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TIPOS DE PROCEDIMENTO No processo de trabalho do conhecimento, também há dois tipos de procedimentos: PROCEDIMENTO COMUM - ordinário, sumário e sumaríssimo PROCEDIMENTO ESPECIAL - adotado para ações especiais previstas na própria CLT, ex: inquérito civil para apuração da falta grave, dissídio coletivo e ação de cumprimento. PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – ARTS. 837 A 852 DA CLT. AUDIÊNCIA UMA/ AUDIÊNCIA FRACIONADA 1

TIPOS DE PROCEDIMENTO · x vínculo e ainda, comissões. Diferença do PEDIDO ALTERNATIVO, NESTE UM EXCLUI O OUTRO. PEDIDO SUBSIDIÁRIO – OU EVENTUAL SUCESSIVO – O segundo pedido

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TIPOS DE PROCEDIMENTO No processo de trabalho do conhecimento, também há dois tipos de procedimentos: PROCEDIMENTO COMUM - ordinário, sumário e sumaríssimo PROCEDIMENTO ESPECIAL - adotado para ações especiais previstas na própria CLT, ex: inquérito civil para apuração da falta grave, dissídio coletivo e ação de cumprimento. PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – ARTS. 837 A 852 DA CLT. AUDIÊNCIA UMA/ AUDIÊNCIA FRACIONADA

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PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO NÃO ACORDO/ DEFESA : 20 MINUTOS ( ATUALMENTE ESCRITO) Pje cancelando o envio uma hora antes da assentada. Como regra a defesa escrita. Instrução – PERÍCIA COMO REGRA ANTES DA PROVA ORAL. PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO – oitiva de todas as testemunhas numa única assentada. Razões finais : 10 minutos/ MEMORIAIS - discricionariedade do juízo/ matéria complexa. SENTENÇA NA ASSENTADA – pratica após encerramento. PROCEDIMENTO SUMÁRIO - Lei 5584/70, empreender maios celeridade aos tramites trabalhistas de até dois salários mínimos, denominada “ CAUSA DE ALÇADA”. O ART. 2 E SEUS PARÁGRAFOS 3 E 4, SENDO OS QUAIS: a) Quando o valor fixado para causa, na forma do artigo, não exceder de duas vezes o salário mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata a conclusão do juiz quanto à matéria de fato; b) Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferias nos dissídios de alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerando, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação. 2

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SÃO RAROS OS CASOS DE PROCEDIMENTO SUMÁRIO NA JT. Muito controvertido a sua aplicação, por violar o princípio do duplo grau de jurisdição. A rigor nosso sistema admite a existência de causas decididas em instância única, exemplo – art. 102, III da CRFB/88. Outro problema a vinculação em salário mínimo, que entendo ultrapassado posto que não tem conteúdo de inflação. Não seria possível a aplicação de tal procedimento, quando no polo passivo estiver ente público diante do DL 779/69, devido a sentenças sujeitas ao duplo grau de jurisdição. TODAVIA, DIANTE DA SÚMULA 303 TST - não há remessa necessário até 60 salários mínimos, assim, parece atualmente ser compatível.

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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO Foi acrescentado por força da lei 9.957, nos arts. 852- A a 852- H, não revogou o procedimento sumário. Fora expresso a impossibilidade de demanda em face do ente público, referente a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA - autárquica e fundacional – 852- A, parágrafo único), não gozam de tal: empresas públicas e as sociedades de economia mista. A apreciação da ação submetida ao procedimento sumaríssimo deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial. Será instruído e julgado em audiência única, salvo a critério do juiz. Limitada ao valor acima de dois salários mínimos e no máximo com quarenta salários mínimos. BEZERRA: entende incompatível com ações coletivas lato sensu ( tutela ou interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos), quando o Sindicato atua como substituto processual, posto que o art. 852 A, somente os dissídios individuais”.

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ART. 852 –B : I - o pedido deverá certo ou determinado e indicará o valor correspondente; ( questão do pedido de danos morais/ retirar do rito sumaríssimo). II – não fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado. Se não atendidos os requisitos acima, o feito será extinto de plano, sem resolução do mérito. Pode o julgador converter o rito? Matéria controvertida. Cada parte somente poderá apresentar duas testemunhas, que deverão ser COMPROVADAMENTE, convidadas pelo autor e pelo réu. Só haverá intimação da testemunha se esta, comprovadamente convidada pela parte, não comparecer a audiência ( art. 852 H, parágrafos segundo e terceiro). Poderá ocorrer a prova pericial em casos excepcionai, mas o julgador deverá zelar pela rápida feitura do laudo pericial. Manifestação sobre o laudo, no prazo comum de 05 dias. Na apreciação das provas, o juiz deverá dar especial valor as regras de experiência comum ou técnica ( art. 852 – D), rompe com a regra do processo civil.

