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O Perfil Epidemiológico da AIDS 2010 ESTADO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

O Perfil - Dive · 2014. 12. 12. · AIDS em idosos (60 anos ou ... vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS é fundamental para o controle da doença. Número de casos notificados

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O PerfilEpidemiológico

da AIDS

Gerência de Vigilânciadas DST/HIV/Aids

2010

ESTADO DE SANTA CATARINASecretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

17 DENOVEMBRO

DE 1889

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

O P

erf

il E

pid

em

ioló

gic

o d

a A

IDS

Dire

tori

a d

e V

igilâ

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a E

pid

em

ioló

gic

a

17 DENOVEMBRODE 1889

Secretariade Estadoda SaúdeSUS

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O Perfil Epidemiológico da AIDS

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ESTADO DE SANTA CATARINASecretaria de Estado da Saúde

Sistema Único de Saúde

O Perfil Epidemiológico da AIDS

Edição atualizada

Florianópolis2010

17 DENOVEMBRO

DE 1889

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LEONEL ARCÂNGELO PAVANGovernador do Estado

ROBERTO HESS DE SOUZASecretário de Estado da Saúde

ROSINA MORITZ DOS SANTOSDiretora Geral

WINSTON LUIZ ZOMKOWSKISuperintendente de Vigilância em Saúde

LUIS ANTONIO SILVADiretor de Vigilância Epidemiológica

IRACI BATISTA DA SILVAGerente de Vigilância das DST/HIV/Aids

Elaboração e RevisãoIRACI BATISTA DA SILVANAURA INÊS GANDIN

Ficha Catalográfi ca elaborada por Flávia Sardá da Conceição (CRB-14/1140)

S231p Santa Catarina. Secretaria de Estado da Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. O perfi l epidemiológico da AIDS / Secretaria de Estado da Saúde. – ed. atual. / por Iraci Batista da Silva , Naura Inês Gandin. – Florianópolis: DIOESC, 2010. 128 p. : il. ; color.

Inclui tabela.

1. Saúde Pública – Santa Catarina. 2. AIDS – Santa Catarina. 3. Doenças infecciosas – contagiosas. 4. Doenças transmissíveis. I. Silva, Iraci Batista da. II. Gandin, Naura Inês. III.Título.

CDU 616.9 (816.4)

Diretoria da Imprensa Ofi cial e Editora de Santa CatarinaRua Duque de Caxias, 261 - Saco dos LimõesCEP 88045-250 - Florianópolis - SCDIOESC

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APRESENTAÇÃO

Apresentamos a 2ª edição revisada e atualizada do PERFIL EPI-DEMIOLÓGICO DA AIDS EM SANTA CATARINA. Fruto de um trabalho exaustivo pela compilação e avaliação de dados e informações, a realiza-ção de uma análise crítica, da geração do conhecimento, e da identifi ca-ção da tendência e das características epidemiológicas da morbimortali-dade por AIDS, visa fundamentalmente à implementação e a consolidação de políticas de saúde, que contemplem conjuntamente o planejamento das novas e atuais ações de promoção, prevenção, diagnóstico e trata-mento, assim como a avaliação das intervenções e medidas de controle efetivadas ao longo do tempo com a parceria e a união de forças pelas organizações governamentais e não governamentais.

Considerando a importância que a análise da evolução da epidemia em nosso estado tem para o fortalecimento da resposta local, o presente trabalho tem como objetivo: (i) descrever o perfi l de incidência da AIDS em Santa Catarina, segundo sexo, faixa etária, local de residência, categoria de exposição, escolaridade e letalidade; (ii) descrever o perfi l de mortali-dade por AIDS segundo sexo, faixa etária, escolaridade, regional de saúde e município de residência; (iii) descrever o perfi l dos casos notifi cados de gestantes HIV+ e crianças expostas.

A metodologia utiliza como fonte de dados o Sistema de Informações de Agravos de Notifi cação (SINAN-N) contendo todos os casos de AIDS notifi cados em Santa Catarina no período de 1984 a 2009 e o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). Os dados foram tabulados no Tabwin®, Tabnet® e SPSS®, gráfi cos confeccionados em Excel® e textos em Word®.

Incluem-se nesta edição, dois artigos elaborados para conclusão do Curso de Especialização em Epidemiologia: Tendência da transmissão vertical da AIDS após terapia anti-retroviral no Estado de Santa Catarina de 1994 a 2006; e Internações hospitalares por AIDS no Estado de Santa

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Catarina: principais características do período de 1998 a 2007.Ao fazer a leitura, espera-se que a compreensão sobre tão importan-

te e complexo problema de saúde pública, possa contribuir para que de forma coletiva e solidária, busquem-se as respostas para o enfrentamento de tal epidemia.

Luis Antonio SilvaDiretor da DIVE/SES/SC

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SUMÁRIO

PERFIL DA EPIDEMIA DE AIDS NO ESTADO DE SANTA CATARINA 1984 - 2009 .............................................................................................11

Número de casos notifi cados entre adultos (13 anos ou mais) e crianças (menores de 13 anos) ......................................................... 11Taxa de incidência da AIDS segundo sexo ........................................13Casos notifi cados segundo idade ......................................................17Taxa de incidência da Aids segundo sexo e faixa etária....................17AIDS em cada década da vida ..........................................................19

AIDS em crianças (0 a 9 anos) ....................................................19AIDS em adolescentes (10 a 19 anos) ........................................19AIDS em adultos (20 a 29 anos) ..................................................21AIDS em adultos (30 a 39 anos) ..................................................21AIDS em adultos (40 a 49 anos) ..................................................22AIDS em adultos (50 a 59 anos) ..................................................23AIDS em idosos (60 anos ou mais) ..............................................24

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo masculino .................25Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo feminino ....................29Distribuição espacial da taxa de incidência da AIDS .........................33Distribuição espacial segundo regionais de saúde ............................36Distribuição espacial segundo municípios .........................................47Distribuição dos casos notifi cados em adultos segundo escolaridade ......................................................................................47Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em adultos ...............................................................................................49Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo masculino ...............................................................................................51

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Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo feminino .............................................................................................53Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em crianças (menores de 13 anos) ........................................................................55Letalidade ..........................................................................................57

PERFIL DA MORTALIDADE POR AIDS EM SANTA CATARINA 1986 – 2009.............................................................................................59

Mortalidade segundo faixa etária .......................................................64Mortalidade segundo regional de saúde de residência .....................65Mortalidade segundo município de residência...................................66Mortalidade segundo escolaridade ....................................................68

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE HIV EM GESTANTE SANTA CATARINA, 1998 – 2009 .......................................71

Categoria de exposição da Gestante/Parturiente/Puérpera Informações sobre a parceria sexual......................................................................73Dados do Pré-Natal ...........................................................................77Dados do Parto ..................................................................................81Dados da criança (1998-2006) ..........................................................86

REFERÊNCIAS .......................................................................................91

TENDÊNCIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL DA AIDS APÓS TERAPIA ANTI-RETROVIRAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA DE 1994 A 2006. ...........................................................................................93

Resumo .............................................................................................93Introdução ..........................................................................................94Métodos .............................................................................................96Resultados .........................................................................................97

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Discussão ..........................................................................................99Agradecimentos ...............................................................................103Referências bibliográfi cas ................................................................103Tabelas e fi guras ..............................................................................105

INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR AIDS NO ESTADO DE SANTA CATARINA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO DE 1998 A 2007 .......................................................................................... 111

Resumo ........................................................................................... 111Introdução ....................................................................................... 112Métodos ........................................................................................... 114Resultados ...................................................................................... 115Discussão ....................................................................................... 117Agradecimentos ...............................................................................121Referências Bibliográfi cas ...............................................................121Tabelas e gráfi cos ...........................................................................124

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

PERFIL DA EPIDEMIA DE AIDS NO ESTADO DE SANTA CATARINA 1984 - 2009

Santa Catarina tem, até o momento, 23.162 casos notifi cados de AIDS e a cada ano, novos casos e infecções associadas são diagnosticadas. O estado registra taxa de incidência da doença superior à do Brasil (Gráfi co 4) praticamente desde o início da epidemia, em 1984. Existem tratamen-tos efi cazes para a AIDS, mas não há cura. Por conseguinte, intensifi car a prevenção é a chave para combater o vírus, através de intervenções específi cas na área da saúde e intervenções sociais, mais abrangentes. Garantir o acesso das pessoas à prevenção, ao tratamento, à prestação de cuidados e aos serviços de apoio, bem como melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS é fundamental para o controle da doença.

Número de casos notificados entre adultos (13 anos ou mais) e crianças (menores de 13 anos)

O primeiro caso notifi cado de AIDS em Santa Catarina ocorreu em 1984, indivíduo do sexo masculino e residente no município de Chape-có. Desde então foram notifi cados 22.260 casos de AIDS em adultos e 902 casos em crianças (até 24/03/2010). A razão de masculinidade, entre adultos, no período de 1984-2009 foi de 1,7 homens para cada mulher (tabela 1).

Tabela 1. Casos notifi cados de AIDS em indivíduos com 13 ou mais anos de idade, segundo sexo, Santa Catarina, 1984-2009.

Sexo Nº %

Masculino 14037 63,1

Feminino 8223 36,9

Total 22260

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

O primeiro caso em mulheres ocorreu em 1987. Desde então o núme-ro de casos em mulheres vem crescendo e a razão da masculinidade vem diminuindo a cada ano (tabela 2).

Tabela 2. Casos notifi cados de AIDS em indivíduos com 13 ou mais anos de idade, segundo sexo e anos de diagnóstico e razão de masculinidade, Santa Catarina, 1984-2009.

Sexo 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Masculino 1 9 19 39 68 170 230 281 378 478 618 696 698

Feminino 0 0 4 8 15 33 66 91 131 170 230 315 347

Total 1 9 23 47 83 203 296 372 509 648 848 1011 1045

Razão masculinidade 4,8 4,9 4,5 5,2 3,5 3,1 2,9 2,8 2,7 2,2 2,0

Sexo 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Masculino 854 802 892 1031 995 906 827 701 878 858 797 811 14037

Feminino 486 464 599 610 676 619 529 501 593 575 615 546 8223

Total 1340 1266 1491 1641 1671 1525 1356 1202 1471 1433 1412 1357 22260

Razão masculinidade 1,8 1,7 1,4 1,6 1,4 1,4 1,5 1,4 1,4 1,4 1,2 1,4 1,7

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

O primeiro caso de AIDS notifi cado em crianças (menores de 13 anos de idade) foi em 1988. No período compreendido entre 1988 a 2009 foram notifi cados 902 casos. Observa-se na série histórica da doença aumento signifi cativo de casos até o ano de 1998 e daí em diante, declínio da mesma até data atual (gráfi co 1).

Gráfi co 1. Casos notifi cados de AIDS em crianças segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1988-2009

6 7 13 14 1928

65 7079 83 83

75

57 57 53

3543

27 2518 23 22

0

20

40

60

80

100

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Taxa de incidência da AIDS segundo sexo

Quando calculamos a taxa de incidência de AIDS (número de casos dividido pela população), incluindo-se casos em adultos e crianças, é pos-sível verifi car o aumento do risco da doença entre mulheres (gráfi co 2) e a signifi cativa diminuição da razão homem-mulher.

Gráfi co 2. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão de masculinidade, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

1984

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

2005

2007

2009

Ano

Tx.In

cid

ên

cia

Masculino Feminino Razão HM

Observa-se crescimento gradual das taxas de incidência até o ano de 2001 para ambos os sexos e queda até o ano de 2005 (tabela 3). A partir desse ano, entre o público masculino houve ligeiro aumento nas taxas de incidência, com oscilações ao longo dos anos, até 2009. Já entre as mulheres nota-se estabilidade a partir de 2006. No decorrer do perío-do 1984-2009 observam-se alterações na razão homem/mulher entre os casos da doença – com o avanço da epidemia em direção às mulheres. É conhecida como “feminização” da infecção, com uma proporção quase igual nos dois sexos.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 3. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo sexo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009.

Sexo 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Masculino 0,1 0,4 0,9 1,8 3,1 7,6 10,1 12,2 16,1 20,0 25,5 28,5 28,1

Feminino 0,0 0,0 0,2 0,4 0,7 1,5 2,9 4,0 5,6 7,1 9,5 12,9 14,0

Total 0,0 0,2 0,5 1,1 1,9 4,6 6,5 8,1 10,8 13,6 17,5 20,7 21,1

Sexo 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Masculino 34,0 31,5 33,4 38,0 36,1 32,4 29,2 24,0 29,6 28,5 26,5 26,7

Feminino 19,3 18,2 22,3 22,3 24,4 22,0 18,5 17,0 19,8 18,9 20,2 17,7

Total 26,6 24,8 27,8 30,1 30,2 27,2 23,8 20,5 24,7 23,7 23,3 22,2

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 3. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo sexo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

1984

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

2005

2007

2009

Ano

Tx.in

c./1

00.0

00

hab

.

Masculino Feminino Total

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Podemos notar, pela análise das taxas de incidência no período mais recente, que no sexo masculino a taxa (que representa o risco de adoe-cimento) aumenta até 2001, apresentando em seguida, declínio até 2005 – onde volta a crescer, sem no entanto atingir patamares elevados (taxa de incidência mantém-se abaixo de 30,0/100.000 hab.).

No sexo feminino, a taxa de incidência cresce até o ano de 2002 para apresentar queda em seguida (gráfi co 3) até 2005. Tal como aconteceu no sexo masculino as taxas voltam a subir no ano de 2006, porém com ten-

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

dência à estabilidade (valores abaixo de 20,0/100.000 hab.). A epidemia continua crescendo a um ritmo menor e parece entrar em declínio a partir de 2002.

Ao se comparar Brasil e Santa Catarina, nota-se que a partir de 1990 a taxa de incidência de AIDS em Santa Catarina ultrapassa a taxa nacional e manteve, já a partir de 1995, praticamente o dobro da taxa do Brasil (grá-fi co 4) até 2007 (não dispomos de dados do país após este ano).

No sexo masculino a taxa de incidência de AIDS no Brasil apresenta tendência de declínio a partir de 1998, enquanto que, em Santa Catarina, a mesma parece estar diminuindo a partir de 2001, embora com taxas superiores à do país (dados sujeitos à alteração devido ao atraso na digi-tação dos mesmos no sistema) (gráfi co 5).

Em relação ao sexo feminino observa-se aumento da taxa de inci-dência de AIDS no Brasil até o ano de 2003, enquanto que no estado de Santa Catarina esta situação perdura até 2002. A partir de 2003 a doença apresenta tendência declinante, com oscilações entre os anos (gráfi co 6).

Gráfi co 4. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo ano de diag-nóstico, Brasil e Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx. in

c./100.0

00 h

ab

.

SC BR

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 5. Taxa de incidência de Aids (por 100.000 hab.), sexo masculino, Brasil e Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx. in

c./100.0

00 h

ab

.

SC BR

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 6. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.), sexo feminino, Brasil e Santa Catarina, 1986-2009

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx. in

c./100.0

00 h

ab

.

SC BR

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Casos notificados segundo idade

Tabela 4. Casos de AIDS notifi cados segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Faixa etária 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

0 a 9 anos 0 0 0 6 7 13 14 19 28 64 69 75 83

10a 19 anos 0 1 4 4 4 14 16 15 13 15 25 28 18

20 a 29 anos 1 3 12 24 41 95 137 176 229 250 317 319 327

30 a 39 anos 0 4 4 11 29 77 111 130 192 265 349 449 470

40 a 49 anos 0 1 1 2 6 13 24 39 60 80 113 153 169

50 a 59 anos 0 0 2 5 1 4 6 9 11 24 30 43 43

60 e + 0 0 0 1 2 0 2 3 4 15 15 23 18

Total 1 9 23 53 90 216 310 391 537 713 918 1090 1128

Faixa etária 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

0 a 9 anos 81 74 54 55 49 33 36 23 23 14 19 18 869

10a 19 anos 43 35 26 33 38 33 29 20 25 27 33 30 551

20 a 29 anos 426 373 440 463 412 345 325 234 313 294 296 257 6109

30 a 39 anos 561 553 612 666 685 590 519 438 525 484 460 482 8666

40 a 49 anos 226 217 283 352 376 386 323 342 402 430 405 376 4779

50 a 59 anos 65 68 103 91 115 136 123 132 147 150 176 168 1652

60 e + 21 21 30 38 49 37 44 40 61 52 46 48 570

Total 1423 1341 1548 1698 1724 1560 1399 1229 1496 1451 1435 1379 23162

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Taxa de incidência da Aids segundo sexo e faixa etária

A faixa etária mais atingida pela epidemia é a de 30 a 39 anos, com um percentual de 37% do total de casos notifi cados. Em segundo lugar encontra-se o grupo etário de 20 a 29 anos, com 26% do total de casos notifi cados da doença. No decorrer dos anos, observa-se um aumento do número de casos entre as pessoas com idade entre 40 e 49 anos e, a partir de 2003, passa a ocupar o segundo lugar do total de casos (nº absoluto) (tabela 4).

Os maiores coefi cientes de incidência aparecem nos indivíduos de 30 a 39 anos, com taxa média de incidência de 40,0/100.000 hab., sendo que os anos de 2001 e 2002 apresentaram os coefi cientes mais elevados (74,1 e 75,1/100.000 hab., respectivamente).

Em relação a faixa etária de 20 a 29 anos observa-se redução signifi -cativa a partir de 2002, porém, ainda com valores superiores ao do estado.

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18

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tanto no número de casos quanto no de óbitos nota-se um ligeiro aumento nas idades mais avançadas, indicando um leve “envelhecimen-to” da epidemia. O grupo etário de 50 a 59 anos apresenta ao longo da série histórica, aumento proporcional de casos, cuja incidência passou de 19,0/100.000 hab. em 1998 para 29,1/100.000 hab. em 2008, acusando um aumento de 65,2% (tabela 5).

Tabela 5. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Faixa Etária 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

0 a 9 anos 0,0 0,0 0,0 1,2 1,4 2,6 1,4 3,8 2,7 6,0 6,4 7,8 8,4

10 a 19 anos 0,0 0,1 0,4 0,4 0,4 1,5 1,7 1,6 1,3 1,5 2,5 2,8 1,8

20 a 29 anos 0,1 0,4 1,5 2,9 4,9 11,2 15,8 20,8 25,5 27,4 34,2 37,3 37,5

30 a 39 anos 0,0 0,7 0,7 1,8 4,5 11,6 16,1 17,9 26,9 36,6 47,5 56,0 57,6

40 a 49 anos 0,0 0,3 0,3 0,5 1,4 3,0 5,4 8,1 13,1 17,2 23,9 27,7 30,1

50 a 59 anos 0,0 0,0 0,8 1,9 0,4 1,4 2,1 3,0 3,8 8,1 10,0 13,0 12,8

60 e + 0,0 0,0 0,0 0,4 0,7 0,0 0,7 0,9 1,3 4,7 4,6 6,4 4,9

Total 0,0 0,2 0,6 1,4 2,3 5,5 6,8 9,5 11,4 15,0 19,0 22,4 22,8

Faixa Etária 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

0 a 9 anos 8,1 7,3 5,5 5,5 4,8 3,2 3,5 2,1 2,1 1,5 2,1 2,0

10 a 19 anos 4,2 3,4 2,4 3,1 3,5 3,0 2,6 1,7 2,1 2,6 3,2 2,9

20 a 29 anos 48,2 41,6 47,8 49,4 43,3 35,7 33,2 23,1 30,4 27,0 27,2 23,4

30 a 39 anos 67,7 65,8 69,3 74,1 75,1 63,7 55,3 45,2 53,3 52,1 49,7 51,4

40 a 49 anos 39,7 37,6 42,4 51,8 54,5 55,2 45,5 46,7 54,1 50,2 46,8 42,7

50 a 59 anos 19,0 19,7 25,2 21,9 27,3 31,8 28,4 29,6 32,4 25,6 29,1 26,6

60 e + 5,7 5,6 7,0 8,7 11,1 8,2 9,7 8,6 12,9 9,0 7,6 7,6

Total 28,3 26,3 28,9 31,2 31,2 27,8 24,6 20,9 25,7 24,0 23,7 22,5

Fonte: GE-DST/AIDS/SINANDIVE/SES/SC

Gráfi co 7. Taxa de incidência de AIDS segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

200

2

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Tx

.in

c./1

00

.00

0h

ab

.

0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos

40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 e +

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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19

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

AIDS em cada década da vida

AIDS em crianças (0 a 9 anos)

Com base na série histórica dos casos de AIDS observa-se que no gru-po etário de 0 a 9 anos a taxa de incidência foi aumentando até o ano de 1997, quando atingiu perto de 10 casos para cada 100 mil crianças nessa fai-xa etária. Em seguida passou a apresentar tendência de queda signifi cativa chegando a 2 casos (para cada 100 mil crianças) a partir de 2007 (gráfi co 8).

