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O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI

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O Processo Legislativo de

Reforma da LOM e RI

A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e

treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras,

câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e

empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a

escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Certificados de Participação

- Tira-dúvidas após a realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Corpo docente especializado e atuante na área

- Atendimento personalizado

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Material de apoio de qualidade

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno) onde será disponibilizado o certificado de

participação para impressão, grade programática, apostila digitalizada, material

complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat com outros

alunos e contato direto com professores.

Público Alvo

- Servidores públicos municipais (secretários, diretores, contadores, advogados,

controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos,

tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao

Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 41, com estrutura apropriada para realização de

vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando

índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada

ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da

transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse

fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos e notas de avaliação dos alunos, todas as

certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços

públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério

define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores municipais, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e

específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto

para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade

proporcionando satisfação aos seus alunos e equipe de colaboradores.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO!

BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 Sede Própria: Rua Desembargador Clotário Portugal, n° 39, Centro.

www.unipublicabrasil.com.br

Programação

O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI

1 Autonomia municipal

2 Hierarquia das leis

3 Direito de iniciativa

4 Técnica legislativa (LC 95/98)

5 Matéria de competência (é da LOM, de Lei Complementar ou Ordinária?)

6 Procedimento Correto (rito de tramitação)

7 Trâmite (comissões, plenário...)

8 Quórum

9 Turnos de Votação

10 Sanção e Promulgação

11 Publicação

12 Revogação

13 Retirada de vigor:

a) revogação

b) declaração de inconstitucionalidade

Professor:

Hélio Querino Jost: Advogado e Consultor - Especialista em

Direito Administrativo e Gestão Pública.

1

PROCESSO LEGISLATIVO DE REFORMA

DA LOM e do RI

Hélio Querino Jost

I - AUTONOMIA MUNICIPAL.

A Autonomia Municipal, assegurada pelo art. 181 da CF, compreende a competência

exclusiva para instituir sua Carta Organizacional (Lei Orgânica) como prevê o art. 29.2 Antes

da CF/88, os Municípios se regiam por Leis Complementares Estaduais válidas para todos os

Municípios dos respectivos estados, salvo duas ou três exceções.

Ao Poder Executivo não foi dada a iniciativa do projeto de instituição da Lei Orgânica

mas, apenas, o poder de emendá-la.

Assim, como a Constituição Federal e as Estaduais, a modificação da LOM se faz

através de EMENDAS, conforme as iniciativas definidas na própria Lei Orgânica.

II - HIERARQUIA DAS LEIS.

Dentro de suas respectivas esferas de competência material, não há hierarquia entre as

leis municipais, estaduais ou federais. Todavia, a própria Constituição Federal, prevê as

hipóteses em que o ordenamento infra-constitucional pode ferir a Constituição e, nesse caso,

considerá-las inconstitucionais por vício material (ofensa à competência material) ou vício

1 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

2 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias,

e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios

estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

2

formal (não atendimento da prescrição constitucional: ex. duas votações e interstício de 10

dias, na aprovação da LOM e das emendas).

A prevalência ou hierarquia ocorre em geral em relação às Constituições. As

Constituições Estaduais não podem confrontar a CF, da mesma forma que o restante do

ordenamento infra-constitucional de qualquer dos poderes.

Celso R. Bastos, em sua obra ‗‗Lei Complementar — Teoria e comentários‘‘, Saraiva,

1985, ensina o que se deve entender por hierarquia: ‗‗Toda vez que o ato inferior extrai o seu

fundamento de validade de outro, este lhe é superior, e, em conseqüência, instaura-se uma

relação hierárquica‘‘. Exemplo: A CF estabelece a competência tributária dos Entes

Federados, mas cabe a cada um instituí-los por lei própria.

A LOM é a ―lei maior‖ do Município é sua Carta Organizacional e estabelece normas

e princípios legislativos gerais, aos quais se submete toda a legislação complementar e

ordinária e, claro, também o Regimento Interno.

