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O MERCADO BRASILEIRO DE
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FOTOVOLTAICA
Edição
2017
I N I C I AT I VA :
A P O I O :
Por meio da:
PAT RO C Í N I O :o u ro
INFORMAÇÕES LEGAIS
1. Todas as indicações, dados e resultados deste
estudo foram compilados e cuidadosamente
revisados pelo(s) autor(es). No entanto, erros com
relação ao conteúdo não podem ser evitados.
Consequentemente, nem o Instituto IDEAL nem a
AHK-RJ ou o(s) autor(es) podem ser responsabilizados
por qualquer reinvidicação, perda ou prejuízo direto
ou indireto resultante do uso ou confiança depositada
sobre as informações contidas neste estudo, ou direta
ou indiretamente resultante dos erros, imprecisões ou
omissões de informação neste estudo.
2. A duplicação ou reprodução de todo ou partes
do estudo (incluindo a transferência de dados para
sistemas de armazenamento de mídia) e distribuição
para fins não comerciais é permitida, desde que o
Instituto IDEAL e a AHK-RJ sejam citados como fonte
de informação. Para outros usos comerciais, incluindo
duplicação, reprodução ou distribuição de todo ou
partes deste estudo, é necessário o consentimento
escrito do Instituto IDEAL.
EXPEDIENTE
COORDENAÇÃO: Philipp Hahn e Taynara Reisner Mighelão
EXECUÇÃO: Ana Carolina Richard e Taynara Reisner Mighelão
REVISÃO: Ricardo Rüther e Philipp Hahn
ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO: Andressa Braun
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Andrezza Nascimento
RÉFÉRENCES COULEUR
24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com
ENGIElogotype_solid_BLUE_CMYK14/04/2015
C100%
Zone de protection 1
Zone de protection 3
Zone de protection 2
PAT RO C Í N I O O U RO
PAT RO C Í N I O P R ATA
Edição
2017
O MERCADO BRASILEIRO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FOTOVOLTAICA
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20174
INSTITUTO IDEAL
O Instituto IDEAL é uma organização privada sem fins lu-
crativos, com sede em Florianópolis (SC), que atua na pro-
moção de energias renováveis e de políticas de integração
energética na América Latina. São duas as principais áreas
de trabalho do IDEAL: o Seminário Energia + Limpa e o pro-
grama América do Sol, que inclui, entre outras ferramentas
de disseminação do conhecimento em energia fotovoltai-
ca, o projeto Selo Solar e este Estudo, o primeiro do setor
desenvolvido no Brasil. Todos são iniciativas gratuitas.
Ao promover eventos e incentivar pesquisas e ações volta-
das para o desenvolvimento das energias limpas, o IDEAL
se fortalece como um elo entre o governo e os setores
acadêmico e empresarial, além de ser referência no setor
energético. A busca por uma matriz energética diversifica-
da e integrada em todo o território latino-americano tem
iluminado os caminhos dessa organização brasileira.
Saiba mais em institutoideal.org.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20175
AHK-RJ
Fundada há mais de 100 anos, a Câmara de Comércio e
Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ)
faz parte de uma rede mundial de cerca de 130 câmaras
binacionais espalhadas por mais de 90 países. No Brasil,
possui 1.300 associados e atua como importante elo en-
tre os mercados brasileiro e alemão, possibilitando um
amplo acesso à informação e contatos, intermediação de
negócios e transferência de tecnologia entre os dois paí-
ses. Além disso, funciona como plataforma de negócios e
networking entre seus associados no Brasil, fomentando
as relações comerciais também no mercado interno, atra-
vés de sua representatividade, visibilidade, serviços e am-
biente geral que propicia.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica,
de forma acíclica à conjuntura geral, vem crescendo signi-
ficativamente nos últimos anos e promete oportunidades
de negócios interessantes para empresas brasileiras, ale-
mãs e internacionais. A presente publicação traz dados e
informações importantes e atuais em primeira mão sobre
este mercado dinâmico, apoiando, assim, o seu desenvolvi-
mento. Desejamos uma boa leitura!
Saiba mais em ahkbusiness.de/pt.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20176
PREFÁCIO
INTERSOLAR SOUTH AMERICA
A América Latina está na fronteira global dos mercados
solares não subsidiados. A queda nos preços e um au-
mento simultâneo da demanda resultaram em pipelines
multi-gigawatt no Brasil. Desfrute dos dados em primei-
ra mão do mercado solar brasileiro ao ler o relatório do
Instituto IDEAL e da Câmara de Comércio e Indústria
Brasil-Alemanha (AHK-RJ) e certifique-se de estar pre-
sente na Intersolar South America 2017, aproveitando a
nossa rede global.
Dr. Florian Wessendorf Diretor Administrativo
Solar Promotion International GmbH
PHB
Desde 1984, ano de fundação da PHB, a busca por inova-
ção e qualidade, com seriedade e desenvolvimento tec-
nológico brasileiro, foram fatores notáveis e importantes
na trajetória da PHB Solar. Desta maneira, foi a primeira
fabricante de inversores solares a ser certificada pelo
INMETRO no Brasil, atuando na coordenação e elabora-
ção de normas reguladoras, e criando de forma singular,
um laboratório completo para testes e manutenção dos
seus próprios produtos.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20177
Sempre à frente, a PHB Solar é uma empresa 100% nacio-
nal, com pioneirismo e competência tecnológica, desen-
volvendo soluções para a Geração Distribuída como um
todo. A engenharia da PHB oferece respostas rápidas e
não depende de uma consulta internacional, sendo uma
empresa precursora na geração de energia elétrica atra-
vés de fontes renováveis.
Ildo Bet Sócio Fundador e Diretor Técnico - PHB Eletrônica ;
Diretor do Grupo Setorial Fotovoltaico - ABINEE;
Coordenador da ABNT/COBEI/CE03:82.01 - Comissão de
Estudos de Sistemas Fotovoltaicos
SICES BRASIL
De origem italiana, com pioneirismo, transparência e exce-
lência, a SICES Brasil lidera a geração distribuída no País.
Estes pilares a solidificam para percorrer uma trajetória
de sucesso. A SICES Brasil contribui constantemente para
disseminar a energia solar em ações sociais, patrocinando
eventos e estudos do segmento. Hoje, como patrocinado-
ra deste estudo, a SICES Brasil se orgulha de fazer parte
deste magnífico projeto e de ter escolhido este belíssimo
país como sua segunda casa.
Jackson Chirollo COO SICES Brasil
Diretoria de Operações e Expansão
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20178
CONTEÚDO
Introdução 13
Metodologia 15
Atuação das empresas entrevistadas 17
Perfil das instaladoras 23
Perfil Socioeconômico 29Empregos no setor fotovoltaico brasileiro 30Preços nacionais 32
Novas modalidades na Geração Distribuída – REN
687/2015 38
Relação com as distribuidoras 43
Desafios no processo de conexão à rede 48
Relacionamento com o cliente 55Comentários e Sugestões 58
Conclusões 61
Referências 65
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 20179
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Tempo de atuação das empresas no
setor de energia fotovoltaico 19
Gráfico 2
Região de localização das empresas 20
Gráfico 3
Principal segmento de atuação das empresas 21
Gráfico 4
Em qual etapa da cadeia de valor sua empresa atua? 22
Gráfico 5
Quantos sistemas fotovoltaicos (FV) instalados por
sua empresa foram conectados à rede, no âmbito da
REN 482/2012 e da REN 687/2015, em 2016? 25
Gráfico 6
Tempo para conclusão de todas as etapas
de instalação e conexão 26
Gráfico 7
Comparativo de quatro anos do tempo
para conclusão de todas as etapas de
instalação e conexão 27
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201710
Gráfico 8
Instalações e conexões nos estados brasileiros 28
Gráfico 9
Número de colaboradores efetivos
nas empresas 30
Gráfico 10
Comparativo de três anos do percentual
de colaboradores efetivos e terceirizados
no setor 31
Gráfico 11
Preço de sistemas FV em 2016 por faixa de potência
informado pelas empresas instaladoras 33
Gráfico 12
Preço de sistemas FV em 2016 por faixa de
potência informado pelas empresas fabricantes/
revendedoras de módulos e/ou inversores 34
Gráfico 13
Comparação dos preços de sistemas FV por
faixa de potência informados pelas empresas
instaladoras e fabricantes/revendedoras
de módulos e/ou inversores 35
Gráfico 14
Composição do custo total da instalação
de um sistema FV 37
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201711
Gráfico 15
Nível de clareza da revisão da REN
482/2012 para a REN 687/2015 40
Gráfico 16
Sua empresa desenvolveu algum projeto de
energia solar FV nas modalidades geração
compartilhada e de condomínios? 41
Gráfico 17
Ocorreram dificuldades neste processo? 42
Gráfico 18
A distribuidora atualiza as normas quando há
alterações da ANEEL e do INMETRO sobre
mini e microgeração fotovoltaica? 45
Gráfico 19
A norma da distribuidora contém prazos para cada
etapa da aprovação de uma conexão à rede segundo
o que foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL
(na Seção 3.7 do Módulo 3 dos PRODIST)? 46
Gráfico 20
Sua empresa enfrentou alguma dificuldade ou
exigência que atrapalhou, atrasou, encareceu ou
inviabilizou a instalação de um mini ou microgerador
FV para algum de seus clientes? 47
Gráfico 21
Em qual fase do projeto ocorreu essa dificuldade? 50
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201712
Gráfico 22
As dificuldades causaram atraso nos novos
prazos estipulados na revisão da REN482/2012
pela REN 687/2015 (no PRODIST) para
conexão à rede do sistema FV? 51
Gráfico 23
O atraso na finalização da instalação e conexão à
rede do sistema FV por causa dessas dificuldades
foi, em média, de quanto tempo? 52
Gráfico 24
Quais pontos ainda precisavam ser melhorados no
processo de solicitação de conexão à rede de um sistema
fotovoltaico junto à distribuidora no ano 2016? 53
Gráfico 25
Quais são as opções de pagamento mais
utilizadas pelos seus clientes? 57
Gráfico 26
Qual o principal meio de captação de
clientes na sua empresa? 58
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201713
INTRODUÇÃO
O Instituto IDEAL vem acompanhando o setor fotovoltai-
co brasileiro, disseminando informações e incentivando o
uso da energia fotovoltaica (FV) desde 2007, por meio do
Programa América do Sol. No âmbito desse programa foi
criada uma plataforma de conhecimento digital que inclui
ferramentas e ações com diferentes atores: consumido-
res de energia, proprietários de sistemas FV, instaladoras,
projetistas, fabricantes, revendedoras, instituições sem
fins lucrativos, entre outros.
