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I ENCONTRO O QUE É CIBERCULTURA: ORIGENS E ORIENTAÇÕES; DAS FICÇÕES À TECNO-ARTE DE PIERRE LÉVY

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I ENCONTRO

O QUE É CIBERCULTURA: ORIGENS E ORIENTAÇÕES; DAS

FICÇÕES À TECNO-ARTE DE PIERRE LÉVY

I ENCONTRO

SEGUNDO ANDRÉ LEMOS, A CIBERCULTURA TRABALHA COM: 

a emergência de cibercidades (cidade e espaço de fluxo), as novas práticas comunicacionais no ciberespaço (e­mail, listas, weblogs, 

jornalismo online), as novas relações sociais eletrônicas e as práticas comunicacionais pessoais (weblogs, webcams, chats, icq, 

listas) ...

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... as questões artísticas (arte eletrônica) e políticas (cibercidadania, ciberativismo, hackers), as transformações 

culturais e éticas (softwares livres, "napsterização", privacidade) e a nova configuração comunicacional (liberação do pólo da 

emissão). 

I ENCONTRO

Segundo a pesquisadora DENIZE CORREA, as pesquisas da cibercultura no Brasil podem ser agrupadas em cinco clusters 

temáticos:

 1. Cibercidades e Mobilidades; 2. Imaginários da Cibercultura; 3. Imersão e Interfaces, 4. Jornalismo Digital; 5. Web Sociabilidades/Subjetividades;

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Para Juremir Machado da Silva, da PUC­RS,

“o imaginário é uma rede etérea e movediça de valores e de sensações partilhadas concreta ou virtualmente” 

(JUREMIR, 2003, p. 9).

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Seu caminho passa por Maffesoli, que por sua vez relê Durand, Jung, Bachelard e Benjamin. Passa também por Marx e Althusser, no que se refere a aspectos ideológicos, por Morin e Sfez, quanto às 

tecnologias do espírito, por Debray em relação às tecnologias da crença e por Lévy, que delineia parâmetros para tecnologias da 

inteligência. 

MACHADO tece reflexões sobre o tema, pontuando certas fases percorridas pelas tecnologias do imaginário: a primitiva, mítica 

(teatro, contos); a mediada (advento das mídias); a comunicacional (advento das NTCI).

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Já os estudos de Erick Felinto são mais pontuais e se referem ao imaginário de ficção científica, na esteira 

de Donna Haraway, recuperando as imagens do futuro pós­humano. 

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Transcendendo as dicotomias radicais, Felinto acredita que, “no plano do imaginário, os opostos se desfazem, pois não 

existem tensões permanentes... À crítica deverá tão somente caber o papel de despir o objeto tecnológico dos excessos interpretativos e prepará­lo para ser pensado como parte 

fundamental da cultura...” (FELINTO, 2005, pp.133­134)

I ENCONTRO

Adriana Amaral apresenta o cyberpunk como uma subcultura híbrida que se encontra no âmago de um imaginário 

tecnológico, um subgênero vindo das visões obscuras e distópicas do romantismo gótico e de um passado de 

contracultura. 

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Em relação à música eletrônica, a pesquisa de Amaral apresenta uma coleção de imagens da música eletrônica pelas temáticas 

cyberpunks da fusão do homem­máquina e do futuro distópico.

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Essa pesquisa converge em alguns pontos com a da pesquisadora Simone Pereira de Sá, que acredita que a música eletrônica 

encontrou na Internet um espaço importante de comunicação, imbricando tecnologia e cultura de massa. Seu estudo contextualiza apropriações e hibridismos que ocorrem entre mídias diferentes na dinâmica de desenvolvimento dos 

meios de comunicação, oferecendo projetos antes restritos às elites.

I ENCONTRO

ANDRÉ LEMOS E O IMAGINÁRIO DA CIBERCULTURA:

TECNOUTÓPICOS

NEO LUDISTAS E TECNOFÓBICOS

TECNOREALISTAS

http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/imaginario.htmhttp://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/imaginario.htm

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"O imaginário da cibercultura é permeado por uma polarização que persegue a questão da técnica desde 

os tempos imemoriais: medo e fascinação.”