No confronto de normas entre LOM e RI, prevalece a Lei Orgânica. O que importa é

distinguir o que matéria de competência de um ou outro desses diplomas legais. O essencial é

que na LOM constem as normas básicas fundamentais, de caráter permanente, o arcabouço

jurídico/legal que norteará a elaboração do Regimento Interno.

Algumas LOM prevêem o processo de reforma ou revisão do RI mas na maioria dos

casos, os próprios Regimentos tratam do assunto.

Os Regimentos Internos são criados mediante Resolução com dois turnos de

discussão e votação e quorum especificado no próprio Regimento ou na LOM. Tais

Resoluções são de iniciativa exclusiva da Câmara Municipal.

III – INICIATIVA.

Iniciativa é o momento em que se deflagra o processo legislativo, obrigando a Casa

de Leis a submeter o projeto de lei a uma deliberação definitiva. A iniciativa pode ser:

a) Iniciativa geral ou concorrente: é a regra geral. Compete ao Prefeito, Vereadores,

Comissões e aos cidadãos (iniciativa popular);

b) Iniciativa privativa ou reservada: apenas um dos poderes a exerce sobre as

matérias previstas constitucionalmente. A iniciativa reservada pode ser:

1 - do Prefeito: nas matérias relativas a direitos e vantagens dos servidores públicos, regime

jurídico, criação de cargos, aumento de remuneração do pessoal do executivo, organização

administrativa da Prefeitura e matéria orçamentária;

2 - da Câmara (Mesa Diretiva ou Comissões): estrutura organizacional da Câmara (criação de

seus serviços), criação de cargos da Câmara e fixação dos subsídios dos agentes políticos.

c) Iniciativa vinculada: consiste na obrigação de se apresentar determinado projeto de lei

em épocas legal e constitucionalmente determinadas. Ex. orçamentos (PPA, LDO e LOA),

fixação dos subsídios dos agentes políticos.

d) Iniciativa popular: trata da apresentação de projetos pelos cidadãos. Não se aplica aos

projetos de iniciativa exclusiva reservada aos Poderes do Município.

3.1 – Iniciativa de projeto de emenda à LOM.

A Constituição Federal3 e as Constituições Estaduais não conferem iniciativa

legislativa popular para as LOM. Qualquer alteração ou modificação na LOM será feita

sempre através de Projeto de EMENDA.

3 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;

3

A maioria das Câmaras reserva a iniciativa de Emendas à LOM apenas para os

Vereadores e o Prefeito. Outras admitem a iniciativa popular, mediante a subscrição de um

percentual dos eleitores inscritos no Município, como a LOM de Curitiba.

Na CF, nas CE‘s e nas LOM‘s a competência ORIGINÁRIA é exclusiva dos

parlamentares e, por isso, conforme doutrina não caberiam Emendas Populares. De fato, para

as Emendas Constitucionais não foi conferida a iniciativa popular. Para as Emendas à LOM,

muitos municípios tem admitida a iniciativa popular.

Só tem competência aqueles a quem a lei (no sentido genérico) a confere. A CF e as

Estaduais não contemplam a iniciativa de emenda constitucional à população.

CF – Art. 29. (...)

..............................

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de

iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os art. 37, XI, 39, § 4º, 150, II,

153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)

VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta e cinco por cento

daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados Estaduais, ressalvado o que dispõe o

art. 37, XI; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)

VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal, na razão de,

no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados

Estaduais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º,

I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada

legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os

critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites

máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)

3.2 – Iniciativa de projeto de modificação do Regimento Interno.

As Câmaras Municipais são colegiados compostos de diversos segmentos políticos da

sociedade. Elas espelham o fundamento do ―pluralismo político‖, previsto no art. 1º, V, da

CF.

Assim como os colegiados em geral, (Associações, Conselhos, Condomínios, etc.) as

Câmaras definem o seu próprio Regimento Interno para reger o seu funcionamento interno.

