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SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas, Parques e Áreas Protegidas RELATÓRIO FINAL PLANO DE MANEJO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA PARANAPANEMA 17 de outubro de 2018

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SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA

Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas, Parques e Áreas Protegidas

RELATÓRIO FINAL

PLANO DE MANEJO DA

ESTAÇÃO ECOLÓGICA PARANAPANEMA

17 de outubro de 2018

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2 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

I – APRESENTAÇÃO

O presente Relatório sintetiza as informações e as discussões ocorridas no âmbito da CTBio/CONSEMA referentes ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema.

A Estação Ecológica de Paranapanema foi criada em 27/09/1993, por meio do Decreto Estadual nº 37.538, a qual é considerada grande divisor de águas e de bacias hidrográficas importantes para o estado de São Paulo, abrigando inúmeras nascentes e importantes remanescentes de vegetação nativa.

Além da Estação Ecológica de Paranapanema, existem as seguintes UCs: Floresta de Paranapanema, Estação Ecológica e Floresta de Angatuba, Área de Proteção Corumbataí, Botucatu e Tejupá, Floresta de Avaré I, Floresta de Avaré II e Estação Ecológica Avaré

A Estação Ecológica de Paranapanema abrange área de : 635,20 hectares, integralmente inserida no município de Avaré, 14 – Alto Paranapanema. A estação possui um dos últimos remanescentes da floresta latifoliada semidecídua do sudoeste paulista, abrigando acervo de flora e fauna, ameaçadas de extinção, e recursos hídricos fundamentais para a economia regional (agricultura irrigada).

A seguir, no Quadro 1, apresenta-se ficha técnica da Estação Ecológica de Paranapanema, e na Figura 1, respectivamente, mapa de localização regional da UC.

Quadro 1. Ficha Técnica da Estação Ecológica de Paranapanema.

Estação Ecológica de Paranapanema

Legislação Específica

Decreto Estadual nº 37.538, de 27/09/1993 - Cria a Estação Ecológica de Paranapanema e dá providências correlatas.

Grupo: Proteção Integral

Categoria: Estação Ecológica

Órgão Gestor: Instituto Florestal

Responsável pela UC: Edgar Fernando De Luca

E-mail: [email protected]

Área da UC: 635,2 hectares

Município abrangido: Paranapanema

UGRHi: 14 – Bacia Alto Paranapanema

Situação Fundiária: 100% das terras que compõem a Estação são públicas

Conselho Consultivo: Designado pela Resolução SMA 137 de 30/10/2017 e empossado em 01/11/2017. Processo SMA 1770/2017.

Endereço: Não há sede. Para contato: Rua Pernambuco, s/n – Horto Florestal – Braz – Avaré/SP – CEP: 18701-180

Acesso à UC: Rodovia Raposo Tavares, km 244 – estrada municipal rural para Buri.

Objetivos

Proteção do ambiente natural, gerenciamento voltado ao manejo integrado dos recursos, realização de pesquisas básicas e aplicadas e desenvolvimento de programas de educação conservacionista.

Atributos

Um dos últimos remanescentes da floresta latifoliada semidecídua do sudoeste paulista, abrigando acervo de flora e fauna, ameaçadas de extinção, e recursos hídricos fundamentais

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para a economia regional (agricultura irrigada).

Atrativos

Trilha dos Jerivás, interpretativa com enfoque no ensino de ciências e educação ambiental, com pontos de observação de temas como ciclo de nutrientes, uso de agrotóxicos, conservação da natureza, preservação das espécies, pesquisa na área ambiental, e recursos hídricos, com contemplação em Mirante do Ribeirão do Faxinal.

Infraestrutura

Uma guarita, todas as edificações de apoio ficam na contígua Floresta Estadual de Paranapanema.

Equipe da UC

01 chefe de Unidade de Conservação;

09 funcionários da Floresta de Paranapanema apoiam a gestão.

Atividades em desenvolvimento

Manutenção permanente de aceiros, estradas, pontes e cercas;

Manutenção de estradas, pontes e cercas.

Controle de invasão de Pinus elliotti ao longo de todo ano.

Apoio ao desenvolvimento de pesquisas científicas do IF, UNESP, UFSCAR dentre outras instituições – acompanhamento de pesquisadores em campo e manutenção de trilhas de pesquisa.

Apoio a docentes e alunos de graduação da UNESP e UFSCAR em visita técnica à Unidade.

Desenvolvimento de pesquisas científicas.

Ações integradas no âmbito do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM), por meio do Plano de Fiscalização Ambiental para Proteção das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, cujo objetivo é sistematizar atuação integrada entre a Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), as unidades de policiamento ambiental, da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PAmb), a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (FF), o Instituto Florestal (IF) e o Instituto de Botânica (IBot), para melhor assegurar os atributos que justifiquem a proteção desses espaços;

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4 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

Figura 1. Limites da Estação Ecológica de Paranapanema.

II - HISTÓRICO

O processo de elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema iniciou-se em novembro de 2013, a partir da criação de Grupo de Trabalho responsável pela execução de atividades para esse fim (Portaria do Diretor Geral do Instituto Florestal, de 01/11/2013).

Até 2017, embora diversos levantamentos e estudos tivessem sido realizados, o Plano não havia sido concluído, assim tendo em vista a instituição do Comitê de Integração dos Planos de Manejo (Resolução SMA nº 93/2017, que alterou a Resolução SMA nº 95/2016) e dos trabalhos para o desenvolvimento de um Roteiro Metodológico para elaboração de Planos de Manejo no estado, foi proposto pelo Instituto Florestal e aprovado pelo Comitê a inclusão da Estação Ecológica de Paranapanema no Projeto Piloto (criado para o desenvolvimento dos trabalhos do Comitê), que passou a ser composto por um total de onze Unidades de Conservação.

O Comitê é uma instância formada por todos os órgãos do Sistema Ambiental Paulista, que tem como objetivo estabelecer diretrizes e procedimentos, incluindo a uniformização de conceitos e metodologias, para a elaboração, revisão e implantação dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação estaduais.

A inclusão da Estação Ecológica de Paranapanema no Projeto Piloto levou à adequações e ajustes na estrutura do Plano de Manejo da unidade, conforme diretrizes do Roteiro Metodológico em desenvolvimento.

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Em 24/09/2018, o Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema foi encaminhado ao CONSEMA, tendo sido incluído na pauta da 76ª Reunião da Comissão de Biodiversidade, Florestas e Áreas Protegidas (CTBio) do CONSEMA, em 04/10/2018, ocasião em que foi apresentado e a CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) foi designada como relatora do Plano.

III - RELATO DOS TRABALHOS DA CTBio

Na 77ª Reunião da CTBio, o Instituto Florestal (IF) fez a apresentação do Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema, o qual foi pautado para apreciação na próxima reunião.

IV - ESTRUTURA DO PLANO DE MANEJO

A estrutura adotada, de acordo com o novo Roteiro Metodológico em elaboração pelo Sistema Ambiental Paulista, está voltada à gestão e à compreensão facilitada pelos agentes públicos e sociais.

Com base nessa reorientação metodológica, o Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema contém as informações necessárias à gestão da UC. Em seus anexos, estão contidos o detalhamento em mapas e tabelas.

O Plano de Manejo está estruturado em três partes: Diagnóstico (Meio Antrópico, Meio Biótico e Meio Físico), Zoneamento (Interno e Zona de Amortecimento1) e Programas de Gestão, contendo os seguintes capítulos:

INFORMAÇÕES GERAIS DA UC - contatos institucionais, atos normativos, aspectos fundiários, gestão e infraestrutura, infraestrutura de apoio ao uso público, atrativos turísticos e alvos da conservação.

DIAGNÓSTICO DO MEIO ANTRÓPICO - Cobertura da terra e uso do solo, infraestrutura linear, dinâmica demográfica e socioeconômica, ocupações humanas e populações residentes, história e patrimônio, vetores de pressão e conflitos de uso.

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO - Vegetação (fisionomia e estágio sucessional, riqueza, ocorrência de degradação, espécies endêmicas e exóticas, áreas prioritárias para conservação e conectividade) e fauna (riqueza, espécies migratórias, endêmicas, ameaçadas de extinção, exóticas e indicadoras).

DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO - Geologia, geomorfologia, pedologia, climatologia, perigo, vulnerabilidade e risco, águas superficiais, águas subterrâneas e mineração.