Parte integrante do programa América do Sol, e juntamente
com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do
Rio de Janeiro (AHK-RJ), a pesquisa “O Mercado Brasileiro
de Geração Distribuída Fotovoltaica” chega à sua quarta
edição em 2017. O Estudo tem o intuito de documentar,
acompanhar e trazer sugestões ao setor de geração distri-
buída FV no Brasil. Como a pesquisa se refere ao que ocor-
reu nesse setor em 2016, é o primeiro ano que o Estudo
concerne a um mercado posterior às mudanças feitas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na REN
482/2012 por meio da publicação da REN 687/2015.
A edição da Resolução Normativa (REN) 482/2012, da
ANEEL, permite ao proprietário de um gerador de fonte
renovável com uma potência de até 5 MW injetar na rede
elétrica a energia que não for consumida no momento da
geração, recebendo créditos (em kWh) na sua conta de luz.
O consumidor, assim, paga a cada mês somente o valor da
diferença entre a energia consumida da rede pública e a
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201714
que foi gerada por ele. Essa resolução foi aprimorada pela
Resolução Normativa (REN) 687/2015, que entrou em vi-
gor em março de 2016. Entre as mudanças que passaram
a vigorar no ano de 2016 estão os aumentos da potência
máxima dos geradores de energia (de 1 MW para 5 MW)
e do prazo de validade dos créditos na conta de luz (de 36
para 60 meses).
Cinco anos após a regulamentação da micro e da minige-
ração distribuídas de energia pela ANEEL, o Brasil chegou
à marca de 10 mil conexões. A fonte mais utilizada pelos
consumidores-geradores é a solar fotovoltaica, com 9.910
adesões, seguida da eólica, com 48 instalações. Como uma
conexão pode atender a mais de uma unidade consumido-
ra hoje, 11.189 delas usam energia a partir da micro e da
minigeração distribuídas (ANEEL, 2017).
No Brasil, até maio de 2017, 22 estados já isentam o pa-
gamento do ICMS sobre o excedente de energia elétrica
produzida por sistemas de geração distribuída, a partir da
adesão ao Convênio ICMS 16/2015 do Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz), que autoriza os governos
estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia injetada na
rede e compensada na micro e minigeração distribuída. O
Centro-Oeste é a segunda região do País a adotar a medi-
da, pois o Nordeste foi a primeira a completar a adoção do
benefício para a população e empresas (ELETRICIDADE
MODERNA, 2017a).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201715
METODOLOGIA
Para levantar os dados do presente estudo, foram envia-
dos, em janeiro de 2017, questionários eletrônicos a 1.350
empresas cadastradas no Mapa de Empresas do Setor
Fotovoltaico do Programa América do Sol, do Instituto
IDEAL (www.americadosol.org/fornecedores). O ques-
tionário ficou aberto para participação durante 30 dias.
Do total de envios, 373 empresas responderam a todas as
perguntas, portanto, foram consideradas apenas as res-
postas completas válidas.
A maioria das questões foi mantida para comparar os da-
dos com as edições anteriores do estudo e, assim, mostrar
tendências do desenvolvimento do mercado fotovoltaico
brasileiro. Porém, como 2016 foi o primeiro ano de ade-
quação das concessionárias e empresas à (REN) 482/2012
da ANEEL, revisada pela (REN) 687/2015, o questionário
foi aprimorado com o intuito de deixar as perguntas mais
claras e atender às demandas e mudanças do desenvolvi-
mento desse mercado.
Para maior clareza das respostas às perguntas, o acesso foi
segmentado de acordo com a atuação de cada empresa na
cadeia de valor de energia solar FV (instaladora, projetista
ou fabricante/revendedora de equipamentos), informada
pela própria entrevistada no início do questionário. Com
dados segmentados para diferentes atores, pôde-se ob-
ter um cenário mais completo sobre o mercado brasileiro
de geração solar distribuída. Esta já é a segunda edição de
questionário que contempla essa segmentação.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201716
Na interpretação dos dados buscou-se comparar e enten-
der a realidade do mercado em cada um dos quatro anos
de realização do estudo. A cada ano, observa-se um maior
número de empresas no mapa de fornecedores do América
do Sol e uma maior consolidação dos resultados devido ao
aumento do número de respondentes, cenário com tendên-
cia constante de crescimento. Tais análises são importantes
para que o mercado em si entenda a evolução do setor e, as-
sim, se reestruture para se tornar cada vez mais sólido.
ATUAÇÃO DASEMPRESAS
ENTREVISTADAS
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201718
Gráfico 1
TEMPO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS NO SETOR DE ENERGIA FOTOVOLTAICO
N = 373
De 3 a 5 anos De 6 a 10 anos
De 1 a 2 anosMenos de 1 ano
Mais de 10 anos
2%5%
42%
28%
23%
A segunda pergunta no questionário referente à sessão
de atuação das empresas entrevistadas era: “Em qual re-
gião está localizada a sede de sua empresa?” A pergunta foi
elaborada a fim de especificar onde a empresa foi criada e
identificar onde a abertura delas é mais propícia, conside-
rando que muitas já possuem filiais espalhadas pelo Brasil.
Assim, as duas regiões com mais empresas sediadas no
Brasil são a Sudeste, com 48%, e a Sul, com 24%; e a região
que menos possui empresas é a Norte. As regiões que mais
possuem empresas também são as que contêm os estados
com mais conexões: O estado com o maior número de mi-
cro e minigeradores é Minas Gerais (2.178 conexões), se-
guido por São Paulo (1.987) e Rio Grande do Sul (1.061)
(ver Gráfico 8).
Ao iniciar o questionário, a empresa entrevistada respon-
deu a algumas perguntas referentes à sua atuação no setor
de energia solar fotovoltaica como: qual o seu tempo de
atuação no mercado, qual a região em que está localizada,
qual o principal segmento em que atua e qual a etapa da
cadeia de valor em que mais atua hoje no mercado.
Em relação a quantos anos de atuação a empresa tem no
mercado de energia solar fotovoltaica, a maioria delas
(42%) relatou que está “De 1 a 2 anos”. Este dado demons-
tra que muitas empresas ainda estão iniciando os seus
serviços e a comercialização de produtos no mercado de
geração distribuída fotovoltaica no Brasil. Cerca de 28%
delas relataram estar a menos de um ano no mercado, 23%
“De 3 a 5 anos”, 5% e apenas 2% do total já estão com uma
maior experiência, atuando há mais de 10 anos no merca-
do. Ou seja, 70% das empresas entrevistadas estão atuan-
do no mercado, no máximo, há dois anos. Este dado mostra
o grande crescimento que o setor vivenciou nos últimos
anos, principalmente em 2016, motivado, possivelmente,
pela maior disseminação de conhecimentos referentes à
regulamentação da ANEEL, pela a REN 482/2012, e à sua
revisão, pela REN 687/2015.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201719
Gráfico 1
TEMPO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS NO SETOR DE ENERGIA FOTOVOLTAICO
N = 373
De 3 a 5 anos De 6 a 10 anos
De 1 a 2 anosMenos de 1 ano
Mais de 10 anos
2%5%
42%
28%
23%
A segunda pergunta no questionário referente à sessão
de atuação das empresas entrevistadas era: “Em qual re-
gião está localizada a sede de sua empresa?” A pergunta foi
elaborada a fim de especificar onde a empresa foi criada e
identificar onde a abertura delas é mais propícia, conside-
rando que muitas já possuem filiais espalhadas pelo Brasil.
Assim, as duas regiões com mais empresas sediadas no
Brasil são a Sudeste, com 48%, e a Sul, com 24%; e a região
que menos possui empresas é a Norte. As regiões que mais
possuem empresas também são as que contêm os estados
com mais conexões: O estado com o maior número de mi-
cro e minigeradores é Minas Gerais (2.178 conexões), se-
guido por São Paulo (1.987) e Rio Grande do Sul (1.061)
(ver Gráfico 8).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201720
Gráfico 3
PRINCIPAL SEGMENTO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS
Residencial
Comercial
Industrial
62%
31%
7%
N = 373
Esta é a segunda edição em que o questionário é seg-
mentado em diferentes perfis para que as perguntas se-
jam mais específicas em relação às atividades de cada em-
presa. A pergunta seguinte foi elaborada de maneira que
cada empresa identificasse qual é a etapa da cadeia de
valor em que ela mais atua no mercado, mesmo atuando
em outras etapas também, permitindo assim uma imagem
mais completa do setor.
Das 373 empresas entrevistadas, 53% se declararam como
instaladora; 32% relataram ter como atividade principal a
elaboração de projetos (“Projetistas”); e apenas 15% res-
ponderam que são “Fabricante/revendedora de módulos
FV e/ou inversores”. Em relação à última edição pode-se
notar um aumento de 6% do número das empresas insta-
ladoras (de 47% para 53%) e uma diminuição do número
das empresas projetistas (de 35% para 32%) e das empre-
sas fabricantes/revendedoras (de 18% para 15%).
Gráfico 2
REGIÃO DE LOCALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
N = 373
Norte4%
Nordeste15%
Centro-Oeste9% Sudeste
48%
Sul 24%
O principal segmento de atuação das empresas responden-
tes é o residencial (62%), seguido pelo comercial, com 31%,
e pelo industrial, com apenas 7%. Comparando com os da-
dos da ANEEL sobre as unidades consumidoras no Brasil,
pode-se notar que seguem a mesma linha de atuação: exis-
tem 8.114 unidades consumidoras na classe de consumo
residencial com uma potência instalada de 33.773,kW, e
1.541 unidades consumidoras na classe comercial com
uma potência instalada de 42.298,75 kW, portanto, maior
do que a da classe residencial. Na classe industrial, há ape-
nas 213 unidades consumidoras com uma potência insta-
lada de 22.674kW (ANEEL, 2017).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201721
Gráfico 3
PRINCIPAL SEGMENTO DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS
Residencial
Comercial
Industrial
62%
31%
7%
N = 373
Esta é a segunda edição em que o questionário é seg-
mentado em diferentes perfis para que as perguntas se-
jam mais específicas em relação às atividades de cada em-
presa. A pergunta seguinte foi elaborada de maneira que
cada empresa identificasse qual é a etapa da cadeia de
valor em que ela mais atua no mercado, mesmo atuando
em outras etapas também, permitindo assim uma imagem
mais completa do setor.