Somente os membros de qualquer colegiado têm competência e iniciativa para

instituir ou modificar o seu próprio Regimento Interno o qual deve, evidentemente respeitar a

legislação vigente, sob pena de o próprio RI como um todo ou parte dele, ser questionada sua

legalidade ou constitucionalidade, pelos entes legitimados na Constituição do Estado4, dentre

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma

delas, pela maioria relativa de seus membros.

4 Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição:

I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa;

II - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado;

(Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000)

III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato

normativo local;

IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

4

eles o Prefeito Municipal e a própria Mesa Diretiva da Câmara quando, p. ex. a própria

Câmara não aprovar a modificação do(s) dispositivo(s) tido por inconstitucional.

IV - TÉCNICA LEGISLATIVA (LC 95/98).

Em qualquer norma (Constituição, Leis Complementares ou ordinárias, decretos,

resoluções ou portarias) deve ser observada a boa técnica legislativa de que trata a Lei

Complementar Federal nº 95/98. A uniformização da técnica legislativa a nível nacional

objetiva melhor compreensão e interpretação da lei, harmonizando o texto legislativo.

Trata, pois, de estruturar o texto organicamente, em começo, meio e fim.

V - MATÉRIA DE COMPETÊNCIA. (LEI COMPLEMENTAR, LEI ORDINÁRIA,

LOM E RI)

As competências legislativas, regra geral, são definidas na Constituição Federal.

Dentro do ordenamento legislativo municipal as matérias são definidas segundo a

seguinte ordem:

5.1 – Matérias de competência da LOM.

A LOM dispõe sobre matérias de natureza permanente e definição de “quorum”

especial de 2/3. São matérias que tratam da organização, estrutura e funcionamento dos

poderes do município, etc. São matérias de Lei Orgânica:

I - Os preceitos principiológicos da Constituição Federal;

II - As disposições das respectivas Constituições Estaduais aplicáveis aos Municípios;

III - As competências Municipais: descrição do campo de atuação do Município em matéria

legislativa e de organização administrativa;

IV - Os Poderes Municipais (Legislativo e Executivo), atribuições e competências, e forma

de relacionamento;

V - A Mesa Diretiva da Câmara, sua composição, eleição e posse;

VI - Vereadores: suas incompatibilidades e impedimentos, convocação de suplentes;

VII - Processo legislativo, compreendendo todas as fases das proposições legislativas,

inclusive as Emendas à Lei Orgânica;

VIII - Infrações e processo de julgamento do Prefeito e Vereadores;

IX - Poder Executivo: Prefeito, posse, exercício do cargo, atribuições, proibições e

impedimentos;

X - Administração Municipal: Servidores, provimento, direitos, responsabilidades,

aposentadoria, etc.

XI - Atos Municipais: formalização, publicação;

XII - Normas sobre Plebiscito, Referendo e Audiências Públicas;

XIII - Direito de petição, informação e certidões;

XIV - Tributos Municipais;

XV - Orçamentos: PPA, LDO, LOA, sua elaboração e execução, gestão de Tesouraria,

prestação de contas;

V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa;

VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;

VII - o Deputado Estadual.

5

XVI - Controle Interno Integrado;

XV - Dos bens patrimoniais, das obras e serviços públicos;

XVI - Planejamento Municipal e Conselhos Municipais;

XVII - Ordem Econômica e Social.

5.2 – Matérias de competência de Lei Complementar.

As LC‘s tratam de matérias de duração permanente e que não devem ser modificadas

amiúde e que dependem de maioria absoluta dos Vereadores para aprovação. São leis que

complementam a Lei Orgânica.

A Constituição Federal prevê em artigos esparsos as matérias a serem reguladas por

Lei Complementar. (Ex. Organização dos Tribunais, Ministério Público, matéria Tributária,

finanças públicas, previdência social e privada,..etc.).

