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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO NÍVEL MESTRADO CARMEN MARIA KOETZ O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SAERS: INSTITUCIONALIZAÇÃO SÃO LEOPOLDO 2011

O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

NÍVEL MESTRADO

CARMEN MARIA KOETZ

O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – SAERS: INSTITUCIONALIZAÇÃO

SÃO LEOPOLDO

2011

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CARMEN MARIA KOETZ

O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – SAERS: INSTITUCIONALIZAÇÃO

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.

Orientadora: Profa. Dra. Flávia Obino Corrêa Werle

SÃO LEOPOLDO

2011

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Catalogação na Publicação: Bibliotecária Eliete Mari Doncato Brasil - CRB 10/1184

K729s Koetz, Carmen Maria O sistema de avaliação do rendimento escolar do Estado do Rio Grande

do Sul - SAERS: institucionalização / por Carmen Maria Koetz. 2011. 191 f. : il ; 30cm.

Dissertação (mestrado) -- Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos -- Unisinos, São Leopoldo, RS, 2011.

Orientadora: Profa. Dra. Flávia Obino Corrêa Werle.

1. Avaliação Educacional. 2. Sistema de Avaliação - Rendimento Escolar - Rio Grande do Sul. 3. Política Pública - Avaliação Educacional. I. Título. II. Werle, Flávia Obino Corrêa.

CDU 371.26

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CARMEN MARIA KOETZ

O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – SAERS: INSTITUCIONALIZAÇÃO

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS.

Aprovado em _______/_______/_______

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________Profª Drª Flávia Obino Corrêa Werle - Orientadora

___________________________________________________________________________Profª Drª Mari Margarete dos Santos Foster - Unisinos

___________________________________________________________________________Profª Drª Nalú Farenzena - UFRGS/RS

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Dedico ...

A todos que, de uma maneira ou outra,

participaram desta construção.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus queridos pais

Egidio e Marlise

Pelo estimulo e apoio.

As minha irmãs Clara e Carin

Pelo encorajamento.

As minhas amadas filhas

Gisele, Gabriele, Graziele

Pela paciência, motivação e amor.

A minha orientadora Flavia Werle

Pelo acompanhamento, exigência e confiança.

As minhas colegas de trabalho

Pela parceria e amizade.

A Ana Clara e Suzana que destinaram

Seu tempo para contribuir com este estudo.

Ao meu querido companheiro

Vlademir pelo carinho e compreensão.

E, principalmente a Deus que, na sua

Bondade e Amor,

Colocou todas estas pessoas maravilhosas

Na minha vida!

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RESUMO

Este é um estudo acerca da trajetória de institucionalização do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul, como política pública de avaliação educacional. Descreve desde as suas primeiras edições em 1996 a 1998, como um Sistema de Avaliação das Escolas Públicas do Estado e, a partir de 2005, já como o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul - SAERS até as edições de 2007 a 2009. Está organizado por período de governo em que ocorreram, dos então governadores Antonio Britto Filho – três primeiras edições (1996/1997/1998), Germano Rigotto uma única avaliação, como projeto piloto vinculado a um Contrato de Gestão (2005) e Yeda Ronrato Crusius (2007/2008/2009). A metodologia utilizada é de cunho qualitativo com coleta e análise de documentos legais normativos, informações veiculadas em jornal do Estado e entrevista semi-estruturada. È um estudo que tem como foco central a preocupação em descrever a operacionalização, os objetivos e finalidade do Sistema de Avaliação Riograndense, a elaboração e composição das provas em cada ano de execução do processo, número de escolas e de alunos participantes, tendo como embasamento a investigação e análise de documentos normativos emitidos pelo governo, pelas da Secretaria de Educação do Estado e por empresas terceirizadas contratadas como prestadoras de serviço. Discute os resultados de cada edição divulgados em periódicos, site da Secretaria de Educação do Estado e em um jornal de grande circulação do Rio Grande do Sul. Concluindo, a cada mudança de governo, novas concepções e práticas políticas de avaliação educacional foram empregadas no Estado do Rio Grande do Sul, com o intuito de verificar o rendimento dos estudantes. O que implica em depositar no Sistema de Avaliação a condição de diagnóstico da qualidade do ensino público estadual com o objetivo de promover alternativas que venham a melhorar a realidade educacional do Estado do Rio Grande do Sul.

Palavras-chave: Avaliação Externa. Política Pública de Avaliação Educacional. Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul - SAERS.

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ABSTRACT

This is a study about the history of the institutionalization of the Evaluation System of the State of Rio Grande do Sul as a public policy for the educational evaluation. It describes the first editions, from 1996 to 1998, as an Evaluation System of the Public Schools of the State, and after 2005, when it was already the Evaluation System of the Educational Performance of the State of Rio Grande do Sul (SAERS) up to the issues from 2007 to 2009. This study is organized by the government period in which these evaluation processes occurred: the government of Antonio Britto Filho - the first three editions (1996/1997/1998), the government of Germano Rigotto, in which a single evaluation was conducted as a pilot project linked to a Management Contract (2005) and the government of Yeda Crusius Ronrato (2007/2008/2009). The methodology applied is qualitative, comprehending the collection and analysis of normative legal documents, the analysis of the information published in newspapers of the state and the semi-structured interview. The focus of this study is the description of the operation, the goals and the purpose of the educational evaluation system of Rio Grande do Sul, including the development and content of the tests applied in each edition of the evaluation process, the number of schools and students that were evaluated, based on the research and analysis of normative documents emitted by the government, by the State Board of Education and by outsourced companies that were hired as service providers. In this study, the results of each issue of the evaluation process that were published in the newspapers, in the web site of the Department of Education of the State and in a major newspaper of Rio Grande do Sul are discussed. The conclusion is that, in every governmental change, new concepts and practices related to the educational policies of evaluation were applied in Rio Grande do Sul, in order to check the performance of the students. The results show that the Evaluation System can be considered as a diagnostic of the quality of the public education in the state, whose goal is to promote alternatives to improve the educational reality of Rio Grande do Sul.

Keywords: External Evaluation; Public Policies for Educational Evaluation; Evaluation System of the Educational Performance of the State of Rio Grande do Sul.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Levantamento de Dissertações e Teses sobre as Avaliações Externas nos Estados

brasileiros .................................................................................................................................17�

Quadro 2 - Ficha catolográfica dos trabalhos que se aproximam com a temática da pesquisa 18�

Quadro 3 - Governadores do RS/ período de exercício e documentos emitidos......................24�

Quadro 4 - Governador/RS, Secretário (a) de Educação/RS no período de 1995/1998 e

localização dos documentos .....................................................................................................43�

Quadro 5 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 199654�

Quadro 6 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 199760�

Quadro 7 - Comparação do Sistema de Avaliação do Rio Grande do Sul entre 1996/1997

considerando número de escolas, alunos, séries, disciplinas e questionário ............................61�

Quadro 8 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 199865�

Quadro 9 - Comparação do Sistema de Avaliação do Rio Grande do Sul entre 1996/1998

considerando número de escolas, alunos, séries, disciplinas e questionário ............................66�

Quadro 10 - Governador, Secretários (as) de Educação/RS no período de 2003/2006 e

localização dos documentos .....................................................................................................69�

Quadro 11 - Comparativo entre o Contrato de Gestão e o Subcontrato de Gestão/2005 .........73�

Quadro 12 - Comparativo entre o Contrato de Gestão e o Subcontrato de Gestão/2005 .........74�

Quadro 13 - Fórmula da descrição dos indicadores .................................................................76�

Quadro 14 - Estruturação das provas de Português e Matemática em 2005 para a 2ª série e 5ª

série...........................................................................................................................................82�

Quadro 15 - Abrangência do SAERS/2005 da rede estadual de ensino:..................................83�

Quadro 16 - Governadores/RS, Secretários (as) de Educação/RS, documentos/ localização..90�

Quadro 17 - Posições do Estado do Rio Grande do Sul, em nível nacional, nas avaliações do

MEC nos anos de 2003 e 2005 .................................................................................................91�

Quadro 18 - Programas Estruturantes 2007/2010.....................................................................96�

Quadro 19 - Estruturação das provas de Português e Matemática do SAERS/ 2007 em cada

série e nível de ensino.............................................................................................................103�

Quadro 20 - Alterações do SAERS/2005 para o SAERS/2007..............................................108�

Quadro 21 - Diferenças solicitadas pela SEE/RS na elaboração dos Boletins Pedagógicos

entre o SAERS/ 2008 e o SAERS/ 2009 ................................................................................118

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Quadro 22 - Atividades realizadas nos Estados de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia,

Paraná para apropriação e utilização dos resultados das avaliações ......................................127�

Quadro 23 - Comparação entre o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar – SAERS no

período de 2007/2010 e a proposta de avaliação para 2011/2014..........................................135�

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Premiação das escolas da 25ª e 32ª CREs do Estado do Rio Grande do Sul ...........84�

Tabela 2 - Estimativa de valores que seriam desembolsados pelo Estado se todas as escolas

participassem do SAERS/2005.................................................................................................86�

Tabela 3 - Abrangência do SAERS/2007, número de escolas, alunos, séries e disciplinas ...104�

Tabela 4- Escala de Proficiência e Níveis de desempenho por série e disciplina ..................106�

Tabela 5 - Média dos resultados do SAERS/2007 e os Níveis de Proficiência......................107�

Tabela 6 - Abrangência do SAERS/2008, número de escolas, alunos, séries e disciplinas:..113�

Tabela 7 - Participação das escolas e dos alunos do SAERS/ 2007 para o SAERS/2008 .....114�

Tabela 8 - Resultados do SAERS 2007/2008........................................................................115�

Tabela 9 - Estimativa de participação no SAERS/2009.........................................................122�

Tabela 10 - Resultados do SAERS 2007/ 2008/ 2009............................................................126�

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LISTA DE ABREVIATURAS

AVA - Programa de Avaliação do Sistema Educacional do Estado do Paraná

ANPAE - Associação Nacional de Política e Administração da Educação

ANPED - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação

ANRESC - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar

BID – Blocos Incompletos Balanceados

CAEd - Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CONAE - Conferência Nacional de Educação

CORAG - Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas

CRE/RS - Coordenadoria Regional de Educação do Rio Grande do Sul

DCNs - Diretrizes Curriculares Nacionais

DE/RS - Delegacias de Ensino do Rio Grande de Sul

DEPLAN - Departamento de Planejamento

DEPROJ - Departamento de Monitoramento de Projetos

DPAI - Divisão de Pesquisa e Avaliação Institucional

ENEM - Exame Nacional de Ensino Médio

ENCCEJA - Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos

FAMURS - Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul

FAURGS - Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

FDRH - Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos

FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

FUNDEF - Fundo de Desenvolvimento e Manutenção de Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério

INDG - Instituto de Desenvolvimento Gerencial

MEC - Ministério da Educação e Cultura

NAEP - National Assement of Education Progress - Avaliação Nacional do Progresso em

Educação

OECD - Organização para a Cooperação Econômica e do Desenvolvimento

PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais

PDE - Plano de Desenvolvimento da Educação

PEE - Plano Estadual de Educação

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PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos

PNE - Plano Nacional de Educação

PNLD - Programa Nacional do Livro Didático

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPA - Plano Plurianual

SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica

SAEPE - Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

SAERS - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul

SARESP - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo

SEE/RS - Secretaria Estadual do Estado do Rio Grande do Sul

SEPLAG- Secretaria do Planejamento e Gestão

SCP - Secretaria da Coordenação e Planejamento

SIMAVE - Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública

SINEPE - Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado

SME - Sistema Municipal de Educação

SPAECE - Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UNDIME- União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................13�

2 CAMINHOS METODOLÓGICOS...................................................................................22�

3 AVALIAÇÃO EXTERNA: DA TEORIA A PRÁTICA..................................................27�

3.1 Trajetória das Avaliações em Larga Escala...................................................................32�

3.2 SAEB: em Que Consiste e Como Se Configura .............................................................39�

4 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NO PERÍODO DE 1995/1998 (GOVERNO DE ANTONIO BRITTO FILHO) .....................42�

4.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1996.................................47�

4.2 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1997: ...............................57�

4.3 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1998: ...............................62�

5 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – SAERS, NO PERÍODO DE 2003/2006 (GOVERNO DE GERMANO RIGOTTO) .......................................................................................................69�

5.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2005.................................78�

6 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE DO SUL – SAERS, NO PERÍODO DE 2007 A 2009 (GOVERNO YEDA RORATO CRUSIUS) ...............................................................................................................................90�

6.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2007.................................98�

6.2 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2008...............................109�

6.3 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2009...............................116�

7 ELEMENTOS CONCLUSIVOS .....................................................................................130�

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................137�

APÊNDICE A - ENTREVISTA..........................................................................................147�

ANEXO A - SISTEMAS DE AVALIAÇÃO NOS ESTADOS BRASILEIROS.............148�

ANEXO B – NOTÍCIAS VEICULADAS NO JORNAL CORREIO DO POVO (1997/2009) ............................................................................................................................151�

ANEXO C – DOCUMENTOS DE POLÍTICA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: MAPEAMENTO ORGANIZADO POR CATEGORIA DA PESQUISA (1996-2009).......................................................................163�

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1 INTRODUÇÃO

A palavra avaliação, quando utilizada na educação, logo é associada à prática do

professor no processo de ensino e aprendizagem de sala de aula, pois são eles que,

regularmente, se utilizam deste processo com o objetivo de avaliar o quanto seus alunos

sabem antes de iniciar um conteúdo ou, em avaliar o que eles aprenderam durante um

determinado período ou ainda, avaliar para a análise de sua própria metodologia e prática

pedagógica.

Além desta avaliação que, centraliza o foco na aprendizagem do aluno, tem ocorrido,

em nível nacional e estadual, mais um tipo de avaliação – as Avaliações Externas ou de Larga

Escala. No caso da Educação Básica temos em âmbito nacional o SAEB e a Prova Brasil e em

âmbito estadual, alguns Estados já possuem seu sistema próprio de avaliação, dentre eles cita-

se o Ceará, São Paulo, Minas Gerias, Paraná, Pernambuco (ver Anexo A), e o Estado do Rio

Grande do Sul tem o SAERS - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande

do Sul foco deste estudo.

A escolha deste tema decorre dos constantes desafios, questionamentos, dúvidas e

preocupações enfrentados por gestores de secretarias, diretores, professores, pais e alunos

frente aos Sistemas de Avaliações em larga escala da Educação, institucionalizados a partir da

década de 1990.

Minha primeira graduação foi em 1985 em Ciências Físicas e Biológicas na

Universidade do Rio dos Sinos - Unisinos. Mas foi somente em 2002 que entrei pela primeira

vez em uma sala de aula como professora da disciplina de Matemática após ter sido nomeada

através de concurso público estadual. Percebi que não teria dificuldade nos conteúdos

programáticos, mas uma série de dúvidas começou a surgir principalmente com relação a

práticas e ações pedagógicas. Uma possibilidade de diminuir minhas incertezas em relação à

docência foi retornar à Universidade. Iniciei no segundo semestre de 2002 o curso de

Licenciatura em Pedagogia na Universidade do Rio dos Sinos - Unisinos.

Foi em outubro/novembro de 2005, estando em sala de aula como professora de

Matemática em uma turma de 5ª série do Ensino Fundamental de 8 anos letivos, que tive a

primeira experiência com as avaliações externas. A escola participou da Prova Brasil. A

lembrança que tenho deste episódio foram os cartazes que vieram para a escola no ano

seguinte. Recordo-me da dificuldade de interpretação dos dados, pelos professores, visto que

não foi oportunizado momentos de esclarecimentos por parte da equipe diretiva ou da

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Coordenação Pedagógica da escola. Entre nós professoras aconteceram algumas conversas

informais, olhares para os números, comentários da posição da nossa escola frente as outras,

muitos questionamentos e discussões a respeito da pontuação atingida, mas nada foi

divulgado ou debatido com a comunidade escolar.

No ano seguinte – 2006, também em outubro, ocorreu o processo de eleição para

diretores para a Gestão 2007/2009. Candidatei-me e fui eleita diretora de uma escola da rede

estadual de ensino do município de Novo Hamburgo. Recordo-me que no início de minha

gestão em 2007, recebi uma carta da 2ª Coordenadoria Regional de Educação - CRE

parabenizando a direção pelos resultados obtidos na Prova Brasil. Senti muito orgulho, pois

no período da aplicação da prova fazia parte do corpo docente da escola e sempre tive

preocupação com a aprendizagem e desempenho dos alunos.

No início de 2008 veio um convite da 2ª CRE em parceira com o MEC e a

Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, para os diretores que estavam em

exercício na função, das redes municipais e estaduais, a nível nacional, participar de um curso

de Pós - graduação Lato Sensu em Gestão Escolar promovido pelo Departamento de Estudos

Especializados - Faculdade de Educação. Foi uma aprendizagem riquíssima. Passei a ter um

conhecimento mais aprofundado sobre gestão democrática, participação dos colegiados nas

decisões da escola, gerenciamento dos recursos financeiros enviados, avaliação de

aprendizagem, avaliação institucional, sistemas de avaliações e principalmente o foco do meu

trabalho na época a (Re) Construção do Projeto Pedagógico da escola que datava de 2001.

Esta possibilidade de reflexão – ação – reflexão foi o suporte necessário para a prática

cotidiana que uma gestão exige.

A escolha desta pesquisa, com foco nas Avaliações do Rendimento Escolar do Estado

do Rio Grande do Sul - SAERS1 se deu em grande parte pelas avaliações que estão

acontecendo em todas as escolas da rede estadual de ensino.

1 O SAERS é o Sistema de avaliação do rendimento escolar que ocorre anualmente no estado do Rio Grande do

Sul. Tem como objetivo fornecer resultados para a correção das políticas educacionais, visando à melhoria da qualidade do ensino, a autonomia da escola, a promover parcerias com diferentes segmentos da sociedade em benefício de uma melhor atuação da escola e ao desenvolvimento de uma cultura de avaliação que envolva a participação da comunidade escolar. Participam do SAERS as escolas da rede pública estadual, urbanas e rurais, independente do número de alunos, e as redes municipais e particulares cujas mantenedoras aderiram às provas. As séries avaliadas são as turmas da 2ª série/ 3º ano, 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e as turmas do 1º ano do Ensino Médio.

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O Estado do Rio Grande do Sul é formado por 496 municípios. A rede estadual de

ensino atende 2581 escolas (RIO GRANDE DO SUL, 2010) divididas em 30 Coordenadorias

Regionais de Educação – CREs2.

O Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul foi implantado em 1996 e

teve continuidade nos anos de 1997 e 1998 envolvendo todas as escolas da rede estadual de

ensino. Posteriormente, em 2005, sob a denominação SAERS, foi retomado envolvendo

apenas duas CREs. Mas foi, a partir de 2007, que vem acontecendo anualmente e abrangendo

todas as escolas estaduais e as municipais e particulares que tiverem interesse em aderirem ao

processo.

Foi no primeiro ano de minha gestão (2007) que o SAERS foi retomado e que venho

acompanhando sistematicamente os acontecimentos que giram em torno de sua execução.

Foram reuniões de capacitação para diretores e coordenadores pedagógicos das escolas

estaduais com explanação e estudos das questões de Língua Portuguesa e Matemática

apresentadas nos testes, os gráficos e níveis de proficiência, os descritores, a Matriz

Curricular de Referência e os resultados divulgados em periódicos com dados do Estado,

Município, CREs e escolas.

Portanto, considerando minha trajetória acadêmica e profissional, as edições

decorridas do SAERS como um sistema próprio de avaliação educacional do Estado do Rio

Grande do Sul e a importância de divulgação deste processo que elaborei o presente estudo de

Mestrado que descreve e analisa a institucionalização do Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul – SAERS.

Meu objetivo principal consiste em descrever e analisar o Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS – em uma perspectiva histórica no

período de 1996 a 2009.

Dentre os objetivos específicos relacionados diretamente com a temática, pretendo

ainda:

• Analisar os objetivos e a finalidade do Sistema de Avaliação em cada edição;

• Relatar a operacionalização do Sistema de Avaliação em cada aplicação;

2A denominação Coordenadoria Regional de Educação – CREs foi instituída a partir do Decreto 40.360 de 17 de

Outubro de 2000. Este documento altera a redação das alíneas “a” e “c” do inciso IV do artigo 5º do Decreto n. 35.918 de 12 de abril de 1995, que dispõe sobre a estrutura básica da Secretaria da Educação que até então era composta por Delegacias de Educação – DEs. (RIO GRANDE DO SUL,2000).

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• Descrever a elaboração e formatação das provas de cada processo;

• Apresentar a abrangência, em termos de número de escolas e de alunos, as séries e

disciplinas avaliadas;

• Apresentar e analisar os resultados atingidos em cada edição;

• Identificar as informações sobre o SAERS divulgadas à sociedade rio-grandense a

partir de 1996 em jornal de grande circulação no Estado do Rio Grande do Sul

(Correio do Povo) como também a partir de 2005 no site da Secretaria Estadual de

Educação.

• Identificar as informações relatadas por meio de uma entrevista semi estruturada.

Para argumentar a importância deste trabalho foi pesquisado, nos meses de setembro e

outubro de 2009, no banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal de Nível Superior – CAPES; Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS;

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; Universidade Federal de Pelotas – UFPEL;

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS e na Associação Nacional de

Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED, no período de 1996 a 2008, produções

que se aproximavam da pesquisa.

Os descritores utilizados foram os Sistemas de Avaliação desenvolvidos por alguns

Estados da Federação que possuem esta política pública de avaliação educacional:

SAERS – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul;

SIMAVE - Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública;

SPAECE - Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará; SAEPE -

Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco; SARESP – Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Estado de São Paulo;

AVA – Programa de Avaliação do Sistema Educacional do Paraná;

SAEPE – Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco;

SARESP – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo.

Foram encontrados 24 trabalhos, sendo uma Tese e 23 Dissertações. O quadro

seguinte explana a distribuição anual de dissertações e teses, o Estado pesquisado e a área da

pesquisa.

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Quadro 1- Levantamento de Dissertações e Teses sobre as Avaliações Externas nos Estados brasileiros

Ano Quantidade Tese Dissertação

Estado Área

1998 2 Mestrado São Paulo Educação 1999 1 Mestrado São Paulo Educação 1999 1 Mestrado Paraná Educação 2001 1 Mestrado São Paulo Educação 2002 3 Mestrado Minas Gerais Educação 2003 4 Mestrado São Paulo Educação 2004 1 Mestrado São Paulo Educação 2004 1 Mestrado Minas Gerais Educação 2005 3 Mestrado Minas Gerais Educação 2006 1 Mestrado São Paulo Educação 2006 1 Mestrado São Paulo Lingüística

Aplicada e Estudos da Linguagem

2007 1 Mestrado Ceará Políticas Públicas e Sociedade

2007 1 Doutorado São Paulo Educação 2008 2 Mestrado São Paulo Educação 2008 1 Mestrado Rio de Janeiro Educação

Fonte: Elaborado pela autora.

Os trabalhos citados a cima são pesquisas realizadas em diferentes Estados brasileiros

e áreas de ensino. Destas pesquisas foram selecionadas duas que mais se aproximaram do

tema abordado e foi elaborada uma ficha catalográfica contendo a identificação e o resumo do

estudo. São elas:

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Quadro 2 - Ficha catolográfica dos trabalhos que se aproximam com a temática da pesquisa

Ficha Catalográfica Aproximação com meu tema Autor: LIMA, Alessio Costa Título: O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (SPAECE) como Expressão da Política Pública de Avaliação Educacional do Estado Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará Estudo: Dissertação de Mestrado Ano da defesa: 2007

Análise da Política de Avaliação Educacional implementada no Estado do Ceará pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul Básica através do SPAECE.

Autor: Lopes, Valéria Virginia Título: Cartografia da Avaliação Educacional no Brasil. Instituição de defesa: Universidade de São Paulo - USP Estudo: Tese de Doutorado em Mestrado Ano da defesa: 2007

Aspectos relevantes quanto a questão de como os estados brasileiros se apropriaram e traduziram a diretriz nacional de avaliação da Educação Básica no período de 1996/2007. Apresenta uma coletânea de dados dos vinte e seis estados brasileiros e do distrito federal com o intuito de mapear a avaliação educacional nestes estados.

Fonte: Elaborado pela autora

O primeiro trabalho descreve a trajetória histórica de implementação do Sistema de

Avaliação Educacional no Estado do Ceará. O autor apresenta os documentos normativos em

uma linha temporal de institucionalização.

A Tese de Doutorado de Lopes (2007) apresenta um mapeamento das políticas

educacionais de avaliação nos diferentes Sistemas de Avaliações Educacionais

implementados em cada um dos vinte e seis Estados brasileiros e do Distrito Federal.

Explícita que, dos vinte e seis Estados e Distrito Federal, dez desenvolvem seu sistema

próprio de avaliação. São eles: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais,

Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os sistemas mais

antigos de avaliação foram criados nos Estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia,

Rio Grande do Sul e São Paulo, entretanto, no Mato Grosso do Sul e na Bahia os programas

foram extintos3 e no Rio Grande do Sul a avaliação ocorreu em 1996/1997/1998, no ano de

2005, como projeto piloto, e nos anos de 2007 a 2010.

3 Convém esclarecer que estes dados são de 2007. Em 2009, segundo pesquisa no site da Secretaria de Educação

do Mato Grosso do Sul e da Bahia encontrei as seguintes informações: O Mato Grosso do Sul teve ainda uma avaliação em 2005. Na Bahia, em 2008, ocorreu a Avaliação Externa do Ensino Médio - AVALIE que avalia o desempenho dos alunos das escolas exclusivas do Ensino Médio, por meio de uma avaliação seriada, que acompanha os alunos ao longo de três anos.

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A autora descreve como as políticas de avaliação são produzidas e implementadas nos

Sistemas Estaduais de Ensino detalhando e analisando suas características. Entre eles está o

Sistema de Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS, onde Lopes (2007) relata

alguns aspectos da política educacional do Estado, como o Plano Estadual de Educação – PEE

- suas metas, diretrizes e programas organizados pela Secretaria da Educação do Rio Grande

do Sul. Apresenta ainda a trajetória do SAERS, seus objetivos, abrangência e periodicidade,

tratamento, divulgação e usos dos resultados, entretanto, a autora enfatiza que “optou-se por

não realizar um estudo em profundidade” (LOPES, 2007. p. 25) o que caracteriza lacunas que

devem ser preenchidas.

Embora, há algum tempo o SAERS seja executado no âmbito das políticas públicas de

avaliação do Estado do Rio Grande do Sul, ainda não foi objeto de uma maior discussão.

Entretanto sobre ele existem algumas referências importantes citadas nos estudos de Josiane

Carolina Soares Ramos do Amaral, tanto na sua dissertação de mestrado intitulada “A

Trajetória da Gestão Democrática da Educação na Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do

Sul”, no período de 1985 a 2001, (2006), quanto na sua tese de doutorado “A Política de

Gestão da Educação Básica na Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul (2007-2010): o

fortalecimento da gestão gerencial”, (2010).

No desenrolar de sua dissertação faz uma breve referência ao Sistema de Avaliação do

Estado do Rio Grande do Sul no período de 1996-1998, apresentado um quadro

demonstrativo da aplicação do programa de avaliação externa, onde situa o número de alunos

e escolas participantes em cada edição, as séries e disciplinas avaliadas, os recursos

financeiros empregados e os contratos com empresas de terceirização.

[...] percebemos que a Secretaria de Educação contratou uma entidade de direito privado sem fins lucrativos para a formulação e realização da avaliação. Os recursos financeiros destinados ao Programa de Avaliação Externa das escolas estaduais entre 1996-1998 foram quase triplicados. [...] houve uma pequena diminuição na quantidade de alunos da rede estadual que realizaram a avaliação. Outro dado evidenciado foi o público destinado e as disciplinas avaliadas. È importante salientar que o governo do Rio Grande do Sul, nesse período, executa as mesmas ações do MEC em relação à avaliação institucional. O processo de terceirização é implantado para a construção das provas. Sendo assim, o governo não se envolve com o operativo, pois o fundamental é o resultado dessas avaliações. (AMARAL, 2006, p.126-127).

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Na sua tese de doutorado, Josiane Carolina Soares Ramos do Amaral (2010), comenta

sobre o processo de avaliação ocorrido em 2005, como Projeto Piloto em apenas duas

Coordenadorias Regionais de Educação – 25ª e 32ª CREs, por meio de um Contrato de Gestão

firmado entre o governo do Estado e a SEE/RS e de Subcontratos de Gestão assinados entre a

SEE/RS e as escolas pertencentes a estas duas CRES. Apresenta as séries e disciplinas

avaliadas, número de alunos e escolas participantes do SAERS/2005. Relata os programas e

projetos desenvolvidos na área educacional entre 2007 e 2010 entre eles cita sucintamente, o

Sistema de Avaliação do Rendimento Escola do Estado do Rio Grande do Sul – SAERS.

Desta forma, nestes dois estudos com foco na trajetória da gestão democrática no

Estado do Rio Grande do Sul, o Sistema de Avaliação do Estado não é o objeto principal de

análise e discussão, sendo brevemente comentado.

Portanto, a partir das leituras de autores comprometidos com a avaliação em larga

escala e dos estudos apresentados acima se pretende estabelecer uma interlocução, no decorrer

da pesquisa, procurando estabelecer elementos que contribuam para responder as questões

propostas.

Com a inexistência de estudos mais aprofundados sobre o Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar no Rio Grande do Sul - SAERS, principalmente no que tange a trajetória

de sua institucionalização, fica evidenciado a originalidade e importância desta pesquisa

O presente trabalho apresenta-se dividido em seis capítulos. O capítulo seguinte versa

sobre a metodologia empregada para o encaminhamento da pesquisa, clarificando o processo

de investigação, a coleta de dados, análise dos documentos e a entrevista semi-estruturada.

O terceiro capítulo trata da trajetória dos Sistemas de Avaliações em Larga Escala

instituídos no Brasil a partir da década de 1990, buscando destacar o Sistema de Avaliação da

Educação Básica – SAEB em que consiste e como se configura.

O quarto capítulo descreve a institucionalização do Sistema de Avaliação no Estado do

Rio Grande do Sul no período de governo de Antonio Britto Filho (1995/1998). Destaca os

documentos normativos que balisaram a implantação do Sistema de Avaliação, sua

operacionalização nas edições de 1996/1997 e 1998, bem como o objetivo e finalidade a que

se proponha o sistema neste período. Apresenta a composição e elaboração das provas,

abrangência, séries e disciplinas participantes.

Em continuidade, o capítulo seguinte, relata sobre o Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul- SAERS/2005. Realizado no governo de

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Germano Rigotto (2003/2006) como Projeto Piloto de Avaliação, executado em apenas duas

Coordenarias Regionais de Educação, por meio de Contrato de Gestão firmado entre o

governo do Estado do Rio Grande do Sul e a SEE/RS e desta com as escolas da rede estadual

por meio de Subcontratos de Gestão que instituiam a premiação das unidades escolares com

melhores resultados.

O sexto capítulo descreve a retomada do Sistema de Avaliação do Estado do Rio

Grande do Sul nas edições de 2007/2008/2009, da então governadora Yeda Rorato Crusius

(2007/2010). São apresentados os documentos emitidos que normatizam a aplicação do

SAERS, os programas e os projetos desenvolvidos. Esclarece quanto a abrangência, séries e

disciplinas avaliadas. Retrata as informações que circularam no site da Secretaria de Educação

do Estado e no jornal inerentes a temática em discussão.

Assim, pretende-se com este trabalho elencar elementos que contribuam para uma

reflexão mais crítica e contextualizada do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do

Sul – SAERS, bem como fornecer subsídios que oportunizem novas leituras e compreensão

desta política de avaliação do Estado.

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2 CAMINHOS METODOLÓGICOS

Para fins deste estudo a metodologia utilizada na pesquisa foi de cunho qualitativo

com análise de documentos e entrevista semi-estruturada.

Na construção de uma pesquisa de cunho qualitativo não existe objetividades e

verdades absolutas, ou seja, não há conhecimento definitivo, mas várias subjetividades

compartilhando diferentes pontos de vista “que não podem ser reduzidos à operacionalização

de variáveis” (MINAYO, 2001, p. 22). Neste sentido, pesquisar é agregar mais

conhecimentos, partindo da compreensão e explicação de referenciais, aos estudos e teorias já

realizados para levantamento e sustentação de novas ideias, questionamentos e hipóteses.

Para tanto, fez-se necessário previamente, uma pesquisa bibliográfica com o intuito de

aprofundar a compreensão dos conteúdos específicos à temática em estudo, utilizando-se para

tal, livros de referência, publicações, sites, entre outros. Esta pesquisa bibliográfica sustentou

a elaboração do presente trabalho abordando, inicialmente, em um contexto mais amplo, as

avaliações em larga escala como política pública de avaliação educacional, descrevendo a

trajetória do Sistema Nacional de Avaliação- SAEB como referência e influência à

implantação do Sistema de Avaliação no Estado do Rio Grande do Sul. Em seguida os

referenciais subsidiaram especificamente a temática do Sistema de Avaliação do Estado do

Rio Grande do Sul, enfocando desde a sua implantação (1996), evolução e principais

alterações ocorridas ao longo das sete edições.

O procedimento se constituiu em três momentos interligados, porém distintos na sua

forma de operacionalização. Primeiramente com análise de documentos a partir da

implantação do Sistema de Avaliação no período de 1996 a 1998 e de sua implementação, já

como SAERS, de 2005 a 2009. No segundo momento com busca de informações em um

jornal de grande circulação no Estado do Rio Grande do Sul e no site da Secretaria de

Educação do Rio Grande do Sul, no mesmo período, e por fim o emprego de entrevista semi-

estruturada à Coordenadora dos trabalhos do Sistema de Avaliação das Escolas Publicas do

Estado do Rio Grande do Sul no período 1996/1998.

Os documentos utilizados como materiais de pesquisa proporcionam que se extraiam

deles toda análise necessária, organizando e interpretando os dados segundo os objetivos da

proposta da investigação. “A ‘análise documental’ é outro tipo de estudo descritivo que

fornece ao investigador a possibilidade de reunir uma grande quantidade de informações [...]”

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(TRIVINOS, 1987, p. 111). Desta forma, este procedimento se fundamentou em uma

investigação de base histórica com busca de elementos que possibilitassem a descrição

temporal da implantação, evolução e configuração do Sistema de Avaliação do Estado do Rio

Grande do Sul em todas as suas edições de aplicação.

Para organizar os documentos inerentes à pesquisa fez-se necessário distribuí-los por

período de governo onde ocorreram as avaliações externas, ou seja, Governo de Antonio

Britto Filho (1996/1998), gestão de Germano Rigotto (2003/2006) e o Governo de Yeda

Rorato Crusius (2007/2010). O período de gestão de Olívio Dutra (01/01/1999 a 31/12/2002)

não foi incorporado ao estudo devido ao fato de não ter ocorrido o processo de avaliação

externa durante o seu governo.

A pesquisa documental foi realizada nos materiais emitidos pela Assembléia

Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (Leis/ Decretos), nos instrumentos produzidos

pela SEE/RS (projetos, relatórios) e nos documentos fornecidos pelas empresas terceirizadas

que foram contratadas pela SEE/RS para realização do processo (relatórios, periódicos).

