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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
O MEIO AMBIENTE E A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ALCANCE DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM UMA
EMPRESA DO RAMO METAL MECÂNICO
.
CAMPEOL, Pedro¹
FRACARO, Mateus¹
LIMA, Adir Antônio de¹
OLUCOSKI, Rodrigo¹
ROCHA, Adroaldo¹
TIBOLA, Dilson¹
JUNIOR, Décio A. A.²
JUNIOR, Jociel Simões²
RANGHETTI, Álvaro Luis²
ZEIZER, Erivan²
¹ Discentes do Curso de Engenharia de Produção, Nível 7 2016/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
² Docentes do Curso Engenharia de Produção, Nível 7 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo analisar o escopo do desenvolvimento sustentável de uma empresa operadora
de segmento metalúrgico localizada na cidade de Erechim, Estado do Rio Grande do Sul. Revisão de literatura e
pesquisa exploratória é a base para uma análise deste projeto. Os métodos de produção e industrialização
permitiram uma avaliação dos dados recolhidos durante uma visita à empresa, foram calculados a partir da
perspectiva de diferentes cenários. Analisamos o modo de industrialização, o modo de organização, a forma de
conceber materiais e métodos, o controle de qualidade ea produtividade da empresa. No presente estudo foram
coletados dados e documentos sobre educação ambiental dentro da empresa com o atual mercado de trabalho,
enfatizando a sustentabilidade ambiental, buscando qualidade de vida e atendendo às necessidades humanas não
agora e realizando o compromisso da empresa visitada com uma qualidade de vida Gerações Futuro Portanto,
uma empresa está cumprindo com as normas vigentes da legislação ambiental.
.
Palavras-chave: meio ambiente, qualidade de vida, sustentabilidade.
Abstract
This research aims to examine the scope of a sustainable development company engaged in the mechanical
segment of metal, located in the city of Erechim, state of Rio Grande do Sul. The literature review and
exploratory research from an analysis this project bases. The production methods and industrialization enabled
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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2
data visualization collected in the visit to the company, and were calculated from the different scenarios
perspective. Analyzed the industrialization mode, the organization form of projection and methods of materials
mode, quality control and production company, even as a small business. In this study were raised information
on the environmental education within the company hiccup the current Job market, emphasizing environmental
sustainability, seeking quality of life and satisfaction of human needs make time and see if the company
commitment visited with the life of the future quality generations. Due to this the company meets the current
norms of environmental legislation. Keywords: environment, quality of life, sustainability.
1 INTRODUÇÃO
O Planeta está chegando a um ponto crítico aumentando cada vez mais o consumo de
recursos naturais, estressando o meio ambiente. Para tentar reverter essa situação é preciso
utilizar-se de educação ambiental desde os anos iniciais até a educação no mercado de
trabalho, frisando a sustentabilidade ambiental, atendendo as necessidades humanas do
momento sem que comprometa a qualidade de vida de gerações futuras. As mudanças
acontecerão somente depois que o ser humano se encaixar às novas necessidades. (SOARES
E MATTOS, 2013).
O processo produtivo da empresa tem com matéria-prima chapas de aço, para
fabricação de tanques, torres eólicas, trocadores de calor entre outros. Este Plano de
Gerenciamento de Resíduos se aplica a todas as áreas da empresa. A empresa dedica-se a
atividade de projeto, fabricação e instalação de bens industriais de equipamentos, máquinas,
sistemas e processos, plantas industriais completas, desenvolvendo soluções customizadas de
classe mundial para os setores de Agronegócio, Energia e Logística.
A empresa está situada no parque tecnológico-industrial da cidade de Erechim/RS, a
mesma atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, aprovada pela Lei n°12.305,
de 02 de agosto de 2010, devido ao fato surgiu à necessidade das empresas de gerenciar o
manejo correto de resíduos sólidos (ABES-DN, 2010). O gerenciamento adequado dos
resíduos sólidos visa evitar uma série de impactos negativos, tanto ambientais como
socioculturais, tais como: contaminação do solo, da água e do ar, proliferação de doenças,
potencializarão de enchentes, impactos visuais, entre outros (ALMEIDA, 2014).