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 Shapiro, Shenk e Johnson integram o movimento tecnorealismo  (www.technorealism.org).  

O MOVIMENTO TECNOREALISTA, através do seu MANIFESTO, expõe sua visão sobre a cultura tecnológica 

contemporânea e define sua posição:

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1. A tecnologia não é neutra.

2. A Internet é revolucionária, mas não utópica.

3. O Governo tem um papel importante na fronteira eletrônica.

I ENCONTRO

4. Informação não é conhecimento.

5. Interligar as escolas não as salvarão.

6. A Informação quer ser protegida.

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7. Nós deveríamos exigir mais uso privado da propriedade pública.

8. Compreender a tecnologia deveria ser um componente essencial de cidadania global.

I ENCONTRO

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. (Capítulos VIII – O som da cibercultura e IX­ A arte da cibercultura).

TEXTOS-BASE:

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

I ENCONTRO

LÉVY:

“A primeira grande transformação na ecologia das mídias: a passagem das culturas orais às culturas da

escrita.”(Cibercultura, 113)

I ENCONTRO

LÉVY vincula a ESCRITA a UNIVERSALIDADE:

“Todas as religiões universais são fundadas em textos.”

“Os ritos, mitos, crenças e modos de vida dos bororos não são universais, mas sim contextuais ou locais.”

“Por outro lado, as religiões particularistas também têm seus textos: a ESCRITA não determina

automaticamente o universal, ela o condiciona.” (115)

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Para Lévy:

“NÃO HÁ UNIVERSALIDADE SEM ESCRITA”.

I ENCONTRO

Para Lévy:

“No universal fundado pela escrita, aquilo que deve-se manter imutável pelas interpretações, traduções,

difusões, conservações, É O SENTIDO.

O SIGNIFICADO da mensagem deve ser o mesmo em toda a parte, hoje e no passado.

Este UNIVERSAL é indissociável de uma visada de FECHAMENTO SEMÂNTICO.” (115)

I ENCONTRO

Para Lévy:

“No universal fundado pela escrita, aquilo que deve-se manter imutável pelas interpretações, traduções,

difusões, conservações, É O SENTIDO.

O SIGNIFICADO da mensagem deve ser o mesmo em toda a parte, hoje e no passado.

Este UNIVERSAL é indissociável de uma visada de FECHAMENTO SEMÂNTICO.” (115)

I ENCONTRO

Para Lévy:

“As mídias de massa: impressa, rádio, cinema, televisão, ao menos em sua configuração clássica, dão continuidade à linhagem CULTURAL UNIVERSAL

TOTALIZANTE iniciada pela escrita.

... a mensagem midiática será lida, ouvida, vista por milhares ou milhões de pessoas dispersas, ela é composta de forma a encontrar o “denominador comum” mental de seus destinatários”. (116)

I ENCONTRO

Para Lévy:

“Entretanto, as mídias eletrônicas, como o rádio ou a televisão, possuem uma segunda, complementar à primeira. A descontextualização que acabo de citar

instaura, paradoxalmente, um outro contexto, holístico, quase tribal, mas em maior escala do que

nas sociedades orais.”

I ENCONTRO

Para Lévy:

“O principal evento cultural anunciado pela emergência do ciberespaço é a desconexão desses dois operadores sociais ou máquinas abstratas

(muito mais do que conceitos!) que são a UNIVERSALIDADE e a TOTALIZAÇÃO.”

I ENCONTRO

POR QUE?

“... O CIBERESPAÇO dissolve a PRAGMÁTICA da comunicação que, desde a invenção da escrita, havia

reunido o universal e a totalidade.”

“Ele nos leva, de fato, à situação existente antes da escrita – em outra escala e órbita – a medida que a

interconexão e o dinamismo em tempo real... tornam novamente possível, para os parceiros da

comunicação, compartilhar o mesmo contexto, o mesmo hipertexto vivo.” (118)

I ENCONTRO

“... o universal não se articula mais sobre o fechamento semântico exigido pela

descontextualização, muito pelo contrário. Esse universal não totaliza mais pelo sentido, ele conecta

pelo contato, pela interação geral.”

