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O Novo Modelo de Telecomunicações: Tramitação e Questões Polêmicas do PLC nº 79, de 2016 Marcus Martins [email protected]

O Novo Modelo de Telecomunicações ... - docs.ndsr.org · do Mandado de Segurança nº 34.562-DF, com requerimento de medida liminar 30/12/2016 Manifestação da ADVOSF ao STF Notificação

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O Novo Modelo de Telecomunicações: Tramitação e

Questões Polêmicas do PLC nº 79, de 2016

Marcus [email protected]

Tramitação na Câmara dos Deputados (PL nº 3.453, de 2015)

28/10/2015Apresentação do projeto pelo Dep. Daniel Vilela

Escopo:- Possibilidade de substituição, integral ou parcial,

do instrumento de concessão para autorização,constatada a efetiva competição do STFC comoutros serviços e aplicações substitutos, adepender da aprovação pela Anatel;

- Valor econômico relativo à substituição serácalculado pelo Poder Concedente e revertido eminvestimentos para a implantação deinfraestrutura de rede de alta capacidade;

- Definição de bens reversíveis: essenciais eefetivamente utilizados para a prestação do STFC;

- Possibilidade de renovação das concessões poriguais períodos (e não por uma “única vez”).

Aprovação pela CCTCI (relator: Dep. RogérioPeninha Mendonça)

Voto em separado, pela Deputada LuizaErundina, contrário ao parecer,acompanhado por outros cincoparlamentares).01/06/2016

30/08/2016Aprovação pela CDEICS (relator: Dep. LaércioOliveira)

Escopo:- Supressão da possibilidade de substituição

parcial da outorga;- Novo regime de gestão e autorização do direito

de uso do espectro radioelétrico;- Novo regime de autorização do direito de

exploração de satélite brasileiro;- Isenção do pagamento do FUST pelas empresas

de radiodifusão.

Aprovação pela CCJC (relator: Dep. SérgioSouza)

09/11/2016

Tramitação no Senado Federal (PLC nº 79, de 2016)

30/11/2016Recebimentopelo SenadoFederalDespacho àCEDNDesignaçãodo relator(Sem. OttoAlencar)

Apresentação,pelo relator,de parecerpelaaprovação,com emendade redação01/12/2016

06/12/2016Aprovação,em caráterterminativo,pela CEDN

Retorno do PLCao Senado

09/02/2017

Apresentaçãode recursoparaapreciação emPlenário (Sen.José Pimentel)08/12/2016

13/12/2016Apresentaçãode recursoparaapreciação emPlenário (Sen.Paulo Rocha)

Apresentaçãode recursoparaapreciação emPlenário (Sen.VanessaGrazziotin)16/12/2016

20/12/2016Apresentaçãodo Mandadode Segurançanº 34.562-DF,comrequerimentode medidaliminar

30/12/2016Manifestaçãoda ADVOSFao STF

Notificação doSenado paramanifestação(Min. CarmenLúcia)23/12/2016

Denegação dopedido deliminarMin. CarmenLúcia)16/01/2017

06/02/2017Decisão doMin. LuísRobertoBarroso,determinandoa análise dosrecursos e onãoencaminhamento à sançãoaté ojulgamentofinal do MS

31/01/2017Encaminhamento,pelo Senado, doPLC à sançãopresidencial

Análise de Mérito (PLC nº 79, de 2016)

Adaptação Concessão/Autorização

Autorização de Uso de

Radiofrequências

Autorização de Exploração de

Satélites

Isenção de pagamento de

FUST para a radiodifusão

Aplicação dos Recursos do FUST

Art. 2º: introdução dos arts. 68-A, 68-B e 68-C na LGTArt. 4º: alteração do art. 65 da LGTArt. 5º: alteração do art. 99 da LGT

Art. 6º: alteração do art. 132 da LGTArt. 13: revogação do parágrafo único do art. 64 da LGT

Art. 7º: alteração do art. 133 da LGTArt. 8º: alteração do art. 163 da LGTArt. 9º: alteração do art. 167 da LGT

Art. 13: revogação do art. 168 da LGT

Art. 10: alteração do art. 172 da LGT

Art. 11: alteração do art. 6º da Lei do FUST

?