Das 373 empresas entrevistadas, 53% se declararam como
instaladora; 32% relataram ter como atividade principal a
elaboração de projetos (“Projetistas”); e apenas 15% res-
ponderam que são “Fabricante/revendedora de módulos
FV e/ou inversores”. Em relação à última edição pode-se
notar um aumento de 6% do número das empresas insta-
ladoras (de 47% para 53%) e uma diminuição do número
das empresas projetistas (de 35% para 32%) e das empre-
sas fabricantes/revendedoras (de 18% para 15%).
Gráfico 2
REGIÃO DE LOCALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
N = 373
Norte4%
Nordeste15%
Centro-Oeste9% Sudeste
48%
Sul 24%
O principal segmento de atuação das empresas responden-
tes é o residencial (62%), seguido pelo comercial, com 31%,
e pelo industrial, com apenas 7%. Comparando com os da-
dos da ANEEL sobre as unidades consumidoras no Brasil,
pode-se notar que seguem a mesma linha de atuação: exis-
tem 8.114 unidades consumidoras na classe de consumo
residencial com uma potência instalada de 33.773,kW, e
1.541 unidades consumidoras na classe comercial com
uma potência instalada de 42.298,75 kW, portanto, maior
do que a da classe residencial. Na classe industrial, há ape-
nas 213 unidades consumidoras com uma potência insta-
lada de 22.674kW (ANEEL, 2017).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201722
Gráfico 4
EM QUAL ETAPA DA CADEIA DE VALOR SUA EMPRESA ATUA?
N = 373
Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores
Instaladora
Projetista15%
32%
53%
Gráfico 4
EM QUAL ETAPA DA CADEIA DE VALOR SUA EMPRESA ATUA?
N = 373
Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores
Instaladora
Projetista15%
32%
53%
PERFIL DAS INSTALADORAS
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201724
Gráfico 5
QUANTOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS (FV) INSTALADOS POR SUA EMPRESA FORAM CONECTADOS À REDE, NO ÂMBITO DA REN 482/2012 E DA REN 687/2015, EM 2016?
N = 195
79%com projetos
21%sem projetos
0 1
2 3
Mais que 4
NÚMERO DE PROJETOS
4
22%
40%
18%14%
6%
Foi indagado às empresas participantes da pesquisa qual o
tempo médio para a conclusão de todas as etapas da insta-
lação de um sistema fotovoltaico conectado à rede - desde
a assinatura do contrato entre a empresa e o cliente até a
aprovação pela distribuidora e a efetiva conexão do sistema
na rede. Nas 154 empresas que realizaram algum projeto
no ano de 2016, o tempo médio de duração de instalação e
conexão foi de dois meses e 15 dias. Esse tempo diminuiu
em relação ao ano de 2015, quando a média era de três
meses e três semanas, como pode ser visto no Gráfico 6.
De acordo com a opção escolhida pelas empresas em rela-
ção à sua atuação no mercado, elas foram redirecionadas
a seções distintas do questionário. Nesta seção, somente
as empresas instaladoras responderam. A primeira per-
gunta para definir o perfil delas foi “Pelo menos um sistema
fotovoltaico (FV) instalado por sua empresa foi conectado
à rede seguindo as normas da REN 482/2012 e da REN
687/2015 em 2016?”. As empresas que responderam “não”
foram redirecionadas a outra seção, e as que responderam
“sim” foram direcionadas à pergunta: “Quantos sistemas
fotovoltaicos (FV) instalados por sua empresa foram co-
nectados à rede, no âmbito da REN 482/2012, em 2016?”.
Apenas 21% das empresas instaladoras não realizaram
nenhum projeto no ano de 2016, percentual que diminuiu
em relação ao ano de 2015, quando 26% delas ainda não
tinham elaborado nenhum projeto. Este é um ponto mui-
to positivo, pois mostra que a cada ano elas estão tendo
a oportunidade de realizar projetos no mercado de ener-
gia solar fotovoltaica; porém, o número de empresas sem
nenhuma experiência na instalação de sistemas FV ainda é
considerado alto.
Em relação a quantos projetos cada empresa elaborou, a
maioria (60%) executou de um a quatro projetos no ano de
2016. Um dado positivo é que o percentual de empresas
que executaram mais de quatro projetos (40%) aumentou
em relação ao ano de 2015 (24%). Assim como no ano de
2015, a mediana do número de projetos/ano por empresa
se dá em torno de três.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201725
Gráfico 5
QUANTOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS (FV) INSTALADOS POR SUA EMPRESA FORAM CONECTADOS À REDE, NO ÂMBITO DA REN 482/2012 E DA REN 687/2015, EM 2016?
N = 195
79%com projetos
21%sem projetos
0 1
2 3
Mais que 4
NÚMERO DE PROJETOS
4
22%
40%
18%14%
6%
Foi indagado às empresas participantes da pesquisa qual o
tempo médio para a conclusão de todas as etapas da insta-
lação de um sistema fotovoltaico conectado à rede - desde
a assinatura do contrato entre a empresa e o cliente até a
aprovação pela distribuidora e a efetiva conexão do sistema
na rede. Nas 154 empresas que realizaram algum projeto
no ano de 2016, o tempo médio de duração de instalação e
conexão foi de dois meses e 15 dias. Esse tempo diminuiu
em relação ao ano de 2015, quando a média era de três
meses e três semanas, como pode ser visto no Gráfico 6.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201726
dispunha para executar suas atividades em relação à mi-
crogeração - emitir parecer de acesso, fazer a vistoria da
instalação, entregar o relatório da vistoria, aprovar e efeti-
var a conexão - era igual a 82 dias1 (ANEEL, 2012). O Grá-
fico 7 mostra a distribuição das respostas nos quatro anos
de pesquisa, e pode-se notar a concentração em dois me-
ses no ano de 2016, em relação aos demais anos. Também
pode-se notar que a partir de cinco meses ou mais de ins-
talação a incidência de respostas diminui a cada ano.
Gráfico 7
COMPARATIVO DE QUATRO ANOS DO TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO
Freq
uên
cia
(%)
Meses
5101520253035404550
01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
N = 154
2013
2014
2015
2016
1 Se houver a necessidade de obras na rede, o prazo do parecer de acesso aumenta em 15 dias para microgeração e em 30 dias para minigeração, tornando maior, também, o prazo total do processo. A revisão da REN 482/2012 da ANEEL estipula em 34 dias o prazo para microgeração e em 49 dias para minigeração.
Na primeira edição do Estudo, em 2013, esse número era
ainda maior: as empresas levavam cerca de seis meses para
concluir o projeto, instalação e conexão. Os dados recentes
mostram que está acontecendo uma maior otimização do
tempo em todo o processo, e que a cada novo ano a insta-
lação e conexão acontecem em menos tempo, o que é um
ponto muito positivo para o consumidor final.
Gráfico 6
TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO
Tem
po
méd
io e
m m
eses
AnoN=36 N=49 N=111 N=154
2013 2014 2015 20160
2
4
6
8
Essa média do ano de 2016 quase se aproxima daquela
ideal proposta pela REN 482/2012. Conforme estabeleci-
do na seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distri-
buição (PRODIST), atrelada à REN 482/2012 em vigor du-
rante 2015, a soma dos prazos máximos que a distribuidora
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201727
dispunha para executar suas atividades em relação à mi-
crogeração - emitir parecer de acesso, fazer a vistoria da
instalação, entregar o relatório da vistoria, aprovar e efeti-
var a conexão - era igual a 82 dias1 (ANEEL, 2012). O Grá-
fico 7 mostra a distribuição das respostas nos quatro anos
de pesquisa, e pode-se notar a concentração em dois me-
ses no ano de 2016, em relação aos demais anos. Também
pode-se notar que a partir de cinco meses ou mais de ins-
talação a incidência de respostas diminui a cada ano.
Gráfico 7
COMPARATIVO DE QUATRO ANOS DO TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO
Freq
uên
cia
(%)
Meses
5101520253035404550
01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
N = 154
2013
2014
2015
2016
1 Se houver a necessidade de obras na rede, o prazo do parecer de acesso aumenta em 15 dias para microgeração e em 30 dias para minigeração, tornando maior, também, o prazo total do processo. A revisão da REN 482/2012 da ANEEL estipula em 34 dias o prazo para microgeração e em 49 dias para minigeração.
Na primeira edição do Estudo, em 2013, esse número era
ainda maior: as empresas levavam cerca de seis meses para
concluir o projeto, instalação e conexão. Os dados recentes
mostram que está acontecendo uma maior otimização do
tempo em todo o processo, e que a cada novo ano a insta-
lação e conexão acontecem em menos tempo, o que é um
ponto muito positivo para o consumidor final.
Gráfico 6
TEMPO PARA CONCLUSÃO DE TODAS AS ETAPAS DE INSTALAÇÃO E CONEXÃO
Tem
po
méd
io e
m m
eses
AnoN=36 N=49 N=111 N=154
2013 2014 2015 20160
2
4
6
8
Essa média do ano de 2016 quase se aproxima daquela
ideal proposta pela REN 482/2012. Conforme estabeleci-
do na seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distri-
buição (PRODIST), atrelada à REN 482/2012 em vigor du-
rante 2015, a soma dos prazos máximos que a distribuidora
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201728
Em abril de 2017 o Brasil ultrassou 10.000 instalações e
conexões de sistemas FV. Como pode ser notado no Gráfi-
co 8, Minas Gerais é o estado líder do país, seguido de São
Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Gráfico 8
INSTALAÇÕES E CONEXÕES NOS ESTADOS BRASILEIROS
AM
RR AP
RO
MT
TO
MS
PR
SP RJ
MG
BA
GO
DF
ES
SC
RS
AC
MA
PI
CE RNPBPE
ALSE
PA
0
7 a 83
100 a 200
223 a 556
894 a 1.180
Acima de 2.000
QUANTIDADE DE SISTEMAS FV
Fonte: ANEEL, 2017. Adaptado pelos autores.
