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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA MULTIVIX CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR PARA UMA ESCOLA TÉCNICA DE ARTES EM NOVA VENÉCIA - ES THIAGO PEREIRA LINO NOVA VENÉCIA ES 2018

O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA – MULTIVIX CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO

PRELIMINAR PARA UMA ESCOLA TÉCNICA DE ARTES EM NOVA VENÉCIA - ES

THIAGO PEREIRA LINO

NOVA VENÉCIA – ES 2018

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O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR PARA UMA ESCOLA TÉCNICA DE ARTES EM

NOVA VENÉCIA - ES

THIAGO PEREIRA LINO

Trabalho de Conclusão de Curso de

Graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Prof. André Lima Ferreira

NOVA VENÉCIA – ES 2018

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O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR PARA UMA ESCOLA TÉCNICA DE ARTES EM

NOVA VENÉCIA - ES

THIAGO PEREIRA LINO

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado à Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX, como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em ___ de _________ de ____

COMISSÃO EXAMINADORA

_________________________________________ Prof. André Lima Ferreira

Arquiteto e Urbanista Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX

Orientador

_________________________________________ Prof.ª Carolina Oliveira Wagmacker

Arquiteta e Urbanista Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX Examinadora

_________________________________________ Dângela Detemann Muniz Arquiteta e Urbanista

Examinadora

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DEDICATÓRIA

A todos aqueles que acreditam no poder e

na importância do ensino e da

aprendizagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais pelo carinho, esforço e toda dedicação que recebi durante

toda minha vida. Por todo caminho que trilhei até aqui, sempre soube que poderia

contar com vocês e sempre serei grato pela oportunidade que foi dada a mim de ser

verdadeiro e pelo apoio que recebi em cada decisão que tomei, mesmo que nem

sempre concordassem, continuaram ao meu lado me amando, sempre.

Aos meus avós, pelo amor, por cuidar de mim e zelar pelo meu bem estar, estando

presentes sempre que precisei e acreditando em mim como pessoa, mantendo a

tradição familiar de que a qualquer momento nossa família sempre será uma rocha

ao qual podemos nos apoiar, seja nos maus e bons momentos.

Ao meu orientador, Prof. André, pela atenção e sabedoria transmitida, pelos

ensinamentos obtidos em sala de aula e no Laboratório de Práticas (OCA), como

também aos demais mestres que colaboraram com minha formação, pela

convivência e principalmente paciência com nossa turma.

Aos colegas de classe, pela experiência e convívio, pela oportunidade de conhecê-

los e de aprender na companhia de cada um, não só os ensinamentos acadêmicos,

mas também lições para a vida.

A Ana Paula e Brenda, pelos dias e noites compartilhados desde o ensino

fundamental, pelas longas viagens a faculdade durante a graduação e por todo

ombro amigo, carinho e amor que recebi. Sem vocês essa aventura não teria tanta

emoção.

Agradeço especialmente ao querido “grupo”: Geovani, Marciane, Sâmela e Stênio,

que nesses cinco anos tornaram a experiência da graduação algo inesquecível,

pelos trabalhos produzidos, pelos sorrisos e brincadeiras, pelas noites sem dormir,

pelas discussões intermináveis por WhatsApp, por cada compatibilização de

arquivos que fiz até hoje, pelo apoio compartilhado, pela cumplicidade e

compreensão, obrigado.

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“A arte diz o indizível; exprime o

inexprimível; traduz o intraduzível.”

Leonardo Da Vinci

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RESUMO

O estudo da concepção dos espaços de ensino vem sendo discutido desde a

antiguidade, tendo como principal objetivo a criação de ambientes que sejam

favoráveis às políticas pedagógicas de cada região, criativos e estimulem o processo

educacional de forma justa e coerente. O presente trabalho tem por objetivo o

desenvolvimento de um estudo preliminar para uma Escola Técnica de Artes na

cidade de Nova Venécia – ES, no intuito de fomentar a formação artística como

parte fundamental no mercado de trabalho. O estudo foi desenvolvido através da

revisão bibliográfica sobre a linha evolutiva das políticas pedagógicas, o ensino das

artes, estudos de caso de edificações educacionais e das condicionantes projetuais

pertinentes a este tipo de edificação, como forma de viabilizar a produção

arquitetônica, que é o objetivo do trabalho, oferecendo à população a interpretação

de uso do espaço como forma de alavancar o desenvolvimento regional e

disponibilizar aos usuários um espaço agradável, coeso e que faça jus a seu

propósito. Desta forma o estudo mostra que, através da produção arquitetônica e

dos levantamentos feitos, o ensino das artes pode ser disseminado e contribui para

formação educacional da população, tendo o foco em um espaço multifuncional,

com apresentação estética agradável e que se integre na paisagem.

Palavras-chave: Arquitetura escolar. Artes. Ambiente de ensino.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 9

1 EDUCAÇÃO, ARTE E ARQUITETURA.............................................................12

1.1 AS POLÍTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO EDUCACIONAL ....................12

1.2 O ENSINO DAS ARTES ...............................................................................................16

1.3 O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO .................................................................17

2 TECNOLOGIA DO AÇO ...........................................................................................27

2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO AÇO ...........................................................27

2.2 O AÇO EM EDIFÍCIOS EDUCACIONAIS ..................................................................29

3 ESTUDOS DE CASO .................................................................................................31

3.1 ESCOLA DE ARTE CARCASSONNE .........................................................................31

3.1.1 Implantação .................................................................................................................31

3.1.2 Programa......................................................................................................................33

3.1.3 Estrutura e Materialidade.........................................................................................34

3.2 ESCOLA PANAMERICANA DE ARTE ........................................................................35

3.2.1 Implantação .................................................................................................................36

3.2.2 Programa......................................................................................................................36

3.2.3 Estrutura e Materialidade.........................................................................................38

3.3 CÉLULA MODULAR UNIVERSITÁRIA (CEMUNI) – UNIVERSIDADE FEDERAL

DO ESPÍRITO SANTO..........................................................................................................40

3.3.1 Implantação .................................................................................................................40

3.3.2 Programa......................................................................................................................42

3.3.3 Estrutura e Materialidade.........................................................................................43

3.4 QUADRO COMPARATIVO ...........................................................................................45

4 O LOCAL DE ESTUDO E SUAS CONDICIONANTES ..............................47

4.1 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ..............................................................................51

4.2 CONDICIONANTES LEGAIS ........................................................................................52

5 PROPOSTA ARQUITETÔNICA ............................................................................57

5.1 CONCEITO E PARTIDO ................................................................................................57

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5.2 ESTUDOS DE FLUXO E PROGRAMA .......................................................................58

5.3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.........................................................................62

6 CONCLUSÃO ................................................................................................................69

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................70

ANEXOS...............................................................................................................................72

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INTRODUÇÃO

A concepção de espaços que atendam as reais necessidades de seus usuários é

um dos grandes desafios do arquiteto e urbanista. No âmbito da arquitetura escolar,

estes espaços sofrem influências de politicas pedagógicas, das características do

entorno, dos profissionais envolvidos e da abordagem conceitual de seus

idealizadores, gerando diferentes questionamentos de como o espaço educacional

contribui com o processo de aprendizagem. Observa-se, neste cenário, uma

escassez de atuações que coloquem em foco, mesmo em médio prazo, uma melhor

qualidade de ensino. (KOWALTOWSKI, 2011).

Na arquitetura, a valorização dos espaços e a avaliação de seus usos são

ferramentas indispensáveis para a boa prática projetual. Através do estudo de

impacto, das potencialidades, do histórico do local, entre outros fatores, é possível

transcender os limites de linhas conectadas em um papel, abrangendo o contexto

social e dando dignidade aos ambientes e seus usuários, abraçando o coletivo.

Desta forma, a necessidade de melhorar a qualidade de ensino através da

modificação dos espaços onde ele ocorre, acarreta em discussões de como a

arquitetura pode contribuir na dinamização destes espaços, muitas vezes

negligenciados nas políticas pedagógicas atuais, oferecendo melhorias na

capacidade de desenvolvimento das crianças e na formação profissional de jovens e

adultos.

Assim, a arquitetura escolar tem como premissa a busca da produção de ambientes

de estudo que satisfaçam as necessidades das mais diversas políticas educacionais

(ARAÚJO, 2014), permitindo a todos envolvidos, alunos, profissionais da educação e

auxiliares a experiência de ensinar e aprender de forma coesa, responsiva e

funcional.

A oferta de cursos de carreira artística no norte do estado do Espírito Santo é

escassa, enquanto a concentração de cursos de áreas administrativas e de ciências

exatas é cada vez maior. Segundo Felisberto e Torchetto (s.d., p.11148) “Os

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segmentos da Arte (Artes Visuais, Dança, Música e Teatro), contemplados no

ensino, possuem finalidades específicas que contribuem para a formação integral do

sujeito.” sendo assim, a diversidade de ofertas de espaços com objetivo de ensino

das artes é de extrema importância para a formação de jovens, aguçando sua

percepção de carreiras a seguir.

Diante desta interpretação, é proposto o estudo preliminar para uma Escola de

Ensino Técnico/Profissional de Artes, no intuito de fomentar o ensino técnico nesta

área no norte do estado do Espírito Santo, aumentando o número de opções de

formação na área artística, cada vez mais escassa, para a população, tendo como

princípios a utilização funcional dos espaços e a potencialidade de surgimento de

um polo universitário na cidade de Nova Venécia – ES.

Para atingir o objetivo geral, foram delimitados os seguintes objetivos específicos:

Compreender as políticas pedagógicas e sua relação com o ambiente de ensino;

Elucidar a importância do ensino das artes e sua contribuição para a formação

técnico-profissional; Parametrizar o processo projetual para a arquitetura escolar,

explanando suas principais características; e Desenvolver uma proposta de

ambiente escolar que satisfaça as necessidades da política pedagógica de ensino,

englobando aspectos de uma boa arquitetura.

Visando alcançar essas metas, foi necessário o estudo sobre referenciais teóricos

sobre a temática da Arquitetura Escolar, buscando compreender o processo

histórico das políticas pedagógicas, demonstrando como elas influenciam no

desenvolvimento dos espaços educacionais, contextualizando-os e evidenciando as

necessidades destes, além de apresentar a importância do ensino das artes como

formação profissional.

O trabalho contou, ainda, com delimitação da área para concepção do objetivo geral,

além do estudo de suas condicionantes e potencialidades, apresentando o local e

sua relação com o entorno, tendo em vista a integração da proposta do estudo com

a área.

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O desenvolvimento deste trabalho se dá em cinco capítulos. No primeiro trata-se do

referencial teórico, explanando sobre as teorias da educação, sua relação com o

espaço de ensino e como influenciam no projeto dos mesmos, além dos aspectos da

arquitetura pertinentes ao desenvolvimento do espaço educacional. No segundo

capítulo será realizado um estudo sobre a tecnologia do aço e suas aplicações em

edifícios educacionais. No terceiro são feitos estudos de caso de edificações

escolares a fim de expor suas características e principais aspectos. No quarto

apresenta-se a aproximação do tema, delimitando o local escolhido para realização

do objetivo, suas potencialidades e a relação do local escolhido para a edificação

com o contexto econômico-social. No quinto capítulo será definida a proposta

arquitetônica, baseada nos princípios e potenciais levantados nos capítulos

anteriores, através de um estudo preliminar para a Escola Técnica de Artes.

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1 EDUCAÇÃO, ARTE E ARQUITETURA

Ao pensar no processo de concepção da arquitetura escolar, nos deparamos com

diversas teorias pedagógicas que fundamentam o processo de ensino. A partir

destas, o ambiente escolar se define como agente de potencialização do processo

de aprendizagem, tendo papel fundamental nele, refletindo tais teorias e

evidenciando os espaços de convivência e potenciais para o ensino e o

aprendizado.

Neste capítulo, pretende-se esclarecer as teorias que norteiam o processo

pedagógico, apresentando seus autores e conceitos, a fim de relaciona-las como o

projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as

condicionantes projetuais desse ambiente, além da aplicação na definição da

experiência das artes e o poder transformador da edificação educacional no contexto

social.

1.1 AS POLÍTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO EDUCACIONAL

Com o passar dos anos, o homem sentiu a necessidade de se aperfeiçoar nos

métodos de trabalho e consequentemente a forma como ele é passado através das

gerações. O ensino tem papel fundamental nesta área, agregando valor ao

conhecimento na sociedade.

A especialização de tarefas na sociedade também levou à criação de sistemas de aprendizagem diferenciados. A divisão em classes sociais com interesses próprios consagrou a educação como um dos meios mais

eficazes para consolidar, ao longo das gerações, a divisão interna da sociedade. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 13)

A história da educação está diretamente relacionada com a necessidade de

organizar o conhecimento e passá-lo a diante, em períodos onde a religião exercia

forte influência no meio de vida da população, sendo que as igrejas foram

consideradas as primeiras instituições de ensino, formando a base da educação

formal.

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Na Grécia, se inicia a contextualização e primeiras ideologias acerca da formação

pedagógica, influenciando as politicas educacionais ocidentais (KOWALTOWSKI,

2011) tendo Sócrates como principal influenciador neste processo.

Na era de Sócrates (cerca de 400 a.C.), foi criado um modelo educador em um sistema que favorecia o pensamento crítico individual, a competição e a educação física. As disciplinas intelectuais também surgem como conteúdo

do ensino formal. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 14)

A partir de movimentos religiosos que contrapunham a privatização do conhecimento

por parte da Igreja Católica, inicia-se um advento de mudanças na distribuição

deste, começando a verdadeira busca pela disseminação desse conhecimento a

população em geral.

Com isso, destaca-se a Reforma religiosa de Martinho Lutero, em 1517, que era

contra a doutrina eclesiástica, defendendo a democratização das Sagradas

Escrituras, traduzindo-as do latim para o alemão, oferecendo o direito a leitura a

população, potencializando o processo de alfabetização, juntamente com o

surgimento da imprensa em massa, beneficiando diversas camadas sociais, em

especial as pessoas que não sabiam ler. (KOWALTOWSKI, 2011).

