4
O ACÓLITO N.º 34 - 8- Escola de Acólitos de S. Miguel A árvore da vida dos amigos Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas chamamos amigos e há muitas classes deles. Talvez cada folha de uma árvore represente um dos nossos amigos. O primeiro que nasce é o nossos amigo Pai e a nossa amiga Mãe, que nos mostram o que é a vida. Depois, veem os amigos Irmãos, com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem respeitamos e desejamos o bem. Mas, o destino apresenta-nos a outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos deles chamamos-lhes amigos da alma, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz. E ás vezes um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então chamamos-lhe um amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, saltos aos nossos pés. Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias ou uns dias ou umas horas. Eles colocam-nos sorrisos no rosto durante o tempo que estamos com eles. Falando do assunto, não podemos esquecer os amigos distantes, aqueles que estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra, sempre aparecem entre uma folha e outra. O tempo passa, o Verão vai-se, o Outono aproxima-se e perdemos algumas das nossas folhas, algumas nascem noutro Verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais felizes, é que as folhas que caíram continuam junto, alimentando a nossa raiz com alegria. São recordações de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho. Simplesmente porque cada pessoa que passa na nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada. Adaptado de Conde Roberto EDIÇÃO: A redação deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Daniel Marques; Daniel Pereira; Diana Semblano e Ricardo Tavares) Contacto: [email protected] NESTA EDIÇÃO Paróquia de Oliveira de Azeméis Papa convoca cardeais para jornadas: reflexão e oração 2 Professor de EMRC tem de ser semente de esperança 3 Nª Sª de Lourdes 3 Preparação dos novos acólitos para o serviço 4 Santa Bernardete 4 A fé dos simples 5 Quem são os anjos? 6 Papa diz que mundo enfrenta profunda crise de fé 7 A árvore da vida dos amigos 8 Quem são os anjos? Os fenómenos paranormais são uma realidade. Através da Bíblia podemos compreendê-los. »» Página 6 O Papa fala ao mundo. Preparação de novos acólitos. Os recém candidatos a acólitos estão a iniciar a última etapa precedente da estreia no seu ministério. »» Página 4 Bento XVI alerta para a «profunda crise» que o mundo enfrenta. »» Página 7

O Papa fala ao mundo. · música aos nossos lábios, ... dias ou umas horas. Eles colocam-nos sorrisos no rosto durante o tempo ... Bento XVI alerta para a «profunda crise» que

Embed Size (px)

Citation preview

O ACÓLITO N.º 34

- 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel

A árvore da vida dos amigos

Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem o caminho a nosso lado, vendo muitas luas passar, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.

A todas chamamos amigos e há muitas classes deles.Talvez cada folha de uma árvore represente um dos nossos amigos.O primeiro que nasce é o nossos amigo Pai e a nossa amiga Mãe, que

nos mostram o que é a vida. Depois, veem os amigos Irmãos, com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer como nós.

Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem respeitamos e desejamos o bem. Mas, o destino apresenta-nos a outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos deleschamamos-lhes amigos da alma, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz.

E ás vezes um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então chamamos-lhe um amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, saltos aos nossos pés.

Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias ou uns dias ou umas horas. Eles colocam-nos sorrisos no rosto durante o tempo que estamos com eles.

Falando do assunto, não podemos esquecer os amigos distantes,aqueles que estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra,sempre aparecem entre uma folha e outra. O tempo passa, o Verão vai-se,o Outono aproxima-se e perdemos algumas das nossas folhas, algumasnascem noutro Verão e outras permanecem por muitas estações.

Mas o que nos deixa mais felizes, é que as folhas que caíram continuam junto, alimentando a nossa raiz com alegria. São recordações de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho.

Simplesmente porque cada pessoa que passa na nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada.

Adaptado de Conde Roberto

EDIÇÃO: A redação deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Daniel Marques; Daniel Pereira; Diana Semblanoe Ricardo Tavares)Contacto: [email protected]

NESTA EDIÇÃO

Paróquia deOliveira de Azeméis

Papa convoca cardeais para jornadas: reflexão e oração

2

Professor de EMRC tem de ser semente de esperança

3

Nª Sª de Lourdes 3Preparação dos novos acólitos para o serviço

4

Santa Bernardete 4A fé dos simples 5Quem são os anjos? 6Papa diz que mundo enfrenta profunda crise de fé

7

A árvore da vida dos amigos

8

Quem são os anjos?

Os fenómenos paranormais são uma realidade. Através da

Bíblia podemos compreendê-los.