A responsabilidade pela gestão dos resíduos sólidos vai além do poder público inclui
também as indústrias, comércio e consumidores (ALMEIDA, 2014). Neste contexto, a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n.º 12.305 de 02 de agosto de 2010, que estabelece
que o gerenciamento de resíduos sólidos consista em um conjunto de ações exercidas direta
ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e rejeitos.
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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 3
O objetivo do trabalho foi analisar o desenvolvimento sustentável da empresa visitada,
e verificar se a mesma está de acordo com normas técnicas de sustentabilidade e vigência com
a legislação ambiental. Visando como é importante diminuir os danos causados ao meio
ambiente, assim melhorando a qualidade de vida de gerações futuras.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A legislação ambiental define-se em um conjunto de normas a qual objetiva-se em
melhorar o relacionamento do homem com o meio em que vivemos, conservando a natureza e
o combate da poluição buscando o desenvolvimento sustentável. Conforme SOARES E
MATTOS (2013) até meados da década de 60 as leis de meio ambiente eram direcionadas
diretamente em proteções de recursos naturais renováveis, mas as medidas de controle e
prevenção da poluição foram definidas somente a partir de 1973.
Dentre todas as leis ambientais criadas, a Lei n.º 6.938 de 1981, destina-se como
Política Nacional de Meio Ambiente. Essa lei obriga a todo e qualquer poluidor indenizarem
os danos ambientais causados, independentemente de culpa e para se reformar, construir ou
ampliar indústrias, deve-se consultar ao Órgão Ambiental para que se avalie a necessidade ou
não de licenciamento ambiental. Para ser concedida a aprovação dos procedimentos de uma
empresa, a Licença Prévia e a Licença de Instalação devem ser requeridas anteriormente da
licença de Operação ou Funcionamento.
Segundo SOARES E MATTOS (2013) uma ferramenta muito utilizada para a
melhoria de processos, quando se fala em sustentabilidade é a metodologia dos 3Rs, sendo
eles citados:
Reduzir: é a tentativa de reduzir ou minimizar a quantidade de lixo gerado, tendo
como exemplo utilização de produtos menos descartáveis ou mais duráveis,
diminuindo suas trocas e assim evitando o acúmulo de materiais nocivos ao meio
ambiente.
Reutilizar: visa reutilizar embalagens e produtos mais de uma vez antes do descarte,
como exemplo garrafas pets e recipientes de vidro.
Reciclar: consiste na transformação de produtos ou resíduos em outro tipo de produto,
buscando uma menor extração de matéria-prima da natureza.
Quando se fala em Ecologia pode-se afirmar que é uma ciência de grande importância,
pois os estudos aprofundados referentes à mesma demonstra a total harmonia entre seres
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vivos, fauna, flora e ecossistemas. O conceito da Ecologia entende-se pela interação de
organismos e com o meio ambiente. Conforme MAERBAL E KIPERSTOK (2001):
A ecologia industrial visa, igualmente, como a Prevenção de Poluição ou a Produção
mais limpa, prevenir a poluição, reduzindo a demanda por matérias-primas, água e
energia e a devolução de resíduos à natureza, porém, enfatiza a sua obtenção através de
sistemas integrados de processos ou indústrias, de forma que resíduos ou subprodutos
de um processo possa servir como matéria prima de outro. Difere, nesse ponto, da
Produção mais Limpa, que prioriza os esforços dentro de cada processo, isoladamente,
colocando a reciclagem externa entre as últimas opções a considerar.
A classificação de resíduos seguem suas normativas para adequação e descarte
apropriado para cada tipo, conforme a ABETRE (2004) (Associação Brasileira de Empresas
de Tratamento de Resíduos) são classificados da seguinte forma:
a) Resíduos Classe I (Perigoso)
São aqueles resíduos que apresentam periculosidade ou características conforme disposto
na NBR 10.004/04 e seus anexos. Também são resíduos contaminados (que entram em
contato) com graxa, óleo, solvente, tinta ou produtos químicos, sendo listados na NBR 10.004
e também os que não possuem laudo de classificação.
