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O QUE NÃO TEM REMÉDIO REMEDIADO ESTÁ Leia o texto de Iara Biderman e Marcos Dái!a enti!"tado #Q"ando o re se("ida ex)resse a s"a o)ini*o em "ma reda%*o !eando em conta o )osi -!.nica so/re o ass"nto' "Dona Teresa, marido desempregado, sogra mora em casa. Dona Teresa, acredite, vive tranqüila e feliz. segredo, sugere o folheto publicitário, é tomar um dos vários tranqüilizantes venda nas farmácias". Em +i!oso,ia -!.nica 0á dois ti)os de erdades' Uma erdade indiid"a De certa ,orma a D' Teere2a )ode ser ,e!i2 dentro da )ers)ectia da3" a,irma1 ima(ina41 )or$m ao contin"ar o texto)erce/emos 3"e isto ad$m arti,icias medicamentosos1 3"e a a5"dam a s")ortar os tais /a3"es da A di,ic"!dade 3"e )erce/emos $ 3"e )ara cada ti)o de )ro/!ema se )roc e n*o "ma c"ra )ara os ma!es' 6ara se iniciar "m tra/a!0o em +i!oso,ia -!.nica )recisa 0aer )rimei s"a 0istoricidade1 a 3"a! m"itas e2es em editada o" de ,orma ,ra(me ao +i!oso,ia -!.nico o"ir atentamente1 e na7 )roc"rar adiin0ar o" s No caso de D' Tere2a1 n*o $ ,eito "m tra/a!0o de 4o"ir41 )roc"rar en com as coisas da ida' Sim)!esmente carim/aram em s"a ida existencia en,ermidade e !o(o a)resentaram a so!"%*o enca)s"!ada1 o" !.3"ida' "!m cápsulas ou comprimidos, parece e istir uma solu#$o na dose certa para cada percal#o da vida. S% é uma receita médica &algo que também n$o é dif'cil de se obter". Dentro da 0istoricidade )assamos a tratar dos 4Exames -ate(oriais4' D a !oca!i2a%*o existencia! do )arti!0ante no tem)o e no es)a%o a cada Q"a! $ mais ,áci!9 Inestir tem)o )ara o"ir o )arti!0ante e !eá:!o 0istoricidade como a!("$m 3"e 4tem )ro/!ema41 mas 4n*o $ "m )ro/!ema4 "ma receita e mandar ir o )rox.mo c!iente' A des"mani2a%*o no )rocesso de sa<de tem ca"sado mais en,ermidade' Te todas as ar$as das en,ermidades1 mas )erdemos o es)ecia!ista da ida1 )roc"rar com)reender 3"e nem sem)re o 4caso imediato41 re,!ete rea!me da ida' "( abuso de psicoativos é fen)meno mundial. "( paciente espera que qualquer mal&estar tenha remédio* o muitas vezes passou por um programa educacional inadequado. +omo resultado, é comum o consumo em dosag e cessiva e por tempo prolongado", diz o psiquiatra Dartiu avier da Silveira, diretor do -road -rog (rienta#$o e /tendimento a Dependentes da 0nifesp & 0niversidade 1ederal de S$o -aulo2". Existem a!("mas coisas 3"e o tratamento n*o $ meramente mecadimentoso ind"stria da medica%*o 3"er 3"e se5a assim' N"ma sociedade 4!i3"ida41 medicamentos 3"e ac0a necessário1 n*o o 3"e )recisa' >o5e "ma crian%a na esco!a1 rece/e "m tratamento )ara se d$,icit de aten%*o1 toma medicamento ,orte c0amado Rita!ina' Se("ndo a!("ns textos o 3"e ,oi a Eisen/er(1 O TDA> $ "ma Mentira'

o Que Não Tem Remédio Remediado Está

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redação

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O QUE NO TEM REMDIO REMEDIADO EST

Leia o texto de Iara Biderman e Marcos Dvila entilutado Quando o remdio causa doenas. Em seguida expresse a sua opinio em uma redao levando em conta o posicionamento da Filosofia Clnica sobre o assunto.

"Dona Teresa, marido desempregado, sogra mora em casa. Dona Teresa, acredite, vive tranqila e feliz. Seu segredo, sugere o folheto publicitrio, tomar um dos vrios tranqilizantes venda nas farmcias".

Em Filosofia Clnica h dois tipos de verdades. Uma verdade individual, e outra uma verdade geral. De certa forma a D. Teereza pode ser feliz dentro da perspectiva daquilo que ela "sente, vive, afirma, imagina", porm ao continuar o textopercebemos que isto advm da utilizao de meio artificias medicamentosos, que a ajudam a suportar os tais baques da vida.

A dificuldade que percebemos que para cada tipo de problema se procura apresentar um paliativo e no uma cura para os males.