Entendo que não cabe aplicação simétrica aos Estados e Municípios, dadas as

diferentes competências, mas, a nível municipal, em geral, tratam do Plano Diretor, dos

Códigos em Geral (Tributário, de Obras e Posturas), de Estatutos dos Servidores e do

Magistério ou, conforme dispõe a própria LOM.

5.3 – Matérias de competência de Leis Ordinárias, de caráter mais geral.

As Leis Ordinárias tratam da legislação mais comum e de caráter transitório e sua

aprovação depende de maioria simples, mas presença da maioria absoluta da Casa.

5.4 – Matérias de competência do Regimento Interno.

Importante notar que o Regimento Interno, dada sua natureza de “interna corporis”

não vincula nem obriga o Prefeito ou Servidores, nem mesmo da própria Câmara. Por

exemplo, não é matéria regimental dispor que o Prefeito deva remeter documentos ou

informações em tal ou qual prazo. Isso é matéria de LOM ou lei ordinária.

Em síntese, os Regimentos tratam da estruturação e funcionamento da Câmara,

através dos seguintes tópicos, resumidamente.

DA CÂMARA MUNICIPAL.

Das funções da Câmara

Da sede da Câmara

Da instalação da Câmara.

DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL.

Da Mesa Diretiva (Formação e Competência da Mesa, competência do Presidente, Vice e

Secretários)

Do Plenário.

Da formação das Comissões, suas finalidades e competências e funcionamento.

DOS VEREADORES.

Do Exercício da Vereança, suspensão do exercício, extinção e perda do mandato.

Da Liderança Parlamentar.

Remuneração dos Agentes Políticos.

DAS PROPOSIÇÕES E SUA TRAMITAÇÃO.

Modalidades e formas, proposições em espécie, apresentação e retirada, tramitação.

6

DAS SESSÕES DA CÂMARA.

Das Sessões em geral, das Sessões Ordinária, extraordinárias e solenes.

DAS DISCUSSÕES E DAS DELIBERAÇÕES.

Discussões, disciplina dos debates e deliberações, emenda a LOM e iniciativa popular.

DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL E DOS PROCEDIMENTOS DE

CONTROLE.

Elaboração legislativa especial (PPA, LDO, LOA, CÓDIGOS E ESTATUTOS),

procedimentos de controle, julgamento das contas, processo de perda do mandato,

convocação dos Secretários Municipais, pedidos de informação do Prefeito, destituição de

membro da Mesa.

DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL.

Da questão de ordem e dos precedentes.

Das modificações do Regimento.

DOS SERVIÇOS INTERNOS DA CÂMARA.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.

VI - TRÂMITE (COMISSÕES, PLENÁRIO...).

6.1 – Projeto de Emenda à LOM:

O trâmite legislativo das Emendas à LOM deve estar previsto na própria Lei

Organizacional ou, então, conter disposição conferindo atribuições ao Regimento Interno.

Os Projetos de Emenda à LOM terão numeração própria e, se aprovadas, independem

de sanção do Prefeito e são promulgadas pela Mesa Diretiva da Câmara, seguindo

numeração seqüencial, independentemente de ano, tal como as Emendas Constitucionais, p.

ex. 01/2013, 02/2014, 03 e 04/2015,...

A tramitação das emendas não depende de Regimento Interno Especial assim como

foi para a elaboração da LOM originária.

6.2 – Projeto de Resolução p/alterar o RI:

O trâmite para os projetos de Resolução para alteração do RI, são os previstos no

próprio Regimento.

VII - QUÓRUM.

7.1 – LOM: “quorum” para apresentação de emenda e aprovação.

7.1.1 – Inobservância do “quorum” – conseqüências:

A não observância do “quorum” além do vício de nulidade, resulta em

inconstitucionalidade da Emenda. Essa inconstitucionalidade é de natureza formal, isto é,

não atendeu a forma prevista na Constituição Federal.

7

Além do ―quorum” é de fundamental importância o interstício de 10 (dez) dias entre

o primeiro e o segundo turnos de votação.

