas/ distribuição

O sistema de distribuição é constituído de todo um processo de logística de

uma empresa, desenvolvidos com o esforço comercial do fabricante ou prestador

de serviços até o consumidor final, que é feito através do canal de distribuição. O

marketing estabelece uma relação entre produtor e consumidor; quando um vende

o seu produto ou serviço através deste canal, há uma comunicação entre ambos,

desenvolvidos por uma estratégia entre a empresa e o mercado, cabendo ao

vendedor a observação deste ambiente que são: produto- preço, distribuição-

comunicação. Mudam os mercados, os consumidores, os sistemas de informação

e as tecnologias da comunicação, e é preciso que o profissional de marketing

esteja sempre atualizado, pois tornou- se instantâneo a interação entre empresa e

cliente, e hoje é a internet um canal importante de vendas, por isso tem que estar

inovando na fabricação, comercialização e comunicação. Segundo Sheth (2002,

pág. 170)

“...duas outras áreas de marketing que podem sofrer

impacto são a força de vendas e o serviço ao cliente. Nos

dois casos, a automação e a integração com o uso da

Internet e da informação estão aperfeiçoando de maneira

radical a eficiência de funções que de outro modo fariam uso

intensivo de pessoas, e ironicamente, estão aumentando a

satisfação do cliente.”

O marketing tem muito a aprender com a auto- estrada da informação (que

alguns estão chamando de auto- estrada do marketing). É nela que muito do

desperdício que parece inevitável no marketing tradicional pode ser eliminado.

Também é nela que novas formas de comunicação entre clientes e empresas, e

entre clientes e clientes podem acontecer, fazendo surgir novas oportunidades

para criação de valor à medida que empresas se reestruturam para diminuir

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custos e alavancar sua capacidade de proporcionar satisfação ao cliente, o

trabalho de reinventar a organização de vendas, está se tornando um item

fundamental nas empresas. O processo de reforma requer um novo projeto da

organização tradicional de vendas, alavancando a tecnologia de informação para

diminuir custos e fornecer respostas rápidas e projetando estratégias de vendas,

de modo a atender a necessidades diferentes dos clientes e parcerias comerciais.

2.4.1- Logística empresarial

O conceito de logística empresarial vem gradativamente evoluindo e

assumindo um papel ainda maior, passando a ter importância na estratégia

corporativa das grandes organizações. O próprio governo vem despertando para o

assunto, assumindo parte das responsabilidades na criação e implementação de

uma infra- estrutura logística nacional.

Na logística interna, predominam as preocupações gerenciais com a

administração de material e com os custos de estocagem. Empresas públicas ou

privadas, que atuam no campo de serviços públicos ainda praticam

intensivamente este modelo.

O transporte, também, representa um elemento de grande importância na

gestão logística. Ocorre, então, a fusão entre a administração de material e a

administração dele.

Com o desenvolvimento dos sistemas de informações, a logística insere-se

dentro de uma visão sistêmica da empresa e passa a utilizar recursos

computadorizados que desembocam naqueles do tipo ERP (enterprise resourses

planning), ou seja, sistema de gerenciamento de negócios que integra todas as

funções empresariais, havendo compartilhamento de informações.

Com isso, o processo decisório torna-se mais ágil e eficaz.

É o início do emprego de estoques virtuais.

A partir daí, a empresa é considerada como parte de uma cadeia, onde os

valores são agregados a partir dos fornecedores e prestadores de serviços

primários.

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Assim passam a ser considerados os fornecedores e os canais de

distribuição (clientes). O intercâmbio eletrônico de dados ou EDI (eletronic data

interchange) sai do setor financeiro, onde é amplamente empregado, para ligar

indústrias com distribuidores, atacadistas, varejistas e assim por diante.

O sucesso dos negócios eletrônicos, em nosso país, irá depender da nossa

capacidade em desenvolver a logística nestes novos setores que estão surgindo

em função do volume das demandas e das ofertas que vão necessitar de parceria

com clientes e fornecedores, planejamento estratégico na prevenção dos riscos,

integração funcional, contratos certos, objetivos e sistemas de informação

integrados.

Para se viabilizar o fechamento de negócios eletrônicos de forma rápida e

global, torna-se necessário o envolvimento de uma grama de agente que deverão

funcionar de forma concatenada, para atingir o objetivo comum, ou seja atender o

consumidor.

Assim, a cadeia de responsabilidades pela quebra deste fluxo perfeito deve

ser observada com cautela, de modo a criar mecanismos de identificação imediata

da falha e o modo de interrompê- la, em prol do sucesso do negócio.

Já identificamos aqui, algumas questões que devem ser vistos quando se

parte para desenvolver os negócios eletrônicos, especificamente no tocante a sua

formatação, onde todas as partes, ou seja, o desenvolvedor do software, o dono

do website, o provedor, a operadora de telefonia e o consumidor final, devem ser

alertados das fragilidades tecnológicas eventualmente identificadas ou sentidas

durante o relacionamento virtual com o empresário.

Todavia, apesar de todas as cautelas identificadas, a questão crucial é

finalizar a operação comercial ali consignada, em tempo e à hora, determinando

outras medidas presenciais e efetivas para sua implantação.

Considerando a provável ampliação da área territorial de oferta desses

produtos e a necessidade de entrega- los de forma ajustada, o empresário poderá

se ver com insuficiência de estoque e de matérias primas para a fabricação de

excedentes, inviabilizando a operação,ou ainda caso seja prestador de serviços,

não conseguirá atender a demanda de cliente, por falta de pessoal habilitado.

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Assim, paralelamente a construção do seu site, deve o empresário se

preparar para enfrentar as situações aqui delineadas, devendo visualizar todas as

etapas que devem envolver operação, de modo que elas passem a trabalhar em

sintonia permanente, para que não haja interrupção da operação, sob risco de

haver descontinuidade dos fornecimentos de bens e serviços.

Já existem várias empresas oferecendo serviços de logística com o objetivo

de administrar e operacionalizar o planejamento do material, da obtenção do

material, do planejamento da linha de produção, da alimentação, da linha de

produção, da distribuição, dos produtos finais, evitando assim, problemas

operacionais para a empresa, otimizando os custos e o tempo. (Fonte: site www.

rg3.net)

2.4.2- Modelo de logística nos negócios eletrônicos

Tentar definir um modelo genérico de logística que seja aplicável a qualquer

tipo de empresa é muito difícil, porque existem quase tantas variações de cadeias

de suprimentos quantas são as empresas.

Cada empresa participa da cadeia de suprimentos em níveis diferentes e

existem cadeias físicas de suprimentos (produtos físicos e reais circulam dentro de

uma empresa) e cadeia virtuais de suprimento (nenhum produto físico circula

dentro da empresa).

A natureza jurídica das empresas, sendo públicas e privadas, determinam

mecanismos diferentes para a aquisição de mercadorias, já que as públicas são

regidas pela lei 8666/91 (Lei de licitações e contratos) e dependem de licitação

para qualquer tipo de contratação, salvo as exceções previstas em lei.

Em um extremo estão as empresas que controlam toda a cadeia, desde a

produção de matéria- prima até a entrega do produto do consumidor final.

No extremo oposto, estão as empresas que abrem um web site com alguma

forma de conteúdo, que atraia os clientes ,e então, fornecem um link para uma

organização de vendas como a amazon.com. É a terceirização do fornecimento.

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Elas fornecem a seus clientes a possibilidade de encomendar produtos

através de seu website, mas nunca gerenciam o fluxo físico real do produto. Essa

tarefa é realizada pela verdadeira empresa de vendas on- line.

Um modelo genérico de cadeia de suprimentos, apesar de todas as

diferenças descritas acima, seria:

Fornecedores:

- Aceitam pedidos das empresas

- Fornecem insumos ou produtos

- Podem expedir os produtos diretamente para os clientes

Empresa:

- Envia pedidos de compra aos fornecedores (compras)

- Produz o produto final, se necessário (produção)

- Apresenta os produtos aos clientes (Marketing)

- Recebem pedidos de produtos (vendas/ atendimento ao cliente)

- Entrega o produto aos clientes ( distribuição)

- Recebe pagamentos/ paga aos fornecedores (contas a receber/ contas

a pagar)

Cliente:

- Encomenda o produto

- Recebe o produto

- Paga pelo produto

Se tivermos em mente o modelo simples supracitado, podemos ver que

existem dois fluxos principais a serem automatizados.

1. O fluxo entre a empresa de suprimento e a empresa que efetiva a

venda

2. O fluxo entre o cliente e a empresa que efetiva a venda

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O fluxo fornecedor/ empresa consiste em enviar um pedido de compra ao

fornecedor, receber um produto dele e pagar pelo produto. (Fonte: SMITH, Rob,

SPEAKER, MARK E THOMPSON, Mark, O mais completo guia sobre E- commerce)

2.4.3. – Automatização do processo de fornecimento

Para informatizar o fluxo, entre a empresa fornecedora e compradora de

forma que se possa obter um controle gerencial permanente das necessidades

havidas, se torna necessário desenvolver igualmente um software para ser

instalado nas bases das empresas e que possam efetivamente conversar entre si.

Geralmente é uma tarefa relativamente fácil fazer com que um sistema de

compras lance as informações de um pedido de compra num arquivo de texto que

possa ser enviado a um fornecedor no corpo de uma mensagem de correio

eletrônico ou anexado a ela.

Poderá ser feito um intercâmbio eletrônico de dados (ou EDI, de Eletronic

Data Interchange), que foi desenvolvido exatamente para solucionar este

problema.

Usando um conjunto de pacotes, as empresas seriam capazes de enviar

suas informações em formatos- padrão que os fornecedores poderiam interpretar

usando estes mesmos padrões.

O problema é que a maioria das empresas não tem capacidade de

converter suas próprias informações, de maneira que são necessários os serviços

de um intermediário que atue como tradutor. Essa tarefa determinou, então, a

terceirização desses serviços.

Por se tratar de ferramenta a ser utilizada, os princípios que nortearam a

feitura do website, se aplicam igualmente neste particular.

