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O PAO DA PADARIA ESPIRITUAL DirecUn—A NTONIO SA L LES. AMOU K lltAlt\|.no Gerente- SAB1XO BA PTIST.i Ml H. Fortaleza, 1; de Dezembro fle 1895. mia KXPKDIKXTK Assignatiiras por um trimestre 2$ü R) Numero avulso500 Pagamentos adiantados. t) Pão publica-se duas vezesporn.cz. Toda n correspondência deve ser dingidn ao nosso gerente, u rua do Major Fae.mdo n. 1.—Ceará. Sijm.mario :—Os quinze dias, Moaeyr Ju- rema;— Triste jornada, Antônio de Cas- tro;—A mão da mulher, Mello Rozonde; —Saudação a Natursza, Antônio Saltes ; —Peto Ser tão, José Carvalho;—Tèlesitji, Rodolpho Thoophilo; —Plágios e Pia- giarlos, Sablno Baptista'; Psalmos, Manoel Lobato;—Livio Barretto, Eduar- doSaboya:—Stepluine Alisrne' Lopos Kilho;—Álbum de estudos A 8. :—Pha- se*, Livio Barretto;—Aventuras do Ze Guedes, Antônio Bezerra;—Cariara. Os quisze dias Nao sei por onde comece a plagiar a resenha da quinzer i. Os assumptos, ú certo, andam por ahi a rodo, mas nao sao de qualidade a tonta- reni um chronista quo conhoce ouso da água fria, dos sabões, das esponjas o das "scovas. Pulnlam a esmo coisas sujas a quo s0 torço instlnctivamente o nariz, levando a elle. o lenço onde trosealam duas gottas de Irts blanc. O melhor que a gente faz é assostar nu binóculo invertido |>ara afastar do si umas tantas misoriasinhas que nos bor- iam a perspectiva e nauseiam a t.ituita- na. Parece que a nossa cidade, ao pa-so que *e alarga materialmente, vai-se estreita..- •Io moralmente, de formas a assumir as mesquinhas proporções mosologicas de um ogarejo matttito com todo o seu fervilha- monto de Intrigas, de picardias,' hishilho nces. Os espirites beni intencionados tem uma -ensaçao de asphyxia neste meio ingrato •• se predispõem a fuga com o açodamento Ie quem costeia mu monturo empestado :ior um animal o>n decomposição. Ku. que onti" outras pretonçncs ,|tt0 nu- 'ro para regalo intimo zam-a dos que ne nao gostam, acaricio a de -cr um ,.,- pirito avesso a essas mesquinharias a!- doas,— suttoco, positivamente suffoco. E dou graças a Deus quando passo um dia como o quo passei domingo ultimo em Villa-Adelaide, a risonha vivenda onde o felizardo do Bruno Jac.v se ahroquella con tra as torpezas urbanas entre os seus livros o a sua adorável prole. Sob a cupola do cajueiral, crivada pelas flechas de ouro de um niagniüeo sol, movia-so uma turba encantadora doVse- nhoras, cavalheiros e creanças, numa ala- cro profusão do roupagens claras, num chilreamento crystalino de vozes joviaes. As aves estavam um pouco desconfiadas com aquella invasão; mas, para nfto darem a asa a torcer, tomavam parte na festa sol- tando pios festivos por entro o emaranha- do dos ramos. As mezas pompoavam iguarias rescen- dentes, fruetos de polpas tentadoras e gar- rafas do feitios diversos e diversos colori- dos. 0 rancho do convivas se dividia em grupos que *o. entregavam a recreações múltiplas: - aqui diziam-se versos, ali can- tava-seao violão, alem contavam-se ano- doctas, mais adiante assaltava se oner- gicanionto um peru alentado ou um fiam- bre loirojante De casa chegavam As vezes aos ouvi- dos dos circunistantes trechos de tlou- nod, de .loneiéres, de Hach e de Ben- dei Do quando em quando a sala de visitas era invadida, o pares rodopiavam nos vol- teios de uma valsa. Cm dia para ser assignalado com uma podrinha branca, como os dias felizes dos romanos. Mas... tduo acaba neste mundo, o :\ noite teve a gente de voltar para entrar do novo nos eixos desta dissolvento vida de cidade K a lembrança das boas horas do dia antecedente tornava mais áspera o iiri tante a volta ao ramerrao costumeiro. Que tédio. Santo Deus! E enquanto o meu charuto ardia entre os beiços ainda lubritlcados do cale mati- nal. eu me revoltava mm a idea do ser obrigado a ir palmilhar e^sas ruas mono- tonas, defrontar com phvsiononiias sodi- ças. onde, como o punhal de Casório- disfarçado entre flores ><• di-farça atrai çao entre sorrisos E veio-mo de no»,, a .Ivspnea moral, senti um arrocho brutal na larvnge da alma.i O íipsoll, uni lit'l!o i-.Vi ile raça, um rf trieier de puto -ancuo i-oni que me do , tou a n.i.uift.'>'...'.a d. un, attinro qiicnd". ' esttrava-se a meus pés nuniu solem-i->, dilTerença por todos os plágios i,a.ss,,|,,s presentes e futuros E' o (iesell uni cachorro comnmdio» muito obediente aos meus acenos mui-., serio. Nunca ri, mas nao morde de <i rt . As poucas investidas que tem feito ,.'„,tm humanas canellas ou contra individu..- ,|, sua raça, falas de fronte, ladrando a to oi, que nao se enganem com as stiasint-n".-. N'isto differe essencialmente de outros cães que aggridem as caladas, nelas co- tase fogem sem dar tempo a que -o Ih.s tireipello para curar ás dentadas. Em quanto eontomplava o meu ftVl -un panheuo e fazia mentalmente a sua ai... theose. o tempo corria, tornando cada v./. mais próxima a hora do recomeçar 1 labuta diária." Foi então que mais intensamente s„ revelou a decidida c incoercivel x„,a çao que tenho para millionario, para mil- tonario nato. que se limita a gosar o .iiW lhe deixaram os sous antepassados A vida, para os desherdados da foi-tum, nao passa de um prosento grego Parece mais serviço de diabo r.',\„ ,|,, que resolução divina. Amor e Trabalho é a divisa d- .-asa mas a adopto com restricções ao so gundo termo. Devemos trabalhar, sim, mas cacaqual segundo os seu gostos e predilecçõe- Eu, por exemplo, em vez de enfiar *m paletot preto e umas botas para ir c irvar me das Kl as 3 sobre uma banca de reparti- çao, podia rlcar á fresca em minha própria banca a plagiai versos, .biônicas gêneros litterarios. A minha cachaça o isto. muito, ja se me tenha arrefecido o gosto ,|. Mijar papel, depois que o boato tez trada nalitteratura. Os boatoiros litterarios ,.„, n.i . toam dos boatoiros políticos tóm ma impudencia. a mesma fertilida >< mesma irresponsabilidade Si a gente tenta deitar-lhos as elies nos escorregam entre os dedo nineu e da mesma carreira vao adiante as mesmas pê-as, ,.s mos. lun.nias. Decididamente, preciso qne se , esta terra litterarianiento em est, sitio para porcohm .,. línguas ÓV dos boateiros. E prosando, prosando ihe-. nove tiras e as nove horas, pelo , obrigado a fazer p..nt., a tini ,1,. ,,„, f.-da minha repartiçft.. nao nm fcl. 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O PAO - UFSC

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O PAODA PADARIA ESPIRITUAL

DirecUn—A NTONIO SA L LES.AMOU K lltAlt\|.no

Gerente- SAB1XO BA PTIST.i

Ml H. Fortaleza, 1; de Dezembro fle 1895. miaKXPKDIKXTK

Assignatiiras por um trimestre 2$ü R)Numero avulso 500

Pagamentos adiantados.

t) Pão publica-se duas vezesporn.cz.

Toda n correspondência deve serdingidn ao nosso gerente, u rua doMajor Fae.mdo n. 1.—Ceará.

Sijm.mario :—Os quinze dias, Moaeyr Ju-rema;— Triste jornada, Antônio de Cas-tro;—A mão da mulher, Mello Rozonde;—Saudação a Natursza, Antônio Saltes ;—Peto Ser tão, José Carvalho;—Tèlesitji,Rodolpho Thoophilo; —Plágios e Pia-giarlos, Sablno Baptista'; — Psalmos,Manoel Lobato;—Livio Barretto, Eduar-doSaboya:—Stepluine Alisrne' LoposKilho;—Álbum de estudos A 8. :—Pha-se*, Livio Barretto;—Aventuras do ZeGuedes, Antônio Bezerra;—Cariara.