JURÍDICO-INSTITUCIONAL - Instrumentos de ordenamento territorial federais, estaduais e municipais.

LINHAS DE PESQUISA - Pesquisas em andamento e/ou finalizadas.

SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO - Síntese dos diagnósticos do meio antrópico, meio biótico e meio físico.

ZONEAMENTO – Zoneamento Interno e Zona de Amortecimento, conteúdo mínimo para termo de compromisso e lista exemplificativa do enquadramento de atividades de infraestrutura conforme nível de impacto.

PROGRAMAS DE GESTÃO – Apresentação e Conteúdo dos programas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ANEXOS.

V - METODOLOGIA

1 Pela nova metodologia, a área de estudo no entorno da UC é de três quilômetros. O conteúdo dos estudos em

seu entorno se circunscrevem a esse perímetro.

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6 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

O Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema segue as diretrizes estabelecidas pela Secretaria do Meio Ambiente, a partir da reestruturação do processo de elaboração de Planos de Manejo, de forma sinérgica entre todo o Sistema Ambiental Paulista e atendendo a legislação ambiental vigente, em especial a Resolução SMA nº 33/2013 e o Decreto Estadual nº 60.302/2014.

Desse modo, o Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema foi elaborado pelas equipes técnicas dos órgãos que integram o Sistema Ambiental, entre janeiro de 2017 a agosto de 2018, sob a coordenação do Comitê de Integração.

Participaram da elaboração do Plano: gestores, gerentes, assessores e técnicos da Fundação Florestal, pesquisadores e técnicos dos Institutos Florestal, de Botânica e Geológico, técnicos da CETESB, além de assessores e técnicos das Coordenadorias e gabinete da SMA.

Ao todo, no Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema, foram envolvidos 63 funcionários do Sistema Ambiental para a elaboração do Diagnóstico, 49 na fase do Zoneamento e 40 na elaboração dos Programas de Gestão.

A. Análise Integrada e Visitas a campo

A metodologia incluiu a análise integrada dos aspectos físicos, bióticos e antrópicos da UC, além de aspectos jurídico-institucionais, de forma a subsidiar a elaboração dos mapas e a redação dos instrumentos de gestão previstos no Plano de Manejo.

Especificamente no que se refere aos meios antrópico e biótico, foram realizados levantamentos em campo para validação e elaboração dos mapas de uso do solo e vegetação, além de consultas a trabalhos científicos anteriormente realizados na unidade ou em sua região.

B. Processo participativo

As diretrizes e procedimentos que orientaram a elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema buscaram garantir a participação em todos os níveis (interno e externo) e momentos, se configurando tanto nas reuniões de trabalho de técnicos e pesquisadores dos diversos órgãos vinculados à SMA, como nas oficinas e reuniões realizadas no espaço do Conselho Consultivo da UC.

Foram realizadas quatro oficinas de consulta pública, as quais trataram dos temas relacionados ao Plano de Manejo: Diagnóstico, Zoneamento, Programas de Gestão e Oficina Devolutiva, esta última, com o objetivo de expor os resultados e as justificativas sobre a aceitação, ou não, das contribuições colhidas nas etapas presenciais e na plataforma virtual de consulta pública. As oficinas aconteceram em reuniões ampliadas do Conselho Consultivo, com o envolvimento de seus representantes e a participação de demais atores do território da UC.

A manifestação favorável do Conselho Consultivo referente ao Plano de Manejo, em cumprimento a exigência do artigo 27 da Lei 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e ao artigo 17 do Decreto Estadual 60.302/2014, foi realizada na 3ª Reunião Ordinária do Conselho da Estação Ecológica Paranapanema, em 08 de agosto de 2018.

Além desses momentos, foi mantido pelo Instituto Florestal uma plataforma virtual aberta de consulta pública, na qual foram compartilhados os materiais e informações sobre a elaboração do Plano de Manejo da UC e disponibilizados mecanismos para manifestação e coleta de contribuições sobre os temas e etapas do processo.

A linha do tempo exposta no Quadro 2 ilustra o histórico do processo.

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20

13

No

v

01

/11

Instituição do Grupo de Trabalho para a elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema

(Portaria do Diretor Geral do Instituto Florestal, de 01/11/2013)

20

14

a

20

16

Levantamentos de campo e estudos para elaboração de diagnósticos e zoneamento da unidade

20

17

Set

06

/09

Instituição do Comitê de Integração dos Planos de Manejo

(Resolução SMA nº 93/2017, altera a Resolução SMA nº 95/2016)

No

v

01

/11

Posse do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Paranapanema

(Resolução nº 101/2017 e Resolução SMA nº 137/2017)

20

18

Mar

13

/03

Oficina de Diagnóstico

Ab

r

11

/04

Oficina de Zoneamento

Mai

16

/05

Oficina de Programas de Gestão

Ago

08

/08

Oficina de Devolutiva sobre as contribuições ao Plano de Manejo

Ago

08

/08

Manifestação favorável sobre o Plano de Manejo

Set

24

/09

CONSEMA

Ou

t

04

/10

CTBio

Relatoria CETESB

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico, visando ao conhecimento dos aspectos importantes para o planejamento da EEP foi obtido, em uma primeira etapa, pela análise do meio físico e do meio biótico, através da elaboração de mapas temáticos, de levantamentos em campo e da consulta a trabalhos científicos anteriormente realizados na unidade ou em sua região.

Para tanto, especialistas de diferentes áreas do conhecimento pertencentes ao corpo de técnicos e pesquisadores do Instituto Florestal e de outras instituições do Sistema Ambiental Paulista puderam diagnosticar a unidade e apresentar suas sugestões acerca do ordenamento territorial e das atividades necessárias à gestão.

Os resultados do diagnóstico, bem como os esclarecimentos sobre o processo de planejamento e a versão preliminar do zoneamento, foram apresentados ao público na primeira reunião do Conselho Consultivo da EEP, realizada em Paranapanema no dia 13 de março de 2018, da qual participaram 53 pessoas.

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8 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

ZONEAMENTO

Os principais critérios para definição do zoneamento interno foram o estado de conservação dos ecossistemas e a necessidade de implantação e considerou as possibilidades de aumento da conectividade ecológica da paisagem por meio da futura interligação de fragmentos remanescentes de vegetação nativa entre conservação de infraestrutura que permitisse à EEP alcançar seus objetivos de conservação.

Já na definição dos limites da Zona de Amortecimento considerou-se a importância dos processos hidrológicos na conservação da unidade e tomou-se a bacia hidrográfica como unidade importante para análise, buscando-se o máximo possível de proteção das microbacias situadas a montante da unidade.

A proposta de zoneamento, incluindo a Zona de Amortecimento, foi objeto de novas análises com participação pública durante a segunda reunião do Conselho Consultivo da EEP, realizada em Paranapanema no dia 11 de abril de 2018, da qual participaram 22 pessoas.

PROGRAMAS DE GESTÃO

Os programas de gestão foram desenvolvidos a partir da elaboração de árvores de problemas, concebidas a partir do problema central a ser dirimido, no âmbito de cada um dos cinco programas de gestão. Para cada árvore de problemas foi elaborada a respectiva árvore de soluções, e a partir das árvores de soluções foram elaborados o programas de gestão.

Esses programas foram concebidos para serem instrumentos executivos de gestão que permitissem a resolução dos problemas (eficácia) com a melhor relação custo benefício (eficiência), focando nas ações específicas para cada problema a ser enfrentado (objetividade).

Os programas de gestão foram apresentados ao público durante a terceira reunião do Conselho Consultivo da unidade, realizada em Paranapanema no dia 16 de maio de 2018, da qual participaram 20 pessoas.

MANIFESTAÇÃO DA SOCIEDADE E DO CONSELHO CONSULTIVO SOBRE O PLANO DE MANEJO

A participação social no processo de elaboração do Plano de Manejo se deu por meio da coleta de sugestões e críticas durante a realização das reuniões já referidas do Conselho Consultivo. Essas reuniões foram abertas ao público em geral e tiveram ampla divulgação.

Após cada uma das três reuniões, referentes às etapas de diagnóstico, zoneamento e programas de gestão, a coleta de contribuições teve continuidade por meio do registro de sugestões e críticas nos formulários eletrônicos disponibilizados na internet, na página do Instituto Florestal.