7.1.2 – Para propor emendas à LOM:

O processo legislativo de emenda à LOM deve estar previsto no próprio Estatuto

Organizacional: as iniciativas, quorum, discussão e votação, promulgação.

O quorum para a iniciativa dos Vereadores é de 1/3; do eleitorado, 5% (cinco por

cento), além da iniciativa do Prefeito.

O quorum para admissão de propostas de Emenda à Lei Orgânica para a iniciativa dos

Vereadores e do eleitorado deve seguir um certo rigor: no mínimo 1/3 (um terço) dos

Vereadores e, para a iniciativa popular 5% (cinco por cento) do eleitorado, isto para evitar a

banalização das emendas, mantendo a estabilidade jurídica da LOM.

Tal como o “quorum” exigido para apresentação, se não requerida pelo menos por

1/3 dos Vereadores na apresentação da Emenda, toda a deliberação será nula e

inconstitucional.

7.1.3 – Quorum para aprovação da Emenda à LOM.

O “quorum” para aprovação de Emenda é o fixado na Constituição Federal: 2/3 dos

Vereadores.

7.2 – RI: “quorum” para apresentação de alteração e aprovação:

O Regimento Interno não está sujeito a EMENDAS, como a Lei Orgânica.

7.2.1 – Para propor modificação no Regimento Interno.

Qualquer Vereador pode propor modificação no Regimento Interno. O processo

legislativo para alteração deve estar previsto no próprio RI. Não se justificaria, a nosso ver,

uma exigência de maioria absoluta dos Vereadores para deflagrar o processo de alteração do

Regimento Interno.

7.2.2 – “Quorum” para aprovação de alteração do RI.

Via de regra, o ―quorum” para aprovação de alteração ao RI é da maioria absoluta dos

Vereadores, o que é juridicamente salutar. Por se tratar de instrumento de organização

interna da Câmara e pela necessidade de permanente atualização, não se justifica exigência

de ―quorum” elevado de 2/3, por exemplo.

Não há lei que estabeleça exigência de maioria absoluta para aprovação do Regimento

Interno, sendo salutar que a própria LOM estabeleça esse quorum. Há Câmaras que admitem

a aprovação de alteração do RI, por quorum de maioria simples, presentes a maioria absoluta

dos membros da Câmara.

VIII - TURNOS DE VOTAÇÃO.

8.1 – Dos projetos de Emenda à LOM.

Os projetos de Emenda à LOM serão votados em DOIS turnos, com interstício

mínimo de 10 (dez) dias.

8.2 – Dos projetos de Resolução para alteração do Regimento Interno.

Os Regimentos Internos são aprovados e instituídos por Resolução da Câmara que

tem poderes para regular seu próprio funcionamento.

Regra geral, as votações são em dois turnos.

8

IX - SANÇÃO E PROMULGAÇÃO.

Nem a LOM, nem o Regimento Internos dependem de sanção do Prefeito. Tanto os

Projetos de Emenda da LOM, quanto as Resoluções são promulgados pela Mesa Diretiva da

Câmara.

X - PUBLICAÇÃO.

A publicação, - condição de validade das Emendas e Resoluções -, segue as mesmas

regras das normas em geral.

XI - REVOGAÇÃO.

Por se tratar de normas especiais, a LOM e o RI não contem ―cláusulas de

revogação‖, já que são únicas.

Os dispositivos da LOM e do RI que se pretenda revogar, deve ser feito através de

Projeto de Emenda e Projeto de Resolução, respectivamente.

Devido a vigência das Leis e Regimentos no tempo, é da boa técnica legislativa que

continue constando no texto os dispositivos revogados e o número da Emenda ou Resolução

que os revogaram.

XII – DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE.

Tanto a LOM quanto o RI podem conter dispositivos considerados inconstitucionais.