O principio das propostas educacionais de caráter universal surgiram pelo tcheco

Comenius (Jan Amos Komenský) que “preconizou uma escola elementar à qual

todos – ricos, pobres, homens e mulheres – teriam acesso e na qual seriam

selecionados indivíduos mais capacitados para cursar o ensino superior.”

(KOWALTOWSKI, 2011, p.16).

Para o teórico, o ambiente social e físico exercia total influencia no processo de

aprendizagem, defendendo a formação de um ser humano completo, em todos os

sentidos, sendo o espaço de ensino parte desse processo. Comenius fixava uma

série de recomendações, entre elas:

[...] a necessidade de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço

livre e ecológico, capaz de favorecer a aprendizagem, que se iniciava pelos sentidos, para que as impressões sensoriais obtidas pela experiência com objetos fossem internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Seu

método didático constitui-se basicamente com três elementos:

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compreensão, retenção e prática, valorizando a aplicação e o uso definido

de tudo o que se ensina. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 16)

No século XVIII surge o movimento Iluminista, modificando totalmente o modo de

vida da população, onde acreditavam que o ser humano vivia em um mundo que é

reflexo de suas interações, ideias e princípios. Nesta época houve uma “[...]

verdadeira revolução dos meios de produção, que influenciaram o modo de vida do

ser humano, com a revolução industrial, econômica, científica e cultural, que levou a

uma revisão de todos os paradigmas até então estabelecidos.” (KOWALTOWSKI,

2011, p.16).

Defendendo estes princípios, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), contribuiu com

sua teoria educacional de apoio ao desenvolvimento da criança, sendo contra a atos

educacionais duros e fechados. O teórico defendia:

A atenção ao desenvolvimento de opiniões individuais, a harmonia das necessidades e a prevalência de um espírito humanitário. Para ele a criança deve ser educada para se tornar um ser humano completo, e não para uma

profissão específica. Assim, colocou o professor como o orientador. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 17)

Também contribuindo para o processo de desenvolvimento das políticas

educacionais, agora no século XIX, Joahnn Henrich Pestalozzi (1746-1827) defendia

a educação pública e democrática, de alcance a todos, onde “[...] a escola deveria

assemelhar-se a uma casa bem organizada, pois o lar era melhor instituição de

educação, base para a formação moral, política e religiosa.” (KOWALTOWSKI, 2011,

p.17).

Pestalozzi colaborou com uma a definição de desenvolvimento orgânico, com

métodos que associavam o desenvolvimento progressivo a experiência do contato

físico e material, melhorando o individuo em seu próprio ritmo. Foi de extrema

importância no encorajamento da formação de professores tendo a educação como

uma ciência. (KOWALTOWSKI, 2011).

Entre o século XIX e o século XX, John Dewey (1859-1952) revolucionou a didática

pedagógica, através de princípios de revolução do processo de ensino, onde as

experiências são parte fundamental e estruturante do indivíduo. Segundo

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Kowaltowski (2011, p.20) “Para o autor, a educação faz parte do desenvolvimento

natural do ser humano e se concretiza pela superação das dualidades que

tradicionalmente afetam o ser humano e suas relações [...]”. Sendo assim, o

desenvolvimento educacional não deve levar em consideração a preparação do ser

humano para eventos futuros, mas sim considerar as relações da atualidade como

parte fundamental do desenvolvimento como indivíduo.

No século XX as dificuldades de explorar a educação universal se encontram no

contexto cultural, tecnológico e social. A difusão da educação apresentou melhorias,

mas estas ocorreram de forma heterogênea, onde o ensino superior apresenta uma

falha na relação qualidade/quantidade.

A explosão demográfica, em muitos casos, contribuiu para diminuir o sucesso do esforço de alfabetização. Em consequência da democratização do acesso ao ensino fundamental – no Brasil, processo de universalização –

, houve, na maioria dos países, uma grande demanda pelo ensino médio e superior. No caso específico do ensino superior, gerou a abertura expressiva de centros de ensino mantidos pela iniciativa privada, ampliando,

em muito, o número de vagas, nem sempre com a qualidade almejada. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 29)

Desta forma, a educação necessita de políticas eficientes para atender as

necessidades da população, sendo o quesito qualidade o principal citado na

concepção de uma educação mais justa e humana.

O advento da tecnologia surge como potencial de disseminação em massa da

educação, sendo o principal recurso para a democratização do acesso ao ensino.

Apesar de seu potencial, os recursos tecnológicos devem ser usados com cautela,

uma vez que a qualidade do ensino pode ser prejudicada se a construção da política

que utiliza esse recurso ignorar o contato social, que muitas vezes é esquecido com

o ensino totalmente digital. A interação com o meio é essencial para uma educação

de qualidade.

Considerando as Teorias da Educação apresentadas nota-se a necessidade de

ordenamento e a incessante discussão de como podemos melhorar a qualidade do

ensino. A arquitetura surge como instrumento de definição dos ambientes onde se

ocorre o ensino e aprendizado, contribuindo para os conceitos e metodologias da

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educação de forma a potencializa-los e garantir resultados satisfatórios. Assim pode

se considerar que

O sistema educacional precisa dar suporte aos métodos de ensino, mas a

qualidade da educação depende da criação de um ambiente escolar composto por material didático, móveis, equipamentos e a forma do espaço físico. O conforto que este oferece para o desenvolvimento das suas

funções deve ser levado em conta. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 36)

Logo, a educação se mostra como um processo gradual que se altera com o passar

do tempo e depende de diversos fatores para se consolidar. A arquitetura tem para

si o papel de fomentar esse processo e contribuir com o desenvolvimento para com

o mesmo. Desta forma, para o aprofundamento do objeto de estudo, é observada a

importância do levantamento das prioridades e aspectos qualitativos no ensino de

artes, para assim viabilizar a produção arquitetônica para este tipo de ambiente.

1.2 O ENSINO DE ARTES

A educação em artes está presente em diversos seguimentos do ensino e reforça a

teoria da educação com base em um processo de humanização e reflexão do

cotidiano e da história.

A arte é uma das mais inquietantes e eloquentes produções do homem.

Arte como técnica, lazer, derivativo existencial, processo intuitivo, genialidade, comunicação, expressão, são variantes do conhecimento arte que fazem parte do nosso universo conceitual, estritamente ligado ao

sentimento da humanidade. (FUSARI; FERRAZ, 1993, p. 99)

Como parte das politicas educacionais, a arte surge como elemento transformador

que renova o olhar de quem está aprendendo, contribuindo para a formação

acadêmica e sendo indispensável na vida da população. A arte está presente no dia

a dia de todos e no mercado de trabalho se apresenta como segmento criativo, cada

vez mais difundido, oferecendo oportunidades a diversas pessoas.

A formação em artes vai além dos conhecimentos didáticos e práticos desse

segmento, colabora com a percepção humanística das pessoas e fomenta a

criatividade e inventividade.

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A Educação Através da Arte é, na verdade, um movimento educativo e

cultural que busca a constituição de um ser humano completo, total dentro dos moldes do pensamento idealista e democrático. Valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procura despertar sua

consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual pertence. (FUSARI; FERRAZ, 1993, p. 15)

Observada sua importância, o ensino das artes se constitui como elemento

significativo em um ambiente escolar, tendo como base o acesso a informação e a

idealização da formação individual e coletiva, podendo ser refletida no ambiente

construído que será agente catalisador neste processo ensino-aprendizagem.

Para Fusari e Ferraz (1993, p.20) o ensino da arte deve “[...] garantir que os alunos

conheçam e vivenciem aspectos técnicos, inventivos, representacionais e

expressivos em música, artes visuais, desenho, teatro, dança, artes audiovisuais.”

Assim, o programa do ensino de artes é bastante vasto, podendo abranger múltiplas

experiencias a todos os envolvidos no processo, sendo ideal na constituição de um

segmento específico de ensino, como o técnico por exemplo, que irá permitir o

desenvolvimento de uma política pedagógica adequada ao público alvo, oferecendo

oportunidades e acesso a estes. Sendo assim, é possível aplicar este programa

pedagógico na concepção de projetos de ambientes de ensino, viabilizando uma

melhor concepção arquitetônica do local.

1.3 O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO

As teorias da educação nos oferecem um panorama sobre como o processo

pedagógico influencia no ambiente de ensino. Através da história, pode-se observar

que as politicas pedagógicas geram um índice de necessidades para a correta

aplicação de seus parâmetros, tendo o ambiente escolar um papel primordial,

propiciando melhor qualidade de ensino.

A estruturação do ambiente de ensino necessita de uma ação conjunta de

profissionais que irão nortear sua composição, em relação às politicas pedagógicas

propostas e o público alvo a ser atendido.

O ambiente escolar nas instituições da atualidade depende fundamentalmente do sistema educacional, da pedagogia adotada, dos

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objetos propostos, dos recursos aplicados e da dinâmica da sociedade, bem

como dos avanços científicos e tecnológicos. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 37 - 38)

Vários são os fatores que influenciam a qualidade do ambiente escolar, dando

ênfase aos recursos humanos e a estrutura organizacional destes espaços, que

atuam diretamente na capacidade do ensino e aprendizagem, indispensáveis na

elaboração do projeto do ambiente de ensino (Imagem 01).

Imagem 01: Pontos a serem levados em consideração no projeto de arquitetura escolar. Fonte:

https://www.habitusbrasil.com/wp-content/uploads/2017/03/Modelo-projeto-arquitetura-escolar.jpg.

Acesso em 02/06/2018.

Alguns aspectos podem ser referenciados neste sentido, tendo como objetivo

compreender o funcionamento destes espaços, seu público alvo e o potencial desse

tipo de empreendimento. É interessante ressaltar que existem indicadores sobre a

qualidade destes ambientes, que auxiliam na compreensão destes espaços,

conforme afirma Kowaltowski (2011, p.38) “[...] variam desde a organização e gestão

da escola, a proposta pedagógica, a qualidade do corpo docente, o perfil do aluno,

até as questões sobre o tamanho das turmas e da escola e seus equipamentos.”

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Diante deste contexto, surge o questionamento da arquitetura como forma de

fomentar a pratica educacional, estabelecendo relações com o meio ambiente e as

atividades ali exercidas. A teoria arquitetônica revela a importância da humanização

de projetos deste tipo, aproximando o usuário de uma experiência significativa,

agradável e única, onde o entorno físico faz parte da vida cotidiana. Neste aspecto

destacam-se:

Configurações espaciais específicas, como nichos, caminhos acessos, distribuição de luz no ambiente (relação entre as aberturas e o espaço físico), intensidade de cores, texturas e seus respectivos efeitos sobre o

usuário, e também a simbologia de cada elemento presente na obra [...] (KOWALTOWSKI, 2011, p. 40 apud KOWALTOWSKI, 1980)

É relevante destacar também, a importância da arquitetura escolar para a

comunidade, contribuindo para a produtividade de alunos e professores, gerando um

contexto adequado para a prática educacional, estimulando a boa prática acadêmica

que exerce impacto positivo no contexto social onde está inserida.

Outros fatores que devem ser levados em consideração na produção dos ambientes

educacionais se referem às condicionantes do ambiente e das expectativas dos

usuários destes, sejam os alunos ou profissionais da educação e seus auxiliares,

satisfazendo as necessidades destes.

Assim, devem-se levantar fatores como: função do ambiente público ou privado; necessidades coletivas e/ou individuais para o exercício das funções vitais; preferências e expectativas individuais em relação ao espaço

utilizado; diferenças culturais e de hábitos; gradiente de privacidade exigido; dimensão do ambiente relacionado com a densidade e o tempo de permanência no local; normas de vivência a que estão sujeitos os

indivíduos; interação social entre os usuários; entorno urbano e acessibilidade; condicionamento salubre do ambiente; satisfação e expectativa de qualidade de vida do usuário. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 42)

Sendo assim, é observada a necessidade de entender o público alvo para revelar

suas reais necessidades, que divergem de acordo com as condicionantes

ambientais e sociais do espaço.

A palavra chave neste tipo de projeto é: motivação. Ambientes que desestimulam a

criatividade e a interação social acarretam no desinteresse dos locais de ensino e

consequentemente do conteúdo que ali é ministrado.

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Ambientes dominados pela iluminação artificial, vidros opacos que impedem a visão exterior, presença de grades de proteção, monotonia de formas,

cores e mobiliário, falta de manutenção, excesso de ordem, rigidez na funcionalidade, falta de personalização e impossibilidade de manipulação pelo usuário são considerados desumanos e, portanto, menos satisfatórios

ou apreciados. (KOWALTOWSKI, 2011, p. 44)

A produtividade nestes ambientes é de extrema importância, visando à eficiência da

aplicação das politicas pedagógicas e a correta aplicação dos princípios da

educação.

Contribuindo para a aplicação das politicas pedagógicas da escola e afetando

diretamente a produtividade dos alunos e professores, o mobiliário nos ambientes

educacionais é de extrema importância, originado um processo não só de escolha

da forma e cores destes, mas também de definição de parâmetros para atendimento

de um público que é variável, além de atividades distintas dependendo do que é

ensinado.

É preciso entender e analisar as mais diversas questões do meio educacional para estabelecer as relações do mobiliário com os critérios

pedagógicos, ergonômicos, econômicos, ecológicos e tecnológicos. O mobiliário é um elemento de apoio ao processo de ensino e os confortos físico e psicológico do aluno influenciam de forma direta no aprendizado.

(KOWALTOWSKI, 2011, p. 52-53)

Desta forma, a definição do mobiliário a ser utilizado no ambiente escolar deve levar

em consideração uma série de fatores que norteiam seu processo de escolha, tento

como base os critérios da pedagogia, condicionantes espaciais e seus usuários.