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Dispensa o relatório ( art. 852 – I ), o juiz deve dar a decisão mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais e as exigências do bem comum- Juiz deixar de ser mero espectador do processo, para transformar-se num agente político. Admite a possibilidade de embargos de declaração. INSTRUÇÃO NORMATIVA 27 DO C. TST ART. 1- parece que abrange tb ao rito sumário. Destaca o rito especial para Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Habeas Data, Acão Rescisória e Ação de Consignação em Pagamento. Não é numerus clausus, porquanto existem outras demandas com rito especial, tais como ações monitória e ações de execução fiscal de multas de órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Art. 2- A sistemática recursal a ser observada é a regida pela CLT. Parágrafo único – O depósito recursal a que se refere o art. 899 da CLT é sempre exigível como requisito extrínseco do recurso, quando houver condenação em pecúnia. Art. 3 – importante destacar: salvo nas lides decorrentes de relação de emprego, é aplicável o princípio da sucumbência recíproca, relativamente às custas. E nos demais como regra, se o empregado for vitorioso em um único pedido, as custas são devidas pelo empregador – princípio da proteção. Art. 5 – Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência. 6

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Art 6 – Os honorários periciais serão suportados pela parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo beneficiária da Gratuidade de justiça. Faculta-se ao juiz, em relação à perícia, exigir depósito prévio dos honorários, ressalvados as lides decorrentes da relação de emprego.

PETIÇÃO INICIAL PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS – são elementos indispensáveis para que a relação processual possa existir ou se desenvolver validamente. CLASSIFICAÇÃO: EXISTÊNCIA ( a ausência de um destes, torna inexistente a relação processual. EXISTÊNCIA: PETIÇÃO INICIAL ( ação deve conter um pedido); JURISDIÇÃO( o juiz que julgar a lide deve está investido de jurisdição) e CITAÇÃO ( antes da citação existe ação, mas não processo). ART. 840 DA CLT- VEICULO QUE EXERCE O SEU DIREITO FUNDAMENTAL DE ACESSO A JUSTIÇA. Petição escrita ou verbal, devendo ser reduzida a termo ( atermação) inclusive no PJE, parte sem advogado tem direito de requerer junto a unidade – art. 6, parágrafo primeiro da resolução. Processo do trabalho é regido pelo Princípio da Simplicidade - não exige requisitos formais, bastando: os fundamentos jurídicos do pedido, as especificações do pedido, as provas que pretendem produzir e o requerimento de citação do Réu – problema ( pedidos de doença equiparada a acidente do trabalho).

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REQUISITOS: DESIGNAÇÃO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA A QUEM FOR DIRIGIDA; QUALIFICAÇÃO DAS PARTES ( NOMES COMPLETO, ENDEREÇO, CTPS, RG, PIS/PASEP, CPF e CNPJ) – questão da inclusão dos sócios/ súmula 205 do C. TST/ grupo econômico/ sucessão e terceirização BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS QUE RESULTE O DISSIDIO ( causa de pedir); Adotamos o princípio da substanciação da causa de pedir ( descrição dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido, NÃO PRECISA CITAR O FUNDAMENTO LEGAL) X princípio da individualização - mera afirmação jurídica material que fundamenta o pedido, isto é, basta o autor apontar genericamente o título, como por exemplo, proprietário e formular o pedido. CAUSA DE PEDIR REMOTA – FATOS CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA – FUNDAMENTOS DO PEDIDO HÁ SITUAÇÕES ESPECIAIS: juiz não está adstrito à causa de pedir, podendo, proferir decisão extra petita – súmula 293 TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – CAUSA DE PEDIR- AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA EXORDIAL - A verificação mediante perícia de prestação de serviços e condições nocivas, considerando agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade.

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PEDIDO – objeto da ação Art. 324 do NCPC ( 286) - CERTO E DETERMINADO, admite pedido genérico, o item I (ações universais) não tem relevância para o processo do trabalho, II- não for possível detertminar as conseqüência do ato ilícito; III- valor da condenação depender de ATo a ser praticado pelo réu; ATENÇÃO: DEMANDA COLETIVA O PEDIDO É GENÉRICO . CALSSIFICAÇÃO: SIMPLES OU CUMULADOS ( única postulação/ várias postulações) Cumulação objetiva de pedidos é a cumulação de ação – art. 327 ncpc ( ART. 292 do CPC/73), todavia, o § 1º de tal artigo estabelece: 1) pedidos compatíveis entre si; 2) que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 3) adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento ( opção ordinário). EX: reintegração com pedido de rescisão indireta/ servidor celetista passa a condição de estatutário cumulação FGTS e quinquênio. SENTENÇA PARCIAL. PRINCIPAL / ACESSÓRIO/ IMPLICITO ART. 293 – ATUAL ART. 322 Atenção: Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. – segue a regra das obrigações principais e acessórias, os pedidos são interpretados restritivamente, RT “ reflexos nas verbas contratuais e rescisórias” – inepto. PEDIDO IMPLICITO – súmula 211 do C. TST. Controvérsia: férias sem pedido de 1/3, 467 da CLT, adicional de 50% as horas extras, reconhecimento de vínculo sem pedido apenas a anotação da CTPS.