»» Página 6

O Papa fala ao mundo.

Preparação de novos acólitos.Os recém candidatos a acólitos estão a iniciar a última etapa precedente da estreia no seu ministério.

»» Página 4

Bento XVI alerta para a «profunda crise» que o mundo enfrenta. »» Página 7

O ACÓLITO N.º 34

- 2 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Papa convoca cardeais para jornadas: reflexão e oração

A reunião vai decorrer no dia 17 deste mês, véspera do consistório público para a criação de novos cardeais, e tem como tema “O anúncio do Evangelho hoje, entre missão da gentes e nova evangelização”.O debate sobre esta questão vai ser introduzido por uma intervenção do cardeal designado D. Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, Estados Unidos da América.

Segundo comunicado da sala da imprensa da Santa Sé, durante os trabalhos haverá ainda uma comunicação sobre o ‘ano da fé’, que se inicia em Outubro, a cargo de D. Salvatore Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

O Vaticano informa ainda que um dos cardeais designados por Bento XVI a 6

de janeiro, o padre Karl Josef Becker, de 83 anos, não vai poder participar na cerimónia pública do próximo dia 18, por motivos de saúde, sendo criado cardeal “de forma privada, noutro momento”.

A partir do próximo consistório, o colégio cardinalício passará a ter representantes de 70 países, 51 dos quais com cardeais eleitores, ou seja, com menos de 80 anos e, por isso, com direito a voto na eleição de um novo Papa (conclave).

Segundo o Código de Direito Canónico os cardeais "constituem um colégio peculiar, ao qual compete providenciar à eleição do Romano Pontífice [Papa]", além de serem conselheiros que podem ser consultados em determinados assuntos quando o Papa o desejar, pessoal ou colegialmente.

É a quarta vez que Bento XVI convoca um consistório (o último tinha sido em novembro de 2010), com o qual vai perfazer um total de 84 cardeais criados (63 com direito a voto, mais de metade dos 125 eleitores).

Os cardeais com menos de 80 anos ficarão assim distribuídos geograficamente: Europa - 67; América Latina - 22; América do Norte - 15; África - 11; Ásia - 9; Oceânia - 1.

Portugal vai voltar a ter dois cardeais no conjunto de eleitores, após o 80.º aniversário natalício de D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, em janeiro: D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?tpl=&id=8941.

O ACÓLITO N.º 34

Escola de Acólitos de S. Miguel - 7 -

Papa diz que mundo enfrenta «profunda crise de fé»

Cidade do Vaticano, 27 jan 2012 (Ecclesia) – Bento XVI disse hoje no Vaticano que o mundo atravessa uma “profunda crise de fé”, acompanhada pela “perda do sentido religioso”, fatores que constituem “o maior desafio para a Igreja de hoje”.

Depois de sublinhar que a “renovação da fé” deve ser a “prioridade” de “toda a Igreja” e do diálogo ecuménico, o Papa expressou o desejo de que o “Ano da Fé”, a iniciar em outubro, contribua para “tornar Deus novamente presente no mundo”, refere a Sala de Imprensa da Santa Sé.

O discurso aos participantes na assembleia da Congregação para a Doutrina da Fé, organismo que Bento XVI dirigiu antes de ser eleito Papa, centrou-se no diálogo ecuménico, no âmbito da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, que terminou na quarta-feira.

A intervenção realçou os “bons frutos” do diálogo ecuménico mas alertou para o risco de uma falsa paz entre os cristãos e de um indiferentismo, que exigem “vigilância”.

Bento XVI pretende que os cristãos sejam unânimes nas questões morais, como a vida, família, sexualidade, bioética, justiça e paz, que constituem “um novo desafio para o caminho ecuménico: “Será importante falar sobre estes temas a uma só voz”, frisou.

É preciso “enfrentar com coragem também as questões controversas, sempre no espírito de fraternidade e do respeito recíproco”, acentuou o Papa, que valorizou os documentos resultantes dos diálogos ecuménicos mas advertiu que a “autoridade” da Igreja é “a única” que pode “julgá-los de modo definitivo”.

Os avanços no ecumenismo dependem, segundo o Papa, da distinção entre “a Tradição, com maiúscula, e as tradições”, ou seja, entre os fundamentos da fé e a forma como se expressam.

“Um passo importante” nessa distinção ocorreu na elaboração de medidas para os fiéis procedentes do Anglicanismo “que desejam entrar na plena comunhão da Igreja, na unidade da comum e essencial Tradição divina, conservando as próprias tradições espirituais, litúrgicas e pastorais que são conformes à fé católica", observou.