Para Kowaltowski alguns parâmetros podem ser estabelecidos, classificando o

mobiliário em:

▪ superfícies de trabalho e assentos: mesas individuais ou coletivas;

▪ suportes de comunicação: quadros de giz, quadros para canetas, quadro mural etc.;

▪ mobiliário em geral: guarda de utensílios, material em uso ou trabalhos

concluídos; suportes de máquinas ou aparelhos de utilização comum como televisores, vídeos, projetores e outros equipamentos;

▪ mobiliário específico para laboratórios, oficinas aula de música, teatro,

culinária e educação física, entre outros. (KOWALTOWSKI, 2011, p.53)

Como apoio a definição do mobiliário escolar e auxiliando na sua definição no país,

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) editorou uma norma específica

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que fala sobre o mobiliário escolar (Imagem 02): A ABNT NBR 14006:2008, que

trata dos assentos e mesas individuais para os alunos, definindo suas dimensões e

ensaios para fabricação, contendo recomendações ergonômicas com abrangência

para indivíduos em diversas idades escolares, desde a infância ate a fase adulta.

(ABNT, 2008).

Imagem 02: Exemplo de forma e dimensionamento do mobiliário. Fonte: ABNT 14006:2008.

Apesar das recomendações especificas, estabelecidas pela legislação, a confecção

e aplicação, em especial das carteiras escolares, não segue uma distribuição

homogênea nas escolas sendo um fator considerável no desempenho escolar. Para

Kowaltowski (2011, p.59), exemplificando a problemática do mobiliário, essas

discussões “[...] giram em torno das questões antropométricas, pelo fato de ainda

apresentarem lacunas no desenvolvimento de um bom projeto escolar e serem um

pré-requisito para garantir a saúde e bem-estar dos alunos.”

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Diante desta perspectiva, o mobiliário deve considerar além dos aspectos físicos e

antropomórficos de seus usuários, a didática pedagógica com o ambiente de ensino

e sua interação com o local, integrando-se como parte fundamental da concepção

do ambiente. (KOWALTOWSKI, 2011).

Diante do exposto, o projeto de arquitetura escolar é fundamental na concepção

deste espaço tão singular, acarretando em consequências que definirão não só a

formação acadêmica do indivíduo, mas também no seu aspecto de vida social e

moral.

O ambiente depende das características das pessoas presentes, do sistema

educacional adotado, do suporte da comunidade e da infraestrutura disponível. A escola também depende da qualidade dos espaços que abrigam as atividades pedagógicas desenvolvidas. A arquitetura escolar,

por isso, tem um papel fundamental ao propiciar um ambiente de ensino adequado, considerado o terceiro professor. (KOWALTOWSKI, 2011, p.61)

Sendo assim, o projeto busca atender as necessidades do seu público alvo,

suprindo a falta de ordenamento e de posicionamento correto da definição destes

ambientes através da arquitetura.

Outro fator a ser levado em consideração no projeto do ambiente de ensino é o

Projeto Padrão, que surge como um ordenamento a ser seguido e repetido em

diversos locais, tendo similaridade e repetição das suas características como

principal argumento. Embora muito difundido, alguns aspectos devem ser

levantados.

Muitas edificações escolares seguem um projeto padrão. Entretanto, a padronização nem sempre leva em conta situações locais específicas,

resultando em ambientes escolares desfavoráveis, com problemas de conforto ambiental. O projeto padrão necessita de flexibilidade, para permitir ajustes a condições peculiares de implantação. (KOWALTOWSKI, 2011,

p.101)

Outra critica a este sistema é sobre o pós-ocupação destes espaços, que para

melhores resultados deveriam ser constantemente analisados e refinados, sofrendo

alterações de acordo com a particularidade dos locais onde são implantados e das

politicas pedagógicas em ação, dando pressuposto a falhas e erros que podem

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denegrir a imagem da ação adotada, ocasionando índices de satisfação baixos e

qualidade do ambiente pouco apreciada. (KOWALTOWSKI, 2011).

Assim, as criticas a esta tipologia se baseiam na falta de personalização de suas

condicionantes, que engessam seu programa, não levando em conta as

necessidades reais do local e seus usuários. Com isso a pratica destes projetos se

torna popular pela forma de execução, mas peca na funcionalidade dos espaços em

longo prazo.

Em contrapartida, há elementos favoráveis a esta prática, ande a produção

arquitetônica padronizada resulta em menos falha na execução, facilidade na

manutenção destes espaços e a qualidade das obras feitas neste conceito, por

conta da clareza e simplicidade do projeto, que pode ser pensado de acordo com

métodos construtivos populares. (KOWALTOWSKI, 2011).

Outro ponto a ser levado em consideração é a participação da comunidade nas

definições do programa. O usuário final da edificação tem papel fundamental na sua

concepção, estabelecendo suas reais necessidades e oferecendo um panorama

mais completo sobre o que espera e o que precisa. Sua participação eleva a

qualidade do projeto de ensino, contribuindo para melhor utilização destes espaços.

O desempenho dos ambientes educacionais também é importante na concepção do

projeto. Condicionantes como conforto ambiental, acústica e acessibilidade são

frequentemente mencionadas em edificações desta tipologia. É importante frisar sua

contribuição no processo projetual.

As questões de conforto abordam diversos fatores, tais como a qualidade do ar, as condições de ventilação, de comunicação verbal, os níveis de

iluminação, a disponibilidade de espaço, os materiais de acabamento. Os elementos construtivos podem ser avaliados em relação ás patologias e às questões de manutenção e higiene. Ambientes escolares são ricos em

informações e podem ter avaliações em relação à satisfação dos usuários e à aprendizagem dos alunos, medindo-se a produtividade do ambiente. (KOWALTOWSKI, 2011, p.111)

No quesito acústico, a implantação das escolas exerce forte influência no conforto,

sendo observada a proximidade de áreas urbanas ou ambientes com grande fluxo

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de veículos e fontes sonoras, tento o ruído externo como principal agente que

dificulta o processo de aprendizagem, neste caso. A quantidade de pessoas nas

salas de aula também é um fator considerável, uma vez que a densidade do espaço

de ensino precisa ser compatível com uma boa audibilidade dos alunos em relação

ao professor. (KOWALTOWSKI, 2011).

Para a acessibilidade das edificações, a inserção de elementos que possibilitem a

locomoção do indivíduo pela área é de vital importância, uma vez que o direito de

acesso deve ser garantido a todos, considerando as diversas condições do ser

humano em relação à espacialidade.

A ABNT NBR 9050:2015 revela os parâmetros para acessibilidade para pessoas

com deficiência ou dificuldade de locomoção (ABNT, 2015) e é fundamental na

concepção dos espaços, permitindo a seguridade do direito ao acesso. Índices como

largura dos passeios, condicionantes de projeto de circulação e sinalização são

abordados na norma, contribuindo na capacidade projetiva do idealizador e

reforçando os princípios de humanização do ambiente (Imagem 03).

Imagem 03: Exemplo de dimensionamento de passeio para pessoas em cadeiras de rodas. Fonte:

ABNT 9050:2015 (Editado pelo autor).

Através das condicionantes do ambiente e da legislação pertinente, nota-se que a

arquitetura depende de uma série de parâmetros para realizar um bom projeto de

ensino. Por se tratar de algo que exige colaboração e uma metodologia participativa,

o projeto do ambiente de ensino exibe complexibilidade e necessidade de

planejamento intensivo.

O bom funcionamento de um ambiente de estudo ou trabalho depende da qualidade da construção, da disposição dos seus equipamentos e da

cooperação e conscientização do público que frequenta, trabalha e estuda nele. Entre os instrumentos para aumentar essa conscientização estão os

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manuais de conforto ambiental e um processo de projeto mais participativo,

com maior responsabilidade em relação aos impactos sobre o conforto e a funcionalidade dos espaços que são propostos. (KOWALTOWSKI, 2011, p.157)

Um aspecto importante de ser ressaltado é a inserção da escola no ambiente social,

permitindo o acesso da comunidade, refletindo os valores e a cultura do local onde

será inserida. Kowaltowski cita três aspectos a serem levados em consideração

sobre o assunto:

▪ localização: próxima ao centro da comunidade;

▪ relação com o comercio local e a infraestrutura social e cultural existente; ▪ abertura para a comunidade utilizar o espaço escolar em eventos;

(KOWALTOWSKI, 2011, p.193-194)

Assim, considerando as condicionantes e os aspectos principais da arquitetura

escolar, o projeto do ambiente de ensino deve levar em consideração diversos

procedimentos para melhor entendimento da utilização destes espaços. Um fator

decisivo na concepção do espaço escolar é o programa de necessidades, que deve

levar em consideração os eventuais problemas e soluções do ambiente, além da

necessidade de sua definição ser participativa, abrangendo o usuário final do espaço

e os profissionais a defini-lo. (KOWALTOWSKI, 2011).

Sendo assim, o projeto de arquitetura apresenta relações intrínsecas com o

desenvolvimento das atividades exercidas no local e consequentemente no

desenvolvimento dos indivíduos ali presentes, além de influenciar nas relações de

trabalho, fatores estes que são indispensáveis no ambiente escolar. Para

Kowaltowski dez critérios podem ser levados em consideração no processo projetual

do ambiente escolar:

1 Identidade e contexto: criar ambientes que possam orgulhar os usuários

e a comunidade. 2 Implantação: otimizar o aproveitamento do lote. 3 Aproveitar a área externa da escola.

4 Organização: criar um diagrama claro para os edifícios. 5 Edificações: síntese da forma, dos volumes e da harmonia. 6 Interior: criar espaços de excelência para o ensino e aprendizagem

7 Estratégias de sustentabilidade. 8 Segurança: criar um lugar seguro e acolhedor. 9 Vida longa, liberdade de possibilidades: criar um projeto escolar que se

adapte e possa evoluir com o tempo. 10 Síntese de sucesso: projeto que funcione na sua totalidade.

(KOWALTOWSKI, 2011, p.217 apud CABE, 2007)

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Todos esses critérios contribuem para dinamizar o processo do projeto arquitetônico,

dando ênfase a qualidade do espaço e a vivência acadêmica que será exercida ali.

Analisando a história das políticas educacionais, o ensino da arte e como isso afeta

a produção do projeto do ambiente de ensino é possível observar um processo

complexo e cheio de fatores que podem determinar o sucesso da edificação escolar.

Desta forma, o levantamento feito neste capítulo servirá de base para as definições

projetuais para uma Escola Técnicas de Artes, a serem desenvolvidas nos capítulos

seguintes, abordando o local escolhido, suas potencialidades e o estudo preliminar,

respectivamente, no intuído de promover a educação de forma justa e eficiente,

através da arquitetura.

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2 TECNOLOGIA DO AÇO

Existem diferentes formas de utilização de elementos metálicos na construção civil.

Considerada uma tecnologia limpa, de grande precisão e que contribui na melhor

execução de diversos tipos de empreendimentos, dos mais simples aos mais

complexos, as estruturas metálicas tem grande consideração em edifícios

institucionais, especialmente onde é necessária uma maior flexibilidade dos

espaços.

Sua incidência não ocorre apenas nos elementos estruturais, mas também em

diversas partes de uma construção como fechamentos, fachadas, controle de

iluminação natural, coberturas entre outros.

Neste capítulo serão apresentados conceitos e vantagens da utilização de

elementos metálicos em diversas partes de uma edificação e a relação que esse

método construtivo pode ter com a concepção de espaços educacionais.

2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO AÇO

A utilização de elementos metálicos na construção civil garante diversas vantagens

pelo tipo do sistema: limpo, de grande precisão e que garante o vencimento de

grandes vãos, sendo ideal para os mais variados tipos de projetos sejam de pouca

ou grande complexidade. Pinheiro destaca sete vantagens do aço estrutural:

1. Fabricação das estruturas com precisão milimétrica, possibilitando um

alto controle de qualidade do produto acabado; 2. Garantia das dimensões e propriedades dos materiais; 3. Material resistente a vibração e a choques;

4. Possibilidade de execução de obras mais rápidas e limpas; 5. Em caso de necessidade, possibilita a desmontagem das estruturas e

sua posterior montagem em outro local;

6. Alta resistência estrutural, possibilitando a execução de estruturas leves para vencer grandes vãos;

7. Possibilidade de reaproveitamento dos materiais em estoque, ou mesmo,

sobras de obra. (PINHEIRO, 2005, p.1)

Tendo em vista as possibilidades de aplicação desse sistema construtivo, sua

utilização no projeto de arquitetura implica em diversas vantagens não só projetuais,

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mas principalmente no ponto de vista da execução e também na racionalização do

processo construtivo, melhorando o gerenciamento do empreendimento e permitindo

efeitos estéticos interessantes que podem vir desde o elemento estrutural (Imagem

04) até elementos de composição como fachadas e dispositivos para o conforto

ambiental.

Imagem 04: Balanço de 65 metros de comprimento do Museu do Amanhã sobre espelho d’água,

garantido pela utilização de cobertura metálica. Fonte: https://museudoamanha.org.br/pt-

br/content/arquitetura-de-santiago-calatrava. Acesso em 31/10/2018.

A implantação desse sistema construtivo em uma edificação deve ser estudada para

que seus benefícios sejam realmente aplicados. Fatores como mão de obra,

logística de operação e condições ambientais podem ser um elemento negativo na

execução da obra, como cita Pinheiro em quatro desvantagens da utilização do aço:

1. Limitação de execução em fábrica, em função do transporte até o local de sua montagem final;

2. Necessidade de tratamento superficial das peças contra oxidação, devido ao contato com o ar atmosférico;

3. Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para sua

fabricação e montagem; 4. Limitação de fornecimento de perfis estruturais.

(PINHEIRO, 2005, p.1)

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A partir da visão das vantagens e desvantagens dessa tecnologia pode-se observar

que sua aplicação depende de uma profunda análise de diversas condicionantes

projetuais, ambientais e de logística, que permitam seu melhor aproveitamento.

2.1 O AÇO EM EDIFÍCIOS EDUCACIONAIS

Na arquitetura de edifícios educacionais a utilização de elementos em aço é

amplamente utilizada, justamente pelas vantagens operacionais e pela flexibilidade

na execução de projetos, pontos essenciais na concepção desse tipo de

empreendimento. A aplicação deste tipo de sistema reforça a ideia de singularidade

destes espaços, que devem refletir os valores que ali são difundidos.