Os quisze diasNao sei por onde comece a plagiar aresenha da quinzer i.Os assumptos, ú certo, andam por ahia rodo, mas nao sao de qualidade a tonta-reni um chronista quo conhoce ouso daágua fria, dos sabões, das esponjas o das"scovas.Pulnlam a esmo coisas sujas a quo s0torço instlnctivamente o nariz, levando aelle. o lenço onde trosealam duas gottas deIrts blanc.O melhor que a gente faz é assostarnu binóculo invertido |>ara afastar dosi umas tantas misoriasinhas que nos bor-iam a perspectiva e nauseiam a t.ituita-na.Parece que a nossa cidade, ao pa-so que*e alarga materialmente, vai-se estreita..-•Io moralmente, de formas a assumir asmesquinhas proporções mosologicas de umogarejo matttito com todo o seu fervilha-monto de Intrigas, de picardias,' hishilhonces.

Os espirites beni intencionados tem uma-ensaçao de asphyxia neste meio ingrato•• se predispõem a fuga com o açodamentoIe quem costeia mu monturo empestado:ior um animal o>n decomposição.Ku. que onti" outras pretonçncs ,|tt0 nu-'ro para regalo intimo <¦ zam-a dos quene nao gostam, acaricio a de -cr um ,.,-

pirito avesso a essas mesquinharias a!-doas,— suttoco, positivamente suffoco.E dou graças a Deus quando passo um

dia como o quo passei domingo ultimo emVilla-Adelaide, a risonha vivenda onde ofelizardo do Bruno Jac.v se ahroquella contra as torpezas urbanas entre os seus livroso a sua adorável prole.Sob a cupola do cajueiral, crivada pelasflechas de ouro de um niagniüeo sol,movia-so uma turba encantadora doVse-nhoras, cavalheiros e creanças, numa ala-cro profusão do roupagens claras, numchilreamento crystalino de vozes joviaes.As aves estavam um pouco desconfiadascom aquella invasão; mas, para nfto darema asa a torcer, tomavam parte na festa sol-tando pios festivos por entro o emaranha-do dos ramos.

As mezas pompoavam iguarias rescen-dentes, fruetos de polpas tentadoras e gar-rafas do feitios diversos e diversos colori-dos.

0 rancho do convivas se dividia emgrupos que *o. entregavam a recreaçõesmúltiplas: - aqui diziam-se versos, ali can-tava-seao violão, alem contavam-se ano-doctas, mais adiante assaltava se oner-gicanionto um peru alentado ou um fiam-bre loirojante

De casa chegavam As vezes aos ouvi-dos dos circunistantes trechos de tlou-nod, de .loneiéres, de Hach e de Ben-dei

Do quando em quando a sala de visitasera invadida, o pares rodopiavam nos vol-teios de uma valsa.

Cm dia para ser assignalado com umapodrinha branca, como os dias felizesdos romanos.

Mas... tduo acaba neste mundo, o :\noite teve a gente de voltar para entrardo novo nos eixos desta dissolvento vidade cidade

K a lembrança das boas horas do diaantecedente tornava mais áspera o iiritante a volta ao ramerrao costumeiro.

Que tédio. Santo Deus!E enquanto o meu charuto ardia entre

os beiços ainda lubritlcados do cale mati-nal. eu me revoltava mm a idea do serobrigado a ir palmilhar e^sas ruas mono-tonas, defrontar com phvsiononiias sodi-ças. onde, como o punhal de Casório-disfarçado entre flores ><• di-farça atraiçao entre sorrisos

E veio-mo de no»,, a .Ivspnea moral,senti um arrocho brutal na larvnge daalma. i

O íipsoll, uni lit'l!o i-.Vi ile raça, um rftrieier de puto -ancuo i-oni que me do ,tou a n.i.uift.'>'...'.a d. un, attinro qiicnd". '

esttrava-se a meus pés nuniu solem-i->,dilTerença por todos os plágios i,a.ss,,|,,spresentes e futuros

E' o (iesell uni cachorro comnmdio»muito obediente aos meus acenos ,¦ mui-.,serio. Nunca ri, mas nao morde de <i rt .As poucas investidas que tem feito ,.'„,tmhumanas canellas ou contra individu..- ,|,sua raça, falas de fronte, ladrando a to oi,que nao se enganem com as stiasint-n".-.N'isto differe essencialmente de outroscães que aggridem as caladas, nelas co-tase fogem sem dar tempo a que -o Ih.stireipello para curar ás dentadas.Em quanto eontomplava o meu ftVl -un

panheuo e fazia mentalmente a sua ai...theose. o tempo corria, tornando cada v./.mais próxima a hora do recomeçar 1labuta diária. "Foi então que mais intensamente s„revelou a decidida c incoercivel x„,a

çao que tenho para millionario, para mil-tonario nato. que se limita a gosar o .iiWlhe deixaram os sous antepassadosA vida, para os desherdados da foi-tum,nao passa de um prosento gregoParece mais serviço de diabo r.',\„ ,|,,

que resolução divina.Amor e Trabalho é a divisa cá d- .-asamas só a adopto com restricções ao so

gundo termo.Devemos trabalhar, sim, mas cacaqualsegundo os seu gostos e predilecçõe-Eu, por exemplo, em vez de enfiar *m

paletot preto e umas botas para ir c irvarme das Kl as 3 sobre uma banca de reparti-çao, podia rlcar á fresca em minha própriabanca a plagiai versos, .biônicas ,¦gêneros litterarios.

A minha cachaça o isto. muito,ja se me tenha arrefecido o gosto ,|.Mijar papel, depois que o boato teztrada nalitteratura.

Os boatoiros litterarios ,.„, n.i .toam dos boatoiros políticos tómma impudencia. a mesma fertilida ><mesma irresponsabilidade

Si a gente tenta deitar-lhos aselies nos escorregam entre os dedonineu e da mesma carreira vaoadiante as mesmas pê-as, ,.s mos.lun.nias.

Decididamente, preciso qne se ,esta terra litterarianiento em est,sitio para porcohm .,. línguas ÓVdos boateiros.

E prosando, prosando ihe-.nove tiras e as nove horas, pelo ,obrigado a fazer p..nt., a tini ,1,. ,,„,f.-da minha repartiçft.. nao nm fcl.

M.

-. itros

•••nora¦ l,.i-a-

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i ihas¦ ,171o:cp. '.ir

Io ,1.,

- i

O PAO

A Rodoi.pho Thkophii.o

Começanios u insipida jornadaOu vida inconscientes, ignorandoQue muito espinho iremos encontrandoDesta existência pola longa estrada

Que uli'111 so estende liumonsa, desdobrada...

li. desvoidosos, vamos nós marchando.Seguindo sempre descuidosos, quandoNada sentimos e nani vemos naja.

lado e do vozes mystui-insus que <i lio ••ilioni não entendo. As <¦ -.1 re-1 l.-i«s. queliilgetn duspoi-cubidas íbis cidades, tommuis fulgur sobro ;i vasti.lão íbis mat-Ias smiil.rliis, u palpitam na alturaintinila como goltas aladas .le luz,soni|ii-i' prestes a largar o \.'.ueni hus-.-a ila lona.

(iiiiinnar sonhou mal iluriiiiila ain-ila, <|iii' u gênio .Ias Kdades ; Irans-norturu au Muulc Inii-ial onde d Kspi-ri tu Divino trnnsníiltiru a Movsés as

rloço lambem an f!itiilisiiiiiinili-fi.-(-tiv(.|<la dualidade orgânica : mas semprenobre e sempre lii'iiiu,trin.-ii no lar o ai-co-iris do |.;i/. o ilo lioniiii.,','1, iloinl •chovem sobre a prole earieio.as o 11101-fias—as bênçãos ila Avó.

Findou aln o sonho. A minha ;nin-ga despertou ain.Ia assustada, ovi.ori-montando o punho que jiilidava ilooc-pado. Nutriu, i-oiii viva alegria, i|uceslava inlacio. o a sua formosa uião,mulo l.rilliii o annoi uIIp..-iaI. lontra o ti

l.ro osla Ora reiii.il.-i , mas a onsoona-cão proplielloa dos lugares bíblicosporsislc a inosiiia no m mio ilovolo quosorvi o á entrevistai ilo Dons .-.uu o lio-niiMM. I ma luz mvsl.ici, frita fia ci'v>-talisa.-ão .Io primen-u ns . ila aurora,illumina o iiionto santo. IVsa sobro asi-iius-is nm silonoio oonooiitr atlu iloatonismo o ile pavor, o o a a quo sorespira i|;'i ;. sensação tio va.-itn !

A poluo (luiumar ,-iticu'ou .. miviiliia espera i|ii.' estruju a Ironiliota do

j Juízo final.I Mas não i- o si.in in ar.-iaI ila troai-bela ohainaudo os iiiiiri.is ,-iu ullinio

I julgamento ijih.: r.:it* i» seu ouvido ai-i Ictiio ; são os aitr.oniu-* 111n:.¦ -* dr unia

lyra mitiga, cujo oolio longiu | ao sobedo vallo.