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ALTERNATIVO Quando o devedor da obrigação, por força do contrato ou da lei, poder cumprir de mais de uma forma. – art. 325 ncpc art. 288 do CPC73 EX: EMPRESA PROMETE UM PRÉMIO AO EMPREGADO MAIS ASSÍDUO, CABENDO ESCOLHER ENTRE O PAGAMENTO DAS MENSALIDADES DE UM CURSO NO EXTERIOR OU A PASSAGEM AÉREAS, A ESCOLHA caberá ao devedor. SUCESSIVO/ SUBSIDIÁRIO Art;. 289 do CPC - É LÍCITO FORMULAR MAIS DE UM PEDIDO EM ORDEM SUCESSIVA, A FIM DE QUE O JUIZ CONHEÇA DO POSTERIOR EM NÃO PODENDO ACOLHER O ANTERIOR. O primeiro pedido é prejudicial ao segundo, ou seja, acolhendo o primeiro nada comentará quanto ao segundo. EX: reintegração ou conversão em indenização/ representante comercial x vínculo e ainda, comissões. Diferença do PEDIDO ALTERNATIVO, NESTE UM EXCLUI O OUTRO. PEDIDO SUBSIDIÁRIO – OU EVENTUAL SUCESSIVO – O segundo pedido somente pode ser deferido se o juiz acolher o pedido. Ex: terceirização, só há condenação subsidiária da tomadora quando houver procedência dos pedidos da prestadora de serviços.

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LÍQUIDOS E ILÍQUIDOS - já vem especificado o quantum debeatur ( indica o valor devido) e o outro na debeatur - SUMARÍSSIMO – ART. 852- B, PEDIDO certo, determinado e líquido. DATA - COLOCAÇÃO DE DATA, observando que será observado a data da distribuição Pje ou protocolo. ASSINATURA DO SUBSCRITOR - precisa da assinatura do advogado. Sendo inexistente a ausência de assinatura. – Todavia, com o NCPC – art, 321, converte para suprir o vício. DOCUMENTOS QUE DEVEM ACOMPANHAR A INICIAL- art. 787 da CLT. REQUISITOS DE APLICAÇÃO DUVIDOSA NO PROCESSO DO TRABALHO - ESPECIFICAÇÃO DAS PROVAS/ VALOR DA CAUSA E REQUERIMENTO DE CITAÇAO. ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL - COMO REGRA NÃO É POSSÍVEL A MODIFICAÇÃO DO PEDIDO E CAUSA DE PEDIR – REGRA DA ESTABILIZAÇÃO DA LIDE/ PRECLUSÃO. ADITAMENTO - ART. 329 ncpc ( 294) – ATÉ A CITAÇÃO DO RÉU – poderá alterar o pedido ou aditar o pedido, independentemente do consentimento do réu. Após só com o consentimento do Réu – art. 329, II NCPC ( art. 264). Geralmente na JT acontece na audiência - PJe ideal a desistência – tumulto processual / interrompido a prescrição/ . Atenção prescrição com aditamento. – súmula 268 do C. TST. Emenda – esclarecimento – pedido menos rígido, podendo ser feito na própria ATA. Regra do art. 321 NCPC ( 284).

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INDEFERIMENTO DO PEDIDO INICIAL

ART. 295, CPC – ATUAL ART. 330 NCPC: A PETIÇÃO SERÁ IDNEFERIDA QUANDO:

INEPTA ( ART. 330, PARÁGRAFO PRIMEIRO) – faltar pedido ou causa de pedir, da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipótese legais em que se permite o pedido genérico; contiver pedidos incompatíveis entre si ( horas extras, e aplicação da súmula 291 do C. TST). PARTE MANIFESTAMENTE ILEGITIMA; CARECER DE INTERESSE PROCESSUAL;

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DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO – ART. 332 DO NCPC- Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: I) Enunciado ou súmula do STF ou STJ; II) Acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamentos de recursos repetitivos; III) Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV) Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. PARÁGRAFO PRIMEIRO: verificar a decadência ou prescrição PARÁGRAFO SEGUNDO: não interposta apelação, ocorrerá o trânsito em julgado PARÁGRAFO TERCEIRO - INTERPOSTA APELAÇÃO, poderá ocorrer a retratação em 05 dias. PARÁGRAFO QUARTO – se houver a retratação, o juiz determinará o prosseguimento do feito, com a citação do Réu, ou sem a retratação, intimará o Réu para apresentar contrarrazões.