Elencados todos os documentos, fez-se necessário ordená-los, por período de governo,

respeitando a data de emissão de cada um, conforme o quadro que segue:

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Quadro 3 - Governadores do RS/ período de exercício e documentos1 emitidos

Governador Gestão Documentos Antonio Britto Filho

1995/1998 - Plano de Governo 1995/1998-Movimento Rio Grande Unido e Forte; - Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática; - Projeto de Avaliação/ 1996; - Manual de Orientações das Avaliações /1996; - Relatório de implantação do Projeto de Avaliação/1996; - Instruções para elaboração das provas da Avaliação/ 1996; - Decreto 36.893/1996 institui o Sistema de Avaliação; - Documento - Resultados preliminares da avaliação/1996; - Divulgação da avaliação/1996 e anuncio de Programa de Qualificação para docentes; - Relatório da 2ª fase da avaliação- Gestão Escolar de 1995 a 1998 - Síntese do levantamento de opinião das DEs sobre o trabalho do DPAI/DEPLAN/SE - 1997; - Projeto de Avaliação das Escolas da Rede Pública 1997/1998; - Avaliação das Escolas da Rede Pública Estadual- Orientações Gerais/1997; - Documento - Resultados preliminares da avaliação/1997/1998; - Avaliação das escolas da rede pública estadual e municipal/1998; - Lei 11.126 /1998 implanta o Plano de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Público Estadual.

Olívio Dutra 1999/2002 Não ocorreram às avaliações externas do Estado. Germano Rigotto

2003/2006 - Plano de governo 2003/2006; - Lei 12.237/2005 versa sobre o Contrato de Gestão; - Contrato de Gestão entre Governo e SEE/RS; - Subcontrato de Gestão entre a SEE/RS e as escolas; - Projeto Básico- SAERS/2005 no Ensino Fundamental; - Decreto 44.045/2005 dispõe sobre o contrato de gestão, o subcontrato de gestão e a premiação por produtividade; - Relatório final da premiação – SAERS/2005 do Contrato de Gestão; - Relatório Geral Técnico/ Pedagógico – SAERS/2005;

Yeda Crussius

2007/2010 - Plano de Governo 2007/2010; - Decreto 45.300/2007 institui o SAERS; - Decreto 45.273/2007 institui Modernização da Gestão Pública; - Projeto Básico SAERS/2007; - Boletins pedagógicos das avaliações/2007 para cada série avaliada; - Plano Plurianual- 2008/2011. - Projeto Básico SAERS/2008; - Boletins pedagógicos das avaliações/2008 para cada série avaliada; - Projeto Básico SAERS/2009; - Guia de Estudos – avaliação 2009; - Boletins pedagógicos das avaliações/2009 para cada série avaliada

Fonte: Elaborado pela autora.

Em seguida foi extraído de cada documento as informações consideradas essenciais à

temática do estudo.

A partir destas sínteses registradas foi realizado um mapeamento dos documentos

compondo um quadro (Anexo C) com as seguintes categorias:

1 Os documentos legais referidos no quadro não estão identificados por sua ementa, mas referidos apenas pelo

seu conteúdo principal.

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1. Finalidade e objetivo do Sistema de Avaliação em cada edição;

2. Operacionalização do Sistema de Avaliação em cada edição;

3. Abrangência (número de escolas e de alunos), séries e disciplinas avaliadas;

4. Elaboração e estrutura das provas e questionários em cada edição;

5. Análise e divulgação dos resultados.

Entende-se por categorias

um conceito que abrange elementos ou aspectos com características comuns ou que se relacionam entre si.Essa palavra está ligada à idéia de classe ou série. As categorias são empregadas para se estabelecer classificações. Neste sentido, trabalhar com elas significa agrupar elementos, idéias ou expressões em torno de um conceito capaz de abranger tudo isso. Esse tipo de procedimento, de um modo geral, pode ser utilizado em qualquer tipo de análise em pesquisa qualitativa (GOMES, 2001, p. 70).

Feito este levantamento e mapeamento, o terceiro momento deu-se mediante uma

entrevista semi – estruturada em maio de 2011 com questões previamente definida à Chefe da

Divisão de Pesquisa e Avaliação Institucional da Secretaria de Educação do Estado do Rio

Grande do Sul, Ana Clara Halasi, que participou do planejamento, execução e acompanhamento

do Sistema de Avaliação das Escolas Públicas do Estado no período de 1996/1998. (Apêndice

A).

Uma entrevista semi – estruturada é uma ferramenta usada pelo pesquisador para obter

informações concretas e pré-elaboradas sobre o seu foco de pesquisa, mas que, ao mesmo

tempo, permite examinar questões não previstas, propiciando ao entrevistado comentar sobre

o tema abordado outros aspectos que considera pertinente. Neste sentido

Quando fazemos uso de entrevista semi-estruturada, por um lado, visamos garantir um determinado rol de informações importantes ao estudo e, por outro, para dar maior flexibilidade à entrevista, proporcionando mais liberdade para o entrevistado aportar aspectos que, segundo sua ótica, sejam relevantes em se tratando de determinada temática. (NEGRINE, 1999, p. 75).

Os capítulos, deste estudo, foram estruturados de forma a respeitar a temporalidade na

emissão dos documentos. Tratando de maneira articulada e comparativa as características de

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cada edição do Sistema de Avaliação, se utilizando de uma narrativa seqüencial para

descrever e analisar as categorias propostas.

Acredita-se que desta maneira os caminhos metodológicos são coerentes com a

proposta do estudo, vindo seus resultados comporem a trajetória de institucionalização do

Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul.

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3 AVALIAÇÃO EXTERNA: DA TEORIA A PRÁTICA

Nos últimos anos, a palavra avaliação vem desempenhando um papel fundamental na

educação e quando mencionada remete a questionamentos, todos muito instigantes para

estudiosos, pesquisadores e pessoas interessadas na melhoria da qualidade da educação.

Portanto, falar de avaliação é elencar um tema engajado na prática social que está presente no

cotidiano das escolas.

Quando se pensa sobre o tema avaliação educacional logo surgem as questões - O que

é avaliar? Para que servem as avaliações? Esteban (2003) discute a avaliação como sendo um

processo de reversão do fracasso escolar em um processo de construção do sucesso escolar de

todas as crianças. Olhando por este prisma a avaliação pode ser concebida como uma

ferramenta pela qual se procura identificar, aferir, investigar e analisar a construção do

conhecimento do sujeito. A construção de conhecimento se processa por toda a vida do sujeito

fazendo da avaliação um processo contínuo e permanente, pois “se está sempre a avaliar, e se

avaliar significa interpretar, nunca se chega a conseguir dizer em que é que consiste a

avaliação, a qual nunca se poderá limitar [...]” (HADJI, 1994, p. 27).

Acreditava-se que os principais problemas da educação básica no Brasil eram a falta

de escolas e as altas taxas de abandono escolar, resultado da necessidade das famílias de que

seus filhos participassem da força de trabalho. Esta realidade direcionava os trabalhos de

pesquisa para o tema do acesso e do fluxo escolar. Com esta preocupação a educação passou a

se expandir chegando à universalização do acesso. A partir daí, os problemas da educação

básica brasileira não eram mais a falta de escolas, mas as elevadas taxas de repetência e

reprovação e a má qualidade da educação. Com isso tornaram-se necessários “estudos que

mostrassem mais claramente o atendimento educacional oferecido à população e seu peso

sobre o desempenho dos alunos dentro do sistema escolar” (BONAMINO, 2002, p. 15). Estes

estudos conduziram as primeiras experiências em avaliações em larga escala que surgiriam

para medir a qualidade da educação brasileira.

A preocupação com a avaliação no país teve início da década de 1980, quando o

Ministério da Educação começou a estudar sobre avaliação educacional fomentado,

principalmente, pelas agências internacionais, que condicionaram o envio de recursos

financeiros para o país de acordo com o desenvolvimento e eficácia dos projetos educacionais

e os resultados apresentados nas avaliações. “Quase todos os últimos acordos assinados entre

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o Brasil e o Banco Mundial tiveram um componente de avaliação educacional, visando a

verificar a efetividade das ações geradas nos projetos” (PERONI, 2003, p. 110).

A má qualidade da educação e seus efeitos sobre a população vêm sendo percebidos

pelos Sistemas de Avaliação Nacionais e Internacionais. Em âmbito Internacional o país tem

participado de avaliações como o PISA1 implementado pela Organização para a Cooperação

Econômica e do Desenvolvimento - OECD2. Mas foi a partir da década de 90 que o MEC e o

Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP)3 começaram a obter informações sobre o

desempenho da educação básica por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Básica (SAEB), “com o objetivo de coletar informações sobre a qualidade dos resultados

educacionais sobre como, quando e quem tem acesso ao ensino de qualidade” (PESTANA,

1998, p. 66). Para Fontanive (1997, p. 34) são informações “consistentes, confiáveis, válidas e

comparáveis para responder basicamente a duas questões: Qual é a qualidade da educação

fornecida no país? Em que condições ela se realiza?”

As avaliações em larga escala

[...] têm sido adotadas preponderantemente para identificar os perfis de aprendizagem e comparar os desempenhos, para monitorar a qualidade dos sistemas de ensino, realizar estudos de tendências, e, ainda orientar a implementação de políticas educacionais (FONTANIVE, 2005, p.156).

Conforme a mesma autora, nestas avaliações os instrumentos utilizados como provas,

questionários, testes de proficiência são produzidos por pessoas de fora da escola. É um grupo

multidisciplinar de especialistas que consideram os conteúdos que os alunos deveriam

aprender por série/idade. Um dos pontos principais destas avaliações é a definição das

habilidades e competências ou o tipo de conhecimento que se espera transmitir à população

selecionada.

Neste caso, de acordo com Fontanive (2005), os testes são analisados por

procedimentos “matemáticos e técnicas estatísticas complexas” (p. 156), que buscam

1 O Programa Internacional de Avaliação de Alunos – PISA é dirigido a jovens e adultos entre 15 e 16 anos de

idade sem considerar a série freqüentada. Tem como objetivo medir o desempenho e o conhecimento dos escolares. As áreas avaliadas são Leitura, Matemática e Ciências. As avaliações ocorrem a cada três anos e se estenderá até 2015. No ano de 2000 a avaliação teve como foco a Leitura, em 2003 a Matemática e em 2006 foi Ciências. Em 2006 o Brasil participou com mais cinco países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai e México. Nesta edição o Brasil apresentou resultados similares aos anteriores em Ciências, leve queda em Leitura e aumento relevante nos resultados em Matemática (BRASIL, 2007).

2 Agência Internacional responsável pela aplicação de testes com resultados comparativos. 3 É uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

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relacionar os diferentes cadernos de testes ou as avaliações realizadas em diferentes períodos

para análises comparativas entre o grupo ou subgrupo de alunos participantes. A aplicação de

tais avaliações ocorre em um grande número de alunos e de forma padronizada abrangendo

diferentes turmas, escolas e redes de ensino em diferentes períodos, podendo ocorrer anual ou

bi anualmente. Desta forma, por meio de métodos estatísticos é possível medir o progresso do

rendimento dos alunos em determinada série em nível nacional, estadual ou mesmo em

unidade escolar.

Nesse contexto, os testes de um Sistema de Avaliação têm a finalidade de medir “o

conhecimento ou habilidade dos alunos em uma ou mais séries” (FONTANIVE, 1997, p.111),

informando o que os alunos sabem e são capazes de fazer por meio de uma escala pré-

definida.

Para Hadji (1994) o processo de avaliação se caracteriza por uma dupla articulação. A

articulação entre avaliar a partir de uma situação real em função de uma situação desejada

atribuindo um valor. Por isso os resultados das avaliações em larga escala devem preencher

requisitos de validade e confiabilidade, devendo ser utilizados procedimentos metodológicos e

critérios rígidos na elaboração dos testes e no monitoramento dos dados a serem utilizados.

Quanto à validade, a questão que se levanta, é como ter certeza o que o teste realmente está

medindo? Hadji (1994, p. 73) afirma que “[...] a intenção de avaliar está próxima da medida e

a avaliação parece implicar a medida”. O termo medida aparece automaticamente quando o

assunto é avaliação. Quando avaliamos alguma medida normalmente consideramos a

possibilidade de comparação ou quantificação. Medir o conhecimento, a funcionalidade, a

eficácia ou a qualidade da educação tornou-se um objetivo tanto quanto medir algo concreto,

passivo de atribuir um número. Portanto, como poder pontuar um ato de comportamento?

Uma medida de quantidade ou metragem é diferente de uma pontuação em avaliação, são

sistemas de unidades diferentemente definíveis. Neste sentido o ato de medir pode ser

considerado como um meio de obter dados, embora não exista avaliação sem a interpretação

de dados.

Determinamos o valor de certas grandezas por comparação com uma grandeza constante da mesma espécie, que lhe serve de padrão ou de unidade. Uma medição traduz-se em números, uma avaliação por meio de palavras. Avaliar é situar-nos, de corpo inteiro, na esfera da comunicação, ao produzirmos um discurso que dê uma resposta argumentativa a uma questão de valor (HADJI, 1994, p. 178).

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Portanto, pode-se afirmar que a medição é mais um elemento do processo avaliativo

não representando por si só como avaliação. A avaliação se constitui como um processo para

emissão de um parecer que pode ou não se utilizar de procedimentos de medida. Com este

entendimento percebe-se que a avaliação não se esgota em um simples ato de medir sem levar

em consideração a compreensão dos resultados e suas implicações.

A avaliação estandardizada pode ser considerada como uma forma de prestação de

contas à sociedade sobre a qualidade do ensino. Ao mesmo tempo em que sinaliza os

problemas que necessitam de maior atenção, pode levar a punição, classificação e

comparações fomentando a competitividade entre escolas e professores. Para Afonso (2000) a

busca pela excelência e comparações poderia levar a discriminação de escolas, docentes e

alunos, substituindo a cooperação por competitividade.

Segundo caderno Avaliação Continuada: Apropriação e Utilização dos Resultados

(RIO GRANDE DO SUL, 2009c), enviados para as escolas da rede estadual de ensino para

diretores e professores que se inscreveram em um curso em Ensino a Distância promovido

pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação - CAEd4, da Universidade Federal

de Juiz de Fora, com vista a clarificar informações importantes sobre as avaliações em larga

escala e indicadores sociais. Para que as avaliações em larga escala possam ser consideradas

uma fonte produtiva para gestores, diretores e professores elas devem conter, além das

informações pertinentes à proficiência dos alunos, dados relativos a outros fatores que fazem

parte do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, a situação sociocultural dos alunos, a

organização administrativa e pedagógica da escola, bem como a sua localização geográfica e

infraestrutura. Informações estas coletadas por meio de questionários destinados aos diretores,

professores e alunos. Desta maneira os resultados das avaliações podem ser usados tanto para

comparação de uma escola ou turmas com outras como para uma análise dos fatores que

intervêm no ensino.

Esclarecia ainda que as avaliações em larga escala podem ser amostrais ou censitárias.

No caso das avaliações de base amostral a população a ser testada é apenas uma parte da

população determinada. Esta parte menor irá representar o conjunto do grande grupo a ser

investigado, gerando dados que serão generalizados com a totalidade. Esta avaliação serve

4 O Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação- CAEd da Universidade Federal de Juiz de Fora é

uma instituição que elabora e desenvolve programas de avaliação sobre o rendimento escolar dos alunos de escolas públicas, promovidos pelas Secretarias Estaduais de Educação. Também cria e promove cursos de formação, qualificação e aprimoramento aos profissionais da educação de diversos Estados do Brasil (CAEd, 2011).

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para diagnóstico nacional, de macroregiões ou de redes de ensino, mas não pode ser usada

para determinar a posição de um município ou de uma escola. Já as avaliações censitárias têm

como objetivo avaliar todas as escolas e alunos de uma determinada série ou mais de uma

série escolar em uma ou mais redes de ensino.

De acordo com o mesmo documento os objetivos das avaliações externas em larga

escala podem assumir diferentes padrões. Entre eles para a certificação, seleção e diagnóstico.

A certificação é o resultado de uma avaliação que permite àqueles que apresentam um

bom desempenho ter um reconhecimento formal das competências e habilidades que

possuem. Trata-se de uma avaliação que confere um certificado de conclusão do Ensino

Fundamental ou Médio. É o caso do Exame Nacional para Certificação de Competências de

Jovens e Adultos – ENCCEJA 5.

Com o objetivo de selecionar encontram-se avaliações como os exames praticados nos

concursos públicos e nos vestibulares onde os sujeitos são ordenados pelo domínio de

conteúdos específicos, habilidades e competências.

Já a maior parte dos sistemas de avaliação da educação básica tem o objetivo de

realizar diagnósticos. Estas avaliações destinam-se a fornecer informações a gestores,

diretores e professores sobre o desempenho dos alunos, das escolas e das redes de ensino. As

mais conhecidas são o SAEB e a Prova Brasil que serão tratadas posteriormente.

Temos, ainda, o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM 6 que tanto pode ser

considerado para seleção, pois várias instituições superiores, a partir de 2004, passaram a se

valer dos resultados do ENEM como critério parcial ou exclusivo de seleção para ingresso nos

seus cursos, como de diagnóstico quando, a partir de 2005, seus resultados passaram a ser

divulgados por Estado, sistemas de ensino e por escola para contribuir para o diagnóstico do

sistema de educação brasileiro. Esta avaliação também oferece ao sujeito a possibilidade de se

autoavaliar com a intenção de escolhas futuras tanto à continuidade dos estudos como ao que

tange a escolha de mercado de trabalho.

5 ENCCEJA- Trata-se de um exame para qualquer cidadão que não tenha desfrutado do acesso ao ensino regular

ou que tenha tido problemas de continuidade no Ensino Fundamental ou Médio de prosseguir seus estudos em caráter regular. A partir de 2006 estes exames são realizados anualmente, no mês de dezembro. O Encceja é também um indicador qualitativo importante para a avaliação de políticas públicas de Educaçào de Jovens e Adultos (BRASIL, 2009f).

6 ENEM- Realizado pela primeira vez em 1998. Trata-se de uma avaliação normativa que permite a comparação entre cada aluno com os demais participantes. O MEC reforçou se seus objetivos ao vincular o ENEM ao Programa Universidade para Todos – PROUNI, criado pelo Governo Federal em 2004. Sua aplicação é anual e tornar-se-á obrigatória a partir de 2010 para todos os alunos da rede pública de ensino em via de concluir ou que já tenha concluído o Ensino Médio. (BRASIL, 2009g).

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Assim, vê-se que o tema avaliação externa em larga escala faz parte de um quadro de

políticas públicas educacionais voltadas à busca pela qualidade da educação.

A implantação do SAEB, a nível nacional, no dizer de Franco (2003) e Lopes (2007),

estimula a implantação de Sistemas de Avaliações em âmbito dos Estados, fazendo com que

estes também desenvolvam seus próprios Sistemas de Avaliações.

Assim, a partir de 1991, através do INEP, estão sendo colocados à disposição dos

Estados, dados importantes sobre o rendimento dos alunos brasileiros da educação básica por

meio do SAEB. Consolidando-se a estes esforços alguns Estados brasileiros realizam ou já

realizaram avaliações em larga escala para aferir a proficiência dos alunos matriculados em

suas redes de ensino (ver Anexo A). Desta forma os gestores estaduais têm percebido a

importância dos resultados para análise de cada unidade escolar.

Frente a esta situação, faz-se pertinente descrever a trajetória da avaliações em larga

escala no Brasil e as características do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB

visto que, suas experiências serviram de influência a alguns Estados brasileiros para

adotarem seus próprios sistemas de avaliação.

3.1 Trajetória das Avaliações em Larga Escala

A partir da década de 1980, intensificaram-se as reivindicações, de diversos segmentos

da sociedade, com reflexos na política educacional, dentre as quais se destacam: a

democratização da escola; a autonomia docente e de unidades escolares; a reorganização das

séries iniciais, quanto ao tempo e as propostas pedagógicas; as discussões sobre o trabalho

desenvolvido na Educação Infantil e o reconhecimento de fatores intra-escolares como

responsáveis pelo fracasso escolar (FRANCO, ALVES BONAMINO, 2007).

Esta década pode ser considerada como ponto de partida para o entendimento das

políticas de avaliação na redemocratização da sociedade brasileira quanto ao crescimento da

população e a aceleração da urbanização levando ao aumento e a pressão por serviços públicos,

principalmente na educação e na saúde. Pestana (1998) comenta que o debate à democratização

do País refletia- se na educação com discussões sobre a democratização do ensino. Neste sentido,

dois aspectos eram discutidos com maior ênfase: o primeiro quanto o acesso à escola – muitas

escolas haviam sido construídas para atender o crescente número de sujeitos que ingressavam no

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sistema educacional. Entretanto os resultados não estavam sendo os esperados. Havia uma

percepção muito forte de que era preciso implementar a qualidade do ensino. O que torna a

qualidade como o segundo foco de debate sobre a democratização. Isto precisava ser examinado.

Foi a proposta do Ministério da Educação e Cultura quando sugeriu, neste período de

redemocratização do país, a instituição de um sistema de avaliação.

A busca da qualidade na educação básica fez-se com ênfase na melhoria do ensino; na

garantia de acesso da criança em idade escolar de 7 a 14 anos no ensino fundamental; na

capacitação de professores e em uma maior atenção quanto ao controle da qualidade do

rendimento escolar visando à redução dos índices de repetência e evasão escolar.

(BONAMINO, 2002). A autora salienta que: “A educação fundamental, em particular,

constitui o nível escolar que concentra a maior parcela de oferta pública e gratuita, atingindo

um grau de universalização que o caracteriza como um ensino de massa”. (p. 14). Foi nesse

contexto que a avaliação externa adquiriu centralidade nas escolas, por fornecer subsídios

importantes para as redes de ensino.

A Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) estabelece que a educação seja um

direito de todas as pessoas e que tenha como objetivo seu desenvolvimento, respeitando as

diferenças existentes entre elas. Como todos os direitos humanos, o direito à educação é uma

conquista históricas resultantes de conflitos, lutas e acordos, cujo reconhecimento e

institucionalização vêm se processando de modo gradual.

Neste contexto, os anos de 1990 protagonizaram a redescoberta da educação como

“um campo fértil” (VIEIRA, 2001, p. 45) de investimentos e de acordos internacionais,

definindo uma agenda internacional para a educação com diferentes eventos. Entre eles cita-se

a Conferência Mundial de Educação para Todos, em Jomtien na Tailândia em 1990, por se

constituir como um marco importante da discussão mundial sobre educação. A partir deste

documento o Brasil elaborou o Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003) que

contemplava a necessidade de implementação de medidas e mecanismos de controle de

aprendizagem feita por meio de um Sistema Nacional de Avaliação cujos objetivos eram:

medir a aprendizagem dos alunos e o desempenho das escolas de primeiro grau e fornecer

informações para avaliação e revisão de planos e programas educacionais.

Vale comentar que este plano foi elaborado por Murilo de Avellar Hingel, quando

Ministro da Educação, o qual participou de uma conferência de 1993 em Nova Delhi e

observou que o Brasil não havia cumprido o compromisso da Declaração Mundial de

Educação para Todos em Jomtien, Tailândia, de 1990.

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Retornando ao Brasil, após ter convivido alguns dias com esta frustrante experiência de indiferença do nosso país em torno de um compromisso assumido internacionalmente, tomei a decisão de elaborar o Plano Decenal de Educação para Todos, determinando que sua metodologia se orientasse por uma ampla participação e mobilização da sociedade. 7

Com esta declaração percebe-se que o Plano Decenal de Educação para Todos, mais

do que um compromisso foi realizado em um período em que o Brasil tinha que prestar contas

à comunidade internacional sobre o seu fracasso na área educacional.

Bonamino (2002) comenta que na Declaração Mundial de Educação para Todos existe um

destaque sobre a avaliação. Este documento é o resultado da Conferência de Jomtien, atendendo a

uma convocação da UNESCO, da UNICEF, do PNUD e do Banco Mundial. “A Declaração

define a educação fundamental como prioridade da década e estabelece, no art.3º, a urgência em

melhorar a qualidade da educação e, associada a ela, no art. 4º, a necessidade de implementar

sistemas de avaliação do desempenho dos alunos” (BONAMINO, 2002, p. 60).

Foi durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) que

ocorreram uma série de implantações de mudanças legais na área educacional. Entre elas

citam-se a promulgação da LDB (Lei 9.394/96), implantação do Fundo de Desenvolvimento e

Manutenção de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -

FUNDEF (Lei 9.424/96), discussões sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais (FRANCO,

ALVES E BONAMINO). Convém lembrar que foi Paulo Renato de Souza8 que respondeu

pela pasta de Educação durante estes dois mandatos. Este período foi acompanhado por uma

ativa participação do MEC principalmente no que tange à aprovação da Lei de Diretrizes

Básicas da Educação. Três aspectos podem ser citados como de principal relevância na

política educacional neste período:

1. Revalorização da racionalidade técnica, desta vez concentrada no financiamento, atividade meio com a qual se almejava equacionar os problemas de acesso e de qualidade do sistema educacional; 2. Ênfase no ensino fundamental; 3. Valorização da política educacional baseada em evidências, o que se expressou por meio da ênfase em avaliação, o que não deixa de ser uma

7 Discurso do Ministro de Estado da Educação e do Desporto, Murilio de Avellar Hingel, na abertura da

Conferência Nacional de Educação para Todos, no dia 29 de agosto de 1994 (PERONI, 2003). 8 Na época Ministro da Educação em segunda gestão consecutiva, ex secretário de Educação do Estado de São

Paulo, ex reitor da UNICAMP e, na época da campanha, técnico do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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forma de acionar mecanismos de racionalidade técnica em outros domínios da política educacional (FRANCO, ALVES E BONAMINO, 2007, p. 995).

Como o foco desta pesquisa abrange a educação básica vê-se a necessidade de

comentar como as políticas de avaliação educacional se fundamentaram neste nível de ensino,

nos documentos oficiais, normativas e decretos, como a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação - LDB, o Plano Nacional de Educação - PNE, o Plano de Desenvolvimento da

Educação, PDE e na Conferência Nacional de Educação – CONAE.

A aprovação da LDB N. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 é mais um importante

marco que influenciará a definição das políticas educacionais no Brasil. No que diz respeito

aos sistemas de avaliações, no Art. 9 a União incumbir-se-á de:

V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação: VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; Parágrafo. 1. - Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. Parágrafo. 2. – Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais (BRASIL, 1996).

Ainda, no seu Art. 9º e 87º a LDB determina, respectivamente, que cabe a União a

elaboração de um plano de educação em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios e institui a Década da Educação estabelecendo diretrizes e metas para dez anos

em sintonia com a já conhecida Declaração Mundial de Educação para Todos. Este plano foi

aprovado em 9 de janeiro de 2001 denominado Plano Nacional da Educação PNE – Lei

10.172 (BRASIL, 2009a).

O PNE engloba todos os níveis e modalidades de ensino definindo diretrizes,

prioridades, objetivos e metas a serem atingidas. Faz referência à formação e valorização do

profissional do Magistério da Educação Básica como ainda, define as diretrizes para a gestão

e o financiamento da educação.

No Plano, o Sistema de Avaliação no Ensino Fundamental e Médio, está explicitado

nas:

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Diretrizes: A consolidação e o aperfeiçoamento do censo escolar, assim como do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), e a criação de sistemas complementares nos Estados e Municípios permitirão um permanente acompanhamento da situação escolar nacional do País, podendo dimensionar as necessidades e perspectivas do ensino médio e superior. Objetivos e Metas: Assegurar a elevação progressiva do nível de desempenho dos alunos mediante a implantação, em todos os sistemas de ensino, de um programa de monitoramento que utilize os indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica e dos sistemas de avaliação dos Estados e Municípios que venham a ser desenvolvido. (BRASIL, 2001, p. 50/52).

Apresenta também como meta da gestão da educação

Estabelecer, nos Estados, em cinco anos, com a colaboração técnica e financeira da União, um programa de avaliação de desempenho que atinja, pelo menos, todas as escolas de mais de 50 alunos do ensino fundamental e Médio. (BRASIL, 2001, p. 114).

Como se percebe o PNE para o ensino fundamental traz, como diretriz e objetivo,

além da consolidação e o aperfeiçoamento do SAEB, a criação de sistemas de avaliações nos

Estados e Municípios que venham a complementar o SAEB e a promover um permanente

acompanhamento da situação do ensino no Brasil, por meio de um programa de

monitoramento que utilize os indicadores, tanto do SAEB como os dos desenvolvidos pelos

Estados e Municípios, visando a elevação do nível de desempenho dos alunos.

Continuando a discussão da trajetória das avaliações em larga escala da educação

básica, cita-se o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE9. Foi um plano lançado em

24 de abril de 2007 pelo MEC composto por 30 ações que incidem sobre os diferentes níveis

e modalidades da educação brasileira, previstos no Plano Nacional de Educação, englobando

praticamente todos os programas do MEC.

Dentre as ações do PDE encontram-se o Plano de Metas e Compromisso Todos pela

Educação, que se desdobra em decorrência do Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica – IDEB10 com o objetivo de estabelecer metas de qualidade para a Educação Básica. É

9 Em 24 de abril de 2007 a sociedade brasileira foi surpreendida com o PDE em plena vigência do Plano

Nacional de Educação (PNE). O PNE foi aprovado em 09 de Janeiro de 2001, pela Lei N.º 10.172, com vigência para 10 anos. (BRASIL, 2009b).

10 O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB foi criado em 2007 pelo MEC a partir de estudos realizados pelo INEP com o objetivo de clarificar ainda mais a situação da educação no Brasil por meio da medição do desenvolvimento educacional permitindo a formulação de políticas públicas de educação para a

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um índice de âmbito nacional, ou seja, é aplicável a todas as regiões e redes de ensino

brasileiras e que, reúne dois conceitos importantes para a qualidade da educação: o fluxo

escolar, expresso pelo Censo escolar, e as médias de desempenho dos alunos nas avaliações.

Desta maneira foi possível mensurar o desempenho das escolas brasileiras.

No PDE, entre as ações que incidem sobre a avaliação da educação básica no ensino

fundamental, está a Prova Brasil, já instituída desde 2005, e que serviu de base à construção

do IDEB (SAVIANI, 2007), e a Provinha Brasil11, instituída pelo PDE como mais um

instrumento que busca interferir na qualidade da educação brasileira.

Outro documento que se considera pertinente comentar é a Conferência Nacional de

Educação - CONAE que vem citada no Plano Nacional de Educação com a proposta de

“Definir padrões mínimos de qualidade da aprendizagem na Educação Básica [...] e que

envolva a comunidade educacional.” (BRASIL, 2001, p. 114). É um espaço democrático

promovido pelo Poder Público para que todos possam participar das discussões pertinentes

aos rumos da Educação Nacional, abrangendo desde a Educação Infantil até a Pós Graduação.

O tema da CONAE 2010 é: Construindo um Sistema Nacional Articulado de

Educação: Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação. O documento está

dividido em seis eixos, sendo o II Eixo – Qualidade da Educação, Gestão Democrática e

Avaliação de interesse para ser comentado neste trabalho.

O documento referencia a avaliação da educação como uma aliada dos processos de

gestão, ao estabelecimento de padrões de qualidade e a “articulação entre a concepção de

avaliação formativa, indicadores de qualidade e a efetivação de um subsistema nacional de

avaliação da educação básica e superior” (BRASIL, 2008, p. 27). Aborda, ainda, a avaliação

do sistema educacional como uma estratégia importante para produzir novas atitudes e

práticas para a melhoria dos processos educativos. Adotar a avaliação educacional como uma

política nacional, implica:

[...] um sistema nacional que se articule à iniciativas dos demais entes federados, estabelecendo uma política que contribua, significativamente, para a melhoria da educação. Tanto a avaliação central quanto as avaliações

melhoria do ensino como um todo. Este índice se constituiu como um recurso para “definir e redefinir as metas, orientar e reorientar as ações programadas e avaliar os resultados, etapa por etapa, em todo o período de operação do plano, que se estenderá até o ano de 2022” (SAVIANI, 2007, p.1246).

11 O MEC em 24 de Abril de 2007 baixou a Portaria Normativa n. 10, instituindo a Avaliação da Alfabetização denominada de Provinha Brasil, para verificar o desempenho em leitura de crianças entre 6 e 8 anos de idade, objetivando que, aos 8 anos, todas estejam alfabetizadas.

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dos sistemas de ensino e das instituições públicas e privadas precisam compreender que o sucesso ou o fracasso educacional é resultado de uma série de fatores extra-escolares e intra-escolares, que intervêm no processo educativo. (BRASIL, 2008, p. 28).

Assim, os textos oficiais que foram apresentados surgiram em contextos diferentes,

porém todos com a mesma preocupação – a qualidade da educação brasileira. São textos que

se completam trazendo enfoques pertinentes às avaliações em larga escala tanto de âmbito

Nacional quanto de atuação dos Estados e Municípios.

As avaliações de nova geração, como Schwartzman (2005) denomina, se

desenvolveram principalmente a partir dos Estados Unidos, como reação aos problemas de

falta de qualidade de muitas de suas instituições educacionais. A grande mudança desta nova

linha de avaliação nos Estados Unidos foi o “Coleman Report” 12 realizado em 1966. Este

relatório deu origem a muitos outros estudos e pesquisas sobre a questão educacional. Em

1969, o Congresso Americano criou o NAEP – National Assement of Education Progress-

(Avaliação Nacional do Progresso em Educação), que serviu como modelo para o Sistema de

Avaliação da Educação Básica (SAEB) no Brasil.

[...] pode-se afirmar que as referências mais remotas do SAEB foram gestadas no interior de ideários e temporalidades em que políticas e programas de bem-estar social buscavam corrigir situações de desigualdade educacional mais diretamente associadas à economia de mercado e onde se desenvolveram as referências sociológicas de base para o desafio de tentar equacionar, de maneira conjunta, o peso dos fatores sociais e escolares nas desigualdades de desempenho escolar entre grupos ou classes sociais. (BONAMINO, 2002, p.35).

Portanto a partir do final da década de 1990 as políticas públicas de educação estão

acontecendo com um “movimento articulado de expansão e focalização”. (OLIVEIRA e

FERREIRA, 2008, p.24). Isto significa que ao mesmo tempo em que se amplia às políticas se

estabelece o público a quem elas se destinam.

12 Um estudo envolvendo 400 mil crianças em 4 mil escolas, realizado por solicitação do governo americano.

Este relatório constatou que as diferenças de desempenho dos estudantes não dependiam somente das características das escolas, mas, sobretudo, das condições sociais, econômicas e culturais em que viviam suas famílias.

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3.2 SAEB: em Que Consiste e Como Se Configura

Foi em meados dos anos 80, quando o Brasil clamava por soluções aos problemas na

área educacional, que começou a ser construído um relativo consenso entre as entidades

governamentais de que as soluções para os problemas educacionais dependiam da

institucionalização de um rigoroso programa de avaliação da educação. O estabelecimento

deste programa passou a ser sistematizado na busca de reunir informações acerca do “que

estava sendo gerado no setor educacional, como, onde, quando e quem era o responsável pelo

produto obtido” (PESTANA, 1998, p. 66).