Local de aprendizado e de troca de ideias, escolas e universidades são carregadas de valores socioculturais, e dão novos significados às comunidades em que estão inseridas. E, assim como a instituições que

abrigam, também a arquitetura destes espaços deve se pautar pela criatividade e diálogo com o contexto, fugindo dos modelos padronizados. (ARQUITETURA & AÇO, 2009, p.01)

Em geral, a tecnologia do aço confere aos projetos de escolas uma característica

marcante, pela imponência causada na estrutura e pela fácil identificação de sua

utilização, geralmente evidenciadas, em áreas comuns e fachadas (Imagem 05). A

Revista ARQUITETURA & AÇO, uma publicação do Centro Brasileiro de Construção

em Aço (2009, p.19) ressalta que “Quando (bem) empregado em elementos como

passarelas, brises ou coberturas, o material confere um diferencial à edificação.”

sendo assim uma característica de destaque na composição volumétrica e na

estética.

Imagem 05: Fachada do edifício do Campus Lins da Universidade Metodista de Piracicaba. Fonte:

http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes -revistas.php?codDestaque=462. Acesso em

31/10/2018.

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Analisado as aplicações da tecnologia do aço, entende-se que esta é uma excelente

opção para a proposta da Escola Técnica de Artes, uma vez que é comprovada a

sua eficácia em edificações com perfil similar e o mercado favorável na região

sudeste, formando assim a concepção da estrutura principal a ser utilizada.

Através dos estudos de caso, no capitulo a seguir, pretende-se evidenciar a

tecnologia estudada e compara-la a outras tecnologias construtivas em edificações

diversas voltadas ao ensino de Artes, criando um panorama de opções e um

levantamento aprofundado que servirá de base para o partido arquitetônico.

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3 ESTUDOS DE CASO

Com o objetivo de identificar parâmetros aplicáveis ao projeto de arquitetura de

edificações de uso escolar, em especial as dedicadas ao ensino das artes, este

capítulo visa abordar diferentes edificações a fim de comparar suas estratégias de

implantação, acessos, programa de necessidades, espacialidade, estrutura e

materialidade, auxiliando no processo projetual da proposta de anteprojeto para a

Escola Técnica de Artes de Nova Venécia.

O primeiro projeto é o edifício para a Escola de Arte Carcassonne, localizada no

sudoeste da comuna de Carcassonne, na França, pela sua setorização e disposição

do programa. O segundo exemplo é o edifício da Escola Panamericana de Artes, na

cidade de São Paulo, analisando o método construtivo utilizado, em especial os

elementos estruturais. O terceiro objeto de estudo são os edifícios que compõe o

CEMUNI (Célula Modular Universitária) pertencentes à Universidade Federal do

Espírito Santo (UFES), na cidade de Vitória, que abriga o Centro de Artes da

instituição.

3.1 ESCOLA DE ARTE CARCASSONNE

A Escola de Arte Carcassonne, localizada na comuna de mesmo nome, no sudoeste

da França, com projeto de 2012, surge como um centro de ensino das artes

abrangendo diferentes tipos de formação profissional no campo artístico como

dança, teatro, música e artes plásticas (ARCHDAILY, 2015). O projeto do escritório

Jacques Ripault Architecture possui interessantes soluções para a disposição dos

ambientes e setorização do programa de necessidades do edifício.

3.1.1 Implantação

Localizada na Avenue Jules Verne em uma área ampla no centro de uma

superquadra de formato irregular (Imagem 06), a edificação fica próxima ao Rio

Aude explorando o potencial em desenvolvimento da área, próximo a rodovias que

dão acesso a cidade, com entorno imediato de edificações predominantemente

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residenciais, com gabarito de até dois pavimentos, e mais a oeste uma zona

comercial.

Imagem 06: Foto Satélite da localização e contexto urbano da Escola Carcassonne. Em destaque

vermelho o edifício da escola. Fonte: Google Earth (Modificado pelo Autor). Acesso em 25/07/2018.

Imagem 07: Implantação do projeto no terreno. Destaca-se a grande oferta de áreas verdes no

entorno imediato. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-

jacques-ripault-architecture/54e66996e58ece7fc300001a-site-plan. Acesso em 25/07/2018.

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3.1.2 Programa

O edifício integrado de 5.700,00 m² conta com salas de dança, música, teatro, artes

plásticas, orquestra, administração, manutenção e hall de acesso, além de um teatro

ao ar livre no centro da edificação.

A clara disposição dos ambientes, que acompanha o formato de concha do edifício,

facilita sua setorização, além de dinamizar seu uso (Imagens 08 e 09). Nota-se uma

variedade expressiva de ambientes divididos no setor de música, indicando a

necessidade de espaços mais privativos e de controle sonoro para ensaios de

diferentes instrumentos musicais. O setor de artes plásticas contem salas de

proporções mais amplas, abrangendo o contexto do coletivo e de trabalho em

equipe e também na possível produção de peças artísticas de maior escala. O

mesmo ocorre no setor de dança, com espaços amplos e bem definidos, conta

também com acesso por uma rampa que atente à coreografia dos bailarinos.

Imagem 08: Planta do Térreo setorizada. Em destaque o formato trapezoidal das salas de música

(em azul). Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-jacques-

ripault-architecture/54e669c9e58ece76a2000022-ground-floor-plan. Acesso em 25/07/2018.

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Imagem 09: Planta do Pavimento Superior setorizada. Fonte:

https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-jacques-ripault-

architecture/54e669b9e58ece76a2000021-second-floor-plan. Acesso em 25/07/2018.

As áreas de acesso e uso comum são valorizadas, integrando os espaços e

permitindo a transição suave entre os setores da escola.

3.1.3 Estrutura e Materialidade

A fachada curvilínea da edificação, abraçando o teatro ao ar livre, apresenta uso

misto de materiais como metal, vidro e revestimentos naturais (Imagem 10). A cor

branca, utilizada na maioria dos ambientes internos e externos, gera uma sensação

de neutralidade excessiva no edifício, que em contraponto explora a diversidade na

textura dos materiais para tornar sua estética mais agradável. A sala de orquestra

apresenta tons mais escuros, em contraste com o branco geral do edifício, na

finalidade de gerar melhor ambiência para as propostas cênicas, além de matérias

isolantes acústicos para melhor controle da reverberação (Imagem 11).

Page 36: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

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Imagem 10: Fachada Curvilínea do setor de música (Esquerda) e fachada do acesso à edificação

(direita). Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-jacques-

ripault-architecture/54e66a3de58ece76a2000025-11-jpg. Acesso em 25/07/2018.

Imagem 11: Ambiência da sala de orquestra. Destaque para os materiais para controle de

reverberação. Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-jacques-

ripault-architecture/54e66a78e58ece33a800001d-19-jpg. Acesso em 25/07/2018.

3.2 ESCOLA PANAMERICANA DE ARTE

O edifício da Escola Panamericana de Arte, localizado na cidade de São Paulo, com

projeto datado de 1997 e entrega da obra em 1998, apresenta uma proposta

volumétrica ousada, expondo um edifício transparente, permeável às pessoas e a

cidade, promovendo a integração entre os mesmos. (ARQUITETURA & AÇO, 2003)

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O projeto de Siegbert Zanettini apresenta uma interessante composição dos

elementos construtivos, cores e disposição das circulações verticais no programa do

edifício, com uma apresentação icônica e marcante.

3.2.1 Implantação

Situado na Avenida Angélica, bairro Higienópolis – SP, o edifício da Escola

Panamericana de Arte e Design se localiza em um terreno de esquina (Imagem 12),

próximo a Rua Pará. O bairro apresenta edificações de uso misto no geral, com

edifícios de grande porte no entorno da escola (aprox. 20 andares) e pontos

específicos arborização nas vias de acesso e nas áreas permeáveis dos terrenos,

contando também com parque, estádio e próximo ao cemitério da Consolação.

Imagem 12: Foto Satélite da localização e contexto urbano da Escola Panamericana de Arte. Em

destaque vermelho o edifício da escola. Fonte: Google Earth (Modificado pelo Autor). Acesso em

10/10/2018.

3.2.2 Programa

O edifício da escola de artes possui área útil de 5.000 m², tendo salas de aula,

espaços de vivência e exposições, ateliês para diferentes tipos de ensino (fotografia,

design, artes e publicidade) com foco na formação profissional dos estudantes. O

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edifício apresenta 04 pavimentos e mais 03 níveis de subsolo (Imagens 13 e 14),

sendo levemente verticalizado, ainda que os edifícios do entorno tenham maior

gabarito.

Imagem 13: Planta do pavimento térreo com indicação de uso das áreas. Fonte: http://www.cbca-

acobrasil.org.br/site/publicacoes-revistas.php?codDestaque=180. Acesso em 07/10/2018.

O empreendimento apresenta divisões setoriais bem definidas e aposta em

ambientes de transição e circulação marcantes. Ao implementar uma politica

educacional voltada para o ensino das artes, a estrutura da edificação por si só

confere uma característica escultórica, dado ao seu sistema construtivo marcante, a

estrutura metálica, presente não só como elemento de sustentação, mas também

como parte integrante da composição dos ambientes.

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Imagem 14: Corte Longitudinal, apresentando os níveis da edificação. Fonte: http://www.cbca-

acobrasil.org.br/site/publicacoes-revistas.php?codDestaque=180. Acesso em 07/10/2018.

3.2.3 Estrutura e Materialidade

A construção da estrutura da escola com elementos de aço permitiu a criação de

elementos icônicos que moldaram a imagem da instituição. Com a premissa de uma

construção rápida, limpa e que permitisse a integração dos espaços e certa

transparência entre o interior e o exterior, criando ambientes leves e iluminados com

a os fechamentos de vidro (Imagem 15), a escola se destaca do entorno (em sua

maioria edifícios de concreto), apostando em cores primárias e energéticas.

Quanto aos aspectos técnico-construtivos, a estrutura em aço associada a componentes racionalizados viabilizou a conclusão da obra em 11 meses. Neste sentido, pode-se ainda destacar outras questões, como o contravento

externo que, garantindo estabilidade, define as fachadas do volume transparente e viabiliza uma estrutura mais esbelta, com pilares de seção 300 x 300 mm e vigas de 200 x 400 mm. No caso das escadas e túneis de

acesso para pedestres, usaram-se chapas de aço de 6,3 e 12,5 mm. A estrutura foi inteiramente executada com um aço com maior resistência ao fogo. (ARQUITETURA & AÇO, 2003, p.05)

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Outro ponto positivo da utilização da estrutura metálica é a rápida execução e baixo

impacto ambiental, propiciando um canteiro de obras mais eficiente e organizado,

garantindo resultados satisfatórios.

Imagem 15: Planta do pavimento térreo com indicação de uso das áreas. Fonte:

https://www.zanettini.com.br/upload/imagem/52420110210.jpg. Acesso em 07/10/2018.

Um destaque da edificação são as circulações verticais, construídas com elementos

metálicos, que confere uma característica marcante à fachada, reforçado pela

utilização de cores primarias, destacando a estrutura (Imagem 16). O contraste da

materialidade de texturas e cores exprime sensações de agitação e robustez, ao

mesmo tempo que as fachadas de vidro apresentam leveza e transparência.

Construída com blocos de concreto celular e revestida com placas de

alumínio, a caixa de circulação vertical é o único elemento opaco do prédio, o que além de marcar a esquina também conforma um brise juntamente com a escada externa e o bloco de sanitários. A posição da circulação horizontal e das fachadas envidraçadas (que aproveita os prédios vizinhos

como anteparo) também protege os ateliês do sol direto. As janelas permitem ventilação cruzada, reduzindo a necessidade de ar condicionado e iluminação artificial. (ARQUITETURA & AÇO, 2003, p.04)

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40

Imagem 16: Sistema de circulação vertical aparente do edifício (elevadores e escadas de

emergência). Fonte: https://www.zanettini.com.br/upload/imagem/52420110204.jpg. Acesso em

07/10/2018.

3.3 CÉLULA MODULAR UNIVERSITÁRIA (CEMUNI) – UNIVERSIDADE FEDERAL

DO ESPÍRITO SANTO

O campus da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) abriga o CAR – Centro

de Artes, que por sua vez é instalado nos CEMUNIs (Célula Modular Universitária)

seis edifícios térreos que compõe as salas de aulas, laboratórios e espaços de uso

coletivos dos cursos de arquitetura, artes e design da universidade.

O projeto de Marcello Vivacqua apresenta uma série soluções para múltiplos usos

dos espaços, além de pertencer a um planejamento para remodelação dos edifícios

da universidade que desejava tornar o campus mais realista ao cenário brasileiro,

alterando o desenho estilístico de universidade europeia para americana.

(UNIVERSO UFES REPÓRTER, 2013)

3.3.1 Implantação

Os edifícios do campus da universidade foram construídos em uma área de mangue

do Rio Santa Maria, que com o passar do tempo foi aterrado para dar espaço as

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41

instalações acadêmicas, em uma área de aproximadamente 1.500.000 m² sendo

que grande parte do terreno é destinado a áreas de preservação e permanência da

vegetação nativa. (Imagem 17)

Imagem 17: Foto Satélite da localização e contexto urbano do campus Goiabeiras (esquerda). Em

destaque vermelho o complexo CEMUNI. Fonte: Google Earth (Modificado pelo Autor). Acesso em

15/10/2018.

O Centro de Artes possui acesso tanto para veículos quanto para pedestres,

formando uma complexa rede de acessos que interligam não só os edifícios

CEMUNI, mas todos os departamentos da universidade (Imagem 18). O acesso

principal da universidade se dá pela Avenida Fernando Ferrari, com intenso fluxo de

veículos, sendo uma das principais para o acesso a ilha de Vitória.