Todas as contribuições foram compiladas e analisadas, sendo aceitas 85%, 62% e 100% das contribuições propostas para as etapas: Diagnóstico, Zoneamento e Programas de Gestão, respectivamente. Todo o tratamento das sugestões e críticas coletadas no processo de elaboração do Plano de Manejo foi tornado público por meio de uma reunião específica do Conselho Consultivo para este fim. Esta foi a quarta reunião do colegiado, chamada reunião de devolutivas, que ocorreu em Paranapanema no dia 08 de agosto de 2018, contando com a participação de 16 pessoas. Nesta oportunidade fez-se a leitura da minuta de manifestação do Conselho Consultivo quanto à provação do texto e do processo participativo. O Conselho Consultivo aprovou por votação unânime a manifestação favorável.

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Importante destacar que o fórum para a discussão e a aprovação pública do Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema ocorreu no âmbito das reuniões ordinárias de seu Conselho Consultivo, na forma como previsto na legislação pertinente.

ZONEAMENTO

O Zoneamento Interno é composto por 3 (três) zonas e por 3 (três) áreas sobrepostas às zonas, sendo:

ZONAS:

I. Zona de Conservação (ZC) II. Zonas de Recuperação )ZR) III. Zona de Uso Extensivo (ZUE) ÁREAS I. Área de Uso Público (AUP) II. Área de Administração (AA) III. Área de Interferência Experimental (AIE)

Tabela 1 – Relação das zonas internas da EE de Paranapanema

Relação das zonas internas da Estação Ecológica Paranapanema

Zona Descrição Objetivo Dimensão (ha)

% do total da UC

Conservação É aquela onde ocorrem ambientes naturais bem conservados, podendo apresentar efeitos de intervenção humana não significativos.

Conservar a paisagem natural, a biodiversidade e o meio físico, possibilitando atividades de pesquisa científica e educação ambiental, com mínimo impacto sobre os atributos ambientais da UC ou atividades de pesquisa cientifica com interferência experimental.

437 68%

Recuperação É aquela constituída por ambientes naturais degradados que devem ser recuperados para atingir um melhor estado de conservação e que, uma vez recuperada, deverá ser reclassificada.

Deter a degradação dos recursos ambientais e recuperar os ecossistemas naturais quanto à estrutura, função e composição, o mais próximo possível da condição anterior à sua degradação.

200 31%

Uso Extensivo É aquela constituída em sua maior parte por regiões naturais conservadas, podendo apresentar efeitos de intervenção humana e atrativos passíveis de visitação pública com objetivos educacionais.

Conservar a paisagem natural, a biodiversidade e o meio físico, possibilitando atividades de pesquisa científica e educação ambiental, com baixo impacto sobre os recursos ambientais.

3 1%

TOTAL 640 100%

Obs. As dimensões e percentuais são aproximadas.

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10 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

Além das zonas acima, incidem também na Estação Ecológica Paranapanema três Áreas: Uso Público, Administração e Interferência Experimental.

A descrição das Áreas e seus objetivos são apresentados no Tabela 2. As Áreas não foram dimensionadas, pois são flexíveis e poderão ser mapeadas durante a implantação do Plano de Manejo.

Relação das áreas da Estação Ecológica Paranapanema

Área Descrição Objetivo

Área de Uso Público

É aquela que circunscreve as atividades de pesquisa e educação ambiental e que possibilita a instalação de infraestrutura de suporte às atividades permitidas na zona em que se insere.

Possibilitar o desenvolvimento das atividades de educação ambiental permitidas na zona em que se insere.

Área de Administração

É aquela que circunscreve as atividades e a infraestrutura de apoio aos serviços administrativos, de proteção, de fiscalização e de pesquisa científica.

Oferecer suporte ao desenvolvimento das atividades de gestão da UC.

Área de Interferência Experimental

É aquela constituída por ambientes naturais, conservados ou alterados, destinada a pesquisas científicas de maior impacto.

Avaliar o funcionamento dos ecossistemas por meio do desenvolvimento de pesquisas científicas experimentais, cujos resultados sejam aplicáveis à restauração e conservação.

Tabela 2. Áreas do zoneamento interno da Estação Ecológica de Paranapanema

ZONA DE AMORTECIMENTO

Definição: É o entorno da Unidade de Conservação onde as atividades humanas potencialmente causadoras de impactos sobre os seus atributos estão sujeitas a diretrizes e normas específicas.

Descrição: Compreende um território de 3.503ha no entorno da Estação Ecológica de Paranapanema, delimitado com o propósito de minimizar os impactos negativos das atividades humanas sobre a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais da Unidade de Conservação. A Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Paranapanema é delimitada ao sul pelo limite da Floresta Estadual de Paranapanema que corresponde ao Córrego do Boqueirão. Segue para noroeste, tendo as estradas vicinais da região como limite.

Após cruzar o Ribeirão Valinho, segue para sudeste pelo divisor topográfico. Logo após o Ribeirão Grande ou Alvará deixar a Unidade de Conservação, a Zona de Amortecimento engloba as suas pequenas bacias de primeira ordem, tanto da margem esquerda, quanto da direita. Finalmente, volta a encontrar o limite da Floresta Estadual de Paranapanema.

Objetivo: Minimizar os impactos ambientais negativos sobre a Estação Ecológica e incentivar o desenvolvimento de práticas sustentáveis no entorno

DIRETRIZES E NORMAS GERAIS DA ZONA DE AMORTECIMENTO

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As diretrizes, normas e incentivos definidos para a Zona de Amortecimento deverão ser considerados no processo de licenciamento ambiental, bem como deverá ser observado o disposto nas Resoluções CONAMA 428, de 17 de dezembro de 2010, e SMA 85, de 3 de outubro de 2012 e em outras normativas relacionadas;

II. Fica proibido o emprego do fogo em toda a Zona de Amortecimento, salvo para o controle fitossanitário e mediante autorização específica;

III. Não poderão ser utilizadas espécies exóticas com potencial de invasão nas ações de restauração ecológica, conforme disposto no parágrafo 5° artigo 11 da Resolução SMA n° 32 de 2014;

IV. É proibido o cultivo ou criação de espécies exóticas com potencial de invasão, constantes nas normativas do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA;

V. A pessoa física ou jurídica que cultivar ou criar espécies exóticas com potencial de invasão, não contempladas nas normativas do CONSEMA, deverá adotar ações de controle para evitar seu estabelecimento no interior da Unidade de Conservação, sendo que o Sistema Ambiental Paulista estabelecerá procedimentos para manejo e controle destas espécies;

VI. Não será admitido o cultivo de espécies do gênero Pinus em uma faixa de 300 m a partir dos limites da Unidade de Conservação. Em havendo o plantio de pinus na Zona de Amortecimento, deverá ser justaposto ao plantio um quebra vento constituído por essências florestais não invasoras com velocidade de crescimento e altura iguais ou superiores às do pinus, ao longo de uma faixa de, no mínimo, 300 m de largura, que se estenda ao longo de toda a bordadura do plantio voltada para a Unidade de Conservação;

VII. São consideradas áreas prioritárias para restauração ecológica aquelas que minimizem o efeito de borda e incrementem a conectividade e a permeabilidade da paisagem;

VIII. As áreas de que tratam o item VII são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação de danos ambientais prevista no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção, conforme o disposto no artigo 41, § 6°, da Lei Federal nº 12.651, de 2012.

a. Todos os projetos (recuperação e manutenção) deverão ser aprovados pelo Instituto Florestal;

b. Os projetos de restauração ecológica deverão atender o disposto na Resolução SMA n° 32 de 03 de abril de 2014, e outras normas específicas sobre o tema;

c. Poderão ser utilizadas como áreas para compensação, áreas particulares, desde que não sejam alvo de obrigações judiciais ou administrativas estabelecidas em licenças, Termos de Compromisso Ambiental ou Termos de Ajustamento de Conduta, firmados com órgãos do Sistema Ambiental Paulista, bem como não sejam abrangidas por projetos de restauração ecológica executados com recursos públicos e mediante anuência do proprietário, comprovada a dominialidade da área, conforme disposto no artigo 8° da Resolução SMA n° 7/2017.

