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ACRIM P E R N A M B U C O
ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS CRIMINALISTAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO
EXCELENTÍSS IMO SENHOR PRESIDENTE DA ORDEM DOS
A D V O G A D O S DO BRASIL - SECCIONAL DE P E R N A M B U C O
D A T A G E D - V I R T U A L I Z A C A O P R O C E S S U A L C O M P R O V A N T E DE A B E R T U R A DE P R O T O C O L O
SAI PERNAMBUCO
PROT.: 48332014-0 DATA: 31/03/2014 16:13:40
REQUERENTE: ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS CRIMINALISTAS DO ESTADO DE PE -ACRIM -PE
ASSUNTO: REQUERIMENTO
E-MAIL: [email protected]
FUNCIONÁRIO: KEILA SIMONE DA CRUZ ALVES
CONCORDO EM RECEBER INTIMAÇÕES POR E-MAIL PARA ACOMPANHAR SEU PROCESSO NO SITE DA OAB
CLIQUE NO ÍCONE DATAGED
A ASSOCIAÇÃO D O S A D V O G A D O S C R I M I N A L I S T A S
DO E S T A D O D E P E R N A M B U C O - A C R I M - P E , en t idade c iv i l , vem,
por seu bastante represen tan te subscr i to , vem à presença de Vossa
Exce lênc ia , nos te rmos do art . 7.°, § 5 o , e art . 44, inc. I, da Lei
8.906/94, bem como art . 15 do Regu lamento Gera l do Esta tu to da
O A B , fo rmu la r P E D I D O DE PROVIDÊNCIAS em face do mag is t rado
es tadua l LU IZ G O M E S DA R O C H A N E T O , MM. Ju iz T i tu lar da 1 a
Vara Regiona l de Execução Penal de Pernambuco , pe los fa tos a
segui r expos tos :
Tem sido genera l i zado o descon ten tamen to dos
advogados c r im ina l i s tas que mi l i tam jun to à 1 a Vara Reg iona l de
Execução Penal do Estado, em razão de fa tos g r a v e s e r ecor ren tes
que a ten tam contra as prer roga t ivas da advocac ia ( E O A B , art. 6.°,
parágrafo único, art. 7.°, I, VIII), os pr inc íp ios da e f ic iênc ia àaí
C N P J [MF] N ° 40.227.970/0001-90 Sede Provisória: Rua da Aurora, n° 295 - Saia 701 - Boa Vista, Recife/PE
ACRIM ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS CRIMINALISTAS
P E R N A M B U C Õ
ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS CRIMINALISTAS 00 ESTADO DE PERNAMBUCO
admin is t ração da jus t i ça e aos deveres inerentes aos mag is t rados
(LOMAN, art. 35, II, III, IV e VI).
Refer imo-nos , no caso, às c rescen tes e repet idas
rec lamações que avu l tam em torno da excess iva e in jus t i f i cada
demora na t rami tação de fe i tos perante a 1 a Va ra Reg iona l de
Execução Penal do Estado, ass im como d i f i cu ldades no acesso a
autos e aud iênc ias com o ju iz .
Não são raros os rec lamos no sent ido de que o
mag is t rado não observa o dever de a s s i d u i d a d e e pontual idade
(LOMAN, art. 35, VI) , sendo vár ios os re la tos de que,
f requen temen te , chega ao local de t raba lho quase ao té rmino do
exped ien te fo rense , mui to embora o mesmo se in ic ie às 09:00 horas
da manhã.
Em razão d isso, que ixa-se a c lasse dos advogados
c r im ina l i s tas das sér ias d i f i cu ldades de encont rar o mag is t rado no
ambien te de t raba lho para com ele t ra tar de assun tos de in teresse
dos c l ien tes que pa t roc inam.
Não menos f requen tes , por out ro lado, são os rec lamos
re la t ivos à c rón ica moros idade na t rami tação dos fe i tos naquele
órgão jud ic iá r io , o que , igua lmente , representa inobservânc ia ao
dever es tabe lec ido pelo art. 35, II, da LOMAN.