Devida a grande extensão da área do campus a universidade conta com o Plano

Diretor Físico do Campus Alaor de Queiroz Araújo, instituído através da Resolução

nº 43/2017, que regulamenta o uso e ocupação do solo das dependências da

instituição. (UFES, 2017)

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42

Imagem 18: Diagrama mostrando a extensão do campus Goiabeiras. Destacado o número 06 onde

está localizado o Centro de Artes e os 06 edifícios CEMUNI. Fonte:

http://www.pdpp2017.sinteseeventos.com.br/ resources/content/conteudoimagem_1493404870_1_1_

mapa_UFES.png. Acesso em 07/10/2018.

3.3.2 Programa

Os CEMUNIS se caracterizam pela planta quadrada e que inicialmente foi pensada

para ser modular e livre, ou seja, a divisão das salas e ambientes poderia ser

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43

facilmente remodelada de acordo com a necessidade de utilização dos espaços, que

poderiam ser variados.

Os Cemunis são edificações térreas, com 1.764 m² cada, cuja planta é

quadrada, tendo ao centro um jardim interno, ponto de encontro dos alunos e espaço de vivência cotidiana. Os Cemunis situam-se no campus universitário de Goiabeiras, onde há expressiva área verde, alvo de

constante conservação e abrigo para pequenos animais silvestres. Os Cemunis acomodam salas de aula, laboratórios, salas administrativas e cantinas, numa área total de 9.270 m². (UFES, s.d.)

A capacidade das salas de aula e laboratórios varia de 15 a 40 pessoas, sendo que

alguns Cemunis podem ser exclusivos de um determinado curso, como o Cemuni III

(Arquitetura e Urbanismo) e os outros compartilhados entre cursos e setores, como o

Centro de Ciências Humanas e Naturais (Imagem 19).

Imagem 19: Mapa de salas do Cemuni IV. Observa-se a planta quadrada do módulo e um pátio

interno. Fonte:

http://www.cchn.ufes.br/sites/cchn.ufes.br/files/styles/media_gallery_large/public/cemuni_iv_finalizado

_tamanho_a0_opt_3.jpg?itok=Hmyo0HXw. Acesso em 07/10/2018.

3.3.3 Estrutura e Materialidade

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44

Apesar do conceito de planta modular e livre idealizado por Vivacqua (Imagem 20), a

tecnologia construtiva da década de 70 ainda tinha pouco avanço no estado, sendo

a alvenaria a opção encontrada para a execução das unidades.

Imagem 20: Desenho em perspectiva do CEMUNI. Fonte: http://universo.ufes.br/wp-

content/uploads/2013/12/Perspectiva-do-Cemuni1.jpg. Acesso em 07/10/2018.

Com o passar dos anos, a estrutura dos CEMUNIS passou por várias adaptações

para se adequar as diversas atividades desenvolvidas nas unidades. Itens como o

telhado e esquadrias foram trocados, no intuito de permitir a melhor utilização dos

espações e segurança.

Apesar das alterações, atualmente os módulos apresentam características bem

próximas ao projeto original, formando o complexo de ensino de artes da

universidade. Na ambiência e implantação das unidades uma das características

marcantes é a grande presença de vegetação natural no entorno (Imagem 21),

permitindo passeios sombreados e qualidade climática agradável nas conexões

entre os próprios módulos dos CEMUNIS e de outros edifícios do campus.

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45

Imagem 21: Estrutura do CEMUNI V atualmente. Nele funcionam o Departamento de Música e

Comunicação Social. Fonte: https://www.flickr.com/photos/portelacs3/4009958027/in/photostream/ .

Acesso em 26/10/2018.

3.4 QUADRO COMPARATIVO

Como esquema comparativo, apresenta-se uma tabela com os principais dados dos

projetos escolhidos para o estudo de caso (Tabela 01). A tabela aborda os seguintes

itens: Ano de Construção, Autor do Projeto, Local, Tamanho, Estrutura Principal

(Materialidade), Condicionantes do Projeto e Imagens. Ao observar os fatores

correspondentes a cada edificação pode-se observar uma diferença significativa a

cada projeto, reforçando o conceito de que para cada tipo de programa educacional

houve diferentes soluções arquitetônicas para comportar a demanda de cada escola.

No geral as semelhanças se apresentam na constante preocupação com o conforto

ambiental (iluminação) e na necessidade de criar espaços que representem a

criatividade e as atividades desenvolvidas em cada projeto pedagógico.

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46

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47

4 O LOCAL DE ESTUDO E SUAS CONDICIONANTES

A cidade de Nova Venécia, localizada no norte do Espirito Santo (Imagem 22),

apresenta população estimada de 50.991 pessoas e se constitui como importante

região comercial da área, tendo destaque na extração de rochas ornamentais, em

especial o granito, além da presença do Rio Cricaré, um importante marco na

cidade. O município constitui-se, em sua maioria, de descendentes de italianos.

(IBGE, 2010)

Imagem 22: Delimitação do município de Nova Venécia e sua localização no ES. Fonte:

https://www2.geobases.es.gov.br/ ftppublico/mapas_municipios/Nova%20Ven%C3%A9cia.pdf. Acesso

em 02/06/2018.

No campo da educação a cidade apresenta um grande número de matriculas no

ensino fundamental e índices satisfatórios na educação básica. Em contrapartida o

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48

ensino superior ainda é pouco expressivo no cenário da educação municipal (Gráfico

01). (IBGE, 2010).

Gráfico 01: Número de matriculas, no município, do ensino pré-escolar até o ensino superior. Fonte:

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/nova-venecia/panorama. Acesso em 02/06/2018.

O município conta com um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

(IFES-NV), abrangendo o ensino médio, técnico e superior; uma faculdade particular

com cursos presenciais e a distância (MULTIVIX-NV), além de escolas

profissionalizantes que incorporam desde cursos de formação inicial e

profissionalizantes, até o ensino técnico. A cidade também tem vários polos de

ensino superior na modalidade a distância, desta forma tendo um vasto leque de

opções para educação.

Apesar desta variedade de locais de oferta da educação, o ensino superior ainda

não abraça as formações de carreira artística, pouco reconhecidas na região. O

estigma de ser uma área pouco rentável e de péssima aceitação no mercado de

trabalho impede a evidencia desse tipo de formação nos ambientes de ensino que

visam a formação de profissionais.

No intuito de contornar essa visão distorcida da formação em artes, a proposta de

uma escola técnica servirá como agente potencializador da divulgação deste tipo de

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49

formação, contribuindo para ampliar as possibilidades de melhora de vida da

população local e regiões vizinhas, além de integrar a comunidade no ambiente

acadêmico, através de uma proposta que apresente um espaço que possa ser

mantido, sentido e vivenciado por todos, gerando a sensação de pertencimento ao

local.

Diante disso, escolheu-se o bairro São Francisco para implantar esta edificação

(Imagem 23), devido sua proximidade com o eixo comercial (Rodovia Otávio Airesde

Farias), o potencial do espaço e a necessidade de reinventar esta área urbana,

como uma oportunidade de expansão de uma área em constante adensamento

populacional, próxima a loteamentos, acessos principais do município e residências.

A)

B)

Imagem 23: a) Limite da Sede Municipal, identificando o bairro São Francisco. b) Área delimitada

para implantação da escola (vermelho). Fontes: a) http://www.ijsn.es.gov.br/mapas/ b) Base

Cartográfica da Prefeitura Municipal de Nova Venécia. (Modificado pelo autor).

Escolhido o bairro e observado a ambiência ali apresentada, a escolha de um vazio

urbano se tornou evidente como ideal para implantação da escola (Imagem 24),

dando uso ao espaço não utilizado e contribuindo para ocupação regular do solo. A

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50

localização estratégica próximo aos acessos principais da cidade, comércio e de

uma instituição de ensino superior (Multivix – Nova Venécia) tornam o local propício

a implantação de uma edificação deste porte.

Imagem 24: Vazio Urbano escolhido para implantação da escola. Fonte: Acervo do Autor. 2018.

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51

Considerando o terreno escolhido e o entorno para implantação, faz-se necessário

conhecer suas condicionantes ambientais e legais, afim de melhor compreender as

características do local, suas restrições e qualidades para a concepção do estudo

preliminar para o projeto arquitetônico.

4.1 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Em análise ao terreno elencado, foi necessário observar todas as características do

entorno para obtenção de parâmetros que pudessem guiar a concepção

arquitetônica, garantindo que o projeto do edifício proposto pudesse aproveitar, da

melhor maneira possível, as características ambientais.

Entre os parâmetros analisados deu-se destaque a incidência solar, ventos, ruídos,

vegetação existente, chuvas e fluxo viário do entorno (Imagem 25).

Imagem 25: Estudo das condicionantes ambientais. Fonte: Acervo do Autor. 2018.

A análise dos fatores ambientais foi desenvolvida através de visitas ao terreno e na

observação dos elementos incidentes na área de estudo. Em um panorama geral, o

terreno dispõe de topografia plana, climatologia típica de região tropical (Imagem 26)

pontos de vegetação de médio porte específicos no lado sul, assim como vias de

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acesso importantes no lado oeste, como a rodovia ES-137 que liga Nova Venécia a

Vila Pavão.

Imagem 26: Climatologia ao longo ano, considerando as médias dos últimos 30 anos. Fonte:

https://www.climatempo.com.br/climatologia/77/novavenecia-es. Acesso em 01/11/2018.

A rodovia ES-137 apresenta grande fluxo de veículos durante todo o dia, sendo uma

fonte de ruídos incidentes na área de estudo. Ao lado sul a Faculdade Multivix

apresenta um nível de ruídos em horários específicos, geralmente no período

noturno, com a chegada de veículos ao estacionamento da instituição situado

próximo ao terreno.

4.2 CONDICIONANTES LEGAIS

Em observação as condicionantes legais estabelecidas pelo município de Nova

Venécia através da Lei 2.782 de 21 de dezembro de 2006 e da Lei Complementar Nº

008 de 27 de maio de 2008 que estabelecem, respectivamente, o Plano Diretor

Municipal e o Perímetro Urbano do município, foram analisadas as disposições

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53

incidentes na área de estudo e os fatores relevantes à produção arquitetônica no

local.

Através da analise do zoneamento do município (Imagem 27) pode-se observar uma

grande área de expansão no entono do município e o afastamento do bairro

Aeroporto em relação ao bairro São Francisco. Com a classificação de nove zonas

no perímetro urbano, o Plano Diretor proporciona o incentivo a ocupação do solo de

forma a permitir um crescimento ordenado do município, tendo áreas de

preservação ambiental, em especial nas áreas com presença do Rio Cricaré, zonas

de interesse especial e generosas áreas residências não ocupadas.

Imagem 27: Mapa de Zoneamento do Perímetro Urbano de Nova Venécia. Fonte: Lei 2.782 de 21 de

dezembro de 2006.

O zoneamento no terreno elencado apresenta dois tipos de zonas de uso: Eixo

Comercial e Zona Residencial 1 (Imagem 28). Por conta do tipo de estabelecimento

proposto (uma escola de artes) e pelo impacto causado por esse tipo de projeto na

região, considerou-se todo o terreno como zoneamento de Eixo Comercial, uma vez

que a maior testada do lote é voltada para uma importante via de acesso e esta

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54

estar classificada na zona citada, e pela comparação de outros tipos de projetos na

região, de porte e atividade similares, que se enquadram melhor nesta zona, além

de esta ser á única que permite a aplicação do tipo de atividade proposta.

Imagem 28: Detalhe do Zoneamento da área de estudo. Destacam-se as vias de acesso ao

município, localizadas no Eixo Comercial. Fonte: Lei 2.782 de 21 de dezembro de 2006. (Modificado

pelo autor)

Dentre os tipos de atividades permitidos na Lei Complementar Nº 008 para a

ocupação do solo veneciano, tendo em vista as atividades classificadas como não

residenciais, encontra-se a descrição de empreendimentos de Educação profissional

de nível tecnológico (Imagem 28) enquadrando-se no perfil da edificação proposta.

De acordo com a legislação, este tipo de empreendimento de educação profissional

não possui área mínima para implantação, sendo livre a composição da área, desde

que observados e os índices urbanísticos permitidos para o grupo de atividade.

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Imagem 28: Tipo de atividade em que o empreendimento se enquadra de acordo com a legis lação

municipal. Fonte: Lei Complementar Nº 008 de 27 de maio de 2008. (Modificado pelo autor)

Com a classificação do uso da edificação no Grupo G2 e na zona Eixo Comercial, o

Plano Diretor oferece os índices permitidos para essa combinação (Imagem 29),

estabelecendo os valores para o Coeficiente de Aproveitamento, Taxa de Ocupação,

Taxa de Permeabilidade, Afastamentos (Imagem 30), Testada e Áreas de

Parcelamento.

Imagem 29: Quadro de índices permitidos de acordo com a classificação da edificação proposta.

Fonte: Lei Complementar Nº 008 de 27 de maio de 2008. (Modificado pelo autor)

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56

Imagem 30: Quadro de afastamentos permitidos de acordo com a classificação da edificação

proposta. Fonte: Lei Complementar Nº 008 de 27 de maio de 2008.

Através dos estudos realizados, do levantamento das condicionantes ambientais e

legais e da analise do terreno, a produção da proposta arquitetônica é viabilizada,

tendo como base estes parâmetros, permitindo o melhor aproveitamento dos

elementos constituintes do local, garantindo uma edificação coesa com os aspectos

históricos, técnicos e artísticos.

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57

5 PROPOSTA ARQUITETÔNICA

A proposta arquitetônica foi resultado da revisão dos conceitos e pesquisas descritos

nos capítulos anteriores, resultando assim em uma estratégia de ocupação para a

Escola de Artes que atendesse as necessidades do plano pedagógico de um

empreendimento deste porte e que fosse compatível com o entorno existente,

resultando em um espaço funcional e cujo objetivo é promover o ensino de forma

adequada, responsiva e lúdica.

5.1 CONCEITO E PARTIDO

Tendo em vista as análises produzidas nas etapas anteriores do estudo e na

viabilidade da edificação proposta, idealizar o conceito e partido do edifício é um

processo que requer a união de vários procedimentos, entre eles, a concepção da

forma e volumetria.

