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Backstage - Edição 214

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Revista Backstage - Edição 214 - Setembro 2012

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Sumário

Visitamos os bastidores do

musical O Mágico de Oz, em

cartaz no teatro João Caetano,

no Rio de Janeiro, para conferir

como foi desenvolvido o projeto

de sonorização e de iluminação.

O espetáculo, única adaptação

autorizada para o teatro, coloca

mais uma vez a produção

musical brasileira entre as

melhores do mundo. Confira

também a reportagem sobre o

virtual soundcheck, a técnica

usada pelos pazeiros que

dispensa o artista na passagem

de som, e como a nova Portaria

que regulamenta a Lei de

Loudness vai interferir na

programação das emissoras.

Danielli Marinho

Coordenadora de redação

SumárioAno. 19 - setembro / 2012 - Nº 214

24 VitrineEntre as novidades, o dockstationJBL On Air Wireless que aHarman traz para o mercado, eque usa tecnologia Air Play. Idealpara quem precisa de transmissãowireless de músicas.

34 Rápidas e rasteirasArtistas contra a intervenção doEstado na administração dosdireitos autorais de execuçãopública se reúnem e formammais uma Comissão em Recife.

40 Play-recMZA e Sony Music lançamcoletânea de DVDs do Rock inRio com shows do Capital Inicial,Skank, Titãs e Xutos e Pontapés.Ithamara Koorax e seu novotrabalho Got to be Real.

44 Gustavo VictorinoO colunista traz este mês maisuma leva de notícias quentes,do front e do backstage domercado musical.

46 Espaço GigplaceEder Moura conta mais umpouco sobre a profissão degerente de sistema.”

“ 54 GramophoneÁlbum marcado pelo experimen-talismo, Contrasenso, de PaulinhoMoska, faz 15 anos. Produzido no es-túdio Mega, o disco foi gravado em48 canais e técnica Lo-Fi.

74 Controle de volume na TVNova Portaria regulamenta a Lei docontrole de Loudness nas TVs e es-tabelece que, a partir de agora, asemissoras terão que se adequar.

112 Gretsch RenegadeOs bateristas iniciantes vão adorare os profissionais poderão até usar.O teste com o novo modelo, o RG-E625, foi surpreendente.

126 Novo som no São PedroTeatro, em Porto Alegre, após finali-zar reforma, adota novo sistema desom da DB Tecnologia Acústica.

130 Gustavo BornerEm entrevista para a Backstage, oprodutor fala sobre suas produçõesindicadas a mais de 25 Grammys esobre os projetos surround para lon-gas-metragens.

160 Vida de artistaNesta edição, o colunista faz umahomenagem ao guitarrista e blusei-ro Celso Blues Boy.

NESTA EDIÇÃO

Passagem de som virtualConversamos com alguns profissionais desom ao vivo e colhemos suas impressões

sobre o virtual soundcheck, técnica quedispensa a presença dos artistas durante a

passagem de som.60606868

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CADERNO TECNOLOGIA

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

86 CubaseComo tirar o máximo devantagem do VariAudio, oafinador que vem a partir doCubase 5.

90 LogicPor dentro do mais complexode todos os sintetizadoresvirtuais, o ES2.

96 Home StudioCom o Melodyne é possíveleditar e exibir diferentes tipos dematerial de áudio em uma telasimilar a de um piano-roll.

106 TouchstyleVariação da Cravina, o PaschalisTouchstyle Guitar’n Bass é uminstrumento de 12 cordasconstruído no Brasil.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumRevisão TécnicaJosé Anselmo (Paulista)TraduçãoFernando CastroColunistasCristiano Moura, Elcio Cáfaro, Gustavo Victorino,Jorge Pescara, Jamile Tormann, Julio Hammer-schlag, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Nilton Valle, Ricardo Mendes, SergioIzecksohn e Vera MedinaColaboraram nesta ediçãoLuiz Urjais, Miguel Sá e Victor BelloEstagiáriaKarina [email protected]ção de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Guga Melgar / DivulgaçãoPublicidade:Hélder Brito da SilvaPABX: (21) [email protected] / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected]çãoAdilson Santiago, Ernani [email protected]í[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos pedidos de

números atrasados enquanto houver estoque, através do seu jornaleiro.

Luz própriaExpoente de uma nova geração de lightingdesigners, com apenas 23 anos, Arthur Farinon

já assina projetos ao lado de artista comoDjavan, Ney Matogrosso e Ana Cañas.

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siga: twitter.com/BackstageBr

ntramos em mais um mês de setembro e, como nos anos anteriores,temos a Feira da Música, em São Paulo, o que costuma ser um ter-

mômetro do mercado musical para os próximos meses e até mesmopara o próximo ano. A despeito da crise que ainda vem assombrandoboa parte da Europa e também Estados Unidos, vide os recentes dadosdo crescente desemprego divulgados pelo governo americano, o mer-cado musical brasileiro ainda vem resistindo bravamente.

A indústria brasileira, embora ainda sofra, e muito, com os altos im-postos e com a escassez de mão de obra, vem encontrando caminhoscriativos que permitem sua sobrevivência. Parece que o empresariadobrasileiro vem acordando para os novos tempos e deixando de lado ostempos áureos em que o lucro era garantido. Brigar para garantir umamargem de lucro que faça a empresa se manter sustentável é que vemdando o tom dos discursos nos dias atuais. Com isso, em contrapartida,investir no diferencial vem tornando o mercado mais profissional.

Há dez anos, por exemplo, era impensável uma banda de grande porteou um festival de renome utilizar um equipamento ou sistema de PAoriundo da indústria brasileira. Hoje, o que se vê são os mesmos artistasou produtores, que antes torciam o nariz para o produto nacional, serenderem. O que mudou? A crise levou o mercado a cortar custos eadquirir produtos mais em conta, ou foi o produto brasileiro que sedesenvolveu de tal forma que não existe diferença entre o nacional e oimportado?

Arrisco dizer que foram os dois. E arrisco dizer também que uma das pre-missas que travam o nosso desenvolvimento é a falta de confiança naquiloem que o País produz. Sejam eles equipamentos ou “bens” intangíveis,como nossos artistas, que muitas vezes precisam fazer sucesso lá fora, rece-ber uma chancela internacional, para só depois se consagrarem por aqui.Quantos não são os músicos que fazem sucesso e, depois, se veem esqueci-dos pelo próprio público que outrora o aplaudira.

No mês de agosto, tivemos duas perdas que podem ilustrar exatamenteesse quadro: Ed Lincoln e Celso Blues Boy. Os dois foram responsáveis,cada qual dentro da sua genialidade, de colocar mais cor, mistura, na músi-ca brasileira. Ambos se inspiraram e tomaram emprestados alguns ingre-dientes da cultura norte-americana que era pulverizada por aqui e que ostransformaram em produtos excentricamente e puramente brasileiros.

E é essa criatividade e essa flexibilidade, tanto nos campos do tangívelquanto no do intangível, que devem nos impulsionar em direção a ummercado mais forte e autêntico, e é o que pode ser a nossa diferença emrelação ao mundo.

Tenha uma boa leitura.Danielli Marinho

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

EA nova ordem mundial

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BEHRINGERwww.proshows.com.br

A nova mesa digital X32 é umproduto da integração entre aMidas e a Behringer, marca dis-tribuída pela Proshows aqui noBrasil, e responde tanto ao mer-cado de som ao vivo quanto aode gravação. A mesa passou aintegrar também uma interfaceFirewire de 32 pistas, que ultra-passa as capacidades de redeAES50. A X32 possui um siste-ma capaz de lidar com um totalde 168 entradas assináveis, in-cluindo 32 pré-amplificadorestotalmente programáveis e 16barramentos de mistura.

FOCUSRITEwww.proshows.com.br

A Saffire 6 USB da Focusrite é umainterface de áudio USB de altíssimodesempenho que possui 2 entradas e4 saídas. Ela possui fácil configura-ção, dois preamps premiados, duasentradas para instrumentos tipo HiZ e plug-in VST-AU da Focusritepara uso na sua mixagem.

ROLANDwww.roland.com.br

A Roland lançou sua nova linha HP500 de pianos di-gitais cheios de elegância. Esses novos produtos agorapossuem a mais nova tecnologia Acoustic Projection,um inovador sistema de som multidirecional integradoao novo HP507. Ele proporciona a reprodução fiel enatural de um piano acústico.

JBLwww.jbl.com/PT-BR

A Harman traz para o Brasil o dockstation JBL OnAir Wireless com tecnologia AirPlay, compatívelcom iPod e iPhone. O recurso AirPlay permite atransmissão wireless de músicas, e reprodução da bi-blioteca do iTunes à distância, entre outras qualida-des. Além da facilidade de acesso à música, o produtopossui três transdutores JBL com acústica halo.

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ALLEN&HEATHwww.audiopremier.com.br

A Allen&Heath anunciou um novo modelo de mesa analógicada série ZED, a compacta ZED60-14FX. O equipamento expan-de as características da ZED60-10FX, utilizando os mesmosfaders de 60 mm de alta qualidade e adicionando quatrocanais extras para conexões mono. Dois dos oito canais mono têmconexões jack de alta impedância que podem aceitar tanto um ní-vel normal de linha como um nível de instrumento, tornando essamesa uma ótima solução para situações de ensaio ou shows ao vivode pequenas bandas.

BOSSwww.roland.com.br

O novo VE-20 da BOSS possui os prin-cipais efeitos de voz do mercado. Podemser utilizadas diversas camadas incríveise harmonias para a voz do cantor, graçasao Pitch-correction (correção de afina-ção) incluso no equipamento. Ele tam-bém possibilita gravar camadas de loopcom o Phrase Looper embutido.

LEAC´Swww.leacs.com.br

Chegou ao mercado brasileiro a mesa 1002 XLR de 10 ca-nais da Leac’s. Dentre suas excelentes características, USBcom visor, controle de volume, avanço, retrocesso, play/pause, equalização em 3 bandas por canal com PAN e LEDindicador de PEAK. A Leac’s oferece 1 ano de garantia emtodo o território nacional.

WALDMANwww.equipo.com.br

A Caixa Acústica Live Cab 315AUQI daWaldman, marca distribuída pela Equipo nopaís, possui excelentes características físicas,como 360 watts de potência, entrada XLR, en-trada P10/ TRS, impedância de 4 ohms e en-trada RCA. Além disso, ela ainda possui en-trada para iPhone, iPod e iPad.

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PREMIUMwww.sonotec.com.br

A Sonotec Music & Sound trouxe novos modelos de ba-terias Premium da série DX 1000 com três configuraçõesdiferentes: DX-1000-20, DX-1000-22 e DX-1000-22R.A versão DX-1000-20 possui um bumbo de 20”, tons de10” e 12”, surdo de 14”, caixa de 14”. No modelo DX-1000-22, o bumbo é de 22” com oito afinações, tons de10”e 12”, surdo e caixa de 14”. Já na DX-1000-22R, obumbo é de 22" com oito afinações, tom de 10" e 12",com surdo de 16" e caixa de 14".

DB SERIESwww.dbseries.com.br

A linha DB series de gerenciadores de áudio oferece uma excelente combinação de poder de processamento, interfacesusuais/amigáveis de controle e múltipla conectividade. Dessa linha, destacam-se o DP24II (2 entradas e 4 saídas) e oDP48II (4 entradas e 8 saídas) e, dentre as características pode-se citar: frequência de amostragem (Sample Frequency)de 192 KHz. Conversor A/D e D/A de 24Bits, Processador DSP (Digital Signal Processor) de 32Bits.

NORDwww.quanta.com.br/web/quanta-music

O Nord Drum, da Nord, é um revolucionáriosintetizador de som de bateria de 4 canais com umasérie de sons incríveis, que mudará a sua concepçãosobre sons eletrônicos para bateria. O equipamen-to foi concebido visando a performance de ummúsico tocando um instrumento real. Possui mui-ta dinâmica e triggers de rápida comunicação, queadicionam a pegada real do instrumento.

SONYwww.sony.com.br

A Sony adaptou a sua tecnologia detransmissão digital para uma gama maisacessível de soluções wireless digital elançou a nova série DWZ, especialmen-te orientada ao mercado de eventos,sendo excelente para reprodução de mú-sica, apresentações AV, eventos, igrejas eaplicações educacionais e empresariais.

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STRINBERGwww.sonotec.com.br

O modelo CLB35A, da Strin-berg, marca distribuída pelaSonotec no Brasil, possui cincocordas e tem seu corpo cons-truído numa base de mogno eduas lâminas, sendo uma demaple e uma de rosewood. Asferragens desse modelo possu-em acabamento em aço esco-vado e as tarraxas são do tipoDie Cast. Esse modelo tambémexiste na configuração de 4cordas, sendo ele o CLB34A.

SANTO ANGELOwww.santoangelo.com.br

O CSA Signal Converter, da Santo Angelo, é a maneira mais simples de trans-mitir o sinal de seu instrumento musical para iPhone, iPod Touch ou iPad.Conecte a guitarra, violão ou baixo na entrada do CSA Signal Converter e ocabo/conetor P3 em um dos aparelhos usando o app que desejar, como o GarageBand. Você ainda pode escolher o que ligar nas 2 saídas: ou conectar o amplifica-dor/outro equipamento no Jack P10 mono ou fone de ouvido no Jack P2 estéreo.

CSRwww.csr.com.br

A CSR divulgou no Brasil o microfone profissi-onal para estúdio DM 858. O equipamento pos-sui excelentes características como polaridadeunidirecional, frequência de resposta de 30Hz-18KHz e peso aproximado de 350 gramas.

MACKIEwww.habro.com.br

A Mackie, marca distribuí-da pela Habro no Brasil, apre-senta a nova caixa SRM1801.Dentre suas diversas carac-terísticas físicas podem serdestacados: subwoofer de 18"Mackie SRM Series, 1000W,1 woofer de 18" com bobinade 3" e sistema com amplifi-cador de 500 watts RMS.

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HOT MACHINEwww.hotmachine.ind.br

As múltiplas LED Balls LB100 da Hot Machine foram projetadaspara formar uma cortina de luz de vídeo com pixel pitch de 120 mm.A cortina é feita a partir de cordas de 1 metro de comprimento, cadauma contendo sete bolas brancas de LED. Cada esfera mede 34 mi-límetros e contém dois potentes LEDs RGB (avaliado em 42mWpor pixel) embutidos na modelagem de plástico branco. Estas po-dem estender-se a um comprimento máximo de 8 metros (usando56 bolas) e o consumo de energia total é de apenas 144 watts.

ACMEwww.proshows.com.br/produto/acme/led-beam-300

O LED Beam 300 da ACME, marca distribuída no Bra-sil pela Proshows, é um Beam de LED extremamentepoderoso. Possui excelentes características como ope-ração DMX, Master/Slave, modo sonoro, 16 canaisDMX, disco de gobo com 6 gobos + aberto, disco de corcom 8 cores + branco, entre outros.

ROBEwww.robe.cz

Robe’s super fast ROBIN 100 LEDBeam é a mais nova ferramenta de efei-tos de iluminação da Robe. Um contro-le altamente otimizado e motorizadoproduz um rápido movimento de incli-nação e três zonas LED permitem a cri-ação de várias cores. O equipamentotambém possui sete ângulos do feixe deluz, que podem ser amplificados comum rápido estrobo. O controle é simpli-ficado a partir de uma pré-programaçãode uma palheta de cores, com efeitossobre uma roda de cores virtuais e vári-os efeitos estroboscópicos.

STAR LIGHTINGwww.star.ind.br

O Moving Head Beam 230 é hoje um dos produtos de maior destaque daStar Lighting Division. Com 20 canais DMX, tem como principais ca-racterísticas: lâmpada 230W/8500K, lentes de vidro óptico com trata-mento anti-reflexo e Ballast Eletrônico. Outro ponto que deve ser res-saltado é a Ventilação Específica para a lâmpada 7R (2 ventiladores euma turbina de jato direcionado). Visando maior proteção e vida útil doproduto, a empresa é responsável pela instalação de um isolador internoDM por acoplamento óptico.

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Você costuma frequentar as

feiras de áudio e iluminaçãoque acontecem nas capitais

ou na sua cidade?

Sim. Além de saber das novidades,sempre há o contato com outros técni-cos. (47,06 %)

Não. Nunca tenho oportunidade de ir àsfeiras. (29,41 %)

Sim. É onde tenho contato com novosequipamentos e tecnologias. (23,53 %)

Não. Prefiro ir aos lançamentos nas lo-jas. (0,00 %)

ENQUETE

Os produtos da Digitech são pro-jetados para apreciadores de guitar-ra, tanto para o uso em casa, quantono estúdio e na estrada. A marca é e

foi utilizada por inúmeros artistas,como Eric Clapton e Jimi Hendrix, quepossuem linhas assinadas da marca.

FRASE CRIATIVA DÁ PEDALRicardo Lucon foi o vencedor do Con-curso Cultural do Dia Mundial doRock, promovido pela Digitech, e ga-nhou o pedal Bad Monkey.Entre os dias 1º e 13 de ju-lho, todos os rockeiros deplantão puderam concor-rer ao prêmio respondendoà pergunta secreta no sitewww.digitechaudio.com.brA frase mais criativa seriapremiada com o pedal,que oferece efeito de dis-torção ao estilo de um am-plificador valvulado. Ri-cardo foi o vencedor e au-tor da frase: “Eu pularia de galho emgalho, como macaco, de tão loucoque ficaria com a sonzeira da minhaguitarra distorcida!”.

Novo site da Harman

Pensando no público brasileiro, aHarman desenvolveu sites emportuguês com acesso facilitado àsúltimas novidades de sua DivisãoPRO. Neles, o internauta tem aces-so a vídeos de treinamento e comdemonstrações de produtos doportfólio Harman, informaçõestécnicas, manuais, catálogo e fotosem alta resolução.Os links estão disponíveis através dapágina www.harmandobrasil.com.brou diretamente nos sites de cada

uma das marcas. Os usuários podemconhecer mais sobre os lançamen-tos e produtos da linha Profissionalem www.akgaudio.com.br, www.pro-cessadoresbss.com.br, www.ampli-ficadorescrown.com.br, www.dbxau-dio.com.br, www.digitechau-dio.com.br, www.lexiconaudio.-com.br, www.jblaudio.com.br ewww.soundcraftaudio.com.br. Parainformações sobre produtos JBL Se-lenium, linhas Lifestyle ou PRO, bastavisitar www.jblselenium.com.br.

NOVA LINHADE ACORDEÕESA ProShows traz para o mercado bra-sileiro os novos acordeões Hohner.Com os modelos Bravo III 80 BLK,Erica e Bravo III 80 Red, os músicoscontam agora com a linha completada marca.

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O Ministério EquipArt promovea quarta edição do Curso de Téc-nicas de Sonorização para Igrejas,em Alagoas, até 20 de outubro. Aárea, tão carente de profissionaiscom experiência, é uma das maisimportantes para o culto cristão.Alisson Telles, pastor, técnicoprofissional de áudio e produtormusical com larga experiência naárea, é quem ministra o curso, quetem formato 70% prático. A ideiaé que, ao ser realizado no ambien-te eclesiástico, o aluno possa ter a

CURSO DE TÉCNICO DE SOM PARA IGREJAS

experiência do local de trabalho,segundo o diretor do EquipArt eMinistro de Música da Igreja Ba-tista Cinco de Maio, Sidney Nas-cimento. Dividido em quatromódulos de dez horas cada, os alu-nos têm aulas de Básico de Áudio(1º módulo), Intermediário deÁudio (2º módulo), Avançado deÁudio (3º módulo) e Prático demixagem ao vivo (4º módulo).Além dessas disciplinas, outranovidade serão as noções de roa-die (técnico de palco).

Comissão de Artistasganha reforço em Recife

Nomes da cultura regional de Per-nambuco, como Nando Cordel,Cecéu, Antônio Barros, LeonardoSullivan, Ivo Lima, Christian Li-ma, Charles Teonoy, Zé Renato,entre outros, se reuniram duranteum almoço no dia 18 de junho, emRecife, para apresentar a criação deuma subcomissão de artistas na ca-pital pernambucana. Uma Comis-são de Artistas, criada no Rio deJaneiro e defensora do atual sistemade gestão coletiva e contrária à in-tervenção do Estado na administra-ção dos direitos autorais de execuçãopública, foi a Recife apresentar o tra-balho que vem sendo desenvolvido

pelo grupo composto por AugustoCesar, Carlos Dafé, Daniel Figuei-redo, Ellen de Lima, Iura Ranevsky,João Roberto Kelly, Joelma Giro,Macau, Maria Luiza Nobre, MichaelSullivan, Moara Fernandes, Neneo,Paulinho Rezende, Sandra de Sá eTuninho Galante.Durante o almoço também foi apre-sentado o “Manifesto dos Artistasda Música”, contrário à flexibi-lização do direito autoral e à inter-venção estatal. O próximo passo éenviar ao Congresso Nacional maisde cinco mil assinaturas de compo-sitores, intérpretes, músicos e profissio-nais ligados à música.

JARDS MACALÉ EM VINILA Polysom dá prosseguimento à co-leção Clássicos em Vinil e lança oLP Jards Macalé, estreia do cantorcarioca, lançado originalmente em1972. Nesse trabalho, Macalé mes-cla rock, samba, bossa-nova, eru-ditismo, jazz e tropicalismo, che-gando perto do que viria a ser orock brasileiro. Tocado pelo pró-prio Macalé (violão) acompanhadopelos também geniais Lanny Gor-din (baixo e violão de aço) e TutiMoreno (bateria), o disco tem umasonoridade crua e composiçõesque são parcerias dele com Capi-nam, Torquato Neto e Waly Salo-mão, com quem assina, entre ou-tras, seu maior sucesso, Vapor Ba-

rato, imortalizado na voz de GalCosta. Além dessas, ele interpretaFarrapo Humano, de Luiz Melodia,e A Morte, de Gilberto Gil.

CONDOR TEMNOVO TELEFONEA Washburn do Brasil/CondorMusic, anuncia que a partir de ago-ra atende em Valparaíso, Goiás, noseguinte endereço: Quadra C,Lote 03. Parque Esplanada I. Onovo CEP é o 72878-612 e o novotelefone é (61) 3028-8800.

MÃO DUPLA

A Odery abre uma nova divisão comparceria de distribuição. A ENGL,empresa sueca de amplificadores; aEBS, empresa alemã de amplis eacessórios; e a Mayones, empresapolonesa de guitarras top de linha,vão distribuir a Odery em seus res-pectivos países enquanto a Oderydistribuirá essas marcas por aqui.Entre os endorsees da ENGL estãonomes como Steve Morse, GlennTitpon, Ritchie Blackmore, DuffMckagan e Paul Stanley.

LADO A LADO B

O projeto é uma aposta na integraçãoentre artistas e fãs na internet. A ideia,segundo seus criadores, os produto-res e músicos André Édipo e Missioná-rio José, é que a ferramenta ofereçaaos artistas um espaço onde seja

possível apresentar suas canções com amesma proposta da época do LongPlay, ou LP, quando eram comercia-lizadas apenas duas faixas, uma paracada lado do vinil. Com conteúdo gratui-to, os fãs podem fazer o download dasmúsicas de duas formas: original ou comos instrumentos gravados em separado.Dessa última forma o visitante podeinteragir com a faixa e produzir seu pró-prio remix. O site pode ser acessado noseguinte endereço: http://www.jardel-music.com/ladoaladob/

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CELSO BLUES BOY

Ícone de uma geração, responsávelpor difundir o blues no Brasil, ocantor, compositor, guitarrista Cel-so Blues Boy faleceu no dia 06 deagosto, em Joinville (SC),vítima de um câncer degarganta. Celso, que seapresentou durante o Riodas Ostras Jazz & BluesFestival 2012 lançou seuprimeiro DVD ao vivoem 2011, no Circo Voa-dor, no Rio de Janeiro. Omúsico foi parceiro de

grandes nomes como Raul Seixas,Sá & Guarabyra e ficou conhecidopor inúmeros sucessos, entre eles,Aumenta que isso aí é Rock n Roll.

CL5 é apresentadaa especialistas

Nos dias 30 e 31 de julho,os profissionais da área deáudio puderam conhecerum pouco mais sobre o no-vo console da Yamaha dasérie CL. Raphael Trinda-de e Aldo Linares, da Ya-maha, fizeram um work-shop sobre a CL5 na Che-da´s Som, em São Paulo.Há 25 anos, a Yamaha lan-çava seu primeiro console de mi-xagem digital. Com o slogan “o pa-drão continua, mas a inovação nuncatermina”, a Yamaha vem procurandomostrar o que os novos consoles têmde novidade e, apesar de trazer um

novo layout com faders re-desenhados, o equipamentomantém o conceito Cen-tralogic e a intenção de serintuitivo. Outras caracterís-ticas são canais com displayLCD, teclas que podem serdefinidas pelo usuário, con-trole via Ipad através do CLStage Mix e conversão de ar-

quivos entre os diferentes consoles(LS9, M7CL, PM5D e CL) através doFile Converter. Durante esses dois dias,os participantes também puderam con-ferir a sonoridade das caixas DXR e DXS,outros dois lançamentos da marca.

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O álbum, disponível exclusivamente na iTunes Store,traz 14 faixas gravadas pelos Beatles que mudaram omundo. O álbum digital Tomorrow Never Knows faz

parte do pacote delançamentos digi-tais da banda, lan-çados desde no-vembro de 2010,e que incluem os13 lendários ál-buns de estúdiodo grupo, alémde uma edição es-pecial do BeatlesStereo Box, ga-nhador de umGrammy. Tomor-row Never Knowsinclui as faixasRevolution, Pa-

perback Writer, And Your Bird Can Sing, Helter Skelter,Savoy Truffle, I’m Down, I’ve Got A Feeling, Back In TheUSSR, You Can’t Do That, It’s All Too Much, She Said, SheSaid, Hey Bulldog e Tomorrow Never Knows.

TOMORROW NEVER KNOWSThe Beatles

Quem foi poderá recordar e quem não foi, poderá ver oque perdeu. O primeiro pacote de DVDs do Rock in Riochega ao mercado e os fãs de Titãs e Xutos e Pontapés,Capital Inicial, Detonautas, Skank, NX Zero e JotaQuest poderão guardar esse momento para a eternidade.Para viabilizar esse trabalho, foi montado um verdadeirolaboratório de imagens, com um investimento pesadoem equipamentos e profissionais, para a organização erecuperação de todos os shows referentes ao Rock in Rio.Contabilizando somente o Rock’n Rio 3, por exemplo,foram 280 fitas de imagem, 1.600 horas de decupagem domaterial, 900 horas de laboratório de imagem e 800 ho-ras de estúdio para recuperação do áudio. O antológicoshow de Titãs e Xutos e Pontapés, expoentes do rock emseus respectivos países e que homenageou Raul Seixas, ou a empolgação do Capital Inicial, que lembrou Re-nato Russo, são os destaques. Os DVDs marcam também uma parceria entre a MZA e a Sony Music.

ROCK IN RIOColetânea

Gravado ao vivo noTheatro Municipaldo Rio de Janeiro, emjulho de 2011, esteconcerto comemora50 anos de estrada deErasmo Carlos. Comparticipações especiaisde Roberto Carlos eMarisa Monte, o showrevela a grandeza desteícone da música bra-sileira em suas váriasfacetas: o compositorgenial, o intérprete

emocionado de canções de amor, o lobo e sua eternafama de mau, o pai do rock brasileiro, o Gigante Gentil,o artista sensível e irreverente, o rebelde romântico. ODVD inclui as faixas Sentado à Beira do Caminho, Gati-nha Manhosa, Parei na Contramão, É Preciso Saber Viver,Mesmo que seja Eu, Mulher (sexo frágil), entre outrossucessos que permearam a vida do cantor.

50 ANOS DE ESTRADAErasmo Carlos

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[email protected] | DANIELLI MARINHO

Reunir sucessos de umagrande banda não é ta-refa fácil. Fazer isso emum único CD com doisgrupos do peso do Ul-traje a Rigor e Raimun-dos pode parecer impos-sível. Mas não é. Esseano esses dois grandesnomes do rock nacionallançam um álbum emparceria pela Deck. O

disco Ultraje a Rigor vs. Raimundos é composto por 14 faixas etraz alguns dos sucessos dessas bandas, como Ciúme, Inútil,Eu Quero Ver O Oco e Selim. Porém, as músicas do Ultraje aRigor são interpretadas pelos Raimundos e vice-versa. Umálbum que, definitivamente, não pode faltar no playlist dequem curte o velho e sempre atual rock and roll.

ULTRAJE A RIGOR VS. RAIMUNDOSUltraje a Rigor e Raimundos

Sinônimo de suingueexplícito, o cantor ecompositor carioca Ro-gê chega com tudo naCoqueiro Verde com oCD Brenguelé. Produzi-do por Kassin, com ar-ranjos de Lincoln Oli-vetti e participação dolendário Paulo Bragana bateria, o disco trazem seu repertório péro-

las como Over Again (Tim Maia), Efun-Oguedê (Wilson dasNeves/Nei Lopes), além de novas canções de Rogê em parce-ria com grandes compositores como Arlindo Cruz, Seu Jorge,Alvinho Lancelotti e Marcelinho Moreira, entre outros.Destaque para Presença Forte, Minha Glória e DepurandoIdeia, que flertam com o samba-bossa-nova, e para a faixatítulo Brenguelé.

BRENGUELÉRogê

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Com a visão am-pliada por influên-cias orientais, es-tudos de touchstyle,entre outras pes-quisas realizadasdurante sua estadana Europa, JorgePescara resolveuinovar neste novotrabalho com umnovo instrumen-

to: o Megatar, uma mistura de baixo e guitarra, sem sernenhum deles, e tocado como um piano. Knight WithoutArmour é uma trilha sonora world music, que se aproxi-ma do progressivo sinfônico e do global fusion, criadaem parceria com o produtor e músico alemão MarcJung. O disco traz uma sonoridade diferenciada queconta a história do homem que percebe a vida de formamuito mais ampla do que se vê normalmente.