Gráfi co 8. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em crianças de 0 a 9 anos de idade segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1988-2009

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

AIDS em adolescentes (10 a 19 anos)

A faixa etária de 10 a 19 anos é a menos atingida, representando 2,4% do total de casos notifi cados até 2009 (números absolutos).

A taxa de incidência de AIDS entre adolescentes cresceu no decorrer dos anos, com pequenas oscilações (1990-1994) e (1999 a 2003),chegan-do ao fi nal da década passada com taxa de incidência em torno de 3 casos para cada 100.000 adolescentes (gráfi co 9).

Um fato singular ocorre em relação ao sexo: as adolescentes vêm su-perando, em termos numéricos, os adolescentes. Enquanto que no Brasil

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20

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

a proporção de casos de AIDS em adolescentes do sexo feminino vem suplantando os casos em adolescentes masculinos desde 1998, em San-ta Catarina essa tendência tem sido observada a partir do ano de 1993, onde apresentou um percentual de 85% de casos no sexo feminino nessa faixa etária (gráfi co 10). Nos anos seguintes tem-se a mesma leitura, com pequenas oscilações entre um ano e outro.Gráfi co 9. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em adolescentes de 10 a 19 anos segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 10. Casos de AIDS em adolescentes (13 a 19 anos) segundo sexo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1986-2009

0

5

10

15

20

25

30

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Masculino Feminino

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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21

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

AIDS em adultos (20 a 29 anos)

A faixa etária de adultos (20 a 29 anos) ocupava o segundo lugar em incidência de casos até o ano de 2001, sendo substituída então pelo grupo etário de 40 a 49 anos. Observa-se pela série histórica, redução da taxa de incidência a partir de 2002, porém, ainda com valores superiores ao do estado.

Gráfi co 11. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em adultos de 20 a 29 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

AIDS em adultos (30 a 39 anos)

A faixa etária de 30 a 39 anos é a mais atingida pela epidemia, repre-sentando 37.3% do total de casos notifi cados até 2009. Apresentou ten-dência ascendente até 2002 quando apresentou pico máximo (75,1 casos para cada 100 mil pessoas nessa faixa etária).

Nos três anos seguintes houve queda signifi cativa da taxa de incidên-cia até o ano de 2005, que apresentou valor de 45,2/100.000 hab.

Em 2006 a taxa volta a aumentar e, ao que parece, estabilizou-se, com valores entre 50.0 e 53.3 casos por 100 mil pessoas da referida faixa etária.

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22

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 12. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em adultos de 30 a 39 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009.

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.in

c./100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

AIDS em adultos (40 a 49 anos)

Entre os adultos de 40 a 49 anos a taxa de incidência apresenta cresci-mento constante, atingindo, em 2003, pico máximo de 55,2 casos por 100 mil adultos nessa faixa etária. Logo após sobrevém uma queda e, em 2006, novo pico (54,1/100.000 hab.). A partir de 2003, passa a ocupar o segundo lugar do total de casos (nº absoluto) (tabela 4).

Nos anos seguintes observa-se diminuição da taxa de incidência da doen-ça, com valores inferiores a 50 casos por 100 mil adultos da referida faixa etária.Gráfi co 13. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em adultos de 40 a 49 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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23

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

AIDS em adultos (50 a 59 anos)

Até dezembro de 2009 foram identifi cados 1652 casos de AIDS em adultos na faixa etária de 50 a 59 anos, o que representa 7% do total de casos. Considerando-se o período compreendido entre 1984 a 2009, a taxa de incidência vem apresentando tendência de crescimento (grá-fi co 14). Na década de 90 houve um aumento signifi cativo, partindo de 1,4/100.000 hab. em 1990 para 19,7/100.000 hab. em 1999, representan-do um acréscimo superior a 1.300%.

Após este aumento, observa-se que na 1ª década do século atual, no ano 2000, a incidência foi de 25,2/100.000 hab. e no ano de 2009, a taxa foi de 26,6/100.000 hab., representando um acréscimo de apenas 5%, com oscilações entre os anos e taxa de incidência máxima em 2006 (32,4/100.000 hab.

Gráfi co 14. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em adultos de 50 a 59 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

inc./100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Page 23: O Perfil - Dive · 2014. 12. 12. · AIDS em idosos (60 anos ou ... vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS é fundamental para o controle da doença. Número de casos notificados

24

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

AIDS em idosos (60 anos ou mais)

Entre os idosos a epidemia surgiu tardiamente, com crescimento a partir de 1993. Desde então a taxa de incidência passou por ligeiras osci-lações entre 1994 e 1999. A partir do ano 2000 (incidência de 7,0/100.000 hab.) houve acréscimos ao longo da década, oscilações e taxa de inci-dência máxima em 2006 (12,9 casos para cada 100 mil idosos) (gráfi co 16). Na última década o número de casos quadruplicou quando compa-rado aos anos anteriores (1987-2009) (tabela 4).

Convém ressaltar que o estado apresenta taxas superiores à nacional desde o ano 2000 (tabela 6). Nos últimos 3 anos observa-se redução na taxa, chegando a 7,6 casos para cada 100 mil idosos em 2009.

Tabela 6. Taxa de incidência de AIDS em idosos (60 anos e mais) segundo ano de diagnóstico, Brasil e Santa Catarina, 1999-2009

2008

7,6

2009

7,6

UF

SC

Brasil

1999

5,6

6,6

2000

7,0

6,1

2001

8,7

5,9

2002

11,1

6,7

2003

8,2

7,2

2004

9,7

7,1

2005

8,6

6,2

2006

12,9

6,7

2007

9,0

5,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SCMS/SVS/PN-DST/AIDS

Gráfi co 15. Taxa de incidência de Aids (por 100.000hab.) em idosos (60 anos ou mais), segundo ano de diagnóstico, Brasil e Santa Catarina, 1999-2009

0

4

8

12

16

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Ano

Tx. in

c./100.0

00 h

ab

.

SC Brasil

2009

Fonte : MS/SVS/PN-DST/AIDS

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25

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 16. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em idosos (60 anos ou mais), segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.in

c./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo masculino

A faixa etária mais atingida pela epidemia, entre adultos do sexo mas-culino, é a de 30 a 39 anos, cuja taxa atingiu 101,9 casos por 100.000 homens de 30 a 39 anos em 2001. Em segundo lugar estava o grupo etário de 20 a 29 anos até o ano de 1997, quando foi ultrapassado pela faixa etária de 40 a 49 anos (tabela 7 e gráfi co 17).Tabela 7. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo masculino, Santa Catarina, 1984-2009Fx Etaria 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

10 a 19 0,0 0,2 0,9 0,9 0,9 2,1 2,1 3,0 0,4 1,6 2,0 2,4 2,2

20 a 29 0,3 0,8 2,5 4,7 8,3 17,9 24,9 28,5 39,3 40,8 49,4 42,4 45,9

30 a 39 0,0 1,5 1,0 3,0 7,7 21,4 25,3 28,1 39,9 56,5 73,6 87,2 81,5

40 a 49 0,0 0,5 0,5 1,0 2,9 5,7 10,2 15,7 21,0 23,4 36,3 47,2 43,3

50 a 59 0,0 0,0 0,8 3,9 0,0 3,0 4,4 6,4 6,7 12,5 14,3 24,2 20,1

60 e + 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 1,4 2,0 8,2 6,0 11,9 6,7

Fx Etaria 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

10 a 19 3,5 1,9 0,9 1,3 3,3 1,6 0,9 0,3 2,0 1,5 2,0 2,6

20 a 29 56,3 46,7 50,0 56,4 44,3 39,0 35,1 25,5 32,5 32,2 29,3 27,4

30 a 39 90,4 89,6 95,1 101,9 95,0 83,3 71,3 54,0 69,1 59,0 58,9 62,9

40 a 49 59,6 53,5 60,7 71,0 70,4 68,3 61,0 61,0 64,9 72,6 54,2 56,9

50 a 59 24,0 29,1 37,5 30,3 36,1 36,6 40,4 38,9 41,5 43,6 36,6 32,7

60 e + 8,4 7,7 14,0 9,8 16,2 11,5 13,3 11,7 19,5 14,5 8,0 8,8

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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26

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 17. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo masculino, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ano

Tx.in

c./

100.0

00

hab

.

10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e +

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Entre 1990 e 1996, a taxa de incidência de AIDS no sexo masculino au-mentou em todas as faixas etárias, excetuando-se os adolescentes. No ano de 1996, os homens com idade entre 40 e 49 anos passaram a ocupar o segun-do lugar em termos de incidência de casos da doença (sempre com valores superiores a 50 casos/100.000 hab. à partir de 1998) (tabela 7 e gráfi co 17).

Gráfi co 18. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 10 a 19 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./1

00

.00

0h

ab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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27

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 19. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 20 a 29 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 20. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 30 a 39 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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28

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 21. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 40 a 49 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 22. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 50 a 59 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.in

c./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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29

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 23. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) entre homens de 60 ou + anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

1984

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Taxa de incidência segundo faixa etária, sexo feminino

A faixa etária mais atingida pela epidemia, entre as mulheres, também é a de 30 a 39 anos, cujo pico deu-se no ano de 2002 (incidência de 57 casos para 100.000 mulheres).

Em seguida vem o grupo etário de 20 a 29 anos, com taxa de inci-dência aumentando a cada ano até 2002, para apresentar a partir daí, tendência declinante.

As mulheres de 40 a 49 anos passaram a ocupar o segundo lugar a partir de 2003, com ligeiras oscilações no transcorrer dos anos.

Percebe-se que, além do aumento do número de casos – provavel-mente devido à melhoria do diagnóstico, as mulheres passaram a fi gurar de forma expressiva nestas estatísticas.

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30

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 8. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e ano de diagnóstico, sexo feminino, Santa Catarina, 1987-2009

Fx Etária 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

10 a 19 0,0 0,0 0,0 0,9 1,3 0,2 2,3 1,2 2,8 2,4 1,4

20 a 29 0,5 1,2 1,7 4,7 7,2 12,3 13,8 14,5 19,7 28,6 30,0

30 a 39 0,3 0,6 1,6 2,4 7,8 9,1 13,2 17,4 22,3 31,8 35,2

40 a 49 0,0 0,0 0,0 0,5 0,9 1,7 3,9 11,2 11,9 14,9 17,5

50 a 59 0,8 0,0 0,7 0,0 0,0 0,0 0,7 4,0 5,9 4,2 5,9

60 e + 0,0 0,7 1,3 0,0 0,0 0,6 0,6 1,7 3,4 2,6 3,5

Fx Etaria 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

10 a 19 4,5 4,7 3,4 4,5 3,0 4,0 3,1 2,4 1,9 2,7 3,5 2,4

20 a 29 40,9 37,1 46,9 43,5 43,0 33,0 31,7 21,6 28,8 23,7 25,4 20,0

30 a 39 46,5 43,4 48,2 48,2 56,7 45,5 40,4 38,1 39,1 41,8 40,6 41,4

40 a 49 20,4 22,2 31,9 33,9 39,8 43,2 31,1 34,5 44,4 37,5 40,3 30,7

50 a 59 14,5 10,8 18,7 14,2 19,1 27,6 17,2 21,6 23,9 17,8 22,7 22,1

60 e + 3,5 3,9 2,5 7,9 7,0 5,7 6,8 6,2 7,7 6,6 7,5 6,9

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 24. Taxa de incidência de Aids (por 100.000 hab.) segundo faixa etária e sexo feminino, Santa Catarina, 1987-2009.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e +

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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31

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 25. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 10 a 19 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 26. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 20 a 29 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./1

00

.00

0h

ab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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32

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 27. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 30 a 39 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.in

c./100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 28. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 40 a 49 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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33

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 29. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 50 a 59 anos, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

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2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.in

c./

10

0.0

00

ha

b.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 30. Taxa de incidência de AIDS (por 100.000 hab.) em mulheres de 60 anos ou mais, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1987-2009

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

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2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.in

c./100.0

00

hab

.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Distribuição espacial da taxa de incidência da AIDS

Até o ano de 2002, o município mais atingido pela epidemia foi Itajaí, cuja taxa de incidência chegou ao valor de 177,8 casos para cada 100.000 habitantes no ano de 1998. Observa-se declínio signifi cativo a partir de 2004 (63,1/100.000 hab), chegando ao ano de 2009 com taxa de

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34

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

incidência de 51,8/100.000 habitantes.Os municípios de maior porte (acima de 50 mil habitantes) concen-

tram juntos, algo em torno de 55% dos casos de AIDS e vêm mantendo altas taxas de incidência no transcorrer dos anos. Nos últimos três anos vários deles registraram taxa de incidência superior à do estado (gráfi cos 31, 32 e 33). Entre os quinze municípios com maior número de casos exis-tem dois (Camboriú e Laguna) com população inferior a 50 mil habitantes. Convém ressaltar que, nos últimos três anos, o município de Camboriú liderou a lista dos quinze municípios acima referidos.

Tabela 9. Taxa de incidência de AIDS adulto (por 100.000 hab.) segundo municí-pio(*) de residência e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Município 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Balneário Camboriú 0,0 0,0 0,0 14,3 20,4 55,4 60,5 37,1 59,1 46,6 106,2 111,4 77,3

Blumenau 0,0 0,0 0,7 0,6 5,0 7,9 12,2 12,2 18,1 20,1 27,0 49,8 37,7

Brusque 0,0 2,5 2,4 0,0 6,8 11,1 16,3 25,1 10,3 24,3 35,9 39,2 65,8

Camboriú 0,0 0,0 6,2 0,0 0,0 26,9 22,7 19,3 82,8 48,0 89,9 79,8 60,7

Chapecó 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 2,2 1,2 2,2 2,3 8,9 4,4 11,7 14,3

Criciúma 0,0 1,0 0,0 1,9 1,9 8,3 20,6 23,5 20,4 30,1 39,6 66,1 52,2

Florianópolis 0,0 1,7 6,0 10,0 12,8 27,1 37,4 68,8 75,0 79,0 109,5 103,9 79,1

Itajaí 0,0 0,0 2,4 6,9 21,4 43,9 89,9 44,5 102,7 110,2 114,6 104,5 143,2

Jaraguá do Sul 0,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,6 3,1 7,8 6,2 9,1 4,3 10,9

Joinville 0,0 0,9 0,0 0,8 1,6 6,9 6,9 10,3 12,1 15,3 25,5 25,0 31,6

Lages 0,0 0,0 0,9 1,8 0,9 0,9 4,7 6,7 8,3 9,0 16,2 18,3 16,5

Laguna 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 6,1 8,4 5,5 24,4 21,4 45,1 42,3

Palhoça 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,1 11,1 14,6 32,3 30,1 39,5 33,1

São José 0,0 0,0 2,1 4,1 4,0 9,5 12,1 12,5 12,9 30,6 45,2 62,5 75,2

Tubarão 0,0 0,0 1,4 0,0 4,2 0,0 4,4 7,6 12,2 7,5 13,3 15,7 23,2

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

122,9 74,8 110,6 73,9 105,8 109,3 112,5 95,7 53,2 70,2 49,2 60,7

45,2 43,4 46,2 50,5 58,6 51,5 47,4 42,6 53,4 38,7 34,5 29,4

71,2 54,9 60,3 78,2 57,5 45,3 59,6 39,4 34,2 14,7 9,7 18,8

153,0 118,1 115,7 81,5 59,9 73,2 97,4 107,4 53,2 91,0 73,5 68,7

9,9 25,1 33,0 31,2 31,4 25,6 10,9 27,9 28,8 28,9 38,4 18,1

79,5 55,4 56,5 75,3 55,6 51,1 48,3 46,2 55,3 63,0 53,2 62,3

100,2 89,0 81,8 89,8 77,0 90,5 64,5 57,9 80,0 52,9 48,2 48,1

177,8 139,7 139,5 129,5 156,6 109,0 63,1 46,4 57,3 66,1 66,9 51,8

18,6 10,3 28,6 31,1 25,8 16,4 25,6 19,1 45,1 25,7 25,4 31,7

51,2 46,9 65,8 60,2 61,5 53,0 49,3 45,1 48,0 44,0 40,8 40,9

20,4 39,0 24,7 26,2 26,7 28,1 8,2 12,1 24,7 24,3 35,3 42,4

82,0 76,2 65,3 83,8 61,8 34,8 58,5 55,2 36,5 32,3 40,7 37,8

36,9 35,8 38,7 53,9 29,9 30,2 17,6 9,9 21,4 17,8 34,3 37,3

49,6 86,6 75,4 86,7 62,8 71,4 76,9 35,5 44,5 40,0 44,7 19,5

35,3 24,3 41,5 36,4 49,1 61,1 27,5 16,1 30,6 47,7 56,4 35,9

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC*15 municípios com maior número de casos da doença

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 31. Taxa de incidência (por 100.000 hab.) de Aids adulto segundo muni-cípios selecionados, Santa Catarina, 2007

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Cam

boriú

Bal

n.C

ambo

riú

Itaja

í

Cric

iúm

aFlo

rianó

polis

Tub

arão

Join

ville

São

José

Blu

men

au

Lagu

na

Cha

pecó

Jara

guá

doSul

Lage

s

Pal

hoça

Bru

sque

Município

Tx

.in

c./1

00

.00

0h

ab

.

Incidência SC=23,6/100.000hab.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC*15 municípios com maior número de casos da doença

Gráfi co 32. Taxa de incidência (por 100.000 hab.) de Aids adulto segundo muni-cípios selecionados, Santa Catarina, 2008

0,0

15,0

30,0

45,0

60,0

75,0

90,0

Cam

boriú

Itajaí

Tubar

ão

Cric

iúm

a

Baln.

Cam

boriú

Floria

nópo

lis

São

José

Joinville

Lagu

na

Cha

pecó

Lage

s

Blum

enau

Palho

ça

Jara

guá

doSul

Bru

sque

Município

Tx.

inc./

100.0

00

hab

.

Incidência SC=23,3/100.000 hab.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC*15 municípios com maior número de casos da doença

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 33. Taxa de incidência (por 100.000 hab.) de Aids adulto segundo muni-cípios selecionados, Santa Catarina, 2009

0,0

15,0

30,0

45,0

60,0

75,0

Cam

boriú

Cric

iúm

a

Baln.

Cam

boriú

Itajaí

Floria

nópo

lis

Lage

s

Joinville

Lagu

na

Palho

ça

Tubar

ão

Jara

guá

doSul

Blum

enau

São

José

Bru

sque

Cha

pecó

Município

Tx.

inc./100.0

00

hab

.

Incidência SC=22,1/100.000

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC*15 municípios com maior número de casos da doença

Distribuição espacial segundo regionais de saúde

No princípio dos anos 90, apenas duas regionais de saúde registra-vam taxa de incidência acima de 10 casos por 100.000 habitantes (Flo-rianópolis e Itajaí). Passados 10 anos torna-se nítida a interiorização da epidemia, com 74% das 19 regionais de saúde apresentando taxas de incidência entre 11 e 76 casos/100.000 habitantes. A regional de Itajaí permanece, ao longo dos anos, com a maior taxa de incidência quando comparada às demais regionais de saúde (mapas 1 a 20).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 1. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1990

Mapa 2. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1991

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38

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 3. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1992

Mapa 4. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1993

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39

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 5. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1994

Mapa 6. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1995

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40

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 7. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1996

Mapa 8. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1997

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41

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 9. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1998

Mapa 10. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1999

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42

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 11. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2000

Mapa 12. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2001

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43

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 13. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2002

Mapa 14. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2003

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44

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 15. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2004

Mapa 16. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2005

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 17. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2006

Mapa 18. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2007

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mapa 19. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2008

Mapa 20. Distribuição espacial das taxas de incidência de AIDS segundo regio-nais de saúde e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 2009

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Distribuição espacial segundo municípios

Desde o início da epidemia até os dias atuais, 249 (85%) municípios já notifi caram pelo menos 1 caso de AIDS (mapa 21).

Mapa 21. Municípios com pelo menos 1 caso de AIDS notifi cado, Santa Catarina, 1984-2009

Distribuição dos casos notificados em adultos segundo escolaridade

Ao longo dos anos tem havido um aumento do número de casos entre pessoas de menor escolaridade, caracterizando o avanço da epidemia entre a população de baixa renda - processo de “pauperização”. Indivídu-os com até 7 anos de estudo representavam, em 1990, 45,8% dos casos notifi cados. Este percentual foi aumentando gradativamente chegando a 75,1% em 2000. Somente após o ano de 2005 é que se observa queda

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

signifi cativa deste percentual, com 46,9% no último ano avaliado (2009).Por outro lado, indivíduos com 8 anos ou mais de estudo representa-

vam, em 1990, apenas 27,0% dos casos. Houve aumento signifi cativo no decorrer dos anos, chegando ao percentual de 48,5% em 2009.

