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2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SAÚDE
UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO
POSSÍVEL
O Programa Saúde na Escola (PSE) no Distrito Sanitário
II da cidade do Recife: Concepção dos atores e os
componentes estruturantes da Escola Promotora de Saúde
(EPS)
Autoras:
Adriana Servula Fernandes Cunha de Vasconcelos
Joselma Cavalcanti Cordeiro
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
BELO HORIZONTE
2013
O Programa Saúde na Escola (PSE) no Distrito Sanitário II da cidade do Recife:
Concepção dos atores e os componentes estruturantes da Escola Promotora de Saúde
(EPS)
O Programa Saúde na Escola (PSE) foi constituído a fim de contribuir para formação integral
do estudante e a comunicação entre escolas e unidades de saúde fortalecendo a participação
comunitária nas políticas de educação básica e saúde (Brasil, 2007). A proposta da formação
de uma rede de Escolas Promotoras de Saúde (EPS) apresenta expectativas e desafios, sendo
uma estratégia para a construção de uma cidade mais saudável em busca a intersetorialidade.
Visando lograr a integralidade do enfoque da área da saúde, a Organização Pan-Americana de
Saúde propõe a utilização de técnicas e métodos participativos que ultrapassem a delimitação
física da escola e envolvam pais, professores e comunidades. Essa pesquisa procura fornecer
subsídios para a fundamentação da construção de uma Rede de EPS no Distrito Sanitário (DS)
II da cidade do Recife promovendo mudanças estratégicas com foco no ambiente escolar.
Tem como objetivo geral, caracterizar as escolas do DS II do Recife inseridas no PSE
relacionando-as e classificando-as a partir dos componentes estruturantes da EPS. Os
objetivos específicos são: Identificar o perfil dos profissionais das escolas inseridas no PSE;
Identificar a prática dos profissionais das escolas em relação à saúde na escola; Analisar a
percepção dos profissionais de saúde, da educação e comunitários sobre a EPS e o
desenvolvimento do PSE e; Classificar as escolas, a partir dos componentes estruturantes da
EPS. Trata-se de uma pesquisa em andamento de caráter descritiva quanti-qualitativa que
adotará um delineamento de estudo do tipo pesquisa-ação. A população é representada por
profissionais da educação e comunitários de 14 escolas municipais inseridas no PSE e
profissionais de 10 Unidades de saúde da Família. A amostra é composta por 28 profissionais
da educação, 10 pais e 14 profissionais de saúde, totalizando 52 pessoas. Para coleta de dados
será realizado preenchimento de formulário com auxílio da direção escolar para
caracterização das escolas e análise documental do Projeto Político Pedagógico, questionário
auto aplicável com perguntas fechadas e abertas aplicado junto aos profissionais da educação
e profissionais da saúde da USF e 1 grupo focal com pais e comunitários de uma Escola
sorteada. Para a análise dos dados quantitativos será utilizado o programa estatístico SPSS,
versão 16.0. Para os dados qualitativos será utilizada a Análise de Discurso. Como parte da
pesquisa-ação, será organizado um encontro junto aos diretores das escolas refletindo sobre
sua própria realidade objetivando ações transformadoras, corresponde a classificação dos
problemas levantados em ordem de prioridade.
Palavras – Chaves: Políticas, Programa Saúde na Escola, Escola Promotora de Saúde.
1. INTRODUÇÃO
O entendimento ampliado de saúde discutido na VIII Conferência Nacional de
Saúde (1986) descarta a possibilidade de que a saúde significa apenas a ausência de doenças,
apontando para um sentido mais abrangente contribuindo para uma reflexão e
aprofundamento nesse tema na medida em que a saúde passa a ser vista para além da esfera
clínica e assistencial, tornando viáveis ações intersetoriais de educação e promoção da saúde.
A carta de Ottawa (1986), resultado da Primeira Conferência Internacional sobre
Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em 1986, define a promoção à saúde como
o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e
saúde, incluindo maior participação no controle desse processo. Para atingir um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos e grupos devem saber identificar
aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. Assim, a
promoção à saúde não é responsabilidade exclusiva do setor da saúde, e vai para além de um
estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
Desde 1995, a Organização Panamericana de Saúde, estimula a iniciativa
Regional Escolas Promotoras de Saúde (EPS), com objetivo de fortalecer a capacidade dos
países da América Latina na área da saúde escolar.