KNIGHT WITHOUT ARMOURJorge Pescara Depois de encantar o

Brasil e o mundocom a Bim Bom WorldTour, em que home-nageia João Gilber-to, Ithamara lançaseu mais novo tra-balho Got to be Real,apresentando, oumelhor, recriandojazzisticamente gran-des sucessos da mú-

sica pop como Never Can Say Goodbye, Can´t Take myEyes of You, Going Out of My Head, I Get a Kick Out ofYou, My Favorite Things, além da faixa-título Got To BeReal. Eleita e reeleita como uma das três melhores can-toras de jazz do mundo pela revista DownBeat, SwingJournal e Jazz People, ao lado de Diana Krall eCassandra Wilson, Ithamara imprime versatilidade àvoz ao interpretar cada canção.

GOT TO BE REALIthamara Koorax

ENSAIO DE CORESAna Carolina

O novo trabalho da cantora é resultado do aplaudido projetoEnsaio de Cores, com shows em várias cidades do país. Lança-do em CD e até em vinil, em tiragem limitada, o show chegaàs lojas agora em DVD e Blu-Ray, pelo selo Armazén (distri-buição da Sony Music). Com direção e produção musical daprópria artista, um de seus grandes destaques está no forma-to intimista e na banda reunida para acompanhar Ana no

palco – um time de instrumentistas femininas inte-grado por Délia Fischer no piano, Gretel Paganini novioloncelo e Lanlan na bateria e percussão. No showAna Carolina canta, toca guitarra, violão, pandeiro ebaixo, e reúne desde releituras como Azul, clássico deDjavan, até inéditas como Você não sabe, de AntônioVilleroy, o samba Prá tomar três – a primeira parceriade Ana Carolina com Edu Krieger, Todas elas juntasnum só ser de Lenine e Carlos Rennó e SimplesmenteAconteceu, de Chiara Civello e Dudu Falcão.

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KURZWEILComo anunciado em primeira mão poressa coluna, a Kurzweil, uma das maioresfabricantes de teclados profissionais domundo, mudou de mãos no país. AEquipo é a nova distribuidora exclusivada marca e promete colocar ainda esseano a nova série de teclados da Kurzweilnas principais lojas do Brasil.

HIPOCRISIAA Gibson foi multada pelo governoamericano em US$ 350 mil por impor-tar ébano da Índia e de Madagascar. Se-gundo as leis americanas, a importaçãode madeira em extinção é crime. En-quanto isso, essa mesma madeira é usa-da nesses países produtores e nos vizi-nhos para fazer casas nas favelas da peri-feria das cidades ou alimentar singelasfogueiras de nativos.

CELSOCom a morte de Celso Blues Boy morretambém a coragem de fazer blues emportuguês e sem preconceito. O EricClapton brasileiro viveu intensamentee por vezes no limite e nunca abriu mãode suas convicções musicais e estéticas.Exímio guitarrista e cantor de voz singu-lar, o músico carioca foi o pioneiro na arte

de fazer blues com sotaque verde e amare-lo. A música perde uma referência. E euum amigo... Valeu cada nota, Celsão!

MÚSICA NAS ESCOLASA mobilização dos músicos profissio-nais em torno da remusicalização nas es-colas é tímida e ainda incipiente. Comoum dos maiores interessados na maté-ria, a classe musical brasileira não mos-tra capacidade de se organizar e ocuparespaço na discussão dos temas mais im-portantes desse processo. A compilaçãocurricular musical e o novo e gigantescomercado de trabalho que se abre vêmsendo praticamente ignorados pela ca-tegoria. Salvo raríssimas exceções his-tóricas e isoladas como a Roland do Bra-sil, que tem um projeto social admirávelvoltado ao ensino musical, ou o irrequi-eto Carlinhos Brown, que há muito in-veste em escolas de música na Bahia, aclasse musical está literalmente per-dendo o bonde da história na discussãode tema tão importante para a culturabrasileira. E não custa lembrar que espa-ço não ocupado é espaço perdido.

OLIMPÍADAS 1Os bretões souberam explorar bem a suacapacidade criativa nos eventos dasOlimpíadas 2012. Reconhecidos comouma verdadeira usina musical, os súdi-tos da rainha têm uma vasta e rica his-tória na música contemporânea. Nota-damente no pop rock, os ingleses soube-ram tirar proveito de nomes icono-clastas e algumas interessantes novida-des nas noites de abertura e encerramen-to do evento. A pequena e protocolarparticipação brasileira no final da festanão fez feio e indica que bem aproveita-da, a música brasileira, que classificocomo a mais rica do planeta, pode tam-bém fazer bonito em 2016.

A 29a edição daExpomusic promete

ser a maisconservadora dos

últimos anos. Coma economia sob

suspeita e adesconfiança

generalizada nosdados oficiais do

governo, o segmentoparece propenso auma postura mais

seletiva e prudentetanto nas comprascomo nas ofertas enovidades. É pena

porque o maiorinimigo do bom

negócio é o medo.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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OLIMPÍADAS 2Os artistas ingleses que se apresen-taram nos eventos das Olimpíadasganharam o cachê simbólico deuma libra. Como o Brasil vai sediara próxima Copa do Mundo de fute-bol e também a próxima Olimpíadacabe uma pergunta... Você se apre-sentaria por um real para o ComitêOlímpico Brasileiro ou a CBF?

FESTA 2012Mais nomes confirmados comohomenageados na Festa Nacionalda Música, em Canela, no RS.Emílio Santiago, Roupa Nova eFernando & Sorocaba serão algu-mas das muitas atrações da edição2012 do evento. A dupla sertanejadetém o título de maior arrecada-dor de direito autoral no país. Oencontro acontece na segundaquinzena de outubro na cinemato-gráfica cidade serrana gaúcha.

GORDURAA dieta aplicada nos preços dosprodutores e importadores porconta da acirrada concorrência nomercado brasileiro provocou umfenômeno curioso, mas recorren-te. Sem gordura para queimar nasoscilações do dólar, os preços fica-ram mais sensíveis às idas e vindasda moeda americana. Tem preçoque não resiste a 15 centavos devariação cambial. E haja impresso-ra para rodar tanta tabela de preço.

QUALIDADEAssim como no mercado automo-bilístico, o fator grife também temum peso significativo na formaçãodo preço final dos equipamentos.Afinal, quem não quer ostentar

uma marca famosa e classuda nopalco? Já no aspecto técnico e qua-litativo a discussão ganha outroenfoque. Nem tudo o que é caro oubadalado tem a qualidade esperadapor quem paga quase o dobro porum produto de grife. Nos últimos10 anos, até o preconceito contraprodutos chineses começa a ser re-visto. Para os pragmáticos e desco-lados, a velha receita continua in-falível... Confie no seu ouvido.

REINCIDÊNCIAComo em toda a eleição e mesmocom a marcação cerrada da justiça edos artistas, alguns políticos insis-tem em usar descaradamente asmúsicas desses profissionais semnenhum pudor ou ressarcimento dequalquer espécie. As campanhaseleitorais pelo Brasil então cheiasde trilhas sonoras literalmentesurrupiadas de músicos e composi-tores. Triste é saber que alguns des-ses espertalhões serão eleitos. Eainda vão se vangloriar disso.

RÚSSIAA cantora Madonna está sendoprocessada por apologia ao homos-sexualismo na Rússia. Tudo porqueela pediu a liberdade dos 3 jovens dabanda Pussy Riot que fizeram umamúsica criticando o ”anjinho” Vla-dimir Putin. E, claro, foram presospor isso. Pela ousadia, um obscuro epuxa-saco deputado da AssembleiaLegislativa de São Petersburgo cha-mado Vitali Milonov decidiu pro-cessar a cantora americana porconta do seu discurso contra a into-lerância e a perseguição que os ho-mossexuais sofrem naquele país.Não bastasse isso, o vice-primeiro-

ministro da defesa russo, DmitriRogozin entupiu seu twitter de pa-lavrões contra a cantora. E aindadizem que a Rússia se democratizou.

DESAFETODepois de baixar o cacete (pareceque ele é bom nisso) em Madonna,chamando a moça de stripper defeira e acabada, o inglês Elton Johnagora partiu pra dentro do jornalThe Times, que acusou o astro deevasão fiscal. Como o cantor é no-tório arrecadador e doador de re-cursos para instituições de carida-de, a denúncia caiu como umabomba. Detectado o erro e a falsida-de da notícia, o jornal publicou umapequena retratação em 4 linhasperdidas no seu conteúdo. O pro-blema é que a denúncia que origi-nou a encrenca foi matéria de capa.O artista já acionou seus advogadose anunciou que tudo o que for arre-cadado será direcionado para umadas instituições mantidas por ele.Bravo o moço, né?

RECURSO TECNOLÓGICOOs processadores de voz com re-curso de correção de pitch, ou seja,que eliminam a desafinação iner-cial, saíram dos sofisticados racksdos estúdios mais caros do mun-do e ganharam os computadoresdos usuários antenados. Agora asempresas que lideram o segmen-to de tecnologia musical come-çam a lançar esses equipamentosem formato cada vez mais com-pacto e barato. Em breve até seucachorro vai poder cantar semdesafinar. Já começo a imaginarcomo será a primeira dupla caipi-ra canina do Brasil.

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Profissões doProfissões do

amos falar sobre você. Qual a sua

formação acadêmica e como vocêfoi parar no mercado do show business?Tenho 33 anos, sendo 18 anos no mun-

do do áudio, tenho o segundo grau com-pleto e entrei nesse mercado por volta

de 1993/94, montando som com umconhecido do meus pais para eventos da

prefeitura da minha cidade. Quandohavia algum show grande na cidade, es-

tava sempre lá, olhando, perguntando,xeretando. Era o único jeito de conse-

guir informações e conhecer equipa-mentos. Fiquei muito no pé do Feio e do

Dando continuidade à série deentrevistas com os profissionais

que atuam nos bastidores dosshows e de todas as produções,

sejam eles do áudio ou dailuminação e que direta ou

indiretamente estão ligados aodia a dia do entretenimento, a

profissão desta edição é a deGerente de Sistema, ou System

Manager, e o entrevistado éEder Moura.

[email protected]

Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

backstage’backstage‘E D E R M O U R A

G E R E N T E D E S I S T E M A

Garcez (ambos da Sunshine ) nos rodei-

os que faziam na cidade.Em um desses eventos conheci o pessoal daPotência Som que me levou para trabalhar

com eles. O equipamento era simples, masera bem maior ao que eu estava acostuma-

do. Meu primeiro show ao vivo de grandeporte foi em um rodeio em Avaré (SP) com

a dupla Tonico e Tinoco. Fiquei por lá al-guns meses, mas acabou não dando certo

porque eu era muito novo e ainda estudava,aí voltei a fazer som na minha cidade.

Foi então que um dia conheci o pessoalda Stick Som, que estava sonorizando o

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rodeio da minha cidade, e que na-quele ano estava estreando o PA

FZ audio 212, tudo fly… Nossa,nunca tinha visto algo parecido

com isso! Já tinha lido algo sobreas KF’s em fly e tal, mas visto, nun-

ca. Passei literalmente o dia nopalco com o Niko que cuidava do

monitor e o finado Pescoço quecuidava do PA. Foi um fim de se-

mana muito bom, tirei com elestodas as dúvidas que tinha na épo-

ca, agradeço até hoje a boa vontadedos dois e olhe que naquele dia

abusei. Saí de lá mais feliz com essaprofissão. E com a possibilidade de

fazer o meu primeiro freelance noáudio profissional.

E aconteceu. Fui com a Stick Sompara Goiânia fazer uma Expo. E de-

pois de um tempo, comecei a traba-lhar pela empresa, fi-

cando por lá algunsanos, onde tive a opor-

tunidade de ir para osEUA em 2004.

Como foi esse pro-

cesso da empresa irpara os EUA? Eles

abriram uma filialnos EUA ?

Tentaram abrir, elestinham contatos por

lá, aí decidiram levar umaequipe e um sistema. Che-

gamos em julho de 2004,fizemos alguns shows du-

rante a temporada de ve-rão que termina em mea-

dos de outubro, aí já come-ça esfriar. Depois disso não

aconteceram mais showspara a Stick Internacional.

Como algumas coisas nãosaíram como eles planeja-

ram, e no inverno não fi-zemos nenhum evento,

eles resolveram retornarao Brasil. Foi quando enxerguei

uma oportunidade de ficar, e nãopensei duas vezes: fiquei.

Tomada a decisão de ficar nos

EUA, quais foram as suas princi-

pais dificuldades, tendo em vista

que ficou lá praticamente porconta própria?

Na verdade, na minha cabeça fiqueipara viver o “sonho americano”.

Buscar uma oportunidade de traba-lhar honestamente, ga-

nhar um bom dinheiro evoltar ao Brasil. Uma das

maiores dificuldades foi,com certeza, a língua.

Aprender o inglês foi um

grande desafio, outro foi ter ficado

ilegal no país, mas “há males quevêm para o bem”. Com foco no obje-

tivo inicial de trabalhar para levan-tar um dinheiro, já que naquela épo-

Estádios nos EUA: mais bem preparados parareceber shows e eventos e sistema de PA

Primeira oportunidade no áudio nos EUA, só depois de aprender inglês

Tecnologia na hora de alinhar o sistema

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48 ca a economia americana ia bem, e um

grande incentivo, a minha noiva que ti-nha ficado no Brasil esperando eu voltar

para casarmos. Isso durou quase sete anose muitas tentativas de me legalizar.

Fiquei fora do áudio por quase um ano emeio, ralando para aprender o inglês e

tentando me arrumar por lá. Em 2006voltei ao áudio, fui trabalhar na Miller

Pro Audio, fiquei nesta empresa até de-zembro de 2010.

O que determinou a sua volta ao Bra-

sil, e neste retorno o que mais sentiudiferença entre o mercado nos EUA e

aqui no Brasil ?Voltei porque não consegui me legalizar

nos EUA. Uma vez ilegal você não con-segue regularizar sua situação no país.

Mesmo com a ajuda da empresa que eutrabalhava, não consegui me regularizar.

Com esse problema não conseguia mui-tas coisas por lá, como, por exemplo, tra-

balhar nas grandes empresas de áudio. Aempresa onde trabalhava era regional,

com bons equipamentos, mas eu queriacoisas maiores, mais desafios, grandes

tours. Sou do tipo que se não tem maisdesafios, não fico feliz. Consegui conta-

tos na Clair Global, Sound Image, RatSound, mas como era ilegal, não rolou.

Fiquei bem impressionado quando

voltei. Muitas mesas digitais no mer-cado, bons PAs, mas o que mais sinto

falta são os carregadores. Lá, por se-rem sindicalizados, eles têm que estu-

dar, eles recebem treinamento parasaberem o que estão carregando, nun-

ca tive problemas com esse tipo deprofissional. Tinha uma equipe da ci-

dade onde fazíamos show que erameles que subiam os PAs para mim, eu

só passava os ângulos e checava se es-tava tudo OK antes de subir o line.

O que faz um Gerente de Sistema,

quais as suas atribuições, antes, duran-te e depois de um show ou tour?

Essa função conheci e aprendi a exer-cer no tempo que passei nos EUA.

Este profissional é o responsável pelosistema, pela área que tem que ser

sonorizada, determina onde irão ospontos dos PAs, quantos elementos

serão utilizados, como o sistema vaiser processado, como as mesas de um

festival vão ser gerenciadas, cuida doalinhamento e da equalização do sis-

tema, além de dar todo o atendimentopara o engenheiro do artista durante o

evento. Como dizemos por aqui “ficarde babá do técnico”, e depois do even-

“Essa funçãoconheci e aprendi

a exercer no tempoque passei nos

EUA. Esteprofissional é o

responsável pelosistema, pela área

que tem que sersonorizada,

determina ondeirão os pontos dos

PAs, quantoselementos serão

utilizados...

Eder descobriu a profissão de gerente de sistema quando ainda estava nos EUA

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to cuidar da desmontagem do sistema, embalar tudo epartir para o próximo. Quando está em turnê, você

aprende os gostos do engenheiro que está atendendo,você deixa a vida dele mais “fácil”, já deixando o siste-

ma do jeito dele. No dia a dia de shows eu só faço umaequalização básica no sistema, isso quando estamos

dentro de uma arena; se o show é ao ar livre, deixo o PAflat, deixando o engenheiro da banda fazer a equa-

lização “artística”.

Quais os cursos e/ou treinamentos que você frequentounos EUA para poder ser gerente de sistemas?

Fiz treinamentos na fábrica da JBL, na California, sobre alinha Vertec, curso da Meyer Sound sobre Fundamentos

de desenho de sistemas, Implementação e Otimização doSistema e alguns outros de equipamentos relacionados

com gerenciamento de sistema.

Quais são as diferenças ou mesmo quais os pedidos feitospara ajuste de um sistema por brasileiros e estrangeiros?

Os estrangeiros, em sua maioria, não usam tanto sub. Já osbrasileiros, em sua maioria, gostam muito de sub. Já fiz

show usando o corte do PA em 30Hz e o engenheiro dabanda estrangeira nem tocou no auxiliar do sub. Em sua

maioria, todos têm a preocupação da cobertura e alinha-mento do sistema.

Você acompanha produções e eventos nacionais e inter-

nacionais. Quais as diferenças entre elas?A maior diferença é a organização, em termos de carregado-

res; e organização do local do eventos. Algumas produçõesbrasileiras, às vezes, nem tem lugar para entrar com o cami-

Organização é a maior diferença entre as produções brasileiras e estrangeiras

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nhão, sem falar em FOH, mix fora da po-sição, porque o dono do evento não quer.

Fiz vários corporativos nos EUA emque o FOH mix ficava no centro. E a es-

trutura das arenas (ginásios) deshows no Brasil. Isso é uma ver-

gonha. Em minha opinião, nãotemos uma arena de shows de-

cente no Brasil.

Fale de um ou alguns trabalhosque você considera importantes

em sua carreira.Nossa, foram tantos, mas vamos

ver alguns. O primeiro deles foio teste na Stick Som para poder

sair da posição de roadie e assumir umaposição de técnico no monitor; show do

Zeze di Camargo & Luciano (RenatoCarneiro no monitor), era um tanto de

ida e volta na mesa, que ficoumarcado na minha memória.

Nos EUA, ter tido o prazer demixar o PA para BB king. O pri-

meiro acidente a gente nuncaesquece, mas no meu caso foram

três, e poder ter saído deles bemfoi uma benção. Os festivais

Rock’n America nos EUA, SWU,

Rock in Rio e Lollapalooza foram

os maiores em número de públi-co em que já trabalhei. E o últi-

mo que me deu um grande prazerprofissional foi ter a chance de

Quantidade de mesas digitais ebons sistemas impressionaram

Eder assim que retornou dos EUA

O primeiro acidente a gentenunca esquece, mas no meu caso foramtrês, e poder ter saído deles bemfoi uma benção

O gerente de sistemas é o responsável pela área que tem que ser sonorizada e determinar onde irão os pontos de PA

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mixar o Carnaval 2012 no Rio de Ja-neiro. Contando todos os grupos fo-

ram 56 escolas, ou 56 mixagens emum fim de semana.

O que falta ainda para o Eder, para

que ele se torne um profissional ain-da melhor?

Aprender mais. Gosto de estar sem-pre aprendendo, tendo novos desafi-

os, conhecendo novas técnicas. Coi-sa que fica bem mais difícil aqui no

Brasil. Lá nos EUA é bem mais fácilmanter-se atualizado com o mercado

e os novos conceitos.

Quais os seus planos para o futuro,onde o Eder Moura pretende estar

daqui a 10 anos, nos planos profissi-onal e pessoal?

No profissional, continuar fazendo omelhor que posso para as pessoas que

gastam o seu dinheiro comprando in-gressos e passam dias em filas, para que

possam ter a melhor sensação da vidadelas, podendo ouvir o seu artista pre-

ferido, mesmo que ele seja o último naplateia. Espero também que os produ-

tores e os responsáveis por venda deshows se organizem e que possamos ter

verdadeiras turnês no Brasil, como osestrangeiros fazem, sem correria, sem

horas abusivas em aviões e ônibus;que os investidores olhem mais para o

show business e façam arenas de showsde verdade, com docas, grids para os

pontos no teto. Isso é praticamenteum sonho, mas...

No pessoal, poder ajudar compilandohistórias e fotos para os mais jovens

que estão iniciando na nossa área, pre-servar a história do áudio. E poder des-

frutar de um sítio com a família e mui-to churrasco.

Para finalizar, que dicas você daria

para aqueles que se interessam em setornar gerentes de sistema?

Estudar é o principal, por mais quefaltem treinamentos especializados

aqui no Brasil, procure informaçõesna internet. Procure saber como

cada sistema funciona, os cortesapropriados do processamento, as

opções de processamentos disponí-veis para executar um bom alinha-

mento do sistema. Seu trabalho,mesmo que poucos saibam disso, será

fazer com que todos ouçam bem o ar-tista que está se apresentando, e a

ferramenta que você tem em mãospara isso é o alinhamento do siste-

ma. E o mais importante: atenderbem ao engenheiro do artista, conci-

liando a equalização artística dele eainda cuidar da cobertura da área a

ser sonorizada. Conseguir conciliaresses dois focos é o segredo de ser um

bom gerente de sistema.

Este espaço é de responsabilida-de da Comunidade Gigplace. En-vie críticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visiteo site: http://gigplace.com.br.

Outra grande diferença entre Brasil e EUA: o posicionamento da FOH

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Victor Bello

[email protected]

Fotos: Internet / divulgação

e sinto um artista ‘circense’,aquele que doma os leões,

anda na corda bamba, joga ma-labares e ainda se pinta de palhaço.A maior riqueza do Brasil é suamultiplicidade cultural. Como serbrasileiro sem ser múltiplo?”,questiona o compositor cariocaMoska que, em entrevista à Back-

M“

Álbum aclamado dePaulinho Moska marcado

pela experimentação deestilos completa 15 anos.

stage, conta detalhes do terceirodisco de sua trajetória solo, Con-

trasenso, um álbum repleto de su-cessos como A seta e o alvo, Relam-

piano e Admito que perdi.Nascido no Rio de Janeiro em 1967,Paulinho Moska começou a tocarviolão com 13 anos. Formou-se emteatro pela CAL (Casa das Artes deLaranjeiras) e já atuou em filmes na-cionais, dentre eles Um Trem Para as

Estrelas, Kuarup e O Homem do Ano.Integrou o grupo vocal GargantaProfunda, que, em seu repertório,cantava de Beatles e Tom Jobim àóperas medievais e em 1987 formouo grupo Inimigos do Rei, percorren-do o país com hits como Uma Barata

Chamada Kafka e Adelaide.Em 1991 sai da banda e começa a sededicar à carreira solo, dois anos

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A SOPArimental

do Moska

A SOPArimental

do Moska

depois lança o disco Vontade. Con-

trasenso, lançado em 1997, marca avolta do compositor para um uni-verso mais pop, ao contrário do seutrabalho anterior Pensar é fazer

música (1995), um álbum mais filo-sófico e introspectivo. O terceirodisco contou com a participação demúsicos com quem Moska até en-tão não tinha trabalhado: Chris-tian Oyens, Sacha Amback, Ar-thur Maia, Dunga - entre outrosnomes de peso -, deram o tom e a

pegada marcante que o CD possui.“Além da banda que já tocava comi-go (Marcelo da Costa, Billy Brandão,Bruno Migliari), Ubirajara Silva (paido Taiguara) gravou bandoneoncom Jorginho Gomes (NovosBaianos) no bandolim. Otavio Ro-cha (do Blues Etílicos) com seu slide

guitar, Maurício Carrilho tocandoviolão de 7 cordas e escrevendo ar-ranjo de cordas. Foi um desfile dequalidade no estúdio. As participa-ções de Lulu Santos e Lenine coroa-ram as gravações”, conta Moska.

A GRAVAÇÃOProduzido por Nilo Romero juntocom Moska, o álbum foi gravado emixado no renomado Estúdio Me-ga (RJ) no período de outubro adezembro de 1996 com exceção deAdmito que perdi, extraída do pro-grama Couvert. A bolacha foi gra-vada em 48 canais (máquinas Stu-der) em uma mesa Neve VR. Otécnico de gravação foi o MarcusAdriano e a mixagem foi feita porLuis Paulo Serafim. Os instrumen-

tos utilizados por Moska foram umviolão de nylon Del Vecchio Savio eum Takamine de aço. O autor dacapa foi o designer Levindo Carnei-ro que explorou colagens digitaisfeitas no Photoshop. “Eu queriauma capa simples, só com meu ros-to. A contracapa tem um poucodessa sensação de ‘confusão’, comuma foto minha de cabeça para bai-xo, num quarto que não se sabe ondeé o chão ou o teto. A ideia era teruma capa simples e uma ‘contracapa/contrasenso’,” diz Paulinho. As

concepções de algumas músicas dodisco se basearam em uma técnicade gravação chamada Lo-Fi, termocunhado no final da década de 80,para caracterizar músicas de difícildiferenciação entre os instrumen-tos, já que os bit rates são mais bai-xos “Estávamos em uma Meca datecnologia, um estúdio que se pro-punha a ser o melhor, mas em umdeterminado momento resolve-mos gravar uma bateria somentecom microfones SM 58. Era comose tivéssemos ficado enjoados de

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tanta tecnologia. Queríamos algo Lo-Fi. Então o técnico de som se negou afazê-lo, dizendo que aquilo iria compro-meter o seu trabalho, tipo: ‘quando for

mixar vão perguntar quem é que gravou

isto’. É engraçado que até então o con-ceito de Lo-Fi ainda era estranho paraalguns profissionais criados na old

school e mesmo entre alguns produtores.Só nos restou morrermos de rir e dizerque iríamos gravar assim, com os SM 58,e que ele seria desafiado a tirar o melhor‘pior’ som da vida dele” observa o pro-dutor Nilo Romero.

UM NEOTROPICALISTA DAMÚSICA BRASILEIRAContrasenso é marcado pela abrangênciade estilos e diversidade. Paulinho já apon-ta o caminho experimental e inquietoque resolveu seguir ao longo de sua traje-tória. Na bolacha encontramos rock,samba-choro, baião, blues, funk etc., fi-cando claro que o talento de Moska, comocompositor e instrumentista, transcendea estilos e rótulos.

A seta e o alvo, música que abre o disco,alcançou sucesso nas rádios e é um dosclássicos de seu repertório. Nessa can-ção, o compositor começou a escrever emum dia assim que acordou e ao se olhar noespelho (de cabelos compridos e barba)se achou parecido com Jesus Cristo. Foientão que começou a pensar: “O que Je-sus diria se voltasse a Terra e pudesse falarcom todos nós?” Deu então início aosversos Eu falo de amor à vida, você de medo

da morte. Depois a própria poesia foi sen-do levada para outros caminhos.Ao mostrar para Nilo, o produtor deualguns toques que mudaram muito acanção, a ponto de ele se tornar parceironela. “Moska fez esta música em tommenor, com outra harmonia e melodia.Ouvi e achei que a letra ficaria melhorem tom maior. Então comecei a tocaralgo inspirado em Alanis Morissete e oMoska fez o resto. Eu só dei a ideia inici-al, o caminho. A letra já existia e eu deialguns ‘pitacos’, fazendo aquela brinca-deira de metade com meta e seta”, fala.Contrasenso, música que dá nome ao dis-

“Contrasenso émarcado pela

abrangência deestilos e diversidade.Paulinho já aponta

o caminhoexperimental e

inquieto queresolveu seguir ao

longo de suatrajetória. Na

bolachaencontramos rock,

samba-choro, baião,blues, funk etc.

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co, é uma expressão extraída de umlivro do filósofo Gilles Deleuze quequer dizer “contra o senso comum”,diferente de “sentido contrário” ou“contramão”, que geralmente signi-ficam o oposto. “Eu sempre escrevosobre amor, liberdade, vida e arte.Aquele início falado remete um

pouco a Raul Seixas e o refrão temum pouco a ver com a canção Fora

da Ordem, de Caetano. E tem umpouco de Alice no País das Maravi-

lhas (Lewis Carrol) nos jogos de pa-lavras e sentidos”, conta Paulinho.Relampiano é um baião moderno emparceria com Lenine. Quando Mos-

Ficha Técnica

Produzido por:Nilo Romero e Paulinho MoskaArranjos e concepção: Paulinho Mos-ka e Nilo Romero, com a colaboraçãodos músicos participantesDireção artística: João AugustoCoordenação de produção:Márcia VirgíniaGravado por: Marcus AdrianoAssistente de gravação:Rodrigo NoronhaTécnicos adicionais:Marcio Gama e Renato LuisAssistentes: Márcio Thees, Marco Au-rélio e Max Pierre JrMixado por: Paulo SerafimCatering: Solange de OliveiraGravado e mixado: Estúdio Mega no pe-ríodo de outubro a dezembro/96 (exceto afaixa 12, extraída do programa Couvert).