Adaptação Concessão/Autorização

Art. 68-A. A Agência poderá autorizar, mediante solicitação da concessionária, a adaptação do instrumento de concessão para autorização,condicionada à observância dos seguintes requisitos:

I – manutenção da prestação do serviço adaptado e compromisso de cessão de capacidade que possibilite essa manutenção, nas áreas semcompetição adequada, nos termos da regulamentação da Agência;

II – assunção, pela requerente, de compromissos de investimento, conforme o art. 68-B;

III – apresentação, pela requerente, de garantia que assegure o fiel cumprimento das obrigações previstas nos incisos I e II; e

IV – adaptação das outorgas para prestação de serviços de telecomunicações e respectivas autorizações de uso de radiofrequências detidas pelogrupo empresarial da concessionária em termo único de serviços.

§ 1º Na prestação prevista no inciso I, deverão ser mantidas as ofertas comerciais do serviço adaptado existentes à época da aprovação daadaptação nas áreas sem competição adequada, nos termos da regulamentação da Agência.

§ 2º Ressalvadas as obrigações previstas nos incisos I e II, o processo de adaptação previsto no inciso IV dar-se-á de forma não onerosa, mantidosos prazos remanescentes das autorizações de uso de radiofrequências.

§ 3º As garantias previstas no inciso III deverão possibilitar a sua execução por terceiro beneficiado, de forma a assegurar o cumprimento dasobrigações associadas às garantias.

§ 4º O contrato de concessão deverá ser alterado para fixar a possibilidade de adaptação prevista no caput deste artigo.

§ 5º Após a adaptação prevista no caput, poderá ser autorizada a transferência do termo previsto no inciso IV, no todo ou em parte, conformeregulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, desde que preservada a prestação do serviço.

Adaptação Concessão/Autorização

Art. 68-B. O valor econômico associado à adaptação do instrumento de concessão para autorização prevista noart. 68-A será determinado pela Agência, com indicação da metodologia e dos critérios de valoração.

§ 1º O valor econômico referido no caput deste artigo será a diferença entre o valor esperado a partir daexploração do serviço adaptado em regime de autorização e o valor esperado da exploração desse serviço emregime de concessão, calculados a partir da adaptação.

§ 2º O valor econômico referido no caput deste artigo será revertido em compromissos de investimento,priorizados conforme diretrizes do Poder Executivo.

§ 3º Os compromissos de investimento priorizarão a implantação de infraestrutura de rede de alta capacidadede comunicação de dados em áreas sem competição adequada e a redução das desigualdades, nos termos daregulamentação da Agência.

§ 4º Os compromissos de investimento mencionados neste artigo deverão integrar o termo de autorização deprestação de serviços previsto no inciso IV do art. 68-A.

§ 5º Os compromissos de investimento deverão incorporar a oferta subsidiada de tecnologias assistivas paraacessibilidade de pessoas com deficiência, seja às redes de alta 4 capacidade de comunicação de dados, seja aosplanos de consumo nos serviços de comunicações para usuários com deficiência, nos termos da regulamentaçãoda Agência.

Adaptação Concessão/Autorização

Art. 68-C. Para efeito do cálculo do valor econômico mencionado no art. 68-B, serão considerados bensreversíveis, se houver, os ativos essenciais e efetivamente empregados na prestação do serviço concedido.

Parágrafo único. Os bens reversíveis utilizados para a prestação de outros serviços de telecomunicações,explorados em regime privado, serão valorados na proporção de seu uso para o serviço concedido.

Art. 65. ...............................

§ 1° Poderão ser deixadas à exploração apenas em regime privado as modalidades de serviço de interessecoletivo que, mesmo sendo essenciais, não estejam sujeitas a deveres de universalização.

Art. 99. O prazo máximo da concessão será de vinte anos, podendo ser prorrogado, por iguais períodos, sendonecessário que a concessionária tenha cumprido as condições da concessão e obrigações já assumidas emanifeste expresso interesse na prorrogação, pelo menos, trinta meses antes de sua expiração.

Adaptação Concessão/Autorização

Art. 132. É condição objetiva para obtenção de autorização de serviço a disponibilidade de radiofrequêncianecessária, no caso de serviços que a utilizem.

