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O Som da Copa na revista Backstage

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SOM NAS IGREJAS

SumárioSumárioAno. 21 - agosto/ 2014 - Nº 237

16 Vitrine

Conheça a nova série de pedaisBoss, série Waza Craft, os novoscubos para contrabaixo daOneal e o mais novo subwooferda Ciare.

22 Rápidas e Rasteiras

São Paulo tem novos índices daSubstituição Tributária (ST) eEquipo tem novo departamentode iluminação.

28 Gustavo Victorino

Confira as notícias maisquentes dos bastidores domercado.

30 Play Rec

Desatado é o novo trabalho deNano Vianna e Ready to Die

traz Iggy Pop de volta aocenário musical.

32 GigplaceA profissão de Operador deÁudio é o destaque dessemês em entrevista comAdriana Viana.

38 Microfones AEAPrimeiro microfone de fita da sérieNUVO, ele é ideal para uso close-upe aplicações de som ao vivo.

40 Coluna de arrayA Meyer Sound apresenta sua maisnova solução para ambiente reverbe-rantes. A Calcolumn incorpora flexi-bilidade e precisão.

42 Mixagem automática

Os modelos SCM 820, da Shure,vieram para proporcionar mixagemautomática mais precisa nas aplica-ções para broadcasting e gravaçãode áudio.

96 Vida de ArtistaDando continuidade à série sobrea história dos discos de sua carrei-ra, Luiz Carlos Sá chega ao Ante-

nas, que, na opinião do músico, nun-ca deveria ter tido outro nome.

NESTA EDIÇÃO

VTX na CopaOs eventos de abertura e encerramento do Mundial de Futebol,

realizados na Arena Corinthians e no Maracanã, ficaram sob res-ponsabilidade da Gabisom, que usou o sistema VTX.

Utilizada no Rio deJaneiro, durante as festas

que aconteceram no Parqueda Bola, no Joquei Clube,a tecnologia DOMO, uma

derivação da projeçãomapeada, fez sua estreia

em terras cariocas. Osresponsáveis pela produção

do evento apostaram nanovidade, trazida da

Europa, para encantarquem esteve no local

durante as transmissõesdos jogos do Mundial em

busca de diversão.

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CADERNO TECNOLOGIA

82 Vitrine

Novos equipamentos nomercado, como o Spot Beam,da Projet Gobos, e o RobinLEDBeam 100, da Robe.

CADERNO ILUMINAÇÃO88 Iluminação cênica

Adaptação e versatilidade. Dessa vez,uma aplicação prática, mostradadurante a mega apresentação dabanda Uriah Heep no Brasil.

54 Tecnologia

Embora presente no merca-do desde o início da décadade 80, só agora a Kurzweilveio redefinir o conceito deStage Piano.

58 Logic Pro

Assim como no Logic Pro 9,é possível aproveitar parte deprojetos finalizados em novosprojetos do Logic Pro X.

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaDINAP - Distr. Nacional de Publicações LTDARua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - MezaninoJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

Microfonando baixo elétricoHá diversas formas de obter resultados durante a microfonação do

contrabaixo. No entanto, duas questões podem causar um descon-forto inicial em uma produção: timbre médio e falta de definição.

62 Cubase

Em sequência ao artigo da ediçãopassada, aprenda a monitorarexplorando mais as possibilidades doControl Room.

66 Pro Tools

Que tal combinar efeitos e contruirnovas texturas ou extrapolar aaplicação de roteamento? Confiraalgumas possibilidades.

70 Ableton Live

No tutotial dessa edição, aprendacomo dar fundamentos à criação doRacks de Efeito, item já incluído nopacote original.

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COPA DO COPA DO SISTEMA VTX FOI O ESCOLHIDO PARA AS CERIMÔNIAS DE ABERTURA

m dos desafios era trabalhar com aslimitações do local. Arena Corin-

thians, ou Itaquerão, e Maracanã - doisestádios com características arquitetô-nicas bem diferentes -, não podiam ga-nhar o mesmo tratamento, embora emambos tenha sido usado o sistema VTX,da JBL. “No Itaquerão, a gente tem umaestrutura mais quadrada e no Maracanã,mais oval. No entanto, o PA é basica-mente o mesmo, os mesmos modelos decaixas, de subgraves, mas a disposiçãodas caixas e a quantidade foi diferente de

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

UAntes de o árbitro apitar o início do primeiro jogo e o final daúltima partida da Copa do Mundo 2014, centenas de espectadoresque estiveram na Arena Corinthians e no Maracanã assistiram àscerimônias de abertura e encerramento do Mundial de futebol. Osdois eventos musicais, que duraram pouco mais de vinte minutos,cada um, tiveram que seguir o tal “padrão Fifa” também imposto

à sonorização dos dois eventos, que ficou a cargo da Gabisom.