Partindo destas necessidades nasceu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Básica – SAEB cuja função é produzir e organizar informações sobre a qualidade, equidade e

eficiência da educação brasileira, de maneira a permitir o acompanhamento das políticas

públicas na educação nacional (PESTANA, 1998).

De acordo com Bonamino (2002) para a elaboração das provas do primeiro ciclo, em

1990, o MEC solicitou à Fundação Carlos Chagas a elaboração dos instrumentos cognitivos

partindo das propostas curriculares dos Estados. Neste primeiro ciclo foi conferida muita

importância ao saber escolar a ser avaliado, aos docentes e suas práticas e aos fatores intra-

escolares. Já para o segundo ciclo, 1993, a avaliação foi semelhante a anterior. O relatório do

SAEB revelou o compromisso do INEP e de consultores e especialistas de Universidades

Federais que realizaram algumas modificações nos instrumentos contextuais dos docentes e

dos diretores. Nos instrumentos cognitivos, as equipes solicitaram modificações nos itens que

medissem outras habilidades além da memorização de conteúdos. Nesta edição participaram

os alunos da 1ª, 3ª, 5ª e 7ª série do Ensino Fundamental. Para o SAEB – 1995 os objetivos

eram fornecer subsídios para as políticas voltadas à melhoria da qualidade, equidade e

eficiência na educação brasileira. Este tripé ao lado da terceirização (acordo de cooperação

técnica firmado entre o MEC com a Fundação Cesgranrio e com a Fundação Carlos Chagas) e

centralização aproximou o SAEB de 95 das orientações e propostas do Banco Mundial, que

acreditava que por meio das medições do rendimento escolar seria possível “monitorar

avanços em direção à consecução de metas educacionais, avaliar a eficiência e a eficácia de

políticas e programas, responsabilizar as escolas pelo rendimento dos alunos, dar aos docentes

informações acerca das necessidades de aprendizagem dos estudantes”. (BONAMINO, 2002,

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p. 143). Nesta edição participaram os alunos da 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e 3 ª série

do Ensino Médio.

Pelo exposto, segundo Bonamino (2002), as modificações mais significativas que

ocorreram no SAEB de 1990 a 1995 foram nas séries e disciplinas avaliadas, na ênfase aos

conhecimentos e habilidades cognitivas de contexto o que vai além da memorização, e na

utilização de uma nova metodologia nos instrumentos baseada na Teoria de Resposta ao Item

- TRI 13.

Para o SAEB/1997 o INEP contratou especialistas para a construção das Matrizes

Curriculares de Referência - MCR 14 para a elaboração das provas. Uma das inovações neste

ciclo diz respeito à modificação das orientações na elaboração dos instrumentos de avaliação,

visando os níveis cognitivos dos alunos, isto é, um instrumento para avaliar as noções de

competências cognitivas e habilidades instrumentais que passaram a nortear a elaboração das

provas (BONAMINO, 2002). Ainda segundo o INEP muitos outros fatores influenciam na

aprendizagem de um aluno, além do fator conteúdo:

É importante conhecer um pouco mais as condições de vida dos estudantes e da escola que freqüentam para que seu desempenho não seja considerado como atributo apenas individual, sem influência do contexto que os cerca, ou mesmo como produto somente da escola ou das escolas onde estudam. A questão da qualidade de ensino não é algo simples que possa ser explicada somente por meio de uma variável ou de um conjunto de variáveis. A responsabilidade pela qualidade do ensino no Brasil não é de um ou dois agentes sociais. Todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, incluídas aqui as instituições por ele responsável, influenciam-no com pesos variados, compondo uma equação demasiado complexa. A análise do contexto, portanto, é fundamental para a compreensão dos resultados obtidos (INEP15).

13A TRI é justificada como forma de utilizar provas capazes de cobrir parcelas expressivas dos currículos em

uma pequena quantidade de questões. Foi utilizada pela primeira vez em 1995 no SAEB. A TRI é uma técnica que permite dois tipos de comparação, no tempo e entre séries, pois o que passa a ser analisado é o item da prova e não a prova completa e nem o aluno” (PESTANA, 1998).

14Construída para embasar a avaliação em cada área de conhecimento. A MCR não pode ser confundida com as matrizes curriculares, pois não englobam todo o currículo escolar e também não podem ser confundidas com procedimentos ou métodos de ensino. Para sua elaboração foi considerado: tudo o que havia de comum nas propostas curriculares dos estados de acordo com os ciclos de ensino; as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais elaboradas pelo MEC; os fundamentos teóricos de cada disciplina e os níveis de desenvolvimento cognitivo articulados aos ciclos de ensino.

15 Brasil (2009e).

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Assim, o SAEB procura englobar informações de contexto escolar e dados

socioeconômicos da população avaliada. Dados estes considerados de grande importância

para a compreensão dos resultados na avaliação do desempenho dos alunos.

De acordo com a Portaria n° 931 de 21 de março de 2005, o SAEB é composto por

dois processos: a ANEB 16 e a ANRESC17.

A Aneb (Portaria nº89, 25/11/2005) é realizada por amostragem das Redes de Ensino, em cada unidade da Federação e tem foco nas gestões dos sistemas educacionais. Por manter as mesmas características, a Aneb recebe o nome do em suas divulgações; a Anresc (Portaria nº 69, 04/05/2005) é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada unidade escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome em suas divulgações. (INEP18).

A maioria das publicações produzidas pelo INEP/SAEB19 descreve os resultados das

avaliações por ele produzidas compondo uma face do panorama nacional da educação

brasileira. A expectativa do INEP é que, a partir destes resultados, sejam elaboradas ações e

medidas para incidir na melhora da qualidade do ensino nas escolas brasileiras com a

implementação de políticas públicas para a educação.

16 A Prova SAEB (ANEB) tem como objetivo avaliar a eficiência das redes de ensino através do desempenho

dos alunos em Leitura, Matemática e em fatores contextuais associados ao desempenho, com caráter amostral e voluntário, sendo aplicada à 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e para a 3ª série do Ensino Médio, em escolas públicas urbanas, rurais e particulares.

17 A ANRESC agora chamada de Prova Brasil e tem como objetivo a avaliação da eficiência de cada unidade escolar, através do desempenho dos alunos do Ensino Fundamental em Leitura e Matemática, com caráter voluntário e universal na população avaliada, na 4ª e 8ª série em escolas públicas de rede urbana, em turmas com no mínimo 20 alunos.

18 Brasil, (2009c). 19 Brasil, (2009d).

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4 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL NO

PERÍODO DE 1995/1998 (GOVERNO DE ANTONIO BRITTO FILHO)

Este capítulo trata da implantação do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande

do Sul nas edições de 1996 /1997 e 1998 no governo de Antonio Britto Filho (1995/1998).

Apresenta os documentos normativos, projetos, relatórios e informações pertinentes ao

processo, descrevendo a operacionalização, elaboração das provas, número de escolas e

alunos participantes e a divulgação dos resultados de cada processo.

No quadro abaixo, estão listados os documentos encontrados de acordo com as datas

de emissão e dos trabalhos realizados pela Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande

do Sul. Nomeando o(a) Secretário(a) responsável pela pasta da educação neste período, em

função dos trabalhos desenvolvidos sob sua responsabilidade, e situando onde os instrumentos

foram localizados. Estes documentos vão sendo arrolados no decorrer do capítulo.

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Quadro 4 - Governador/RS, Secretário (a) de Educação/RS no período de 1995/1998 e localização dos documentos

Governador Secretário(a) de Educação

Documentos Localização

Antonio Britto Filho (1995/1998)

Iara Sílvia Lucas Wortmann

- Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática- institui o Sistema de Avaliação; - Projeto de Avaliação/ 1996; - Manual de Orientações das Avaliações /1996; - Relatório das principais atividades de implantação do Projeto de Avaliação/1996; - Instruções para elaboração das provas/1996; - Decreto 36.893/1996 institui o Sistema de Avaliação; - Documento - Resultados preliminares da avaliação/1996; - Divulgação da avaliação/1996 e anuncio de Programa de Qualificação para docentes; - Relatório da 2ª fase da avaliação- Gestão Escolar de 1995 a 1998 - Síntese do levantamento de opinião das DEs sobre o trabalho do DPAI/DEPLAN/SE - 1997; - Projeto de Avaliação das Escolas da Rede Pública 1997/1998; - Avaliação das Escolas da Rede Pública Estadual- Orientações Gerais/1997; - Documentos - Resultados preliminares da avaliação/1997/1998; - Avaliação das escolas da rede pública estadual e municipal/1998; - Lei 11.126 implanta o Plano de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Público Estadual.

Site*

SEE/RS SEE/RS SEE/RS

SEE/RS Site**

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

Site***

Fonte: Elaborado pela autora. *Rio Grande do Sul, (2010). ** Rio Grande do Sul, (1996b). *** Rio Grande do Sul, (1998c).

Muitas foram as políticas educacionais desenvolvidas na década de 1990 no Brasil.

Entre elas cita-se o Fundo de Desenvolvimento e Manutenção de Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF, o Programa Dinheiro Direto na

Escola – PDDE, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica – SAEB.

Entretanto, o marco destas políticas focalizou-se na implantação da descentralização

da educação enunciada em três dimensões: administrativa, financeira e pedagógica, resultando

em transferência de responsabilidade dos órgãos centrais (União, Estados) para os locais

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(Municípios, escolas), oportunizando assim, às escolas, maior autonomia na área pedagógica,

financeira e administrativa.

No Estado do Rio Grande do Sul estas discussões também estavam presentes. O então

governado do Estado, Antonio Britto Filho, passou a manter um governo cujo projeto seguia

as mesmas diretrizes federais (CAMINI, 2005). Na área educacional as discussões fizeram-se

presentes na elaboração e na aprovação em 14 de novembro de 1995 da Lei 10.576 sobre a

Gestão Democrática do Ensino Público (RIO GRANDE DO SUL, 1995).

Esta Lei integrava temas que haviam sido pauta de reivindicações do Centro dos

Professores do Estado do Rio Grande do Sul - CPERS1 como a eleição direta para diretores e

a criação do Conselho Escolar.

Neste contexto, a Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática, normatizava a eleição de

diretores, a composição e função do Conselho Escolar e a autonomia na gestão administrativa,

financeira e pedagógica das escolas.

Quanto a eleição dos diretores, entre as normativas, pontua-se a indicação do diretor

pela comunidade mediante votação direta, participação em um curso de qualificação

organizado pela SEE/RS, e o mandato de 2 anos. Esta Lei 10.576/1995 foi alterada pela Lei

11.695 de 10 de dezembro de 2001 regulamentando que o processo de indicação de diretores

seria feito com votação direta pela comunidade escolar com participação em um curso

específico para a função, e com mandato de 3 anos.

No que se refere ao Conselho Escolar, a Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática

regulamentava que ele seria constituído pela direção da escola e representantes dos segmentos

da comunidade escolar. Teria a função consultiva, deliberativa e fiscalizadora nas questões

pedagógicas. Entre as atribuições do Conselho Escolar, no Art. 42 inciso XI, está “analisar os

resultados da avaliação interna e externa da escola, propondo alternativas para melhoria de

seu desempenho” (RIO GRANDE DO SUL, 1995). Na alteração, pela Lei 11.695 de 10 de

dezembro de 2001, o Conselho Escolar seria constituído pela direção da escola e

representantes eleitos dos segmentos da comunidade escolar.

No que tange a autonomia administrativa, financeira e pedagógica, no capítulo III, que

versa sobre a Autonomia da Gestão Pedagógica, a Lei regulamenta que seria assegurada pela

1 Entidade que defende os direitos dos profissionais da educação.

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definição de uma proposta pedagógica específica definida no Plano Integrado de Escola2. No

mesmo capítulo, no que se refere a Avaliação Externa:

Art. 78 – Todos os estabelecimentos de ensino da rede pública serão anualmente avaliados, através de um “Sistema de Avaliação da Escola”, coordenado e executado pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Art. 79 – Na avaliação externa ter-se-á como base o padrão referencial de currículo, as diretrizes legais vigentes e as políticas públicas. Art. 80 - Os resultados da avaliação externa serão anualmente divulgados pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul e comunicados a cada escola da rede pública estadual e servirão como base para a reavaliação e aperfeiçoamento do Plano Integrado para o ano seguinte (RIO GRANDE DO SUL, 1995).

Interessante destacar que os Artigos que versavam sobre a Avaliação Externa não

apresentaram alteração pela Lei 11.695 de 10 de dezembro de 2001, mantendo assim, a

mesma regulamentação.

Assim, a Lei da Gestão Democrática do Ensino/1995 enfatizava a participação da

comunidade escolar frente a votação ao cargo de diretor e a escolha dos membros do

Conselho Escolar. Como salienta Werle (1997, p. 266):

O Conselho Escolar é um espaço de construção comunitário, porque nele é construído o ‘nosso’. Ele é um espaço de ‘todos’ e, ao mesmo tempo, ‘para todos’, por constituir-se pela voz e voto de representantes da comunidade.

Frente a esta legitimação, do Conselho Escolar, como representante da comunidade

escolar, uma de suas atribuições era analisar os resultados das avaliações externa e ter força

para indicar, junto com diretor e professores, soluções para melhoria da qualidade do ensino,

considerando a situação sócio econômica e cultural da comunidade.

As propostas de governo do candidato Antonio Britto Filho, que vieram pautadas no

documento Movimento Rio Grande Unido e Forte de 28/07/1994 (RIO GRANDE DO SUL,

1995/1998), apresentavam 72 ideias como diretrizes para o seu futuro governo. Referente à

educação a grande preocupação focava-se nas alarmantes taxas de repetência e nos altos

índices de evasão apresentados pelas escolas públicas, o que configurava uma situação de

2 O Plano Integrado é um documento elaborado sob a coordenação do Diretor, envolvendo as áreas

administrativa, financeira e pedagógica, em consonância com as políticas públicas vigentes, com o plano de metas da escola e com o plano de ação do Diretor. (RIO GRANDE DO SUL, 1995).

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baixa produtividade do sistema de ensino público do Estado. Para melhorar esta realidade

algumas providências eram pontuadas, entretanto nenhuma que discutisse sobre as avaliações

em larga escala.

Já no seu Plano Estadual de Governo do Estado do Rio Grande do Sul de 1995/1998-

Documento Preliminar3 entre suas propostas de ações e objetivos a serem atingidos estava a

“qualificação do sistema de avaliação que colocasse o processo ensino-aprendizagem sob

constante juízo de competência (p. 33)”, ou seja, em outras palavras, uma avaliação

permanente do processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

Constata-se, pois, uma sintonia entre as políticas que o governo do Estado do Rio

Grande do Sul com as do governo federal, o que é reafirmado por Camini (2005, p. 89): “as

medidas legais de gestão administrativa - pedagógica mostraram a adesão da Secretaria de

Educação nos projetos que foram disseminados pelo Ministério de Educação”. Desta forma

uma das políticas educacionais adotadas pelo governo do Estado e de competência da

Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul – SEE/RS foi o processo de Avaliação das

Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.

O alicerce para a elaboração do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul

foi o SAEB na sua 3ª edição realizada no final do ano de 1995. Quando participaram alunos

da 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática.

A partir dos resultados desta avaliação ficou evidenciado, para o Estado do Rio

Grande do Sul que o “aproveitamento curricular médio apontado, apesar de não ser

satisfatório, colocava o Estado em 3º lugar em relação aos alunos dos demais Estados da

Federação” (RIO GRANDE DO SUL, 1996e).

Como o SAEB não permitia uma visão focalizada de cada unidade escolar emergiu no

Estado do Rio Grande do Sul a necessidade de um sistema próprio de avaliação que

diagnosticasse a situação de cada escola do Estado. Desta forma, a SEE/RS promoveu a

primeira edição de uma avaliação externa, que ocorreu em 1996, seguidas em 1997 e 1998

com a denominação de Sistema de Avaliação das Escolas da Rede Pública Estadual.

3 Esta informação foi encontrada nos arquivos da SEE/RS no documento A Política Educacional do Rio Grande

do Sul – 1995/1998 – Documento Preliminar. O Plano Estadual consiste em uma proposta de execução de ações, visando a determinados objetivos apresentando programação, metas, alocação de recursos e financiamento nas diversas áreas de abrangência.

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4.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1996

Em abril de 1996 a SEE/RS, elaborou o primeiro Projeto de Avaliação contendo o

roteiro das principais atividades de implantação da avaliação nas escolas da rede pública

estadual. A coordenação estava a cargo do Departamento de Planejamento – DEPLAN e à

Divisão de Pesquisa e Avaliação Institucional - DPAI toda a responsabilidade de sua

implantação.

Antes de elaborar este Projeto de Avaliação, segundo Halasi “a equipe do DPAI foi

toda para São Paulo. Tivemos contato com a equipe de avaliação deles para pegar

informações. Estivemos também em Minas Gerais, onde a equipe deles, de avaliação, nos

forneceu muitas orientações” (ENTREVISTA, 2011).

Desta forma, a primeira edição do Sistema de Avaliação do Rio Grande do Sul

subsidiou-se em experiências do SAEB, do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do

Estado de São Paulo – SARESP e do Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública –

SIMAVE. Tanto o SARESP quanto o SIMAVE vinham acontecendo desde 1992 como uma

política pública da avaliação nos seus respectivos Estados. (Ver Anexo A).

A partir de então, a SEE/RS elaborou um Projeto de Avaliação/1996 que iniciava pela

definição do número de escolas, identificação das Delegacias de Ensino - DEs, seleção de

matérias e conteúdos das provas. Definia a constituição de uma equipe executora, contratação

de serviços de edição, montagem dos instrumentos e análise dos resultados. Apresentava

instruções de aplicação dos testes aos alunos e de gestão, datas, verificação do material

recolhido e relatório de aplicação dos testes. Determinava a montagem de uma equipe de

processamento e análise, digitação e edição do material recolhido e dos relatórios e análise

dos resultados. Objetivava ainda a definição de estratégias para próxima edição, equipe

responsável e recomendações (RIO GRANDE DO SUL, 1996a).

A SEE/RS por meio do DEPLAN e DPAI elaborou um relatório onde constavam as

principais atividades de implantação do projeto de avaliação. Apresentava como objetivos do

Programa de Avaliação:

- Analisar o desempenho do Sistema Educacional como um todo – Escolas, Regiões, Estado; - Gerar informações que subsidiem: o processo ensino-aprendizagem e a gestão democrática das escolas. (RIO GRANDE DO SUL, 1996c).

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Nele, o Sistema de Avaliação/1996, apresentava-se dividido em duas fases. A primeira

referente a aplicação de teste aos alunos de 1º e 2º graus, esclarecendo as equipes que fariam

parte do processo de avaliação com respectivas atribuições, e a segunda fase correspondendo

a aplicação de questionário da gestão escolar, contendo dois instrumentos, um para o diretor

da escola e outro para o professor representante do Conselho Escolar.

1ª Fase - Aplicação de teste aos alunos de 1º e 2º graus.

Para acompanhar os trabalhos previstos no Projeto de Avaliação/1996 foram

constituídas três equipes e a cada uma foram definidas suas atribuições:

1. Coordenação Geral – (SEE/RS) - Formada pela Diretora do Departamento

Pedagógico – Maria Beatriz Gomes da Silva; Diretor do Departamento de

Planejamento – Cláudio Francisco Accurso; e Chefe da Divisão de Pesquisa e

Avaliação Institucional – Ana Clara Halasi, com função de elaboração,

coordenação e implantação do Projeto de Avaliação. Cabia - lhes ainda, a

elaboração do material de divulgação à comunidade em geral, às Delegacias

de Ensino - DEs, às escolas e à imprensa. Quanto a análise dos resultados os

relatórios seriam feitos a partir dos dados das folhas de respostas e

encaminhados posteriormente as DEs com devidas orientações sobre a análise

dos resultados;

2. Coordenação Regional – (DEs) – Formada pelos Delegados de Educação,

Chefia Pedagógica e Assessor Técnico com o trabalho de coordenação e

implantação das ações previstas no Projeto, bem como o assessoramento as

escolas quanto ao treinamento dos diretores e elaboração do relatório regional;

3. Coordenação local – (Escolas) – Formada pelo Diretor, Vice-Diretor e

Supervisor Escolar com a incumbência da coordenação, implementação e

execução do projeto. Fazia parte ainda de suas atribuições o treinamento dos

professores aplicadores, execução, organização da aplicação dos instrumentos

de avaliação e a elaboração dos relatórios.

Para determinar o número de alunos que participariam das provas foi encaminhado às

DEs um instrumento padrão para ser preenchido com os dados das escolas estaduais, por

município, grau, série, número de turmas e de alunos, tendo como referência a Matrícula Real

das 2ª, 5ª e 7ª séries do ensino fundamental e 2ª série do ensino médio. Os alunos

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responderiam a apenas um dos testes, ou seja, quem respondia Português não responderia

Matemática e vice-versa.

Quanto a verificação e validação dos conteúdos programáticos de cada disciplina e

série dos testes, constituíram-se equipes de especialistas, com assessoramento dos técnicos da

Divisão de Pesquisa. Já para a elaboração dos testes foi formada uma equipe específica para

este fim que seguiu os seguintes passos:

1. Levantamento dos conteúdos desenvolvidos em escolas estaduais de 1º e 2º

graus, dos livros didáticos e do projeto Melhoria da Qualidade de Ensino -

SEE/RS;

2. Seleção e contratação de professores especialistas para elaboração dos

programas de cada série nas disciplinas de Português e Matemática;

3. Orientação aos elaboradores do programa quanto aos procedimentos e

objetivos da avaliação;

4. Seleção e contratação de professores especialistas para a elaboração dos testes.

Estes foram escolhidos considerando sua experiência na série, no tipo de

atividade desenvolvida e reconhecida competência;

5. Orientação aos elaboradores dos testes quanto aos objetivos da avaliação e

quanto as competências e habilidades desenvolvidas pelas disciplinas, bem

como em relação a sistemática dos testes e metodologia para abordagem de

conteúdos e elaboração das questões;

6. Análise técnico-linguística das questões dos testes;

7. Discussão com os elaboradores dos testes das questões que apresentaram

problemas;

8. Seleção e contratação de professores especialistas para validação do conteúdo e

fixação do gabarito dos testes e acompanhamento dos trabalhos;

9. Assessoramento aos elaboradores e validadores dos testes;

10. Acompanhamento e supervisão do processo de digitação e revisão após cada

etapa;

11. Revisão final dos originais dos testes;

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12. Acompanhamento e supervisão junto à gráfica, empacotamento e distribuição

as DEs.

Após a aplicação dos testes, as folhas de respostas foram encaminhadas das escolas

para as DEs e destas para a Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos - FDRH4

que foi contratada para a elaboração dos relatórios contendo informações por escola, DEs,

Município e por Estado. Os dados originaram 4 relatórios:

1. Classificação das questões por nível de complexidade cognitiva, grau de

dificuldade e distribuição das alternativas por questão;

2. Média das disciplinas por série e grau;

3. Distribuição dos alunos do 2º grau por curso e percentuais de acertos por

intervalo;

4. Distribuição dos alunos por faixa etária e percentuais de acertos por intervalos.

No final foram realizados ainda dois levantamentos de opinião com o objetivo de

aprimoramento de continuidade do projeto. Um referente aos testes da Avaliação, dirigido aos

professores das escolas, representando por amostragem todas as DEs e outro relacionado as

atividades desenvolvidas pelo DPAI junto às chefias Pedagógicas das DEs. (RIO GRANDE

DO SUL,1996c).

O dois levantamentos resultaram em um documento síntese onde foram registrados os

aspectos positivos, dificuldades, recomendações/ sugestões em relação a preparação de

recursos humanos envolvidos na Avaliação e, outros aspectos considerados relevantes pelas

DEs. O objetivo deste trabalho era subsidiar o planejamento das atividades para o Sistema de

Avaliação/1997 incluindo, quando possível, as considerações elencadas pelas DEs. Tais

como: destinação prévia dos recursos financeiros; participação maior das DEs (encontros

sistemáticos); realização de parcerias com as Secretarias Municipais - SMES – e com a

Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul - FAMURS; distribuição do

material pelas DEs; envio de maior reserva técnica dos testes; previsão de maior prazo entre o

recebimento e a entrega do material; maior divulgação na imprensa; divulgação dos resultados

o mais rápido possível (RIO GRANDE DO SUL, 1997b) 4A Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos - FDRH tem o objetivo desenvolver atividades

voltadas ao aperfeiçoamento dos servidores estaduais. Ligada à Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos. A FDRH trabalha na qualificação e capacitação dos servidores dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, além de realizar concursos públicos e fazer a gestão de contratos de estágios para os órgãos do governo, prefeituras e demais instituições públicas (FDRH, 2011).

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2ª Fase - Aplicação do questionário da Gestão Escolar:

Para esta 2ª fase do Sistema de Avaliação havia dois questionários, um para o diretor

de cada escola e outro para o professor representante do Conselho Escolar. O instrumento do

diretor continha 43 questões objetivas, das quais três admitindo complementação. Solicitava a

identificação pessoal e da escola, formação e experiência profissional, estrutura da gestão,

avaliação da gestão e considerações sobre a primeira fase da Avaliação Externa. O

instrumento do professor representante do Conselho Escola continha 46 questões, onde cinco

admitiam complementação e na maioria das questões poderiam optar por mais de uma

alternativa. Solicitava também, a identificação da escola e do professor, formação e

experiência profissional, estrutura, desenvolvimento e avaliação da gestão. As informações

obtidas a partir destes dois instrumentos:

possibilitou o conhecimento do aproveitamento escolar dos alunos nas áreas e conteúdos definidos como programa, bem como, de algumas práticas de gestão e docência que, em interação, constroem o espaço sócio-cultural em que se desenvolve o processo ensino-aprendizagem. (RIO GRANDE DO SUL, 1996c, s/p.).

Para a confecção das provas o DEPLAN por intermédio do DPAI emitiu um

documento contendo as instruções para o fornecimento do material básico da confecção das

provas, ou seja, o ”MAPEAMENTO DA PROVA”, com indicação do número de questões

distribuídas da seguinte forma: 06 fáceis, 21 médias e 03 difíceis; “folhas de questão de

provas” e “programas”. Sinalizando que a partir do momento da entrega da prova pelo

elaborador para o DPAI até a data de aplicação ambos seriam responsáveis pelo sigilo da

mesma. E que, durante a aplicação, tanto o elaborador quanto o validador deveriam ficar a

disposição do DPAI para possíveis dúvidas, visto que o conteúdo da prova era de sua

responsabilidade. (RIO GRANDE DO SUL, 1996e).

Segundo Halasi para a impressão dos testes e dos questionários “toda a equipe foi para

a CORAG5. Fizemos uma linha de produção. Enquanto algumas revisavam o material, outras

ficavam fazendo a embalagem e outras ficavam verificando se nenhuma folha havia sido

5 A Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas - CORAG, em termos organizacionais, tem uma estrutura

similar a uma empresa da iniciativa privada. Tem como função publicar os atos oficiais, prestar serviços gráficos e de preservação documental, suprindo as necessidades do mercado, com qualidade e tecnologias adequadas, contribuindo para que a sociedade disponha de informações exatas e serviços confiáveis. (CORAG, 2011).

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jogada fora. A preocupação era que não houvesse vazamento de dados” (ENTREVISTA,

2011). O que demonstra a grande preocupação e o comprometimento de toda a equipe

responsável, nesta primeira edição, da fidedignidade dos resultados.

Para este primeira edição do Sistema de Avaliação as provas eram compostas por 30

questões objetivas com 5 alternativas de respostas cada uma, exceto os da 2ª série que

apresentava 20 questões com 3 possibilidades de alternativas. Além dos testes dos alunos os

diretores deveriam preencher um questionário sobre a gestão da escola. (RIO GRANDE DO

SUL, 1996d).

Antes de ocorrer o processo de avaliação as escolas receberam um Manual de

Orientações da Avaliação, com o objetivo de esclarecer aos participantes das atribuições das

equipes responsáveis nas diferentes instâncias do sistema educacional, orientar quanto à

aplicação das provas aos alunos e questionários aos diretores das escolas e clarificar quanto a

previsão de alunos participantes, as séries e as disciplinas que seriam avaliadas.

Para a Secretária Estadual de Educação, Iara Sílvia Lucas Wortmann, o Sistema de

Avaliação da Escola - 1996:

Não objetiva a competição entre as escolas e não é um fim em si mesma. Somente terá validade na medida em que de seus resultados encontrarmos indicadores para a ação pedagógica. (RIO GRANDE DO SUL/1996d).

Com o projeto de avaliação em andamento, o Governador do Estado do Rio Grande do

Sul, emitiu o Decreto/lei n. 36.893, em 02 de setembro de 1996, instituindo o Sistema de

Avaliação Externa nos Estabelecimentos de Ensino Público cuja implantação, implementação

e divulgação seria de competência da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul.

No Artigo 1º, o decreto determinava:

I - Implantar um Sistema de Avaliação anual nas escolas da rede pública, a fim de levantar indicadores para a correção de prováveis desvios; II - analisar o desempenho do Sistema Estadual de Ensino como um todo e gerar informações que subsidiem decisões sobre o processo ensino-aprendizagem e sobre a alocação de recursos técnico-financeiro; III - informar à comunidade escolar os resultados aferidos a partir dos dados levantados, a fim de subsidiar a reavaliação e o aperfeiçoamento do Plano Integrado e da Proposta Pedagógica da Escola. (RIO GRANDE DO SUL, 1996b)

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Segundo o Decreto, a operacionalização do Sistema de Avaliação aconteceria através

de um Programa Anual de Avaliação, constituído de projetos elaborados e divulgados pela

SEE/RS para as DEs e destas às escolas. No âmbito da SEE/RS, tal operacionalização, seria

de competência do Departamento de Planejamento - DEPLAN, através da Divisão de

Pesquisa e Avaliação Institucional- DPAI a implantação do Sistema de Avaliação.

Percebe-se que o Decreto instituído neste período vem em consonância ao

estabelecido pela Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática do Ensino, ou seja, a execução de

um Sistema de Avaliação executado pela SEE/RS e sua divulgação às escolas com vista ao

aprimoramento do Plano Integrado. A complementação à determinação da lei está nos

resultados servirem de subsídio para decisões sobre o processo de ensino-aprendizagem, a

alocação de recursos técnicos - financeiros e o replanejamento da Proposta Pedagógica da

Escola.

A sociedade riograndense também foi informada a respeito do processo de avaliação

que aconteceria nas escolas públicas estaduais, conforme reportagem postada no jornal

Correio do Povo.

SEC prepara seu grande teste de avaliação, devido os resultados do relatório do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica do MEC que foi o ponto de partida para a avaliação externa das escolas da rede pública estadual A secretaria de educação treina professores e supervisores para a aplicação das provas do Sistema de Avaliação Externa. Conforme o artigo 78 da Lei 10.576 da Gestão Democrática do Ensino, reforçada pelo decreto-lei do atual governador do estado. (CORREIO DO POVO, 29 de Setembro de 1996).

Interessante ressaltar que o Sistema de Avaliação vinha se constituindo

gradativamente pela SEE/RS através do DEPLAN e DPAI para somente um pouco antes da

aplicação dos testes ser emitido o decreto de institucionalização do processo pelo Governador

do Estado do Rio Grande do Sul. Até então, o amparo legal para a elaboração e execução de

um Sistema de Avaliação do Estado foi a Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática.

Entre os dias 07 a 09 de outubro de 1996 a Secretaria da Educação do Rio Grande do

Sul distribuiu para as Delegacias de Ensino do Rio Grande do Sul, o material destinado a

avaliação dos alunos da rede pública estadual e estas, entre 14 e 22 de outubro, às escolas. O

processo de avaliação ocorreu no dia 24 de Outubro de 1996 e mobilizou mais de 20.000

professores, além de diretores e técnicos das DEs e da SEE/RS. A Segunda fase, que

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implicava os questionários aos diretores e professores representantes dos Conselhos Escolares

ocorreu em 29/11/1996 (RIO GRANDE DO SUL, 1996d).

O Sistema de Avaliação foi divulgado pelo jornal Correio do Povo pontuando a

condição contrária do CPERS à avaliação:

24 de outubro de 1996 foi o dia da aplicação da prova nos alunos da rede estadual de ensino. Mesmo com a falta de apoio do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul, CPERS estimulando um boicote pelos alunos, a prova foi realizada. (CORREIO DO POVO, 25 de Outubro de 1996).

Para Halasi, (ENTREVISTA, 2011) - este tipo de comportamento chocou a equipe da

SEE/RS. Que, além dos representantes dos professores não terem a conscientização que uma

avaliação é um processo importante, ainda estimulava os alunos a não participarem dos testes.

A justificativa do CPERS para tal posicionamento era que a avaliação acontecia fora da escola

e que não tinha nada a ver com ela.

Participaram do Sistema de Avaliação das Escolas da Rede Pública/1996, 427

municípios e 3.355 escolas da rede estadual. O total de alunos que responderam as provas foi

454.543, nas disciplinas de Português e Matemática. O diretor da escola e um professor

representante do Conselho Escolar responderam a um questionário sobre gestão democrática.

Conforme o quadro a seguir:

Quadro 5 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1996

N. de alunos

N. de escolas

Municípios envolvidos

Séries Disciplinas Questionário

454.543 3.355 4272ª, 5ª, 7ª série do EF.

2ª série do EM

Português Matemática

Avaliação da Gestão Escolar.

Para diretor e um professor representante do Conselho Escolar.

Fonte: Adaptado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (1996f)

Segundo Werle (1997, p.273) dentre as 3355 escolas estaduais que participaram da

aplicação de questionários em 1996, 3049 gestores responderam as provas destinadas a avaliar

a gestão escolar. Entre as questões enviadas pela SEE/RS, através da DPAI e respondida pelos

gestores estavam: a contribuição do Conselho Escolar na administração escolar; os problemas

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que dificultaram a gestão escolar em 1996; os recursos financeiros repassados via autonomia

financeira e a implantação da gestão democrática.

São discussões presentes na Lei 10.576/1995 da Gestão Democrática (RIO GRANDE

DO SUL, 1995) que focam a importância de uma autonomia administrativa, financeira e

pedagógica nas escolas, bem como a participação ativa do Conselho Escolar na busca de

alternativas que venham a contribuir para a melhoria do ensino. Discussões consideradas

como iniciativas que visam criar um espaço de participação, diálogo e comprometimento dos

diversos segmentos escolares implicados no processo de ensino e aprendizagem.

De acordo com o disposto nesta Lei, no Art. 80, que determina que os resultados da

avaliação externa fossem divulgados e comunicados a cada escola da rede pública estadual a

Secretaria Estadual de Educação/RS publicou e enviou, às DEs , em 1997, os resultados

preliminares do projeto de avaliação de 1996, esclarecendo sobre as duas fases de aplicação

das provas e apresentando as médias do desempenho do Estado e de cada DE. Estas por sua

vez repassaram as informações às escolas (RIO GRANDE DO SUL, 1996f).

