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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
O OLHAR DOS S
Resumo: Este trabalho discutcultura e as relações sociais coidentidade nos estudos de CastStrobel (2008) além de outros surda, propomos algumas reflegravados espontaneamente porcompartilhados via canais do Ycomo recurso metodológico flalcançando respostas e novas psão mutuamente representadoscultura, e identidades, inseridos
Palavras-chave: Surdos, Intérp
Introdução
O interesse desse artigo cons
que reconhece a cultura e
identidades. Nos interessa ta
construções indentitárias. N
Tradutores/ Intérpretes de L
estabelecem relações de pod
nestas relações. Seria ideali
imbricadas nessas relações,
1 Mestre em Educação Especial pgrupo de pesquisa “Surdez e abTradução e Interpretação de LibraLibras - Português e Guia-Intérpre
ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
I CONALIBRAS-UFU
ISSN 24
DOS SURDOS SOBRE OS INTÉRPRETES DE
ALTERIDADE E IDENTIDADE
EIXO: 3.4 Relação Tradutor Interprete /
Vânia de Aquino Albres, SANTIAGO,
discute sobre identidade em uma perspectiva sociolóiais como decisivas para a construção das identidades. e Castells (1999) e Hall (2014), na visão das autoras utros importantes pesquisadores na área tentamos sobs reflexões. Escolhemos fazer uma leitura de enunciate por surdos adultos sobre o profissional tradutor e is do YouTube, entre 2010 e 2015, nesse sentido a an
flexível de leitura de texto que tem como objetoovas perguntas para a área de pesquisa. Identificamos qntados e interpelados por inusitadas situações que deeridos em uma relação perene de alteridade.
, Intérpretes de Libras, cultura, identidade, alteridade.
o consiste em debater sobre identidade em uma pe
tura e as relações sociais como decisivas par
essa também pensar sobre como as relações de pod
ias. Nesse sentido, elegemos dois atores socia
s de Libras, que convivem e compartilham língu
e poder, tênues disputas, hostilidades veladas e de
idealista achar que um texto dá conta de aclara
ções, contudo trata-se de um passo no sentido d
cial pela UFSCar. MBA em Gestão de Pessoas pela UniA e abordagem bilíngue” – CNPQ. Coordenadora do curs Libras/ Português do Instituto Singularidades – São Paulotérprete para Surdocegos.
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
S DE LIBRAS:
rete / professor / aluno surdo
, Instituto Singularidades1
sociológica que reconhece a ades. Sob a compreensão de
utoras surdas Perlin (2006) e os sobre cultura e identidade nunciados em Libras, vídeos utor e intérprete de Libras e o a análise do discurso vem objeto de estudo o discurso, mos que Intérpretes e Surdos ue determinam sua história,
ma perspectiva sociológica
s para a construção das
de poder interferem nestas
sociais os Surdos e os
língua, cultura e entre si
e dependências cunhadas
aclarar todas as questões
tido de refletir mais sobre
UniA Educacional. Membro do o curso de Pós-graduação em Paulo. Tradutora Intérprete da
UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
essa temática. Portanto, noss
suas concepções sobre os
identidades.
O Surdo é um ser sociolin
minoritária caracterizada po
culturais, hábitos e modos d
identificatório dos surdos, c
construção de sua identidade
faculdade da linguagem, ine
sujeito surdo, na sua trajetóri
se defronta com a presença
um mundo de informações e
Kotaki e Lacerda (2011) r
adquiridas, o histórico geral
para construção de uma det
seu modo de atuação e inte
concepções elaboradas pelo
delicada e verdadeira celeum
do intérprete e portanto na su
Santiago (2013) explica que
realiza um ato social e ideo
relações de poder e constitu
sofrem intervenção e são d
produzem, implicando em di
Dentro de uma infinita rede
dois atores, Surdos e Traduto
desenvolvidas no seu cotidia
Construção Social da Ident
ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
I CONALIBRAS-UFU
ISSN 24
, nosso objetivo neste artigo é entender nos discur
re os intérpretes de Libras envolvendo relaçõ
ociolinguístico diferente, pertencente a uma com
da por compartilhar o uso de uma Língua de
odos de socialização., a Língua de Sinais é um ele
rdos, constituindo seu modo de apropriação do
tidade, sendo que por meio dela é que o surdo põe
m, inerente a sua condição humana (SKLIAR, 199
ajetória de vida, seja na educação, no trabalho ou e
sença do Tradutor/Intérprete de Libras, uma nece
ções e conhecimentos que não lhe são acessíveis de
011) revelam que o tipo de formação profissio
geral de cada intérprete, formam um conjunto de
a determinada identidade profissional, e que aca
e interação com os surdos. Sendo assim, é essen
s pelos tradutores/intérpretes de Libras sobre os
eleuma de pensamentos, estereótipos e crenças qu
o na sua identidade.
ca que o intérprete ao tomar a palavra, que não é
e ideológico, os sujeitos iniciam um processo ma
onstituição de identidades, e desta forma, os sent
são determinados pela posição social ocupada
em diferentes interpretações.
rede de interações que constitui a nossa sociedad
radutores/Intérpretes de Libras, suas identidades e
otidiano.