Dentre eles estão abrasivos, borra de grafite, borra de thinner, borra de tinta, casca de
solda, cerâmica, componentes eletrônicos, embalagens de aerossóis, embalagem de
desengraxante, embalagem de desengripante, embalagem de óleo lubrificante, embalagem de
óleo vegetal, embalagens vazias contaminadas. Equipamentos de proteção individual (EPI´s),
filtro de lã de vidro, fita contaminada, lâmpadas fluorescentes, lixa, lodo da estação de
tratamento de efluentes, materiais contaminados diversos, material de vedação, óleo de corte,
óleo lubrificante usado, óleo vegetal saturado, panos contaminados, papel contaminado
perfurocortante, pilhas, plástico contaminado, pó de granalha, resíduo de serviço de saúde,
tonner, varrição, vidros (máscaras EPI´s).
b) Resíduos Classe IIA (Não Perigoso – Não Inerte)
São considerados todos aqueles resíduos que não se enquadram na classificação de
resíduo Classe I ou Classe IIB (Não Perigoso – Inerte) podendo ter propriedades, tais como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. A empresa estudada gera os
seguintes resíduos Classe IIA: acrílico, alumínio, cabos eletrônicos, cobre, fita adesiva, fios de
metal, lâmpadas incandescentes, lodo da estação de tratamento de efluentes sanitários,
madeira, limalha de aço, orgânico, papel, plástico, rolos de fio de solda, serragem, sucata
metálica (carbono), sucata metálica (inox) e latas de tinta.
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c) Resíduos Classe IIB (Não Perigoso – Inerte)
São considerados todos aqueles resíduos que não se enquadram na classificação de
resíduo Classe I e que submetidos ao contato com água, em padrões definidos pela ABNT
NBR 10.006, não tenham nenhum de seus componentes solubilizados e concentrações
maiores que os padrões de potabilidade como isopor e vidro.
A empresa possui locais apropriados para acondicionamento e segregação de resíduos
sólidos, sendo divididos de acordo com o tipo de resíduo gerado em cada setor. A separação
dos resíduos gerados no processo de produção da empresa são separados pelos colaboradores
da organização em seus respectivos setores e acondicionados em lixeiras que são pintadas das
seguintes cores com intuído de melhorar visualização para facilitar a separação correta dos
resíduos conforme tabela a seguir:
Tabela 1 Classificação dos resíduos, classes e suas cores
Fonte: Informações da empresa
d) Resíduos de Serviços de Saúde
Os resíduos de séricos de saúde deverão ser geridos em conformidade com o
estabelecido pela Resolução ANVISA RDC 306 de 07/12/04 e a Resolução CONAMA 358
de 29/04/05 as quais estabelecem diretrizes de manejo dos resíduos de serviço de saúde.
Nestes setores, há a geração de resíduos que se enquadram, segundo a legislação citada
acima, como resíduos do Grupo A, Grupo B e Grupo E.
Grupo A – são resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características podem apresentar risco de infecção.
Grupo B – são resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco a
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Grupo E – são materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, vidraria quebrada, etc.
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3 DESENVOLVIMENTO
Realizou-se a visita técnica no dia 29 de julho de 2016, em uma empresa do Alto
Uruguai Gaúcho, para desenvolver pesquisa quantitativa e intensificadamente voltada ao
Alcance do Desenvolvimento Sustentável na Empresa, acompanhados por uma representante
da empresa, graduada em Engenharia Ambiental. No decorrer da visita, pode se observar,
todas as diretrizes de funcionamento, armazenamento e destinação dos resíduos gerados pela
empresa. Observou-se que todos os setores são responsáveis por coletar adequadamente os
próprios resíduos gerados, posteriormente os mesmos são acondicionados, identificados e
encaminhados em horários pré-definidos até os pontos de armazenamentos temporários
(chamados de baias).
Os resíduos gerados no setor de ambulatório, são identificados nos recipientes de
coleta, correspondente ao risco específico de cada resíduo. Caso o volume de resíduos do
referido setor, for superior ao volume dos acondicionamentos previstos, os mesmos serão
encaminhados para área de armazenamento temporário (chamado de expurgo).