Para se iniciar um trabalho em Filosofia Clnica precisa haver primeiro o partilhante apresentaando sua historicidade, a qual muitas vezes vem editada ou de forma fragmentada, o que torna necessrio ao Filosofia Clnico ouvir atentamente, e na procurar adivinhar ou subtender o que se dito.

No caso de D. Tereza, no feito um trabalho de "ouvir", procurar entender a forma com ela lida com as coisas da vida. Simplesmente carimbaram em sua vida existencial um rtulo de uma enfermidade e logo apresentaram a soluo encapsulada, ou lquida.

"Em cpsulas ou comprimidos, parece existir uma soluo na dose certa para cada percalo da vida. S preciso uma receita mdica -algo que tambm no difcil de se obter".

Dentro da historicidade passamos a tratar dos "Exames Categoriais". Desa forma podemos entender a localizao existencial do partilhante no tempo e no espao a cada momento de sua historicidade.

Qual mais fcil? Investir tempo para ouvir o partilhante e lev-lo a se perceber dentro de sua historicidade como algum que "tem problema", mas "no um problema"; ou simplesmente dar uma receita e mandar vir o proxmo cliente.

A desumanizao no processo de sade tem causado mais enfermidade. Temos expecialistas em todas as aras das enfermidades, mas perdemos o especialista da vida, a arte de se relacionar, de procurar compreender que nem sempre o "caso imediato", reflete realmente o mago das questes da vida.

"O abuso de psicoativos fenmeno mundial. "O paciente espera que qualquer mal-estar tenha remdio; o mdico muitas vezes passou por um programa educacional inadequado. Como resultado, comum o consumo em dosagem excessiva e por tempo prolongado", diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Proad (Programa de Orientao e Atendimento a Dependentes da Unifesp - Universidade Federal de So Paulo)".

Existem algumas coisas que o tratamento no meramente mecadimentoso, e nem pode ser. A industria da medicao quer que seja assim. Numa sociedade "liquida", cada um colaca as gotas de medicamentos que acha necessrio, no o que precisa.

Hoje uma criana na escola, j recebe um tratamento para seu dficit de ateno, toma um medicamento forte chamado Ritalina. Segundo alguns textos o que foi apresentado por Leon Eisenberg, O TDAH uma Mentira.

Talvez o problema o que foi apresentado por Elizabeth Polity: "O problema e de aprendizagem ou de ensinagem?".

"H casos em que os benefcios justificam o uso. "O problema quando o remdio entra para ajudar a superar qualquer insatisfao da vida. Para mim, no existe justificativa para esse tipo de prescrio", diz Silveira. Com a idia de "receitar" a vida, vem a medicar a tristeza".

Existem alguns casos que cremos ser necessro o uso de medicamentos, a grande questo quando se usa o medicamento como uma panaceia, cura para todos os males da vida. A vida em plulas.

Mas, antes de levarmos as pessoas aos frascos de comprimidos, precisamos trabalhar com a EP. O que ela apresenta de contedo existencial. Quais suas sensaes, emoes, abstraes e tudo o mais que possvel na forma de ser da pessoa.

"Segundo o psiquiatra Sergio Klepacz, do Hospital Samaritano, a fluoxetina, chamada de "droga da felicidade", funciona como um filtro de "sensaes".

Sem est anlise o medicamento pode apenas mascarar ou maquiar a essncia do problema, levando a pessoa a sentir uma melhora, porm passageira, necessitando de uma outra dose para manter a sua alegria ou paz de esprito.

O medicamento funcionando como um filtro logo no permitir que emoes reais possam ser vivenciadas, as experincias podero ser apenas uma representao do que a pessoa desejaria, mas no expressa genudade existencial.

"Para o farmacutico Reginaldo Teixeira Mendona, "os pacientes usam vrios artifcios para conseguir o remdio: simulam sintomas, pedem para aumentar a dose. A essa demanda corresponde uma passividade e uma acomodao de parte dos mdicos".

Segundo Teixeira isto seria um reflexo da acomodao por parte dos mdicos, porm afirmamos que isto no est ligado apenas a uma classe, mas sim a desumanizao latente em todos ns, pois no temos mas tempo nem para ns muito menos para o outro.

" Se o entendimento da vida for mais amplo, pode-se perceber que um bom caf da manh um remdio contra vrios males. Ser possvel entender que a varinha que a me tinha atrs da porta no era placebo, era um remdio na educao dos filhos. Abrir os olhos ao que faz bem e usar disso pode ser a maneira mais eficaz e sem contra indicao de se medicar. Para alguns, por exemplo, o exerccio do perdo o remdio que falta para ter uma vida melhor". Rosemiro A. Sefstrom

Atravs dos submodos passaremos a compreender como estudar como "o partilhante quantifica as coisas e indiretamente qualifica".

Deste ponto em diante compreendendo a historicidade, a estrutura de pensamento e os submodos, caminha-se para um momento em que no necessitar de medicamentos, pois a pessoa no somente entender o que acontece, mas poder agir e no apenas reagir as situaes, o que acontece em muitos casos.