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NOVA INTENÇÃO DO CÓDIGO: - PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO - art. 4 c/c 139, IX e 1028, parágrafo terceiro – terminação da chamada jurisprudência defensiva e consagração da Teoria da Causa Madura. - Ordem Cronológica de julgamento ( preferencial) art. 12; - CUMULAÇÃO DE PEDIDOS – EXTINÇÃO expressa daquele pedido que a JT não é competente ( ex: ações de reconhecimento de vínculo de emprego – a questão do recolhimento previdenciário mês a mês – súmula 368 do C. TST); - CONEXÃO – ART. 55, sempre utilizamos no processo do trabalho. PREVENÇÃO - registro ou distribuição – já era assim, na JT - Correção de Ofício do Valor da Causa – já era assim na JT – art. 292, parágrafo segundo no CPC.

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TUTELA PROVISORIA ( URGÊNCIA/ EVIDENCIA) Necessidade de uma evolução recíproca – com aplicação dos preceitos do processo civil, sem que o processo do trabalho perca sua identidade. Há urgência em acabar com a “ MONETIZAÇÃO” do Direito do Trabalho, ou seja, os pedidos se convertem em PERDAS E DANOS. Atenção com o art. 6 do NCPC – Cooperação – DURAÇÃO ADEQUADA – segurança+ efetividade. TUTELA DEFINITIVA - com base na cognição exauriente, com profundo debate no terreno das provas, garantindo-se o devido processo legal ( contraditório e ampla defesa- prestigia a segurança jurídica). Embora não exista capítulo especifico quanto a tutela provisória na CLT, há muito existe dispositivos esparsos com possibilidade de antecipação dos efeitos da tutela, tais como o art. 659, IX ( conceder liminar – relativa a tornar sem efeito transferência – art. 469 da CLT) e X ( concede liminar- reintegração de dirigente sindical). TUTELA PROVISÓRIA : urgência ( possui finalidade de atender os casos em que a demora do processo poderia dificultar o resultado do processo ou inviabilizar o resultado final) e evidência ( parte do pressuposto que a parte já possui posição favorável e a demora do processo, seja pela conduta contrária da outra parte, ou por prova documental nos autos) – ALTAMENTE APLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO em face do Princípio da CELERIDADE.

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TUTELA DE URGÊNCIA: ANTECEDENTE OU INCIDENTAL – MOMENTO EM QUE É REQUERIDA. A primeira é requerida antes da interposição da tutela definitiva, e a outra é no mesmo momento da propositura da definitiva ou em momento posterior. O art. 295 NCPC– INCOMPATÍVEL referente ao pagamento de custas. O art. 296 – A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. GUARDA A CARACTERISTICA DA PRECARIDADE – OU SEJA, NÃO FORMA COISA JULGADA. ART. 296 – parágrafo único: Salvo decisão judicial em contrário a tutela provisória conservará a eficácia durante a suspensão do processo. OU seja, o Juiz terá que cassar os efeitos, sob pena de sua vigência e observando a fundamentação – art. 298 do NCPC. Art. 297 – Trata do PODER GERAL DE CAUTELA DO MAGISTRADO - ( O juiz poderá determinar as medidas adequadas para efetivação da tutela provisória). Trata do impulso oficial (caráter inquisitivo). Art. 298 - fundamentar / motivar a decisão referente a tutela.

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TUTELA DE URGENCIA/EVIDENCIA Num primeiro momento retiraram a expressão tutela antecipada e após retornaram com a complementação de tal expressão, para abranger a tutela de urgência ( satisfativa ou cautelar MERA assecuratória e não satisfativa – REQUISITOS ; FUMAÇA DO BOM DIREITO E COMPROVAÇÃO DO PERIGO DE DANO) e evidência, assim, desaparece o livro do processo cautelar, passa-se a regulamentar a tutela sumária não definitiva, bem como não há os procedimentos CAUTELARES TÍPICOS. O momento da concessão pode ser liminarmente ( sem a oitiva da parte contrária) ou após a justificação prévia ( com contraditório), vai depender da necessidade que deverá ser analisada em cada caso em concreto. Art. 301 – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e de qualquer outra medida idônea para assegurar o direito. _ OU SEJA, COMPLEMENTA O ART. 297. Como REGRA GERAL NÃO HÁ COMO ATUAR DE OFÍCIO NA TUTELA DE URGÊNCIA. – matéria controvertida. ( devido a eventual responsabilização do beneficiário da tutela em caso de sua reversão, exemplo seria direitos fundamentais, quando sem pedido o juiz verificar no caso de cirurgia marcada e cessação de plano de saúde, quando o empregado está em auxilio doença.