Para Neves (2012, p. 17) “Denomina-se partido arquitetônico a ideia preliminar do

edifício projetado.” Sendo assim, para o estudo da linguagem visual levou-se em

consideração a geometria do terreno e também um estudo simples da métrica da

forma. Em observação ao terreno escolhido, com formato que se assemelha a um

triangulo retângulo, embora o lote não apresente nenhum ângulo de 90º, a ocupação

do edifício deveria ser razoavelmente flexível a ponto de se adaptar ao seu formato.

Ao pensar na ocupação do terreno e em sua dimensão, optou-se pelo desenho em

linhas simples a partir da vista superior, partindo das laterais de um quadrado

rotacionado para se acomodar no terreno, permitindo a movimentação de cada

“braço” criado, gerando uma forma que permitisse a ocupação de uma maior área do

lado sul e uma menor área do lado norte. A partir dessa forma, que faz referência a

um violão, foi sugerida a identidade da proposta (Imagens 31 e 32).

Para a volumetria, por conta da extensão do terreno e da abundante oferta de área,

foi idealizado volumes térreos, com grandes linhas no plano horizontal, em

contrapartida ao volume principal, levemente verticalizado e voltado ao lado oeste,

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58

que acomodaria o acesso principal do edifício, sendo a estrutura principal dos

volumes composta por vigas e pilares metálicos, tipo H, expostos nas fachadas,

sendo elemento de destaque na composição.

Imagem 31: Conceito e inspiração da proposta. Fonte: Acervo do autor. 2018

Imagem 32: Estudo de aplicação da forma no terreno. Fonte: Acervo do autor. 2018

5.2 ESTUDOS DE FLUXO E PROGRAMA

Com o conceito definido, foi necessário o estudo do programa de necessidades e do

fluxo dos ambientes levantados. Para Neves (2012, p. 30) “O programa arquitetônico

é a relação de todos os cômodos, ambientes ou elementos arquitetônicos previstos

para o edifício.” Partindo desse princípio, foi elaborado um programa setorizado com

Page 60: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

59

os principais ambientes necessários para a escola e suas respectivas áreas (Tabela

02)

PROGRAMA DE NECESSIDADES - NV ESCOLA DE ARTES

SETOR QTD AMBIENTE ÁREA

TOTAL (M²)

AD

MIN

IST

RA

ÇÃ

O E

ES

PA

ÇO

S C

OM

UN

S

1 DIREÇÃO 16

1 VICE-DIREÇÃO 12

1 SALA DE REUNIÕES DA DIREÇÃO 40

1 BIBLIOTECA 400

1 RECURSOS HUMANOS 17

1 FINANCEIRO 17

1 COMUNICAÇÃO/MARKETING/T.I 20

1 ARQUIVO 50

1 ALMOXARIFADO 50

1 SALA DE REUNIÕES GERAL 50

1 CANTINA 50

1 COPA 25

1 ATENDIMENTO AO PÚBLICO 25

1 ÁTRIO INTERNO 500

1 BILHETERIA/TESOURARIA 30

1 AUDITÓRIO/TEATRO COMPARTILHADO* 700

SE

RV

IÇO

S

1 APOIO FUNCIONÁRIOS 60

1 DML 25

1 DEPÓSITO GERAL 30

1 DEPÓSITO DE LIXO 25

1 GERADOR 75

1 ESTACIONAMENTO 500

SETOR PEDAGÓGICO

AC

AD

ÊM

ICO

1 NÚCLEO PEDAGÓGICO 13

1 SECRETARIA ACADÊMICA 150

1 SALA PROFESSORES 150

1 APOIO DE CURSOS 20

1 GABINETE DOS COORDENADORES 150

SIC

A

1 LABORATÓRIO DE MÚSICA, SONOLOGIA E ÁUDIO

120

1 ESTÚDIO A - SALA DE CONTROLE TÉCNICA 25

1 ESTÚDIO B - AMBIENTE DE CRIAÇÃO 50

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60

5 SALA DE INSTRUMENTOS METAIS INDIVIDUAIS 60

1 SALA DE INSTRUMENTOS METAIS GERAL 60

1 SALA DE INSTRUMENTOS DE PERCUÇÃO GERAL

60

5 SALA DE ESTUDO DE INSTRUMENTO DE PERCUSÃO INDIVIDUAL

60

1 SALA DE ENSAIO (CANTO) 50

3 SALA DE AULA TEÓRICA 180

AR

TE

S V

ISU

AIS

1 ATELIER DE PINTURA 120

1 ATELIER DE ESCULTURA 120

1 ATELIER DE DESENHO TÉCNICO 120

1 ATELIER DE DESENHO ARTÍSTICO 120

1 ATELIER DE GRAVURA 100

1 ESTÚDIO FOTOGRÁFICO 100

1 ESTÚDIO DE REVELAÇÃO 50

1 ATELIER DE MÍDIAS DIGITAIS 100

1 RESERVA TÉCNICA (EMBALAGENS E OBRAS) 60

1 DEPÓSITO 50

3 SALA DE AULA TEÓRICA 180

AR

TE

S C

ÊN

ICA

S

2 SALA DE DANÇA 300

2 SALA DE TEATRO 300

5 CAMARINS 135

5 VESTIÁRIOS 145

1 DEPÓSITO DE MATERIAIS 60

2 SALA DE AULA TEÓRICA 120

ÁREA ÚTIL TOTAL 6045

Tabela 02: Programa de Necessidades setorizado para a Escola de Artes. Fonte: Acervo do autor.

2018

Para o levantamento do programa de necessidades foram considerados os aspectos

de utilização da escola e os segmentos educacionais sugeridos para o

empreendimento, sendo eles: Música, Artes Visuais e Artes Cênicas. A partir da

definição do direcionamento educacional da escola, foram analisadas as

necessidades espaciais de cada setor, de forma a garantir a estrutura necessária

para o ensino.

O público alvo da escola será formado a partir da população com nível de

escolaridade mínimo exigido para ingresso no ensino técnico (cursando o segundo

Page 62: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

61

ano do ensino médio em diante), geralmente com idade inicial de 16 anos, até o

público jovem adulto com interesse na formação profissional artística. Por se tratar

de uma região com fluxo de vias que dão acesso a outras cidades importantes no

norte do estado como Vila Pavão, São Mateus, Barra de São Francisco, Jaguaré,

entre outras, é esperado a recepção de discentes não apenas de Nova Venécia,

mas de regiões variadas, cenário comum nas escolas de ensino técnico e superior

do município, com possibilidade de funcionamento no período diurno e noturno.

Em sequência aos estudos dos principais ambientes que devem compor a escola e

suas áreas uteis, foi desenvolvido um funcionograma subdividido nos setores pré-

estabelecidos (Imagem 33), no intuito de compreender as relações necessárias

entre cada ambiente e seu fluxo, conforme descreve Neves (2012, p. 50) que

apresenta a definição de funcionograma como “[...] o diagrama que expressa as

inter-relações dos elementos do programa arquitetônico [...]”, desta forma, gerando

uma melhor visualização global do fluxo dos ambientes.

Imagem 33: Funcionograma setorizado para a Escola de Artes. Fonte: Acervo do autor. 2018

ENTRADA

ESTACIONAMENTO

TO

ÁTRIO INTERNO

BIBLIOTECA SEC. ACADEMICA ARQUIVO

FOTOCOPIADORA CANTINA GERADOR/ÁGUA

SETOR ADM

DIREÇÃO

VICE-DIREÇÃO

SALA DE REUN. GER GERAL

SALA DE REUNIÕES

FINANCEIRO

COMUNI/MARKET

.

RH

SETOR SERVIÇOS

ATENDIMENTO APOIO CUR/PEDA

SALA PROFESSORS

GABINETE COORD.

COPA

DML

APOIO FUN.

ALMOXARIFADO

BILHETERIA

TESOURARIA

AUDITÓRIO

DEP. LIXO

SETOR MÚSICA

SALAS TEÓRICAS

ESTÚDIO B

SALA PERCUSÃO

SALA ENSAIO

SALA METAIS

LAB. SONOLOGIA

ESTÚDIO A

SALAS INDV.

SALAS INDV.

SETOR ARTES VIS

ATL. DES. ARTIS.

ATL. ESCULTURA

ATL. MÍDIAS DIG.

ATL. PINTURA

ATL. DES. TÉCN.

DEPÓSITO

SALAS TEÓRICAS

RESERVA TÉC.

ATL. GRAVURA

EST. FOTOGRÁFI.

EST. REVELAÇÃO

SETOR ART CENI.

CAMARIS

SALA TEATRO

SALA DE DANÇA

VESTIÁRIOS

SALAS TEÓRICAS

DEPÓSITO

FUNCIONOGRAMA – NV ESCOLA DE ARTES

SETOR ADMINISTRATIVO/ÁREAS COMUNS

SERVIÇOS

ACADÊMICO

MÚSICA

ARTES VISUAIS

ARTES CENICAS

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62

Reunidas as informações dos ambientes, levantamento da área útil necessária, sua

setorização e os aspectos de ligação entre estes setores, deu-se início a produção

arquitetônica da Escola de Artes, considerando o partido e conceito adotados e as

informações do terreno levantadas nos capítulos anteriores.

5.3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Definida a contextualização do conceito, partido, ambiente e fluxo definidos, deu-se

início a implantação da forma proposta no terreno escolhido (Imagem 34/Anexo A),

levando em consideração todas as condicionantes levantadas para o

desenvolvimento do projeto.

Imagem 34: Implantação da edificação no terreno, locação do estacionamento e vegetação existente.

Fonte: Acervo do autor. 2018

O formato da edificação possibilitou a implantação do estacionamento no lado oeste,

com acesso principal na Avenida Otavio Ayres de Faria, extensão da ES-137 no

perímetro urbano do município, além da criação de um espaço de dispersão próximo

ao edifício principal, sendo este o acesso principal de pedestres.

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63

Para o melhor desenvolvimento da proposta arquitetônica, a edificação foi dividida

em quatro grandes setores (Imagem 35/Anexo F): Administrativo/Técnico, Artes,

Auditório e Biblioteca/Música, a fim de propiciar uma melhor visualização e

detalhamento dos ambientes.

Imagem 35: Planta Baixa geral do pavimento térreo. Em destaque vermelho o setor Administrativo e

Técnico, em amarelo a galeria aberta e acesso ao setor de Artes, em magenta o auditório e em verde

a biblioteca e setor de Música. Fonte: Acervo do autor. 2018

No setor Administrativo/Técnico (Imagem 36/Anexo E) A foram locados os

ambientes da direção administrativa e financeira da escola assim como as salas de

secretaria acadêmica, professores e coordenadores, tendo acessos tanto pelo

estacionamento secundário, quando pela entrada principal.

Imagem 36: Detalhamento do setor Administrativo e Técnico. Fonte: Acervo do autor. 2018

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64

O setor de Artes (Imagem 37/Anexos C e D), no qual apresenta 3 pavimentos, é o

único verticalizado no projeto. Sua concepção se deu a partir da necessidade de

criação de um espaço multifuncional, que servisse tanto para exposição quanto para

dispersão no andar térreo. O acesso para os andares superiores se dá através de

uma rampa com inclinação de 8,33%, em estrutura metálica, de 22 metros de

comprimento, sendo um destaque na composição volumétrica.

O segundo pavimento conta com os estúdios de dança e teatro, e no terceiro se

encontram as salas de aulas e laboratórios do currículo de artes visuais. Em todos

os andarem foram locadas saídas de emergências através de escadas em estrutura

metálica resistente ao fogo, conforme disposto na NBR 9077:2011.

Imagem 37: Detalhamento do setor de Artes. De cima para baixo: Pavimento de acesso principal,

pavimento de artes cênicas e pavimento de artes visuais. Fonte: Acervo do autor. 2018

Page 66: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

65

O auditório da escola de artes foi idealizado para atendimento aos discentes e

docentes, de forma a criar um espaço disponível para todas as modalidades de

ensino da edificação, com isolamento acústico nas paredes e capacidade para 440

pessoas.

Imagem 38: Detalhamento do Auditório. Fonte: Acervo do autor. 2018

A biblioteca da unidade educacional (Imagem 39/Anexo B) foi projetada para se

posicionar em uma localidade central, permitindo o acesso dos diversos setores

educacionais a ela, tornando o espaço fácil de ser identificado e forçando a

circulação pela área, que algumas vezes é negligenciada na concepção

arquitetônica de ambientes de ensino como um elemento coadjuvante, embora seja

de extrema importância.

Contando com espaço de acervo, salas de estudos em grupo e individuais e também

com ambientes de leitura, a biblioteca se torna um elemento chave na implantação

da Escola de Artes, uma vez que se apresenta como elemento de destaque no fluxo

de circulação.

O setor de música (Imagem 39/Anexo B) foi locado na parte leste do terreno, de

forma a evitar os ruídos oriundos ES-137, por se tratarem de ambientes que

requerem um melhor controle acústico. Contando com salas de aulas teóricas, salas

de ensaio, laboratório de sonologia e estúdios de gravação, o setor foi idealizado de

forma a atender de forma completa o ensino e a pratica musical.

Page 67: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

66

Imagem 39: Detalhamento da Biblioteca (ao centro) e do setor de Música (acima e direita). Fonte:

Acervo do autor. 2018

A cobertura proposta para edificação (Imagem 40/Anexo G) foi composta por telhado

de telha metálica tipo sanduiche, com camada termoacústica, proporcionando

melhor conforto ambiental das áreas da edificação. No setor Administrativo, de

Música e Biblioteca foram implantados beirais de 2,5 metros ao redor destes, de

forma a propiciar sombreamentos nas esquadrias, em especial as voltadas para o

lado oeste, além de gerar espaços de circulação amplos e agradáveis.

No setor administrativo houve o posicionamento de uma abertura zenital, de forma a

permitir a entrada de iluminação natural através de uma cobertura em membrana

com película autolimpante, localizada exatamente sobre a circulação interna do

setor, garantindo a entrada de luz neste espaço de acesso as salas da direção,

financeiro, recursos humanos e marketing.