Dispensa a apresentação de projeto viável tecnicamente e compatível com as normas aplicáveis.

Ficam revogados o parágrafo único do art. 64 e o art. 168 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997:

Art. 64. Comportarão prestação no regime público as modalidades de serviço de telecomunicações de interessecoletivo, cuja existência, universalização e continuidade a própria União comprometa-se a assegurar.

Parágrafo único. Incluem-se neste caso as diversas modalidades do serviço telefônico fixo comutado, dequalquer âmbito, destinado ao uso do público em geral.

Adaptação Concessão/Autorização

Comentários

- Estabelecimento de uma definição geral de bens reversíveis, ora detalhada apenasno Regulamento de Controle de Bens Reversíveis (Resolução 477/2006), a partir daqual o valor da adaptação será calculado.

- A lista de bens reversíveis é dinâmica: a modernização efetuada na infraestruturade redes está sujeita ao instituto da reversibilidade.

- O valor original de aquisição dos bens reversíveis que constavam na lista de 2011,estimado pelo TCU em R$ 105 bilhões no ano de 2013, não se confunde com seuvalor presente, devendo ser considerada a depreciação dos preços dosequipamentos após sua instalação e uso.

- O valor da adaptação da concessão em autorização não está limitado ao cálculorelativo aos bens reversíveis, mas a diferença entre os valores esperados para aexploração nos regimes público e privado. Esse valor deve considerar, entre outros,o custo das obrigações de universalização que serão flexibilizadas, o ônus daconcessão (2% da receita do ano anterior ao do pagamento, a cada biênio) e ovalor dos bens reversíveis.

- Edição, pela Anatel, das Consultas Públicas nº 2 e nº 7, de 2017, antecipando aaprovação do PLC.

Adaptação Concessão/Autorização

Questões

- Se o valor de R$ 105 bilhões é “pós-verdade”, qual é a verdade? R$ 15 bilhões, R$ 16 bilhões, R$18 bilhões ou R$ 20 bilhões? Ou valor a ser estabelecido “por consultorias especializadas” combase no fluxo de caixa descontado?

- Os bens imóveis administrativos, sujeitos à reversibilidade de acordo com o Despacho nº2.262/2012-CD, de 21 de março de 2012, estão contabilizados nos cálculos da Anatel ou apenas osbens reversíveis “essenciais e efetivamente empregados na prestação do serviço”, nos termos doart. 68-C do PLC nº 79, de 2016?

- As novas autorizadas, responsáveis pelos investimentos em redes de alta capacidade (redes detransporte ou redes de acesso), poderão alocá-los fora da área original da concessão?

- Por que centralizar a utilização dos valores de adaptação nas mãos das concessionárias? Não seriamais interessante estabelecer mecanismos, como leilões reversos, para a aplicação dessesvalores?

- Por que não manter a concessão nas áreas sem efetiva competição, já que se propõe estabelecer,nessas áreas, o instituto da continuidade, próprio do regime público?

- Se o regime público não está sendo tacitamente extinto, qual a concessionária que não migrarápara o regime privado?

- Se o regime público está sendo tacitamente extinto, por que prever a prorrogação indefinida dasconcessões?

Autorização de Uso de Radiofrequências

Art. 133. .............................

Parágrafo único. A Agência deverá verificar a situação de regularidade fiscal da empresa relativamente aentidades integrantes da administração pública federal, podendo, ainda, quando se mostrar relevante, requerercomprovação de regularidade perante as esferas municipal e estadual do poder público.

Art. 163. ....................................................................................

§ 4º A transferência da autorização de uso de radiofrequências entre prestadores de serviços detelecomunicações dependerá de anuência da Agência, nos termos da regulamentação.

§ 5º Na anuência prevista no § 4º, a Agência poderá estabelecer condicionamentos de caráter concorrencial parasua aprovação, tais como limitações à quantidade de radiofrequências transferidas.

Autorização de Uso de Radiofrequências

Art. 167. No caso de serviços autorizados, o prazo de vigência será de até vinte anos, prorrogável por iguaisperíodos, sendo necessário que a autorizada manifeste prévio e expresso interesse e cumpridas as obrigações jáassumidas. ...................................................