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DO PROCEDIMENTO REQUERIDO DE FORMA ANTECEDENTE : ART. 303 – atenção cabe nos casos do empregado em face ao empregador – vetor de mão dupla, como o bloqueio dos numerários do empregado que desviou dinheiro da empresa. Ou seja, o parágrafo disciplina o aditamento para complementação de sua argumentação e provas, todavia, seguirá os tramites da audiência trabalhista sem pagamento de custas. Atenção com o art. 309 – necessidade de efetivação no prazo de 30 dias. CESSA A EFICÁCIA DA TUTELA CONCEDIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE: A) Autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; B) Não for efetivada em 30 dias; C) O juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução do mérito - art. 309, parágrafo único - Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar é vedado a parte renovar o pedido, salvo novo fundamento. Art. 310- O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for DECADENCIA OU PRESCRIÇÃO.

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MANUTENÇÃO: pode ser em caráter incidente ou antecedente bem como o caráter temporário, ou seja, pode ser revogada a qualquer momento; necessidade de motivação. PONTO DE MUDANÇA : PROBABILIDADE DO DIREITO E PERIGO NA DEMORA, antes era necessário a prova inequívoca que conduza a verossimilhança da alegação. Todavia, sempre houve a tendência que os requisitos da tutela teriam que ser mais forte do que a cautelar. Assim, muitos doutrinadores criticam a questão da ausência de diferenciação no projeto da tutela satisfativa da não satisfativa. Todavia, o interprete e aplicador do direito deve se pautar pelo sistema processual constitucional, ou seja, resta evidente que numa decisão definitiva há necessidade da cognição exauriente enquanto que na cautelar satisfativa há necessidade de uma cognição sumária, e ainda, na tutela não satisfativa não há o grau de aprofundamento que se deve na tutela satisfativa. 2) IRREVERSIBIILIDADE DO PROVIMENTO ANTECIPADO – melhora a redação – IRREVERSIBILIDADE DOS EFEITOS DA DECISÃO 3) ADMITE A CAUÇÃO NA TUTELA SATISFATIVA – inaplicável no processo do trabalho. 4) DISCUSSÃO POSSIBILDIDADE DE TUTELA DE OFÍCIO - no primeiro projeto foi aceito nas tutelas de urgências. Todavia, ocorrera a omissão no projeto aprovado, o que merece crítica, pois há posicionamentos para posição ampliativa como para posição restritiva, mas a omissão soa sem razoabilidade.

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5) RESPONSABILDIADE OBJETIVA PELOS DANOS CAUSADOS AO OUTRO LITIGANTE EM VIRTUDE DA CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA – Assim, parece que só na de urgência, ou seja, nossa antiga cautelar terá aplicação e não nas satisfativas entendo que era melhor a apresentação do texto de forma genérica. 6) POSSIBILIDADE DE ADITAMENTO - art. 304 do novo cpc - face a urgência, pode ser requerida de forma simples, ou seja, simples indicação do pedido de tutela e exposição sumária, após a apreciação cabe o aditamento, para complementação de argumentação e documentos. TRATA-SE DE UM DEVER DO JUIZ NO SENTIDO DE NÃO PROCEDER AO INDEFERIMENTO DE PLANO DE ANTECIPAÇÃO REQUERIDA DE CARATER ANTECEDENTE. 7) QUESTÃO DO ARRESTO – embora no CPC atual os seus requisitos sejam limitativos - prova de literal e a liquidez e certeza da dívida - soa que deixar sem qualquer regulamentação, apenas no poder geral de cautela considero que é um risco, deveria ter sido reformuladas algumas questões, todavia, mantido algumas cautelares típicas. DUAS SITUAÇÕES PODEM ACONTECER: DEPENDENDO DA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO/ OU DE NÃO RESPOSTA DO RÉU. No primeiro caso haverá audiência e a resposta será apresentada, vale lembrar que decisão interlocutória não cabe recurso imediato na JT, referente a decisão que defere a tutela de urgência. Cabe apenas o Mandado de Segurança. Já a segunda possibilidade constitui verdadeira novidade, técnica semelhante à ação monitória, ou seja, se a Ré aceitar a medida deferida, fica estabilizada, não se chegando ao julgamento da decisão definitiva. Ocorre a extinção do processo e a medida permanecerá produzindo seus efeitos até que nova ação seja ajuizada para provocar sua revisão, invalidação e reforma.

