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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP Abr/Mai/Jun/2010 Nesta edição: Editorial: Turbulências Destaque: 01 Preconceito e Discriminação Preconceito na Universidade Crônica: Os Animais e Nossas Doenças Saúde: BURNOUT: lidando com o esgotamento pessoal no ambiente de trabalho Utilidade Pública: Reciclando Valores: Gentileza Profeta Gentileza Lei 12.007/2009 Dicas: Software Livre Terapia do Cinema Variedades: 02 02 03 04 06 06 07 07 08 Eu Indico: “Sonho Possível” O que se Faz?: Departamentos: Conselhos e Secretarias ?Quem sou eu?: Venâncio Carlos dos Santos Filho Reconstituindo Nossa História: Dalmo de Abreu Dallari Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural 10 10 11 11 11 12 Editorial ANO V N. 10 O SÃO FRANCISCO ISSN: 1983—862X Tiragem: 500 exemplares TURBULÊNCIAS Tal qual uma nave sob uma zona de turbulência, o Planeta se debate entre sinistros naturais em série, total inversão dos valores éticos, violência desenfreada, delinqüência e men- dicância, crescimento considerável do número e da complexidade de psicopatias em todas as faixas etárias; enfim, o caos, a desordem que antecede a reorganização. Diz a sabedoria Maia que 2012 será o marco do fim de uma raça degenerada para instalação de outra mais evoluída consciencialmente. Diz a cosmologia que em 2012 o Planeta estará 100% dentro do cinturão de fótons da estrela Alcione, portanto, com um padrão vibrató- rio bem mais elevado do que o atual. Diz a Bíblia que no “final dos tempos”, veríamos tudo que estamos vendo hoje: o Anticristo, a Besta do Apocalipse que não é uma pessoa, mas um sistema, uma linha de pensamento filosófico perverso, cujos únicos valores são o poder e o dinheiro. Dinheiro e poder não são o mal em si. O mal está no uso que nosso arbítrio dá a essas duas forças, ou a qualquer outra. Vejam: o fogo que depura é o mesmo que destrói. Somos nós que damos direção à natureza das coisas. E a direção que estamos dando ao Planeta neste mo- mento crucial é a direção da miséria, da destruição da natureza, do fomento às guerras, do ma- terialismo desenfreado, do preconceito de todos os matizes, da absoluta desvalorização da vida, da desestruturação familiar, do fanatismo em detrimento da religiosidade, da negação do verda- deiro conhecimento. Levemos em conta que intelectualidade não é sinônimo de sabedoria. E, neste contexto, nosso pequeno universo, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, está imerso em luto, não pelas bandeiras negras que vimos tremularem nas sacadas, mas por um sentimento de luto pela tentativa de sepultamento de nossos valores. Em luto pelo poder que leva a extremos, que desrespeita a dignidade humana, que joga no lixo o conheci- mento, que desconhece valores éticos e morais. Em luto por termos deixado de ocupar as pági- nas da Imprensa pelo bater das heróicas pancadas para ocupar os arquivos de investigações do Ministério Público. O “São Francisco”, em sua 10ª edição, também se veste de luto e também clama pela restauração dos valores éticos, pelo respeito aos funcionários em suas funções, sejam chefes ou subordinados; por condições dignas em seus locais de trabalho, pela isonomia no tratamen- to das classes de funcionários docentes e funcionários administrativos, enfim, pela restauração do BEM e da ORDEM. Turbulências e lutos ainda se somarão no decorrer dos próximos anos, até que a Hu- manidade acorde, reflita e mude a direção de seu arbítrio. INSTRUAM-SE, INFORMEM-SE, UNAM-SE, TRANSFORMEM-SE! Conceição Vitor (Imprensa) Os interessados em publicar maté- rias deverão encaminhá-las ao Ser- viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected]. O SÃO FRANCISCO EM LUTO Quando o silêncio fala mais do que as “heróicas pancadas”

O SÃO FRANCISCO - direito.usp.br · Reconstituindo Nossa História: ... nosso pequeno universo, ... órgão, nos moldes de panfleto pela Internet, apócrifo e em

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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP

Abr/Mai/Jun/2010

Nesta edição:

Editorial:

Turbulências

Destaque:

01

Preconceito e Discriminação Preconceito na Universidade

Crônica:

Os Animais e Nossas Doenças

Saúde:

BURNOUT: lidando com o esgotamento pessoal no ambiente de trabalho

Utilidade Pública:

Reciclando Valores: Gentileza Profeta Gentileza Lei 12.007/2009

Dicas:

Software Livre Terapia do Cinema

Variedades:

02 02

03

04

06 06 07

07 08

Eu Indico: “Sonho Possível”

O que se Faz?: Departamentos: Conselhos e Secretarias

?Quem sou eu?: Venâncio Carlos dos Santos Filho

Reconstituindo Nossa História: Dalmo de Abreu Dallari

Aniversariantes do Trimestre

Agenda Cultural

10

10

11

11

11

12

Editorial

ANO V N. 10

O SÃO FRANCISCO

ISSN: 1983—862X

Tiragem: 500 exemplares

TURBULÊNCIAS

Tal qual uma nave sob uma zona de turbulência, o Planeta se debate entre sinistros naturais em série, total inversão dos valores éticos, violência desenfreada, delinqüência e men-dicância, crescimento considerável do número e da complexidade de psicopatias em todas as faixas etárias; enfim, o caos, a desordem que antecede a reorganização.

Diz a sabedoria Maia que 2012 será o marco do fim de uma raça degenerada para instalação de outra mais evoluída consciencialmente. Diz a cosmologia que em 2012 o Planeta estará 100% dentro do cinturão de fótons da estrela Alcione, portanto, com um padrão vibrató-rio bem mais elevado do que o atual. Diz a Bíblia que no “final dos tempos”, veríamos tudo que estamos vendo hoje: o Anticristo, a Besta do Apocalipse que não é uma pessoa, mas um sistema, uma linha de pensamento filosófico perverso, cujos únicos valores são o poder e o dinheiro.

Dinheiro e poder não são o mal em si. O mal está no uso que nosso arbítrio dá a essas duas forças, ou a qualquer outra. Vejam: o fogo que depura é o mesmo que destrói. Somos nós que damos direção à natureza das coisas. E a direção que estamos dando ao Planeta neste mo-mento crucial é a direção da miséria, da destruição da natureza, do fomento às guerras, do ma-terialismo desenfreado, do preconceito de todos os matizes, da absoluta desvalorização da vida, da desestruturação familiar, do fanatismo em detrimento da religiosidade, da negação do verda-deiro conhecimento. Levemos em conta que intelectualidade não é sinônimo de sabedoria.

E, neste contexto, nosso pequeno universo, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, está imerso em luto, não pelas bandeiras negras que vimos tremularem nas sacadas, mas por um sentimento de luto pela tentativa de sepultamento de nossos valores. Em luto pelo poder que leva a extremos, que desrespeita a dignidade humana, que joga no lixo o conheci-mento, que desconhece valores éticos e morais. Em luto por termos deixado de ocupar as pági-nas da Imprensa pelo bater das heróicas pancadas para ocupar os arquivos de investigações do Ministério Público.

O “São Francisco”, em sua 10ª edição, também se veste de luto e também clama pela restauração dos valores éticos, pelo respeito aos funcionários em suas funções, sejam chefes ou subordinados; por condições dignas em seus locais de trabalho, pela isonomia no tratamen-to das classes de funcionários docentes e funcionários administrativos, enfim, pela restauração do BEM e da ORDEM.