§ 3º Na prorrogação prevista no caput, deverão ser estabelecidos compromissos de investimento, conformediretrizes do Poder Executivo, alternativamente ao pagamento de todo ou parte do valor do preço públicodevido pela prorrogação.

Ficam revogados o parágrafo único do art. 64 e o art. 168 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997:

Art. 168. É intransferível a autorização de uso de radiofrequências sem a correspondente transferência daconcessão, permissão ou autorização de prestação do serviço a elas vinculada.

Autorização de Uso de Radiofrequências

Comentários

- A Anatel tem adotado, nas últimas licitações, o prazo de 15 anos, prorrogável umaúnica vez. Ou seja, o preço mínimo estabelecido para essas licitações considerouum prazo máximo de 30 anos. Com a mudança proposta, as empresas passarão adeter o direito de uso para além do prazo originalmente pactuado, e porconsequência, por um valor subestimado.

- Pelas regras vigentes, o término do prazo do direito do uso de radiofrequênciaimplica a devolução da respectiva faixa ao Poder Público e uma posterior novalicitação. Com a regra proposta, as faixas já autorizadas e renovadas deixariam deser objeto de nova licitação, e o valor arrecadado, considerados os leilões e oseventuais ágios deles decorrentes, seria substituído por preço público arbitradopela Anatel.

- Valores arrecadados com a licitação das faixas de 1997 a 2015: R$ 31,85 bilhões.

- A disciplina proposta restringe a entrada de outros interessados, mantendo omercado restrito às atuais operadoras.

Autorização de Uso de Radiofrequências

Comentários

- “Essa possibilidade é particularmente reforçada na redação do art. 9º, que permitea prorrogação da autorização para uso de radiofrequências indefinidamente porperíodos de até 20 anos. Ainda que haja a previsão de pagamento pela prorrogaçãoou, alternativamente, de conversão desse pagamento em obrigação deinvestimento, esse artigo tem o potencial de criar uma barreira à entrada nomercado de faixas de radiofrequências”.

- “Assim, relegar a administração desse ativo à iniciativa privada pode criardistorções típicas de mercados do monopólio em favor das incumbentes, o queprejudica não apenas a evolução da competição nos serviços de telecomunicações,como também a disponibilização de faixas de frequência para outros usosconcorrentes”.

- Deve-se considerar ainda a evolução do uso das faixas e a impossibilidade de, apartir de aplicações ainda não previstas, determinar o valor para sua utilização.

Autorização de Uso de Radiofrequências

Questões

- É razoável estabelecer a prorrogação indefinida do direito do uso do espectro combase na possibilidade de restringir essa prorrogação?

- É razoável imaginar que o detentor do direito de utilização da faixa, que além deuso próprio poderá revendê-la, abra mão, voluntariamente, dessa “expectativa dedireito”?

- Não é obrigação do detentor da faixa manter seus investimentos até o fim do prazoda outorga, cumprindo as obrigações de cobertura assumidas bem como as metasde qualidade estabelecidas pela Anatel?

- Não é de conhecimento do detentor do direito de uso que “os equipamentos dosusuários e das redes são ajustados para operar uma determinada faixa” e que como fim da outorga seria necessário “um esforço de migração”?

- A experiência de realocação da faixa de 2,5 GHz, originalmente destinada àoperação do MMDS, é um bom modelo para defender a aprovação do dispositivo?

- É razoável abrir mão de novas licitações de espectro e das receitas delasdecorrentes “considerando que, na prática, foram realizados leilões por quase vinteanos e o mercado fundamentalmente manteve seus agentes”?

Autorização de Exploração de Satélites

Art. 172. O direito de exploração de satélite brasileiro para transporte de sinais detelecomunicações assegura a ocupação da órbita e o uso das radiofrequências destinadas aocontrole e monitoração do satélite e à telecomunicação via satélite, por prazo de até quinze anos,podendo esse prazo ser prorrogado, nos termos da regulamentação, desde que cumpridas asobrigações já assumidas.

..................................................

§ 2° O direito de exploração será conferido mediante processo administrativo estabelecido pelaAgência.