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8) TUTELA DE EVIDENCIA - EVIDENCIA – significa claro, patente e óbvio – probabilidade da parte requerente estar com razão é muito alta, não tendo lógica que suporte o peso do processo. O art. 273, II, do CPC atual foi mantido literalmente. Não há o art. 273, parágrafo sexto, pois preferiu cuidar de hipótese de julgamento parcial da lide ( incontrovérsia parcial dos pedidos). 8.a) posição de Luiz Fux- a tutela de evidencia é a forma como o direito se apresenta e não a verossimilhança- direito manifestamente claro pelas provas apresentadas ao juiz a cerca de sua plausibilidade – CONCEITO AMPLO 8.b) posição EDUARDO JOSÉ DA FONSECA COSTA - utiliza o termo evidência como sinônimo de fumus boni iuris, após análise da simples verossimilhança, sem necessidade da prova inequívoca. Tem cunho punitivo modalidade de sanção para quem age de má-fé, uma vez que todos tem agir de forma proba em relação ao processo. Deixando – se de lado o caso contido no inciso III, do art. 311- cujo interesse prático é nulo no processo do trabalho. E ainda, os incisos I e IV necessitam do contraditório antes da decisão da tutela, posto que necessita no primeiro caso de uma conduta do Réu e o segundo por depender de análise de provas, assim, parece correto as ressalvas do código. 9) MAIOR LIBERDADE AO JULGADOR EM PROL DA EFETIVIDADE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ( omissa a CLT – aplicação processo civil). Estranho ao feito, todavia, tem que ter interesse jurídico e não financeiro, politico ou moral. INTERVENÇAO DE TERCEIRO PROVOCADA ( DENUNCIAÇÃO A LIDE) OU ESPONTÂNEA ( ASSISTENCIA)

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OPOSIÇÃO - desaparece como espécie de intervenção de terceiro e passa a ser um procedimento especial. Pouca aplicação no processo do trabalho em razão da incompetência - arts. 682 a 686 NCPC. NOMEAÇÃO A AUTORIA – desaparece – em seu lugar art. 338 – alteração de petição inicial para substituição do réu e ampliação do polo ativo ou polo passivo. Sempre utilizada na JT. COM O NOVO CPC: denunciação a lide, chamamento ao processo, assistência, recurso de terceiro prejudicado, amicus curiae e desconsideração da personalidade jurídica. DENUNCIAÇÃO DA LIDE – art. 125 – só pode ter 1 denunciação. Passou a ser facultativa. JT matéria de competência controvertida em razão da ação regressiva. EX; acidente de trabalho/ seguradora. ASSISTÊNCIA SIMPLES OU LITISCONSORCIAL – arts. 119 e 120 CPC. – DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Matéria altamente controvertida diante da possibilidade ou não de aplicação do regramento previsto no NCPC – arts. 133 a 137. Instrução Normativa 39 do TST determina a sua aplicação no artigo sexto. E AINDA TEM RECOMENDAÇÃO DO CSJT , datado de 24 de fevereiro de 2016 – art. 78 fl. 33 – recomenda a possibilidade da desconsideração da personalidade jurídica. FERNANDO PESSOA; TODOS AS FRASES DO LIVRO DA VIDA, SE LIDAS ATÉ O FIM, TERMINAM NUMA INTERROGAÇÃO? FERNANDO PESSOA.

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No CC – a pessoa jurídica não se confunde com a do sócio – art. 20 CC., tão pouco a sociedade comercial se confunde com os seus acionistas e administradores. Não obstante a lei determinar a responsabilidade patrimonial do sócio ( arts. 789 e 790, II, CPC) O primeiro diploma legal a tratar da desconsideração da personalidade jurídica: art. 10 da Lei 3708/90 – posteriormente o CTN – art. 135, atualmente o art. 28 do CDC e CC 2002 – art. 50. No processo do trabalho tem a possibilidade de ser efetuado de ofício independente de requerimento, mesmo sem qualquer participação no fase de conhecimento – o mesmo acontece com empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico ( cancelamento da súmula 205 do C. tST), sendo decisão meramente interlocutória fundamentada.Podendo o sócio indicar meios de prosseguir com a execução da sociedade ao invés de seu patrimônio particular. Ou seja, o novo CPC criou a figura de um incidente processual na figura de intervenção de terceiro ( já que estranho ao processo passa a figurar no mesmo), segundo palavras de Alexandre Câmara. O maior argumento da aplicação do NCPC no processo do trabalho é a questão da violação do contraditório, todavia, o sócio terceiro – tem postergado o seu direito ao contraditório para fase posterior a garantia do juízo, onde caberá os embargos de execução, podendo ser utilizado Mandado de Segurança e Exceção de pré-executividade para questionar uma desconsideração abusiva da personalidade jurídica. Outro problema grave a suspensão do feito em contramão com os princípios da celeridade e economia processuais. Finalidade: que os sócios “ descobertos” – não há garantia do contraditório.