Turbulências e lutos ainda se somarão no decorrer dos próximos anos, até que a Hu-manidade acorde, reflita e mude a direção de seu arbítrio.

INSTRUAM-SE, INFORMEM-SE, UNAM-SE, TRANSFORMEM-SE!

Conceição Vitor (Imprensa)

Os interessados em publicar maté-rias deverão encaminhá-las ao Ser-viço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: [email protected].

O SÃO FRANCISCO

EM LUTO

Quando o silêncio fala mais do que as

“heróicas pancadas”

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Destaque

O SÃO FRANCISCO

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PRECONCEITO E DISCRIMINÇÃO

Primeiramente, vale fazer a distinção entre precon-ceito e discriminação. Preconceito é a idéia, um julgamento prévio negativo, num processo que rotula, “carimba” as pessoas, deixando-as estigmatizadas por uma espécie de estereótipo, enquanto a discriminação é a idéia na prática; é a conduta (abrange a ação bem como a omissão) que viola o direito de uma pessoa embasada em parâmetros injustos, sem justificativa, em função de raça, sexo, idade etc, atra-vés de atitudes pejorativas, insultos, exclusão, intolerância, ou seja, condutas inclusive vedadas em lei.

Quando se discrimina, tenta-se manipular a diferen-ça, negando ou fingindo não percebê-la, porém sempre causando no mínimo um desconforto para a vítima de tal comportamento.

Tende-se a imaginar que pouco acontecem práticas como bater em mulheres, negros e homossexuais, por e-xemplo, ou eram despercebidas como uma forma de vio-lência, pois as vítimas geralmente não denunciavam. Anu-lavam-se pouco a pouco, consumidas pelo sofrimento físi-co e moral. É preciso que se chame a atenção para os pre-conceitos e discriminações que ocorrem próximos a nós, pois vale notar que há uma ponte direta entre o preconceito e a violência.

Outrossim, convém assinalar que não são apenas as diferenças visíveis, tradicionalmente configuradas na raça, no gênero e na classe social; ocorrem outras formas de dis-criminação e exclusão, concernentes ao campo da educa-ção, no âmbito do trabalho, do poder etc.

Frise-se que, no momento em que um país favorece ou desfavorece determinados grupos por etnia, raça, religi-ão, sexo, região, etc., permitindo o acesso restrito a bens materiais apenas a alguns, está a negar com isso a existên-cia e a expressão legítimas de vários outros segmentos, criando assim um terreno fértil às condutas preconceituosas e discriminatórias.

Não se deve olvidar que numa sociedade hierarqui-zada, como a nossa, em que diferentes segmentos não têm acesso a deveres e direitos, onde há diferentes códigos de honra, o combate ao preconceito fica ainda mais difícil. No entanto, fazemos parte de um mesmo país, portanto estig-matizar uma pessoa por ser diferente não é alternativa mais saudável.

Na Antiguidade, conforme escreveu a filósofa da liberdade Hanna Arendt, que os judeus, por suas tradições ancestrais, separavam a humanidade em judeus e estrangei-ros, bem como os gregos dividiam o mundo em gregos e bárbaros.

No Brasil, a lei pioneira antipreconceito foi a Lei n. 1.390/51. Depois, a Lei n. 2.889/55 considera crime de genocídio a destruição de qualquer grupo nacional étnico, racial ou religioso. E, de acordo com a Lei n. 7.170/83 constitui-se crime contra a Segurança Nacional qualquer forma de propaganda ou expressão de discriminação racial.

Na Constituição de 1988, conforme artigo 5˚, XLII, o crime de racismo passou a ser inafiançável e imprescritível (o Estado pode punir a qualquer tem-po). E, ainda pela Lei n. 9.459/97, serão punidos os crimes resultantes de discriminação.ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Nesse passo, saliente-se que até hoje se divide a população em negros e brancos, ricos e pobres, mulheres e homens etc., com o intuito não para enfatizar o respeito à diferen-ça, mas justamente para dis-criminar, uma forma de vio-

lência moral. Marie-France Hirigoyen estudou essa realidade no ambiente do trabalho e a nomeou de assé-dio moral, demonstrando a necessidade de identificar esses relacionamentos altamente destrutivos e violentos cada vez mais presentes, embora dissimulados.

É necessário exterminar a intolerância que ain-da reina entre as pessoas, pois há que se enxergar que a diversidade pode nos agregar muitos valores essenci-ais à boa convivência.

Relevante assinalar que nem sempre é fácil detectar o preconceito nos outros, porém sempre estará ligado a situações de controle, me-nosprezo, humilhação, desqualifica-ção, intimidação, discriminação e exclusão de pessoa ou grupo com base em critérios inválidos, injustos, atingindo a autoestima e a condição sócio-moral da-quele que é alvo do preconceito.

Ademais, impende destacar que o preconceito contrapõe-se às verdadeiras qualidades da pessoa, no que concerne à sua honestidade, caráter, valores éti-cos. Afinal, preconceito e discriminação são expres-sões de crueldade, violência contra semelhantes.

Em suma, urge que se cultive a ética da igual-dade, com foco no reconhecimento e respeito às dife-renças, à diversidade; afinal, o mundo está recheado de múltiplas culturas, diferentes formas de pensar, de Sr, de levar a vida, de enxergar o mundo e isso só tem a nos enriquecer.

Neurilene Gomes (Imprensa)

_____________________________

DISCRIMINAÇÃO NA UNIVERSIDADE

Uma das premissas de honra que se batalhou desde a fundação da Universidade de São Paulo, nos anos 50, foi a da discriminação. Mescla de democraci-a, respeito, opção sexual, a discriminação, ato ou efei-to de discriminar, tem como sujeito o discriminador -

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Destaque

O SÃO FRANCISCO

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aquele que discrimina -, cujo perfil é o de não capacitado para discernir atos e fatos que acontecem na sociedade.

O discriminador – que se configura atualmente como criminoso - é classificado, também, como intoleran-te, insociável; particularmente classifico-o como mente-capto, isto é, aquele que perdeu o uso da razão; alienado ou idiota.

O discriminador pode se utilizar, como autor de textos ofensivos, de veículos de comunicação. E em abril deste ano letivo um jornal intitulado ‘O Parasita’ atinge alunos da Universidade de São Paulo. O jornal é de res-ponsabilidade de alguns membros do corpo discente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Apresenta-se, este órgão, nos moldes de panfleto pela Internet, apócrifo e em mala direta com o texto: “Para retornar a ordem na nos-sa querida Farmácia, o Parasita lança um desafio: Jogue merda em um veado que você receberá totalmente grátis um convite para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Se as coisas continuarem assim, nossa Faculdade vai virar uma ECA”. [ECA, leia-se Es-cola de Comunicações e Artes da USP.] Trata-se de maté-ria não assinada.

Premissa final: do que são válidos todos esses anos de história da maior Universidade do País, repetindo, anos de luta pela liberdade de expressão! Isto é chocante quan-do se é informado de texto com conteúdo esdrúxulo e vin-do de alguns alunos da Universidade; aliás em nenhuma Universidade, pelo menos do nosso País, é admissível aos corpos docente, discente, servidores e visitantes tomarem conhecimento de documento panfletário desta natureza!