Em abril de 2017 o Brasil ultrassou 10.000 instalações e
conexões de sistemas FV. Como pode ser notado no Gráfi-
co 8, Minas Gerais é o estado líder do país, seguido de São
Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Gráfico 8
INSTALAÇÕES E CONEXÕES NOS ESTADOS BRASILEIROS
AM
RR AP
RO
MT
TO
MS
PR
SP RJ
MG
BA
GO
DF
ES
SC
RS
AC
MA
PI
CE RNPBPE
ALSE
PA
0
7 a 83
100 a 200
223 a 556
894 a 1.180
Acima de 2.000
QUANTIDADE DE SISTEMAS FV
Fonte: ANEEL, 2017. Adaptado pelos autores.
PERFIL SOCIOECONÔMICO
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201730
Esta seção caracteriza o perfil socioeconômico das em-
presas levantando dados sobre a geração de empregos do
setor e analisando os preços dos sistemas instalados, assim
como a composição do custo total de uma instalação FV.
Responderam a esta seção as empresas que se enqua-
draram, na primeira pergunta, como “Instaladora” e
“Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores”
(Gráfico 1).
EMPREGOS NO SETOR FOTOVOLTAICO BRASILEIRO
Nesta edição foi introduzida a seguinte pergunta: “Quan-
tos colaboradores efetivos sua empresa possui?” Das 253
empresas que responderam a esta pergunta, 21 ainda não
possuem nenhum colaborador efetivo e 177 possuem de
um a cinco funcionários efetivos, dado que revela que a
maioria delas é de pequeno porte.
Gráfico 9
NÚMERO DE COLABORADORES EFETIVOS NAS EMPRESAS
Nú
mer
o d
e em
pre
sas
Número de colaboradores efetivos
21 3110 17
177
Nenhum De 1 a 5 De 6 a 12 De 12 a 18 Mais que 18
N = 253
Também foi indagado às empresas: quantos colaboradores
efetivos e terceirizados foram contratados no decorrer de
2016? Obteve-se uma mediana de um colaborador efetivo
contratado e dois colaboradores terceirizados contrata-
dos neste ano. O Gráfico 10 mostra o comparativo de três
anos da pesquisa; e o número de colaboradores terceiri-
zados contratados em 2016 é o maior de todas as edições
(65%). Devido à instabilidade econômica, muitas empre-
sas optaram por terceirizar algumas etapas da instalação;
e também, por algumas delas atuarem em diversas regiões,
contrataram colaboradores provisórios.
Gráfico 10
COMPARATIVO DE TRÊS ANOS DO PERCENTUAL DE COLABORADORES EFETIVOS E TERCEIRIZADOS NO SETOR
Colaboradores efetivos Colaboradores terceirizados
63%
59%
65%
37%
41%
35%
N=492014
N=2102015
N=2532016
Mercados mais maduros, como o norte-americano, pos-
suem 53% das 260 mil vagas geradas pelo setor fotovoltai-
co em 2016 concentrados na fase de instalação do proje-
to. É por esse motivo, inclusive, que parte significativa dos
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201731
Esta seção caracteriza o perfil socioeconômico das em-
presas levantando dados sobre a geração de empregos do
setor e analisando os preços dos sistemas instalados, assim
como a composição do custo total de uma instalação FV.
Responderam a esta seção as empresas que se enqua-
draram, na primeira pergunta, como “Instaladora” e
“Fabricante/revendedora de módulos FV e/ou inversores”
(Gráfico 1).
EMPREGOS NO SETOR FOTOVOLTAICO BRASILEIRO
Nesta edição foi introduzida a seguinte pergunta: “Quan-
tos colaboradores efetivos sua empresa possui?” Das 253
empresas que responderam a esta pergunta, 21 ainda não
possuem nenhum colaborador efetivo e 177 possuem de
um a cinco funcionários efetivos, dado que revela que a
maioria delas é de pequeno porte.
Gráfico 9
NÚMERO DE COLABORADORES EFETIVOS NAS EMPRESAS
Nú
mer
o d
e em
pre
sas
Número de colaboradores efetivos
21 3110 17
177
Nenhum De 1 a 5 De 6 a 12 De 12 a 18 Mais que 18
N = 253
Também foi indagado às empresas: quantos colaboradores
efetivos e terceirizados foram contratados no decorrer de
2016? Obteve-se uma mediana de um colaborador efetivo
contratado e dois colaboradores terceirizados contrata-
dos neste ano. O Gráfico 10 mostra o comparativo de três
anos da pesquisa; e o número de colaboradores terceiri-
zados contratados em 2016 é o maior de todas as edições
(65%). Devido à instabilidade econômica, muitas empre-
sas optaram por terceirizar algumas etapas da instalação;
e também, por algumas delas atuarem em diversas regiões,
contrataram colaboradores provisórios.
Gráfico 10
COMPARATIVO DE TRÊS ANOS DO PERCENTUAL DE COLABORADORES EFETIVOS E TERCEIRIZADOS NO SETOR
Colaboradores efetivos Colaboradores terceirizados
63%
59%
65%
37%
41%
35%
N=492014
N=2102015
N=2532016
Mercados mais maduros, como o norte-americano, pos-
suem 53% das 260 mil vagas geradas pelo setor fotovoltai-
co em 2016 concentrados na fase de instalação do proje-
to. É por esse motivo, inclusive, que parte significativa dos
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201732
Na faixa de potência de até 5 kWp, as instaladoras infor-
maram uma média de R$ 7,51/kWp. Desde o início da pes-
quisa esse preço teve uma queda de cerca de 15% na faixa
de potência de até 5 kWp. No Gráfico 11, pode-se notar
que nas demais faixas de potência instalada o preço médio
também sofreu queda desde o ano de 2013, primeira edi-
ção da pesquisa.
Também se pode notar no citado gráfico que quanto maior
a potência do sistema em kWp instalada menor é seu pre-
ço, pelo fato da economia em escala.
Os preços praticados no Chile, por exemplo, são mais com-
petitivos e podem variar de R$ 4,68 a R$ 3,89/Wp para
potências de 1-5 kWp e 30-100 kWp, respectivamente
(GIZ, 2016).
Gráfico 11
PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS INSTALADORAS
2016
2015
2014
2013
Pre
ço m
édio
em
R$
/Wp
Potência dos sistemas em kWp
R$6,73
N1=169 N2=159 N3=145 N4=134
Até 5 5 a 30 31 a 100 Mais que 100
R$7,51
R$6,16R$5,57
4
6
8
10
empregos gerados no setor é ocupada por mão de obra lo-
cal, independente da origem dos equipamentos utilizados
– a manufatura corresponde a 14% dos empregos no setor
(SOLAR FOUNDATION, 2017).
De acordo com um censo realizado pela Solar Foundation,
em 2017, nos EUA, a média de geração de vagas no se-
tor fotovoltaico norte-americano ficou em 34 por MW
instalado no ano de 2016. Tomando o número por base e
considerando a expectativa de que, pelo menos, cerca de
600MWp de geração solar sejam instalados no Brasil em
2017, o potencial de geração de vagas no setor poderia fi-
car próximo de 20 mil já no ano de 2017, incluindo vagas
nas áreas de instalação, de venda e distribuição, e de pro-
jetos de usinas (BRASIL ENERGIA, 2017).
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar) realizou uma estimativa de que cerca de cinco
mil vagas foram geradas pelo setor fotovoltaico brasileiro
no ano de 2016, e levou em conta, além das atividades de
instalação de sistemas, os empregos ligados à pesquisa e
desenvolvimento. A expectativa de crescimento é de que
a geração distribuída chegue a 4,5 GW em 2024 (BRASIL
ENERGIA, 2017).
PREÇOS NACIONAIS
Em relação aos preços de sistemas FV em 2016 informa-
dos pelas empresas, foram levantados os valores por faixa
de potência nominal, separadamente, para empresas ins-
taladoras e para fabricantes/revendedoras de módulos e/
ou inversores.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201733
Na faixa de potência de até 5 kWp, as instaladoras infor-
maram uma média de R$ 7,51/kWp. Desde o início da pes-
quisa esse preço teve uma queda de cerca de 15% na faixa
de potência de até 5 kWp. No Gráfico 11, pode-se notar
que nas demais faixas de potência instalada o preço médio
também sofreu queda desde o ano de 2013, primeira edi-
ção da pesquisa.
Também se pode notar no citado gráfico que quanto maior
a potência do sistema em kWp instalada menor é seu pre-
ço, pelo fato da economia em escala.
Os preços praticados no Chile, por exemplo, são mais com-
petitivos e podem variar de R$ 4,68 a R$ 3,89/Wp para
potências de 1-5 kWp e 30-100 kWp, respectivamente
(GIZ, 2016).
Gráfico 11
PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS INSTALADORAS
2016
2015
2014
2013
Pre
ço m
édio
em
R$
/Wp
Potência dos sistemas em kWp
R$6,73
N1=169 N2=159 N3=145 N4=134
Até 5 5 a 30 31 a 100 Mais que 100
R$7,51
R$6,16R$5,57
4
6
8
10
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201734
O Gráfico 13 demonstra a curva de preços por faixa de
potência tanto das empresas instaladoras quanto das re-
vendedoras/fabricantes. Nota-se que os preços de siste-
mas FV informados pelas empresas instaladoras ficaram
apenas levemente superiores aos valores relatados pelas
fabricantes/revendedoras de módulos e/ou inversores.
No ano de 2016, na faixa de potência instalada de até 5
kWp, pode-se notar a diferença de percentual, de cerca de
7% a mais, nos produtos comercializados pelas empresas
instaladoras em relação às empresas revendedoras e fa-
bricantes, o que faz sentido, pois estas duas vendem seus
produtos para aquelas.
Gráfico 13
COMPARAÇÃO DOS PREÇOS DE SISTEMAS FV POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADOS PELAS EMPRESAS INSTALADORAS E FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES
Pre
ço M
édio
(R$
/kW
p)
5000
6000
7000
8000
Até 5 kWp 5 a 30 kWp Mais que 100 kWp31 a 100 kWp
Instalador Revendedor
Entre as 47 respostas obtidas de fabricantes e revende-
doras de módulos e/ou inversores, o preço médio para
a faixa de potência de até 5 kWp foi de R$ 7,01/Wp em
2016. Pode-se notar que em todas as potências o valor
médio foi ligeiramente inferior ao preço informado pelas
empresas instaladoras.