Tabela 10. Número de casos notifi cados de AIDS em adultos segundo escolari-dade em anos de estudo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Escolaridade 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ign/Branco 0 4 3 5 10 55 65 38 53 88 93 103 60 35

0 a 3 0 3 2 3 5 14 34 71 73 101 115 160 225 590

4 a 7 1 1 8 22 30 79 130 172 264 316 444 533 551 440

8 ou + 0 1 10 16 38 55 67 91 119 143 187 215 209 275

Não se Aplica 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0

Total 1 9 23 47 83 203 296 372 509 648 848 1011 1045 1340

Escolaridade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Ign/Branco 42 35 55 57 27 33 33 56 95 93 62 1200

0 a 3 608 627 648 442 327 323 236 238 143 164 120 5272

4 a 7 349 493 594 731 686 580 491 641 642 531 516 9245

8 ou + 266 336 342 438 484 419 435 535 553 624 659 6517

Não se Aplica 1 0 2 3 1 1 7 1 0 0 0 26

Total 1266 1491 1641 1671 1525 1356 1202 1471 1433 1412 1357 22260

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Tabela 11. Distribuição percentual de casos notifi cados de AIDS em adultos se-gundo escolaridade em anos de estudo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Escolaridade 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ign/Branco 0,0 44,4 13,0 10,6 12,0 27,1 22,0 10,2 10,4 13,6 11,0 10,2 5,7 2,6

0 a 3 0,0 33,3 8,7 6,4 6,0 6,9 11,5 19,1 14,3 15,6 13,6 15,8 21,5 44,0

4 a 7 100,0 11,1 34,8 46,8 36,1 38,9 43,9 46,2 51,9 48,8 52,4 52,7 52,7 32,8

8 ou + 0,0 11,1 43,5 34,0 45,8 27,1 22,6 24,5 23,4 22,1 22,1 21,3 20,0 20,5

Não se Aplica 0,0 0,0 0,0 2,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Escolaridade 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Ign/Branco 3,3 2,3 3,4 3,4 1,8 2,4 2,7 3,8 6,6 6,6 4,6 5,4

0 a 3 48,0 42,1 39,5 26,5 21,4 23,8 19,6 16,2 10,0 11,6 8,8 23,7

4 a 7 27,6 33,1 36,2 43,7 45,0 42,8 40,8 43,6 44,8 37,6 38,0 41,5

8 ou + 21,0 22,5 20,8 26,2 31,7 30,9 36,2 36,4 38,6 44,2 48,6 29,3

Não se Aplica 0,1 0,0 0,1 0,2 0,1 0,1 0,6 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 34. Distribuição percentual de casos notifi cados de AIDS em adultos segundo escolaridade em anos de estudo e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ign/Branco 0 a 3 4 a 7 8 ou + Não se Aplica

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em adultos

Ao contrário do ocorrido no Brasil e em outros países, onde o vírus HIV estava associado aos homens que fazem sexo com homens (HSH), a categoria homossexual é pouco representativa no estado de Santa Catari-na. Somente nos anos de 1984 e 1986 seus casos superaram as demais categorias de exposição.

De 1987 a 1995 caracteriza-se pela transmissão sanguínea, especial-mente na subcategoria de usuários de drogas injetáveis (UDI), coincidindo com o processo de pauperização e interiorização da epidemia. Em 1995 alcançou o percentual de 45,8% entre os casos notifi cados. Sua redução passa a ser acentuada somente após o ano de 2005.

De 1996 até os dias atuais a transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão do HIV (heterossexualização da epidemia) e vem apresentando maior tendência de crescimento com o passar dos anos, acompanhada de uma expressiva participação das mulheres na di-nâmica da epidemia. Em 2008 atingiu seu maior percentual (74,9%) des-

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50

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

de então. Entretanto, acredita-se que o número de indivíduos bissexuais esteja subestimada (questões morais e culturais), contribuindo assim, no aumento dos casos entre os heterossexuais.

Tabela 12. Número de casos de AIDS segundo categoria de exposição hierarqui-zada e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009Categoria Exposição 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Ignorado 0 0 4 2 10 14 14 22 18 30 27 32 42

Homossexual 1 4 4 7 14 23 33 40 44 61 67 94 98

Bissexual 0 2 3 4 7 12 12 16 24 27 40 38 48

Heterossexual 0 2 2 4 12 39 55 81 143 226 321 452 511

UDI 0 1 10 30 38 110 179 211 278 303 388 384 343

Hemofílico 0 0 0 0 1 1 2 1 0 0 2 1 1

Transfusão 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 2 9 2

Acidente de Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Perinatal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 1 9 23 47 83 199 295 372 508 648 847 1011 1045

Categoria Exposição 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Ignorado 21 39 29 28 63 54 51 42 55 64 57 36 754

Homossexual 131 92 121 125 99 122 90 95 124 134 142 147 1912

Bissexual 56 44 80 70 74 67 52 56 60 60 51 60 963

Heterossexual 740 729 928 1056 1146 1029 964 865 1076 1041 1057 988 13467

UDI 385 362 329 359 289 249 194 140 149 128 93 115 5067

Hemofílico 2 0 2 2 0 2 3 3 0 2 1 0 26

Transfusão 3 0 0 1 0 0 1 0 5 0 3 1 31

Acidente de Trabalho 0 0 2 0 0 1 1 0 0 0 0 5

Perinatal 2 0 0 0 0 1 0 1 2 4 8 10 28

Total 1340 1266 1491 1641 1671 1525 1356 1202 1471 1433 1412 1357 22253

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Tabela 13. Distribuição percentual de casos de AIDS segundo categoria de expo-sição hierarquizada e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009Categoria Exposição 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Ignorado 0,0 0,0 17,4 4,3 12,0 7,0 4,7 5,9 3,5 4,6 3,2 3,2 4,0

Homossexual 100,0 44,4 17,4 14,9 16,9 11,6 11,2 10,8 8,7 9,4 7,9 9,3 9,4

Bissexual 0,0 22,2 13,0 8,5 8,4 6,0 4,1 4,3 4,7 4,2 4,7 3,8 4,6

Heterossexual 0,0 22,2 8,7 8,5 14,5 19,6 18,6 21,8 28,1 34,9 37,9 44,7 48,9

UDI 0,0 11,1 43,5 63,8 45,8 55,3 60,7 56,7 54,7 46,8 45,8 38,0 32,8

Hemofílico 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,5 0,7 0,3 0,0 0,0 0,2 0,1 0,1

Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 1,2 0,0 0,0 0,3 0,2 0,2 0,2 0,9 0,2

Acidente de Trabalho 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Perinatal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria Exposição 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado 1,6 3,1 1,9 1,7 3,8 3,5 3,8 3,5 3,7 4,5 4,0 2,7

Homossexual 9,8 7,3 8,1 7,6 5,9 8,0 6,6 7,9 8,4 9,4 10,1 10,8

Bissexual 4,2 3,5 5,4 4,3 4,4 4,4 3,8 4,7 4,1 4,2 3,6 4,4

Heterossexual 55,2 57,6 62,2 64,4 68,6 67,5 71,1 72,0 73,1 72,6 74,9 72,8

UDI 28,7 28,6 22,1 21,9 17,3 16,3 14,3 11,6 10,1 8,9 6,6 8,5

Hemofílico 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,1 0,2 0,2 0,0 0,1 0,1 0,0

Transfusão 0,2 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 0,3 0,0 0,2 0,1

Acidente de Trabalho 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Perinatal 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1 0,1 0,3 0,6 0,7

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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51

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 35. Distribuição percentual de casos notifi cados de Aids segundo cate-goria de exposição e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1990-2009

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ignorado Homossexual Bissexual Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Acidente de Trabalho Perinatal

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo masculino

A transmissão por via sexual tem sido a mais importante tanto em homens quanto em mulheres. Entre os homens, a categoria de exposição heterossexual é responsável por 45,4% do total dos casos, seguida pela transmissão por via sanguínea, responsável por 30,6% dos casos. A via mais importante de transmissão sanguínea é o uso de drogas injetáveis (30,3% dos casos).

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52

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 14. Número de casos notifi cados de AIDS adulto segundo categoria de exposição, sexo masculino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Categoria Exposição 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Ignorado 0 0 4 2 9 11 12 11 11 17 17 21 30

Homossexual 1 4 4 7 14 23 33 40 44 61 67 93 98

Bissexual 0 2 3 4 7 12 12 16 24 27 40 38 48

Heterossexual 0 2 0 2 7 25 30 36 71 114 149 214 229

UDI 0 1 8 24 29 94 140 176 226 259 342 323 290

Hemofílico 0 0 0 0 1 1 2 1 0 0 2 1 1

Transfusão 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 5 2

Acidente mat. Biológico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Total 1 9 19 39 68 166 229 281 377 478 618 696 698

Categoria Exposição

Ignorado

Homossexual

Bissexual

Heterossexual

UDI

Hemofílico

Transfusão

Acidente mat. Biológico

Total

1998

10

130

56

324

330

2

2

0

854

1999

30

92

44

333

303

0

0

0

802

2000

18

121

80

393

277

2

0

1

892

2001

19

124

70

512

304

2

0

0

1031

2002

42

96

74

542

241

0

0

0

995

2003

35

120

67

474

207

2

0

1

906

2004

35

83

52

491

161

3

1

1

827

2005

35

86

56

405

116

3

0

0

701

2006

42

117

60

530

123

0

5

0

877

2007

52

120

58

515

109

2

0

0

856

2008

47

127

48

485

81

1

3

0

792

2009

31

144

59

487

84

0

1

0

806

Total

541

1849

957

6370

4248

26

23

4

14018

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Tabela 15. Distribuição percentual de casos notifi cados de Aids adulto segundo categoria de exposição, sexo masculino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Categoria Exposição 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Ignorado 0,0 0,0 21,1 5,1 13,2 6,6 5,2 3,9 2,9 3,6 2,8 3,0 4,3

Homossexual 100,0 44,4 21,1 17,9 20,6 13,9 14,4 14,2 11,7 12,8 10,8 13,4 14,0

Bissexual 0,0 22,2 15,8 10,3 10,3 7,2 5,2 5,7 6,4 5,6 6,5 5,5 6,9

Heterossexual 0,0 22,2 0,0 5,1 10,3 15,1 13,1 12,8 18,8 23,8 24,1 30,7 32,8

UDI 0,0 11,1 42,1 61,5 42,6 56,6 61,1 62,6 59,9 54,2 55,3 46,4 41,5

Hemofílico 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 0,6 0,9 0,4 0,0 0,0 0,3 0,1 0,1

Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 1,5 0,0 0,0 0,4 0,3 0,0 0,2 0,7 0,3

Acidente Mat. Biológico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria Exposição 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado 1,2 3,7 2,0 1,8 4,2 3,9 4,2 5,0 4,8 6,1 5,9 3,8

Homossexual 15,2 11,5 13,6 12,0 9,6 13,2 10,0 12,3 13,3 14,0 16,0 17,9

Bissexual 6,6 5,5 9,0 6,8 7,4 7,4 6,3 8,0 6,8 6,8 6,1 7,3

Heterossexual 37,9 41,5 44,1 49,7 54,5 52,3 59,4 57,8 60,4 60,2 61,2 60,4

UDI 38,6 37,8 31,1 29,5 24,2 22,8 19,5 16,5 14,0 12,7 10,2 10,4

Hemofílico 0,2 0,0 0,2 0,2 0,0 0,2 0,4 0,4 0,0 0,2 0,1 0,0

Transfusão 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,6 0,0 0,4 0,1

Acidente Mat. Biológico 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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53

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 36. Distribuição percentual de casos notifi cados de Aids adulto segundo cate-goria de exposição, sexo masculino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1990-2009

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ignorado Homossexual Bissexual Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Acidente Mat. Biológico

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição, sexo feminino

A transmissão por via sexual tem sido a mais importante tanto em homens quanto em mulheres.

Do início da epidemia até 1991, a principal categoria de exposição entre as mulheres era a via sanguínea, sendo a de usuário de drogas inje-táveis (UDI) responsável por 100% dos casos no referido período.

Do ano de 1992 até os dias atuais a prática heterossexual passa a ser a principal situação de risco descrita entre os casos de AIDS em mu-lheres, com valores acima de 80% do total a partir de 1997. Segundo da-dos epidemiológicos (SINAN W), entre todas as mulheres notifi cadas com AIDS - com categoria de exposição heterossexual – do início da epidemia até 2006, 48,0% referiram parceria sexual com HIV+, 39,7% referiram multiplicidade de parceiros e 25,1%, parceria sexual com UDI (usuários de drogas injetáveis). Infelizmente, não dispomos destes dados nos anos seguintes, pois estas informações não constam da fi cha de investigação do SINAN net.

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54

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 16. Número de casos notifi cados de AIDS adulto segundo categoria de exposição, sexo feminino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Categoria Exposição 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ignorado 0 0 1 3 2 11 7 13 10 11 12 11

Homossexual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

Bissexual 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Heterossexual 2 2 5 14 25 45 72 112 172 238 282 416

UDI 2 6 9 16 39 35 52 44 46 61 53 55

Transfusão 0 0 0 0 0 0 0 1 1 4 0 1

Perinatal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Acidente de Trabalho 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 4 8 15 33 66 91 131 170 229 315 347 486

Categoria Exposição 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Ignorado 9 11 9 21 19 16 7 13 12 10 5 213

Homossexual 0 0 1 3 2 7 9 7 14 15 3 63

Bissexual 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3 1 6

Heterossexual 396 535 544 604 555 473 460 546 526 572 501 7097

UDI 59 52 55 48 42 33 24 26 19 12 31 819

Transfusão 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 8

Perinatal 0 0 0 0 1 0 1 1 2 3 5 15

Acidente de Trabalho 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Total 464 599 610 676 619 529 501 593 575 615 546 8222

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Tabela 17. Distribuição percentual de casos notifi cados de Aids adulto segundo categoria de exposição, sexo feminino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1984-2009

Categoria Exposição 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ignorado 0,0 0,0 6,7 9,1 3,0 12,1 5,3 7,6 4,4 3,5 3,5 2,3

Homossexual 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,2

Bissexual 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Heterossexual 50,0 25,0 33,3 42,4 37,9 49,5 55,0 65,9 75,1 75,6 81,3 85,6

UDI 50,0 75,0 60,0 48,5 59,1 38,5 39,7 25,9 20,1 19,4 15,3 11,3

Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 0,4 1,3 0,0 0,2

Perinatal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4

Acidente de Trabalho 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categoria Exposição 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado 1,9 1,8 1,5 3,1 3,1 3,0 1,4 2,2 2,1 1,6 0,9

Homossexual 0,0 0,0 0,2 0,4 0,3 1,3 1,8 1,2 2,4 2,4 0,5

Bissexual 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 0,5 0,2

Heterossexual 85,3 89,3 89,2 89,3 89,7 89,4 91,8 92,1 91,5 93,0 91,8

UDI 12,7 8,7 9,0 7,1 6,8 6,2 4,8 4,4 3,3 2,0 5,7

Transfusão 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Perinatal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 0,2 0,3 0,5 0,9

Acidente de Trabalho 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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55

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 37. Distribuição percentual de casos notifi cados de Aids adulto segundo categoria de exposição, sexo feminino e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1990-2009

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ignorado Homossexual Bissexual Heterossexual UDI Transfusão Perinatal Acidente de Trabalho

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Distribuição proporcional segundo categoria de exposição em crianças (menores de 13 anos)

O aumento do número de casos em mulheres implica, conseqüente-mente, no maior número de casos em crianças pela transmissão vertical (transmissão materno-infantil). Esta forma de transmissão é responsável por 96,9% dos casos notifi cados em menores de 13 anos de idade (tabela 18).

Embora em número muito pequeno, aparecem casos de AIDS em menores de 13 anos devido ao uso de drogas injetáveis (2 casos) e trans-fusão sanguínea (5 casos).

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56

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 18. Casos notifi cados de AIDS segundo ano de diagnóstico e categoria de transmissão para menores de 13 anos, Santa Catarina, 1988-2009

Categ.de Exposição 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ignorado 0 2 0 0 0 0 0 1 5 0 0

Drogas 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0

Hemofílico 0 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Transfusão 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 1

Perinatal 5 3 11 14 19 28 62 67 73 82 82

Total 6 7 13 14 19 28 63 70 78 82 83

Categ.de Exposição 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total

Ignorado 0 2 1 1 0 1 1 0 1 1 2 10

Drogas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemofílico 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Transfusão 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1

Perinatal 75 55 55 50 35 41 22 25 17 23 20 418

Total 75 57 56 51 35 42 24 25 18 24 22 429

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Tabela 19. Distribuição percentual dos casos notifi cados de AIDS segundo ano de diagnóstico e categoria de transmissão para menores de 13 anos de idade, Santa Catarina, 1988-2009

Categ.de Exposição 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998

Ignorado 0,0 28,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 6,4 0,0 0,0

Drogas 16,7 0 0 0 0 0 1,59 0 0 0 0

Hemofílico 0,0 28,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0

Transfusão 0,0 0,0 15,4 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 1,2

Perinatal 83,3 42,9 84,6 100 100 100 98,4 95,7 93,6 100 98,8

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Categ.de Exposição 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado 0,0 3,5 1,8 2,0 0,0 2,4 4,2 0,0 5,6 4,2 9,1

Drogas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemofílico 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Transfusão 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,2 0,0 0,0 0,0 0,0

Perinatal 100 96,49 98,21 98,04 100 97,62 91,67 100 94,44 95,83 90,91

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 38. Distribuição percentual dos casos notifi cados de AIDS segundo ano de diagnóstico e categoria de transmissão para menores de 13 anos de idade, Santa Catarina, 1988-2009

0%

20%

40%

60%

80%

100%

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ignorado Drogas Hemofílico Transfusão Perinatal

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Letalidade

A taxa de letalidade (percentual de óbitos entre doentes) de Aids vem apresentando oscilações no decorrer dos anos, ora com aumento da taxa, ora com queda da mesma. Na década de 80 (1986-1989), a taxa média de letalidade era de 29,0% entre os casos registrados da doença. Em 1994, observa-se o maior índice apresentado até os dias atuais: 51,5%. A média entre os anos de 1986-2009 é de 36,9% (gráfi co 39).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 39. Coefi ciente de letalidade de AIDS em adultos segundo ano do óbito, Santa Catarina, 1986-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.le

tali

dad

e(%

)

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC SIM/SES/SC

Tabela 20. Situação atual dos casos de Aids adulto notifi cados em Santa Cata-rina, 1984-2009.

Situação Atual 1984 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

Ign/Branco 0 0 0 0 0 0 1 1 0 2 0 0 1

Vivo 0 2 9 11 21 62 91 137 191 210 351 485 593

Morto 1 7 14 36 62 141 204 234 318 436 497 526 451

Total 1 9 23 47 83 203 296 372 509 648 848 1011 1045

2006 2007 2008 2009 Total

4 3 1 20

1118 1156 1147 14910

311 253 209 7330

1433 1412 1357 22260

Situação Atual 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ign/Branco 1 2 2 0 0 0 0 0 2

Vivo 828 784 1048 1149 1202 1140 1010 947 1218

Morto 511 480 441 492 469 385 346 255 251

Total 1340 1266 1491 1641 1671 1525 1356 1202 1471

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

PERFIL DA MORTALIDADE POR AIDS EM SANTA CATARINA 1986 – 2009

Na faixa etária do adulto jovem, segundo dados do Sistema de Infor-mações de Mortalidade (SIM), a AIDS fi gura entre as principais causas de mortalidade, tendo sido a principal causa de mortalidade das mulheres na faixa etária de 20 a 49 anos no período de 1996 a 2009, superando inclusive os óbitos por câncer de mama, principalmente na última década (gráfi co 1).