F. sol.o mais ; ,,. mus A Ivr l ap-(Revelação de um sonho | pureoe omtiiu llin-liiaiidn no ar, leve

e sonoi-a i-omo uma g"an Io iv

Depois... vem as agruras do caminho.Tantas urzos occultas. tanto espinhoPer onde vamos nos ferindo atoa...

Uns tlcam no começo fatigados,límquanto os outros lá se vao, coitados...Quem sabe? a morte ó, muitas vezes búa!

,\\l-.\IO in Casiko.

è, mão da mulherpara mo

em noite de rerão. i

No ai.bi-m de M«e. Alice N. Smi.es.

A ininhn amiga Giliurnur, iniiiliaSenhora, contou-nie iim dia a liisu»-iiailt: nin sonho curioso que a ueciim-niuui-u certa noite de verão uo retiroliucolico onde costuma recolhei. no

período dos grandes cahircs, cadannnii.

lis sonhos tem mysteiios impune-traveis á curiosidade soientilion. Amais apurada intuição psveholo;_'ieav.-.e.lla em fuce (1'essos plioiiouicinisignotos e inexplicáveis, produzidosnus brumns do soiniio.

Não procurarei expheir o caso .piovou relatar. Tenho hasianto eoiisei-i-iieia, ai de mim ! da minha poluo-ri soientiHi-a. e sobi-a-mo li mi sonsotiuiguez para liveii'iiiai-1110 a nina

pieleccào porventura somoiito asada auma exhiblçãn poilantesca.

K depois, eu mesmo ignoro si sonho:.p.-nas foi, uu pliautas a do românticaimpei.itento, amiga da Magno u 1I1irvmiiustica de im tginação.

Mas seja com 1 for. a minha umigl

quo me perdoe a tuiliscreçàn do con-liar a esta pagina tão l.raiic 1, onde

parece quo a alegria sorriu, a cuili-delicia com que ella 111 > distinguiu,.-ommovida. 11 um dia de i|iiel>rniiloenamorado a hnra um que o sol i.oocaso osoalhí pelo espaço, com o saiultimo olhar, as r.»\m macer.içòes diagonia dn tarde...

l.uioinar recolhera cedo, sem mes-mi. esperar qne a I.in surgisse (lortraz da montanha que fecha 11 horizoa-to além com unia noladechu nlm. As«si rei Ias coruscavam ja no alto du«..- '-os .- a liris-i VMpoiiinii vinha espa-HiHiido pelos ares .1 saudação noctiirna .Ias Hoi-e«

No campo a Noite vem c -do p mi-p^ra por laru is horas .'101 1 d • in ig •-- I Ai ma <l«

inboas da l.oi. Millonios passaram su- | ii.-i.di-.-uf>av.i o lojrar rjue Dons lín; dosliiiuii para n iumpho som parda l.ollo-za o dososporo dos que não a pos-suem.

Devia sei- lardo : a noilo ia alta.Dela vidrara da janolla sol.ro' o jardimo Solo-os rollo, do uma nitidez auormal. esproit.-iva onamorailo o susiosupo"¦sii.-ioso (le (iiiiomar...

— [.'oli/.aionio foi sonho, concluiuella : 111 1* soinpre quero •-¦ii.iiniiiiiicu^-lhe uma suspeita que nlinioillu desib-então . estou quasi couveni-iila de quoaquelle grupo de estreitas curiosashaiv.iii niititii essa noite,ver mais do porto.

Podo ser qae a minha ami^a tenharazão cuili a sua suspoila ; mas inlini-liiiiieiile mais razão tonam aS estrollassi rouloioiiie l.aivassem para vél-amais do porto...

A historia ahi liou, So me responsahiliso pela lidelidade 00111 quo a re-produzi.

Mas. sonho ou phanlasia românticaella encerra unia verdade tão paipi-lauto, que ro não teria a miuinfa In-sitaçáo em suliscrevul-a no todo.

Mki.i.h IIeze\ihvCear*, ->H Novembro, !»...

Saudação à NaturezaRecitada om numa festa de eiitnp,,

Villu-Adolaiíl,')

Oh ' arvoro:; amigas IMeu dolorido espirito-curvado

Ao poso das fadigas,Vem implorar abrigo ao perfumadoÜocel ilas vossas folhas verdejantes,Onde as aves modulam seus descantos !

Que " ar Iroscj p clieiroM.Que a< vossas froniles sonorisa e agita

.Me apague .. inshliosoSorriso vesgo que pm meu lábio habitaK lhe eiillorc as oxhaustas conimissiua-Com o sorriso das plácidas venturas !

Travessos passarinhosQue andaes tuflaiiilo as asas polo ambienio

K nu froniol dos ninhosHeijos tiocaes do uma paixfto fervente,Cantai -me uma canjfto q almamo etiiha •K aos meus atfactos brandamente fale'

Boa mlli. Natureza.Aeollip-iue a» rninanso do teu seio

De unia austera rudezaMas de consolo p do piedade cheioPara aquele* que os fados deshumanu-Afastaram de ti por tantos annos!

D..'s|isa sobro as cordas atinadas ai-guma cousa Semelhante a uma llúr dealvura extrema, a cujo c.iniact.i vilna oinsriimonto como o marmoie do Mun-11.uni aos raios do sol.

Apurando a vista, i.our 1 alToilii :ipoiiu nbra ambi.aiio. (iiinuiiai notouuno o que a principio Iho p iroeora uniaflor, o a unia nião,--íjiã . do niulhoronde brilhava umannoi uupcial —¦ a suapi niiriii uiãodiroiia I

Mal curada do horror quo lhe oau-sara oss 1 oUrunlia revelarão, ncinloiipara 1; 11 espanto maior ; a melodiaquo a sua poluo mão d.ioop ida arran-cava a lyra phaniastica eaa uma ha-lada macabra que penetrava a lulelli-geneia fazendo-se .-..mp.-eheiidei' sompalavras, o quo dizia assim ;

« foi sou a má 1 da inullier |(guando nasci, era uma |)"<|tn,n;_

con -ha ú<: n u-ar o ros i. oinli' mal o iluao lieijo 111.1'.• 1-111..

Depois cresci endeli; icei- : sob otecido frágil da minha o pi dorme ceou-s 1 a força quo nb ito a jub 1 dos leões,derroca o rosl nn-a Impein.,. illuminaa sonda dos Horoos c rouba a vidaaos ivratinos.

Nada es.-apa ao 111 -u |> . lei. f atodo graça o da lii-aiicura ilas >¦ imeliasroaes.

Holopboinos e M mil t.-iitiii-.-i 111 o 111-(¦".ia Uniu tu (d ul«í, niipiilsiiniadui nL'loscaorichos da nevrosj sanguinária : Juilith e Cailota (l.rday levaram-mo aaniquilal-os. inosiran.lo .|iii. 11 minhaforça não estava somente u 1 tnairia daniiiiha própria Ir iquoz 1 — ca sulli -ieii-t.'menti! forte para iluicr o instru-illfiilii <\ is (ViviM'!ic:.ci'm:s

i''ir inffint i.s <juc sl'|iim :\* minhasproporrüL*-*. ^dii siMii jirc I* i<tanto ^ran-de para conter um ooraejo, que asmns.lis vozes se ib'i\.i osMolaa ao

im r.i In . s-Tii miiDVi i| 11 |mtr isd -

Mal sabe- com quo afanMeu o navio sedento te buscava,

K a Ia/. i|e-ta manha

O PAO 'ã

Inundada de luz contanto o Havn,I 'omo uma flor, a» pétalas vermelhasAbro do Amor as clpldas abelhas.

Sinto que ue derramaDentro de mim a lu r de uma alvorada

Ardenle como a flainma• |ue acoende os o,liou da mulher amada...Alvoresco em minh':ilmn Aves do amorThrciios soltai de nniplilo clangor!

Doixcmme haurir frementelista agreste bafagnincanipesina

E dnleltosaniontoVer do céo a bollcsa peregrina.Alto do eco de saphira. imma.-iilado,Ho altas nuvens a.vissiuius broslado.

Na sonda luminosaA quadrlga do Sol ingente io!a;

Destelha-se uma rosali ao seu lado um botão abre a coro! Ia;Siicciimbe o fraco o se levanta o forteNa batalha sem tira de Vida e Morte,

E, oh Natureza, o arcanoDos teus mysterios, tremulo, perscnito

E o meu peito do humano,Como o penhasco, a flor e o tronco hirsntolios teus fluidos vitaos todo se inundaNuma effusao do júbilo, profunda !

Como a existência é boaAqui, sob Csta cúpula do ramos!. .