Porém a implementação do negócio passa a ser diferenciada, posto que no

âmbito do website, a venda já foi concluída, precisando agora ser entregue, no

prazo apregoado na propaganda. Nada pode falhar. (Fonte: SMISTH, Rob, SPEAKER,

MARK E THOMPSON, Mark. O mais completo guia sobre E- commerce)

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2.4.4 – Automatização do processo de recebimento e entrega

De forma a dar uma compreensão mais objetiva dos cuidados a serem

tomados na automatização do processo de recebimento, destacamos para os fins

de estudo, um modelo padrão de recebimento de estoques:

- Encomendar o produto;

- Definir um pacote de informações a ser trocado com o fornecedor;

- Definir um objeto de informações para entrada/ baixa de estoque;

- Criar um pedido de compra usando como base os objetos do fornecedor

e estoque;

- Enviar as informações de compra ao fornecedor;

- Quando o produto chegar ou for entregue, acrescentar os itens

(mercadorias) ao estoque de acordo com a que for recebido;

- Criar o arquivo de pagamentos (pode ser automatizado ou baseado

numa fatura);

- Criar o produto final (este novo item de estoque pode incluir diversos

itens (mercadorias) ao estoque de acordo com o que for recebido;

- Criar o arquivo de pagamentos (pode ser automatizado ou baseado

numa fatura);

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- Criar o produto final (este novo item de estoque pode incluir diversos

itens que já constavam do sistema de estoque antigo);

- Transferir itens entre tipos de estoque ( de matéria- prima para bens

acabados).

Nesta hipótese o que deve ser observado é a forma de controle de estoque

de matéria- prima, e o seu fluxo de utilização, necessitando de que se estabeleça

entre a empresa, o fornecedor e o prestador de serviços terceirizado, quando for o

caso, uma política de sigilo e confidencialidade em relação à operação havida,

bem como o controle dos documentos fiscais recebidos e emitidos.

A fim de automatizar o processo de recebimento, as informações usadas

para criar o pedido de compra, também serão usadas para confirmar o

recebimento do produto. Em modelos mais antigos de recebimento, um pedido de

compra é impresso e enviado pelo correio e as informações de recebimento são

digitadas no sistema quando o produto é recebido. Este processo pode ser

automatizado se as informações relativas à renovação de um pedido de compra

forem colocadas diretamente em um computador servidor seguro para retirada on-

line pelo fornecedor, permitindo que ele veja os níveis de estoque e envie

automaticamente o produto ou estas informações podem ser inseridas diretamente

no web site fornecedor ou sistema do fornecedor.

No tocante ao processo de automatização da entrega fácil, a forma mais

prática é através da contratação de uma empresa de “ courrier”. Essas empresas

já percorreram um longo caminho na estrada do e- commerce. Sua capacidade de

rastrear uma encomenda não encontra rivais em nenhum setor e depende me

grande parte do uso de sistemas em tempo real.

Se a empresa contratante for grande o suficiente, eles criarão uma interface

para os sistemas logísticos específicos da empresa. Mas a qualquer empresa,

eles fornecerão uma verdade de opções, como a acesso à internet, software, etc.

Esses serviços de “courrier” facilitam as coisas para a satisfação dos

clientes, pois limitam a quantidade de informações necessárias para entrega com

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o uso do número das contas dos clientes e a padronização das informações

dinâmicas como os endereços de entrega. Utilizando estes padrões, pode-se criar

facilmente um espelho dessas informações no interior de seu sistema e imprimir

uma nota de entrega. O rastreamento dessas remessas pela internet é uma

maneira fácil de fornecer aos clientes um método de baixo custo para acompanhar

seus pedidos, bastando incluir no e- mail de confirmação do pedido um número de

rastreamento fornecido pelo courrier e fornecendo no website da empresa, um link

para rastreamento do serviço de “courrier”.

Caso a empresa queira usar seu próprio sistema de entrega, o processo

poderá ser automatizado usando PCs tablet, também conhecidos como “placas de

dados” (computadores do tipo prancheta que usam caneta eletrônica para a

entrada de dados) para sua equipe de entregas. Um PC tablet permite que o

usuário insira as informações de entrega da encomenda, obtenha a assinatura

digital dos clientes( com a caneta eletrônica) e transmita facilmente a seu sistema,

as informações de entrega para que possam ser acessadas na web por seus

clientes. Podem ser incorporados, inclusive, dados de GPS (Global Positioning

System) ou sistema de localização de objetos por satélites nesse arranjo,

captando automaticamente os dados de localização dos caminhões de entrega e

comparando- os com informações de locais de entrega obtidas de um bando de

dados GPS. (Fonte: SMISTH, Rob, SPEAKER, MARK e THOMPSON, MARK. O mais completo

sobre e- commerce)

2.5- Sistema de gerenciamento de negócios

A tecnologia de sistema de gerenciamento de negócios ou ERP (enterprise

resources plannig) tenta espelhar os processos do negócio da organização

modelando e automatizando os processos básicos de uma companhia com o

objetivo de integrar as informações, eliminando as ligações caras, complexas e

ineficientes entre diferentes sistemas.

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Base de Dados Central

Funcionários

Gerenciamento de Recursos

Humanos

Finanças e Controladoria

Manufatura

Diretoria e Acionistas

Relatórios

Gerenciamento de Materiais

Vendas e Distribuição

Apoio a serviços

Representantes de Vendas e

Serviços

Pessoal Administrativo

Pessoal do Chão de Fábrica

Cli

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Fo

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A figura 1 apresenta uma estrutura típica de funcionamento de um sistema

ERP na qual pode ser vista uma base de dados única com os módulos interagindo

entre eles.

Figura 1- Estrutura típica de funcionamento de

um sistema ERP

( Fonte: Smart Way to Manage Web Applications – E- Business Advisor Magazine- Vol 17- January

1999- Pág. 6-7)

As características de um sistema ERP segundo Tuteja são:

• Flexibilidade:

O sistema deve ser flexível o suficiente para poder atender as freqüentes

modificações pelas quais as empresas passam ao longo do tempo;

• Modular e aberto:

Deve ter uma arquitetura modular, que significa que cada módulo deva estar

interligado ou separado, sempre que necessário, sem afetar os outros módulos.

Deve suportar múltiplas plataformas;

• Abrangente:

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Deve suportar várias funções da organização e deve ser amplo o suficiente para

atender aos negócios da empresa;

• Além dos domínios da companhia:

Não deve ser limitado às fronteiras da organização

• Melhores negócios:

Deve disponibilizar processos que posam ser aplicados a um ambiente

globalizado;

• Simulação da realidade:

Deve simular a realidade dos processos do negócio e ter o controle destes

processos, além de ser capaz de atribuir responsabilidades para os usuários que

controlam o sistema.

2.6- Pagamentos

Pagamentos originam-se de três fontes:

1- Clientes de varejo;

2- Clientes de atacado;

3- Vários pagamentos diversos (ou demais clientes).

Antes do crescimento das metodologias de pagamento eletrônico on-line, a

maior parte desses pagamentos era recebida em dinheiro ou em cheques, e a

organização era obrigada a fazer depósitos físicos periódicos em um banco.

Metodologias eletrônicas mais novas passaram a permitir o fluxo mais rápido

de recursos através de transferências eletrônicas que não exigiam um depósito

físico. Embora, os recursos fossem depositados na conta bancária

eletronicamente, o lado negativo era o alto custo do serviço. No início dos anos

70, os principais bancos iniciaram um esforço conjunto para permitir que

corporações transferissem fundos diretamente de uma conta bancária para

outra. Essas transferências eram utilizadas principalmente para a transferência

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de fundos de uma conta para outra no mesmo banco, mas isso já se estendeu

a transferências interbancárias.

O surgimento dos PCs e dos modens resultou no desenvolvimento de

sistemas bancários extremamente acessíveis, conhecidos como operações

bancárias via PC (PC banking). As empresas podiam entrar diretamente nos

sistemas bancários utilizando PCs e transferir fundos através de EFTs

(componentes de transferência eletrônica de fundos) ou transferências

eletrônicas. Além disso, o EDI (Intercâmbio Eletrônico de dados) geralmente

incorporava um componente EFT que permitia a uma organização aceitar

documentação de faturamento e gerar pagamentos automaticamente após

verificação dos documentos.

No final dos anos 70, pagamentos podiam ser feitos a empresas por

clientes de varejo do débito direto (saques automáticos da conta do cliente) ou

nos caixas eletrônicos. Pagamentos utilizando estes métodos, transferem

fundos da conta bancária do cliente diretamente para a conta da empresa.

Hoje em dia, há diversas opções de forma de pagamento, a maioria com um

EFT.

Cartões de Crédito

Em 1958, o Bank of América emitiu um cartão Bank Americard em azul,

dourado e branco, na Califórnia , que permitia a um seleto grupo de usuários

pagar por produtos em estabelecimentos comerciais cadastrados sem dinheiro.

Posteriormente, os usuários pagavam ao banco pelos produtos comprados. Em

1976, duas associações bancárias que distribuíam os cartões Bank Americard

mudaram suas razões sociais para VISA USA e VISA Internacional. No entanto, a

história do crédito remonta ao início do comércio. É bem provável que promessas

de pagamentos futuros venham sendo feitas desde os primórdios da história da

humanidade, iniciando a concessão de crédito e, provavelmente, o primeiro “

calote”.

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Uma das vantagens do uso do cartão de crédito é que os usuários na têm mais

que portar dinheiro para pagar alguma coisa. No início, a simples apresentação de

um cartão de crédito, para que seu número fosse impresso era o suficiente para

completar a transação. O processamento eletrônico foi lançado mais tarde para

oferecer funções de autorização e depósito on- line. No final dos anos 90 a

internet oferecia uma oportunidade ilimitada desde que a empresa pudesse ser

paga pelos produtos ou serviços vendidos eletronicamente. O inevitável

casamento das duas tecnologias foi, sem dúvida uma obra dos deuses virtuais.