E os demais resíduos gerados no restaurante da indústria, são coletados pelos próprios
funcionários da empresa terceirizada que administra o restaurante e acondicionados para
posterior coleta. Excepcionalmente as embalagens vazias de óleo vegetal, estão sendo
acondicionadas e transportadas para a área de armazenamento temporário de resíduos
(chamado de baias).
Os resíduos coletados pelo setor de almoxarifado como os EPI’s (Equipamento de
Proteção Individual) como: luvas de raspa, aventais de raspa, máscara de solda botinas,
uniformes em geral respiradores, luvas de algodão, luvas nitrílicas, luvas banhadas, óculos,
protetores auriculares. Os quais são separados de acordo com sua classificação e diretrizes
ambientais diariamente e depois encaminhados e armazenados no depósito de baias.
Alguns equipamentos de proteção individual são encaminhados para higienização em
empresa terceirizada especializada em lavagem descontaminação do material no retorno são
classificados e encaminhados para o setor de almoxarifado que tem a responsabilidade de
disponibilizar novamente aos funcionários para ser utilizado entre eles equipamentos de raspa
de couro (luvas, aventais, botinas), os respiradores descartáveis, cartuchos, tecidos (uniformes
em gerais de uso pessoal) e capacete, máscara de solda (polietilenos poliuretanos). O setor de
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almoxarifado ainda separa sobras de materiais de consumo tais como: abrasivos de corte,
varetas e arames de solda, componentes de substituição de equipamentos metálicos.
Nos setores de caldeiraria, preparação das peças e fabricação no processo produtivo
proporciona sobras de chapas, bem como cavacos, limalhas de aço originada através da
usinagem dos metais que são separados cada um por seu elemento metálico (carbono inox,
alumínio, cobre, níquel, estanho, consumíveis de solda e pó de ferro).
As sobras de chapas e materiais de aço carbono inox, alumínio, cobre, níquel, estanho,
consumíveis de solda que não podem mais ser reprocessadas na empresa para desenvolver as
atividades pertinentes do processo de trabalho são vendidas em empresas que atuam ramo
siderúrgico utilizando as sobras como matéria-prima para beneficiamento como exemplo
empresas de fundição de material que pode ser reaproveitado tornando em engenharia reversa.
No setor de preparação de superfície os recipientes de matérias utilizadas para
cobertura do revestimento (tintas e solventes) após a utilização são encaminhados a um
departamento separado para posterior destinação a empresas especializadas. Os solventes
utilizados para limpeza dos materiais são reutilizados no processo de destilação que é
efetuado nas dependências da empresa. Após o vencimento de utilização, o resíduo que não
pode mais ser dissolventizado (solvente ao qual não pode mais ser tratado) também é
destinado à empresa especializada para dar um destino ao seu resíduo.
Os óleos minerais e sobra de graxa de lubrificação gerada pela manutenção no
processo de usinagem na mandrilhadora como fluido de corte e água utilizado na máquina
plasma que possui o comando numérico centrado (CNC) que é responsável pelo corte de
peças metálicas. Esses resíduos são separados encaminhados em recipientes próprios ao
mesmo destino das tintas e solventes para uma empresa responsável pela destinação correta de
acordo com as normas ambientais.
Os materiais que estão dispostos nas baias são destinados de acordo com sua
classificação e característica, por empresas devidamente licenciadas pelo órgão ambiental
competente. Os resíduos são destinados conforme as necessidades e condições de negociação
entre a empresa geradora e o destinatário final.
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Figura 1 Funcionamento das baias de acordo com seus respectivos resíduos.
Fonte: Informações da empresa
No departamento de expedição as sobras de madeira usada na fabricação e montagem
de embalagem, utilizadas no transporte de equipamentos produzidos pela empresa são
destinadas à área específica do setor, e posteriormente separada e classificada podendo ser
utilizada novamente em locais da fábrica ou até mesmo em embalagens fabricadas para
expedir produtos até ao cliente.