1 - A Seta e o Alvo(Paulinho Moska/ Nilo Romero)Sony Music / NatashaPaulinho Moska – Voz e violãoMarcelinho da Costa – BateriaDunga – BaixoMarcos Suzano – Pandeiro de nylonSacha Amback – AcordeomBilly Brandão – GuitarraMilton Guedes – Pandeiro

2 - Contrasenso(Paulinho Moska) Sony musicPaulinho Moska – Voz e violão

Christiaan Oyens – BateriaNilo Romero – BaixoMarcos Suzano – Derback, tantã, ganzá, moringa,e tabla, prato de cerâmica e reco-recoBilly Brandão – GuitarraSacha Amback – Teclados (efeitos)Milton Guedes – Sax alto e pandeiroMarcelo Martins – Sax tenor e soloEduardo Neves – Sax tenorWillian Magalhães – Piano Fender Rhodes

3 - Me Chama de Chão(Paulinho Moska, Fernando Zarif e Branco Mello)Sony music / F. Zarif / Warner ChappellPaulinho Moska – Voz e violãoChristiaan Oyens – BateriaAndré Carneiro – BaixoMarcos Suzano – Pandeiro, derback, repique e tantãMurilo O´Reilly – TantãCelso Fonseca – Violão e guitarra LeslieWillian Magalhães – Piano Fender Rhodes e órgãoMilton Guedes – Sax alto e solo de harmoniaEduardo Neves – Sax tenor

4 - Relampiano( Paulinho Moska/ Lenine) Sony Music / LeninePaulinho Moska – Voz, violão e frase de pianoMarcos Suzano – Pandeiro, tampo de piano, repi-que, cowbell, surdo, serrote e reco-recoTrio Querubim – Ângelo Dell´Orto – Violino,Eduardo Pereira – Viola, Marcelo Salles – CelloMaurício Carrilho – Arranjo de CordasArthur Maia – Baixo AcústicoNilo Romero – BumboLenine – Voz e Violão *participação especial

5 - Paixão e Medo( Paulinho Moska/ Nilo Romero)Sony Music / NatashaPaulinho Moska – Voz e violãoJorginho Gomes – BandolimMauricio Carrilho – Violão de 7 cordasMarcos Suzano – PandeiroUbirajara Silva – Bandoneón

6 - A Outra Volta do Parafuso(Paulinho Moska) Sony MusicPaulinho Moska – Voz e violãoMarcelinho da Costa – BateriaBruno Migliari – Baixo acústicoMauricio Barros – ÓrgãoWillian Magalhães – ÓrgãoSacha Amback – PianoMauricio Carrilho – Arranjo de CordasTrio Querubim – Ângelo Dell´Orto – Violino,Eduardo Pereira – Viola, Marcelo Salles – Cello

7 - Seja O Que Deus Quiser(Fernando Zarif / Paulinho Moska)

Fernando Zarif / Sony MusicPaulinho Moska – Voz e ViolãoChristiaan Oyens – BateriaArtur Maia – BaixoMarcos Suzano – Shaker, cuíca, tamborim, e repiqueRogério Meanda – GuitarraWillian Magalhães – Órgão e tecladoMilton Guedes – Sax altoMarcelo Martins – Sax tenorNilo Romero – Programação de loops

8 - Virtual(mente) (Freak Power)(Road Thang (Cook/Slater)- versão: PaulinhoMoska e Nilo Romero) MercuryPaulinho Moska – Voz e violão e vocaisMarcelinho da Costa – BateriaDunga – BaixoBilly Brandão – GuitarrasHumberto Barros – Piano Fender Rhodes e órgãoMilton Guedes – Pandeiro e vocaisNilo Romero – Programação de Loop*Participação EspecialLulu Santos – Voz e sitar (gentilmente cedidopela BMG ARIOLA)

9 - Tudo Que a Gente Quis( Paulinho Moska) Sony MusicPaulinho Moska – Voz e ViolãoChristiaan Oyens – BateriaDunga – BaixoMarcos Suzano – Conga, caxixi, pandeiro eplatineloMilton Guedes – PandeiroBilly Brandão – GuitarraWillian Magalhães – Piano Fender Rhodes e órgãoSacha Amback – Teclados (cordas)

10 - Common Grave(Paulinho Moska/ Fernando Zarif)Sony music / F. ZarifPaulinho Moska – Voz e Violão de açoChristiaan Oyens – Shaker, caixa, prato e con-tra-tempoNilo Romero – Violão de nylon e baixoOtávio Rocha – Violão – Dobro

11 - Efêmero(Paulinho Moska) Sony MusicPaulinho Moska – Voz e ViolãoMarcos Suzano – Pratos, Ganzá e shakerArthur Maia – Baixo AcústicoSacha Amback – PianoMauricio Carrilho – Arranjo de cordasTrio Querubim – Ângelo Dell´Orto – Violino,Eduardo Pereira – Viola, Marcelo Salles – Cello

12 - Admito Que Perdi(Paulinho Moska) Sony MusicPaulinho Moska – Violão e Voz

ka e o músico pernambucano para-ram em um sinal de trânsito noLeblon, uma criança de rua veio etentou vender bala aos dois. O diaestava muito cinza e uma tempesta-de estava a caminho, com muitosrelâmpagos e trovões. No banco detrás do carro estava uma cadeirinha

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de criança do filho de Lenine. A crian-ça de rua praticamente cantou o refrãoda música depois de ouvir um trovão:Tá Relampiano... cadê neném? Então osinal abriu e os dois saíram cantaro-lando o resto da letra dentro do carro.No dia seguinte se encontraram e ter-minaram a canção.Paixão e Medo é uma poesia de NiloRomero transformada em letra comparticipação do violonista sete cor-das Maurício Carrilho e de UbirajaraSilva no bandoneon. Seja o que Deus

quiser, uma parceria de Moska com oartista plástico e compositor Fer-nando Zarif, se caracteriza pela mis-tura de loops com instrumentos.“Quando ouço, me pergunto comofazia programações nesta época, quenão tinha 10% dos recursos que te-nho hoje. Foi em um sequencer En-sonic ASR10 que tinha. Peguei partesdo que já havia sido tocado, embrulhei emandei. Mas tem muita coisa tocada ali.Adoro a participação do Rogério Meandana guitarra”, aponta Nilo.Virtual(mente), uma versão de Road

Thang da banda Freak Power, ganhoucontornos originais na parceria entreo produtor e o compositor e a partici-pação de Lulu Santos cantando e to-cando sitar. “Era o tempo dos primei-

ros e-mails e navegações, tudo aindaera muito novo. Lulu tinha lançadoseu disco Anticiclone Tropical e estavasuper ligado na rede. Convidei-o paracantar e tocar, justamente porque aversão tinha ficado a cara dele. Nomeio da letra tem Tudo bem, tudo igual ea melodia dessa parte era super Lulu.Foi uma honra pra mim”, comenta.Admito que perdi, outro grande sucesso,é baseada em um momento triste dePaulinho após o fim de um relaciona-mento se aproximando.Contrasenso ajudou a consolidar aindamais a carreira de Paulinho Moska,um álbum que foi uma celebração deexcelentes músicos em estúdio. “Asmúsicas ali gravadas traduzem bem omomento que vivíamos, e ouvi-lasnovamente me transportou paraaquela atmosfera. Música tambémserve para isso”, relembra o produtor.Moska agora se prepara para lançar oDVD Muito Pouco Ao Vivo, gravadoem 11 de maio no Teatro Ibirapuera,em São Paulo. O projeto é mais do queuma simples captação documental deum show, a ideia é experimentar a lin-guagem. As câmeras serão como per-sonagens que interferem no que estáacontecendo. Mais uma surpresa deum dos artistas mais inventivos damúsica brasileira.

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Fotos: Ernani Matos

Guga Melgar / Internet

Divulgação

Revisão técnica:

José Anselmo “Paulista”

D irigido pela dupla Charles Möeller eCláudio Botelho, a superprodução

brasileira conta com 150 profissionaisna montagem, que soma 14 cenários di-ferentes e mais de 300 peças que com-põem figurino e preparação para efeitoscênicos. Orçado em R$ 9 milhões, o 31ºmusical da dupla, cujo cenário começou

a ser pensado há cerca de um ano, temelenco composto por 35 atores, 16 músi-cos e conta com a participação de nomesde peso, como Lúcio Mauro Filho, Miélee Maria Clara Gueiros.Segundo o designer de som da peça,Marcelo Claret, a adaptação brasileira émuito próxima do filme, pois antes deos trabalhos serem iniciados, houveuma preparação profissional através deworkshops com recomendações queserviram de pesquisa aos envolvidos.“Tudo tem um cronograma a ser estuda-do, até porque, basicamente, todas asáreas de criação estão envolvidas emdiversas cenas. Há um momento em-blemático, da chuva do tornado (cenaem que Dorothy parece estar dentro de

A versão brasileira de O Mágico de Oz, em cartaz no Teatro João

Caetano, no Centro do Rio de Janeiro, destaca a produção brasileira

como uma das maiores de sua história. Escrito há mais de um século por

L. Frank Baum, o musical ganhou fama com o célebre filme estrelado por

Judy Garland, em 1939, material que serviu de base para a única

adaptação autorizada para o teatro.

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um furacão, ao ser levada para omundo dos Munchinks) que foibastante trabalhada em grupo. Nes-te momento, o cenário e a constru-ção giram, fundindo com a proje-ção, na hora em que o tornado levaa casa embora”, diz. “Desde o prin-cípio, o som precisava reproduzir otornado como se a plateia estivessejunto com a personagem na casa.Daí, a alternativa foi utilizar um sis-tema surround, uma vez que, apenasna montagem brasileira, o vento vi-rou personagem, acompanhando atrama desde o princípio”, explica.

Quase no final do espetáculo épossível notar, novamente, o sur-round, quando Dorothy está vol-tando do transe e diversas frasesemblemáticas dos personagensvêm à sua cabeça, dando a impres-são de giro.Claret explana que são, especifica-mente, dois os sistemas de áudioutilizados no PA do musical: ocentral, composto por 2 caixas K-Array modelo KH-4, e o do restan-te do teatro, que é sonorizado com36 caixas FZ Áudio, modelos FZ102HPA, FZ 102A, FZ 108A, FZ205A, FZ 218A – incluindo osefeitos de surround e os retornosde elenco e orquestra. “Nas mesas,trabalhamos com duas M7CL-ES euma DM1000 da Yamaha. Temosainda um sistema de cue para dis-parar todos os efeitos sonoros (cer-ca de 30 efeitos no total) e um sis-tema de microfones sem fio com42 canais em UHF para servir atodo o elenco, incluindo os siste-

mas de backup, sendo que nos ato-res principais eu coloco dois mi-crofones e dois sistemas de trans-missão”, afirma.“A orquestra é captada por micro-fones DPA, Shure e Sennheiser. OsDPAs são usados em todas as cor-das, em algumas percussões e nossopros. Os modelos são: DPA 4099,DPA 4080, DPA 4061 e DPA 4028.Além desses, temos 04 Sennheisermodelos MK1, MD 421 e ME 604,na bateria e nas percussões, além deum SM91 e 04 SM57; e 01 RE27 nossopros”, reforça Claret.O teatro tem capacidade para cer-ca de 1200 pessoas, e o palco tem20 metros de largura por 15 metrosde profundidade e cerca de 5 me-tros de proscênio. O fosso da or-questra tem cerca de 10 metros delargura por 4,5 metros de profundi-dade. O designer de som garanteque em todos os seus projetos ‘oobjetivo está em sonorizar 100%da plateia com a menor diferença

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possível, do ponto de vista da pressãosonora, equilíbrio e resposta de fre-qüência’. “Essa talvez seja a parte maisdifícil do profissional, devido à falta deestrutura dos teatros brasileiros no quediz respeito às possibilidades de fixaçãodas caixas e da passagem dos cabos”, al-fineta Claret, que trabalha em musicaisdesde 2001, entre eles Sweet Charity,Sete – o Musical, My Fair Lady e Hair.“Outra coisa que acho fundamentalpara o sucesso do sistema é os operado-res não ficarem dentro das cabines du-rante a peça. Eles precisam ouvir exata-mente o que o público ouve e por essemotivo tem que estar na plateia. Entre-

tanto, entende-se que, para fazer isso, segera um problema de infraestrutura, eaté de custo para a produção, já que nor-malmente a solução é bloquearmos al-gumas poltronas do teatro para montaro controle de áudio”, comenta.Ainda de acordo com Claret, não existelinha tênue entre operar o som de showao vivo e de um musical. “Num show épossível que o operador deixe a mesasolta. Contudo, isso não é possível emmusicais. Se deixar, por exemplo, maisde três canais abertos simultaneamente,com certeza, haverá algum problema. Aatenção é redobrada e exige-se um co-nhecimento sobre o roteiro do espetá-”

“ No show,

normalmente, as

coisas são mais

suaves. No O

Mágico de Oz, um

operador só não dá

conta de tudo. São

42 canais de

orquestra, um total

de cinco

profissionais no

áudio (Claret)

Carlos Esteves também é técnico de PA do espetáculo

Duas Yamahas M7CL são usadas para o musical

Thalita Kuroda opera o PA

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culo, pois cada fala tem uma opera-ção de ‘abre e fecha’ microfone. Noshow, normalmente, as coisas sãomais suaves. No O Mágico de Oz, umoperador só não dá conta de tudo.São 42 canais de orquestra, um totalde cinco profissionais no áudio, foraa parte de montagem”, informa.

ILUMINAÇÃOCom projeto idealizado pelo lighting

designer Paulo César Medeiros, ailuminação do espetáculo faz jus àsmontagens de Möeller e Botelho, jáque, segundo o profissional, a ma-neira de chegar ao resultado final

foi deixar a imaginação solta,ousando na utilização de co-res, sem ter nenhuma preocu-pação realista. “Acho que aprincipal característica dessaluz é a relação entre a utiliza-ção de luzes sépias e tons deâmbar nas cenas da fazendaem contraste com um uni-verso extremamente colo-rido do sonho vivido porDorothy”, observa Paulo,que trabalha há mais de 20anos com a dupla.“A ideia era criar um univer-so lisérgico para essa viagem

Momento em que Dorothy encontra a Bruxa do Oeste

Lucio Bragança - Operador de Iluminação Pearl 2010 comanda 18 movings (ao lado)

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História

Dorothy, uma menina sonhadora, vê-se em

sérios apuros quando descobre que seu

cãozinho Totó corre grande risco de virar sa-

bão. Resolve então fugir e, durante a fuga,

bate com a cabeça e desmaia. A partir daí,

começa uma fantástica viagem por um mundo

encantado chamado Terra de OZ, onde tudo é

perfeito e maravilhoso. Lá, Dorothy se encon-

tra com a Bruxa do Oeste, uma maquiavélica

vilã, e quando tudo parece estar perdido, é

salva por Glinda, a Bruxa Boa do Norte, que

após salvá-la, a presenteia com um par de sa-

patos de rubi (mágicos), aconselhando-a se-

guir pela estrada de tijolos amarelos para che-

gar ao Castelo de Cristal e, assim, pedir ao

Mágico de Oz que a ajude a voltar para casa.

Pelo caminho, a adorável garotinha conhece

três amigos, o Espantalho, o Homem de Lata e

o Leão Covarde que, juntos, vivem uma gran-

de aventura.

que, na verdade, era uma viagem interiorda personagem. Nisso, a iluminaçãotem realmente um papel de maior im-portância. A cena do tornado, sem dú-vida, nos deu muito trabalho, pois era

uma mistura de ‘ação ao vivo’ com‘ações gravadas’ e reproduzidas emvídeo”, relata.Paulo afirma ainda que toda a estruturade iluminação demorou uma semana

Fosso da orquestra tem cerca de dez metros de profundidade Gabriel Murray - responsável pelos microfones

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para ser erguida, além de outras três semanas para fazerajustes, durante os ensaios. Sete profissionais estiveramenvolvidos neste setor. “O maior desafio foi a organizaçãodo cronograma de trabalho. Tudo foi preparado com bas-tante antecedência, mas quando todas as equipes entramjuntas no Teatro é necessária muita concentração para queninguém atrapalhe o serviço de ninguém”, coloca.O lighting designer utiliza 100 pares 64 F2/F5, 30 Ribaltas deLED RGBW, 18 moving lights com lp. 700W e sistemaCMY, 30 Elipsoidais ETC de 26 graus, além de 4 canhõesHMI 1200W.Ao comparar o trabalho realizado em musicais aos deshows ao vivo, Paulo é pragmático e explica que se trata deuniversos complementares, mas bem distintos. “Os showsexigem dos iluminadores a capacidade de concretizar a de-licadeza ou a subjetividade de uma música através de umdesenho de luz livre, que lide com o artista de uma formacomplementar, ampliando os movimentos e as caracterís-ticas singulares de cada música. No teatro, lidamos basica-mente com a linguagem escolhida pelo encenador. A par-tir disto, entram todos os envolvidos na criação”, infere.“Acho que temos aqui no Brasil todos os recursos técnicospara reproduzir uma luz da Broadway, mas não temos aindauma disponibilidade das produções para realizar isso. Faze-mos bonito, mas com muito menos equipamentos. Consi-dero-me um estudioso desse universo e dessa história queainda está sendo escrita”, fala.

Sistema de microfone sem fio com 42 canais em UHF serve a todo o elenco

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Revisão técnica:

José Anselmo “Paulista”

sabido que a maior parte dos músicosnão gosta de ser incomodada com isso

e que, por vezes, devido à programação doevento em questão, que às vezes é um festi-val, evento corporativo e não somente umshow, e aos horários que devem ser cumpri-dos, a passagem de som convencional aca-ba não sendo a melhor opção. Neste caso, ocheckline por meio do virtual soundcheck(multitrack), pode ser a ‘luz no fim do tú-nel’. Apesar de ser uma prática ainda inci-piente no Brasil, o virtual soundcheck trata-se, basicamente, da substituição da banda

É ao vivo por uma cópia virtual das cenas dosinstrumentos. Ou seja, da mesma formaque se usam os canais de áudio separadospara gravar e remixar um show, simula-se apassagem de som humana, promovendoajustes e correções na gravação dos canaisem questão, diretamente na mesa, inseri-dos na mix original.A chave para o soundcheck virtual está nacaptação dos sons o mais próximo possí-vel do som natural dos instrumentos,usando os sinais de microfones e linhasde pré-faders, antes de qualquer equa-

passar Passar ou Passar ou Inúmeras são as técnicas

usadas por profissionais do

áudio para realizar uma

adequada passagem de som

antes de shows ao vivo.

Atualmente, a tecnologia

avançada ajuda a aliviar a

‘dor’ das configurações

“tediosas” nos

soundchecks, que alguns

acham ser, bem como dá

rapidez a

este processo.

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o som? não não

lização e dinâmica. Todavia, é im-portante ressaltar que este tipode gravação em multipistas, feito damesa de PA, não é exclusividadedos consoles digitais. Pode ser feitono mundo analógico também, ape-sar de mais trabalhoso.

EXPERIÊNCIASDe acordo com o engenheiro de áudiode João Bosco, Jackson Marques, a uti-lização do virtual soundcheck, no PA, émais propícia a bandas do segmen-

to pop/rock, já que o gênero usa bas-tante compressão, gate e tem umprocessamento de plug-ins paracada canal. “A meu ver, no monitoré pouco producente. Hoje em dia,quase todo mundo usa fone, e acena gravada vai soar diferente delugar para lugar. A diferença desensibilidade do SPL é equivalenteao som de uma bateria, por exem-plo, num soundcheck de ginásio,para um show de teatro. No PA dápara fazer melhor o alinhamento,através do fone. Você sente essa di-ferença”, relata.Marques explica que usa pouco ovirtual com João Bosco, e que geral-

mente deixa a cena gravada naM7CL da Yamaha e vai fa-zendo os ajustes conforme asnecessidades. “O João gostade passar o som. Vê isso co-mo um exercício pessoal.Seu trabalho é mais orgâ-nico. Para ter uma ideia,ele usa um AKG-414 noviolão. As dinâmicas sãona mão da banda, elesmesmos não gostam decompressão. Por isso,sempre acho que, na

medida do possível, o artista devapassar o som. Cada ambiente impõedeterminadas situações. O João temum entendimento sobre isso e sabecomo tocar em cada local”, completa.Além destas questões, Jackson,que antes trabalhava com Ana Ca-rolina, explana a dificuldade de tercondições em utilizar a técnica dovirtual soundcheck na estrada, jáque, segundo ele, a maioria das loca-doras de som não tem os equipa-

Em festivais, Alexandre faz uso do virtual, mas diz que o segredo

está no alinhamento do PA

O técnico de João Bosco, Jackson Marques, usa pouco o virtual soundcheck

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mentos necessários para reproduzir oscanais pré-gravados. “Em turnê, parausar o virtual, a empresa tem que dispo-nibilizar uma Digidesign, por exemplo,com número ‘xis’ de DSPs para reprodu-ção das pistas gravadas. Não basta dar‘play’ na gravação e ‘pronto’.Para o técnico de som de Lulu Santos,Alexandre Rabaço, a ferramenta do vir-tual facilita o trabalho do profissional,já que serve para checar o sistema do jei-to que ele está acostumado a trabalhar.Contudo, jamais seria capaz de substituiro músico. “No Lulu, viajo com umaDigico SD8. Como estou sempre com osistema completo, menos o PA, privile-gio o alinhamento ao invés da passagem.Para mim, é a ‘página zero’ de tudo que euvá fazer no áudio. Geralmente é a loca-dora que toma conta desta parte; entre-tanto, apesar de não ser função do técni-co, é importante dar atenção a isso. Fazmuita diferença”, opina. “Com tudo ali-nhado, tenho praticamente 60% do meutrabalho pronto. Numa ocasião de festi-

val, por exemplo, onde o tempo é curtopara passar o som, se tudo estiver alinha-do, durante o show dá para ir mexendo eajustando as sobras”, avalia.

VANTAGENS E DESVANTAGENSAcompanhando a banda NXZero, otécnico de som João “Cotô” Guarinoafirma não ser necessária a utilização datécnica do virtual para trabalhar com ogrupo, uma vez que o sistema mantém-se alinhado e o backline dos shows ésempre o mesmo. “Não tenho nem oequipamento do virtual soundcheck. Usouma Roland M300 pequena que, inclu-sive, tem condições de gravar. No casoda banda, cada músico tem seu próprioroadie que passa o som. Tem gente queusa o virtual por não ter roadie suficien-te para tocar”, afirma. “Preocupo-memuito em equilibrar o PA, mas não re-comendo mexer no processador daempresa locadora. Às vezes, você faz umajuste que pode piorar a situação. Regu-lar crossover sem instrumento é impos-sível, pode forçar o sistema e até quei-mar os componentes”, enfatiza.Ainda de acordo com Cotô, uma dasdesvantagens de se utilizar o virtualsoundcheck é o vazamento de som dopalco, pois dependendo do local doshow, as cenas gravadas podem não su-prir a necessidade do lugar. “Em qual-quer trabalho, você tem a reprodução doque foi executado na mão do músico. Sevocê está numa feira e não consegue ou-vir o som do palco ‘cru’, o ideal é equili-

Cotô Guarino não usa o virtual soundcheck para o NX Zero

Ronaldo Lima: virtual otimiza seu tempo de trabalho

“No Lulu, viajo com

uma Digico SD8.

Como estou sempre

com o sistema

completo, menos o

PA, privilegio o

alinhamento ao

invés da passagem

(Alexandre

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brar os timbres com a referência doPA, somando os sons das cenas,para reforçar o volume da pegada edar pressão sonora. Certamente,numa casa de shows menor, deveráajustar os timbres, pois haverámuita coisa sobrando. Por isso, senão for possível levar um monitor,acho extremamente importante autilização de um fone de referên-cia”, explica.Técnico de áudio da turnê em come-moração aos 50 anos de Milton Nas-cimento, Ronaldo Lima afirma utili-zar a técnica do virtual soundcheck emtodos os shows do cantor. Ele diz quea alternativa economiza cerca deduas horas de seu trabalho. “Tenhousado uma Digidesign com placaHDX da DShow. Dou play pelo ProTools e tenho todos os canais saindo,conforme o input list. Claro que oideal é levar todos os microfones quegravaram as cenas, para se obter omesmo som e deixar as únicas altera-ções vigentes por conta da acústicade cada local”, frisa.De acordo com Ronaldo, um dos pro-blemas da passagem de som com osmúsicos é a mudança de ‘pegada’ paraa da hora do show. “Na passagem desom, existem diversos fatores negati-vos envolvidos, como o cansaço domúsico etc. E, é aquilo: ele sempretoca mais suave. Na emoção do show,tudo muda. Por isso, acho fundamen-tal não passar instrumentos indivi-dualmente. O show é da banda tocan-do junto”, opina o técnico que traba-lha há 32 anos no ramo.Outro profissional que tambémutiliza e aprova o virtual soundcheck

é o técnico de som freelancer TiagoBorges. Ele expõe que tem atendi-do diversas bandas cujo cantor nãopassa o som – fator que lhe possibi-lita dar maior atenção aos músicos.“No PA tenho condições de fazertestes que seriam desgastantespara os músicos ficarem repetindoaté o ajuste final. Muitas vezes du-plico a cena, faço a monitoração

por fone e corto o áudio que vaipara o processador”, comenta.Tiago trabalha com uma M-AudioLightbridge e duas My16-AT parausar junto aos consoles Yamaha quefazem o soundcheck virtual. “Defi-no os canais que quero gravar(sempre em PRE e por DirectOut).Se ultrapassar 32 canais de inputlist, verifico se será necessário agravação de um segundo projetopara os demais canais. Por fim,confiro as vias e todas as entradas”,analisa. “No PA, fico livre para fa-zer a meu modo. No monitor, sem-pre que dá, monto uma lista do queo músico gosta em sua via e me adi-anto com o editor offline da con-sole em uma pré-mixagem de en-dereçamento. Vários profissionaisque conheço e que fazem uso domesmo processo, aprovam a utili-zação”, assegura.Para Kalunga, técnico de PA deIvete Sangalo, o virtual soundcheck

possibilita uma gama de possibili-dades, dentre elas testar a realidade.“É como se fosse o músico tocandopara você pelo tempo que você qui-ser. Você pode fazer uns ajustes finosque não poderia fazer porque o mú-sico chega tarde ou porque tem queabrir os portões do lugar. As possibi-lidades que o virtual soundcheckoferece ao técnico de som são infini-tas”, diz. “Eu gravo o track da Ivetepara tocar no PA, daí eu timbro oPA, e timbro a voz dela na hora emque ela estiver cantando, porque ovirtual simula uma situação real. Eutenho os mesmos microfones, a mes-ma cantora, uso os mesmos plug-ins,a mesma mesa, então eu posso utili-zar isso para tirar o maior proveito,fazendo um som melhor. É como sevocê estivesse em um estúdio e omúsico estivesse o tempo todo to-cando para você, daí você pode fazerajustes de delay, de reverb, ajuste demicrofone”, explica.

Outras opções

O técnico de som hoje em dia possui

uma gama de opções tanto de marca

quanto de preço na hora de escolher o

virtual soundcheck.

Para Reprodução de Playback / Pas-

sagem de Som, por exemplo, o R-

1000, da Roland, pode ser utilizado

como sistema de playback multicanal

com 48 canais, para apresentações e

produções ao vivo. Utilizando o benefí-

cio do áudio bidirecional via REAC, o R-

1000 pode ser conectado entre o V-

Mixer e o Digital Snake para efetuar

passagem de som “virtual”. O R-1000

pode facilmente voltar todos os 48 ca-

nais abertos para os 48 canais da con-

sole digital M-480, inclusive simulando e

compensando o pré-amplificador da

console dando ainda mais precisão na

transição da passagem de som virtual

para a banda real.

Já para um sistema de Gravação e Re-

produção ao Vivo (MADI), utilizando o

R-1000 com S-MADI Bridge você pode

ter um sistema de gravação/reprodu-

ção em 40 canais com qualquer console

digital que possua conexão MADI. Use

duas unidades S-MADI para gravar/re-

produzir até 48 canais. Isso possibilita a

passagem de som virtual em qualquer

console que possua opcionais MADI

(utilizando 2 S-MADI e 2 R-1000 é possí-

vel passagem de som de 64 canais tan-

to MADI óptico como BNC).

Kalunga grava os tracks de Ivete Sangalo para tocar no PA

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cena é comum: a família está nasala vendo a novela ou o jornal. O

programa é cortado para o intervalo co-mercial. Poucos segundos depois, al-

guém logo fala:- Abaixa a televisão, por favor?

Acabam os comerciais e entra o blocodo programa com o volume baixinho –

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

Revisão técnica:

José Anselmo “Paulista”

A

VolumeVolumedo comercial x volumeda programação:o controle do Loudness

pelo menos em relação ao intervalo co-

mercial - e lá vai de novo o telespec-tador mexer no volume da TV, desta vez

para aumentar.A novidade é que, desde o dia 11 de ju-

lho de 2012, entrou em vigor uma Por-taria (354) que, finalmente, regulamen-

ta a variação de volume dos comerciais

Lei estabelece

padrão para a

variação de volume

entre comerciais e a

programação das

emissoras.

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em relação à programação – ochamado Controle de Loudness.

De acordo com esta portaria, o li-mite da variação não poderá pas-

sar de 2 dB. A fiscalização seráfeita por meio de análise de amos-

tras de áudio da programação di-ária com as transições de um blo-

co de programa para o intervalocomercial. A punição para a emis-

sora que descumprir a portariapode chegar até à interrupção

temporária do sinal.

LEI É DE 2001A lei 10.222 já estabelecia a fiscali-

zação e punição da chamada “eleva-ção injustificável de volume nos in-

tervalos comerciais”. No entanto,na época em que foi assinada, não

existia ainda nada que pudesse ser-vir de base para a aplicação dela.

“Não havia critérios técnicos sóli-dos nem instrumentos de medição

adequados para regulamentar essalei. Essa falta de critérios precisos

não foi um problema enfrentado sópelo Brasil, mas um problema mun-

dial. Tanto que, até hoje, somenteEstados Unidos e Brasil consegui-

ram regulamentar a questão”, res-salta o diretor do Departamento de

Acompanhamento e Avaliação daSecretaria de Serviços de Comuni-

cação Eletrônica do Ministério das

Comunicações, Octavio Pieranti.Apenas em 2006 foi publicada a

primeira recomendação técnicainternacional sobre o assunto. A

União Internacional de Telecomu-nicações (International Teleco-

munication Union - ITU na siglaem inglês), agência da Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU)dedicada às tecnologias da comuni-

cação, publicou a ITU-R BS 1770.

Foi quando começaram a surgirequipamentos dedicados ao con-

trole de loudness.