Para Halasi:

Esperávamos com os resultados desta primeira avaliação verificar como estavam as escolas individualmente. Para que a Secretaria pudesse então, dar suporte à elas, trabalhar com os professores principalmente naquelas questões em que os aluno não atingiram o desempenho previsto. Entretanto, reconhecíamos que para tal, teríamos que fazer outras avaliações. Fazer comparações para ver se a mesma situação acontecia em outros anos. Não uma única avaliação, que pode resultar em respostas não muito fidedignas, pois, às vezes, os alunos não estão bem prontos, ou a matéria ainda não foi estudada, ou outras situações que sabemos que em uma avaliação de grande porte pode acontecer (ENTREVISTA, 2011).

Neste mesmo documento preliminar veio explícito a proposta de um programa de

capacitação docente para cerca de 14 mil professores das séries e disciplinas avaliadas. Entre

as ações pretendidas citam-se seminários e cursos variados, de forma regionalizada, em

parceria com instituições superiores e atividades inter e intra-escolares. (RIO GRANDE DO

SUL, 1996f).

Em 12 de Março de 1997, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Governador,

divulgou a primeira avaliação das escolas públicas e anunciou o programa de qualificação

para docentes. Esclareceu que através dos resultados da avaliação do SAEB/1995 e do

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Sistema de Avaliação do Estado/1996 o ensino precisava melhorar para atingir padrões de

países desenvolvidos. O Programa de Qualificação de Docentes envolveria aproximadamente

14 mil professores das disciplinas e séries avaliadas perfazendo um total de 20% do

Magistério. Seria desenvolvido em 2 níveis: um de Sensibilização e Mobilização e outro de

Educação Continuada com ênfase na diversidade e descentralização. Alem destes programas

executados pela SEE/RS e DEs, as escolas poderiam desenvolver seus próprios programas

para seus professores em concordância com o previsto na Lei 10.576/1995 no que se refere a

autonomia pedagógica das escolas (RIO GRANDE DO SUL, 1997a).

Ainda considerando os resultados da avaliação de 1996, a SEE/RS passou a discutir o

aperfeiçoamento do Sistema de Avaliação para 1997, com base em uma nova metodologia,

apoio técnico da UNESCO, utilização dos mesmos critérios das avaliações do MEC,

mudanças nas séries avaliadas e introdução da disciplina de Ciências. (RIO GRANDE DO

SUL, 1997a).

Estudos de Bonamino (2002), Freitas (2007) e Pestana (1998) enfatizam as mudanças

nas disciplinas, séries, contratação de terceirização de serviços, Matriz de Referencia, Teoria

de Resposta ao Item e operacionalidade do sistema que vinham ocorrendo no Sistema de

Avaliação do MEC que acontecia bianualmente no país. Estas alterações vêm a ser seguidas

pelo Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul nas edições de 1997 e 1998. Para

FONTANIVE (2005, p. 161) “Sem dúvida, esta talvez seja a grande contribuição do SAEB:

possuir uma métrica nacional e fornecer cooperação técnica para que Estados e Municípios

realizem suas avaliações.”

Assim, todos os trabalhos que envolveram o Projeto de Avaliação do Estado do Rio

Grande do Sul em 1996 foram de responsabilidade da Secretaria da Educação do Rio Grande

do Sul, por intermédio do DEPLAN e DPAI.

A aplicação dos testes foi dividia em duas fases, que ocorreram em datas diferentes.

Na primeira participaram somente alunos da rede pública estadual de ensino que responderam

provas de Português e Matemática. Na segunda o questionário foi destinado aos diretores e a

um professor representante do Conselho Escolar de cada escola.

Para a elaboração e validação dos testes foram contratados professores especialistas, já

para a correção e análise dos resultados a responsabilidade ficou com a Fundação de

Desenvolvimento de Recursos Humanos – FDRH. Nas escolas a responsabilidade recaía

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sobre a equipe diretiva que, além de divulgar o Projeto deveria organizar o material, os

professores e a escola para a aplicação das provas.

Não se pode deixar de ressaltar que todos os documentos emitidos neste período pela

SEE/RS referenciavam a Lei 10.576/1995, da Gestão Democrática, como o instrumento

normatizador da institucionalização do Sistema de Avaliação no Estado do Rio Grande do

Sul.

4.2 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1997:

Para a 2ª edição do Sistema de Avaliação a Secretaria da Educação do Rio Grande do

Sul por intermédio do DEPLAN e DPAI emitiu um Projeto de Avaliação para 1997 com os

seguintes objetivos:

- Implementar uma sistemática periódica de avaliação do desempenho escolar, de acordo com a Lei 10.576 – Gestão Democrática do Ensino Público, que subsidie decisões sobre o processo ensino-aprendizagem e a gestão democrática das escolas da Rede Pública do Rio Grande do Sul; - Verificar o desempenho dos alunos das 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio nas disciplinas de Língua Portuguesa, com Redação, e Matemática, nas escolas da rede Estadual, que embase a capacitação de professores e o aprimoramento da proposta pedagógica em nível de Secretaria de Educação, Delegacia de Educação e Escolas; - Caracterizar os aspectos sócio-econômicos e culturais do alunado da 8ª série do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio das escolas da rede pública estadual, enquanto séries de final de ciclo; - Identificar fatores contextuais que interferem no desempenho dos alunos das séries do Ensino Fundamental e Médio finais de ciclo nas escolas da rede pública estadual; - Elaborar indicadores sócio-econômicos e culturais a partir de fatores contextuais que influenciam o desempenho dos alunos avaliados. (RIO GRANDE DO SUL, 1997c, p.3).

Como se percebe neste documento, o embasamento à aplicação da avaliação de 1997

vem sustentado pela Lei de Gestão Democrática e várias modificações já vieram previstas.

Mudança nas séries avaliadas, nas disciplinas e no foco do questionário, que passou de

levantamento de dados de gestão escolar para contexto sócio – econômico - cultural.

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Diferente do Sistema de Avaliação de 1996, que era composto por três equipes

encarregadas de auxiliar no Sistema de Avaliação, em 1997, foram constituídas quatro

equipes. Uma delas foi formada com o Secretário Municipal de Educação e assessoria técnica

da secretaria municipal de educação. Isto porque foram convidadas as escolas da rede

municipal para participarem da avaliação.

Uma mudança significativa foi a introdução dos representantes do Conselho Escolar,

do Circulo de Pais e Mestres - CPM6 entidade representativa das escolas da rede estadual de

ensino junto com o diretor, vice-diretor e supervisor escolar para acompanhar os trabalhos no

âmbito da escola. Além da parceria com a Federação das Associações dos Municípios do Rio

Grande do Sul - FAMURS7 (RIO GRANDE DO SUL, 1997d).

Para a digitação, impressão dos testes e questionários, correção das redações,

envelopamento, entrega do material e dos relatórios finais por escola, por DEs ou Associação

de Município, foi contratada a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do

Sul – FAURGS8. O projeto pretendia, para a elaboração e execução de determinadas

atividades, contratar uma consultoria técnica nas áreas de Português, Matemática, Estatística,

Pedagogia, Informática e programação, com a tarefa de assessorar o DPAI. (RIO GRANDE

DO SUL, 1997c).

Segundo Halasi, mesmo sendo contratada a FAURGS, a equipe da Secretaria de

Educação continuou supervisionando todo o trabalho.

Nossa equipe trabalhava junto com os professores da FAURGS. Fazíamos reuniões e dizíamos como gostaríamos que os testes fossem. E então eles elaboraram as provas. Para a elaboração dos questionários sócio – cultural, nossa equipe disse o que queria, pois tínhamos especialistas nas áreas de sociologia, pedagogia e letras (ENTREVISTA, 2011).

6 O Círculo de Pais e Mestres - CPM veio institucionalizado pelo Decreto Estadual N° 42.411, de 29 de Agosto

de 2003. É uma associação de pessoa jurídica de direito privado, com caráter educativo, cultural, desportivo e assistencial, sem fins lucrativos ou religiosos, regido por um Estatuto próprio para cada escola (RIO GRANDE DO SUL, 2003).

7 FAMURS – Federação das Associações de Municípios do Rio grande do Sul. Entidade que representa todos os 496 Municípios gaúchos, por meio das 27 Associações Regionais, que a compõem. Tem como objetivo principal o fortalecimento do municipalismo, a qualificação dos agentes públicos municipais e o assessoramento às prefeituras gaúchas. (FAMURS, 2011).

8 FAURGS - Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é uma entidade criada por iniciativa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Tem como objetivos: colaborar na elaboração e execução de projetos de pesquisa, ensino e extensão; prestar serviços técnico-científicos remunerados à UFRGS e à comunidade; realizar e promover atividades científicas e culturais; conceder bolsas de estudo e de pesquisa, de graduação, pós-graduação e extensão e promover, difundir e coordenar a cooperação técnica entre organizações e instituições nacionais e estrangeiras (FAURGS, 2011).

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Os conteúdos das disciplinas de Português e Matemática foram elaborados e validados

por professores vinculados a escolas de Ensino Fundamental e Médio especialmente da rede

pública e de instituições de ensino superior. Tiveram embasamento em programas

desenvolvidos nas escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio, na matriz referencial do

SAEB, no Programa Experimental de Ingresso do Ensino Superior - PEIES da Universidade

Federal de Santa Maria, em livros didáticos e no Projeto de Melhoria da Qualidade de Ensino

desta Secretaria. Os testes enfocavam habilidades que envolviam desde ações de

complexidade mínima (conhecimento) até as mais complexas (compreensão e aplicação do

que foi apreendido). As questões foram distribuídas em fáceis, médias e difíceis, tal como a

avaliação realizada em 1996 (RIO GRANDE DO SUL, 1997c).

As provas de Português e Matemática eram compostas por 30 questões objetivas com

5 alternativas de respostas cada uma, exceto as da 4ª série do Ensino Fundamental, que

apresentava 25 questões com 4 possibilidades de alternativas. Todos os cadernos de

Português continham uma proposta de Redação.

Como na avaliação anterior, cada aluno responderia a apenas uma prova, ou seja,

quem respondia Português não responderia a prova de Matemática e vive-versa. Também

foram coletados, através de questionário composto por 30 questões de múltipla escolha,

respondido pelos estudantes das séries finais de curso, dados referentes à trajetória escolar

dos alunos, sua condição sócio – econômica - cultural, hábitos de estudos e questões

envolvendo a prática docente. Esta aplicação ocorreu no dia seguinte da prova e somente para

os alunos que fizeram a prova de Português. (RIO GRANDE DO SUL, 1997c). Segundo

Halasi:

Em 1997 os questionários não foram sobre Gestão Escolar e sim sobre a questão sócio – econômica e cultural. Somente os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio responderam. Os alunos das 4ª série do Ensino Fundamental não responderam ao questionário por acharmos que somente os maiores iriam conseguir respondê-lo de forma apropriada. Caso contrário os pequenos deveriam levar para casa para os pais responderem (ENTREVISTA, 2011).

Caracterizando que, em um primeiro momento a preocupação da equipe do Sistema de

Avaliação do Grande do Sul subsidiou-se no SAEB/1993 que também coletou dados sobre a

Gestão Escolar. Posteriormente, em 1997, a preocupação do DPAI foi em coletar informações

de contexto seguindo as diretrizes do SAEB/1995.

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Para Freitas (2007), nas avaliações externas nacionais – SAEB, o questionário

aplicado em 1995 dirigido a alunos, professores e diretores, objetivava coletar informações

sobre o nível socioeconômico dos alunos e hábitos de estudos dos mesmos, práticas e

condições de trabalho dos diretores e dos docentes e condições físicas da escola. “A análise

desses dados busca possíveis correlações entre desempenho escolar, contexto e insumos de

ensino” (FREITAS, 2007, p. 108).

Nesta edição/1997 a SEE/RS juntamente com as Secretarias Municipais de Educação -

SMEDS enviou para as escolas um guia com as orientações gerais do Projeto de Avaliação de

1997. Nele veio esclarecido os objetivos determinados no projeto, a constituição das equipes

com devidas atribuições, incluindo agora a FAMURS e as SMEDS, a abrangência do projeto,

explicações sobre o questionário aos alunos de finais de ciclo. Como ainda o funcionamento

do Sistema de Avaliação nas escolas.

Assim, a avaliação ocorreu em 25 de novembro de 1997 e apresentou as seguintes

características:

Quadro 6 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1997

N. de alunos N. de escolas

Municípios envolvidos

Séries Disciplinas Questionário

Rede estadual 188.157

3.297

Rede municipal 38.265

3.877

Total 226.422 7.174

2784ª 8ª série do Ensino Fundam.

3ª série do Ensino Médio.

Português Redação Matemática

Alunos da 8ª série do EF e da 3ª série do EM. (Somente os que fizeram a prova de Português).

Questões Sócio Econômico Cultural

Fonte: Elaborado pela autora, baseado em Rio Grande do Sul (1998a).

Nesta edição participaram os alunos da 4ª, 8ª séries do Ensino Fundamental e 3ª série

do Ensino Médio (mesma abrangência do SAEB de 1995). Além de todas as escolas da rede

estadual, participaram alunos da rede municipal de ensino. Junto com as disciplinas de

Português e Matemática introduziu-se a Redação, que possibilita

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Verificar o desempenho dos alunos quanto ao domínio da língua escrita como forma de pô-la a serviço da palavra que tem a pronunciar e da necessidade de seu registro, de forma que se possa avaliar, através da produção desse texto escrito, da capacidade de atender aos comandos, das características de estrutura, conteúdo e linguagem, se o efeito que pretendia produzir sobre o leitor foi alcançado (RIO GRANDE DO SUL, 1998a).

É pertinente demonstrar as alterações ocorridas entre a primeira edição de 1996 e o

Sistema de Avaliação de 1997, em termos de séries, disciplinas, público alvo, quantidade de

alunos e questionário, como demonstra o quadro abaixo:

Quadro 7 - Comparação do Sistema de Avaliação do Rio Grande do Sul entre 1996/1997 considerando número de escolas, alunos, séries, disciplinas e questionário

1996 1997 Estaduais 3.297 Número de

escolas Somente Estaduais

3.355 Municipais 3.877 Estaduais 188.157 Número de

alunos 454.543

Municipais 38.265 Total de alunos 454.543 226.422 Séries avaliadas

2ª, 5ª, 7ª Série do Ensino Fund. 2ª Série do Ensino Médio

4ª, 8ª Série do Ensino Fund. 3ª Série do Ensino Médio

Disciplinas Avaliadas

Português Matemática

Português c/ Redação Matemática

Questionário Diretor, professor representante do Conselho Escolar, sobre:

Avaliação da Gestão Escolar

Alunos da 8ª Série do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio, sobre: Questões Sócio - Econômico - Cultural

Fonte: Elaborado pela autora.

Percebe-se que além de participarem todas as escolas estaduais, na avaliação de 1997,

houve também a participação das escolas da rede municipal de ensino.

As séries avaliadas, que na edição de 1996 envolveu alunos de 2ª, 5ª e 7ª séries do

Ensino Fundamental e 2ª série do Ensino Médio, nesta participaram a 4ª, 8ª Séries do Ensino

Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio.

Quanto ao número dos alunos participantes verifica-se que de 1996 para 1997 ocorreu

uma significativa redução, principalmente na rede estadual (454.543 para 188.157 alunos)

simbolizando 58,5%. Porém, com o somatório da participação dos alunos da rede municipal,

na avaliação de 1997, a diferença reduziu de 454.543 para 226.422 alunos representando 50%.

As justificativas para tal redução pode ser a diminuição de séries participantes de 1996 para

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1997 e que, na avaliação em 1997, as séries avaliadas foram às séries finalista de nível, onde

sempre ocorre maior número de alunos evadidos.

O questionário que na edição de 1996 foi aplicado a gestores e professores

representantes do Conselho Escolar sobre a Gestão Escolar, em 1997 foi dirigido aos alunos

finalistas dos dois níveis de ensino buscando coletar dados sobre a situação sócia - econômico

- cultural. As disciplinas permaneceram as mesmas, exceto pela inclusão de Redação junto à

prova de Português.

Após a aplicação dos testes, a SEE/RS emitiu o documento preliminar da Avaliação

das Escolas da Rede Estadual e Municipal/1997 contendo os resultados do desempenho dos

alunos , disciplina, grau de ensino, série e turno. Apresentava a média do Estado, por DEs e

FAMURS. Constavam ainda informações sobre a situação sócio - econômica - cultural dos

alunos (RIO GRANDE DO SUL, 1998a).

Para a SEE/RS a análise dos dados dos resultados do desempenho dos alunos e sua

condição sócio - cultural seria a base para o compromisso desta Secretaria com relação à

eficácia da educação no Rio Grande do Sul. “Estes dados coletados aliados ao alto nível de

reprovação e repetência indicavam um considerável grau de dificuldade do alunado no que

tange aos conteúdos avaliados” (RIO GRANDE DO SUL, 1998a, p.10).

Tal como em 1996, novamente o CPERS/Sindicato posicionou-se contrário a

avaliação. Argumentando que uma avaliação não pode ser feita com apenas uma prova,

envolvendo apenas duas disciplinas. E que este tipo de avaliação não considera o conjunto de

fatores que interferem para o desenvolvimento do desempenho de uma escola, desrespeitando

assim as diferenças regionais (CORREIO DO POVO, 27 de Novembro de 1997).

4.3 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1998:

A 3ª edição do Sistema de Avaliação das Escolas da Rede Pública Estadual e

Municipal/1998 apresentou as mesmas características da avaliação anterior. A SEE/RS

enviou, aos participantes do Projeto de Avaliação, orientações com o objetivo de esclarecer

sobre a constituição das equipes responsáveis e respectivas atribuições, aplicação dos testes e

sobre a devolução dos instrumentos de avaliação. Tal como em 1997, nas avaliações de 1998,

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foi contratada a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –

FAURGS para os mesmos serviços da edição anterior (RIO GRANDE DO SUL, 1998b).

Em 1998, com a promulgação da Lei 11.126 de 09 de fevereiro de 1998, o governo do

Estado do Rio Grande do Sul instituiu O Programa de Avaliação de Produtividade Docente,

cujos critérios previstos para a obtenção do Prêmio de Produtividade Docente estavam

definidos no Art. 26:

Fica instituído o Programa de Avaliação da Produtividade Docente, para todos os titulares de cargos de provimento efetivo de Professor do Magistério Público Estadual, [...] § 2º - O Programa será coordenado e supervisionado por Comitê de Avaliação da Produtividade Docente, a ser criado, mediante decreto, pelo Chefe do Poder Executivo, na Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, e composto por representantes do Governo do Estado, do Magistério Público Estadual, dos alunos e das associações de pais e mestres. § 3º - O Comitê de Avaliação da Produtividade Docente estabelecerá, mediante regulamento, os requisitos e as formas de participação dos Professores no Programa, e determinará metas anuais a serem atingidas, em consonância coma as estabelecidas pelo Conselho Escolar do respectivo estabelecimento de ensino, para a consecução dos objetivos da política educacional (RIO GRANDE DO SUL, 1998c).

Ainda a mesma Lei esclarecia que, como estímulo aos professores que atingissem as

metas determinadas pelo Comitê de Avaliação da Produtividade Docente, seria oferecido,

individualmente aos participantes, um “Prêmio de Produtividade Docente” em dinheiro, desde

que:

os alunos das turmas sob sua responsabilidade obtenham aprovação, em processo de avaliação externa promovido pela Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, em prova de conhecimentos, adaptada aos currículos das diferentes séries, superior à meta percentual estabelecida (RIO GRANDE DO SUL, 1998c).

Esta determinação além de gerar regulação no trabalho do professor, visto que ficaria a

mercê de metas estabelecidas em conformidade com um Comitê formado por representantes

externos à escola e pelo Conselho Escolar de cada unidade escolar poderia acarretar a

competição e individualidade entre os docentes em suas práticas pedagógicas. Para Freitas

(2003, p. 1096-1111) “todo o processo de avaliação/premiação é sempre um processo de

caráter exclusivamente individual e competitivo”, induzindo a competitividade entre docentes

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e escolas. A aplicação desta estratégia de premiação, onde a escola que melhor resultados

apresentar ganha “prêmios” em dinheiro, como estímulo a melhorar ainda mais o desempenho

dos alunos e, em contra partida, aquelas que não ganharam recursos não conseguirão melhorar

o desempenho dos alunos estimula uma gestão gerencialista.

Esta prática gerencialista vinha sendo discutida em nível internacional e nacional, pois

segundo Bresser-Pereira (2008, p. 148) “Entre os países em desenvolvimento, o Brasil foi o

primeiro a iniciar uma Reforma Gerencial”.

Esta Reforma Gerencial que, estava sendo tratada desde 1995 em âmbito federativo,

quando analisada sob o ângulo da gestão evidenciava que as organizações públicas vinham

elaborando planos estratégicos na busca de uma administração por resultados o que estava

sendo visto com a “implantação de sistemas de gestão baseados na motivação positiva dos

servidores públicos que alcançam metas ou apresentam melhores desempenhos” (BRESSER-

PEREIRA, 2008, p. 148).

Para a avaliação de 1998, as séries avaliadas foram as mesmas da avaliação de 1997.

As mudanças mais significativas nesta 3ª edição foram a inclusão da disciplina Ciências no

Ensino Fundamental e Física, Química e Biologia no Ensino Médio, como também a

aplicação de questionários aos alunos da 8ª série do ensino fundamental e 3ª série do ensino

médio para levantamento de aspectos da aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática.

Os questionários vinham encartados aos testes de Matemática, Ciências, Física,

Química e Biologia. Com o teste de Português vinha a Redação. Cada aluno responderia a

apenas a um teste que seria distribuído conforme a lista de chamada da série. Assim, o aluno

que participava da prova de Português fazia a redação e não respondia ao questionário (RIO

GRANDE DO SUL, 1998b).

O quadro a seguir esclarece a abrangência do Sistema de Avaliação de 1998.

Apresentando o número de alunos da rede estadual e municipal que participaram do processo,

a quantidade de escolas e de municípios envolvidos no Sistema. Como também as séries e

disciplinas avaliadas.

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Quadro 8 - Abrangência do Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 1998

N. de alunos N. de escolas

Séries Disciplinas Questionário

Rede estadual 271.156 3.297

Rede municipal 45.750 2.719

Total 316.906 6.016

4ª e 8ª série do EF

____________3ª série do EM

Português com Redação Matemática Ciências _____________Português com Redação Matemática Física Química Biologia.

Alunos da 8ª série do EF e da 3ª série do EM.

Questões de aspectos da aprendizagem nas disciplinas de Português e Matemática.

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (1998a,b).

Participaram deste processo todas as escolas estaduais e escolas da rede municipal que

aderiram ao Sistema. As séries avaliadas foram a 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e 3ª

série do Ensino Médio. As disciplinas, além de Português, Redação e Matemática que já

estavam presentes em 1997, foi introduzida no Ensino Fundamental Ciências e no Ensino

Médio Física, Química e Biologia. O questionário de 1998 foi dirigido aos alunos finalistas de

nível com o foco em questões de aspectos da aprendizagem das disciplinas de Português e

Matemática.

Para que se compreendam as modificações ocorridas em cada edição do Sistema de

Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul no período 1996/1998, fez-se necessário compor

um quadro comparativo.

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Quadro 9 - Comparação do Sistema de Avaliação do Rio Grande do Sul entre 1996/1998 considerando número de escolas, alunos, séries, disciplinas e questionário

1996 1997 1998 Estaduais 3.297 Estaduais 3.297 Número de escolas Somente Estaduais

3.355 Municipais 3.877 Municipais 2.719 Estaduais 188.157 Estaduais 271.156 Número de alunos 454.543 Municipais 38.265 Municipais 45.750

Total de alunos 454.543 226.422 316.906 Séries avaliadas 2ª, 5ª, 7ª Série do

Ensino Fundamental 2ª Série do Ensino Médio

4ª, 8ª Série do Ensino Fundamental 3ª Série do Ensino Médio

4ª, 8ª Série do Ensino Fundamental 3ª Série do Ensino Médio 4ª, 8ª Série do Ensino Fundamental: Português /Redação Matemática

Disciplinas Avaliadas

Português Matemática

Português Redação Matemática

3ª Série do Ensino Médio: Português /Redação Matemática, Física Química e Biologia

Questionário Diretor, professor representante do Conselho Escolar, sobre:

Avaliação da Gestão Escolar

Alunos da 8ª Série do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio, sobre:

Questões Sócio -Econômico - Cultural

Alunos da 8ª Série do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio, sobre:

Questões de aspectos da aprendizagem nas disciplinas de Português e Matemática

Fonte: Elabora do pela autora.

No Sistema de Avaliação de 1996 participaram do processo somente as escolas da

rede estadual de ensino do Estado do Rio Grande do Sul. Já nas edições seguintes, além das

escolas estaduais, ocorreu a adesão das escolas da rede municipal demonstrando que de 1997

para 1998 houve um decréscimo de 30% nesta adesão.

Quanto ao número dos alunos participantes verifica-se que de 1996 para 1997 ocorreu

redução, principalmente na rede estadual (454.543 para 188.157alunos) simbolizando 58,5%.

Porém, com o somatório da participação dos alunos da rede municipal, na avaliação de 1997,

a diferença reduziu de 454.543 para 226.422 alunos representando 50%. Entretanto se

consideramos a totalização dos alunos, tanto das escolas estaduais quanto municipais,

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participantes no Sistema de Avaliação de 1997 para 1998 (226.422 para 316.906) o aumento

foi de 40%.

Acompanhando as avaliações que estavam ocorrendo a nível nacional, como já

comentado anteriormente, as disciplinas e séries sofreram alterações. Percebe-se que, as

disciplinas que, na edição de 1996 restringiam-se a Português e Matemática, em 1997 além

delas foi introduzida a Redação e a partir de 1998 foi incorporada ainda as disciplinas de

Ciências no Ensino Fundamental e Física, Química e Biologia no Ensino Médio. Quanto às

séries, em 1996 participaram os alunos de 2ª, 5ª e 7ª série do Ensino Fundamental e 2ª série do

Ensino Médio e nas edições seguintes foram os alunos da 4ª, 8ª Série do Ensino Fundamental

e 3ª Série do Ensino Médio.

Os questionários tiveram focos diferentes nas avaliações de 1996/1997 e 1998, ou seja,

em 1996, diretores e professores representantes do Conselho Escolar responderam a questões

sobre a gestão escolar, e em 1997 e 1998 foram os alunos finalistas dos dois níveis de ensino

que responderam respectivamente, a questões sobre a situação sócio - econômico - cultural e

sobre questões de aprendizagem.

A aplicação dos testes, aos alunos, foi semelhante entre 1997/1998 onde cada

estudante fez apenas um teste, ou seja, quem respondeu Português não respondeu a prova de

Matemática e vive-versa. O aluno que participava da prova de Português fazia a Redação e

não respondia ao questionário. As provas foram distribuídas conforme a lista de chamada em

cada série. Nas edições de 1998, os questionários vieram encartados aos testes de

Matemática, Ciências, Física, Química e Biologia. Com o teste de Português veio a Redação.

Assim, o Sistema de Avaliação no Estado do Rio Grande do Sul teve sua primeira

edição em 1996, elaborada e executada exclusivamente pela Secretaria de Educação do

Estado por intermédio do Departamento de Planejamento - DEPLAN e da Divisão de

Pesquisa - DPAI.

Cabe ressaltar que o SAEB /1993 avaliou alunos da 1ª, 3ª, 5ª e 7ª séries do Ensino

Fundamental e em 1995 alunos de 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino

Médio (BONAMINO, 2002). O que nos permite deduzir que a primeira edição do Sistema de

Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul que ocorreu em final de 1996, onde foram

avaliados alunos da 2ª, 5ª, 7ª série do Ensino Fundamental e 2ª série do Ensino Médio teve

como referência tanto o SAEB de 1993, quanto o de 1995. Nas avaliações seguintes, as séries

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avaliadas foram a 4ª, 8ª série do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio, ou seja, as

mesmas séries avaliadas pelo SAEB.

A primeira edição do Sistema de Avaliação foi aplicada em duas fases. A primeira

referente a aplicação de teste e a segunda fase correspondendo a aplicação de um

questionário para o diretor da escola e outro para o professor representante do Conselho

Escolar.

Para apoio à elaboração dos relatórios das duas fases da primeira edição do Sistema de

Avaliação, foi contratada a Fundação de Desenvolvimento dos Recursos Humanos – FDRH.

Já para as edições seguintes o contrato foi com a Fundação de Apoio da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul - FAURGS para a digitação, impressão dos testes e questionários,

correção das redações e elaboração dos relatórios, entretanto a elaboração e execução do

processo de avaliação mantiveram-se sob a responsabilidade do DEPLAN e DPAI.

Ao “fechar o pano” do governo Antonio Britto Filho, a Secretária de Educação do

Estado do Rio Grande do Sul, Iara Sílvia Lucas Wortmann, avaliou o trabalho desempenhado

na pasta da educação. Em entrevista ao jornal Correio do Povo citou os programas e ações

desenvolvidas nos quatro anos de gestão. Entre elas pontuou a avaliação externa que “visa a

um diagnóstico da aprendizagem dos alunos, servindo também como uma testagem do

ensino” (CORREIO DO POVO, 8 de Nov. de 1998).

Faz-se pertinente comentar que, segundo Halasi (entrevista, 2011), após a última

edição do Sistema de Avaliações no Estado do Rio Grande do Sul, em 1998, toda a equipe de

avaliação foi dissolvida, não tendo acesso nem aos resultados. Isto representa que os

resultados não foram divulgados e nem apresentados a equipe que implantou e acompanhou

todo o processo durante as edições de 1996/1997/1998.

Inclusive não ocorreram premiações ou gratificações vinculadas à produtividade

docentes considerando O Sistema de Avaliação Externa, como previsto no último ano de

mandato de Antonio Britto Filho, quando da promulgação da Lei 11.126 de 09 de fevereiro de

1998 que seguia as diretrizes nacionais da Reforma Gerencial.

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5 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL – SAERS, NO PERÍODO DE 2003/2006 (GOVERNO DE

GERMANO RIGOTTO)

Este capítulo descreve os documentos legais e normativos sobre o objetivo, finalidade,

operacionalização, abrangência e divulgação dos resultados do Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul - SAERS em 2005, no período de

governo de Germano Rigotto (2003/2005). Processo este sustentado por um Contrato de

Gestão entre o governo e a Secretaria de Educação e por Subcontratos de Gestão fixados entre

a SEE/RS e as escolas com intermediação das Coordenadorias Regionais de Educação. Neste

período ocorreu uma única avaliação do SAERS/2005, sendo executado como um Projeto

Piloto de Avaliação.

No quadro abaixo estão arrolados os documentos encontrados nesta gestão, o

secretário responsável pela pasta da educação e a localização de tal documentação.

Quadro 10 - Governador, Secretários (as) de Educação/RS no período de 2003/2006 e localização dos documentos

Governador Secretários (as) de educação

Documentos Localização

Germano Rigotto (2003/2006)

José Alberto Reus Fortunati

Nelsi Hoff Muller

- Lei 12.237/2005 versa sobre o Contrato de Gestão; - Contrato de Gestão entre Governo e SEE/RS – 2005/2006; - Subcontrato de Gestão entre a SEE/RS e as escolas; - Projeto Básico- SAERS/2005 no Ensino Fundamental; - Decreto 44.045/2005 dispõe sobre o contrato, o subcontrato de gestão e a premiação por produtividade; - Relatório final da premiação – SAERS/2005 do Contrato de Gestão - 2006; - Relatório Geral Técnico/ Pedagógico – SAERS/2005;

Site*

SEE/RS

SEE/RS

SEE/RS

Site**

Site***

SEE/RS

Fonte: Elaborado pela autora. *Rio Grande do Sul (2005a). ** Rio Grande do Sul (2005c). ***Rio Grande o Sul (2006).

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As propostas de governo pautadas no Plano de Governo 2003/2006 de Germano

Rigotto, (RIO GRANDE DO SUL, 2003/2006), contendo as diretrizes de governo,

apresentavam alguns pontos da política educacional a serem alcançados. Entre eles destaca-se

o desafio da qualidade do ensino público com cinco frentes de ações: Qualificação dos

professores com cursos de atualização e formação continuada; Admissão de professores por

meio de concursos e provas específicas avaliando a proficiência dos candidatos em cada área

de atuação; Provimento das escolas com equipamentos de laboratório e biblioteca;

Incorporação, pela administração da rede pública de educação, à rotina do sistema de

administração a fixação de metas com relação a indicadores reconhecidos; e por último,

sinalizava:

Ser indispensável o endosso pleno aos procedimentos de avaliação externa do aprendizado, pois eles são, não apenas um elemento balizador da situação em que se encontra o sistema de educação pública com relação a sua atividade-fim, mas também um poderoso fator de emulação positiva para docentes e alunos (RIO GRANDE DO SUL, 2003/2006, p. 28).

Percebe-se que o plano de governo de Germano Rigotto previa claramente a fixação

de metas e indicadores para a área da educação, bem como, o apoio aos procedimentos da

avaliação externa, não apenas como uma maneira de diagnosticar o sistema educacional

público, mas como um poderoso fator de incentivo para os professores e alunos.

Neste contexto entende-se que a Avaliação Externa serviria como um meio de

promover a premiação/ gratificação à docência, como uma normativa já iniciada no último

ano de governo de Antonio Britto Filho quando da promulgação da Lei 11.126/1998 que

instituía O Programa de Avaliação de Produtividade Docente.

Portanto, este governo ancora sua gestão na adoção da lógica gerencial adotando o

estabelecimento de metas, avaliação e premiação. Esta prática veio comprovada com a

promulgação da Lei 12.237 de 14 de janeiro de 2005 (RIO GRANDE DO SUL, 2005a), que

normatizava a política de produtividade e qualidade dos serviços públicos decorrentes da

racionalização dos recursos e despesas em âmbito do Poder Público. Inserindo-se assim a

meritocracia na administração pública no Estado do Rio Grande do Sul onde “o governo de

Germano Rigotto teve como propósito buscar mudanças administrativas que apostassem para

um novo modelo de serviço público” (AMARAL, 2010, p. 92).

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Esta Lei versa sobre o Contrato de Gestão publicado no DOE nº 09, de 14 de janeiro

de 2005 para exercício de 2005 e 2006, considerado como o “principal mecanismo do

Programa de Modernização da Gestão Pública (AMARAL, 2010, p. 128). O objetivo destes

Contratos era estabelecer metas de desempenho a serem cumpridas, em determinado prazo,

pelos órgãos públicos.

Os Contratos de Gestão seriam firmados: - entre o Governador do Estado, e os

titulares das Secretarias Estaduais e estes poderiam firmar Subcontratos de Gestão com os

municípios ou com dirigentes de unidades administrativas. Conforme o Art. 4º:

I - Contrato de Gestão – o instrumento celebrado entre o Governo do Estado e dirigentes de órgãos ou entidades da administração direta, empresas estatais e entre titulares de Secretarias Estaduais e os dirigentes de autarquias e fundações a elas vinculadas; II - Subcontrato de Gestão – o instrumento vinculado ao contrato de gestão, celebrado entre o contratante e dirigentes das unidades administrativas (RIO GRANDE DO SUL, 2005a).

O Capítulo II desta mesma Lei, destinado aos princípios da premiação, esclarecia que

o poder executivo definiria, por Decreto, os órgãos fins, necessários para o contrato de gestão,

tendo em vista os objetivos do governo.