A iniciativa da EPS procura fortalecer a capacidade do setor saúde e educação
para promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida de meninos, meninas, adolescentes,
pais, professores e outros membros da comunidade, apoiando todos os responsáveis pela
implementação de diferentes projetos e atividades na comunidade (Brasil, 2006). Pelicioni e
Torres (1999) apresentam as características da Escola Promotora de Saúde e dentre elas,
enfatiza a co-responsabilidade da escola, família e comunidade; Reconhece a necessidade de
ter uma visão integradora sobre saúde e o meio ambiente e procura envolver os serviços de
saúde.
Em 2002, o Ministério da Saúde (MS) elaborou o documento “Política Nacional
de Promoção da Saúde” em que incentiva a articulação com o Ministério da Educação e
Cultura (MEC) junto às secretarias estaduais e municipais de educação e o estímulo à
iniciativa de promoção da saúde no ambiente escolar. Entre as suas estratégias de
implantação, encontra-se a identificação e apoio a iniciativas referentes às Escolas Promotoras
da Saúde com foco em ações de alimentação saudável; práticas corporais/atividades físicas e
ambiente livre de tabaco.
Na tentativa de construir uma sociedade mais saudável, escolas e Unidades de
Saúde da Família (USF) são motivadas a atuarem em conjunto. Várias experiências relatadas
destacam a intersetorialidade, a articulação das ações com os Programas Saúde da Família e
Agentes Comunitários de Saúde para ações complementares àquelas do setor público na
implementação da promoção da saúde na comunidade escolar (Brasil, 2006). A partir dessa
concepção, surge o Programa de Saúde na Escola (PSE) pelo Decreto Presidencial nº. 6286 de
05 de dezembro de 2007, visando à integração e à articulação permanente entre educação e
saúde, com o objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações
de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades
que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.
A escola é um importante espaço para o desenvolvimento de um programa de
educação para a saúde entre crianças e adolescentes. Distingue-se das demais instituições por
ser aquela que oferece a possibilidade de educar por meio da construção de conhecimentos
resultantes do confronto dos diferentes saberes (Brasil, 2009).
2 JUSTIFICATIVA
Entende-se que a Escola Promotora de Saúde deve responsabilizar-se pelas
intervenções em educação em saúde, ambiente escolar, entorno e organização, comunidade
escolar, parcerias e serviços de saúde (Moreira et al, 2002). Nesse contexto, destaca-se a
importância de se estabelecer consensos sobre a concepção e práticas de saúde entre
profissionais da educação e os atores envolvidos da saúde e comunidade escolar, levando-os a
pensar saúde na escola das mais diferentes formas e significados na perspectiva de que se
realizem planejamentos coletivos com contribuição das diversas áreas do conhecimento
articulando e fortalecendo a rede constitutiva de uma Escola Promotora de Saúde.
Entre os desafios mais importantes das ações de promoção da saúde na escola,
estão a instrumentalização técnica dos professores e funcionários das escolas e dos
profissionais da Estratégia de Saúde da Família para apoiar e fortalecer as iniciativas; o
monitoramento e a avaliação da efetividade das iniciativas, para melhorar o compromisso das
escolas com a promoção da saúde de seus alunos, professores e outros membros da
comunidade escolar (BRASIL, 2006).
Visando lograr a integralidade do enfoque da área da saúde, a Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS) propõe a utilização de técnicas e métodos participativos que
ultrapassem a delimitação física da escola e envolvam pais, professores e comunidades.
Metodologias dessa natureza devem permear todas as atividades desenvolvidas, tais como
diagnóstico das necessidades de saúde da população escolar; desenvolvimento curricular de
forma integrada; preparação de material didático; formação permanente de professores e
funcionários; investigação, seguimento e avaliação das atividades desenvolvidas; e difusão de
informações sobre os avanços e desafios encontrados (BRASIL, 2006).