E no final deste mesmo mês há notícia de que hou-ve procedimento da Defensoria Pública do Estado que irá denunciar o periódico à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Cidadania tendo, como parâ-metro, a homofobia. Junto à Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual (CppDse) se registrou boletim de ocorrência por injúria e incitação à violência. O texto, além de injurioso, provoca um mal-estar a todos os uspianos que integram a Universidade; devidamente equilibrados e sensatos.

Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa.)

OS ANIMAIS E NOSSAS DOENÇAS

Não há como afirmar, categoricamente, de quem tem um animal evita a depressão; todavia, indubitavel-mente quem possui um bicho por perto – até um porqui-nho-da-índia - possui estrondosa proteção, inclusive a espiritual.

Salienta-se, respaldo em leituras de médicos ve-terinários e cientistas renomados, de que o contato físico com animais traz um estado de relaxamento tão agraci-ante, dando margem a se compreender que o ato em si é o segredo da melhora da saúde (depressão, nervos alte-rados, mal de Alzheimer, insônia) e outras.

Recentemente, constatou-se, mediante trabalhos científicos de veterinários dos EUA que, além da de-pressão, o contato com animais auxilia os males do co-ração. O indivíduo que sofre de depressão desenvolve série de problemas físicos devido à apatia em que se encontra e esta doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a doença que mais irá criar custos econômicos e sociais para os governos. A resposta é porque esses gastos - com tratamento de população e às perdas de produção - serão acentuados de maneira signi-ficativa, nos próximos anos.

O próprio planeta, que tem sofrido a ação do homem, trará períodos de climatização descontrolados que, por sua vez, acarretarão crises físicas desconfortan-tes à saúde humana. Inevitável assistir um panorama de degelo do Pólo Ártico sem se sensibilizar, principalmen-te a verificação de que ursos polares ficam totalmente desorientados no seu habitat. Nem todo ser humano tem forte equilíbrio emocional, para suportar cenas desse perfil.

Ao se falar em bichos, enfatizo os cães que tam-bém têm depressão. Mas essa espécie, além de ajudar no bem-estar das pessoas, pode farejar câncer, segundo pesquisas norte-americanas e inglesas. Os cães têm o poder de detectar a doença mesmo em fase inicial por meio do hálito e da urina das pessoas, mesmo que elas

COMUNIDADE USPIANA

RECICLE SEUS VALORES!

Crônica

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4 O SÃO FRANCISCO ANO V - N. 10

Crônica

Essas pesquisas vêm de centro de ajuda a pacien-tes com câncer nos EUA: a Fundação Pine Street, Cali-fórnia. Os pesquisadores desta fundação dizem que, no máximo em três semanas de treinamento, um cão está devidamente apto para detectar um tumor maligno. Em teste científico, amostras de hálitos de pessoas portado-ras de câncer de mama, próstata, pulmão e de pessoas saudáveis foram recolhidas em tubos.

Os cachorros acertaram, por meio do farejamen-to, de 90% a 97%, incluso pessoas cuja doença estava em fase inicial. E outro tipo de câncer apontado pelos próprios estudiosos da fundação norte-americana é o do ovário que descobriram que 90% dos pacientes podem ser tratados a tempo, compondo o quadro de testes por meio do hálito. E tudo mediante esta habilidade canina, cuja evidência vem sendo estudada há mais de 20 anos. Esse olfato apurado era perceptível quando do encontro deles com grávidas.

Na Grã-Bretenha, em Buckinghamshire, um cen-tro de pesquisa sobre cães se tornou conhecido nos qua-tro cantos do mundo: o Hospital de Amershan. Os estu-diosos deste hospital treinaram cães de diferentes portes, raças e idade para farejar câncer de bexiga, a partir dos odores de amostras de urina. Os resultados foram publi-cados em 2004 no British Medical Journal. De cada dez situações, os cachorros acertaram nove casos na identifi-cação do tumor; compondo um resultado de porcenta-gem de qualificação 99% correta.

Médicos da Unimed Paulistana alertaram o caso de minha mãe, portadora do mal de Alzheimer, de que a doença não evoluía com rapidez dada à presença de dois cães vira-latas adotados por mim. E no final de sua vida, a cadela, fêmea alfa, farejava com insistência a cama da senhora e suas peças íntimas, a ponto de ter de segurá-la com firmeza, dada a comunicação que tentava passar. E afinal se constatou que a idosa estava com séria infecção urinária, dando margem ao imediato tratamento. Ela faleceu com 94 anos de idade e clamava constantemente pela presença da cachorra de nome Vilma. Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)

“Uma grande emoção é por demais egoísta; ab-sorve em si própria todo o sangue do espírito, e a congestão deixa as mãos demasiado frias para escrever. Três espécies de emoções produzem grande poesia - emoções fortes e profundas ao serem lembradas muito tempo depois; e emo-ções falsas, isto é, emoções sentidas no intelecto. Não a insinceridade, mas sim, uma sinceridade traduzida, é a base de toda a arte.”

Fernando Pessoa

BURNOUT: LIDANDO COM O ESGOTAMENTO PESSOAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

"Em nosso mundo, as pessoas se definem cada vez mais por sua capacidade de desempenho no trabalho, pelo sucesso profissional - e cada vez menos com base nas relações interpessoais ou nas atividades sociais", co-menta Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Ber-lim. É perigoso depreender toda a nossa auto-estima daquilo que somos capazes de realizar no trabalho. Muitos pacientes têm o que alguns psicólogos chamam de "estilo autoconfiante de personalidade". "São como hamsters fazendo girar a roda, só ficam satisfeitos de-pois que conseguem atingir um número respeitável de giros. É assim que estabilizam seu psiquismo."

Também chamada Síndrome de Burnout, a enfer-midade deve o nome ao verbo inglês "to burn out" - queimar por completo, consumir-se - e ao psicanalista nova-iorquino Herbert J. Freudenberger, que a nomeou no início dos anos 70. Ele constatou em si mesmo que sua atividade profissional, que tanto prazer lhe dera no passado, só o deixava cansado e frustrado. Também no-tou em muitos de seus colegas, antes apaixonados por seu ofício, a estranha mutação que os transformava em cínicos depressivos, capazes de tratar os próprios paci-entes com crescente insensibilidade e desinteresse.

O fenômeno não é novo. O escritor alemão Jo-hann Wolfgang von Goethe (1749-1832) certo dia sen-tiu-se incapaz de suportar as pressões do ofício ministe-rial que desempenhava na corte de Weimar e, explican-do temer o fim da inspiração poética, retirou-se para a Itália, aos 37 anos. Por sorte, tinha um chefe tolerante, o duque Carlos Augusto. Ele chegou a intimar o subordi-nado a recuperar-se por completo e a só retornar quando sentisse a "energia poética" restabelecida em sua pleni-tude. A "licença-prêmio" de Goethe estendeu-se por quase dois anos.

Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e es-tressante com o trabalho, essa doença faz com que a pes-soa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importân-cia e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.

Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relaciona-mento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de coope-ração da equipe. A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o por-tador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de

Saúde

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Saúde

realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transfor-ma em obstinação e compulsão.[1]

A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das consequências mais mar-cantes do estresse profissional, e se caracteriza por e-xaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).

Burnout é geralmente desenvolvida como resulta-do de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade (especialmente de neuroses) são mais suscetíveis a adquirir a síndrome. Pesquisadores pare-cem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquan-to diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros perce-bem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).