Gráfi co 1. Mortalidade proporcional segundo causas classifi cadas com 3 dígitos na Classifi cação Internacional de Doenças (CID - 10), sexo feminino, 20 a 49 anos, Santa Catarina, 1996-2009

0% 20% 40% 60% 80% 100%

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

B20-B24 HIV/AIDS

C50 Neopl malig da mama

C53 Neopl malig do colo do utero

E14 Diabetes mellitus NE

I21 Infarto agudo do miocardio

I60 Hemorragia subaracnoide

I61 Hemorragia intracerebral

I64 Acidente vascular cerebral

J18 Pneumonia p/microorg NE

R98 Morte s/assist

V89 Acidente veículo motor

Fonte: SIM/SES/SC

Entre homens da mesma faixa etária (20 a 49 anos), a AIDS ocupava, até 1999, o segundo lugar como causa de óbito em Santa Catarina, en-quanto que os acidentes por veículo a motor não especifi cados lideravam o grupo de causas (gráfi co 2). A partir do ano 2000 e até os dias atuais, a AIDS passa a fi gurar como causa principal de mortalidade, com exceção dos anos de 2005 e 2006 – mas mesmo assim com taxas elevadas (27,2% e 27,3%, respectivamente).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 2. Mortalidade proporcional segundo causas classifi cadas com 3 dígitos na Classifi cação Internacional de Doenças (CID-10), sexo masculino, 20 a 49 anos, Santa Catarina, 1996-2009

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

B20-B24 HIV/AIDS

C50 Neopl malig da mama

E14 Diabetes mellitus NE

I21 Infarto agudo do miocardio

I60 Hemorragia subaracnoide

I61 Hemorragia intracerebral

I64 Acidente vascular cerebral

J18 Pneumonia p/microorg NE

R98 Morte s/assist

V89 Acidente veículo motor

Fonte: SIM/SES/SC

Tabela 1. Número de óbitos, taxas de mortalidade por Aids (por 100.000 hab.) segundo sexo e razão masculino/feminino, Santa Catarina, 1986-2009

Ano

do Óbito Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa Masculino Feminino

1986 1 0,05 0 0,00 1 0,02

1987 5 0,24 2 0,10 7 0,17

1988 11 0,51 3 0,14 14 0,33

1989 31 1,41 6 0,28 37 0,85

1990 70 3,14 7 0,32 77 1,73

1991 99 4,35 30 1,32 129 2,84

1992 116 5,03 34 1,48 150 3,26

1993 175 7,44 66 2,82 241 5,13

1994 268 11,22 66 2,77 334 7,01

1995 276 11,39 97 4,02 373 7,71

1996 319 13,08 101 4,15 420 8,61

1997 315 12,70 98 3,95 413 8,33

1998 305 12,13 104 4,14 409 8,13

1999 327 12,82 123 4,83 450 8,83

2000 335 12,55 127 4,73 462 8,63

2001 329 12,12 140 5,12 469 8,61

2002 333 12,09 154 5,55 487 8,81

2003 339 12,14 177 6,29 516 9,20

2004 352 12,43 150 5,26 502 8,83

2005 327 11,19 175 5,94 502 8,56

2006 324 10,92 164 5,48 488 8,19

2007 368 12,24 174 5,72 542 8,96

2008 358 11,90 205 6,73 563 9,30

2009 413 13,59 202 6,56 615 10,05

Masculino Feminino Total Razão

0,0

2,5

3,7

5,2

10,0

3,3

3,4

2,7

4,1

2,8

3,2

3,2

2,9

2,7

2,6

2,4

2,2

1,9

2,3

1,9

2,0

2,1

1,7

2,0

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Com base na tabela acima, observa-se uma proporção mais ou me-nos constante nas taxas de mortalidade, para ambos os sexos, ao longo dos anos (mais signifi cativa a partir de 1994 para os homens e de 1995 em diante, para as mulheres).

O pico de mortalidade por Aids, no estado, deu-se em 2009, ano em que ocorreram 615 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 10,0/100.000 hab., sendo que os homens apresentaram o dobro da taxa de mortalidade das mulheres.

A taxa de letalidade neste ano foi de 45,3%.

Gráfi co 3. Taxa de mortalidade por AIDS segundo sexo, Santa Catarina, 1986-2009

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

mo

rt./

100.0

00

hab

.

Taxa masc. Taxa fem. Taxa total

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Ao se comparar o estado de Santa Catarina com o Brasil, deparamo-nos com comportamentos semelhantes no tocante à mortalidade pela do-ença. No Brasil a tendência de estabilização da taxa de mortalidade é mar-cante a partir de 1998, com uma média de 6 óbitos por 100.000 habitantes ao longo dos anos. Já o estado apresenta essa mesma estabilização a partir de 1996, porém em patamares mais elevados que o país, com sutis oscilações (± 8 óbitos por 100.000 habitantes).

No ano de 2009, porém, deu-se aumento da taxa de mortalidade em Santa Catarina (10,0/100.000 hab.).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 4. Taxa de mortalidade por AIDS segundo ano do óbito, Brasil e Santa Catarina, 1986-2009

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx

.m

ort

./100

.000

hab

.

SC Brasil

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Ao se comparar os coefi cientes de mortalidade por sexo (gráfi cos 5 e 6), observam-se diferenças não apenas entre os sexos como também entre estado e país. No Brasil o pico da mortalidade ocorreu em 1995 para os homens (taxa de mortalidade de 15,1/100.000 hab.) e em 1996 (taxa de mortalidade de 4,8/100.000 hab.). Logo após os referidos anos, vê-se queda da mortalidade em ambos os sexos, com estabilização das taxas nos últimos 10 anos.

No sexo masculino a diferença entre Brasil e Santa Catarina é mais acentuada, uma vez que a queda na taxa de mortalidade verifi cada em nível nacional não aconteceu no estado, que passou a apresentar valores superiores ao do país a partir de 1997.

No sexo feminino, ambas as taxas (Brasil e Santa Catarina) foram semelhantes e ascendentes até 1996, quando a taxa de mortalidade no Brasil começou a cair. Tal fato não ocorreu no estado, cujas taxas passa-ram a subir, com pequenas variações ao longo dos anos.

O declínio verifi cado a partir de 1996 nas taxas de mortalidade por AIDS em nível nacional pode ser atribuído ao início do tratamento com os anti-retrovirais, que propiciaram o aumento na sobrevida dos pacientes, transformando a AIDS em doença crônica de longa duração.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Segundo OLIVEIRA, que já havia notado o padrão ascendente, distin-to do restante do país, da mortalidade por AIDS em Santa Catarina, tem como possíveis causas, falhas no diagnóstico precoce, problemas de ade-são ao tratamento, esquemas de tratamento anti-retroviral e de profi laxia inadequados, difi culdade de acesso ao acompanhamento médico e carac-terísticas próprias das doenças oportunistas no estado de Santa Catarina.

Gráfi co 5. Taxa de mortalidade por AIDS segundo ano do óbito, sexo masculino, Brasil e Santa Catarina, 1986-2009

0,0

4,0

8,0

12,0

16,0

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.m

ort

./100.0

00

hab

.

SC Brasil

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Gráfi co 6. Taxa de mortalidade por AIDS, segundo ano do óbito, sexo feminino, Brasil e Santa Catarina, 1986-2009

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Ano

Tx.

mo

rt./100.0

00

hab

.

SC Brasil

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

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64

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Mortalidade segundo faixa etária

O comportamento apresentado pela mortalidade por AIDS, segundo faixa etária, difere nas populações masculina e feminina.

Entre 1996 e 2009, a faixa etária que mais se sobressai é a de 30 a 39 anos para ambos os sexos. Em segundo lugar tem-se o grupo etário de 40 a 49 anos, também entre os homens e as mulheres.

Na população masculina, observa-se uma redução nas taxas de mor-talidade por AIDS nos indivíduos com até 30 anos de idade quando se comparam os anos de 1996 e 2009 (taxa de mortalidade de 21,2/100.000 hab. em 1996 e 6,7/100.000 hab. em 2009).

O que difere em relação às mulheres é que, para esta parcela da população, a desaceleração da mortalidade por AIDS foi menor, de acordo com dados de 1996 (taxa de mortalidade 5,7/100.000 hab.) e 2009 (taxa de mortalidade 3,9/100.000 hab.).

Gráfi co 7. Taxa de mortalidade por AIDS segundo faixa etária, sexo masculino, Santa Catarina, 1996-2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

ano do óbito

Tx.

mo

rtali

dad

e/1

00.0

00

hab

.

0 a 9

10 a 19

20-29

30-39

40-49

50-59

60 e +

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

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65

O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 8. Taxa de mortalidade por AIDS segundo faixa etária, sexo feminino, Santa Catarina, 1996-2009

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

ano do óbito

Tx.

mo

rtali

dad

e/1

00.0

00

hab

.

0 a 9

10 a 19

20-29

30-39

40-49

50-59

60 e +

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Convém ressaltar que o uso de anti-retrovirais e a descentralização do atendimento aos pacientes em muito contribuiu para a diminuição da mortalidade por AIDS.

Mortalidade segundo regional de saúde de residência

Comparando-se com o ano de 2005, onde as regionais de saú-de de Itajaí e Florianópolis registraram taxas de mortalidade de 11.6 e 11.2/100.000 hab. respectivamente, observa-se signifi cativo aumento das mesmas no ano de 2009. Neste ano, a regional de Itajaí teve a mais alta taxa de mortalidade (24.2/100.000 hab.) e em segundo lugar, a regional de Laguna, com taxa de mortalidade de 17.7/100.000 hab. A regional de Florianópolis registrou taxa de 15.9/100.000 hab.

Contudo, se considerarmos os municípios que compõem cada regio-nal, encontramos presença expressiva de municípios de pequeno porte (menos de 10 mil habitantes) que, por sua vez, contribuíram para elevar a taxa de mortalidade da região.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 2. Taxa de mortalidade por AIDS segundo regional de residência, Santa Catarina, 2009

Regional de Saúde Óbitos Taxa mortalidade

Xanxerê 8 5,3

Videira 12 4,5

Concórdia 2 1,3

Rio do Sul 11 4,1

São Miguel do Oeste 2 1,1

Araranguá 9 5,1

Itajaí 124 24,2

Joaçaba 10 5,8

Blumenau 53 8,2

Chapecó 15 3,7

Mafra 4 1,8

Criciúma 53 14,6

Joinville 81 12,9

Tubarão 18 7,1

Lages 20 6,6

Canoinhas 4 3,0

Jaraguá do Sul 15 6,9

Florianópolis 153 15,9

Laguna 21 17,7

Total 615 10,1

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Mortalidade segundo município de residência

A partir de 1999 até os dias atuais, o número de óbitos por AIDS em Santa Catarina vem aumentando, sendo que o pico da mortalidade aconteceu em 2009, com 615 óbitos no estado (taxa de mortalidade de 10.1/100.000 hab.).

Elencamos os 15 municípios com maior número de casos de AIDS entre 1996 e 2009: Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Palhoça, São José e Tubarão. De um modo geral, estes municí-pios estiveram presentes entre os quinze municípios com maior número de casos da doença no decorrer dos anos, com pequenas variações.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 9. Taxa de mortalidade por AIDS, municípios selecionados, Santa Cata-rina, 2007

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

Cam

boriú

Itaja

í

Cric

iúm

a

Floria

nópolis

Pal

hoça

SãoJo

Bru

sque

Lages

Join

ville

Blu

men

au

Tubarão

Laguna

Jara

guádo

Sul

Bal

.Cam

boriú

Chap

ecó

município

Tx.

mo

rt./

100.0

00

hab

.

Tx. Mort. SC= 8,9/100.000 hab.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Gráfi co 10. Taxa de mortalidade por AIDS, municípios selecionados, Santa Ca-tarina, 2008

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

Itaja

í

Cam

boriú

SãoJo

Cric

iúm

a

Lagu

na

Palho

ça

Floria

nópo

lis

Tubar

ão

Blum

enau

Brusq

ue

Cha

pecó

Join

ville

Bal.C

ambo

riú

Lage

s

Jara

guá

doSul

município

Tx.m

ort

./100.0

00

hab

.

Tx. Mort. SC= 9,2/100.000 hab.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Gráfi co 11. Taxa de mortalidade por AIDS, municípios selecionados, Santa Ca-tarina, 2009

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Floria

nópolis

Join

ville

Itaja

í

Blu

men

au

SãoJo

Cric

iúm

a

Bal

.Cam

boriú

Lages

Bru

sque

Cam

boriú

Chap

ecó

Tubarão

Palhoça

Jara

guádo

Sul

Laguna

município

Tx.m

ort

./100.0

00

hab

.

Tx. Mort. SC= 10,1/100.000 hab.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Por questões didáticas, optamos por representar através de gráfi cos, apenas os três últimos anos do comportamento da mortalidade nos muni-cípios selecionados. No período citado, observa-se que alguns municípios apresentaram queda signifi cativa da taxa de mortalidade, como é o caso de Camboriú, que em 2007 ocupava o topo da lista, com taxa de mortalidade de 29,2/100.000 hab. e em 2009, registrou taxa de 20.8/100.000 hab.

Situação inversa também ocorreu: o município de Balneário Camboriú registrou em 2007, taxa de mortalidade de 5,9/100.000 hab. e em 2009, taxa de 20.6/100.000 habitantes.

Mortalidade segundo escolaridade

No período analisado (1996-2009), observa-se que 53% dos óbitos ocorreu entre indivíduos com baixa escolaridade (de 1 a 7 anos de es-tudo). Os adultos jovens e os de menor nível sócio econômico foram os mais afetados.

A análise da mortalidade revela que, até 1998, em ambos os sexos, os óbitos se concentravam em indivíduos nos extremos de escolaridade,

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

com aproximadamente 80% de analfabetos e 20% com 12 ou mais anos de estudo. A partir do ano 2000, os indivíduos com nenhuma escolaridade têm pouca representatividade. Entretanto, convém ressaltar que a variável “escolaridade” não é preenchida em boa parte das fi chas de investigação da doença.

Gráfi co 12. Mortalidade proporcional por AIDS segundo escolaridade, sexo mas-culino, Santa Catarina, 1996-2009

0

20

40

60

80

100

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado

12e+

8-11 anos

4-7 anos

1-3 anos

Nenhuma

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

Gráfi co 13. Mortalidade proporcional por AIDS segundo escolaridade, sexo femi-nino, Santa Catarina, 1996-2009

0

20

40

60

80

100

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Ignorado

12e+

8-11 anos

4-7 anos

1-3 anos

Nenhuma

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC - SIM/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE HIV EM GESTANTE SANTA

CATARINA, 1998 – 2009

Com o intuito de reduzir a transmissão materno-infantil do HIV, atra-vés de medidas terapêuticas (uso de antiretrovirais na gestação, parto e nas primeiras semanas de vida das crianças fi lhas de mulheres HIV positi-vas), o Ministério da Saúde instituiu uma série de medidas que vão desde o oferecimento do teste anti-HIV às gestantes e o subseqüente uso do antiretroviral (se necessário) até a notifi cação compulsória de gestantes HIV positivas e crianças expostas ao HIV, para todo o território nacional.

O estado de Santa Catarina notifi ca casos de HIV em gestante desde 1998 e, deste ano até 2009, foram notifi cadas 3614 gestantes (tabela 1).

Tabela 1. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas, segundo ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2009

Ano Nº

1998 45

1999 85

2000 190

2001 379

2002 457

2003 406

2004 425

2005 338

2006 253

2007 371

2008 367

2009 298

Total 3614

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Convém lembrar que, a cada gestação, é preenchida e digitada uma fi cha de notifi cação, podendo haver vários registros para a mesma mulher

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

(um registro a cada gestação).A faixa etária predominante das notifi cações de HIV em gestante é

a de 20 a 29 anos (57%), seguida da faixa etária de 30 a 39 anos (26%).A distribuição dos casos notifi cados segundo raça/cor (campos 11 ou

13 da fi cha de notifi cação) mostra que 79,2% do total de gestantes eram da raça/cor branca, no período estudado, refl etindo a composição étnica predominante no estado. Este campo encontra-se bem preenchido na fi -cha, com apenas 1,7% de ignorados/branco (tabela 2).

Tabela 2. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo raça/cor e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2009

Ano Ign/Branco Branca Preta Amarela Parda Indigena Total

1998 1 37 6 0 1 0 45

1999 1 70 7 0 7 0 85

2000 8 161 13 0 8 0 190

2001 8 320 31 1 19 0 379

2002 17 352 50 2 35 1 457

2003 4 305 52 3 42 0 406

2004 6 334 38 5 40 2 425

2005 8 253 30 1 41 5 338

2006 5 202 15 1 30 0 253

2007 1 295 32 1 39 3 371

2008 2 297 30 0 34 4 367

2009 1 231 29 1 35 1 298

Total 62 2857 333 15 331 16 3614

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Em relação à escolaridade, a maioria dos casos notifi cados apresen-ta escolaridade intermediária, sendo 36,2% com 8 a 11 anos de estudo e 33,5% com 4 a 7 anos de estudo (tabela 3). Observa-se aumento da proporção de casos de HIV em gestantes com escolaridade entre 8 a 11 anos em detrimento do grupo que tem 1 a 3 anos de estudo, onde as pro-porções apresentam sinais de queda. Os extremos da variável se fazem presentes: gestantes com nenhuma escolaridade (2%) e gestantes com 7 ou mais anos de estudo (4,8%).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 3. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo escolaridade e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2009

Ano Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 e + Não se Aplica Ign/Branco Total

1998 0 6 19 17 2 0 1 45

1999 0 20 36 22 3 0 4 85

2000 4 29 103 35 9 0 10 190

2001 4 98 161 77 11 0 28 379

2002 12 96 204 94 19 2 30 457

2003 10 72 174 102 19 0 29 406

2004 18 59 193 97 20 1 37 425

2005 11 42 127 101 26 1 30 338

2006 5 34 112 59 16 0 27 253

2007 4 40 34 252 15 0 26 371

2008 2 42 26 249 16 1 31 367

2009 3 35 20 203 18 0 19 298

Total 73 573 1209 1308 174 5 272 3614

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Categoria de exposição da Gestante/Parturiente/Puérpera Informações sobre a parceria sexual

No período analisado (1998 – 2006) observa-se que metade das ges-tantes HIV+ (49,6%) relatou como categoria de exposição, parceiro HIV+/AIDS. No entanto, o percentual de casos ignorados/branco ainda é signifi -cativo (19%) no período analisado.

Não dispomos de dados referentes ao parceiro sexual da gestante a partir de 2006, uma vez que a Ficha de Investigação da Gestante HIV (Sinan net) não tem o campo correspondente a esta variável.

Tabela 4. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Parceiro HIV+/AIDS” e ano de diagnóstico, Santa Cata-rina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 5 5 19 52 92 94 96 69 59 491

Sim 26 51 119 227 220 169 206 166 95 1279

Não 14 29 52 100 145 143 123 103 99 808

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

A freqüência de gestantes que relataram ter múltiplos parceiros vem se mantendo estável em todo o período analisado, tendo como média 48,8%. A qualidade da informação deste campo foi razoável, com 8,5% de ignorados.

Tabela 5. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Gestante com múltiplos parceiros” e ano de diagnósti-co, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 1 1 17 40 42 49 31 12 25 218

Sim 23 51 76 163 221 200 224 168 113 1239

Não 21 33 97 176 194 157 170 158 115 1121

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

A freqüência de gestantes que relataram ter parceiros que mantêm relações com homens e mulheres foi baixa (3,0% para o referido período). A qualidade da informação deste campo também foi razoável, com 11,7% de ignorados (tabela 6).

Tabela 6. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Gestante com parceiro que mantém relações sexuais com homens e mulheres” e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 2 6 20 52 56 63 48 31 23 301

Sim 0 2 2 7 17 17 17 11 4 77

Não 43 77 168 320 384 326 360 296 226 2200

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

A freqüência de gestantes que relataram ter parceiros que tem múl-tiplos parceiros foi a mais elevada (57,4% para todo o período). Esta foi a principal categoria de exposição relatada. A qualidade da informação deste campo também foi razoável, com 12,4% de ignorados (tabela 7).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 7. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Gestante com parceiro que tem múltiplos parceiros” e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 1 3 23 59 67 71 43 22 30 319

Sim 28 59 104 188 265 238 256 214 128 1480

Não 16 23 63 132 125 97 126 102 95 779

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

A freqüência de gestantes que informaram ter parceiros usuários de drogas injetáveis é pequena quando comparada com as demais catego-rias de exposição (16,8% para o período analisado). A qualidade da infor-mação deste campo foi razoável, com 12,0% de ignorados (tabela 8).

Tabela 8. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Gestante com parceiro usuário de drogas injetáveis” e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 2 3 22 64 61 60 49 27 21 309

Sim 17 25 32 71 72 66 73 55 23 434

Não 26 57 136 244 324 280 303 256 209 1835

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

A freqüência das gestantes que relataram serem, elas próprias, usu-árias de drogas injetáveis foi baixa, em relação às demais categorias de exposição (4,5%). A qualidade da informação deste campo foi muito boa, com apenas 4,8% de ignorados no total (tabela 9).

Tabela 9. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo categoria de exposição “Gestante usuária de drogas injetáveis” e ano de diag-nóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 1 1 9 27 24 24 20 12 8 126

Sim 3 6 12 23 24 16 20 8 4 116

Não 41 78 169 329 409 366 385 318 241 2336

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Um pequeno número de casos (27) foi identifi cado como tendo por fonte de infecção do HIV a transmissão vertical - mãe/fi lho corresponden-do a 1,0% do total, com boa qualidade da informação (3,6 de ignorados) (tabela 10).

Tabela 10. Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas, se-gundo categoria de exposição “Transmissão Vertical” (campo 31) e ano de diag-nóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 0 0 4 17 11 20 17 11 13 93

Sim 1 0 1 3 11 2 4 5 0 27

Não 20 43 71 163 206 186 198 191 167 1245

Não se aplica 24 42 114 196 229 198 206 131 73 1213

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Gráfi co 1. Distribuição dos casos de Aids por transmissão vertical segundo ca-racterísticas da parceria da mãe na categoria de exposição heterossexual e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

0

200

400

600

800

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Parc. Múltiplos Parc. HIV+/AIDS Parc.c/ múltiplos parc. Parc. Uso droga inj.