IX. As Reservas Legais (RLs) das propriedades inseridas na Zona de Amortecimento deverão, prioritariamente, estabelecer conectividade funcional e estrutural com a Unidade de Conservação.

X. A instituição da Reserva Legal deverá ser, preferencialmente, no próprio imóvel, sendo, nesses casos, elegível para receber apoio técnico-financeiro conforme previsto no item VIII para a sua recomposição.

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12 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

XI. O cultivo ou criação de Organismos Geneticamente Modificados - OGMs ou seus derivados deverá ocorrer mediante posse do parecer técnico da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, em sua íntegra, original ou cópia, referente a utilização comercial, atestando que não trará risco aos atributos da Unidade de Conservação, conforme previsto no artigo 27 da Lei Federal n°11.460, de 21 de março de 2007.

XII. As atividades agrossilvipastoris novas e existentes deverão:

a. Adotar práticas de conservação e manejo adequados do solo, em atendimento ao disposto na legislação vigente, com vistas a evitar: (i) o desencadeamento de processos erosivos; (ii) aumento da turbidez e interrupção do fluxo contínuo dos cursos d’água; (iii) a contaminação dos corpos hídricos; (iv) a diminuição da disponibilidade hídrica e; (v) a perda das características físicas, químicas e biológicas do solo; (vi) impactos à biodiversidade;

b. Promover a contenção e a recuperação dos processos erosivos em curso;

c. Adotar medidas para evitar a invasão biológica;

d. Evitar o uso de agrotóxicos que comprometam a qualidade ambiental, priorizando os de menor risco toxicológico e periculosidade ambiental, observando o disposto nas normas vigentes;

e. Adotar boas práticas no descarte de embalagens vazias de defensivos agrícolas, conforme normas vigentes;

f. Prevenir a poluição e promover a gestão ambiental adequada dos resíduos gerados nas atividades agrossilvipastoris.

XIII. A fim de evitar a deriva de agrotóxicos para o interior da Unidade de Conservação, a pulverização aérea deverá: (i) incorporar as boas práticas instituídas pela IN MAPA 02/2008 e pela IN Conjunta MAPA-IBAMA 01/2012, como não realizar a aplicação com ventos fortes; e (ii) priorizar o uso de tecnologias de maior precisão na plicação, como o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), Drones e outros.

XIV. O proprietário que fizer uso de pulverização aérea na ZA deverá enviar semestralmente ao Instituto Florestal cópia dos relatórios operacionais devidamente preenchidos (Anexo I da IN MAPA 02/2008).

XV. As obras, atividades e empreendimentos, incluindo as de utilidade pública ou interesse social, novas ou existentes quando da emissão, renovação e regularização da licença ambiental, deverão, quando aplicável:

a. Apresentar programa de monitoramento de fauna silvestre e medidas mitigadoras para os possíveis impactos, como por exemplo: (i) passagem de fauna silvestre; (ii) limitador de velocidade para veículos; (iii) projeto de sinalização da fauna silvestre; e (iv) atividades de educação ambiental;

b. Apresentar plano de ação de emergência de acidentes com produtos perigosos, considerando potenciais impactos na UC;

c. Apresentar programa de apoio à prevenção e ao combate a incêndios;

d. Apresentar programa de monitoramento e controle de espécies exóticas com potencial de invasão à UC, caso essas espécies sejam utilizadas.

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XVI. São vedados o corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração no entorno imediato de 400m da Unidade de Conservação, conforme o disposto no Artigo 11 da Lei nº 11.428/06, excetuando-se os necessários às obras de utilidade pública de energia, saneamento e transporte, desde que Comprovada a inexistência de alternativa locacional;

XVII. A supressão de vegetação nativa, o corte de árvores isoladas e as intervenções em Áreas de Preservação Permanente, quando permitidas, deverão ser compensadas, prioritariamente, dentro da própria Zona de Amortecimento ou no interior da UC;

XVIII. A compensação pela supressão de vegetação nativa, em estágio inicial, médio ou avançado de regeneração, as intervenções em Áreas de Preservação Permanente desprovidas de vegetação nativa e a compensação pelo corte de árvores nativas isoladas, deverão atender à normativa vigente.ISPOSIÇÕES DISPOSIÇÕS GERAISGERAIS

Mapa do Zoneamento Ambiental da EE Paranapanema

DISPOSIÇÕES GERAIS

I. As ações necessárias para a implementação do zoneamento e dos programas de gestão previstos no Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema deverão ser planejadas, executadas e monitoradas, de forma integrada, com as instituições que compõem o Sistema Ambiental Paulista e parceiros.

a. Os programas de gestão são: (1) Manejo e Recuperação; (2) Uso Público; (3) Interação Socioambiental; (4) Programa de Proteção e Fiscalização e (5) Pesquisa e Monitoramento.

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14 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

b. Para o delineamento das ações e estratégias definidas nos respectivos programas de gestão foram considerados os problemas centrais da UC, as características do território, as normas e diretrizes estabelecidas no zoneamento da Estação Ecológica de Paranapanema (zonas e respectivas áreas).

PROGRAMAS DE GESTÃO

Os Programas de Gestão do Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema foram elaborados a partir da leitura de seu território, resultantes das etapas de Diagnóstico e Zoneamento, que contaram com as discussões e o trabalhado coletivo junto ao Conselho Consultivo da unidade e participação dos diversos atores que compõem o território.

Os Programas de Gestão correspondem aos objetivos, ações, atividades e metas necessárias para o alcance dos objetivos da UC, com o propósito de transformar a realidade identificada na etapa de Diagnóstico em uma situação desejada, além de contribuírem para que os objetivos das Áreas, definidas na etapa do Zoneamento, sejam alcançados.

Os Programas de Gestão, seus objetivos gerais e estratégicos, bem como o número de ações e atividades que os compõem são apresentados no Quadro 7.

Programas de Gestão da Estação Ecológica Paranapanema

Programa Objetivo Geral Objetivo Estratégico

Manejo e Recuperação

Assegurar a conservação da diversidade biológica e as funções dos ecossistemas (aquáticos ou terrestres), por meio de ações de recuperação ambiental e manejo sustentável dos recursos naturais.

Recuperar áreas degradadas e promover a restauração ecológica do patrimônio natural e cultural da unidade.

Uso Público

Oferecer à sociedade o uso público adequado, garantindo qualidade e segurança nas atividades dirigidas ou livres que ocorrem no interior da UC.

Ordenar o uso público e promover o potencial da unidade.

Interação Socioambiental

Estabelecer, por meio das relações entre os diversos atores do território, os pactos sociais necessários para garantir o objetivo superior da UC.

Fortalecimento das conexões entre a unidade de conservação, seu público alvo e seu entorno imediato.

Proteção e Fiscalização

Garantir a integridade física, biológica e cultural da unidade.

Diminuir os vetores de pressão sobre o território, com vistas a garantir a integridade física, biológica e cultural da unidade e zona de amortecimento.

Pesquisa e Monitoramento

Produzir e difundir conhecimentos que auxiliem a gestão da UC em suas diversas ações.

Criar um ambiente que estimule o desenvolvimento de pesquisas, transformando a unidade em um centro de referência em pesquisa.

Os Programas de Gestão serão executados no prazo de até cinco anos e, a fim de facilitar o entendimento da sequência lógica estabelecida, foram estruturados em uma matriz composta por: (i) Objetivo Geral e (ii) Objetivo Estratégico, (iii) Ações, (iv) Atividades, (v) Classificação das Atividades, (vi) Responsabilidades e Parcerias, e (vii) Cronograma. A Fundação Florestal também apontou

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condicionantes para implantação dos programas, dentre os quais: disponibilidade financeira orçamentária da UC, existência de material e equipamento adequados, estruturação da unidade e aumento da disponibilidade financeira da unidade.

VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

1. Os trabalhos para elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema foram iniciados em janeiro de 2017 e concluídos em agosto de 2018, com a manifestação favorável do Conselho Consultivo; cumprindo os ritos exigidos pela legislação vigente, em especial, em relação ao conteúdo e à participação social;

2. Registra-se que o Plano de Manejo da Estação Ecológica Paranapanema foi estruturado sob as diretrizes e procedimentos do Roteiro Metodológico em elaboração no Sistema Ambiental Paulista, compondo os resultados do Projeto Piloto (bloco 2) do Comitê de Integração dos Planos de Manejo;

3. O Plano de Manejo foi discutido e elaborado pelo Sistema Ambiental Paulista, com ampla participação dos atores locais;

4. Diante do exposto, a Comissão Temática de Biodiversidade, Florestas, Parques e Áreas Protegidas manifesta-se favoravelmente à aprovação da minuta de resolução SMA e ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema, propondo encaminhamento à Plenária do CONSEMA para a manifestação final.