A princípio, números de cartões de créditos, nomes de usuários e datas de

vencimentos eram fornecidos pela internet em formulários sem proteção. Esse

processo arriscado em sido reformulado para incluir medidas que asseguram que

seus dados de crédito não possam ser vistos por outros usuários (criptografia) e

uma maneira de garantir que a parte para a qual está enviando seus dados é a

única empresa que os está recebendo( autenticação).

Para aceitar cartões como forma de pagamento, você precisa apenas registrar

como comerciante junto ao seu banco ou administradora de cartões de crédito.

Será necessário produtos comercializados. Há também uma série de fornecedores

na internet que processarão as informações de crédito por você uma vez que

tenham sido inseridos em seus websites.

Cheques Eletrônicos

Cheques Eletrônicos ou i- cheques são utilizados para realizar pagamentos

eletrônicos entre duas partes, através de um intermediário. Não é muito diferente

do sistema atual de processamento de cheques, a não ser pelo fato de os

cheques eletrônicos serem gerados e trocados on- line. O intermediário debitará a

conta do cliente e creditará a conta do comerciante.

Micropagamentos

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Micropagamentos são pagamentos em dinheiro realizados como resultado da

utilização de serviços na internet. Também são realizados entre duas ou mais

empresas da internet para auxiliar na geração de tráfegos através de links. O

micropagamento funciona da seguinte maneira: uma empresa normalmente se

registra junto a uma organização que verifica e informa níveis de tráfego entre

sites. Em seguida, uma tarifa muito pequena por link consultado ou por clique é

estabelecida e quando o total devido atinge um nível especificado, o pagamento

se liberado da conta bancária virtual ou real do ciente para a conta do fornecedor.

Micropagamentos são utilizados para cobrar de visitantes, a websites, o uso de

games, visualização de imagens, e assim por diante. Também ocorrem entre

empresas da internet para repassar pagamentos de uma empresa para outra pela

geração de tráfego para o website através de links.

CAPÍTULO III

ASPECTOS ÉTICOS DAS VENDAS PELA INTERNET

3.1- Cibergerenciamento

Segundo Venetianer (1999, pág.122):

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“... o e-mail é veículo por excelência da comunicação virtual,

sendo bom lembrar que seus ensinamentos têm validade e

implicações em todas as manifestações do relacionamento

humano no ciberespaço, levando-as em consideração ao

planejar e implementar atividades de marketing eletrônico.

Comunidade virtual é um conceito relativamente novo,

nasceu com o advento das redes de computadores, vindo a

consolidar-se com o aparecimento da internet. Na medida

em que, pessoas passaram a relacionar-se, inicialmente,

através do correio eletrônico, mais tarde por meio de chats,

newgroups e da web criaram-se incontáveis grupos de

cibernautas, que apesar de não se conhecerem

pessoalmente, mantêm no âmbito do ciberespaço relações

pessoais e profissionais, por vezes sociais.”

A tecnologia tornou-se um elemento importante em nossa vida como: o

celular, o cartão de crédito, a máquina fotográfica digital, o computador e a

internet. Empresas, que atentarem para a quantidade de internautas que se

conectam diariamente no comércio eletrônico, poderão ter sucesso ampliando seu

mercado, fazendo com que este internauta casual se torne um consumidor,

segundo Jagdish Sheth. Entidades públicas e empresas do setor privado estão se

organizando para tirar a máxima vantagem da nova tecnologia da informação e da

promessa da internet, como um meio de comunicação rápida, de recuperação e

disseminação de informação.

Segundo Kotler (1999, pág. 254):

“Acreditamos que a revolução da informação e o ciberespaço

modificarão significativamente o cenário do marketing e

alterarão o destino de diversos participantes no processo de

fornecimento de valor. Os consumidores de hoje se deparam

com mais maneiras de obter um bem ou um serviço que em

qualquer outro momento na história. A concorrência entre

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canais de vendas está cada vez mais acirrada. Acreditamos

que os canais eletrônicos sobrepujarão os canais varejistas.”

3.2 – Normas de conduta

A maneira mais garantida de alguém ser expulso da internet ou ser

agredido por usuários da rede, é enviar um anúncio não solicitado para um ou

mais grupos de interesse na rede. Portanto, a pior coisa que uma empresa pode

fazer é mandar qualquer quantidade de mensagens não solicitadas par usuários

da internet. Esta é uma péssima forma de relações públicas.

O destinatário de uma mensagem não solicitada estará perdendo tempo e

dinheiro e, além do mais, isto é uma violação direta da privacidade do cidadão na

internet.

Uma reação possível (e comum) contra a em mensagem não solicitada é o

envio, em retorno, de milhares de mensagens, além de outras formas possíveis de

sabotagem tecnológica.

Não apenas, é uma má política mandar mensagens não solicitadas pela

rede, mas isto também, é um atestado de falta de criatividade, uma vez que

existem diversas formas mais interessantes de se anunciar na rede. Algumas

recomendações são apresentadas a seguir.

Deve-se descobrir o que é aceitável pela comunidade internet;

Em alguns fóruns da internet, qualquer atividade comercial, mesmo

apresentada da forma mais sutil, não é apreciada. A empresa interessada em

atuar na internet deve investir tempo procurando conhecer o funcionamento dos

fóruns relacionados à sua área de atuação, anunciando neste fóruns de uma

forma “politicamente correta”.

Mensagens sobre produtos e serviços devem ser mantidas curtas;

Usuários regulares da internet recebem, em geral, uma grande quantidade

de mensagens eletrônicas. Mensagens comerciais muito longas correm o risco de

nem serem completamente lidas. Uma mensagem curta deve concluir, explicando

como mais informações podem ser obtidas.

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Deve-se evitar o sensacionalismo;

A comunidade internet é orientada para o conteúdo. Ela aprecia qualidade,

informação filtrada e valor adicionado. A mensagem comercial deve procurar

incorporar comentários interessantes e gerais sobre a área de atuação da

empresa ou qualquer outro tipo de informação útil de natureza geral.

Empresas devem procurar criar seus próprios fóruns;

É possível criar um newsgroup na usenet para a discussão dos produtos da

empresa (a usenet é recebida pela grande maioria de usuários de internet e

possui mais de seis mil grupos de interesse).

As empresas devem procurar interagir com a comunidade da internet.

O mundo dos negócios precisará aprender uma nova linguagem para

interagir adequadamente com a comunidade internet. Não e espera, por exemplo,

que um membro da comunidade venha pontificar sobre o seu produto, como s

seus interlocutores não fossem capazes de avaliá-lo.

3.3 – Políticas de uso

Existem vários modos de se usar a internet: enviar e receber e- mail,

pesquisar, comprar e vender. A abordagem utilizada pela internet não é diferente

das que são usadas por outras tecnologias de informação como: telefone, fax,

copiadora, etc., estando sujeito aos mesmos padrões éticos e legais, os

profissionais de marketing na era digital. Segundo Sheth (2002) a adoção de uma

política de uso aceitável por um órgão público, constitui um primeiro passo

importante para desestimular as formas mais notórias de comportamento

indesejável no local de trabalho. Todavia, mudanças mais sutis, igualmente

importantes, podem acontecer na vida de grupos dos órgãos como resultado de

ficar on- line.

Entretanto, ao contrário de outras mídias, a internet é um veículo interativo

que possibilita feedback, interação e co- criação instantâneos. Isso

inevitavelmente diminuirá a diferença entre a elite e as massas. Em outras

palavras, o temor da “divisão digital’ ou da lacuna entre os que têm e os que não

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têm acesso a informações, é mais uma realidade do presente, fundamentada no

computador pessoal como aparelho de acesso à internet. Conforme artigo escrito

por Adrian Slywotsky ( pág. 42, edição 766 de 15/05/02, Edição especial, Revista

Exame), sob o título “seja único”: Os detalhes técnicos indispensáveis à

digitalização são tão complexos, tão interessantes e importantes, que é muito fácil

se perder neles. Em vez disso, ampliamos nossos horizontes no intuito de

enfatizar os benefícios para o consumidor, o impacto estratégico e as implicações

da digitalização para a empresa. O que importa não é apenas vender mais

produtos em seu site, manter contato com o cliente via e-mail ou gerenciar

compras na internet, o que importa é obter informações em tempo real, e não com

atraso; parar de tentar adivinhar o que o cliente deseja e conhecer suas

necessidades; aliviar o fardo burocrático do funcionário encarregado de tarefas

que geram pouco valor alavancando suas habilidades; e por fim, deixar

simplesmente de ouvir falar de benefícios da digitalização para coloca-la em

prática.

3.4.- Internet na vida em grupo

Segundo Venetianer (1999, pág. 202):

“ A internet inaugura a possibilidade da aproximação das pessoas do

planeta inteiro, resultando em uma incrível teia de colaboração humana. Em um

mundo materialista, a internet está permitindo às pessoas redescobrirem o prazer

da comunicação pessoal e da gratificação em poderem ser prestativos.’

O conteúdo da internet deverá ser imaginativo, proporcionando uma leitura

interessante para inúmeros internautas ou, um canal de divulgação de suas

mensagens. Segundo Sheth (2002, pág. 304) : “A medida que a democratização

da riqueza, da informação e do poder ou da influência toma lugar, é provável que

torne as pessoas mais conscientes da maior diversidade de opiniões e crenças no

ciberespaço.”

As páginas na internet, assim como os pregadores de ideologia do

passado, serão utilizados para propaganda e influência. Os benefícios sociais da

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internet também virão acompanhados de um crescente desvio de comportamento

pessoal, o lado sombrio do ser humano se manifestará no mercado. A

comunicação vai reduzir o tempo de semanas para dias e ao mesmo tempo

proporcionar uma economia em todos os sentidos, já que a digitalização por si só,

mexe com todo o conteúdo pragmático até agora conhecidos. O mundo está

caminhando a passos largos em busca de novos conhecimentos. O ontem já

passou e o hoje seria o futuro nesta era da internet. Ela está mudando as

características dos negócios, em busca da diferença entre empresas com os

avanços das tecnologias e mudando a cultura corporativa dentro das

organizações.