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Dados do Pré-Natal

Entre os anos de 1998 e 2009 constata-se que 86,6% das gestantes HIV+ realizaram o pré-natal. Em relação ao número de consultas durante a gravidez, dispomos de dados somente até 2006, pois esta variável não está presente na Ficha de Investigação da Gestante HIV (Sinan net). Por-tanto, no período compreendido entre 1998 e 2006, temos 2.578 gestantes HIV notifi cadas sendo que 2.274 realizaram o pré-natal (88%). Quanto ao número de consultas, 31% corresponde a 7 ou mais consultas, 25% - de 4 a 6 consultas e 9%, até 3 consultas. Entretanto, o percentual de casos sem preenchimento do campo para esta variável é alto (35%), interferindo assim na análise dos dados. Do total de casos com a variável “número de consultas no pré-natal” preenchida, os municípios de Florianópolis e Joinville apresentam o maior percentual de gestantes com no mínimo 7 consultas (12% cada um).

Com relação à evolução da gravidez, 59,5% foi de parto cesáreo e 28,3% foi de parto vaginal. No período em questão tem-se um percentual de 2,0% de aborto, sendo que a maior parte (68%) ocorreu em gestantes na faixa etária de 20 a 34 anos.

O número de casos ignorados/branco é signifi cativo (9,4%) no mesmo período.Tabela 11. Distribuição dos casos de gestante HIV+ segundo evolução da gravi-dez e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2009

Ign/BrancoAno Parto Vaginal Parto Cesario Aborto Não se aplica Total

1998 1 11 32 1 0 45

1999 3 17 61 4 0 85

2000 9 53 122 6 0 190

2001 15 128 231 5 0 379

2002 31 141 277 8 0 457

2003 30 112 257 7 0 406

2004 36 117 267 5 0 425

2005 26 92 214 6 0 338

2006 27 70 153 3 0 253

2007 41 96 224 6 4 371

2008 58 111 173 15 10 367

2009 64 76 141 10 7 298

Total 341 1024 2152 76 21 3614

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

A informação sobre a idade gestacional (em semanas) da 1ª consulta de pré-natal foi calculada para as gestantes que fi zeram o pré-natal entre os anos de 1998 e 2006, pois de 2007 em diante este dado não está con-templado na Ficha de Investigação da Gestante HIV.

No período de 1998 a 2006, 2574 gestantes HIV+ realizaram a 1ª consulta de pré-natal. Entre elas, verifi cou-se que a maioria iniciou o pré-natal no 2º trimestre, com idade gestacional entre 15 e 28 semanas (39% do total). No 1º trimestre, com idade gestacional entre 15 e 28 semanas, temos 31,2%; apenas 7,7% fi zeram a 1ª consulta no 3º trimestre (acima de 28 semanas de gestação).

Contudo, a qualidade de informação deste dado deixa a desejar (24% de ignorados). Entre estas gestantes estão presentes 57,7% do total de abortos ocorridos no período citado.Tabela 12. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas, segun-do idade gestacional (em semanas) da 1ª consulta de pré-natal (campo 35) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº

1998 16 2,3 13 1,3 3 1,2 13 2,1 45

1999 30 4,2 35 3,5 2 0,8 18 2,9 85

2000 63 8,9 71 7,1 21 8,5 33 5,4 188

2001 114 16,1 134 13,4 35 14,2 95 15,4 378

2002 136 19,2 192 19,2 40 16,2 88 14,3 456

2003 99 14,0 150 15,0 50 20,2 107 17,4 406

2004 104 14,7 167 16,7 51 20,6 102 16,6 424

2005 87 12,3 135 13,5 20 8,1 97 15,7 339

2006 60 8,5 105 10,5 25 10,1 63 10,2 253

Total 709 100,0 1002 100,0 247 100,0 616 100,0 2574

ign/branco0 a 14Ano

15 a 28 acima de 28

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Entre as gestantes HIV+ notifi cadas no período de 1998 a 2006, foram diagnosticadas 32,5% como caso confi rmado de AIDS. Este percentual teve um aumento signifi cativo entre os anos 2001 a 2004 e, a partir de 2005, observa-se declínio do mesmo.

O percentual de ignorados para esta informação foi baixo (4,4% do total) (tabela 13).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 13. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do caso confi rmado de AIDS (campo 37) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998 – 2006

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Total

Ign/Branco 1 2 5 15 14 28 21 14 15 115

Sim 23 49 67 137 166 131 107 98 61 839

Não 21 34 118 227 277 247 297 226 177 1624

Total 45 85 190 379 457 406 425 338 253 2578

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Entre os anos de 1998 e 2006, observa-se aumento signifi cativo dos casos de gestante HIV+ em tratamento com antirretrovirais no decorrer dos anos, exceto em 2006, correspondendo a 34,6% para todo o período. A qualidade da informação deste campo foi boa, com apenas 4,6% de ignorados.

Para os anos de 2007, 2008 e 2009 não dispomos deste dado na Ficha de Notifi cação da Gestante HIV; existe apenas um campo para “uso de antirretrovirais para profi laxia” (campo 38, Sinan net). Neste período a situação manteve-se estável, porém em um patamar mais elevado que nos anos anteriores (81,7% do total). O percentual de ignorados neste campo foi de 7% (tabelas 14 e 15).Tabela 14. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do uso de antirretrovirais para tratamento (campo 38, Sinan W) e ano de diag-nóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Total

Nº % Nº % Nº % Nº

1998 18 2,0 25 1,6 2 1,7 45

1999 46 5,1 35 2,2 4 3,4 85

2000 72 8,1 113 7,2 5 4,2 190

2001 141 15,8 222 14,2 16 13,4 379

2002 179 20,0 262 16,7 16 13,4 457

2003 136 15,2 242 15,5 28 23,5 406

2004 121 13,5 287 18,3 17 14,3 425

2005 110 12,3 216 13,8 12 10,1 338

2006 71 7,9 163 10,4 19 16,0 253

Total 894 34,7 1565 60,7 119 4,6 2578

SimAno

Não ign/branco

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 15. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do uso de antirretrovirais para profi laxia (campo 38, Sinan net) e ano de diag-nóstico, Santa Catarina, 2007-2009

Total

Nº % Nº % Nº % Nº

2007 309 34,4 44 35,8 26 33,8 379

2008 305 34,0 42 34,1 25 32,5 372

2009 284 31,6 37 30,1 26 33,8 347

Total 898 81,8 123 11,2 77 7,0 1098

SimAno

Não ign/branco

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Em relação à idade gestacional de início da profi laxia com antirretrovi-rais, 45,5% das gestantes iniciaram a mesma no 2º trimestre (15 a 28 se-manas) e 16,9% iniciaram no 1º trimestre (0 a 14 semanas). O percentual de ignorados neste campo foi de 26,3%, refl etindo assim na qualidade da informação (tabela 16).

Não dispomos destes dados referentes aos anos de 2007, 2008 e 2009, uma vez que o referido campo não está presente na Ficha de Inves-tigação da Gestante HIV.

Tabela 16. Distribuição dos casos de gestantes HIV+ e crianças expostas se-gundo idade gestacional de início da profi laxia com ARV (campo 39) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

TotalAno

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº

1998 16 3,7 17 1,4 2 0,7 10 1,5 45

1999 18 4,1 30 2,6 2 0,7 35 5,2 85

2000 47 10,7 80 6,8 16 5,6 47 6,9 190

2001 69 15,8 158 13,5 58 20,2 94 13,8 379

2002 72 16,4 216 18,4 51 17,8 118 17,4 457

2003 57 13,0 180 15,3 50 17,4 119 17,5 406

2004 68 15,5 197 16,8 55 19,2 105 15,5 425

2005 56 12,8 178 15,2 19 6,6 85 12,5 338

2006 35 8,0 118 10,1 34 11,8 66 9,7 253

Total 438 17,0 1174 45,5 287 11,1 679 26,3 2578

0 a 14 15 a 28 acima de 28 ign/branco

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

De um total de 2578 gestantes HIV+ notifi cadas entre 1998 e 2006, um percentual bastante signifi cativo (60,7%) não fez uso de antirretrovirais como tratamento. O alto percentual de ignorados neste campo (em torno de 90%) inviabiliza a análise dos motivos pelos quais estas gestantes não usaram os antirretrovirais (campo 40).

Dados do Parto

Os dados levantados referem-se ao período de 1998 a 2006 (fonte Sinan W). De 2007 em diante, o campo “Idade gestacional” no momento do parto inexiste na Ficha de Investigação da Gestante HIV.

A maior parte dos nascimentos ocorreu em gestações a termo (37 a 41 semanas de gestação), correspondendo a 74,4% do total; 10,4% foram prematuros (32 a 36 semanas de gestação) e 2,4%, extremamente prema-turos (31 semanas ou menos de idade gestacional).

Apenas 1,3% dos nascimentos ocorreram no período pós-termo (42 ou mais semanas de gestação).

A qualidade da informação deste campo deixa a desejar, com um per-centual de 11,3% de casos ignorados para o período avaliado (1998-2006).

Tabela 17. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do idade gestacional (em semanas) no momento do parto (campo 44) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Total

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº

1998 0 7 2,6 33 1,7 1 2,9 4 1,4 45

1999 0 10 3,7 63 3,3 1 2,9 11 3,8 85

2000 6 9,5 25 9,3 142 7,4 0 17 5,8 190

2001 11 17,5 41 15,2 280 14,6 7 20,6 40 13,7 379

2002 14 22,2 52 19,3 335 17,4 10 29,4 46 15,8 457

2003 8 12,7 41 15,2 310 16,1 5 14,7 42 14,4 406

2004 7 11,1 34 12,6 327 17,0 8 23,5 49 16,8 425

2005 9 14,3 37 13,8 251 13,1 1 2,9 40 13,7 338

2006 8 12,7 22 8,2 179 9,3 1 2,9 43 14,7 253

Total 63 2,4 269 10,4 1920 74,5 34 1,3 292 11,3 2578

32 a 36 37 a 41 ign/branco42 ou +até 31Ano

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Entre os anos de 1998 a 2009 observa-se que a maioria das gestan-tes realizou pré-natal (86,6% do total) segundo dados coletados da Ficha de Investigação da Gestante HIV. O número de casos ignorados/branco diminuiu consideravelmente a partir de 2006, perfazendo 5,3% do total de casos no período citado.

Quanto ao número de consultas durante a gestação (dados dispo-níveis somente no período de 1998 e 2006), observa-se que somente 29,2% das gestantes realizaram o número mínimo preconizado que é de 7 consultas, pelo menos; um percentual bem próximo à este (22,8%) de gestantes realizou de 4 a 6 consultas e, fi nalmente, 9% das gestantes fez até 3 consultas durante o pré-natal. Por outro lado, algo em torno de 8% das gestantes realizou mais de 10 consultas durante a gestação.

A qualidade da informação deste campo foi péssima, com 39% de ignorados para o período de 1998-2006.

Tabela 18. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do número de consultas de pré-natal (campo 46) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 3 1,5 5 1,0 14 2,1 6 0,7

1999 7 3,6 16 3,1 24 3,6 7 0,8

2000 22 11,3 53 10,2 46 6,9 6 0,7

2001 36 18,5 99 19,1 87 13,1 89 10,0

2002 34 17,4 92 17,8 115 17,3 168 18,9

2003 31 15,9 70 13,5 111 16,7 169 19,0

2004 29 14,9 81 15,6 98 14,8 188 21,1

2005 24 12,3 61 11,8 107 16,1 127 14,3

2006 16 8,2 41 7,9 62 9,3 130 14,6

Total 202 103,6 518 100,0 664 100,0 890 100,0

até 3 4 a 6 7 ou + ign/brAno

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Em relação ao tempo total de uso de profi laxia com antirretroviral oral (em semanas), 26,2% das gestantes o utilizaram durante 11 a 20 semanas e 33,9% o fi zeram por mais de 20 semanas. Apenas 7,8% utilizaram a profi laxia por 1 a 10 semanas. O percentual de campos sem informação é bastante signifi cativo (32,1%), interferindo na análise dos dados.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 19. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do tempo total de uso de profi laxia com antirretroviral oral (em semanas) (cam-po 49) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Total

Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 1 0,5 11 1,6 27 3,1 6 0,7 45

1999 0 0,0 8 1,2 55 6,3 22 2,7 85

2000 16 7,9 50 7,4 76 8,7 48 5,8 190

2001 43 21,2 85 12,6 133 15,2 118 14,3 379

2002 37 18,2 124 18,4 153 17,5 143 17,3 457

2003 40 19,7 112 16,6 120 13,7 134 16,2 406

2004 33 16,3 123 18,2 124 14,2 145 17,5 425

2005 17 8,4 90 13,3 115 13,2 116 14,0 338

2006 16 7,9 72 10,7 70 8,0 95 11,5 253

Total 203 7,9 675 26,2 873 33,9 827 32,1 2578

1 a 10Ano

11 a 20 mais de 20 ign/branco

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Quanto à evolução da gravidez, a maioria evoluiu para cesárea (53,8%), 33,6% foram partos vaginais e apenas 2,0% das gestações ter-minaram em aborto. Das gestantes que abortaram, 68% pertencem ao grupo etário de 20 a 34 anos.

O percentual de casos sem informação neste campo é signifi cativo (9,8%) (tabela 20).Tabela 20. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do evolução da gravidez (campos 51-Sinan W e 46-Sinan net) e ano de diagnós-tico, Santa Catarina, 1998-2009

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 11 0,9 32 1,6 1 1,3 0 1 0,3 45

1999 17 1,4 61 3,1 4 5,3 0 3 0,8 85

2000 53 4,2 122 6,1 6 7,9 0 9 2,5 190

2001 128 10,2 231 11,6 5 6,6 0 15 4,1 379

2002 141 11,3 277 13,9 8 10,5 0 31 8,5 457

2003 112 9,0 257 12,9 7 9,2 0 30 8,2 406

2004 117 9,4 267 13,4 5 6,6 0 36 9,9 425

2005 92 7,4 214 10,7 6 7,9 0 26 7,1 338

2006 296 23,7 0 0,0 3 3,9 0 50 13,7 349

2007 96 7,7 224 11,2 6 7,9 4 19,0 41 11,3 371

2008 111 8,9 173 8,7 15 19,7 10 47,6 58 15,9 367

2009 76 6,1 141 7,1 10 13,2 7 33,3 64 17,6 298

Parto CesarioParto VaginalAno

Aborto Não se aplica Ign/Branco

Total

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Em relação ao uso de antirretroviral durante o parto, a maioria rece-beu a profi laxia (78,1% do total). O percentual de casos sem informação

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

neste campo aumentou de modo signifi cativo a partir de 2008, com 11,1% do total informado (campos 53-Sinan W e 45-Sinan net).Tabela 21. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo uso de antirretroviral durante o parto e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2009

Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 40 1,4 3 0,8 0 0,0 2 0,5 45

1999 73 2,6 6 1,7 2 8,0 4 1,0 85

2000 153 5,4 20 5,5 3 12,0 14 3,5 190

2001 321 11,4 32 8,8 6 24,0 20 5,0 379

2002 359 12,7 52 14,4 7 28,0 39 9,7 457

2003 324 11,5 42 11,6 3 12,0 37 9,2 406

2004 341 12,1 41 11,3 2 8,0 41 10,2 425

2005 269 9,5 37 10,2 2 8,0 30 7,4 338

2006 194 6,9 24 6,6 0 0,0 35 8,7 253

2007 303 10,7 38 10,5 0 0,0 30 7,4 371

2008 266 9,4 37 10,2 0 0,0 64 15,9 367

2009 181 6,4 30 8,3 0 0,0 87 21,6 298

Total 2824 78,1 362 10,0 25 0,7 403 11,2 3614

Total

SimAno

Não Não se aplica Ign/Branco

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

A freqüência de óbito materno foi baixa (0,6% do total) entre os anos de 1998 a 2006. De 2007 em diante, este dado não está presente na Ficha de Investigação da Gestante HIV+. O percentual de casos ignorados vem mantendo-se estável à partir de 2002, com uma média de 33 casos/ano de 2002 a 2009.Tabela 22. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do óbito materno (campo 54) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Nº % Nº % Nº %

1998 0 0,0 43 1,8 2 1,0 45

1999 1 5,6 79 3,4 5 2,4 85

2000 1 5,6 181 7,7 8 3,8 190

2001 5 27,8 347 14,8 27 12,9 379

2002 5 27,8 420 17,9 32 15,3 457

2003 1 5,6 373 15,9 32 15,3 406

2004 2 11,1 385 16,4 38 18,2 425

2005 2 11,1 306 13,0 30 14,4 338

2006 1 5,6 217 9,2 35 16,7 253

Total 18 0,7 2351 91,2 209 8,1 2578

SimAno

Não Ign/branco

Total

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Para a maioria dos casos, a criança nasceu viva (86,4% do total), sendo baixa a freqüência de natimortos (1,9% do total).

Os casos ignorados aumentaram no decorrer dos anos, sendo o ano de 2009 o que apresentou maior percentual (21,6%). No período compre-endido entre 1998-2009, este percentual foi de 10,9% (campos 55-Sinan W e 46 – Sinan net).

Tabela 23. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do informação sobre o estado vital da criança ao nascimento e ano de diagnós-tico, Santa Catarina, 1998-2009

NºAno % Nº % Nº % Nº %

1998 43 1,4 0 0,0 0 0,0 2 0,5 45

1999 78 2,5 0 0,0 3 12,0 4 1,0 85

2000 175 5,6 4 6,0 2 8,0 9 2,3 190

2001 351 11,3 9 13,4 6 24,0 13 3,3 379

2002 410 13,2 11 16,4 4 16,0 32 8,1 457

2003 365 11,8 5 7,5 4 16,0 32 8,1 406

2004 380 12,3 6 9,0 2 8,0 37 9,4 425

2005 302 9,7 6 9,0 2 8,0 28 7,1 338

2006 210 6,8 5 7,5 0 0,0 38 9,7 253

2007 309 10,0 3 4,5 1 4,0 52 13,2 365

2008 281 9,1 10 14,9 0 0,0 61 15,5 352

2009 194 6,3 8 11,9 1 4,0 85 21,6 288

Total 3098 86,5 67 1,9 25 0,7 393 11,0 3583

Total

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

O início da profi laxia com antirretroviral na criança ocorreu nas pri-meiras 24h após o nascimento, na maioria dos casos (81,5%). Este cam-po apresenta signifi cativo percentual de ignorados em todo o período (12,5%), sendo que o ano de 2009 registra o maior deles (19,2%).

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 24. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do início da profi laxia com antirretroviral na criança (em horas) após o nasci-mento e ano do diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2009

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 39 1,3 1 2,4 1 0,9 2 3,3 2 0,4 45

1999 75 2,6 1 2,4 1 0,9 2 3,3 6 1,3 85

2000 162 5,5 2 4,8 7 6,4 5 8,2 14 3,1 190

2001 339 11,6 5 11,9 7 6,4 10 16,4 18 4,0 379

2002 373 12,8 7 16,7 19 17,4 15 24,6 43 9,6 457

2003 347 11,9 7 16,7 11 10,1 5 8,2 36 8,0 406

2004 356 12,2 7 16,7 10 9,2 6 9,8 46 10,2 425

2005 294 10,1 4 9,5 9 8,3 3 4,9 28 6,2 338

2006 197 6,7 4 9,5 7 6,4 4 6,6 41 9,1 253

2007 289 9,9 2 4,8 8 7,3 3 4,9 63 14,0 365

2008 262 9,0 2 4,8 20 18,3 2 3,3 66 14,7 352

2009 189 6,5 0 0,0 9 8,3 4 6,6 86 19,2 288

Total 2922 100,0 42 100,0 109 100,0 61 100,0 449 100,0 3583

Nas primeiras 24h Após 24h do nascimento Não se aplica Não realizado Ign/BrancoTotalAno

Fonte: GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Dados da criança (1998-2006)

Os dados descritos a seguir não estão disponíveis na Ficha de Inves-tigação a partir de 2007.

A maioria das crianças (85,8% do total) não recebeu aleitamento ma-terno conforme preconizado para evitar a transmissão do HIV no período pós-parto. O percentual de casos ignorados vem aumentando com o pas-sar dos anos, chegando a 11,4% para o período citado.

Tabela 25. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo aleitamento materno (campo 64) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Nº % Nº % Nº %

1998 0 0,0 2 0,1 0 0,0 2

1999 0 0,0 3 0,1 0 0,0 3

2000 5 6,9 77 3,5 4 1,4 86

2001 6 8,3 270 12,2 19 6,5 295

2002 19 26,4 346 15,6 42 14,3 407

2003 11 15,3 356 16,1 40 13,6 407

2004 12 16,7 395 17,9 56 19,0 463

2005 8 11,1 392 17,7 56 19,0 456

2006 11 15,3 371 16,8 77 26,2 459

Total 72 2,8 2212 85,8 294 11,4 2578

TotalSim Não Ign/Branco

Ano

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

O tempo total de uso de profi laxia com antirretroviral oral na criança, em semanas, foi de 6 semanas para 65,9% do total. Um pequeno percen-tual de crianças recebeu profi laxia por menos de 3 semanas (3,4%) ou 3 a 5 semanas (8,4%) e apenas 3,2% das crianças não receberam profi laxia.