Desta forma, na pasta da educação, em setembro de 2005, foi firmado o Contrato de

Gestão entre o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Estadual de

Educação, com interveniência da Secretaria da Coordenação e Planejamento - SCP, com base

na Lei Estadual nº 12.237/2005 com vigência, a partir de sua assinatura, até 31 de dezembro

de 2006.

Os Contratos de Gestão são instrumentos de gerenciamento e acompanhamento da rede escolar pública estadual, que visam a qualificação do ensino e a otimização e racionalização de recursos humanos e materiais (RIO GRANDE DO SUL, 2005b, p.2).

Para explicar sobre este Contrato de Gestão, à sociedade gaúcha, o jornal Correio do

Povo divulgou uma entrevista do Governador do Estado, na qual ele afirmava: “A proposta é

aplicar os mesmos Contratos de Gestão que já deram certo nas estatais, para obter níveis

melhores de produtividade na Educação” (CORREIO DO POVO, 29 de set. de 2005).

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Objetivando o cumprimento do determinado nos Contratos de Gestão foram

estabelecidos Subcontratos de Gestão com metas, indicadores e objetivos específicos, para o

ano de 2005, entre a Secretaria de Educação e as escolas públicas estaduais, através de seus

diretores, com interveniência de suas respectivas Coordenadorias Regionais de Educação –

CREs.

De acordo com o Contrato de Gestão, o Secretário de Educação, José Alberto Reus

Fortunati, deveria periodicamente acompanhar os trabalhos da SEE/RS, determinando as

medidas necessárias para garantir o êxito dos objetivos previstos no Contrato de Gestão.

Caberia a SEE/RS informar a Secretaria da Coordenação e Planejamento - SCP, os

indicadores dos Subcontratos de Gestão firmados com as escolas. E esta Secretaria seria

responsável pela elaboração de um Relatório Final apresentando os resultados da avaliação

das escolas da rede estadual de ensino.

Em seguida, apresenta-se um quadro comparativo entre o Contrato de Gestão acordado

entre o Governador do Estado e o Secretario de Educação e o Subcontrato assinado entre o

Secretário e os diretores das escolas que participaram do processo de avaliação:

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Quadro 11 - Comparativo entre o Contrato de Gestão e o Subcontrato de Gestão/2005

Contrato de Gestão Subcontrato de Gestão

Objeto a assegurar:

Melhoria da qualidade do ensino público de nível fundamental e médio; Melhoria do desempenho dos servidores da educação e racionalização de despesas; Melhoria da eficiência e eficácia da rede pública estadual de ensino com vistas a poder cotejar-se com boas referências nacionais e internacionais; Aprendizagem dos alunos e a satisfação de pais, professores e alunos; Melhoria gerencial da SE com as diretrizes e políticas de Governo voltadas à qualificação e universalização da oferta dos serviços públicos básicos de educação, com vistas à promoção do desenvolvimento do Estado. ( p.2).

Melhoria da qualidade do ensino público de nível fundamental e médio no âmbito das CREs; Melhoria da eficiência e eficácia da rede pública estadual de ensino com vistas a poder cotejar-se com boas referências nacionais e internacionais; Aprendizagem dos alunos e a satisfação de pais, professores e alunos; Melhoria gerencial da SE com as diretrizes e políticas de Governo voltadas à qualificação e universalização da oferta dos serviços públicos básicos de educação, com vistas à promoção do desenvolvimento do Estado. (p.2).

Objetivos prioritários:

Da Secretaria de Educação: - Melhorar a qualidade do ensino fundamental e médio, desenvolvendo conhecimentos e habilidades que tornem os alunos capazes de participar e interagir na sociedade; - Avaliar a qualidade do ensino Fundamental e Médio buscando identificar pontos a serem solucionados; - Reduzir os índices de evasão e repetência escolar e a defasagem idade-série no nível fundamental e médio; - Ampliar a rede de ensino médio; - Promover a qualificação e aperfeiçoamento dos recursos humanos; - Racionalizar a estrutura de atendimento, visando um melhor aproveitamento dos espaços físicos das escolas em todos os níveis; - Implantar um sistema de informações que contemple todos os segmentos da escola. - Fazer com que o Estado atinja a posição de melhor rede de ensino público do país.

Da escola: - Melhorar a qualidade do ensino fundamental desenvolvendo conhecimentos e habilidades que tornem os alunos capazes de participar e interagir na sociedade; - Avaliar a qualidade do ensino Fundamental buscando identificar pontos a serem solucionados; - Reduzir os índices de evasão e repetência escolar nos níveis fundamental e médio e a defasagem idade-série no nível fundamental; - Promover a qualificação e aperfeiçoamento dos recursos humanos; - Racionalizar a estrutura de atendimento, melhoramentos dos espaços físicos das escolas; - Fazer com que a escola contribua com a respectiva CRE com vista a alcançar a posição de melhor CRE do Estado.

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Quadro 12 - Comparativo entre o Contrato de Gestão e o Subcontrato de Gestão/2005

Contrato de Gestão Subcontrato de Gestão

Obrigações

Da Secretaria de Educação: - Elaborar o plano de ação das metas previstas nos subcontratos; - Designar, treinar e instrumentalizar os técnicos da SEE/RS que comporão o Comitê Interno de Acompanhamento e Avaliação para assessorar junto à escola e à CRE a implementação dos subcontratos; - Divulgar amplamente o Contrato de Gestão em todas as escolas gaúchas e os Subcontrato de Gestão entre professores, pais, alunos e servidores da Escola. - Apoiar as ações da escola e da CRE; - Informar à Secretaria da Coordenação e Planejamento a evolução dos indicadores de que versam os Subcontratos.

Da escola: - Atingir as metas e resultados pactuados; - Manter um sistema de informações que permita o acompanhamento das metas e compromissos firmados; - Propor ações gerenciais de racionalização de sua estrutura de atendimento.

Da CRE: - Implementar em conjunto com SEE, o Plano de Ação para atingir as metas pactuadas no Subcontrato de Gestão.

Indicadores

Os indicadores e metas serão firmados nos Subcontratos de Gestão entre a SEE/RS e as escolas com interveniência das respectivas CREs.

- Indicador de Abandono Escolar no Ensino Fundamental (IAEF); - Indicador de Reprovação no Ensino Fundamental (IREF); - Número de Alunos por Professor (NAP); - Índice de Satisfação da População com a Escola Pública (ISPE); - Indicador Geral de Desempenho (IGD); - Índice de Aproveitamento escolar nota (IAE).

Da premiação

Esclarece as situações e valores para a premiação a serem pagos, anualmente, ás escolas que se destacarem no desempenho dos indicadores dos subcontratos de gestão.

O Subcontrato de Gestão apresenta as condições para a premiação das escolas participantes pertencentes a 25ª e 32ª Coordenadoria Regional de Educação.

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2005b e 2005e).

Percebe-se que ambos os documentos determinavam as mesmas iniciativas a serem

asseguradas como objeto. A diferença está que, o Subcontrato citava a melhoria da qualidade

do ensino no âmbito das CREs e excluía o item que previa a melhoria do desempenho dos

servidores da educação e racionalização de despesas deixando para a SEE/RS esta

responsabilidade.

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Interessante destacar que certos objetivos pontuados no Contrato de Gestão de

responsabilidade da SEE/RS são os mesmos objetivos citados no Subcontrato de Gestão de

responsabilidade da escola. Em alguns a diferença se da que, o Subcontrato faz alusão apenas

ao Ensino Fundamental. O que nos faz entender que os objetivos acordados no Contrato de

Gestão entre o Governo e a SEE/RS foram transferidos para os Subcontratos de Gestão

recaindo a responsabilidade sobre a escola.

Os únicos objetivos excluídos do Subcontrato referiam-se à ampliação da rede de

Ensino Médio e a implantação de um sistema de informações que contemplasse todos os

segmentos da comunidade escolar, o que é compreensível, pois, a escola não tem autonomia

para estas práticas.

Consideram-se os últimos objetivos, tanto do Contrato de Gestão quanto do

Subcontrato, como uma meta muito audaciosa por parte do governo do Estado. O Contrato de

Gestão previa que o Estado atingisse a posição de melhor rede de ensino público do país. E o

Subcontrato pretendia fazer com que a escola contribuísse com a respectiva CRE com vista a

alcançar a posição de melhor CRE do Estado.

As obrigações estão claras e bem definidas para cada instância. A Secretaria da

Coordenação e Planejamento elaboraria relatórios ao Governo do Estado e ao Secretário de

Educação, cabendo a ele, acompanhar o desempenho da SEE/RS, dando o assessoramento

necessário a consecução do Contrato de Gestão, informando aos conselhos escolares das

providências tomadas. “O Secretário da Educação instituirá e nomeará, através de portaria, [...], o

Comitê Interno de Acompanhamento e Avaliação previsto na Lei nº 12.237/2005 com o objetivo

de acompanhar e avaliar os subcontratos de Gestão” (RIO GRANDE DO SUL, p. 4, 2005b).

Nos Subcontratos de Gestão foram estabelecidos indicadores para o processo de

acompanhamento e premiação das escolas entre a Secretaria da Educação do Rio Grande do

Sul e às escolas, com interveniência das respectivas CREs.

Os indicadores de qualidade e produtividade do ensino acordados no Subcontrato de

gestão foram:

1. Indicador de Abandono Escolar no Ensino Fundamental (IAEF);

2. Indicador de Reprovação no Ensino Fundamental (IREF);

3. Número de Alunos por Professor (NAP);

4. Índice de Satisfação da População com a Escola Pública (ISPE);

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5. Indicador Global de Desempenho (IGD);

6. Índice de Aproveitamento escolar (IAE) – nota – média de Matemática e Português

em cada série.

Para determinar cada indicador havia uma fórmula específica de aplicação:

Quadro 13 - Fórmula da descrição dos indicadores

1 Indicador de Abandono Escolar no Ensino Fundamental:

IAEF = AA x 100 MI

AA- Alunos afastados por abandono no EF MI- Matrícula inicial

2 Indicador de Reprovação no Ensino Fundamental

IREF = AR x 100 MI

AR- Alunos reprovados no EF MI- Matrícula inicial

3 Número de Alunos por Professor NAP = NA

NP

NA- Número de alunos matriculados na escola NP- Número de professores da escola

4 Índice de Satisfação da População com a Escola Pública

ISPE = Pop S x 100 Pop T

Pop S- Parcela da população escolar da amostra satisfeita com a escola pública Pop T- População total da amostragem

5 Indicador Global de Desempenho IGD = n k

� Lij Li * PI*100 I=1__________________ n � Pi i=1

Lij- Desempenho verificado no i-ésimo indicador de educação Pi- peso atribuído ao i-ésimo indicador Li- Valor limite máximo admitido para o i-ésimo indicador considerado K-1 para indicador crescente K- -1 para indicador decrescente

Fonte: Adaptado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2005e, p. 8-10).

Seriam tolerados desvios nos resultados dos indicadores desde que fosse atendida a

expressão: di x pi � 0; di = [ 1 - (li/Li) ] x 100 onde,

li- Desempenho verificado no i-ésimo indicador Li- Valor limite admitido para o i-ésimo indicador di- Desvio entre o valor obtido e balizado do i-ésimo indicador k- -1 para indicador decrescente k- +1 para indicador crescente2) IGD� 100 em 2005

Valores de Pi;

IAEF – peso 5; IREF – peso 5; NAP – peso 8; ISPE – peso 10;

IAE Notas de Matemática 2ª série; 5ª série – peso 10;

IAE Notas de Português 2ª série; 5ª série – peso 10.

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O Subcontrato esclarecia a responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação e da

Secretaria da Coordenação e Planejamento averiguar a forma de apuração destes indicadores,

a comparação entre as reclamações dos pais, docentes e alunos e os registros da Escola, a

confiabilidade dos dados fornecidos pela escola e pela CRE.

Quanto à premiação o Contrato de Gestão estabelecia que as escolas com subcontratos

de Gestão deveriam enquadra-se em determinadas situações:

1. Premiação em pecúnia:

a. A primeira escola classificada urbana e a primeira escola classificada rural

pertencente a cada CRE;

b. Os 10% das primeiras escolas classificadas urbanas em cada CRE;

2. Premiação honorífica:

a. A escola que apresentar o maior índice de melhoria entre todas as escolas

concorrentes.

Já o Subcontrato de Gestão, além destas situações, apresentava as seguintes condições

para a premiação das escolas:

1. Os Subcontratos teriam vigência para o ano de 2005 para as escolas pertencentes a

25ª e 32ª CRE;

2. Premiação das escolas que se destacaram no desempenho dos indicadores

estabelecidos;

3. Premiação, entre as escolas rurais, aquela com até 80 alunos classificada em

primeiro lugar em cada CRE;

4. Para fins de premiação, consideram-se as escolas rurais com 80 ou mais alunos,

parte do grupo de escolas urbanas, devendo concorrer na premiação das urbanas;

5. Premiação da CRE responsável pela escola que apresentou o melhor resultado no

indicador Índice Geral de Desempenho – IGD.

Caberia à Secretaria da Coordenação e Planejamento- SCP averiguar a forma de

apuração dos indicadores, a comparação entre as demandas da comunidade escolar e os

registros das escolas e das CREs, como também o cumprimento pela SEE/RS dos

compromissos e a confiabilidade dos dados fornecidos de acordo com este documento. O

desempenho das escolas seria avaliado, anualmente, por meio do cumprimento das metas e

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dos indicadores firmados, tendo elas que informarem, mensalmente, à SEE/RS e a CRE a

evolução dos indicadores determinados no Subcontrato.

Para Werle, Mantay e Andrade (2009, p. 141) os indicadores são empregados na

“forma de instrumentos de produção de mudanças” da cultura da escola, principalmente no

que tange a busca de metas, planejamento estratégico e resultados, o que conduz a julgar e

comparar o trabalho dos profissionais por meio dos resultados atingidos.

A meta prevista era a auto superação em relação ao ano anterior dos melhores Índices

Geral de Desempenho – IGD. As informações geradas para estes indicadores vieram da

SEE/RS e da SCP e foram contempladas em diferentes anos de acordo com a disponibilidade

dos dados. O Índice de Abandono e de Reprovação foram de 2003; o Aluno/Professor e o

Índice de Satisfação de 2004 e as notas de Português e Matemática que serviram de base para

o cálculo do IGD foram auferidas na avaliação de 1996 e correspondia a média obtida pela

CRE em cada série e disciplina (RIO GRANDE DO SUL, 2005b).

5.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2005

Em 01 de setembro de 2005 a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul

e a União Nacional de Dirigentes de Educação – Secção Rio Grande do Sul – UNDIME/RS

firmaram parceria com o propósito de retomada do Sistema de Avaliação, que teve suas

primeiras edições em 1996/1997/1998. Agora sob a denominação de Sistema de Avaliação

do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS. Desta forma a coordenação do

SAERS/ 2005 ficou sob responsabilidade da SEE/RS, por meio do DEPLAN e da

UNDIME/RS.

Em conformidade com o previsto na Lei 12.237/2005 que normatizava os Contratos de

Gestão e os Subcontratos de Gestão, em 28 de Setembro de 2005, foram assinados os

Subcontratos de Gestão entre a SEE/RS e as escolas que participariam do processo de apenas

duas Coordenadorias Regionais de Educação, a 25ª e a 32ª CREs, com sede respectivamente

em Soledade e São Luiz Gonzaga.

Para o SAERS/2005 foi editado um Projeto Básico de Avaliação/2005 que serviria de

orientação à uma empresa terceirizada sobre os aspectos técnicos, operacionais e

metodológicos do processo de avaliação de 2005. (RIO GRANDE DO SUL, 2005e).

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Este projeto pontuava que o SAERS tinha por objetivo diagnosticar as habilidades

cognitivas na área de Leitura/Escrita e Matemática e por finalidade fornecer subsídios para a

correção de políticas educacionais, visando, além da qualidade do ensino, a autonomia da

escola, o estabelecimento de parcerias com diferentes segmentos e o desenvolvimento de uma

cultura de avaliação que envolva toda a comunidade escolar (RIO GRANDE DO SUL,

2005d).

Para Castro (2005) os processos avaliativos em larga escala somente serão benéficos

para a melhoria da qualidade do desempenho dos alunos e terão sentido quando for

desenvolvida “uma cultura de avaliação” (p. 54), onde todos os segmentos deverão ser

envolvidos em um trabalho de conscientização no sentido de uma avaliação para a autonomia

pedagógica e didática da escola.

O Projeto Básico do SAERS/2005 previa que os produtos e serviços contratados

seriam: as atividades de cadastro de escolas, identificação das turmas e alunos; elaboração das

provas, questionários e manuais de procedimentos; impressão de todo o material; condições

de empacotamento, distribuição e recolhimento dos instrumentos; correção e processamentos

dos dados das provas, dos questionários de alunos, professores e diretores ou supervisores;

organização da base de dados de maneira estruturada em arquivos por Município, rede de

ensino, escola, série/ano, turno e turma disponibilizando estes dados à SEE/RS e as

Secretarias Municipais que participariam do SAERS/2005; análise estatística dos dados seria

de acordo com a Teoria da Análise Clássica e a Teoria de Resposta ao Item – TRI;

organização da base de dados com as respostas das provas dos alunos, dos questionários dos

alunos, dos professores, dos diretores ou supervisores, sobre a infraestrutura da escola com

base na leitura ótica das folhas de respostas (RIO GRANDE DO SUL, 2005d).

A contratada seria responsável também, pela análise dos resultados e fornecimento dos

boletins de desempenho dos alunos e relatórios da avaliação, à SEE/RS e às SMEDS, em

meio magnético ( CD-Rom) e em uma cópia impressa de cada um deles (RIO GRANDE DO

SUL, 2005d).

Os boletins dos alunos deveriam conter o percentual de acertos em cada questão da

prova, a habilidade média dos alunos em cada componente curricular e os níveis da escala de

desempenho, utilizando-se a escala do SAEB para a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental e

a distribuição dos alunos pelos níveis da escala de desempenho. Estes boletins seriam

emitidos por escola, incluindo todas as turmas que participaram, por Município e por rede de

ensino.

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Os relatórios entregues seriam do perfil dos alunos, dos professores, dos diretores ou

supervisores, das condições de infra-estrutura das escolas, das variáveis que interferem nos

resultados do desempenho dos alunos. Seria entregue também um relatório geral do

SAERS/2005, com gráficos e tabelas relativos aos principais resultados. Este relatório final

deveria conter as características gerais da avaliação, a apresentação dos dados e participação

do processo, a análise dos resultados do desempenho em cada disciplina, série, escola e rede

de ensino, as conclusões e recomendações finais (RIO GRANDE DO SUL, 2005d).

Sob responsabilidade da contratada as equipes de avaliação, coordenadores regionais e

municipais seriam treinadas em Porto Alegre durante 2 dias de duração. O custeio com

hospedagem, remuneração ou gratificação seria, entretanto, de responsabilidades das

secretarias de educação, bem como a aplicação dos testes e dos questionários aos alunos,

professores, diretores ou supervisores (RIO GRANDE DO SUL, 2005d).

Para os municípios o SAERS/2005 implementaria o processo avaliativo do

desempenho dos alunos no primeiro ano de gestão, em busca da reorientação de políticas

públicas de educação durante a execução do Plano Plurianual 20004/2005. Que, no que se

refere ao Sistema de Avaliação, previa a “retomada do processo de avaliação externa das

escolas estaduais, implementando uma sistemática periódica de avaliação do desempenho

escolar, através da aplicação de instrumentos para os alunos e comunidade escolar (RIO

GRANDE DO SUL, 2004/2007, p. 12).

Já para a SEE/RS, o Projeto Básico de Avaliação, oportunizaria a construção de

indicadores de aprendizagem dos alunos visando fundamentar os Subcontratos de Gestão a

serem firmados com as escolas, com base na cláusula relativa a Indicadores e Metas do

Contrato de Gestão. Como também, para reorientarem suas áreas de atuação, especialmente

quanto a formação continuada dos professores (RIO GRANDE DO SUL, 2005d).

A empresa contratada para a preparação, elaboração da prova, análise dos resultados e

envio para as secretarias estaduais, municipais e para cada Coordenaria Regional que

participou do Sistema de Avaliação de 2005 do Estado do Rio Grande do Sul e que venceu o

processo de licitação foi a Fundação CESGRANRIO9 (RIO GRANDE DO SUL, 2006a).

9 A Fundação Cesgranrio, a partir de 1995 passou a elaborar e aplicar o projeto do Sistema de Avaliação do Ensino Básico usando a pela primeira vez no Brasil a TRI. Desde então, coube à ela a aplicação da quase totalidade das avaliações nacionais: o "Provão", desde 1996, substituído atualmente pelo ENADE - Exame Nacional de Avaliação do Desempenho dos Estudantes; o ENEM - desde 1998; o ENCCEJA -em 2002 e 2007 e a Prova Brasil, de 2005 e 2007. Além das avaliações nacionais, a Fundação Cesgranrio tem realizado

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Assim, frente à Lei nº 12.237/ 2005 que normatizava sobre o Contrato de Gestão e o

Projeto Básico/2005, foram assinados os Subcontratos de Gestão com cada uma das 117

escolas, pertencentes a 25ª CRE em Soledade e 32ª em São Luiz Gonzaga.

Após este feito o então governador do Estado, Germano Rigotto, emite o Decreto nº

44.045 de 04 de Outubro de 2005 que dispõe sobre o Contrato de Gestão, o Subcontrato de

Gestão e a premiação por produtividade, ou seja, este Decreto vem formalizar tudo que os

outros documentos já preconizavam.

Para a elaboração das provas foi considerado: as Diretrizes Curriculares Nacionais e os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental; as Matrizes de Referência do

SAEB; os textos dos livros didáticos de Língua Portuguesa e Matemática, mais solicitados

pelos professores da rede pública estadual e municipal do RS, nos PNLDs – Programa

Nacional do Livro Didático de 2004 e 2005; textos selecionados a partir dos tipos de gêneros

especificados nas Matrizes de Referência do SAEB; inclusão de itens que viabilizem a

comparação dos resultados da 5ª série/6º ano com o SAEB; classificação dos itens quanto ao

grau de dificuldade- fácil, médio, difícil; utilização de diferentes recursos gráficos

(FUNDAÇÃO CESGRANRIO, 2006).

As provas do SAERS/2005 para 2ª série/3º ano do Ensino Fundamental era objetiva de

Leitura e Matemática, com questões de múltipla escolha com 4 alternativas. Composta por 4

blocos de 7 itens cada um sendo 2 blocos de Leitura (14 questões) e 2 de Matemática (14

questões) perfazendo 28 questões, sendo que 4 questões eram subjetivas para identificar o

nível de alfabetização da criança. Os alunos que não conseguiriam responder a elas eram

instruídos a desenharem e o aplicador fazia uma ressalva na capa da prova colocando “não

alfabetizado”. Cada aluno responderia a 28 itens. Já para os alunos de 5ª série/6º ano do

Ensino Fundamental a prova era composta por questões de múltipla escolha, também com 4

alternativas. Formada por 4 blocos de 10 itens cada um, sendo 2 blocos de Leitura (20

questões) e 2 de Matemática (20 questões) e cada aluno responderia a 40 itens. Nesta prova

em cada disciplina, foi incluído um bloco de itens de 4ª série calibrados nas escalas de

desempenho do SAEB de modo a ser estabelecido um padrão de referência para análise

comparativa dos alunos de 5ª série do SAERS com os brasileiros. As questões subjetivas

foram corrigidas por uma banca de professores especializados na sede da Fundação

avaliações do sistema de ensino em vários Estados, como o SPAECE, no Ceará, o SARESP em São Paulo, o SIADE - do Distrito Federal, o Nova Escola, no Estado do Rio de Janeiro; e o do Rio Grande do Sul- SAERS. (FUNDAÇÃO CESGRANRIO, 2011).

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Cesgranrio. Foi prestada atenção aos aspectos multiculturais do RS para que a regionalidade

fosse contemplada na seleção dos textos da prova. Todos os alunos responderiam a um

questionário com o objetivo de coletar informações sobre o contexto socioeconômico e

cultural e a trajetória de escolarização. Professores e diretores ou supervisores também

responderiam a um questionário que envolvia sua formação profissional, práticas

pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e

disciplinar da escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores também deveriam

responder a questões sobre a infra-estrutura das escolas que participaram do SAERS/2005

(RIO GRANDE DO SUL, 2005d).

O quadro a seguir sintetiza as informações pertinentes à elaboração das provas do

SAERS/2005:

Quadro 14 - Estruturação das provas de Português e Matemática em 2005 para a 2ª série e 5ª série

2ª Série EF 5ª Série EF Questionários

Língua Portuguesa

2 blocos com 14 questões sendo 4 subjetivas

2 blocos com 20 questões

Matemática 2 blocos com 14 questões

2 blocos com 20 questões

TOTAL

28 questões 40 questões

Alunos sobre questões de contexto sócio econômico e cultural e a trajetória de escolarização

Professores e diretores ou supervisores também responderam a um questionário que envolvia sua formação profissional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da escola, recursos pedagógicos e humanos.

Aplicadores questões sobre a infra-estrutura das escolas

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2005d).

Diferente das provas de 1996/1998 onde os alunos responderam a apenas uma prova

de uma disciplina, ou seja, quem respondeu Português não fez a prova de Matemática e vice-

versa, em 2005 os alunos responderiam testes com questões de Português e Matemática na

mesma prova e ainda a um questionário para identificar aspectos socioeconômicos e culturais.

Após a realização do SAERS/2005 a Fundação Cesgranrio enviou, à SEE/RS e às

SMEDs, o Relatório Geral Técnico Pedagógico do Sistema de Avaliação do Rendimento

Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS/ 2005 (FUNDAÇÃO CESGRANRIO, 2006), em

conformidade ao previsto no Projeto Básico SAERS/2005. Este continha as médias gerais do

desempenho dos alunos por disciplina avaliada, em cada série, nas redes municipais e nas

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CREs. Apresentava a descrição dos níveis da escala de proficiência de Língua Portuguesa e

Matemática de cada série avaliada, como ainda o percentual atingido pelos alunos em cada

nível distribuídos de acordo com a série e disciplina avaliadas.

De acordo com o relatório em relação ao processamento e análise de dados a

Fundação Cesgranrio informou que substituiu sua tecnologia de leitura ótica de dados por

digitação das folhas de respostas dos alunos. Uma folha de resposta mais simples que após

sua digitação recuperaria qualquer marcação feita pelo aluno foi utilizada pela primeira vez

na fundação para a avaliação da ANRESC e no SAERS 2005 (FUNDAÇÃO CESGRANRIO,

2006).

Participaram do SAERS/2005 apenas duas CREs. A aplicação das provas ocorreu no

dia 23 de novembro de 2005, no turno da manhã e tarde pelas equipes das Secretarias de

Educação, tanto estadual quanto municipal.

Em 2006 a SCP emitiu um Relatório Final sobre o Contrato de Gestão com SEE/RS e

dos Subcontratos de gestão firmados com as escolas da rede pública estadual, pertencentes a

25ª CRE de Soledade e a 32ª CRE de São Luiz Gonzaga.

Quadro 15 - Abrangência do SAERS/2005 da rede estadual de ensino:

Escolas Alunos Séries Disciplinas Rural 15 Urbana 41

25ª CRE Soledade

Total 56

11.432

Rural 28 Urbana 31 32ª CRE

São Luiz Gonzaga

Total 59

8.275

Total estadual 115 19.707

5ª séries/ 6 ano Ensino Fundamental

Língua Portuguesa com Redação

Matemática

Fonte: Adaptado pela autora baseado em Rio Grande do Sul, (2006).

Como se percebe foram 117 escolas estaduais que firmaram o Subcontrato de Gestão

com a SEE/RS, entretanto, participaram 115, devido a disponibilização de resultados. O total

de alunos participantes foi 19.707, sendo 11.432 da 25ª CRE, com regional em Soledade e

8.275 da 32ª CRE de São Luiz Gonzaga. As disciplinas avaliadas foram Português com

Redação e Matemática e as séries envolvidas foram as 2ª e 5ª séries somente do Ensino

Fundamental.

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Quanto à premiação das escolas as regras e condições vieram normatizadas no

Contrato de Gestão, nos Subcontratos e no Decreto 44.045/2005.

O total de escolas que participaram deste processo foi 115, sendo que apenas 6 escolas

não se auto-superaram: 2 na 25ª e 4 na 32ª CRE. Das que disputaram, 37 foram premiadas,

sendo 23 da 25ª CRE e 14 da 32ª CRE. O quadro abaixo apresenta as premiações que cada

escola e cada CRE que aderiam ao Subcontrato de Gestão receberam em 2005.

Tabela 1- Premiação das escolas da 25ª e 32ª CREs do Estado do Rio Grande do Sul

CARACTERÍSTICA 25ª CRE- SOLEDADE 32 CRE – SÃO LUIZ GONZAGA

Escolas que concorreram

Total – 56 escolas Rurais – com menos de 80 alunos = 15 Urbanas e Rurais – com mais de 80 alunos = 41

Total – 59 escolas Rurais – com menos de 80 alunos = 28 Urbanas e Rurais – com mais de 80 alunos = 31

Total de escolas premiadas 23 14 4 3 Premiação dos 10% das

melhores escolas urbanas. Valor para cada uma R$ 20.000,00 Prêmio R$ 80.000,00 Prêmio R$ 60.000,00

1 1 Melhor escola rural com menos de 80 alunos. Valor de R$ 2.000,00 Prêmio R$ 2.000,00 Prêmio R$ 2.000,00

18Urbana – 16 Rural - 2

10Urbana – 6 Rural - 4

Melhores escolas urbanas e rurais com mais de 80 alunos. Valor para cada uma R$ 8.000,00

Prêmio R$ 144.000,00 Prêmio R$ 80.000,00

Prêmio de participação para as CREs.

R$ 2.000,00 R$ 2.000,00

Prêmio para CRE cujo conjunto de alunos apresentou melhor desempenho.

R$ 4.000,00

TOTAL DA PREMIAÇÃO R$ 232.000,00 R$ 144.000,00 Fonte: Adaptada pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2006, p. 6 -14).

Na 25ª CRE de Soledade participaram 56 escolas sendo 15 rurais com menos de 80

alunos e que concorreram entre as escolas rurais e, 41 escolas eram escolas urbanas ou rurais

com mais de 80 alunos e que concorreram com as escolas urbanas. Entre as rurais uma foi

premiada e entre as escolas consideradas urbanas 4 foram premiadas, representando 10% das

escolas urbanas que apresentaram o melhor desempenho na avaliação. Entre as escolas

urbanas e rurais, com mais de 80 alunos 18 foram premiadas, sendo 6 urbanas e 4 da área

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rural. O total repassado pelo Estado, tanto para a CRE quanto para as escolas desta regional

foi de R$ 232.000,00.

Na 32ª CRE em São Luiz Gonzaga participaram 59 sendo 28 rurais com menos de 80

alunos e concorreram entre as escolas rurais e 31 escolas eram escolas urbanas, ou rurais com

mais de 80 alunos e concorreram com as escolas urbanas. Entre as rurais uma foi premiada e

entre as escolas consideradas urbanas 3 foram premiadas, representando 10% das escolas

urbanas que apresentaram o melhor desempenho na avaliação. Entre as escolas urbanas e

rurais, com mais de 80 alunos 10 foram premiadas, sendo 16 urbanas e 2 da área rural. O total

repassado pelo Estado, tanto para as CRE quanto para as escolas desta regional foi de R$

144.000,00.

As CREs que aderiram ao Subcontrato de Gestão receberam um prêmio em dinheiro

no valor de R$ 2,000.00 e a CRE que apresentou o melhor desempenho no conjunto de

escolas recebeu R$ 4.000,00, que no caso foi a 25ª de Soledade.

A melhor escola com Premiação Honorífica das duas CREs foi uma escola de

Soledade com 21 alunos e de localização rural. Para Amaral (2010), ao analisar as premiações

das escolas que participaram da avaliação pontua que, uma escola com número reduzido de

alunos e de professores, interfere nos resultados apresentados na avaliação, pois a

“articulação pedagógica torna-se mais fácil e eficaz” (p. 131).

O total repassado pelo Estado nesta avaliação foi R$ 376.000,00.

Com o objetivo de demonstrar o uso dos resultados do SAERS/ 2005, na premiação

das escolas que participaram do processo, relata-se as notícias apresentadas no site da

SEE/RS no dia 26 de Junho de 2006 com os seguintes títulos “Secretária da Educação entrega

premiação do Contrato de Gestão em Soledade” e “Escolas de São Luiz Gonzaga recebem

premiação do Contrato de Gestão”:

A Secretária Estadual da Educação, Nelsi Muller, entregará nesta terça-feira, dia 27 de junho de 2006, R$ 232 mil reais para as 56 escolas estaduais de Soledade, que obtiveram os melhores resultados no Contrato de Gestão. A Secretária Estadual da Educação adjunta, Carmem Figueiró, entregará nesta quarta-feira, dia 28, R$ 144 mil reais para as 59 escolas estaduais de São Luiz Gonzaga que obtiveram os melhores resultados no Contrato de Gestão (RIO GRANDE DO SUL, 2006b).

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Em situação semelhante ocorrida com o sistema de avaliação de 2002 em São Paulo

Souza e Oliveira (2003) comentam que a avaliação externa não deve ser considerada apenas

como uma aplicação de testes com vista a verificar o trabalho escolar e sim numa “dimensão

educativa/formativa” que “supõe a promoção da autonomia pedagógica e didática da escola”.

(p. 883).

Assim, a meritocracia inserida através da premiação ás escolas que alcançaram os

melhores desempenhos nos resultados reforça a individualização e a responsabilização da

escola no atingimento das metas previstas desconsiderando as diversidades que cada

instituição apresenta e outros fatores que interferem no processo de aprendizagem dos alunos.

(DRABACH, 2010).

Se por estimativa e em nível de especulação, todas as 2581 escolas pertencentes a rede

estadual de ensino participassem deste Sistema de Avaliação, o valor que o Estado deveria

desembolsar vem demonstrado no quadro a seguir.

Tabela 2 - Estimativa de valores que seriam desembolsados pelo Estado se todas as escolas participassem do SAERS/2005

Escolas participantes da 25ª e 32ª CREs

Todas as escolas estaduais do Rio Grande do Sul

Total de escolas 115 2581

Total de escolas premiadas 37 (32%) 826 (32%)

Premiação dos 10% das melhores escolas urbanas. Valor para cada uma R$ 20.000,00

72(62,6%)

7R$ 140,000.00

412(62,6%)

41R$ 820.000.00

Melhores escolas urbanas e rurais com mais de 80 alunos. Valor para cada uma R$ 8.000,00

28(24%)

R$ 224,000.00

619(24%)

4.952.000,00Prêmio de participação para as CREs. R$ 2.000,00

2R$ 4.000,00

30R$ 60.000,00

Prêmio para CRE cujo conjunto de alunos apresentou melhor desempenho. R$ 4.000,00

R$ 4.000,00 R$ 4.000,00

TOTAL PAGO PELO ESTADO

R$ 376.000,00 R$ 5.836.000,00

Fonte: Elaborado pela autora

Se o sistema gerencial de contrato de gestão e premiação fosse estendido a toda a rede

estadual de ensino (2581 escolas estaduais) teríamos que, ao invés 37 instituições receberem a

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gratificação seriam 826 unidades escolares a serem premiadas. Das 28 melhores escolas que

receberam R$8.000,00 cada uma perfazendo um total de R$224.000,00, seriam 619 as

melhores escolas totalizado um valor R$ 4.952.000,00. No caso das CREs participantes, que

no SAERS/2005 foram 2 que receberam cada uma R$ 2.000,00 como prêmio de participação,

se todas as 30 CREs participassem o valor a ser repassado seria de R$ 60.000,00.