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67

Imagem 40: Detalhamento da cobertura do edifício. Fonte: Acervo do autor. 2018

As elevações do edifício (Imagens 41 e 42/Anexo H) promovem uma escala de

diferentes alturas para os setores, gerando uma sensação de fluidez na composição,

predominantemente horizontal no conjunto.

No setor de artes, o contraventamento dos perfis tipo H de 50 cm, presentes na

estrutura geral do edifício em ambos os lados, confere uma quebra nas linhas

horizontais do composição geral, além de evidenciar o acesso principal aos

pavimentos superiores com a rampa em estrutura metálica e peitoris em chapa de

aço perfurado que conferem um nível de transparência entre o lado interno e externo

da edificação.

Na testada do auditório foi sugerida uma composição geométrica realizada através

de juntas de dilatação, permitindo a criação de um espaço para a identificação visual

da escola.

Imagem 41: Fachada principal (oeste). Fonte: Acervo do autor. 2018

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68

Nos fechamentos entre a estrutura exposta foi sugerido a utilização de uma paleta

de cores neutra nas paredes, de forma a destacar a estrutura e também por servir

como área de trabalho para os discentes, gerando uma identificação destes com o

ambiente de ensino, que passa a integrar efetivamente a produção artística, se

renovando a cada turma e cada trabalho visual realizado ali.

Imagem 42: Fachada Leste. Fonte: Acervo do autor. 2018

Page 70: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

69

6 CONCLUSÃO

A concepção do espaço educacional depende de diversos fatores e parâmetros que

justificam a integração entre arquitetura e ensino. Sob esta perspectiva a

implantação de uma Escola Técnica de Artes, que visa à integração da comunidade

com o espaço construído e que contribui pra diversidade de oferta do ensino no

sistema educacional, se justifica na cidade de Nova Venécia revelando seu potencial

para o desenvolvimento deste tipo de ambiente.

O reforço histórico obtido através das pesquisas se fez necessário para melhor

compreensão do processo de evolução do ensino, além de ressaltar que as

tentativas de melhorá-lo são visíveis desde os tempos antigos, em diversos campos,

inclusive na arquitetura, onde se manifesta concretamente no espaço físico, nas

intenções das politicas pedagógicas e principalmente no sentimento de

pertencimento ao espaço.

Adicionado ao potencial identificado, cada decisão projetual foi tomada considerando

um panorama completo, indo desde a percepção ambiental, o contexto

socioeconômico, estética e a contribuição para reviver a beleza do que é

considerada a segunda casa de muitas pessoas e o ambiente de trabalho de vários

profissionais, revivendo o verdadeiro significado da arquitetura.

Através do somatório dos estudos realizados e do levantamento das condicionantes

projetuais relevantes ao desenvolvimento de um projeto de arquitetura escolar, este

estudo preliminar buscou apresentar um edifício que atendesse as necessidades de

uma política pedagógica voltada para o ensino de artes e que fosse irreverente no

contexto local, idealizando uma edificação de ensino que represente a constante

busca pela inovação e criatividade.

Page 71: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

70

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Jéssica Medeiros. Flex kids: proposta para uma instituição de educação

infantil espacialmente flexível. Trabalho Final de Graduação (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Rio Grande do Norte, 2014.

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Architecture [Art School – Carcassonne / Jacques Ripault Architecture], 15 mai. 2015. Disponível em:< https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-jacques-ripault-architecture>. Acesso em: 25 jul. 2018

ARQUITETURA & AÇO. Edifícios Educacionais. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro

da Construção em Aço, edição 01, 2003. 32p. Disponível em:< http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-revistas.php?codDestaque=180>. Acesso em: 01 set. 2018

ARQUITETURA & AÇO. Edifícios Educacionais II. Rio de Janeiro: Centro

Brasileiro da Construção em Aço, edição 17, 2009. 36p. Disponível em:< http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-revistas.php?codDestaque=462>. Acesso em: 01 set. 2018

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14006: Móveis

escolares – Cadeiras e mesas para conjunto aluno individual. Rio de Janeiro, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050:

Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.

BLUMEL, Patrícia. Arquitetura escolar e sua influência na qualidade de ensino,

mar. 2017. Disponível em:< https://www.habitusbrasil.com/arquitetura-escolar-qualidade-de-ensino/>. Acesso em: 02 jun. 2018

CLIMATEMPO. Climatologia Nova Venécia-ES. Disponível em:< https://www.climatempo.com.br/climatologia/77/novavenecia-es>. Acesso em: 01

nov. 2018 FUSARI, Maria F. de Rezende e; FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo. Arte na

educação escolar. São Paulo: Cortez, 1993. 151p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Dados do município de Nova Venécia – Espírito Santo. Censo de 2010. Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/nova-venecia/panorama>. Acesso em: 02 jun.

2018

Page 72: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

71

INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES (IJSN). Mapas. Disponível em:<

http://www.ijsn.es.gov.br/mapas/>. Acesso em: 02 jun. 2018

KOWALTOWSKI, Doris C. C. K. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 272p.

MUSEU DO AMANHÃ. A arquitetura de Santiago Calatrava. Disponível em:< https://museudoamanha.org.br/pt-br/content/arquitetura-de-santiago-calatrava>.

Acesso em: 31 out. 2018 NEVES, Laert Pedreira. Adoção do partido na arquitetura. Salvador: EDUFBA,

2012. 232p.

NOVA VENÉCIA. Lei Nº 2.787, de 21 de dez. de 2006. Institui o Plano Diretor do Município de Nova Venécia, e dá outras providências, Nova Venécia, ES, dez. 2006

NOVA VENÉCIA. Lei Complementar Nº 008, de 27 de mai. de 2008. Institui o

Perímetro Urbano do Município de Nova Venécia, Nova Venécia, ES, mai. 2008 PINHEIRO, Antônio Carlos da Fonseca Bragança. Estruturas metálicas: cálculos,

detalhes, exercícios e projetos. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. 301p.

SISTEMA INTEGRADO DE BASES GEOESPACIAIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (GEOBASES). Divisões Político-Administrativas do ES. Disponível em:< https://geobases.es.gov.br/mapas-munic%C3%ADpios-es>. Acesso em: 02 jun.

2018

TOCHETTO, Andrieli; FELISBERTO, Lidiane Gomes dos Santos. O ensino da arte e a sua finalidade: educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Formação de professores: contextos, sentidos e práticas. [S.l.], p. 11148-11160. [S.d.]

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES). Centro de Artes –

Estrutura Física, [S.d.]. Disponível em:< http://www.car.ufes.br/estrutura-f%C3%ADsica>. Acesso em: 07 out. 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES). RESOLUÇÃO Nº 43/2017. Regulamenta o Plano Diretor Físico do Campus Alaor de Queiroz

Araújo – UFES, em Goiabeiras, Vitória (ES), 28 set. 2017. Disponível em:< http://daocs.ufes.br/sites/daocs.ufes.br/files/field/anexo/resolucao_no._43.2017.pdf#overlay-context=resolu%25C3%25A7%25C3%25B5es-de-2017-cun>. Acesso em:

07 out. 2018

UNIVERSO UFES REPÓRTER. Série memórias: construção e instalação da Ufes, 09 dez. 2013. Disponível em:< http://universo.ufes.br/blog/2013/12/serie-memorias-construcao-e-instalacao-da-ufes-2/>. Acesso em: 07 out. 2018

ZANETTINI ARQUITETURA. Escola Panamericana de Arte - Angélica. Disponível

em:< https://www.zanettini.com.br/ajax_atuacao.php?tipo_atuacao=2&id=5>. Acesso em: 07 out. 2018

Page 73: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

72

ANEXOS

Page 74: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

RU

A IT

AB

ER

AB

A

MULTIVIX-NV

R

O

D

O

V

I

A

O

T

Á

V

I

O

A

Y

R

E

S

D

E

F

A

R

I

A

RUA PROJETADA

555.5

555.5

552.5

2450.5 512

489

1542

840

367

963.5

3091.5

4

2

1

230

470

QUADRO DE VAGAS DO ESTACIONAMENTO

QUADRO DE ÁREAS

ÁREA DE PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

ÁREA DO TERRENO

ÁREA CONSTRUÍDA TÉRREO

5.586,87

15.995,00

5.586,87

DESCRIÇÃO QUANT. (m²)

SGL

ÍNDICES URBANÍSTICOS

T.O.

C.A.

T.P.

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

TAXA DE OCUPAÇÃO

TAXA DE PERMEABILIDADE

DESCRIÇÃO PERMITIDAS PROJETADAS

ÁREA CONSTRUÍDA 1º PAV.

ÁREA CONSTRUÍDA 2º PAV.

ÁREA ÚTIL TOTAL

34,92%

25,71 %

0,68

ÁREA CONTRUÍDA TOTAL

1.393,40

1.393,40

7.117,61

8.373,67

70%

1,95

10%

ÁREA PERMEÁVEL 4.113,22

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO / SITUAÇÃO, QUADRO DE ÁREAS E ÍNDICES URBANÍSTICOS

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

01

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO A

AutoCAD SHX Text
2
AutoCAD SHX Text
3
AutoCAD SHX Text
4
AutoCAD SHX Text
5
AutoCAD SHX Text
6
AutoCAD SHX Text
7
AutoCAD SHX Text
8
AutoCAD SHX Text
9
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
1
AutoCAD SHX Text
28
AutoCAD SHX Text
27
AutoCAD SHX Text
26
AutoCAD SHX Text
25
AutoCAD SHX Text
24
AutoCAD SHX Text
23
AutoCAD SHX Text
22
AutoCAD SHX Text
21
AutoCAD SHX Text
20
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/500
AutoCAD SHX Text
31
AutoCAD SHX Text
32
AutoCAD SHX Text
33
AutoCAD SHX Text
34
AutoCAD SHX Text
35
AutoCAD SHX Text
47
AutoCAD SHX Text
46
AutoCAD SHX Text
45
AutoCAD SHX Text
44
AutoCAD SHX Text
43
AutoCAD SHX Text
42
AutoCAD SHX Text
41
AutoCAD SHX Text
40
AutoCAD SHX Text
39
AutoCAD SHX Text
38
AutoCAD SHX Text
37
AutoCAD SHX Text
36
AutoCAD SHX Text
30
AutoCAD SHX Text
29
AutoCAD SHX Text
62
AutoCAD SHX Text
61
AutoCAD SHX Text
60
AutoCAD SHX Text
59
AutoCAD SHX Text
58
AutoCAD SHX Text
57
AutoCAD SHX Text
56
AutoCAD SHX Text
55
AutoCAD SHX Text
54
AutoCAD SHX Text
53
AutoCAD SHX Text
52
AutoCAD SHX Text
51
AutoCAD SHX Text
50
AutoCAD SHX Text
49
AutoCAD SHX Text
48
AutoCAD SHX Text
2
AutoCAD SHX Text
3
AutoCAD SHX Text
4
AutoCAD SHX Text
5
AutoCAD SHX Text
6
AutoCAD SHX Text
7
AutoCAD SHX Text
8
AutoCAD SHX Text
9
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
1
AutoCAD SHX Text
22
AutoCAD SHX Text
21
AutoCAD SHX Text
20
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
23
AutoCAD SHX Text
24
AutoCAD SHX Text
28
AutoCAD SHX Text
27
AutoCAD SHX Text
26
AutoCAD SHX Text
25
AutoCAD SHX Text
31
AutoCAD SHX Text
32
AutoCAD SHX Text
33
AutoCAD SHX Text
34
AutoCAD SHX Text
35
AutoCAD SHX Text
30
AutoCAD SHX Text
29
AutoCAD SHX Text
36
AutoCAD SHX Text
QUANT.
AutoCAD SHX Text
VEÍCULOS UTILITÁRIOS
AutoCAD SHX Text
PNE
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
91
Page 75: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

PROJEÇÃO DA MARQUIZE

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

PROJEÇÃO DA MARQUIZE

250

20

600

20

130

15

456.5

20

600

20

1200

20

250

20

224

20

716

20

250

4851.5

2502042020420207502030020300206002060020680206802068020250.5

6150.5

25020177.515277.52047020250

1500

187

250

20

960

20

250

1500

250 960 250

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

PROJEÇÃO DA MARQUIZE

25020875158501550520250

2800

250

20

1002

15

200

15

200

15

813

20

250

2800

250

20

600

15

413

15

200

15

1002

20

250

2800

250 20 2260 20 250

550

550

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA BAIXA - BIBLIOTECA E SETOR DE MÚSICA

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

02

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO B

AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
25,50 m²
AutoCAD SHX Text
TÉCNICA - B
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
57,60 m²
AutoCAD SHX Text
ESTÚDIO B - CRIAÇÃO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
115,20 m²
AutoCAD SHX Text
LABORATÓRIO DE SONOLOGIA E ÁUDIO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
72,00 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE INSTRUMENTOS METAIS GERAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
25,50 m²
AutoCAD SHX Text
TÉCNICA - A
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
57,60 m²
AutoCAD SHX Text
ESTÚDIO A - CRIAÇÃO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
57,60 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE PERCUSÃO GERAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
57,60 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE ENSAIO GERAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
65,28 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE AULA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
65,28 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE AULA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
65,28 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE AULA
AutoCAD SHX Text
PLANTA BAIXA - BIBLIOTECA E SETOR DE MÚSICA
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5,53 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE METAIS
AutoCAD SHX Text
INDIVIDUAL
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
2,30 m²
AutoCAD SHX Text
LAVABO
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
2,30 m²
AutoCAD SHX Text
LAVABO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
510,76 m²
AutoCAD SHX Text
BIBLIOTECA
AutoCAD SHX Text
ESTANTES
AutoCAD SHX Text
ESTANTES
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
7,40 m²
AutoCAD SHX Text
BAN. PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
7,40 m²
AutoCAD SHX Text
BAN. PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
50,78 m²
AutoCAD SHX Text
ACERVO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
71,00 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE LEITURA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
12,40 m²
AutoCAD SHX Text
ATEND.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
22,00 m²
AutoCAD SHX Text
BIBLIOTECÁRIO
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
Page 76: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

SO

BE

RAMPA EM ESTRUTURA METÁLICA I= 8,33%

DE

SC

E

1480 20 2800 20 2126

6446

1321 20 420 20 420 20 45 65 420 20 420 20 174.5

6095.5

71

62

01

12

4

1

0

5

1

.