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Teoria maior – necessidade de comprovação da manipulação fraudulenta ou abusividade do instituto/Subjetiva ou Teoria Menor/ Objetiva ( a segunda mera insolvência com redirecionamento, inclusive de ofício pelo juiz do trabalho, sócio com o contraditório postergado). Novo procedimento do processo civil veio atender aos requisitos do art. 50 do CC e art. 28 do CDC- possibilitando ao sócio a demonstração que não houve abuso da personalidade jurídica, desvio de finalidade e confusão patrimonial etc, com suspensão processual. O incidente será instaurado pela parte ou MP, o que já se mostra incompatível com o processo do trabalho. O sócio será citado para manifestar e requerer provas no prazo de 15 dias (qualquer tipo de prova/ depoimento pessoais/ testemunhal/ inclusive prova pericial) – ou seja, total falta de celeridade e efetividade. Já que o fator surpresa quando da desconsideração da personalidade jurídica é um dos motivos do sucesso de grande parte de incursões no patrimônio dos sócios da empresa executada. ATENÇÃO: Importância atual do chamamento do sócio no polo passivo na fase de conhecimento, quando latente a insolvência da Reclamada – diante de tal incidente – art. 134 parágrafo segundo do NCPC. RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS – CC – ART. 1003, DO CC RESPONDE ATÉ DOIS ANOS APÓS AVERBAÇÃO DO MODIFICAÇÃO DO CONTRATO DA SOCIEDADE. LINHA DO TEMPO – SÓCIOS ATUAIS – SE NÃO LOCALIZADOS SÓCIOS ANTIGOS LIMITADOS A EPOCA DO CONTRATO DE EMPREGO DO AUTOR.

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DESCONSIDERAÇÃO INVERSA – art. 133, parágrafo segundo do NCPC. Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica. Aspectos Jurisprudenciais Se o instituto da desconsideração da personalidade jurídica tem recebido crescente atenção por parte da doutrina jurídica, sobretudo a empresarial, ainda são raros os estudos sobre a teoria da desconsideração inversa da personalidade jurídica. A transferência de bens do sócio para a pessoa jurídica com o objetivo de fraudar interesses de terceiros, acobertando fraudes sob o manto da autonomia patrimonial é uma realidade que não pode ser desconsiderada pela doutrina e jurisprudência. Nesse sentido é a lição de Fábio Ulhoa Coelho: A fraude que a desconsideração invertida coíbe é, basicamente, o desvio de bens. O devedor transfere seus bens para a pessoa jurídica sobre a qual detém absoluto controle. Desse modo, continua a usufruí-los, apesar de não serem de sua propriedade, mas da pessoa jurídica controlada. Os seus credores, em principio, não podem responsabilizá-lo executando tais bens. [19] Em relação à jurisprudência, só recentemente nossos tribunais têm enfrentado a questão da possibilidade da desconsideração inversa da personalidade jurídica, delineando as hipóteses e abrangência de sua incidência. Em decisão recente, ao analisar um Recurso Especial, o STJ enfrentou a questão da possibilidade da aplicação do instituto da desconsideração da personalidade jurídica de forma inversa:

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PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. ART. 50 DO CC/02. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA INVERSA. POSSIBILIDADE. [...] III – A desconsideração inversa da personalidade jurídica caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio controlador. IV – Considerando-se que a finalidade da disregard doctrine é combater a utilização indevida do ente societário por seus sócios, o que pode ocorrer também nos casos em que o sócio controlador esvazia o seu patrimônio pessoal e o integraliza na pessoa jurídica, conclui-se, de uma interpretação teleológica do art. 50 do CC/02, ser possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica, de modo a atingir bens da sociedade em razão de dívidas contraídas pelo sócio controlador, conquanto preenchidos os requisitos previstos na norma. V – A desconsideração da personalidade jurídica configura-se como medida excepcional. Sua adoção somente é recomendada quando forem atendidos os pressupostos específicos relacionados com a fraude ou abuso de direito estabelecidos no art. 50 do CC/02. Somente se forem verificados os requisitos de sua incidência, poderá o juiz, no próprio processo de execução, “levantar o véu” da personalidade jurídica para que o ato de expropriação atinja os bens da empresa.

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VI – À luz das provas produzidas, a decisão proferida no primeiro grau de jurisdição, entendeu, mediante minuciosa fundamentação, pela ocorrência de confusão patrimonial e abuso de direito por parte do recorrente, ao se utilizar indevidamente de sua empresa para adquirir bens de uso particular. VII – Em conclusão, a r. decisão atacada, ao manter a decisão proferida no primeiro grau de jurisdição, afigurou-se escorreita, merecendo assim ser mantida por seus próprios fundamentos. Recurso especial não provido. [20] Sinteticamente, a questão suscitada no Recurso Especial restringia-se à verificação da possibilidade de a regra contida no art. 50 do CC/2002 autorizar a aplicação do instituto da desconsideração inversa da personalidade jurídica. Da análise da Ementa, verifica-se o acolhimento da tese que possibilita a aplicação, ainda que de forma excepcional, da desconsideração inversa da personalidade jurídica, baseada em uma interpretação teleológica do art. 50 do CC/2002.