GRUPO DE TRABALHOEm 2009, o Ministério Público Fe-

deral moveu uma ação cobrando daAgência Nacional de Telecomuni-

cações (Anatel) a fiscalização dasemissoras a partir da lei 10.222. A

pedido da Anatel, formou-se, en-tão, o Grupo de Trabalho de Loud-

ness da Sociedade Brasileira de En-genheiros de TV (SET), com a par-

ticipação das principais emissorasde televisão (cabeças-de-rede), e

do Ministério das Comunicações.O resultado do trabalho foi apre-

sentado em outubro de 2011. Era aproposta de regulamentação da lei

10.222, de 2001, tendo como base arecomendação R-128, da European

Broadcast Union (EBU). A reco-mendação foi usada na Portaria

354, que regulamenta a lei de 2001.A fiscalização efetiva tem um pra-

zo até julho de 2013 para aconte-cer. Para propor os mecanismos de

fiscalização, deve ser formado umgrupo de trabalho técnico no Mi-

nistério das Comunicações.

LOUDNESSEntre os profissionais que partici-

param do grupo de trabalho da SET,estavam o gerente de Engenharia

do SBT Alexandre Sano, que tam-bém é vice-diretor de tecnologia da

SET e coordenador do grupo de tra-

balho, e Luiz Fausto, engenheiro desuporte a sistemas de áudio e comu-

nicação da TV Globo e membro docomitê de Diretoria Regional Su-

deste da SET, que também partici-pou do grupo de trabalho.

Luiz Fausto explica que “Loudness éa percepção subjetiva de intensidade

sonora”. Segundo ele, o conceitonão se aplica apenas ao áudio de TV,

e sim, “a qualquer avaliação subjeti-va de intensidade sonora, indepen-

dente da mídia utilizada”.A percepção de que o nível dos co-

merciais é mais alta se deve à formacomo se faz o processamento de

áudio nos comerciais. “Em geral, uti-liza-se, no áudio dos comerciais,

muito processamento de dinâmica -compressores e limitadores - o que

permite que eles possuam nível mé-dio mais alto, com “makeup gain”,

para o mesmo nível de pico. Tradici-onalmente, em televisão ajustava-se

o áudio de programas e comerciaispelo pico, para evitar exceder o nível

máximo de modulação da transmis-são”, coloca Fausto.

Em 2009, o Ministério PúblicoFederal moveu uma ação cobrando daAgência Nacional de Telecomunicações(Anatel) a fiscalização das emissoras

““

Luiz Fausto

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DIFICULDADES TÉCNICASPara um leigo, pode parecer que basta

abaixar um “botão de volume” dos co-merciais na emissora para resolver o

problema. Mas não é bem assim. “Existeum grande trabalho a ser feito pelas

emissoras. Inicialmente devemos pro-ver medidores de loudness por toda ca-

deia de produção e treinar os profissio-nais envolvidos no processo. Além dis-

so, devemos ter processadores de loud-ness capazes de corrigir eventuais des-

níveis de áudio dentro da programaçãodas emissoras. O trabalho de capa-

citação se mostra bastante importantepara que a qualidade não seja ainda mais

prejudicada”, ressalta Alexandre Sano.Alexandre também tem ressalvas ao li-

mite de 2dB imposto pela portaria. “Anossa proposta era permitir a variação

de mais ou menos 3dB no valor médiode loudness (-23LUFS), pelo fato desta

variação não causar incômodo ao teles-pectador. De fato, teremos dificuldades

em controlar as variações de 2dB, prin-cipalmente em programas ao vivo. Para

atender a esta determinação do Gover-no, poderemos ter uma sensível perda

de qualidade no áudio transmitido pe-las emissoras”, explica.

PRAZO CURTOPara o Ministério das Comunicações, éimportante que as emissoras assumam

um diálogo com toda a cadeia de produ-ção dos comerciais no que diz respeito

ao áudio. “O Ministério das Comunica-ções entende que há muitos fatores

“De fato, teremos

dificuldades em

controlar as

variações de 2dB,

principalmente em

programas ao vivo.

Para atender a esta

determinação do

Governo,

poderemos ter uma

sensível perda de

qualidade no áudio

transmitido pelas

emissoras

(Alexandre Sano)

envolvidos na elevação injustificada doáudio. Muitas vezes isso está ligado a uma

impossibilidade de controle por partedas próprias emissoras, principalmente

no caso das de pequeno porte. Muitas ve-zes está ligado à própria fonte do áudio, a

uma iniciativa proposital de aumentar ovolume na publicidade, para chamar a

atenção do telespectador. Isso muitas ve-zes vem da própria agência de publicida-

de. A questão envolve toda uma cadeiaque o Ministério não regula, mas que cer-

tamente vai ser impactada por essa medi-da. Cabe às emissoras fazerem um diálogo

com as agências, porque, afinal, as emis-soras são as responsáveis pelo que vai ao

ar”, diz Octavio Pieranti.

PEQUENASFalando em emissoras de pequeno porte,

Luiz Fausto ressalta as dificuldades que asemissoras de cidades do interior podem

ter. “As afiliadas das redes de televisão si-tuadas em cidades pequenas terão especi-

al dificuldade para adquirir a tecnologianecessária, especialmente no prazo de

apenas um ano”, diz o engenheiro, refor-çado por Alexandre Sano. “Acho impor-

tante destacar que as sanções impostaspela lei são muito severas, fato que põe

em risco o negócio das emissoras de tele-visão. Não existe nada parecido com a

suspensão das atividades por 30 dias! Oprazo de 12 meses imposto pelo governo

se mostra bastante curto, se considerar-mos a quantidade de emissoras em todo o

território nacional”, pondera o vice-di-retor de tecnologia da SET.

Alexandre Sano

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antendo o compromisso de dis-tanciar seu público consumidor

da obsolescência planejada, a Korg nãoparou de disponibilizar atualizações

M

para o sistema operacional e para a bi-blioteca de timbres do Kronos neste

pouco mais de um ano da sua existência,levando o mercado a se questionar se

havia algo de novo a ser criado em umequipamento tão completo.

Em julho de 2012, a Korg volta a surpre-ender a todos com o Kronos X, uma ver-

são remodelada desse equipamento que,entre as novidades, passa a oferecer 2GB

de memória (PCM – RAM), permitin-

XXKRONOSKRONOSDESVENDANDO O “X” DA QUESTÃO

No início de 2011, a Korg lança o Kronos, uma wokstation que logo veio a se

consagrar como um dos mais poderosos equipamentos musicais em sua categoria,

capaz de exceder as expectativas dos músicos contemporâneos mais exigentes, seja ele

utilizado em apresentações ao vivo, em um ambiente de estúdio, ou como ferramenta

nas mãos dos sound designers que procuram um sintetizador definitivo.

Luciano Freitas é técnico de

áudio da Pro Studio americana

com formação em ‘full mas-

tering’ e piano erudito

Page 79: Backstage - Edição 214

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do carregar maior quantidade de timbres de uma única

vez em seu sampler, e um rápido Solid State Disk – SSD de62 GB, oferecendo suporte às mais pesadas bibliotecas de

timbres do mercado. Apropriadamente, a nomenclatura“X” indica esse potencial de expansão, um mundo prati-

camente ilimitado, fonte inesgotável de possibilidadessonoras. O Kronos X é um marco na evolução dos

sintetizadores e workstations da Korg. Com nove diferen-tes motores sonoros trabalhando em perfeita harmonia,

cada qual proporcionando as melhores técnicas de cria-ção de sons em sua categoria, este instrumento permite

aos músicos resgatar os timbres clássicos que consagra-ram o legado da Korg, além de desfrutar de novíssimos

timbres, muitos deles, até então, impossíveis de seremproduzidos em um único equipamento.

Com sua tecnologia de alocação dinâmica de vozes quepermite a otimização da polifonia, somada ao recurso

Smooth Sound Transition (elimina os cortes e alteraçõessonoras indesejáveis na mudança dos timbres ou na

mudança do modo de operação, de monotimbral paramultitimbral e vice-versa), o usuário pode desfrutardas melhores características de cada um dos seus nove

distintos geradores sonoros (sintetizadores):

SGX1 – Premium Piano: gerador sonoro responsávelpelos timbres de piano acústico. Graças à tecnologia

Virtual Memory Technology – VMT, a qual permite repro-duzir amostras de áudio (samplers) diretamente do seu

Solid State Disk – SSD, os engenheiros da Korg puderamcapturar amostras de áudio com o decaimento natural

(sem loops), com oito diferentes níveis de intensidade(layers) para cada tecla, de dois entre os mais exóticos

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pianos existen-tes atualmente: um

Steinway & Sons modeloD e um Yamaha modelo C5.

Toda a atenção na reprodução de de-talhes como a ressonância do corpo do

piano, ruídos mecânicos próprios dequando as teclas e pedais são pressiona-

dos e soltos, preservaram o alto nível derealismo nestes timbres.

EP1 – MDS Electric Piano: gerador so-

noro que reproduz a sonoridade de seisconsagrados pianos elétricos (entre eles

Rhodes Mark I, II, V). Com a novatecnologia proprietária Multi Dimen-

sional Synthesis – MDS, a Korg eliminou afalta de naturalidade existente na transi-

ção entre as camadas (layers) das amos-tras de áudio (samplers) que compõem

cada timbre. Esta tecnologia permiteainda ao usuário, total controle sobre os

elementos essenciais desses instrumen-tos eletromecânicos, além de proporcio-

nar realísticas simulações de amplifica-dores, caixas acústicas, alto-falantes e

diversos efeitos vintages que dão a essesinstrumentos tão distinta sonoridade.

CX3 – Tonewheel Organ: gerador que

utiliza a tecnologia do equipamento quelhe empresta o nome (lançado original-

mente em 1980 e reeditado em 2000)para a precisa reprodução da sonoridade

dos lendários órgãos

de drawbars. Com a aten-ção a detalhes que lhe per-

mitem simular o “calor” das válvulasdos amplificadores e efeitos como cho-

rus, vibrato e caixas acústicas com alto-falantes rotativos, entre outros, a Korg

ainda disponibiliza ao usuário o exclusi-vo modo de operação EX (expandable), o

qual dobra para 18 o número de draw-

bars, possibilitando experiência inédita

na criação de novos sons.

MOD7 – Waveshaping VPM Synthe-

sizer: gerador que combina a síntese

Variable Phase Modulation – VPM, wave-

shaping, ring modulation, samplers e síntese

subtrativa para recriar a sonoridade queconsagrou a linha de teclados DX da

Yamaha (síntese FM).

AL1, MS-20EX & PolysixEX Analog

Synthesizers – são os três geradores so-

noros responsáveis pela recriação dossons de sintetizadores analógicos. O

AL1 utiliza a mesma modelagem físicaempregada na workstation Oasys (Open

Architecture Synthesis), capaz de recri-ar todo o poder sonoro dos principais

sintetizadores analógicos que marca-ram época. Por meio da síntese Com-

ponent Modeling Technology – CMT, ogerador sonoro MS-20EX reproduz

polifonicamente toda a magia do MS-20, famoso sintetizador monofônico

semi-modular lançado no final da dé-cada de 1970, o qual possui sonorida-

de marcante graças à agressividadedos seus filtros. Já o gerador PolysixEX

permite ao músico resgatar toda a sono-ridade do Polysix, instrumento que pos-

“O AL1 utiliza a

mesma

modelagem física

empregada na

workstation

Oasys (Open

Architecture

Synthesis),

capaz de recriar

todo o poder

sonoro dos

principais

sintetizadores

analógicos que

marcaram época

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sui timbres (principalmente stringse pads) presentes na grande maio-

ria das obras discográficas lançadasna década de 1980.

STR1 – Plucked String Synthe-

sizer: gerador sonoro que utilizamodelagem física para recriar tim-

bres de guitarras elétricas e acústi-cas, violões, cravos, clavinetes, har-

pas e instrumentos étnicos com ní-vel de expressividade dificilmente

encontrado em geradores baseadosem síntese PCM.

HD1 – High Definition Syn-

thesizer: gerador sonoro responsávelpela biblioteca de timbres que utili-

zam amostras de áudio (samplers).Ao invés de utilizar a memória inter-

na do instrumento, a Korg preferiuarmazenar essas amostras de áudio

em um Solid State Disk – SSD de

alta velocidade, permitindo aces-sar timbres que possuem mais de 1

GB de informações. Dos timbresorquestrais aos presentes na músi-

ca eletrônica, esse gerador abrangepraticamente todos os sons essen-

ciais das mais diferentes culturasmusicais espalhadas pelo planeta.

Além da síntese Virtual Memory

Technology – VMT, esse gerador ainda

conta com as tecnologias Wave Se-

quencing (a qual dispara uma série de

diferentes amostras sonoras aleatori-amente, criando timbres rítmicos

complexos) e Ambient Drums (doiskits de bateria acústica amostrados

com três diferentes posicionamentosde microfones, proporcionando a cri-

ação de partes rítmicas com incrívelnível de detalhamento).

Vale ressaltar que no processo de pro-dução dos timbres do Kronos X, a

Korg contou com a contribuição deum exigente time de sound designers e

músicos, entre eles: Jordan Rudess,Herbie Hancock e George Duke, os

quais empregaram seu tempo, energiae audição crítica para tirar a melhor

sonoridade possível deste instrumen-to. O usuário também pode facilmen-

te criar novos timbres em um compu-tador com o auxílio do Kronos Editor,

disponível em modo autônomo e emformato de plug-in (permite carregá-lo

em uma DAW).

Aos que desejam trabalhar com pro-

dução musical, o Kronos X vem equi-pado com um sequenciador de 16 pis-

tas para informações midi e 16 pistas

para gravação de áudio (amostragemem até 48kHz/24Bits – gravação de até

4 pistas simultâneas). Sua seção deprocessamento de sinal digital (DSP)

possibilita o uso simultâneo de 16efeitos estéreos (185 tipos de efeitos

com 783 presets), sendo: 12 inseridosem um único ou em vários timbres nos

modos Program e Combination ou emuma única ou em várias pistas no

modo sequenciador; 2 endereçadosaos sends 1 e 2 (master effects) e 2 apli-

cados em todas as pistas no estágio fi-nal de produção (total effects). O usuário

ainda conta com um equalizador de 3bandas para cada timbre e para cada

O usuário também podefacilmente criar novos timbres emum computador com o auxílio doKronos Editor

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Para saber mais

[email protected]

“ Nas

apresentações

ao vivo, a

comunicação

entre o usuário e

o equipamento

torna-se

facilitada graças

ao seu visor

colorido Touch

View de 8” (800 x

600 pixels) e ao

seu software

pista de áudio. Caso seja necessáriocarregar alguma biblioteca de tim-

bres, seu sampler (Open Sample Sys-

tem), que fica acessível em todos osmodos de operação, é compatível

com arquivos nos formatos proprie-tário (EXs Expansion Sample Series e

KRS Professional Sample Series), KA-RO Sound Library, Sound Font 2.0,

AKAI S1000/S3000, além de impor-tar e exportar Wav e Aiff. Outras

funções que merecem destaque são aDrum Track (gerador de padrões rít-

micos, com 697 padrões programadospelo baterista Ricky Lawson) e a fa-

mosa Karma (algoritmo que produzinstantaneamente frases musicais e

grooves r ítmicos sofisticados combase nas notas e acordes executados).

Nas apresentações ao vivo, a comu-nicação entre o usuário e o equipa-

mento torna-se facilitada graças aoseu visor colorido Touch View® de 8”

(800 x 600 pixels) e ao seu software(sistema operacional), responsável

por distribuir as informações de ma-neira intuitiva no visor (grande par-

te das informações é acessada comum único toque). Na seção de con-

troladores o usuário conta com 2joysticks, um controlador de fita,

dois botões de função assimilável ecom um grupo de 8 controles desli-

zantes e 8 controles giratórios que reali-zam principalmente as funções de mixer,

filtros e drawbars (esta quando usado ogerador sonoro CX3). O usuário ainda

encontrará suporte direto para tocaracordes, linhas rítmicas e melódicas

nos controladores com conexão USB

da Korg (nanoPAD, nano PAD2,padKontrol, linha microKEY etc) e

de outros fabricantes. A função SetList permite ao usuário armazenar e

chamar instantaneamente toda aconfiguração do equipamento (Pro-

gram, Combination, inclusive a músi-ca que deve ser carregada no sequen-

ciador). São 128 memórias Set Listque ficam dispostas em grupos de 16

no visor (uma codificação de cores éutilizada para facilitar a visibilidade

em locais com baixa iluminação).Disponível em versões com 61, 73 e

88 teclas (com o mecanismo RH3 -Real Weighted Hammer Action nas ver-

sões de 73 e 88 teclas, reproduzindomais resistência nas notas graves do

que nas agudas), o equipamento ain-da oferece conexões (entradas e saí-

das) de áudio balanceadas analógicas,digital SP/Dif e USB (áudio e midi),

além de possuir outros dois slots deconexão USB que permitem a comu-

nicação com dispositivos de arma-zenamento de dados (pen drives, gra-

vadores de CDs ou DVDs e HDs ex-ternos) e com adaptadores Ethernet

(possibilita a comunicação entre oequipamento e um computador em

alta velocidade).

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VARIAUDIO

o Cubase 6 e em especial no 6.5, oVariAudio ganhou upgrades no

algoritmo e como consequência umasonoridade ainda mais precisa. As fun-ções e comandos são os mesmos, porisso usaremos as figuras geradas noCubase 5, mas tudo vale para o 6 e 6.5.

VARIAUDIOO PRECISO AFINADOR

N

do Cubase 5, Cubase 6 e 6.5Marcello Dalla é enge-

nheiro, produtor mu-

sical e instrutor

Olá amigos,

Atendendo a muitos

pedidos, vamos

fazer o tutorial do

VariAudio, que é

uma ótima

ferramenta

implementada

desde o Cubase 5 e

que veio atender a

várias necessidades

de produção dentro

da plataforma, que

são: afinação de

voz e de

instrumentos

monofônicos (sax,

flauta, trumpete,

cello etc), correção

de tempo de sílabas

e frases no tempo

da música, edição

de modulações

(vibratos) e de

microtons na voz e

conversão de linhas

monofônicas em

trilhas MIDI.

Vamos ao passo a passo detalhadopara que não tenham mais dúvidas.

Temos na figura 1 uma sessão exemplocom um canal de voz. Ao clicar duas ve-zes no clip abrimos o Sample Editor davoz onde vamos abrir a função Vari-Audio à esquerda da janela. (Figura 2).

Figura 1 - Sessão

Page 87: Backstage - Edição 214

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O VariAudio funciona fazendo uma análise detalhadado arquivo, determinando seu conteúdo tonal (notasafinadas) e não tonal (consoantes, respirações) e repre-sentando graficamente estas informações. Para proces-sar esta análise basta clicar no ícone de waveform na li-nha Pitch & Warp e observar o processamento quepode variar dependendo do tamanho do arquivo anali-sado (Figura 3). Após a análise, o programa passa a mos-trar o Sample Editor do nosso arquivo de voz com ossegmentos de notas e suas alturas relativas a uma linhade piano vertical situada à esquerda da janela (Figura 4).

O VariAudio pode ter suas funções utilizadas em doismodos: Pitch & Warp e Segments.

Primeiramente, vamos ao modo Pitch & Warp exploraras possibilidades. A figura 5 mostra o que acontecequando passamos o mouse sobre uma sílaba da nossa li-nha de voz: A afinação relativa da nota em relação aoG3 absoluto é notada com uma variação de +5%. Omouse ganha o ícone de “mão” e podemos mudar a notada maneira que quisermos clicando e levando-a paraG#3 ou para F#3, por exemplo. Pode-se também refi-nar a afinação da nota em termos percentuais e corrigircom mais precisão caso seu cantor tenha escorregado naafinação ao longo de uma sílaba: desloque o cursor domouse até os cantos superiores do segmento e verifiqueque ele se torna uma seta bidirecional que permite quevocê modifique percentualmente a afinação dentro danota G3. Se você deseja mudar o ponto e fazer com que acorreção do pitch atue somente numa região, desloqueo cursor na barra superior do segmento e veja que ele setorna uma pequena barra vertical. Ao clicar, um novoponto de ancoragem é definido e a edição de micro-afinação atuará somente nessa região.Ainda dentro do modo Pitch & Warp temos recursosvaliosos para edição. Podemos mudar a duração da notaou sílaba processando cada segmento, basta posicionar

Figura 6 - MIDI input e Virtual Keyboard

Figura 2 - Sample Editor VariAudio

Figura 3 - Analise do arquivo

Figura 4 - Segmentos da linha de voz

Figura 5 - Pitch & Warp Mode

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o cursor nas extremidades inferiores e ele se torna umaseta bidirecional horizontal, clique e arraste para queseja aplicado um time stretch a cada segmento. Porexemplo, se seu cantor se empolgou e passou da medidanuma sílaba vazando a divisão de compasso, você bota ocara na linha facilmente. Da mesma forma, se ele ante-cipou muito o tempo e errou no swing da nota, você “es-tica” o cara (Figura 7). Seja para corrigir o tempo ou paradar um “tapinha” no swing da voz, essa ferramenta temuma ótima resolução e uma vasta aplicação.O botão MIDI input é aparente no modo Pitch & Warp.Ao ativá-lo, é possível entrar com a nota desejada parao(s) segmento(s) selecionado(s) por um teclado MIDIconectado ao Cubase 5 ou através do teclado virtual re-sidente no programa. Para visualizá-lo clique ALT K eele aparecerá na barra de transporte (Figura 6). Ao tocaruma nota o segmento automaticamente afina nela.No modo Segments, outras ferramentas de edição setornam disponíveis. Clique no ícone correspondenteao modo à esquerda da janela. Verifique que para sinali-zar este modo os segmentos se apresentam “hachu-rados” (traços finos na diagonal) (Figura 8).No modo Segments você pode cortar um segmento. Pas-se o mouse na barra inferior do segmento e verifique queaparece o ícone de tesoura, clique para cortar no pontodesejado. Essa ferramenta é muito útil, pois muitas vezesum segmento pode precisar de tratamentos diferenciadosde afinação e duração dependendo da região. Da mesmaforma, é possível colar segmentos pressionando a teclaALT (PC) ou Option (MAC) e surge o ícone de “cola”.Tenha cuidado, pois se edições anteriores de afinação eduração que forem feitas antes da colagem serão reverti-das aos valores originais após a colagem.

Funções adicionais no Segments Mode:- Mudar a duração do segmento (pontos de início e

final): posicione o mouse nas bordas do segmento, veja

Figura 8 - Segments Mode

Figura 9 - Curva de modulação do segmento

Figura 10 - Straighten Pitch atuando

Figura 11 - Functions, EXTRACT MIDIFigura 7 - Ajuste de duração

Page 89: Backstage - Edição 214

89

Para saber online

a seta bidirecional, clique e desloque.- Mover o segmento: posicione omouse na borda superior do segmen-to para que ele se torne uma setabidirecional. Clique e arraste.

Reparem que abaixo dos ícones de

mudança de modo temos os slidersPitch Quantize e Straighten Pitch.

Vamos a eles:Pitch Quantize – Quantiza a afina-ção do(s) segmento(s) selecionado(s)em relação à posição de semitommais próxima (para cima ou para bai-xo). Quanto mais se desloca o slider,mais próximo do semitom absoluto oáudio é quantizado, reduzindo seudesvio em microtons.Straighten Pitch – Reduz a modulaçãona afinação do segmento e torna oáudio mais linear. Exemplo prático: va-mos dizer que seu cantor se empolgouna interpretação e fez um vibrato exa-gerado fugindo demais da afinação, oumodulou demais a voz. Abrindo o slidedo Straighten Pitch você pode reduziressas modulações e aproximá-lo deuma afinação mais linear. Veja nas figu-ras 9 e 10 a representação gráfica disto.Reparem que, ao abrir o slide, a curva demodulação do segmento selecionado setorna mais linear.Uma das funções interessantes doVariAudio é o Extract MIDI. Exata-mente isso que você está pensando:transforma uma linha de voz ou ins-trumento monofônico numa trilha

MIDI com as notas, durações, in-tensidades e modulações transcri-tas. A partir dela você pode levarao Score Editor e editar e imprimira linha da melodia com as cifras ouusar para fazer um arranjo vocal oude metais na partitura; ou aindaendereçar a trilha MIDI a um ins-trumento virtual e dobrar a melo-dia da voz ou do instrumento acús-tico captado. Enfim, as possibilida-des são ilimitadas! Na figura 11,está o botão Functions/ExtractMIDI para processar e, na figura 12,temos a nossa sessão com o canalde voz, a trilha Extract MIDI resul-tante e o score da linha de voz.É isso aí, amigos. Espero ter atendi-do e que usem bastante o Vari-Audio e todas as suas possibilida-des funcionais e criativas.Abraços a todos.

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Twitter:@ateliedosom

Figura 12 - Extract Midi da voz e o score

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FLEXÍVELES 2

e todos os sintetizadores virtuaisque analisamos até agora do pacote

Logic Pro, o ES2 é o mais complexo de-les. Ele é o equivalente virtual aos anti-gos sintetizadores polifônicos baseadosem síntese subtrativa, tais como Pro-phet 5, Oberheim, Roland Jupiter 8, en-tre outros. Ainda empresta dos clássicossintetizadores digitais alguns diferenci-ais, tais como síntese vetorial e a síntesewavetable, que podem ser encontradasem alguns modelos como Korg Wave-station e Waldorf MicroWave. Muitosprodutores de música eletrônica que uti-

lizam o Logic como sua principal ferra-menta de produção concentram a cria-ção de sons no ES2, devido à sua versati-lidade, praticidade e excelente qualidadedos sons criados. Digamos que é umgrande upgrade sobre o ES1.Primeiramente, vamos relembrar umpouco sobre o fluxo da síntese subtrativae dar uma visão geral sobre o ES2: ooscilador gera a forma de onda, o filtro fazuma triagem para criar um determinadotimbre e o estágio dinâmico define o vo-lume da oscilação permanente, a formade onda filtrada. Num sintetizador aná-

D

E COMPLETOFLEXÍVELES 2

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

Vamos descobrir

o potencial do

ES2, um

sintetizador

virtual flexível e

completo.

Page 91: Backstage - Edição 214

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logo, estes três componentes são cha-mados VCO (Voltage ControlledOscillator), VCF (Voltage ControlFilter) e VCA (Voltage ControlAmplifier). Estes parâmetros sãocontrolados por voltagens: alturapelo oscilador, timbre pelo filtro evolume pelo amplificador.O ES2 possui 3 osciladores os quaispodem ser sincronizados e sobre estesaplicado ring modulation, sendotambém possível aplicar pulse-widthmodulation. O Oscilador 1 pode sermodulado em sua frequência peloOscilador 2 e é capaz de oferecer sonsno estilo da síntese FM (FrequencyModulation). Além das formas deonda análogas, os osciladores tam-bém podem fornecer 100 formas deonda de ciclo único, conhecidas como Digiwaves. Cada uma delas tem suatimbragem específica. Através damatrix modulation podem ser mi-xadas ou cruzadas, lembrando os sin-tetizadores wavetable.A matriz de modulação, tambémconhecida como Router (roteador),pode ser utilizada em conjunto comvários roteamentos de modulação.O Roteador do ES2 determina qualparâmetro é controlado por cadafonte de modulação. O conceito decombinar qualquer fonte de modu-lação com uma meta de modulaçãoé bastante antigo. O mais impor-tante deste conceito é a quantidadede metas e fontes de modulaçãoinseridas nos canais de modulação.O ES2 oferece 10 canais de rotea-mento. Dois filtros dinâmicos mul-ti-mode podem ser utilizados emparalelo ou em série e são capazes dedar o peso característico dos sonsgerados em sintetizadores análogos.O modo Unison do ES2 pode serutilizado tanto monofonica quan-to polifonicamente.Agora que temos uma ideia inicialdo ES2, vamos dividir sua janelaem 4 seções principais e conhecerum pouco cada uma delas, confor-me a Figura 1 – ES2 :

1) Osciladores

2) Filtros3) Saídas e efeitos

4) Modulação

1) OSCILADORESNa parte esquerda da janela, você en-contra os 3 osciladores e seus contro-les, assim como o triângulo na áreavazia à direita, o qual funciona como

um mixer para os 3 osciladores. OES2 inclui os principais formatos deonda e também uma wavetable.

2) FILTROSNo centro da janela, encontramos

a seção de filtros. O ES2 possui doisfiltros totalmente independentes, oque possibilita variações possíveisem sintetizadores modulares. O pa-pel dos filtros é subtrair harmônicosdos formatos originais de onda.

3) SAÍDAS E EFEITOSNesta seção à direita, temos oscontroles de volume de saída e ain-

da alguns efeitos, como distorção,chorus, flanger e phaser.

4) MODULAÇÃONesta seção temos a matriz de mo-dulação para possibilitar adicionar

Figura 1 - ES2

O mais importante deste conceito é aquantidade de metas e fontes de modulaçãoinseridas nos canais de modulação. O ES2 oferece10 canais de roteamento

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dinâmica aos sons produzidos, pois de ou-tra forma se comportariam linearmente.Temos 3 geradores de envelopes e 2 LFOs,por exemplo, na parte inferior da tela,cada um com um desenho ligeiramentediferente e para funções específicas.

CRIANDO SONS COM O ES2Vamos começar falando sobre os 3 osci-ladores. Para que você possa analisar umde cada vez, é possível ligar e desligar ososciladores, clicando sobre os números 1,2 e 3 próximos a cada um deles. Os botõesque ficam à esquerda de cada um delescontrolam o tom. Possuem ajustes para +/- 3 oitavas (+/- 36 semitons). O númeroda esquerda corresponde ao semitom e oda direita a 1/100 de semitom.Cada oscilador possui um botão para sele-cionar a forma de onda que vai criar a so-noridade desejada. Eles possuem algumascaracterísticas em comum e algumas ou-tras específicas, como veremos a seguir.

1) Oscilador 1 possui as seguintes formasde onda: Triangle, Sawtooth, Square,

Pulse e FM (Figura 2 – Oscilador 1).

A forma de onda que está como configuração

padrão Sine, na verdade esconde a Wavetable

(Figura 3 – Oscilador 1 – Wavetable) dis-

ponibilizando 99 formas de onda diferentes,

as Digiwaves.

A síntese FM (Frequency Modulation)também está disponível neste oscilador,mas entraremos em maiores detalhes emoutro momento. Ela é a síntese encontra-da em um dos sintetizadores mais famososde todos os tempos, o Yamaha DX7.