(119)

I ENCONTRO

“... a cibercultura forma um novo tipo de universal: o universal sem totalidade...

Assim, o ciberespaço não engendra uma cultura do universal porque de fato está em

toda a parte, e sim porque sua forma ou sua idéia implicam de direito o conjunto dos

seres humanos.”

I ENCONTRO

PARADOXO CENTRAL:

“quanto mais universal (extenso, interconectado, interativo), menos totalizável.

Cada conexão suplementar acrescenta ainda mais heterogeneidade, novas fontes de informação, novas

linhas de fuga... cada vez mais difícil de circunscrever, de fechar, de dominar.”

I ENCONTRO

...quanto mais o novo universal se atualiza, menos ele é atualizável.

...não se confunde mais com a dilatação do local nem com a exportação forçada dos produtos de uma

cultura em particular.

O ciberespaço não desordenado exprime a diversidade do humano.

(120)

I ENCONTRO

Lévy pergunta: por que inventar “um universal sem totalidade” quando já dispomos do rico conceito de

pós-modernidade?

A filosofia da pós-modernidade já descreveu bem o esfacelamento da totalização.

I ENCONTRO

... mas a filosofia da pós-modernidade confundiu o universal e a totalização.

...O que é o universal? É a presença (virtual) da

humanidade em si mesma. Quanto à totalidade, podemos defini-la como a conjunção estabilizada do

sentido de uma pluralidade (discurso, situação, conjunto de acontecimentos, sistema, etc)

I ENCONTRO

A cibercultura... mostra que existe uma outra forma de instaurar a presença virtual da humanidade em si

mesma (o universal) que não seja por meio da identidade do sentido (a totalidade).

I ENCONTRO

"O universal da cibercultura não possui nem centro nem diretriz. É vazio, sem conteúdo particular."

I ENCONTRO

"Não quero dar a entender, com isso, que a universalidade do ciberespaço é neutra ou sem

consequências, visto que o próprio fato do processo de interconexão já tem, e terá ainda mais no futuro,

imensas repercussões na atividade econômica, política e cultural. (...)

I ENCONTRO

Contudo trata-se de um universo indeterminado que tende a manter sua inderteminação, pois cada novo nó na rede de redes em expansão constante pode

tornar-se produtor ou emissor de novas informações, imprevisíveis, e reorganizar uma parte da

conectividade global por sua própria conta." (111)

I ENCONTRO

sistema de caos: encarnação máxima da transparência técnica (???), crescimento incontido e

opacidade de sentidos.

labirinto móvel, em expansão, sem plano possível.

I ENCONTRO

"Essa universalidade desprovida de significado central, esse sistema de desordem. essa

transparência labiríntica, chamo-a de "universal sem totalidade". Constitui a essência paradoxal da

cibercultura." (111)

I ENCONTRO

O QUE É CIBERCULTURA?

Por cibercultura compreendemos as relações entre as tecnologias informacionais de comunicação e

informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informática/telecomunicações na

década de 1970.

Trata-se de uma nova relação entre as tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea

(Lemos).

I ENCONTRO

QUAL O PRINCÍPIO QUE REGE A CIBERCULTURA?

O princípio que rege a cibercultura é a “re-mixagem”, conjunto de práticas sociais e comunicacionais de

combinações, colagens, cut-up de informação a partir das tecnologias digitais.

I ENCONTRO

QUAIS AS LEIS FUNDADORAS DA CIBERCULTURA?

A cibercultura caracteriza-se por três “leis” fundadoras:

1) a liberação do pólo da emissão, (emergência de novas vozes e discursos);2) o princípio de conexão em rede (o verdadeiro computador é a rede);3) a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais. (reconfiguração, recombinação).

I ENCONTRO

Essa leis vão nortear os processos de “re-mixagem” contemporâneos.

Sob o prisma de uma fenomenologia do

social, esse tripé (emissão, conexão, reconfiguração) tem como corolário uma

mudança social na vivência do espaço e do tempo.