Quem ocupa um cargo de comando está acostu-mado a superar desafios, vencer dificuldades, exibir alto desempenho até em momentos críticos - chegando a limi-tes extremos. Muitos simplesmente se esquecem de que seres humanos precisam também de equilíbrio e repouso.

Staedt sugere uma comparação: "Quando a gente tem um carro, faz revisões periódicas e verifica com frequência o nível do óleo. Pessoas que sofrem de esgo-tamento profissional não levam seu 'carro' para fazer a revisão, rodam 100 mil km a toda velocidade e, depois, espantam-se quando o motor entra em pane. Em relação a si próprias, renunciam à manutenção e aos cuidados".

O esgotamento no ambiente de trabalho nem sempre é irreversível. Para os aspectos médicos ou psi-cológicos você deve consultar um profissional habilitado que possa analisar o seu caso específico e lhe oferecer um tratamento; mas há alternativas que você pode bus-car sozinho.

A regra número um é administrar com cautela os recursos físicos. As medidas são simples e eficazes: ali-mentação saudável, exercício físico e uma boa noite de sono.

Número dois: mesmo sobrecarregado, é preciso haver equilíbrio entre trabalho e vida particular. Cada um tem de encontrar seu próprio mecanismo de compensação do estresse. Há pessoas que relaxam pre-parando-se para uma maratona; outras repousam curtin-do música ou cuidando do jardim. O passatempo pouco mporta - o que interessa é ter um. O mesmo vale para os contatos sociais. Seja entre amigos ou na família, é fato que as relações interpessoais protegem contra o esgota-mento.

Nem todo mundo pode se dar ao luxo de mudar suas rotinas no trabalho. Mas verifique as dicas abaixo, que fazem parte do artigo “Dealing With Professional Burnout Without Quitting Your Job“, publicado pelo The Simple Dollar, e reflita sobre a possibilidade de adaptá-las à sua situação.

Tire férias assim que possível e use-as para recar-regar as energias.

Dedique-se a atividades de que você gosta e que não estava podendo fazer devido ao trabalho ou à preo-cupação constante.

Faça um balanço de suas atividades. Coloque na coluna dos ativos aquelas tarefas que você gosta de fazer ou que o fazem se sentir produtivo, e na dos passivos as que você ativamente desgosta, ou que lhe parecem inú-teis ou sem valor. Reflita sobre o saldo geral desta conta.

Se estiver ao seu alcance, responsavelmente dê prioridade às tarefas que fazem você se sentir produtivo e genuinamente contribuindo para o sucesso de sua ati-vidade, ou pelo menos altere o equilíbrio da sua distribu-ição de tempo em favor das tarefas “positivas”. Esta pausa para respirar pode prevenir o esgotamento, mesmo que depois você ainda vá ter de resolver as pendências que criou.

O artigo do The Simple Dollar tem mais dicas, mas termina com uma reflexão importante: um trabalho que torne miserável a sua vida não vale a pena. 1 – Leia na íntegra o artigo Esgotamento Total, Revista Mente & Cérebro, Edição 161, junho de 2006. Ulrich Kraft é médico e jornalista científico.

Texto enviado por Fabiana Natália Ilário (Diretoria)

VACINA CONTRA A GRIPE A H1N1: EDUCAÇÃO

- Não tussa, espirre ou boceje no rosto das pessoas,

- Lave bem as mãos antes das refeições;

- Lave bem verduras e frutas antes de ingeri-las;

- Se estiver gripado, use a máscara quando em contato com outras pessoas;

- Mantenha uma alimentação saudável;

- Beba muita água.

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Utilidade Pública

O SÃO FRANCISCO

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Utilidade Pública

RECICLANDO VALORES - GENTILEZA

PEQUENOS GESTOS

“Quando se age com mais atenção ao outro, algo de

bom acontece com a gente mesmo”

Caco de Paula

“Imagine que você está só numa terra estranha, não domina a língua do lugar, perdeu suas coisas, está sem dinheiro e à beira do desespero quando, inesperada-mente, uma pessoa desconhecida se dispõe a ajudar de-sinteressadamente e reaviva sua confiança na bondade humana. Esse é o tema de uma série de relatos reunidos no livro The Kindness of Strangers (algo como “A bon-dade de estranhos”), ainda não editado no Brasil. O curi-oso é que todos os depoimentos do livro falam da sur-presa em perceber que ainda há a prática dessa virtude num mundo em que todos os dias surgem fortes exem-plos de seu contrário, como a grosseria e o desprezo. Gentileza é uma virtude que seria inerente ao próprio ser humano, mas que se perde no dia-a-dia. Daí a surpresa.

Nesses dias, demonstrar amabilidade com estra-nhos parecerá uma excentricidade, pois se tornou normal agir com o coração endurecido, evitar envolvimento, passar adiante. Alguém já disse que a gentileza que aca-ba recebendo maiores recompensas é justamente aquela que se faz sem intenção de receber recompensa alguma. Ainda que seja um ato espontâneo e desinteressado, a gentileza traz efeitos benéficos para quem a pratica. Tal-vez haja estudos de psicologia provando isso. Mas não é preciso recorrer a eles para perceber que, quando se age com mais atenção ao outro, algo de bom acontece com a gente mesmo. Senti isso na pele ao praticar com atenção pequenos gestos cotidianos, que talvez nem sejam genti-leza em si, mas apenas uma espécie de bom comporta-mento que vai se perdendo em nossas vidas, como dar passagem a um outro motorista no trânsito, desejar um bom dia sincero, deixar que aquela pessoa mais apressa-da tome o lugar na fila. Não há nada de excepcional aí, mas é notável como isso nos deixa melhores – principal-mente para alguém que, como eu, já disputou selvage-mente uma vaga de estacionamento ou quase explodiu por causa de um lugar na fila. O desafio é não ser traga-do pela falsa urgência que nos torna desatentos a essas pequenas coisas. Existe um prêmio para atitudes desse tipo que apresen-tam alcance um pouco mais amplo. É o “Gentileza Ur-bana”, criado pelo Instituto dos Arquitetos de Minas Gerais, que escolhe e premia ações como a de um senhor que, por iniciativa própria, e sem ganhar um centavo por isso, varre as ladeiras de Ouro Preto durante a madruga-da; o músico que, ao entardecer, da janela de seu aparta-mento, espalha melodia pela vizinhança; os lixeiros que trabalham cantando; a vovó que conta histórias, não só para seus netinhos, mas para todos que queiram ouvi-la. O interessante é como os organizadores definem essas gentilezas. Antes de mais nada, não são obras de carida-

de, como o jantar beneficente ou a campanha do agasa-lho.Nem mesmo são atos de educação e civilidade, co-mo ceder o lugar ao idoso e obedecer à fila. “A gentileza não espera reconhecimento, não paga culpa e não faz obrigação. A gentileza surpreende e afaga”, explicam. Às vezes, é exatamente isso que nos falta, surpreender e afagar sem esperar nada em troca”.

Fonte: REVISTA VIDA SIMPLES - Edição 39 - 03/2006

Texto enviado por Fabiana Natália Hilário (Diretoria)

PROFETA GENTILEZA Há até quatro anos atrás, passageiros que chegavam ao Rio de Janeiro, por uma de suas avenidas centrais, puderam ser contemplados com a visão do “Profeta Gentileza”: barba de profe-ta, bata de profeta, carisma de profeta, distribuindo flores, oferecendo ajuda e pregando a gentileza.