1) Osciladores 2 e 3 (Figura 4 –

Oscilador 2 e figura 5 – Oscilador 3).O Oscilador 2 possui os seguintes dife-renciais em relação ao Oscilador 1:Ring, Sync e Pulse Width.

O Oscilador 3 possui os seguintes dife-renciais em relação ao Oscilador 1:Noise, Sync e Pulse Width. Compa-rando os Osciladores 2 e 3 entre si, ve-rificamos que possuem quase tudo emcomum, além das formas de onda co-muns, e formas de onda retangulares -com controle variável de PWM (PulseWidth Modulation) e Sync -, tendocomo diferenciais o Ring e o Noise.Desta forma, os Osciladores 2 e 3 podemser sincronizados com o Oscilador 1.

Figura 3 - Wavetable Oscilador 1

Figura 2 - Oscilador

Figura 4 - Oscilador 2

Figura 5 - Oscilador 3

“O Oscilador 3

possui os

seguintes

diferenciais em

relação ao

Oscilador 1:

Noise, Sync e

Pulse Width.

Comparando os

Osciladores 2 e 3

entre si,

verificamos que

possuem quase

tudo em comum

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Para saber online

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Para deixarmos um pouco de ladoos conceitos, desligue todos oscontroles da janela do ES2, inclu-sive Filter e quaisquer outros parâ-metros. Ligue o Oscilador 1 e váexperimentando todas as possibi-lidades, sem alterar muito outrosparâmetros. Faça o mesmo com osOsciladores 2 e 3, conheça um decada vez, logicamente sem necessi-

dade de repetir os parâmetros emcomum entre eles.Tente rever os principais con-ceitos que falamos nesta maté-ria, tais como formas de onda emelhor aplicabilidade para gerarum determinado som e, mais doque nunca, pratique ouvindo asdiferentes opções dos oscila-dores. Vamos abordar aos poucos

“Para deixarmos um pouco de ladoos conceitos, desligue todos os controlesda janela do ES2, inclusive Filter equaisquer outros parâmetros“

os demais conceitos e começar atestar com criação de sons espe-cíficos. Lembre-se que este é osintetizador virtual preferido demuitos produtores. De repente,você tem uma grande ferramen-ta sem ter que despender maisgastos com outros sintetizado-res virtuais.Abraços e até a próxima edição.

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SIBE

LIUS

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RESS RELEASE OFICIALEm carta aberta, Gary Greenfield,

CEO da Avid, disse que era uma açãoestratégica para que a empresa pudes-se se concentrar mais no desenvolvi-mento de produtos profissionais. Na

P

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos de Sibelius na ProClass-RJ

mesma carta, é reafirmado o compro-metimento com seus produtos de des-taque: são eles o Pro Tools, padrão naindústria de áudio e o Media Com-poser, também padrão no mercado deedição de vídeo.

NA AVIDNA AVIDMudançasEm que isso afeta usuários

de Sibelius?

No mês de julho, a Avid,

fabricante do Sibelius,

agitou o mercado

anunciando a venda de

parte da empresa e junto

com ela, seus

funcionários e produtos.

Os setores vendidos:

M-Audio e Pinnacle,

divisões responsáveis

pela produção de

equipamentos e

softwares voltados ao

mercado semi-

profissional, ou como

costumam chamar

no exterior,

“consumer products”.

Page 95: Backstage - Edição 214

95http://www.sibelius.com/cgi-bin/helpcenter/chat/

chat.pl?com=thread&start=602525&groupid

=3&guest=1#602525

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

Para ler a carta na íntegra, acesse:

http://www.avid.com/US/press-room/

Avid-Divests-Consumer-Businesses-

and-Streamlines-Operations

Curiosamente, a carta não mencio-na o Sibelius, e assim, toda a comu-nidade de usuários de Sibelius en-trou em desespero, imaginandoque além de não ter sido vendido,também não será mais desenvolvi-do. Ou seja, o pior dos cenários.

FIM DA SEDE EM LONDRESPoucos dias depois, foi noticiado quea sede-matriz da Sibelius, localizadaem Londres foi fechada com direitoa uma demissão em massa de funcio-nários. Tudo então deu a entenderque o Sibelius seria descontinuadode uma maneira fria e amarga.

MOVIMENTO DOS USUÁRIOSEste foi o início de uma grande sagapara a comunidade de usuários doSibelius, que é muito grande e ativa.Rapidamente, uma página no Face-book foi criada com o nome de “SaveSibelius” (www.facebook.com/Save-Sibelius), e além de demonstraremindignação, usuários também come-çaram a debater ideias para pres-

sionar a Avid como, por exemplo,escrever para os membros contro-ladores através deste link http://ir.avid.com/contactBoard.cfm e co-locar disponível ao público e-mailsdiretos de funcionários da Avid comoo presidente, diretores e gerentes. Alista completa está disponível nestelink: https://www.facebook.com/Sa-veSibelius/info

CARTA DOS FUNDADORESDO SIBELIUSOs irmãos Ben & Jonathan Finn,fundadores, também se manifesta-ram publicamente pelo fórum ofi-cial do Sibelius com duas informa-ções importantes:1- Eles acompanham os resultadosde vendas e podem garantir que oSibelius continua sendo sucesso eindo muito bem e que, o fato dasede em Londres estar fechandodeve ter a ver com outros proble-mas financeiros da Avid, que nãoestão relacionados ao Sibelius.2- Ainda informam que já fizeramtudo o que puderam para evitar ofim do software, inclusive fazendopropostas de recompra da Sibelius

pelo dobro do preçopago pela Avid. Todasas ofertas foram recu-sadas pela Avid, e ape-sar de não indicaremnenhuma razão, elesassumem que os lucrosainda são substanciais.Para ler a carta dos ir-

mãos Finn na íntegra,

acesse o link (ao lado):

ÚLTIMO CONTATOLUZ NO FIM DO TÚNEL?Por último, a Avid se manifestoumais uma vez de forma escrita, destavez destinada à comunidade de usuá-rios do Sibelius e para falar exclusi-vamente da situação deste software.Na carta, Martin Kloiber, relaçõespúblicas da Avid, diz que na pri-meira carta, quando eles disseramque iriam se concentrar em pro-dutos de sua linha profissional,isto engloba o Sibelius, que é umsoftware de notação musical vol-tado ao público profissional e fazparte das áreas de concentraçãoda empresa.Sobre a notícia da sede principalda Sibelius ter sido fechada (e amaioria dos funcionários demiti-dos), a carta diz que isso apenas fazparte de uma estratégia de reorga-nização e, apesar de trazer algumimpacto aos membros da equipedesenvolvedora do Sibelius, issonão significa que eles pretendamdiminuir o seu comprometimentocom produto Sibelius.Para ler a carta na íntegra, acesse:

http://community.avid.com/blogs/avid/archive/2012/07/07/sibelius-community.aspxAté a próxima!

Sobre a notícia da sede principalda Sibelius ter sido fechada, a carta dizque isso apenas faz parte de uma estratégiade reorganização

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Melodyne reconhece os tons musi-cais nos dados de áudio e os apre-

senta na tela em uma grade de alturas etempos, como uma tela piano-roll deum sequenciador MIDI. Isto é muitomais informativo do que o tipo de exibi-ção das variações de amplitude ao longo

O de um eixo de tempo, como é oferecidopelos editores e sequenciadores típicosde áudio.Você não apenas vê quais partes de umagravação são fortes e fracas, mas tambémonde os tons começam e terminam, as-sim como a afinação de cada um. Se uma

Fo

tos: In

tern

et /

Div

ulg

ação

OUSE NA EDIÇÃO

MELODYNE

OUSE NA EDIÇÃODO ÁUDIO COM OMELODYNE

Sergio Izecksohn, músico, é dire-

tor e coordenador pedagógico da

escola de produção musical Home

Studio. www.homestudio.com.br

O editor de áudio

Melodyne permite

editar e exibir

diferentes tipos de

material de

áudio, tais como

vocais, guitarras e

pianos, ou mesmo

loops de bateria e

percussão, de uma

forma altamente

musical.

Page 97: Backstage - Edição 214

97

nota está semitonada, por exemplo,você pode arrastá-la para a afinaçãocorreta e, se ela é muito curta, vocêpode torná-la mais longa; se estámuito fraca, você pode aumentarsua intensidade e muito mais.Além de ser uma ferramenta alta-mente sensível para corrigir e oti-mizar suas gravações, ele tambémpermite alterar profundamente o ma-terial de áudio, reestruturá-lo e criaralgo novo a partir dele. O Melodynedesfruta há anos de uma excelente re-putação pela sua edição de vocais, jáque pode ser feita de uma maneiramusical e intuitiva, e é praticamenteimpossível detectar as correções deouvido. E o que funciona para voz, amais crítica das áreas, faz maravilhascom outros instrumentos.Uma vez que você tenha trabalhadopor um tempo com o Melodyne, vaiperceber que, além da correção deerros, há uma riqueza de outras apli-cações valiosas para descobrir. Co-mo exemplos, temos a criação desegundas vozes ou conjuntos intei-ros simplesmente copiando a pistaoriginal, a introdução de variaçõesmelódicas ou harmônicas quandofrases são repetidas, corrigir e con-ciliar o tempo de bateria e baixo,arrumar ritmos ou usar técnicas dequantização para alterá-los, criarquebras e variações em loops de ba-teria, manipular as característicastonais de material de todos os tiposde timbre e também os procedi-mentos-padrão, como alteração deafinação e alongamento de tempo.Com o Melodyne você pode editaro material de áudio monofônico(vocais, solos de sax, flauta), poli-fônicos (piano, guitarra, marimba)rítmico / tom indeterminado (co-mo loops de bateria, percussão, sonsdo ambiente e ruído).Direct Note Access. Com sua tec-nologia DNA, ou acesso direto à nota,o Melodyne oferece a possibilidade deintervirmos nas harmonias do materi-al de áudio polifônico, para, por exem-

plo, transformar um acorde maior emmenor. Isto é algo sem precedentes nahistória do processamento de áudio etraz nova liberdade criativa.Essas possibilidades de edição des-tinam-se a gravações de instru-mentos individuais, como uma pis-ta de piano ou guitarra. Elas são deutilidade limitada para pistas mis-tas de áudio ou mixagens inteiras,uma vez que o material não é dividi-do de acordo com o instrumento,mas de acordo com o tom das notastocadas: se dois ou mais instrumen-tos tocam a mesma nota ao mesmotempo, o Melodyne oferece umanota, que representa o som combi-nado de todos esses instrumentos.Stand-alone (avulso) ou plug-in.

Você pode usar o Melodyne comoum aplicativo avulso ou como umplug-in em qualquer hospedeirocompatível, como o SONAR ou o

Cubase. Após a instalação, vocêvai encontrar o plug-in Melodyneentre os plug-ins de efeitos deáudio de sua estação de trabalho.Transferência. Enquanto na versãoavulsa o arquivo de áudio é carrega-do para ser editado, no plug-in cadapassagem é tocada no hospedeiro (aestação de trabalho) e gravada si-multaneamente pelo Melodyne.Só então, depois de uma breve pau-sa, durante a qual o material é anali-sado, ele está pronto para edição. Oplug-in não funciona em nenhumsentido convencional, como inse-rir um efeito em tempo real.DICA: Ative o botão [Transfer]

no Melodyne, toque o trecho de-sejado da pista no hospedeiro e,

quando terminar, pare a reprodu-ção. Você pode transferir vários

trechos de diferentes partes dapista original.

Percussivo

Polifônico

Melódico

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Durante a reprodução, após uma ou vári-as transferências, essas passagens trans-feridas para o Melodyne serão tocadaspor ele próprio. Todas as outras partes dapista original serão executadas pelo pro-grama anfitrião.Detecção e algoritmos. O material deáudio deve, antes de tudo, ser analisadopelo Melodyne para que as notas pos-sam ser detectadas e depois editadas. Elepode editar material monofônico (me-lódico), toques polifônicos ou harmo-nia e material rítmico de alturas in-determinadas. É o Melodyne que de-cide, com base em sua própria análise,que tipo de material é.Você pode, no entanto, selecionar ma-nualmente um algoritmo de reprodu-ção diferente para forçar o programa areanalisar o material. Isto pode ser útilse o material foi interpretado de umamaneira que o torne inadequado paraas suas necessidades de edição. Escolhaum algoritmo diferente a partir domenu Algorithms para forçar uma rein-terpretação do material.Edição da detecção. Dependendo domaterial, pode ser necessário editar adetecção manualmente e reajustar asnotas detectadas. Isso se aplica emparticular ao material polifônico,em que harmônicos às vezes são inter-pretados como sons independentes enem todas as notas realmente tocadassão invariavelmente exibidas.Com material melódico, um tom pode,ocasionalmente, ser confundido com amesma nota uma oitava acima ou abai-xo. Antes de editar esse material, vocêprecisa ajustar estas notas corretamen-te, caso contrário artefatos tonais po-dem ser produzidos quando o materialvier a ser editado.Selecione a ferramenta Note Assignment

Tool, que fica ligeiramente à parte dasoutras, para mudar para o modo de atri-buição. Você vai ver que há bolhas sóli-das (representando notas ‘ativas’) e ocas(representando notas “potenciais”).Notas potenciais são aquelas que duran-te a detecção foram classificadas comoharmônicos de alguma nota em vez de

notas em si mesmas. Clicando duas ve-zes, agora você pode desativar as notassupérfluas e ativar notas potenciais.Com instrumentos, em particular, quegeram harmônicos fortes, pode acontecerque, ao longo de uma vasta extensão, asnotas sejam detectadas acima ou abaixoda região em que foram tocadas. Nessescasos, as ‘Venetian Blinds’ (persianas) vêm acalhar; se você não pode vê-las na partesuperior ou inferior da área de edição, rolepara cima ou para baixo até conseguir.Se você arrastar a linha grossa horizontalverticalmente, você pode alterar a ex-tensão a que o Melodyne atribui as notas.Todas as notas parcialmente ocultas pe-las persianas são automaticamente desa-tivadas, a menos que tenham antes sidoativadas manualmente.

INTERFACE DE USUÁRIOE NAVEGAÇÃO• Use a roda do mouse para rolar paracima e para baixo ou (segurando a te-cla [Shift]) à esquerda e à direita.• Pressione [Command] (ou [Ctrl], noPC) + [Alt] e arraste na área de ediçãopara aumentar ou diminuir o zoom datela horizontalmente ou verticalmente.• Pressione [Command] (ou [Ctrl],no PC) + [Alt] e use a roda do mousepara aproximar ambos os eixos simul-taneamente.• Pressione [Command] (ou [Ctrl],no PC) e clique duas vezes para au-mentar o zoom em uma bolha ou naseleção atual.• Pressione [Command] (ou [Ctrl],no PC) e dê um duplo clique no fundode edição para desfazer o zoom.• Arraste as scrollers para mover a telana horizontal ou vertical.• Arraste as extremidades da barrapara aumentar o zoom horizontalou na vertical.• Dê um duplo clique nos scrollers

para ampliar horizontalmente ouverticalmente todas as notas.

Ferramentas de edição

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Para saber online

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• O controle deslizante no cantoinferior direito regula o tamanhodas bolhas.Funções de reprodução. No Me-lodyne stand-alone, os comandoshabituais de transporte ficam na par-te superior esquerda da janela. Vocêpode friccionar através do materialna Régua e iniciar a reproduçãoclicando duas vezes no local deseja-do. O mesmo é possível, desde que ohost esteja parado, no editor Me-lodyne Plug-in. Não é possível con-trolar as funções do hospedeiro dereprodução a partir do editor Me-lodyne Plug-in.Seleção de notas. Os blobs na áreade edição podem ser selecionadosusando-se todas as técnicas padrão:clicar, [Shift]-clique, marquise / laço/ borracha, seleção de banda e outras.Além disso, o menu Edit (Edição)oferece um sub-menu com uma va-riedade de comandos de seleção.Para fazer uma seleção, utilize umadas seguintes técnicas:• Técnicas padrão, como clicar,[Shift]-clique e laçar, para selecio-nar e desmarcar notas.• [Shift]-clique e arraste o mousepara entrar no modo Snake Selec-

tion ou Seleção Serpente.• Selecione notas clicando ou arras-tando na régua de Pitch; duplo cliqueseleciona notas com o mesmo nomeem todas as oitavas, ao invés de sim-plesmente a altura clicada.• No menu Editar, você vai encon-trar o usual comando ‘Select All’ ouselecionar tudo, mas também umsub-menu com comandos de sele-ção especiais.

COPIAR E COLARO editor Melodyne lhe permitecortar, copiar e colar blobs. Se antes

de colar um blob (o blob ‘fonte’)você selecionar outro (o blob ‘al-vo’), quando você colar, o primeirovai substituir o último. Se nenhumblob for selecionado no momentoda colagem, o blob fonte será coladona posição do cursor.Se, no entanto, o blob tiver sidocompensado a partir da grade antesda cópia, ele será deslocado do cursorde reprodução após a colagem e pelamesma quantidade; se você quiserque o ponto de inserção e a posiçãodo cursor coincidam exatamente,defina a grade de Tempo ou Time

Grid para ‘segundos’ antes de colar.Macros e ferramentas. As macrosde correção de afinação e tempo(alcançadas através dos botões nocanto superior direito) podem seraplicadas a uma seleção. Se nãohouver tons selecionados, a macroem questão opera em todas as no-tas. A edição manual é feita usan-do as ferramentas na Toolbox oucaixa de ferramentas.As ferramentas são, em alguns ca-sos, sensíveis ao contexto, ofere-cendo diferentes funções quandomovidas sobre diferentes partes deum blob. Para um ajuste mais fino,segure a tecla [Alt] quando fizeralterações nos parâmetros. Vocêtambém pode abrir a caixa de fer-ramentas com o botão direito domouse na área de edição.Salvar arquivos. No Melodynestand-alone, você salva suas edi-ções como um novo arquivo deáudio no mesmo formato que o ar-quivo original, que é mantido co-mo um backup ou cópia de segu-rança. No plug-in, não é necessá-rio salvar seu trabalho manual-mente, já que isso é feito automati-camente pelo projeto do hospedei-ro. Se você quiser consolidar per-manentemente o conteúdo doMelodyne Plug-in como um arqui-vo de áudio, você deve usar a fun-ção bounce ou render de seu progra-ma de gravação.

Salvar como um arquivo MIDI.Que tal cantar um solo instrumentalem vez de tocá-lo no controladorMIDI? Depois, é só importar em umapista MIDI do sequenciador e ende-reçar para um instrumento virtual.O Melodyne permite exportar no-tas de áudio como notas MIDI.Quando isso é feito, um arquivo noformato MIDI (.mid) é criado egravado no disco rígido. Este ar-quivo pode então, por exemplo, sercarregado em sua estação de traba-lho para que você possa usá-lo paradobrar a sua voz com um som deum instrumento virtual.As notas MIDI são uma representa-ção exata das notas de áudio doMelodyne. Para cada nota de áudio,uma nota MIDI é criada com a mes-ma posição no tempo, duração e al-tura. A intensidade (velocity) de cadanota MIDI é derivada da amplitudeda nota de áudio que ela representa.A opção “Save as (Salvar como)MIDI” é alcançada a partir do menuSettings, no caso do plug-in.A geração de notas de MIDI a partirdo material de áudio oferece umariqueza de diferentes possibilidadescriativas. Tente você mesmo!Conclusões. Programa poderoso e deoperação relativamente simples, quepermite editar o áudio em muitos as-pectos não cobertos pelos editorestradicionais, muito além de um sim-ples corretor de afinações, o Me-lodyne é uma ferramenta cada vezmais obrigatória nos estúdios.

Botão de transferência do áudio

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PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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ste é um microfone dinâmico quecapta graves muito bem. Também o

utilizo para captar o som de dentro dobumbo. Ele, ao contrário da maioria dosdinâmicos, possui uma chave atenua-dora de graves rotativa de cinco posi-ções. A primeira vez que eu vi um dessesna minha frente me intriguei porqueem um extremo da chave tinha a letra“M”, e no outro extremo a letra “S”.Não sabia o que queriam dizer estas le-tras. Percebi que se girasse a chave nadireção do “S” ela ia cortando gra-dativamente os graves. Se girasse para olado oposto, os graves eram liberados.Concluí que essa chave era um low-cut(hi-pass filter), que é comumente en-contrada nos microfones condensa-dores. Só não conseguia saber o porquêdo “M” e do “S”. Achei que pudesse ser aabreviação de alguma palavra em alemão.Nessa época ainda não existia o Google e

E

Ainda na série de

opções para a bateria,

faltou falar dos tons...

Para os tons, talvez o

microfone mais

clássico de todos, e

felizmente não é um

muito caro, é o MD-

421 da Sennheiser, que

custa por volta de uns

U$ 350 (mais de R$

700) nos EUA, pois

com a carga tributária

indecente que temos,

me recuso a falar do

preço brasileiro. Seria

quase que como fazer

apologia à extorsão...

a internet era restrita a militares e a al-guns departamentos de tecnologia deuniversidades de ponta no exterior.Nunca mais parei para pensar nisso, atéque alguns anos depois fiquei sabendoque esse microfone também era bastan-te utilizado para broadcasting, em espe-cial locução de rádios FM. E o enigma do“M” e do “S” me voltou à mente quandoconstatei que os dois MD-421 de umaemissora que visitei estavam na posição“S”. Eu sabia que o “S” cortava os gra-ves, e isso é desejável para um locutor,pois assim você elimina os “puffs” e“pops” da locução. Virou questão dehonra! Eu iria descobrir o significadodas tão enigmáticas letras.Futuquei daqui e dali, acabei descobrin-do. A posição “M” (sem nenhum cortede grave) quer dizer “music” e a “S”(com o corte de grave máximo) quer di-zer “speech”. E as posições intermediá-

Estúdiodo seu

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

O tamanho

PARTE 5

Page 103: Backstage - Edição 214

103

rias não têm letras, apenas umas li-nhas marcando. Por que não colo-caram o símbolo tradicional dolow-cut como em todos os outrosmicrofones? Bem que um amigomeu, alemão, diga-se de passagem, meavisou que esses germânicos são umpovo com lógica própria. Mas fazemexcelentes microfones!Outro excelente microfone paratons é o velho-de-guerra Shure SM-57. Ele irá captar um pouco menosde graves que o MD-421, mas aindaassim soa incrivelmente bem nostons. E custa aproximadamente umterço do valor do MD-421, por voltade uns U$100 nos EUA.Assim como o MD-421, ele supor-ta uma pressão sonora muito gran-de se distorcer na cápsula. Porém,um detalhe em relação aos SM-57:prefira fixar os SM-57s em estan-tes, e não em clamps ou garras quese prendem nos tons. O motivo é

que a “cabeça”do SM-57 é presa através de pres-são. Se você girar a cabeça, ela nun-ca irá desatarraxar. Existe uma fol-ga nela que permite que ela gire,porém sem se soltar do corpo do

microfone. Aoser colocado em uma

garra ou clamp fixa-do diretamente no cor-po do tom, a vibraçãodeste é transferida para omicrofone, fazendo a ca-

beça, que tem uma folga, especial-mente nos SM-57s mais velhos,vibrar, e isso causa um ruído que seassemelha a uma distorção ou maucontato. Isso ocorre com maior

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PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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Para saber mais

[email protected]

frequência nos tons mais graves, especi-almente nos surdos (floor-tons). Casovocê não tenha estantes disponíveis,apenas clamps ou garras, isto pode sersolucionado passando-se uma fita ade-siva (pode ser crepe ou isolante) em vol-ta do ponto onde a cabeça se encontracom o corpo. De qualquer maneira, ésempre bom checar se não há vibraçãono microfone. Peça para o baterista to-car os tons, grave um trecho e depois es-cute os canais de cada tom em solo parater certeza de que o sinal está limpo.Se você está com dinheiro sobrando, umaopção seria os também velhos-de-guerraC-414 da AKG. Pode ser que seja necessá-rio atenuar no pad do microfone, pois oscondensadores são bem mais sensíveis.Se você ganhou na loteria, ou então

acha que os tons sãoa coisa mais impor-tante da história damúsica ocidental,você poderia usar osNeumman TLM-170.Esse é um microfonefantástico para se gra-var tons, e várias ou-tras coisas. O únicoproblema é o preço. Aci-ma de U$ 2 mil nos EUA,cada um deles. Sei que éfora da realidade investirde seis a dez mil dólares(se comprar no Brasil, devinte a quarenta mil reais)só para gravar tom de bate-ria. No entanto, eu tinhaque falar. Uma única vez eutive a oportunidade de gravartons com o TLM-170 e quasecaí para trás. Eu mesmo não

tenho. Quem sabe se cair um meteorode ouro no quintal da minha casa?Quase ia esquecendo: onde posicionar es-tes microfones? Bem, em algum lugar emque não atrapalhe o baterista tocar. Quan-to mais próximo da pele, mais isolamentovocê terá, porém soará menos natural. Seafastar, você consegue o oposto: mais na-tural, porém com mais vazamento das ou-tras peças. O que pode não ser um proble-ma grande se você usar gate ou limpar oscanais de tom, mutando ou deletando ostrechos onde o tom não toca. De maneirageral, eu coloco próximo da pele de 5 a 10centímetros, bem na borda do tom, poréminclinado e apontando para o centro dapele. Foi a maneira que eu achei para en-contrar um equilíbrio entre vazamento enaturalidade sem atrapalhar o baterista. Eeu também utilizo muito o som dos mi-crofones de overheads como complemen-to do som dos tons.Por falar em overheads, no mês que vemfalamos sobre eles.Abraços.

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TOUCH TOUCH

Alguns leitores devem se lembrarda Cravina, um instrumento de

touchstyle de 9 cordas que analisamosalguns anos atrás como sendo o primei-

ro do gênero no país. Porém algumas ca-racterísticas marcam a diferença deste

para aquele instrumento.A começar pela escolha de madeiras,

este instrumento não é nada comum,pois contém no total nada menos do

que cinco tipos diferentes de madeirasde alta qualidade sonora, sendo elas

Jatobá, Imbúia, Tauarí, Ipê e Canela.Este conjunto de madeiras nobres brasi-

leiras, construídas em sanduíche, adici-ona uma ótima estética ao Paschalis.

Baseado no design da Warr guitars, estemodelo possui um braço com largura

suficiente para acomodar as suas 12 cor-das, sem afetar a performance do músicocom o estresse das mãos.

Como no caso de todos os instrumentosde touchstyle, este Paschalis vem equi-

pado com um abafador na primeira casa,neste caso a parte macia de um pedaço

de velcro com largura de 2,5cm e com-

X primento de 9,5cm. Contendo 9,5 cm de

largura no capotraste e 12cm de largurana ponte, da primeira até a última corda,

escala e capotraste em Ipê rígido de34½”, 26 trastes super jumbo e marca-

ções em alumínio tornam a tocabilidadedo Paschalis guitar’n bass um prazeroso

convite ao touchstyle technique.Doze tarraxas mini 18:1 da Wilkinson fo-

ram escolhidas por sua extrema precisão,leveza e praticidade no giro. Já as cordas

são da Elixir, com jogos de 4 cordas de bai-xo elétrico .040" com jogos de guitarra

.009”. A afinação dos instrumentostouchstyle difere das afinações em baixo

ou guitarra elétrica, porém cada músicopode escolher sua própria. Portanto cabe

aqui dizer que este instrumento foi confi-gurado com afinação estilo Chapman

Stick tenor, tendo as cordas graves po-sicionadas do centro para o extremo do

braço, em quintas justas invertidas (C GD A E B) enquanto as agudas estão em

quartas justas (A D G C F Bb).Além desta combinação, o timbre fica

realçado pelos 4 pickups single coil da

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

Desta vez o artigo

escolhido é uma

análise direta de

um dos primeiros

instrumentos de

touchstyle

construído no

Brasil: o Paschalis

Touchstyle

Guitar’n Bass!

instrument

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STYLESTYLE12 cordas

Kent Armstrong CSCR Gold em ce-râmica, passivos de alto ganho. Estes

pickups possuem bobina sobreposta eque se mantêm equilibrados tanto nas

frequências agudas quanto nas médi-as. Surpreendentemente, opera na re-

gião grave com a mesma dinâmica, ecom o sistema hum canceling permite

uma execução sem os ruídos caracte-rísticos dos pickups single.

Completando a configuração eletrô-nica deste instrumento, foram insta-

lados dois pré-mplificadores ArtecSE3, que permitem controles das fre-

quências graves (+/-12db 80Hz), mé-dias (+/-12db 800Hz) e agudas (+/-

12db 4kHz) em potenciômetros sepa-rados. Também contém knobs de vo-

lume e balanço entre os captadores.Alimentados por duas

baterias de 9volts (umapara cada preamp), o

consumo de .032mAgarante incontáveis

horas de uso continuoaté mesmo com 2.2v.

A ponte Paschalis con-tém 12 saddles (carri-

nhos) com abertura

Alimentados por duasbaterias de 9volts (uma

para cada preamp), oconsumo de .032mA

garante incontáveis horasde uso continuo até

mesmo com 2.2v

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inferior para passar as cordas por dentro

do corpo, anéis para ajustes de posicio-namento lateral das cordas, micro parafu-

sos allem para ajuste de altura de cada cor-da e base em alumínio de 4mm.