I ENCONTRO

DO COPYRIGHT AO REMIX

As noções de autor e de propriedade intelectual surgem com o capitalismo e a

imprensaa partir do século XVIII.

Até então, culturas primitivas e orais, assim como a sociedade medieval, não

possuíam uma idéia de autor nem de propriedade de bens simbólicos.

I ENCONTRO

... Idéia romântica de um autor iluminado e dono de sua criação.

I ENCONTRO

POR QUE A RECOMBINAÇÃO LEVOU A CRISE DA ARTE?

... A arte entra em crise e junto com ela a noção de obra, autor, autoria, propriedade.

I ENCONTRO

Na crise da criação pós-moderna (“a arte morreu!”) só é possível apropriações sob o

signo da recriação.

Não há mais autor, original e obra, apenas processos abertos,coletivos e livres.

I ENCONTRO

QUAIS OS NOVOS CRITÉRIOS DE CRIAÇÃO LANÇADOS PELA CIBERCULTURA?

Na cibercultura, novos critérios de criação, criatividade e obra emergem consolidando, a partir das últimas décadas do século XX,

essa cultura remix.

I ENCONTRO

O QUE É REMIX?

Por remix compreendemos as possibilidades de apropriação, desvios e criação livre (que começam com a música, com os DJ’s no hip hop e os Sound Systems) a partir de outros formatos, modalidades ou tecnologias, potencializados pelas características das ferramentas digitais e pela dinâmica dasociedade contemporânea.

I ENCONTRO

Busca-se assim, processos para criar e favorecer “inteligências coletivas” (Lévy) ou

“conectivas”(Kerkhove). Essas só são possíveis, de agora em diante, por recombinações.

I ENCONTRO

QUAL SERIA A NOVA DINÂMICA TECNO-SOCIAL LANÇADA PELA CIBERCULTURA?

...não uma novidade, mas uma radicalidade: uma estrutura midiática ímpar na história da humanidade onde, pela primeira vez, qualquer indivíduo pode, a priori, emitir e receber informação em tempo real, sob diversos formatos e modulações, para qualquer lugar do planeta e alterar, adicionar e colaborar com pedaços de informação criados por outros.

I ENCONTRO

RECOMBINAR NÃO É NOVO...

A novidade não é a recombinação em si mas o seu alcance. A recombinação e a re-mixagem têm

dominado a cultura ocidental pelo menos desde a segunda metade do século XX, mas adquirem

aspectos planetários nesse começo de século XXI. Em recente artigo para a revista “Wired”, o escritor de

ficção-científica William Gibson mostrou como a prática do “cut and past” configurou as vanguardas

artísticas do século passado.

I ENCONTRO

GIBSON: The remix is the very nature of the digital.

I ENCONTRO

CORRELAÇÃO ENTRE AS TRÊS LEIS E A LÓGICA DA RE-MIXAGEM

Faremos agora a correlação entre as três leis e a lógica da re-mixagem analisando a arte eletrônica, os blogs, o podcast, os sistemas P2P e os softwares livres.

I ENCONTRO

ARTE ELETRÔNICA

A partir das tecnologias digitais surgem novos formatos como a música eletrônica, a “body

arte”, a “web-arte”, a “net-arte”, os hipertextos, a robótica, a realidade virtual, as instalações interativas, e as demais formas artísticas em interface com a literatura, o

cinema, o teatro e a dança.

I ENCONTRO

Na atual arte eletrônica encontramos os princípios:

- de conexão (obras em rede), - a liberação da emissão (autor/espectador/usuário fundem-se) e - a reconfiguração (dos formatos artísticos anteriores com as crises de conservação, recepção, etc.) em ação.

I ENCONTRO

PODEMOS ENCONTRAR ESTAS 3 LEIS NO PODCAST?

... no Google mais de 4.940.000 referências para a palavra podcasting quando LEMOS escreveu este texto. Hoje 2/5/07 temos

34,000,000 referências da palavra.

A questão que sempre se coloca é se estamos diante, ou não, da criação de um novo gênero de produção, de novos processos de comunicação e de publicação.