Os valores máximos para cada potência foram de R$ 12,00/
Wp (5 kWp), R$ 10,00/Wp (de 6 a 30 kWp), R$ 9,70/Wp
(de 31 a 100 kWp) e R$ 10,00/Wp (mais que 100 kWp).
Todos os valores máximos de cada faixa de potência foram
citados apenas uma vez.
Gráfico 12
PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES
Média
4
6
8
10
12
Pre
ço m
édio
em
R$
/Wp
Potência dos sistemas em kWp
R$7,01R$6,08 R$5,51 R$5,21
N1=47 N2=44 N3=39 N4=39
Até 5 5 a 30 31 a 100 Mais que 100
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201735
O Gráfico 13 demonstra a curva de preços por faixa de
potência tanto das empresas instaladoras quanto das re-
vendedoras/fabricantes. Nota-se que os preços de siste-
mas FV informados pelas empresas instaladoras ficaram
apenas levemente superiores aos valores relatados pelas
fabricantes/revendedoras de módulos e/ou inversores.
No ano de 2016, na faixa de potência instalada de até 5
kWp, pode-se notar a diferença de percentual, de cerca de
7% a mais, nos produtos comercializados pelas empresas
instaladoras em relação às empresas revendedoras e fa-
bricantes, o que faz sentido, pois estas duas vendem seus
produtos para aquelas.
Gráfico 13
COMPARAÇÃO DOS PREÇOS DE SISTEMAS FV POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADOS PELAS EMPRESAS INSTALADORAS E FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES
Pre
ço M
édio
(R$
/kW
p)
5000
6000
7000
8000
Até 5 kWp 5 a 30 kWp Mais que 100 kWp31 a 100 kWp
Instalador Revendedor
Entre as 47 respostas obtidas de fabricantes e revende-
doras de módulos e/ou inversores, o preço médio para
a faixa de potência de até 5 kWp foi de R$ 7,01/Wp em
2016. Pode-se notar que em todas as potências o valor
médio foi ligeiramente inferior ao preço informado pelas
empresas instaladoras.
Os valores máximos para cada potência foram de R$ 12,00/
Wp (5 kWp), R$ 10,00/Wp (de 6 a 30 kWp), R$ 9,70/Wp
(de 31 a 100 kWp) e R$ 10,00/Wp (mais que 100 kWp).
Todos os valores máximos de cada faixa de potência foram
citados apenas uma vez.
Gráfico 12
PREÇO DE SISTEMAS FV EM 2016 POR FAIXA DE POTÊNCIA INFORMADO PELAS EMPRESAS FABRICANTES/REVENDEDORAS DE MÓDULOS E/OU INVERSORES
Média
4
6
8
10
12
Pre
ço m
édio
em
R$
/Wp
Potência dos sistemas em kWp
R$7,01R$6,08 R$5,51 R$5,21
N1=47 N2=44 N3=39 N4=39
Até 5 5 a 30 31 a 100 Mais que 100
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201736
Gráfico 14
COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FV
N=198
41%
Módulos fotovoltaicos
23%
Inversores
10%
Estruturas metálicas de suporte
16%
Projeto e instalação
10%
Outros componentes(incluindo instalações, projeções elétricas, etc.)
Em relação à pesquisa do ano de 2015, os preços sofreram
queda. Como a maioria dos componentes é importada, po-
de-se notar a diminuição do preço internacional. É preciso
destacar também a inflação anual e as variações no câmbio.
As empresas também informaram sobre a composição do
preço com relação aos componentes necessários nas ins-
talações FV. Como pode ser visto no Gráfico 14, os módu-
los fotovoltaicos ainda representam o componente mais
caro de uma instalação (41%). Os demais componentes de
composição do custo total são: inversores (23%), estrutu-
ras metálicas de suporte (10%), projeto e instalação (16%)
e outros componentes (incluindo instalações, proteções
elétricas etc.) (10%). Esta foi a primeira edição em que o
item “estruturas metálicas de suporte” foi inserido como
uma das opções; anteriormente ele estava junto com “ou-
tros componentes”.
No Brasil, em relação a outros países, o investimento para
instalar um sistema fotovoltaico ainda é alto. Na Índia, por
exemplo, alguns fatores favoreceram a queda do custo da
energia solar como a redução nos preços dos módulos fo-
tovoltaicos (30% de um ano para outro), queda nos custos
dos financiamentos, estabilização da taxa de câmbio, aces-
so ao capital global para projetos de infraestrutura reno-
vável, e mão de obra qualificada para atuação em grandes
projetos (Revista Eletricidade Moderna, 2017).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201737
Gráfico 14
COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FV
N=198
41%
Módulos fotovoltaicos
23%
Inversores
10%
Estruturas metálicas de suporte
16%
Projeto e instalação
10%
Outros componentes(incluindo instalações, projeções elétricas, etc.)
NOVAS MODALIDADES NA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA –
REN 687/2015
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201739
Em 1° de março de 2016 entrou em vigor a nova regra que
permitiu o uso de qualquer fonte renovável, além da co-
geração qualificada, denominando-se microgeração distri-
buída a central geradora com potência instalada de até 75
quilowatts (KW) e minigeração distribuída aquela com po-
tência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo
3 MW para a fonte hídrica), conectadas na rede de distri-
buição por meio de instalações de unidades consumidoras
(ANEEL, 2016).
Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de
instalação de geração distribuída em condomínios (em-
preendimentos de múltiplas unidades consumidoras). Nes-
sa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre
os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios
consumidores (ANEEL, 2016). A ANEEL criou ainda a figu-
ra da “geração compartilhada”, possibilitando que diversos
interessados se unam em um consórcio ou em uma coope-
rativa e instalem um micro ou minigerador distribuído, uti-
lizando a energia gerada para reduzir o preço a pagar das
faturas dos consorciados ou cooperados.
Frente a essas mudanças, esta foi a primeira edição do Es-
tudo na qual as empresas entrevistadas foram questiona-
das quanto aos aspectos da revisão da REN 482/2012, ou
seja, a REN 687/2015, bem como dessas novas modalida-
des de geração compartilhada e de condomínios.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201740
A segunda pergunta da seção era “Sua empresa desenvol-
veu algum projeto de energia solar FV nas modalidades ge-
ração compartilhada e de condomínios?” Ainda são poucas
as empresas que realizaram algum projeto nessas moda-
lidades (23%), sendo 17% na geração compartilhada, 3%
em condomínios e 3% nas duas modalidades (Gráfico 16).
Já aquelas que não realizaram nenhum projeto nessas mo-
dalidades (77%) foram direcionadas para a Seção “Relação
com as distribuidoras”.
Gráfico 16
SUA EMPRESA DESENVOLVEU ALGUM PROJETO DE ENERGIA SOLAR FV NAS MODALIDADES GERAÇÃO COMPARTILHADA E DE CONDOMÍNIOS?
N = 373
Sim, geração compartilhada
Não realizou
Sim, em condomínios
Sim, geração compartilhadae em condomínios
77%
17%3%
3%
Para as empresas que afirmaram ter executado pelo me-
nos um projeto nas modalidades de geração compartilha-
da e/ou de condomínios (23%), foi questionado se houve
alguma dificuldade ao longo do projeto, e 47% delas
As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras,
Fabricantes e Revendedoras de módulos e/ou inversores
e Projetistas) responderam a essa seção do questionário
(Gráfico 1), onde a primeira pergunta refere-se à avaliação
pela equipe técnica da empresa frente ao nível de clareza
da revisão da REN 482/2012.
A maioria das empresas (74%) e sua equipe técnica relata-
ram que a revisão da REN 482/2012, efetuada pela a REN
687/2015, está totalmente clara e apenas 1% afirmou que
não existe nenhuma clareza.
Gráfico 15
NÍVEL DE CLAREZA DA REVISÃO DA REN 482/2012 PARA A REN 687/2015
N=373
1%
8%
17%
74%
Nenhuma clareza
Pouca clareza
Maior parte está clara
Totalmente clara
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201741
A segunda pergunta da seção era “Sua empresa desenvol-
veu algum projeto de energia solar FV nas modalidades ge-
ração compartilhada e de condomínios?” Ainda são poucas
as empresas que realizaram algum projeto nessas moda-
lidades (23%), sendo 17% na geração compartilhada, 3%
em condomínios e 3% nas duas modalidades (Gráfico 16).
Já aquelas que não realizaram nenhum projeto nessas mo-
dalidades (77%) foram direcionadas para a Seção “Relação
com as distribuidoras”.
Gráfico 16
SUA EMPRESA DESENVOLVEU ALGUM PROJETO DE ENERGIA SOLAR FV NAS MODALIDADES GERAÇÃO COMPARTILHADA E DE CONDOMÍNIOS?
N = 373
Sim, geração compartilhada
Não realizou
Sim, em condomínios
Sim, geração compartilhadae em condomínios
77%
17%3%
3%
Para as empresas que afirmaram ter executado pelo me-
nos um projeto nas modalidades de geração compartilha-
da e/ou de condomínios (23%), foi questionado se houve
alguma dificuldade ao longo do projeto, e 47% delas
As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras,
Fabricantes e Revendedoras de módulos e/ou inversores
e Projetistas) responderam a essa seção do questionário
(Gráfico 1), onde a primeira pergunta refere-se à avaliação
pela equipe técnica da empresa frente ao nível de clareza
da revisão da REN 482/2012.
A maioria das empresas (74%) e sua equipe técnica relata-
ram que a revisão da REN 482/2012, efetuada pela a REN
687/2015, está totalmente clara e apenas 1% afirmou que
não existe nenhuma clareza.