São Paulo, 17 de outubro de 2018

ORIGINAL ASSINADO

Relator: Iracy Xavier

Membro da CETESB no CONSEMA

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16 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

RESOLUÇÃO SMA n° xxx de xx de xxx de 2018

Aprova o Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema, Unidade de Conservação da Natureza de Proteção Integral, criada pelo Decreto Estadual nº 37.538, de 27 de setembro de 1993, e dispõe sobre o seu regulamento.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuições legais, e

CONSIDERANDO: A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação; O Decreto Estadual nº 60.302, de 27 de março de 2014, que institui o Sistema de Informação e Gestão de Áreas Protegidas e de Interesse Ambiental do Estado de São Paulo – SIGAP, que, em seu artigo 17, §2º, define que a aprovação de Plano de Manejo de Estação Ecológica será efetuada por meio de resolução do Secretário do Meio Ambiente; O Decreto Estadual nº 37.538, de 27 de setembro de 1993, que criou a Estação Ecológica de Paranapanema; e A importância da Estação Ecológica de Paranapanema para a preservação dos ecossistemas e processos ecológicos, abrangendo um dos últimos grandes remanescentes de Mata Atlântica da região, com a presença de espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção;

RESOLVE: Artigo 1º - Fica aprovado o Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema, Unidade de Conservação de Proteção Integral com área de 635,20 hectares que, juntamente com sua zona de amortecimento, está inserida em região importante para a conservação da Mata Atlânticana região Sudoeste do estado de São Paulo, com importantes remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual, estando localizada no Município de Paranapanema e cumprindo importante papel relacionado à conservação da biodiversidade, do meio físico e dos recursos hídricos.

Artigo 2º - A Estação Ecológica de Paranapanema tem como objetivos a proteção do ambiente natural, o gerenciamento voltado ao manejo integrado dos recursos, a realização de pesquisas básicas e aplicadas e o desenvolvimento de programas de educação conservacionaista.

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Artigo 3º - O zoneamento está delimitado cartograficamente nas escalas 1:15.000 para o Zoneamento Interno e de 1:40.000 para a Zona de Amortecimento, e os arquivos digitais estão disponibilizados na Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais do Estado de São Paulo – Portal Datageo.

DO ZONEAMENTO

Artigo 4º - O zoneamento da Estação Ecológica de Paranapanema é composto por três zonas, conforme o Mapa de Zoneamento que constituiu o Anexo I desta Resolução. Parágrafo único - A delimitação das zonas da Estação Ecológica de Paranapanema atende critérios técnicos, tais como o grau de conservação da vegetação, a variabilidade ambiental, a fragilidade, a diversidade biológica e a presença de cabeceiras de drenagem. Artigo 5º - O zoneamento da Estação Ecológica de Paranapanema é composto pelas seguintes Zonas, cujas respectivas caracterizações e normativas compõe o Plano de Manejo: I - Zona de Conservação (ZC): onde ocorrem ambientes naturais bem conservados, podendo apresentar efeitos de intervenção humana não significativos. Abrange aproximadamente 437 hectares da Unidade de Conservação (68% do território total) e contempla remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual Montana e Aluvial que se encontram em melhor estado de conservação;

II - Zona de Recuperação (ZR): constituída por ambientes naturais degradados que devem ser recuperados para atingir um melhor estado de conservação e que, uma vez recuperada, deverá ser reclassificada. Abrange aproximadamente 200 hectares da Unidade de Conservação (31% do território total), e inclui vegetação em estágio inicial de sucessão secundária, vegetação secundária de porte arbóreo médio e arbóreo baixo, formação pioneira em depressão brejosa e plantios de Pinus elliottii que deverão ser substituídos por vegetação nativa;

III - Zona de Uso Extensivo (ZUE): constituída em sua maior parte por regiões naturais conservadas, podendo apresentar efeitos de intervenção humana e que possibilita o desenvolvimento de atividades de educação ambiental. Abrange aproximadamente três hectares da Unidade de Conservação (1% do território total) e corresponde à área destinada à construção da sede administrativa da Unidade de Conservação, hospedaria, centro de pesquisa, centro de visitantes e base de apoio para recepção ao uso público, dentre outros equipamentos. Artigo 6º - Ficam estabelecidas três áreas, assim consideradas porções territoriais destinadas à implantação de programas e projetos prioritários de gestão em conformidade com as características, objetivos e regramentos das zonas sobre as quais incidem, e cujas caracterizações e normativas compõem o Plano de Manejo: I - Área de Uso Público (AUP): circunscreve as atividades de pesquisa e educação ambiental e possibilita a instalação de infraestrutura de suporte às atividades permitidas na zona em que se insere;

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18 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

II - Área de Administração (AA): circunscreve a infraestrutura de apoio aos serviços administrativos, de proteção, de fiscalização e de pesquisa científica; e III - Área de Interferência Experimental (AIE): constituída por ambientes naturais, conservados ou alterados, destinadas a pesquisas científicas de maior impacto.

DAS NORMATIVAS DAS ZONAS

Artigo 7º - Aplicam-se às zonas referidas no artigo 5º as seguintes normas gerais: I - As atividades desenvolvidas na Estação Ecológica de Paranapanema, previstas nos Programas de Gestão, deverão estar de acordo com a sua categoria e os seus objetivos e não poderão comprometer a integridade dos recursos naturais e os processos ecológicos mantenedores da biodiversidade; II - Não serão permitidos a introdução, o cultivo e a criação de espécies exóticas, com exceção das espécies sem potencial de invasão que sejam necessárias para as atividades previstas nos programas de manejo; III - Será proibida a coleta, retirada ou alteração, sem autorização, em parte ou na totalidade, de qualquer exemplar animal e vegetal nativos ou mineral, à exceção da necessária à limpeza e manutenção de acessos, trilhas ou aceiros existentes, desde que feitas de forma compatível com a conservação dos atributos da Unidade de Conservação; IV - A coleta de propágulos para fins de restauração será autorizada pelo Instituto Florestal mediante projeto específico, desde que atendida a legislação vigente; V - Serão admitidas ações emergenciais visando à segurança dos usuários, à integridade dos atributos da Unidade de Conservação e o alcance de seus objetivos em quaisquer zonas, tais como intervenções em vias de acesso, trilhas e aceiros, combate a incêndios, controle de processos erosivos e erradicação de espécies exóticas invasoras; VI - Será proibida a retirada ou alteração, sem autorização e acompanhamento do órgão competente, em parte ou na totalidade, de qualquer bem natural, arqueológico, geológico ou paleontológico, ressalvados os casos previstos nos dois incisos anteriores; VII - Será proibida a prática de pulverização aérea na Unidade de Conservação; VIII - É vedada a alteração intencional de fisionomias de vegetação, especialmente o florestamento das fisionomias campestres; IX - Os resíduos gerados na Unidade de Conservação deverão ser removidos e ter destinação adequada; X - O uso das estruturas da Unidade de Conservação como residência funcional somente será permitido em casos excepcionais e de interesse da gestão, mediante a aprovação do Instituto Florestal e do Secretário do Meio Ambiente; XI - A implantação, gestão e operação de estradas públicas no interior da Unidade de Conservação deverão atender ao disposto no Decreto Estadual nº 53.146, de 20 de junho de 2008; XII - O deslocamento de veículos motorizados será permitido nas vias públicas; XIII - Poderão ser implantados empreendimentos de utilidade pública de saneamento, transporte, telecomunicações e energia, nos casos de inexistência comprovada de alternativa locacional, preferencialmente nas secções de mesma natureza que transpassem a Unidade de Conservação, mediante comprovação da viabilidade socioambiental de acordo com a legislação vigente e sem prejuízo do processo de licenciamento;