No geral o timbre do Paschalis Guitar’nBass é moderadamente agressivo, sem pon-

tos mortos notados na extensão da escala,sendo temperado em toda a faixa de fre-

quências quando tocado em modo flat.Com a adição dos dois premps, ganha em

sonoridade. Apesar do braço largo e das 12tarraxas em uma paleta granes, o instru-

mento permanece na posição correta aotocar sentado ou em pé. Com a minichave

stereo/mono pode-se optar por ter as saí-das independentes para cada grupo de 6

cordas (um amp de baixo e um de guitar,com efeitos diferentes, por exemplo), ou

tudo numa saída só, indo para apenas um

Especificações Técnicas

Escala: 34½”Corpo: Canela Topo: Jatobá Braço laminado: Jatobá, Imbúia e Tauarí Escala: IpêCapotrasto: Ipê enceradoTrastes: JumboCaptadores: 4 Kent Armstrong SuperScreamer Single Coil Noiseless CSCR

Pré-amplificador: 2 Artec SE3Tensores: 2 feitos em alumínio e aço inox Ponte: Paschalis contendo 12 guitar sad-dles, com base feita em alumínio Tarraxas: Wilkinson 18:1Jacks de saída: 2 Santo Ângelo com chavemicroswitch stereo/monoMarcações: 10 e 8 mm em alumínio polidoAcabamento: Verniz PU

amplificador e efeitos. Para algumas pas-

sagens técnicas pode-se sentir a necessi-dade de ampliar o abafamento com a adi-

ção de mais um pedaço largo de velcro,”

“ No geral

o timbre do

Paschalis Guitar’n

Bass é

moderadamente

agressivo, sem pontos

mortos notados na

extensão da escala,

sendo temperado em

toda a faixa

de frequências

quando tocado

em modo flat

O instrumento possui braço largo e 12 tarraxas

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Para saber online

[email protected]://jorgepescara.com.br

também na segunda casa, mas isto é pu-

ramente subjetivo. A largura do braçopermite tocar com posicionamento

crossed (mãos cruzadas, ou seja, a mãodireita toca as cordas agudas, enquanto

a mão esquerda toca as cordas graves)ou mesmo com a uncrossed technique

(mão direita nas cordas graves e mão es-querda nas agudas, sem cruzar a escala

do instrumento).Estes testes tiveram base em grava-

ções do trio progressivo Dialeto emdois computadores Mac G4 OS10.3 ?

1.5GHz com software Logic Pro 7 eMacbook Pro OS10.6.8 ? 2.6GHz com o

software 9.1 Logic pro e diversos plug-ins de áudio, passando por uma interface

Focusrite Saffire 6x8 indo para moni-tores Behringer Truth B2031A e siste-

ma 5.1 da VirtualCom.O único senão fica por conta de seus 6

quilos (sem a correia), o que torna oinstrumento ligeiramente pesado

para alguns músicos mais exigentes.Mas, com a escolha de uma correia

boa e confortavelmente larga, istofica totalmente contornável.

Também não se pode deixar de notarque o próprio construtor, o luthier Ale-

xandre Paschalis é um amante da técni-ca de touchstyle, além de ser baixista e

ter estudado com um dos raros profes-

sores de tapping no Brasil, o santistaChico Gomes. E todos podemos imagi-

nar quando o próprio luthier é músicotambém, isto faz uma enorme diferença

nos instrumentos construídos.Há outros dois modelos de touch-

guitar/touchbass que os clientes po-dem escolher, além de dois modelos

baseados no Chapman Stick.Estamos realmente evoluindo rapida-

mente no Brasil com relação à qualida-de de construção dos instrumentos, de

um modo geral, e a partir de agora,também nos touchstyle instruments!

Vamos nessa?Paz Profunda .:.

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BATE

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RENEGADEpara iniciantes

um set completo. A que foi mandadapara o teste foi a RG-E625 na cor

Dark Black com 2 tons (10”x7” e 12”x8”),surdo (16”x14”), bumbo (22”x16”), cai-xa (14”x5,5”), estantes de caixa, hihat eprato e também banco e pratos (essessão aqueles genéricos só para praticarmesmo). O baterista iniciante não pre-cisa comprar mais nada para começar aestudar a não ser que tenha problemascom a vizinhança. Nesse caso teria quecomprar um set de peles mudas. Falando

em peles, ela vem toda equipada compeles Remo UC transparente simplescom exceção da caixa, que vem comuma porosa, e da resposta do bumbo,que é preta.Existe o outro modelo, que é a RH-E605.A diferença é que vem com bumbo de 20”e surdo de 14”. Além de Dark Black, hámais duas opções de cor: Silver Metallic(SIL) e Wine Red Metallic (MWR).As ferragens são Gretsch com os pedais(bumbo e hihat) personalizados com o

Olá pessoal,

venho de novo

por aqui para

falar sobre

mais um

instrumento da

Gretsch, dessa

vez é sobre um

modelo para

iniciantes, a

Renegade.

É

Elcio Cáfaro é baterista e professor. Já

gravou com Chico Buarque, Ivan Lins e

outros, e toca com a cantora Roberta Sá

RENEGADEe iniciadospara iniciantes

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nome do modelo. As estantes sãomais finas e leves, mas com pés du-plos. Fiquei surpreendido com aqualidade, já vi outros sets parainiciantes com estantes no míni-mo sofríveis. Com essas é até pos-sível o uso profissional.A madeira usada é Basswood (9 fo-lhas) e tem borda de 45 graus.O banco é bem estável e tem cincoestágios para regulagem de altura.O assento tem diâmetro de 30 cmcom 5,5 de espessura, o que o tornabem confortável.Os braços para os tons são separa-dos e têm um comprimento gran-de (30 cm). Usa o sistema de bola,o que achei muito bem feito e apa-rentemente seguro e robusto, por-que dá muitas opções de posicio-namento, ainda mais que os tonssão rasos. Ela também vem commemória na parte que entra nosuporte do bumbo, mas não naparte que prende nos tons. O su-porte em “L” é frisado e em princí-pio ficaram bem presos sem terque apertar muito a borboleta. Osaros do bumbo são de metal estilo

padrão e os pés são telescópicoscom regulagem por chave. O pedalde bumbo, com corrente simples euma mola, é sem base, bem padrão,mas bem funcional. A estante dehihat com corrente simples temuma boa base com uma garrinha(espeto) no meio para evitar queande para frente. Todos os tambo-res têm seis pontos de afinação,com exceção da caixa, que tem 8.Bem, bateria desempacotada, va-mos ao teste propriamente dito.Os tons e a caixa já vêm montadoscom as peles, só tive que colocar asdo bumbo e as do surdo. Afinar

tudo foi uma tarefa tranquila semmuito problema. Testei primeirocom afinação padrão de acordocom o tamanho das peças. Ela sooumelhor e mais plena com as res-postas ligeiramente mais agudas.Olha, gostei bastante da sonorida-de e da projeção dos tons, tem um“punch” considerável. No surdoeu senti um pouco de falta de peso,mas isso pode ser resolvido colo-cando pés de borracha “free floa-ting”. Digo isso porque quando to-quei o surdo segurando-o no ar,sem deixar apoiado nos pés, sooumuito melhor e com o peso que fal-

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tava. Aliás recomendo esse acessóriopara todos os surdos com pés, faz umadiferença grande!A caixa é bem básica, mas não deixa adesejar, pois estamos falando sobre umset de entrada e, nesse caso, ela é até umluxo pelo custo/benefício. Respondebem aos rimshots e tem uma boa proje-ção e volume.O bumbo “falou” muito bem, tem umbom ataque e um bom peso, é necessáriocolocar algo por dentro para abafar, poisas peles são simples sem nenhum tipode anel interno. Mas se você quiser to-car com aquela “sonoridade jazz”, eleestá perfeito.Por falar nisso, usando-a com afinaçãomais aguda ficou muito interessante, ótimapara tocar em gigs de MPB/bossa/jazz, aindamais com essas peles onde os harmônicosse destacam e as sutilezas também.Para usá-la com afinação mais grave eter uma melhor resposta, realmente te-ríamos que usar outro tipo de pele, poisesbarramos na parte física dos tamboresque são mais rasos. Nesse caso eu tirariao tom de 10” e usaria o set apenas com ode 12” e o surdo para podermos tocarum bom rock and roll a contento. Mi-nha conclusão é que, mesmo não sendo

Para saber online

http://www.myspace.com/elciocafaro

“O bumbo “falou”

muito bem, tem um

bom ataque e um

bom peso, é

necessário colocar

algo por dentro

para abafar, pois as

peles são simples

sem nenhum tipo de

anel interno. Mas

se você quiser

tocar com

aquela “sonoridade

jazz” ele está

perfeito

um instrumento top de linha, ele nãoperdeu a qualidade, sendo possível a uminiciante ter uma bateria de tradiçãocomo a Gretsch sem ter que desembolsarmuitos reais. Pesquisando na internet vique o preço médio é de R$ 2 mil.Eu diria também que a Renegade podeser usada até profissionalmente para setocar em bares e locais pequenos. Ela éleve e fácil de carregar, tem o modelocom bumbo e surdo menores, o que faci-lita ainda mais. Só seria necessáriocomplementá-la com mais uma ou duasestantes e, logicamente, pratos profissi-onais de boa qualidade. No mais, écolocá-la para ralar!!Abraços a todos.

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[email protected]

Fotos: Divulgaçãos números foram divulgados duran-te um encontro para jornalistas,

que aconteceu no dia 07 de agosto, naCasa do Saber, na Lagoa, Zona Sul cari-oca. Na ocasião, a superintendente doórgão, Gloria Braga, informou aindaque a quantidade de associados vem au-mentando a cada ano e que o incremen-

O to na arrecadação e consequente au-mento da distribuição se devem aomaior número de shows e eventos deentretenimento que vêm sendo reali-zados no Brasil, principalmente os in-ternacionais. Só o Rock in Rio, em2011, por exemplo, foi responsávelpelo pagamento de R$ 5 milhões em

O ECAD, Escritório

de Arrecadação

responsável por

recolher os direitos

autorais de

execuções públicas

de música,

anunciou que a

previsão de

distribuição dos

valores

arrecadados para

2012 é de R$ 612

milhões, o que

significa um

crescimento de

13,3% em relação

ao ano anterior, que

foi de R$ 541

milhões.

revela aumento naarrecadação e distribuiçãodos direitos autorais

ECAD

Page 117: Backstage - Edição 214

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Para saber online

www.ecad.org.br

direitos autorais, segundo dadosdivulgados por Braga.Gloria também atribuiu esse aumen-to à melhora nos meios de fiscaliza-ção do órgão, como o sistema detelecobrança e o maior número derecursos para aferição, como oEcad.Tec Cia Radio, um mecanismode busca em tempo real que permiteidentificar o número de vezes quecada música foi executada nas rádios.O software foi desenvolvido em par-ceria com a PUC-Rio e premiado pelarevista Information Week em 2011.Para 2012, o ECAD tem previsãode distribuir R$ 612 milhões emdireitos arrecadados entre os seusmais de 500 mil associados. Em2011, 92.647 titulares foram bene-ficiados com a arrecadação dos di-reitos autorais, ou seja, 5,90% dototal cadastrado. Desse montante,64,81% são direcionados para os

autores (intérprete e músico acom-panhante) e 35,19% para as edito-ras e produtores fonográficos. Dovalor arrecadado por cada pontomusical, 17% fica para o ECAD,7,5% para as associações e os demais75,5% vão para o músico.Entre os segmentos que têm maiorparticipação na arrecadação estãoos provedores de sinais, com re-presentação de 43,2% entre os de-mais. No entanto, segundo José Pi-res, gerente executivo de TI e pla-nejamento estratégico do ECAD,o setor de internet, apesar de re-presentar apenas 0,7%, é o quemais vem crescendo.

INADIMPLÊNCIANo entanto, esses valores ainda pode-riam ser maiores, segundo o ECAD.Por conta da inadimplência de algu-mas empresas de radiodifusão, emis-

soras de TV e eventos, o Escritóriodeixa de arrecadar 63,2% do que édevido. O que significa cerca de R$840 milhões, apurados só no ano de2011. As maiores devedoras são asTVs abertas (R$ 245 milhões) e fe-chadas (R$ 372 milhões), seguidasdos shows (R$ 42 milhões). De acor-do com a superintendente, esses va-lores estão sendo cobrados na Justiçae envolvem mais de 4 mil ações.

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Alexandre Coelho

[email protected]

Fotos: Divulgação

Aos 22 anos e

com trabalhos

com artistas

como Djavan e

Ney Matogrosso,

Arthur Farinon

é uma das

maiores

revelações na

área de

iluminação

cênica no Brasil.

LUZ DE BRILHO

INTENSOLUZ DE BRILHO

rthur Farinon vai completar ape-nas 23 anos em setembro e já tem

no currículo trabalhos na iluminaçãode shows de Ney Matogrosso, Djavan,Mart’nália e Ana Cañas, entre outrosartistas. Já trabalhou em projetoscomo o da Árvore de Natal da Lagoa,no Rio, atuou na cena eletrônica e as-sinou a iluminação do Festival de Mú-sica de Alegre em 2009 e 2012. Filhodo também iluminador Juarez Farinone da diretora de arte e produtora cultu-

ral Denise Dourado, foi logo cedo sedu-zido pelo mundo das artes e do espetá-culo, no qual começou a trabalhar em2006, aos 16 anos, no show dos RollingStones na Praia de Copacabana.À frente, junto com o pai, da Compa-nhia da Luz, uma das empresas pionei-ras no ramo da iluminação cênica noBrasil, Arthur se formou em Adminis-tração de Empresas, para melhor po-der gerenciar os negócios da família.Atualmente, divide seu tempo entre a

A

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empresa; os shows de Djavan, aquem acompanha nas turnês mundoafora; a criação de projetos de ilumi-nação, como o do mais recente showda cantora Ana Cañas; e a ilumina-ção de vídeos e DVDs, seu mais re-cente objeto de interesse. Em en-trevista exclusiva à Backstage,Arthur Farinon fala da carreira, dastécnicas que usa e aponta os rumosda iluminação cênica no Brasil paraos próximos anos.

Backstage - Como nasceu seu in-teresse pela iluminação cênica?Arthur Farinon - Desde cedo acom-panhei a carreira do meu pai, oiluminador Juarez Farinon. Lem-bro-me, claramente, dele operan-do os shows da Elba Ramalho en-quanto eu, ainda criança, ficavadormindo na house mix. Todoaquele ambiente sempre me fasci-nou muito. Em 2006, quando eutinha 16 anos, participei da mon-tagem e desmontagem do show dosRolling Stones na Praia de Copa-cabana, ajudando o pessoal daCompanhia da Luz. Ali eu tive acerteza de que queria trabalharcom aquilo. Dos 16 aos 18 eu passeia fazer muitas montagens. E aos 18comecei, de fato, a trabalhar naCompanhia da Luz. Nesse tempo,trabalhei em muitas turnês comotécnico, entre as quais a do Oasis,

Programando a Árvore Natal da Lagoa 2009 (RJ)

Roberta Sá Arthur

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ação

Especial de 80 anos do Cristo Redentor

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Dream Theater, Rolling Stones e RickyMartin. As coisas foram acontecendo,eu fui aprendendo a mexer na mesa deiluminação, a programar, e isso foi abrin-do portas. Atualmente, eu trabalho como Djavan. Foram outros iluminadoresque criaram o projeto de luz do show, massou eu que sigo na estrada com ele. Por

outro lado, outros projetos são de minhaautoria, como o do novo show da cantoraAna Cañas e o do Festival de Música deAlegre. Também tenho trabalhado mui-to na realização de DVDs, na área de ilu-minação para vídeo. Tenho buscado in-formações sobre essa área através de cur-sos no exterior. Mas o que realmentemais me atrai é o show business, gosto davida na estrada, da correria.

Você vem de uma família ligada à pro-dução artística. De que maneira issoinfluenciou sua escolha profissional?Nesse sentido, o que você pode dizerque herdou dos seus pais?Eu sempre acompanhei os dois em suasrespectivas carreiras, seja num palco, aolado do meu pai, ou num estúdio de grava-ção, ao lado da minha mãe. Queria fazerparte desse universo. Acredito que herdeideles o gosto pela arte. Minha mãe semprefez questão de me apresentar o que há de

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bom nas artes plásticas (Escher,Dali, Max Ernst - surrealistas), en-quanto meu pai me apresentou as ar-tes cênicas. Meu irmão mais velho,Gabriel, também é iluminador, e eucostumava acompanhá-lo nas gigs,quando mais novo. Fizemos muitosfestivais eletrônicos juntos.

Como surgiu a parceria com NeyMatogrosso?O primeiro trabalho que fiz com oNey foi para a turnê Beijo Bandido,dele mesmo. Nesse projeto, eu pro-gramei os sistemas de iluminação evídeo na mesa GrandMA para omeu pai, que é iluminador dele há

muitos anos. Mas como o Neytambém participa da criação daluz, ali eu tive a oportunidade detrabalhar com ele pela primeiravez. Alguns meses atrás, uma ami-ga que é iluminadora da Mart’náliame convidou para participar doprojeto de luz do novo show da

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cantora, e o responsável pela criação se-ria o Ney Matogrosso. Nós nos encon-tramos novamente e eu o auxiliei nacriação da luz daquele projeto. Logo emseguida, ele me ligou e convidou para eufazer a luz do novo show da Ana Cañasjunto com ele, que também dirige o es-petáculo. Esse foi, na realidade, o pri-meiro fruto dessa parceria, que teve umresultado muito bacana. São aconteci-mentos recentes, mas a experiência detrabalhar com um profissional ecléticocomo ele tem sido fantástica para meudesenvolvimento profissional. Ele é umartista completo, também é iluminador,diretor, tem a cabeça aberta a todos osaspectos de um espetáculo.

Você usa ou busca frequentemente téc-nicas diferentes? Pode citar algumasideias de iluminação que tenham sidomais impactantes?Em termos técnicos, eu busco sempretrabalhar com alguns equipamentos es-pecíficos que me dão recursos exclusi-

vos, como, por exemplo, os movinglights da Vari Lite e da Martin, que pos-suem um ângulo de abertura grande, ougobos com rodas de efeitos, entre ou-tros. E os consoles GrandMA, que mepermitem uma programação diferencia-da. Gosto de explorar muito todos os re-cursos que tenho à disposição. O últimotrabalho que fiz para a Ana Cañas de-monstra um pouco isso: que com ummesmo mapa de luz foi possível criar di-ferentes desenhos de luz, projetar ele-mentos no ciclorama ou criar uma at-mosfera que fugisse completamente doque acontecia no show até então.

Você busca criar um conceito na ilumi-nação do show a partir do gênero mu-sical do artista ou mesmo do conceitodaquele trabalho específico do artista?Como é o seu processo de criação?Depende do projeto. A operação da luzno momento do show vai sempre deacordo com o gênero musical e da pro-posta do espetáculo, que pode ser algo

“Gosto de explorar

muito todos os

recursos que tenho

à disposição. O

último trabalho que

fiz para a Ana

Cañas demonstra

um pouco isso: que

com um mesmo

mapa de luz foi

possível criar

diferentes desenhos

de luz, projetar

elementos no

ciclorama

Show de Djavan - Los Angeles

Festival de Alegre 2012

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NOVO

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mais intimista ou algo mais ener-gético. Já a concepção da luz do showtrabalha muitas vezes alinhada à ce-nografia e à direção do espetáculo,logo o trabalho deve ser pensado comoum todo. Meu processo de criação par-te da proposta do show, dos elementoscenográficos envolvidos e dos recursosque tenho disponíveis. Todo projetoeu faço em softwares de visualização3D, o que me permite explorar comcalma todas as possibilidades do mapaque elaborei. Com essas ferramentas,já chego com o show programado nodia da estreia, além de poder enviarprévias do projeto para o cliente.

Você começou aos 16 anos e, hoje,aos 22, já é um profissional de des-taque no meio. Quais são os seus di-ferenciais? A que você atribui essesucesso relativamente rápido?Estou sempre atento às novidades domercado e procurando desenvolver ha-bilidades novas, através de estudos denovos consoles, softwares, técnicas,conceitos etc. Eu tive também a oportu-nidade de aprender com grandes profis-sionais da área, que muito me ensinaramsobre o que eu sei. Meu envolvimentocom a Companhia da Luz me abriu algu-mas portas e, aos poucos, as pessoas fo-ram me dando oportunidades. E assimfui mostrando meu trabalho e conquis-tando meu espaço. Acredito que o reco-nhecimento vem pela forma como mededico ao que me disponho a fazer.

Você trabalha com artistas na estrada,em projetos como o da Árvore de Na-tal da Lagoa e na cena eletrônica, en-tre outros. Tem alguma preferência?Qual é, de fato, o tipo de trabalho quemais o realiza profissionalmente?O show business. Gosto muito dessavida que vivemos na estrada e da cor-reria que é para produzir um espetá-culo legal para o público. Mas algunsprojetos e eventos culturalmente im-portantes, como esse da Árvore deNatal da Lagoa, me deixam extrema-mente realizado em poder participar.

Quais os seus objetivos profissionaismais ambiciosos?Eu trabalho dia a dia para tornar aCompanhia da Luz uma referência nomercado de iluminação cênica, tentan-do melhorar cada vez mais todos os as-pectos do nosso serviço. Também pre-tendo desenvolver cada vez mais mi-nha carreira como iluminador, sempreadquirindo novos conhecimentos enovas experiências. Venho me especi-alizando na iluminação para vídeo paraexpandir minha área de atuação.

Quais são os seus inspiradores nailuminação cênica?Um dos trabalhos que mais me im-pressionaram foi o DVD Pulse, doPink Floyd, de 1994. O responsávelpela iluminação e também pela dire-ção do show foi o iluminador MarkBrickman. Aquele trabalho se tornoureferência para mim até os dias dehoje. E olha que foi feito com os re-cursos disponíveis em 1994. Outroprofissional que me inspira é o meupai. Tenho uma enorme admiraçãopor seus trabalhos. Estou sempreatento a qualquer conhecimento queeu possa absorver dele.

Como está o mercado da ilumina-ção cênica para quem está começan-do? Que dicas você daria pra uminiciante da área?É um momento muito oportuno, es-pecialmente pela expectativa que vi-vemos por conta dos eventos mundi-ais que iremos sediar em breve. Va-mos ter muito trabalho pela frente.Acredito que quem queira iniciaruma história, independentemente daárea de atuação, deve se entregar to-talmente àquilo que pretende fazer. Éa única forma de se obter sucesso. Éimportante procurar explorar todasas áreas que envolvem a execução dotrabalho, para não ficar para trás emnada, e estudar sempre as novidades.Nosso mercado se torna obsoletomuito rapidamente, e é preciso seatualizar sempre.

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São Pedro ganhaTheatro

e vetusto e meio pesadão que era,ei-lo agora lépido, leve, quase aéreo,

pronto a acolher a jovens e velhos, oumelhor, aos jovens de todas as idades,pois o amor à arte e à beleza é o segredode não envelhecer.” Os versos que Ma-rio Quintana dedicou ao Theatro SãoPedro, em 1984, por conta de sua rei-nauguração, expressam a grandeza e oprestígio de um dos teatros mais impor-tantes do Rio Grande do Sul e do país.

[email protected]

Fotos: Divulgação

D A grande restauração da edificação,quando foram demolidas paredes e tetoe refeito o tratamento acústico, foi fina-lizada em 1984. No entanto, ainda falta-va um sistema de som que estivesse à al-tura do TSP. Em 2012 essa lacuna final-mente foi preenchida com o início dainstalação do sistema Piccolo, da DBTecnologia Acústica.O projeto foi desenvolvido pela DBTecnologia Acústica, sob coordenação

Construído no século 19

para abrigar as

manifestações culturais

que despontavam na

ainda pequena Porto

Alegre, o Theatro São

Pedro também

acompanhou o

desenvolvimento da

cidade. Recentemente

foi ampliado, recebendo

um multipalco, ainda

em fase de construção, e

instalado um sistema de

sonorização compatível

com essa nova era na

história do local.

São Pedro ganhaTheatronovo sistema de som

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do técnico Vanderson MachadoBassani, representante da DB Tec-nologia Acústica. O objetivo eraatender às expectativas da direçãodo teatro, ou seja, conseguir aten-der a todos os eventos e espetácu-los da programação do Theatro, jáque o sistema antigo encontrava-se totalmente defasado. Para isso,foram escolhidas as caixas Piccolo

tanto para o PA quanto para amonitoração do áudio do TSP.“Para o PA foram usadas 10 TopPiccolo 8" (full range), além de 08Scoop Piccolo 8, para o subgrave.No front fill, a escolha foi por 02

Top Piccolo 6"”, especifica Van-derson. No monitor, o técnicoconta que foram usados 02 TopPiccolo 8" (Full Range), 02 Sco-op Piccolo 8", para o sub, e 04RE Piccolo 10".“A função da DB Tecnologia Acús-tica era atuar desde o desenvolvi-mento do projeto e dimensio-namento do equipamento para o

espaço até à execução da instala-ção”, afirma.O trabalho, segundo Vanderson,contou com o técnico do TheatroSão Pedro André Hanauer (res-ponsável pela equipe técnica). O

A minha função era desde odesenvolvimento do projeto edimensionamento do equipamento para oespaço até à execução da instalação

Para o P.A foram usadas 10 Top Piccolo 8”, da DB Tecnologia Acústica, e 08 Scoop Piccolo 8

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projeto ainda envolveu a confecção doscabos, multicabos e racks de amplificação.

POSICIONAMENTODO SISTEMADevido à arquitetura do Theatro, o siste-ma foi distribuído de forma que fosseconseguida uma inteligibilidade doáudio mais uniforme em todos os lugaresda plateia. A melhor forma encontradapela equipe foi então distribuir por an-dares: plateia baixa, mezanino e galeria.“Na plateia baixa, usamos mais caixaspor ter um número maior de pessoas nes-

te setor, bem como no centro dasala. Ou seja, foram colocados 04Top Piccolo 8”, duas por lado, e 08Scoop Piccolo 8" agrupadas em 04por lado. Já nos dois mezaninos su-periores, usamos 02 Top Piccolo 8",no primeiro, com uma caixa porlado, e 02 Top Piccolo 8", no segun-do, com uma caixa por lado tam-bém. Na galeria, usamos 02 TopPiccolo 8", com uma caixa porlado”, enumera.Outro cuidado da equipe foi se-parar todos os andares pelo pro-cessador, pois assim é possívelter um controle de pressão so-nora individual para cada pla-teia e ter os delays devidamenteajustados às suas distâncias.“Usamos o processador DB Se-ries 24 2in/4out 192KHz e DBSeries 48 4in/8out 192KHz. Omotivo para este processadorser usado é por ele ter versatili-dade de configuração de entra-das e saídas de áudio, além deter um sample rate de 192

KHz, conferindo uma qualidade de timbresmuito superior”, relata Vanderson.Para comandar o sistema, Vanderson des-taca que a escolha foi por um console01V96 da Yamaha, com expansão para 24canais. “Todo o sistema foi alimentadopelos amplificadores da DB Séries, mo-delos 05 LD 1400 de 1400W Rms, para amonitoração de palco, 01 LD 1400 de1400W Rms, para o front fill, e 05 LD1400 de 1400W Rms, para o PA”, diz.

HISTÓRIAFundado em 27 de junho de 1858, após aRevolução Farroupilha, e oito anos apóso início da construção, o Theatro SãoPedro é um marco na história de PortoAlegre, quando a cidade tinha apenas 20mil habitantes e ainda era denominadaProvíncia de São Pedro do Rio Grande doSul. Durante 126 anos, o TSP recebeu emseus camarotes, galerias e palco, persona-lidades artísticas como Arthur Rubins-tein, Villa-Lobos, Eugène Ionesco, Ca-cilda Becker, Marcel Marceau, OlavoBilac entre outros, assim como políticoscomo Getúlio Vargas e Borges de Me-deiros. Em 1973, o TSP foi fechado devi-do às precárias condições de segurança eao mau estado de conservação. Em 1975,Eva Sopher assumiu a direção do Thea-tro São Pedro, com a missão de dirigir asobras da total reconstrução e restauraçãodo local. Começava assim uma nova erapara o Theatro. Os 1.880 metros quadra-dos de área útil foram equipados com to-dos os recursos modernos, equipamentoscênicos, e um moderno sistema de ilumi-nação. Um mês depois de reaberto, em1984, o então Governador Jair Soares au-torizou o tombamento do prédio.

Na plateia baixa, duas Top Piccolo 8” e quatro Scoop Piccolo 8” Uso compacto do Sub Piccolo 8” em todo o projeto

Processadores DB Series 24 2in/4out 192KHz e DB Series 48 4in/

8out 192KHz

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Fotos: Divulgação

ormado em Engenharia e ProduçãoMusical e Trilha Sonora pela Berklee

College of Music, de Boston, esse argen-tino radicado nos Estados Unidos temno currículo trabalhos com PlácidoDomingo, Phil Collins, Leah, Nsync efilmes como Watchmen e Miami Vice,além de videogames como Army of Two:

The 40th Day.Recentemente, Gustavo foi o responsá-vel por várias produções do MTV Un-

plugged . Em 2011, ele produziu, gravou emixou o MTV Unplugged: Los Tigres Del

Norte And Friends. Para o projeto, quecontou com a presença de vários músicosconvidados do pop latino, junto com ogrupo mexicano, Gustavo optou por usaruma grande variedade de microfones defita AEA, incluindo o microfone KU4nos vocais principais. O álbum The Los

Tigres ganhou um Grammy por “Melhormexicano regional” e um Grammy Lati-no na categoria “Melhor Nortenho”.

F Em 2012, Gustavo gravou e mixou umMTV Unplugged com o superstar colom-biano Juanes, gravado no New WorldSymphony, em Miami, projetado porFrank Gehry. Mais uma vez ele usou mi-crofones AEA para os metais e baterias.O projeto Juanes, lançado no dia 26 demaio, já foi anunciado como “Um dos me-lhores álbuns de música latina do ano” efoi o álbum do iTunes mais vendido noMéxico, Colômbia, Argentina, Vene-zuela, Peru, Chile, Equador, RepúblicaDominicana, El Salvador e o mercado la-tino americano, desde 31 de maio.O engenheiro de produtos da AEA, JulianDavid, teve a oportunidade de conversarcom Gustavo sobre seus recentes projetose sua experiência com os microfones defita AEA na Igloo Music, em Burbank,California. Confira a entrevista.

Julian David - Como você se envolveu noprojeto MTV Unplugged com o Juanes?

Trabalhando desde

1990 com projetos

surround para

longas-metragens e

5.1 para DVD e

transmissão em seu

próprio complexo

de estúdios, Igloo

Music, o

engenheiro e

produtor musical

Gustavo Borner já

foi indicado a mais

de 25 Grammys,

conquistando dois

prêmios, e nove

Grammys Latinos.