Entre as inúmeras que ixas neste sent ido , está o fa to de
que pet ições demoram semanas para serem j un tadas aos au tos , a
imprec isão das in fo rmações p rocessua is p res tadas pelos se rv ido res
da Vara e, mais g rave , a negat iva de acesso a autos aos advogados
sob jus t i f i ca t i va de que se encon t ram "conclusos ao juiz".
Não obs tan te , a maior i r res ignação res ide no i r razoáve l
re tardo na ap rec iação de ped idos , mui tos de les de cunho urgente e
l iberatór io , como progressões de reg ime e l i v ramento cond ic iona l
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E não se t ra ta, pesa d izê- lo , de a t raso de d ias ou
semanas . Re fe r imo-nos a uma demora que mui tas vezes se es tende
por meses a f io , não obs tan te a Cons t i tu i ção Federa l assegurar a
razoáve l du ração do processo e a Lei de Execução Penal f ixar prazo
de 03 d ias para dec isões (art. 196, §1°) .
A "justificativa" comumen te apresen tada pelo
mag is t rado, e inc lus ive reproduz ida em matér ias j o rna l í s t i cas que
d is to rcem a rea l idade, é de que a ges tão dos p rocessos naque le
órgão jud ic iá r io segue as d i re t r izes do Pro jeto Ef ic iênc ia , c r iado pelo
Conse lho Nac iona l de Jus t i ça .
Uma dessas d i re t r i zes , a lega-se , tem como cr i tér io a
ordem c rono lóg ica da j un tada de pet ições e aprec iações dos ped idos.
Como se sabe, o Pro jeto Ef ic iênc ia , desenvo lv ido pelo
Depar tamento de Mon i to ramento e F isca l ização do S is tema
Carcerár io (DMF/CNJ ) , tem como ob je t ivo gerar maior ce le r idade e
qua l idade na pres tação dos serv iços ju r i sd ic iona is , o fe recendo um
plano prát ico de gestão, com or ien tações aos mag is t rados e
ges tores , capac i tação de serv idores e imp lan tação de o rgan ização
car to rár ia , método e rot ina de t raba lho de forma rac iona l i zada,
padron izada e equ i l i b rada .
A rea l idade, porém, demons t ra que a gestão e
t rami tação dos processos perante a 1 a Vara Regiona l de Execução
Penal do Estado vêm apresen tando resu l tados d iamet ra lmen te
opos tos , ou se ja , fa l ta de ce le r idade e so f r íve l qua l idade na
pres tação dos serv iços ju r i sd ic iona is .
O que to rna, sem excessos nem exageros , a 1 a Vara
Regiona l de Execução Penal do Estado um ret ra to f ie l da inef ic iênc ia
e má ges tão admin is t ra t i va em re lação a todas as fases do^
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andamento p rocessua l , ou se ja , desde a j un tada de ped idos até a
dec isão jud ic ia l f ina l .
Sem dúv ida a lguma, a ordem c rono lóg ica dos p rocessos
ser ia um razoáve l cr i tér io de equ idade não fosse o fa to de que, e le
própr io , assoc iado à baixa ass idu idade e pon tua l idade do
mag is t rado , tem se cons t i tu ído o própr io en t rave no bom andamen to
dos p rocessos . Quando não, parece t rans fo rmar -se numa jus t i f i ca t i va
retór ica tenden te a acober ta r as ve rdade i ras causas dos p rob lemas
que a f l igem a 1 a Vara Regiona l de Execução Penal do Estado, como
os ac ima menc ionados , e que a t ingem d i re tamente os advogados e
j u r i sd i c ionados .