A educação é uma estratégia importante da saúde pública e, do mesmo modo, a
saúde é uma estratégia importante para que se tenha melhor aproveitamento do processo
educativo (BRASIL, 2006).
Este trabalho procura fornecer subsídios para a fundamentação da construção de
uma Rede de Escolas Promotoras de Saúde no Distrito Sanitário (DS) II da cidade do Recife
promovendo mudanças estratégicas com foco no ambiente escolar.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral:
Caracterizar as escolas do DS II da cidade do Recife inseridas no Programa Saúde
na Escola (PSE) relacionando-as e classificando-as a partir dos componentes estruturantes da
Escola Promotora de Saúde.
3.2 Objetivos Específicos:
• Identificar o perfil dos profissionais das escolas inseridas no PSE;
• Identificar a prática dos profissionais das escolas em relação à saúde na escola;
• Analisar a percepção dos profissionais de saúde sobre a Escola Promotora de
Saúde;
• Analisar a percepção dos professores, equipe técnica e comunitários sobre a
Escola Promotora de Saúde e o desenvolvimento do Programa Saúde na Escola;
• Classificar as escolas, através de um processo de reflexão de segunda ordem, a
partir dos componentes estruturantes da Escola Promotora de Saúde.
REFENCIAL TEÓRICO
4.1 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA
SAÚDE
O atual conceito ampliado de saúde leva em consideração a alimentação,
educação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde, devendo ser conquistada pela sociedade
em suas lutas cotidianas (Brasil, 1986).
De acordo com a carta de Ottawa (1986), fruto da Primeira Conferência
Internacional sobre promoção da saúde, fatores políticos, econômicos, sociais, culturais,
ambientais, comportamentais e biológicos podem tanto favorecer como prejudicar a saúde, o
que torna importante as ações de promoção da saúde fazendo com que as condições descritas
sejam cada vez mais favoráveis.
Nessa perspectiva, constata-se que há necessidade do setor saúde em se articular
com os diferentes setores da sociedade. A escola é um dos espaços que pode proporcionar o
desenvolvimento de programas de promoção e educação em saúde, tornando o setor educação
um forte e importante aliado do setor saúde para a concretização das ações de educação e
promoção da saúde. Segundo Bodstein apud Gomes (2012), a Promoção da Saúde se constitui
como campo de conhecimento e de prática, envolvendo um conjunto de ações com
características multisetoriais e multifocais, com ênfase nos determinantes, na participação da
comunidade, no empoderamento, na qualidade de vida e no desenvolvimento local,
possibilitando a adoção de políticas que priorizem a articulação intersetorial.
A partir dessa concepção, percebe-se que escola distingue-se das demais
instituições por ser aquela que oferece a possibilidade de educar por meio da construção de
conhecimentos resultantes do confronto dos diferentes saberes: aqueles contidos nos
conhecimentos científicos veiculados pelas diferentes disciplinas; aqueles trazidos pelos
alunos e seus familiares, os divulgados pelos meios de comunicação, e aqueles trazidos pelos
professores (Brasil, 2009).
Experiência de integração entre saúde-escola foi realizada no município de
Botucatu no estado de São Paulo. O trabalho de Cyrino e Pereira (1999) estruturou-se como
uma programação em saúde pública, na qual os objetivos não se limitaram ao atendimento
imediato dos problemas médicos do escolar nem se restringiram ao atendimento de demandas
individuais e/ou espontâneas, mas voltaram-se para assegurar o direito da criança de
beneficiar- se de ações organizadas no plano coletivo procurando possibilitar uma maior
integração entre equipe de saúde, escola, criança e família, objetivando contribuir para
assegurar o direito à saúde e à educação no processo de escolarização.
Figueiredo et al (2010) relata que foi no transcorrer do século XX que a saúde
escolar no Brasil começou a avançar em sintonia com a evolução técnico-científica,
deslocando o discurso tradicional – de lógica biomédica –, para a concepção da estratégia da
Iniciativa Regional Escolas Promotoras de Saúde (IREPS).