Da esquerda para a direita: GianBortolotti, Marina Stoll, KikaFernandes, Valter da Silva, Bruno

Pinho, Fernando Fortes, RenatoMuñoz (em pé), Vermelho, MarcosPossato, Paulinho Seminati,

Maurício KF e Fabio Mascote O SOM DA

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MUNDOMUNDO E ENCERRAMENTO DO MUNDIAL DE FUTEBOL

um estádio para o outro. No Mara-canã tivemos mais caixas do queno Itaquerão”, observou FernandoFortes, responsável por todo oprojeto de sonorização, incluindoo gerenciamento e coordenação defrequências dos sistemas sem fio -tanto da cerimônia de aberturaquanto na de encerramento.Um dos desafios da Arena Corin-thians indicados por Fernando eraa área livre a ser trabalhada. O vãolivre entre o campo e a arquibanca- Mascote da Copa 2014, ao fundo as caixas VTX

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da, por exemplo, é muito mais estreitodo que no Maracanã. Somadas a isso,há as necessidades técnicas de outrosprofissionais que precisam usar gruas,câmeras etc., restando uma área míni-ma para o posicionamento do PA.“No Maracanã, o vão livre já é maior,então tivemos mais liberdade e me-lhor condição de colocar o PA”, res-salta Fortes.Outra dificuldade em São Paulo foi comrelação ao próprio posicionamento dascaixas, porque existiam áreas que nãopodiam ser sonorizadas, como a área deentrevistas. “É claro que a prioridadedeles é a transmissão para TV, masestamos aqui e temos que fazer o melhortrabalho possível”, ressalta Fernando.“Tivemos que ter certo jogo de cinturapara nos adequarmos a eles, definironde podíamos pôr as caixas. Então essafoi uma das dificuldades que tivemosque enfrentar e tentar resolver da me-lhor forma. É lógico que poderia ser umtrabalho mais ideal, mas não podíamospendurar caixas, não podíamos fazerclusters pendurados no teto, então to-

das as caixas tiveram que ficar no grama-do, na região que foi delimitada para queelas fossem colocadas. Nos dois estádiostivemos que trabalhar com essa limita-ção”, completa. O problema de limitaçãonos dois estádios foi resolvido com o sis-tema VTX, da JBL, tanto no PA quantonos subs, mais amplificação Crown eprocessamento Lake. Para Fernando,esse foi o sistema que melhor se adequouàs exigências na sonorização. As primei-ras fileiras da arquibancada no Maracanã,por exemplo, onde o torcedor estava qua-se sentado na grama, não podia ter umacoluna imensa de caixas. “Esse torcedorestava muito no chão; então tivemosessa dificuldade, que era não atrapalhar avisão de quem estava sentado nas primei-ras fileiras”, comentou. “Acabada a ceri-mônia de encerramento, tivemos quedesligar todo o PA e recuá-lo para deixara área livre, porque repórteres e câmerasestariam ali e não podíamos atrapalhar avisão de ninguém”, falou.Além de ter mais liberdade para trabalhar,no Maracanã o número de caixas e conso-les pôde ser maior. Enquanto em São Pau-

Tivemos que tercerto jogo de

cintura para nosadequarmos a eles,

definir ondepodíamos pôr as

caixas. Então essafoi uma das

dificuldades quetivemos que

enfrentar e tentarresolver da melhor

forma

Digico usada no evento de encerramento do Maracanã (RJ)

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lo foram 46 caixas VTX V25 mais23 SUBS VTX S28, no Maracanã foipossível configurar o sistema com44 caixas mais 22 subs. O número de

Lista de equipamentos

LISTA MARACANÃ44 x Caixas de Som JBL VTX V2522 x Caixas de Som JBL TVX S2822 x Amplificadores Crown I-TECH HD4x350002 x Processadores Dolby Lake LP4D1204 x Monitores L’Acoustic 115XT HiQ01 x Console DiGiCo SD5 (PA)01 x Console DiGiCo SD7 (Broadcast)01 x Console DiGiCo SD10 (Monitor)02 x DiGiCo SD-Racks 56 in x 48 outsConexão entre DiGiCo via Optocore02 x Interfaces DiGiCo UBMADI / Playback 24 canaisSoftware QLAB para Playback / Trilha / Painel de Led01 x Microfone Shure Axient AXT200 com cápsula Beta58 (Wyclef)01 x Micrfones Shure Axient AXT100 com cápsula DPA4088 (VoxCarlinhos Brown)01 x Micrfones Shure Axient AXT100 com cápsula Shure Beta98(Percussão Carlinhos Brown)03 x Microfones Sennheiser SKM5200II com receptores SennheiserEM3732II (Ivete, Alexandre Pires, Shakira)02 x Microfones Shure UHF-R UR2 com cápsula Beta58 Uso Geral08 x Sistemas de In-ear Shure PSM100001 x Professional Wireless GX-8 Series Combiner02 x Antenas Professional Wireless PWS Helical LHCP01 x Antena Professional Wireless LPDA

