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EQUIPAMENTOS | PREVIEW

O Mixer

Miguel Sá

miguel@backstage.com.br

A Yamaha lança um mixer analógico amplificado preparado para darsuporte a pequenos sistemas de reforço sonoro. A mesa tem ainda algunsimplementos dos consoles digitais da Yamaha.

N

Características

compacto da Yamaha

em só de grandes sistemas de som se faz o áudio ao vivo.

Barzinhos, igrejas, pequenas casas de show, festas... São

vários os locais onde pode não haver nem necessidade

nem lugar para uma grande console. Como uma das maiores

empresas de equipamento de áudio do mundo – se não a maior

–, a Yamaha não poderia deixar de atender a essa fatia do mer-

cado. O mais recente equipamento que a empresa lançou no

segmento é o mixer EMX5016CF.

A EMX5016CF pretende oferecer as vantagens de um mixer

com amplificação, flexibilidade nas funções e bom desempenho

em situações críticas de som ao vivo. O equipamento é portátil e

inclui uma série de inovações que são possibilitadas pela

tecnologia digital.

Uma das características marcantes deste mixer é a possibili-

dade de integração com sistemas grandes ou pequenos. Em um

sistema enxuto, basta o EMX5016CF, as fontes sonoras e um par

ou dois de caixas, dependendo da configuração da sonorização

do ambiente. Se for para integrá-lo a um sistema maior ou a

outros equipamentos, como efeitos externos à mesa, há uma sé-

rie de entradas e saídas que facilitam isso, como mandadas au-

xiliares e de efeito. Mesmo podendo adicionar os efeitos exter-

nos, é bom ressaltar que há efeitos internos na própria console.

Saídas estéreo de áudio (também para os subs) fazem parte da

Yamaha, além de saídas para gravação.

Recursos

O mixer tem uma quantidade de canais de entrada adequa-

da ao que se propõe: são 16, sendo oito mono para linha ou mi-

crofone. Dentro de uma filosofia de flexibilidade, há mais qua-

tro canais estéreos que podem funcionar como oito canais mono

para microfone ou quatro estéreos, quando usados para instru-

mentos em linha.

A equalização é uma ferramenta importante em equipa-

mentos que, muitas vezes, são usados em locais não tão apropri-

ados assim para um áudio de qualidade. A seção de equalização

tem três bandas, sendo que nos oito canais mono há também um

selecionador de freqüências nas médias. O usuário pode esco-

Total de 16 entradas; Mandadas auxiliares duplas;

Modo standby; Processador SPX duplo;

Monitoração PFL e AFL;

Compressão com um botão individual por canal;

Equalizador gráfico digital de nove bandas;

Maximizer multibanda; Montável em rack;

Supressor de feedback.

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Para saber mais

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lher a partir de um amplo range, que vai de 250Hz a 5kHz, ofe-

recendo mais precisão em uma área de freqüências que pode

ser especialmente problemática, já que a maioria dos instrumen-

tos musicais e a voz atuam nela.

Outro recurso bastante interessante nos oito canais mono são

os compressores. Apesar de não ter separados os parâmetros de

attack, release e treshold, entre outros de um compressor tradi-

cional, ele pode se tornar um recurso bastante interessante para

ajudar em um acabamento refinado na mix final, tanto para

uma guitarra com dinâmica mais controlada como um som de

baixo com mais “pegada”.

Ferramentas digitais

Mesmo que o equipamento não seja exatamente digital, a

verdade é que não dá mais para passar sem alguns recursos ofe-

recidos pela plataforma. Isto é regra também neste mixer, que

dispõe de um equalizador gráfico digital de nove bandas além

do já citado equalizador analógico. Ele promete uma interface

amigável e recall imediato dos presets de fábrica e do usuário.

O equipamento tem ainda um mecanismo próprio de correção

de resposta de freqüências (Frequency Response Correction, em

inglês) que trabalha em conjunto com o equalizador. O

Frequency Response Correction (FRC) nada mais é que um re-

curso de alinhamento do áudio que funciona de forma automáti-

ca, sem a necessidade de uso de microfones calibrados,

analisadores de espectro ou geradores de ruído. Com o uso de

ruído rosa ou uma música de referência gravada pelo técnico de

som, o equipamento alinha o sistema de acordo com o ambiente.

Para isto, o usuário deve posicionar o microfone em um local apro-

priado, conectá-lo ao canal 1 e pressionar o botão “measure/

correct”, que automaticamente irá ajustar o equalizador gráfico

de acordo com a melhor resposta exigida pelo local.

Há ainda recursos como o Automatic Feedback Supression

(Supressão Automática de Feedback), que possui os modos ma-

nual e automático, o compressor de três bandas “Maximizer”, para

ser aplicado na mixagem estéreo final, e dois processadores de

efeitos Yamaha SPX, que têm efeitos como o reverb e o delay.

Tudo isso faz do Yamaha EMX5016CF um equipamento versá-

til, útil e que facilita muito o trabalho do técnico de áudio.