5

2

0

1

0

7

1

.

5

2

0

1

5

8

0

1

6

0

0

2

0

1

2

3

3

1

2

5

3

2

0

1

9

0

0

1

8

8

0

1870 420

DESCE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

DESCE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

55

2

420

Á

R

E

A

D

E

M

A

N

O

B

R

A

C

O

N

F

O

R

M

E

N

B

R

9

0

5

R

E

A

D

E

M

A

N

O

B

R

A

C

O

N

F

O

R

M

E

N

B

R

9

0

5

0

C

A

I

X

A

SO

BE

RAMPA EM ESTRUTURA METÁLICA I= 8,33%

PROJEÇÃO DA RAMPA

A

C

E

S

S

O

A

U

D

I

T

Ó

R

I

O

A

C

E

S

S

O

A

D

M

I

N

I

S

T

R

A

T

I

V

O

/

P

E

D

A

G

Ó

G

I

C

O

ACESSO PRINCIPAL

ACESSO BIBLIOTECA E SETOR DE MÚSICA

600 5246 600

6446

695 17.5 608.5 945 600

6095.5

2

0

3

8

5

9

3

5

5

6

0

1

9

0

0

1

1

.

5

1

0

4

0

2

0

1

0

7

1

.

5

2

0

3

7

0

1

5

1

5

0

1

5

3

5

1

5

1

2

0

.

5

6

0

0

2

5

9

.

5

1

6

0

0

2

0

4

1

5

1

5

6

3

3

.

5

1

5

5

1

4

.

5

1

2

5

3

230

600

1070

1870 519.5

SOBE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

SOBE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

420 420

2200

552

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA BAIXA - TÉRREO E 2º PAVIMENTO DO SETOR DE ARTES

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

03

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO C

AutoCAD SHX Text
3.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
3.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
2º PAVIMENTO - SETOR ARTES CÊNICAS
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
AutoCAD SHX Text
5.33
AutoCAD SHX Text
18,00 m²
AutoCAD SHX Text
PATAMAR
AutoCAD SHX Text
3.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
3.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
4.00
AutoCAD SHX Text
372,12 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE DANÇA
AutoCAD SHX Text
4.00
AutoCAD SHX Text
326,89 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE DANÇA
AutoCAD SHX Text
4.00
AutoCAD SHX Text
406,80 m²
AutoCAD SHX Text
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA/CONTEMPLAÇÃO
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
58,18 m²
AutoCAD SHX Text
CAFETERIA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
5.97 m²
AutoCAD SHX Text
DEPÓSITO
AutoCAD SHX Text
TÉRREO - GALERIA ABERTA
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
132,00 m²
AutoCAD SHX Text
ÁREA DE PROJEÇÃO DA RAMPA
AutoCAD SHX Text
1.35
AutoCAD SHX Text
18,00 m²
AutoCAD SHX Text
PATAMAR
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
7,36 m²
AutoCAD SHX Text
PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
7,36 m²
AutoCAD SHX Text
PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
1272,64 m²
AutoCAD SHX Text
GALERIA ABERTA - TÉRREO
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
Page 77: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

ÁREA DE MANOBRA

CONFORME

NBR 9050

RAMPA EM ESTRUTURA METÁLICA I= 8,33% DE

SC

E

20 1172.5 15 1185 15 585 15 585 15 722.5 15 630.5 15 630.5 15 810.5

6446

1321 20 420 20 420 20 45 20 1054.5

6095.5

716

20

94

210

20

810

9

5

8

2

0

1

0

7

1

.

5

2

3

.

5

7

0

2

0

1

9

0

0

5

3

0

2

3

.

5

1

3

2

6

.

5

1870 45

2

0

9

5

8

1

2

5

3

2

3

.

5

2

5

1

.

5

2

0

1

5

8

0

1

6

0

0

DESCE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

DESCE

ESCADA DE EMERGÊNCIA EM

ESTRUTURA METÁLICA

RESISTENTE O FOGO DE

ACORDO COM A NBR 9077:2001

552

420 420

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO DO SETOR DE ARTES

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

04

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO D

AutoCAD SHX Text
3º PAVIMENTO - SETOR ARTES VISUAIS
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
AutoCAD SHX Text
7.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
7.99
AutoCAD SHX Text
30,00 m²
AutoCAD SHX Text
VEST. PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
125,90 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE ESCULTURA
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
81,90 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE PINTURA
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
94,97 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE GRAVURA
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
95,98 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE MÍDIAS DIGITAIS
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
47,38 m²
AutoCAD SHX Text
ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
47,38 m²
AutoCAD SHX Text
ESTÚDIO DE REVELAÇÃO
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
58,50 m²
AutoCAD SHX Text
RESERVA TÉCNICA GERAL
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
50,74 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE AULA
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
50,74 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE AULA
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
84,37 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE DESENHO ARTÍSTICO
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
115,23 m²
AutoCAD SHX Text
ATELIER DE DESENHO TÉCNICO
AutoCAD SHX Text
8.00
AutoCAD SHX Text
45,65 m²
AutoCAD SHX Text
DEPÓSITO DE MATERIAIS/SALA MULTIUSO
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
06
AutoCAD SHX Text
04
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
03
AutoCAD SHX Text
05
AutoCAD SHX Text
08
AutoCAD SHX Text
07
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
09
AutoCAD SHX Text
10
AutoCAD SHX Text
11
AutoCAD SHX Text
12
AutoCAD SHX Text
13
AutoCAD SHX Text
14
AutoCAD SHX Text
15
AutoCAD SHX Text
16
AutoCAD SHX Text
17
AutoCAD SHX Text
18
AutoCAD SHX Text
19
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
Page 78: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

5040415180478262621515120231.5502501576715

5447

50

350

15

370

15

300

15

370

15

350

50

1900

245

15

200

15

200.5

15

420

15

200

15

200

15

245

15 526 506 50 3700.5 180 15 404 50

370

15

120

15

800

50

200

15

275

20

15

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

ÁR

EA

D

E M

AN

OB

RA

C

ON

FO

RM

E

NB

R 9

05

0

15884.515914.515450154501545015450155401554315250

5068

250

15

435

15

245

15

360

15

250

1600

PROJEÇÃO DA MARQUIZE

250 15 543 15 200 15 200 15 575 15 450 15 915.5 15 914.5 15 884.5 15

250

15

360

15

180

15

500

15

250

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA BAIXA AUDITÓRIO; PLANTA BAIXA SETOR ADMINISTRATIVO E TÉCNICO

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

05

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO E

AutoCAD SHX Text
RAMPA I= 8,33%
AutoCAD SHX Text
RAMPA I= 8,33%
AutoCAD SHX Text
.10
AutoCAD SHX Text
14,94 m²
AutoCAD SHX Text
PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
.10
AutoCAD SHX Text
14,94 m²
AutoCAD SHX Text
PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
.10
AutoCAD SHX Text
112,00 m²
AutoCAD SHX Text
PALCO
AutoCAD SHX Text
.10
AutoCAD SHX Text
14,14 m²
AutoCAD SHX Text
DEP, CENÁRIO 02
AutoCAD SHX Text
.10
AutoCAD SHX Text
14,14 m²
AutoCAD SHX Text
DEP, CENÁRIO 01
AutoCAD SHX Text
RAMPA I= 8,33%
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
8,90 m²
AutoCAD SHX Text
PROJ. E ILUM.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
4,23 m²
AutoCAD SHX Text
TRAD.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
4,23 m²
AutoCAD SHX Text
TRAD.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
4,23 m²
AutoCAD SHX Text
TRAD.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
4,23 m²
AutoCAD SHX Text
TRAD.
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
18,72 m²
AutoCAD SHX Text
PNE MASC.
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
18,72 m²
AutoCAD SHX Text
PNE FEM.
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
16,67 m²
AutoCAD SHX Text
ATENDIMENTO/BILHETERIA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
21,09 m²
AutoCAD SHX Text
APOIO BILHETERIA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
8,57 m²
AutoCAD SHX Text
ARQUIVO
AutoCAD SHX Text
PLANTA BAIXA - AUDITÓRIO
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
3,24 m²
AutoCAD SHX Text
LAVABO
AutoCAD SHX Text
.19
AutoCAD SHX Text
3,24 m²
AutoCAD SHX Text
LAVABO
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
61,48 m²
AutoCAD SHX Text
SECRETARIA ACADÊMICA
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
38,38 m²
AutoCAD SHX Text
FOYER
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
32,92 m²
AutoCAD SHX Text
SALA DE REUNIÕES
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
32,95 m²
AutoCAD SHX Text
GABINETE COORDENADORES
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
16,20 m²
AutoCAD SHX Text
MARKETING
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
20,70 m²
AutoCAD SHX Text
APOIO FUNCIONÁRIOS
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
19,58 m²
AutoCAD SHX Text
ARQUIVO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
19,58 m²
AutoCAD SHX Text
FINANCEIRO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
19,58 m²
AutoCAD SHX Text
RECURSOS HUMANOS
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
19,58 m²
AutoCAD SHX Text
VICE-DIREÇÃO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
23,48 m²
AutoCAD SHX Text
VICE-DIREÇÃO
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
19,55 m²
AutoCAD SHX Text
DML
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
23,62 m²
AutoCAD SHX Text
DEPÓSITO GERAL
AutoCAD SHX Text
.20
AutoCAD SHX Text
45,73 m²
AutoCAD SHX Text
SALA PROFESSORES
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
PLANTA BAIXA - SETOR ADMINISTRATIVO E TÉCNICO
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/100
Page 79: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

LEGENDA

ACESSO PRINCIPAL/ACESSO AS SALAS E LABORATÓRIOS DE ARTES

SETOR ADMINISTRATIVO E TÉCNICO

AUDITÓRIO

BIBLIOTECA E SETOR DE MÚSICA

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA GERAL COMPATIBILIZADA DE SETORES

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

06

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO F

AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
SETORES COMPATIBILIZADOS - PLANTA BAIXA GERAL TÉRREO
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/200
AutoCAD SHX Text
01
AutoCAD SHX Text
VISTA
AutoCAD SHX Text
02
AutoCAD SHX Text
VISTA
Page 80: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

ABERTURA ZENITAL PARA ILUMINAÇÃO - COBERTURA

EM MEMBRANA COM PELÍCULA AUTOLIMPANTE

COBERTURA EM LAJE

DE CONCRETO

IMPERMEABILIZADA

COBERTURA EM

LAJE DE

CONCRETO

IMPERMEABILIZADA

COBERTURA EM LAJE

DE CONCRETO

IMPERMEABILIZADA

COBERTURA EM LAJE DE CONCRETO

IMPERMEABILIZADA COM INCLINAÇÃO DE

2% COM POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO

DE TELHADO VEGETAL

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

5380.5

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

CALHA EM CONCRETO

IMPERMEABILIZADO

886 50 2200 50 1843.5 1221.5 2481.5 730

680

50

680

3331.5

50

50

5407

880

880

50

1040

550

50

1080

500

1080

1080

50

50 1330 1330 50

50

1515

500 1080 50

1817.5

COBERTURA EM LAJE DE CONCRETO

IMPERMEABILIZADA COM INCLINAÇÃO DE

2% COM POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO

DE TELHADO VEGETAL

550

742.5

150

667.5

6

4

2

9

6

0

7

8

.

5

LOCAL PREVISTO PARA

LOCAÇÃO DE CAIXA D'ÁGUA E

ELEMENTOS HIDRÁULICOS

LOCAL PREVISTO PARA

LOCAÇÃO DE CAIXA D'ÁGUA E

ELEMENTOS HIDRÁULICOS

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

PLANTA DE COBERTURA

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

07

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO G

AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
O
AutoCAD SHX Text
L
AutoCAD SHX Text
S
AutoCAD SHX Text
N
AutoCAD SHX Text
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TIPO SANDUÍCHE
AutoCAD SHX Text
i=10%
AutoCAD SHX Text
PLANTA DE COBERTURA
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/250
Page 81: O PROJETO DO AMBIENTE DE ENSINO: ESTUDO PRELIMINAR … · projeto do ambiente de ensino, elucidando sua importância e parametrizando as condicionantes projetuais desse ambiente,

RAMPA EM ESTRUTURA

METÁLICA RESISTENTE

AO FOGO

PEITORIL DE PROTEÇÃO

EM CHAPA METÁLICA

PERFURADA

SEMI-TRANSPARENTE

JUNTAS DE DILATAÇÃO

DE 3CM FORMANDO

PADÃO GEOMÉTRICO

ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO DE INFORMAÇÕES

(PALESTRAS, EXPOSIÇÕES DE ARTES) E

IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

PADRÃO GEOMÉTRICO

EM TONS DE CINZA

ESTRUTURA METÁLICA

EM PERFIL "TIPO H" DE

50CM

ESQUADRIAS DE PERFIL

METÁLICO E VIDRO COM

PELÍCULA REFLEXIVA

ESQUADRIAS DE PERFIL

METÁLICO E VIDRO COM

PELÍCULA REFLEXIVA

COBERTURA DE LIGAÇÃO ENTRE

BLOCOS EM CONCRETO APARENTE

ESTRUTURA METÁLICA

EM PERFIL "TIPO H" DE

50CM

TEMA:

ALUNO:

CONTEÚDO:

ORIENTADOR:

FOLHA:

THIAGO PEREIRA LINO

ARQUITETURA ESCOLAR / AMBIENTES DE ENSINO

FACHADAS

DATA:

09 / 11 / 2018

ESCALA:

INDICADA

08

FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

ANDRÉ LIMA FERREIRA

08

INDICAÇÃO:

ANEXO H

AutoCAD SHX Text
VISTA 01 - FACHADA PRINCIPAL (OESTE)
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/250
AutoCAD SHX Text
VISTA 02 - FACHADA LESTE
AutoCAD SHX Text
ESC.:1/250