As sobras de madeiras que não podem ser mais remanejadas são destinadas para local
apropriado e utilizadas na caldeira sendo que a mesma tem a finalidade de aquecimento das
cabines de pintura para auxiliar no processo de cura da tinta utilizada no tratamento de
superfície. Caso a sobra de material ainda seja maior que a demanda da qual a empresa
necessita, é efetuado uma doação para os colaboradores de uso doméstico.
O setor de tratamento de efluentes da empresa é dividido em duas etapas de processo
químico onde a água da lavagem química utilizada em equipamentos que contém inox antes
de ser expedido devem receber um banho de tratamento químico. No processo biológico os
efluentes, matérias sólidos e líquidos provenientes dos sanitários são encaminhados para
estação de tratamento onde são tratados os coliformes fecais por sistema biológico.
Depois disso é testado em outro tanque o PH conforme PORTARIA nº 518 do
Ministério da Saúde de 25/03/2004, e antes de ser disposto em rede fluvial pública é coletada
uma amostra para eventuais inspeções da vigilância sanitária.
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o seu Decreto Regulamentador n.º
7404/10, relacionam-se com diversas leis e planos e também com a Política Nacional de
Educação Ambiental, todas destacam a educação ambiental como instrumento essencial para
implantação de mudanças e as transformações necessárias na geração, gestão e manejo dos
resíduos sólidos.
O objetivo da educação ambiental é a sensibilização dos funcionários, no sentido de
coibir lançamento de resíduos em locais inadequados ou outras atitudes nocivas ao meio
ambiente e a vizinhança. Este objetivo pode ser alcançado através de atividades, documentos
informativos e cursos referentes à gestão de resíduos sólidos. A educação ambiental vem
como meio de evitar o desperdício de equipamentos e materiais, através da conscientização
dos trabalhadores do empreendimento. Além disso, e importante a realização da capacitação
constante dos funcionários com relação à segregação dos resíduos, da maneira como devem
ser armazenados e transportados.
A capacitação visa abordar a importância da utilização correta de equipamentos de
proteção individual, principalmente as luvas, para o manuseio destes resíduos. Os
profissionais que ficam responsáveis por estes resíduos reconhecem os símbolos, expressões,
os padrões de cores adotados, conhecem a localização dos abrigos de resíduos, entre outros
fatores indispensáveis a completa integração ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS).
Os procedimentos adequados para segregação, acondicionamento e armazenamento
temporário dos resíduos são divulgados, treinados e cobrados a todos os funcionários
incluindo os terceirizados da empresa, onde o objetivo é obter o comprometimento de todos
os envolvidos. A conscientização e aplicação da segregação são feita por meio de palestras,
grupos de melhoria e material impresso.
A empresa salienta a necessidade dos responsáveis da área ambiental de repassarem a
orientação a cada novo colaborador contratado pela empresa. Esta orientação deve ser
reforçada ainda pelo líder de cada setor orientando ao novo colaborador a localização dos
pontos de acondicionamento existentes e a forma de proceder em relação às centrais de
acondicionamento.
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Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 10
4 RESULTADOS
A pesquisa na empresa visitada apresentou alguns resultados ao grupo mostrando que
ainda há dificuldades e limitações quanto à implantação de ações por parte dos poderes
legislativos e da sociedade como um todo percebendo que a sustentabilidade ambiental não
está delimitada a um território ou a um sistema fechado, do qual envolve um raio mundial,
gerando interferência em várias áreas, dificultando e criando dificuldades no modo de ação na
busca da sustentabilidade econômica com a ambiental, quando se fala em mercado.
A sustentabilidade precisa ser inserida com máxima urgência no dia a dia das
empresas, diretamente ao colaborador, fazendo com que as partes entendam a importância em
adequação as normas e regras do meio ambiente, melhorando a qualidade de vida. Portanto a
necessidade de atender os seus clientes no mercado a empresa precisa estar apta para competir
com seus demais concorrentes com o selo de qualidade e meio ambiente.