Desta maneira, o Estado pagou um montante de R$ 376.000,00 no SAERS/2005,

frente a R$ 5.836.000,00 que seriam pagos se todas as escolas tivessem participado do

Subcontrato de gestão em todas as 30 regionais do Estado.

O Relatório Final – 2006 da SEE/RS e da SCP relatava as contribuições da

implementação dos Contratos de Gestão. Entre elas, destacava a necessidade de treinamento

dos docentes objetivando a otimização dos resultados pedagógicos e gerenciais que iriam

refletir na melhoria dos indicadores de cada escola. Salientava a relevância de pesquisas com

alunos professores e pais visando a adesão de todos os diferentes segmentos que compõem a

escola e sua co-responsabilidade na gestão da escola. Apresentava ainda algumas

providências a serem tomadas para a expansão dos Contratos de Gestão, tais como:

disponibilização dos dados do sistema educacional antes da consolidação do INEP- até dois

anos, para poder medir o ano anterior e o em curso; correção dos mecanismos de premiação

que causaram alguns equívocos e expansão destes contratos em mais CREs com devida

contratação de um número maior de técnicos (RIO GRANDE DO SUL, 2006a).

Apesar do Relatório - 2006 fazer estas sugestões para a expansão dos Contratos de

Gestão, isto não se concretizou. Com o CPERS opondo-se aos Contratos de Gestão, eles não

foram renovados. De acordo com Simone Goldschmidt, presidente do CPERS neste período,

a implantação dos Contratos de Gestão foi “uma estratégia desesperada de tentar mostrar

resultados premiando as escolas e indicando como sucesso um programa de meio ano

implementado em outubro/novembro de 2005” (CORREIO DO POVO, 02 de Julho de 2006).

Assim, o governo de Germano Rigotto ancorou-se numa gestão gerencialista adotando

o estabelecimento de metas, avaliação e premiação, por meio de Contratos e Subcontratos de

Gestão. O objetivo era estabelecer metas de desempenho a serem cumpridas, em determinado

prazo, pelos órgãos públicos.

O que se compreende como um tratamento empresarial para o setor da educação do

Estado, com vista ao produto e não a um processo de construção do ensino e aprendizagem.

Como afirma Dourado (2007, p. 924) “a gestão educacional tem natureza e características

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próprias, ou seja, tem escopo mais amplo do que a mera aplicação dos métodos, técnicas e

princípios da administração empresarial, devido à sua especificidade e aos fins a serem

alcançados”.

Os Contratos de Gestão seriam firmados entre o Governador do Estado, e os titulares

das Secretarias Estaduais e estes poderiam firmar Subcontratos de Gestão com os municípios

ou com dirigentes de unidades administrativas. Avaliação externa serviria como um meio de

promover a premiação/ gratificação à docência, como uma normativa já iniciada no último

ano de governo de Antonio Britto Filho quando da promulgação da Lei 11.126/1998, que

instituía O Programa de Avaliação de Produtividade Docente.

Souza (2003) esclarece que estas iniciativas de avaliação “têm servido para viabilizar

uma lógica de gerencialismo da educação” (p. 879) ao divulgar a idéia de produção da

qualidade da educação. A avaliação se torna um mecanismo de controle, não considerando a

aprendizagem como um processo e sim como um produto da “ação da escola, certificando sua

qualidade”. Ressalta ainda, que a avaliação “legitima valorações” que conduzem a

competitividade entre as instituições e profissionais da educação via

desempenho/financiamento. (p. 875).

Esta lógica gerencialista busca aumentar a eficiência e eficácia das escolas através de

indicadores de desempenho ou de resultados, tais como: controles estatísticos, sistemas

avaliativos, ranqueamentos. Para o governo é uma forma de regular o sistema educacional a

distância inserindo-se “profundamente nas culturas, práticas e subjetividades das instituições

do setor público e de seus trabalhadores, sem parecer fazê-lo”. (BALL, 2004, p. 1116).

Interessante destacar que o SAERS/2005 aplicado em escolas de duas Coordenarias

Regionais de Educação não faz referência a Lei de Gestão Democrática que institui um

Sistema de Avaliação em todas as escolas de rede pública.

A aplicação das provas foi de maneira diferenciada com relação às provas de

1996/1998 onde os alunos responderam a apenas uma prova de uma disciplina, ou seja, quem

respondeu Português não fez a prova de Matemática e vice-versa. Em 2005 os alunos

responderiam testes com questões de Português e Matemática na mesma prova e ainda a um

questionário para identificar aspectos socioeconômicos e culturais. Ressalta-se que, no

SAERS/2005, participaram somente os alunos do Ensino Fundamental, excluindo os alunos

do Ensino Médio que já haviam participado de avaliações nos anos de 1996/1997/1998.

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Com o Contrato de Gestão o Estado previa atingir a posição de melhor rede de ensino

público do país. E com o Subcontrato pretendia fazer com que a escola contribuísse com a

respectiva CRE com vista a alcançar a posição de melhor CRE do Estado.

A questão é se uma avaliação amostral, que envolveu apenas duas CREs e 115 escolas

da rede estadual de ensino, poderia representar a posição de melhor rede de ensino público do

Brasil e, no caso da Coordenadoria ser a melhor do Estado?

Para Franco (2004, p. 53): “[...] estados e municípios, quando envolvem-se com a

avaliação em larga escala, sentem a necessidade de implantar avaliações que alcancem todas

as escolas”. O que não foi o caso do Estado do Rio Grande do Sul neste processo de

avaliação.

Com a não expansão dos Contratos e Subcontratos de Gestão, as avaliações nos anos

seguintes deste governo não ocorreram. O retorno ao processo se deu na gestão de 2007 a

2010 no governo de Yeda Rorato Crusius.

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6 O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO RIO GRANDE

DO SUL – SAERS, NO PERÍODO DE 2007 A 2009 (GOVERNO YEDA RORATO

CRUSIUS)

Este capítulo trata da implantação do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do

Estado do Rio Grande do Sul - SAERS no período de 2007 a 2009 da então governadora

Yeda Rorato Crusius (2007/2010). Descrevendo os documentos normativos, projetos,

relatórios e informações que esclarecem sobre o objetivo, finalidade, operacionalização,

abrangência e divulgação dos resultados.

Tal como nos outros capítulos, os documentos encontrados foram organizados em um

quadro, por data de emissão e localização, nomeando os secretários(as) responsáveis pela

pasta da Educação do Estado do período de governo. Neste processo de avaliação foi

pertinente arrolar os periódicos emitidos pela empresa responsável pela divulgação dos

resultados. Tais instrumentos foram disponibilizado às escolas e, portanto, a autora como

gestora de escola teve acesso aos mesmos.

Quadro 16 - Governadores/RS, Secretários (as) de Educação/RS, documentos/ localização

Governador Secretário(a)de Educação

Documentos Localização

Yeda Rorato Crusius (2007/2010)

Mariza Abreu Ervino Deon

- Decreto 45.300/2007 instituindo o SAERS no Ensino Fundamental e Médio; - Projeto Básico SAERS/2007; - Boletins pedagógicos das avaliações/2007; - Plano Plurianual- 2008/2011. - Projeto Básico SAERS/2008; - Boletins pedagógicos das avaliações/2008; - Projeto Básico SAERS/2009; - Guia de Estudos – avaliação 2009; - Boletins pedagógicos das avaliações/2009;

Site*

SEE/RS Escola Site**

SEE/RS Escola

SEE/RS Escola Escola

Fonte: Elaborado pela autora. *Rio Grande do Sul, (2007d). **Rio Grande do Sul (2008-2011).

Junto ao movimento - Compromisso Todos pela Educação - que acontecia em âmbito

nacional desde 2006, o Estado do Rio Grande do Sul implementou um programa chamado

Agenda 2020 – O Rio Grande Que Queremos.

A Agenda 2020 é um conjunto de projetos com vista ao desenvolvimento do Estado do

Rio Grande do Sul. Divulgada como sendo um movimento, lançado em setembro de 2006,

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entre o governo, empresários, partidos políticos, ONGs e instituições de ensino superior.

Entre as 10 propostas, categorizadas por Fórum Temático, figurava a Educação, que

apresentava como objetivo “construir propostas concretas de interesse do conjunto da

sociedade rio-grandense a partir da ideia de transformar o Rio Grande do Sul no melhor

Estado para se viver e trabalhar” (ABREU, 2011).

Diante destas discussões, em abril de 2008, realizou-se no Palácio do governo do

Estado do Rio Grande do Sul, com a presença do chefe do Executivo e lideranças do

movimento, a adesão do governo ao Movimento Todos pela Educação. Por iniciativa da SEE

/RS, mas em articulação com as metas do Todos pela Educação, a Agenda 2020, na área da

educação, desdobrou-se em dois projetos - Educação Básica de Qualidade e Educação

Profissional. O projeto Educação Básica de Qualidade foi organizado em quatro pilares:

acesso e permanência, avaliação da aprendizagem, valorização do magistério e recursos para

educação (ABREU, 2011).

Neste sentido percebe-se que as políticas educacionais que vinham sendo discutidas

tanto em nível nacional quanto local desde 2006 passaram a compor o quadro do governo a

partir de 2007.

Eleita a candidata Yeda Rorato Crusius o seu Plano de Governo veio com a proposta

de construir “um novo jeito de governar” (RIO GRANDE DO SUL, 2007/2010, p. 2), para

isto apresentava-se dividido em três grandes eixos: Desenvolvimento Econômico e

Sustentável; Desenvolvimento Social; Finanças e Gestão Pública. Dentre as metas propostas

no Desenvolvimento Social estava a Educação.

O Plano apontava as características e necessidades do Estado do Rio Grande do Sul

nas diversas áreas. Quanto à educação, relatava as perdas de posições do Estado nas

avaliações realizadas pelo MEC, onde, de 2003 para 2005, o Rio Grande do Sul foi um dos

Estados que apresentou os piores resultados em Português e Matemática, nas 4ª e 8ª séries do

Ensino Fundamental com queda significada na sua posição em relação aos demais Estados da

federação conforme demonstra o quadro a seguir:

Quadro 17 - Posições do Estado do Rio Grande do Sul, em nível nacional, nas avaliações do MEC nos anos de 2003 e 2005

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Disciplinas/ Séries 2003 2005 Português - 4ª série EF 3º lugar 7º lugar Matemática - 4ª série EF 3º lugar 5º lugar Português e Matemática – 8ª série EF 1º lugar 6º lugar

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2007/2010)

Em 2003, na avaliação realizada pelo MEC, o Estado do Rio Grande do Sul alcançou

entre o primeiro e o terceiro lugar e em 2005 situou-se entre o quinto e sétimo lugar nas

disciplinas de Português e Matemática no nível fundamental.

Juntando-se a esta situação, o Estado vinha apresentando crescimento nas taxas de

repetência e evasão evidenciando a necessidade de melhorar o fluxo escolar para elevar os

níveis de aprendizagem dos alunos (RIO GRANDE DO SUL, 2007/2010).

Para o enfrentamento de parte destes problemas o Plano de Governo previa: revisar os

currículos escolares com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais, nas competências e

habilidades cognitivas das matrizes de referência do SAEB e do ENEM; valorizar os

professores; qualificar os concursos públicos para o magistério, ampliar a oferta de formação

continuada aos docentes, em parceria com o MEC e os municípios e equipar as escolas com

novas tecnologias. Quanto a avaliação externa a proposta era “Consolidar um sistema gaúcho

de avaliação externa do rendimento escolar dos alunos nos ensinos fundamentais e médio, em

parceria com o MEC e com os municípios, a exemplo do que já existe em outros estados”

Percebe-se a preocupação eminente do governo frente às características da educação

do Estado do Rio Grande do Sul apresentadas nas avaliações de nível nacional e a necessidade

de uma avaliação própria para o Estado com articulação do MEC e participação dos

municípios.

O governo de Yeda Rorato Crusius iniciou-se sob uma série de conflitos na área

educacional. Os enfrentamentos foram no atraso de repasse dos recursos da autonomia

financeira para as escolas, na falta de docentes, no remanejo dos professores que estavam fora

de sala de aula, em setores (biblioteca, supervisão, orientação), para a docência e a

enturmação no ensino fundamental e médio que gerou a redução de muitas turmas.

Para o processo de enturmação o governo seguiu os pareceres normatizados pelo

Conselho Estadual de Educação – CEED:

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Parecer CEED/RS nº 398/2005 - recomenda que: de 0 a 2 anos – até 05 crianças por

professor; 3 anos – até 15 crianças por professor; 4 até completar 6 anos – até 20 crianças por

professor ( RIO GRANDE DO SUL, 2005f);

Parecer CEED/RS nº 1.400/2002 - recomenda para o 1º ano do ensino fundamental até

25 alunos; do 2º ao 4º ano até 30 alunos e do 5º ao 9º ano até 35 alunos. Quanto às salas de

aula devem obedecer à proporção de 1,20m² por aluno em cada sala (RIO GRANDE DO

SUL, 2002).

Parecer CEED/RS nº 0580/2000 – recomenda para o Ensino Médio a ocupação

calculada na razão de 1,20m², por aluno, não podendo ter área inferior a 15,00m² e limite

máximo de 50 alunos por sala de aula (RIO GRANDE DO SUL, 2000).

Para Mariza Abreu, secretária da educação, estas medidas de “remanejamento de

professores de atividades não docentes para a docência e a reorganização das turmas das

escolas estaduais”, referiam-se a um novo padrão de gestão educacional com ações previstas

para 2007 e 2008 na área de gestão de recursos humanos e financeiros, objetivando a melhoria

da qualidade da educação (ABREU, 2011, p. 24-25).

Neste mesmo período, a autora deste estudo exercia, pela primeira vez, o cargo de

diretora de uma escola da rede estadual de ensino. Foi um período tumultuado. As

insatisfações e dificuldades eram muitas em virtude destas estratégias de atuação do governo,

que acreditava que, com estas ações, elevaria a qualidade da educação do Estado.

Em 2007, o governo do Estado, encaminhou para a aprovação na Assembléia

Legislativa o Plano Estadual de Educação – PEE/2007. Este seria o quinto plano educacional

que vinha sendo elaborado no Estado desde governos anteriores o qual, entretanto, não entrou

em vigor por não ter sido aprovado.

O anteprojeto do PEE/2007 estabelecia diagnósticos, diretrizes, objetivos e metas para

os diferentes níveis e modalidades de ensino, para temas considerados relevantes, para a

Valorização e Formação dos Professores e para Financiamento e Gestão da Educação. Na

Educação Básica, havia uma única referência ao sistema de avaliação mencionada nos

objetivos e metas no Ensino Médio, deixando claro que as avaliações deveriam ser utilizadas

para a implementação do currículo deste nível de ensino.

Desenvolver, nas escolas de ensino médio, através do currículo, os conhecimentos, as habilidades e as competências dos alunos, como forma de

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possibilitar níveis satisfatórios de desempenho definidos pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), pelo Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) e pelos sistemas de avaliação que venham a ser implantados no Estado (RIO GRANDE DO SUL, 2007a, p. 39).

Na Valorização e Formação dos Professores, o anteprojeto fazia menção, dentre os

objetivos, de articular a formação continuada dos docentes com a avaliação externa do

rendimento do aluno e a melhoria da qualidade do ensino.

Entre os diagnósticos das políticas de Financiamento e Gestão da Educação o

anteprojeto esclarecia que o Estado interrompeu o processo de avaliação externa do

rendimento escolar implantado em 1996 e sua retomada estaria prevista para 2004. O que não

correu, pois a retomada do Sistema de Avaliação ocorreu somente em 2005 e ainda como já

vimos, como um projeto piloto em apenas duas CREs.

Pelo exposto, mesmo o PEE/2007 do Estado do Rio Grande do Sul não ter sido votado

pela Assembléia Legislativa vale ressaltar que esboçava a importância de um Sistema de

Avaliação Externa. Não explicitava os objetivos e metas específicas para o nível fundamental

de ensino quanto a um sistema de avaliação, a não ser na formulação do currículo no ensino

médio com vista a desenvolver níveis de competência e habilidade para o processo de

avaliação do MEC. Estabelecia articular a formação continuada dos docentes com o

desempenho dos alunos.

É pertinente comentar que, tanto o Plano Plurianual de 2004/2007 e o PEE/2007

previam a retomada do processo de avaliação externa das escolas estaduais, implementando

uma sistemática periódica de avaliação do desempenho escolar através da aplicação de

instrumentos aos alunos.

Com a Lei 12.749 de 20 de julho de 2007, que dispõe sobre o Plano Plurianual – PPA

fica consolidado o PPA do Estado do Rio Grande do Sul para o quadriênio 2008-20111.

Assim, o PPA/2008-2011 estabelecia a “revisão dos currículos escolares com base nos

parâmetros nacionais, nas competências e habilidades cognitivas das matrizes de referência do

Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), do Exame Nacional de Ensino Médio

(ENEM) e da Prova Brasil”. (p. 72). Esta revisão curricular vinha assentada na preocupação

1 A elaboração do PPA 2008-2011 afigura-se como uma oportunidade de intensificar o processo de qualificação

da gestão já iniciado com o PPA 2004-2007 [...] e refletindo, no Plano, os grandes objetivos do Governo, seus programas e projetos estruturantes, formulados a partir de uma base estratégica forte, que conferirá unidade à ação governamental e permitirá que se avaliem esses instrumentos ao longo da execução (RIO GRANDE DO SUL, 2008/2011).

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com a universalização do acesso, redução do índice de reprovação e da evasão escolar. Neste

sentido, o Governo Estadual objetivava estabelecer escalas de habilidades e competências

cognitivas a serem desenvolvidas em língua portuguesa, matemática e na alfabetização para o

nível fundamental e médio (PPA, 2008-2011).

No que se refere ao processo de avaliação no Estado, o PPA 2008-2011 pontuava a

“implantação de um sistema de avaliação externa que permita aferir os níveis de

aprendizagem na rede de ensino gaúcha comparado a padrões nacionais e internacionais (RIO

GRANDE DO SUL, 2008-2011, p. 73). Salientando também que o Sistema de Avaliação

seria implantado em 2008/2010 em parceria com a rede municipal e particular de ensino. E

que seria oferecida, aos professores, a formação continuada ao trabalho em sala de aula para o

efetivo aumento dos níveis de aprendizagem dos alunos.

Neste sentido, o Plano Plurianual reúne as metas contempladas na Agenda 2020 - o

Rio Grande que Queremos - e o Plano de Governo 2007/2010.

Identificado ainda com o movimento Compromisso Todos pela Educação e com as

metas da Agenda 2020 - o Rio Grande que Queremos, o Estado do Rio Grande do Sul lançou

Os Programas Estruturantes.

Os Programas Estruturantes foram sendo construídos a partir de 2007 sob um novo

“modelo de gestão por resultados” (ABREU, 2011 p. 61), que veio instituído pelo Decreto

45.273 de 04 de Outubro de 2007 que, entre as diretrizes e competências, normatizava a

implementação da “Modernização da Gestão Pública” sob a perspectiva de um gerencialismo

intensino dos Projetos e Programas , tendo como base as Diretrizes Estratégicas e prioridades

estabelecidas no PPA 2008/2011 contribuindo para a melhoria dos níveis de eficácia, eficiência

e efetividade da ação pública (RIO GRANDE DO SUL, 2007e).

Esta normativa veio em consonância com o projeto de governo previsto pela

governadora em exercício, Yeda Rorato Crusius, enquanto canditada ao governo do Estado do

Rio Grande do Sul, quando pontuava um novo jeito de governar, ou seja, um governo com

gerenciamento intensivo em busca de resultados.

Esta medologia de gerencialismo intensino de projeto foi desenvolvida por uma

consultoria externa, o Instituto de Desenvolvimento Gerencial –

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INDG2, e disponibilizada a Secretaria do Planejamento e Gestão – SEPLAG e ao

Departamento de Monitoramento de Projetos – DEPROJ (RIO GRANDE DO SUL, 2011a).

Os Programas Estruturantes eram um conjunto de programas em diferentes áreas de

atuação do governo que visavam as prioridades e necessidades da sociedade, estruturados em

três importantes eixos: Desenvolvimento Econômico Sustentável; Desenvolvimento Social;

Gestão Pública e Finanças.

Quadro 18 - Programas Estruturantes 2007/2010

Eixos (três)

Desenvolvimento Econômico e Sustentável

Desenvolvimento Social Gestão Pública e Finanças

Programas(doze)

1.Terra Grande do Sul; 2.Mais Trabalho mais Futuro; 3.Irrigação é a Solução; 4.Duplica RS.

1.Saúde Perto de Voce; 2.Emancipar; 3.Saneamento em Ação; 4.Cidadão Seguro; 5.Nossas Cidades; 6.Boa Escola Para Todos:

� Sala de Aula Digital;

� Professor nota 10; � Escola Legal; � Centros de

Referência na Educação Profissional;

� SAERS:-Avaliaçlão do Ensino Fundamental e Médio; -Projeto Alfabetização

1.Governo de Resultados; 2.Ajuste Fiscal;

Fonte: Adaptado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2011a).

Os Programas Estruturantes apresentavam-se composto por doze programas

distribuídos em três eixos. Estes programas dividiam-se em 48 projetos que por sua vez se

estendiam em 123 ações. No eixo Desenvolvimento Social encontra-se o Programa Boa

Escola Para Todos. Entre os projetos vinculados a este Programa estava o Sistema de

Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do Sul - SAERS, cujas ações

previstas para este projeto eram a avaliação do Ensino Fundamental e o Projeto Alfabetização

2 INDG – Instituto de Desenvolvimento Gerencial se destina ao desenvolvimento e difusão de métodos e

técnicas de gerenciamento, voltados à obtenção de resultados nas organizações privadas e públicas. Os projetos são definidos por meio da identificação das necessidades da organização. É feito um planejamento inicial, que consta da meta e das macroetapas de ação. Ao longo do trabalho, são feitos os acompanhamentos e ajustes necessários para que as metas inicialmente definidas sejam alcançadas, sendo um diferencial orientar, acompanhar e participar efetivamente da implementação. (INDG, 2011).

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voltado para alunos com seis anos de idade matriculados no 1º e 2º anos do Ensino

fundamental de 9 anos.

O Programa Boa Escola para Todos foi lançado oficialmente em junho de 2008 e

divulgado amplamente pela Secretaria de Educação (ABREU, 2011). Esta divulgação veio em

consonância com o determinado no Decreto 45.273/2007 quanto a divulgação das

informações, dos resultados e das metas dos programas e projetos sumetidos ao

gerenciamento intesivo (RIO GRANDE DO SUL, 2007e).

Para Abreu (2011) as metas estabelecidas no programa Boa Escola para Todos não

referem-se a resultados educacionais, ou seja, metas-fim, como taxas de atendimento

educacional, redução de abandono e aumento de aprovação dos alunos, mas sim, como metas

– meio. Isto devido as dificuldades do gestor educacional implementar medidas de estímulos e

cobrança de resultados às escolas e aos professores. Isto, segundo a mesma autora, devido a

dois fatores: por um lado, na avaliação da Secretaria da Educação, desta gestão, ter ocorrido

um ‘excesso’ de autonomia da escola estadual e, por outro a escassez de recursos financeiros

destinados à escola. “ As escolas precisam prestar contas. Trata-se do conceito de autonomia

da escola que precisa ser revisto, de forma articulada ao da responsabilização” (ABREU 2011,

p. 62).

Para gerenciar os programas, o Decreto 45.273/2007, que versava sobre

gerencialismo intensivo, no Art. 5º determinava:

As responsabilidades diretas pelo gerenciamento intensivo dos programas e projetos serão atribuídas às seguintes funções: I - Secretário de Estado Responsável; II - Coordenador Executivo do Programa; III - Gerente do Projeto (RIO GRANDE DO SUL, 2007e).

Assim, os Programas Estruturantes apresentavam uma hierarquia de gerenciamento

intensivo onde o secretário seria o primeiro responsável pelo gerenciamento dos Programas,

seguido de um Coordenador do Programa e por fim de um Gerente do Projeto. Neste sentido,

as responsáveis pelo programa foram: “a Secretária de Educação Mariza Abreu e a

Coordenadora Executiva e Assessora Técnica da Secretaria de Educação Maria da Graça

Pinto Bulhões” (AMARAL, 2010, p. 144).

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Cada Programa Estruturante possuia um Termo de Compromisso de Resultados –

TCR, elaborado pela Secretaria do Planejamneto e Gestão, firmado entre a governadora, o

Secretário responsável, o Coordernador Executivo e os Gerentes dos Projetos.

O Termo de Compromisso de Resultados (TCR) do Programa Estruturante Boa Escola para Todos – Educação para o Dersenvolvimento é formado por cinco projetos estruturantes, cada um com seu objetivo, indicadores e metas, global e anuais, para os anos de 2008, 2009 e 2010. O TCR foi assinado em 14 de março de 2008, pela governadora do Estado, a Secretária da Educação, como responsável pelo programa, os chamados Secretários intervenientes, e integrantes da equipe diretora da Secretaria da Educação responsáveis pelos projetos do programa (ABREU, 2011, p. 62).

Desta forma ficavam definidos os responsáveis por cada etapa dos programas e dos

projetos para fins de cumprimento das metas estabelecidas e do controle dos resultados.

Assim, frente a este contexto de gerenciamento intesivo com a constituição de equipes

de responsabilização do acompanhamento dos programas e dos projetos, que a SEE/RS,

passou a orientar o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande

do Sul – SAERS para a gestão 2007/2010.

6.1 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2007

Em 2007, iniciaram-se estudos que culminaram com uma nova parceria firmada entre

a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul - SEE/RS, a União Nacional de Dirigentes

Municipais de Educação - UNDIME/RS e o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino

Privado no Estado do Rio Grande do Sul - SINEPE/RS – cujo objetivo era a retomada do

processo de avaliação externa das escolas públicas, já implantado nos anos de 1996, 1997,

1998 e 2005. Os trabalhos seriam coordenados pela SEE/RS, por intermédio do DEPLAN.

Em notícia divulgada no site da SEE/RS, em 11 de Julho de 2007, Mariza Abreu,

Secretária de Educação do Estado, pontuava que a intenção da Secretaria era complementar as

avaliações realizadas pelo INEP (Prova Brasil), articulando ações que viessem a favorecer a

análise do desempenho dos alunos. “Não queremos que uma prova se sobreponha à outra. O

objetivo é articular as avaliações visando o aproveitamento dos resultados para melhoria da

qualidade da educação”. Salientou ainda que entre as razões para a implantação do sistema

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estavam: avaliar escolas que não são alcançadas nas avaliações do governo federal, divulgar

as provas, após a aplicação, para análise e aproximar o conteúdo com a realidade do Estado.

“Precisamos melhorar nossos parâmetros educacionais” (RIO GRANDE DO SUL, 2007f).

Neste contexto, em setembro de 2007, a SEE/RS emitiu o documento - Projeto Básico

do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS/2007 –

Ensino Fundamental e Ensino Médio (RIO GRANDE DO SUL, 2007c). Este tal como o

Projeto Básico/2005, também apresentava os aspectos técnicos, operacionais e metodológicos

que orientariam o SAERS/2007, como ainda os produtos e serviços a serem contratados, por

uma empresa terceirizada por meio de processo licitatório.

Os objetivos propostos no Projeto/2007, quanto à avaliação, eram diagnosticar as

habilidades cognitivas nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática nos alunos de 2ª série/3º

ano e 5ª série/6º ano do ensino fundamental e 1º ano de ensino médio e contribuir para

ampliar a competência do professor na área de avaliação e na busca de alternativas didáticas

mais adequadas ao processo de aprendizagem dos alunos (RIO GRANDE DO SUL, 2007c).

Quanto à finalidade do SAERS, o mesmo documento, reiterava o que já vinha

explícito no Projeto/2005, ou seja, fornecer subsídios para a correção de políticas

educacionais, visando à qualidade do ensino, a autonomia da escola, parcerias com outros

segmentos sociais e o desenvolvimento de uma cultura de avaliação.

Estabelecia também que as atividades de cadastro de escolas, turmas e de alunos,

elaboração das provas e questionários, empacotamento, distribuição, recolhimento e análise

dos instrumentos fossem de responsabilidade da contratada. Como ainda deveriam ser

fornecidos, em meio magnético (CD-Rom) e em cópia impressa, à SEE/RS e SMEDs que

participassem do processo, a análise dos resultados, os boletins de desempenho e os relatórios

da avaliação.

Para a elaboração das provas deveria ser levado em consideração: as Diretrizes

Curriculares Nacionais – DCNs e os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs para o ensino

Fundamental e Médio; a Matrizes de Referência do SAEB; os textos dos livros didáticos mais

solicitados pelos professores da rede pública estadual e municipal do RS no Programa

Nacional do Livro Didático - PNLD; inclusão de itens cedidos pelo INEP/MEC que

viabilizem a comparação dos resultados da 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental e do

Ensino Médio com o SAEB; o acompanhamento da seleção de itens durante a elaboração das

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provas por comissão de especialistas indicados pela SEE/RS, pela UNDIME/RS e o

SINEPE/RS (RIO GRANDE DO SUL, 2007c).

Segundo o Projeto Básico do SAERS/2007 os boletins que seriam enviados às escolas

com os resultados dos alunos deveriam conter: o percentual de acertos em cada questão da

prova, a habilidade média dos alunos em cada componente curricular, os níveis da escala de

desempenho, utilizando-se a escala do SAEB para a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental e

para o 1º ano do Ensino Médio; distribuição dos alunos pelos níveis da escala de desempenho;

e o nível de alfabetização dos alunos da 2ª série/3º ano do Ensino Fundamental. Estes boletins

seriam emitidos por escola, incluindo todas as turmas que participaram, por Município e por

CREs.

Observa-se que, do Projeto Básico de 2005 para o de Projeto Básico de 2007 houve a

inclusão do Ensino Médio, isto porque este nível de ensino passou a participar do processo de

avaliação.

Os relatórios que deveriam ser entregues, pela contratada, nesta avaliação eram os

mesmos solicitados no Projeto Básico/2005, ou seja, do perfil dos alunos, dos professores, dos

diretores ou supervisores, das condições de infra-estrutura das escolas, das variáveis que

interferem nos resultados do desempenho dos alunos, e por fim, o relatório geral do

SAERS/2005, com gráficos e tabelas relativos aos principais resultados. Este relatório final

deveria ainda conter: características gerais da avaliação, apresentação dos dados e

participação do processo, análise dos resultados do desempenho em cada disciplina, série,

escola e rede de ensino, conclusões finais e recomendações (RIO GRANDE DO SUL, 2007c).

Para a correção e processamentos dos dados das provas, dos questionários de alunos,

professores e diretores ou supervisores a responsabilidade seria da contratada segundo

normativas estabelecidas no projeto. A base de dados deveria ser organizada de maneira

estruturada em arquivos por Município, rede de ensino, escola, série/ano, turno e turma

disponibilizando os resultados à SEE/RS. Esta análise estatística dos dados seria de acordo

com a Teoria de Resposta ao Item – TRI (RIO GRANDE DO SUL, 2007c).

Quanto aos produtos e serviços que seriam contratos, o Projeto/2007, estabelecia que a

contratada tivesse profissionais tecnicamente qualificados e com perfil de acordo com as

funções a serem desempenhadas. Esta exigência não estava estabelecida no Projeto do

SAERS/2005.

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As equipes de aplicação da avaliação, seriam compostas por 30 coordenadores

regionais (não remunerados), 1 supervisor regional para cada 40 turmas, perfazendo um total

de cerca de 350 supervisores regionais, e 1 aplicador para cada turma (sendo que o supervisor

regional e o aplicador seriam remunerados). Caberia a contratada o treinamento destas

equipes de avaliação e o pagamento das despesas que aconteceria em Porto Alegre com

duração de até 2 dias. A contratada seria responsável pela aplicação dos instrumentos de

avaliação de acordo com um cronograma fixado pela SEE/RS, e a esta caberia a

responsabilidade pelos materiais e procedimentos de divulgação da avaliação a comunidade

escolar.

O SAERS/2007, para os Municípios, tratava-se agora de “verificar se as políticas

adotadas reverteram em melhoria dos níveis de aprendizagem dos alunos”. Já para a SEE/RS,

além de acompanhar os resultados obtidos na avaliação de 2005, implementaria o processo

avaliativo do desempenho dos alunos de forma a “possibilitar a reorientação das políticas

públicas de educação nos quatro anos subseqüentes correspondentes a execução do Plano

Plurianual elaborado em 2007” (RIO GRANDE DO SUL, 2007c, p.3).

A empresa contratada para a elaboração do SAERS/2007 foi o Centro de Políticas

Públicas e Avaliação da Educação – CAEd da Universidade Federal de Juiz de Fora.

A partir do Projeto Básico de Avaliação/2007, a então governadora do Estado do Rio

Grande do Sul, Yeda Rorato Crusius, através do Decreto nº 45.300 de 30 de Outubro de 2007,

publicado no DOE nº 207, de 31 de outubro de 2007 institui o Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS sob a coordenação e execução da

Secretaria de Educação do Estado por intermédio do Departamento de Planejamento.

Segundo este documento, o SAERS seria aplicado em todas as escolas estaduais

urbanas e rurais, com periodicidade não superior a 2 anos, podendo escolas municipais e

particulares aderirem ao processo. Participariam das provas os alunos de 2ª série/3º ano e 5ª

série/6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio. As provas avaliariam

habilidades e competências cognitivas em Língua Portuguesa e Matemática. Além dos testes,

alunos, professores, diretores ou supervisores e aplicadores também deveriam preencher um

questionário, com a finalidade de avaliar o rendimento escolar e as condições internas e

externas à escola que interferem no desempenho escolar.

Normatizava ainda que, os resultados, deveriam ser analisados com base na Teoria de

Resposta ao Item, apresentadas na escala de proficiência do SAEB e divulgados por turma,

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escola, CREs e conjunto da rede estadual. Como ainda serem considerados para a

implementação na formação continuada de professores com base nas dificuldades dos alunos

diagnosticadas pela avaliação, na divulgação das práticas desenvolvidas pelas escolas com os

melhores resultados e na identificação das escolas que apresentassem resultados não

satisfatórios na aprendizagem de seus alunos para apoio do poder público (RIO GRANDE

DO SUL, 2007d).

Assim, o Decreto 45.300/ 2007 além de complementar a Lei Estadual 10.576/1995 da

Gestão Democrática do Ensino, que determinava a elaboração e execução de um Sistema de

Avaliação em todas as escolas da rede pública estadual, institucionalizava o Sistema de

Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS, normatizando a

periodicidade de aplicação da avaliação, as séries, turmas e disciplinas avaliadas, divulgação e

uso dos resultados.