A relação entre os setores de Educação e de Saúde possui muitas afinidades no
campo das políticas públicas por serem baseados na universalização de direitos fundamentais
e com isso favorecem maior proximidade com os cidadãos nos diferentes cantos do país
(Brasil,2009). No entanto, Fugueiredo et al (2010) descrevem que a relação entre a Saúde e
Educação, no que diz respeito à saúde na escola nem sempre tem sido harmoniosa, e sugerem
que em vez de ações pontuais e isoladas, a melhor contribuição que a saúde poderia oferecer à
educação é a possibilidade de uma ação integrada e articulada, que de maneira crítica e
reflexiva possa significar oportunidade de atualização dos educadores, capacitando-os para a
tarefa de ministrar o discurso sobre orientação à saúde de forma transversal e interdisciplinar
na escola.
Para Marcondes (1972) educação em saúde na escola significa a formação de
atitudes e valores que levam o escolar à práticas conducentes à saúde e esta prática deve estar
presente em todos os aspectos da vida do escolar e integrada à educação global. “A
informação é um aspecto imprescindível e sine qua non da Educação em saúde mas, deve
permitir a promoção de aprendizagens significativas. Uma consequência prática da educação
em saúde é quando a aprendizagem funciona, a pessoa se responsabiliza por seu estilo de
vida” (Pelicioni e Torres, 1992, p. 6).
4.2 ESCOLAS PROMOTORAS DE SAÚDE
A estratégia de Escola Promotora de Saúde surge no final dos anos 80, como parte
das mudanças conceituais e metodológicas que incorporam o conceito de promoção da saúde
na saúde pública, estendendo-o ao entorno escolar (Shepherd, 2003). A Iniciativa Regional
Escolas Promotoras de Saúde (IREPS) da Organização Pan-Americana da Saúde surgiu
formalmente em 1995, em resposta à situação dos programas de saúde escolar, identificados
nos países da Região das Américas, e como resultado do compromisso da Organização desde
a década de oitenta, com a promoção e a educação para a saúde com enfoque integral no
âmbito escolar (Cerqueira apud OPAS 2003).
A IREPS se fundamenta e se baseia no conceito de promoção da saúde.
“Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade
para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no
controle deste processo” (Canadá, p.1,1986). Nessa perspectiva, a promoção da saúde vai
além dos cuidados em saúde. A saúde é construída e vivida pelas pessoas dentro daquilo que
fazem no seu dia-a-dia: onde elas aprendem, trabalham, divertem-se e amam. É construída
pelo cuidado de cada um consigo mesmo e com os outros, pela capacidade de tomar decisões
e de ter controle sobre as circunstâncias da própria vida, e pela luta para que a sociedade
ofereça condições que permitam a obtenção da saúde por todos os seus membros (Canadá,
1986).
A política de promoção da saúde requer a identificação e a remoção de obstáculos
para a adoção de políticas públicas saudáveis nos setores que não estão diretamente ligados à
saúde (Canadá 1986).
Segundo Harada (2003), a promoção da saúde no âmbito escolar tem três
componentes principais: Educação para saúde com enfoque integral; Criação de entorno
saudável e Provisão de serviços de saúde.
De acordo com a OPAS (1998), a educação para a saúde com enfoque integral
responde às necessidades do aluno nas etapas do seu desenvolvimento, visa a saúde como
uma construção social, relacionando dentro de cada contexto os problemas de saúde com seus
fatores determinantes, além de incorporar a Educação para Saúde em nível curricular como
parte do projeto institucional. Nas atividades educativas, promove a reflexão e a análise crítica
da informação; facilita a conscientização e o “empoderamento” dos estudantes e da
comunidade educativa como um todo buscando desenvolver novos conhecimentos e
habilidades que contribuam para a adoção e manutenção de estilos devida saudáveis, por meio
de técnicas participativas e atividades significativas que possam transcender o âmbito escolar.
“O desenvolvimento de habilidades para a vida é parte integral deste componente.
Esta estratégia promove a adoção e a manutenção de atitudes que permitam aos indivíduos
responder às demandas e desafios da vida diária, incluindo o ensino de habilidades para fazer,
pensar, se comunicar e tomar decisões” (SHEPHERD, 2003, p. 9).