Deixemos ir á toaO mísero batei em quo singramos(isto mar... Para quo saber o norteguando o porto final é sempre a Morte '!

Mas durante a viagemli' rir e amar... Vivamos o gosemos!

Sirvam de marinhagemlistes garridos pasaros; do remosSirvam ramos em flor... Para os abrolhosSejam pharóos uns namorados olhos...

Audacioso nauta,.4 ti me entrego, oh Natureza antiga,

E a minha mao IncautaDe Anacreonte empunha a taça antigaPara saudar o Amor, o othiM-oo nume :Une em sou poder o teu podei-resume I

Antônio Sai i ls.

Pilo Sift&oXO TREM

lim unidos primeiros dias de (lu-Cul.ro, pelas li horas dn manhã, o Irempartia da Falação Central.

Manso, devagarinho, ao principio iadeixando fitur-se ás janollus os rostospallidos das mulheres curiosas dev.'1-o.

A carreira de instante u insianteloruava-se mais rápida : as casas or-riam para iriiz em um |jusso> veru^i-iioso e a pallídez das mo.-us eiirios>sse unia quasi com a pallídez da manhã

O sol ;i |ioue;i flisfitlltM t Ulllihl <h>borisonte era o iliui il.iilu immeiisoque Delis suspendia vagarosamentecom o incenso da vida.

A loi-umollv.i ao transpor a dera-ileira casinha do suliurluo despediu-Se d.l Capital cm uni silvo piolou-

gado, repelido, e este grijo ese.upi-vaso do se.i pulmão de uço, ostridulo,cheio, como que ncom;iniijiiido de umasatisfação iiiiim-i, extrema. çom^-n-vel Kinnoniu a do cursei indomilo qnevendo livre dos freios e correndooi) seu eleinentu rol inclui d,— lira um desiifogu

(ls eciioj peiiliam-sidlieciõcs.O si

prazer.

u todas \v-\

llvo ,||de uuia |>o js

p:uniaulg

vo das hgerações

pen-.

locomotivaa incuinpari

sempre

piei num, evel, g-iindio-jno ii'ulle l:ao. li 1 um lai-espirito das

iilos e como

e-llluís.i de hiiin.ioubrações dde IlIllilUM si

une per.-ubivel, ciam, snbresahe pre-ilominunle a nota du gênio du Silo-mau diiCuii.

C>> ae paaruMuuu da manha- Itwitava-«e mais iniefeito 1 velocidade d 1carreira; ns pulinõcsjjilauivain-se dei-xundo a gente n'uni liem-vstiir sadio.n'uma anciedade intima de receberimpressões agradáveis.

A vasta campina de arbuslos c ca-jueiros deslenilia-su a vista, circum-si-i-cveudo-se longe,muito longe, l-i i.acinla pardacenlJi dos lionsontes.

O Irem avançava vietoriosamentecomo um geniü de assombros rugindo,indomável, deixando a torra tremendou seus pés e as florestas du sertão li ti -milhadas e vencidas.

O azul diuphani) e triinsmrente docéo casava-se eoin os tons desmaiadosdas campinas de Outubro.

Nos waguns, pessoas patrícias sen-tudus, as maletas 110 lado, olhavampelus porlinliolas, fitando 11 vista, aolonge, em pontos quu passavam riipi-dos, que eram substituídos lis pressas11'uma vertiginosa ondulação dus ter-renoH e dus arvores.

Machinalmeiilu Icmbrei-ine de Ira-cem a.

A fofnuisa virgem dos « lábios demel » nascera „ além. d'uquellu surraque azula nu horizonte I »

(I espaço que alli se desdnbravafura u patim tia cabucla ideal -o gra-cioso m.vtlio do nossa pousui selva-gem. Aquelle mesmo céo indefinida-mente azuljc suave lhe servira detecto,as mesmas r.dvas lhe foram o berçomacio o purfiinioso.

Quem e lilho d'esla terra —dn terrado mar de liquida esmeralda—lia desenlir estremecer cie intimas alegriasao callir 110 meio desta Natureza gra-ciosa o louça. Cm mundo de sensu-ções ignotas, ineomprobensiveis, pe-uetravam-nie b.ilsamii-aitientu até usrecessos da alma.

Pnrcciii-.no quu a alma do poeta deIracema dcirumava-se e-n to,no. tãoazul. eoinu o íi/uhido do eèi» ; verdecomo as frondes das cariiabubas c doscajueiros e su«siirr:inle como as bri-sas que passavam do imi'.

roun Io, de um eacarneo soberano >frio.

l)c«gT»çi<l'is creitu-as diane .1 ihq uies to.l 1 a plul.Mo.i.iía humana se•ulln.

Pu-anglbi. O. puiin m pissigeuotsulneani,Pira a Kunçli corriam tiul is .s

iiinetis visinlins. Os menino» griuun' ,aiiiiiineiavam castanhas. Oi versos nonosso delicioso e chorado poetadosCbcomos— -ahiam-m .- insenuvclni -o-lu d is lábios.

« Pira o trem. D 1 villasiiha« Verde, ri sou In ongr içuln« Vem pr.i beirada Estrala• Toda n g)iite, alli viun'ia.

ii-iiisdi indispensável d .•mora :horário partiu (.'ma nesgida lagõcappaiecou, limpuli.-iz-il, trai.sparcn-"onde so retratavam as arvores o o <¦ • ,

Como uma graciosa visão voio-m,ainda ao pensam snto a imagem IIracema.

Pireçii-me vel-a bunhando-se 11ligou, entre os juncos e as jaçanansnú.-i. descuidos», levando ugunã cabe-ça. ciun as pequeninas mãos unidas ,concuvas e... « toda roreja Ia cie 1, yrolas.'.

l in grilo ,dando- signacarreou 111.>t^urn |uissí.i\ ,ialienado < e ilavam duas I,rentes ; ,,s ,-olhares iinp:issi\ oi«.idas de um niug

¦'mói. r.ui.-i., rel.enloiiI ¦ parada próxima, >• av.w a «"iim vi-hin-nle. i t¦ui 11 • n 1 •¦ uo Asv Io de¦wrr.idil tias jatiellas t-s-

c \s. insensíveis. nidiHe-sgl.llb.ldos US•II.tlli

dlpas.pel,

Seguiram-se nsmassadoras dem.risnus Estações seguintes.Sempre a mes-ma puysugem, 11 mesma Ho resta.-ãorasteira e ao longe o» picos finos, des-iguucs do algumas serras dispersas (Isol atlingiri a uma terça parlo de suacarreira.

Fuziu calor, e a poeiri ora ex,.-,•>-siva c incoiiimoda.

Us rústicos trabalhadores da//u/m,vestidos de azul, perfilados. exUti.-osdesenrolavam do espaço a espaço l.au-deiras brancas dando signa! a passa-gem franca do trem.

A serra de Haturilé. aproximava-se, estava perto como uma faixa vur,)«o iiitente.

Aqui o acolá a m.icbina bertecaapressada, desesperadamento ospnn-tando os aniiiiies que paravam uotrilho.

Partindo dc Canoa o horário clnga-va ao Puliú.

Todos 09 passageiros num 1 asai ciaengraçada corriam para os hotéis um-quanto seus lugares eram oc.euua.lospelos da terra une esperavam preveni-dos em todos ou sentidos Ku que taun-bem havia corrido para o hotel.quandovoltei, não mais achei il.Noccupado ,.meu logarsinho onde havia baurido tãoboas impressões : e, confess , a bem daverdade e da originalidade de minhanarração que du muito bom iriadodispensaria estn urrn'iun que |Ü„obrigou n nian-er por muilo le ,p<,uma resignação heróica.

Com o estômago cheio faligailu, .,„principio indignou-me o pi.ieedii, oi,.Io do serrana, um Indivíduo rui. cr -quilo, de grandes bigodes n-torecosque occupaiido minha cadeira o ri-gava-me aquelle «upplirto tortura ..Tive ímpetos de eoleia, enfurec, ,,,;'|.paibisei-o. quiz romper 11'uma ••,: .-dupa de objiirga.orias iinalu • e

O PAO

om uma boi», oiiontação, talvez, tom-órei-nio que d'esto modo estava do.•ncoiiiro con, os princípios do umrapaz republicano que sonha com nLiberdade e a confraternisação o quepio.-ixn. pelo idéaI, a grandu verdadedu iguiiIdade e do amor.

Retrocedi e lembrei-me da grandemáxima.unic.-i que pode levar a htima-nidadeiio aperfeiçoamento, unica com-pativel com todos os principies de-mo,-ranços : " Querer para os outrosaquillo que se quer para si, »

Resig„ei-ine, portanto, satisfeito porme a-liar ou, harmonia com os prin-cipios de que me orgulho.