Identidade
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
discursos de alguns surdos
relações de alteridade e
a comunidade linguística
a de Sinais e de valores
um elemento aglutinante e
o do mundo, a base para
o põe em funcionamento a
R, 1995). Nesse sentido, o
o ou em atividades sociais
a necessidade para acessar
eis de outra forma.
fissional, as experiências
to de fatores que colabora
e acabam interferindo em
essencial refletir sobre as
re os Surdos, essa é uma
ças que interferem no fazer
não é sua, mas do outro,
sso marcado por conflitos,
s sentidos dos enunciados
upada por aqueles que o
ciedade, nos interessa estes
ades e as relações de poder
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No tocante à essa temática, i
estudos de Castells (1999) q
que a construção social da id
poder. Pare ele, do ponto d
sua construção “se vale d
instituições produtivas e rep
aparatos de poder e revelaçõe
três formas e origens de cons
IdentiintuitoIdentiposiçõconstrprincíIdentimatersua posocial(CAS
Em consonância com Caste
posição de destaque, no que
que se defende da ideologia
autor, estas identidades não p
sociais e de poder, os sujeito
a passar de uma forma de ide
Hora reverberamos as crença
simbólicas diferenciadas do
organização social em que
comunidades vivem a comb
sentido, observamos a seguin
“dentr
tal mo
A ide
(HAL
Partindo do pressuposto de
conta suas batalhas, perdas e
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tica, iniciamos com a compreensão de identidade e
999) que enfoca a discussão na identidade coletiv
l da identidade ocorre sempre em um contexto mar
onto de vista sociológico, “toda e qualquer identid
ale da matéria-prima fornecida pela história,
e reprodutivas, pela memória coletiva e por fan
elações de cunho religioso” (CASTELLS, 1999, p
e construção de identidade:
Identidade Legitimadora: introduzida pelas instituições domintuito de expandir e racionalizar sua dominação em relaçãoIdentidades de resistência: criada por atores quposições/condições desvalorizadas e/ou estigmatizadas peconstruindo, assim, trincheiras de resistência e sobreprincípios diferentes dos que permeiam as instituições da soIdentidade de projeto: quando os atores sociais, utilizandmaterial cultural ao seu alcance, constroem uma nova idensua posição na sociedade e, ao fazê-lo, de buscar a transformsocial [...]. (CASTELLS, 1999, p. 24, grifo nosso).
Castells, observamos que a “identidade de resist
o que tange a discussão de identidade e relações
logia dominante e reforça os limites da resistência
s não permanecem da mesma forma no decorrer do
ujeitos se transformam, transformam seu pensar e
de identidade para outra.
crenças e ideologias dominantes, hora nos identific
as do construto social dominante. Isso acontec
que vivemos, ocidental e capitalista, globalizad
combater a exclusão de natureza política, econôm
seguinte explicação de Stuart Hall:
“dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando e
tal modo que que nossas identificações estão sendo constan
A identidade plenamente unificada, completa, segura e c
(HALL, 2014, p.12)
to de uma comunidade imaginada que compartilh
erdas e conquistas dentro da compreensão de iden
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
idade e suas facetas, sob os
oletiva e na concepção de
to marcado por relações de
identidade é construída”, e
tória, geografia, biologia,
or fantasias sociais, pelos
999, p. 22). Castells aponta
es dominantes da sociedade no elação aos atores sociais [...]. s que se encontram em das pela lógica da dominação, sobrevivência com base em
s da sociedade [...]. lizando-se de qualquer tipo de a identidade capaz de redefinir ansformação de toda a estrutura
resistência” se coloca em
ações de poder, no sentido
tência. Todavia, segundo o
rrer do tempo, nas relações
sar e seu agir, e podem vir
entificamos com estruturas
contece principalmente na
balizada, onde minorias e
econômica e social. Nesse
ando em diferentes direções, de
onstantemente deslocadas. [...]
ra e coerente é uma fantasia”
partilha de experiências e
e identidade espaço-tempo
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apresentado por Hall (2014
Castells (1999), iniciamos
contradições e suas lutas.
identidade dos Tradutores/ I
comunidade surda, e criam
Sociedade.
Identidade e Cultura Surda
Dada a introdução da temáti
aproximar as questões inde
Tradutores/ Intérpretes que
dessa mesma comunidade p
relação de “simbiose”, por a
o outro, sobretudo, na sua d
exercer sua profissão.