A proposta da formação de uma rede de EPS apresenta expectativas e desafios, já
que ela aponta como uma estratégia para a construção de uma cidade mais saudável em busca
a intersetorialidade. Segundo Cordeiro (2008), a intersetorialidade pretende superar a visão
isolada e fragmentada na formulação e implementação de políticas e na organização do setor
saúde, incorporando o maior número possível de conhecimentos sobre outras áreas de
políticas públicas, como a educação, trabalho e renda, meio ambiente, habitação, transporte,
energia, agricultura etc., como também sobre o contexto social, econômico, político,
geográfico e cultural em que a política atua.
Nessa perspectiva, segundo IUHP - International Union for Health Promotion
and Education (2012), para implementar uma Escola Promotora de Saúde (EPS) é necessário
ter em conta os seguintes elementos:
• Desenvolver uma política de apoio às EPS por parte do governo ou da
autoridade local: Quando existem políticas de apoio às EPS por parte das autoridades
nacionais, regionais ou locais é mais fácil que as escolas adotem este conceito;
• Contar com o apoio da administração e da direção: A EPS consiste numa
abordagem global e como tal, necessita de apoio e compromisso continuado dos professores
responsáveis ou diretores/gestores/administradores da escola;
• Criar um pequeno grupo de pessoas que assuma ativamente a liderança e
coordenação das ações e que integre professores, pessoal não docente, alunos, pais e membros
da comunidade;
• Auditar as ações correntes de promoção da saúde de acordo com os seis
elementos essenciais das EPS: A auditoria analisa o que a escola está a fazer num dado
momento, com referência a cada um dos seis elementos. Um rápido balanço da situação
destes seis elementos é um bom ponto de partida.
A IUHP - International Union for Health Promotion and Education (2012)
apresenta ainda os seis elementos essenciais da escola promotora de saúde:
• Políticas de escolas saudáveis: Definem-se claramente em documentos ou em
práticas geralmente aceites que promovem a saúde e o bem-estar.
• O ambiente físico da escola: refere-se aos edifícios, terrenos, espaços de recreio
e equipamentos no recinto escolar e à sua volta: a concepção e a localização do edifício; o
acesso à luz natural e a sombra adequada; a criação de espaços para a atividade física; e
instalações adequadas para as aprendizagens e para alimentação saudável. Refere-se também
às instalações básicas: a manutenção do edifício e das práticas de higiene sanitária para
impedir a transmissão de doenças; a disponibilidade de água potável e de ar fresco; a ausência
de contaminantes ambientais, biológicos ou químicos, prejudiciais para a saúde.
• O ambiente social da escola: é uma combinação da qualidade das relações no
seio do pessoal, no seio dos alunos e entre uns e outros. É influenciada pelas relações com os
pais e com a comunidade mais vasta.
• Competências individuais de saúde e competências para a ação: Refere-se ao
currículo formal e informal e às atividades que lhe estão associadas, através das quais os
alunos, em função da idade, adquirem conhecimentos, habilidades e realizam experiências
que lhes permitem desenvolver competências para a ação com vista a melhorarem a sua
própria saúde e bem estar e das outras pessoas da comunidade, o que melhora os seus
resultados escolares.
• Ligação à comunidade: consiste nas relações entre a escola e as famílias dos
alunos, acrescida das relações entre a escola e os grupos e pessoas chave da comunidade local.
• Serviços de saúde: Trata-se dos serviços de saúde locais e regionais, da própria
escola ou ligados a ela, que são responsáveis pelos cuidados de saúde e da promoção da saúde
das crianças e adolescentes, através da prestação direta de serviços aos alunos (incluindo os
que têm necessidades especiais).
Experiências no Brasil representou uma proposição de promoção de saúde na
escola, que precedeu a criação de EPS no município do Rio de Janeiro ao buscar integrar a
política de saúde às políticas sociais. O projeto Nessa Escola eu Fico, em 1999, contribuía
para que se instituísse a promoção da saúde como política. Seu desenvolvimento em 19
escolas de horário integral, com abrangência de cerca de 11.000 alunos, aumentava o tempo
de permanência da criança e do adolescente na escola, investia na melhoria da qualidade dessa
escola e estimulava, na comunidade escolar, a capacidade de pensar, atuar e de tomar decisões
(Silva et al 2007).