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Na decisão supracitada, a relatora, Ministra Nancy Andrighi ponderou que a mesma razão que acolhe a desconsideração da personalidade jurídica, também fundamenta a desconsideração inversa, qual seja, impedir a indevida utilização da personalidade jurídica pelos sócios. Destaque-se ainda, as seguintes razões: De início, impende ressaltar que a desconsideração inversa da personalidade jurídica caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade jurídica propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio. Conquanto a consequência de sua aplicação seja inversa, sua razão de ser é a mesma da desconsideração da personalidade jurídica propriamente dita: combater a utilização indevida do ente societário por seus sócios. Em sua forma inversa, mostra-se como um instrumento hábil para combater a prática de transferência de bens para a pessoa jurídica sobre o qual o devedor detém controle, evitando com isso a excussão de seu patrimônio pessoal. A interpretação literal do art. 50 do CC/02, de que esse preceito de lei somente serviria para atingir bens dos sócios em razão de dívidas da sociedade e não o inverso, não deve prevalecer. Há de se realizar uma exegese teleológica, finalística desse dispositivo, perquirindo os reais objetivos vislumbrados pelo legislador.

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Assim procedendo, verifica-se que a finalidade maior da disregard doctrine , contida no referido preceito legal, é combater a utilização indevida do ente societário por seus sócios. A utilização indevida da personalidade jurídica da empresa pode, outrossim, compreender tanto a hipótese de o sócio esvaziar o patrimônio da pessoa jurídica para fraudar terceiros, quanto no caso de ele esvaziar o seu patrimônio pessoal, enquanto pessoa natural, e o integralizar na pessoa jurídica, ou seja, transferir seus bens ao ente societário, de modo a ocultá-los de terceiros. Ainda, em seu voto, a eminente Ministra esclarece que ao juiz cabe agir com especial cautela quando da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica, sobretudo em sua forma inversa. Tal cuidado deve-se ao fato de que a autonomia patrimonial entre o ente societário e a pessoa de seus sócios é importante fator de estimulo à criação de novos empreendimentos.

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Há total incompatibilidade com o processo do trabalho: 1) A necessidade da iniciativa da parte ( art. 133); 2) Previsão automática da suspensão; 3) Atribuição ao credor do ônus da prova quanto aos requisitos legais que autorizam a desconsideração da personalidade jurídica; 4)Exigência do contraditório prévio 5)Previsão de Recurso Autônomo ( art. 136, parágrafo único) A QUESTÃO DAS LACUNAS NO PROCESSO DO TRABALHO : a questão das expressão subsidiário e supletivo previsto no art. 15 do novo CPC. Lembrete: Maria Helena Diniz: modalidades de lacunas ( normativa/ ontológica/ axiológica). Posição majoritária não são expressos sinônimas e sim diferentes ( subsidiária complementa e supletiva é o que completa). Em resumo: o art. 15 do novo CPC não revogou o art. 769 da CLT, pelo contrário devem ser lidos de forma conjugada. No processo do trabalho existem lacunas normativas totais, normativas parciais, ontológicas ( norma existente não mais corresponde aos fatores sociais e tecnológicos no seu momento de aplicação, ex: resposta oral da peça de contestação no processo do trabalho art. 847 da CLT – peticionamento eletronico) e axiológica – ( derivadas da incapacidade de a regra existente de dar uma resposta justa ao tema tratado exemplo súmula 417, III, do TST, que tem morada no art. 899 da CLT está incompatível com o art. 520 e 521 do novo CPC);

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Processo do Trabalho tem um NÚCLEO DURO, composto pelo protecionismo (proteção legal e não do julgador intérprete), inquisitividade, concentração dos atos processuais, imediação, oralidade, simplicidade procedimental e celeridade processual, que não pode ser corrompido mesmo diante de lacuna, sob pena do comprometimento de sua autonomia científica;( expressão utilizada por João Humberto Cesario). No preenchimento de lacunas do Processo do Trabalho pode ser usadas disposições do processo penal, processo civil, leis extravagantes, dentre outros. Assim, a aplicação da respectiva desconsideração da personalidade jurídica fere o núcleo duro do processo do trabalho: impulso oficial; concentração dos atos processuais; celeridade, efetividade, simplicidade de formas e irrecorribilidade das decisões interlocutórias. Hoje com o ncpc super recente temos uma lacuna axiológica frente ao processo do trabalho.