(> sol pendera do zenitli o uma fies-•a aragem precursora da tarde sopra-

va brandamente por sobre os galhosdesnudados das arvores.

As Estações iníiisdislnneiadas umas¦ Ias outras, ao contrai io das de Haiti-ili-para a Capital, mostravam a pou-

ou densidade de população por ioda.tijuellu zona.

Mais tarde, uns grandes pontos par-dacimus aviltavam se ao longe : eramos grandes rochedus do Qiiixailii.

A desposicão dos terrenos, a vege-üição. nulo indica que as uinl.is du.\t(l.'inlico. alli já cantaram a sua nos-talgica e maguada canção, ou que jábraiiiiiuin tambcmjfcriosa*, revoltadaspelo sopro do "Araealx "

que viu. como tempo, apesar de seu esforço, as a-guas lha fugiram precipeles fugindoao seu latcgo e deixando-o só.raivoso,indomável, -a soprar violento na im-incisa praia, „o vasto sertão.

Depois a terra se revestiu, cresce-ram os arbustos, levantaram-se as ai-vores e o "Aracaty" mais calmo, me-nos iracivo ficou soprando em horascertas do dia; as arvores substituíramas ondas e elle sempre victorioso. esoberano daquellas regiões.

Ilepuis de ter deixado atra/, a Ksiu-ção do Junco foram esias as minhasreflexões.

Quando aquillo era mar. que linrri-vel devia de ser unia tormenta cnlreaquelles rochedos. Que boa. que ca-ridosa foi a Natureza para com nos-•¦o?! Fasendo recuar a mar, quantoshens não nos trouxe e de quantos pe-rigos não nos livrou ' !

I.egou-nostantas léguas de lerraon-de possuímos a riqueza pastoril e agri-cuia, tanto gado, tanto café ! Que bensincalculáveis?! Substituiu a Compa-nhia do Lloyd pela K. F. Balurité ; emlogar de um paquete nos fez viajar11'uma locomotiva (|iie é melhor, me-nos perigosa, mais- segura,01,de não haenjôo nem perigo de naufrágio. Quebom ' Que felises somos mis, os Cea-¦enses '. E com tudo, não vivemos sa-

'ilícitos: ainda nus queixamos das sec-•as e dos governos t I

,, trem como que seachando peque-nino. humilhado mas raivoso, cheio decolora, passava entre dous grandesrochedos-- gigantes enrugadas pelaslagrimas das chuvas e ,,isoladas pelas.rdentias do »ól. Saltou uma porção

• Io íilvos agudos, fortes, e, refreiado,•umegnndo. soltando do peito a gran-'le pressão que o torturava, parou naleqneiiina Estação do Qiiixada.

iDus Perfis Sertanejo»!.Josk C\Kvai 110

AVISO

Pedimos enearecidamente aos nos-

de um mil ro festejado trovador cea-reitse, cujo nume o uoticiarista uãideu 11 eumprehender quem seja. Ân-

... , tottio Salles ja respondeu pela Re/u,.sos assignantes do interior e dos .btica do bom,.,11 aparte .,,,,.. ||„. ,|uEsuidos, que se acham em atrazo, o 'respeito, o, como so propale a i,,,,-,-;,^•»:™„.,„i„u .' pequei,n quo o otitru gatuna liaria-estimavel obséquio de mandarem pa-

».,¦„' ft qu*.„, 0 Ceará «Ilude, .„„ éú

gar e reformar suas assignaturas atéo fim de Dezembro vindouro afim deque nao lhes seja interrompida a re-messa d'6> Pilo de Janeiro em diante.Para este importante assttmpto cha-mamos a attençào de nossos presti-mosos correspondentes e agentes.

Outrosim : — prevenimos que, acomeçar de Janeiro de INWO, não at-ender-'mosa nenhum pedido de assi-gnatura que nào venha acompanha-doda respectiva importância, fiquem,

pois, avisados os nossos numerososleitores.

Tólósijis

Das entranhas da terra emergem tclésiasHa séculos ali nas inchas.sepultadas.Sem 11111 raio de luz nas faces lapidadasPelo einzel do tempo: assim as harmonias

De minha lyra vém, dessas prisões som-(hrias,

Km ornou coiaciioha muito enclausuradas,Como se o vácuo houvesse entre ollas,

(desterradas.V, o inundo, que se eitihala em doces mo-

(lodias.

Surgem agora e vém as minhas (tonimas(puras,

Que o tempo einzelou das libras de mi-)nl,a alma,

K foram lauidaiio a dor e as desventuras.

A luz quando tocar as tacos da cristãosSe om vez de de muito brilho achar só

(muita calma,K que essas geminas são formadas de

(meus ais.

Alto da li,, nçu. U de Julho de

Koooi.imiii Thkoi-hi

ih'j:

(Plágios e plagiariosDez longos dias tenho eu esperado

pelas provas do meu supposlo plagiodenunciado por/'», Amigo du ('curtiem sua edição de 18 do corrente. Es-Ias, porem, uté agora não dão sigualdu vida, pelo que f.,,: .:;-er que o riieuaceusador tem se visto em entalndel-Ias para salnr-se da enrascada em quese metten.

I.ogo que tive soieneia do crime deque era acensadu, apôs a leitura doCeurii, sahi nu encontro du meu de-iiiinciaute com u seguinte repto, peloIhano do Ce-tra ;

—..Publicou u C-uro de 18 do cor-rente uma local. ,0111 u ntulo acima,na qual se eiicoiu 1 1111 .11Itis. »-s calnm-niosns ao nome de Aiiioiuo Sillçs o

venho fazer o mesmo que aquelle meuamigo:—desafiar ao tal indivíduo puraque sul, sua 11.ssig11at.ura prove o quefez publicar.

1'ma vez que fui o provocado nu-I assiste 11 direito de atirar ao meu aeou-s.ulor u seguinte repto:

— líxijuii publicação das poesias emquestão, tanto.1 do Sr. Martinho Ro-driguos como a que diz ser minha,coma declaração do livro e paginas etnque se acham, nu nume dos jornaesiiiimeiu o data em que fonim publica-das. l'vijo tainbem provas justificadassobre a autlieiiticifladü e identidadeda tal poesia por mim rssignndn; iexijo mais que sejam os ditos livros oujornaes expostos em logar publico 1.11-de todos se possam i-urtilicnr ,lu meuplagio.

Nãu se avança unia proposiçãoqualquer que ella soja, sem bazes procisas para proval-u, portanlo so u meuaceiisadur não pu/er a eousa em pratos limpos, ,-uin lodosas miiiudenci.i-aqui exigidas, ilar-me-.-i o direilu dtel-u ua emita de 11111 ealumniadur grniiiiio e mentiroso vulgar. l''oi|,ile/:i20 de Nuvembru de WM—Sabino li,,ptistil."

, » publico que leu a denuncia a mio,l*oil-i e depuis 11 meu desafio esperoud 1111 u eu leu lio esperado, pela e x li i bicai,das provas exigidas, mas estas nem se-quer esperanças dão de si. Kcz-se omais completos,leneio sobre o caso ecAmigo do Ceará não voltou mais áimprensa para esmagar-me com o seulibello accusalorio.

Não se jusiilka de nenhum mudosemelhante demora para a confirma-ção de nm facto, ha muito assoalhadoem eerlas rodas litterarias desta capi-tal, e cuja veracidade muito inleressana ao amigo do Ceará o ao grupedos que fazem carga á minha rcpula-ção lideraria.

I 111.1 vez. porem, (pie o meu deiiiin-ciai,te não apparecotl de viseira er-guiila assumindo a responsai,idade dbsua asserçáo, responsabiliso a redoc-ção du Ceará pela calumnia a 1111,11 ati-rada. Sobre ella ficará, pois, nmn ve/One não provou o meu crime. o pesedas phrases cum que. terminei u meureptu.

Agora um addendo a propósito:Tenho, como toda gente que se pré-za, inimigos gratuitos, o alguns dellesbem mesquinhos, ben/.i-os Deus. As-sim, pois. não é para estranhar quota-miltihii silencio do Ceará e du senamigo seja algum tribute urdido conIra mi 111.

Mais de unia vez tem ,,s meus de--allectos lançado mão de * pou-co dignos parantlralnr 11 rodiculo sebre meu nume. I 111 delles pi se lembrende escreier versos pilius em lic*pan'n>e outros uliunias, e piililieal-os conminha ussigiiatina,,, ,|,„. valeu um pi >teslu ile minha parte 1 )u 1, o. -e n.n, !,lllllltli leinpe 1.1 I,,, |, ,,. , ,, p ,1,.,, ,|

O FAO

s Luiz reecüir versos o oITereecr Ho-,, - u uetrizos em meu nume.