No município de Embu, estado de São Paulo, as ações da EPS são através de
articulações transversais e intersetoriais, que envolvem diferentes coordenações, setores e
gestores das secretarias. Há uma coordenação (da Escola Promotora de Saúde) como
facilitadora do processo, portanto, não há equipes especialmente constituídas por não se tratar
de uma proposta ou programa vertical (Harada et al, 2007).
A IUHP - International Union for Health Promotion and Education (2012)
enfatiza que a implementação de uma EPS não é um projeto limitado no tempo. É um
processo de mudança, de desenvolvimento e de evolução que vai construindo uma
comunidade escolar saudável. No entanto, não se pode mudar tudo de uma só vez, e se os
objetivos e as estratégias forem realistas poder-se-ão produzir mudanças substanciais num
prazo de 3-4 anos.
4.3 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
O Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Saúde e do Ministério da
Educação, foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286 como fruto do esforço do
governo federal em construir políticas intersetoriais para a melhoria da qualidade de vida da
população brasileira. A Portaria nº 1.861, de 04 de setembro de 2008 regulamentou a
responsabilidade orçamentária do Ministério da Saúde (MS) com os municípios que aderem
ao PSE.
Com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede
pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde, o
PSE foi constituído a fim de contribuir para a comunicação entre escolas e unidades de saúde,
assegurando a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; e fortalecer a
participação comunitária nas políticas de educação básica e saúde, nos três níveis de governo
(Brasil, 2007).
O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica (creche,
ensino fundamental e médio), gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade
escolar e, de forma mais ampliada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (Brasil,2010).
A elaboração de um bom projeto é passo fundamental e estratégico para
sistematizaras ações de saúde escolar. Alianças e parcerias também são fundamentais, por
exemplo, com programas públicos ou privados, ou ainda do terceiro setor, que utilizem
tecnologias propícias para a promoção da saúde escolar (Brasil, 2009).
No PSE, a criação dos territórios locais se dá a partir das estratégias firmadas
entre a escola, a partir de seu projeto político-pedagógico, e a unidade básica de saúde. O
planejamento das ações do PSE deve levar em consideração o contexto escolar e social, o
diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde do escolar (Brasil,
2010).
Uma estratégia fundamental para garantir a institucionalização e sustentabilidade
das ações e projetos é o trabalho participativo com a direção e o corpo de professores, além de
estimular a inserção da promoção da saúde no projeto político pedagógico da escola. Isso
exige uma relação próxima entre os profissionais de saúde e da educação, para reflexão
conceitual da proposta e otimização de ações no cotidiano programado pela instituição. Como
medida facilitadora, deve-se estimular o desenvolvimento de práticas metodológicas e
atividades com estudantes, pais e familiares em parceria com o corpo de professores da escola
(Brasil,2006).
Experiência com êxito se deu na implantação do PSE em uma escola no
município de Fortaleza-CE permitiu aos profissionais de saúde a percepção do seu papel
social de educador e possibilitou aos adolescentes maior contato com a equipe da ESF. A
aproximação entre escola e unidade de saúde contribuiu para ajudar os adolescentes a
transformarem a informação científica em comportamentos saudáveis (Santiago et al, 2012).
4.3.1 Diretrizes do Programa Saúde na Escola
I. Tratar a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a
cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
II. Permitir a progressiva ampliação intersetorial das ações executadas pelos
sistemas de saúde e de educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e
adolescentes;
III. Promover a articulação de saberes, a participação dos educandos, pais,
comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social das políticas
públicas da saúde e educação;
IV. Promover a saúde e a cultura da paz, favorecendo a prevenção de agravos à
saúde, bem como fortalecer a relação entre as redes públicas de saúde e de educação;
V. Articular as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) às ações das redes de
educação pública de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos
educandos e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços,equipamentos e recursos
disponíveis;
VI. Fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que
possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar;
VII. Promover a comunicação, encaminhamento e resolutividade entre escolas e
unidades de saúde, assegurando as ações de atenção e cuidado sobre as condições de saúde
dos estudantes;
VIII. Atuar, efetivamente, na reorientação dos serviços de saúde para além de suas
responsabilidades técnicas no atendimento clínico, para oferecer uma atenção básica e integral
aos educandos e à comunidade.
