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O que é Pós-modernoProfessora Ma. Andreia Regina Moura Mendes
Antropóloga, historiadora e doutoranda em Ciências Sociais-UFRN
Conceituando “Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências,
nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950. Nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50, toma corpo com a arte pop nos anos 60. Cresce ao entrar na filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde, alimentos processados até microcomputadores) sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural”.
(SANTOS, 1986:8)
James Rosenquist- Dog descending a staircase- 1979.
“Na era da informática, que é o tratamento computadorizado do conhecimento e da informação, lidamos mais com signos do que com coisas”. (p.09)
“O pós-modernismo é coisa típica das sociedades pós-industriais baseadas na informação”. (p.11)
James Rosenquist- F-111
Andy Warhol- Liz. “(...) preferimos a imagem ao
objeto, a cópia ao original, o simulacro (a reprodução técnica) ao real. E Porquê? Porque desde a perspectiva renascentista até a televisão, que pega o fato ao vivo, a cultura ocidental foi uma corrida em busca do simulacro perfeito da realidade”. (p.12)
Richard Hamilton. Just what is it that makes today’s home so different-1992 “O digital permite escolher, o
analógico, reconhecer ou compreender. Com a invasão da computação digital no cotidiano (calculadoras, painéis eletrônicos) estamos assistindo a digitalização do social”. (p.16)
“Sublinhamos até aqui palavras que são verdadeiras senhas para invocar o fantasma pós-moderno: chip, saturação, sedução, niilismo, simulacro, hiper-real, digital, desreferencialização, etc”. (p.17)
Jasper Johns- Pensamentos fugazes. “Entendemos até aqui que o pós-
modernismo é um ecletismo, isto é, mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome. Ele não tem unidade, é aberto, plural e muda de aspecto se passamos da tecnociência para as artes plásticas, da sociedade para a filosofia”. (p.18-19)
James Rosenquist- F-111 “Simbolicamente o pós-
modernismo nasceu às 8h15 do dia 06.08.1945, quando a bomba atômica fez booom sobre Hiroxima. Ali a modernidade equivalente a civilização industrial- encerrou seu capítulo no livro da História, ao superar seu poder criador pela sua força destruidora”. (p.20)
Jasper Johns- Bandeira. Historicamente o pós-modernismo
foi gerado por volta de 1955, para vir à luz lá pelos anos 60. Nesse período, realizações decisivas irromperam na arte, na ciência e na sociedade. Perplexos, sociólogos americanos batizaram a época pós-moderna, usando o termo empregado pelo historiador Arnold Toynbee, em 1947. (idem)
A pílula, o rock, o motel, a minissaia- liberadores que emergem nos anos 60 – preparam a paisagem desolada da civilização industrial para a quermesse eletrônica pós-industrial. (p.21)
Claes Oldenburg- Blueberry Pie. Na mesma medida em que a pop
homenageia o consumo e os mass media, a minial tece o elogio da tecnologia, dos seus materiais sintéticos, sem mensagem, sem protesto. (p.50).
Tom Wesselmann A tecnologia invade o cotidiano
com mil artefatos e serviços, mas não oferece nenhum valor moral além do hedonismo consumista. (p.73)
Andy Warhol
Referência bibliográfica SANTOS, Jair Ferreira. O que é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense, 1986.