Para a montagem dos testes, a partir da avaliação de 2007, foi utilizado o modelo

chamado Blocos Incompletos Balanceados – BIB, onde os itens são organizados em blocos

que compõe diferentes cadernos de maneira a contemplar as habilidades básicas para cada

nível de escolaridade avaliado. Para a 2ª série / 3º ano foram utilizados 49 itens de Língua

Portuguesa e 49 itens de Matemática. Para ao 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental foram

70 itens em cada disciplina e para o 1º ano do Ensino Médio foram elaborados 91 itens

também em cada disciplina. Através do BIB, foram elaborados modelos diferentes de

cadernos de provas, com o objetivo de fornecer uma escala de habilidade única e comparável

com a escala gerada em 2005. Foram definidos cerca de 20% de itens comuns entre a

avaliação de 2005 e a de 2007 com o fim de garantir a comparabilidade dos resultados. Além

de contar com itens do banco de questões do INEP (Prova Brasil): para a 2ª série, questões da

2ª série; para os testes da 5ª série questões da 4ª série e para o 1º ano do Ensino Fundamental

questões da 8ª série do Ensino Fundamental (BOLETIM PEDAGÒGICO, 2007a, b, c).

Desta forma, as provas da 2ª série/ 3º ano, 5ª série /6º ano do Ensino Fundamental e do

1º ano do Ensino Médio eram objetivas com questões de múltipla escolha. Cada caderno de

prova era numerado. Os de numeração par iniciavam com os blocos de Português e os

cadernos ímpares com os blocos de Matemática. Os cadernos tiveram a seguinte estruturação:

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Quadro 19 - Estruturação das provas de Português e Matemática do SAERS/ 2007 em cada série e nível de ensino

2ª série/ 3º ano Ensino Fundamental

5ª série/ 6º ano Ensino Fundamental

1º ano Ensino Médio

Questionário

Língua

Portuguesa

2 blocos com 14 questões;

2 blocos com 20 questões

2 blocos com 26 questões

Matemática 2 blocos com 14 questões

2 blocos com 20 questões

2 blocos com 26 questões

Total de

questões

respondidas

pelos

alunos

28 questões mais um ditado composto por um diálogo de 3 frases.

40 questões 52 questões

Alunos 2ª série/ 3º ano do EF questões sobre a idade, sexo e frequência à pré-escola.

Alunos 5ª série/ 6º ano do EF e do 1º ano EM questões sobre contexto socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização.

Professores e diretores ou supervisores questões de formação profissional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da escola, recursos pedagógicos e humanos.

Aplicadores questões sobre a infra-estrutura das escolas

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2007c).

Para a 2ª série / 3º ano cada caderno era composto por 2 blocos de Língua Portuguesa

(14 questões) seguidos de 2 blocos de Matemática (14 questões). Cada aluno responderia a

um total de 28 questões com mais um ditado composto por um diálogo de 3 frases a fim de

verificar o nível de alfabetização do aluno. Responderiam, ainda, na capa do caderno de teste

questões sobre a idade, sexo e frequência à pré-escola. Para os alunos de 5ª série/6º ano a

prova era composta 2 blocos de Língua Portuguesa (20 questões) e 2 de Matemática ( 20

questões) totalizando 40 itens a serem respondidos. Para os alunos do 1º ano do Ensino Médio

o caderno era composto por 2 blocos de Língua Portuguesa (26 questões) e 2 de Matemática

(26 questões) devendo cada aluno responder a 52 itens.Tanto os alunos da 5ª série/ 6º ano do

Ensino Fundamental, quanto os do 1º ano do Ensino Médio responderam questões sobre o

contexto socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização. Professores e diretores

ou supervisores também responderam a um questionário que envolvia sua formação

profissional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão,

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clima acadêmico e disciplinar da escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores

também responderam a questões sobre a infra-estrutura das escolas que participaram do

SAERS/2007.

Conforme notícia divulgada no Jornal Correio do Povo, o SAERS/2007,ocorreu em

quatro dias consecutivos. As primeiras escolas a participarem, no dia 26 de novembro de

2007, foram as escolas rurais. A partir de então participaram as escolas urbanas, assim

distribuídas: dia 27 novembro turmas de 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental; dia 28 de

novembro as turmas de 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e no dia 29 de novembro foi a

vez do 1º ano do Ensino Médio (CORREIO DO POVO, 27 de Novembro de 2007).

Participaram do SAERS/2007 todos os alunos da rede estadual de ensino e alunos da

rede municipal e particular que aderiram ao sistema. As séries avaliadas foram a 2ª série/ 3º

ano e 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio nas disciplinas de

Português e Matemática. Perfazendo um total de 3.296 escolas e 325.483 alunos, conforme a

tabela seguir:

Tabela 3 - Abrangência do SAERS/2007, número de escolas, alunos, séries e disciplinas

Número de Escolas Número de alunos Séries Disciplinas Estaduais 2.715 288.734 Municipais 562 33.337 Privadas 18 3.116 Federal 01 298 Total 3.296 325.485

2ª série/ 3º ano do EF 5ª série/ 6º ano do EF 1ª série do EM

Português Matemática

Fonte: Adaptada pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2011b).

No total de 3.296 escolas e 325.485 alunos, participaram da aplicação 2.715 escolas da

rede estadual de ensino, com um total de 288.734 alunos, 562 escolas municipais com 33.337

alunos, 18 escolas da rede particular com 3.116 alunos e uma federal com 298 alunos.

Após as avaliações e de acordo com a normativa do Projeto Básico de Avaliação/2007,

o CAEd deveria enviar para a SEE/RS e estas para as escolas os Boletins Pedagógicos/2007,

contendo os resultados, por turma, escola e conjunto das escolas públicas estaduais avaliadas

no Estado.

Desta forma, este material apresentou-se composto por cinco Boletins Pedagógicos de

Avaliação da Educação – SAERS (2007a,b,c): um para a 2ª série/3º ano e dois para a 5ª

série/6º ano do Ensino Fundamental (um em Língua Portuguesa e outro em Matemática) e

dois para o 1º ano do Ensino Médio ( um em Língua Portuguesa e outro Matemática). Foram

formatados para dar a impressão de ser uma viagem pelos caminhos da avaliação em larga

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escala. Cada capítulo era denominado de estação e a travessia deveria ocorrer em encontros de

discussões com os professores, equipe diretiva e a equipe pedagógica da escola. Nas Estações

de estudos estavam:

1. As Matrizes de Referência para Avaliação da 2ª série/ 3º ano e 5ª série/ 6º ano nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática: A Matriz de Referência para a

Avaliação elenca um conjunto de habilidades e competências que devem ser

alcançados em cada fase da aprendizagem dos alunos. Esta Matriz surge da Matriz

Curricular de Ensino e contempla apenas as habilidades consideradas importantes

para a elaboração dos testes. É formada por um conjunto de descritores que

abordam uma habilidade e clarificam dois pontos básicos do que se quer avaliar: “o

conteúdo programático e o nível de operação mental necessário para a

aprendizagem”. Reflete a ideia de que a aprendizagem é um processo, ou seja, que

“uma competência se consolida pelo processo de desenvolvimento de habilidades,

que vão desde os níveis mais básicos até os níveis mais complexos” (BOLETIM

PEDAGÓGICO DE AVALIAÇÃO, 2007a, p. 16-17).

2. A composição dos testes de proficiência: Os testes são elaborados seguindo o

modelo denominado Blocos Incompletos Balanceados – BIB, onde os itens são

organizados em blocos com diferentes graus de dificuldades em diferentes

cadernos contemplando todas as habilidades fundamentais para cada série avaliada.

Cada item avalia apenas uma habilidade estando assim, relacionado a um único

descritor e é constituído por três partes: pelo enunciado, pelo comando para a

resposta e pelas alternativas de respostas. Desta maneira é possível comparar as

respostas e verificar se houve avanço no desempenho dos alunos e da escola.

3. A metodologia de análise dos testes: Os resultados dos testes serão analisados

utilizando a Teoria da Resposta ao Item (TRI), que possibilita a comparação do

desempenho dos alunos avaliados e estimativa das proficiências do Estado, Região

e Escola Esta teoria utiliza modelos matemáticos que relacionam a habilidade e a

probabilidade do aluno acertar o item, levando em consideração três parâmetros: o

grau de dificuldade do item; o poder de discriminação, que diz respeito à

capacidade do item de distinguir alunos de diferentes níveis de habilidades; a

probabilidade de acerto ao acaso (chute).

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4. O diagnóstico com análise dos resultados em cada série avaliada de cada escola: O

diagnóstico de cada escola é obtido pelo resultado do desempenho dos alunos na

avaliação. Para isto foi criado um esquema que posiciona a escola considerando as

habilidades e competências avaliadas. É a chamada Escala de Proficiência.

Na escala de proficiência vem descrito, em cada nível, as competências e habilidades

que os alunos devem desenvolver. Para cada uma das disciplinas a escala é única. Para a

disciplina de Língua Portuguesa a escala varia de 0 a 500 pontos e para a disciplina de

Matemática é de 0 a 1000 pontos. Esta pontuação é chamada de níveis de desempenho. Estes

níveis são definidos de acordo com as habilidades demonstradas pelos alunos ao responderem

os itens dos testes.

Tabela 4- Escala de Proficiência e Níveis de desempenho por série e disciplina

Níveis de Desempenho Séries Disciplinas Abaixo do

Básico Básico Adequado Avançado

Português Até 120 120 a 170 170 a 225 Acima de 225

2ª Série/ 3º ano Ensino Fundamental Matemática

Até 725 725 a 800 800 a 850 Acima de 850

Português Até 165 165 a 220 220 a 290 Acima de 290

5ª Série/ 6º ano Ensino Fundamental Matemática

Até 190 190 a 245 245 a 295 Acima de 295

Português Até 210 210 a 285 285 a 335 Acima de 335

1º ano do Ensino Médio Matemática

Até 240 240 a 315 315 a 365 Acima de 365

Fonte: Adaptada pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2011b).

Os níveis estão divididos em quatro padrões: Abaixo do Básico, Básico, Adequado e

Avançado. Demonstrando o desempenho dos alunos do nível mais baixo para o mais alto.

Conforme a pontuação atingida pelos alunos em cada série e por disciplina o resultado

indicará em que nível de desempenho os alunos se encontram.

Abaixo do Básico - Os alunos aqui representados apresentam um conhecimento

rudimentar e superficial, abaixo dos valores esperados;

Básico - Os alunos neste padrão apresentam um conhecimento parcial e restrito,

demonstrando que desenvolveram parcialmente as competências esperadas considerando

idade/série.

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Adequado - Os alunos que aqui se encontram demonstram um sólido conhecimento e

desenvolveram as habilidades esperadas dentro do seu nível de escolaridade.

Avançado – Estes alunos ultrapassam o aprendizado esperado dominando suas

competências, conseguindo resolver questões mais complexas.

Para que as escolas tivessem conhecimento dos níveis de desempenho em que se

encontravam seus alunos, os Boletins Pedagógicos de Avaliação (2007a,b,c) apresentavam

quadros que demonstravam as habilidades agrupadas em cada uma das competências com

seus referidos descritores da Matriz de Referência. Desta maneira os níveis de desempenho

representavam os resultados da avaliação e facilitavam seu uso e entendimento pela equipe

diretiva, coordenação pedagógica, professores, pais e alunos.

Os resultados da avaliação foram divulgados no jornal Correio do Povo com título

“Avaliação de estudantes de 2ª e 5ª série/EF e do 1º ano/EM e revelaram um desempenho

preocupante no RS” (CORREIO DO POVO, 25 de Abril de 2008). Na tabela abaixo é feita

uma relação entre os resultados atingidos pelos alunos no SAERS/2007 e a pontuação do

nível Básico.

Tabela 5 - Média dos resultados do SAERS/2007 e os Níveis de Proficiência

Níveis de Pontuação Séries Disciplinas Pontuação atingida Básico

2ª /3º ano Ensino Fundamental

Português Matemática

152,3762,4

120 a 170 725 a 800

5ª/6º ano Ensino Fundamental

Português Matemática

202,4211,1

165 a 220 190 a 245

1º ano Ensino Médio Português Matemática

249,8263,2

210 a 285 240 a 315

Fonte: Adaptado pela autora, baseada no Jornal Correio do Povo (25 de Abril de 2008).

Percebe-se que todas as séries ficaram com rendimento médio próximo à pontuação

mínima do nível Básico. Para a Secretária de Educação do Estado, Mariza Abreu, estes

resultados já eram esperados e servirão para orientar políticas públicas educacionais. Os

resultados positivos serão incentivados, os negativos terão apoio da SEE/RS e os professores

poderão aperfeiçoar a ação de sala de aula. (CORREIO DO POVO, 29 de Maio de 2008).

Assim, entre o SAERS/2005 e o SAERS/ 2007 significativas alterações ocorreram:

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Quadro 20 - Alterações do SAERS/2005 para o SAERS/2007

SAERS/2005 SAERS/2007 ALTERAÇÕES Contratos e Subcontratos de

Gestão Programa Estruturante Boa Escola para Todos

Empresa contratada Cesgranrio CAEd Escolas de duas CREs Todas as escolas estaduais e

municipais e privadas que aderiram ao processo. Abrangência

Ensino Fundamental Ensino Fundamental e Médio

Teste da 2ª série/3º ano do Ensino Fundamental

Quatro questões subjetivas Ditado de 3 frases

Questionário

Todos os alunos responderam questões de contexto sócio - econômico -cultural e a trajetória de escolarização

Alunos 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental responderam questões, na capa do caderno, sobre a idade, sexo e frequência à pré-escola e os da 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano Ensino Médio questões sobre contexto socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização. Professores, diretores ou supervisores e os aplicadores também responderam a um questionário.

Material entregue pela contratada

Relatório Final Boletins Pedagógicos e Relatórios Finais

Fonte: Elaborado pela autora

O SAERS/2005 foi normatizado por um Contrato de Gestão entre o governo e a

SEE/RS e Subcontratos de Gestão entre a SEE/RS e as escolas participantes do processo.

Estes Contratos e Subcontratos de Gestão estabeleciam metas a serem atingidas com

premiação das escolas que apresentassem melhor desempenho. A partir do SAERS/2007, sob

um gerenciamento intensivo, a avaliação veio inserida no Programa Estruturante Boa escola

para Todos.

Ambas as avaliações tiveram um Projeto Básico que serviria de orientação para a

contratação de uma empresa terceirizada. Em 2005 foi a Fundação Cesgranrio e em 2007 foi o

Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação CAEd da Universidade Federal de Juiz

de Fora.

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No SAERS/2005, participaram somente os alunos do Ensino Fundamental de duas

CREs, enquanto que em 2007 incluíram-se todas as escolas da rede estadual de ensino e os

alunos do 1º ano do Ensino Médio, com participação das redes municipais e privadas que

quisessem aderir ao processo.

Os alunos da 2ª série do Ensino Fundamental, na avaliação de 2005, responderam

quatro questões subjetivas e no SAERS/2007, a mesma série precisou fazer um ditado de três

frases, sendo que ambas as avaliações tinha o mesmo objetivo, nesta tarefa, de verificar o

nível de alfabetização destes alunos.

No SAERS/2005 todos os alunos responderam questões de contexto sócio econômico

e cultural e a trajetória de escolarização, enquanto que em 2007 os alunos 2ª série/ 3º ano do

Ensino Fundamental responderam questões, na capa do caderno, sobre a idade, sexo e

frequência à pré-escola e os da 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano Ensino

Médio questões sobre contexto socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização.

Entretanto nas duas avaliações professores e diretores ou supervisores responderam a um

questionário que envolvia sua formação profissional, práticas pedagógicas, nível

socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da

escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores também responderam a questões

sobre a infra-estrutura das escolas em ambas as avaliações.

Quanto a elaboração das provas no SAERS/2007, foi utilizado as Diretrizes

Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e quanto

o acompanhamento, da seleção de itens, por uma equipe de especialistas indicados pela

SEE/RS, UNDIME e pelo SINEPE.

Para a preparação da próxima edição do SAERS, a SEE/RS promoveu 15 encontros com

os diretores das escolas estaduais para análise dos resultados do SAERS/2007. De acordo com a

Secretária, Mariza Abreu, os diretores serão estimulados a utilizar os resultados como diagnóstico

para qualificar suas ações pedagógicas (CORREIO DO POVO, 30 de Maio de 2008).

6.2 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2008

Para o SAERS/2008 a Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul

manteve a parceria com a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação –

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UNDIME/RS e com o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Estado do Rio

Grande do Sul – SINEPE/RS. Participaram do processo todas as escolas estaduais urbanas e

rurais, e as escolas municipais e particulares que aderirem ao processo, turmas de 2ª série/ 3º

ano e 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e no 1º ano do Ensino Médio nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática. Além das provas aplicadas aos alunos, deveria ser

respondido um questionário pelos alunos, professores, diretores e aplicadores dos testes.

A 6ª edição do SAERS/2008 seguiu o mesmo desenho metodológico do SAERS/2007.

Também foi elaborado um Projeto Básico de Avaliação para o SAERS/2008, que citava o

Decreto 45.300/2007 como justificava à institucionalização do Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar – SAERS.

Este projeto, tal como os anteriores, apresentava o mesmo objetivo do sistema de

avaliação, ou seja, diagnosticar o desempenho dos estudantes em diferentes áreas do

conhecimento e níveis de escolaridade e a mesma finalidade de subsidiar a implantação, a

reformulação e o monitoramento de políticas educacionais visando à qualidade do ensino, a

autonomia da escola, parcerias com outros segmentos sociais e o desenvolvimento de uma

cultura de avaliação (RIO GRANDE DO SUL, 2008a).

O Projeto Básico/2008 apresentava as mesmas normativas quanto aos serviços e

produtos que seriam contratados por uma empresa. Tais como: profissionais tecnicamente

qualificados; cadastro de escolas, turmas e alunos; elaboração das provas e questionários;

condições de empacotamento, distribuição e recolhimento dos instrumentos; composição e

treinamento das equipes de aplicação da avaliação. A base de dados também deveria ser

organizada de maneira estruturada em arquivos por Município, rede de ensino, escola,

série/ano, turno e turma e pelo fornecimento de boletins de desempenho e relatórios de

avaliação.

Os boletins de desempenho da avaliação de 2008 seguiram as mesmas diretrizes do

Projeto Básico/2007, devendo conter: o percentual de acertos em cada questão da prova, a

habilidade média dos alunos em cada componente curricular, os níveis da escala de

desempenho, utilizando-se a escala do SAEB para a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental e

para o 1º ano do Ensino Médio; distribuição dos alunos pelos níveis da escala de desempenho;

e o nível de alfabetização dos alunos da 2ª série/3º ano do Ensino Fundamental. Seriam

emitidos por escola, incluindo todas as turmas que participaram, por Município e por CREs e

enviados à SEE/RS. No que tange aos relatórios que deveriam entregues pela contratada as

exigências também seguiram as mesmas prescritas no Projeto de 2007, ou seja, do perfil dos

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alunos, dos professores, dos diretores ou supervisores, das condições de infra-estrutura das

escolas, das variáveis que interferem nos resultados do desempenho dos alunos, contendo

gráficos e tabelas relativas aos principais resultados. Esclareceria as características gerais da

avaliação, apresentação dos dados e participação do processo, análise dos resultados do

desempenho em cada disciplina, série, escola e rede de ensino, conclusões finais e

recomendações (RIO GRANDE DO SUL, 2008a).

A grande diferença que veio explícita no Projeto Básico/2008 foi na estrutura e

organização dos Boletins Pedagógicos de Avaliação que deveriam ser enviados às escolas. A

contratada deveria organizá-los da seguinte forma:

• Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, expediente de governo, unidades

avaliadoras, carta da Secretária de Educação e o Sumário.

• Elementos textuais: Conteúdo propriamente dito. Divididos em introdução e

três capítulos:

� Introdução – Esclarecimento, informações, os principais conceitos

utilizados e os motivos geradores de uma avaliação em larga escala, o

histórico da avaliação no Rio Grande do Sul e o esboço da formatação dos

capítulos dos boletins pedagógicos.

� Capítulo 1 – Apresentação da Matriz de Referência do SAERS, a elaboração

e exemplos de Itens, os testes de proficiência e a metodologia de análise,

informação sobre a Teoria da Resposta ao Item - TRI.

� Capítulo 2 – Apresentação, estudos e discussões acerca dos resultados de

cada escola, análise comparativa dos resultados da escola com os da

Coordenadoria Regional de Educação, do Estado e do Brasil,

esclarecimento e estudo de proficiência.

� Capítulo 3 – Análise dos itens que constituíram o teste e sugestões de

atividades para o desenvolvimento das habilidades avaliadas.

• Elementos pós-textuais: Sugestões de leituras e anexo com todos os itens

utilizados nos testes de proficiência.

O SAERS/2008, para os municípios, tratava-se agora de verificar se as políticas

adotadas reverteram em melhoria dos níveis de aprendizagem dos alunos. E para as SEE/RS,

além de acompanhar os resultados obtidos, tratava-se de implementar o processo avaliativo

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do primeiro ano de gestão de maneira a possibilitar a reorientação das políticas públicas

educacionais nos quatro anos subseqüentes correspondente a execução do Plano Plurianual

elaborado em 2007 (RIO GRANDE DO SUL, 2008a).

Quanto a estrutura das provas, o Projeto Básico/2008, apresentava o mesmo número

de questões por série e disciplina, ou seja, a 2ª série responderia 28 questões, 14 de Português

e 14 de Matemática e mais um pequeno ditado de 3 frases. Para os alunos da 5ª série/6º ano

seriam 40 questões, sendo 20 de Português e 20 de Matemática. E para o 1º ano do Ensino

Médio eram 26 questões também em cada disciplina perfazendo um total de 52 questões (RIO

GRANDE DO SUL, 2008a).

Para a elaboração das provas deveria ser considerado os: DCNs e PCNs para o Ensino

Fundamental e Médio; as Matrizes de Referência do SAEB; os textos dos livros didáticos

mais solicitados pelos professores da rede pública estadual e municipal do RS nos PNLDs em

2006, 2007 e 2008; textos selecionados a partir dos tipos de gêneros especificados nas

Matrizes de Referência do SAEB/2008; inclusão de itens que viabilizem a comparação dos

resultados da 5ª série/6º ano e do 1º ano do ensino médio com o SAEB; classificação dos itens

quanto ao grau de dificuldade- fácil – médio - difícil; utilização de diferentes recursos

gráficos (RIO GRANDE DO SUL, 2008a).

Tal como na edição de 2007, os alunos 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental

responderiam questões, na capa do caderno, sobre a idade, sexo e frequência à pré-escola e os

da 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano Ensino Médio questões sobre contexto

socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização. Professores e diretores ou

supervisores preencheriam a um questionário que envolveria sua formação profissional,

práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima

acadêmico e disciplinar da escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores também

responderiam a questões sobre a infra-estrutura das escolas (RIO GRANDE DO SUL, 2008a).

Assim, antes de ocorrer o SAERS/2008, aconteceram no Estado uma série de reuniões

com técnicos da SEE/RS, Coordenadores Regionais das 30 CREs, diretores e vice-diretores

de escolas. Somente em Maio de 2008, foram 22 notícias divulgadas no site da SEE/RS sobre

os encontros que estavam acontecendo. Os temas discutidos referiam-se aos Boletins

Pedagógicos da Avaliação do SAERS/2007 que estavam chegando às escolas, a análise dos

dados e o uso dos resultados para auxiliar no diagnóstico das dificuldades de ensino e

aprendizagem dos alunos e na qualificação das ações pedagógicas. (RIO GRANDE DO SUL,

2008b).

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113

Já no mês de Novembro de 2008, foram mais 17 notícias divulgando, novamente

encontros com as 30 CREs, diretores e vice-diretores das escolas para preparação do

SAERS/2008. Nestes encontros a Secretária de Educação, Mariza Abreu salientou que, para

saber onde queremos chegar, precisamos saber onde estamos. Precisamos saber qual é a

situação atual de aprendizado dos nossos alunos para planejarmos ações para que possam

melhorar sua aprendizagem. (RIO GRANDE DO SUL, 2008b).

O SAERS/2008 ocorreu nos dias 02 a 05 de dezembro de 2008, segundo cronograma

divulgado pelo jornal Correio do Povo:

SAERS será aplicado em novas datas Cronograma do SAERS 2008: Dia 2/12: Para o 1º ano do Ensino Médio (em escolas urbanas). Dia 3/12: Para a 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental (escolas urbanas). Dia 4/12: Para a 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental (escolas urbanas). Dia 5/12: Turmas das escolas rurais (CORREIO DO POVO, 25 de Novembro de 2008).

Participaram do SAERS/2008 o total de 2.724 escolas e 246.886 alunos. As disciplinas

e séries avaliadas foram as mesmas do SAERS/ 2007.

Tabela 6 - Abrangência do SAERS/2008, número de escolas, alunos, séries e disciplinas:

Número de Escolas Número de alunos Séries Disciplinas

Estaduais 2.689 243.584 Municipais 19 610 Privadas 15 2.422 Federal 01 270 Total 2.724 246.886

2ª série/ 3º ano do EF 5ª série/ 6º ano do EF 1ª série do EM

Português Matemática

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2011b).

Foram 2.689 escolas da rede pública estadual, urbanas e rurais, independente do

número de alunos, que participaram do SAERS/2008 com 243.584 alunos. Além de 19

escolas municipais com 610 alunos, 15 escolas particulares com 2.422 e uma escola federal

com 270 alunos.

Convém fazer uma tabela demonstrativa da quantidade de escolas e de alunos que

participaram do SAERS/2007 para o SARES/2008 com o propósito de verificar como foi a

adesão neste processo.

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Tabela 7 - Participação das escolas e dos alunos do SAERS/ 2007 para o SAERS/2008

2007 2008 Redução % Escolas 2.715 2.689 26 -9.6%

Rede Estadual Alunos 288.734 243.584 45.150 -15,6%

Escolas 562 19 543 -96,7% Rede Municipal Alunos 33.337 610 32.727 -98,2% Escolas 18 15 03 -17% Rede Privada Alunos 3.116 2.422 694 -22,3% Escolas 01 01 Federal Alunos 298 270 28 -9,4% Escolas 3.296 2.724 572 -17,4% Total Alunos 325.485 246.886 78.599 -24,1%

Fonte: Elaborado pela autora.

Desta forma, percebe-se que ocorreu um decréscimo tanto no número de escolas

quanto de alunos participantes da avaliação de 2007 para a avaliação de 2008. As escolas da

rede estadual tiveram uma baixa de 26 instituições (-9.6%) e de 45.150 (-15,6%) alunos. As

escolas da rede municipal a adesão reduziu de 562 instituições para 19 escolas (-96,7%) e de

33.337 estudantes para 610 (-98,2%) alunos. As escolas da rede privada tiveram uma redução

de 03 (-17%) e de 694 alunos (-22,3%). A escola federal permaneceu a mesma, entretanto o

número de alunos participantes reduziu em 28 estudantes (-9,4%). O total de escolas

participantes no SAERS/2009 apresentou uma baixa de 572 unidades (-17,4%) e de 78.599

alunos (-24,1%).

Após o processo de avaliação foram enviados às escolas os Boletins Pedagógicos de

Avaliação da Educação (2008a,b,c) contendo os resultados do SAERS/2008. Tal como no

SAERS/2007 vieram representando uma viagem de estudos, cuja travessia deveria ser

realizada pela equipe diretiva, os professores e a comunidade escolar com o propósito de

esclarecer as características gerais da avaliação, a análise dos resultados do desempenho dos

alunos, como ainda discutir as sugestões fornecidas para a melhoria do rendimento dos

alunos.

Cada etapa de estudos foi denominada de Estação. Nas Estações de estudos estavam:

As Matrizes de Referência para Avaliação da 2ª série/ 3º ano e 5ª série/ 6º ano nas disciplinas

de Língua Portuguesa e Matemática; A composição dos testes de proficiência; A metodologia

de análise dos testes; O diagnóstico com análise dos resultados em cada série avaliada de cada

escola. Desta maneira, os Boletins Pedagógicos da Avaliação de 2007 e 2008 se

complementaram nas explicitações sobre o SAERS.

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Um dos Boletins Pedagógicos de Avaliação de 2008 trazia explicito o seguinte

objetivo:

Promover a discussão dos resultados, possibilitando a todos conhecer o desempenho da escola, identificando as habilidades fundamentais que foram, e as que ainda não foram, adequadamente desenvolvidas pelos alunos. Esse é um passo importante para o reconhecimento de boas práticas pedagógicas e para a construção de novas ações capazes de elevar os níveis de aprendizagem dos alunos (BOLETIM PEDAGÓGICO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 2008 a, p. 8).

Entende-se que os Boletins Pedagógicos eram enviados às escolas com a expectativa

de fomentar debates sobre os resultados da avaliação propiciando o conhecimento do

desempenho do rendimento dos alunos. Como também, verificar as metodologias aplicadas

na aprendizagem dos estudantes, visando divulgar as boas práticas e construir novas ações

educativas.

Neste mesmo período, a SEE/RS, comunicou às escolas e a comunidade escolar que,

no momento da matrícula, seria realizado um levantamento quanto ao perfil socioeconômico

dos estudantes em questionário enviado para os pais responderem.

Os resultados do SAERS/2008 foram divulgados no mês de abril de 2009 e

apresentaram melhoras frente a avaliação de 2007 conforme o comparativo abaixo

Tabela 8 - Resultados do SAERS 2007/2008

Português Matemática Série

2007 2008 % 2007 2008 %

2ª /3º ano Ensino Fundamental

152,3 156,4 +2,7% 762,4 767,4 +0,7%

5ª/6º ano Ensino Fundamental

202,4 200,4 -1% 211,1 214,0 +1,4%

1º ano Ensino Médio 249,8 251 +0,5% 263,2 268,9 +2,2% Fonte: Elaborado pela autora baseado em Correio do Povo (25 de Abril, 2008 e 28 de Abril de 2009).

Percebe-se que os resultados apresentaram uma pequena elevação nos níveis de

habilidades e competências, com exceção da 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental na

disciplina de Português.

A Secretária de Educação, Mariza Abreu, comentou que esta elevação do desempenho

nas avaliações de 2007 para 2008, deu-se devido às discussões e estudos dos resultados do

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SAERS/2007 realizados nas escolas e que estas buscaram alternativas de mudança nas suas

práticas pedagógicas (CORREIO DO POVO, 28 de Abril de 2009).

Já o CPERs criticou a forma de avaliação (SAERS) escolhida pela SEE/RS.

Argumentando que vários elementos devem ser considerados, e que não pode ser estabelecido

um parecer a partir de uma única prova. Como também devem ser respeitadas as diversidades

regionais do Estado do RS. Salientando que a melhoria da Educação resulta de investimentos

nas instituições, qualidade de material pedagógico, condições de trabalho para os docentes e

alunos e valorização do profissional (CORREIO DO POVO, 23 de Julho de 2009).

Com vista à próxima edição do SAERS, novamente a SEE/RS deu início a uma

jornada de reuniões que foram divulgadas no site da Secretaria de Educação do Estado. A

jornada teve inicio com as 30 CREs. O objetivo dos encontros era orientá-los nos trabalhos

que, posteriormente, deveriam desenvolver com os diretores das escolas pertencentes a sua

respectiva regional. A proposta focava em orientações sobre a análise e utilização dos

resultados do SAERS/2008, formas de engajamento da comunidade escolar em discussões

sobre a avaliação e articulação dos resultados com as propostas pedagógicas das escolas.

6.3 Sistema de Avaliação do Estado do Rio Grande do Sul em 2009

A 7ª edição do SAERS/2009 manteve a mesma parceria com UNDIME/RS e com o

SINEPE/RS e, novamente, a SEE/RS emitiu um Projeto Básico de Avaliação/2009 visando

orientar o processo de avaliação do Estado. A aplicação ocorreu em todas as escolas estaduais

urbanas e rurais e, nas escolas municipais e particulares que aderiram ao sistema, nas mesmas

turmas e disciplinas das edições anteriores.

O Projeto Básico/2009 apresentava como justificativa da realização de um Sistema de

Avaliação no Estado do Rio Grande do Sul a normativa da Lei 10.576/95 da Gestão

Democrática do Ensino Público que determinava a execução de um Sistema de Avaliação em

todas as escolas públicas estaduais sob coordenação da Secretaria de Educação do Estado,

com o objetivo de analisar o desempenho do sistema educacional gerando informações que

auxiliassem no processo de ensino e aprendizagem.

Uma alteração presente no Projeto Básico/2009, quanto a atividades e serviços a

serem contratados, dizia respeito a um documento elaborado pela empresa contratada

contendo o plano logístico da avaliação com os seguintes tópicos:

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117

a. Definição quanto aos métodos, processos e técnicas de trabalho de cada fase de

execução dos serviços;

b. Definição dos procedimentos para impressão, segurança, sigilo, empacotamento,

distribuição e recolhimento dos instrumentos de avaliação;

c. Definição de procedimentos a alunos portadores de necessidades especiais;

d. Definição de procedimentos e instrumentos para registro das respostas dos alunos

nas questões objetivas, ditado para o 3º ano do Ensino Fundamental e questionário;

e. Definição dos procedimentos para entrega e processamento dos dados, expedição

de relatórios;

f. Definição de proposta de metodologia para elaboração dos itens, da construção das

provas e do tema para o ditado;

g. Definição de proposta de metodologia para o processamento e análise dos dados,

dos cruzamentos dos dados de desempenho com as características dos alunos (cor,

raça, sexo, escolaridade) e dados de gestão escolar e pedagógica, equipamentos,

ambiente físico, segurança e nível socioeconômico dos alunos.

No mais, o Projeto Básico/2009, estabelecia as mesmas normativas para a contratação

de produtos e serviços do estabelecido em 2008.

Os Boletins que deveriam ser enviados as escolas manteve a mesma estrutura e

organização de 2008, ou seja: Elementos pré-textuais; Elementos textuais (Introdução e três

capítulos); Elementos pós-textuais. Entretanto, os conteúdos dos capítulos sofreram

alterações. Conforme o quadro que segue:

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Quadro 21 - Diferenças solicitadas pela SEE/RS na elaboração dos Boletins Pedagógicos entre o SAERS/ 2008 e o SAERS/ 2009

2008 2009

Capítulo 1

Apresentação de conceitos: Apresentação da Matriz de Referência do SAERS, a elaboração e exemplos de Itens, os testes de proficiência e a metodologia de análise, informação sobre a Teoria da Resposta ao Item - TRI

Contextualização dos resultados da escola: Apresentação da proficiência média conforme o gênero, raça, cor, atraso escolar, perfil socioeconômico, análise do desempenho geral das provas, análise do nível de alfabetização dos alunos da 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental, estudo de proficiência, perfil da gestão escolar, pedagógica e das variáveis que interferem no desempenho dos alunos.

Capitulo 2

Análise dos resultados da escola: Apresentação, estudos e discussões acerca dos resultados de cada escola, análise comparativa dos resultados da escola com os da CREs, do Estado e do Brasil, esclarecimento e estudo de proficiência.

Análise pedagógica dos itens: Análise de itens a partir dos padrões propostos para o SAERS- abaixo do básico, básico, adequado e avançado. Sugestões para o desenvolvimento das habilidades avaliadas.

Capítulo 3

Análise pedagógica dos itens: Análise dos itens que constituíram o teste e sugestões de atividades para o desenvolvimento das habilidades avaliadas.