Daí a importância das Comissões de Constitucionalidade, Justiça e Redação por ocasião de

seu parecer. Trata-se pois de típico caso que os juristas chamam de ―controle prévio de

constitucionalidade‖, semelhante ao VETO do Prefeito nos Projetos que exijam sua sanção.

Na Constituição Federal está previsto os órgãos legitimados para propor Ação Direta

de Inconstitucionalidade:

“Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei

ou ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição:

I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa;

II - o Procurador-Geral de Justiça;

II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado;

(Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000)

III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato

normativo local;

IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa;

VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual;

VII - o Deputado Estadual.”

Como se vê, o Prefeito, mesmo não tendo participação na elaboração legislativa da

LOM ou do RI, tem legitimidade para propor a Ação.

9

ANEXO

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme

determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a

consolidação dos atos normativos que menciona.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e

eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto

nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas

provisórias e demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como,

no que couber, aos decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do

Poder Executivo.

Art. 2o (VETADO)

§ 1o (VETADO)

§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:

I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação

da Constituição;

II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração seqüencial

em continuidade às séries iniciadas em 1946.

CAPÍTULO II

DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS

Seção I

Da Estruturação das Leis

Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:

I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do

objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas;

II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo

relacionadas com a matéria regulada;

III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à

implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso,

a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.

Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica

singular à lei e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número

respectivo e pelo ano de promulgação.

Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo

conciso e sob a forma de título, o objeto da lei.

Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua

base legal.

Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação,

observados os seguintes princípios:

I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;

II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade,

pertinência ou conexão;

10

III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o

possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva;

IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a

subseqüente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por

remissão expressa.

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo

razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na

data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de

vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em

vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. (Incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‗esta lei entra em

vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial‘ . (Incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, esta deverá indicar expressamente as leis

ou disposições legais revogadas.

Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições

legais revogadas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Seção II

Da Articulação e da Redação das Leis

Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:

I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de

numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste;

II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os

incisos em alíneas e as alíneas em itens;

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal

até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão

"parágrafo único" por extenso;

IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas

e os itens por algarismos arábicos;

V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de

Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;

VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados

por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial

ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso;

VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras

minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;

VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em

Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.

Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica,

observadas, para esse propósito, as seguintes normas:

I - para a obtenção de clareza:

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar

sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que

se esteja legislando;

b) usar frases curtas e concisas;

11

c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações

dispensáveis;

d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando

preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente;

e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;

II - para a obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do

objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o

legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o

emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território

nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais;

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira

referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;

f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no texto, a números e percentuais;

f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de

lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto; (Redação dada pela

Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões

‗anterior‘, ‗seguinte‘ ou equivalentes; (Incluída pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

III - para a obtenção de ordem lógica:

a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as

disposições relacionadas com o objeto da lei;

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;

c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no

caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.

Seção III

Da Alteração das Leis

Art. 12. A alteração da lei será feita:

I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável;

II - na hipótese de revogação;

II – mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou

acréscimo de dispositivo novo, observadas as seguintes regras:

a) não poderá ser modificada a numeração dos dispositivos alterados;

a) revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

b) no acréscimo de dispositivos novos entre preceitos legais em vigor, é vedada, mesmo

quando recomendável, qualquer renumeração, devendo ser utilizado o mesmo número do

dispositivo imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas

quantas forem suficientes para identificar os acréscimos;

b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades

superiores ao artigo, referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número

do artigo ou unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem

alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos; (Redação dada

pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

12

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, devendo a lei alterada

manter essa indicação, seguida da expressão "revogado";

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado

inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado

Federal em face de decisão do Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada manter essa

indicação, seguida da expressão ‗revogado‘, ‗vetado‘, ‗declarado inconstitucional, em

controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal‘, ou ‗execução suspensa pelo Senado

Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal‘; (Redação dada pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

d) o dispositivo que sofrer modificação de redação deverá ser identificado, ao seu final, com

as letras NR maiúsculas, entre parênteses.