O Rio de Janeiro guarda sua memória gravada em 55 pilastras do Viaduto do Caju (Zona Norte da cida-de), e na manifestação de reconhecimento de vários ar-tistas. Marisa Monte gravou, em homenagem ao Profeta, a música “Gentileza”, do álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor: “Vivemos nas cidades rodeados de indiferença. O que gera a violência é o anonimato no meio da multidão. Gentileza pregava o amor fraterno e propunha às pessoas que dessem atenção umas às ou-tras e criassem intimidade, o que faz muito bem à saúde. Um profeta é isso: alguém que ilumina as pessoas”.

“Gentileza” nasceu José Datrino e vivia no Rio de Janeiro, bairro de Guadalupe. Foi proprietário de uma pequena empresa de transportes de carga. Aos 44 anos, exatamente em 23 de dezembro de 1961, seis dias após o incêndio de um circo em Niterói, quando morreram 400 pessoas, Datrino afirmou ter tido uma “revelação”. Pas-sou a residir no local da tragédia, “plantou um jardim de flores sobre as cinzas e viveu lá por quatro anos, conso-lando as os familiares das vítimas”. Daí em diante, e por mais 35 anos, transformou-se em “Gentileza”, o próprio símbolo da solidariedade humana.

O grande ato de generosidade de Datrino para com o povo carioca data de 1980, com os murais do Viaduto do Caju, que hoje já integra a memória ativa do Rio de Janeiro. “Ele tinha uma concepção do circo como parábola do mundo e surgiu propondo um novo paradigma de civili-zação” (Leonardo Boff, em seu livro “Saber Cuidar”). Boff ainda complementa: “Reconheci em Gentileza um grande tema filosófico. Hoje vivemos um modelo civili-

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Utilidade Pública

tório altamente destrutivo e somos obrigados a pensar uma alternativa. Neste contexto, emerge Gentileza, que captou o núcleo da crise da cultua brasileira e surgiu com a chave de resgate: ter gentileza”.

Inspirado em Gentileza, o carnavalesco Joãozi-nho Trinta criou o projeto “Do Lixo às Flores”, que transforma áreas de lixões em jardins, cuja primeira uni-dade foi inaugurada em Guarulhos. Segundo Joãozinho, “o projeto tem a mística de Gentileza porque, ao tirar famílias do lixo, transforma-se o que é terrível e indigno em um trabalho edificante”.

Fonte: Isto é Gente Online - Texto enviado por Guara-ciaba Juck

Redação: Conceição Vitor (Imprensa)

SOFTWARE LIVRE

Para melhor entendermos o que é Software Livre, considerei interessante trazer as definições e explicações de Richard Matthew Stallman, famoso programador, fundador do movimento software livre, do projeto GNU, e da Free Software Foundation (FSF). É também autor da General Public License (GPL), a licença livre mais usada no mun-do, que consolidou o conceito de copyleft. -------------- "Software Livre" é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve pensar em "liberdade de expressão", não em "cerveja grátis". "Software livre" se refere à liberdade dos usuários executa-rem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro liberdades, para os usuários do software:

• A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0);

• A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte (código computacional que gera o programa) é um pré-requisito para esta liberdade;

• A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2);

• A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunida-de se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

---------------- Muitos softwares que o usuário está acostumado a

baixar da Internet e usar em casa, como o antivírus AVG (dependendo de sua versão), não é um software livre e sim um software freeware (gratuito) para uso em máquinas pessoais, porém o mesmo software se for utilizado em uma empresa, precisa ser pago.

Software Livre pode ser vendido, mas como sua distribuição é livre, pode-se comprar um exemplar e distri-buir à vontade, o que acaba tornando-o gratuito. "O software livre garante as liberdades de conhecer, criar, compartilhar e distribuir sem limites", afirmou Stallman. "Portanto, as tecnologias proprietárias são uma transgres-são aos direitos constitucionais", completou. "A meta do movimento é eliminar barreiras e destruir injustiças. A imposição tecnológica está a um passo da imposição ideo-lógica", definiu.

Questão de educação Na visão de Stallman, o Poder Público tem a obriga-

ção de implantar a tecnologia livre nas escolas. "Cidadania aprende-se na sala de aula", disse. "Oferecer um software proprietário a uma criança segue a mesma lógica de ofere-cer a ela um cigarro. Cria-se uma dependência perniciosa na qual, mais tarde, o viciado terá que pagar pelo seu ví-cio", explicou. Para Stallman, um processo de ensino deve ter todas as suas etapas transparentes. "Se há uma caixa preta inviolá-vel entre o aluno e o conhecimento, como um sistema ope-racional proprietário, os processos de inovação e mudança

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LEI 12.007/2009 - DECLARAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA

Em 29 de julho de 2009, foi sancionada pelo Pre-sidente da República a Lei 12.007, que estabelece a obri-gatoriedade das pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados emitirem aos seus respectivos con-sumidores uma declaração de quitação anual de débitos.

Essa declaração permitirá ao consumidor substi-tuir os comprovantes mensais de quitação por um único documento que comprova a sua adimplência, evitando o acúmulo de comprovantes mensais, durante cinco anos.

A medida facilitará também o exercício da defesa em caso de cobrança indevida, pois, segundo o Código de Defesa do Consumidor, a cobrança de quantia indevi-da gera o direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que se pagou em excesso, acrescido de cor-reção monetária e juros legais.

A quem interessar o teor da Lei, sugerimos con-sultar o site: http://www.lfg.com.br/public_html.

Dicas

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Dicas

estão inoperantes", defendeu. "O crescimento científico depende da troca. Ou seja, viver em sociedade pressupõe o compartilhamento", concluiu.

Stallman tem uma visão bem radical sobre uso de software livre, sendo completamente contrário a utilização de software proprietário (código-fonte protegido, restrição de uso, de distribuição, etc). Outros, defensores do software livre, têm uma visão onde há espaço para software livre e software proprietário.

O mais conhecido e importante software livre é com certeza o Linux, (sistema operacional), assim como o Win-dows, porém como é software livre, várias empresas e comu-nidades alteraram e criaram sua própria distribuição, mas como essas empresas e comunidades que fabricam esses softwares livres ganham dinheiro com ele?

Como explicou Fabio Filho, diretor da Canonical América Latina, em entrevista para o programa “Olhar Digi-tal”, empresa responsável pelo Ubuntu, distribuição mais popular do Linux: “Apesar de o software ser gratuito, tanto para pessoas físicas como para empresas, a Canonical tem seu faturamento no suporte, administração, consultoria e infra-estrutura no Ubuntu para empresas e pessoas físicas em quase todos os países do mundo.”

O seu dono é o empresário Mark Richard Shuttle-wort que em 2002 tornou-se o primeiro sul-africano a ir ao espaço, lançado na nave russa Soyuz TM-34, pagando 20 milhões de dólares pela aventura, e entrando para a história como o segundo turista espacial, depois do empresário nor-te-americano Dennis Tito.

O software livre tem uma grande redução de custo em licenças, mas também tem um custo de treinamento, suporte e adaptação bem maior que o software proprietário, principalmente quando falamos de usuários comuns. O grande uso, hoje em dia, de softwares livres nas empresas, tem sido em seus servidores, não só pela questão de redu-ção no custo de licenças, mas por que muitos softwares livres, como Linux, apresentam mais segurança, gerencia-mento e controle que o Windows. No entanto o Windows é mais fácil para o usuário comum, tem muito menos problemas de reconhecer equipamentos que o Linux e há muito mais programas e jogos para ele. No Linux temos várias distribuições de várias empresas ou comunidades diferentes, criando sistemas muito diferentes um do outro, inclusive comandos de uma distribuição po-dem não funcionar em outra.