Já vé u publico que, no amigo do1'eurii, não seru diflicil uzar do meusidênticos. Pode elle muito bem estar ma-.ninando uma cilada qualquer contranum; eu é quu porem mo nao deixareiapanhar nus malhas da rode que elletraiçoeiramente me está tecendo us es-.-uras. Knergia e altivez nunca me hãoilrvfõftar para desmascarar e rechassar•i matilha dos que lançam mãos da ca-liimnii. para jogar lama sobic nu-uíia humilde mus honrada indivdun-lidado litteraria.

Tenho consciência do que nuncaplagiei a ninguém e tudo quanto te-nho publicado ale hoje é mou, única-mente meu. li de mais é extravagante,¦ exquisito que eu fosse plagiar ao Sr.Marimbo Rodrigues aquém.— per-docin-me a irreverência,— não reco-nheeo como poelae nem ussignariu ue-nliiinia dns sim" producçOes lilterurius,apczar da minha mediocridade e nu!-lidado em lettras.

Não descubramos que me lêem vai-.lude ou iinniodestia no modo porqueme expressou respeito do Sr. Marti-¦ lio, pois longe de mim u intençãode negar o merecimento que as pio-ilueoões de S.S. possam ter e de fazeralarde de dotes quo não possuo. Nãotenho esta prelenção, erciam-me.

O que quero, porem, ú .pie uppure-e.-nn as provas exigidas afim de que euseja apontado como plagiario o h ro-licçãn do Ceará não fique com o epi-

lheto de calumuiadora o menirosu.

Tudo que ó puro e beiiifazojo crosceAo do redor do túmulo querido :Kesido ali o vulto de tuna prevoK ao lado delle um coração partido!

Hio-ü—U—!),-,.

Ma.noki. LoBvti

Li\ ii» ltiai'1-i-Ho

Venho do longo, amigo, em piedosaromariu, paia depor, em leu luinuluestas palavras. ,\o uiordoainoiilu quea surprezu de lua inortedeixou em meuespirito, direi poucu, apenas, que esum redivivo para num, porque suu-hoste deixarem munas paginas, ospur-sus potu mundo da imprensa, a provado teu valor que leiiu du crescei- ausollios do muilu gente surprexu, nummeio em que u prusa du vidu nao tefosse tão dttlieil.

Guardo de lua lyra us suns que ouviquando te disse adeus,

'uaquelle dia

cm qne par;, mim a saudade vagava noar e u oceuso se upproximava de nós:

IV( Dl, ESBOÇO DR IM ROMANCK

O bond do Pelotas acabava do para.diante da Muísoii.Alguns passageiros apeuvam-se, ,-

entre elles o Campos, que trajava depreto nessa noite o trazia uma cartolaespelhaiitu dando uma appureueiu no-vu i, sua figura eonhocidii o vulgar.

A praça du F'erreira apresentavadaquelle lado, seu costumado aspectode mov mentação. destoando da quietaçào geral du cidade,

iiram 6 1 2 da noute.Para uma casa do commercin en-

travam fardos de xarquee uncoretas delíquidos na cabeça de trabalhadoresda rua.

Homens do povo passavam do mer-cado, levando pendente do dedo a suaceia de fígado ou do peixes miúdos.

Vozes agudas de meninos apregoa-vam jornuos.

Para as bandas do poente bruxoleo-va ainda um resto deum resto de dia, alaranjan-

Que do teu lar a imagem te proteja ao un,a nesga de céu quo se reflectia

Ceurti—30—11 -95.

Sabino Baptisi v.

Cantando o poema .Ias Rocorduções.N'essu cruenta, interininu peleja

Das nobres ambiçõesQue lo perfume a adolescência forteA saudadu santisiina dus teusNo fnoSulIuiiibrao calor do Norte...boa viagem, meu amigo, adeus •>.

vagamente, nas fachadas que lhe faziain face.

Os loeos da illuminação das ruas co-meçuvuin a actuur pouco a pouco so-

sombra invasora da noite, que

Psalmo.s

Km qual de vós, risonhas margaridas,Transformou-se 'essa estreita peregrinalíue acalentou-me as osporanças idasK o berço louro de uma crença fina?

Pize-me, tu, orvalho, que a purozaCristalisas no solo pequenino :(indo a doçura d'alma, a singelezatine me velara o somno de menino ?

<> brancos lírios,—iUusões serenas,—Kostes, talvez, o soio alvinitente

. >nde, fochando as palpehras pequenas,1'ormo, sorrindo, o somno do innoconte !

Que bellos risos, que suspiros francosAo cic.iar de uma caricia levo I....I >eixao pousar em vossos seios brancos

1 >e um beijo casto a lramaculada nove!

K quanta luz perdida nos espaçosEscorre, brilha, calorenta o calma...Lembra talvez os niatornaes abraçosH vem boijar os gelos de rainhalma!

Ao disteoder a trança enloirecidaA Natureza inteira despertou-se...Mosmo a minhalma. nova c revivida,Lembra o Evangelho rtc um carinho doce !

li nada mais me resta da passadaH loura vida de illusoes formosas. .Sobre o cypreste canta a passaradaF; sobre a campa de-abrocham rosas!

Sor-me-á diflicil esquecer u moçoobscuro e talentoso victima do grau-de e ultimo naufrágio—que uni dia atodos nós ha .«le roubar, aos poucos,quando a tempestade se levantar numar profundo, insonduvcl do Nada.Elle um dia causou-me surpreza e con-quistoii de chofre u minha admiração.Foi quando me passaram sob os olhosesses versos—Dolentes quo um nomedesconhecido assignava.

lira o d'esse moço, que a morte ago-ra fez redivivo em meu coração.

Riu 20 de Outubro 95.

litn Ai.no Sahoy v.

SíeDhana AliamAs vozes vojo essa gontil Sonhora.O seu lábio vorraelho, e o azul profundoDo seu olhar, ondo a volúpia mora...—Nao ha mulher mais linda neste Mundo;

Seu riso, suas phrases sfto picantesCom um styllete que entra até o caboNo coração dos mizeros amantes :

Tanta volúpia só possue o Diabo '

F'lúr do mulher! A estranha croatura.A branca e formosíssima AliarneTem n abusas trevas duma noite escura!—Seu tj-do exprime: Mundo. Diabo e

Carne!Coari—05.

Loi-Es Filho.

bre adescia.

As bancas du Java estavam repleta-de habitues. Liam-se jorn.tes, tomava-se café, palestrava-se.

Commoreiaiites da visinhai.cn, decalça, o collete, jogavam domino.

O proprietário do Kiosqtie sem gra-vutu e com uma giande rosa na la-pella, dizia versos do Dom João a pro-posito da uma mulher ebrm que tinhaentrado em braços no posto policialfronteiro.

Ao passar o Campos diante do Kios-que, ouviu alguém dizer :

— Olha o Campos como vai no tnn-que! Parece un noivo. Nem falia eon,a geme.

E o Campos oca com elfeilu noivouaquelle momento.

Ali onde o viam acabava de pedi,uma moça em casamento.I)'ahi o ar de absirueção com .qu>-

passava, o olhar filo para diante, sen,cumprimentar a ninguém, elle qu.- eratâu pródigo em saudações expansivasatirada* á direita e u esquerda e nt-on,-punhadas de digitações nmoruvcis

N aquelllo alheiamento das cot.su-ambientes, ia descendo mnclnnalmen-le a rua da Ho.i-V,st.i. entrou na d:iAssembléa, depois na do Major Ki.cin -do e ei,liou pela casado Piilhabole

Diversos sujeitos agrupados ao »-doe das bancas diseuliam aealorid -mente, tendo diante de s, copo- ,:cerveja.

Tractava-se das medidas linanc-ii-.i-do Rui rlnrhosa. a respeito das quae«em.ttiam-se os mais desencontra.! -opiniões.

Falavam todo* ao mesmo lemp..do vez em quando dos polaiusins I -vantava-se, |,e«.i-iirandü impor seu ,n, -do de pensar .-, fure» de grito- ,,- Lssrestos violentos,

Apenas .. Sampaio, um ri,bula ,,gro e de uculos. assistia impas-n

O PAO

discussão o cotovolho nobre a banca,.1 pé na travessa do uinu cadeira des-..ocupada, fumando pachorroiitamou-IO.

O Campos aportou-lh»! il mão e gôu-,ou-so do outro lado du banca.

Tirou ti cartola, limpoj o suor, |>e-.ini cerveja, e em tom confidencial:

—Sabe* Liquidei a faciuru,O outro fez um movimento niterro-

gativo.--Mandei hontem uniu carta pediu-

rio a Amélia e 'ivo hoje o sim.—Bravo?! Então a velha?...—A velha estava renitente; mas bo-

loi-Ihe o padre Gomes nas garupas, oioí trás ztis.

—A Amélia náo é lá nenhuma oro-alça, mas ainda está muito bom con-

servaila, vem de muito boa famíliao demais....