LISTA ITAQUERÃO46 x Caixas de Som JBL VTX V2523 x Caixas de Som JBL TVX S2824 x Amplificadores Crown I-TECH HD4x350002 x Processadores Dolby Lake LP4D1202 x Console DiGiCo SD7 (Funcionando em total redundância)Conexão entre DiGiCo via Optocore02 x Interfaces DiGiCo UBMADI / Playback 24 canaisSoftware QLAB para Playback / Trilha / Painel de Led02 x Microfones Digitais Sony DWR-R02D (J-Lo)01 x Microfone Shure Axient AXT200 com cápsula Beta58 (Claudia Leite)03 x Microfones Sennheiser SKM5200II com receptores SennheiserEM3732II (PitBull)02 x Microfones Shure UHF-R UR2 com cápsula Beta58 Uso Geral06 x Sistemas de In-ear Shure PSM100001 x Professional Wireless GX-8 Series Combiner02 x Antenas Professional Wireless PWS Helical LHCP01 x Antena Professional Wireless LPDA

consoles também mais que dobrou.No Itaquerão, foram duas DiGiCoSD7 funcionando em redundânciacompleta, contra três consoles Di-

GiCo usados no estádio carioca:uma SD5, uma SD7 e uma SD10.Como consoles principais, foram 3DiGiCo, uma SD5 para o PA, umaSD7, que fez o broadcasting, e umaSD10 que fez o monitor. Para co-mandar, Valtinho (da Gabisom),no PA; Renato Muñoz, fazendo obroadcasting; e Paulo Seminati,fazendo o monitor. Tanto Valtinhoquanto Renato fizeram o monitore PA de todos os artistas - CarlosSantana, Alexandre Pires, IveteSangalo, Carlinhos Brown, Sha-kira e Wyclef.

ACÚSTICAPor ser oval, a acústica do Ma-racanã acaba por ser bem diferen-te do Itaquerão. “Pior, vamos di-zer assim, porque o oval aumentaa reverberação. Então a posiçãodo PA é para tentar minimizarisso um pouco mais. Lá no Ita-querão, tem um teto um poucomais rígido, então tivemos quefugir um pouco do teto, por causada reflexão. Em SP, tentamoscontrolar de um jeito, e no RJ, deoutro, mas são características di-ferentes, sim. E os estádios têmum som próprio, que é usado du-rante o jogo para fazer anúncios,

Rack de equipamentos no backstage do RJ

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como troca de jogadores, execução dohino nacional. Então nosso sistemade som foi exclusivo para a cerimô-nia”, observa Fernando.

MICROFONESPara os microfones, foram usados doissistemas de microfones sem fio, quetrabalharam na faixa de 470 MHz até806 MHz. “Para alguns artistas o sis-tema Axient, da Shure, e para outros,o transmissor 5200 com receptorEM3732II da Seinnheiser. In ear,estamos usando o PS1000 da Shure;Wycleaf e Santana pediram monitorde chão mas usaram o in-ear também”,enumera Fortes, acrescentando quetambém foi feita uma coordenação deRF e cálculo de frequência, cumprindosolicitação da Anatel, junto com a so-

licitação de uso temporário de fre-quências. De todo o projeto, a coorde-nação de RF era o ponto mais crítico,pois dentro do estádio, estavam libera-das cerca de 270 frequências para usodas redes de televisão e sistemas dopróprio estádio. Encontrar uma “bre-cha” livre de intermodulação e interfe-rência foi o desafio.Além do sistema de microfones paraos artistas, a Gabisom ficou responsá-vel por mandar o sinal para o sistemade ponto de todos os bailarinos e detodos que iam entrar no campo. “Éum rádio, é quase como se fosse umin-ear, só que não chega a ser um in-ear, é um radinho mesmo, que está re-cebendo uma frequência na faixa de70 MHz, e uma potência elevada de 6watts para transmitir informaçõespara todos os bailarinos e todos queestejam envolvidos. Eles conseguemouvir as trilhas sonoras e as deixas dostage manager, que vai o tempo todoinformando os tempos de entrada daspessoas”, explica Fernando.“Acho que sempre temos que usar anossa experiência, nosso jogo de cin-tura para tentar fazer o melhor. Eu fi-quei contente com o resultado doItaquerão. Lógico que tiveram algumasregiões que podem não ter sido ideais,mas tínhamos uma série de restrições enão tínhamos o que fazer. Aqui noMaracanã ficamos em uma situaçãobem mais confortável, porque o espaçoé muito maior”, completa.Digico usada no Maracanã

Técnicos durante a montagem dos equipamentos do evento de encerramento do Maracanã

De todo o projeto, acoordenação de RF

era o ponto maiscrítico, pois dentro

do estádio, estavamliberadas cerca de

270 frequênciaspara uso