Para que isso seja alcançado, a reciclagem limita a quantidade de resíduos em geral,
que a empresa precisa lidar, podendo assim reduzir os custos de gestão de resíduos, além de
reduzir o risco de poluição. A destilação de solventes é um processo industrial usado para
recuperar solventes depois de sua utilização. A reciclagem do solvente pode reduzir o
desperdício e as despesas de produção além de tornar a empresa um local responsável
ambientalmente, importante para utilizar os recursos naturais de forma responsável perante
aos seus consumidores e clientes.
Tabela 2 Estimativa de mão de Obra
ORÇAMENTO - FABRICAÇÃO MÁQUINA DE DESTILAR THINNER
ORÇAMENTO - MÃO DE OBRA
Processo Quantidade de
Func. Horas (As) Valor da Hora (R$) Total
Preparação 2 3 R$ 64,89 R$ 389,34 Usinagem 2 2 R$ 45,00 R$ 180,00
Fabricação /
Montagem 2 27 R$ 50,00 R$ 2.700,00
Jato/Pintura 2 8 R$ 83,50 R$ 1.336,00
Manutenção
Elétrica 3 27 R$ 27,75 R$ 2.247,75
TOTAL ESTIMATIVA MÃO DE OBRA R$ 6.853,09 Fonte: Informações processadas na empresa
No processo de fabricação da máquina de destilar thinner desenvolvido na empresa
conforme demonstra na tabela 2 é necessária a quantidade total de 11 funcionários para
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desenvolvimento da mesma gastando cerca de 67 horas dos quais são divididos em
subprocessos.
Preparação é utilizado à quantidade de 2 funcionários com 3 horas no valor de R$
64,89 trabalhadas para fornecimento da matéria prima. Na próxima etapa Usinagem são mais
2 pessoas com 2 horas no valor de R$ 45,00 utilizado no beneficiamento das peças, em
seguida Fabricação e Montagem da qual são 2 funcionários utilizando 27 horas no valor de R$
50,00 para executar a montagem com solda e acabamento, após Jato e Pintura com 2
funcionários trabalhando 8 horas no valor de R$ 83,50 no tratamento de superfície.
Na Manutenção Elétrica são 3 funcionários utilizando 27 horas no valor de R$ 27,75
para finalizar o trabalho e deixar a máquina de destilar thinner funcionando. Totalizando um
custo de todos os subprocessos até o final do projeto de mão de obra no valor de R$ 6.853,09.
Tabela 3 Orçamento do Material
ORÇAMENTO DO MATERIAL
Descrição Quantidade
(Kg) Valor Unitário
(R$) Total
Chapa A304L 1/2" X 1200 X 800 97 R$ 9,96 R$ 966,12
Chapa A304L 1/2" X ØE= 460 X ØI= 400 18 R$ 9,96 R$ 179,28
Chapa A304L 1/4" X 1300 X 960 127 R$ 10,46 R$ 1.328,42
Chapa A304L 1/4" X ØE= 447 X ØI= 400 9 R$ 10,46 R$ 94,14
Cantoneira A304L 1/4" X 2" 30 R$ 15,66 R$ 469,80
Chapa A304L 1/2" X Ø460 21 R$ 9,96 R$ 209,16
Resistência Elétrica 1 R$ 750,00 R$ 750,00
Materiais elétricos Blindado 1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00
Válvula de Segurança 1BAR Especial 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00
Vedação Especial 1 R$ 150,00 R$ 150,00
Óleo Especial 1 R$ 800,00 R$ 800,00
Radiador para resfriamento do Vapor de
Thinner 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00
Fonte: Informações processadas na empresa TOTAL DE MATERIAL R$ 9.146,92
MÃO DE OBRA R$ 6.853,09
CUSTO TOTAL R$ 16.000,01
Na montagem e fabricação da máquina de destilar thinner além do custo mão de obra
citado anteriormente na tabela 3 deve se levar em conta o custo da matéria prima que será
utilizado pra construção do equipamento. Foi realizado orçamentos dos materiais com
fornecedores externos, pois a empresa não tem disposição no estoque.