Há “uma riqueza espiritual nas diversas confissões cristãs que é expressão da única fé e dom para partilhar”, acrescentou.

Retirado de Agencia Ecclesia

O ACÓLITO N.º 34

- 6 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Quem são os anjos?

Os anjos são seres espirituais, com finalidades específicas, criados por Deus. Apesar de não possuírem corpo físico, têm diferentes personalidades. Existem anjos que praticam o bem e anjos que praticam o mal (demónios).

No entanto, têm caraterísticas em comum, possuem inteligência, demonstram emoções e vontades.

O conhecimento dos anjos é limitado por serem criaturas. Isto significa que eles não sabem tudo o que Deus sabe. Entretanto, parece que têm um conhecimento maior do que os humanos. Isto pode ocorrer por três razões:

1. Os anjos foram criados como uma ordem superior de criaturas no universo, em comparação aos seres humanos. Por este motivo, é de sua natureza possuir maior conhecimento.

2. Os anjos estudam a Bíblia e o mundo de forma mais completa que os humanos e assim obtêm conhecimento.

3. Os anjos adquirem conhecimento através da longa observação das atividades dos seres humanos. Diferentemente dos humanos, os anjos não têm que estudar o passado; eles o viveram. Assim, sabem como os outros agiram e reagiram em determinadas situações e podem então prever com grande exatidão como nós vamos agir em circunstâncias parecidas.

Apesar de terem vontade, os anjos são, como todas as criaturas, sujeitos à vontade de Deus. Os anjos bons são enviados por Deus para ajudar os crentes.

Os anjos são de uma ordem completamente diferente da dos humanos. Os seres humanos não se tornam anjos após a morte. Os anjos nunca se tornam e nunca foram seres humanos. Deus criou os anjos da mesma forma que criou a humanidade. Em nenhum lugar a Bíblia afirma que os anjos foram criados à imagem e semelhança de Deus, como foram os humanos.

Na Bíblia, também encontramos resposta quanto ao número de anjos existentes e a certeza de que o ser humano é ligeiramente inferior aos anjos.

O ACÓLITO N.º 34

Escola de Acólitos de S. Miguel - 3 -

Educação: Professor de EMRC tem de ser semente de esperança

D. António Francisco Santos afirmou, em Fátima, que o aumento do número de inscrições na disciplina mostra que «a presença da EMRC nas escolas é importante»

Fátima, Santarém, 28 jan 2012 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, D. António Francisco Santos, afirmou, hoje, em Fátima, que o professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) deve ser “escuta e esperança”.

O presidente da referida comissão falava na abertura das jornadas de formação «Liderança em EMRC e relações interpessoais - Perspetivas e desafios» que estão a decorrer, em Fátima desde até este domingo.

Segundo o site da revista «Fátima Missionária», D. António Francisco Santos defendeu que a escola é “um desafio” para educadores e, “sendo uma missão, exige toda a nossa paixão”.

Em tempo de crise, o docente da disciplina tem a missão de “ser semente de esperança na escola para os alunos e professores”, adianta o site de EMRC.

A presença dos professores de EMRC “é necessária” na escola pelo “contributo de esperança e serenidade que transmitimos na escola”, acrescentou o bispo de Aveiro.

O aumento do número de inscrições na disciplina mostra que “a presença da EMRC nas escolas é importante”, realçou.

A formação, a cuja sessão de abertura presidiu, deve servir para “olhar para o panorama das dioceses e, através da análise, criar um projeto para três anos com longas vistas num projeto de missão sempre com novas respostas”, sublinhou o presidente da comissão.

Retirado de Agencia Ecclesia

Nossa Senhora de Lourdes

Em Lourdes, na gruta de Massabielle, Nossa Senhora apareceu dezoito vezes a Santa Bernardete, então menina de 14 anos. Na última das aparições, a Virgem Se identificou: "Eu sou a Imaculada Conceição". Com essas palavras, confirmava o ato solene pelo qual o Papa Pio IX, quatro anos antes, proclamara a Conceição Imaculada da Santa Mãe de Deus. Até aos nossos dias, curas e milagres prodigiosos ocorrem no local, que é procurado por peregrinos do mundo inteiro.

O ACÓLITO N.º 34

- 4 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Preparação dos novos acólitos para o serviço

O nosso pequeno grupo de acólitos tem vindo a crescer, e os nossos novos elementos, vão agora dar um passo na sua formação acolital, começam a principiar-se em Servir o Altar da Eucaristia.