Na visão da autora surda Str
existência da cultura surda”
cultura ouvinte e hegemôni
autora explica ainda que ex
normas hegemônicas, pensa
esse é um pensamento impos
Cabe aqui uma ressalva sob
simples de se alcançar, qu
caracterizados como cultura
com cultura em si. O enten
2 A crença de que crianças su
ouvintismo consiste em uma
resistindo ao modelo oralista e
clínicas para a cura da surd
comunidade surda é um pro
eficácia em proporcionar ao su
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(2014). E da compreensão de identidade de resis
amos a reflexão sobre a comunidade surda e s
lutas. Dessa base, tentamos decifrar o processo
ores/ Intérpretes de língua de sinais que se coloca
criam novas representações do seu “eu” no ol
Surda na relação entre Surdos e Intérpretes de
temática e com base nos estudos de Castells e Hal
s indenitárias inerentes à comunidade surda e
s que servem à essa comunidade e se servem do
dade para construir sua identidade, de certa form
, por assim dizendo, uma relação alteritária, que o
sua diferença, entendimento esse que habilita o T
da Strobel (2008, p.79) “há grande dificuldade da
surda”, para ela os ouvintes julgam a cultura sur
emônica, baseiam-se num “universalismo”, nega
que existem surdos que se acomodam e se subm
pensando que desta forma é mais fácil obter suc
imposto pela sociedade ouvintista2.
va sobre o conceito de cultura surda, destacamos
ar, que muitos traços de personalidade dos su
ultura em um entendimento raso e desatinado, entr
entendimento de cultura deve estar relacionado
surdas que se passam por ouvintes, se tornam ac
a forma de opressão à comunidade surda que por
sta e lutando pela existência de sua língua; e mais re
urdez, que envolve desde terapias até o implan
procedimento extremamente invasivo questionáv
o surdo a completude, dita pelos ouvintes, de forma
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
e resistência colocada por
a e suas narrativas, suas
rocesso de construção de
olocam em contato com a
no olhar do Surdo e da
es de Libras
e Hall, temos o intuito de
da e sua relação com os
em dos artefatos culturais
a forma por meio de uma
que o possibilita apreender
ita o Tradutor/ intérprete a
de da sociedade entender a
ra surda com base na sua
, negando a diferença. A
submetem aos valores e
er sucesso social, para ela
amos que este não é algo
os surdos são facilmente
o, entretanto não tem a ver
onado a história, condição
aceitáveis socialmente. O
por mais de 100 anos vem
is recentemente às soluções
lante coclear, que para a
nável no que tange a sua
ma equivocada.
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social, língua e práticas socia
relações de alteridade e pode
A maioria das narrativas des
de sinais, no entanto por ess
Strobel (ibd), a identidade s
precisa narrar sua cultura, c
opressão. Percebemos aqui
identidade de resistência colo
Entretanto, há que se estab
prevista nas discussões dos a
se renda às representações h
dominante, continuará não o
científicos e médicos que bu
reflete a cultura ouvinte majo
na construção de identidade e
A identidade e cultura das p
ambiente bilíngue e multicu
visual, de uma comunidade
considerada uma comunidad
sociedade nacional, com um
ouvintes de seu país (SUTTO
Bueno (1998) relata que não
exploratórias pelas quais a m
de dominação de classe, de
também da problemática soc
injusta aceita, mas não tende
Perlin, autora surda, indica q
sujeito (surdo e ouvinte), a
adentram como questões nec
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s sociais do povo surdo, em uma perspectiva mais p
e poder, e dimensões ideológicas.
as descrevem a identidade surda com base unicame
por esse viés os surdos podem ser vistos de form
dade surda precisa ser vista da ótica dos surdos,
tura, com o desafio, dentre outros, de emancipar o
s aqui, um posicionamento que se encaixa n
ia colocada por Castells.
estabelecer uma diferenciação na questão da s
s dos autores apresentados. Por mais que o sujeito
ções hegemônicas, que identifique-se com o modo
não ouvindo. Render-se não o fará ouvinte, a d
que buscam a cura da surdez, a surdez é uma cond
e majoritária, há um impeditivo natural e real, que
idade e na história do povo surdo.
das pessoas surdas apresentam complexidade, poi
ulticultural. Por um lado as pessoas surdas fazem
nidade surda que pode se estender para além d
unidade que atravessa fronteiras. Por outro lado,
m uma língua de sinais própria e com culturas part
UTTON-SPENCE e QUADROS, 2006).
ue não se leva em consideração as formas conflituo
ais a moderna sociedade industrial se constituiu, q
se, de raça e de gênero que resultam numa visão
ica social da surdez. Hoje a diferença é aceita, no
tende a compreender de que diferença se trata.
dica que a diferença, a língua de sinais, a compree
te), a poesia e a escrita da língua de sinais, dentr
es necessárias à tradução da alteridade do sujeito s
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
mais profunda envolvendo
nicamente no uso da língua
forma estereotipada, para
dos, o povo surdo é quem
cipar os sujeitos surdos da
ixa na caracterização de
da surdez que não está
ujeito surdo, que não ouve,
modo de vida e a cultura
te, a despeito dos avanços
a condição social, que não
l, que interfere diretamente
de, pois elas vivem em um
fazem parte de um grupo
lém da esfera nacional, é
lado, fazem parte de uma
as partilhadas com pessoas
nflituosas, contraditórias e
ituiu, que envolve relações
visão abstrata e superficial
ta, no entanto, a sociedade
mpreensão das posições do
, dentre outros aspectos se
jeito surdo.