Sendo necessária a compra de chapas e barras cantoneiras de aço inox com suas
quantidades e respectivos valores citados na tabela 3 que será utilizado na estruturação da
máquina de destilar thinner, equipamentos na parte elétrica tais como resistência elétrica
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materiais elétricos blindados que tem a finalidade de fazer o aquecimento da serpentina,
válvula de segurança 1bar especial pois em operação normal o sistema não é pressurizado,
somente no caso de uma obstrução no tubo de saída de vapor será eliminado, vedação especial
utilizado na porta de inspeção do equipamento óleo especial que tem como objetivo de fazer o
aquecimento da serpentina onde está o solvente e por fim o radiador para resfriamento do
vapor de thinner utilizado após o ciclo de aquecimento.
O orçamento dos materiais a ser utilizado na fabricação da máquina de destilar thinner
tem um custo de matéria prima de R$ 9.146,92 e acrescentando custo da mão de obra
conforme mencionado anteriormente no valor de R$ 6.853,09 totalizando R$ 16.000,01 para
ser efetuada a fabricação da máquina de destilar thinner.
O processo de destilação do thinner acontece através do aquecimento do óleo
diatérmico, que se encontra na camisa interna do destilador onde tem temperatura máxima de
projeto 160ºC conforme as etapas do ciclo a seguir:
Após 2 horas – a temperatura será de 120ºC quando o thinner se transforma em vapor.
Após 3 horas – a temperatura será de 140ºC quando passa numa serpentina para
condensar tornando em forma líquida.
Após 4 horas a temperatura será de 160ºC – Encerra o ciclo inicia o resfriamento.
Após 6 horas – a temperatura terá baixado para 70ºC – pode ser aberta a máquina.
Quando terminar o ciclo de reciclagem do thinner a máquina é desligada
automaticamente, onde começa o ciclo inverso, que ao invés de aquecer a mesma, ela se
resfriará até a temperatura ideal para a abertura da tampa.
O resíduo formado no final do ciclo da reciclagem do thinner é borra de tinta que
deverá ser armazenado na baia de descarte de resíduos, como resíduo Classe I (Perigoso), até
seu recolhimento final e destinação para o cooprocessamento.
Devido o tempo de duração do ciclo destilação de thinner 6 horas são realizados 2
ciclos por dia um cada turno de trabalho sendo colocado na máquina para reciclar 160 litros
de thinner dia que foi utilizado e contaminado no processo de tratamento de superfície com
eficiência de 80% da qual pode ser reaproveitado 128 litros para utilizar novamente na
empresa.
Com um total de 640 litros reciclados por semana num valor de R$ 5,15 ao litro de
thinner tem como resultado de redução de custo R$ 3.296,00 sendo que para realizar a
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reciclagem completa do total de litros existe um gasto de energia que chega a R$ 90,00,
portanto a redução real em reciclagem é de R$ 3.206,00 por semana.
Tabela 4 Dados de Gastos com Thinner
DADOS DE GASTOS COM THINNER
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE VALOR UNIDADE
QUANTIDADE COMPRADA / SEMANA 600 Litros
USADO POR DIA DO THINNER COMPRADO 120 Litros
VALOR DO THINNER R$ 5,15 R$
GASTO DO THINNER COMPRADO POR SEMANA R$ 3.090,00 R$
COLOCADO NA MÁQUINA PARA RECICLAR / DIA 160 Litros
EFICIÊNCIA DA MÁQUINA 80 %
RECICLADO POR DIA 128 Litros
RECICLADO POR SEMANA 640 Litros
REDUÇÃO EM CUSTO DE THINNER RECICLADO POR
SEMANA R$ 3.296,00 R$
GASTO COM ENERGIA POR SEMANA R$
90,00 R$
REDUÇÃO REAL EM RECICLAGEM DO THINNER R$ 3.206,00 R$
TURNOS POR DIA 2 Turnos
DIAS POR SEMANA 5 Dias
USADO POR DIA DO THINNER COMPRADO E
RECICLADO 248 Litros
USADO POR SEMANA DO THINNER COMPRADO E
RECICLADO 1240 Litros
CONSUMO DE ENERGIA Mínimo: 3
Máximo: 6 KW
TEMPO DO CICLO 6 Horas
QUANTIDE DE CICLOS POR DIA 2 Ciclos
VALOR DO KW R$ 0,25 R$/KW
HORAS EM QUE A MÁQUINA FICA LIGADA POR
SEMANA 60 Horas
GASTO EM ENERGIA POR SEMANA R$ 90,00 R$/Semana
GASTO EM ENERGIA POR MÊS R$ 360,00 R$/Mês
QUANTIDADE DE SEMANAS POR MÊS 4 Semanas
REDUÇÃO MENSAL EM R$ NA COMPRA DE THINNER R$ 12.824,00 R$ / Mês
REDUÇÃO ANUAL EM R$ NA COMPRA DE THINNER R$ 153.888,00 R$
VALOR DA MÁQUINA DE THINNER R$ 16.000,00 R$
RETORNO DO INVESTIMENRO NA MÁQUINA 5,0 Semanas
RETORNO DO INVESTIMENRO NA MÁQUINA 1,2 Meses
Fonte: Informações processadas na empresa.