CAPÍTULO IV

A QUESTÃO DA SEGURANÇA

4.1 – Segurança como elemento fundamental de marketing

A grande preocupação na utilização do marketing na internet reside nos

problemas de segurança existentes. A grande rede é , simbolicamente, uma porta

de entrada e saída para o mundo,e, como toda porta, é potencialmente vulnerável

à ataques. Constantemente toma-se conhecimento de novos métodos de atuação

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bem sucedida de hackers, apesar de toda uma política de segurança definida e

implementada.

Isto não pode, não deve, e não é motivo para não se adotar o e- business

como agregador de valor aos negócios da empresa. A segurança da instalação

consiste numa série de procedimentos e dispositivos que devem estar num

processo permanente de melhoria e atualização. Afinal, as ameaças são

constantes, pois os criminosos evoluem, criando novas técnicas que objetivam a

quebra das barreiras estabelecidas.

No ambiente virtual, a segurança é um elemento fundamental para os

sucesso do negócio on-line. Ela protege dados, comunicações e transações. Os

controles de segurança devem ser de máxima importância. A plena confiança

entre as partes envolvidas em uma transação é um fator primordial no mundo do

comércio eletrônico.

Outro elemento motivador na implementação do e- business é o fato de que

os usuários confiam mais nas informações disponibilizadas on- line do que nas

encontradas em outras fontes. Isto é o que garante a United Press International

que, com base em pesquisa realizada em junho de 1998, aponta um índice de

43% de confiabilidade na informação on- line contra 35% em outras mídias (Fonte:

Information Week – June 1, 1998- Edupage 9/6/98- RNP/MCT)

4.2- Ameaças à segurança

Ao adotar o e –business, a empresa expõe-se às ameaças provenientes da

internet devido à sua vulnerabilidade. Contudo, sabe-se que também existem

fragilidades nas suas próprias redes internas e o maior perigo é que estas últimas

não são percebidas na mesma proporção que as da grande rede.

Quando a internet foi criada em 1969, não foi projetada tendo a segurança

em mente. Sem uma infra- estrutura segura, a defesa torna-se mais difícil, e além

disso, a internet é um ambiente altamente dinâmico tanto em termos de

tecnologia, quanto em ternos de topologia [ LONGS97]. Logo, torna-se necessária

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a definição de uma política de segurança flexível, que determine quais são os

objetivos desta segurança, de acordo com os itens que seguem [SEI97]:

• Serviços oferecidos x segurança oferecida:

Para alguns serviços, o risco é maior que o benefício. Logo cabe ao

administrador decidir se é melhor acabar com o serviço dedo que protegê- lo;

• Facilidades de uso x segurança:

Solicitar passwords torna um sistema menos conveniente, contudo mais

seguro. Mais exigir um password o torna mais difícil de uso;

• Custo da segurança x o risco da perda:

Existem custos diferentes para a segurança, como: monetário( custo para

adquirir hardware e software) , desempenho (tempo para criptografar e

descriptografar) e facilidade de uso. Também há vários níveis de risco: perda de

privacidade (leitura do dado por pessoa não autorizada), perda do dado (dado

alterado ou apagado) e a perda de serviço (negar acesso, falta de área para

armazenamento). Cada tipo de custo deve ser analisado contra o risco da perda.

Para isso é importante que, inicialmente, sejam identificadas as ameaças a que a

empresa está sujeita, e em seguida sejam definidos os mecanismos a serem

adotados a fim de combatê- las.

Porém, identificar as ameaças possíveis, passa obrigatoriamente , primeiro

pela enumeração de tudo aquilo que precisa ser protegido. Dos itens a proteger,

alguns são óbvios e outros são freqüentemente esquecidos. Com base numa lista

criada por Pfleeger em 1989, foi gerada uma adaptação contendo os itens abaixo

(Fonte: SEI- Site Security Handbook- September 1997- http://info.

Internet.isi.Edu/Edu/in-notes/rfc/files/rfc2196.txt)

Hardware:

CPUs, terminais, estações de trabalho, computadores pessoais, impressoras,

discos, servidores, roteadores

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Software:

Programas fonte e objeto, utilitários, sistema operacional, programas de

comunicação e de diagnóstico;

Dados:

Durante a execução, armazenamento on- line e off- line, back ups, bancos de

dados;

Pessoas:

Usuários, administradores responsáveis pelo hardware;

Documentação:

Programas, hardware, sistemas e procedimentos administrativos; e

Suprimentos:

Papéis, formulários, bobinas e meios magnéticos.

(Fonte SEI – Site Security Handbook – September 1997-http://info.internet.isi.Edu/in-

notes/rfc/files/rfc2196.txt)

Uma vez identificados os itens a serem protegidos, é necessário identificar

as ameaças. Estas devem ser analisadas para se determinar qual o grau de risco

de perda potencialmente ocasionado por cada uma delas. A seguir algumas delas

são descritas.

Segundo Wylder, vice- presidente sênior do Sun Trust Service, um dos

maiores bancos em Atlanta, existem listas com até noventa e duas ameaças, o

que inviabiliza totalmente o seu gerencialmente. Para facilitar, o OURS (Open

User Recommended Solutions) consórcio formado por Wylder e executivos de TI,

de algumas das maiores companhias, reuniu-se com o objetivo de elaborar um

guia geral para segurança na Web. Neste trabalho, foram identificadas nove

ameaças principais às aplicações baseadas na web. São elas:

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Destruição de dados-

É a perda dos dados, causada por atividades não autorizadas. Este evento é

extremamente complicado, exigindo tempo e recursos para investigar e corrigir;

Interferência-

É o roteamento intencionalmente incorreto, podendo levar a uma interceptação de

mensagens ou até uma tentativa de danificar o servidor web;

Modificação/ substituição-

Significa interceptar o dado e altera-lo no momento da transmissão ou da

recepção de transação. No caso de grandes transmissões, é muito difícil detectar

tal situação;

Apresentação incorreta/ falso uso do dado-

É o fornecimento de credenciais falsas, passwords ou outros dados. Uma outra

situação é a colocação de uma página para interceptar ou atrair, afastando o

usuário do destino pretendido;

Repúdio-

Quando um ou mais usuários negam ter participado de uma comunicação. Isto é

uma ameaça crítica às transações financeiras eletrônicas;

Inadvertidamente um mal uso-

Ações não apropriadas são executadas acidentalmente por usuários autorizados;

Alteração não autorizada/ downloading -

Qualquer atividade de escrita, atualização, cópia ou operações assemelhadas,

desempenhada por uma pessoa sem permissão para conduzir tal tarefa;

Transações não autorizadas-

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Qualquer uso efetivado por alguém não aprovado previamente, e

Exibição não autorizada-

Visão de uma informação da web por um indivíduo que não obteve

permissão explícita para ter acesso a ela.

Na verdade, as ameaças geralmente exploram os pontos fracos de um

sistema, freqüentemente relacionados à tecnologia. Muitas destas fraquezas vêm

da deficiência dos produtos que utilizamos (software e hardware) e também de

falhas na comunicação.

4.3- Mecanismos de defesa

Para se defender de tantas ameaças, a empresa deve esclarecer certos

controles de segurança que serão usados como base para um programa de

segurança da informação. Dentre os princípios básicos de segurança da

informação aceitos, estão a proteção da confidencialidade, da integridade e da

disponibilidade. Esta combinação é conhecida como CID (Cofidencialidade,

Integridade e Disponibilidade) ou CIA (Confidentiality, Integrity and Availability)

Confidencialidade significa proteger as informações contra sua revelação para

alguma pessoa não autorizada. A integridade é a proteção dos dados contra perda

ou modificação, seja ela intencional ou não. E a disponibilidade é a propriedade eu

as informações possuem de estarem acessíveis a prontas para uso. Sem a

adoção destes princípios, não há garantia de dados confiáveis. A figura procura

ilustrar este conceito:

Segurança

Confidencialidade

Integridade

Disponibilidade

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Figura 2-Princípios Básicos de Segurança (Fonte: Bernstein, Terry; Bhimani, Anish B. ;

Schultz, Eugene; Siegel, Carl A.- Segurança na Internet- Editora Campus- 1997)

A OURS relacionou seis conceitos básicos que podem ser utilizados por sistemas

de segurança para garantir um controle das informações. São eles:

1-Identificação e Autenticação

Determinar a identidade de um usuário, aplicação ou sistema, e confirmar se é o

quê afirma ser;

Método: Exigir a identificação do usuário e uma senha no momento do logon, para

aplicar a tecnologia de autenticação, que será descrita mais adiante;

Uso: Todo acesso deveria ter como requisitos, a identificação seguida de

atenticação do usuário, especialmente nos casos de atualização e de obtenção de

privilégios a partir de estações remotas;

2- Autorização -

Uma vez que se tenha identificado e autenticado o usuário, é necessário decidir

quais as concessões, atribuições, autorizações, direitos ou permissões associados

à execução de tarefa solicitada;

Método: definir classes de usuários, às quais serão atribuídos direitos e privilégios

de utilização;

Uso: Autorização é um segundo nível de proteção contra posíveis modificações

sem permissão;

3- Controle de integridade-

Garantir que dados não tenham sido modificados, acrescentados ou eliminados ao

serem transportados ou armazenados, e garantir que estejam completos;

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Método: Utilizar a criptografia e autenticação de mensagem. Eles garantem que a

mensagem não foi alterada, mas não garantem a confidencialidade, isto é, não

garantem que ela tenha sido lida ou “escutada” por alguém;

Uso: Controle de integridade é um dos controles mais importantes na validação de

um ambiente seguro. Ele é inserido através da implementação de algoritmos de

criptografia e autenticação da mensagem nas extremidades da comunicação;

4- Responsabilidades-

Refere-se a tecnologias que possam auxiliar na obtenção de registros sobre as

responsabilidades e domínio das ações na web e/ou mudanças ocorridas;

Método: Incluir trilhas de auditoria e logs , garantir sua ativação;

Uso: Valioso na determinação do erro, e em que momento a falha ocorreu. Sua

utilização ocorre sempre a posteriori da detecção de um problema;

5- Confidencialidade-

Garantir a proteção e a não revelação de dados devido à natureza (legal,

reguladora, patenteada ou confidencial) do recurso da informação;

Método: Criptografar os dados confidenciais e utilizar assinatura digital para

confirmar o proprietário dos dados;

Uso: Técnicas atreladas ao conteúdo do dado, o qual deve ser mantido fora dos

limites de certos usuários ou classes de usuários;e

6- Controles de disponibilidade-

Garantir a presença e o acesso aos dados, que podem ser obtidos rapidamente,

de acordo com pré- requisitos reguladores. Isto implica também na disponibilidade

dos dados, pois eles devem estar prontos para serem utilizados;

Método: implementar rotinas de back- ups adequadas e oferecer redundância em

termos de sistemas e redes;

Uso: estes sistemas estão se tornando importantes na proteção dos dados contra

destruição, contudo eles oferecem apenas uma proteção básica.