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MuitaSomoda culdesenp. 137
Na visão dos surdos, na cons
diferença e identidade, e ess
cultura em contraposição
QUADROS, 2006). Cabe res
narrativas de normalidade, de
anormalidade no uso da língu
Apreciados os discursos qu
resistência, tal como colocad
com esse “outro ouvinte”, o
pois interage e se constitui ta
surdos.
A atuação do intérprete env
intenso de alteridade. A ati
linguístico, a possibilidade
conhecimentos, culturas e d
confortável, a sua língua de s
A discussão a respeito do co
reconhecimento como prime
resistência desta comunidade
sujeito surdo; a resistência
atuação do intérprete corrob
intérprete não é forçado a agi
Nesse sentido, o conforto lin
interagir com o mundo por
condições de entender e
produzir sentido nos enuncia
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Muitas e produtivas abordagens são feitas hoje com os espaSomos artífices dessas trajetórias, identidades e territórios da cultura na pós-modernidade. Sentimos necessidade permdesenvolvemos a experiência humana. Este é o horizonte dap. 137)
a construção da sua identidade, o ouvinte é o outro
, e esse outro mobiliza o esforço de busca das or
sição ao colonialismo vivenciado em outras é
abe ressaltar que o colonialismo a que nos referimo
ade, de maior prestígio da língua oral e principalme
a língua de sinais.
sos que mais uma vez se externam aspectos de
olocada por Castells, passamos a nos debruçar nas
te”, o Intérprete de língua de sinais, que pertence
titui também a partir dela, contudo, não deixa de s
te envolve, língua, cultura e identidade, em um p
A atividade do Intérprete abrange proporcionar
idade de tomar conhecimento integral dos mais
as e discursos por meio de uma língua que lhe
ua de sinais.
do conforto linguístico por meio da Libras adquire
primeira língua para comunidade surda e sobretu
nidade à imposição de padrões e dos estereótipos
ência empodera e permite aos surdos contar e f
corrobora para esta resistência, já que o surdo,
o a agir como ouvinte.
rto linguístico compreende a situação de uma pesso
o por meio de uma língua que lhe é natural, lín
interpretar o mundo de maneira completa e
nunciados nessa língua (SANTIAGO e ANDRADE
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
s espaços da produção cultural. tórios que envolvem os sujeitos e permanente de horizonte onde onte da cultura (PERLIN, 2006,
o outro com sua alteridade,
das origens da sua própria
tras épocas (PERLIN E
ferimos está relacionado as
ipalmente da concepção de
tos de uma identidade de
ar nas relações dos surdos
tence à comunidade surda,
xa de ser o “outro” para os
um processo de interação
ionar ao surdo o conforto
s mais variados assuntos,
e lhe é de fato acessível,
dquire força a partir do seu
obretudo como alicerce na
ótipos criados em torno do
ar e fazer sua história. A
surdo, com a presença do
a pessoa comunicar-se e de
al, língua essa que lhe dá
pleta e significativa, e de
RADE, 2013).
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Dentre as questões que envo
aqui a discussão sobre profi
(no Português e na Libras)
interessante ressaltar que a
primeira língua será sempre
que para os intérpretes de Lib
constante objetivando uma d
Já sobre os outros aspectos,
Quadros (2006), ao discorr
intérpretes são ouvintes, pod
cultura híbrida, na relação de
Silva (2012) coloca que o i
como a conversa entre surd
veículo de comunicação en
guardas, advogados, juízes
percorreram diferentes trajet
se irradia para diversos out
trajetória, hoje não relatam fa
O autor também explicita qu
Integração dos Surdos) e se
surdez como particularidade
expressam em outra língua q
torna a sua marca distintiva
podem prescindir da atuação
Este ator social e político,
religiosa, sobretudo como p
excluir da história da sua c
histórico acadêmico-científic
Nesse sentido, podemos inf
paulatinamente apagada a m
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e envolvem a atuação do intéprete de libras aponta
proficiência na língua, tendo em vista que o con
ibras) é impressindível para a atuação desse pr
que ao tratar de duas modalidades tão distinta
empre superior à da segunda para qualquer indiví
de Libras ouvintes, a busca e o estudo da língua de
uma das competências que sua atuação exige.
ectos, cultura e identidade, nos debruçaremos com
iscorrer sobre representações do “outro ouvinte
s, podem transitar entre as culturas ouvintes e su
ção de alteridade com os surdos.
ue o intérprete faz intermediações entre as conve
e surdo e seus familiares ouvintes, entre outras in
ção entre surdo e autoridades oficiais, como pr
juízes políticos e intelectuais. Segundo o autor
trajetórias, muitos deles iniciaram sua atuação no
os outros domínio. Apesar disso, muitos intérpret
tam fazer parte de uma comunidade religiosa.
cita que na luta política, a FENEIS (Federação Nac
e seus membros, atuantes em múltiplos domíni
ridade étnico-linguística, e portanto, em sua atuaçã
gua que não a Libras, mesmo que saibam falar o p
tintiva. Portanto, para que suas falas sinalizadas
tuação de intérpretes de Libras (SILVA, 2012).