A phruse foi completaria com um ro-¦•ar aos riedos polegar o indicador.

O Campos tomou alguns goles ilecerveja, limpou os beiços o esteve ai-guns momentos calados.

Depois, baixando mais a voz mu,-murou lentamente:

—Homem, a falar fracamente,eu nãolenho nenhuma nlfeição áquella iap:i-rigii. Mas que quer você? O d ilibo riaqueda viagem ao norte deixou-me,como lá diz o outro, na várzea semcachorro.

Esse negocio rie lanchas e carroçasnão dá fiam o chá. Do formas quo ounico meio rie endireitar-mo .'• estocasamento. A minha futura tem abiperto de uns quarenta coutos, o ou sa-bendo tanger os pausinhos estimempouco tempo caçoando da buminiila-de. Você que acha ?

—Eu acho que você encontrou umamina e tolo seria si náo a explorasse.Essas bobages de affeiçòos são con-versa fiada. Tenha você dinheiro, onão lhe faltará riadn. Folicidues semdinheiro já não se encontra bojo nem•aos romances.

Fez uma pausa e depois continuou:—A propósito: Visto que vai entrai'

na família, tomo a peilo aquella quês-tão do sitio da Mecejana ! Aqiullo éum roubo descarado. Eu lhe garantoque si a D. Igiiacui me tivesse entre-gado n questão, os Oliveiras já esta-iam no olho da rua. O Borges só iiiitzcomer o cobre da velha e náo tem li-gado interesse nenhum á causa. Eu to-abo sobre apontamentos os mais pie-oisos. Inda outro dia, falando a esserespeito com o Luiz do Miranda, elledisse-me o mesmo que eu lhe estoudizendo agora.

— Bom, disso o Campos, disfarçan-rio um contriinjimento, você veja o quelia nosse sentido para tratarmos dissoem tempo.

—Pois está feito. Suo favas conta-mis. Acredito que com uma bochecha.lagua os Oliveiras rodam. K :»tò logo,que ainda tenho de ir á casa do juizsubstituto saber si elle deu sentença?obre uma questão minha.

Sahindo o Sampaio, o Campos acei-rou-so do grupo de economistas e en-volveu-se na discussão, que continua-va animada o ponto do já se terem tro-.-ado palavras pouco acceiadas.

Campos interveiu conciliadorameti-•ç, estabelecendo um meio termo en-ire as diverssns opiniões.

E pouco a pouco sua palavra insi-

' minute, lantejouladii rie conceitos fal-. sos mus externados com empliase eI gestos abnnriiinlos. foi iimollocenrio

as convicções o estabelecendo o silen-cio.

As objecções rareavam, co Camposcontinuava a falar o. assumindo aresdoutriiines, ojaculavn ptirases c.-iinpu-nudas, quo more,-iam iii.-oiis.-ieiilcstlplirovuções ria cabeça,

Fallou muito tempo !Mas a cousa ia-se tornai,.Io enfu-

doi.lia depois quo elle iiioiinpnllsnru apalavra; e por isso um sujeito gordoquo já começava a enchi lar virou acerveja que lhe restava no copo ,- ex-cluiiiou levaiiianrio-so:

—Esta oncerrario a sessão.Koi o signal rio debandaria,O Campos nula continuou „ falar

até a porta; abi tiooaníhl-se boa-not-tos, o elle subiu em rumo rio casa, acarlolla inclinaria para traz, sogu-lanrii, as extromiilaries ria lioiigalla a-travessaria nas costas.

Chegando a sua porta, abriu-a, ris-cou um pliosphoi,,, abriu o registro riogaz o subiu a esearia que (lava paraa sotao onde dormia.

Aooonriou um l.ice rio gaze riespiu-so, reonstnnrio-se em seguiria li janol-Iniba quadraria uurio não caberiamduas pessoas.

Ali ticou-se muito lumpo.A rua, para a direita, desembocava

na Fona Velha .com suas grandesmassas rio folhagem negra; para a es-quertlii alongava-se ,-, per,ler rio vista,muito rocia o plana, pautada aos la-dos pelos oorriõos rio gaz.

Raros transeuntes passavam.O silencio Insto iloqirirloirfto ia-llioinoi-iil.iii.l.i uni começo rio aborreci-monto, coni uni borriio que so fossealastrando solire as Inibas tortuosasrio seus pensamentos.

fcllo ri.ivu naquello moino,,lo comoquo uni hnluiio,, ,-i viria.

Mus os findos es,-a|iam-se-llif-; as re-iiiiiiiscencias rceus,ivnin-se a ei,irarem linha rie revista, a •rindo soluçõesdo contliiiiiriailona hisioria rio seu pas-sario.

Cunçiido riíiquelle trabalho mental,tomou a flauta quo eslava sobre n l,a„-ca, o rio p.'-, passeian.lo no quarto, emcamisa rie Hunella o coroiilas, começoua Io,-ar uma valsa antiga e monótona,que so tocava tio Aracaty, terra rioseu berço, pelas novenas rie Maio.

A musica lovo :> virtude de evocaras recordações que lhe fugiam oapro-veitíinrio essas disposições do espirito,j.-eendeii um cigarro, apagou o gazeeslii-ou-so nn rede armada a um canto

IIQuando « lua desgarrada

-Krrintu /loco de nove,Pelaaholiada asuladaRola do levo, do levo...

Ku. lembrando o nosso idylio,Tio cedo morto, querida,Sinto rolar minha vidaComo a lagrynm do uni ciliol

IIIRompe a manhã a alvorada.A arogein beija osrosaosE polo ar a revoadaVui das aves nintinaes,

Assim iniiihaliiia se infloraE, louca, canta e sorriQuando os meus olhos em tiSo fitam, moign senhora!

Agosto —Oõ.Livio BARnr.TT

\\ «-nriii-jiss «Io '/y. <,n,.«l«'s

I8!);t.A. S.

PhasesQuando o crepúsculo invadoTri8to o grave, os horisontes,Como uma mesma saudade(Jiio faz vergar muitas frontes,

Taml»ora, triste o grave, o horrorSondando do mou martyrioStnto que o amor—este lyrio -Traz este polon -a Dor !

*

No dia designar! o foi o 7.i Guedesdelicadamente recebi.Io em casa do nov ,patrão.

Este o iniciou no trabalho, dispo,,-sou-lhe n mais amável tratamento, odentro em pouco fel-o conhecedor

'riulorios os se ,s negócios.

O Guedes assumia „mi certa giiv,-dade tingida diante rio honrado nego-ciante. atTectava interesse por turio quehavia no estabelecimento,.* na rua quemo visse serio e enlliu«iagniado, sup-pol-o-liia já sacio nos lucros.

h elle i-ellec,indo comsigo julgava-,.,niinto feliz, perleitnniente collocad.i.Com niezaria em casa rio patrão, qua-si logo começou a botar corpo, devido

talvez ao vinho que esle lhe servia a..almoço e ao jantar.

Aquillo siií, é que era homem bom 'De dia ua loja. e á noute no Café,no

Passeio, em casa ria família, tomandoparte activa na rodada calçada, ondeinvariavelmente era nssumpto a viriaalheia, de modo quf alguém que ahi seachasse, demoraia-je ai d o fim com re-ceio de lhe cnrtarrm o coiro na ausência .

D. Zefa rfjubilava-se corri a prospe-rid.ids do filho, e as meninas ao verem-no aos domingos com gravata de man-Ia encarnaria, opulenta flor na botoeirado fraqje. crvsiaes no peito da cain,sa. comprime.itinrio al.-greniente a to-dos. nchavani-n.i bem l>nni'iaho.

Uma que não faltava a r.nl.i da cal-cada de sua casa e se sentava semprejunto d'ellc, igrarianrii, de modo especiai «todoi ria família, mesmo a Chicaconsinheira, ao moleque Is.iias lilhod'estn, a quem de quando e,n vei pre-senteava iif i com camisinha,ao propri»Jasmin, cào iiiuitn iujo e rabugeuto da

| Lili, achava-o elegante e capaz de li-zer a felicidade rie qualquer moça.

O Guedes lambem gostava d'elli equiz significar-lhe a suu afTeiçào, iiijsnão sabendo fazer um i carta, copiarado cP.iriinsn 1.mim o» unia linda poe-sia e lh'a remetteu como declsraç.iu fieamor.

A moça agradeceu cordialmente ¦ ¦ficou som entender, porque a poes.Hnada linha de a.unrnsj— era feita i-ino Teio

O PAO

' i elle* pocaavam hsrao alegrai no'companhia ura do outro.Uma noite conversavam todos na cal-

cada ara intima faroiliori.lade. era maisllargs a roda, qnsndo o PesembargsdorLuís Gouveia chegou cem a famíliajur.io ao grupo. • nio havendo passa-gsoi. por estar todo o espaço tomadouor cadeirai, a senhora «Teste tentoudaacer ao calçamento, dois palmo» ma,obaixo, e O («s tão desastradamente, quecahiu sobre a pedra torcendo o pá es-q-ierdo, e nàopoude mais levantar-se.