Gráfico 15
NÍVEL DE CLAREZA DA REVISÃO DA REN 482/2012 PARA A REN 687/2015
N=373
1%
8%
17%
74%
Nenhuma clareza
Pouca clareza
Maior parte está clara
Totalmente clara
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201742
afirmaram que sim. Com o intuito de entender melhor
quais são as dificuldades enfrentadas hoje pelas empre-
sas nessas modalidades, foi inserida uma questão aberta
sobre quais seriam esses impasses, e elas relataram ser
principalmente o fato de que as concessionárias ainda
têm pouco conhecimento sobre os processos dessas mo-
dalidades. Segundo uma das empresas entrevistadas “os
projetos levaram muito tempo para ser avaliados, houve
incoerências técnicas em avaliação de documentos e fatu-
ras de energia incorretas”, além de complicações no ajuste
do modelo do contrato.
Gráfico 17
OCORRERAM DIFICULDADES NESTE PROCESSO?
Não
Sim53%
47%
N = 86
afirmaram que sim. Com o intuito de entender melhor
quais são as dificuldades enfrentadas hoje pelas empre-
sas nessas modalidades, foi inserida uma questão aberta
sobre quais seriam esses impasses, e elas relataram ser
principalmente o fato de que as concessionárias ainda
têm pouco conhecimento sobre os processos dessas mo-
dalidades. Segundo uma das empresas entrevistadas “os
projetos levaram muito tempo para ser avaliados, houve
incoerências técnicas em avaliação de documentos e fatu-
ras de energia incorretas”, além de complicações no ajuste
do modelo do contrato.
Gráfico 17
OCORRERAM DIFICULDADES NESTE PROCESSO?
Não
Sim53%
47%
N = 86
RELAÇÃO COM AS DISTRIBUIDORAS
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201744
Esta seção trata da relação das empresas do setor FV com
as distribuidoras. Foram consideradas questões como
atualizações das normas das distribuidoras, se as normas
das distribuidoras contêm os novos prazos para cada eta-
pa da aprovação de uma conexão à rede segundo o que
foi estabelecido pela REN 482/2012 da ANEEL, após a
revisão da REN 687/2015 (na Seção 3.7 do Módulo 3 do
PRODIST), e se a empresa enfrentou algum desafio ou di-
ficuldade em instalar um mini ou microgerador fotovoltai-
co para algum de seus clientes. As empresas enquadradas
nos três perfis (Instaladoras, Fabricantes e revendedoras
de módulos e/ou inversores e Projetistas) responderam a
essa seção do questionário (Gráfico 1).
A primeira pergunta da seção era “A distribuidora atuali-
za a sua própria norma quando há alterações da ANEEL e
INMETRO sobre mini e microgeração FV, conforme a REN
482/2012 e a REN 687/2015?”. As distribuidoras devem,
conforme essas normas, atualizar suas normas sempre
que a ANEEL e o INMETRO fizererm alterações norma-
tivas ligadas à mini e à microgeração. Em vista disso 72%
das empresas afirmaram que isso realmente acontece na
prática. Houve uma pequena queda em relação ao ano de
2015, quando 75% das empresas afirmaram que as distri-
buidoras obedecem a esse procedimento.
Gráfico 18
A DISTRIBUIDORA ATUALIZA AS NORMAS QUANDO HÁ ALTERAÇÕES DA ANEEL E DO INMETRO SOBRE MINI E MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA?
Não
Sim72%
28%
N = 373
Outro fator importante para as instaladoras são os prazos
estabelecidos pela concessionária no processo de cone-
xão, uma vez que a REN 482/2012 determina prazos para
as principais etapas do procedimento de solicitação de co-
nexão à rede.
Quando perguntadas se a norma da distribuidora contém
prazos para cada etapa segundo o que foi estabelecido
pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3
dos PRODIST), observa-se que houve uma leve queda na
porcentagem das respostas das empresas, quando compa-
rada com a do ano de 2015. Se na edição passada 52% afir-
maram que as normas definiam prazos para todas as eta-
pas, nesta edição a porcentagem foi de 50%. Em 2016, o
número de empresas (39%) que informaram existir prazos
para apenas algumas etapas do procedimento de solicita-
ção da conexão à rede se manteve em relação ao ano de
2015. Quanto às empresas que afirmaram que a norma da
distribuidora não define prazos, o índice cresceu em rela-
ção ao ano de 2015: de 9% para 11% no ano de 2016.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201745
Gráfico 18
A DISTRIBUIDORA ATUALIZA AS NORMAS QUANDO HÁ ALTERAÇÕES DA ANEEL E DO INMETRO SOBRE MINI E MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA?
Não
Sim72%
28%
N = 373
Outro fator importante para as instaladoras são os prazos
estabelecidos pela concessionária no processo de cone-
xão, uma vez que a REN 482/2012 determina prazos para
as principais etapas do procedimento de solicitação de co-
nexão à rede.
Quando perguntadas se a norma da distribuidora contém
prazos para cada etapa segundo o que foi estabelecido
pela REN 482/2012 da ANEEL (na Seção 3.7 do Módulo 3
dos PRODIST), observa-se que houve uma leve queda na
porcentagem das respostas das empresas, quando compa-
rada com a do ano de 2015. Se na edição passada 52% afir-
maram que as normas definiam prazos para todas as eta-
pas, nesta edição a porcentagem foi de 50%. Em 2016, o
número de empresas (39%) que informaram existir prazos
para apenas algumas etapas do procedimento de solicita-
ção da conexão à rede se manteve em relação ao ano de
2015. Quanto às empresas que afirmaram que a norma da
distribuidora não define prazos, o índice cresceu em rela-
ção ao ano de 2015: de 9% para 11% no ano de 2016.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201746
As empresas que responderam “sim” à pergunta “Sua em-
presa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atra-
palhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de
um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus
clientes?” foram direcionadas para a Seção 6, que se refere
aos desafios do processo de conexão à rede.
Gráfico 20
SUA EMPRESA ENFRENTOU ALGUMA DIFICULDADE OU EXIGÊNCIA QUE ATRAPALHOU, ATRASOU, ENCARECEU OU INVIABILIZOU A INSTALAÇÃO DE UM MINI OU MICROGERADOR FV PARA ALGUM DE SEUS CLIENTES?
Não
Sim58%
42%
N = 198
Gráfico 19
A NORMA DA DISTRIBUIDORA CONTÉM PRAZOS PARA CADA ETAPA DA APROVAÇÃO DE UMA CONEXÃO À REDE SEGUNDO O QUE FOI ESTABELECIDO PELA REN 482/2012 DA ANEEL (NA SEÇÃO 3.7 DO MÓDULO 3 DOS PRODIST)?
A norma da distribuidora
NÃO define prazos
A norma da distribuidora define
prazos para APENAS algumas etapas
A norma da distribuidora define
prazos para TODAS as etapas
N = 373
50%
39%
11%
O percentual de empresas entrevistadas que responde-
ram afirmando terem dificuldades diminuiu em relação ao
ano anterior, de 63%, em 2015, para 58%, em 2016. Este
dado demonstra que as empresas estão em um processo
de aprendizagem contínua e que a cada ano o conhecimen-
to organizacional se consolida.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201747
As empresas que responderam “sim” à pergunta “Sua em-
presa enfrentou alguma dificuldade ou exigência que atra-
palhou, atrasou, encareceu ou inviabilizou a instalação de
um mini ou microgerador fotovoltaico para algum de seus
clientes?” foram direcionadas para a Seção 6, que se refere
aos desafios do processo de conexão à rede.
Gráfico 20
SUA EMPRESA ENFRENTOU ALGUMA DIFICULDADE OU EXIGÊNCIA QUE ATRAPALHOU, ATRASOU, ENCARECEU OU INVIABILIZOU A INSTALAÇÃO DE UM MINI OU MICROGERADOR FV PARA ALGUM DE SEUS CLIENTES?
Não
Sim58%
42%
N = 198
Gráfico 19
A NORMA DA DISTRIBUIDORA CONTÉM PRAZOS PARA CADA ETAPA DA APROVAÇÃO DE UMA CONEXÃO À REDE SEGUNDO O QUE FOI ESTABELECIDO PELA REN 482/2012 DA ANEEL (NA SEÇÃO 3.7 DO MÓDULO 3 DOS PRODIST)?
A norma da distribuidora
NÃO define prazos
A norma da distribuidora define
prazos para APENAS algumas etapas
A norma da distribuidora define
prazos para TODAS as etapas
N = 373
50%
39%
11%
O percentual de empresas entrevistadas que responde-
ram afirmando terem dificuldades diminuiu em relação ao
ano anterior, de 63%, em 2015, para 58%, em 2016. Este
dado demonstra que as empresas estão em um processo
de aprendizagem contínua e que a cada ano o conhecimen-
to organizacional se consolida.
DESAFIOS NO PROCESSO DE CONEXÃO À REDE
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201749
Compreender a forma de relacionamento entre empresas
instaladoras, consumidores finais e distribuidoras é mui-
to importante para identificar quais são as dificuldades
que ainda ocorrem no processo de solicitação de uma co-
nexão à rede e traçar planos de ação para a resolução de
tais problemas. As empresas enquadradas nos três perfis
(Instaladoras, Fabricantes e revendedoras de módulos e/
ou inversores e Projetistas) responderam a essa seção do
questionário (Gráfico 1).
Este é o primeiro ano do Estudo em que se analisam de-
talhadamente as dificuldades que as empresas instalado-
ras tiveram no ano de 2016 junto às distribuidoras depois
que a REN 687/2015 entrou em vigor, quando revisou a
REN 482/2012, justamente buscando contribuir para um
desenvolvimento sustentável do mercado de geração dis-
tribuída no Brasil. As empresas instaladoras puderam ain-
da colaborar com suas percepções em relação aos pontos
a serem melhorados junto às distribuidoras no processo
de solicitação.
A primeira pergunta da Seção 5 era “Em qual fase do projeto
ocorreu essa dificuldade?”, e para respondê-la as empresas
podiam escolher mais de uma opção. Neste ano, foi adicio-
nada uma nova opção de resposta: Instalação do novo me-
didor. Em geral, as repostas se mantiveram parecidas em
relação ao ano de 2015: a solicitação do parecer de aces-
so continua sendo a fase em que mais ocorrem dificulda-
des (69 empresas); 61 respostas foram referentes à nova
opção dada, “a instalação de um novo medidor”; e 52 res-
postas apontaram “o faturamento da conta de luz”. A cada
ano, mais estados aderem à isenção da cobrança do ICMS
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201750
sobre a energia solar, causando dificuldade ao consumidor
para compreender sua fatura de energia após a instalação
do sistema FV. A opção “operação do sistema FV” foi a fase
que recebeu menos respostas, apenas quatro.