4.3.2 Estruturação do Programa
De acordo com a cartilha Passo a Passo do Programa Saúde na Escola do
Ministério da Saúde (2011), o programa está estruturado em três blocos, denominados
componentes.
O primeiro componente consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo
estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal (controle de
cárie), acuidade visual e auditiva e, ainda, avaliação psicológica do estudante. Deverão ser
avaliados 500 escolares por Equipe de Saúde da Família.
O segundo componente trata da promoção da saúde e da prevenção, que trabalha
as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de
violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem
à educação sexual e reprodutiva, educação ambiental e desenvolvimento sustentável, além de
estímulo à atividade física e práticas corporais. Esse componente deve atender 1000 escolares
por Equipe de Saúde da Família.
O terceiro componente do programa é voltado à educação permanente e
capacitação de profissionais e de jovens, utilizando-se das seguintes estratégias: Formação do
Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) por meio de oficinas e educação à distância; Formação
de Jovens Protagonistas para o PSE/SPE, por meio da metodologia de educação de pares,
buscando a valorização do jovem como protagonista na defesa dos direitos à saúde; Formação
de profissionais da educação e saúde nos temas relativos ao Programa Saúde na Escola
através de realização de atividades de educação permanente de diversas naturezas, junto
aos(às) professores(as), merendeiros(as), agentes comunitários de saúde, auxiliares de
enfermagem, enfermeiros(as), médicos(as) e outros profissionais das escolas e das equipes de
Saúde da Família; Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas
Públicas através de parcerias entre a Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), Secretaria de
Educação Básica (SEB/MEC), Secretaria de Educação a Distância (SEED/MEC) e Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC).
Essa etapa está sob a responsabilidade da Universidade Aberta do Brasil, do
Ministério da Educação, em interface com os Núcleos de Telessaúde, do Ministério da Saúde,
e observa os temas da saúde e constituição das equipes de saúde que atuarão nos territórios do
PSE.
O tempo de execução de cada bloco será planejado pela Equipe de Saúde da
Família levando em conta o ano letivo e o projeto político-pedagógico da escola. “Ao
incorporar o tema da saúde em seu projeto político-pedagógico, a escola passa a promover
ações educativas em saúde que levam à reflexão sobre o que é ter uma vida saudável” (Brasil,
2005, p.9).
As ações previstas no PSE serão acompanhadas por uma comissão intersetorial de
educação e de saúde, formada por pais, professores e representantes da saúde, que poderão ser
os integrantes da equipe de conselheiros locais.
O Programa Saúde na Escola na cidade do Recife atende aproximadamente
28.474 alunos em 63 escolas nas 6 Regiões Político-Administrativa/DS. De acordo com Nota
Técnica publicada em janeiro de 2013, dados referentes aos componentes I e II foram
alimentados no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (SIMEC) de forma
consolidada gerando percentuais atingidos relativos ao ano de 2012. Dentre eles encontra-se,
100% em realização das ações educativas sobre promoção da alimentação e modos de vida
saudáveis com a comunidade escolar, considerando os alimentos regionais, e as ações de
atividades de sensibilização, responsabilização e intervenção do cuidado consigo mesmo e
com o ambiente escolar. No entanto, menores percentuais foram encontrados em relação às
atividades ofertadas abordando temáticas de saúde sexual e reprodutiva no cotidiano escolar
(41,49%), riscos e danos sobre uso abusivo de álcool, tabaco, crack e outras drogas (49,69%)
e oferta de práticas corporais orientadas relacionadas a realidade da comunidade incluídas no
cotidiano escolar (67,36%).