I ENCONTRO

PODCAST É UMA RECONFIGURAÇÃO MIDIÁTICA

Matéria de capa da revista Wired de março de 2005 estampava “the end of radio (as we know it)”. Arevista referia-se aos novos sistemas de emissão radiofônica, entre eles o podcast.

Vemos aqui um duplo erro, comum nas análises mais apressadas da cibercultura: 1. o fim do meio analógico e massivo e, 2. sua substituição por outro digital e personalizado.

I ENCONTRO

Primeiro, não é o fim do rádio como meio de comunicação.

O podcast só vem a somar aos diversos

formatos broadcasting. Tampouco é o fim do rádio como nós conhecemos hoje, em seus

formatos AM e FM. O que estamos vendo é uma reconfiguração

midiática em que ambos os formatos permanecem e têm seus nichos de usuários

assegurados

I ENCONTRO

CONCLUSÃO DE LEMOS

“Recente matéria da BBC mostra como a “ciber-cultura-remix” está em expansão com os blogs, os podcasts, os sistemas P2P, obras artísticas e os softwares livres. A cibercultura tem criado o que se vem chamando de “citizen media”, ou q “mídia do cidadão”, onde cada usuário é estimulado a produzir, distribuir e reciclar conteúdos digitais, sejam eles textos literários, protestos políticos, matérias jornalísticas, emissões sonoras, filmescaseiros, fotos ou música.”

I ENCONTRO

A música sempre foi hipertextual...Um romance impresso era

linear. A música sempre pode ser mixada, sampleada, desde os tempos mais remotos, por

quaisquer garoto

I ENCONTRO

... vamos retornar a Pierre Lévy ...

I ENCONTRO

“A obra da cibercultura atinge uma certa forma de universalidade por presença ubiquitária

na rede, por conexão com outras obras e co-presença, por abertura material, e não mais necessariamente pela significação válida ou

conservada em todas as partes.”

“Ora, essa forma de universalidade por contato caminha ao lado de uma tendência à

destotalização.”

(147)

I ENCONTRO

PARA LÉVY A OBRA NA CIBERCULTURA É:

obra-acontecimentoobra-processoobra-interativa

obra-metamórficaconectada

...

I ENCONTRO

... dificilmente pode ser gravada ...

I ENCONTRO

a criação é um fluxo... mutante e recombinada, também continuamente mutante, remixada e

recombinante...

I ENCONTRO

Assim, Lévy define a nova tendência da música digital:

“a transformação cooperativa e contínua de uma reserva informacional que simultaneamente

ocupa o lugar do canal e da memória comum.”

I ENCONTRO

Para Lévy, o autor e a gravação garantem a totalização das obras (compreensão globalizante e

estabilidade de sentido).

“Se a cibercultura encontra sua essência no universal sem totalidade... devemos avaliar as

formas de arte de de uma cultura nas quais essas duas figuras passariam para o segundo plano.”

I ENCONTRO

CARACTERÍSTICAS MARCANTES DA CIBERARTE:

participação ativa dos intérpretes, criação coletiva, obra-acontecimento, obra-processo, mistura dos limites, obra-

emergente...

I ENCONTRO

... tais características convergem em direção ao declínio do autor e da

gravação.

... a música tecno é recombinante por natureza.

... a obra virtual é aberta por construção.

I ENCONTRO

““... a cibercultura é fractal.”... a cibercultura é fractal.”

“... a música teno e, em geral, a música cuja matéria prima é digital ilustram a figura singular

do universal sem totalidade. É certo que a universalidade resulta da compatibilidade técnica

e da facilidade de circulação dos sons no ciberespaço...”

(Lévy, 143)

I ENCONTRO

O desenvolvimento da música na rede e a produção radiofônica seguem o caminho da

colaboração e do compartilhamento que emergem da essência da comunicação

informacional e da cibercultura.

I ENCONTRO

“Os dois principais modos de fechamento da música que são a composição e a

gravação certamente não desapareceram, mas surgem como nitidamente secundários,

tendo em vista o processo recursivo e contínuo do sampling e da remixagem no

seio de um fluxo contínuo de matéria sonora.”

(143)