A USP tem o “CCSL (Centro de Competência em Software Livre)” dentro do IME, com o objetivo de incenti-var o desenvolvimento e o uso do software livre/aberto dentro e fora da universidade. Para isso, ele atua como um pólo centralizador de projetos de pesquisa científica e tec-nológica, projetos de desenvolvimento de software livre, eventos para a comunidade, cursos de capacitação e asses-soria técnico-científica em tópicos relacionados a software livre e informação aberta. (http://ccsl.ime.usp.br/)

Incentivar o uso de software livre é importante para termos redução de custo, redução da pirataria, aumento de opções de soluções e mais liberdade de escolha.

Existem diferentes análises a serem feitas, onde

muitas vezes, em minha opinião, precisamos ser flexíveis; podemos comprar um software proprietário ou usar um software livre, conforme nossa necessidade e avaliação de custo/ benefício.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=UvWRhnc_77Y

Joel Simberg (Informática)

TERAPIA DO CINEMA

Fernanda Junqueira (Colaboração para o UOL)

Especialistas usam os filmes em terapias para trabalhar

percepções, emoções e realidades diversificadas.

Às vezes nos deparamos com problemas que pare-cem insolúveis ou, no mínimo, difíceis de resolver. Especia-listas de diversas áreas, como psicologia e comunicação empresarial, afirmam que, em muitos casos, os filmes fun-cionam não só como uma válvula de escape, mas também como uma ferramenta preciosa para ajudar a lidar com con-flitos.

O cinema é encantador, único, impactante e um grande facilitador de reflexões e emoções, afirma a psicólo-ga Josiane Zhaga, de São Paulo, que sempre utiliza filmes para trabalhar as percepções, emoções e realidades diversi-ficadas. “Procuro focar nas cenas e destacar quais são as semelhanças e elaborações que estas causam em cada pes-soa. Usocenas de filmes antigos ou os que passam no mo-mento no cinema”.

Na terapia, em geral o profissional foca na reação que causa no inconsciente de cada um ou propõe histórias que sirvam de exemplos e modelos de comportamento. Os filmes podem ser vistos como se fossem o sonho de outra pessoa, pois trazem situações e momentos que atingem o inconsciente de quem assiste. Muitos profissionais que lidam com treinamento de equipes e capacitação profissio-nal também costumam utilizar os filmes para facilitar que as pessoas tenham insights e reflexões importantes na busca de resoluções e atitudes na vida. É o caso dos consultores Renato Gringerb, Christian Barbosa e Renata di Nizo, todos de São Paulo, que, a exemplo de Josiane Zhaga, seleciona-ram alguns problemas e as respectivas “Produções terapêu-ticas”. Confira!

TRABALHAR EM EQUIPE

Avatar (2009), de James Came-ron. Embora a trama não tenha um tom didático ou engajado, está clara a mensagem ecológica: respeito a natureza é o que inte-ressa, e o maior inimigo do ho-mem é ele mesmo. Para salvar a civilização, é necessária, contudo, a sincronização da diversidade. O segredo para derrotar a tecnologia de última geração é vencer todas as barreiras, confiando uns nos outros, como um verdadeiro time. O embrião da verdadeira solidariedade nasce no espí-rito de time, e essa é a grande mensagem de Avatar, co-menta Renata di Nizo, educadora e fundadora da Casa da Comunicação, de São Paulo.

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VISÃO E PLANEJAMENTO

Um Sonho de Liberdade (1994), de Frank Daramont. O personagem de Tim Robbins tinha à sua frente um objetivo que parecia impossível: fugir de uma prisão de segurança máxima, na qual estava confinado injustamente, mas com uma visão clara de onde queria chegar e qual seria sua re-compensa (a liberdade). “Demorou 20 anos, mas ele conse-guiu conquistá-lo”, diz Renato Gringerb, que aponta este filme como uma trama sem igual na proposta de provar como são importantes a visão e o planejamento para alcan-çar metas pessoais ou profissionais.

PERSEVERANÇA

Rocky Balboa (2006), de Sylvester Stallone. “Esse filme mostra que, mesmo enfrentando todas as dificuldades que apareciam à sua frente, o lutador Rocky nunca desanima-va. Pelo contrário, vencia todos os obstáculos com deter-minação e muita dedicação”, comenta Renato Gringerb, especialista em mercado de trabalho, de São Paulo.

FRUSTRAÇÃO

Sucesso a Qualquer Preço (1992), de James Foley. Bastante recomendado por Renato Gringerb para estimular equipes, o filme relata o dia a dia de profissionais de venda e mostra como não é difícil lidar com as frustrações de ser rejeitado por tantos clientes. “Um dos pontos altos é o discurso do personagem de Alec Baldwin para a equipe de vendas, mos-trando que, se queriam vencer, deveriam lidar com as frus-trações como adultos e realmente se empenharem para transpor as barreiras que apareciam”, destaca o especialista.

DAR VALOR À VIDA

Click (2006), de Frank Coraci. “Este filme nos faz refletir sobre como utilizamos o nosso tempo. É fantástico para aquelas pessoas que colocam o trabalho em primeiro plano e se esquecem das maravilhas que existem em outras áreas da vida”, afirma Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo, de São Paulo. Interpretado por Adam Sandler, o workaholic Michael Newman encontra um controle remoto que pode adiantar, pausar ou voltar cenas da sua trajetória. Acaba perdendo, literalmente, o controle de sua vida, e envelhece deixando de viver momentos inesquecíveis com a família. “Com este filme podemos entender o quanto é importante administrar bem o tempo e viver todas as áreas da vida por igual”, pondera Christian.

FAZER AS PAZES COM O PASSADO

Duas Vidas (2000), de Jon Turtelbaud. Russ (Bruce Willis) é alguém contaminado pelo “deixa a vida me levar”. Ele se esquece dos sonhos passados até se encontrar com ele mes-mo, quando tinha oito anos de idade. A criança não fica feliz em saber que não realizou seu sonho de ser piloto de avião, então juntos eles relembram os sonhos de infância, para que ele se torne o adulto que sempre sonhou. “Este filme é ideal para não nos esquecermos de administrar o nosso tempo e assim realizar os sonhos pessoais, pois o tempo pode passar sem que nos demos conta de que não vivemos aquilo que realmente queríamos”, explica Christian.

Texto enviado por Guaraciaba Juk (Biblioteca)

SUPERAR PERDAS

Simplesmente Martha (2001), de Sandra Nettelbeck. Chef de raro talento, a introvertida Martha tem um cotidiano monótono e solitário. Sua rotina sofre mudanças radicais depois que a irmã morre em um acidente e ela se vê obriga-da a cuidar da sobrinha de oito anos. A perda a faz reencon-trar um sentido na vida, além de uma nova reestruturação familiar e de projeto pessoal extremamente significativo, comenta Josiane.

REFORÇAR A FÉ

Ray (2004), de Taylor Hackford. O longa-metragem conta a trajetória marcada por altos e baixos do pianista Ray Charles (1930-2004), cego desde a infância. Para a psicóloga Josiane Zhaga, a vida de Ray Charles - e sua fé na música e nele mesmo - é uma excelente fonte de inspiração para quem busca força e determinação para alcançar tudo o que deseja.