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Apesar das ameaças parecerem todas diferentes, muitas delas podem ser

tratadas por um mesmo conjunto de tecnologias, tais como: criptografia,

codificação de informações, de forma que apenas pessoas autorizadas possam lê-

las; autenticação, verificação e garantia da identidade de uma entidade; assinatura

digital, utilizada para comprovar a origem de determinados dados; e o firewall que

oferece proteção contra ataques e um único ponto de controle para a segurança.

A Figura 3 mostra algumas ameaças à segurança e suas soluções.

Ameças Solução Função Tecnologia Dado Interceptado

Criptografia Codificar o dado

Criptografia Simétrica e / ou Criptografia Assimétrica

Identidade Alterada

Autenticação Verificar a identidade

Assinatura Digital

Usuário acessa rede não autorizada

Firewall Filtrar os dados

Firewall, VNP

Figura 3- Ameaças à segurança e soluções (Fonte: Longstaff, Thomas A. ; Ellis, James T. ; Hernan, Shawn V.;Lipson, Howard F.; McMillan, Robert D. ; Pesante, Linda Hutz; Simmel, Derek- Security of the internet- December 1999)

(http:// interactive. Sei.cmu.Edu/features/1998/december/background/background dec98copy(1).htm Em seguida são descritas, brevemente, algumas das principais tecnologias

utilizadas:

• Criptografia

É um método criado para modificar o texto original da mensagem a ser

transmitida, gerando um texto codificado através de um algoritmo, utilizando uma

chave secreta ou pública. No destino, este texto será decodificado através do

mesmo algoritmo, utilizando a mesma chave da origem (criptografia simétrica) ou

outra chave (criptografia assimétrica). O tamanho da chave determina o grau de

dificuldade e custo para decifrar o algoritmo, conforme ilustra a Figura 4. A

criptografia assegura a informação, protegendo sua confidencialidade, integridade

e autenticidade.

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A figura 4 mostra o processo de criptografia onde as chaves de codificação e de

decodificação poderão ser utilizadas de acordo com o método escolhido.

Figura 4- Ilustração do método de Criptografia(Fonte: Kosiur, David- Understanding

Eletronic Commercer- Microsoft Press, 1997.)

Para ilustrar, segundo Kosiur, “ há uma relação de tempo e dinheiro necessário

para se quebrar a chave utilizada na criptografia”. É importante observar que estes

dados se referem à época de publicação do livro. Certamente eles vêm se

alterando ao longo do tempo.

TAMANHO DA CHAVE EM BITS Custo 40 56 64 80 128

US$ 100 mil 2 segs 35 horas 1 ano 70.000 anos 10E19 anos US$ 1 milhão 0.2 segs 3.5 horas 37 dias 7.000 anos 10E18anos US$ 100 milhões 2 milisegs 2 min. 9 horas 7.000 anos 10E16anos US$ 1 bilhão 0.2 milisegs 1.3 segs 1 hora 7 anos 10E15anos US$ 100 bilhões 2 microsegs 0.1 seg 32 segs 24 dias 10E13anos

Figura 5- Comparação entre tempo e dinheiro para “quebra” de chave (Fonte Kosiur,

David- Understanding Eletronic Commerce- Microsoft Press, 1997)

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• Assinatura Digital

A utilização de duas chaves diferentes no processo de criptografia possibilita a

assinatura digital. Ela garante que a mensagem não foi alterada (integridade) e

identifica quem a enviou (autenticidade). Neste processo, o texto original é

criptografado, utilizando a chave privada de quem a envia e, no destino, o texto é

decodificado, utilizando a chave privada de quem a envia e, no destino, o texto é

decodificado, utilizando a chave pública do autor da mensagem. A chave pública

deve ser do conhecimento de todos os possíveis destinatários da mensagem, e

somente ela será capaz de decifrar uma mensagem enviada criptografada com a

chave privada de um determinado emissor.

• Autenticação

Em um sistema de segurança, a autenticação é um elemento importante. Ela

verifica a identidade do usuário, provando que ele é quem declara ser. A prova

pode ser obtida através de um password, algo que o usuário possua como um

smartcard, ou qualquer outra coisa que prove sua identidade, como dados

biométricos, tais como impressão digital, identificação da íris do globo ocular, e

futuramente até o DNA.

• Firewall

Quando informações corporativas são disponibilizadas em uma rede pública

como a internet, são necessários mecanismos de segurança para a proteção das

bases de dados, aplicativos, e demais recursos disponíveis, tendo em vista a

necessidade de controlar e identificar o tipo de informação que entra e sai da rede

corporativa. Os elementos de software e hardware encarregados desta tarefa

compõem o firewall. Sua existência é fundamental para a proteção da rede

interna. Um firewall oferece um único ponto de controle para as decisões referente

à segurança, é o ponto de conexão com o mundo externo. Ele age como uma

ponte, através da qual todo tráfego passa. Estando na linha de frente da defesa

contra intrusos, a sua configuração deve ser cuidadosamente implementada e

testada antes que as conexões entre as redes interna e a Internet sejam

estabelecidas. O firewall oferece um grande apoio quando se implementa

segurança para um site, protegendo contra uma grande variedade de ataques.

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Contudo, existem algumas tarefas que el não pode realizar como, por exemplo,

proteger a empresa contra vírus e contra conexões que não passam por ele.

O fator segurança também é um diferencial competitivo, principalmente quando

se decide utilizar a internet como mais um integrador do negócio. Cada vez

mais,crescem os ataques, elevando os custos e prejuízos com a falta de

segurança. Contudo, pode-se observar que, mesmo diante da grande influência

que o item segurança tem sobre a informação, e do reconhecimento da sua

importância por grande parte das empresas, ainda não foi dada a verdadeira

atenção que o assunto exige. Sabe-se que a definição de uma política de

segurança é recomendável, e para auxiliar nesta tarefa, além de livros e papers,

existem dois RFCs (Requests for Comments), RFC1244 e 1281, escritos pela

Internet Engineering Task Force, cujo objetivo é a adoção de um política. A falta

desta, tem trazido grandes transtornos às empresas, principalmente as nacionais,

o que pode ser constatado através de pesquisa sobre segurança realizada pela

Módulo em 1999, cujos pontos principais encontram-se descritos no item a seguir.

4.4- Pesquisa sobre segurança da informação

A Módulo, empresa brasileira especializada em segurança para as redes,

internet e intranet, realizou em 1999, pelo quinto ano consecutivo, uma pesquisa

nacional sobre segurança da Informação, que analisou as respostas de cento e

quarenta e oito executivos pertencentes aos segmentos mais importantes da

economia brasileira. O objetivo do trabalho foi delinear o perfil da segurança no

país.

Para ilustrar, foram extraídos da pesquisa, os gráficos relacionados ao

problema de segurança quando se utiliza a internet.

Na Figura 6 observa-se que trinta por cento das empresas já sofreram algum

tipo de invasão, e o mais alarmante é que trinta e nove por cento não sabem se

foram invadidas ou não.

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Invasão nas empresas brasile iras

Não sabem se foram invadidas

39%

Já sofreram invasões

30%

Nunca foram invadidas

31%

Figura 6- Invasão nas empresas brasileiras (fonte:Revista Módulo-site:www.modulo.com.br)

Grande parte destas invasões são ocasionadas por funcionários internos,

conforme ilustra a figura 7 abaixo, significando que as empresas ainda não

perceberam os riscos ocasionados pelos hackers internos.

Responsáveis pelos problemas com segurança

Clientes6%

Outros6%

Concorrentes2%

Hackers17%

Fornecedores/ Prestadores de serviço

9%735%

Causa desconhecida25%

Figura 7- Responsáveis pelos problemas com segurança (fonte: Revista Módulo- site:

www.modulo.com.br)

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Apesar dos ataques à rede, apenas um percentual pequeno das empresas pesquisadas

possuem um plano de ação preparado para os casos de invasão, de acordo com a figura 8 a

seguir:

Possui planos de ação contra ataques

Não sabe15%

Não59%

Sim26%

Para uma comunicação segura entre a rede interna e a internet, tem -se

aumentado significativamente a instalação de firewalls. De cinco por cento, em

1996 que possuíam firewall, passou-se para setenta e nove por cento em 1999. A

utilização de firewall está se tornando crescente ano a ano, como pode ser

observado na figura 9 a seguir:

Uso de Firewall nas empresas

5%

18%

45%

79%

0% 50% 100%

1996

1997

1998

1999

Figura 9- Uso de Firewall (Fonte: Módulo Informática- Pesquisa Nacional sobre Segurança-

1999 http://www.modulo.com/noticia/pesquisa.htm)

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Como se sabe, a informação é um dos principais ativos da empresa, e a

sua proteção é fator de sobrevivência e competitividade para as corporações,

sendo freqüentemente considerada um fator estratégico. O e-business promete

novos mercados e novas oportunidades como constata-se através das estimativas

do IDC (International Data Corporation), de que o e- business atingirá US$ 3,1

trilhões no anos de 2003. Sendo assim, torna-se fundamental a existência de uma

infra- estrutura robusta e flexível para garantir a segurança.