Prova maior de que essas anoma l ias se concen t ram
apenas naquela un idade jud ic iá r ia , é que não se tem not íc ia , ao
menos ent re os assoc iados desta Pet ic ionár ia , da ex is tênc ia de
qua lquer t ipo de que ixa , seme lhan te ou não, em re lação à ges tão e
ao andamen to dos processos nas t rês out ras varas de execuções
penais ex is ten tes no Estado.
Ao cont rár io da t r is te e g rave rea l idade hoje ex is ten te
na 1 a Vara Reg iona l de Execução Penal do Estado, as 2 a , 3 a e 4 a
Varas Reg iona is de Execução Penal são exemp los de e f ic iênc ia
jud ic iá r ia .
Lá, os p rocessos têm t râmi te regular , os ju ízes são
pontua is e ass íduos . Enf im, cumpre-se a d i re t r iz cons t i tuc iona l que
impõe ao Estado- ju iz o dever de ze lar pela razoáve l duração do
processo (art. 5.°, LXXVI I I ) , o dever imposto aos mag is t rados de
"não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou
despachar" e "comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o
expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente
antes de seu término".^
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E nem se diga que o número de p rocessos em t râmi te
na 1 a Vara Regiona l de Execução Penal do Estado ser ia super io r ao
das demais varas de execução pena l , como fo rma de jus t i f i ca r o
in jus t i f i cáve l . É que, se rea lmente avu l tam processos naque la
un idade jud ic iá r ia , é j us tamen te em razão da gestão imp lementada
que se opõe ao própr io Pro je to Ef ic iênc ia do C N J , do acúmulo de
ped idos a serem processados e aprec iados , en f im, pelas prát icas
pouco ou nada e f i cazes como os fe i tos se desenvo lvem naque le
órgão jud ic iá r io .
Em suma, os fa tos são graves e ex igem a adoção de
med idas igua lmente d rás t i cas , tanto da par te dessa e. Ordem dos
Advogados do Brasi l quanto dos órgãos censór ios do T J P E e do
C N J , a quem uma cóp ia desta represen tação será encaminhada , tudo
em ordem a assegura r a f ie l observânc ia das p re r roga t i vas dos
advogados , ass im como a regu la r idade dos t raba lhos jud i c iá r i os e o
cumpr imen to dos deveres impostos a todos os mag is t rados .
Tal o contex to , requer -se :
(a) Se jam os fatos inves t igados no âmbi to dessa Secc iona l
em ordem a apurar eventua l prát ica de v io lação de
prer rogat ivas dos advogados , ado tando-se as
prov idênc ias admin is t ra t i vas , c íve is e c r imina is
cab íve is ;
(b) Seja encaminhada rep resen tação à Cor regedor ia
Nacional da Just iça para que, no âmbi to daque le órgão,
p romova a respect iva apuração dos fa tos ac ima
not ic iados em torno de possíve l in f ração aos deveres
impostos aos mag is t rados pela LOMAN, no tadamente
os prev is tos no art . 35, II, III, IV e VI; |í PN̂
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(c) A inda , se jam so l i c i tados ao CNJ os dados e re la tór ios
de p rodut iv idade mensal re la t ivos a 1 a Vara Regiona l de
Execução Penal do Estado;
(d) Sem pre ju ízo d isso, seja encaminhado of ic io à
Cor regedor ia Gera l do Tr ibuna l de Just iça de
Pernambuco para que tome c iênc ia dos fa tos e,
con fo rme prevê o Reg imento In terno, rea l ize inspeção
na 1 a Vara Regiona l de Execução Penal do Estado;
Nestes te rmos .
Pede de fe r imen to .
Reci fe , 28 de março de 2014.
O A B / P E N° 11.792-D Presidente da A s s o c i a ç ã o dos A d v o g a d o s
Cr imina l i s tas de Pernambuco
Cr iminal is tas de Pernambuco
CNPJ [MF] N° 40.227.970/0001-90 Sede Provisória: Rua da Aurora, n° 295 - Sala 701 - Boa Vista, Recife/PE