LIDAR COM A RAIVA

Hurricane - O Furacão (1999), de Norman Jewison. Ins-pirado em um caso real ocorrido na década de 60, a história mostra como enfrentar esse sentimento negativo. No auge da carreira, lutador de boxe é preso injustamente acusado de assassinato. Na prisão, escreve um livro contando sua história. A obra é alvo de interesse de um ativista a favor dos direitos humanos, que o ajuda a recuperar a liberdade e a dignidade.

TER COMPAIXÃO

Uma Lição de Amor (2001), de Jessie Nelson. Sam Daw-son (Sean Penn) é um homem com deficiência mental que cria sua filha Lucy (Dakota Fanning) com o apoio dos ami-gos. Quando a menina completa sete anos e começa a ultra-passá-lo intelectualmente, a situação chama a atenção de uma assistente social que quer Lucy internada em um orfanato. A advogada Rita Harrison (Michelle Pfeiffer) é quem se encarrega de defendê-lo. “A história mostra a importância de educar e cuidar com afeto do desenvolvi-mento de uma criança, além de abordar as dificuldades que todos encontram quando assumem responsabilidades na vida”, comenta a psicóloga Josiane Zhaga.

PERCEBER QUE NÃO ESTÁ SÓ NO MUNDO

Antes de partir (2007), de Rob Reiner. Calcado nas óti-mas interpretações de Jack Nicholson e Morgan Freeman, trata da relação de dois homens no final da vida, da amiza-de e da felicidade de encontrar um vínculo que propicia serenidade.

CRISE NO CASAMENTO

Diário de uma Paixão (2004), de Nick Cassavetes. Numa clínica geriátrica, Duke, um dos internos com boa saúde, lê para uma senhora com um quadro mais grave um diário que conta a história de Allie Hamilton (Rachel McAdams) e Noah Calhoun (Ryan Gosling), dois jovens enamorados que, em 1940, se conheceram num parque de diversões. A trajetória marcada por separações e problemas mostra como um vínculo amoroso se consolida e, apesar das crises suces-sivas no casamento, se fortalece e se torna inquebrável.

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EU INDICO

THE BLIND SIDE – Um Sonho Possível

O filme retrata a intolerância, o preconceito, os estereótipos em nossa práti-ca escolar, principalmen-te, com alunos que não possu-em suporte familiar educa-cional e condi-ções materiais suficientes. Um Sonho Possível nos p r o p o r c i o n a uma melhor compreensão desse universo ao descrever as d i f icu ldad es que um jovem,

Big Mike negro, obeso, filho de uma mãe viciada, marca-do pela rejeição, cresce pulando de um lar adotivo para o outro sem nunca encontrar acolhimento verdadeiro.

O jovem não possui suporte familiar educacional e condições materiais financeiras o que o obriga a um esforço muito maior para superar e transpor essas dificul-dades e minimizar a diferenciação social.

Michael conta com a ajuda de Leigh Anne Tuohy, uma designer, que o leva para sua própria casa, dando-lhe roupas, identidade, família, e principalmente resgata sua auto-estima.

Rosa Maria Bellintani (Setor de Comissões)

O QUE SE FAZ?

DEPARTAMENTOS: CONSELHOS E SECRETARIAS Nas dependências da Faculdade de Direito do

Largo São Francisco, mantemos um departamento espe-cífico para cada área do Direito, sendo que alguns De-partamentos possuem áreas interligadas. Porém, as atri-buições não se restringem somente ao que é de compe-tência do Departamento, que trabalha interligado e ante-nado a todos os demais.

Compete ao Departamento ministrar, isolada-mente ou em conjunto com todos os outros departamen-tos, disciplinas de graduação e pós-graduação em diver-sos cursos de extensão universitária, sendo competência das Secretarias de Departamento a organização e coor-denação do trabalho docente e discente.

Cabe aos Departamentos, ainda, propor anual-mente à Comissão de Graduação os programas das dis-ciplinas sob sua responsabilidade, ou suas modifica-ções, respeitando sempre as disposições do CoG, tendo sempre como objetivo o respeito à equivalência de dis-ciplinas cursadas na Unidade ou fora da USP. Podem ser criadas comissões de pós-graduação interunidades e interdepartamental de acordo com as normas fixadas pelo CoPGr, zelando assim pela regularidade e qualida-de do ensino ministrado pelo corpo docente do Departa-mento.

A secretaria dos departamentos atua como agen-te facilitador entre os diversos setores, seções, comis-sões e unidades, recebendo, analisando, despachando e encaminhando os assuntos de administração, ensino, pesquisa e extensão universitária, prestando assistência a todos os departamentos, conselhos, comissões, a fim de resolver as pendências dentro do menor prazo possí-vel. Compete também às secretarias departamentais elaborar o relatório anual das atividades do Departa-mento, acompanhar e orientar as atividades do pessoal docente, técnico e administrativo do Departamento, zelando pela fiel execução da legislação referente aos regimes de trabalho do corpo docente, coordenando os serviços auxiliares relativos às atividades acadêmicas e controlar os que lhe forem pertinentes. Exercem, ainda, as demais atribuições que lhe forem conferidas pelo regimento da Unidade, executando serviços da adminis-tração em geral. Somam, também, a responsabilidade de acompanhar a vida acadêmica do aluno, dando su-porte técnico e orientação quanto à estrutura curricular, prestando o atendimento pessoal e assessoria. Tornando assim, um serviço rotineiro sem vinculo afetivo, mas de necessidade, pois o serviço executado pelas Secretarias Departamentais é interligado, mantendo um eixo entre aluno, professor e funcionário. Assim, exercemos um trabalho em conjunto e interpessoal.

Dalva Veramundo (Dep. de Direito Penal)

OUTRA DICA DE CINEMA

“V” FOR VENDETTA

“Os artistas usam a mentira para

revelar a verdade, enquanto os polí-

ticos usam a mentira para escondê-

la”. Esse é o conceito do roteiro. Estrelado por Natalie Portman e Hugo Weaving, é uma saga inte-ressantíssima para a reflexão hu-mana, a respeito da hipocrisia dos nossos sistemas sócio-políticos.

VALE A PENA CONFERIR!

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RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA

Dalmo de Abreu Dallari

Professor Emérito da Faculdade de Di-reito da Universidade de São Paulo, Dalmo de Abreu Dallari nasceu em Ser-ra Negra, em 31 de dezembro de 1931. Estudou no Colégio Estadual Presidente Roosevelt, ingressando no curso de di-reito da USP em 1953 e graduando-se em 1957. Em 1963, tornou-se docente da Faculdade de Direito da USP.

Em 1996, sagrou-se professor catedrático da U-NESCO, na cadeira de Educação para a Paz, Direitos humanos e Democracia e Tolerância, criada na Univer-sidade de São Paulo.

O primeiro artigo publicado pelo Professor Dalla-ri, intitulado “O Município Brasileiro”, foi publicado em 1961. Entre suas principais obras citamos: Elementos da Teoria Geral do Estado, Da Atualização do Estado, Constituição e Constituinte, O Direito da Criança ao Respeito, etc.