O marido nlHicio amparava-a, e unouris iwhidu d'alli, se o morador iSa cataeti frente nao viesse um «eu auxilioconduzindo numa cadsiru a pobre se-íihpt-a para » sua caaa. d'onde se r;ti-raram • carro.

O* da roda ao nnoiolirom a quedaapoiara *e levantaram e D. Zefa excla-moa: Virgr Maria! o que foi isto?Nunca até hoje ninguém não cahiu emnona h>«>S'í:í !

H logo que partiu o carro commenta-vaiB o cato. servindo orno motivo deriaotaa ns .refeito', us gemidos, a carahorrenda que havia feito a paciente,que por ser gorda e idosa chamar im-ui de mala vclhu. de cal riu, de tumba-ca- e outros cpilhetos desgraçados.

Ainda por iiniiiu Ic.no,. recortavamn incideule para sa recrearem à cuitudo sofrimento alheio.

Oii* depois o patrão do Guetes fite-ra d'elle o encanegado da caixa, comoprova da muita confiança que lhe tinha,« ella iu dando boa conta.

Rapei.o era muito.fondo já certa considerac&o no com-

n.ercio, o Guades náo quii mais resi-ritr co.ii a familiae alugou caaa no arru-balde.

Logo qu' ae fechava o eslabelecinien-to, recolhia-se ao sen ninho, como ellechamava ao novo domicilio, dchciivn-se com os bons are* e ficava horas es-quecidas a cogitar no meio de guinarmuito dinheiro e faicr uma casinhamais elegante

Comprou afinal o terreno por 8oo$eooreis, « como desejava fazer a coisa b»-rnt>.h.i. e lutvi • perto rouilo mate-rial p.ua um edifício publico, lembrou-se de <ér auxiliado pelo governo, eco-meçou a agradar ox meninos da visi-nhanva, dando a cada um um vintém

Apenas chegava, os meninos alfluiainuo» bandos, e elle começava a desiri-buiçàodo. cobres, agradando carinho-samente a todos, que ji o queriamcomo o melhor moço do mundo

O Guedes inventou uni bom meio deconstruir facilmente a casa, que o pu-nha a coberto de toda a suspeita, e tau-to mais aegurn quanto próximo a elle»<> morava gente pobre e que lhe deviafavores.

Reunia a meninada e gritava : buecade forno! e cllct respondiam — forno ! —Tirando bolo. e elle*respondiam—belo !—Reinando, remando quem me trou-ter uma folha de cajueiro, e o« meninoscorriam » depositaiain a s*us pés astolhas pedidas.

Em seguida i« mesmas palavras eterminava : remando, remando quemme trouxer uni 'ijolo e os tijolos eramamontoados em logar apropriado.

E logo que foram KufGcieu.es para Aobra. passou o brinquedo a »er no sen-M-.Io de vir a telha precisa, depois as

ripas, depois os tijolos de ladrilho ele,sendo tudo isso feito ao som de estri-dentes risadas das criança»,que »»> esior-(avam por exceder uns ao» outros nacarreira.

Corria tudo a mil maravilhas, masquando o Guedes acabou a casa, aca-bou-se também a amisad.1 dos meninos,qu* nunca mais pegaram delle umvintém.

Como ellestinhamsaudtides daquellebrinquedo tao iliuocente '

Antônio Be/erüi.

CáRflRi

ós artistas Augusto Péres e Ame-liu de Barros deram nu noite de 21 dopassado um especuiculo. no S. Luiz,em beneficio ,l,i estatua rio GeneralSampaio, em viu de erecção. Constouo espectuculo de duas comédias e ai-gumas cançonetas e scenas cômicas,obtendo tudo bom desempenho porparte dos artistas.

O Ibeatro foi caprichosamente deco-rado com cordões de bandeiras e es-cudos onde se liam os feitos e o nomedo bravo cearense.

Noticiando aqui esta patriótica festanão podemos deixar de mencionar onome do S'. João Harcollos que n pro •moveu e tem trabalhado com unia per-sistencia e abenegação dignas dosmnioroo louvores em proldomonuinen-to que vai ser em breve erecto no Ge-neral Sampaio numa das praças des-ia capital.

PARIU.I DE l IMPO

Encantadora a festa que re.ilisúinosem Villa Adelaide, cujo programoueltígantemeiito impresso à tintacuiinu-sim sobre papel celin a Ia cure. erao seguinte :

PARTIDA DE CAMPO

vii i a adei uni;

.to, ;-.'/ (/,¦ Novembro dr /,V.7Õ

das arvores—José Carie Ju-

He-

Doinior.

Coniinissão executiva — Mi:zende e Antônio Salles.

Convivas— Nunicosas e disliu.tasFamílias e os Padeiros E*pir,iuubs.

1'ROC. HAIIM i

Art. t.*-A'aHl J da manha todos osconvivas se acharão na Praça do Ferreirapara tomar o b.nri du lieinflea. levandocada uno contingente alimentício, muslcal, lliterarío ou chorougraphic > que lhefoi designado.

Art. a.«— A' chegada cm Vu i i Ai,e-i.uoe será oxocutaJo o hyinnuila FadariaEspiritual.

Art. 3.°— Até a hora do almoço re&l!sar-ae-á ora torneio Utterarío que constarOdo seguinte:

Uma ode de Horário, no original, recl-tada por Multo Rezende ; Saudação á Natureza, ode ora português, por Antônio 8alles; Monótono, tendo por aosompto as Aeen ¦turat de Üancho Tartarin Oaixote de luMadrugada, por Sablno Baptista ; Histotoría da viagem de um Atomi rie profun.didudea oceânicas, por Jo&o da Ega (Ulys-ses Beiorra); Pagtagem, treoho de prosa,por Arthur Thoophllo: Ctrieaturas emprota. narrativas o faceeias, por José Carva-lho; riurpreza por Molle. B.

8 único. —K' faualtativa a oxhibiçfto dequalquer peja littoraria cujo antor nio Osteja camprohondldo no art. supra.

Art. 4.- A' hora oni quo so annunriar oalmoço, .lodé Carvalho será onviado áCasa do Orates para fazer estudos psyehiatrioos, salvo docisfto unanimo om contrario das Senhoras presentes.

Art f>.°— Almoço tub tegmini mangaries

Art. fb° — Ao nioio dia cm ponto seráqueimado um lindo fogo de artificio.

Art. 7.' - Passada a crise da digestão,durante a qnal José Carlos recitará oTear du Rainlta, em portugunz alfacinh.vJúlio Braga fará a photographaçao dosconvivas.

Art "': — A' 1 hora da tarde dosado aviola.

Art. 8.—As i horas, haverá dansas, sias Senhoras estiverem pelos autos.

Art. 9.¦— As tros horas, dostrilmiçãesoleiunede confortos foitapelo Roberto d-Alencar á potlzadado José Carlos o maiscroanças que apparooerem.

Art. IU.— O lapso de tompo comprohendido entre ás tros horas c a hora do jantar será aprovoitado om diversões con-dignas dos talentos e bom gosto dos convivas.

Art. II. — Lo^o quo anoiteça, realisar-se-à uma partida de cotillon dirigida porMello Rozctido o uma Senhora do sua es-colha.

Art 12. — Ao cotillon sognir-ss-á umaaoirée musical, constando da Serenata brutileira. canto e piano, por Antônio Salle-e MelloRoAendo, o diversas musicas exocu-tadas a piano e a violinj pelas .Senhora-presontes.

Art. 1:1 — Nova execução do Hynin,da Fadaria Espiritual.

Art. 14 — Surproza a cargo de Mcll •Rezende.

Art. 15.'— Fica a cargo de Duna I,ipo fornecimento do gnz incantirteente pai iilluruinar o caminho duraiite o regress

Concitamos a todos os interessados .,darem ao presente progranima o mais t|,e íoloso cumprimento sob pena de exconimunhao maior e perda do direitos inh,rontes à gente que tomou chá em pequen

A (otiinilssfta ExecutivaMf.li o Kezevi.i .A vtoxio Sm r.s

Salvo as Uagurs. tove este programma mais tiel execução

K foi um dia de "verdadeira satisfaçabucólica o que passam o,- cm Villa Ad1laidc ao pe d„ formosas senhora- p :lado de bons piteos. ao ar livre, nniu d,afogo do todas a-s fadigas urbana*

Im bravo ao dano da» anuir» e a ,,cansavel rutntHtêtãn rTfrnftm

» O PAO

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