4.5 – Tipos mais comuns de invasões

Spoofing (imitar, em português) é o ato de copiar um web site legítimo,

inclusive um layout, cores e função para obter informações de cartão de crédito ou

roubar negócios. A técnica envolve registrar um nome de domínio muito similar ao

de um site de vendas legítimo, mas que seja diferente apenas uma letra, como

Amazin.com. (Fonte: Módulo Informática- Pesquisa Nacional sobre segurança – 1999

http://www. modulo.com.Br/noticia/pesquisa.htm)

O website ilegal então copia o texto e os elementos gráficos do site legítimo

e adiciona alguma funcionalidade para imitar o funcionamento dos links contidos

no site. O próximo passo é oferecer um produto popular a um preço irrisório para

induzir as pessoas a enviarem os dados de trocas de algumas letras, alguns

fazem isso de má fé; outros estão apenas usando a criatividade para chamar a

atenção para o seu site legítimo.

Sniffing (bisbilhotar, em português) é um termo utilizado para descrever o

ato de ter pacotes de informações não protegidos, enquanto estes circulam pela

rede. Realizar o sniffing de pacotes é relativamente simples, com a utilização de

diversos softwares de snifing de redes que foram originalmente desenvolvidos

para auxiliar na detecção de problemas em redes. Hackers sofisticados espreitam

ou procuram mensagens de/e para determinados endereços IP e, caso encontrem

algo, vendem as informações a criminosos ou concorrentes.

(Fonte: Módulo Informática– Pesquisa Nacional sobre segurança- 1999

http:// www.modulo.com.br/noticia/pesquisa.htm)

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Alteração de conteúdo é um método para desviar pagamentos. Seria como

interceptar um número de conta bancária e altera-lo para outro.É utilizado por

sniffers que, depois de captarem pacotes, alteram seu conteúdo e o enviam para

seu destinatário original. Outra informação que poderia ser alterada é o endereço

do destinatário de um pedido. ( Fonte: Módulo Informática- Pesquisa Nacional sobre

segurança- 1999 http://www. modulo. com.Br/noticia/pesquisa.htm)

Negação é uma técnica ilegal que consiste em realizar uma transação

comercial com uma organização por meio eletrônico e depois negar que a

transação tenha ocorrido, ou sequer tenha sido iniciada. Um usuário da internet

pode pedir um produto em uma linha de crédito e fazer com que seja entregue em

outro endereço. Depois, quando receber a conta, negar ter solicitado o produto.

(que, a essa altura, obviamente já está em algum armazém vazio) (Fonte: SMITH,

Rob, SPEAKER, MARK E THOMPSON, Mark. O mais completo guia sobre e- commerce)

4.6.- Privacidade

Muitos internautas ainda têm medo nas transações comerciais pela internet,

principalmente, quando se trata de fornecer os dados pessoais como o número do

cartão de crédito, fazendo com isso, a necessidade de dar segurança na

privacidade para estes clientes on- line. As empresas que tiverem a capacidade de

administrar informações seguras sobre os clientes, processos de pagamentos e

outros, serão bem sucedidas nesta era da informação.

Nunca deve- se pedir o número de cartão de crédito ou qualquer outra

informação confidencial do comprador, se a página não estiver operando sobre o

guarda- chuva de um servidor de protocolos seguros.

Para garantir que as informações não posam ser lidas, a criptografia

oferece um método para o envio de informações sem nenhum risco, desde que a

técnica criptográfica de chave dupla seja utilizada. Depois de obter uma chave

criptográfica pública da parte com quem está sendo feita a comunicação

,armazená- la e tendo uma chave privada para decodificá- la, a troca de

informações poderá ser feita com privacidade.

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4.7- Credibilidade

Segundo Venetianer(1999, pág. 236):

“ O que o dono de uma loja virtual pode fazer para

incrementar essa sensação de segurança: inicialmente, seu

site necessita de um segmento (uma ou mais páginas) que

descreva quem é sua firma, o que ela faz, há quanto tempo

opera, quem são seus maiores clientes ou onde é possível

obter informações sobre sua idoneidade. Se sua empresa

pertence a alguma associação de classe ou se tem algum

credenciamento profissional, mencione isto também. Muita

gente acha que inserir em um website um segmento

institucional é pura perda de tempo dos designers. Grande

engano. Quanto menos conhecida for sua empresa, mais

importante se torna apresentá- la adequadamente.”

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CAPÍTULO V

ASPECTOS JURÍDICOS DOS NEGÓCIOS ELETRÔNICOS

5.1.- Desenvolvimento dos negócios eletrônicos

Torna-se necessário identificar, sob o ponto de vista jurídico, os elementos

que permitem o desenvolvimento de negócios pela rede da internet e como aplica-

los nas operações concluídas através deste canal.

Para tanto, precisamos entender como se processa os negócios

empresariais no mundo presencial, quais as cautelas para a manutenção e

preservação de direitos próprios e de terceiros, envolvendo aí, a relação de

trabalho, a necessidade de se constituir uma sociedade civil ou comercial, a

emissão dos tributos envolvidos, as medidas a serem tomadas para proteger o

direito dos consumidores, no tocante a qualidade dos produtos oferecidos e a

titularidade dos mesmos, além de outras questões daí decorrentes.

Neste sentido, destacamos alguns fatos que impulsionam esta cadeia, de

forma permanente e efetiva, destacando entre eles, os seguintes:

- empresa constituída,

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- pessoal contratado como empregado ou como terceirizado,

- propaganda a respeito do produto a ser oferecido,

- a importância da marca como identificador do produto,

- a satisfação do consumidor,

- responsabilidade pelas informações prestadas

- oferta de preços compatíveis como objeto oferecido,

- tributação.

De uma análise mais consubstanciada, do ponto de vista jurídico, concluímos

que os destaques acima decorrem da necessidade de observância de normas

legais aplicáveis a cada caso, uma vez que as mesmas não sobrevivem calcadas

na simples vontade das partes, posto que a atividade econômica tem o interesse

do Estado.

Assim, quando o negócio é transferido para a via eletrônica, podemos afiançar

que nada se modifica e, contrariamente ao imaginado, a formalidade até então

tratada de modo superficial, passa a ser elemento essencial para o sucesso do

empreendimento.

Portanto, o que caracteriza um negócio eletrônico?

Nada mais é do que a transposição de atividades, normalmente, desenvolvidas

no mundo presencial, com o contato físico das partes, para o ambiente virtual,

gerando conseqüência no mundo jurídico que se refletem no mundo financeiro,

trazendo lucro ou prejuízo.

Em vista das constatações acima, estudaremos, inicialmente, como ocorrem os

fatos antes listados, quais os fundamentos legais disponibilizados e que de certa

forma limitam a liberdade das partes contratantes, para depois avaliarmos as

conseqüências da não observância desses dados. (Fonte: COELHO,Fábio Ulhoa- Curso

de direito comrcial- Rio de janeiro- Sariva)

5.2- Desenvolvimento dos negócios mercantis

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Segundo Jean Cruet: “ há anos já se viu a sociedade transformar o Direito,

mas nunca se viu o Direito transformar a sociedade. O Direito vem sempre à

reboque da sociedade.”

Desde longa data, que o ser humano pratica a atividade mercantil. Ante a

necessidade de sobrevivência, fazia uso ,primitivamente, da troca ou escambo.

Na medida em que houve a evolução da sociedade, a forma de aquisição

de bens e serviços foi se modificando, sendo que, finalmente, apareceu a moeda

para nortear a movimentação de negócios, passando a ser o parâmetro para o

estabelecimento de coisas mais ou menos valiosas.

O conceito econômico de operações mercantis varia de acordo com o

momento político. Porém a moeda, como medida de troca foi se cristalizando no

mundo moderno.

A moeda, portanto, foi a base para o desenvolvimento dos negócios

comerciais.

Da mesma forma, a figura do mercador, foi se aprimorando, passando o

mesmo a se estabelecer em local certo, onde expunha produtos para venda, na

maioria das vezes, fruto da caça, pesca, agricultura e artesão artesanal.

O direito comercial surgiu na Idade Média, como um conjunto de normas

especiais que diferiam daquelas pertencentes ao direito civil, destinadas à regular

as atividades comerciais.

A evolução do mundo moderno e a Revolução Industrial determinaram o

aparecimento das primeiras indústrias, acarretando mudanças nas relações

comerciais e a sofisticação tomou conta dos negócios daquela época.

O Brasil não ficou alheio a este movimento moderno e arrojado, fato notado

com a chegada do Imperador D. Pedro II, que incrementou a atividade industrial

no País, diminuindo a distância da Europa, onde todo esse processo já era

sentido.

Foi ele quem trouxe o serviço postal para o Brasil, dentre outras novidades,

de forma a facilitar o intercâmbio de negócios, assim como instalou a primeira

linha telefônica.

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5.3- Precauções

O empresário, ao iniciar a sua atividade on- line, procura vincular seu

produto a outros segmentos a ele convergentes, de forma a buscar maior

integração de todos. Pela facilidade existente na formação da propaganda desses

outros produtos, o empresário, ainda agindo de boa fé, recorre a recursos não

muito saudáveis para inserção de nomes famosos no seu site, gerando

constrangimento em relação ao dono do negócio ali identificado.

A propaganda para divulgação de produtos e da atividade mercantil de

terceiros depende de contrato firmado entre as empresas que se interessam pela

exposição dos seus negócios, via internet.

Aliás, é de boa monta registrar, que a negociação , muitas vezes, pode ser

rentável, já que a inserção de banners se tornou uma grande fonte de receita para

os portais, sendo que, o seu valor se torna mais alto, na medida em que, o mesmo

vai se tornando mais conhecido.

A popularização dos banners torno os seus links tão lucrativos que, estes

são hoje a principal fonte de renda para financiar inúmeros serviços gratuitos via

internet, tais como a cessão de espaços para homepages ou de endereços de e-

mail.