É de sua autoria uma obra pioneira sobre as pers-pectivas do Estado para o futuro, intitulada “O Futuro do Estado”, publicada em 2001. O tema versa sobre o conceito de Estado mundial, de mundo sem Estados, dos super-Estados e dos múltiplos Estados do Bem-Estar.

Conceição Vitor

?QUEM SOU EU?

Ele é VENÂNCIO CARLOS DOS SANTOS FILHO, funcionário da Universidade de São Paulo desde 1988. Transferiu-se para a Facul-dade de Direito, primeiramente para o Departamento de Direito Econômico e Financeiro e, atual-mente, está lotado no Gabinete da Diretoria. Nascido em Itapitanga, na Bahia, Venâncio graduou-se em Psicolo-gia, Direito e Secretariado. É uma pessoa comunicativa, tem grande habilidade para lidar com crianças e curte muito os animais, princi-palmente cães e gatos.

Seus hobbies prediletos são fazer caminhadas, malhar em academia e sair com amigos.

Entre suas atividades na Faculdade de Direito, par-ticipou da Comissão Local de Qualidade e Produtividade.

Conceição Vitor

ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE

Abril

Funcionário (Setor) Dia Rosângela Aparecida Venturo Pupo (Biblioteca) 06 Manoel Augusto Pires Pereira (Segurança) 07 Vilma Herculano de Oliveira (Serviço de Pessoal) 15 Daniela Chioatto Freitas (Pós-Graduação) 16 Miriam Terezinha Monteiro (Assist. Social) 19 Waldir Lopes Nunes (Almoxarifado) 24 Régis Rodrigo de Souza Prado (Veículos) 28

Maio

Funcionário (Setor) Dia Fábio Koiti Tanaka (Pós-Graduação) 01 Azenate Xavier de Almeida (Biblioteca) 02 Maria de Fátima Silva Cortinhal (Pós-Graduação) 03 Terezinha Maria da Silva (Recepção Diretoria) 03 Edna Setsuko Tsutsui (DIN) 05 Roberto Wagner dos Santos (Tesouraria) 05 Eduardo José Mercante Aguiar (Biblioteca) 08 Joel Simberg Vieira (Informática) 21 Venâncio Carlos dos Santos Filho (Diretoria) 22 Carlos Augusto Conceição (Biblioteca) 28 Alessandra da Silva Pereira (Setor de Comissões) 29 Helio Pereira Farias (Biblioteca) 31

Junho

Funcionário (Setor) Dia Ivan Pereira dos Santos (Biblioteca) 02 João Soares de Lima (Manutenção ) 02 Celso do Nascimento (Setor de Xerox) 03 Maria Cecília de Patto Lima (Diretoria) 06 Maria de Fátima Campos Nunes (S. Compras) 07 Severino Ramos da Silva (Segurança) 07 Lenilde Maria da Silva (Recepção Diretoria) 08 Wilson Aparecido da Costa (Audiovisual) 08 Marcos Antonio de Oliveira Soares (Manutenção) 11 Sonia Maria Dangelis dos Santos (Biblioteca) 15 José Paulo da Silva (Segurança) 18 Marli Conceição Mathias Serviço de Pessoal 19 Alexandre Pariol Filho (Serviço de Alunos) 19 Eloíde Araújo Carneiro Apoio Acadêmico 20 Zacarias Pereira Holanda (Veículos) 22 Rosana Midori Yachimori Hashimoto (DCO) 25 Azenilde Marques da Silva (Setor de Copa) 28 José Honorato Souza Almeida (Veículos) 29 Levi Beletato (Tesouraria) 30 Renato Ferreira Celestino (Pós-Graduação) 30

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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho

Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella

Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro

Assistência Administrativa:.Veralice Cesar de Faria

Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki

Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Eduardo Carlos Bianca Bittar

Editora: Maria da Conceição Vitor (DRT: 24456)

Revisores: Antonio Augusto Machado de Campos Neto

Neurilene Gomes da Silva

Diagramação: Maria da Conceição Vitor

Editoria de Cultura: Guaraciaba de Barros Juk

Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima

Expediente

Demais Membros: Dalva Veramundo Bizerra de Souza

Fábio Silveira Molina

Joel Simberg Vieira

Leonardo Franco Martin

Lúcia dos Santos Pains

Elival da Silva Ramos

Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka

Maristela Basso

Umberto Celli Júnior

Walter Piva Rodrigues

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Agenda Cultural

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Redação: Largo São Francisco, 95 - 1º andar -Sala 110 Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP Tel.: 3111-4114 - E-mail: [email protected]

Quer correr?

A Secretaria de esportes de São Paulo promove o Circuito de corridas populares 2010 Inscrições no site: www.ativo.com ou nas subprefeituras 04/7 – Aricanduva – Parque Esportivo dos Trabalhadores 10/7 – Capela do Socorro – Autódromo 18/7 – Vila Prudente – Clube Escola Vila Alpina 25/7 – Santana – Clube Escola Jardim São Paulo 01/8 – Parelheiros – Colônia 08/8 – Freguesia do Ó – Inajar de Souza 15/8 – São Mateus – Av. Forte do Leme 22/8- Casa Verde – Av. Ida Kolb 29/8- São Miguel – Clube Escola Jardim São Vicente 05/9 – Butantã – Av. Politécnica 12/9 – Jabaquara – Jardim Botânico 26/9 – Ermelino Matarazzo – Parque Ecológico do Tietê

Não quer correr, quer dançar?

Samba rock: Veja a agenda dos bailes em http://www.sambarocknaveia.com.br/ Pagode e outros agitos na Zona Leste: http://www.nacaotantan.com.br/ Outras danças:

Vários ritmos no Café Piupiu no Bixiga Programação esta no site: http://www.cafepiupiu.com.br/

Forró tradicional em Pinheiros – Canto da Ema O nome da casa é uma homenagem a João do Vale, im-portante compositor nordestino. O som da casa é o forró consagrado, dos grandes compositores, tocado por gente competente. Veja a programação e o endereço em http://www.cantodaema.com.br/casa.html E para ir ensaiando em casa, ouça o programa Vira e Me-xe, sábados, às 11h00, na rádio USP 93,7.

Gostar de ler?

Marcelino Freire é um escritor brasileiro. É dele a frase: “Quanto menor melhor. Oh! Esse é o prazer da leitura. Prin-cipalmente em nosso país, onde todo mundo diz: ‘Não tenho tem-po para ler’.”

Pensando no assunto, criou uma coleção chamada “Cinco Minuti-nhos” e publicou os Cem Meno-

res Contos Brasileiros do Século XXI, pela Atelie Edi-torial. São microcontos inspiradíssimos, com distribui-ção gratuita, que você pode adquirir assim:

Envie seu endereço completo para o e-mail [email protected] e aguarde cinco minutinhos. Vale sali-entar que a prioridade é a distribuição feita nas ruas e que o seu pedido estará sujeito à disponibilidade de estoque e à ordem de chegada dos e-mails. É enviado um exemplar por pessoa e não a Coleção inteira. A editora tem intenção de atender a todos, à medida que for conseguindo patrocínio para novas tiragens. (...)

Informações foram retiradas no site: http://www.eraodito.blogspot.com/

O microconto “Confissão”, da querida antiga aluna da São Francisco, Lygia Fagundes Telles, também está no “Cem Menores Contos Brasileiros do Século XXI”.

Confissão __ Fui me confessar ao mar. __ O que ele disse? __ Nada.

Guaraciaba Juk (Biblioteca)