GUSTAVOBORNERGUSTAVO

NOS BASTIDORESBORNERDOS SEUS PROJETOS MTV UNPLUGGED,

VENCEDORES DO GRAMMY

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Gustavo Borner - Bem, eu trabalheinas cinco últimas produções latinasdo MTV Unplugged e nós ganhamosGrammys Latinos ou Americanos emcada uma. A primeira eu fiz com ocantor argentino Diego Torres, em2005. Eu fui chamado para essa pro-dução devido a minha amizade com oDiego e através dos meus contatos naSony Music. A partir daí, eu fiz todosos que se seguiram. Em 2007, nós fize-mos o Ricky Martin Unplugged seguidopor Julieta Venegas, pelo qual ganha-mos um Grammy. Em 2011, nós fize-mos Los Tigres Del Norte e tambémum MTV Unplugged com a banda me-xicana de rock alternativo Zoe. Nós

ganhamos Grammys pelos dois proje-tos. Para o unplugged do Juanes, eleschamaram Juan Luis Guerra para pro-duzir. Fazer a engenharia para mim foinatural, uma vez que eu já tinha feitomuitos dos projetos MTV Unplugged.A MTV gostou do resultado passado,então continuou me chamando.

O que aconteceu em seguida?

Geralmente nós fazemos muita pré-produção, não somente para escutaras músicas, mas também para escutaros sons e como eles funcionam jun-tos, para que você não termine ob-tendo algo que não soa bem. É preciso

Gustavo Borner trabalhou nas últimas cinco produções do MTV Unppluged

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trabalhar o som dos instrumentos noarranjo. Às vezes você muda um violãocomum de seis cordas por um de dozecordas, ou como para o Juanes, você levaum ukulele ou outros instrumentos decorda. Ou você escolhe entre um piano,um Rodhes, um B3 (que ainda é consi-derado “unplugged”), o que quer quecase melhor com o som.

Então vocês fizeram a pré-produção edepois se encontraram para os ensaios

em Miami, certo?Sim, nós entramos em estúdio duas atrês semanas antes do show Unpluggedcom todos: Juanes e a banda, a equipe deprodução e, mais tarde, os artistas con-vidados. Nós os posicionamos exata-mente como seria no show. Temos as di-mensões exatas do palco e dos lugares, e

também temos a house mix emonitores para administrar osistema in-ear. Os operadoresde PA podem arranjar seu sompara que, uma vez que chegue-mos ao local - embora as coisassempre mudem - pelo menos jáconheçamos o show e tenha-mos os cenários programados.Nós fazemos isso em sequênciatantas vezes que você sabe exa-tamente o que vai acontecer. Osassistentes e técnicos sabemquando entrar para mudanças. Arazão para tudo isso é que nóstentamos manter o curso do showmuito limpo, para que, emboraseja uma gravação, a energia sejamantida em alta e a plateia se di-virta muito. Eles sabem que estão

sendo filmados e ficam realmente em-polgados com isso.

Quais são os desafios específicos de uma

produção de vídeo unplugged, como aJuanes MTV Unplugged, comparada a

uma sessão de gravação de estúdio?Bem, o estúdio é um ambiente controla-do. No entanto, quando eu trabalhocom grandes orquestras o vazamentopode ser um problema. Nós fizemos assessões para a série Revenge, da ABC, noFox Studios com uma grande orquestra.E coloquei dois microfones de fita Coles4038 como uma stereo room up e nóstivemos alguns RCA 44s para trombo-ne e trompetes. Então, quando você tra-balha com uma orquestra ao vivo de 105pessoas, numa sala como a da Sony ou daFox, o vazamento tem que ser conside-rado. É a mesma coisa quando se está fa-zendo produções ao vivo, principal-mente algo como a produção para oJuanes, com pessoas sentadas no palco.Então, bem ao lado dos metais com os mi-crofones AEA R48, havia pessoas sentadasem cima do palco. Quando eles batem pal-ma ou gritam, o som entra em todos essesmicrofones, mas eu gosto disso. Eu achoótimo, pois você pode ouvir a reação daplateia mesmo quando os microfones es-tão baixos durante uma música. Con-tanto que você trabalhe com o vazamen-to, é apenas parte de todo o conjunto. Issodá ao projeto um som único. A produçãodo Juanes foi feita no New World Sym-phony Hall, em Miami, que é uma salamuito viva. Então tudo o que você faz láreflete e isto é para acontecer mesmo.Quando nós começamos a ouvir com oJuanes, ouvimos muito do hall no micro-fone de voz e em todos os outros micro-fones abertos.Então, no começo, quando nós estávamosescutando as duas ou três primeiras músi-cas, ele ficou me pedindo para baixar oreverb. “Você está acrescentando reverb?Podemos tornar isso mais seco?”, mas aresposta foi: “Não, não adicionei nenhumreverb, isso é o hall, e é o que nós temos!.”Mas faz sentido: você olha o local, ele égrande, você vê muitas pessoas lá dentro, e

“Os operadores de

PA podem arranjar

seu som para que,

uma vez que

cheguemos ao local

- embora as coisas

sempre mudem -

pelo menos já

conheçamos o show

e tenhamos os

cenários

programados

Juanes e o sax A840

Los Tigres Del Norte

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o som simplesmente não pode soarseco. Então eu acho que se encaixamuito bem. Você precisa ouvir a salae o ambiente. Assim, eu disse para oJuanes escutar a coisa toda e entãonós resolveríamos. Mas, no final, elesimplesmente amou. Ele falava:“Oh, parece que eu estou lá, eu possosentir todo o espaço da sala!”. Então,para mim, o vazamento não é umproblema, é o som do projeto. É me-lhor simplesmente abraçar a ideia.Agora o Juanes ouve no fone de ou-vido o dia todo e simplesmente ama.

Há algo em particular sobre o uso

de microfones de fita e padrãobidirecional que tornam a sua

vida um pouco mais fácil nessassituações de gravação ao vivo?

Teoricamente você captará “coisas”de ambos os lados com os microfo-nes figura-de-8, e os caras que tra-balham com gravação ao vivo sãocéticos em relação a isso. Mas eununca considerei isso um proble-ma. Está tão alto no outro lado dequalquer maneira que isso não im-porta muito. E, de novo, mesmo quevocê capte algo do outro lado, euacredito que isto ajude a torná-loparte da “sopa” que cria um som

único. Você usa qualquer vazamen-to que tenha como parte do som daplateia. Aqueles microfones, vocêsomente precisa mantê-los altos nomix, pois é um ótimo som. Eu terei10 ou 12 microfones de plateia es-palhados em todos os lugares e eu osaumento nos surrounds para quetudo soe mais forte. No entanto, al-gumas vezes você não pode desligaros microfones close-up, por que ocaráter do som muda muito.

Em relação aos microfones AEA,você usou R84 e A840 nos metais?

Sim, nós usamos o A840 no saxo-fone e 3 R484 no trompete 1 e 2 eno trombone. Para os overheadsda bateria nós usamos os microfo-

nes estéreo R88 mk2, o que foi óti-mo, pois foi muito bom e claro parao setup. Geralmente temos doispedestais de microfones vindo dolado e eles são bem visíveis, mas oR88 é bem limpo, porque vocêpode vir pelos fundos e terá so-mente este zeppelin preto sobre abateria. Então isso foi muito legal.E todos amaram o som! O bateris-ta, Waldo Madera, ficou entusias-mado quando nós estávamos escu-tando de volta na sala de controle.

Você definitivamente obtém umsom diferente com o R88, em com-paração a um condensador. As pes-soas usam vários adjetivos paradescrever o som e eu não sei comovocê quer que eu o classifique: sim-

A produção do Juanes foi feita noNew World Symphony Hall, em Miami, que éuma sala muito viva. Então tudo o que vocêfaz lá reflete

Gustavo no estúdio Igloo Music

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plesmente soa bem. É mais redondoou mais suave. Para mim, especial-mente nesse local em particular, po-deria começar a ficar plano quando oPA começa a fazer efeito e todo oprocessamento já foi empregado, mascom estes ele nunca fica plano e per-manece bom e suave. Eu gosto decomprimir os overheads e basica-mente se tem 50% do som da bateriasaindo destes microfones.

Você sempre usou microfones de fitanos metais ou foi um momento deci-

sivo na sua carreira?Sim, eu acho que apenas vi alguém fa-zer isso numa sessão instrumental eos tenho usado desde então. Você ex-perimenta diferentes coisas, mas vocêsempre volta aos microfones de fita.Até mesmo em projetos pop, ondevocê tem uma pequena seção de trom-pete ou mesmo uma grande banda.Funciona muito bem com os microfo-nes de fita - ele proporciona aquelacerta qualidade ou “personalidade”.Eu acho que é algo a que você simples-mente se acostuma. O solo de flis-corne no show acústico do Joanes soamaravilhoso e é basicamente plano.Talvez um pouco de compressão, masé muito bom. Você pode aumentar ofader e não há nada que possa abor-recê-lo. É simplesmente ótimo, re-dondo e quente.

O que você gosta nos microfonesAEA de uma forma geral?

Isto é algo muito difícil de dizer. Mui-tas pessoas possuem um jeito fácil dedescrever essas coisas e toda vez quevocê lê uma reportagem ou críticaeles usam todas essas palavras. Mas euacho muito difícil descrevê-los. Al-gumas vezes os microfones vintage

possuem certa personalidade, e euacho isso mais importante que qual-quer outra coisa. É uma questão de seeles agradam você ou não. Eu achoque você pode olhar as especificaçõestécnicas e ver exatamente, porqueeles possuem determinado som, mas

eu aposto que você pode colocar doismicrofones com exatamente as mes-mas especificações técnicas e eles ain-da vão soar diferente de qualquer for-ma. Então, especialmente nos metais,eu tenho usado os microfones de fitao tempo todo - sendo eles velhosRCA ou novos AEA. Há algo de es-pecial sobre os microfones de fita -você pode exigir mais deles porqueeles nunca ficam agressivos. Achoque essa é a qualidade deles que eumais gosto. É um som tão bom, re-dondo e suave. Até mesmo nos vo-cais: se você tivesse que acrescentar oque fosse ao high end para fazê-los sedestacar em uma mixagem, há algosobre a personalidade que os micro-fones de fita dão aos vocais que sim-plesmente faz com que eles fiquemmelhor na mix. Nós fizemos umshoot-out para uma recente sessãovocal com um Neumann U47, umNeumann M149, que o cantor costu-mava amar, e o meu vintage RCAKU3A. Eu acrescentei um toque deEQ quando nós fizemos a compara-ção cega e nós achamos que o KU3Aera o seu M149. Ele foi muito melhorque os outros. Para a sua voz, paraaquela música, foi simplesmente per-feito. Aqueles KU3As soam muitobem. E você os coloca na mix e elestêm muita personalidade. Num deter-minado momento, quando você estáusando equipamento high-end, tudopode soar ótimo e claro. Um pré-am-plificador Grace soa ótimo e impecá-vel ou um EQ GML EQ, mas às vezesvocê simplesmente precisa de API,que é quase o extremo oposto, porquepossui muita cor e personalidade. Omesmo ocorre em relação aos micro-fones. Você tem que encontrar aqueleque você gosta para um uso específico.

Para o Los Tigres você usou o mi-crofone de fita unidirecional KU4

nos vocais principais. Eu acreditoque algumas pessoas provavelmente

ficariam preocupadas em fazer issoporque os microfones de fita são

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muitas vezes considerados menosplanos e não tão adequados para

som ao vivo. Então, como foi issopara você?

(Risos) Los Tigres Del Norte é umabanda mexicana nortenha e eles têmum som específico e uma determina-da maneira de fazer as coisas. Quandonós começamos a trabalhar com eles,eu lhes disse que seria mais como umaabordagem pop. Comecei a pensar emquais elementos poderiam nos levar aum som diferente para eles. Obvia-mente, a orquestração e o arranjo fo-ram grande parte disso. Nós adiciona-mos os metais, um quarteto de cordase percussão, o que os enriqueceu. Maseu também estava procurando poruma personalidade especial nas suasvozes. Mais uma vez, o que você colo-ca em frente a um cantor, conseguedeles uma atitude diferente no espaço.Então eu disse a eles que queria experi-mentar esses microfones de fita anti-gos e mostrei fotos do Bing Crosby eElvis usando microfones RCA. Eutambém mostrei as fotos para a MTVe os sugeri como um elemento elegan-te para o show - algo como um retor-no vintage. Não apenas para o som,mas também para o visual. Fez todo osentido para mim, mas os câmerasodiaram no início, porque elas sãomuito grandes. Mas nós trabalhamosjuntos e eles conseguiram ajustar osseus ângulos para conseguir diferen-tes tomadas, e isto deu ao Los Tigres

uma personalidade sônica que é mui-to importante. Qualquer vazamentoque tenha ocorrido, foi somente par-te de todo o processo. Nós fizemosisso no Hollywood Palladium, que étambém outro teatro legendário. Nofinal das contas, você faz tudo dar cer-to se você gosta do som que está ob-tendo. O KU4 conseguiu suavizarmuitas coisas e você somente aumen-ta o fader e tudo parece ótimo. A ban-da ficou completamente impressio-nada e muito feliz. Até mesmo nosseus monitores in-ear eles podiam es-cutar todos os detalhes. E teve esse

look industrial e vintage. Os responsá-veis pela imagem abraçaram a ideia ecriaram um visual único para a coisatoda. Então eu acho que funcionoubem e nós ganhamos os Grammyspara comprovar isso

Falando dos KU4 nos vocais princi-

pais, você pode nos contar um poucosobre o álbum que você fez com o

superstar argentino Leon Gieco em2011?

Eu falei com o Leon Gieco outro dia, ede todos os álbuns que nós fizemos,este é o que ele mais gosta. E nós fize-mos quatro ou cinco álbuns juntos!Nós usamos o KU4 para sua voz prin-cipal e nós tínhamos um par de A440no EatWest Studio 1 (o antigo United/Western Studio), onde nós gravamos abanda. Nós tínhamos Jim Keltner nabateria, Jimmy Johnson no baixo,Dean Parks e Mark Goldenberg nasguitarras. É como um time dos sonhospara uma banda. Você aperta “Gravan-do” e sabe que a tomada será ótima. Osom principal da bateria naquele ál-bum é dos AEA A440 na grande sala.Nós tivemos algumas Neumann U87snos toms, mas o som principal é des-ses A440s passando por Fairchild660s para um gravador de fita AmpexATR124, que é uma das melhoresmáquinas de som. Nós fizemos coisade duas ou três tomadas para 24 pis-tas, nenhuma lista de músicas no ProTools, todos estavam tocando aovivo. Leon estava cantando ao vivotambém, e mais tarde nós “picota-mos” algumas de suas partes. Obvia-mente você não pode editar e movernada em fita a não ser que você queiraeditar a fita multipista, e isso deixatodo mundo em um estado de espíritodiferente. Músicos são artistas, entãose eles têm o instrumento certo nasua frente e o microfone certo, e estesestão passando pelo equipamentocerto, eles ficam entusiasmados. En-tão, você está cuidando da sua meta,e eles vão fazer o mesmo. Isso os dei-xa um pouco excitados. Não há nada

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de errado em fazer isso. É o quenós fazemos todos os dias. O somda bateria está incrível neste ál-bum. Tive aqueles A440s bemcomprimidos e estavam hittingtape hard. Jim realmente fez o somdo álbum. Então nós gravamos emfita e no Pro Tools ao mesmo tem-po e então transferimos a fita parao Pro Tools mais tarde, para quepudéssemos terminar os overdubs.Mas foi engraçado comparar oswaveforms de um para o outro.Tudo que passa pela fita tem a limi-tação do gravador e da fita, o que ébem legal, mas é um som particu-lar. Para este álbum, isto simples-mente funcionou.

Agora que a maioria das pessoas

está gravando digitalmente, vocêacha que os microfones de fita se

tornaram ainda mais úteis?Definitivamente! Eu tive muitasorte em começar a gravar de for-ma analógica e usar os estúdios hávinte anos. Era caro ter um estú-dio, porque você precisava com-prar todo o equipamento, comobons consoles e bons pré-amplifi-cadores, um gravador de fita Studerou Ampex e você ainda estragavameia fita. Então nós nos acostuma-mos àquele som. Usar o digital édefinitivamente ter que trabalharmais para obter o mesmo “calor”(o que quer que isso signifique). Naminha opinião, nós nos acostuma-mos com as “não-linearidades” dafita. Com a gravação digital, écomo se alguém tivesse limpado ajanela e tudo estivesse bem emfrente a você. Todo o ataque, ostransitórios, tudo isso. Eu achoque para aproveitar ao máximo atecnologia digital, você definitiva-mente precisa prestar mais aten-ção ao fato de ter microfones e pré-amplificadores com diferentes“personalidades”. Você só precisaacertar tudo antes de ir para fita ouCD. Se sua cadeia de gravação é

boa, funciona bem. Eu adoro con-seguir captar exatamente o que es-tou escutando e isso não muda de-pois Quando íamos gravar, era pre-ciso começar acrescentando high-end na hora de mixar, pois já nãohavia mais. Principalmente se vocêtrocou de máquinas e teve diferen-tes cabeçotes. Soava ótimo, mas erabem trabalhoso também. Agoravocê tem opções para dias e a grava-ção digital, especialmente em 96kHz, está perto de uma imagem per-feita do que você possui. Você nãovai acrescentar tanta personalidadeuma vez que esteja dentro da caixa.Então, usar os microfones certos edar personalidade antes de usar ProTools é definitivamente importan-te, porque faz com que tudo fiquemuito mais fácil depois. Então vocênão precisa fazer tanto processa-mento na caixa ou então voltaratravés do lado externo.

Então o projeto do Juanes Un-plugged foi gravado em 96 kHz?

Sim, foi gravado em 96 kHz, e de-pois tivemos que baixar para 48kHz para a pós-produção do vídeo.No entanto, agora você pode atémesmo enviar arquivos de 96 kHzpara masterização para iTunes.Mas eu masterizei o CD e o DVD, epara o DVD nós tivemos que bai-xar para 48 kHz/ 24 bit. Pelo me-nos ainda são 24 bit.

Quando está mixando, há algo

que perceba que é diferente em re-lação às faixas gravadas com os

microfones de fita em compara-ção com outros microfones?

Bem, é a sua personalidade. Princi-palmente nos vocais, às vezes podeser mais fácil colocá-los no mix,porque eles possuem uma respostadiferente. Há algo em relação aforçá-los e comprimi-los. Vocêpode precisar acrescentar algumhigh end, porque eles tendem a serum pouco mais escuros. Eu tenhousado o pré-amplificador RPQcom o impulso de alta frequênciapara isso, o que funciona muitobem. O RPQ é perfeito para isso.Mas, sobretudo nos vocais, vocêtende a usar menos EQ no resto dasfrequências, a não ser na extremi-dade superior. Você acrescenta umpouco de compressão e simples-mente se encaixa bem. Mais umavez, é muito difícil generalizar. Vocêtem que considerar o cantor, a mú-sica, e que tipo de som você estábuscando, mas há algo sobre comoos microfones de fita respondemque às vezes torna mais fácil paramim colocá-los na mix. Nos metaisprincipalmente, até mesmo planosem equalização, em gravações ins-trumentais. Você pode apenas au-mentá-los e eles ficam com aquelesom elegante. Geralmente, colocaro microfone certo em qualquer ins-trumento é começar de uma formamuito mais fácil. E se você possuidiferentes microfones para usar, en-tão você pode escolher e decidir.

Em que você está trabalhando

atualmente?Neste momento nós estamos tra-balhando em algumas músicas pa-ra um artista com Victor Indrizzona bateria, aqui na Igloo Music, queé onde eu usava um AEA R44CXcomo uma sala mono através de umUniversal Audio LA-610, que soa-va maravilhosamente bem. O LA-610 tem controles de entrada e saí-da, então você realmente podeincrementar do seu jeito.

Leon Gieco

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OS DEZ

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Internet / Divulgação

Revisão técnica:

José Anselmo “Paulista”

s duas horas da manhã, as cerca de

30 mil pessoas presentes já haviamcurtido as atrações do palco secundário,

mas o cansaço passou longe. Quando oAviões do Forró entrou no palco princi-

pal, o local explodiu, com as pessoas dan-çando sem parar até as sete da manhã.

O público pode não saber disso, mas eletambém viu uma prova de como o áudio

brasileiro amadureceu nos últimos dezanos. Além do sucesso consolidado das

músicas do grupo, o uso de equipamen-tos de ponta e uma bem cuidada pesquisa

sonora proporcionaram a qualidade quegarantiu o entusiasmo do público para oregistro do terceiro DVD do grupo.

À SONORIZAÇÃOO evento foi grande. Por isto, o áudio doshow é uma história de muitas parcerias.

Quem pilotou o som foi Tibério GamaCardoso, mais conhecido como Tiba-som, de 36 anos, 18 deles dedicado ao

áudio. Ele entrou na banda substituindoRoberto Silva, o Marujo, também presen-

te na festa. “Começou meio difícil. Tive-mos que dar uma melhorada nos timbres

usados no forró, que eram muito rústi-cos”, relembra Marujo, hoje dono de uma

empresa de som.Para a sonorização do ambiente, Tiba fez

questão de usar o sistema line array daMachine. Por meio de Walmy Bastos, re-

OS DEZ O show aconteceu no

Forró do Sítio, na

cidade de Eusébio, a

60 quilômetros de

Fortaleza. O espaço

teve dois palcos: um

na lateral esquerda,

para as bandas de

baile e a dupla

sertaneja César

Menotti e Fabiano, e

outro, no centro, para

os aniversariantes

da noite.

DE AVIÕES DO

Equipamentos de ponta epesquisa sonora garantiramqualidade à gravação

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ANOSANOSFORRÓ

presentante da empresa na Bahia,Tiba conseguiu os equipamentos

com as empresas Torres Som, deAlagoinhas, e Tek Audio Sonoriza-

ção, de Ubaitaba. Elas forneceram umtotal de 64 caixas Mach Line 4.8,

além das 30 SB 218 para subgraves.Tiba trabalhou em conjunto com a

equipe de engenharia da Machinepara projetar a cobertura sonora do

ambiente. A gravação do DVD fezcom que fosse necessário tomar

cuidado especial com o volume doPA, que não podia ser muito alto.

“Eu trabalho em sincronia com opessoal do Estúdio Carranca. Não

posso fazer um PAmuito alto porque

vira bagunça na mi-xagem. Por isto, tenho

torre de delay, front fille mais as caixas dentro

do camarote (para po-der não aumentar muito o

volume do PA). Está cheiode microfones shot gun,

tem que ter cuidado como volume. Estou sono-

rizando um ambiente,então tem que ter o de-

lay. Não é só colocar 12caixas de um lado e

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12 do outro”, ressalta Tiba. Walmy Bas-tos também foi o responsável da Ma-

chine pelo suporte técnico no local doshow. “Uns 15 dias antes do evento nos

foram enviadas todas as plantas da área

e a estrutura que iria ser utilizada, o quefoi fundamental para dimensionarmos

a quantidade de equipamento e ondeeles deveriam ser utilizados”, detalha.

O sistema line array de PA usou 32 cai-

Parcerias dão o tom da festa

A dimensão do evento fez com que João

Carlos, sócio da Machine, acompanhasse o

evento pessoalmente com Rocha, o repre-

sentante da empresa no Ceará. Elder dos

Santos Torres, da Torres Som, e Wilde

Queiroz, da Tek Audio, também estiveram lá

para conferir o suporte ao evento. “Nós te-

mos experiência no mercado de som, e pro-

curamos sempre o melhor. Tivemos o conhe-

cimento de que a Machine estava lançando

produtos de qualidade e resolvemos trocar

nosso sistema. Fomos bem atendidos, gos-

tamos do equipamento e por isto estamos

aqui”, declara Wilde.

“Prefiro usar equipamento nacional para va-

lorizar a indústria brasileira e, além do mais,

este é um excelente equipamento”, diz Elder.

Dois dias antes do show, também houve

uma apresentação do PA para técnicos de

som da região. Augusto Castro, da AC Pro-

duções, que trabalha em conjunto com a

Explosão Som e Luz, se entusiasmou com o

som. “Não é fácil colocar à prova o produto

e, graças a Deus, hoje a indústria nacional

está se superando, mostrando capacidade

de concorrer com os internacionais”,

enfatiza o empresário.

João Carlos comemora o sucesso. “O princi-

pal objetivo aqui é divulgar o line array da

Machine no estado do Ceará, tendo em vista

que já temos 80% da amplificação daqui”,

completa.

“Uns 15 dias antes

do evento

nos foram enviadas

todas

as plantas da área

e a estrutura

que iria ser

utilizada, o que foi

fundamental para

dimensionarmos

a quantidade de

equipamento e

onde eles deveriam

ser utilizados

(Walmy Bastos)

Da esquerda para a direita: Tiba, João Carlos, Marujo e Walmy

Cada torre de delay teve 8 caixas Mach 4.8 Equipes trabalharam juntas

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xas Mach 4.8 (16 em cada lado) e16 no delay (oito em cada lado).

Quatro caixas do mesmo modelo

Aviões do Forró

Carlos Artistides e Isaias Duarte, sócios da A3 Entretenimento, pro-

curavam nacionalizar o som do forró no início da década de 2000.

“Quando lançamos uma banda de forró, queríamos uma banda

diferente , que fosse jovem. Pegamos o forró e levamos para

onde o sertanejo, o axé e o rock estão”, conta Isaias.

Carlos Artistides, filho de Zequinha Aristides, pessoa importante no ce-

nário do forró, é o responsável pela construção do som da banda. Ele afirma

que a internet e as mudanças no mercado fonográfico mudaram as estra-

tégias de lançamento de música. “Nós sempre procu-

ramos equilibrar a agenda de shows com o ensaio,

elaborando novidades para o público, porque

hoje está muito dinâmico, muito rápido, as coisas

acontecem rápido e, se não acompanhar, fica para

trás. Hoje lançamos uma música por mês e, no final

do ano, lançamos um CD completo com 12 músicas já

testadas, já aprovadas, e mais duas ou três inéditas. Até uns cinco anos

atrás, lançávamos um CD por ano, todo inédito, a partir daí é que o

trabalho ia ser conhecido”, exemplifica.

foram distribuídas nafrente do palco e mais

quatro foram usadas no

Sistema de line array foi composto por 16 caixas Mach 4.8, por lado

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watts. O rack de processamento conta-

va com três Lake LC 26 para o PA, umdbx 4800 para as torres de delay e um

dbx 260 para os front fills.Na housemix, Tiba gosta de trabalhar

com as ferramentas da Digidesign. Eleoperou o som por meio de uma Digi-

design Venue Profile da Torres Som.Como tem dois i-Locks, ferramentas

que permitem o uso dos plug-ins daWaves, ele pode explorar bastante este

recurso de processamento. Na configu-ração usada no show, ela estava com 48

canais. Para a captação dos instrumen-tos acústicos e das vozes, os microfones

mais usados por ele na captação da ban-da são os da Sennheiser. “Nos tons euuso o E904, na percussão também, a

maioria Sennheiser, e os cantores Xan-de e Solange usam o SKM 5200 com a

bobina MD5235; mas para os metaisfui atrás dos microfones da Audio-

Technica”, diz Tiba.

camarote, que ficava ao lado do palco.

Vinte e quatro subs SB 218 reforçaramo PA e duas foram usadas no camarote.

As caixas usaram os amplificadores

Machine 2.8 SD, de 1800 watts; 6.0 SD,de 6000 watts; e 14.0 SD, de 14000

Palco secundário

O palco das atrações de abertura teve os

equipamentos da Projesom, empresa de

Fortaleza. Foram duas Yamaha PM5D –

uma para PA e outra para o monitor de

Cesar Menotti e Fabiano. As outras bandas

tiveram a Yamaha M7CL para o monitor. A

amplificação dos line array da DAS, Aero

38, eram Machine, com os modelos PSL

para o PA e a linha SD nos subs. Foram

usados cerca de 40 amplificadores

Nos tons eu uso o E904, napercussão também, a maioria Sennheiser,e os cantores Xande e Solange usam oSKM 5200 (Tiba)

“Tiba e Claudinho apostam nos line arrays da Machine

Sistema se encaixa esteticamente na estrutura do palco

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SOM NO PALCOPara a gravação do DVD, a configu-ração do equipamento de palco teve

de ser mudada, principalmente porcausa dos convidados Dorgival

Dantas e a dupla César Menotti eFabiano. “Normalmente trabalho

com até 24 auxiliares. Aqui tive-mos que fazer um acoplamento de

mais auxiliares por causa dos convi-dados”, diz o técnico de monitor

Luis Cláudio Pereira Filho, o Clau-dinho, com a banda há sete anos.

Por conta da gravação, guitarras,violões e baixo foram colocados

em linha e um biombo acrílico foicolocado para a percussão, além do

que já era usado na bateria. Aindaque houvesse a preocupação de

deixar o palco o mais limpo possí-vel, foi usado um par de sistemas

line array Mach 4.8 como sidefillcom oito caixas de cada lado, mais

quatro subs. “Normalmente usa-mos monitores de chão para o

Alexandre e amplificadores parabaixo e guitarra, mas hoje está tudo

em linha”, expõe Claudinho. Ossistemas de in-ear usados foram os

SR 2000 e EK2000 IEM, além dosSR 300 (G3).

GRAVAÇÃO DO DVDA unidade móvel de áudio do Es-túdio Carranca foi escolhida pelo

produtor musical Ema-

nuel Dias. O estúdiolevou uma equipe de

três pessoas: JuniorEvangelista, no patch da UM; Bru-

no Lins, como operador do rack depalco; e Luis, como roadie, os três

sob a coordenação de Gera Vieira.Uma das principais tarefas na grava-

ção de um DVD é a captação daplateia, feita com oito microfones:

quatro shot guns da Audio-Tech-nica, dois da Rode e mais dois

cardioides NT5, também da Rode.Na captação de instrumentos, foram

usados também o Sennheiser 441

para o topo da caixa e os AKG 451nos over. O sinal chegava em 48 ca-

nais no Pro Tools HD da unidademóvel após passar por 16 canais

com pré-amplificadores Neve 9098,API e Focusrite. Estes 16 canais

eram convertidos nos Apogee AD16.Os 32 restantes passavam pela con-

versão analógico/digital dos pré-amplificadores Mackee Onix 800R.