A partir deste sucesso, vem surgindo os contrato de instalação de

propaganda, através dos webmasters, (que é a pessoa responsável pela

administração de um website), que possibilitam a regulamentação dos links de

caráter estritamente comercia, aplicados por muitas empresas.

5.4.- Conseqüências da utilização indevida da marca e do sinal de

propaganda

Caso a linkagem tenha sido feita através de utilização indevida e não

autorizada, a situação se transforma integralmente. Nestes casos haveria, não se

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comprovando o registro, a aplicação dos princípios jurídicos da violação das

marcas.

Não resta dúvida, contudo, que tal ilegalidade deve ser observada com

cautela, considerando o disposto na Lei n º 9.279/96, que trata das atenuantes no

seu art. 132, incisos I a IV, ou seja, o dono da marca não poderá impedir que os

comerciantes ou distribuidores utilizarem a sua marca juntamente com o produto

objeto do negócio, bem como que haja citação de determinada marca em

discurso, obra científica ou literária ou qualquer outra publicação, desde que não

seja para fins comerciais.

A linkagem poderia, ainda, ser considerada como um ato de concorrência

desleal ou até de propaganda enganosa. É, todavia, importante verificar se foi

feita com o intuito de desmoralizar o concorrente ou mesmo ludibriar os

consumidores.

Tal atitude traz conseqüências jurídicas estabelecidas na legislação de

defesa do consumidor(lei nº 8.078/90, arts 4º e 37) devendo ser aplicado o

instituto da repressão à concorrência desleal, invocável desde que comprovada a

existência do ilícito, sendo que tal prática é tipificada como os crimes previstos no

art. 195, I ou II da Lei da Propriedade Industrial, podendo se obter o ressarcimento

do dano decorrente do prejuízo causado.

5.5- Registro de domínio e o provedor de acesso à internet

Apesar de não existir legislação dispondo a respeito, deverá o interessado

registrar o seu nome de domínio na FAPESP, órgão que foi se tornando habilitado

para tal procedimento, como forma de evitar a utilização do nome por terceiros.

O nome de domínio não se confunde coma marca, já que representa um

conjunto de composição numérica, que garante a sua identificação na rede.

É, na verdade, um número de acesso à rede, que em face do

desenvolvimento deste segmento, tornou- se um elemento de barganha e de má

fé para internautas que registram marcas famosas para poderem negociar com os

seus reais titulares.

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Apesar desta atitude, que caracteriza a prática de ilícito, entende- se que as

duas situações são totalmente diferentes, uma vez que, o depósito da marca é

legalmente estabelecido e cria um diferenciador do produto a ser vendido.

Na hipótese do nome de domínio, apesar da eventual confusão que possa

vir a ocorrer, o internauta jamais vai se enganar, visto que, ele procura o produto

com a marca e não o endereço que copiou a marca, acarretando como

conseqüência, situações totalmente diferentes. A lei 9279/96 dispõe a respeito da

proteção da propriedade industrial e inclui no seu texto a proteção da marca.

O provedor, por sua vez, é atualmente uma das figuras mais importantes

desta relação, uma vez que permite o acesso ao website , caracterizando- se, sem

dúvida, uma relação de prestação de serviços, onde o dono do website contrata os

serviços de acesso à internet.

A nova legislação de telecomunicações, Lei nº 9.472/97, não tratou do

provedor, uma vez que entendeu ,expressamente, que os serviços de valor

adicionado não são serviços de telecomunicações, não estando, portanto, sujeitos

às regras e regulamentação da Anatel.

Analisando- se com cautela a definição de serviço de valor adicionado

inserta na legislação em pauta, permanece a dúvida se o provedor pode ser

considerado como tal.

Para os efeitos da legislação em tela, serviço de valor adicionado é aquele

oferecido pela operadora, visando criar um diferencial nos seus serviços.

O provedor mantém, portanto, uma relação contratual com a operadora de

telefonia, sendo duas empresas distintas acertando as condições através das

quais irão se relacionar.

Assim, é um serviço independente prestado ao dono do website e ao

internauta, como forma de permitir o acesso direto, neste caso, como provedor

propriamente dito, ou disponibilizando o acesso pertinente, como provedor de

conteúdo, ou seja, o acesso é feito por um outro provedor, porém, ele é linkado

para acessar o seu conteúdo e navegar na internet. A norma 05/94 estabeleceu os

critérios de acesso do provedor na internet.

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5.6.- O consumidor e os seus direitos

A atividade mercantil, mesmo através do website, mantém os princípios e o

respeito à legislação vigente e não ilide a aplicação de sanções pelos titulares ou

por quem o mesmo indicar, caso seja constatada a violação de direitos autorais

de marca e propaganda enganosa.

Mas, enquanto, todas essas questões surgem no âmbito empresarial, o

consumidor que procura adquirir o produto ou o serviço através deste mecanismo,

pode sofrer todo o impacto desta situação, criando para ele um prejuízo que,

muitas vezes, é de difícil recuperação.

Esta situação encontra a proteção pertinente no Código de Defesa do

Consumidor (Lei 8.078/90), que estabelece, de forma clara e inconteste, quais os

direitos que a parte prejudicada pode exigir.

Um dos fatores primordiais desta situação é o consumidor inadvertido, qual

seja: “comprei alhos por bogalhos” / “ gato por lebre”!

Esta exclamação caracteriza de modo indubitável o seu descontentamento,

ao descobrir que foi enganado ou ludibriado pelo fornecedor de um determinado

produto. A legislação brasileira já previa, há bastante tempo, tal postura indigna do

fornecedor, garantindo os meios de defesa ao consumidor, porém, este jamais se

arvorou em fazer valer os seus direitos, uma vez que, tinha que provar a culpa e o

dano sofrido.

A Constituição de 1988 tem incluída em suas disposições a preocupação

sobre os direitos do consumidor e, neste sentido, em atendimento aos

mandamentos da Carta Magna, foi promulgada a Lei 8.078/90.

Conforme já dito, a estrutura legislativa tentou suprir as lacunas existentes

neste particular, especificamente no terreno dos contratos e do princípio da

autonomia da vontade, onde a relatividade das convenções firmadas entre as

partes eram absolutas e autônomas.

Neste campo, vigorava o princípio “nenhuma responsabilidade sem culpa” ,

impondo ao prejudicado(consumidor) a necessidade de provar a negligência, a

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imperícia ou a intenção maldosa(dolo) do causador do dano- o fabricante ou o

prestador do serviço.

Esta postura começou a ser alterada em face dos riscos para o mercado

consumidor decorrentes do desenvolvimento e da ampliação do mundo dos

negócios.

A defesa do consumidor pode, portanto, ocorrer no plano administrativo,

penal ou civil.

No plano administrativo, a ação preventiva ou repressora do Estado visa

responder, ante ao interesse público, pela inobservância das normas proibitivas

existentes no relacionamento entre a administração pública e os fornecedores.

No plano penal, a sanção repressiva destina-se a punir as infrações

definidas como delito, ainda à luz do interesse coletivo e na defesa dos valores

maiores da sociedade.

No plano civil, a repressão consiste em diferentes ações contra os infratores

em virtude de práticas lesivas, danos morais e patrimoniais havidos.

A grande novidade instituída pela lei é a tutela da dignidade do consumidor,

prevista expressamente no seu art. 4º, adimitindo- se, a partir de então, a ação

direta do consumidor ou usuário contra o fornecedor, independentemente, da

indagação da culpa e com a inverso do ônus da prova.

Para os efeitos do Código de Defesa do Consumidor, o consumidor é tanto

pessoa física quanto jurídica, ainda que empresária, desde que, seja destinatário

final do bem ou serviço.

Fornecedor, para a lei, é o sujeito passivo, abrangendo tanto a pessoa

física quanto a jurídica, pública ou privada que, de qualquer forma, produz bens ou

serviços para o mercado, sendo a sua venda feita através de meio físico ou virtual.

No tocante a definição do produto ou serviço prestado ser defeituoso ou

não, considera- se que o mesmo é defeituoso quando não oferece a segurança

que dele legitimamente se espera, gravitando, portanto, o critério legal em duas

noções básicas: o da segurança e do perigo.

A responsabilidade por vício é, portanto, a mesma existente no artigo 863 e

seguintes do CCB ainda em vigor, porém, que será revogado a partir de junho do

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ano vindouro (Código Civil Brasileiro), entretanto a novidade que a lei do

consumidor introduziu é, que afasta- se a indagação de culpa, adequando- se às

regras ali estabelecidas às relações de consumo.

Para tanto, fixou- se o prazo de 30 dias para o vendedor sanar o vício, sob

pena de ter que substituir o produto por outro, ou restituir imediatamente a quantia

paga (este prazo pode ser reduzido ou ampliado de sete ou para cento e oitenta

dias).

Conforme se verifica, o ônus de provar a culpa não é mais do consumidor e

sim do fornecedor de bens e serviços, conforme está previsto na lei de regência, já

que, eles continuam íntegros para a atividade ligada à internet.

5.7 – Contratos nos negócios eletrônicos

Além, de tudo o que já foi visto, é necessário ter muita cautela com relação

à formulação de contratos nos negócios eletrônicos em geral.

O contrato de desenvolvimento de negócios eletrônicos, seja ele com

empresas terceirizadas ou não, deverão conter o seguinte:

- Objeto dos serviços, descrevendo a configuração do website e as informações,

que o mesmo deva contemplar em relação ao negócio, a ser fornecida pelo

tomador dos serviços;

- Obrigações das partes;

- Cronograma de desenvolvimento dos serviços;

- Local do desenvolvimento dos serviços;

- Preço dos serviços e forma de pagamento;

- Direitos sobre o resultado- código fonte;

- Aceitação dos serviços;

- Sigilo e confidencialidade;

- Responsabilidade civil;

- Respeito aos direitos de terceiros;

- Manutenção e assistência técnica(garantia)

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- Mecanismos utilizados para proteção e segurança na informação;

- Lei aplicável e foro.