lítico, não se define neste momento como intér
omo profissional. Isso se dá pelo fato de a própr
sua criação a presença de agentes religiosos cat
entífico na sua constituição.
os inferir que a formação do intérprete em con
a a medida em que ele se insira em outros context
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
apontadas acima, não cabe
o conhecimento linguísto
sse profissional. Porém, é
istintas, a proficiência da
indivíduo. O que significa
gua de sinais deva ser uma
s com mais afinco. Perlin e
uvinte”, explicam que os
s e surdas, formando uma
conversas de foro íntimo,
tras interações. É também
mo professores, policiais,
autor, estes profissionais
ção no contexto religioso e
térpretes que tiveram essa
ão Nacional de Educação e
omínios, performatizam a
atuação pública, jamais se
lar o português, a Libras se
izadas sejam ouvidas, não
intérprete com trajetória
própria instituição Feneis
os católicos, e enfatizar o
m contexto religioso seja
extos, como o político e
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o acadêmico. Por meio da
profissional relata fazer part
surdos não serem considerad
Contudo, devemos observar
vários momentos, e, portanto
horário de trabalho remuner
mútua que se constitui n
estranhamento nas relações
sentimento de ingratidão, pel
o apoio dos surdos. Dessa
voluntariamente a comunida
continuar sendo benquisto na
Observamos que essa é um
garantem a acessibilidade, n
interpretação e remunerar
cotidiano para o exercício cid
Nesse sentido, merecem se
militantes em defesa da Lí
prestígio na comunidade sur
desejos do povo surdo. Sob
constrói uma identidade de p
em uma relação de alteridade
constrói uma nova identida
comunidade surda.
Em contraponto, há també
legitimadoras, que conscien
normalização do surdo, que
ouvinte, que mesmo conhece
povo surdo. Este é o outro l
e que mantém uma hostilida
(2006) explica que “as iden
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io da comunidade surda também há uma certa h
er parte de comunidade religiosa, pelo fato de por
iderados capazes e autônomos.
ervar que, como dito, o surdo não consegue prescin
ortanto, é corriqueiro o surdo procurar o apoio do i
munerado, em uma relação de troca e, porque não
itui no cotidiano. A resposta negativa do in
lações estabelecidas dentro da comunidade surd
ão, pelo fato de ser aceito pelos surdos, e de se con
essa forma, é mais comum a resposta positiva,
unidade surda, também na relação de dependência
isto na comunidade surda, e manter o seu prestígio.
é uma questão em voga em países onde as po
ade, no Brasil o Estado não se organiza para o
erar o profissional para atuação comunitária, s
ício cidadania pelos surdos.
em ser lembrados os intérpretes de Libras qu
da Língua Brasileira de Sinais e das causas do
de surda por se engajarem, sobretudo por internali
o. Sobre as identidades descritas por Castells, o
e de projeto, ele não é o oprimido mas se coloca n
ridade. Ele é um ator social que se apropria da cult
entidade capaz de redefinir sua posição na soc
também “intérpretes de Libras”, que se aproxim
nscientemente ou inconscientemente objetivam
, que ainda veem sobre sua responsabilidade mold
onhecendo a língua de sinais não entende a cultura
utro lado da moeda, que reforça a identidade de re
stilidade e tênues disputas nas relações entre estes
s identidades dos ILS não preenchem muitas das
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
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erta hostilidade quando o
de por estas instituições os
prescindir do intérprete em
io do intérprete fora do seu
ue não dizer, dependência
do intérprete causa um
e surda, e traz à tona o
onstituir intérprete com
sitiva, o intérprete atender
ência, pela necessidade de
stígio.
as políticas públicas não
ara oferecer o serviço de
ia, serviço necessário e
ras que são considerados
sas dos surdos. Estes têm
ternalizarem as angústias e
lls, o intérprete de Libras
loca no lugar do oprimido
da cultura ao seu alcance, e
na sociedade e perante a
proximam de identidades
ivam com seu trabalho a
e moldar o surdo à cultura
ultura surda e a história do
e de resistência dos surdos,
estes atores sociais. Perlin
as das exigências culturais
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dos surdos. Questões de per
em relação à cultura”.
Metodologia
A tecnologia, mídias
veiculação de informação p
Libras e o compartilhamento
Para além do estudo
enunciados em Libras, víd
profissional tradutor e intérp
postados entre 2010 e 2015.
entanto o os critérios para e
que de alguma forma em
intérprete de Libras. Para fin
foram traduzidos para o portu
No campo da pesqu
instrumento de coleta de dad
[...] pinternconsoda pmetodinsipi
Diante dessa nova realidade,
da sociedade, elencamos est
circula espontaneamente, e,
(2004) não há objeto científ
qualquer domínio, o objeto
texto no seu sentido mais am
A análise do discurso vem c
como objeto de estudo o
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de pertença e de vínculo são frequentemente conte
ídias e redes sociais têm se constituído um exce
ção para e pelos surdos, possibilitando o registr
mento destes registros.