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XIV - Os empreendimentos de utilidade pública no interior da Unidade de Conservação deverão ser mapeados e as regras de implantação e manutenção dos empreendimentos e de seu entorno deverão obedecer ao disposto no Anexo III desta Resolução: a) A concessionária e o Instituto Florestal deverão firmar um Termo de Compromisso detalhando as regras indicadas no Anexo III desta Resolução; b) Este Termo de Compromisso é requisito para obtenção das licenças de instalação e de renovação da licença de operação; XV - A proteção, a fiscalização e o monitoramento deverão ocorrer em toda a Unidade de Conservação; XVI - A pesquisa científica na Unidade de Conservação poderá ocorrer em qualquer zona, mediante autorização do Instituto Florestal, de acordo com os procedimentos estabelecidos para este fim; a) As marcações e os sinais utilizados nas atividades de pesquisa científica e fiscalização deverão priorizar os materiais biodegradáveis e se limitar aos locais previamente definidos e acordados com o órgão gestor; b) A coleta de espécimes de flora ou de fauna deverá garantir a manutenção de populações viáveis in situ; c) Ao encerramento das atividades de pesquisa científica, quaisquer elementos que tenham sido introduzidos com fins experimentais deverão ser retirados pelo pesquisador; XVII - Deverão ser promovidas condições de acessibilidade e inclusão, conforme legislação específica; XVIII - As atividades e a infraestrutura de uso público admitidos em cada uma das zonas deverão tomar como referência o disposto no Anexo IV desta Resolução.

Artigo 8º - Aplicam-se à Zona de Conservação – ZC as seguintes normas específicas:

I - São permitidas as seguintes atividades: a) Pesquisa científica e educação ambiental, com acesso restrito e mínimo impacto sobre os atributos ambientais da Estação Ecológica de Paranapanema, ou pesquisa científica com interferência experimental conforme previsto no Plano de Manejo; b) Proteção, fiscalização e monitoramento; II - A infraestrutura de proteção, fiscalização, monitoramento e pesquisa científica deverá circunscrever-se às Áreas de Administração, ser de mínimo impacto e poderá incluir carreadores, aceiros, guaritas, postos de controle e abrigos para pesquisadores, dentre outros; III - As atividades de educação ambiental deverão circunscrever-se às Áreas de Uso Público e atender às normas estabelecidas para essas áreas; IV - A infraestrutura para as atividades de educação ambiental deverá circunscrever-se às Áreas de Uso Público, ser de mínimo impacto e poderá incluir trilhas, quiosques, sinalização e equipamentos de segurança, tais como corrimões, escadas ou pontes; V - A pesquisa científica de alto impacto será admitida, desde que circunscrita às Áreas de Interferência Experimental e atendidas as normas estabelecidas para essas áreas; VI - Não serão permitidos deslocamentos em veículos motorizados em trilhas, exceto para o desenvolvimento das atividades de proteção, fiscalização, pesquisa e de manutenção dos acessos; VII - Será permitida a coleta de propágulos da flora, desde que autorizada pelo Instituto Florestal, vinculada a projetos de pesquisa científica ou para enriquecimento com espécies finais de sucessão da Zona de Recuperação da Unidade;

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VIII - Será permitido o controle de espécies animais ou vegetais introduzidas e/ou invasoras, visando à manutenção da integridade do ecossistema natural, desde que embasada em orientação técnica específica e atendidas as exigências legais; IX - O uso de aparelhos sonoros só será permitido com finalidade científica ou de fiscalização.

Artigo 9º- Aplicam-se à Zona de Recuperação – ZR as seguintes normas específicas:

I - São permitidas as seguintes atividades: a) Recuperação do patrimônio natural;

b) Pesquisa científica e educação ambiental;

c) Proteção, fiscalização e monitoramento;

II - A infraestrutura de proteção, fiscalização, monitoramento e pesquisa científica deverá circunscrever-se às Áreas de Administração, ser de mínimo impacto e poderá incluir aceiros, guaritas, postos de controle e abrigos para pesquisadores, dentre outros; III - As atividades de educação ambiental deverão circunscrever-se às Áreas de Uso Público e atender às normas estabelecidas para essas áreas; IV - A infraestrutura para as atividades de educação ambiental deverá circunscrever-se às Áreas de Uso Público, ser de mínimo impacto e poderá incluir trilhas, sinalização e equipamentos de segurança, tais como corrimões, escadas ou pontes; V - A pesquisa científica de alto impacto será admitida, desde que circunscrita às Áreas de Interferência Experimental e atendidas as normas estabelecidas para essas áreas; VI - O projeto de Restauração Ecológica deverá ser aprovado pelo Instituto Florestal, o qual poderá, a qualquer tempo, realizar vistorias ou solicitar complementações e adequações conforme regulamentações específicas, inclusive sobre a eficácia dos métodos e das ações realizadas, considerando ainda que: a) Em caso de conhecimento incipiente sobre o ecossistema a ser restaurado, somente será permitido o isolamento dos fatores de degradação, sendo adotadas apenas ténicas de condução de regeneração natural; b) Em situações excepcionais, será permitida a introdução de propágulos, que devem ser coletados em ecossistemas de referência de mesma tipologia vegetal, existentes na própria Unidade de Conservação ou o mais próximo possível dela, a fim de evitar contaminação genética; c) Será incentivada a eliminação de espécies exóticas cultivadas e invasoras, buscando o baixo impacto sobre as espécies nativas em regeneração e da fauna, sendo permitida, inclusive, a sua exploração comercial para garantir a viabilidade da supressão; d) Poderá ser realizado o cultivo temporário de espécies vegetais exóticas não invasoras, tais como espécies de adubação verde, como estratégia de manutenção da área a fim de auxiliar o controle de gramíneas invasoras e favorecer o estabelecimento da vegetação nativa, desde que não representem risco à conservação dos ambientes naturais; e) Será permitido o manejo de fragmentos de ecossistemas degradados que necessitem de controle de espécies nativas hiperabundantes, a fim de recuperar a composição, estrutura e função da comunidade; f) Será permitido o uso de agroquímicos para controle de espécies cultivadas ou invasoras, em caráter experimental, sendo proibida a utilização de pulverização aérea de qualquer tipo de produto; g) Será permitido o pastoreio de baixa densidade, com objetivo de controle de gramíneas invasoras, desde que indicado a partir de resultados de pesquisa científica;

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VII - Será permitida a circulação de veículos, máquinas e equipamentos necessários ao desenvolvimento das atividades permitidas na zona.

Artigo 10 - Aplicam-se à Zona de Uso Extensivo – ZUE as seguintes normas específicas:

I - São permitidas as seguintes atividades: a) Todas as atividades necessárias à execução dos Programas de Gestão da Unidade;

b) Pesquisa científica e educação ambiental;

c) Proteção, fiscalização e monitoramento;

II - A infraestrutura para a gestão administrativa e institucional, proteção, fiscalização, monitoramento e pesquisa científica deverá circunscrever-se às Áreas de Administração, ser de até médio impacto e poderá incluir sede administrativa, centro de pesquisa, garagem, almoxarifado, aceiros, bases de vigilância e alojamentos para pesquisadores, dentre outros equipamentos; III - A infraestrutura para as atividades de educação ambiental deverá circunscrever-se às Áreas de Uso Público, ser de mínimo, baixo ou médio impacto e atender às normas estabelecidas para essas áreas e poderá incluir estacionamento e centro de visitantes, dentre outros equipamentos; IV - As edificações e toda infraestrutura deverão estar harmoniosamente integradas à paisagem; V - A pesquisa científica de alto impacto só será admitida se circunscrita às Áreas de Interferência Experimental e atendidas as normas estabelecidas para essas áreas; VI - Serão permitidos deslocamentos em veículos motorizados para o desenvolvimento das atividades de fiscalização, proteção, monitoramento, pesquisa científica e para oferecer acessibilidade; VII - O uso de aparelhos sonoros só será permitido com finalidade científica, de educação ambiental e de fiscalização; VIII - Deverão ser adotadas medidas de saneamento para tratamento dos resíduos e efluentes gerados na Unidade de Conservação, priorizando tecnologias e destinação de baixo impacto, ambientalmente adequadas.