Quanto aos casos ignorados, observa-se aumento signifi cativo a partir de 2001, sendo que o ano de 2006 registrou o maior percentual de casos sem informação (29,2%). Entre os anos de 1998 e 2006 este percentual fi cou em 19,0% (tabela 26).Tabela 26. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do tempo total de uso de profi laxia com antirretroviral (semanas) (campo 68) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 0 0,0 0 0,0 2 0,1 0 0,0 0 0,0 2

1999 0 0,0 0 0,0 3 0,2 0 0,0 0 0,0 3

2000 2 2,3 4 1,9 69 4,1 6 7,1 5 1,0 86

2001 11 12,5 30 13,9 220 12,9 8 9,5 26 5,3 295

2002 10 11,4 29 13,4 280 16,5 19 22,6 69 14,1 407

2003 15 17,0 63 29,2 239 14,1 17 20,2 73 14,9 407

2004 12 13,6 29 13,4 324 19,1 14 16,7 84 17,1 463

2005 22 25,0 38 17,6 296 17,4 10 11,9 90 18,3 456

2006 16 18,2 23 10,6 266 15,7 10 11,9 144 29,3 459

Total 88 3,4 216 8,4 1699 65,9 84 3,3 491 19,0 2578

Ign/BrancoTotal

Menos de 3 De 3 a 5 6 semanas Não usouAno

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Os dados laboratoriais revelam que 74,6% das crianças realizaram o exame da primeira carga viral, 61,2% realizaram o segundo exame de carga viral e apenas 18,8% realizaram o terceiro exame.

A qualidade da informação deste campo pode ser considerada precária, com 20,0% de ignorados para a primeira carga viral, 29,5% de ignorados para a segunda carga viral e 63,6% de ignorados para a terceira (tabela 27).Tabela 27. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segundo exame de carga viral na criança (campos 70, 71 e 72), Santa Catarina, 1998 – 2006

Nº % Nº % Nº %

Carga Viral (1ª) 1923 74,6 140 5,4 515 20,0 2578

Carga Viral (2ª) 1579 61,2 239 9,3 760 29,5 2578

Carga Viral (3ª) 484 18,8 455 17,6 1639 63,6 2578

Total

Sim Não Ign/Branco

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Na avaliação do resultado do exame de carga viral na criança consta-ta-se baixo percentual nos casos em que o HIV foi detectável: 12,6% dos casos que realizaram a primeira carga viral, 8,5% dos que realizaram a segunda carga viral e somente 3,1% dos que fi zeram a terceira carga viral.

Para os casos em que o HIV foi indetectável, temos a maioria entre aqueles que realizaram o primeiro e o segundo exames de carga viral. Um percentual baixo (15,5%) corresponde às crianças que realizaram o tercei-ro exame de carga viral. Convém ressaltar que, neste terceiro exame, o percentual de casos sem informação foi o mais alto das 3 etapas (81,4%). Estes valores aumentaram entre o primeiro e o terceiro exames de carga viral, denotando a baixa qualidade do preenchimento do campo, o que vem a prejudicar a análise dos dados (tabela 28).

Tabela 28. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do resultado da carga viral na criança (campos 70, 71 e 72), Santa Catarina, 1998 – 2006

Nº % Nº % Nº %

Carga Viral (1ª) 324 12,6 1570 60,9 684 26,5 2578

Carga Viral (2ª) 220 8,5 1343 52,1 1015 39,4 2578

Carga Viral (3ª) 80 3,1 400 15,5 2098 81,4 2578

Detectável Indetectável Ign/Branco

Total

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

De acordo com a tabela 29 – referente ao exame da sorologia anti-HIV aos 24 meses, observa-se que apenas 2,4% dos resultados foram reagentes. Contudo, este dado está sujeito à revisão, uma vez que o percentual de casos sem informação é bastante signifi cativa (27,5% para todo o período). Este percentual vem aumentando com o passar dos anos, indicando a baixa qualidade do preenchimento do referido campo na fi cha de investigação.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 29. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas segun-do sorologia anti-HIV aos 24 meses (campo 73), Santa Catarina, 1998-2006

NºAno

% Nº % Nº % Nº %

1998 0 0,0 1 0,1 1 0,7 0 0,0 2

1999 0 0,0 3 0,2 0 0,0 0 0,0 3

2000 6 9,5 60 3,6 5 3,3 15 2,1 86

2001 6 9,5 225 13,6 16 10,5 48 6,8 295

2002 12 19,0 280 16,9 19 12,5 96 13,5 407

2003 10 15,9 279 16,9 13 8,6 105 14,8 407

2004 13 20,6 315 19,0 22 14,5 113 15,9 463

2005 8 12,7 286 17,3 33 21,7 129 18,2 456

2006 8 12,7 205 12,4 43 28,3 203 28,6 459

Total 63 2,4 1654 64,2 152 5,9 709 27,5 2578

Total

Reagente Não Reagente Não realizado Ign/Branco

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

Os dados sobre o encerramento do caso também mostram um baixo percentual de crianças infectadas (3,6% do total). Entretanto, 2,5% dos casos ainda estão classifi cados como “em andamento”, sendo a maior parte dos mesmos no ano de 2006.

O percentual de casos sem informação para este campo é signifi cati-vo (10,7% para o período) (tabela 30).

Tabela 30. Distribuição dos casos de gestante HIV+ e crianças expostas se-gundo encerramento do caso (campo 74) e ano de diagnóstico, Santa Catarina, 1998-2006

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1998 0 0,0 2 0,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 2

1999 0 0,0 3 0,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3

2000 7 7,5 68 3,7 1 8,3 4 1,9 2 2,2 0 0,0 4 1,4 86

2001 9 9,7 239 13,1 4 33,3 28 13,3 8 8,7 1 1,5 6 2,2 295

2002 13 14,0 311 17,0 2 16,7 53 25,2 19 20,7 2 3,1 7 2,5 407

2003 18 19,4 290 15,9 1 8,3 38 18,1 13 14,1 12 18,5 35 12,6 407

2004 19 20,4 337 18,4 0 0,0 31 14,8 19 20,7 4 6,2 53 19,1 463

2005 13 14,0 324 17,7 1 8,3 32 15,2 14 15,2 10 15,4 62 22,4 456

2006 14 15,1 255 13,9 3 25,0 24 11,4 17 18,5 36 55,4 110 39,7 459

Total 93 3,6 1829 70,9 12 0,5 210 8,1 92 3,6 65 2,5 277 10,7 2578

Total

Em andamentoÓbito Ign/BrancoInfectadaAno

Não infectada Indeterminada Perda de seguimento

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

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Do total de óbitos ocorridos nestas crianças, 3,6% tiveram a causa do óbito relacionada à Aids. Entretanto, este percentual está sujeito à al-terações, uma vez que o número de casos ignorados para este campo, bem como o número de casos “em andamento” tem representatividade no período avaliado.

A taxa de letalidade destas crianças vem apresentando aumento des-de o ano de 2000, com taxas variando de 3.1 a 4.7%.

A transmissão vertical do HIV constitui grave problema de saúde pú-blica que pode ser reduzido através do diagnóstico precoce da gestante. Investir na melhoria da qualidade de assistência do pré-natal, com ampla informação acerca da doença e da importância do seguimento ambula-torial da criança conforme preconizado é essencial para a obtenção do resultado esperado.

Gráfi co 1. Casos de AIDS por transmissão vertical (TV) segundo ano de diagnós-tico, Santa Catarina, 1998-2009

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

ano

caso

s

TV: 74,4% de queda no período

de 1998 a 2009

Fonte : GE-DST/AIDS/SINAN/DIVE/SES/SC

O estado de Santa Catarina conseguiu reduzir em 74% o número de casos de transmissão vertical entre os anos de 1998 e 2009 (gráfi co 1).

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REFERÊNCIAS

PEIXOTO, H. (2002). O Sistema de Informação sobre Mortalidade e o padrão de mortalidade por AIDS em Santa Catarina: limites e possi-bilidades de análise. Relatório, Coordenação Estadual de DST/AIDS, SES/SC.

OLIVEIRA, O. V. (2001) Situação epidemiológica da aids em Santa Cata-rina. Boletim Epidemiológico DST/AIDS, Florianópolis, Nº 1, jan-out, 2001.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional DST e AIDS. Critérios de defi nição de casos de AIDS em adultos e crianças, Brasil, 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epi-demiológico – AIDS e DST. Brasília (DF): 2005:2(1).

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Vigilância do HIV no Brasil, Novas Diretrizes. Brasília (DF), 2002.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráfi cos e tabelas do tópico: O Perfi l da Epidemia de Aids no Estado de Santa Ca-tarina (1984 a 2009) foram extraídos dos bancos de dados do SINANW - Sistema de Informações de Agravos de Notifi cação.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráfi cos e ta-belas do tópico: O Perfi l da Mortalidade por Aids em Santa Catarina (1986 a 2009) foram extraídos dos bancos de dados do SIM – Sistema de Infor-mações de Mortalidade e IBGE.

Todos os dados utilizados como fonte na elaboração dos gráfi cos e tabelas do tópico: O Perfi l Epidemiológico dos casos de HIV notifi cados

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em gestantes no Estado de Santa Catarina (1984 a 2009) foram extraídos dos bancos de dados do SINANW e SINAN-net - Sistema de Informações de Agravos de Notifi cação.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tendência da transmissão vertical da AIDS após terapia anti-retroviral no Estado de Santa

Catarina de 1994 a 2006.

Maternal-infant vertical transmission of AIDS trends after antiretroviral therapy in Santa Catarina state from 1994 to

2006.

Mariana FurtadoEnfermeira Consultora da Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde, Florianópolis/SC, Brasil.Karen Glazer PeresProfessora Doutora em Saúde Pública, Departamento de Saúde Pública, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis-SC, Brasil.Endereço para correspondência:Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria do Estado da Saúde, Rua Felipe Schimdt, 774, Ed. Montreal – Térreo CEP: 88010-002. E-mail: [email protected] e [email protected]

Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever a transmissão de casos de AIDS em criança ocorri-dos no Estado de Santa Catarina (SC), entre 1994 e 2006. Crianças menores de 13 anos de idade notifi cadas devido à transmissão vertical foram consideradas como casos. Foram calculados os casos esperados para os anos de 1997 a 2006, através da média das taxas de incidência de 1994 a 1996. Os casos observados e esperados foram comparados, após a introdução da terapia anti-retroviral (1996). Utilizou-se o método Prais Wistein para anali-sar a tendência temporal das taxas de incidência. Observou-se tendência decrescente dos casos após 1997 em SC e macro-regiões, exceto na macro-região Nordeste. A redução no Estado variou de 11% em 1997 atingindo 96% em 2006. A tendência anual variou, em média, 26,3% ao ano. As medidas profi láticas adotadas apresentaram um impacto positivo no controle dos casos de AIDS em criança por transmissão vertical.

Palavras-chave: Síndrome de imunodefi ciência adquirida, transmissão vertical HIV, profi -laxia, anti-retroviral, tendência temporal.

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Sumary

The aim of this study was to describe the transmission of AIDS in children from Santa Ca-tarina (SC) state between 1994 and 2006. Children under 13 years old who were confi rmed with AIDS due vertical transmission were considered as cases. Expected number of cases from 1997 to 2006 was calculated, using mean incidence rates between 1994 and 1996. The numbers of expected and observed cases were compared after antiretroviral therapy introduction (1996). The Prais-Winsten generalized linear regression analysis was perfor-med to calculate the annual trends in incidence rates. Incidence rates showed a decrease in all years analyzed after 1997 in SC as a whole and its macro-regions, except in Northeast Region. The mean annual incidence rates decreased from 11.0% in 1997 achieving 96% in 2006. The mean annual incidence rate decreases was 26.3%. The fi ndings suggest that the prophylactic therapy had positive impact on incidence of AIDS in children.

Key words: Acquired immunodefi ciency syndrome, Disease transmission, vertical, trends, prophylaxis.

Introdução

A identifi cação, em 1981, da síndrome do HIV/AIDS tornou-se um marco na história da humanidade. Destacando-a como, uma das enfer-midades infecciosas emergentes pela grande magnitude e extensão dos danos causados a população, desde a sua origem. Através das suas ca-racterísticas e repercussões tem sido exaustivamente discutida pela co-munidade científi ca e pela sociedade em geral.

Como resultado de profundas desigualdades da sociedade brasileira, a propagação da infecção pelo HIV revela epidemia de múltiplas dimen-sões que vem sofrendo transformações signifi cativas em seu perfi l epi-demiológico. A freqüência de casos de AIDS entre as mulheres cresceu consideravelmente quando a transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão. A razão de sexo entre indivíduos com AIDS no Brasil passou de 28 homens para 1 mulher em 1985 para 2 homens para 1 mulher em 2000, isto é, a feminização da epidemia da AIDS1. A feminização da AIDS é um refl exo do comportamento sócio-sexual da po-

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pulação associado ao aspecto de vulnerabilidade e gênero2.Sendo as mulheres mais susceptíveis às doenças sexualmente trans-

missíveis que os homens, a incidência da transmissão vertical do vírus HIV é preocupante e requer atenção especial, principalmente àquelas em idade fértil que têm sido alvo desta transmissão, e que tem contribuído de forma assustadora para o crescimento do número de casos de AIDS em indivíduos menores de 13 anos de idade, em todo o mundo, idade esta considerada como AIDS em criança, para fi ns de vigilância epidemioló-gica3.

No Brasil, em torno de 84% dos casos de AIDS pediátrica é decorren-te da transmissão vertical4. A transmissão vertical é a passagem do vírus do HIV da mãe para o concepto, que pode acontecer na gestação (intra-útero), no parto e através da amamentação. A transmissão vertical do HIV tornou-se passível de prevenção a partir de 1994, com a publicação dos resultados do estudo multicêntrico do Protocolo 076 do AIDS Clinical Trial Group (ACTG 076), destacando uma redução de 67,5% do risco de trans-missão vertical, através da profi laxia anti-retroviral pela mãe durante a gestação (Zidovudina – AZT comprimidos), no parto (AZT injetável) e pelo recém nascido (AZT oral) durante as duas primeiras horas de vida, asso-ciado a não amamentação5. Com base nas evidências comprovadas, no mesmo ano, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou a recomendação para uso do AZT pelas mulheres HIV positivas durante o segundo e terceiro trimestre de gestação, no parto e pelo recém-nascido exposto6.

Sem qualquer intervenção, a transmissão vertical mantém-se em tor-no de 25,5%, variando de acordo com o período da gestação. O principal risco de transmissão ocorre durante o trabalho de parto e no parto propria-mente dito, correspondendo 65% de risco, fi cando o restante do risco no período intra-útero, principalmente nas últimas semanas de gestação. Por meio de intervenções preventivas, tais como: o uso de anti-retrovirais, na gestação, parto e recém nascido e a não amamentação esta transmissão

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pode chegar a 2%6.No Brasil, decorrente do crescimento da epidemia na população fe-

minina, o Ministério da Saúde, publicou, em 1995, uma norma específi ca sobre a prevenção da transmissão vertical, estabelecendo como uma das prioridades pelo Programa Nacional de DST/AIDS7.

As condutas indicadas para a redução da transmissão vertical foram implementadas gradualmente na rede pública brasileira conforme seguin-te ordem: 1) até 1994, possuía o AZT na rede pública, porém ainda não se utilizava como estratégia de prevenção e a amamentação era contra-indicada; 2) 1995 a 1996, uso do AZT pela gestante e pelo recém-nascido; 3) a partir de 1997, uso do AZT conforme Protocolo ACTG 076; 4) 1999 a 2000, terapia anti-retroviral múltipla e cesariana eletiva; e 5) 2000, a noti-fi cação da gestante HIV (Portaria MS 993/2000), o qual se identifi cou um numero maior de gestantes infectadas em tempo de receber a profi laxia anti-retroviral8. No Estado de Santa Catarina foram implementadas todas as estratégias acima citadas, o que proporciona a possibilidade de inves-tigação sobre o impacto na redução dos casos de transmissão vertical.

O objetivo deste estudo foi analisar a tendência dos casos de AIDS em crianças do Estado de Santa Catarina no período de 1994 a 2006.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo de série temporal realizado a partir da análise de dados secundários, no período de 1994 a 2006, dos casos de AIDS em criança por transmissão vertical. Os dados descritos foram extraídos da base de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notifi ca-ção versão Windows – SINAN-W e Sistema Nacional de Nascidos Vivos - SINASC do estado de Santa Catarina.

Para análise temporal foram incluídos todos os casos de AIDS crian-ça (indivíduos menores de 13 anos) notifi cados no período. Foram ana-lisadas a tendência temporal no estado e segundo as macro-regiões de

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residência (Extremo Oeste, Meio Oeste, Planalto Serrano, Sul, Grande Florianópolis, Vale do Itajaí, Nordeste e Planalto Norte) classifi cadas pelo modelo de regionalização e de descentralização do Estado, na estrutura das 18 regionais de saúde. O número de casos foi corrigido segundo ano de nascimento da criança, a fi m de evitar erros de retardo de notifi cação e proporcionar o cálculo das taxas de incidência a partir da população de nascidos vivos do mesmo ano. Desta forma, para o cálculo das taxas de incidência, utilizou-se como numerador o número de casos de AIDS criança e como denominador o número de nascidos vivos extraídos do SINASC.

A média das taxas de incidência do período anterior à introdução da terapia anti-retroviral (1994 a 1996) segundo o protocolo ACTG 0766 per-mitiu calcular os casos esperados de AIDS em crianças nascidas 1997 a 2006, possibilitando a comparação dos casos observados e esperados para todo o período.

Para análise da tendência temporal foi empregado o método de Prais Winstein através do software estatístico Stata 9.0. Nos casos em que o valor da taxa foi igual a zero (0) empregou-se um valor ínfi mo a fi m de permitir a execução do teste estatístico. Dessa forma foi possível avaliar as tendências da incidência de AIDS em criança, além de quantifi car as taxas de variações anuais (%), com os seus respectivos intervalos de con-fi ança (95%).

As taxas foram apresentadas através da média móvel, uma vez que a maioria das macrorregiões apresentarem taxas com valores menores do que 1 possibilitando, desta forma, destacar a curva de tendência ao longo do período.

Resultados

No período de 1994 a 2006, foram registrados em Santa Catarina 589 casos de AIDS em criança, destes 575 casos foram devido à transmis-

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são vertical (97,6%), analisados neste estudo. Do total, 14 casos foram descartados sendo seis por categoria de exposição ignorada, sete por outras categorias de exposição que não a transmissão vertical e um caso não residente em SC. No mesmo período houve uma redução dos casos observados e esperados de AIDS em crianças. A proporção de casos ob-servados em relação aos casos esperados variou de 89,01%, em 1997, a 3,84% no ano de 2006 (Tabela 1).

Observa-se na Tabela 2, a relação dos casos observados e esperados segundo macro-regiões, destacando expressiva redução a partir do ano de 1997. Destacam-se as macro-regiões Sul e Grande Florianópolis onde o número de casos observados foi maior do que os esperados. A macro-região do Vale do Itajaí manteve-se com o mesmo valor de casos no ano e as macro-regiões do Meio Oeste e Sul ocorreu este mesmo fenômeno no ano de 1998. A partir de 2000, os casos esperados mantiveram-se maio-res do que os casos observados em todas as macro-regiões.

Dentre as macro-regiões analisadas, a que obteve menor número de casos observados no período foi a macro-região Planalto Norte (5 casos) e o maior na macro-região da Grande Florianópolis (212 casos). Esta últi-ma também obteve o maior registro de casos no período dentre as outras macro-regiões (Tabela 2).

A Figura 1 apresenta a análise de tendência temporal do Estado de Santa Catarina. Até o ano de 1996 as taxas mantiveram-se estáveis e a partir de 1997 observa-se uma redução anual média de 26,32% ao ano. A taxa de incidência (média móvel) neste período foi de 0,91/1000 nascidos vivos em 1996, chegando a 2006 com uma taxa de 0,03/1000 nascidos vivos. O mesmo fenômeno foi observado nas macro-regiões (Figuras 2 e 3), reduzindo as taxas de incidência a partir de 1997. A variação média anual foi de -3,12% na macro-região Nordeste a - 42,18% na macro-região do Extremo Oeste. Nenhum caso foi observado na macro-região do Vale do Itajaí no ano de 2006 e esta também obteve uma das maiores taxas de incidência dentre as macro-regiões analisadas (1,0/1000 nascidos vivos)

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em 1996. A maior taxa de incidência, portanto, foi observada na macro-região da Grande Florianópolis, no ano de 1996 (3,0/1000 nascidos vi-vos). A macro-região Nordeste apresentou uma taxa de incidência distinta de todas as outras macro-regiões, verifi cando-se um aumento da taxa de incidência de 1998 a 2000, mantendo-se uma queda intensa nos anos subseqüentes, porém sem signifi cância estatística.