Gráfico 21
EM QUAL FASE DO PROJETO OCORREU ESSA DIFICULDADE?
Realização da vistoria pela distribuidora
57
Instalação de novo medidor
61
Solicitação do parecer de acesso
69
N = 267
Faturamento (conta de luz)
52
Operação do sistema FV
4
Comissionamento do sistema FV
9Instalação do sistema FV
5
Planejamento do projeto
10
Foi perguntado às empresas instaladoras se essas dificul-
dades causaram atraso nos prazos estipulados na revisão
da REN482/2012 pela REN 687/2015 (nos PRODIST)
para conexão à rede do sistema FV, e a maioria (85%) res-
pondeu ter enfrentado atrasos por conta das dificuldades
encontradas. Este número revela uma leve queda em rela-
ção ao ano de 2015 (89%).
Gráfico 22
AS DIFICULDADES CAUSARAM ATRASO NOS NOVOS PRAZOS ESTIPULADOS NA REVISÃO DA REN482/2012 PELA REN 687/2015 (NO PRODIST) PARA CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV?
Não
Sim85%
15%
N = 114
Depois de questionadas se as dificuldades causaram atra-
sos no processo de conexão, as empresas responderam
em média de quanto tempo foi este atraso. Observando o
Gráfico 22, é possível notar uma redução do tempo médio
em relação ao ano de 2015, quando a maioria das empre-
sas (45%) relatou sofrer um atraso médio de dois meses.
Já no ano de 2016, a maioria afirmou atrasar um tempo
médio de até um mês (47%). Assim, apenas 27% das em-
presas relataram ter sofrido atraso médio de três meses
ou mais, quando, em relação, a 2015 esse número era de
39%; e apenas 5% das empresas não tinham previsão para
finalizar a instalação.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201751
sobre a energia solar, causando dificuldade ao consumidor
para compreender sua fatura de energia após a instalação
do sistema FV. A opção “operação do sistema FV” foi a fase
que recebeu menos respostas, apenas quatro.
Gráfico 21
EM QUAL FASE DO PROJETO OCORREU ESSA DIFICULDADE?
Realização da vistoria pela distribuidora
57
Instalação de novo medidor
61
Solicitação do parecer de acesso
69
N = 267
Faturamento (conta de luz)
52
Operação do sistema FV
4
Comissionamento do sistema FV
9Instalação do sistema FV
5
Planejamento do projeto
10
Foi perguntado às empresas instaladoras se essas dificul-
dades causaram atraso nos prazos estipulados na revisão
da REN482/2012 pela REN 687/2015 (nos PRODIST)
para conexão à rede do sistema FV, e a maioria (85%) res-
pondeu ter enfrentado atrasos por conta das dificuldades
encontradas. Este número revela uma leve queda em rela-
ção ao ano de 2015 (89%).
Gráfico 22
AS DIFICULDADES CAUSARAM ATRASO NOS NOVOS PRAZOS ESTIPULADOS NA REVISÃO DA REN482/2012 PELA REN 687/2015 (NO PRODIST) PARA CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV?
Não
Sim85%
15%
N = 114
Depois de questionadas se as dificuldades causaram atra-
sos no processo de conexão, as empresas responderam
em média de quanto tempo foi este atraso. Observando o
Gráfico 22, é possível notar uma redução do tempo médio
em relação ao ano de 2015, quando a maioria das empre-
sas (45%) relatou sofrer um atraso médio de dois meses.
Já no ano de 2016, a maioria afirmou atrasar um tempo
médio de até um mês (47%). Assim, apenas 27% das em-
presas relataram ter sofrido atraso médio de três meses
ou mais, quando, em relação, a 2015 esse número era de
39%; e apenas 5% das empresas não tinham previsão para
finalizar a instalação.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201752
Gráfico 23
O ATRASO NA FINALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV POR CAUSA DESSAS DIFICULDADES FOI, EM MÉDIA, DE QUANTO TEMPO?
N = 97
Até 1 mês
2 meses
3 meses
4 meses
Mais de 4 meses
Sem previsão para finalizara instalação
47%
26%
14%
5%3%
5%
A fim de entender como reduzir essas dificuldades, foi soli-
citado às empresas que apontassem pontos que poderiam
ser melhorados no processo de solicitação de conexão à
rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora.
No Gráfico 24 estão descritas as oito opções dadas às res-
pondentes e o número de respostas. Cada empresa pôde
escolher mais de uma opção.
Gráfico 24
QUAIS PONTOS AINDA PRECISAVAM SER MELHORADOS NO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE CONEXÃO À REDE DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO JUNTO À DISTRIBUIDORA NO ANO 2016?
N = 404
61
Detalhamento da fatura de energia (conta de luz) conforme novas exigências da REN 482/2012 após a revisão da REN 687/2015
26
Aceitação de dois medidores unidirecionais para clientes de baixa tensão
2Nenhum ponto precisava ser melhorado
60
Disponibilização no estoque da distribuidora de medidores bidirecionais para agilizar a troca
76
Cumprimento dos novos prazos estipulados pela revisão da REN 482/2012 pela REN 687/2015 (dentro do PRODIST) da ANEEL
34Acesso mais direto à norma de conexão à rede no site da distribuidora
72
Treinamentos específicos sobre geração distribuída para atendentes nas agências da distribuidora para melhorar o atendimento
73
Padronização da divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para todas as distribuidoras
Os três pontos mais citados foram: “Cumprimento dos pra-
zos estipulados pela REN 482/2012” (dentro dos PRODIST)
da ANEEL (opção D), com 76 respostas; “Padronização da
divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para
todas as distribuidoras” (opção A), com 73 repostas; e “Trei-
namentos específicos sobre geração distribuída para aten-
dentes nas agências da distribuidora para melhorar o aten-
dimento” (opção B), com 72 respostas.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201753
Gráfico 23
O ATRASO NA FINALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO E CONEXÃO À REDE DO SISTEMA FV POR CAUSA DESSAS DIFICULDADES FOI, EM MÉDIA, DE QUANTO TEMPO?
N = 97
Até 1 mês
2 meses
3 meses
4 meses
Mais de 4 meses
Sem previsão para finalizara instalação
47%
26%
14%
5%3%
5%
A fim de entender como reduzir essas dificuldades, foi soli-
citado às empresas que apontassem pontos que poderiam
ser melhorados no processo de solicitação de conexão à
rede de um sistema fotovoltaico junto à distribuidora.
No Gráfico 24 estão descritas as oito opções dadas às res-
pondentes e o número de respostas. Cada empresa pôde
escolher mais de uma opção.
Gráfico 24
QUAIS PONTOS AINDA PRECISAVAM SER MELHORADOS NO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE CONEXÃO À REDE DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO JUNTO À DISTRIBUIDORA NO ANO 2016?
N = 404
61
Detalhamento da fatura de energia (conta de luz) conforme novas exigências da REN 482/2012 após a revisão da REN 687/2015
26
Aceitação de dois medidores unidirecionais para clientes de baixa tensão
2Nenhum ponto precisava ser melhorado
60
Disponibilização no estoque da distribuidora de medidores bidirecionais para agilizar a troca
76
Cumprimento dos novos prazos estipulados pela revisão da REN 482/2012 pela REN 687/2015 (dentro do PRODIST) da ANEEL
34Acesso mais direto à norma de conexão à rede no site da distribuidora
72
Treinamentos específicos sobre geração distribuída para atendentes nas agências da distribuidora para melhorar o atendimento
73
Padronização da divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para todas as distribuidoras
Os três pontos mais citados foram: “Cumprimento dos pra-
zos estipulados pela REN 482/2012” (dentro dos PRODIST)
da ANEEL (opção D), com 76 respostas; “Padronização da
divulgação sobre os procedimentos de conexão à rede para
todas as distribuidoras” (opção A), com 73 repostas; e “Trei-
namentos específicos sobre geração distribuída para aten-
dentes nas agências da distribuidora para melhorar o aten-
dimento” (opção B), com 72 respostas.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201754
Na edição passada do Estudo, as duas primeiras opções
mais citadas foram as mesmas, com exceção da terceira,
que foi “Aceitação de dois medidores unidirecionais para
clientes de baixa tensão” (G), opção que neste ano teve
uma diminuição nas respostas (de 69 para apenas 26).
Nesta edição foi acrescentada uma nova opção aos res-
pondentes: “Detalhamento da fatura de energia (conta de
luz) conforme novas exigências da REN 482/2012 após a
revisão pela REN 687/2015”, a qual recebeu 61 respostas.
Como o ano de 2016 foi o primeiro a receber essas atuali-
zações na fatura, espera-se que esse item não seja mais um
ponto a ser melhorado nos próximos anos.
Quanto aos exemplos positivos das distribuidoras, algu-
mas respondentes destacaram principalmente o bom
atendimento prestado por algumas concessionárias e o
cumprimento de todos os prazos no processo de cone-
xão de um sistema FV à rede. É importante ressaltar que a
REN 687/2015 prevê que a distribuidora deve disponibili-
zar, a partir de janeiro de 2017, um sistema eletrônico que
permita ao consumidor o envio da solicitação de acesso e
de todos os documentos elencados nos anexos da Seção
3.7 do Módulo 3 dos PRODIST pela internet, e que tam-
bém permita o acompanhamento on-line de cada etapa do
processo (ANEEL, 2015). Algumas empresas responden-
tes citaram que muitas concessionárias já adaptaram esse
sistema eletrônico e que isso facilitou muito o envio dos
documentos, pois conferiu agilidade ao processo e redu-
ção de desperdício de papel.
RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201756
Gráfico 25
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE PAGAMENTO MAIS UTILIZADAS PELOS SEUS CLIENTES?
N = 628
Financiamento com o banco
Leasing de equipamentos
A prazo
Contrato de desempenho (incluindo o Programa de Eficiência Energética da ANEEL)
À vista
Financiamento oferecido pela sua empresa
1%1%
31%
31%
27%
9%
A outra pergunta referia-se ao principal meio de captação
de clientes das empresas do setor FV. Captar clientes é
um processo muito importante para a empresa se consoli-
dar no mercado. Os meios mais utilizados para prospectar
clientes, segundo as respondentes, são a rede de relacio-
namentos (contato, networking, indicação etc.) (35%), o
website da empresa (24%) e a prospecção ativa a partir de
vendedores externos (19%). Feiras e eventos do setor são
os meios menos utilizados entre as empresas para captar
clientes (apenas 4%).