studo do arcabouço teórico, o nosso trabalho cons
s, vídeos gravados espontaneamente por surd
intérprete de Libras e compartilhados via canais
2015. Não fazendo restrição de raça, cor, credo, r
para escolha dos vídeos, inclui sujeitos surdos ad
a em seus enunciados deixam claro serem usuá
ara fins de análise e apresentação no artigo, os re
o português.
pesquisa, as imagens e vídeos como objeto d
de dados vem ganhando recentemente credibilidade
[...] podemos afirmar que os usos da videogravaçãinternet vêm ganhando um espaço cada vez mconsolidando praticas culturais e criando novos hábitoda pesquisa, embora ganhando crescente credibmetodológicas sobre o uso desses aparatos técniinsipientes (SOUZA, 2007, p. 81).
idade, o uso das mídias e das redes sociais por ond
os esta via de coleta de dados, onde o pensamen
nte, e, portanto, uma valiosa fonte textos e discu
científico que não seja discursivo, isto é, mediati
o de pesquisa é objeto falado. O objeto das c
ais amplo e mais específico, pronto para ser interpr
vem como recurso metodológico flexível de leitu
o o discurso, essa metodologia cobre uma la
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
e contestadas pelos surdos,
excelente instrumento de
registro de enunciação em
o consiste na leitura destes
surdos adultos sobre o
anais do YouTube, vídeos
redo, religião profissão, no
dos adultos sinalizadores e
usuários do serviço do
, os recortes dos discursos
jeto de análise ou como
ilidade científica.
ravação, da fotografia e da ez maior na vida social,
hábitos, por outro, no campo redibilidade, as discussões técnicos são ainda muito
or onde circulam os dizeres
samento e o conhecimento
e discursos. Para Amorim
ediatizado pelo texto. Em
das ciências humanas é o
nterpretado.
e leitura de texto que tem
ma larga amplitude a de
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abordagens de deferentes
perguntas para o fazer as ciên
Resultados e discussão
Apresentamos alguns recorte
artigo, optamos em trazer ap
discurso se desenrola nas tram
Contextualizando os primeir
vídeo foi postado no YouT
uma discussão entre surdos
partiu da reclamação de um
em discussão o pensamento d
[...] E
eu ve
que n
bem.
tem q
Daniel se posiciona em relaç
tem que dar apoio. Esta dis
intérprete educacional e o alu
dependência, de alteridade. E
social a expectativa de que
intérprete por vezes se sente
o aluno. Há que se levar em
vários momentos, mas a reci
surdo, essa é uma relação de
educacional, e que institui di
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ntes origens teóricas, que busca no discurso
as ciências humanas.
recortes com dizeres de surdos sobre os intérpretes
zer apenas os dizeres dos surdos, mas a pesquisa
as tramas dos ditos e dos não ditos.
rimeiros recortes são do enunciador que chamare
YouTube e compartilhado nas redes sociais sobre
urdos sobre como deve ser a postura dos interpre
e um surdo nas redes sociais, e da resposta de ou
ento dos surdos sobre os intérpretes.
...] Eu estudei cinco anos em uma universidade e se
u vejo os surdos de outras salas, em outros espaços e
ue não consegue ir bem na prova a conta do intérpre
em. _!me desculpe! o intérprete não tem que dar a
em que dar cola [...]
relação à discussão em voga, diz que se apoiar é
sta discussão parece simples e superada, mas é p
e o aluno surdo. E nessas situações evidenciamos r
ade. Existem expectativas da interação com o outr
e que com a presença do intérprete o aluno vá b
sente o único responsável, o que pode influenciar a
ar em consideração que o surdo não pode prescin
a reciproca é mais que verdadeira, o intérprete nã
ção de dependência que se constitui o cotidiano da
itui diferentes identidades, legitimadoras, de resistê
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
curso respostas ou novas
rpretes de Libras. Para este
quisa dentro da análise do
amaremos de Daniel, esse
sobre ética, em resposta à
nterpretes na universidade,
de outro surdo que coloca
e sempre tive intérprete e
ços e os surdos reclamando
rprete de que não trabalha
ar apoio na resposta, não
poiar é dar cola, então não
as é perene na relação do
amos relações de poder, de
o outro. Há no imaginário
vá bem nos estudos, e o
nciar a postura de “ajudar”
rescindir do intérprete em
ete não pode prescindir do
no da atuação do intérprete
resistência, e não obstante,
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identidades de projeto, onde
estruturas sociais.
Daniel continua seu discurso
determinadas posturas tanto
facilitar a vida dos surdos
atenção dos seus interlocutor
[...] o
causa
profis
[...] O
com
éticos
dessa
ele n
conse
[...]
Dentre outras ricas colocaçõe
de atenção para surdos e in
para suas posturas, deixa s
enunciação reverbera entre o
YouTube, ele manda seu rec
Agora analisaremos outro ví
encontra na meia idade, ou s
ele também fala sobre o intér
se observamos o discurso a
discurso.
[...] E
não e
esforç
apren
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, onde estes atores sociais estabelecem novas postu
iscurso em uma reflexão interessante, pensando n
tanto dos surdos quanto dos intérpretes. Ele ind
rdos hoje, pode se reverter em uma barreira no
ocutores para isso, surdos e intérpretes.
