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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA - PUC/SP DIREITO PROCESSUAL CIVIL º SEMESTRE 1. SEMESTRE 2010 Profª. Márcia Conceição Alves Dinamarco Apresentação 9/2 – Apresentação do curso – apostila – forma de avaliação – separar grupos e sortear temas. Avaliações: Av1 – 30/3 Av2 – 18/5 Av3 – 15/6 Substitutiva 22/6 1- Ação Rescisória – 23/2 2- Liquidação de sentença – 02/03 3- Teoria Geral da Execução (I) –9/3 4- Teoria Geral da Execução (II) –16/3 5- Cumprimento de sentença – 23/03 6- Execução de Quantia Certa contra Devedor Solvente – 6/4 7- Execução de Quantia Certa contra Devedor Solvente (2) – 13/4 8- Execução de Obrigação de Fazer e de Não Fazer – 20/4 9- Execução de Coisa Certa e Incerta – 27/4 10- Execução por Quantia Certa contra Devedor Insolvente – 5/5 Apresentação de eventuais trabalhos atrasados – 11/5 11- Execuções Especiais (Alimentos, Fazenda e Fiscal) – 25/5 12- Embargos à Execução – 1/6 13- Embargos de Terceiro – 8/6 REGULAMENTO DO CURSO 1. Horário de aulas O curso será ministrado uma vez por semana.

º SEMESTRE - dinamarcoadvogados.com.br · Apresentação de eventuais trabalhos atrasados – 11/5 11- Execuções Especiais (Alimentos, Fazenda e Fiscal) – 25/5 12- Embargos à

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA - PUC/SP

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

º SEMESTRE – 1. SEMESTRE 2010

Profª. Márcia Conceição Alves Dinamarco

Apresentação

9/2 – Apresentação do curso – apostila – forma de avaliação – separar

grupos e sortear temas.

Avaliações:

Av1 – 30/3

Av2 – 18/5

Av3 – 15/6

Substitutiva 22/6

1- Ação Rescisória – 23/2

2- Liquidação de sentença – 02/03 3- Teoria Geral da Execução (I) –9/3

4- Teoria Geral da Execução (II) –16/3 5- Cumprimento de sentença – 23/03

6- Execução de Quantia Certa contra Devedor Solvente – 6/4 7- Execução de Quantia Certa contra Devedor Solvente (2) – 13/4

8- Execução de Obrigação de Fazer e de Não Fazer – 20/4 9- Execução de Coisa Certa e Incerta – 27/4

10- Execução por Quantia Certa contra Devedor Insolvente – 5/5 Apresentação de eventuais trabalhos atrasados – 11/5

11- Execuções Especiais (Alimentos, Fazenda e Fiscal) – 25/5 12- Embargos à Execução – 1/6 13- Embargos de Terceiro – 8/6

REGULAMENTO DO CURSO

1. Horário de aulas

O curso será ministrado uma vez por semana.

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2. Conteúdo do curso

O curso será dividido em aulas compostas de duas partes. Haverá sempre,

em primeiro lugar, um seminário que terá por finalidade o exame de

questões práticas versando sobre a matéria do programa. Em seguida, será

ministrada aula expositiva.

No horário previsto para o início dos seminários, os alunos já deverão estar

presentes em suas respectivas salas.

Objetivo: Preparar o aluno para exercer a profissão no ramo do Direito

Processual Civil, fornecendo-lhe carga de informação abstrata e

doutrinária e, bem assim, abrindo-lhe espaço para discutir questões

práticas, geralmente polêmicas tanto em termos jurisprudenciais quanto

doutrinários. A realização dos seminários antes da aula teórica

proporcionará ao aluno melhores condições de absorver os conhecimentos

teóricos, partindo-se da prática para a teoria, na medida em que essa

necessidade é sentida quando da resolução dos problemas propostos.

3. Aula Expositiva

A professora fará exposição de um ou mais temas do programa por aula,

de acordo com sua complexidade. Cada ponto do programa será, sempre

que possível, esgotado em uma única aula. Só excepcionalmente, a critério

do professor, versará sobre uma mesma matéria mais de uma aula.

Objetivo: conseguir um melhor rendimento e aproveitamento nas aulas,

porquanto os alunos deverão ter lido, previamente, todo o material didático

posto a sua disposição desde o 1º dia de aula. A apreensão do conteúdo da

exposição fica, destarte, sobremaneira facilitada.

4. Seminário

Os seminários terão início a partir da segunda aula do curso. Durante esta

etapa, os alunos após analisarem as questões individualmente, deverão

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apresentar na aula respectiva as repostas, por escrito e à mão, que serão

debatidas em sala de aula com o professor e demais colegas de sala.