DAS NORMATIVAS DAS ÁREAS

Artigo 11 - Aplicam-se à Área de Uso Público – AUP as seguintes normas específicas:

I - Nas Áreas de Uso Público nas Zonas de Conservação, Recuperação e Uso Extensivo são permitidas a pesquisa científica e as atividades de educação ambiental, com acesso restrito e mínimo impacto sobre os atributos ambientais da Unidade de Conservação; II - Nas Áreas de Uso Público nas Zonas de Conservação e Recuperação, a infraestrutura deverá ser de mínimo impacto e poderá incluir trilhas compatíveis com as características da zona, sinalização e equipamentos de segurança, tais como corrimões, escadas ou pontes, e quiosques, dentre outros; III - O acesso a essas áreas deverá ser limitado, controlado e previamente acordado com o Instituto Florestal;

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22 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

IV - Nas Áreas de Uso Público na Zona de Uso Extensivo, a infraestrutura deverá ser de mínimo, baixo ou médio impacto e poderá incluir, além das anteriores, quiosques, mirantes, centro de visitantes e museu.

Artigo 12 - Aplicam-se à Área de Administração – AA as seguintes normas específicas:

I - São permitidas as seguintes atividades: a) Administração;

b) Pesquisa científica;

c) Manutenção do patrimônio físico;

d) Proteção, fiscalização e monitoramento;

II - Nas Áreas de Administração na Zonas de Conservação e Recuperação, a infraestrutura deverá ser de mínimo impacto e poderá incluir aceiros, guaritas, postos de controle e abrigos para pesquisadores, torre de vigilância, dentre outros; III - Nas Áreas de Administração na Zona de Uso Extensivo, a infraestrutura poderá ser de mínimo, baixo ou médio impacto e poderá incluir, além das anteriores, sede administrativa, centro de pesquisa, alojamentos, almoxarifado, garagens, poços, oficinas, base de vigilância, dentre outros; a) Será permitida a infraestrutura necessária para o tratamento e/ou depósito dos resíduos sólidos gerados na Unidade de Conservação e que deverão ter a destinação ambientalmente adequada, compatível com a Unidade de Conservação; b) Será permitida a infraestrutura necessária para viabilizar o tratamento adequado de efluentes.

Artigo 13 - Aplicam-se à Área de Interferência Experimental – AIE as seguintes normas

específicas:

I - São permitidas as seguintes atividades: a) Experimentação controlada, mesmo que de alto impacto, desde que aprovada pelo Instituto Florestal; b) Pesquisa científica e educação ambiental; c) Proteção, fiscalização e monitoramento; II - A localização de cada Área de Interferência Experimental será definida de acordo com o projeto de pesquisa aprovado; III - As Áreas de Interferência Experimental, em sua totalidade, poderão ocupar a proporção máxima de 3% (três por cento) da extensão total da Unidade de Conservação, não ultrapassando 10% (dez por cento) da área total de qualquer fitofisionomia; IV - Será permitida a realização de atividades de alto impacto, como o uso de agroquímicos e fogo controlado em caráter experimental, desde que o projeto específico inclua justificativa e medidas de mitigação e controle dos impactos previstos, mediante orientação técnica específica; V - As atividades e interferências ambientais nessa área não poderão comprometer permanentemente a integridade do ecossistema, bem como não poderão colocar em perigo a sobrevivência das populações das espécies existentes nas demais áreas da Unidade de Conservação;

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VI - Os efeitos ambientais decorrentes dos projetos de pesquisa que interferirem no equilíbrio ecológico da Unidade serão rigorosamente monitorados, de forma a embasar a decisão sobre sua continuação ou interrupção; VII - Projetos de pesquisa que se mostrarem danosos além do previsto serão imediatamente suspensos; VIII - Será permitida a interdição da área para execução de atividades de pesquisa, desde que previamente acordada entre o pesquisador e o Instituto Florestal; IX - Será permitida a instalação de infraestrutura, desde que estritamente necessária aos experimentos e previamente autorizada pelo Instituto Florestal; X - Os proponentes do projeto, uma vez concluída a experimentação, deverão recuperar o ecossistema alterado pelo experimento.

DA ZONA DE AMORTECIMENTO - ZA

Artigo 14 - A Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Paranapanema, cujas caracterizações constam do Plano de Manejo, conforme Mapa da Zona de Amortecimento que constitui o Anexo II desta Resolução, tem como objetivo minimizar os impactos ambientais negativos sobre a Unidade de Conservação e incentivar o desenvolvimento de práticas sustentáveis no entorno.

DAS NORMATIVAS DA ZONA DE AMORTECIMENTO - ZA

Artigo 15 - Constituem-se em diretrizes e normas gerais para a Zona de Amortecimento:

I - As diretrizes, normas e incentivos definidos para a Zona de Amortecimento deverão ser considerados no processo de licenciamento ambiental, bem como deverá ser observado o disposto nas Resoluções CONAMA 428, de 17 de dezembro de 2010, e SMA 85, de 23 de outubro de 2012, e em outras normativas relacionadas; II - Fica proibido o emprego do fogo em toda a Zona de Amortecimento, salvo para o controle fitossanitário e mediante autorização especifica; III – Não poderão ser utilizadas espécies exóticas com potencial de invasão nas ações de restauração ecológica, conforme disposto no § 5°, do artigo 11, da Resolução SMA n° 32, de 03 de abril de 2014; IV - É proibido o cultivo ou criação de espécies exóticas com potencial de invasão, constantes nas normativas do Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA; V - A pessoa física ou jurídica que cultivar ou criar espécies exóticas com potencial de invasão, não contempladas nas normativas do CONSEMA, deverá adotar ações de controle para evitar seu estabelecimento no interior da Unidade de Conservação, sendo que o Sistema Ambiental Paulista estabelecerá procedimentos para manejo e controle dessas espécies; VI - Não será admitido o cultivo de espécies do gênero Pinus em uma faixa de 300 m a partir dos limites da Unidade de Conservação. Em havendo o plantio de Pinus na Zona de Amortecimento, deverá ser justaposto ao plantio um quebra vento constituído por essências florestais não invasoras com velocidade de crescimento e altura iguais ou superiores às do

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Pinus, ao longo de uma faixa de, no mínimo, 300 m de largura, que se estenda ao longo de toda a bordadura do plantio voltada para a Unidade de Conservação; VII - São consideradas áreas prioritárias para restauração ecológica aquelas que minimizem o efeito de borda e incrementem a conectividade e a permeabilidade da paisagem; VIII - As áreas de que tratam o item VII são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista no art. 36 da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção, conforme o disposto no artigo 41, § 6°, da Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012; a) Todos os projetos (recuperação e manutenção) deverão ser aprovados pelo Instituto Florestal; b) Os projetos de restauração ecológica deverão atender o disposto na Resolução SMA n° 32, de 03 de abril de 2014, e outras normas específicas sobre o tema; c) Poderão ser utilizadas, como áreas para compensação, áreas particulares, desde que não sejam alvo de obrigações judiciais ou administrativas estabelecidas em licenças, Termos de Compromisso Ambiental ou Termos de Ajustamento de Conduta, firmados com órgãos do Sistema Ambiental Paulista, bem como não sejam abrangidas por projetos de restauração ecológica executados com recursos públicos e mediante anuência do proprietário, comprovada a dominialidade da área, conforme disposto no artigo 8° da Resolução SMA n° 7, de 18 de janeiro de 2017; IX - As Reservas Legais (RLs) das propriedades inseridas na Zona de Amortecimento deverão, prioritariamente, estabelecer conectividade funcional e estrutural com a Unidade de Conservação; X - A instituição da Reserva Legal deverá ser, preferencialmente, no próprio imóvel, sendo, nesses casos, elegível para receber apoio técnico-financeiro conforme previsto no item VIII para a sua recomposição; XI - O cultivo ou criação de Organismos Geneticamente Modificados - OGMs ou seus derivados deverá ocorrer mediante posse do parecer técnico da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio, em sua íntegra, original ou cópia, referente a utilização comercial, atestando que não trará risco aos atributos da Unidade de Conservação, conforme previsto no artigo 27 da Lei Federal n°11.460, de 21 de março de 2007; XI - As atividades agrossilvipastoris novas e existentes deverão: a) Adotar práticas de conservação e manejo adequados do solo, em atendimento ao disposto na legislação vigente, com vistas a evitar: (i) o desencadeamento de processos erosivos; (ii) aumento da turbidez e interrupção do fluxo contínuo dos cursos d'água; (iii) a contaminação dos corpos hídricos; (iv) a diminuição da disponibilidade hídrica; (v) a perda das características físicas, químicas e biológicas do solo; e (vi) impactos à biodiversidade; b) Promover a contenção e a recuperação dos processos erosivos em curso; c) Adotar medidas para evitar a invasão biológica; d) Evitar o uso de agrotóxicos que comprometam a qualidade ambiental, priorizando os de menor risco toxicológico e periculosidade ambiental, observando o disposto nas normas vigentes; e) Adotar boas práticas no descarte de embalagens vazias de defensivos agrícolas, conforme normas vigentes; f) Adotar, sempre que possível, práticas agroecológicas para minimizar o uso de agrotóxicos; g) Adotar boas práticas no controle de pragas e priorizar, na medida do possível, o manejo integrado de pragas e o controle biológico; h) Prevenir a poluição e promover o gerenciamento ambiental adequado dos resíduos gerados nas atividades agrosilvipastoris;