“Nós misturamos esses prés com aconversão Apogee na bateria e na

Equipe da A3

Line Machine também para o side no palco

Sandro, da Torres Som, mostra amplificação Machine usada no evento

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voz dos cantores principais. Os Mackeeficam para o restante da banda: baixo,

guitarra, acordeom e sopros”, explicaGera Vieira.

Na unidade móvel, o áudio dos instru-mentos gravados no Pro Tools era envi-

ado para as caixas KRK V8 pela mesaYamaha 02R. Os ambientes chegavamna mesa Yamaha 01V. O diretor técnico

do Aviões do Forró, Melksedec, operoua gravação do áudio do show.

SUCESSOO cuidado na produção também é parteda razão do sucesso que o forró do Aviões

faz no Brasil. Em 2002, o ritmo aindaera um movimento regional, com o

epicentro no Nordeste, e hoje é um fe-nômeno nacional, com bandas que via-

Para saber online

http://machineamplificadores.com.br/

www.a3entretenimento.com.br/

www.avioesdoforro.com.br/

jam o Brasil inteiro e têm o mesmo suces-so que gêneros como o sertanejo e o axé

tinham na época. Também há dez anos,apenas as empresas de som do Sudeste ti-

nham acesso aos equipamentos de ponta.Hoje, empresas de alcance regional tam-

bém oferecem o que há de mais avança-do. E o melhor é que a indústria brasileira

também está neste pacote.

No rack de processamento,equipamentos Lake e dbx

Globais fizeram a apresentação do show do Aviões do Forró

Tiba gosta de usar as mesas Venue/ Venue Profile

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Oséas de Oliveirana 2ª Conferência de Provisão e VidaDe 8 a 12 de julho, às 19h, a Igreja do Evan-

gelho Quadrangular Templo dos Anjos,em Juiz de Fora, Minas Gerais, realizou a 2ª

Conferência de Provisão e Vida. O pastore também autor dos livros Dinheiro, um

assunto espiritual e Deus X Mamom, Oséasde Oliveira, foi o escolhido para pregar a

Palavra de Deus. O evento teve a partici-

pação do cantor Marquinhos Gomes, queministrou o louvor. A Conferência possuiu

o objetivo de ressaltar os milagres advindosda provisão de Deus, além de ajudar aos

membros da igreja a aprenderem a lidarcom a área financeira.

Gospel em Manaus

Para celebrar seus 30 anos de ministério, o

Pastor Silas Malafaia reuniu cerca de 200 mil

pessoas durante o Vida Vitoriosa para Você,

evento que aconteceu no Anfiteatro da Praia

de Ponta Negra, entre os dias 25 e 26 de

agosto. A megainfraestrutura contou com

30 toneladas de equipamentos, entre painel

de LED de 200 metros quadrados e siste-

mas de sonorização e de iluminação, usa-

dos para compor o palco temático de 800

metros quadrados. O encontro teve apoio

das igrejas evangélicas do Amazonas.

Ana Paula Valadãono programa de personalidadesO programa O maior brasileiro de todos os

tempos, que estreou no SBT dia 11 de ju-lho, teve uma presença inesperada. A Lí-

der do Diante do Trono, Ana Paula Va-ladão Bessa, surpreendeu a todos ao ficar

na 97ª colocação. O programa consisteem uma votação online, onde milhares

de telespectadores opinam sobre a maiorpersonalidade existente na história do

país. O grupo Diante do Trono completa

15 anos de atuação, consolidando-se

como um dos maiores Ministérios dopaís. A versão brasileira do programa

está sob o comando do jornalista CarlosNascimento. Sucesso em vários países,

personalidades famosas já foram eleitascomo os maiores da história. Na Ingla-

terra, por exemplo, Winston Churchillfoi o grande vencedor. Já na Itália, Leo-

nardo da Vinci foi o escolhido.

20ª MARCHAPARA JESUSA 20ª edição da Marcha

para Jesus reuniu 335 mil

pessoas durante todo o

dia 14 de julho, segundo

o Datafolha. O evento

ocorrido na cidade de

São Paulo exalta o cresci-

mento da igreja evangéli-

ca em todo o país. O pú-

blico marchou entre a Es-

tação da Luz (centro) até

a Praça Heróis da FEB

(zona norte), local onde

ocorreram shows de mú-

sica gospel até as 22h. O

líder da marcha, Este-

vam Hernandes, da Igre-

ja Renascer em Cristo,

afirmou que a presença

de público chegou a 5

milhões de pessoas, ao

longo de todo o dia,. Já

segundo o cálculo do

Instituto Datafolha, o mai-

or número de pessoas

concentradas foi na hora

dos shows, chegando a

217 mil espectadores.

6º CONGRESSOJOVEM DACATEDRALBATISTAEm sua turnê do primeiro

CD solo, Deus Vai Te Le-vantar, Davi Passamani

tem viajado por todo o

Brasil e exterior. Através

de canções marcantes

como Ressuscita e Últimachance, ele tem ministra-

do a Palavra e dessa vez

o cantor retornou a cida-

de de Lagarto, Sergipe,

entre os dias 20 e 22 de

julho para pregá-la, du-

rante o 6º Congresso Jo-

vem da Catedral Batista

com realização no templo

da igreja. Com o tema

Eu sou um verdadeiroadorador, o Congresso foi

aberto ao público com

entrada franca.

Projeto de Lei da música gospel

O Projeto de Lei n° 178/2012, que reco-

nhece a música gospel e os eventos a ela

relacionados como manifestação cultural,

do deputado estadual Esmael de Al-

meida (PMDB), vai possibilitar o apoio

público e a concessão de incentivos à

arte cultural religiosa. Ele leva em consi-

deração a dificuldade que o movimento

gospel possui para conseguir apoio para

eventos de grande porte. Por ser de na-

tureza evangélica, os eventos não se en-

quadram no conceito de cultura.

DIANTE DO TRONO CANTA JOÃO PESSOAO Canta João Pessoa, um dos maiores eventos da Paraíba que visam à evangelização, teve

a presença do Diante do Trono, no dia 27 de julho. O evento teve como finalidade incentivar

jovens e adolescentes a permanecerem na fé em Cristo e levar aos jovens uma mensagem de

paz e fé, por meio da música. Além do Diante do Trono, se apresentou no Canta João Pessoaa banda carioca Quatro por Um.

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Regis Denese grava clipe e programa...

...na presença da família

Produzido pela MK Music, o novo

CD de Regis Danese, Tudo Novo,

traz a faixa Deus da Família, que

teve seu clipe gravado no dia 11 de

julho em Belo Horizonte. Toda a fa-

mília do cantor participou das

filmagens - sua esposa Kelly e

seus filhos Bruno e Brenda. A

canção faz parte do primeiro

álbum de Regis, que tem todas

as suas músicas focadas na fa-

mília e possui vários duetos de

Regis com sua esposa.

O cantor ainda participou da

gravação do programa Tudo épossível, de Ana Hickmann. A

apresentadora gravou uma ma-

téria com diversas famílias que

possuem casos de leucemia

em crianças. A filha de Regis,

Brenda, está no meio de um

tratamento contra a doença.

Palco Gospel no Festival de Inverno...

...de Garanhuns (PE)

Do dia 12 a 21 de julho o público de Pernambuco teve dias de

arte e cultura. O 22º Festival de Inverno de Garanhuns, que é

considerado patrimônio turístico e cultural do estado de

Pernambuco, apresentou atrações de teatro, cinema, dança,

exposições, música, entre outros, incluindo o show de

Marquinhos Gomes.

O evento é um projeto que tem como objetivo misturar diversos

estilos musicais, podendo assim atrair um público maior, que se

reúne em praças, parques, escolas, galerias e no Centro Cultu-

ral de Garanhuns.

Pela sexta vez, foi montado o Palco Gospel, no Colégio XV de

Novembro, que, além da participação de Marquinhos Gomes,

teve a apresentação de Asaph Borba, Gerson Rufino,

Alessandra Samadello e muitos outros.

4ª EXPO GOSPEL CABO FRIOCabo Frio recebeu do dia 19 a 21 de julho mais uma edição da

Expo Gospel. O evento, que é uma realização da Prefeitura em

parceria com a Igreja Assembléia de Deus de Cabo Frio, foi

realizado no Espaço de Eventos da cidade.

Diversos artistas da área participaram, incluindo nomes como

Marquinhos Gomes, Bruna Karla, Fernanda Brum, Thalles

Roberto, PG, Pregador Luo, David Quinlan e Fernandinho. Con-

siderada uma referência em toda a região sudeste, a Expo

Gospel Cabo Frio foi organizada pelo pastor e cantor Lívingston

Farias. O evento teve como principal objetivo a adoração a

Deus, através da música.

KARINA CARDOSO | [email protected]

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EXPOCRISTÃ DEMONSTRAO CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA GOSPELA Expocristã, feira de negócios que reúne artistas, gravadoras, editoras e comerciantes

ligados ao mercado de produtos religiosos e que acontece entre os dias 25 e 30 de setembro

de 2012, mostra um crescimento substancial na área gospel, principalmente no âmbito

fonográfico. Inúmeras empresas como Som Livre e Sony Music tiveram sua importância

aumentada neste mercado. Nesta edição, a maior feira de produtos gospel terá lançamentos

de CDs e DVDs, livros, materiais teológicos, entre outros.

Eyshila temmais um lançamentoEyshila foi indicada duas vezesao Grammy Latino e ganhou vá-

rios Discos de Ouro e Platina. ODVD MK Clipes Collection Ey-

shila é o registro audiovisual deum dos grandes nomes da músi-

ca gospel da atualidade. Com 20anos de ministério, não foram poucos

os momentos registrados pela grava-dora. Neste novo DVD estão 24 ví-

deos, entre clipes (17) e apresentaçõesao vivo, como bônus. Do seu mais novo

projeto, Sonhos Não Têm Fim (que faz

parte do álbum de sucesso de mesmonome, que acabou de alcançar o Disco

de Ouro), ao Tira-me do Vale (carro-chefe do seu primeiro CD pela MK, que

foi responsável por tornar a cantoraconhecida nacionalmente). Passando

por Na Casa de Deus (que rendeu o pri-meiro Disco de Ouro de Eyshila) e o

clipe em espanhol Habla Conmigo. ODVD ainda conta com eventos como

Canta Rio 98, Canta Rio 99, Canta Brasil,Canta Rio 2002, Canta Rio 2006, Lou-

vorzão 2010 e O Cristo da Paixão.

RAPHAEL COUTINHO E ALINE SING DIVULGAM TRABALHOS NO RJOs cantores Raphael Coutinho e Aline Sing estiveram no Rio de Janeiro para divulgar seus

CD’s Sou Livre e Te Adorar. Além de participarem do culto de consagração de seus trabalhos

na Igreja Batista Central do Redentor, em São João de Meriti, eles visitaram programas de

rádio e TV locais.

Aline Barros lança CD e DVD 20 anos

Gravado em Paulínia (SP), os dois novos

trabalhos possuem canções que marca-

ram toda a carreira da cantora gospel,

como Recomeçar, O poder do seu amor,Guarda a tua fé, entre outras. A participa-

ção do artista internacional Michael W.

Smith também é um diferencial neste

novo álbum. O DVD também conta com

uma grande produção e ainda a partici-

pação de Abraham Laboriel e Tom

Brooks, figuras importantes no início da

carreira de Aline.

ANDRÉ VALADÃOVOLTA À TELEVISÃOTotalmente reformulado, o

programa Fé, com André

Valadão como apresenta-

dor, voltou para a progra-

mação da Rede Super de

Televisão. Paralelamente

ao trabalho de apresen-

tador, André também

atua como pastor e can-

tor. Nesta nova fase de

seu programa, o primei-

ro convidado foi o artista

Marcos Almeida, da ban-

da Palavrantiga. Com

música e ministração da

Palavra de Deus, Fé é

transmitido de segunda

à sexta-feira, às 22h.

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KARINA CARDOSO | [email protected]

A canção Marcharemos, do último CD Santo é o Senhor, da

banda Fogo de Sião, virou o videoclipe oficial para divulga-

ção das marchas para Jesus em todo o Brasil e, em somen-

te três meses, alcançou mais de 40 mil visualizações no

canal oficial da banda, tornando-se um sucesso na web.

O grande diferencial do videoclipe é a possibilidade de

personalização conforme o evento que o utilizará. Os

organizadores das marchas podem entrar em contato

com a banda e solicitar a modificação necessária para o

perfil da marcha em questão. Marcharemos já foi utilizado

em eventos de várias cidades, entre elas Curitiba, Foz do

Iguaçu, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, São Paulo,

Guarulhos e Salvador.

Clipe supera 40 mil visualizações FERNANDA BRUM RENOVA COM MKFernanda Brum, membro da família MK Music há 18 anos,

renovou mais uma vez o seu contrato com a

gravadora, com

uma grande fes-

ta. Em sua cami-

nhada na música

gospel, foram lan-

çados 10 CDs so-

los, dois CDs em

espanhol, quatro

DVDs, além dos ál-

buns Amigas e tra-

balhos com o Grupo

Voices. Em fase final

para o lançamento

de seu novo CD Li-berta-me, 10º traba-

lho inédito da cantora

pela gravadora, Fer-

nanda relembrou, na

festa de renovação,

todos os prêmios con-

quistados. Doze Discos de Ouro, cinco Discos de Platina,

três Discos de Platina Duplo e dois DVDs de Ouro fazem

parte da história da artista.

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Vigésimo segundo da car-

reira de Andrea Fontes, e 5ºpela MK Music, a música de

trabalho, Chegar do Outro

Lado, sintetiza o novo ál-

bum, que tenta transpor osobrenatural através do po-der de Deus. O CD reúne

todos os melhores trabalhos que Andrea produziu du-rante sua carreira. Vale mencionar faixas como Palavra

de Jeová, Mulher Vitoriosa e Deus Vivo, de Edison Coe-lho, que ganha novo tom na voz da cantora.

Do outro ladoAndrea Fontes

Cheio de baladas românti-cas e até sertanejo universi-

tário, o novo CD de WilianNascimento, Levanta tua

voz, explorou inúmeras ver-tentes, antes não conheci-

das em seus últimos traba-lhos. Seu último CD, Agir de

Deus, recebeu o Disco de Ouro. As maiores novidadesdeste novo álbum do cantor inclui a participação de

várias crianças na faixa Ele é e a possibilidade devisualização do clipe Pelo Telhado, através do QR

CODE. O clipe está disponível como uma espécie decódigo de barras através de iPhone, iPad com câmera

ou smartphones que possuam sistema Android.

Levanta Tua vozWilian Nascimento

LançamentosLanç[email protected]

Além dos irmãos Adelson,Adilson e Dirceu, o terceiro

CD da banda, Novo Concei-

to, Nova Unção, produzido

pela MK Music, conta agoracom o amigo Dedy, que tor-

nou-se o baixista da banda.As canções de fé e supera-

ção foram inspiradas na infância sofrida que a famíliateve no Espírito Santo. A banda já existe há mais de 20

anos, porém a carreira fonográfica só foi iniciada em2008, pela MK Music. O álbum tem 13 músicas e uma

levada pop. Ele passou por uma mudança natural e umaprimoramento perceptível, segundo o comandante

do vocal, Adelson Freire.

Novo Conceito, Nova UnçãoBanda Giom

O primeiro CD da dupla, Do

jeito de Deus, lançado pelaMK Music, traz uma inova-

ção tecnológica: acesso ex-clusivo ao clipe Vou Voar,

através de QR CODE. Adupla convidou o amigo

Adelson Freire, vocalistada Banda Giom, para organizar a produção. Neste ál-

bum, a dupla consegue misturar sertanejo universitá-rio com outras vertentes, como pop pentecostal, tradi-

cional, e ainda inclui o country norte-americano, comguitarras still, violões e violinos.

Do jeito de DeusGislaine e Mylena

O segundo trabalho de Tatia-na Malafaia, Tempo de Romper,

lançado pela Central GospelMusic, lançou mão de diver-

sos recursos musicais e aindaconta com a participação de

uma orquestra na faixa Can-

ção de Rispa.

Tempo de romperTatiana Malafaia

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REPO

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do balançodo balançoo dia 16 de julho de 2012, a música

perdeu o talento de Ed Lincoln, aos80 anos, no Rio de Janeiro. O músico,

arranjador, compositor e produtor musi-cal foi um dos criadores do sambalanço,espécie de samba com um suingue especi-

al, temperado com o funk, o soul e outrasderivações da black music americana.

Essa nova música, que tirou para dançaro Brasil dos anos 60 e 70, era voltada para

os bailes e também ficou conhecida

Alexandre Coelho

[email protected]

Fotos: Divulgação

N como samba-rock. Não por acaso, Lin-

coln ficou famoso naquele período comoo “Rei dos Bailes”, especialmente entre

as gerações que frequentaram as festi-nhas regadas a cuba libre e hi-fi.

Ao longo dos 60 anos de carreira, EdLincoln trabalhou com músicos como

Orlandivo, Wilson das Neves, SilvioCésar e outros. Também lançou croonersdo porte de Emílio Santiago e Tony Tor-nado, além de influenciar músicos do

O sambaO sambaperde um pouco

Músicos lembram o

legado de Ed

Lincoln, criador do

sambalanço e

precursor no uso da

tecnologia na

música, que morreu

em julho

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157

nível de Ed Mot-

ta. “Fiz parte, como cro-oner, da última formação do con-

junto dele”, lembra Emílio Santiago.“Fui levado por Durval Ferreira, que

fazia parte do conjunto e também foiquem me levou para gravar o meu

primeiro disco (Bananeira, de 1975).Como já era conhecedor do reper-

tório, isso me facilitou bastante aconvivência com o maravilhoso

grupo de músicos que faziam partedo conjunto. Estava começando a

minha carreira e poder estar emcontato com a música e o som

dele é uma lembrança que levareipara o resto da minha vida. Tive

tempo de homenageá-lo em vidacom o CD e DVD Só Danço Samba,

lançado pela Santiago Music”, fala.Tony Tornado também lembra com

carinho o início de carreira ao ladode Lincoln. “Comecei a trabalhar

como crooner na banda do Ed Lin-coln no final dos anos 60. Cantei

de 1968 até 1970 e, com certeza, foimeu chão, onde desenvolvi toda a

técnica do improviso. Sem dúvida,trabalhar com Ed Lincoln foi mui-

to importante para a minha carrei-ra. Devo muito a ele!”, elogia.

A importância de Ed Lincolnpara a música brasileira, porém,

vai além das misturas musicais,das parcerias e das descobertas de

talentos. Lincoln foi um dos pio-neiros no uso da tecnologia em

prol da criação musical, especial-mente com o uso do sintetizador.

Ainda nos anos 80, período emque o analógico reinava soberano,

aprofundou seu interesse na par-ceria entre a música e o computa-

dor. Um dos resultados de suas pes-quisas veio em 1988, quando lan-

çou Toque Novo, álbum gravado emum microcomputador.

O INÍCIOEduardo Lincoln Barbosa Sabóianasceu em Fortaleza, Ceará, em 31

de maio de 1932. Ainda na capitalcearense, esboçou uma carreira de

jornalista, trabalhando como revi-sor e redator no Jornal do Povo. Em

1951, decidiu se mudar para o Riode Janeiro, então capital da Repú-

blica, onde começou a carreira ar-tística tocando baixo em clubes e

jam sessions.Ainda nos anos 50, trabalhou ao

lado de Luiz Eça e Dick Farney –além de conhecer nomes como

Johnny Alf – e fez parte dos con-juntos de casas noturnas, como o

Trio Plaza (Lincoln no baixo, LuizEça no piano e Paulo Ney na guitar-

ra), que tocava no Hotel Plaza, como qual chegou a gravar um disco,

Uma Noite no Plaza. Quatro anos sepassaram desde sua chegada ao Rio

até que Lincoln montasse seu pró-prio conjunto e fizesse sua primeira

gravação, com o compacto AmanhãEu Vou / Nunca Mais.Do contrabaixo para o piano e, maistarde, para o órgão Hammond, foi

um pulo. Foi com esse instrumento,em especial a partir dos anos 60, que

Lincoln lapidou sua identidade mu-sical, o tal samba suingado, feito para

os salões de dança.“Ed Lincoln, Durval Ferreira e

Orlandivo foram os responsáveispelo surgimento do sambalanço,

do samba-jazz e do samba-rock.Seu conjunto de baile foi o me-

lhor do seu tempo. Era o únicoconjunto de baile que tinha mú-

sica própria, que era feita por elemais Silvio César, Durval Fer-

reira, Orlandivo e Humberto Ga-rin. Músicas que logo se transfor-

maram em sucessos através dosdiscos que ele lançou nos anos

60. Artur Xexéo definiu muitobem o som de Ed Lincoln: ‘Ele

fazia a bossa nova dançante’”, re-corda Emílio Santiago.

ACIDENTEEm 1963, ano em que lançou o clás-sico Seu Piano e Seu Órgão Espetacu-

Ed Lincoln era conhecido como Rei dos Bailes

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lar, álbum com releituras para músicas

como Só Danço Samba e Influência do Jazz,Ed Lincoln sofreu um grave acidente au-

tomobilístico, que o obrigou a uma recu-peração que durou sete meses. Em 1964,

já curado, lançou o disco A Volta, e deu,nos anos seguintes, prosseguimento à

bem-sucedida trajetória nos bailes.A década de 70 começou com novidades

na carreira, com o músico passando a sededicar mais a jingles e trilhas sonoras.

Sempre ligado em tecnologia, antecipouo futuro ao fazer experiências com o uso

do computador na criação musical aindanos anos 80, e lançou Toque Novo, grava-

do em um computador, em 1988.Nos primeiros anos do novo século, sua

obra começou a atrair a atenção de DJsbritânicos. Nessa época, Ed Motta con-

vidou o músico para tocar órgão na mú-sica Conversa Mole. Ed Lincoln voltou

aos palcos, depois de décadas deafastamento, em 2003,

quando se apresen-tou na série de shows

Sambalanço, a Bossaque Correu o Mundo e

no espetáculo Sauda-de Fez um Samba, am-

bos no Rio.A saúde frágil – espe-

cialmente em funçãodos problemas pul-

monares e de coluna,ainda consequências

do acidente de 1963 –fez com que Ed Lin-

“Ed Lincoln teve

uma grande

importância na

música brasileira e,

por que não dizer,

na música

mundial. Com seu

jeito peculiar de

tocar o órgão, ele

foi um dos

criadores do

sambalanço, como

era chamado na

época, nos anos 60

(Tony Tornado)

coln se mudasse para Petrópolis, Re-

gião Serrana do Estado do Rio. Elevoltou aos estúdios, porém, em 2007,

para gravar uma participação na faixaSem Compromisso, com Marcelinho

Da Lua.Em 2010, o cineasta Marcelo Almeida

filmou o documentário Ed Lincoln – ORei do Sambalanço, atualmente em fase

de finalização. Em 2011, a gravadoraDiscobertas lançou a caixa O Rei dosBailes, com seis discos gravados por EdLincoln nos anos 1960.

Durante a carreira, o músico lançoutrabalhos pela gravadora Musidisc, da

qual foi diretor musical e arranjador, echegou a fundar o próprio selo, o De-

Savoya. Eventualmente, lançava dis-cos com a assinatura de grupos fictíci-

os, como The Lovers e 4 Cadillacs. Suatrajetória foi marcada por parcerias com

músicos como Bebeto Castilho, Wilsondas Neves, Durval Ferreira, Humberto

Garin, Celinho, Cláudio Roditi, LuizAlves , Paulinho Trompete , Alex

Malheiros e Márcio Montarroyos,entre muitos outros.

“Ed Lincoln teve uma grande impor-tância na música brasileira e, por que

não dizer, na música mundial. Comseu jeito peculiar de tocar o órgão, ele

foi um dos criadores do sambalanço,como era chamado na época, nos anos

60, o que hoje nós conhecemos porsamba-rock. Sem contar os inúmeros

artistas que foram influenciados porele”, lembra Tony Tornado.

Emilio Santiago, uma das descobertas de Ed Lincoln Tony Tornado foi crooner de Ed Lincoln

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LUIZ

CAR

LOS

SÁ |

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Blues BoyBlues Boy

á falei aqui que detesto necrológios. Eles me chei-

ram à Academia Brasileira de Letras, que sofrecom aquele monte de gente à sua porta secando nossos

pobres velhinhos literatos, de olho em suas cadeiras.Mas que fazer quando se leem na imprensa aqueles ar-

tigos urubuzentos, muitas vezes prontos de antemão eporcamente pesquisados por estagiários incompeten-

tes, escravos da Wikipédia, que ignoram o fato de que ofuturo só existirá com brilho se conhecermos o passa-

do e prestarmos atenção ao presente? Simples: justiçaa quem se foi.

J

Assim é que hoje tenho que falar do Celsinho. Que figu-ra! Bastou uma jam session onde o escutamos no velho

Teresão, espaço ícone das jams de rock do Rio dos 70para que eu e meu parceiro Guarabyra praticamente o

raptássemos para a nossa banda de apoio, virgem de es-trada aos recentemente feitos dezessete anos. Gua-

rabyra não demorou a apelidá-lo de “Blues Boy”, dada aveneração que ele dedicava a B.B.King, apelido que a

princípio ele renegou por óbvio, mas que colou de ma-neira a tornar-se sua marca indelével, coroada afinal

pelo respeito dedicado a ele pelo próprio B.B. , num raroe admirável bate-e-volta de gerações e admirações.

Acredito que nossa banda tenha sido a primeira aforçá-lo a seguir outros caminhos que não o rock’n’roll

puro que ele tocava naquele tempo. Acontece que ao

básico ele somava uma misteriosa originalidade, umalinguagem toda sua, feita por dedos então ainda alhei-

os a efeitos de pedaleira, uma coisa única, carismática,que nos conquistou à primeira vista. Mesmo sabendo

que nosso “rock rural” podia não ser a praia daquelegaroto aguerrido, nós fizemos questão de conquistá-lotambém. E fomos pra estrada numa sucessão de shows,

broncas, abraços, tombos, fracassos e sucessos, numadas fases mais turbulentas dos nossos quarenta anos de

carreira. Rebelde a quaisquer combinações prévias quecheirassem a “ensaio”, Celsinho saía-se com improvi-

sos inesperados, às vezes geniais, outras totalmentefora do contexto, que piravam nossa cabeça para o bem

ou para o mal... mas naqueles breves dois anos em queestivemos juntos, tornamo-nos amigos para sempre.

Radical em suas opiniões imediatistas e baseadas emdados aleatórios juntadas por sua cabeça de menino

FORMIGAS E CIGARRASFORMIGAS E CIGARRASbye, bye,

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

solitário, Celsinho arrumava uma encrenca por minuto.Mas acho que essa pseudo-rebeldia era apenas um ponto

de escape, mais admiravelmente exposto na sua maneirade tocar que em sua maneira de falar. Ele nada mais era que

um garoto romântico e idealista, que como outros iguaisescondia essa “fraqueza” atrás de uma atitude agressiva,

que com o passar dos anos amenizou-se na pessoa e per-maneceu em parte na sua guitarra, ao mesmo tempo forte

e melódica ao extremo, dando-nos de presente uma he-rança instrumental inimitável no gênero. Os presentes e

futuros guitarristas de blues e rock que me perdoem, masna minha nada modesta opinião eles vão ter que dar duro

pra chegar ao nível do Blues Boy.Vi Celsinho fazer coisas absolutamente extraterrestres na

sua Telecaster despedalada. Nosso grande desentendi-mento - na época em que ele estava em nossa banda - era

sua mania de correr pra frente do palco, aumentar ao má-ximo o volume da guitarra e fazer dez minutos de solo

numa música de três e meio. “Meu bom, as estrelas somosnós”, eu berrava na orelha dele, e ele voltava a contragos-

to pro fundo do palco, com cara de fúria, pra depois, nocamarim, me abraçar e pedir desculpas... E eu dizia então

pra ele: “Cara, você não é músico de acompanhar nin-guém, vai fazer tua carreira solo. Vai cantar também, fica

mais fácil”. Adoro imaginar que foram nossas discussõesque o empurraram para outro caminho. Mas agora vai fi-

car difícil saber disso com certeza.Encontramo-nos pela última vez no festival de Três Pon-

tas de 2010. Demos risada, lembramos nossos esotéricosanos de estrada, juntamos amigos e família em fotos inusi-

tadas e subimos ao palco para o que eu jamais imaginariaque seria nosso derradeiro encontro musical. Tocamos

juntos a “Primeira Canção da Estrada” e o “Pó da Estra-da”, músicas que ele adorava desde sempre. E acho que pra

reforçar a lembrança de dias passados, Celsinho recusou-se a chegar à frente na hora dos solos, tocando o tempo

todo ao nosso lado, com o brilhantismo e a originalidadede sempre, reforçados agora com a maturidade de um mú-

sico temperado por trinta anos de carreira.Meu querido Blues Boy, que saudades fiquei eu hoje de te dar

um daqueles esporros pelas extrapoladas de solos, de ter otrabalho de sentar contigo no camarim e te exigir discipli-

na onde ela não podia existir, porque você era um in-controlável míssil dono da própria trajetória. Quem me

dera poder te puxar da frente do palco e berrar na tua orelhaaquelas coisas que te convenciam a voltar lá pro fundo.Quem me dera poder receber tuas desculpas no camarim.

Mas o problema é que existem formigas e cigarras. E vocêera uma cigarra radical: não se escondeu do inverno, não

resistiu à neve, apenas se deixou levar, roçando as asas atéo último suspiro.

Ou melhor, até a última nota da sua inimitável guitarra.

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