5. METODOLOGIA
5.1 Metodologia de Estudo
Trata-se de uma pesquisa descritiva quanti-qualitativa que adotará um
delineamento de estudo do tipo pesquisa-ação. Baldissera (2001) descreve que a pesquisa-
ação por ser investigativa supõe um conjunto de procedimentos técnicos e operativos para o
conhecimento da realidade ou um aspecto desta, com o objetivo de transformá-la pela ação
coletiva. Na pesquisa-ação acontece simultaneamente o “conhecer” e o “agir”, uma relação
dialética sobre a realidade social desencadeada pelo processo de pesquisa.
5.2 Local de desenvolvimento do estudo
A cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco, é dividida em 6 Regiões
Políticas-Administrativas (RPA). Para o setor saúde, cada RPA corresponde a um Distrito
Sanitário (DS).
O estudo está sendo realizado em 14 escolas municipais do Distrito Sanitário (DS)
II da cidade do Recife, distribuídas em 7 bairros na zona norte da cidade. As escolas estão
inseridas no Programa Saúde na Escola (PSE) e vinculadas a 10 Unidades de Saúde da
Família (USF).
O DS II possui uma população de residentes de 221.234 habitantes (IBGE 2010) o
que representa 14,39% da população do Recife. Nele encontra-se um dos bairros mais
populosos (Água Fria) e menos populosos (Torreão) das RPAs da cidade do Recife.
A rede municipal de ensino do Recife dispõe hoje de 214 escolas, sendo 49 no DS
II e apresenta a seguinte estrutura: Educação Infantil (Creches – 0 a 3 anos e Pré-escola – 4 a
5 anos), Ensino Fundamental ( 1º ciclo – 6 a 8 anos; 2º ciclo – 9 a 10 anos; 3º ciclo – 11 a 12
anos; 4º ciclo – 13 a 14 anos), Ensino Médio e EJA ( A partir de 15 anos).
5.3 População
A população deste estudo será representada por profissionais da educação e
comunitários de escolas municipais de ensino inseridas no Programa Saúde na Escola e
profissionais das Unidades de saúde da Família vinculadas ao PSE do DS II da cidade do
Recife.
5.4 Amostra
A amostra será composta por 14 coordenadores ou vice dirigentes escolares, 14
professores, 10 pais e 14 profissionais de saúde representados por Agente comunitário de
saúde, médico, enfermeiro e dentista totalizando 52 pessoas.
5.5 Coleta de dados
Serão combinadas diferentes técnicas de coletas de dados. Primeiramente será
realizado preenchimento de formulário com auxílio da direção escolar para caracterização das
escolas juntamente com a análise documental que se constituirá no levantamento dos
seguintes materiais: Projeto Político Pedagógico (PPP), Grade Horária, quadro de docentes,
funcionários e alunos, referentes ao período de desenvolvimento do estudo. A segunda parte
da coleta consiste em utilizar um questionário auto aplicável constituído de perguntas
fechadas e abertas que será aplicado junto aos profissionais da educação e profissionais da
saúde da USF a que a escola está vinculada. O questionário constará de três partes, sendo a
primeira referindo-se a identificação e caracterização dos participantes. A segunda parte
abordará perguntas fechadas e a terceira parte, perguntas abertas relacionadas a temática
Saúde na Escola. A terceira e última etapa da coleta será realizado um grupo focal com pais e
comunitários de uma Escola sorteada.
5.6 Plano de análise dos dados
Para a análise dos dados quantitativos será utilizado o programa estatístico SPSS,
versão 16.0. Para análise dos dados qualitativos será utilizada a Análise de Discurso em se faz
uma leitura do texto enfocando a posição discursiva do sujeito, legitimada socialmente pela
união do social, da história e da ideologia, produzindo sentidos.
6. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
Esse estudo é um subprojeto do Projeto REDE ESCOLAS PROMOTORAS DE
SAÚDE: RECONHECENDO, PESQUISANDO E DESENVOLVENDO
POTENCIALIDADES PARA A CONSTRUÇÃO DA REDE ESCOLAS PROMOTORAS
DE SAÚDE EM PERNAMBUCO / BRASIL que já foi submetido submetido e aprovado pelo
comitê de ética na Plataforma Brasil.
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