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XII - A fim de evitar a deriva de agrotóxicos para o interior da Unidade de Conservação, a pulverização aérea deverá: (i) incorporar as boas práticas instituídas pela IN MAPA 02/2008 e pela IN Conjunta MAPA-IBAMA 01/2012, como não realizar a aplicação com ventos fortes; e (ii) priorizar o uso de tecnologias de maior precisão na aplicação, como o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), Drones e outros; XIII - O proprietário que fizer uso de pulverização aérea na ZA deverá enviar semestralmente ao Instituto Florestal cópia dos relatórios operacionais devidamente preenchidos (Anexo I da IN MAPA 02/2008); XIII - As obras, atividades e empreendimentos, incluindo os de utilidade pública ou interesse social, novos ou existentes, quando da emissão, renovação e regularização da licença ambiental, deverão, quando aplicável: a) Apresentar programa de monitoramento de fauna silvestre e medidas mitigadoras para os possíveis impactos, como por exemplo: (i) passagem de fauna silvestre; (ii) limitador de velocidade para veículos; (iii) projeto de sinalização da fauna silvestre; e (iv) atividades de educação ambiental; b) Apresentar plano de ação de emergência de acidentes com produtos perigosos, considerando potenciais impactos sobre a Unidade de Conservação; c) Apresentar programa de apoio à prevenção e ao combate a incêndios; d) Apresentar programa de monitoramento e controle de espécies exóticas com potencial de invasão à Unidade de Conservação, caso essas espécies sejam utilizadas; XIV - São vedados o corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração no entorno imediato de 400m da Unidade de Conservação, conforme o disposto no artigo 11 da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, excetuando-se os necessários às obras de utilidade pública de energia, saneamento e transporte, desde que comprovada a inexistência de alternativa locacional; XV - A supressão de vegetação nativa, o corte de árvores isoladas e as intervenções em Áreas de Preservação Permanente, quando permitidas, deverão ser compensadas, prioritariamente, dentro da própria Zona de Amortecimento ou no interior da Unidade de Conservação; XVI - A compensação pela supressão de vegetação nativa, em estágio inicial, médio ou avançado de regeneração, as intervenções em Áreas de Preservação Permanente desprovidas de vegetação nativa e a compensação pelo corte de árvores nativas isoladas deverão atender à normativa vigente.

DOS PROGRAMAS DE GESTÃO

Artigo 16 - São Programas de Gestão da Estação Ecológica de Paranapanema, cujo objetivo é a implementação das ações de gestão e manejo dos recursos naturais: I – Programa de Manejo e Recuperação, com o objetivo de assegurar a conservação da diversidade biológica e as funções dos ecossistemas aquáticos ou terrestres, por meio de ações de recuperação ambiental e manejo sustentável dos recursos naturais; II – Programa de Uso Público, com o objetivo de ordenar as atividades de uso público na Unidade de modo a garantir a segurança dos usuários, tanto nas atividades dirigidas quanto livres, e minimizar possíveis impactos sobre os recursos naturais protegidos pela Unidade de Conservação; III – Programa de Interação Socioambiental, com o objetivo de assegurar, por meio das relações entre os diversos atores do território (zoneamento interno e zona de amortecimento), os pactos sociais, as boas práticas e o reconhecimento do papel e potencial do território,

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necessários para garantir os objetivos dos Programas de Gestão e o desenvolvimento das comunidades envolvidas; IV – Programa de Proteção e Fiscalização, com o objetivo de diminuir os vetores de pressão sobre o território, com vistas a garantir a integridade física, biológica e cultural da Unidade; e V – Programa de Pesquisa e Monitoramento, com o objetivo de produzir, sistematizar, disponibilizar e difundir conhecimentos que auxiliem a gestão da Unidade de Conservação em suas diversas ações. § 1º - As metas e indicadores de avaliação e monitoramento dos Programas de Gestão estão estabelecidos no Plano de Manejo. § 2º - As ações necessárias para a implementação dos Programas de Gestão da Estação Ecológica de Paranapanema deverão ser planejadas, executadas e monitoradas, de forma integrada, com as instituições que compõem o Sistema Ambiental Paulista. § 3º - O Programa de Uso Público deverá prever ações para a implementação, gestão e

monitoramento das atividades e infraestruturas de uso público, previstas no Anexo 4.

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ANEXO I – MAPA DO ZONEAMENTO (ZONAS E ÁREAS) DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE PARANAPANEMA

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28 Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Avaré – 24-07-18

ANEXO II - MAPA DA ZONA DE AMORTECIMENTO DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE

PARANAPANEMA

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Relatório CTBio – Plano de Manejo da Estação Ecológica de Paranapanema – 24-09-18 29

ANEXO III - CONTEÚDO MÍNIMO PARA O TERMO DE COMPROMISSO

Obrigações da Concessionária:

I. Disponibilizar plantas contendo a localização do empreendimento e da área de servidão/domínio;

II. Acordar com o Instituto Florestal a agenda dos serviços de manutenção da área de servidão/domínio e dos empreendimentos;

III. Acordar com o Instituto Florestal as práticas de manutenção a serem adotadas, de forma a minimizar os impactos no ambiente;

IV. No caso de concessão de estradas, atender ao disposto no Decreto Estadual nº

53.146/2008 no que se refere à gestão, à manutenção e à operação de estradas no

interior da Unidades de Conservação;

V. Remover e destinar quaisquer resíduos gerados durante a implantação e manutenção do empreendimento e da área de servidão/domínio, em comum acordo com o Instituto Florestal;

VI. Elaborar um Plano de Contingência, aprovado pelo órgão gestor, o qual deverá contemplar a adoção de ações preventivas, mitigadoras e compensatórias, no caso de acidentes;

VII. Elaborar e implementar um Plano de Fiscalização intensiva nas áreas afetadas pelo empreendimento, aprovado pelo órgão gestor, a fim de evitar que os acessos às estruturas sejam feitos por pessoas não autorizadas.

Obrigações do Órgão Gestor:

I. Permitir que a concessionária execute as ações de implantação e manutenção dos empreendimentos de utilidade pública e da área de servidão/domínio, conforme acordado;

II. Fiscalizar e monitorar o cumprimento dos acordos estabelecidos com a concessionária.

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ANEXO IV – LISTA EXEMPLIFICATIVA DO ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADES E INFRAESTRUTURA CONFORME NÍVEL DE IMPACTO QUE SERÃO PARAMETRIZADAS NO ÂMBITO DO PROGRAMA DE USO PÚBLICO.

Atividades e práticas possíveis

Área de Uso público em Zona de Uso Extensivo

(Mínimo, Baixo ou Médio Impacto)

Área de Uso público em Zona de Conservação e

Recuperação (Mínimo Impacto)

Pesquisa Científica SIM SIM

Educação Ambiental SIM SIM

Infraestruturas compatíveis

Área de Uso público em Zona de Uso Extensivo

(Mínimo, Baixo ou Médio Impacto)

Área de Uso público em Zona de Conservação e

Recuperação (Mínimo Impacto)

Sanitários SIM NÃO

Lixeiras SIM NÃO

Sinalização, orientação e interpretação SIM SIM

Quiosques SIM SIM

Mirante artificial SIM NÃO

Centro de Visitantes e Museu SIM NÃO

Infraestrutura de segurança (escada, corrimão, ponte, degrau, etc)

SIM

SIM Construções primitivas, tais

como pinguela de tronco, ripados, falsa-baiana, baixios,

cordas, pontes, etc.