É com muito gosto que toda a equipa vê estes nossos colegas, a começar o serviço de altar e os nossos acólitos do grupo A mostram-se muito interessados em servi-Lo com dignidade.

“Ser Acólito é servir Jesus no Altar, no meio da sua comunidade de discípulos de Cristo. Ser Acólito é alguém que tem uma relação especial, mais próxima com o Senhor e que se sabe amado por Ele.

O Acólito, por isso, é alguém que se sente amado por Jesus e que, reciprocamente, quer amá-l’O com todo o coração, com toda alma e com todas as forças; por conseguinte, o servidor do altar deve dialogar com Ele na oração de cada dia. Quanto à sua tarefa, é fácil, porque o sacerdote é o seu ponto de referência que lhe ensina tudo o que deve saber, o que tem de fazer e os livros a utilizar.

Ser Acólito é um Serviço muito nobre, porque é servir Jesus no seu Altar e na sua Igreja. É Servir e ajudar toda a comunidade cristã. Não é um serviço como outro qualquer, porque desempenham-se funções, mais próximas de Jesus, juntos da Palavra e da Eucaristia que Ele nos deixou. Daí que é natural que o Acólito se prepare bem e o faça o melhor que seja capaz, dando bom exemplo diante de todos.”( http://faroldeluz.wordpress.com/2009/04/25/servir-o-altar-ser-acolito/)

Que Jesus Cristo ajude estes novos acólitos para que eles sirvam o altar da eucaristia dignamente e os torne verdadeiros seguidores de Cristo Nosso Senhor.

Santa Bernardete Soubirous

Era extremamente pobre e ignorante a menina a quem Nossa Senhora de Lourdes apareceu, naquele ano de 1858. Mas possuía uma grande candura de alma, que parece ter encantado a Mãe de Deus.

Esta lhe recomendou repetidas vezes que fizesse penitência pelos pecadores e prometeu fazê-la muito feliz, não neste mundo, mas no outro. Assim aconteceu. Perseguida e sempre doente, Santa Bernardete ingressou num convento em Nevers e após sofrimentos pungentes faleceu aos 35 anos de idade.

O ACÓLITO N.º 34

http://www.paroquiaz.org/ (secção de liturgia) - 5 -

A fé dos simples

Como rezar?

Esta é uma questão colocada com muita frequência. Os apóstolos, certo dia, pediram a Jesus: “Ensina-nos a rezar”. Bento XVI, na audiência geral de 11 de maio de 2011, afirmou: “A oração é uma relação de amor entre Deus e a pessoa humana, sua criatura. Não existe só uma maneira de rezar, pois a oração tem as suas raízes no mais profundo do ser”. Na audiência geral de dia 30 de novembro de 2011, o Papa recordou: A oração é uma necessidade da natureza do ser humano, que tem em si uma sede de infinito, a nostalgia de Deus e o desejo de amor”.

Nestas duas catequeses, Bento XVI recorda que o “O homem sabe que não pode responder sozinho à sua necessidade fundamental de compreender. Por mais que se tenha iludido e que ainda se iluda que é autossuficiente, contudo ele faz a experiência de que não é suficiente a si mesmo. Tem necessidade de se abrir ao outro, a algo ou a alguém que possa doar-lhe quanto lhe falta, e por isso, deve sair de si mesmo rumo Àquele que é capaz de satisfazer a amplidão e a profundidade do seu desejo”. É bem conhecido o pensamento de São Tomás de Aquino em que define a oração como “expressão do desejo que o homem tem de Deus”.

Em termos de família, a oração passa pela descoberta de Deus como primeira testemunha do amor entre marido e mulher e destes em relação aos filhos. Também como presença amiga nos bons e maus momentos, e como força para superar as dificuldades.

Como em todas as outras circunstâncias, a oração em casal e em família não conhece uma só maneira de ser feita. É o que diz o Papa: “Não existe uma só maneira de rezar, pois a oração tem suas raízes no mais profundo da pessoa”. E acrescenta: “A oração não está ligada a um contexto particular, mas encontra-se inscrita no coração de cada pessoa e de cada civilização. Naturalmente, quando falamos da oração como experiência do homem enquanto tal, do “homo orans”, é necessário ter presente que ela é uma atitude interior, e não só uma série de práticas e fórmulas, um modo de ser diante de Deus, e não só o cumprir gestos de culto ou o pronunciar palavras. Por isso, a experiência da oração é para todos um desafio, uma ‘graça’ a invocar, um dom d’Aquele a Quem nos dirigimos”.

Retirado de Voz Portucalense – Edição de 01-02-2012