Deverá haver, também, o Contrato de Licença de uso de software onde

deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

- Informar ao titular do software licenciado a respeito, requerendo a sua

autorização formal para proceder a customização;

- Objeto do serviço que deve envolver de forma clara o software licenciado;

- Demais cláusulas anteriormente citadas;

- Conclusão.

Não resta dúvida que, o software é a ferramenta mais utilizada para dar

suporte a desenvolvimento de projetos e sua implementação, pela sua eficiência e

facilidade na troca e armazenamento de informações e dados.

Portanto, uma das condições essenciais que deve nortear o contrato é a forma de

proteger a ferramenta que será utilizada para o desenvolvimento do projeto e a

implementação devendo o prestador de serviços responder contratualmente pela

não observância dos preceitos legais e contratuais daí decorrentes. (Fonte:

RODRIGUES, Silvio- Direito Civil- Rio de Janeiro: Ed. Saraiva).

5.8- Responsabilidade Civil

Não há contrato, atividade, ato, até mesmo abstenção, que não contenha o

germe de uma responsabilidade criminal ou civil.

É em torno dessa teoria da responsabilidade que se verificará a situação de

indenizar o dano moral ou patrimonial causado à terceiro, decorrente de

inadimplemento de obrigação legal ou contratual, ou imposta por lei.

Assim, qualquer inobservância de um preceito legal ou contratual acarretará

responsabilidade ao transgressor.

Diferenciando a responsabilidade civil, daquela oriunda da responsabilidade

essencialmente contratual, que deriva de direitos e obrigações constantes do

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contrato assinado entre as partes, no caso de fornecimento ou entrega, incluindo o

transporte, em geral, a responsabilidade decorre do inadimplemento contratual ou

deriva de acontecimentos aleatórios em decorrência de danos por acidentes ou

fatos de transporte.

No primeiro caso, temos o descumprimento de cláusulas contratuais nos

contratos de afretamentos, transportes, seguros, etc. No segundo caso, as

colisões, os abalroamentos, poluição, avarias, ou qualquer outro tipo de sinistro.

A responsabilidade da transportadora, por exemplo, começa com

recebimento da mercadoria e cessa com sua entrega efetiva, ilesa ao destinatário.

O Código Civil dispõe sobre essa matéria, mas vale a pena lembrar que

existem vários tipos de responsabilidade de acordo com as obrigações: obrigação

individual, obrigação solidária, obrigação divisível, indivisível, etc. Vocês poderão

consultar no documento de leitura em anexo os tipos de obrigações e

responsabilidades no quadro comparativo do novo Código Civil e no atual (em

vigência). (Fonte: JUSNSVIGANDI http://www. jusnavigandi.com.br)

5.9- Medidas para resolver as disputas

Duas alternativas são colocadas à disposição dos agentes envolvidos para

resolver as disputas que eventualmente ocorram, decorrentes de descumprimento

de cláusulas nos contratos eletrônicos.

Uma, é a solução da disputa por meios amigáveis, através de arbitragem a

ser conduzida por representante de ilibada reputação, indicados pelas partes para

apurar a culpa e acertar a indenização devida.

Outra forma é através da propositura da pertinente ação judicial no juízo

cível ou criminal, iniciando-se com a propositura de medida cautelar, para exigir do

infrator a suspensão dos serviços ou da atividade, até a solução da pendência.

Ainda existe a queixa contra o faltoso, formando o inquérito policial

pertinente, que se prosperar, dará origem à ação penal própria.

São excludentes da responsabilidade civil, os eventos de casos fortuitos e de força

maior, conforme, previsto na legislação civil.

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A arbitragem é, portanto, o instrumento legal onde as partes buscam a

solução da disputa, mediante acordo, com o suporte de três árbitros de ilibada

reputação e notório conhecimento.

A legislação de arbitragem brasileira preencheu uma lacuna antes presente

no mecanismo para dirimir as questões comerciais. Apesar desse novo

mecanismo, entende-se que a adoção da arbitragem,como forma de solucionar

problemas, deve ser avaliada com cautela, tendo em conta que, da decisão

prolatada pelos árbitros não cabe recurso, obrigando a parte lesada à cumpri- la

na íntegra. (Fonte: RODRIGUES, Silvio- Direito Civil- Rio de Janeiro: Ed. Saraiva)

5.10 – Tributação

Como tributar atividades desenvolvidas no âmbito da internet, onde muitas

vezes os sites são de origem desconhecida ou são modificados

permanentemente?

Como exigir do contribuinte o pagamento do imposto pertinente?

Em operações mercantis, onde a finalização do negócio é física, não se

concluindo no ambiente virtual, o fato de ser utilizada a internet para efetivar a

transação comercial não cria nenhum problema fiscal, pois o fato gerador de

qualquer imposto só ocorrerá com a saída do produto e do estabelecimento do

dono do website, para ser entregue ao cliente que fechou o negócio com ele. É o

caso dos supermercados, das vendas por atacado, etc.

Esta hipótese também atinge as transações internacionais, sendo que, os

tributos serão exigidos quando da finalização do negócio e a respectiva entrega,

através da importação do bem e o seu desembaraço alfandegário.

A responsabilidade pelo pagamento dos tributos dependerá da forma

contratada, podendo existir o contribuinte direto ou indireto.

Em contrapartida, existem atividades mercantis que podem ser concluídas via

internet, sem qualquer contato com o parceiro, ou com o conteúdo físico. É o caso

dos discos e dos livros, por exemplo. Igualmente neste caso, não há problema,

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posto presencial, com o pagamento dos impostos incidentes que a operação para

ser lícita deve ser contabilizada.

(Fontes: NOGUEIRA, Rui Barbosa- Curso de direito Tributário- Rio de Janeiro: Ed. Saraiva e

JUSNAVIGANDI http://www.jusnavigandi.com.br)

CONCLUSÃO

O advento da internet vem causando nas comunicações, no trabalho, no

comércio e no entretenimento, muitas transformações, tornando-se um verdadeiro

fenômeno mundial.

Desde a invenção da televisão, há décadas atrás, não se têm notícia de

meio tão revolucionário. E, assim, como a TV na década de 50, ninguém sabe ao

certo como se desdobrará este novo processo.

As empresas passaram a se comunicar com milhares de consumidores, de

uma forma simples e acessível. A concorrência está aumentando rapidamente e

as agências e os profissionais de marketing têm que estar preparados para lidar

com esta nova realidade.

O marketing na internet é um conjunto de atividades, através das quais uma

organização divulga, promove, anuncia e dá suporte aos seus produtos ou

serviços, utilizando os meios eletrônicos. Ele estabelece uma relação entre

produtor e consumidor; quando um vende o seu produto ou serviço através deste

canal, há uma comunicação entre ambos desenvolvidos por uma estratégia entre

a empresa e o mercado. Mudaram os mercados, os consumidores, os sistemas de

informação e as tecnologias da comunicação, e é preciso que o profissional de

marketing esteja sempre atualizado, pois tornou- se instantâneo a interação entre

empresa e cliente. Tudo isso é chamado de e- business, ou seja, a união entre a

empresa e a internet, conectando fornecedores, consumidores, vendedores e

empregados de forma eficiente à informação, e é uma excelente oportunidade

para as empresas conquistarem novos mercados, minimizarem seus custos

operacionais e aumentarem a satisfação e a interação com os seus clientes.

As áreas de marketing repensam as bases dos processos pelos quais

identificam, comunicam e fornecem valor para o cliente. As empresas estão

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montando estratégias juntamente com os clientes visando a oferecer promoções,

eventos, marketing de relacionamento, database marketing e até mesmo a

filtragem colaborativa, utilizando o dataminig (ou mineração de dados) para

sugerirem produtos a clientes que mais provavelmente o comprarão. As variáveis

que entram nessa questão são o preço, a qualidade, a disponibilidade, a

segurança, rapidez na entrega e as características do produto, que serão

ofertados através desta nova mídia eletrônica. Este diferencial é constituído de

todo um processo de logística de uma empresa, desenvolvidos com o esforço

comercial do fabricante ou prestador de serviços até o consumidor final.

Com o desenvolvimento dos sistemas de informações, a logística insere-se

dentro de uma visão sistêmica da empresa e passa a utilizar recursos

computadorizados, que desembocam naqueles do tipo ERP (enterprise resources

planning), ou seja, sistema de gerenciamento de negócios que integra todas as

funções empresariais, havendo compartilhamento de informações e facilitando a

satisfação do consumidor final.

O novo ambiente de negócios, tendo internet como força propulsora e

habilitadora para o e- business, necessita estar totalmente integrado, a fim de ser

possível reagir rapidamente a qualquer mudança. Esta integração não se resume

tão somente ao ERP com a internet. Ela compreende também outros pacotes,

sistemas legados, outras tecnologias e outros produtos já existentes na empresa.

A estrutura de comunicação está disponível para todos. Mas não deve

esquecer da infra- estrutura interna necessária face ao desafio. Como parte desta

estrutura, existe a definição de uma arquitetura básica que servirá de apoio a este

ambiente e o estabelecimento de uma política de segurança. Portanto, surge a

necessidade de uma rede interna de estações de trabalho, servidores de páginas,

firewalls, servidores de banco de dados, servidores de aplicação e tudo o mais

que se fizer necessário, conforme disposto no capítulo 4.

O profissional de marketing também deverá se prevenir, sob o ponto de

vista jurídico, das condições contratuais a serem impostas, da preservação dos

direitos de terceiros, da propriedade intelectual e industrial, da questão da

privacidade e confidencialidade das informações, de identificar as vantagens e os

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riscos dos negócios eletrônicos, suas responsabilidades, as conseqüências e a

tributação incidente, conforme disposto no capítulo 5.

Pode-se concluir com a seguinte idéia que, deve estar sempre presente: no

e- business as empresas nunca fecham, os clientes nunca dormem e os negócios

nunca param. Logo, as empresas precisam estar preparadas para esta nova

realidade.

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