O tema a ser discutido em seminário será sempre aquele objeto da aula

teórica a ser ministrada no mesmo dia. Para tanto, os alunos, já de posse

das questões respectivas, deverão se preparar, lendo os textos que forem

indicados pelo professor.

A participação em seminários é obrigatória. Eles não têm a finalidade de

"ajudar na nota teórica". É uma atividade curricular regular e apartada.

Objetivo: Imprimir maior pragmaticidade ao curso de Direito, discutindo-

se a casuística submetida ao exame de nossos tribunais, bem como

preparar o aluno para receber os ensinamentos doutrinários e teóricos a

respeito do tema.

5. Avaliação

A avaliação do aluno será feita por meio de nota de aproveitamento prático

e de aproveitamento teórico. Para tanto, serão aplicadas três avaliações no

curso do semestre, sendo que a avaliação 1 englobará a matéria desde o

início do semestre até a aula imediatamente anterior à avaliação. A

avaliação 2 conterá a matéria discutida entre a avaliação 1 e 2. A avaliação

3 abrangerá a matéria do semestre (integral). Assim, durante o semestre o

aluno já terá possibilidade de recuperar-se já que para efeito de nota final

será levado em consideração a nota da avaliação 3 e a maior nota entre a

avaliação 1 e 2. A nota das avaliações têm peso 7, enquanto a dos

seminários tem peso 3.

A nota de seminário será composta de três partes: entrega, presença e

participação. A entrega dos seminários com cópia de lei ou apenas com

respostas sim ou não, não será considerado para efeito de atribuição de

nota. A pesquisa realizada pelo aluno será levada em consideração no

momento de atribuir-se a nota. A participação também é pontuada.

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A avaliação dos seminários, que será individual, compor-se-á dos

seguintes itens: a) presença e efetiva participação dos alunos às sessões; b)

entrega dos relatórios semanais; c) grau de pesquisa para a solução das

questões propostas; d) leitura dos textos indicados. Não se levará em

consideração o acerto ou erro na solução das questões, mas o trabalho e

esforço de pesquisa para sua compreensão e solução.

Assim a composição da nota final é a seguinte AV3 + Av1 ou AV2/2 x 7 =

x; nota de seminários x 3= y; total x + y = z/10 = nota final.

6. Prova Substitutiva

Haverá somente uma prova substitutiva no ano letivo (podendo ser tanto

da AV1, AV2 e AV3), que valerá como nota teórica relativa a somente uma

das avaliações e será aplicada no final de semestre e englobará a matéria

integral do semestre.

Somente a nota de aproveitamento teórico poderá ser objeto de prova

substitutiva. Não haverá nota substitutiva relativamente aos seminários.

7. BIBLIOGRAFIA BÁSICA

DINAMARCO, Cândido Rangel, Instituições de Direito Processual Civil, vol. IV, Ed. Malheiros. ARRUDA ALVIM, Manual de Direito Processual Civil, vols I e II, Ed. Revista dos Tribunais. BARBOSA MOREIRA, O novo processo civil brasileiro, Ed. Forense. FREDERICO MARQUES, Manual de Direito Processual Civil, vol. III, Ed. Saraiva. MOACYR AMARAL SANTOS, Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, vol. 3º, Ed. Saraiva. ARAKEN DE ASSIS, Manual do processo de execução HUMBERTO THEODORO JUNIOR, Curso de Direito Processual Civil OVIDIO A. BAPTISTA DA SILVA, Curso de processo civil

8. TRABALHO EM GRUPO - OBRIGATÓRIO

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2/3 – 1. Liquidação zero. Possível? Carência, improcedência ou

Procedência da demanda?

9/3 – 2. Existe mérito na execução? Meios possíveis para impugnar os

pronunciamentos definitivos na execução de 15 dias.

16/3 – 3. Prazo para pagamentos de quantia certa. A partir de que

momento passa a fluir referido prazo? Qual o posicionamento dos

superiores?

23/3 - 4. Prisão por não pagamento de verba alimentar. O que

justifica a extinção da liberdade em razão de divida cível?

13/4 – 5. Recursos cabíveis na liquidação de sentença, impugnação ao

cumprimento da sentença e embargos à execução. Justificativa de seu

cabimento e possibilidade de aplicação do principio da fungibilidade.

4/5 – 6. Possibilidade ou não de executar os recibos devidos em razão

das “astreintes” antes de serem apreciados os embargos à execução

ou a impugnação ao cumprimento de sentença? Qual o momento para

a execução dessas verbas?

25/5 – 7. Possibilidade ou não de aplicação das regras referente ao

cumprimento de sentença nas execuções fiscais.

1/6 – 8. Análise da nova redação do art. 587 do CPC diante da

jurisprudência e como adequar a nova redação com os demais

dispositivos legais.

8/6 – 9. Possibilidade ou não de concessão de medida cautelar no bojo

da execução e requisitos.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA - PUC/SP

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PROGRAMA: PROCESSO DE CONHECIMENTO

Seminário nº 1: ação rescisória 1.- Em 10 de outubro de 2001 foi proferida sentença condenatória contra “B”, em processo que lhe foi movido por “A” perante a 5ª Vara Cível da Capital. Em 12.10.01, “B” interpôs embargos de declaração, que em 17.10.01 foram rejeitados. “B” apelou desta sentença em 29.10.01, mas sua apelação não foi conhecida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por falta de preparo, tendo o acórdão que não a conheceu sido publicado em 20.4.02. Tendo “B” obtido documento novo que revela ter a sentença de primeiro grau sido proferida com fundamento em prova falsa, pretende ingressar com ação rescisória. Pergunta-se: a) contra que decisão deve ser proposta a ação rescisória? b) quais os termos inicias e finais para essa ação? c) qual o órgão competente para julgar essa ação? d) em que inciso do art. 485 deve ser fundada ação? e) deve “B” cumular o pedido de rescisão com o de novo julgamento da

causa? f) Se tivesse havido, no processo, nulidade de citação de “B”, poderia

também ser proposta, com esse fundamento, ação rescisória contra a sentença condenatória?

2.- Após ter sido condenado a indenizar a viúva da vítima de um acidente, por ter sido considerado culpado pelo seu atropelamento, e após ter essa decisão transitado em julgado, o réu dessa ação é absolvido na processo crime que tramitava simultaneamente, tendo o juiz criminal reconhecido, em sua sentença, que a vítima cometeu suicídio, atirando-se sob o caminhão, pode ser pretendida a rescisão da sentença condenatória civil, mesmo sabendo-se que essa mesma tese de “suicídio” foi apreciada e rejeitada pelo juiz cível?

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3.- “A” moveu ação de cobrança contra “B”, pelo procedimento ordinário e este, em sua contestação arguiu preliminarmente carência de ação, diz estar a dívida prescrita e alega a não incidência da mora no cumprimento da obrigação que lhe competia executar. O juiz acolhe de plano a prescrição e extingue o processo, transitando em julgado a sentença. “A” pretende rescindir essa sentença com fundamento no inciso IX, art. 485, do CPC, por que o juiz teria se enganado com relação à data constante no contrato. Nesta ação rescisória, deve o autor cumular o juízo “rescindens” com o “rescissorium”? Justificar. 4.- “A”, menor, representado por sua mãe “Y”, em 1980 propôs ação pleiteando ser declarado filho de “B” e obtém decisão favorável em primeiro grau, tendo sido esta confirmada por unanimidade no segundo grau de jurisdição. Dois anos mais tarde, passa a ser utilizado no Brasil um novo método para averiguação da paternidade. “B” e “A” s submetem a este exame e, de acordo com os resultados, fica constatado que é geneticamente impossível que “B” seja pai de “A”. Pode “B”, com fundamento no inciso VII, do art. 485, do CPC, rescindir a decisão que o considerou pai de “A”?

Seminário 2: liqüidação de sentença

1. O consórcio Speedcar intenta ação de cobrança contra o consórcio titular da cota nº 25 do grupo 798, pelo não pagamento das parcelas ns. 28 a 40. Após transitada em julgado a sentença julgando procedente a ação, o autor requereu o cumprimento da sentença informando o quantum debeatur nos termos da memória de cálculo apresentada, conforme disposto no artigo 475-B do CPC. O Réu, antes de ser intimado para pagar, nos termos do artigo 475-J, do Código de Processo Civil, apresentou impugnação ao cálculo apresentado, que veio a ser rejeitada antes mesmo de analisada, sob o argumento de não ser o momento oportuno. Diante disso, o magistrado determinou o desentranhamento da petição e o prosseguimento do feito, nos termos do artigo 475-J, do CPC.

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Pergunta-se: está correta essa decisão?

2. A Associação de Clientes de Companhias Aéreas, representando os passageiros do Vôo 507 da Cia. Voabem, para Quixeramobin, promoveu ação civil coletiva (art. 82, IV c/c 91 do CDC), contra a referida empresa, em virtude do atraso ocorrido no mencionado Vôo. Após a condenação da Ré, apresentou a Associação, ainda como representante dos passageiros prejudicados, cálculos de liquidação de acordo com o artigo 475-E do CPC.

Pergunta-se: está correto o procedimento da associação? Em que hipótese e a partir de que momento se aplicaria o artigo 100 do CDC? O que é fluid recovery?

Seminário nº. 3: Teoria Geral da Execução I

1. A move ação de execução contra B. Citado, B não paga e deixa de oferecer bens à penhora, no prazo legal. A passa então a investigar a situação patrimonial do executado e descobre que o devedor possui bem imóvel no valor de R$20.000,00. Sabendo-se que este não é o único bem do devedor, já que este mora com a família e imóvel em outra localidade e que o montante exeqüendo corresponde a R$ 2.000.000,00, responda:

a) pode o exeqüente requerer a penhora desse bem imóvel já que o mesmo será suficiente apenas para pagamento das custas processuais (proceder a uma análise comparativa dos arts. 651 e 659, ambos do CPC)?

b) Se o bem de família em questão tivesse sido oferecido em hipoteca ao credor, seria possível penhorá-lo?

c) Caso tivesse ocorrido a penhora dos mencionados bens e o devedor tivesse oposto embargos à execução, poderia o credor desistir do prosseguimento da execução?

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2. A moveu perante a 4ª Vara Cível da Comarca da Capital, processo de conhecimento objetivando a cobrança de determinado valor contra B. Julgada procedente e não tendo B recorrido, a sentença transitou em julgado. Pergunta-se:

a) de posse do título executivo judicial, como deve A proceder para iniciar a fase executiva do processo contra B?

b) qual o juízo competente para se requerer a prática dos atos executivos? Trata-se de competência relativa ou absoluta? Qual a regra geral? Há exceções? Quais?

c) tendo sido B revel na ação ordinária de cobrança, de que modo poderia defender-se , caso tivesse meios para comprovar a quitação da dívida? Tratando-se de prova documental do pagamento, com data anterior à sentença, cuja produção independe da realização de uma “fase instrutória”, poderia o réu defender-se por meio de “exceção” de pré executividade?

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3- A empresta determinada quantia a B que se compromete a pagá-la no

prazo de 30 (trinta) dias. B emite uma nota-promissória para A que é avalizada por C. No vencimento, B não honrou o pagamento e A pretende promover execução contra B e C, em litisconsórcio passivo. Poderá fazê-lo em função do art. 568, I do CPC?

4- A proprietário de uma galeria de artes leva a leilão algumas telas de sua coleção. Nesse leilão, B arremata três telas famosas para pagá-las em doze prestações mensais e consecutivas. Após quatro meses, B prevendo que, em virtude da inflação, o preço das telas tornar-se-á muito alto, deixa de efetuar o pagamento das prestações, tornando-se inadimplente. Para frustrar uma possível e futura execução que certamente A lhe promoverá, B simula uma venda de seu único bem imóvel para um cunhado, C. A, ao promover a execução contra B requer a penhora sobre este bem (que julga ainda pertencer a B). Pergunta-se:

a. pode o bem ser validamente penhorado na execução?

b. pode C pretender que seu bem não responda pelo débito contraído por B?

c. caso a alienação do bem de B para C tivesse ocorrido após o início da execução e a citação de B, alterar-se-ia a situação?

d. O que é ação pauliana?

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Seminário nº. 4: Teoria Geral da Execução II

1- “A” empresa de condutores de fibra ótica – comprou de B – empresa

fornecedora de cobre – 100 Kg de fio de cobre para usar em sua linha de produção. Foi emitida a respectiva nota-fiscal fatura, onde constava especificamente que o preço seria pago de forma parcelada a cada quinze dias, de modo que B sacou três duplicatas nas respectivas datas de vencimentos e valores. Deixando A de pagá-las nas datas respectivas, poderá B mover ação executiva apoiada em tais títulos? Se as duplicatas não resultassem de uma compra e venda mercantil, mas de prestação de serviços de consultoria por parte de B para a empresa A a resposta se alteraria?

2- A vem a pactuar com o Banco B, contrato de desconto de duplicatas mercantis, sacadas por A em face de seus clientes, devidamente subscrito por duas testemunhas. Através dessa operação, A cedeu ao Banco seu crédito representado nas duplicatas no valor total de R$ 100.000,00 (cem mil reais), recebendo do Banco a quantia de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) em contrapartida. Ademais, ainda pelo mencionando contrato, seria A responsável pelo montante não quitado pelos sacados nas datas de vencimento das duplicatas emitidas, incidindo sobre esses valores, comissão de permanência, juros de mora e multa. Muito bem, supondo que do crédito cedido, apenas cinqüenta por cento foi devidamente pago pelo sacado, tendo, então, o banco notificado A a pagar a diferença, devidamente corrigida de acordo com o contrato, sob pena de ser movida a ação executiva; e, sabendo-se que B, após ter sido notificado e discordando do valor cobrado pelo Banco ajuíza ação de revisão contratual para que se declare a abusividade dos juros e comissões praticada, pergunta-se:

A) pode o Banco,mesmo após ter sido citado na ação de revisão contratual, mover a ação executiva em face de B?

B) se o Banco desejar mover a ação de execução, qual é o título executivo de que pode se valer para tanto? Em face de quem? Possui tal título liquidez, certeza e exigibilidade?

C) o protesto das duplicatas é essencial par a propositura da ação de execução das mesmas?

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D) supondo que a operação tenha sido realizada através da emissão de borderôs que relacionam os títulos cujos créditos neles representados foram cedidos e por meio de endosso do mesmo, resta ainda ao Banco a alternativa da ação executiva? Caso isso seja possível pode o Banco atualizar o débito com as taxas de praxe, mencionadas nos citados borderôs e em documento contendo cláusulas gerais sobre a operação sem a assinatura de duas testemunhas?

E) Se o contrato pactuado fosse entre A e uma factoring e não entre este e um Banco, poderia a factoring valer-se da ação executiva?

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3- A promoveu execução de um cheque devolvido sem provisão de fundos, protestado, contra B. O executado, em embargos do devedor, alegou que referido cheque se destinava ao pagamento de uma dívida de jogo, e que, por isto, a dívida tinha origem em ilícito, não podendo ser cobrada. Os embargos foram julgados improcedentes, tendo B interposto recurso de apelação. Pergunta-se:

a) a execução prosseguirá como definitiva ou provisória?

b) Qual a conseqüência de uma e de outra resposta, caso seja provido o recurso?

4-Em ação ordinária de indenização, X foi condenado a pagar a Y perdas e danos a serem apuradas em liquidação de sentença por artigos. Realizada a liquidação, o juiz fixou as perdas e danos em R$ 30.000,00 (trinta mil reais). X agravou dessa decisão no processo em fase de liquidação. Y requer a execução provisória, deferida pelo juiz, porque não foi atribuído efeito suspensivo ao agravo interposto. Intimado o devedor a pagar ou nomear bens à penhora, este depositou a quantia executada, requerendo que se aguardasse o julgamento do agravo interposto na liquidação de sentença, para que só então o exeqüente pudesse levantá-la,. Pergunta-se:

e. poderá o exeqüente levantar a quantia depositada se pretender fazê-lo?

f. caso o recurso seja provido, o retorno ao estado anterior se fará nos mesmos autos ou deve ser promovida ação autônoma, na hipótese do levantamento ser deferido?

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Seminário nº. 5: Cumprimento de sentença

1- Considerando o teor do artigo 4º, I, do Código de Processo Civil, e o princípio da adstrição, existe diferença entre os efeitos práticos de uma ação declaratória de existência de obrigação de pagar quantia?

2- Marcelo, advogado, ajuíza ação com pedido de indenização em face da empresa de transportes rodoviários Viação ABC Ltda., alegando que por força do atraso em sua viagem, o autor deixou de comparecer a uma audiência para a qual foi contratado. E razão disso seu cliente foi julgado à revelia, tendo ele que arcar com tais custos, tendo em vista que o dano de seu cliente decorreu do descumprimento de sua obrigação de meio. Na ação pede indenização por danos morais e materiais. A sentença julgou integralmente procedente a ação e condenou a empresa ré ao pagamento de 100 salários mínimos pelos danos morais, bem como determinou que os danos materiais deveriam ser apurados em liquidação de sentença em razão da amplitude do pedido e de sua complexidade. Pergunta-se:

a) caso a ré interponha recurso de apelação, pode a sentença ser liquidada na pendência de recurso? Que outra providência o autor poderia tomar para tentar garantir o recebimento da indenização, mesmo na pendência de recurso?

b) Caso a ré não interponha recurso, havendo na sentença uma parte líquida e outra ilíquida, como deve proceder o autor?

c) Qual tipo de liquidação de sentença será cabível? Por que?

d) Como pode ser classificada, dentre as opções previstas no artigo 162 do Código de Processo Civil, a decisão da liquidação de sentença? Qual o recurso cabível contra tal decisão?

5- Em 30.04.01, a distribuidora de bebidas X ajuizou ação para condenar seu cliente Padaria Pão doce Ltda. ao pagamento de R$200.000,00 (duzentos mil reais), em decorrência de produtos entregues e não pagos. A sentença julgou a ação procedente, e após confirmada pelo Tribunal,

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transitou em julgado em 20.04.04. Todavia, a distribuidora quedou-se inerte e não executou seu título, nos termos da legislação vigente à época. Após a entrada em vigor e esgotada a vacatio legis da lei 11.232/05, a distribuidora requer o cumprimento de sentença, nos termos do artigo 475-J, do Código de Processo Civil. Pergunta-se:

a. Tal procedimento é correto? Por que?

b. Caso a distribuidora não restasse inerte, e o processo de execução já tivesse formalizado a relação processual, aplicar-se-ia a nova regra contida na lei 11.232?

c. Caso o advogado da Padaria renuncie aos poderes que lhe forme outorgados e os dez dias da comprovação da notificação de renúncia decorram antes de a Distribuidora requerer o cumprimento de sentença, como deverá proceder o juiz para dar cumprimento ao artigo 475-J?

6- Mariana foi intimada, na pessoa do seu advogado, para dar cumprimento à sentença, nos termos do artigo 475-J, do Código de Processo Civil. Todavia, após o transito em julgado, Mariana pagou diretamente o autor. Pergunta-se:

a. Como pode Mariana se defender sem sofrer constrições indevidas?

b. Caso tenha ocorrido compensação, cuja comprovação de tal causa de extinção da obrigação dependa de dilação probatória. Como Mariana deve se defender? É possível, nesse caso, evitar a constrição de seus bens?

c. Caso não seja acolhida eventual impugnação apresentada, será ela condenada a pagar multa? E honorários advocatícios por sua sucumbência na impugnação? Qual o recurso cabível contra tal decisão?

5- O que diferencia a execução provisória da definitiva? Em que hipóteses o exeqüente está obrigado a prestar caução?

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Seminário nº. 6: Execução de Quantia Certa contra Devedor Solvente (1)

1. Em ação de cobrança, pelo rito ordinário, processado perante uma das varas cíveis da Comarca da Capital, “A”, advogado, é condenado a pagar a “B”, médico, a importância de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). “A”, no entanto, reside em Ribeirão Preto e todos os seus bens encontram-se na comarca do Rio de Janeiro. Pergunta-se:

(i) como deverá “B” proceder para requerer o cumprimento da sentença? (ii) desejando “A” apresentar impugnação ao cumprimento de sentença, qual o juízo competente para conhecê-los? (iii) após a renúncia dos patronos de A, não sendo ele localizado para a intimação, como deverá “B” proceder? (iv) caso, no entanto, “B” conseguisse intimar “A” e penhorar cinco de seus computadores e fosse lavrado o respectivo termo de penhora sendo nomeando o devedor como depositário, poderia “B” recusar que os bens ficassem sob a responsabilidade de “A” e requerer sua remoção para um depositário público? Poderia B tornar-se depositário? Por sua vez, poderia “A” impugnar a penhora alegando que tais bens são necessários para seu trabalho e sobrevivência pessoal? Por fim, se tais bens, depois de avaliados não tivessem valor suficiente para a satisfação do crédito exeqüendo, poderia “B” requerer reforço de penhora ou deve aguardar a execução destes bens para requerer nova penhora? (v) neste mesmo caso, recaindo a penhora sobre o bem imóvel onde “A” reside com sua família, sendo esse o único de sua propriedade, e tal penhora tivesse ocorrido antes do advento da Lei 8009/90, poderia ela subsistir? (vi) supondo, ainda, que fosse penhorado bem imóvel de “A” (bem este que não pudesse ser qualificado como de família), avaliado em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Realizada a primeira praça sem lançador, na segunda praça foi feito lance de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Pode o bem ser arrematado por esse valor? Pode o credor

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requerer a adjudicação do bem para si? Por que valor? A partir de que momento processual e até que momento processual?

2. Proposta ação de execução por título extrajudicial e figurando no pólo passivo uma indústria de açúcar e álcool devedora da quantia de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), pode o credor requerer que a penhora recaia sobre as instalações da empresa, se esta deixar transcorrer o prazo para pagar ou nomear bens à penhora? Se o magistrado entender que a penhora seria excessiva, pode, de ofício, determinar que a mesma recaia sobre créditos da empresa? A penhora do faturamento (ou de parte dele) e o usufruto da empresa são saídas viáveis para o caso? Em caso positivo, como se processariam?

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Seminário nº. 7: Execução de Quantia Certa

contra Devedor Solvente (2)

1. Paulo é executado por João pelo fato deste não ter pago a quantia de R$10.000,00 no prazo avençado pelas partes em contrato assinado por ambos e por duas testemunhas. Durante o processo de execução e após a arrematação, João pretende remir seus bens, mas o juiz indefere seu pedido. Está correto o procedimento do juiz? Ainda existe a remição no direito brasileiro? Em caso positivo, em que hipótese a remição ainda se mostra possível e para quem? A remissão, como causa extintiva do processo de execução, é ato exclusivo de que parte? E a remição é ato exclusivo de que parte?Fundamente. 2. Alfredo tem seu bem imóvel arrematado em praça realizada no curso de um processo de execução que lhe move Negídio. O arrematante ofereceu valor correspondente a apenas 10% do valor real do imóvel. Como advogado de Alfredo, como proceder neste caso?

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Seminário nº. 8: Execução de Obrigação de Fazer e Não Fazer

1.João Pedro, desejando reformar sua casa contratou em 01.05.98, um engenheiro para tal serviço, cujo prazo de finalização ficou estipulado para 30.10.98. O engenheiro recebeu ¾ da quantia avençada para, diz o recibo, despesas de material e mão-de-obra. Até junho do mesmo ano, o contratado tinha posto abaixo todas as paredes indesejadas do imóvel, sendo certo que até a data de 30.10.98, nem mesmo o entulho havia sido retirado. Desesperado, João Pedro move ação contra o engenheiro, objetivando cumprimento da obrigação de fazer, solicitando-lhe fosse liminarmente concedida tutela específica ou que a obrigação fosse cumprida por forma equivalente. O juiz determina que o réu cumpra a obrigação, sob pena de multa diária pelo descumprimento, mas nega possa ser a obrigação cumprida de forma equivalente com fundamento no “caput” do artigo 461 do Código de Processo Civil. Pergunta-se:

(i) Está correta a decisão do juiz? Por quê? (ii) Pode o autor agravar da decisão? Com base em qual fundamento? (iii) Pode o autor insurgir-se também contra o valor da multa por

entendê-la insuficiente a forçar o engenheiro a terminar a obra? (iv) Pode João Pedro cobrar em ação autônoma, mas concomitante, a

cláusula penal estipulada para o descumprimento do contrato?

2.Uma rede de televisão “A” vem divulgando a realização de um programa com a participação de uma modelo e atriz. Entretanto, a Rede B de televisão, com fundamento em contrato de exclusividade que mantém com a artista, onde consta expressamente a proibição de sua aparição em qualquer outra emissora, pretende impedir a realização do referido programa. Como e contra quem deverá a Rede B agir? Qual será o pedido? A situação alterar-se-ia se já tivesse veiculado na Rede A o programa com a participação da atriz?

Seminário nº. 9: Execução de coisa certa e incerta

1. A promove contra B Execução para Entrega de um automóvel Mercedes Benz Placa XYZ-0000, chassi ABC1234567890. Não entregue o automóvel, foi expedido Mandado de Busca e Apreensão do mesmo. Apreendido o bem, verificou o credor A que o mesmo se encontrava bastante deteriorado,

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apresentando, além de diversas avarias na pintura e na parte mecânica, inúmeros instrumentos sem funcionar. Diante desse fato, pode A se recusar a receber o referido bem? Como deverá proceder?

2. Por instrumento público, B se comprometeu a entregar a A, ao fim de certa data, 500 sacas de feijão tipo soja. Vencido o prazo e não entregue coisa, A ingressou com Execução para Entrega de Coisa Certa contra B. Pretende B opor Embargos do Devedor, para, entre outras defesas, sustentar a impossibilidade de A promover a referida execução, sem que antes se submeta a processo de conhecimento, uma vez que o instrumento público trata-se de título extrajudicial. É procedente a argumentação do devedor?

Seminário nº. 10: Execução por quantia certa contra devedor insolvente 1) A empresa “X” ajuizou ação de execução por quantia certa contra devedor solvente em face de José. Tendo sido designada a data do leilão do bem anteriormente penhorado, a empresa “H”, também credora de José, requer sua insolvência em outro juízo. O Juiz do primeiro processo (execução contra devedor solvente) profere decisão suspendendo provisoriamente a execução, até que sobrevenha a decisão do art. 761 do CPC, em que se considerará, ou não, o estado de insolvência de José. Diante disso, pergunta-se:

a) Está correta a decisão do Juiz do primeiro processo?

b) Com o simples pedido de insolvência formulado por “H” já se pode falar em juízo da insolvência?

c) Caso “H” não tivesse ingressado com a ação de execução contra devedor insolvente, e o juiz tivesse percebido que José não tinha bens suficientes para o pagamento do crédito de “X”, poderia o magistrado, de ofício, determinar a conversão da execução contra devedor solvente em execução contra devedor insolvente?

d) Se “H” fosse credora de José, mas não tivesse título executivo contra ele, poderia pedir sua insolvência?

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Seminário nº. 11: Execuções Especiais (Alimentos, Fazenda e Fiscal) 1. “A” move ação de indenização contra a Fazenda Pública Municipal, sendo julgada procedente, condenando a Fazenda ao pagamento da quantia de R$ 20.000,00. Transitado em julgado o acórdão que confirmou a sentença, “A” pretende iniciar a execução. Pergunta-se:

(i) deverá ser a Fazenda intimada para, em 24 horas, pagar, sob pena de penhora de seus bens? (ii) para embargar essa execução, deverá a Fazenda garantir o juízo? (iii) caso a Fazenda não pague nem apresente embargos à execução, o que deverá o credor requerer? (iv) não pagos precatórios decorrentes de ações anteriores à 31 de dezembro de 1999, o que pode fazer o credor? Poderá agir da mesma forma com relação à precatórios não pagos oriundos de ações posteriores à data supra? (v) quem é competente para julgar eventual pedido de intervenção?

2. Em execução de alimentos “B”, citado para pagar, mantém-se inerte. Pergunta-se:

(i) pode o juiz, neste caso e de ofício, decretar a sua prisão? (ii) após ter sido preso por não pagar alimentos, estará “B” exonerado dessa obrigação? Pode “B” vir a ter sua prisão decretada mais de uma vez na mesma execução? (iii) tratando-se de sentença condenatória em ação de alimentos, ainda pendente de recurso, pode ser requerida a sua execução provisória, nos termos do art. 733 do CPC?

3. A empresa “X” é acionada pelo Estado em decorrência de débito fiscal devidamente inscrito, seguindo o respectivo processo o disposto na Lei 6.830/80. Devidamente citada e garantindo o juízo, foram opostos embargos à execução. O Estado, com base no que dispõe o art. 2º, §8º da lei supra citada, requer a emenda da certidão da dívida ativa (CDA), com finalidade de incluir outro débito também de competência do Estado, cujo devedor é o sócio majoritário da empresa, bem como para incluir o sócio como responsável pela dívida já constante na CDA. Fundamenta o referido pedido não só no dispositivo mencionado, como ainda no princípio da economia processual,

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requerendo a desconsideração da personalidade jurídica. Decidir a questão na qualidade de julgador.

Seminário nº. 12: Embargos à Execução

1. “A”, exeqüente, recorre de sentença proferida em sede de embargos à execução, que os julgou procedentes, alegando que:

(i) o embargante não efetuou o recolhimento das custas de preparo para o ajuizamento dos embargos;

(ii) o embargante não indicou o valor da causa na petição inicial; (iii) embora “A” não tenha impugnado os embargos à execução, não

se aplica a revelia no caso. Pergunta-se: são procedentes as alegações de “A”? Fundamentar. 2. Em execução para cobrança de título de crédito, é realizada a penhora. O devedor oferece embargos protestando pela juntada do instrumento de mandato no prazo legal. Decorrido o prazo “in albis”, sem apresentação da procuração, o juiz julgou inexistentes os embargos. Ocorre que, nesse ínterim, terceiro informa ao juízo que o bem penhorado é de sua propriedade, e não do devedor e, via de conseqüência, é decretada a nulidade da penhora. Pergunta-se: caso realizada nova penhora, pode o devedor opor novos embargos? Fundamentar.

Seminário nº. 13: Embargos de terceiro 1) Alex ajuíza ação de reintegração de posse em face de Maria, afirmando que é o único e exclusivo possuidor do imóvel que a mesma ocupa. Pleiteia a concessão de liminar, sob o fundamento de que Maria ocupa o imóvel há menos de ano e dia. Ocorre, porém, que, na realidade, o referido bem é ocupado por Estevão, há mais de 20 anos, e não por Maria, com quem não tem qualquer relação jurídica ou de fato. Indaga-se:

a) Concedida a liminar requerida, qual a medida cabível à proteção dos interesses de Estevão?

b) Caso não seja deferida a liminar, como deve proceder Estevão para a defesa de sua posse?

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c) Na hipótese de já haver sentença a favor de Estevão, em ação de usucapião, a qual aguarda julgamento de recurso interposto, pode Estevão impetrar mandado de segurança com a finalidade de afastar a liminar concedida na ação possessória? È possível a discussão de domínio em ação possessória?

2) “A”, “B” e “C” são proprietários, em condomínio, de uma gleba de terras, sendo que “A” age como se fosse administrador, apesar de não existir qualquer documento ou acerto entre os condôminos. Certo dia, “A” determina que “D”, caseiro, realize algumas tarefas, que vêm a danificar o imóvel vizinho, de propriedade de “E”, inclusive fazendo desaparecer a linha divisória dos referidos imóveis. “E” intenta a ação competente em face de “D”, que, no prazo legal, nomeia à autoria “A”. A ação vem a ser julgada procedente, inclusive condenando o réu a refazer a cerca tal qual era originariamente. Ocorre que, por má-fé de “E”, foi danificada área superior a que lhe pertencia, o que é constatado por “B” e “C”. Pergunta-se:

a) “B” e “C” podem ingressar com embargos de terceiro, antes de transitada em julgado a sentença, tendo em vista não terem sido partes no processo?

b) Em caso positivo, quem seriam os legitimados a figurar no pólo passivo da relação jurídica?