Discussão

O primeiro caso de AIDS no sexo feminino registrado em Santa Cata-rina foi em 1987, sendo em 1988, notifi cado o primeiro caso de AIDS em criança. Até o primeiro semestre de 2008 foram notifi cados 875 casos de AIDS em criança no SINAN-W e Net, destas 96,4% infectaram-se por ca-tegoria de exposição transmissão vertical. Inicialmente houve a pretensão de trabalharmos com todos os casos notifi cados desde 1988. No entanto, os dados do SINASC só foram disponibilizados a partir de 1994.

Ao compararmos os casos esperados em relação aos observados, destaca-se uma redução progressiva de casos de AIDS observados, por transmissão vertical, para as crianças nascidas a partir de 1997. Este pe-ríodo coincide com a introdução maciça e universal das ações profi láticas (Protocolo ACTG 076), em gestantes e recém nascidos expostos. O nú-mero de casos de AIDS em crianças observados no estado para as crian-ças nascidas em 1997 reduziu aproximadamente 11%. Por outro lado, no de 2006, esta redução atingiu cifras de 96,16% de redução de casos, ou seja, se fosse mantida a mesma tendência, para todo o período, seria esperado um total de 1.102 casos de AIDS em crianças. No entanto só foram notifi cados 575 casos. O mesmo fenômeno de redução ocorreu em todas as macro-regiões do estado. Porém, também foi observado redução nos casos esperados. Este fenômeno pode estar associado à diminuição da taxa de nascidos vivos relacionada à queda de fecundidade no Brasil, e principalmente evidenciadas na Região Sul e Sudeste9 processo iniciado

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na década de 1960 e que se acentua com o passar dos anos10.Através dos cálculos de estimativa de casos esperados de AIDS em

criança para 1997 a 2006, utilizou-se a média das taxas de incidência 1994 a 1996. É importante destacar que este período pode não refl etir a real incidência de AIDS em criança, anterior a introdução da terapia anti-retroviral, já que, nos anos de 1990 a 1995 o AZT já era distribuído na rede pública e em 1995 e 1996 já se utilizava o AZT nas parturientes e crianças expostas, porém não na forma do Protocolo ACTG 076.

Mesmo sugerindo que alguns fatores poderiam ter infl uenciado no cálculo dos casos esperados, foi mantida a base de dados do SINASC e não se utilizou os dados provenientes do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística – IBGE. Este sistema apresenta informações de estimativas calculadas a partir de dados de Censo Demográfi co, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e de estimativas de registro civil. O uso deste artifício para quantifi car o número de nascidos vivos, entretanto, inviabiliza o monitoramento e a avaliações das ações em curso, já que as estima-tivas não permitem a observação do comportamento da população11. O SINASC abriu possibilidades da obtenção de informações mais fi dedignas e completas, além de permitir um retrato da situação de nascimentos em curtos intervalos de tempo. Importante também destacar que em 2004, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde usando técni-cas demográfi cas demonstra que a cobertura do SINASC em SC atingiu 96%, portanto apresenta baixa taxa de subnotifi cação12.

Para análise da tendência da taxa de incidência de AIDS em criança ao longo do período utilizou-se dados provenientes do SINAN-W e SI-NASC, sendo assim quanto melhor a qualidade dos dados disponibiliza-dos por estes sistemas, maior a fi dedignidade dos achados. O número de casos que compuseram a análise foi relativamente pequeno (n=575 casos), sendo que na divisão por macro-região este tamanho diminui ain-da mais, ocasionando, desta forma, muitos valores nulos (0), o que pode afetar a análise da tendência. Qualquer alteração relacionada, ao aumen-

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to do número de casos e a diminuição dos nascidos vivos, mesmo que relativamente pequenos, altera a curva de tendência. Portanto, se, por um lado, as bases de dados são ferramentas bastante úteis para monitorar tendências e sugerir possíveis fatores, por outro, oferecem limitações.

Observou-se nas macro-regiões da Grande Florianópolis e do Vale do Itajaí, as maiores incidências. Este resultado pode estar associado à distribuição dos serviços de saúde especializados, concentrados prin-cipalmente no litoral. A Grande Florianópolis pode ter sido infl uenciada principalmente por conter a capital do estado, (Florianópolis) e é neste mu-nicípio que se localiza o serviço de referência para crianças até 15 anos, o Hospital Infantil Joana de Gusmão. Apesar da análise dos dados terem sido realizadas por macro-região de residência, as regiões litorâneas, por possuírem serviços de referência para outros municípios, acaba infl uen-ciando os serviços vizinhos, ocorrendo uma maior detecção de casos e um maior número de nascimentos ocorridos, o que faz com que a taxa apresente-se acentuada.

A macro-região Nordeste é considerada também uma destas grandes metrópoles do estado, possuindo serviços de referência de qualidade, po-rém na análise de tendência, a curva da taxa de incidência apresentou-se relativamente distinta das outras macro-regiões, observou um aumento da taxa no ano de 1997 a 2001, sugere-se que este fenômeno possa ter ocorrido pela triplicação dos casos observados (dados absolutos) no ano de 1998 em relação ao ano de 1997, e o mesmo ocorre referente ao ano de 1999. Destaca-se também redução dos nascidos vivos anualmente em todo o período. Após 2001, a taxa reduziu acentuadamente, chegando à taxa de (0,04 /1000 nascidos vivos), no ano de 2006. Estas diferenças achadas entre as macro-regiões podem ser, em parte, explicadas pelos resultados de outros estudos, que mostra as diferenças no acesso aos serviços de assistência ao pré-natal, as desigualdades regionais e a quali-dade de dados fornecidos pela vigilância epidemiológica13.

Ainda há falhas na detecção precoce o HIV entre as gestantes, como

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também aponta o Estudo Sentinela Parturientes14. Desde 2001, onde ini-ciou a notifi cação compulsória das gestantes HIV até o primeiro semestre de 2008, o estado de SC já registrou 2.676 gestantes, a região Sul apre-sentou a segunda maior taxa de cobertura do Brasil, 78,3% das gestantes atendidas que realizaram o teste anti-HIV e tiveram este resultado antes do parto. Apesar da importância epidemiológica e da possibilidade de im-plementações das ações de prevenção a partir da Publicação do Protoco-lo ACTG 076, as informações sobre o número de gestantes infectadas e a monitorização das etapas da profi laxia para a redução da transmissão vertical do HIV, ainda são escassas. Sabe-se que a informação de qua-lidade é essencial na tomada de decisões. Para realizar a monitorização sistemática e a avaliação das ações de vigilância, as informações devem ser disponíveis o mais precocemente possível, para que se estabeleçam prioridades e recursos sejam alocados com o devido embasamento téc-nico, permitindo que as atividades de controle e prevenção tenham o im-pacto esperado15.

A redução observada de casos de AIDS em criança, observada prin-cipalmente a partir de 1997, onde iniciou o uso da terapia combinada pelo esquema do Protocolo ACTG 076 completo e suspensão da amamenta-ção, mostram sua afetividade de acordo com os autores16. Em conclusão, a adoção universal da terapia anti-retroviral para as gestantes e recém nascidos expostos ao HIV, evitou cerca de 527 casos, equivalendo a 52,20% dos casos esperados de AIDS pediátrica em Santa Catarina, no período de 1994 a 2006. Os resultados de análise temporal para os casos de AIDS em criança por transmissão vertical, corrigido por ano de nas-cimento, permitiram identifi car uma tendência decrescente de casos de AIDS pediátrica, o que refl ete o impacto de medidas profi láticas adotadas.

A continuidade dos estudos de tendência e o aprimoramento dos ban-cos de dados podem contribuir para a efetiva monitorização dos casos de AIDS em crianças.

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Agradecimentos

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica e a Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS pelos dados e apoio na realização deste estudo.

Referências bibliográficas

1 Boletim Epidemiológico Barriga Verde. Santa Catarina, Ano II-n°02/2004.

2 Ministério da Saúde. Programa Nacional DST/HIV/Aids. Projeto Nascer, Brasília-DF, 2003.

3 Ministério da Saúde. Programa Nacional DST e AIDS. Critérios de defi ni-ção de casos de AIDS em adultos e crianças, Brasil, 2004.

4 Boletim Epidemiológico – AIDS e DST. Ministério da Saúde/Secretaria de Assistência a Saúde. Brasília (DF): 2005:2(1).

5 CONNOR EM, Sperling SR, Gelber R, Kiselev P, Scoot G, O sullivan MJ ET AL. Reduction of maternal-infant transmission of human imuno-defi ciency vírus type 1 with zidovudine treatment. For the pediatric AIDS Trials Group Protocol 076 Study Group. N Engl J Med. 1994.

6 Centers for Diseases Control and Prevention – CDC. Recommendan-tions of the U.S public health service task force on the use of zidovu-dine to reduce perinatal transmission of human immunodefi ciency virus. MMWR, 1994.

7 Veloso GL, Vasconcelos AL, Grinztejn B. Prevenção da transmissão ver-tical no Brasil. Boletim Epidemiológico AIDS, 1999.

8 Amaral, E et al. Implementação oportuna de intervenções para reduzir a transmissão vertical do HIV: uma experiência brasileira bem su-cedida. Ver Panam Salud Pública. V21. n6. Whaschington, jun2007.

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9 Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em Saúde: dados e indicadores selecionados 2004. Brasília: MS, 2004.

10 Carvalho, A. M.; Garcia, R. A. O envelhecimento da população brasi-leira: um enfoque demográfi co. Cadernos de Saúde Pública, 2003. pg 725-733.

11 Szwarcwald, C. L., Andrade, C.L.T, Souza Junior PRB. Estimação da mortalidade infantil e no Brasil: o que dizem as informações sobre óbitos e nascimentos do Ministério da Saúde. Cadernos de Saúde Pública. 2002, 18 pg 1725-1736.

12 Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Sistema Na-cional de Vigilância em Saúde. Relatório de situação de Santa Ca-tarina. 2ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

13 Ministério da Saúde. Programa Nacional DST e AIDS. Oportunidades perdidas na detecção precoce do HIV na gestação. Resultados do Estudo Sentinela-Parturiente. Brasil, 2002. Brasília – DF; 2004.

14 Ministério da Saúde. Programa Nacional DST/AIDS. Oportunidades perdidas na detecção precoce do HIV na gestação. Resultados do Estudo Sentinela Parturiente. Brasil. 2004. Brasília-DF, 2005.

15 Mota E.; Carvalho, D. M. T. Sistemas de Informação em Saúde. In: Rouquayrol, M.Z, Almeida Filho N, editores. Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: Mdsi,. 2003. p. 605-628.

16 Amaral, E et al. Implementação oportuna de intervenções para reduzir a transmissão vertical do HIV: uma experiência brasileira bem suce-dida. Ver Panam Salud Publica. V21. n6. Whaschington, jun 2007.

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Tabelas e figuras

Tabela 1: Casos Esperados e Observados e proporção de casos observados de AIDS em criança por ano de nascimento e categoria de exposição transmissão vertical. Santa Catarina, 1994-2006.

Estado de Santa Catarina

Ano Casos esperados Casos observados % Proporção de casos observados

1994 97 97 100%

1995 74 74 100%

1996 96 96 100%

1997 91 81 89,01%

1998 89 64 71,91%

1999 92 60 65,21%

2000 88 36 40,9%

2001 82 29 35,36%

2002 80 17 21,25%

2003 77 7 9,09%

2004 80 9 11,25%

2005 79 2 2,53%

2006 78 3 3,84%

TOTAL 1102 575 52,20%

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES/SC

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Tabela 2 - Casos Esperados (CE) e observados (CO) de AIDS em criança por ano de nascimento e categoria de exposição transmissão vertical, segundo macro-regiões. Santa Catarina, 1994 - 2006

Ano/Macro-

Regiões

Extremo Oeste

Meio Oeste

Planalto Serrano Sul Grande

FlorianópolisVale do

Itajaí Nordeste Planalto Norte

CE CO CE CO CE CO CE CO CE CO CE CO CE CO CE CO1994 3 3 3 3 1 1 11 11 44 44 23 23 11 11 1 11995 8 8 2 2 3 3 8 8 29 29 20 20 4 4 0 01996 4 4 4 4 3 3 11 11 32 32 33 33 8 8 1 11997 5 1 3 1 2 1 9 13 34 37 26 26 9 2 1 01998 5 3 3 4 2 1 10 11 38 21 24 17 8 6 1 11999 7 6 6 3 2 1 11 7 32 26 16 12 4 4 1 12000 6 1 6 2 2 1 11 7 31 6 16 11 4 7 1 12001 6 3 5 1 2 1 10 4 29 6 15 11 3 3 1 02002 6 1 5 4 2 0 10 1 28 6 15 4 3 1 1 02003 6 0 5 0 2 0 9 1 27 2 14 3 3 1 1 02004 6 0 5 0 2 0 10 1 28 2 15 5 3 1 1 02005 6 0 5 0 2 0 10 0 27 1 15 1 3 0 1 02006 8 0 7 0 1 0 5 0 30 0 16 3 1 0 0 0Total 74 30 60 24 26 12 125 75 408 212 247 169 66 48 8 5

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

Figura 1 - Taxa de incidência (média móvel) de AIDS em criança por ano de nasci-mento e categoria de exposição transmissão vertical. Santa Catarina 1994 - 2006.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Taxa média móvel

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -26,32% (IC95% -19,21--32,80), valor p<0,001Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

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Figura 2: Taxa de incidência (média móvel) de AIDS em criança por ano de nas-cimento e categoria de exposição transmissão vertical. Macro-regiões Extremo Oeste, Meio Oeste, Planalto Serrano e Sul, SC, 1994-2006

Extremo Oeste

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1994199519961997 199819992000200120022003200420052006

Ano

Tax

a

média móvel

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -42,18% (IC95% -23,52--56,28), valor p<0, 001 Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

Tax

a

média móvel

Meio Oeste

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1994199519961997199819992000200120022003200420052006

Ano

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -41,88% (IC95% -24,33--55,36), valor p<0,001

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

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Tax

a

média móvel

Planalto Serrano

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1994199519961997199819992000200120022003200420052006

Ano

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -42% (IC95% -22,38--58,08), valor p < 0,001

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

Tax

a média móvel

Sul

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -41,12% (IC95% -19,71--56,82), valor p<0,004

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES

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Figura 3. Taxa de incidência (média móvel) de AIDS em criança por ano de nas-cimento e categoria de exposição transmissão vertical. Macro-regiões litorânea, central e norte do estado, SC, 1994-2006.

Grande Florianópolis

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

Tax

a

média móvel

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -39,61% (IC95% -21,79--53,36), valor p < 0,001

Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

média móvel

Vale do Itajaí

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

média móvel

Tax

a

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -17,08% (IC95% -11,25--22,53), valor p<0,001.Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

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Nordeste

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Ano

média móvel

Tax

a

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -3, 46% (IC95% 16,61--20,03), valor p<0,72 Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES-SC

Planalto Norte

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Ano

média móvelTax

a

Taxa de variação média anual de 1994 a 2006 (teste de Prais Winstein) = -37,07% (IC95% -16,06--52,82), valor p<0, 005Fonte: SINAN-W/GE/DST/AIDS/DIVE/SES

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Internações hospitalares por AIDS no Estado de Santa Catarina: principais características do

período de 1998 a 2007

AIDS hospitalization in Santa Catarina state: main characteristics related to the period from 1998 to 2007

Título corrido: Hospitalização por AIDS em Santa Catarina de 1998 a 2007.

Running title: AIDS hospitalization in Santa Catarina state from 1998 to 2007.

Maria da Graça Chraim dos Anjos Enfermeira da Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Estado da Saúde, Florianópolis/SC, Brasil. Karen Glazer Peres Professora Doutora em Saúde Pública, Departamento de Saúde Pública, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis-SC, Brasil. Endereço para correspondência: Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Secretaria do Estado da Saúde, Rua Felipe Schimdt, 774, Ed. Montreal - Térreo CEP: 88010-002. E-mail: [email protected] e [email protected]

Resumo

O objetivo deste estu do foi descrever as internações hospitalares por AIDS no Estado de Santa Catarina, entre 1998 a 2007. Utilizou-se os dados do Sistema de Informação Hospitalar do estado para os adultos internados devido a AIDS. Foram calculadas as taxas de internações segundo sexo, razão de sexo e faixa etária. Foram estimadas as médias de permanência e do custo das internações, segundo macro-regiões de atendimento. Utilizou-se o método de Prais Winstein para análise de tendência temporal. Houve aumento signifi cativo nas internações de 40 a 59 anos de idade. Houve aumento no custo médio e no tempo de permanência entre 1998 e 2007. Os hospitais das macro-regiões de atendimento são predominantemente utilizados por usuários residentes das mesmas macro-regiões. Estudos de investigação do perfi l dos pacientes internados por AIDS bem como seus custos, contribui para o planejamento e tomada de decisões, fundamentais para o enfrentamento do problema.

Palavras-chave: Síndrome de imunodefi ciência adquirida, Internações por AIDS, Taxa in-ternação hospitalar, Sistema de Informação Hospitalar, Assistência da AIDS, Infecções oportunista relacionadas a AIDS, Diagnóstico tardio da AIDS.

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Summary

The aim of this study was describe the hospital admissions by AIDS in Santa Catarina State between 1998 and 2007. The Hospital Information System including adults AIDS hospitalization data was used. They were calculated the rates of second admissions sex, reason of sex and age group. The rate hospitalization was calculated according gender, gender rate, and age. We estimated the mean cost and the mean time during the hospitalization, according macro-regions in the state. The Prais-Winsten generalized linear regression analysis was performed to calculate the annual increase or decrease in incidence rates The hospitalization increased between 40 and 59 years of age. It was observed an increased related to the cost and time during hospitalization between 1998 and 2007. The hospitals in the macro-regions attended predominantly resident in the same area. Studies about AIDS hospitalization profi le may contribute for planning and policies makers’ decision.

Keywords: Imunodefi ciency acquired, AIDS, Hospitalization rate, opportunist infections related the AIDS.

Introdução

Os primeiros casos da Acquired Imunodefi ciency Syndrome/Síndro-me da Imunodefi ciência Adquirida (AIDS) foram identifi cados nos Estados Unidos da América, Haiti e África Central (1981) e posteriormente no Brasil (1983), 1 atingindo determinados grupos populacionais que se concentra-vam nos grandes centros urbanos sendo constituídos, principalmente, por homossexuais (Câncer Gay ou Peste Gay). Gradativamente foi se obser-vando que a população afetada não se limitava aos homossexuais, mas que também estava relacionada aos usuários de drogas injetáveis, indiví-duos expostos a sangue e hemoderivados contaminados com o Vírus da Imunodefi ciência Humana (HIV), mulheres e crianças.

Em Santa Catarina, o primeiro registro da doença ocorreu em 1984, na região oeste, seguindo um padrão semelhante a outros países. Após 24 anos de epidemia, o perfi l epidemiológico apresentou mudanças e características distintas, conforme a região do Estado. Passou-se de um quadro concentrado na região urbano-litorânea, em indivíduos de classe

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média e alta para um perfi l de interiorização, atingindo pessoas com baixo poder aquisitivo e se disseminado entre os heterossexuais. Como conseqüência, o número de casos de AIDS em mulheres aumenta e os usuários de drogas injetáveis (UDI) assumem segundo lugar das princi-pais categorias de exposição.

Desde a década de 90, o Ministério da Saúde (MS) tem intensifi cado suas ações visando à melhoria da qualidade da atenção aos pacientes portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), HIV e doen-tes de AIDS2. Entre essas ações destaca-se a implementação de uma po-lítica de assistência farmacêutica visando à garantia do acesso universal e gratuito aos medicamentos anti-retrovirais (Lei n° 9313/96) e aos exames laboratoriais necessários para o acompanhamento do tratamento. No en-tanto, as respostas às intervenções reagem de forma diferenciada para cada localidade, município ou estado, provocando diferentes impactos no que diz respeito à redução dos casos de mortes por AIDS, a ocorrência de infecções oportunistas e às internações hospitalares.

Em 1992, após 10 anos de epidemia com um crescente e signifi cante aumento de casos notifi cados no país, o MS reconhece a AIDS como uma doença diferenciada. Com a grande demanda de internações de pacientes portadores do HIV/AIDS, com o início do desenvolvimento tecnológico - hospitalar da rede pública de saúde e, principalmente a inexistência da regulamentação, pelo MS, para cobrança de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) uma grave situação de demanda hospitalar no país foi gerada. Diante da situação o MS junto com a Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS (CN DST e AIDS) deu início a um processo que levaria a inclusão da tabela de procedimentos para internação de pacientes portadores do HIV/AIDS na rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS). Incluídos na tabela do Sistema de Inter-nação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) pela Portaria MS/SNAS n° 291/1992, os procedimentos para tratamento da AIDS somente são autorizados para hospitais cadastrados e habilitados, podendo, as-

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sim, apresentar AIH para pagamento. Em 1991 ocorreu a renomeação do Sistema de Assistência Médico-Hospitalar da Previdência Social (SA-MHPS) como SIH/SUS, porém mantendo as mesmas características. Em 1992/94 - AIH passou a ser descentralizada e as secretarias estaduais e municipais ganham novos instrumentos para avaliação. Em 2001/03 ocor-reu a Implantação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), onde o cadastro de prestadores de serviços é descentralizado e as Secretarias de Estado da Saúde (SES) e Secretarias Municipais da Saúde (SMS) passam a ser responsáveis pela alimentação e manuten-ção. Finalmente em 2005/06 ocorre a Descentralização do processamento do SIH e do módulo fi nanceiro3.