...] o intérprete indica as respostas da prova, o surd
ausa da “ajuda” do intérprete, e depois, lá fora
rofissional? Vai saber o que fazer? _!Isso é uma incó
...] Os surdos estão criando confusão, tomem cuida
om as reclamações. E os intérpretes, tenha fidelida
ticos, façam um bom trabalho. Eu tenho visto vária
essas um intérprete me disse: coitado do surdo, eu
le não consegue passar. _ !Surdo não é coitado!
onseguir com seu esforço, arregaçar as mangas e su
...]
ocações em torno do tema, Daniel finaliza seu disc
s e intérpretes, denuncia suas percepções e alerta
eixa seu recado assumindo a identidade de pro
entre os vários comentários e mais de 1500 visua
seu recado para os intérpretes !Surdo não é coitado
tro vídeo a mensagem de um surdo de uma outra
e, ou seja, com um pouco mais experiência, iremo
o intérprete de Libras, mas seu discurso se apresen
urso analisado anteriormente. Então vejamos o qu
...] Eu conheço vários intérpretes, uns mais outros m
ão existe as vezes é bom as vezes é mais ou menos, o
sforçar para estar junto com surdo aprendendo co
prendendo língua de sinais e conversação. Eu
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posturas transformando as
ndo nas consequências de
le indica que o que pode
ira no amanhã e chama a
surdo acaba passando por
fora ele vai ser um bom
incógnita![...]
uidados com o que dizem,
elidade ao discurso, sejam
árias situações, mas numa
, eu preciso ajudar, se não
ado! _ !Surdo é capaz de
e superar as dificuldades!
u discurso com a chamada
alerta estes atores sociais
de projeto, enuncia e sua
visualizações somente no
oitado!
outra geração, que hoje se
iremos chama-lo de Jonas,
presenta de forma diferente
s o que Jonas trás no seu
os menos. Interprete 100%
os, o intérprete precisa é se
o convivendo com surdos,
Eu não quero saber de
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intérp
intérp
conhe
[...]
[...]
intérp
certif
robô,
poder
que é
exper
pales
saúde
expre
Jonas inicia sua fala, dizend
critica interpretes que tem f
Defende que os surdos dev
Libras usa um classificador
surdo”, que adquire e usa a lí
Nos remetemos aqui ao in
inserem de tal forma que i
surdos têm sobre diferentes
intérprete 100%, mas deixa d
apenas uma reflexão sobre
replicados e que reverberam
número de comentários é
mais de 6.000 pessoas, e des
nos comentários. Jonas reit
surda:
[...]
expre
tem
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ntérprete que não me faz entender claramente, eu
ntérprete falso. !Eu não quero saber! eu só qu
onheça, se é meu amigo se eu confio, se conheço a m
...]
...] O que não quero é que surdo perca tempo,
ntérprete entender para depois passar a informação.
ertificado do Letras Libras, mas por exemplo vai
obô, não tem expressão, usa apenas as mãos, pa
oder escutar e não tem expressão facial, parece qu
ue é um robô, chega disso o que o surdo que
xperiência que interprete de verdade que é que most
alestra é interessante e importante para o surdo, co
aúde do surdo por exemplo, e que o surdo entenda
xpressão corporal.[...]
dizendo que só aceita intérpretes que já têm exper
tem formação (diploma) e mesmo assim não são
s devem estar inseridos na comunidade surda, e
icador que indica que o bom intérprete é aquele
sa a língua de sinais como os surdos.
ao intérprete citado anteriormente, os intérprete
que incorporam a identidade de resistência e as
entes assuntos. No entanto no seu discurso Jonas r
deixa dúvida sobre o que quer dizer com 100%. N
sobre os pensamentos que se formam ideolo
beram o desejo de um grupo social. Falo isso, porq
consideravelmente maior do que o anterior, e
desta forma a fala “não tem intérprete 100%” fic
as reiteradamente fala do contato dos intérpretes
...] Intérprete deve se aproximar do surdo, ad
xpressividade, conviver na comunidade surda, ir em
em língua de sinais, não pode ir somente onde
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e, eu não quero saber de
quero intérprete que eu
o a mais tempo aí sim OK!
po, fique lá esperando o
ção. Tem intérpret que tem
vai sinalizar e parece um
, para de interpretar pra
e que está morto, parece
quer é o intérprete com
mostre o quanto assunto da
o, com informação sobre a
nda com expressão facial e
experiência e em seguida
ão são fluentes em Libras.
urda, em seu discurso em
quele que está “colado no
érpretes militantes que se
a e as concepções que os
onas revela que não existe
0%. Não trago uma crítica,
ideologicamente, que são
o, porque para este vídeo o
rior, e foi visualizado por
%” ficou marcada também
pretes com a comunidade
, adquirir a Libras com
ir em vários lugares onde
nde a Feneis te mandar
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interp
pedin
Quer
gosto
Perlin (2006), localiza o
territorialidade cultural. E ex
do que outros no meio do po
a cultura surda, isso emerge
O intérprete de língua de
referencialmente política. P
concepções que os intérprete
O trâ
romp
surda
sociai
Nesse sentido, devemos pen
espero que esperem de mim?