A redução real na destilação de thinner de R$ 3.206,00 por semana totalizando um
valor mensal de R$ 12.824,00 demonstra que o valor do investimento na fabricação da
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máquina de destilar thinner que custa R$ 16.000,00 é considerado negócio rentável, pois
consegue pagar o custo de produção em apenas 5 semanas , conforme informações
demonstrada na tabela 4.
Foram coletadas informações de uma máquina de destilar thinner que e vendida no
mercado pelos seus representantes com características semelhantes da desenvolvida na
empresa para realizar comparação de sua eficiência quanto à destilação de solventes e o custo
benéfico da mesma. Conforme modelo abaixo:
Figura 2 Modelo de Máquina de destilar thinner
Fonte: itagroup.com.br
O tempo de duração do ciclo destilação se equipara com a máquina desenvolvida na
empresa, porém a sua capacidade para reciclar é de 120 litros de thinner dia com eficiência de
80% da qual pode ser reaproveitado 96 litros para utilizar novamente obtendo um total de 480
litros reciclados por semana num valor de R$ 5,15 ao litro de thinner tem como resultado de
redução de custo R$ 2.472,00 sendo que para realizar a reciclagem completa do total de litros
existe um gasto de energia que chega a R$ 60,00, portanto a redução real em reciclagem é de
R$ 2.412,00 por semana.
A redução real na destilação de thinner é de R$ 2.412,00 por semana totalizando um
valor mensal de R$ 9.648,00. Sendo que o valor do investimento na compra de um modelo
existente no mercado custa cerca de R$ 50.625,00, portanto para pagar o equipamento
comprado é necessário 21 semanas de trabalho. Com as informações coletadas, a máquina de
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destilar thinner desenvolvida na empresa tem retorno do investimento inicial em apenas 5
semanas de produção.
5 CONCLUSÃO
Através do presente trabalho foi possível conhecer uma indústria do ramo metal
mecânico do Alto Uruguai gaúcho. A empresa procura atualizar-se constantemente com as
normas de sustentabilidade e meio ambiente, destacando-se no mercado para atingir suas
expectativas e metas traçadas, assim concentra-se em melhorar a qualidade de vida de seus
colaboradores, da sociedade e da geração futura, sabendo que todo gesto realizado hoje para
diminuir a extração de recursos naturais diretamente ao planeta.
Em suma, pode-se perceber que a empresa apesar de criar um montante considerado
de resíduos industriais, ela se preocupa rigorosamente com o descarte desse material,
classificando e descartando adequadamente cada tipo desse resíduo, buscando alcançar o
desenvolvimento sustentável.
6 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
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Viracopos,Campinas, São Paulo. Revista de Engenharia Sanitária e Ambiental, v.18 n.2,
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n. 35, p. 54 - 67, maio/agosto 2004>. Acesso em: 14 out. 2016.
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http://www.saude.mg.gov.br/index.php?option=com_gmg&controller=document&id=884
Acesso em: 20 out. 2016.