Esta seção foi incluída nesta edição com o intuito de iden-
tificar como se dá o relacionamento entre as empresas do
setor FV e seus consumidores. Por meio do marketing de
relacionamento elas conseguem desenvolver relaciona-
mentos em longo prazo com os clientes, de forma benéfica
e válida mutuamente, facilitando um melhor atendimento
e qualidade dos seus serviços para seus consumidores.
As empresas enquadradas nos três perfis (Instaladoras,
Fabricantes e revendedoras de módulos e/ou inversores
e Projetistas) responderam a essa seção do questionário
(Gráfico 1).
A primeira pergunta era referente a: quais as opções de pa-
gamentos que os clientes das empresas do setor FV mais
utilizam? As entrevistadas tinham a possibilidade de esco-
lher mais de uma opção de resposta.
A forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores
foi o financiamento com bancos (198 respostas); seguida
do pagamento à vista (192 respostas).
Os dois itens menos citados, ou seja, que menos ocor-
rem no mercado, são as formas de pagamento através de
“Leasing de equipamentos” e “Contrato de desempenho
(incluindo Programa de Eficiência Energética da ANEEL)”.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201757
Gráfico 25
QUAIS SÃO AS OPÇÕES DE PAGAMENTO MAIS UTILIZADAS PELOS SEUS CLIENTES?
N = 628
Financiamento com o banco
Leasing de equipamentos
A prazo
Contrato de desempenho (incluindo o Programa de Eficiência Energética da ANEEL)
À vista
Financiamento oferecido pela sua empresa
1%1%
31%
31%
27%
9%
A outra pergunta referia-se ao principal meio de captação
de clientes das empresas do setor FV. Captar clientes é
um processo muito importante para a empresa se consoli-
dar no mercado. Os meios mais utilizados para prospectar
clientes, segundo as respondentes, são a rede de relacio-
namentos (contato, networking, indicação etc.) (35%), o
website da empresa (24%) e a prospecção ativa a partir de
vendedores externos (19%). Feiras e eventos do setor são
os meios menos utilizados entre as empresas para captar
clientes (apenas 4%).
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201758
Gráfico 26
QUAL O PRINCIPAL MEIO DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES NA SUA EMPRESA?
N = 801
24%
35%
5%
19%
13%
4%
Loja física
Rede de relacionamentos(contato, networking, indicação, etc.)
Website
Feiras e eventos do setorTelefone e email
Prospecção ativa (vendedores externos)
COMENTÁRIOS E SUGESTÕES
Ao final do questionário as empresas respondentes pu-
deram fazer comentários ou sugerir mudanças quanto ao
mercado brasileiro FV.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201759
Gráfico 26
QUAL O PRINCIPAL MEIO DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES NA SUA EMPRESA?
N = 801
24%
35%
5%
19%
13%
4%
Loja física
Rede de relacionamentos(contato, networking, indicação, etc.)
Website
Feiras e eventos do setorTelefone e email
Prospecção ativa (vendedores externos)
COMENTÁRIOS E SUGESTÕES
Ao final do questionário as empresas respondentes pu-
deram fazer comentários ou sugerir mudanças quanto ao
mercado brasileiro FV.
Em geral, os comentários foram muito similares aos re-
cebidos na edição passada, pois geralmente se referem a
problemas que demoram a ser resolvidos. O processo on--line da solicitação para as concessionárias era antes mui-
to requisitado pelas respondentes, e no ano de 2016 elas
já começaram a adaptar esses sistemas eletrônicos para
atender às empresas.
Outro ponto muito requisitado todo ano pelas empresas
participantes da pesquisa é referente a linhas de financia-
mento adequadas com o mercado. Essa queixa tende a con-
tinuar aparecendo até que o mercado atinja a maturidade.
Financiamento
Existe uma grande necessidade de os agentes financeiros
desenvolverem uma linha de crédito específica para o mer-
cado de geração distribuída.
Tributos e Impostos
A geração distribuída em todo o País está isenta de
contribuir para o PIS/PASEP e a Cofins, segundo a Lei
n. 13.169/2015, que autoriza os governos estaduais a
isentarem o ICMS sobre a energia injetada na rede e com-
pensada na micro e na minigeração distribuída. O Centro-
-Oeste é a segunda região do País a adotar a medida em
todos os seus estados. Algumas empresas respondentes
apresentaram queixas em relação a estados que ainda não
aderiram à isenção desta cobrança.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201760
Procedimentos e preparo das distribuidoras
Quanto aos comentários referentes às distribuidoras, fo-
ram bastante similares aos da edição passada do Estudo.
As queixas são relativas ao despreparo das distribuido-
ras no processo de conexão à rede, à falta de profissionais
desta área e também à dificuldade de comunicação por
meio de Call Center ou de e-mail. Outro ponto muito cita-
do é o atraso nos prazos da REN 482/2012 revisada pela
REN 687/2015, principalmente por ter sido o primeiro
ano para as concessionárias se adaptarem às novas exi-
gências da ANEEL.
CONCLUSÕES
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201762
Os dados levantados nesta edição da pesquisa “O mercado
brasileiro de geração distribuída fotovoltaica – 2017”
mostram uma evolução do setor ano a ano. A edição 2017
foi a primeira onde foi levantado o perfil da empresa
entrevistada, além do seu principal foco de atuação no
mercado fotovoltaico.
O surgimento de novas empresas no setor de energia solar
fotovoltaica demonstra o constante crescimento. No ano
de 2016, 40% das empresas entrevistadas relataram ter
até dois anos de atuação no mercado. Da mesma forma, a
cada ano novas empresas se cadastram no Mapa de For-
necedores do Programa América do Sol. A maioria das em-
presas relatou ter realizado pelo menos uma instalação de
micro e minigeração FV no ano de 2016. Como na edição
passada, a mediana de projetos por empresa anualmente
se dá em torno de três. Claramente é notado que a deman-
da dos consumidores pela solução de geração distribuída
FV aumentou; o número de conexões de sistemas à rede
registradas pela ANEEL dobrou de outubro de 2016 até
abril de 2017 (de 5.000 conexões para 10.000).
Um ponto negativo mostrado nesta edição é que a geração
de empregos fixos diminuiu em relação ao último ano da
pesquisa. Em 2015, apenas 59% dos colaboradores eram
terceirizados, e em 2016 esse dado aumentou para 65%,
o maior dos últimos três anos de levantamento. Esse fato
pode ser explicado também devido à instabilidade econô-
mica sofrida no ano de 2016 e por muitas empresas opta-
rem por terceirizar serviços de acordo com a demanda.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201763
Com a consolidação das empresas no mercado ao longo
dos anos, a redução do tempo de conexão de sistemas liga-
dos à rede relatada na pesquisa já vem acontecendo desde
a primeira edição, demonstrando que a curva de aprendi-
zagem se estabelece nesse segmento econômico no Brasil,
em um processo que envolve os diferentes atores do setor
e onde o tempo de conexão passou de três meses e três se-
manas, em 2015, para apenas dois meses e duas semanas,
em 2016. Porém, quando as empresas enfrentam desafios
e dificuldades no processo de conexão de sistemas FV à
rede, relatam que alguns atrasos podem acontecer e que
duram em torno de um mês, sendo que as fases em que
elas mais apontam dificuldades são a solicitação do pare-
cer de acesso e a instalação de um novo medidor.
É importante ressaltar que este foi o primeiro ano da pes-
quisa em que as empresas participantes avaliaram a revi-
são da REN 482/2012, pela REN 687/2015 da (ANEEL),
a qual passou a vigorar somente em março de 2016, e o
desempenho das distribuidoras frente às atualizações
necessárias. A nova norma alterou alguns pontos impor-
tantes da REN 482/2012, como os prazos nas diferentes
etapas do processo de solicitação de conexão à rede, a in-
clusão obrigatória de uma série de informações na fatura
de energia do consumidor com geração distribuída e as no-
vas modalidades de conexão, como a de geração comparti-
lhada e de condomínios. Um ponto positivo destacado foi
que várias concessionárias já estão utilizando um sistema
eletrônico para fazer o processo on-line, tornando-o muito
mais ágil e menos burocrático. Em relação à nova modali-
dade da Resolução 687/2015, geração compartilhada e de
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201764
condomínios, 23% das empresas entrevistadas afirmaram
ter executado projetos neste âmbito; e a tendência é que
esse número aumente nas próximas edições da pesquisa.
Os preços nacionais praticados pelas empresas instalado-
ras sofreram queda a cada ano da pesquisa. Na faixa de
potência instalada de até 5 kWp, o preço foi de R$ 8,58/
Wp, em 2015 e R$7,51, em 2016. Da mesma forma, para
as empresas fabricantes e revendedoras de módulos e/ou
inversores o preço teve uma queda de R$ 8,42/Wp para
R$7,01/Wp, no ano de 2016, para sistemas de até 5 kWp.
Muitos equipamentos necessários para as instalações dos
sistemas FV ainda são importados, mas a perspectiva é de
que, com o surgimento de fábricas no Brasil, a concorrên-
cia nacional se fortaleça e a exposição à volatilidade do
câmbio diminua.
A pesquisa “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuí-
da Fotovoltaica” nasceu em 2013, com o intuito de relatar,
acompanhar e fortalecer o mercado brasileiro de energia
solar fotovoltaica, por meio do levantamento de dados so-
bre o setor. Chegando à sua quarta edição, em 2017, a pes-
quisa já mostra o crescimento do mercado nos últimos anos.
Acredita-se que a edição de 2018, em relação a de 2017,
continuará mostrando as mudanças no cenário decorren-
tes da reformulação da Resolução 482/2012 da ANEEL.
Além de a pesquisa contribuir para fundamentar decisões
políticas e ações, ela apoia as empresas do setor nas suas
decisões estratégicas, assim como ajuda aquelas que es-
tão entrando neste mercado a entenderem como se dá
seu desenvolvimento.
O mercado brasileiro de geração distribuída fotovoltaica Edição 201765
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