d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo,

identificando-se o artigo assim modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo

com as letras ‗NR‘ maiúsculas, entre parênteses, uma única vez ao seu final, obedecidas,

quando for o caso, as prescrições da alínea "c". (Redação dada pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

Parágrafo único. O termo ‗dispositivo‘ mencionado nesta Lei refere-se a artigos, parágrafos,

incisos, alíneas ou itens. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

CAPÍTULO III

DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS

Seção I

Da Consolidação das Leis

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e em coletâneas integradas por

volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com a

Constituição Federal, a Consolidação das Leis Federais Brasileiras.

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por

volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da

Legislação Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada

matéria num único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à

consolidação, sem modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos

dispositivos consolidados. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão

ser feitas as seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação: (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I – introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; (Inciso incluído pela

Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública; (Inciso

incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; (Inciso incluído

pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão; (Inciso

incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VII – eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; (Inciso incluído

pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

13

VIII – homogeneização terminológica do texto; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal,

observada, no que couber, a suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na

forma do art. 52, X, da Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal; (Inciso

incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis

posteriores. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2o deverão ser expressa e

fundadamente justificadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram

de base. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já consolidada, todas as leis e decretos-leis de

conteúdo normativo e de alcance geral em vigor serão reunidos em coletâneas organizadas na

forma do artigo anterior, observados os prazos e procedimentos a seguir:

Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes

procedimentos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I - os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, no prazo

de cento e oitenta dias, contado da vigência desta Lei Complementar, procederão ao exame,

triagem e seleção das leis complementares, delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados

com as respectivas áreas de competência, agrupando e consolidando os textos que tratem da

mesma matéria ou de assuntos vinculados por afinidade, pertinência ou conexão, com

indicação precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa ou implicitamente revogados;

I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação

federal em vigor e formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma

matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a indicação precisa dos diplomas legais

expressa ou implicitamente revogados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

II - no prazo de noventa dias, contado da vigência desta Lei Complementar, as entidades da

administração indireta adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados com a sua

competência, as mesmas providências determinadas no inciso anterior, remetendo os

respectivos textos ao Ministério a que estão vinculadas, que os revisará e remeterá,

juntamente com os seus, à Presidência da República, para encaminhamento ao Congresso

Nacional nos sessenta dias subseqüentes ao encerramento do prazo estabelecido no inciso I;

II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na

forma do Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado,

visando a dar celeridade aos trabalhos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de

26.4.2001)

III - a Mesa do Congresso Nacional adotará todas as medidas necessárias para, no prazo

máximo de cento e oitenta dias a contar do recebimento dos textos de que tratam os incisos I

e II, ser efetuada a primeira publicação da Consolidação das Leis Federais Brasileiras.

III – revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em

lei. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro

ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional

poderá formular projeto de lei de consolidação. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº

107, de 26.4.2001)

§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de

consolidação destinado exclusivamente à: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107,

de 26.4.2001)

14

I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia

ou validade encontre-se completamente prejudicada; (Inciso incluído pela Lei

Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as

disposições assim consolidadas nos mesmos termos do § 1o do art. 13. (Inciso incluído pela

Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional

promoverá a atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às

coletâneas que a integram as emendas constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções

promulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados

sistematicamente.

Seção II

Da Consolidação de Outros Atos Normativos

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios,

assim como as entidades da administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em

decreto, as providências necessárias para, observado, no que couber, o procedimento a que se

refere o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo

normativo e geral e demais atos normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas

áreas de competência, remetendo os textos consolidados à Presidência da República, que os

examinará e reunirá em coletâneas, para posterior publicação.

Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato

presidencial, promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior,

incorporando aos textos que as integram os decretos e atos de conteúdo normativo e geral

editados no último quadriênio.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo

regular não constitui escusa válida para o seu descumprimento.

Art. 18 - A (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de

sua publicação.

Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Iris Rezende

Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!