São relações dialógicas que
construção de identidades, du
Breves considerações
O Tradutor/ intérprete de lín
perene de alteridade, e sobr
compreende a cultura surda,
debruça sobre a língua de sin
Voltamos então ao questiona
demandas em torno da su
dependências estabelecidas n
que se estabelecem nas bases
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nterpretar, e ficar um tempão se contato com os
edindo desculpas que esqueceu os sinais. !Eu nã
uero intérpretes que possam interpretar tudo, qu
ostoso de ver [...]
za o intérprete sob três perspectivas: a trajetóri
l. E explica que alguns intérpretes de língua de sin
do povo surdo, reconhecidos como identidades m
erge de certas relações políticas de discursos refe
a de sinais na figura de cúmplice, passa pela
tica. Para a autora estas relações políticas es
rpretes ouvintes têm sobre os surdos.
trânsito do ILS nas fronteiras culturais exige que se
romper com uma série de artefatos coloniais como a
surda vista ainda figura subalterna, ou como inexisten
sociais (PERLIN, 2006, P. 144).
os pensar as relações sempre como uma via de m
mim? Como posso ajudar na transformação se nã
s que interferem nas posturas assumidas por surdo
des, durante o desenrolar dessas relações.
de língua de sinais se constitui sua identidade por
e sobretudo de poder, determinada na medida em
surda, vivencia experiências visuais, revive a hist
de sinais.
estionamento inicial, a presença dos intérpretes de
da sua atuação envolvem tênues disputas, hos
cidas na interação entre o sujeito surdo e o Intérpret
bases dessa relação de alteridade.
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os surdos, e depois ficar
u não quero saber disso!
, qualquer tema, que seja
ajetória, a identidade e a
de sinais são mais aceitos
des mais compatíveis com
s referentes à essa cultura.
pela reinscrição cultural
as estão imbricadas nas
que se esteja preparado para
omo a enunciação da cultura
xistente em algumas frações
a de mão dupla: O que eu
se não sou transformado?
r surdos e intérpretes. E na
por meio de uma relação
da em que ele se insere e
a história dos surdos e se
tes de língua de sinais e as
s, hostilidades veladas e
térprete, dois atores sociais
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Para os surdos há diferent
diferentes culturas para os o
sujeitos de maior contato co
pelo reconhecimento linguís
Sendo assim, a atitude do in
suas concepções e a as direçõ
A identidade do Tradutor/ in
verdadeiramente contraditó
contexto social em que viv
relacionam. Os Intérpretes
inusitadas situações que dete
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ferentes tipos de ouvintes, o que indica para e
a os ouvintes, e existem também grupos seletos n
ato com os surdos, como por exemplo os intérpret
linguístico dentro dessa comunidade (PERLIM e
do intérprete de língua de sinais em relação ao su
direções da construção de sua identidade.
tor/ intérprete de língua de sinais não é singular, ab
raditória, “pré-conceituosa” e “preconceituosa”
e vivem, pela comunidade e especificamente po
pretes e surdos são mutuamente representados
e determinam sua história, cultura, e identidades.
pesquisador e seu outro: Bakhtin nas ciências h
Silveira. Surdez, linguagem e cultura. In: Caderno
Vol. II: O poder da identidade. São Paulo: Paz e te
ade cultural na pós – modernidade/ tradução To11. Ed.- Rio de janeiro: Lamparina, [1992] 2014.
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Terceiro Nome, 2012.
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para eles que há também
letos nos quais incluem os
térpretes que atuam na luta
IM e QUADROS, 2006).
ao sujeito surdo denuncia
lar, abrangente, coerente, é
tuosa”, influenciada pelo
nte por cada surdo que se
tados e interpelados por
cias humanas. São Paulo:
erno Cedes, ano XIX, nº
az e terra, 1999.
ão Tomaz Tadeu da Silva,
inais. © ETD – Educação
: 1676-2592.
outro do ser surdo. In: Azul, 2006.
língua de sinais na pós-
Dissertação de Mestrado.
teves. Surdez e sociedade:
estudo: política linguística.
e a construção de uma
UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
SOUZA, S.J. Dialogismo acadêmica: questões éticas eS. (orgs.). Ciências humanas
STROBEL, Karin. As imag
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SUTTON-SPENCE, Racheltraços da identidade surda. IArara Azul, 2006.
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ismo e alteridade na utilização da imagem téticas e metodológicas. In: FREITAS, M.T..; SOUZmanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São
imagens do outro sobre a cultura surda. Floria
achel; QUADROS, Ronice Mullher de. Poesia eurda. In: QUADROS, R. M. de (Org.) Estudos sur
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SN 2447-4959
em técnica em pesquisa SOUZA, S. J.; KRAMER,
São Paulo: Cortez, 2007
Florianópolis: Editora da
oesia em língua de sinais: os surdos I. Petrópolis RJ: