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1 O Senhor do Tempo Por Luciano Ribeiro.

O Senhor do Tempo Por Luciano Ribeiro. - rl.art.br fileAbdul e Kora, enquanto cresciam eram ensinados sobre o futuro e qual era os propósitos, aprenderam a usar os elementos, estudaram

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O Senhor do Tempo

Por

Luciano Ribeiro.

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®

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O Senhor do Tempo

O Tempo é um continuo não espacial no qual eventos ocorrem na direção da entropia

maior

Cronos

Produção Independente

®

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SUMÁRIO

Prefácio, 5

Capitulo – Introdução, 6

Capitulo 1 - A Construção do primeiro mundo da primeira raça, 8

Capitulo 2 – Adoração, 10

Capitulo 3 - Abdul em Genuine, 12

Capitulo 4 - Face a Face com o desconhecido, 17

Capitulo 5 - A verdadeira Criação, 19

Capitulo 6 - O pergaminho sagrado de Yori, 21

Capitulo 7 - Kalla, sacerdotisa da escadaria da luz divina, 23

Capitulo 8 - O desaparecimento de Abdul, 28

Capítulo 9 - Pensamentos Distantes, 30.

Capítulo 10 - A viagem espiritual sobre o plano físico, 32

Capitulo 11 – Abdul, 33

Capitulo 12 - Criação da primeira Mulher, 34

Capitulo 13 - O Oráculo, 35

Capitulo 14 – O Despertar, 36

Capitulo 15 – Yenwan, 37

Capitulo 16 - Exru , 39

Capítulo 17 - Yenwan desiste de tudo, o fim começa agora, 44

OBS: Imagens contidas nesse livro foram tiradas da internet.

Sobre o autor

Natural de Aracaju capital Sergipana e nascido em uma família de classe média, aos 12

anos ingressou na filarmônica Lira Santa Cruz situada na região Vale do Rio Real onde

ficou até os 18 anos, retornando a sua terra natal onde iniciou sua licenciatura em

Educação Física mas com o decorrer do primeiro bimestre sentiu que não era sua vocação

e trancou os estudos por dois anos e meio, retomou os estudos no segundo semestre de

2016 mas agora com a mente limpa e alinhada iniciou seu bacharelado em Ciências

Contábeis. Durante seu trajeto de vida frequentou várias escolas iniciáticas e mistérios

como Gnose e AMORC, mas nenhuma delas conseguiu prender sua atenção pois sempre

existia algo que ia em desacordo com seu pensamento cristão, mas pode aprender muito

como por exemplo Deus está em tudo e em todos, aprendeu que Deus não tem religião

mas sim ensinamentos que foram passados durante os séculos, onde habita corações mas

não templos onde a maioria usa como meio de mercado onde vende de tudo em nome de

Deus e da salvação semelhante ao que faziam no passado. Aos 25 anos desenvolveu a

criar projetos em diversas áreas como Engenharia Mecânica e Elétrica, passando por sua

área de atuação que é contabilidade, desenhou alguns projetos em fisioterapia mas não

teve apoio ou faltou ferramentas então focou nas áreas que mais gosta, Contabilidade e

Engenharias, e por fim nas horas vagas escreve poesias, letras que viram música como

Gotas de Amor, é presidente de um time de esporte eletrônicos onde representa a

faculdade onde estuda.

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Prefácio

O senhor do tempo é meu primeiro livro, nele tentei trazer o máximo da fantasia

mitológica com deuses e universos distantes, sou autor amador de primeira viagem, mas

me esforcei ao máximo para trazer uma boa história ao público.

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Introdução

No inicio das eras existia um ser divino e dentro de si lutavam sem descanso duas

forças, o bem e o mal, e por mais que o bem não apreciasse a guerra ele usou todas sua

força para de afastar o mal, e quando finalmente o mal foi derrotado a sentença foi dada,

jogado para as profundezas da escuridão eterna o obscuro tramava sua volta por

vingança. Com o mal bem longe o divino decidiu criar a vida alem de si próprio e então

sua vontade se tornou verdade, três lindas crianças nasceram através de seu amor. Os

séculos foram passando e as crianças cresceram em torno do amor e da bondade, Chaos,

Abdul e Kora, enquanto cresciam eram ensinados sobre o futuro e qual era os

propósitos, aprenderam a usar os elementos, estudaram sobre as treze eras e seus oitenta

e oito guardiões, se tornaram mestres e ao mesmo tempo discípulos. Chegou o tempo de

sair debaixo das asas do pai e botar em pratica tudo o que lhes foi ensinado. Os três

filhos agora eram os três deuses da trindade celestial, agora fora do núcleo da criação os

três juntos receberão a tarefa de criar o universo e povoá-lo com criaturas e seres

inteligentes. Agora eles precisavam de um lugar onde pudessem descansar e pensar

sobre como construir um universo a sua volta. Os três deuses tinham forças e poderes

em níveis iguais formando assim uma trindade perfeita porem cada um era dono de

habilidades e fisionomia única, Chaos era alto, de pele clara, cabelos loiros que

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pareciam ouro, era um paladino em plena forma adulta, usando uma armadura coberta

por um brilho que lembrava Luz, na bainha carregava uma espada longa, em suas costas

um grande escudo com um símbolo gravado CHAOS, Abdul um ser tipo

grandalhão, cabelos brancos e longos, amante de armas, usava dois grandes machados

em suas costas gravados por símbolos em toda extensão ,

e por fim Kora a dona da luz azul, essa divindade não usava armaduras, usava apenas

um robe longo e detalhado por inúmeros pontos muito brilhantes, uma vestimenta que a

deixava leve e delicada, com seus longos cabelos loiros acinzentados, olhos azuis,

orelhas pontudas, e uma voz que encantava Chaos e Abdul, parecia feitiço quando ela

falava.

Após ouvir Lukan ditar tudo o que eles tinham que fazer, saiu em caminhada pela

escuridão e quanto mais eles avançavam no meio a escuridão estrelas iam surgindo

iluminando o breu que antes existia, em um momento Chaos parou de caminhar e disse,

„‟aqui será nosso lugar, iremos criam um mundo, cheio de vida e de luz, então cada um

dos três emanou energia em um único ponto fazendo surgir algo, que aos poucos foi

criando formas, então um mundo ia nascendo com montanhas, rios e lagos, Aruanda

será seu nome, o paraíso dos deuses. Ao adentrar no novo mundo criado Kora foi

retocando com vento e nuvens ao redor do mundo, Chaos criou as atmosferas e animais

ao redor do mundo, Abdul vendo isso parou fechou os olhos e fez nascer o primeiro sol

do universo e olhando para esquerda nascia à primeira lua, pisando em chão firme

Chaos fica olhando e contemplando a criação tão bela e comenta que agora precisam de

um lugar suspenso nos céus de onde eles iriam poder olhar e observar o novo mundo,

então Kora sugere a construção de um céu e um castelo, que assim seja gritou Abdul,

erguendo as mãos para a atmosfera os três fazem surgir um castelo enorme, em cor

dourada, portão de diamante contornado por esmeraldas.

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Capítulo 1

A Construção do primeiro mundo da primeira raça

Maravilhados com o que podiam fazer cada um saiu em direção opostas para ver as

criações criadas por eles, depois de um tempo voltaram ao castelo e começaram a falar

sobre o que viram, Chaos falava que viu dragões de vários tamanhos, cores e

habilidades, Kora comentou que viu lagos que davam a vida ao redor, viram jardins com

milhares de flores cores e cheiros diferentes, Abdul terminou dizendo que Aruanda tinha

lagos e mares cristalinos com criaturas grandiosas e fantásticas, então decidiram que

não chamariam de primeiro mundo e sim de Aruanda o paraíso. Certo, temos nosso lar

agora é momento de sairmos em jornada e criar o universo ao nosso redor e a primeira

raça, o primeiro mundo, Abdul concorda e diz então vamos a destino para o breu dar

vida ao véu escuro. Após se reunirem no breu, kora pergunta como devemos criar o

primeiro mundo e a primeira raça, Abdul se pronuncia “criaremos a nossa imagem ao

nosso sangue”, Chaos diz então que seja, mais uma vez os três poderes se unem fazendo

nascer um mundo com diversas cores, plantas, rios e mares, e uma raça nasciam naquele

lugar, Orum que quer dizer seres do Céu, fortes e místicos por ser a primeira linhagem

direta dos deuses, Okum foi o nome dado ao novo mundo criado, agora cada um dos

deuses olhava do breu e decidiram presentear com as criaturas do mundo divino, então

um grande portal foi construído para que as criaturas fossem transportadas, um casal de

cada criatura foi dado para Okum. Abdul lembrou o Sol e da Lua que ele criou em

Aruanda e fez o mesmo para Okum, para que pudessem ajudar nas lavouras e equilíbrio

do planeta que viriam a seguir, Chaos quis contribuir e criou cinco planetas para ajudar

nos planejamentos do dia-a-dia dos seres, Kora criou as fazes do dia e estações do ano,

Chaos comentou „‟ precisam de mais, daremos a ciência e o dom da inteligência para

eles‟‟, Abdul fala “então darei o dom da sabedoria e habilidade com magia” Kora

comenta darei a eles o saber da compaixão, um coração para que possam amar uns aos

outros, darei os sentimentos, os elementos da natureza e como trabalhar com eles, Abdul

olha com olhar de raiva para Kora e diz que ela errou em dar sentimento para seres

divinos que aonde o bem vai o mal irá junto lado a lado, então Abdul decidiu que

nenhuma outra raça ira ter sentimentos, Chaos retruca dizendo que não é nada de mais

em dar sentimentos aos seres criados após eles, Kora olhou para Chaos com ar de quem

gostou de ter um deles ao seu favor, Abdul menciona que no futuro esses sentimentos

poderão ser uma grande dor de cabeça, já que o sentimento foi dado a eles, eu darei a

regra de não poder matar uns aos outros, por que será o pecado mortal e imperdoável,

Kora pergunta por que tal regra ele fez existir, Abdul responde “Sentimentos levam

qualquer um morrer ou matar por alguém importante para si” Kora e Chaos e começam

a andar pelo Breu. Chaos pronuncia “iremos criar o universo diante” daqui e mais tarde

iremos criar outros mundos, Abdul concorda e começa a emanar suas forças para

diferentes lugares do espaço, Kora faz o mesmo, mas com propósito de dar vida onde

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Abdul criou, Chaos contorna o universo com planetas, estrelas e luas para iluminar e

manter a vida no universo.

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Capítulo 2

Adoração

Pronto, disse Abdul, criamos o universo, o primeiro mundo habitado, agora devemos

voltar para Lukan e relatar nossos feitos, mas antes iremos para Okum nos apresentar-

mos como seus superiores já que os criamos. Já era de personalidade de Abdul se

promover como líder diante dos três.

Chaos – Superiores? O único superior é Lukan que nos deu vida e propósito, nós deuses

temos a tarefas de criar o universo e povoá-los, e não agir como imperadores deles, o

único a receber gratidão é Lukan por que foi ele que deu vida a isso tudo, somos apenas

instrumentos de uso dele.

Kora- fica quieta, mas em pensamento fala ”como pode”? Nascemos da mesma energia

e temos diferentes personalidades. Quando Abdul pensa em falar algo, os três são

arrebatados daquele lugar, cegados por uma luz tão forte são forçados a fechar os olhos,

mas logo escutam uma voz que dizia “abram os olhos meus filhos”, eis aqui seu criador

Lukan é meu nome, então todos os três abrem os olhos e vêem um lindo lugar dourado

que nunca tinham visto antes, era a morada do criador, em sua frente estava um ser todo

de Luz que não deixava ver seu rosto.

Lukan – NÃO PRECISA ME CONTAR O QUE VOCÊS FIZERAM, POIS EU JÁ SEI

DE TUDO E ESTOU MUITO FELIZ POR TEREM SEGUIDO MINHAS ORDENS,

ESTOU MARAVILHADO EM PRESENCIAR A CRIAÇÃO APARTIR DE SUAS

PRÓPIAS MÃOS, MAS AGORA EIS MEU MOMENTO DE DESCANSO IRÁ

DEIXAR O UNIVERSO E A CONTINUIDADE DAS TAREFAS EM SUAS MÃOS

MEUS QUERIDOS FILHOS. “IREI DORMIR POR UM LONGO TEMPO, MAS

ANTES DE IR DEIXEI MAIS UMA TAREFA QUE SE ENCONTRA EM SUA CASA

ARUANDA, CUIDE, ENSINE E FAÇA DELES SEUS FILHOS COMO VOCÊS SÃO

PARA MIM, QUANDO EU VOLTAR QUER FICAR MAIS ORGULHOSO DO QUE

JÁ ESTOU AGORA”.

E quando Abdul vai perguntar quem era que iriam ensinar, Lukan some deixando uma

grande luz no local cegando novamente seus olhos, e ao abrir estava em Aruanda, e ao

voltar à consciência normal se deparam com oito berços com diferentes símbolos

gravados.

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Kora - Que grande responsabilidade foi dada a nós. “Com “a cara corada olha para

Chaos e fala” Chaos você irá me ajudar a ser mãe”.

Abdul com cara de raiva retruca – se Chaos for o “pai” eles irão crescer sentimentais e

fracos por perdoar aqueles que o feriram.

Chaos zangado fala – sou fraco Abdul?

Kora interrompe – Por favor, vocês não estão notando? Lukan nos deu o livre arbítrio

para dar orgulho para quando ele voltar, não use essa liberdade para cometer erros.

Abdul sem escutá-la e sem dar importância joga um de seus machados em direção a

Chaos, mas antes de algo pior acontecer Kora defende Chaos com seus dons psíquicos

para o machado no vácuo deixando cair no chão.

Kora então diz – espero nunca mais precisar minha interferência entre a gente, somo

criados pela mesma essência divina, estou muito triste com você Abdul, eu esperava

mais de você, e sai com a cara triste para outro lugar.

Abdul volta a sua consciência e percebe que errou, pede desculpas a Chaos e se lamenta

pelo acontecido, Chaos por ser misericordioso e não guarda mágoas abre um sorriso e

diz tudo bem, esquece isso. Abdul sai em viagem pelo universo para observar as

criações, enquanto Chaos fica diante dos berços olhando enquanto os bebês dormiam.

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Capítulo 3

Abdul em Genuine

Abdul, o deus arrogante, em viagem rumo a Genuine, o último planeta criado pelo

poder da trindade, adentrando a atmosfera e como um cometa chegou à beira de um lago

de águas cor de violeta.

Esplêndido – disse ele erguendo os braços, e decidiu descansar para ver o pôr do sol.

Lindo lugar esse aqui não é mesmo? – pergunta uma voz que vinha se aproximando de

dentro da floresta.

Quem está aí – perguntou Abdul, que olhava a mata fechada a procura de quem fez a

pergunta.

Então saía da floresta uma linda mulher, pele clara como que pareciam neve e cabelos

pretos com o universo sem luz – Meu nome é Loreny, mas pode me chamar de Loren e

você quem é? Ela falava com um tom que encantou o duro coração de Abdul.

Disse ele – meu nome é Abdul e... Sou um cartógrafo, se preferir um viajante das

estrelas, faço mapas do espaço, ele não entendeu por não ter dito que era um dos deuses

da trindade criador do universo, já que ele se julgava o maior de todos os superiores, um

ser divino.

De onde você vem viajante das estrelas? Perguntou Loreny.

De muito longe, além dos limites das estrelas – disse Abdul.

O que faz aqui? Como chegou? – perguntou muito curiosa e entusiasmada Loren, afinal

nunca tinha visto nem ouvido de nada além de Genuine a não ser o sol que brilha de dia

e a lua que brilha a noite.

Estou aqui para apreciar o pôr do sol, eu vim através das estrelas, você já ouviu falar da

trindade divina que criou todo o universo? Perguntou Abdul

Os mais antigos da minha aldeia contam histórias que séculos atrás três grandes deuses

criaram tudo o que existe, mais um dos três deuses sumiu deixando seus irmãos

sozinhos, porém não me lembro dos nomes de do final da história que eles contavam –

dizia Loreny.

Séculos? Indagou Abdul, como séculos, saí há poucos dias para visitar as criações –

pensava Abdul, sem perceber que sua armadura tinha se transformado em um robe roxo

com um cordão branco na cintura.

Vamos até minha vila, lá os sacerdotes irão te contar melhor essa história que pelo que

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percebi você ficou muito interessado – disse Loreny com um lindo sorriso.

Caminhando pela floresta em direção a Azewin, vila de Loreny, Abdul viu criaturas

que ele sendo um dos criadores nunca tinha visto. Chegando à vila ele pôde ver três

estátuas que lembravam seus irmãos Chaos e Kora, mas existia uma estátua que não

tinha rosto e segurava um grande machado feito de diamantes com detalhes em ouro e

rubis tal estátua ele sabia que era ele, mas não se lembrava de ter um machado como

aquele, e quando ele procurou suas armas, se assustou por que não tinha, e no lugar de

suas antigas armas tinha uma espada longa e com símbolos estranhos. Ao passar

proximadamente das estátuas lágrimas de sangue começavam a cair dos olhos delas, e

Abdul sentiu algo estranho como se faltasse o chão.

Seja bem vindo – dizia um sacerdote que vinha examinar o acontecimento das estátuas,

mas por ver o estrangeiro com Loreny parou para conhecê-lo.

Muito obrigado – diz Abdul

Sou Papouos Lofen, líder dos sacerdotes do templo de Genuine. Interessante seu nome é

o mesmo de um dos deuses da trindade – diz o sacerdote.

É uma honra conhecê-lo, verdade, muita coincidência. Poderia me dizer que arma é essa

na mão dessa estátua sem rosto? – disse e perguntou Abdul.

De acordo com a lenda, essas estátuas foram construídas por Chaos e Kora na busca do

deus Abdul que desapareceu, e como presente para Genuine ele colocou esse machado

que teria surgido no centro do paraíso dos deuses Aruanda, e como aqui é o último

mundo do universo seria uma linha caso Abdul aparecesse saberia como voltar para casa

– contou Papouos Lofen.

Ao terminar de contar a história das estátuas Abdul parece não se sentir bem e desmaia

acordando em uma cama onde vários sacerdotes estavam a rezar por ele pedindo para

que Chaos e Kora o fizessem voltar ao plano físico.

Entrando na sala com uma bandeja cheia de frutas, era Loreny e quando chegou a ele

perguntou o que aconteceu com você La fora?

Sem querer interromper, de onde você veio? – perguntou um dos sacerdotes.

Vim de muito longe, mais longe do que você possa imaginar – disse Abdul.

De acordo com a lenda, a única vez que as estátuas choraram foi quando os deuses

construíram essa vila nos deram as estátuas como ponte entre o plano físico e o plano

divino de Aruanda, o que me intriga é a coincidência de sua chegada e a lágrima começa

a cair – comentou o sacerdote.

Depois ele dará as respostas, ele precisa descansar possam se retirar, por favor – disse

Loreny já na porta e indicando para todos da sala sair.

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Vá dormir, você deve estar cansado de sua longa viagem, amanhã eu voltarei – disse

Loreny fechando as cortinhas e indo embora do quarto, deixando-o para descansar.

Logo Abdul adormece e entra em sonho profundo, irmão estava a sua procura dizia

Chaos em seu sonho, logo nos reuniremos... Antes que Abdul falasse algo o sonho

acabou por acordar com o chão tremendo e gritos de socorro por toda à vila.

Corram para o templo sagrado! – Gritavam os sacerdotes que tentavam evacuar a vila

para o templo onde continha uma energia mística que protegia de qualquer coisa,

enquanto outros sacerdotes choravam de desespero sobre a fúria de um leão gigantesco

de duas cabeças que coxia fogo e em sua calda continha uma pinça de escorpião que

espelha veneno que ao tocar ao chão apodrecia.

Sem saber o que fazer Abdul se pergunta como ajudar aquelas pessoas sem estar

preparado, sem ter sua armadura e seus machados de guerra, mesmo assim ele pega sua

espada e corre em direção ao monstro sem medo do que possa acontecer a si mesmo. Ao

se deparar com a criatura ele sabia que sua espada não teria chance, então ele salta sobre

as costas da criatura tentando acertar os olhos cravando a espada, mas nada do efeito

com os golpes de sua espada, logo a criatura o derruba e corre a direção a alguém que

ele não conseguia ver, no mesmo instante um grito chegava aos seus ouvidos, era

Loreny que foi atacada pela criatura deixando-a marcada de veneno em seus braços e

pescoço.

NÃAO – Gritou Abdul todo enfurecido

Então uma grande aura dourada emana de seu corpo rasgando suas vestes, logo ele corre

em direção as estátuas, a criatura avista seu feito e o tenta impedir correndo em direção

a ele, em sua direção vinha à besta cuspindo fogo, mas ao se aproximar Abdul se joga

ao chão escorregando por baixo da criatura e cravando no peito dela a sua espada que

emanava muita energia.

Um grito monstruoso ecoava aquele lugar e uma voz dizia jovem deus sua espada não

pode acertar meu coração... Eu não tenho um, você feriu apenas minha carne.

Sem entender e com muita raiva Abdul grita - tendo coração ou não eu vou arrancar sua

vida criatura desgraçada.

Destruindo a estátua sem rosto e erguendo o machado de diamante fazendo uma luz

muito forte brilhar em seu interior e os detalhes em ouro e rubi se transformam em

lâminas afiadas... E por fim sua armadura sem faz comparecer em seu corpo o cobrindo.

O deus Abdul estava de volta.

Um grande clarão cobria o céu, mas isso não era motivo para distrair Abdul que corria

em direção a criatura que ao cuspia uma grande quantidade fogo misturado com veneno

em direção ao deus, foi surpreendido por Abdul que saltou por cima e cravando em suas

costas o machado de diamante, que ao penetrar a carne da criatura todo o corpo do

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monstro ia se transformando em diamante e afundando na terra enquanto seus urros

ecoavam por todos os lados, logo o diamante foi engolido pela terra e no lugar foi da

morte nasceu uma roseira de rosas negras e quando a ultima rosa se abriu uma luz

escura saia da terra dizendo “eu sou nada comparado ao que está por vim jovem deus”

era a criatura dando suas últimas palavras.

Logo após a morte da criatura o grande clarão descia sobre ele, eram Chaos e Kora que

o tinha encontrado pela aura emanada de seu corpo. Sem dar atenção aos seus irmãos

Abdul corre ao encontro de Loreny que se encontrava ao chão quase sem sinais de vida.

Ao chegar próximo de Loreny Abdul grita com lágrimas nos olhos – Loren! Fala

comigo, por favor, não vá embora!

Apenas lágrimas dos olhos de Loreny caem e uma frase dita muita baixa “você é

especial” – dizia Loreny que ao falar fecha os olhos e não dá mais sinais de vida.

Em alto desespero Abdul corre para Chaos e Kora e caindo de joelhos ele implora para

trazer de volta Loreny à vida, por que Abdul devido ao séculos de viagem sem perceber,

não sabia mais dar vida ou trazer de volta a vida.

A única forma de trazer de volta a vida alguém que não pertence à primeira raça do

mundo Okum seria ela ser da família divina e não é o caso dessa moça, Abdul – dizia

Kora.

Sem pensar duas vezes Abdul pega sua espada que estava um pouco próximo deles e

corta seu braço deixando sair muito sangue.

Você perdeu a noção ou os séculos te deixaram sem razão? Derramar sangue por

alguém que você não conhece é proibido.

Vai virar as costas para mim ou vai me ajudar a fazer a transfusão? Ela é especial para

mim Chaos – dizia Abdul com voz trêmula.

Em um piscar de olhos estava eles lado a lado do corpo de Loreny e com uma das mãos

se apoiava no corte de Abdul que a cada tempo saía mais sangue e a outra mão sobre o

peito de Loreny... Em pouco tempo todo o sangue esvaído seguiam feito corrente para o

corpo de Loren curando todas as feridas do corpo dela. Pronto meu irmão ta feita à

transfusão, agora ela é a primeira semideusa de todo o universo.

Obrigado meu irmão – dizia Abdul.

Era o mínimo que eu podia ter feito pelo meu irmão que estava há séculos

desaparecido.

Agora Loren abria os olhos e estava Abdul a observando, tentando se levantar, mas não

conseguia.

Calma, você acaba de voltar do mundo não material – com lágrimas nos olhos e com

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um sorriso no rosto dizia Abdul.

Agora entendo pelo qual motivo você a queria de volta no plano físico – disse Chaos.

Ela é linda – dizia Koren

Agora que esta tudo bem quer conversar com você sobre muita coisa que aconteceu

enquanto estava fora meu irmão – cortando o clima de Loreny com Abdul dizia Chaos.

Um ser muito poderoso apareceu e seqüestrou Hod e Yesod, fez sumir vários planetas e

raças – completou Koren.

Deve ser o mesmo ser que levou embora meus pais e irmãos – falou Loreny com ar de

tristeza.

Mas eu saí por alguns dias – indagou Abdul

Ele usa habilidades semelhantes à Koren e tem muito conhecimento em toda arte de

combate, me deixou sem reação em poucos segundos, já que nossa força emana

fortemente quando estamos juntos formando a trindade – falou Chaos preocupado.

Vamos criar nosso exército e trazer de volta tudo o que ele roubou. E trarei de volta seus

pais Loren eu prometo – falou firmemente Abdul.

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Capítulo 4

Face a Face com o desconhecido

O céu daquele mundo mudou de cor em um único instante, algo assim nenhuma

habitante tinha lembrança enquanto os sacerdotes saíam do templo e abismados olhando

para o céu. Para começar não foi algo com o passar do tempo ou troca de estação, mas

aconteceu justamente com a chegada dos deuses naquele mundo. Noite e dia estava

misturados agora, o sol e a lua já não mais existiam no céu e uma negritude pairava a

atmosfera que antes era brilhante, neve começava a cair sendo que a estação daquele

mês era de verão, o lago que era límpido e com águas que faziam pequenas ondas agora

era um piso enorme e branco, tantas mudanças climáticas e prematuras fizeram os

deuses se preocuparem. Algo muito ruim esta por vim meus irmãos... - disse Koren que

estava com seus olhos brancos feitos feixes de luz.

Era o momento prenuncio que parecia anunciar um pós-guerra. Algo que eles nunca

enfrentaram estava á caminho deles. No céu um grande brilho em forma de espiral se

formava, chuva de pedras de gelos começava a cair e mais tarde entre elas um brilho

intenso acompanhava ate chegar ao solo, ao tocar o chão da montanha abria-se ao meio,

rios e riachos invertiam os cursos das águas. Pronto estava à frente do responsável por

tantas mudanças, um ser grandioso de cabelos vermelhos e usando máscara vestido por

um casaco de pele, em seu cinto segurava uma espada feita de escamas de dragão fica

junto de seu cinto. Tais vestimentas o identificavam muito anterior aos próprios deuses

presentes.

Desgraçado! Devolva meus irmãos e os pais de Loreny – gritava Abdul que se

preparava erguendo seu grande machado de diamante.

Por que a pressa? Se podemos nos conhecer e conversar um pouco meus irmãos – dizia

uma voz atrás ao pé do ouvido de Abdul. Era o estranho vindo dos céus que estava

falando, mesmo sendo muito grande, também era muito rápido.

Você ficou muito tempo fora caro Abdul – dizia o estranho.

Abdul e os outros ficam abismados. Como você sabe meu nome – pergunta Abdul que

parece muito confuso.

Como eu não saberia o nome do meu filho? Meu nome é Donar – disse o estranho que

saía de trás das costas de Abdul e parando de frente para ele.

Agora todos estavam diante daquele que fez toda a bagunça na galáxia e sumiu com

boa parte dela.

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Abdul! Filho celeste das sete casas do paraíso vou contar algo que você ainda não sabe e

pensou por todo esse tempo saber a verdade – Gritou Donar levantando a mão fazendo

sinal para ficarem quietos diante dele...

Que verdade? Perguntou Chaos com ar de curiosidade...

Então sentaremos para que eu possa contar a longa e verdadeira de toda nossa

existência...

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Capítulo 5

A verdadeira Criação

Há muitos séculos, tantos séculos quanto o numero de grão de areia do deserto desse

mundo, Laori o pai de toda a criação enviou Lukan para que criasse o mundo dos

homens. A ele foi confiado uma arca de areia de ouro, um pavão de leque arco-íris e um

búfalo. A arca seria posta no oceano com a tampa aberta e o pavão de leque arco-íris em

cima para que ciscasse e espalhasse a areia aos quatro cantos do universo, e colocaria o

búfalo em cima para saber se a terra formada pela areia estava firme. Lukan foi

instruído para trabalhar sobre supervisão de Êxo para qualquer tarefa que não

conseguisse pedisse ajuda a ele. Por ser o primeiro Deus criado por Laori, Lukan se

nomeava melhor e maior do que todo, desse modo, saiu em partida sem a supervisão de

Êxo. Êxo se sentindo deixado para trás e tirado de seu valor divino ficou ferido

emocionalmente e decidiu vingar-se de Lukan, trocando a água por vinho e o fazendo

sentir muita sede durante sua viagem. Enquanto bebia a arca foi aberta e toda a areia foi

dispersa pelo caminho e ao chegar ao seu destino totalmente embriagado acabou

adormecendo em Aruanda, um mundo puro que era o descanso de Laori, um paraíso

particular e de entrada exclusiva apenas para Laori. Laori com seu terceiro olho que

tudo vê sabia que Lukan não cumpriu sua tarefa, mandou Donar para inspecionar a

ocorrência. Depois de verificar todo o ocorrido Donar volta e avisa que Lukan estava

desorientado e bêbado, Donar fez o que o pai pediu e os outros deuses se reuniram a ele,

descendo pela ponte do equilíbrio dos céus, que se pode ver fim de tarde no inverno.

Apesar da imprudência de Lukan, uma nova e ultima chance foi dada a Lukan: a mais

cobiçada honra de criar as primeiras criaturas mortais. No entanto errou novamente, o

vinho que minava das árvores de Aruanda o enlouquecia e o fez beber novamente

embriagado, começou a criar gigantes, bestas apocalípticas e toda espécie de feras

malignas. Donar sempre por perto concertou o erro de Lukan. Destroçaram os monstros

e criaturas horripilantes criados pelo irmão Lukan, e dessa vez quem criou os mortais

foi Donar em vez do primeiro deus criado por Laori, Donar criou tão perfeitamente os

mortais que foram agraciados por Laori com uma linda imortal de cabelos longos e

negros que se tornou sua esposa e por sua vez lhe concedeu um filho. Essa situação

gerou em Lukan ódio e ciúmes por Donar ser tão perfeito nas coisas que faz, então

quebrou a aliança entre Lukan e Donar. No fim Donar derrotou seu irmão Lukan e se

tornou o príncipe da luz divina.

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Capítulo 6

O pergaminho sagrado de Yori

Há doze milênios atrás, o paraíso espiritual foi centro e palco de uma grande guerra.

Vestidos de armaduras douradas e espadas que emanavam essência divina, deuses leais

a Kaori iniciaram uma guerra contra o deus êxo e os deuses que estavam apoiando suas

idéias.

Laori, o pai e criador de todas as coisas, tinham entrado em sono pesado para

rejuvenescer suas energias que tinha usado para por ordem entre todos os reinos e

galáxias criados por Donar e afetados por Lukan diante de sua inveja. Enquanto Laori

permanecia fora de atividade, o deus criava e destruía regras, quebrando toda ordem

imposta entre o paraíso e o plano terreno. Em seus tronos cada deus planejava alguma

maneira de ter para si a divindade e controle sobre tudo e sobre todos. Unificando toda a

essência divina em torno de sua áurea, os onipotentes deuses, blasfemava a inspiração

de Laori para ditar suas próprias regras. Enfurecidos pela criação de mortais e estima do

criador para com eles e pelo presente dado a Donar, uma esposa, algo que não era

permitido entre as divindades, decidiu combater as ordens do intocável e declaram

guerra contra aos mortais, acabando assim com a atenção divina sobre eles. Incentivado

por ciúmes, Angô o príncipe da essência dos raios divinos e da alma universal, enviou

Onum, o guardião da arca das pragas não divinas, mas por compaixão Onum não soltou

sequer uma praga sobre os mortais fazendo assim falhar o plano de Angô. Os deuses

possuídos de ciúmes e de inveja sangravam de desejo a destruição da ampulheta do

tempo destruindo toda forma mortal e do tempo fazendo assim existir apenas as

criaturas divinas. Os seres divinos não queriam dividis o amor e atenção de Laori com

os seres mortais, sendo que esses seres mortais também compartilham a mesma essência

divina. Sem pensar duas vezes Êxo lança aos mortais os Vanna, casta responsável pelo

controle de todos os elementos naturais e químicos modelasse uma maneira rápida e

eficaz de destruição geral. Ordenados eles fizeram com que o sol arrancasse a camada

de ozônio fazendo assim queimando todas as lavouras e plantações, mesmo assim os

mortais conseguiram sobreviver, pois Donar tinha ensinado aos mortais a fazerem

reservas de longo prazo. Diante de tantas tentativas sem êxito, uma reunião com todos

foi iniciada. Em seu pranto frágil de descontentamento foi rendidos por Lukan, o

primeiro a ser criado por Laori, o único que conhecia o esquema celestial para que o

paraíso voltasse à harmonia anterior. Quando Lukan denunciou os feitos aos sacerdotes

do altíssimo, grande parte foi derrotados e expulsos do paraíso, condenados a vagar pelo

mundo dos mortais ate que Laori acordasse. Com a confiança e poder adquirido por ter

23

denunciado os opressores, Lukan arquitetou sua própria guerra sua própria revolução.

Guiado por interesses egoístas, Lukan sonhava em se apoderar do trono de príncipe da

luz divina, queria ter posto maior do que o próprio pai Laori, coroando-se em Aruanda,

se tornando o novo Deus criador de todas as coisas. O primeiro a ser criado não queria

apenas a coroa de príncipe de Donar, seu desejo se corrompeu tanto que ele enxergava o

Deus supremo em si próprio. Muitos deuses, revoltados e insatisfeitos com as leis

divinas, não pararam para analisar as motivações de Lukan e se uniram a ele. Ao

descobrir todas as mentiras, traições e injeções de má-fé. Ao descobrir a traição, o

príncipe da luz divina declarou guerra, uma guerra como nunca tinha acontecido.

Derrotado por Donar, por seus atos e ambições malignos o primeiro de todos Lukan foi

atirado no poço do sofrimento e da dor eterna, um lugar onde você cai eternamente,

onde todo dia seus membros quebram e são curados novamente para serem quebrados

outra vez. Milênios passaram os mortais sobreviventes agora estavam consertando os

danos divinos causados pelas guerras celestes. Laori esta prestes a acordar e o véu da

verdade cairá e antigos casos inacabados ficarão frente a frente para serem resolvidos

diante do criador. Esse será o dia do julgamento final onde dia e noite não existira

apenas o justo estará presente.

24

Capítulo 7

Kalla, sacerdotisa da escadaria da luz divina.

Dias atuais...

Um dia depois de tanto tempo após a guerra celestial, a deusa e sacerdotisa Kalla, estava

cansada de tanto esperar pelo julgamento final, resolveu então subir as escada douradas

onde o mais longe que tinha ido era o primeiro degrau onde ficava sentada a espera dos

astros trocarem de posições. Então colocou sua roupa de batalha, uma robe, seu cajado

banhado pelos sete céus celestes e seu livro encatus, e foram em direção às escadarias

de ouro e diamante, detalhes que ela nunca tinha percebido iam surgindo a cada degrau

que ela subia símbolos que nunca tinha visto. Ao final dos degraus tinha uma sala

grande e com luz que parecia que vinha de todas as partes ou um sol de tamanho

reduzido, ao caminhar para frente ela avistava um aposento feito em rubis detalhado em

diamantes, e em cada lado colunas detalhadas com cenas da criação universal. Uma

força emanava em seu interior era como se algo quisesse falar algo, Kalla então passou

a acreditar que fosse Laori querendo se comunicar com seu interior pela essência divina.

Mesmo com seu cajado divino que acompanhava seu traje de luz, a expressão de Kalla

era de gratificação por ter chegado a tão longe, mesmo estando ali guardando a

passagem do criador ela nunca teve vontade de olhar a face do criador. Estando ali

sozinha ela teria alguma chance de visitar o local do criador para constatar que

realmente Laori estaria dormindo ou descansando no santuário sagrado e não morto

como muitos já tinha falam por ai. Tempos atrás, Kalla teve a oportunidade de

contemplar a face de seu pai seu criador, uma graça proibida de fazê-la – nem o próprio

Lukan teve esse glorioso feito. Então surge a pergunta, por que então a casa celeste

chegou ao ápice de guerra entre os próprios irmãos? Aruana presenciou muita queda de

sangue e junto com essa desgraça os mortais sofreram com a raiva e inveja dos imortais.

Mas a caminhada ate o pai não terminava ali, ao chegar próximo do trono deu para notar

que alguém ali estava sentado guardando a passagem para o grande pai e criador de

todos, ao se aproximar Kalla viu e era Donar que estava sentado no trono nesse

momento já estava mais que certo que sua jornada não seria tão fácil como tinha

planejado. Donar, o príncipe da luz divina, irmão de Kalla e mais velho já que foi o

segundo depois de Lukan a ser criado por Laori, estava bloqueando e protegendo a

entrada para os aposentos de Laori, todo armado com as vestes de Laikulan o deus da

morte que tinha cedido sua vestimenta para Donar enquanto ele guardava a entrada para

o criador, e segurando sua espada divina que flamejava as chamas da vida e da morte.

Vestia uma armadura completa, dourada como os raios do sol em uma manha de verão e

com detalhes em toda sua extensão em prata pura. O elmo de crista branca e queixo

pontudo posto para fora, deixando a mostra algumas cicratizes que conseguidas em

25

guerras passadas, guerra celestial anterior à criação de Aruanda. Donar tinha se tornado

o deus mais forte entre todos, logo após ter derrotado Lukan seu irmão mais velho,

agora ele já tinha sido nomeado o príncipe da luz divina sendo assim possuindo ainda

mais poder. Seus cabelos negros e longos tinham uma mecha branca que se escondia por

debaixo nos fios negros, Donar não era muito de se embelezar tão pouco ele penteava o

cabelo, mal passava os dedos para desembaraçar os fios. Mas se fosse visto por um ser

mortal dava para perceber a divindade que estaria ali presente. Os ventos da aurora

sopravam os fios de cabelo de Donar e soavam como flauta doce aos ouvidos de Kalla.

Kalla a já identificada como invasora já, pois já tinha avançado mais do que o limite a

ela concedido, agora deu de cara a poucos metros do mais forte dos deuses, o príncipe

da luz divina, nada falaram um ao outro apenas se encararam; Kalla decidida empós sua

espada em posição de defesa, segurando com a outra mão seu escudo.

Dê-me passagem, Donar. Estou em meu direito em saber como o nosso pai está, Laori,

em seu aposento. Tenho direito como criação e filha dele.

Um momento novamente se passou sem que Donar nada dissesse, logo ele começava a

descer os degraus e dizendo, você daqui não irá a lugar algum a não ser voltar ao seu

posto de guardiã das escadas douradas, minha doce irmã. Faça isso antes que minha

tolerância se passe. Estou dando essa chance por que você e minha irmã querida, pois

tenho ordens a expulsar a qualquer um que venha ate aqui com intenção de perturbar o

sono do nosso pai, e o que foi me confiadas se torna lei para tudo e para todos. Ninguém

nem mesmo você Kalla vai me tirar da função de proteger a entrada do todo poderoso.

Kalla se mostrava inconformada com o que ouviu...

E qual prova terá que Laori realmente estará nessa fortaleza dormindo em seu

sono eterno? Você sempre diz a mesma coisa a mais de três milênios, repetindo

as mesmas frases que o dia chegara e que Laori despertará de seu sono, e que as

sete trombetas irão soar indicando o dia do acerto de contas, onde tudo o que foi

feito será posto em um lado da balança de Ori e do outro lado uma pena da

criatura invisível que tudo vê, e nossos feitos terá que ser mais leves ou

equivalentes a essa pena, e o resultado que não fosse bom aos olhos do criador,

aquele que pecou seria punido. Estou em duvida se realmente o que fala e

verdade.

Então esta a dizer que estou mentindo para nossa família? Sou seu irmão mais

velho, sou o príncipe nomeado por Laori, derrotei o traidor Lukan, e você vem

me questionar, Kalla você me desaponta dizendo essas blasfêmias.

Pare para pensar um pouco e pergunte a si mesmo, se olhe no espelho, você se

titula líder celeste, mas veja o que te aconteceu agora, guerra civil entre nos

irmãos, muitos deles foram mortos, tudo isso causado por Onan, Yomá nos

abandonou, caindo em perdição e loucura. Se você fica contra mim, que outro

deus da primeira geração ira se aliar a ti? Lukan não irá, pois o próprio também

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nos traiu – lembrou-se dele já que foi o pior dos inimigos celestes que Donar

enfrentou.

Não preciso ouvir essas idiotices, não preciso de você e muito menos de

qualquer outro irmão.

Então estava mais que certo que entre eles dois não teriam uma conversa amigável ou

acordo, Donar se pôs em forma de ataque contra Kalla sua irmã e correu ao combate.

Sua aura era tão forte que ofuscava ate mesmo os olhos dela. Kalla poderia fugir se

transportando anos luz daquele lugar, mas sua sede pela verdade a fizeram fica.

Então é tudo mentira o que você vem dizendo aos milênios? Então o que Yomá

gritou aos quatro ventos não era loucura... Mas antes que Kalla pudesse dizer

outra palavra qualquer, Donar já estava quase frente a frente para cravar sua

espada com sede de morte. Desnorteada pelo brilho de aura do irmão quase que

havia chance de esquivar, mas conseguir tombar para o lado fazendo Donar

passar direto. Um grande estrondo soou em todos os céus celestes e mortais, era

Donar que tinha atravessado todas as escadas douradas chegando ao chão do

palácio, tinha cravado a espada nas rochas de diamantes que enfeitavam o jardim

da morada do Deus criador de todas as coisas. Enquanto Donar fazia esforços

para arrancar a espada cravada entre as pedras, Kalla seguia em frente, queria a

qualquer custo ate da sua própria vida chegar ao intocável aposento divino de

Laori. Se de fato estivesse a dormir o pai, ela teria a resposta para todas as suas

perguntas – e que seus esforços nas guerras civis ao lado de Donar teria sido

válida e com motivos verdadeiros. Mas, e se fosse ao contrario, e se a historia

que Donar contava fosse fantasiosa, e se fosse tudo uma farsa? Esse pensamento

aumentava a cada vez que subia as escada e a luz aumentava no interior dela,

mesmo assim seria uma vitória, pois tinha enfrentado o mais forte de todos

mesmo por um segundo, e que seria um ato de pagamento por todas as guerras

comandadas por Donar em base falsas.

Depois de tanto correr, chegou ao final da jornada, uma luz intensa e ofuscante

pairava o local, mas ao andar para frente tentando encontrar o meio daquilo

tudo, em um instante tudo ficou normal e seu organismo se adaptou ao ambiente.

No centro existiam três pedestais em cada existia um livro grosso com sete

fechaduras cada, escrito em linguagem antiga e anterior a criação dos deuses, o

primeiro livro dizia Alfa, no segundo Méso e por ultimo o livro do Ômega, esses

livros foram deixados à guarda de Donar pelo próprio Laori, e que contavam

como todos os detalhes desde antes da criação ate o futuro depois do julgamento

do acerto de contas. Os fechos tinham as marcas e símbolos dos antigos

sacerdotes. Talvez o motivo por Donar guardar com tanta prudência era que se

alguém lesse começasse a destorcer a realidade dos cosmos. Quando Kalla

começou a perceber o que estava acontecendo, sentiu algo lhe tirando da

realidade, era Donar que tinha atravessado pelas costas com sua espada rasgando

27

todo o seu busto ate ao abdômen. O fogo da aura de Donar começava a queimar

sua pele, seu sangue pintou o chão daquela sala, foi como um raio que descia

dos céus em noites de tempestades. Donar chorando e com muito ódio por Kalla

chegar naquele lugar mesmo tido advertência de não ultrapassar os limites.

Agora Kalla esperava o véu da morte vim buscar sua alma. O príncipe da luz

divina arrancava a armadura de sua Irma como se fosse simples papel de

escrever.

Donar, você mentiu para todos, você que é o verdadeiro traidor, você contou

historias fantasiosas para todos os seus irmãos usando seu posto de príncipe da

luz divina e de todos.

Eu não menti minha adorável irmã... Você que passou pela ordem do próprio

criador chegando ate aqui.

Onde esta nosso pai Donar? Onde esta o criador de todas as coisas? Próximo da

morte, Kalla tentava resistir querendo a resposta pelo seu esforço e preço que

pagou. A única coisa que achei aqui foi apenas três livros de qualidade velha e

de linguagem indistinguível. Onde esta Laori? Onde ele esta Donar?

Laori desapareceu! Ele sumiu depois de ter posto a ordem nos cosmo e nos

reinos! Não esta descansando como você contava para nos dias de escuridão

celestes. Sinto um grande nojo por ter seguido suas ordens e ter matado meus

próprios irmãos ao seu lado. Mas estou contente em ter descoberto a verdade.

Desse modo Kalla parou de falar. A vida não existia naquele corpo, ela

conseguiu cumprir sua ambição pela verdade.

Pobre irmã enlouqueceu por uma duvida que em pouco tempo fosse se resolver.

Se tivesse esperado mais algum tempo, não estaria nessa forma desprezível e

morta. O relógio do tempo logo ira dar as badaladas finais antes do julgamento,

e logo mais tudo será esclarecido e julgado, pondo a verdade à tona e a justiça

nos pecadores.

Não me veja como louco minha irmã. Antes que você desapegue dessa prisão

quero lhe contar algo. Que tudo o que fiz e o que faço era para proteger e acatar

as ordens de nosso pai, não faz mais do que isso. Laori esta dormindo de fato e

descansando, para ele não existi dia ou horas, apenas o momento em que ele

decidiu acordar apenas. E se você não encontrou nosso pai nessa sala ao chegar,

é por que você não teve a fé de olhar para o seu lado, Laori sempre esta com a

gente, ele nunca dorme ou descansa, apenas espera que a gente tenha dignidade

de seguir os passos que ele nos deixou, que é acreditar nele, e somente nele

encontraremos a paz e a verdade. Quando Donar cravou sua espada, o corpo de

Kalla tremeu todo. Donar tinha cravado sua espada em seu peito. Onde se

concentrava a essência divina posta por Laori criador de todas as coisas.

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Com uma mão, Donar arrancou o coração de Kalla fazendo de vez corpo de ela

apagar todos os sinais vitais. Uma aura tomou conta do local envolvendo todo o sangue

derramado e o corpo ali no chão estirado, fazendo desaparecer toda partícula deixada.

Assim foi o fim da sacerdotisa da escadaria divina, uma das primeiras criações de Laori.

Rancoroso, mas tarefa completa de ter defendido a casa celeste, Donar se pôs diante

dos três livros da vida, Começo, Meio e Fim. Abriu um deles e leu para sim mesmo

algumas linhas. Voltou para o aposento da entrada, sentado ele sussurrava... Realmente,

concordo com você minha doce irmãzinha Kalla, lágrimas caiam de seus olhos negros...

Chegou o dia em que nosso pai deve acordar de seu descanso milenar. Há muita coisa

para concertar, muita justiça a se fazer, e muito a se pagar.

29

Capítulo 8

O desaparecimento de Abdul

Donar, o príncipe da luz divina e um dos primeiros filhos de Laori acordaram em certo

dia sentindo algo o incomodado por dentro, uma sensação de angustia e perda. ''Que

sensação é essa de que algo me falta?'' perguntava – se o príncipe enquanto levantava de

seus aposentos.

Ao descer às escadas a sensação o perseguia, e ao entrar no quarto de seu filho encontra

sua esposa no chão chorando em prantos, logo em seguida Donar corre ao seu encontro

sem saber o que aconteceu. “o que aconteceu? Por que tanto choro meu amor...” - veja

no berço...

Então Donar olha e vê um bilhete no lugar de seu filho que ainda era um bebê.

Caro irmão: caso deseje seu adorável filho Abdul são e salvo, favor me encontrar no

abismo da perdição, pois estou com seu bebê e irei jogá-lo no abismo se até o

crepúsculo do dia você não aparecer. Assinado seu amado irmão Lukan.

Angô! Aum! Gritou Donar pelos seus irmãos!

Em instantes estavam os dois irmãos à sua frente.

O que ouve meu querido irmão? - disse Angô deus dos raios e da constituição da

alma.

Aquele traidor do Lukan raptou meu filho, estou indo agora arrancar a cabeça

dele de volta e trazer meu filho para casa, quero que vocês vigiem o palácio e

tomem conta da minha esposa, protejam esse recinto com suas vidas.

Dadas às ordens, Donar se dirige a sala de armas porem o traje de guerra. Antes

de partir ele passou no templo de Laikulan o Deus da morte para pedir

emprestada sua armadura da morte, já que ela foi feita pelo próprio Laori.

O que faz aqui meu caro? - disse ele com tom de curiosidade já que não é natural

de Donar freqüentar a casa dele antes do Apocalipse ou de uma pós – guerra.

Preciso de sua armadura para ir ao resgate do meu filho... Lukan o seqüestrou.

Que blasfêmia! Já não basta ter sido expulso do palácio celeste e agora quer

arrumar outra briga desse jeito ele vai ser expulso da categoria de deus para um

reres mortal. Pegue minha armadura e minha foice, se preciso ceife ele, eu

autorizo o feito.

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Laikulan sabia o quanto o filho de Donar era importante para o mundo celeste, já

que foi através do presente de Laori a Donar por ter vencido o irmão traidor no

inicio dos tempos, Abdul significa paz e trégua para com o cosmo.

Donar se armou das cabeças aos pés como se fosse ir a uma guerra, pegou o cavalo

mais veloz e percorreu as montanhas que levavam ao abismo da perdição. Após

cavalgar muito acabou chegando ao seu destino onde estava o irmão traidor Lukan. Em

instantes desceu do cavalo e disse com uma voz nobre:

Lukan, eu vim buscar meu filho!

Se aproxime mais irmãozinho... Com uma voz de sarcasmo.

O local era todo decorado de ossos e crânios deixados pela ultima guerra celeste.

Esse lugar é a sua cara Lukan, digno de seus aposentos. Ironizou Donar

ao falar do local.

Ultimamente não posso escolher muitos lugares para dormir ou descansar, e aqui é o

único lugar em que posso ficar sem que eu seja perseguido por sua corja... Quero dizer

nossos irmãos enfurecidos pelos meus atos.

Devolva-me o meu filho, quero retornar para minha esposa e para minha

família.

Verdade agora você tem uma esposa, graças a mim, se eu não tivesse

causado a guerra você não teria filho ou esposa irmãozinho.

Você retornará com seu filho para sua esposa, mas terão que deixar a

armadura de Laikulan e sua espada divina, essas armas me tornarão

invencíveis e imortais ao ponto de me defender da morte.

Não posso! A espada eu posso deixar, mas a armadura não é minha e

Laikulan precisa dela para executar suas tarefas de ceifador.

Por isso mesmo que eu a quero, minha hora já foi dita e que Laikulan

virá pessoalmente buscar minha alma.

Lukan você sabe que eu não posso.

Então essa é sua resposta final?

Sim. Eu te imploro devolva meu filho.

Seria uma pena o pequeno Abdul crescer sem um ou sem mãe não é

mesmo? Olhando fixamente para o abismo tão escuro com o breu da

noite sem lua.

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O que você quer dizer com isso?

Nada! Diga você quando seu filho crescer e souber que seu pai não quis

trocar a vida do seu filho pela salvação de seu tio – dito isso, Lukan

arremessa ao meio do abismo o bebê enrolado em panos dourados que

brilhava enquanto cai no abismo que liga o mundo real ao espiritual,

local onde não era possível saber onde poderia estar à criança.

Mesmo antes que Donar pudesse fazer algo Lukan se metamorfoseou em

um corvo e levanta vôo para longe onde ele não poderia ser alcançado.

Deixado para trás ficou um pergaminho onde estava escrito “nos encontraremos no

apocalipse e tudo o que você poderia ter eu terei em seu lugar, seu filho sua vida, ate

breve irmãozinho”.

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Capítulo 9

Pensamentos Distantes

Aquele acontecimento não se extinguiu e a única coisa que lhe restava em suas

perguntas que se fazia a si mesmo, era o porquê de tanto ódio de Lukan para com seus

irmãos. Donar discutia com sua própria consciência tentando descobri a razão ou

motivo para fazer tanta coisa sem sentido, então uma voz surgia em seus pensamentos

“Um dia tudo se resolverá, um dia tudo estará em seu devido lugar e o grande arquiteto

será acordado”. Tais pensamentos soaram por semanas ate que um dia ele resolveu ir até

a casa de Sabath, Sabath era um tipo de conselheiro mago, era o único filho que tinha a

descendência real do grande pai criador de todas as coisas, ele criou as ciências da

adivinhação e projeção astral, também ensinava aos irmãos mais novos todas as

matérias celestes como criação de estrela, controle dos elementos, confecção de Robes e

tudo mais. Chegando ao templo que é a casa de Sabath foi logo recebido por ele próprio

que já vinha dizendo – eu a o esperava meu irmão de grandes responsabilidades, por que

não veio antes?

Estava colocando o raciocínio no lugar, parece que foi ontem que o mundo

celeste entrou em guerra civil.

Não fique abalado assim, tudo existe um por que, nada é por acaso tudo tem sua

resposta e finalidade.

Não aprendeu nada do que eu ensinei? Ter fé naquilo que realmente acredita o

tornará rei algum dia, nem tudo o que acontece pode ser explicado com palavras,

ver para crer antes de sair julgando aquilo que não sabe apenas um tem o direito

e a sabedoria para julgar o que é certo e errado.

Claro que não esqueci meu fiel irmão, mas ainda não me desliguei de tais

emoções, tenho que aprender muito para chegar à perfeição suprema.

Vamos ao que interessa você não veio aqui para ter aulas de reforço não é

mesmo, veio para eu olhar por você onde esta seu filho e tentar descobrir o fruto

do ódio de Lukan por nós.

Donar meu querido irmão, irei lhe contar algo que esta escrita no livro de

Ômega, algo que você ainda não pôde ler, e antes que Sabath continuasse foi

interrompido por uma pergunta de preocupação da parte de Donar.

Como você sabe sobre as escrituras dos livros sagrados se você nunca leu, já que

eu sou o guardião do templo, e quando estou fora o templo fica vedado e só abre

com minha essência.

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Quem você acha que eu sou? - bradou Sabath com expressão de ofendido.

Eu posso ate seus próprios pensamentos Donar, minha visão vai alem do que

você pode ver, eu tenho contato direto com nosso querido pai e ele esta próximo

de acordar de seu sono milenar, então sente e escute: seu filho foi gerado pela

intenção de Laori para que na época do apocalipse seja Abdul, Chaos e Kora que

selarão com os sete selos antigos, Nosso pai tem uma grande missão para eles,

mas que ainda não me foi revelada, você pode ser o guardião dos livros da

criação, mas eu guardo as mensagens e revelação do Pai.

Minhas sinceras desculpas meu irmão, não quis ofendê-lo, eu não sabia que

existia outro guardião alem de mim.

Lógico que tem cada irmão nosso guarda um segredo, pena que Lukan não quis

aceitar esse fardo e por isso foi sentenciado a não poder olhar para face de Laori

e não pisar em Aruanda.

Como já era escrito de você vim aqui, darei uma tarefa para você, “você irá

observar, instruir e guiar as crianças da profecia sem que Lukan sinta sua

presença” para isso lhe darei meu Robe que tem minha essência, com ele você

pode passar ate por mim que eu não te verei o sentirei sua presença.

E minhas dúvidas e meu filho como o encontrarei?

Donar! Siga sua essência ela lhe dirá tudo o que você precisa saber.

Então um grande portal foi aberto por Sabath e por ele Donar passou rum ao

desconhecido apenas vestido com o Robe de seu irmão, mantimentos e seu traje de

batalha e nada mais.

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Capítulo 10

A viagem espiritual sobre o plano material

Donar, o mais valente dos deuses celestes, havia sido traído pelo irmão mais

velho, Lukan, tal irmão tinha se tornado o pior inimigo dos céus e paraíso, falhou

inúmeras vezes nas tarefas dadas pelo seu pai e foi corrigido pelo seu outro irmão sendo

assim conseguindo o posto de príncipe da luz divina. Lukan agora fugia entre uma

dimensão e outra tentando apagar seus rastros por uma talvez perseguição de seus

irmãos querendo vingança já que ele foi o autor do sumiço do filho de Donar, o Abdul,

mas agora ele tinha mais dois bebês com ele e seguia para a galáxia não habitada, que

foi desenhada, mas nunca finalizada, teria sido rabiscada para um pós-apocalipse. Mas

Lukan não era tão mal, ele apenas sentia raiva por não ter conseguido cumprir as tarefas

dadas a ele e por desapontamento do pai foi exilado de seu paraíso. Agora Lukan se

encontrava no fundo do cosmo distante de tudo e de todos ali ele poderia começar algo

dele e ser considerado o Deus supremo dali. Então começou a ornamentar e arquitetar

tudo, primeiro criou o mundo espiritual de onde viriam às almas, mais tarde criou o

mundo físico onde ele criaria receptáculos onde as almas seriam fixadas e aprisionadas

sendo assim controláveis por ele e fazendo o que ele bem entender, era uma prisão sem

grades porem sem poder sair. Certa vez Donar ao ver tudo isso se escondeu entre as

almas no mundo espiritual criado por Lukan, para assim poder libertar todas aquelas

criaturas inocentes, e assim fez ao estar preso naquele mundo ele começou a transferir

sua essência para cada alma despertando assim a própria consciência e razão própria

dando o direito de pensar e agir por si próprio, vendo tudo isso Lukan não tava entendo

o que aconteceu para que seu mundo da fantasia começasse a sair de orbita, foi então

que ele pôs os bebês em prática, colocando Abdul, Chaos e Kora como deuses da

trindade, assim Lukan não precisaria se preocupar com a ordem já que a trindade

poderia cuidar de cada aspecto que nasceu naquele lugar, desde então Donar não

poderia usar sua essência neles já que tais estavam ligados diretamente a Lukan e

supostamente iria arruinar sua observação para com seu filho. A única maneira que

Donar encontrou foi se passar por uma das criações abusivas de Lukan sendo um ser

que evoluiu e se tornou o tirando contra a trindade, então Donar começou a usar o Robe

para cobrir planetas e civilizações para que despertassem a atenção da trindade já que

Lukan estaria adormecido por ter usado tanta energia criando esse pequeno universo.

Desde então sua revelação causou distúrbios temporais fazendo Abdul viajar séculos na

frente o fazendo parar em Genuine.

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Capítulo 11

Abdul

Ele sonhou que estava sentado no Trono iluminado, muito alto, acima de tudo e de

todos. Os querubins eram como centelhas que brilhavam sem parar lá em baixo no

mundo dos homens. Querubins, classe de seres eternos responsáveis pelo equilíbrio da

natureza dos mundos, são eles quem determina as épocas das chuvas e estiagem, época

da colheita. Sempre ao entardecer quando o sol descansa dando lugar a lua, eles se

ajoelhavam no solo e oravam em adoração ao grande arquiteto do começo, meio e fim,

Laori que radiava brilho intenso estava no centro diante do trono onde dizia – meu filho

estarei indo para começar uma nova era no mundo dos homens, eles precisam de

renovação da fé em mim, e por isso a cada Era eu vou ao mundo espiritual em forma

física para viver com eles 33 anos e mostrar o que a vida após a morte os espera,quando

eu estiver indo ao ventre do receptáculo que irá me guardar durante nove meses quatro

grandes magos irão saber da minha chegada e irão me presentear com ouro e essências

florais, também terei 12 seguidores que durante sete anos irão pregar meus

ensinamentos renovando tudo a aquilo que ensinei no começo das Eras, serei posto na

cruz das eras onde serei o centro e passarei pela no era. Antes de eu ir meu filho quero

lhe deixar ciente de como criei tudo o que existe hoje

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Capítulo 12

Criação da primeira Mulher

Crie o universo, subverso e dimensões espirituais, logo depois criei o primeiro Homem

Aeron e o deixei no Jardim do Sacray e o vi crescer, porém eu queria mais dessas

criaturas então criei a primeira mulher para que ele pudesse usá-la para procriar então

criei Kurany, uma linda mulher de cabelos negros e de olhos azuis, a ela dei o livre

arbítrio e com isso ela se recusou a ter relações com Aeron que por sua vez Laori

percebeu que faltava amor da parte masculina e, no entanto fez brotar sentimentos no

coração dos dois, tudo resolvido os dois se amavam e desde então tiveram vários filhos

e filhas cada um nasceram com um dom diferente, foram os primeiros anjos a ir morar

de junto do grande arquiteto do cosmo Laori. Com tudo isso Lukan ficou com inveja e

sequestrou a mulher de Aeron fazendo nascer o pior dos sentimentos, o ódio, e por

punição Laori expulsou para o mundo abaixo de Sacray que mais tarde seria conhecido

como purgatório das almas, para que com o passar do tempo Aeron pudesse expulsar o

ódio contido no coração dele e quando chegasse à hora do fim das eras onde tudo seria

destruído pela ganância dos homens, nesse dia Aeron seria libertado para reinar sobre

eles.

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Capítulo 13

O Oráculo

O oráculo estava meditando no monte Seckay quando chegou Anu (pássaro responsável

por entregas de mensagens) com noticia que seu filho tinha morrido. Era uma manha de

céu vermelho como sangue as nuvens quase não estavam presentes. O oráculo já tinha

iniciado o ritual de abertura do seckay dimensão onde apenas espíritos evoluídos

habitam. Interrompido a continuação do ritual devido a noticia, concentração foi

quebrada. Rawim era um espírito evoluído de druida, amigo do oráculo e o segurou pela

alma dizendo – continue, e tenha fé amigo, a nova era esta para chegar e lembre-se que

seu filho não morreu apenas seu receptáculo nesse mundo se desgastou e desligou o

vinculo com a alma dele, corpo material e mortal e vira pó, alma e eterna e infinita. O

silencio reinou naquele instante, então o oráculo levantou as, mas para o céu e começou

a dar continuidade ao ritual dizendo - Ó grande Arquiteto, Grande mestre e Deus dos

deuses que criou as dimensões para que nossa alma evolua para o plano infinito escuta

meu clamor para a nova era... Envia teu espírito pra mostrar seu novo sacerdote aqui no

mundo material, daime a visão e o direito de instruir o profeta do monte Seckay. Então o

ritual agora estava terminado, o céu ganhara um novo tom, um tom mais claro...

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Capítulo 14

O despertar

Cerca de um milênio antes da criação da trindade, um pequeno vilarejo próximo ao

palácio da eternidade foi descoberta uma imensa cratera que se escondia entre

montanhas escuras. Com o passar de várias luas, seres horrendos saiam da cratera e

aterrorizava a face do mundo. Donar nomeou como os primeiros seres inferiores,

particularmente o mau em forma física, e que odiavam a luz. Os Sabazios, como seriam

chamados mais séculos depois gritavam o nome „‟Yenwan‟‟ que de acordo com as

pesquisas de Kalla era o regente do mundo inferior.

Com o passar do tempo os Sabazios em pouco a pouco conseguia devorar e levar as

almas dos moradores do vilarejo para s profundezas do submundo. Esses

acontecimentos chamaram a atenção do palácio dourado onde morava Donar. Com o

tempo Donar aprendeu os poderes celestiais e começou a estudar a energia da luz para

combater esses seres das trevas. Alguns dos irmãos de Donar se preocupavam em que

usar tanto da luz celestial poderia o tornar a própria luz. Então na tentativa de poder

chegar mais perto desse mundo foi criado um guerreiro com missão de investigar essa

fronteira que existia e então foi mandado esse guerreiro que era forjado com luz e

diamantes para sobreviver às altas influencias maligna e então o gigante de diamante

virgem foi enviado para as profundezas da superfície do mundo inferior, Vanhala era seu

nome, e ao chegar ao mundo de baixo foi enfeitiçado e forçado a matar qualquer um que

ficasse em sua frente. Logo depois voltou para casa e ao chegar ao solo celestial seu

desejo era ofuscar a luz, mas Donar destruiu o selo que o enfeitiçava, e quando a

insanidade de Vanhala teve fim ele culpou Yenwan o senhor do submundo.

39

Capítulo 15

Yenwan

Os céus pareciam estar chorando em vez de chuva, criaturas nunca vistas estavam

surgindo em vários lugares do mundo celestial, apesar de ser um local sagrado, ate

mesmo os seres imortais estava preocupados, o próprio monte Seckay perdeu o brilho

que recebia das muralhas de diamantes, em um único segundo o mundo dos mortais

ficou em silencio e em seguida barulhos de trovoes e raios rasgavam os sete mares

fazendo levantar os gigantes do mar e em suas marés altas montavam como cavalos

pronto para guerra. Logo a frente do grande exército que vinha das profundezas do

oceano existia um ser com três pares de asas. E essa criatura se chamava Yenwan o filho

primogênito de Laori que por tentar se apoderar do trono foi expulso do reino dos céus.

O dia chegou pai de todos e criador de todas as coisas, chegou a minha vez, a era da

grande serpente que voa pelos céus, rasteja pelo chão enquanto abre montanhas inteiras

e perturba a ordem da natureza – Falou ele completando: esse reino irei tomá-lo para

mim.

Não! Eu impedirei você meu irmão gritou Donar. Chegou o recomeço das eras? Pensou

Laikulan. Agora o terror estava no mundo dos mortais, sabazios contra celestes em uma

luta sem fim, impulsionada por Yenwan. Donar já estava junto a Laikulan se

perguntando se Laori iria voltar para dar um fim nesses tempos difíceis, quando ele olha

para lado seus irmãos vestidos por suas armaduras douradas batalhando contras os

sabazios matando um por um, quando olha para frente, da de cara com Yenwan.

- Correto, o trono será meu e você será meu soldado e seguirá minhas ordens passando a

me obedecer como seu rei e senhor disse Yenwan que estava sentado em uma espécie de

trono todo em diamante que o deixava afastado do chão, ele se sentia na platéia vendo

seus irmãos se matando em plena guerra.

Aquilo parecia um pesadelo, seus irmãos morrendo e matando, o plano celestial sendo

dominado por um ser que foi expulso pelo próprio Laori.

- Filho! Meu querido filho! Dizia uma voz que não tinha corpo.

Então tudo a sua frente começa a ficar embaçado e distante, era como se estivesse sendo

puxado para traz e para cima ao mesmo tempo. Então ele sentiu um calor e uma

sensação de paz, era Laori que falava com ele, porém ele não conseguia vê-lo, era muita

luz onde ele estava.

- Donar príncipe dos setes céus eleito por mim seu pai e criador Laori, preste atenção,

tudo o que você viu é foi apenas uma visão do futuro que logo chegara aos portões de

nossas casas, Yenwan esta se preparando para a décima terceira Era, é quando ele

passara pelos portões do mundo inferior para tentar destruir o mundo dos mortais, e por

vingança tentará tomar o trono.

40

O que devo fazer pai? Perguntou Donar que estava de olhos fechados pela grande

claridade devido à luz de Laori.

- Primeiro vá ao reino dos homens e pregue tudo o que falarei agora.

Primeiro entendam que a fé esta dentro de cada um de nós.

Religião é aquela que une pessoas de diferentes nações e raças, aquelas que julgam os

outros são apenas casas de negócios.

Respeite a os outros e preserve o bem, pense antes de fazer.

Amar e ver aqueles que mais amamos felizes, independente com quem esteja.

E por ultimo, estou em todos os lugares em que dizem meu nome, eu freqüento corações

e almas, não freqüento templos onde trocam quantias por minhas palavras.

A melhor oferta que um ser de carne e osso pode me oferecer é fazer os outros felizes,

espalhe sua alegria, distribua sorrisos.

Quando Laori ia pronunciar a próxima palavra, um empurrão lhe foi dado fazendo-o

acordar, era um sonho.

O que tanto sonhava meu príncipe? Perguntava Laikulan.

Temos coisas as fazer, nosso pai falou comigo – disse Donar todo suado enquanto

levantava da cama.

Que tipo de coisas? Perguntou Angô que estava trazendo uma jarra de água.

Nosso irmão esta voltando, Yenwan abriu as portas do Inferus.

41

Capitulo 16

Exru o escriba

Logo após a criação dos universos muitos mundos estavam habitados e no plano

original todos deveriam estar em paz, mas existia um mundo em especial em que regras

e leis não existam e se fosse criada nada valeria, nesse mundo a raça mais pobre foi

escravizada onde os fortes sobreviviam e controla o sistema, pessoas eram queimadas e

torturadas, poucos mais de oitenta pessoas sobreviveram desse massacre e foram

condenadas ao que chamavam de prisão eterna onde ninguém tinha direito a defesa ou

apelo. Anos mais tarde foi autorizada a criação de um grupo de caçadores de almas onde

varreriam o mundo atrás de fugitivos ou descendentes daqueles que chamavam do sem

alma, foi então que mais sangue foi derramado sem motivo apenas por raiva e não a

aceitação de diferentes raças sobrevivendo sobre o mesmo solo, nessa linha de

caçadores existia um homem que mais tarde seria a face da morte, a cada tempo ele

emitia ordens e leis de execução, tratava as raças inferiores como seres do inferus os

chamados seres sema almas.

Uma caravana voltava de uma viagem em destino à fronteira que liga a outros mundos,

era uma maneira de escapar da perseguição, era uma época em que as próprias estelas

estavam desalinhadas deixando o sistema de vida conturbado e atrapalhado nada

poderia ser adivinhado por meios de magia ou qualquer outro meio de poder não

humano, era preciso atravessar a fronteira sem fazer barulho para não atrair caçadores

de outro mundos ou de sua própria terra natal.

Nikaya e Kiron eram uma casal jovem e que estava a espera de seu segundo filho e tudo

indicava que poderia acontecer no meio da viagem pois já tinha passado da gestação

normal, para a crença deles ter filho era uma bênção do criador de todas as coisas. A

viagem seguia bem, em sete grades carruagens lotada de mantimentos trazidos do seu

mundo para a viagem e para manter a estadia enquanto se estabilizavam no novo mundo

que seria sua nova casa.

De costume as crianças viajavam separadas de seus pais iam junto com os anciãos da

vila por acreditar que seria mais seguro, no meio da viagem Nikaya sentia as dores do

parto e já começava os trabalhos para trazer para o mundo sua criança que ao chorava

muito enquanto saia da mãe, na certa o choro da criança atraiu os caçadores, mas foi

decidido em fazer uma festa em comemoração em virtude do nascimento da criança que

foi batizado com nome de Exru. Os anciões previam o mal chegando próximos a eles e

isso nada poderia ser evitado. Estranhamente a criança nasceu com um tom de pele

diferente das outras da vila uma pele acinzentada com olhos azuis cor de céu, logo os

olhos dos anciões encheram-se de lagrimas e gritavam que o salvador de sua raça

nascera ali. Gritos calaram a alegria do povo de Exru, pois eram os caçadores que

conseguiram acompanhar a caravana na tentativa de massacre, próximo à entrada Terion

sua terra destino todas as carruagens se dispersaram na tentativa de se salvar, nessa

confusão a carruagem das crianças se perderam junto com o irmão mais velho de Exru

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que talvez nunca tenha a chance de conhecê-lo, Nikaya e Kiron chegaram a uma aldeia

de uma raça neutra onde ajuda ajudavam a quem chegasse, conseguiram ajuda e ali

mesmo criaram raízes e moradia porem tiveram a perda de seu filho mais velho.

Passaram-se trinta vinte e sete anos desde o ultimo conflito e Exru tinha deixado seus

pais e aldeia para conhecer o universo e reunir o Maximo de pessoas de sua raça na

vontade de restabelecer seu clã, nessas viagens aprendeu muito, aprendeu a curar

doenças na sua terra natal desafiando todos os caçadores de sua raça, conheceu os

segredos da animagia que era a ciência que dava a possibilidade de se transformar em

qualquer animal ou espírito, aprendeu vários rituais e magias de todas as crenças e cores

se tornando o mais procurado em todos os reinos e facções por ser o único a aprender

todas as magias e decorar o livro dos sete selos livro então que não se sabe onde surgiu

ou quem escreveu, a única coisa que se sabe sobre o livro é que ele e encontrado na

floresta co suas folhas em branco com sua capa escrita com poucas palavras “aquele que

provar ser digno da sabedoria poderá ler todas as páginas desse livro e obterá todo

conhecimento desde a criação da vida”. Voltando a sua terra encontrou toda a vila

destruída por sorte seus pais não estavam no momento do massacre, pois tinha ido à

outra cidade para vender seus artesanatos e jóias fabricadas com pedras encontradas no

rio, agora Exru sabia que estava sendo procurado e que sua cabeça estava a premio, pois

estava escrito com sangue nos corpos de seus amigos jogados pelo chão, vendo toda

essa sujeira apenas ódio e desejo de vingança vinha na mente apenas uma voz dizia

“não siga o lado ruim da perda, nada trará de volta aquilo que você amava em troca de

mais mortes”.

A mentira conspirava contra Exru, chegou aos ouvidos do rei daquela terra que existia

um estrangeiro que estava aniquilando uma aldeia atrás da outra sendo que na verdade

era o próprio conselho do rei que estava emitindo os mandatos de limpeza sobre todas

as aldeias que tivessem sangue mestiço, ou seja, todos que não fossem nativos desse

mundo seriam mortos e se casassem com os nativos seriam mortos eles e suas proles

deixando o mundo povoado por sangue único de raça nativa. O rei emitiu um mandado

de acordo de pais onde se aplicava a prisão desse estrangeiro para tentar um acordo em

que favorecesse ambos os lados, em pouco tempo foi capturado o tal estrangeiro, uma

das acusações contra ele era heresia atentado contra sua realeza, seu conselheiro Metris

que foi quem o criou desde pequeno e o educou, tinha muita influencia em Terion por

que era considerado o braço direito do rei e longe dos olhos do rei ele reinava medo por

todas as classes e qualquer pessoa que não seguisse as ordens seria morto no ato. Em

anos de perseguição ao clã de Exru muitos foram mortos, a maioria torturada e os que

não tiveram o mesmo fim foram levados para o palácio e então seriam julgados e

mesmos sendo inocentados mais tarde seriam mortos pelo guardas a mandado de

Metris. Chegando ao palácio e preso Exru sentiu algo em seu peito como se sentisse

alguém da família por perto, então ele pensou- será que existe alguém da minha família

vivo e preso nesse castelo? Acho que é minha hora chegando, devo estar confundindo

meus sentimentos.

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Ao entrar no palácio, metris foi recebido por chuva de flores feita pelos moradores de

dentro castelo onde existia uma cidade dos mais ricos de terion, o castelo era dividido

em três partes, no centro ficava o castelo do rei, ao redor existia casas de burgueses que

faziam um anel em torno do palácio do rei e por fim ficavam os camponeses fazendo

outro anel em torno dos burgueses, a frente estava o rei que o esperava e dizia em alto

tom:

- vamos fazer esse julgamento da melhor maneira para que ele possa aceitar nossa

religião e nossa lei, feito isso poderemos viver em paz e quem sabe eu o convide para

morar no anel dos camponeses.

- grande rei, perdoe-me, mas essa alma não tem mais salvação a não ser a morte para

que possa purificar pela eternidade, dizia metris.

- para tudo há um jeito e salvação, a morte nunca resolve problema algum, disse o rei.

O rei era um bom homem, mas o que sujava sua imagem para a população fora das

muralhas do castelo era as ações de seu conselheiro que fazia toda maldade e assinava

em nome do rei, com o passar do tempo o rei bondoso foi pintado como rei maldoso e

autoritário, metris não se conforma com a decisão do antigo rei que ao encontrar uma

criança no meio da rua em meio aos camponeses o levou para o palácio e o transformou

em príncipe e mais tarde com o seu falecimento o tornou rei, era para ser metris o novo

rei já que era o mais próximo por não ter esposa ou filhos o antigo rei não teria

herdeiros sendo assim a única pessoa que poderia ser rei seria metris que era primo de

distante grau, mas tudo mudou com a chegada dessa criança e se tornando o que se

tornou hoje, e tudo o que metris faz e sujar a imagem de seu primo bastardo coroado a

rei. Tudo o que rei herdou alem da coroa foi os ensinamento de seus pais que faleceram

em fuga de carruagem há muito tempo atrás e quem em ultimo ato foi deixá-lo na rua

próximo ao palácio no intuito de alguém o achá-lo e cuidasse dele já que não podiam

mais por estar sendo caçado.

O rei tentou de todas as formas alguma maneira de chegar a um acordo porem Exru não

aceitava e gritava quem universo é de todo e não de uma raça. Então Exru foi leva a

tortura e por mais que o rei desaprovasse fez questão de estar no momento para garantir

que não o matasse, assistiu por vários dias de tortura e ele não fraquejava, e mandar

alguém para a morte pelo simples ato de não se converter a sua crença não era certo aos

olhos do rei, Exru gritou para ele:

- não me importo se eu morrer agora, pois para mim já estou morto desde o dia em que

perdi meus pais e meu irmão!

Enquanto era torturado Exru contou toda sua historia aos gritos de dor, mas o rei não

dava ouvidos para ele o estrangeiro fez o que fez por motivos egoístas. No outro dia

Exru foi executado em praça publica em frente a todos acusado de matar um guarda na

prisão, era tudo mentira, mas foi metris que acusou e ninguém discordava quando ele

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falava. Pouco tempo depois metris começou a sofrer com uma grave doença sem cura e

antes de morrer a consciência bateu em sua porta, então em um ultimo ato pediu para

que os guardas chamassem o rei urgente por que ele tinha algo muito importante para

revelar. Ao chegar ao quarto o rei viu metris todo debilitado e falava por favor não se

esforce apenas descanse para melhorar e logo sair daqui.

-preciso que saiba de algo antes que eu venha a falecer, dizia metris.

-deixa de besteira retrucava o rei, você tem muitos anos de vida para viver.

-não, eu não tenho, talvez sejam meus pecados que estão muito pesados e estão puxando

minha vida para a morte, dizia em tom de voz muito baixo como se estivesse preste a

falecer.

- preciso dizer algo sobre seus pais que você não sabe, não quero que sua verdadeira

história morra comigo, dizia metris.

-como assim a verdadeira historia? Meus pais morreram depois que me deixaram aqui

que estavam muito doentes e suas doenças eram muito contagiosas e não queria

transmitir para mim, dizia em voz tremula o rei.

-eu inventei essa versão, eles morreram por que era da raça de estrangeira que vinha de

outros mundos e desde aquela época eu caçava a sua raça, mas você sobreviveu graças a

seus pais que o deixaram na vila dos camponeses, e quando te encontrei não consegui te

matar por o antigo rei te encontrou e te adotou, seus pais fugiam em uma carroça junto

com você, sinto muito em te dizer e não espero seu perdão já que lhe orientei matar e

caçar sua própria raça sem que você soubesse, desabafou metris...

- por que você fez isso comigo?O que eu lhe fiz para me usar como fantoche?

Perguntava em lagrimas de raiva e tristeza o rei.

-era para ser eu o rei e não você, estava tudo perfeito, o rei estava velho e eu na flor da

idade não existia ninguém para disputar a coroa comigo mas você apareceu e foi

adotado por ele fazendo com que minhas esperanças morressem, falava metris sem

expressão alguma.

O rei apenas olhava sem saber o que fazer ou falar, sua cabeça tava fervendo com tanta

informação e que não conseguia absorver.

- você tem um irmão, disse metris.

-um irmão? Onde ele esta agora, ele tem família?Onde ele mora? Perguntou em um tom

de felicidade por que imaginava que diante de tanta coisa ruim existiria uma boa noticia,

pensava o rei.

Você o torturou por semanas, assistiu ele ser maltratado e espancado sem nenhuma

compaixão e por fim você o deixou ser executado em praça publica na frente de todos,

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seu irmão morreu há um tempo, o nome dele era Exru, dizia em ultimas palavras metris

que chegou a falecer no fim dessa conversa.

-apenas gritos e choro saíram daquele quarto, em um ato de fúria o rei tocou fogo no

palácio e depois se enforcou em seu quarto.

Na passagem do mundo material para o espiritual foi recebido por um ser de capa

brilhante como o sol, e dizia filho você foi usado pelo mal e participou de varias

matanças então você se julga culpado ou inocente?

-pensei que estava fazendo a coisa certa, mas apenas fiz coisas erradas fui muito injusto,

então não posso me julgar já que não sei nem quem eu sou, dizia com voz triste o

recém-chegado ao mundo não material.

-então darei a chance de concertar seus erros, darei um trabalho a você e no fim dele

poderá reencontrar seus pais e seu irmão, você ficara encarregado de levar as orações,

pedidos e suplicas ao criador de todas as coisas, você transportará toda dor dos seres

vivos para os pés do criador no intuito de serem amenizadas e confortadas e no fim

serem afastadas de seus corações, dizia o espírito de luz.

-você que não tem nome será batizado de, então foi interrompido pela pobre alma.

-por favor, me chame de Exru, era o nome do meu irmão e já que eu trouxe tanta dor a

nossa raça e por fim matei meu próprio irmão, quero trazer honrra a minha família e

meu irmão que nunca pude conhecer.

-certo, pedido aceito, então irá esperar junto com sua família o seu retorno, ele não

sabia, mas esse espírito que falava com ele era o próprio Exru que já tinha terminado o

trabalho e tinha evoluído para um grau maior.

-pobre irmão você não fez essas maldades por querer, você foi mais uma vitima do mal

de Yenwan, vai em paz Onurun, meu irmão, irei te esperar de braços abertos junto com

nossos pais e sei que ira conseguir, dizia Exru enquanto Onurun partia em sua missão

que já ia distante daquele lugar.

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Capítulo 17

Yenwan desiste de tudo, o fim começa agora.

Em um lindo dia na cidade de prata estava Donar e seu irmão Laikulan a conversar, céu

limpo e uma aurora cintilante pairava naquela manhã onde tudo apontava para um dia

perfeito. Donar se queixava com o irmão sobre tudo o que Yenwan tinha feito, ficava se

perguntando o porquê disso tudo.

Éramos uma linda família e unida, por que Yenwan tinha que ser tão ignorante e cheio

de ira? Falou Donar...

Tudo nessa nesta existência tem um propósito caro Donar... Respondeu Laikulan com

um tom de tristeza.

Ao passar do tempo tudo ficou em fase de lentidão, as folhas caíam vagarosamente das

árvores, o vento tinha parado e a sua frente surgiu Laikulan iluminado e cheio de brilho,

e antes mesmo que Donar brandeasse sua espada Yenwan fica se abaixa com um joelho

flexionado e então Donar para e pergunta o motivo dele aparecer tão repentinamente.

Irmãos me arrependo de tudo o que eu fiz e não há nada que eu faça que repare meus

erros, não seguirei a escrita de nosso pai onde eu e você meu querido irmão iremos lutar

até um de nós cair gravemente ferido ao chão próximo do fim da existência, hoje

mesmo deixei o mundo inferior com uma última ordem, o mais forte entre todos eles

será o novo rei do mundo inferior, assim dizia Yenwan...

Como assim você deixou o reino inferior? E quem irá governar a inferioridade e

terminar com a guerra sagrada? Assim indagou Donar.

Estou me retirando e vocês não me irão ver tão cedo, irei vagar pelo multiverso

concertando meus erros, visitando cada canto para ajudar aqueles que um dia atrapalhei,

estou aqui hoje para poder olhar para a face de meus irmãos para nunca esquecer a

família que um dia eu tive, mas não irei seguir o que Laori predestinou, farei minha

existência a meu jeito, estou tirando férias prolongadas, adeus, e assim em um raio de

luz onde todo o plano celestial ficou em um brilho branco, assim fez Yenwan.

Enquanto no mundo inferior já se proclamava o novo rei do submundo, Marcus Surtur,

o príncipe de mil legiões de demônios e agora Rei e imperador do mundo das trevas.

A falta de atitude de Marcus Surtur como novo rei trouxe grandes consequências para o

submundo. O abuso das rochas de alma trazia pelo antigo rei fez cresce

descontroladamente a força dos outros seres das trevas, a cada vez que se fazia uso da

rocha menos racional ficava a criatura. Marcus Surtur, logo se apressou para que

pudesse por ordem na casa, o que não foi difícil já que era o braço direito de Yenwan,

era o mais poderoso depois do antigo rei, ao chegar à rocha Marcus Stur lançou um

feitiço que faria com que a rocha distribuísse poder igualmente a todos àqueles que

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tentasse absorver poder vindo dela, mesmo assim já era tarde, outros seres já tinha

absorvido muita energia da pedra e até conseguiram extrair pequenas pedras da rocha

sendo assim um transmissor gratuito de poder para aqueles que a possuíssem, sendo

assim surgiu às primeiras relíquias do Inferus. De imediato Marcus Stur criou um

panteão onde seria eleitos cargos para administrar as tarefas do submundo deixadas por

Yewnuan. Um dos que conseguiu extrair pedras da rocha era Zefhar, um duque de

primeira linha e que não enlouqueceu ao absorver tanta energia da pedra da alma, esse

governava 56 legiões de seres do submundo, Zehar junto com Zagami e Adromenios

criaram a Legião de aço, essa legião coexistia para adquirir almas humanas para

aumento de poder e somado a pedra rocha (pedra extraída da rocha da alma) se tornava

um poderoso poder. Juntos a legião de aço destruíram os portões do Inferurs e deixando

sair todos os seres malignos de lá, sendo assim foi iniciada a guerra das trevas onde

Marcus Stur se empenhava para capturar ou destruir aquele que fugiu do submundo a

fim de destruir a raça humana. Agora com toda essa bagunça até o plano celeste foi

atraído para essa guerra sem fim. Chegando ao plano terrestre Donar não conseguiu

entender a guerra que estava tendo entre seres das trevas, Laori estava ausente sem dar

respostas aos seus filhos, Donar então foi instruídos por seu irmão Laikulan a usar

magia celestial de nível ômega a fim de destruir de uma única vez os seres malignos.

Exru convenceu Donar que ele devia deixar as práticas de magia para ele mesmo já que

era sua especialidade. Então Donar e Exru estavam na terra à procura de respostas, Exru

tinha remorsos pelos humanos, pois um dia foi odiado e confundido com Yenwan. Exru

com seu ódio pelos seres das trevas saiu em batalha arrancando olho por olho de cada

criatura e deixando os gritos pelas ruas enquanto ele passava Donar não concordava

com o meio dele, mas ele suportou seu modo já que foi o único irmão que aceitou vim

junto para essa guerra. Donar nunca perdoou Laikulan por não ter descido junto a ele

para a batalha, mas não era motivo para odiá-lo, pois ele entendia que a tarefa de

Laikulan era apenas guardar as almas dos mortos e transportá-la para um plano melhor.

Marcus Stur conseguiu chegar próximo de Donar para tentar uma aliança de guerra,

mesmo desconfiado Donar aceitou, pois sabia que algo estava errado e quanto mais

força de poder ele tivesse mais rápido a guerra terminaria, juntos os três derrotaram a

maioria das legiões, porém nenhum dos líderes estava entre eles. Os aliados, Donar,

Exru e Marcus Stur foram ao submundo para checar a pedra da alma, pois sabia que ela

era um artefato que podia ser alvo de roubo, Marcus Stur soube que sua aliança não

conseguiu erradicar a presença do inimigo. Enquanto a guerra ficava mais sangrenta e

violenta a cada momento, Donar, Marcus e Exru criaram a Aliança da rocha a fim de

fortalecer ainda mais seu poder de combate. Como a legião de aço teria dificuldade para

voltar ao submundo, Zagami enviou alguns de seus novos seres criado da pura absorção

descontrolada da rocha da alma, de forma que eles distraíssem os guardas pelo caminho.

Adromenios, terceiro líder da legião de aço, liderava a invasão de inferus, Donar e Exru

defendia a entrada do submundo para que Marcus Stur terminasse seu feitiço de

anulação de presença e poder da rocha da alma. Porém um evento imprevisível

aconteceu, Exru enlouqueceu, pois Marcus Stur tinha planejado tudo isso tornando uma

farsa, sendo assim Donar agora estava cercado por todos os seres do submundo e seu

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único aliado Exru estava incapacitado para batalha.

Tinha muito poder advindo da rocha da alma e iriamos travar uma guerra com o plano

celeste, mas não temos a chave, pois Yenwan tinha levado consigo impossibilitando

qualquer outro ser do submundo entrar no plano celeste precisávamos de sangue de um

ser de luz e agora temos o seu Donar. Assim disse Marcus Stur.

Então todos se preparavam para um único golpe contra Donar, não que o destruísse, mas

com a rocha da alma que foi alimentada por anos com almas de condenados e agora

com todos os seres malignos direcionados a um golpe contra Donar não o mataria, mas

o deixaria bem debilitado, então um grande globo de cor negra foi criado ali em frente à

rocha da alma, então Donar não tinha muito a fazer a não ser esperar o golpe, então a

magia de Marcus Stur foi finalizada e direcionada a Donar, mas quando estava preste a

desferir o golpe sobre Donar então surge alguém diante de todos, e fazendo assim tudo

ser anulado, a rocha da alma destruída e grande maioria dos seres do submundo

desmaiados, então Marcus Stur com tom de ódio pergunta: quem ousa interferir nos

meus planos? Perguntou Marcus Stur que agora estava banhado em ódio.

Então um raio fino atravessou toda aquela fumaça acertando o braço de Marcus e ao

acertar uma chama negra começa a queimar seu braço... Era Yenwan, que não estava

nada feliz por ver seu irmão Donar sendo preste a ser ferido. Em um único estalar de

dedos tudo ficou claro, então Donar, Exru e Yenwan desaparecem daquele local.