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O Meu Filho

Come De

Tudo!!

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Quando afirmo que meu filho come de tudo, não é bem assim, ele come de tudo o que é saudável. Muitos pais não dão o devido valor à alimentação dos filhos. Deixam mesmo que comam de tudo o que desejarem sem nenhuma restrição. Por outro lado, abrem mão de oferecerem alimentos que favoreçam para um desenvolvimento saudável e equilibrado.

Já ouvi histórias que muitos de vocês não acreditariam. Uma conhecida contou-me de uma criança que de tão obesa, quando caia no chão nem era capaz de se levantar. Quando me falou de como a criança se alimentava, confesso que fiquei horrorizada. Ela não tinha horários de refeição e o que comia com três anos de idade, era, na hora do almoço, um litro de papa industrializada. Às vezes beliscava um pouco de carne ou batatas fritas. Não comia nenhum tipo de vegetais ou frutas. Quando entrou para a creche, que era o dia inteiro, aquela professora se viu em apuros na hora da refeição. A criança não estava habituada a sopa, nem a comida sólida e muito menos a fruta. A mãe, por trabalhar fora, confiou a criança a uma ama, que fazia todas as vontades da menina.

Com muito carinho, a professora usando de sua experiência, foi conseguindo ensinar aquela criança a comer. Tudo de forma bem gradual. Primeiro o caldinho da sopa, aos poucos algumas verduras amassadas, os sólidos, as frutas em forma de suco, até chegar a sua verdadeira textura. E ufa! Ela conseguiu. O trabalho não foi fácil, pois a criança já tinha bem estabelecido, hábitos nada saudáveis. Com o tempo ficou-se sabendo que tudo o que aquela mãe não apreciava, ela também não dava para a sua filha. E isso chegou ao cúmulo da criança nunca ter experimentado banana.

Quando são pequenos, se temos paciência e persistência tudo fica mais fácil. Os nossos filhos não tem o nosso paladar e nem os nossos vícios. As sopas podem ter aquele sabor docinho da abóbora ou da cenoura, pois eles não sabem ainda o que é sal, como tal, podemos não usá-lo ou em muito menor quantidade do que utilizamos para a nossa alimentação. É natural que eles rejeitem determinados alimentos, “os verdinhos”, mas é importante não desistirmos, pois o ser humano tem a capacidade de se habituar, de educar o paladar de forma, que se não nos dão prazer, se sabemos o quanto são importantes para a nossa saúde, aprendemos a tolerá-los.

Se existem coisas que devemos insistir, existem outras que devemos evitar ao máximo. Por exemplo os doces. Em uma festinha observei que tinha uma mãe que não oferecia doces para a filha. Ela dizia que a filha ainda não sabia o que era aquilo e que com certeza, teria a vida toda para descobrir. Muitas vezes somos nós pais, que apresentamos os maus hábitos aos nossos filhos, mesmo antes que eles nos peçam.

Gosto muito de ler tudo sobre nutrição, e esses dias ouvia uma nutricionista renomada dizendo que infelizmente muitos pais estão envenenando os seus filhos, com produtos industrializados que nem deveriam ser considerados alimentos. São conservantes, corantes e um arsenal de químicos, que o nosso corpo não compreende como alimento. Que vão acumulando no nosso organismo e nos adoecendo.

Bom, tudo na vida tem conseqüências, boas ou más. Devo dizer que os hábitos saudáveis que incuti no meu filho e que já comecei a fazer o mesmo com a minha filha, me deram um retorno espetacular. Ele é capaz de ir num restaurante e encher o seu prato de salada. Até gosta de

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cebola, o que devo confessar que faz parte dos alimentos que apenas tolero, mas reconhecendo a sua importância nutricional, fiz questão de ensinar o meu filho a comer. Até me dá jeito, pois muitas vezes ele as “rouba” do meu prato. Muitas pessoas ficam impressionados. É certo, que não aprecia tudo que o come. Muitas vezes tem que camuflar a beterraba no meio do feijão, mas como sabe que é saudável, aprendeu a tolerar. Nem vou falar do jiló, que foi a sua recente aquisição para a lista dos “toleráveis”.

O que realmente quero passar aqui, é que devido a todo esse cuidado com a sua alimentação, Tenho um filho verdadeiramente saudável. Daqueles que nunca colocam os pés em um hospital. Só por esse fato, já devo vos dizer que valeu a pena. Recordando a experiência que relatei da menina de três anos, nunca é tarde para mudarmos velhos hábitos e para termos uma família verdadeiramente saudável.

Com carinho,

~Danielle Fidelis

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