O presente trabalho teve por objetivo descrever os casos de interna-ções hospitalares (convencional) por AIDS no estado de Santa Catarina, registrados no SIH-SUS (Sistema de Informação Hospitalar - Sistema Úni-co de Saúde), no período de 1998 a 2007.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo com dados secundários oriundos das bases de dados ofi ciais do Sistema do SIH/SUS do estado de Santa Catarina, no período de 1998 a 2007. A população de estudo foi composta pelos indivíduos com 13 anos ou mais de idade (indivíduos adultos segun-do critérios de defi nição de casos de AIDS)9, com episódios de internação tendo como principal causa a AIDS.

Os dados sobre as internações de pacientes com diagnóstico de AIDS foram obtidos segundo as AIH/AIDS. Foram consideradas todas as inter-nações cujo código de procedimento da AIH eram para Internação de pa-cientes AIDS (código 70.000.000) e tratamento de AIDS em fase terminal (código 70.500.150)5. A análise foi realizada sobre o número total de inter-nações. Não foram consideradas as re-internações, ou seja, o número de vezes que um mesmo paciente foi internado no ano. Todos os hospitais

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credenciados e habilitados no CNES6 para atendimento / tratamento de AIDS foram identifi cados. Foram excluídas as internações para tratamento no Hospital-Dia/AIDS (código 91.904.013)5.

Para análise do fl uxo das internações entre as macro-regiões foram relacionados dados referentes as macro-regionais de atendimento e ma-cro-regionais de procedência dos pacientes. A evolução temporal das in-ternações por AIDS entre o período de 1998 a 2007 foi analisada através das taxas de internações segundo sexo, razão das taxas segundo sexo e faixa etária. Os dados populacionais utilizados foram as estimativas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatísticas (IBGE). Foram estimados, o período médio de permanência e o custo médio das inter-nações, com os respectivos desvios-padrão, segundo macro-regiões de atendimento, para os anos de 1998 e 2007.

Para análise da tendência temporal nas distintas faixas etárias foi em-pregado o método de Prais Winstein através do software estatístico Stata 9.0. Dessa forma foi possível avaliar as tendências de internações hospi-talares nas faixas etárias, além de quantifi car as taxas de variações mé-dias anuais (%), com os seus respectivos intervalos de confi ança (95%).

Resultados

No período de 1998 a 2007 observamos um aumento no número de hospitais que realizaram internações por AIDS, ampliando de 11 para 16 unidades no estado. Neste mesmo período foram registrados 15.359 ca-sos de internações por AIDS em indivíduos adultos, sendo 10.030 (65,3%) masculinos e 5.329 (34,7%) femininos. Observa-se um crescimento na taxa de internação hospitalar, para ambos os sexos, no período de 1998 a 2002. Em 2003 as taxas para ambos os sexos apresentam declínio estendendo-se até 2006. No entanto, a razão de internações por sexo apresentou pequenas oscilações no decorrer dos anos, porém manteve-se, na maioria das vezes, em valores próximos a média de 1,89 mulheres

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para cada homem, exceto nos anos de 1998/99 e 2002 quando a razão de masculinidade era de 2,1 e 2,0 respectivamente (Gráfi co 1).

Nas faixas etárias de 20 a 49 anos destacam-se as maiores concen-trações de internações por AIDS. Houve uma tendência estatisticamen-te signifi cativa de aumento nas internações nas faixas etárias de 40a 49 anos e de 50 a 59 anos de idade. Observou-se estabilidade nas interna-ções ocorridas nas faixas etárias de 13 a 19 anos, 30 a 39 anos e 60 anos e mais (Tabela 1).

Na análise do tempo médio de permanência das internações no ano de 1998, a macro-região da Grande Florianópolis apresentou a mais alta média de permanência (23,84 dias, DP= 18,66), sendo que a menor foi observada na macro-região do Extremo Oeste (7,16 dias, DP = 9,28). O custo médio, porém, apresentou-se maior na macroregião Planalto Serra-no (R$591, 19, DP=360,92), e menor na macro-região do Extremo Oeste (R$317, 73, DP= 178,93) (Tabela 2).

Na análise do tempo médio de permanência das internações no ano de 2007, a macro-região da Grande Florianópolis apresentou a mais alta média de permanência (26,88 dias, DP= 23,50), sendo que a menor foi observada na macro-região do Extremo Oeste (9,91 dias, DP = 10,45). O custo médio, porém, apresentou-se maior na macroregião da Grande Flo-rianópolis (R$919, 40, DP=792,76), e menor na macro-região do Planalto Serrano (R$559, 30, DP= 626,21) (Tabela 3).

Observa-se no Tabela 4 que houve um aumento no número de inter-nações de 1998 para 2007, por macro-região de atendimento. Destaca-se que as macro-regiões Meio Oeste e Planalto Norte não apresentaram nenhum registro de internação por AIDS em ambos os anos (dados não apresentados). A macro-região que apresentou o maior número de inter-nações foi a Grande Florianópolis com 546 e 556 internações para 1998 e 2007, respectivamente. O número menor de internações foi observado no Extremo Oeste (19 e 55, para 1998 e 2007, respectivamente). Tanto para 1998 como para 2007, verifi cou-se que os hospitais das macro-regiões de

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atendimento são predominantemente utilizados por usuários residentes das mesmas macro-regiões.

Discussão

No que se referem à assistência hospitalar convencional, as portarias ministeriais n° 291 de 17/06/92 e Portaria n° 2413 de 23/04/98 incluem a assistência à AIDS em nível hospitalar, ao Sistema de Procedimento de Alta Complexidade (SIPAC) e normatizam a cobrança de internações hos-pitalares com a inclusão da tabela de procedimentos para internação de pacientes portadores do HIV/AIDS na rede hospitalar do SUS2. O SIH foi criado com o objetivo de operar os pagamentos das internações e ser uma ferramenta de controle das ações e auditoria. No entanto suas informações têm sido muito mais úteis e utilizadas do que para o que foi criado, contri-buindo como fonte de informações para pesquisadores, gestores e para vigilância epidemiológica. As AIHs dispõem de um conjunto de variáveis, sendo as principais: identifi cação do paciente, caracterização do hospital e gestor (número de leitos, clínicas disponíveis, meios diagnósticos e terapêuticos), recurso pagos pela internação, natureza do evento (causa principal da internação, causas associadas, procedimentos realizados, meios auxiliares do diagnóstico e terapêuticos utilizados), tempo de inter-nação e o destino do paciente4.

Os modelos alternativos (Serviço de Atendimento Especializado - SAE, Hospital Dia - HD, Assistência Domiciliar Terapêutica - ADT) de assistência, inserção das atividades de diagnóstico, encaminhamento e acompanhamento do paciente HIV+, com uma equipe multiprofi ssional, são iniciativas que disponibilizam modalidades da área da assistência que visam a redução da ocorrência de infecções oportunistas, das internações hospitalares e óbitos causados pela AIDS11.

O aumento de 31% observado no número de hospitais públicos e/ou privados conveniados de Santa Catarina que internaram pacientes com

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diagnóstico de AIDS no período de 1998 a 2007, pode ter ocorrido devido a ampliação da habilitação dos hospitais (CNES) e, consequentemente, a realização de pagamentos diferenciados das AIH-AIDS que tem custos mais elevados. Adicionalmente, compreendeu-se a necessidade de des-centralizar o atendimento hospitar e regionalizar o atendimento, tentando evitar o estrangulamento dos serviços de referência dos grandes centros.

No ano de 2002 através da Portaria n° 2313 foi instituída a Política de Incentivo ao HIV/AIDS e outras DST pelo Ministério da Saúde, tendo como critério de seleção o perfi l epidemiológico dos estados e respectivos municípios, a capacidade de planejamento das ações em HIV/AIDS e o processo de descentralização. Através da Política de Incentivo o estado e seus municípios, devidamente selecionados, passariam a receber par-celas anuais (fundo a fundo) para desenvolver ações de prevenção, assistência e desenvolvimento institucional como, por exemplo: produzir materiais informativos, implantação e implementação de serviços, qualifi -cação de profi ssionais entre outros. Embora se tenha procurado intensifi -car as ações de implantação e implementação dos serviços assistenciais, conforme a trajetória da epidemia (interiorização, pauperização e femini-zação)7, observou-se um aumento das taxas de internação no período de 1998 a 2002, tanto para o sexo masculino quanto feminino. Porém nos anos que se seguiram, de 2003 a 2006, as taxas apresentaram declínio para ambos sexos. Em 2002, ano em que foi instituída a Política de in-centivo, 95% dos casos de Aids notifi cados em Santa Catarina estavam concentrados em 33 municípios. O perfi l epidemiológico da doença foi o critério utilizado para a distribuição dos recursos.

Nos anos seguintes, com o acompanhamento do perfi l epidemiológico do estado, notou-se um aumento de casos em municípios de pequeno porte e que os 33 municípios, a princípio selecionados, eram responsáveis por 89,4% da epidemia no estado. Visando retomar a cobertura e criar novas medidas estratégicas de enfrentamento, o estado selecionou 15 municípios em 2005 e, posteriormente, mais 10 em 2007, o que contribuiu

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para melhora na qualidade dos serviços, reduzindo as taxas de interna-ções por AIDS e co-infecções após 2003.

Apesar do aumento de 22%, no número de internações, na última década, observou-se que esta condição é heterogênea em relação às fai-xas etárias. Um conjunto de ações tem contribuído para estabilidade e a redução das taxas de internações por AIDS. É inegável que com a introdu-ção da monoterapia do Anti-retroviral, a partir de 1996 para os adultos1 e 1998 para as crianças8, posteriormente seguida das terapias combinadas, houve uma melhora na qualidade de vida e aumento da expectativa de vida das pessoas que vivem com o HIV/AIDS. Associado ao arsenal de medicamentos ARV e de infecções oportunistas e serviços especializados (SAE, ADT, HD e CTA), sugere-se que parte das conquistas também está relacionadas aos programas que no decorrer dos anos foram sendo im-plantados na rede básica de saúde, tais como: saúde da criança, saúde da mulher, saúde do idoso e Programa Saúde da Família (PSF).

Com a implantação desses programas novas estratégias foram sendo criadas e descentralizadas, permitindo o acesso mais rápido, oferta de testagens para diagnóstico precoce e adesão ao tratamento, contribuindo para redução do atendimento nos serviços de emergência, internações hospitalares e hospital-dia. Normalmente as práticas pela busca dos servi-ços ambulatoriais ou unidades básicas de saúde estão mais relacionadas às mulheres jovens em idade reprodutiva, crianças e idosos. Supõe-se que os números de internações, nas faixas etários de 30 a 49 mantiveram-se crescentes, por ser uma fase economicamente ativa reduzindo possi-velmente a prática de buscar pelos serviços de saúde.

Houve um aumento generalizado nas médias de permanência das internações analisadas e, conseqüentemente, na média do custo das in-ternações. A epidemia não atinge de maneira uniforme toda a população e sua distribuição é distinta nas diferentes regiões, apresentando, inclusive, diferenças signifi cativas em uma mesma região, tanto nos aspectos so-ciais quanto nas vias de transmissão. As ações devem ser dirigidas aos

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indivíduos, aos grupos específi cos e a população em geral, considerando os aspectos relacionados à situação de risco e vulnerabilidade, infl uen-ciada por fatores individuais (biológicos ou não), sociais, econômicos, institucionais e culturais.10 Não foi possível avaliarmos neste estudo o co-nhecimento sorológico dos pacientes no momento da internação. No en-tanto, sabe-se que muitos passam a conhecer sua situação sorológica no momento da internação (diagnóstico tardio), acompanhada de situações agravantes. Nestas situações ou mesmo para aqueles que já conhecem sua sorologia, no entanto, apresentam falências múltiplas ao tratamento, complicações e co-infecções graves relacionados a condutas inadequa-das do paciente e não adesão ao tratamento, espera-se que necessitem de uma maior atenção de profi ssionais especializados e maior número de procedimentos, resultando em maior tempo de permanência e custos ele-vados durante sua internação12. A evolução na história natural da infecção pelo HIV dos estágios iniciais assintomáticos até fases avançadas (AIDS), caracteriza-se por uma contínua e progressiva defi ciência imunológica e pode variar entre os indivíduos. A duração e a gravidade de cada estágio dependem de vários fatores relacionados tanto com o vírus quanto com o hospedeiro. Dentre eles, destacam-se: época da infecção, carga viral no estado de equilíbrio, genótipo e fenótipo viral, resposta imune e constitui-ção genética individual, presença de outras DST e fatores psicológicos e sociais, assim como medidas de prevenção de re-infecção com o HIV 1,8. Fatores que contribuem para o aumento do tempo de permanência e, con-sequentemente do custo, estão relacionados ao quadro da doença no mo-mento da internação às difi culdades psicológicas, sociais e econômicas dos indivíduos. A necessidade de recursos cada vez mais especializados, exames complexos e de difícil acesso, medicamentos de ponta e mais potentes, resistências a tratamentos convencionais, também poderia estar contribuindo para as diferenças de custo e tempo encontradas entre 1998 e 2007.

Alguns fatores relacionados às vantagens e desvantagens na utiliza-

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ção do SIH/SUS podem ser destacados. Por um lado, o sistema não é universal, pois apresenta apenas as internações realizadas na rede pú-blica de saúde, embora existam medidas de regulação nem sempre os registros representam a realidade de cada unidade prestadora do serviço e mesmo após a identifi cação de erros de digitação ou codifi cação e de reinternações, estes não podem ser corrigidos3. Em contrapartida, o SIH/SUS é um sistema bem aceito pelos prestadores de serviços, é um ins-trumento que pode ser utilizado para defi nição de prioridades de políticas de saúde possibilitando melhora de serviços, oferece suporte às ativida-des de vigilância epidemiológica e apresenta informações que permitem a criação de indicadores. Adicionalmente, é um banco de dados que pode ser agregado a outros bancos, permitindo resgate de informações como, por exemplo, as sub-notifi cações3.

A continuidade de estudos de investigação do perfi l dos pacientes in-ternados por AIDS bem como seus custos contribuem para o planejamento e tomada de decisões, fundamentais para o enfrentamento do problema.

Agradecimentos

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catar ina; Diretoria de Vi-gilância Epidemiológica, especialmente ao Diretor Luis Antonio Silva; e a Gerência de Vigilância das DST/HIV/Aids, especialmente a Gerente Iraci Batista da Silva; pela oportunidade e apoio.

Referências Bibliográficas

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8. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Na-cional de DST e AIDS. Guia de tratamento clínico da infecção pelo HIV - 3a Ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

9. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Critérios de defi nição de casos de Aids em adultos e crianças, Brasil, 2004.

10. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica - 6. Ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2005Guia de Vigilância Epidemiológica. Pg 129-152.

11. Programa Nacional das DST/HIV/Aids. Serviços aos pacientes porta-dores do HIV/aids [acessado durante o ano de 2008, para informa-

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

ções de 1993 - 1997] [Relatório de atividades] Disponível em http: //www.aids.gov.br/assistencia/aids1.

12. Programa Nacional das DST/HIV/Aids. Custos Diretos do Tratamento de aids no Brasil [acessado durante o ano de 2008, para informa-ções de 1996 - 1998] [Sumário dos Resultados] Disponível em http: //www.aids.gov.br/assistencia/aids1.

13. Dourado, I; Veras, MASM; Barreira,D; Brito, AM. Tendências da epi-demia de Aids no Brasil após a terapia anti-retroviral. Revista de Saúde Pública vol.40 suppl. São Paulo, Apr.2006.

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Tabelas e gráficos

Gráfi co 1 - Taxa de Internações por AIDS (por 1.000 habitantes) segundo sexo e razão de masculinidade, Santa Catarina, 1998 a 2007.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Ano de Internações

Ta

xa

de

In

tern

ão

po

r 1

.00

0

ha

b. Masculino

Feminino

Razão

Fonte: SIH/SUS/SES-SC

Tabela 1 - Análise da tendência das internações hospitalares por AIDS segundo faixa etária, Santa Catarina, 1998 a 2007

Faixa etária 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Taxa de variação

anualSituação P

13 a 19 anos 0,02 0,02 0,03 0,01 0,03 0,02 0,02 0,01 0,01 0,02 -4,46% Estável P =0,27

20 a 29 anos 0,42 0,44 0,46 0,42 0,41 0,33 0,29 0,27 0,26 0,22 -7,31% Redução p<0,001

30 a 39 anos 0,7 0,82 0,76 0,83 0,87 0,82 0,68 0,68 0,67 0,64 -1,76% Estável p<0,30

40 a 49 anos 0,34 0,4 0,44 0,56 0,59 0,59 0,58 0,56 0,63 0,57 5,81% Aumento p<0,01

50 a 59 anos 0,12 0,18 0,17 0,2 0,23 0,27 0,24 0,31 0,36 0,27 10,34% Aumento p<0,01

60 anos e + 0,03 0,05 0,04 0,07 0,12 0,08 0,07 0,08 0,09 0,07 0,01% Estável p<0,08

Fonte: SIH/SUS/SES-SC

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O Perfi l Epidemiológico da AIDS

Tabela 2: - Medidas de tendência central (média e mediana) e dispersão (desvio pa-drão) de permanência e custo entre os casos de internações hospitalares por AIDS em indivíduos adultos, por macro-região de atendimento* em Santa Catarina, 1998.

PERMANÊNCIA CUSTO

Macro Região

Média (Dias)

Mediana Desvio Padrão Máxima Mínima

Média Mediana Desvio Padrão

Máxima Mínima

(Dias) (R$) (R$) (R$) (R$)

Extremo Oeste 7,16 4 9,28 42 1 317,73 266,42 178,93 742,12 27,18

Planalto Serrano 14,19 11 10,43 57 - 591,19 468,12 360,92 1.888,41 181,23

Sul 10,3 8,5 8,09 33 1 564,86 443,9 357,36 1.730,27 181,23Grande

Florianópolis 23,84 19 18,65 89 1 543,72 468,12 30,76 2.660,60 13,59

Vale do Itajaí 9,73 10 6,22 47 - 454,58 391,27 269,39 2.205,20 181,23

Nordeste 11,27 9 8,63 49 - 392,85 374,5 254,71 1.696,11 13,59*Macro-regiões do Meio Oeste e Planalto Norte não apresentaram internações hospitalares no período. Fonte: SIH/SUS/SES-SC

Tabela 3: Medidas de t endência central (média e mediana) e dispersão (desvio-pa-drão) de permanência e custo entre os casos de internações hospitalares por AIDS em indivíduos adultos, por macro-região de atendimento* em Santa Catarina, 2007.

PERMANÊNCIA CUSTO

Macro Região

Média (Dias) Mediana Desvio

Padrão Máxima Mínima Média (R$)

Mediana Desvio Padrão

(R$)

Máxima Mínima

(R$) (R$) (R$)Extremo Oeste 9,91 7 10,45 61 1 825,5 592,24 691,4 3.342,63 271,82

Planalto Serrano 12,43 10 10,9 80 1 559,3 530,78 626,21 6.649,86 271,81

Sul 10,29 7 10,94 101 - 754,45 556,23 979,65 11.247,07 86,75

Grande Florianópolis 26,9 19 23,5 110 - 919,4 648,49 792,76 8.714,31 271,82

Vale do Itajaí 10,96 9 9,24 61 - 864,17 667,17 944,12 14.043,49 271,7

Nordeste 13,62 8 13,79 97 - 682,75 561,74 580,4 6.643,36 271,82

Fonte: SIH/SUS/SES-SC

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Tabela 4: - Distribuição percentual de internações hospitalares convencionais por AIDS (adulto) por macro-região de atendimento e macro-região de residên-cia, Santa Catarina, 1998 e 2007.

Macro-regional de Atendimento

1998 2007

Total de internações

Residência Total de internações

Residência% %

Extremo Oeste 19 100 55 94,5

Vale do Itajaí 327 99,7 364 97,5

Nordeste 147 99,3 211 99,5

Planalto Serrano 120 93,3 139 97,1

Sul 44 100 218 98,6

Grande Florianópolis 546 86,4 556 90,8Fonte: SIH/SUS/SES-SC

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Sistema Único de Saúde

17 DENOVEMBRO

DE 1889

Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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17 DENOVEMBRODE 1889

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