§ 3º O direito será conferido a título oneroso, podendo o pagamento, conforme dispuser a Agência,ser convertido em compromissos de investimento, conforme diretrizes do Poder Executivo.

Autorização de Exploração de Satélites

Comentários

- A supressão do processo licitatório para exploração do satélite brasileiro e apossibilidade de um número indefinido de prorrogações na respectiva licençapodem implicar queda de arrecadação para o erário e desestimular um ambientede competição no mercado de satélites.

- “Devido à escassez do recurso, mais uma vez surgem potenciais riscos dediminuição de competição”.

Questão

- Se a vida útil de um satélite é de 17 anos, não seria mais razoável, ao invés de seestabelecer renovações sucessivas de 15 anos, apenas alterar o prazo de direito deexploração para 20 anos, harmonizando esse prazo com os das concessões e dodireito de uso de radiofrequência?

Isenção de pagamento de FUST para a radiodifusão

Art. 6º .......................................................................................

IV - contribuição de 1% (um por cento) sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestaçãode serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, a que se refere o inciso XI do art.21 da Constituição Federal, excluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação deMercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação – ICMS, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamentoda Seguridade Social – COFINS.

Isenção de pagamento de FUST para a radiodifusão

PFE/ANATEL

Parecer nº 987/2013/PFE-Anatel/PGF/AGU, de 23/08/2013Processo de Apelação no Mandado de Segurança nº 2001.34.00.011095-0/DFTRF 1ª RegiãoApelante: Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – ABERTApelada: Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL

CONCLUSÃO[...]

e) Pela sujeição passiva das prestadoras do serviço de radiodifusão à incidência da CIDE-FUST, nostermos do art. 6º, inciso IV, da Lei nº 9.998/2000;

f) Pela desnecessidade de a receita advir diretamente do ouvinte ou telespectador para integrar a basede cálculo da CIDE-FUST;

[...]

j) Pela aptidão das receitas oriundas de propaganda, publicidade e merchandising, obtidas pelasprestadoras de serviço de radiodifusão, a integrarem a base de cálculo da CIDE-FUST, ficandorevogadas, em consequência, as manifestações anteriores desta PFE-ANATEL em sentido contrário;

k) [...] que a Anatel inicie as medidas necessárias à cobrança da CIDE-FUST sobre a receita operacionalbruta decorrente dos serviços de radiodifusão, como as provenientes de propaganda, publicidade emerchandising.

Isenção de pagamento de FUST para a radiodifusão

PGF/AGU

Parecer nº 02/2014/DIGEVAT/CGCOB/PGF, de 17/01/2014

CONCLUSÃO[...]

59. Em consideração aos argumentos apresentados pela PFE-ANATEL por meio doParecer nº 987/2013/PFE-Anatel/AGU, entendo ser possível a cobrança da CIDE-FUST em face das rendas auferidas pelas empresas prestadoras de serviço públicode radiodifusão de sons e imagens, abrangendo as rendas auferidas pela utilizaçãoda sua programação para veicular anúncios de publicidade e merchandising, sendonecessário, todavia, a readequação da Resolução Anatel nº 247/2000, para que aincidência do FUST não seja apenas sobre a prestação de serviço detelecomunicações remunerados por preço ou tarifa, já que se trata de uma restriçãonão prevista na Lei nº 9.998/2000.

Isenção de pagamento de FUST para a radiodifusão

Questão- É mesmo “heterodoxa” a interpretação defendida pela PFE/Anatel e ratificada pelaPGF em processo que pode ampliar a base de arrecadação do FUST?

Aplicação dos Recursos do FUST

Comentários

- “A lei do FUST limita seu uso para o fomento a serviços prestados em regimepúblico apenas. Ao silenciar sobre a alteração dessa condição, o projeto de lei crialacuna que tornaria ainda mais difícil a aplicação dos recursos do FUST, atrasandoobjetivos de massificação das telecomunicações”.

- A manutenção da disciplina legal do FUST só seria justificável no caso dapossibilidade de migração parcial da concessão para o regime de autorização, comoprevisto na redação original do PLC.

Questões

- Se todas as concessionárias migrarem para o regime privado, qual será adestinação dos recursos do FUST?

- Porque utilizar outro instrumento legal para fazer a alteração?