Relatos de experiências em avaliação: Relato de até 5 experiências destacadas e indicadas pela SEE/RS.

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2008a) e Rio Grande do Sul (2009a).

Percebe-se que a preocupação da SEE/RS não era mais referente a conceituação dos

elementos que compõem a avaliação e sim da contextualização dos resultados com a

realidade da comunidade escolar de cada instituição, demonstrando desta maneira, a

possibilidade de implicação do contexto sócio econômico e cultural como fator de influência

nos resultados de uma avaliação. Outra informação apresentada no Boletim Pedagógico/2009

referia-se a divulgação de experiências selecionadas pela SEE/RS, indicando o partilhamento

das boas práticas das escolas que, possivelmente tivessem apresentado bons resultados no

processo de avaliação anterior, para servir de estímulo, as demais instituições, e a mudanças

ou reconstrução de novas práticas metodológicas de ensino e aprendizagem.

Outra novidade, no Projeto Básico /2009, foi sobre a divulgação e apropriação dos

resultados, onde a contratada deveria apresentar um projeto com a programação das formas

de divulgação e apropriação dos resultados do SAERS/2009. Isto para garantir que os

professores das escolas estaduais tivessem uma maior e melhor compreensão da avaliação

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externa da aprendizagem e a possibilidade de utilizar os resultados na melhoria da qualidade

do ensino.

Para poder apoiar as escolas a SEE/RS realizou uma pesquisa3 sobre o perfil

socioeconômico das comunidades atendidas pelas escolas da rede estadual do Rio Grande do

Sul. A justificativa para tal levantamento estava explícito no Projeto Básico/2009: “é preciso

distribuir os recursos de maneira a compensar as situações desiguais em que vivem as

diferentes comunidades (RIO GRANDE DO SUL, 2009a, p. 3).

A estrutura das provas da avaliação do SAERS/2009 também apresentou alterações

em termos de números de questões para a 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental. Nas

edições anteriores era composta por 2 blocos de Leitura (20 questões) e 2 de Matemática, (20

questões) totalizando 40 questões a serem respondidas pelos alunos e, nesta edição formava-

se por 2 blocos de Leitura (com 22 questões) e 2 de Matemática (com 22 questões),

totalizando 44 questões a serem respondidas pelos alunos. Da mesma forma como nas

edições anteriores professores e diretores ou supervisores preencheriam a um questionário

que envolveria sua formação profissional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e

cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da escola, recursos

pedagógicos e humanos. Os aplicadores também responderiam a questões sobre a infra-

estrutura das escolas.

Para as provas de 2009 foi considerado os: DCNs e PCNs para o ensino fundamental e

médio; Matrizes de Referência do SAEB; os textos dos livros didáticos mais solicitados pelos

professores da rede pública estadual e municipal do RS nos PNLDs 2006, 2007, 2008 e 2009;

textos selecionados a partir dos tipos de gêneros especificados nas Matrizes de Referência do

SAEB/2009; inclusão de itens que viabilizem a comparação dos resultados da 5ª série/6º ano e

do 1º ano do ensino médio com o SAEB; classificação dos itens quanto ao grau de

dificuldade- fácil – médio - difícil; utilização de diferentes recursos gráficos; Referencial

Curricular do Estado do RS e os descritores de cada série/ano avaliados pelo SAERS,

especificados nas Matrizes de Referência para a Avaliação em Língua Portuguesa e

3 Esta pesquisa foi enviada para as escolas, como um questionário fechado, e estas enviaram para as famílias, envolvendo questões de escolaridade, ocupação, trabalho e renda familiar aproximada. Após respondidas as questões o levantamento foi enviado a Secretaria de Educação que justificava que tal estudo possibiitaria a atender a cada escola segundo suas necessidades. Esta atividade ocorreu no final do ano de 2008 e inicio de 2009, durante o período de rematrículas e matrículas nas escolas. Coube as direções das escolas coordenarem os trabalhos. (Fonte: a autora da pesquisa que estava no cargo de Diretora).

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120

Matemática. Esta normativa veio determinada desde 30 de outubro de 2007, no Decreto

45.300/2007, que instituía o SAERS e acompanhou todos os Projetos Básicos de Avaliação

deste período.

Em notícia divulgada no site da SEE/RS, em 02 de Julho de 2009, a Secretária de

Educação, Mariza Abreu, esclareceu que o grande desafio dos gestores é estabelecer um

Sistema de Avaliação que sirva para nortear as políticas públicas visando a qualificação do

ensino e que, sejam aproveitados pelas escolas e compreendidos pela sociedade. “De um ano

para outro surgiram diferentes formas de exposição dos resultados, demonstrando que

estamos evoluindo na concepção de avaliações externas de desempenho”. Entretanto as

escolas devem cruzar os resultados da avaliação com os índices de aprovação e evasão. Os

diretores e supervisores das escolas estaduais precisam verificar se os níveis de aprendizagem

são compatíveis com o percentual de aprovação a cada ano (RIO GRANDE DO SUL, 2009d).

Esta preocupação enfatizada pela Secretária de Educação denota a preocupação com as

reprovações irregulares no sistema de ensino, pois se os resultados apresentarem-se

satisfatórios nas avaliações como explicar a ocorrência de um alto índice de abandono e

reprovação?

Antes da ocorrência das provas do SAERS /2009, a SEE/RS orientou as escolas na

análise e utilização dos resultados referentes ao SAERS/2008 presentes nos Boletins

Pedagógicos de Avaliação /2008. Foram 10 dias de encontros nas diferentes regiões do

Estado, onde participaram os Coordenadores Regionais, os gestores e supervisores escolares.

Nestes encontros ocorreu a exposição dos dados da avaliação, discussões sobre formas de

engajamento da comunidade nos trabalhos e articulação dos resultados com as propostas

pedagógicas. Para Coordenadora da comissão que supervisionou a elaboração do SAERS, a

própria escola deve fazer um estudo dos resultados de 2008 em comparação com 2007. As

escolas devem entender que as competências e as habilidades precisam ser trabalhadas de

modo a formar o cidadão nesta era do conhecimento (CORREIO DO POVO, 10 de Julho de

2009).

Após os encontros de capacitação dos gestores e supervisores, a SEE/RS realizou um

estudo das escolas com experiências exitosas, bem como as com resultados preocupantes

(CORREIO DO POVO, 23 Julho de 2009). Isto se fez necessário frente o preconizado pelo

Decreto 45.300/2007, que instituía o SAERS, quando esclarecia que os resultados serviriam

para divulgar as práticas desenvolvidas pelas escolas com os melhores resultados e na

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identificação das escolas que apresentassem resultados não satisfatórios na aprendizagem de

seus alunos para apoio do poder público.

Posterior aos encontros da SEE/RS com os gestores ocorreu nas escolas, a jornada

pedagógica4. Momento onde a equipe diretiva, coordenação pedagógica e professores, por

sugestão da CRE, deveriam trabalhar os conteúdos dos Boletins Pedagógicos da Avaliação de

2008.

Em 04 de agosto de 2009 a SEE/RS divulgou que, em parceria com o CAEd,

aconteceria o curso Divulgação e Apropriação dos Resultados – Incorporação dos resultados

do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (SAERS) ao cotidiano

escolar. A formação seria oferecida a 9 mil professores com aulas à distância e encontros

coletivos presenciais que seriam planejados pela Coordenação Geral do curso. O curso

apresentava a proposta de analisar os resultados do SAERS; identificar as necessidades de

aprendizagem avaliadas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática; estabelecer

orientações pedagógicas para o enfrentamento dos problemas identificados; possibilitar

formas de trabalho com os resultados e contribuir para a melhoria da gestão escolar.

Para este evento foi sugerido a participação do diretor e de dois professores de cada

instituição onde eles seriam os multiplicadores/articuladores entre os demais professores e

coordenadores pedagógicos de sua respectiva escola. A inscrição foi pelo site do CAEd

(www.formação.caedufjf.net/cfg01rs). Cada integrante recebeu um kit com o material para

estudo. Entre os livros enviados estava o “Guia de estudos. Avaliação continuada:

Apropriação e Utilização dos Resultados” que apresentava dados riquíssimos com relação a

indicadores sociais e educacionais nacionais e do Estado do Rio Grande do Sul; Avaliação na

educação, tanto comentários sobre a avaliação realizada em sala de sala quanto às avaliações

em larga escala; o SAERS – histórico, edições, documentos normativos, discussões sobre

análise e apropriação dos resultados e sugestões de práticas pedagógicas para serem

incorporadas nas escolas5.

Neste contexto, em Novembro de 2009 ocorreu a 7ª edição do SAERS. A empresa

contratada, através de processo licitatório, para a realização do Sistema de Avaliação de 2009

foi o CAEd da Universidade de Juiz de Fora.

4 As jornadas pedagógicas são encontros normatizados no Diário Oficial, antes do inicio de cada ano letivo e que

devem constar no calendário da escola. Normalmente ocorrem na primeira semana antes do inicio das aulas e durante uma semana das férias discentes. A escola tem autonomia para organizar as discussões que considerar necessárias, entretanto em oficios enviados a direção da escola é sugerido alguns temas, como o Projeto Pedagógico da escola, Ensino Religioso, Preconceito Racial e o SAERS. (Fonte: Autora da pesquisa).

5 A autora também participou deste curso como gestora de escola.

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O cronograma de aplicação das provas foi divulgado no jornal Correio do Povo:

SAERS: avaliação escolar inicia hojeCalendário das provas: Hoje (23/11): a avaliação escolar de 2009 terá início com estudantes das escolas estaduais situadas no meio rural. Amanhã (24/11): será a vez das turmas do 1º ano do Ensino Médio. Quarta - feira (25/11): serão avaliados os estudantes da 5ª série/ 6º ao do Ensino Fundamental. Quinta - feira (26/11): turmas da 2ª série/ 3º ano do Ensino Fundamental encerram a avaliação no RS (CORREIO DO POVO, 23 de Novembro de 2009).

O SAERS/2009 abrangeu todas as escolas da rede estadual de ensino, escolas

municipais e 18 particulares. Entretanto não foi localizado o número exato de escolas

municipais e de participantes em cada rede de ensino. Apenas uma estimativa de participação

dos alunos da rede estadual de ensino que vem esboçada na tabela abaixo baseada na

matricula real de 2008.

Tabela 9 - Estimativa de participação no SAERS/2009

Número de Escolas Número de alunos estaduais

Séries Disciplinas

Estaduais Privadas 18 Federal 01

323.9692ª série/ 3º ano do EF 5ª série/ 6º ano do EF 1ª série do EM

Português Matemática

Fonte: Adaptado pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2009a).

Portanto a expectativa de participação dos alunos da rede estadual de ensino era de

323.969. O comparativo pode ser feito no total de alunos que em 2008 foi de 246.886 e em

2009 foram 323.969 representando um acréscimo de 31%.

Após as avaliações foi enviado às escolas os Boletins Pedagógicos de Avaliação/2009.

Estes vieram diferentes dos produzidos em 2007 e 2008. Estavam divididos em quatro

volumes que integravam a Coleção SAERS/2009:

1. Boletim do Programa de Avaliação Vol. I - Apresentava o histórico da avaliação

no Estado do Rio Grande do Sul, as Matrizes de Referência das disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática com os devidos descritores e itens, a composição

dos testes e a metodologia de análise.

2. Boletim de Resultados Gerais Vol. II - Informações da participação na avaliação e

os resultados de proficiência para todas as séries/anos e disciplinas avaliadas por

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123

Estado, CRE, Município e Escolas. Este documento não foi disponibilizado para as

escolas.

3. Boletim de Resultados da Escola Vol.III - Informando a cada escola os resultados

de proficiência e sua interpretação qualitativa, como também os Padrões de

Desempenho e a Análise Pedagógica dos itens do teste.

4. Boletim Contextual Vol. IV - Informando os fatores intra e extraescolares que

interferem nos resultados, o Índice de Eficácia da Escola6, o nível socioeconômico

dos estudantes, e os resultados contextuais de cada unidade escolar. Apresentando

ainda as informações coletadas nos questionários contextuais respondidos pelos

alunos e as possíveis relações com os resultados alcançados nos testes de

proficiência de 2009.

O volume IV, referente ao contexto, foi um diferencial frente às edições anteriores do

SAERS. Faz-se pertinente comentá-lo em função da divulgação que foi feita no jornal

Correio do Povo, já apresentada anteriormente, e a ressalva pontuada no Projeto Básico do

SAERS/2009 quando esclarecia a realização de uma pesquisa com a comunidade escolar para

levantar informações sobre a situação socioeconômica das famílias.

Neste periódico dois fatores vieram ressaltados: o nível socioeconômico dos alunos e

a defasagem entre a idade/série. Estes fatores relacionados ao desempenho dos alunos são

importantes para duas dimensões no âmbito escolar: a gestão e a pedagógica. Para a gestão

oferece uma reflexão com vista a apontar soluções para a escola que deseja melhorar. Para a

dimensão pedagógica são dados que permitem entendimento acerca das medidas de

desempenho alcançadas pelos alunos nos testes de proficiência (BOLETIM PEDAGÓGICO

DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 2009c).

Neste contexto, a questão elencada neste periódico era:

“Se os fatores externos, como o nível socioeconômico das famílias de nossos

estudantes, são determinantes para o desempenho escolar, o que resta à escola?” (BOLETIM

PEDAGÓGICO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 2009c, p.12).

6 IE= Índice de Eficácia da Escola: fator que permite compreender o resultado do desempenho escolar

considerando a proficiência geral média/índice socioeconômico médio.

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Para responder a esta pergunta o documento citava um resumo das pesquisas7 sobre as

características da escola eficaz. Dentre as principais estão:

1. Liderança Eficaz – liderança objetiva e forte por parte do diretor, mas com

abordagem participativa onde toda a equipe diretiva e os professores estejam

envolvidos na tomada de decisões. Outra característica de um gestor eficaz seria a

liderança pedagógica que compreende: a demarcação e conhecimento por todos

dos objetivos; a coordenação do currículo e acompanhamento do ensino e

progresso dos alunos; promoção de ambiente adequado para professores e alunos e

promoção de um ambiente laboral de apoio de todos os segmentos escolares.

2. O professor e a eficácia no ensino – a construção de ambientes eficazes à

aprendizagem nas salas de aula. Professor questionador, focado, supervisor das

tarefas, aberto a questionamentos dos alunos.

3. Altas Expectativas quanto ao rendimento e ao comportamento – alta expectativa

dos professores quanto aos alunos, alta expectativas do diretor com relação a sua

equipe.

Além dessas principais características, a mesma pesquisa apresentava outros fatores de

eficácia:

1. Associados aos alunos – grande número de alunos em posição de autoridade e de

responsabilidade, participação dos alunos em clubes e sociedades, esclarecimento

quanto aos direitos dos alunos;

2. Associados à direção da escola – relevância na imposição de regras no que tange a

vestimentas, comportamento e à moral, bom ambiente de trabalho com manutenção

e decoração, enfoque na aprendizagem, cultura escolar positiva.

3. Associados à sala de aula – pressão nos estudos, uso do dever de casa, objetivos

claros e bem definidos e de alta expectativa; gerenciamento adequado dos períodos

de aula.

4. Associados aos Professores – modelo de comportamento estabelecido pelos

professores, liderança e envolvimento dos professores, treinamento efetivo.

7 Resumo da discussão apresentada nos artigos do livro “Pesquisa em Eficácia Escolar: Origens e Trajetórias”, o

artigo “As características chave das escolas eficazes” (SAMMONS. Pam). (BOLETIM PEDAGÓGICO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 2009c, p.12).

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Portanto, percebe-se a multiplicidade de fatores envolvidos no desempenho do

rendimento escolar dos alunos.

O documento apresentava também um gráfico conhecido como Diagrama de

Dispersão que associava o nível socioeconômico médio dos alunos e sua proficiência média

acadêmica.

1. Quadrante 1: Escolas com maior proficiência média e menor índice

socioeconômico;

2. Quadrante 2: Escolas com maior proficiência e maior índice socioeconômico;

3. Quadrante 3: Escolas com menor proficiência e menor índice socioeconômico;

4. Quadrante 4: Escolas com menor proficiência e maior índice socioeconômico.

Assim, a partir das características apresentadas referentes à eficácia da escola, aos

fatores associados a esta eficácia e os gráficos de dispersão que associam o nível

socioeconômico médio dos alunos e sua proficiência média acadêmica, cada escola tinha

como diagnosticar o perfil em que se situava.

Esta leitura favorece o trabalho administrativo e pedagógico, pois fornece subsídios

para gestores, professores e comunidade escolar fazerem mais pelos seus alunos, tentando

reduzir as desigualdades extraescolares, melhorando a gestão administrativa e a prática

pedagógica dos docentes com vista a melhoria o desempenho do rendimento dos estudantes.

Os resultados do SAERS/2009 foram divulgados no site da SEE/RS. O desempenho

dos alunos apresentou um progressivo aumento nos resultados entre os anos de 2007 a 2009.

Conforme a tabela que segue:

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Tabela 10 - Resultados do SAERS 2007/ 2008/ 2009

Português Matemática Série

2007 2008 % 2009 % 2007 2008 % 2009 %

2ª /3º ano Ensino Fund.

152,3 156,4 +2,7 161,1 +3 762,4 767,4 +0,7 768,5 +0,15

5ª/6º ano Ensino Fund.

202,4 200,4 - 1 207,5 +3,5 211,1 214,0 +1,4 218,7 + 2,2

1º ano Ensino Médio

249,8 251 +0,5 252,7 +0,7 263,2 260,8 +2,2 263,1 + 0,9

Fonte: Adaptada pela autora baseado em Rio Grande do Sul (2011b).

Podemos observar que, em todas as edições, exceto entre 2007 e 2008 na 5ª série / 6º

ano, as turmas avaliadas apresentaram um aumento nos resultados do SAERS. Entretanto, as

médias indicam que o desempenho dos alunos manteve-se no nível Básico de desempenho.

(Ver tabela, p. 107).

Interessante destacar que somente este Projeto Básico - SAERS/2009 apresentava

como justificativa da realização de um Sistema de Avaliação no Estado a Lei 10.576/1995, da

Gestão Democrática do Ensino Público, que regulamentava a execução de um Sistema de

Avaliação em todas as escolas públicas estaduais, com o objetivo de analisar o desempenho

do sistema educacional gerando informações que auxiliassem no processo de ensino e

aprendizagem.

Uma modificação significativa que ocorreu nesta edição do SAERS/2009 foi em

relação aos alunos da 5ª série/6º ano que tiveram que responder mais questões em ambas as

provas.

Percebe-se que, esta avaliação apresentou uma expectativa muito grande com relação

ao desempenho dos alunos da rede pública estadual. Foram muitos trabalhos de capacitação

promovidos pela SEE/RS tanto para os 30 Coordenadores Regionais como destes para os

diretores de escola. Estes, por sua vez, tinham a função de articulador/multiplicador dos

conhecimentos aos professores, pais e alunos. Os momentos para estas discussões vinham

previstos no Diário Oficial da União, como a jornada pedagógica das escolas. Junto a esta

normativa, as CREs enviaram, às escolas, sugestões de trabalhos a serem realizados com os

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docentes, tais como: revisão dos planos de estudos, reorganização do Projeto Pedagógico,

elaboração do calendário escolar e análise dos resultados do SAERS embasados nos Boletins

Pedagógicos de Avaliação enviados às escolas.

Segundo estudos apresentados por Bonamino, Bessa e Franco (2004, p. 77), Estados

como Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia e Paraná já apresentam práticas coletivas de

discussão e estudos dos resultados nas escolas, o que propicia “[...] implantar uma consciência

da utilidade dos resultados das avaliações na orientação da prática pedagógica”.

Quadro 22 - Atividades realizadas nos Estados de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraná para apropriação e utilização dos resultados das avaliações

Estado Práticas

Minas Gerais

Realização de oficina pedagógica para apropriação e utilização dos resultados pelos professores e coordenadores pedagógicos. Momentos coletivos de elaboração de ações pedagógicas para que escolas e professores se utilizem dos resultados na superação dos problemas diagnosticados.

Ceará Realização de projetos e ações na tentativa de superar as dificuldades encontradas por meio de discussões com agentes pedagógicos.

PernambucoRealização de oficinas pedagógica para a apropriação e utilização dos resultados por professores e coordenadores pedagógicos com vista a elaboração de ações pedagógicas.

Bahia Discussões das matrizes curriculares objetivando planejamento pedagógico.

Paraná Promoção de eventos para a capacitação de professores e divulgação de material em linguagem acessível.

Fonte: Elaborado pela autora.

Nota-se que os Estados promoviam reuniões de estudos, com diretores, supervisores e

professores para a apropriação dos resultados da avaliação com discussões voltadas na busca

de alternativas para melhorar o desempenho dos alunos e qualificar as práticas exercidas pelos

docentes. Desta mesma forma, o Estado do Rio Grande do Sul também organizou espaços de

debates e estimulou trabalhos assentados nos resultados do processo de avaliação.

Pode-se afirmar que nesta avaliação, os olhares focaram-se principalmente no contexto

sócio-econômico-cultural da comunidade em que a escola estava inserida. Este diagnóstico

partiu do questionário enviado às escolas e, destas para os pais dos alunos responderem. A

analise deste levantamento compôs o quarto volume do periódico fornecido pelo CAEd para

as escolas em 2009.

Assim, o governo de Yeda Rorato Crusius (2007/2010) lançou os Programas

Estruturantes. Um destes programas era o Programa Boa Escola Para Todos. Entre os projetos

vinculados a este Programa estava o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado

do Rio Grande do Sul - SAERS.

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O SAERS foi institucionalizado através do Decreto nº 45.300 de 30 de Outubro de

2007, publicado no DOE nº 207, de 31 de outubro de 2007, sob a coordenação e execução da

Secretaria de Educação do Estado por intermédio do Departamento de Planejamento.

Desta maneira, este Decreto, além de complementar a Lei Estadual 10.576/1995 da

Gestão Democrática do Ensino, que determinava a elaboração e execução de um Sistema de

Avaliação em todas as escolas da rede pública estadual, normatizava a periodicidade de

aplicação da avaliação, as séries, turmas e disciplinas avaliadas, a divulgação e uso dos

resultados.

A empresa contratada que venceu todos os processos de licitação, em cada edição

entre 2007 e 2009, foi o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação – CAEd da

Universidade Federal de Juiz de Fora.

Neste período, participaram das avaliações alunos de todas as escolas da rede estadual

de ensino e municipais e particulares que aderiram ao sistema. Estudantes da 2ª série/ 3º ano e

5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano Ensino Médio, nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática. Além das provas os alunos da 2ª série/ 3º ano do Ensino

Fundamental responderam questões sobre a idade, sexo e frequência à pré-escola. Os alunos

da 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano Ensino Médio a questões sobre

contexto socioeconômico e cultural e sua trajetória de escolarização. Professores e diretores

ou supervisores responderam a questões de formação profissional, práticas pedagógicas, nível

socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da

escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores também preencheram um

questionário sobre a infra-estrutura das escolas.

Entre 2007 e 2009 foi criada uma escala de proficiência. Para cada uma das disciplinas

a escala é única. Para a disciplina de Língua Portuguesa a escala varia de 0 a 500 pontos e

para a disciplina de Matemática é de 0 a 1000 pontos. Esta pontuação é chamada de níveis de

desempenho. Estes níveis são definidos de acordo com as habilidades demonstradas pelos

alunos ao responderem os itens dos testes. Foram divididos em quatro padrões: Abaixo do

Básico, Básico, Adequado e Avançado. Demonstrando o desempenho dos alunos do nível

mais baixo para o mais alto. Conforme a pontuação atingida pelos alunos em cada série e por

disciplina o resultado indicará em que nível de desempenho eles se encontram.

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Entre o SAERS/2007 e o SAERS/2009 a média, das turmas avaliadas, apresentaram

aumento nos resultados da escala dos níveis de proficiência. Entretanto, o desempenho dos

alunos manteve-se no nível Básico de desempenho.

Os Boletins Pedagógicos de Avaliação que foram enviados às escolas, apresentaram

modificações em cada edição do SAERS entre 2007 e 2008. Já o de 2009 além de

conceituarem os elementos pertinentes a uma avaliação, apresentava uma explanação

referente as condições sócio- econômico -cultural da comunidade escolar que interferem no

desempenho dos alunos.

Muitas informações sobre o SAERS veicularam no jornal Correio do Povo e no site de

notícias da Secretaria de Educação do Estado neste período. Fontanive (2005, p. 167) sugere

que para que ocorram mudanças é fundamental “socializar as informações obtidas” de

maneira clara e com uma linguagem acessível, afim de que todos compreendam os resultados

do desempenho dos alunos. E que, desta forma, possam discutir alternativas pedagógicas que

viabilizem a melhoria do processo de ensino e aprendizagem nas escolas da rede pública do

Estado do Rio Grande do Sul.

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7 ELEMENTOS CONCLUSIVOS

O caminho percorrido por este estudo teve como ponto de partida a análise das

normativas e as bases teóricas que embasavam as avaliações em larga escala como política

pública de avaliação no Brasil. Partindo destas premissas, salienta-se como referência a

trajetória do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB e sua configuração em cada

edição, devido sua influência nas primeiras experiências dos Sistemas de Avaliações dos

Estados brasileiros.

Diante deste cenário, como o SAEB não permitia uma visão focalizada de cada escola

a SEE/RS promoveu a primeira edição de avaliações externas no Estado em 1996, seguida em

1997 e 1998 com a denominação de Sistema de Avaliação das escolas da Rede Pública

Estadual.

Após uma pausa de seis anos, em 2005, foi executado o Sistema de Avaliação do

Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS.

A avaliação de 2005 foi aplicada como um Projeto Piloto de Avaliação para o Ensino

Fundamental em apenas duas das 30 Coordenadorias Regionais de Educação – CREs do

Estado, vinculado a um Contrato de Gestão entre o Governo e a SEE/RS.

Mas foi a partir de 2007 que, todas as escolas públicas estaduais e as instituições

municipais e particulares que aderiram ao processo participaram do SAERS envolvendo

alunos de nível fundamental e médio.

Nota-se que no Estado do Rio Grande do Sul a cada mudança de governo, novas

concepções reforçam as práticas políticas dando um novo enfoque as políticas de avaliação

educacionais.

As avaliações no Rio Grande do Sul tiveram sustentação a partir da Lei nº 10.576, de

14 de novembro de l995, alterada pela Lei n. 11.695, de 10 de dezembro de 2001 e atualizada

pela Lei n. 12.028, de 18 de dezembro de 2003 que dispõe sobre a Gestão Democrática do

Ensino Público e dá outras providências. Entretanto, o conteúdo pertinente a avaliação

externa, regulamentado pelos artigos 78, 79 e 80 que implicavam na elaboração e execução de

um Sistema de Avaliação no Estado do Rio Grande do Sul, mantiveram-se na íntegra sem

alteração.

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Quanto aos objetivos e finalidade de um Sistema de Avaliação pode-se afirmar que

tiveram ênfases diferentes nas primeiras edições. Enquanto que, entre 1996/1998 esboçava

servir para analisar o desempenho do Sistema Educacional como um todo – Escolas, Regiões,

Estado e gerar informações que subsidiem o processo de ensino - aprendizagem e a gestão

democrática das escolas, a partir da edição de 2005 e nas subseqüentes, direcionava para o

diagnóstico das habilidades cognitivas na área de Leitura/Escrita e Matemática e para corrigir

políticas públicas educacionais que viessem a promover a melhoria da qualidade da educação

e o desenvolvimento de uma cultura de avaliação. Franco (2004) enfatiza que a avaliação

externa não deve ser considerada como um simples processo de levantamento de dados, mas

ser considerada como um fator que contribua para a elaboração de políticas educacionais

como ainda para verificar os efeitos destas políticas educacionais adotadas.

A operacionalização do Sistema de Avaliação na primeira edição em 1996 foi

exclusivamente realizada pela SEE/RS por intermédio do Departamento de Planejamento -

DEPLAN e da Divisão de Pesquisa - DPAI. Somente este primeiro processo foi aplicado em

duas fases. A primeira referente a aplicação dos teste aos alunos e a segunda correspondendo

a aplicação de um questionário para o diretor da escola e outro para o professor representante

do Conselho Escolar com questões pertinentes a gestão escolar.

Para apoio à elaboração dos relatórios destas duas fases foi contrata a Fundação de

Desenvolvimento dos Recursos Humanos – FDRH. Já nas edições de 1997 e 1998 o contrato

foi com a Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - FAURGS para

a digitação, impressão dos testes e questionários, correção das redações e elaboração dos

relatórios. Entretanto, a elaboração e execução do processo de avaliação mantiveram-se sob a

responsabilidade do DEPLAN e DPAI.

A partir do SAERS /2005 a SEE/RS elaborou um Projeto Básico de Avaliação que

apresentava os aspectos técnicos, operacionais e metodológicos que orientariam as atividades

a serem desenvolvidas por uma empresa contratada. A empresa responsável pelo

SAERS/2005 foi a CESGRARIO e para as edições do SAERS 2007 a 2009 foi o Centro de

Políticas Públicas e Avaliação da Educação – CAEd, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Em 2005, sob uma acirrada gestão gerencialista com fixação de metas e indicadores

para a área da educação foram firmados Contratos e Subcontratos de Gestão. Neste contexto

entende-se que avaliação externa seria um meio de promover a premiação/ gratificação aos

docentes conforme o desempenho apresentado nos resultados do Sistema de Avaliação. O

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SAERS/2005 aconteceu como um Projeto Piloto em duas Coordenadorias Regionais de

Educação.

A partir do SAERS/2007, sob uma proposta de um novo jeito de governar -

gerenciamento intensivo, foram formadas equipes com a responsabilidade de coordenação e

acompanhamento dos diversos Programas e Projetos que seriam colocados em prática. Foram

os chamados Programas Estruturantes. Apresentavam-se composto por doze programas, entre

eles encontrava-se o Programa Boa Escola Para Todos. Entre os projetos vinculados a este

Programa estava o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do Rio Grande do

Sul - SAERS.

Assim, o SAERS 2007/2008/2009 passou a ser acompanhado por uma equipe de

coordenadores, sob um gerencialismo intensivo. A esta equipe foi delegada a

responsabilização de acompanhamento permanente ao Sistema de Avaliação, considerando a

execução, a divulgação a toda a comunidade escolar e a promoção de oficinas de capacitação

para gestores e professores da rede pública estadual de ensino com informações sobre os

resultados de cada edição.

Quanto a abrangência, no Sistema de Avaliação de 1996 participaram do processo

somente as escolas da rede estadual de ensino do Estado do Rio Grande do Sul. Já nas edições

seguintes, houve o convite para adesão das escolas da rede municipal e particulares.

Acompanhando o SAEB, como já comentado anteriormente, no Sistema de Avaliação

entre 1996 e 1998 as disciplinas e séries sofreram alterações. Na edição de 1996 foi avaliado

Português e Matemática, em 1997 além dessas foi introduzida a Redação na edição de 1998

foram incorporadas ainda as disciplinas de Ciências no Ensino Fundamental e Física, Química

e Biologia no Ensino Médio. Quanto às séries, em 1996 participaram os alunos de 2ª, 5ª e 7ª

série do Ensino Fundamental e 2ª série do Ensino Médio e nas edições seguintes foram os

alunos da 4ª, 8ª Série do Ensino Fundamental e 3ª Série do Ensino Médio.

No SAERS de 2005, participaram somente os alunos da 2ª e 5ª série do Ensino

Fundamental e as disciplinas avaliadas foram Língua Portuguesa e Matemática. Já no SAERS

de 2007 a 2009 as disciplinas mantiveram-se as mesmas, entretanto as séries avaliadas

mudaram. Passou-se a avaliar a 2ª série/3º ano e 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental e 1º

ano do Ensino Médio. A justificativa para tal mudança era que, o SAERS iria complementar a

Prova Brasil realizada pelo MEC, que é aplicada a cada dois anos, nas 4ª séries/5º ano e 7ª

série/ 8º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio.

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No que tange a estrutura e elaboração das provas da primeira edição em 1996 eram

compostas por 30 questões objetivas com 5 alternativas de respostas cada uma, exceto a prova

da 2ª série que apresentava 20 questões com 3 possibilidades de alternativas. Além dos testes

dos alunos os diretores e um professor representante do Conselho Escolar deveriam preencher

um questionário sobre a gestão da escola

Para a segunda edição as provas de Português e Matemática eram compostas por 30

questões objetivas com 5 alternativas de respostas cada uma, exceto as da 4ª série do Ensino

Fundamental, que apresentava 25 questões com 4 possibilidades de alternativas. Todos os

cadernos de Português continham uma proposta de Redação. Os alunos finalistas dos dois

níveis de ensino que responderam a questões sobre a situação sócio - econômico – cultural.

Em 1998 as provas apresentaram a mesma estruturação da avaliação anterior,

entretanto os alunos de 8ª série e os 3º ano do Ensino Médio responderam a um questionário

sobre questões de aprendizagem das disciplinas de Português de Matemática.

Nestas avaliações, cada aluno responderia a apenas uma prova, ou seja, quem

respondia Português não responderia a prova de Matemática e vive-versa.

A partir das avaliações de 2005, as provas eram formadas por blocos de Português e de

Matemática na mesma prova. Todos os alunos responderiam a um questionário com o

objetivo de coletar informações sobre o contexto socioeconômico e cultural e a trajetória de

escolarização. Professores e diretores ou supervisores também responderiam a um

questionário que envolvia sua formação profissional, práticas pedagógicas, nível

socioeconômico e cultural, estilos e formas de gestão, clima acadêmico e disciplinar da

escola, recursos pedagógicos e humanos. Os aplicadores também deveriam responder a

questões sobre a infra-estrutura das escolas que participaram.

Já para o SAERS2007 e 2008 as provas foram estruturadas tal como as provas do

SAERS/2005. A diferença foi a aplicação para os alunos do 1º ano do Ensino Médio. Para o

SAERS/ 2009 a modificação mais significativa foi o aumento de 4 questões nas provas da 5ª

série/ 6º ano do Ensino Fundamental 2 em Português e 2 em Matemática. O preenchimento de

questionário manteve-se o mesmo das edições anteriores.

Nas primeiras edições 1996/1997 os resultados foram mandados para as Delegacias de

Ensino e as escolas por meio de um Documento preliminar dos resultados da avaliação que,

além dos resultados apresentava discussões de possíveis melhorias para as próximas edições.

Após o lançamento dos resultados do Sistema de Avaliação de 1996 e de 1997,

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respectivamente, a SEE/RS promoveu encontros de capacitação para os professores. Já na

última edição do governo de Antonio Brito Filho, em 1998 não foram encontrados registros

dos resultados do processo de avaliação e segundo a entrevistada ninguém teve acesso a eles.

Os resultados do SAERS/2005 foram entregues a SEE/RS por meio de um relatório da

Fundação CESGRANRIO. Os resultados divulgados refletiam somente a condição de

premiação das escolas que apresentaram melhor desempenho nesta avaliação.

No final das edições do SAERS 2007/2008/2009, o CAEd disponibilizou, à SEE/RS,

CREs e às escolas, os Boletins Pedagógicos da Avaliação com informações pertinentes a

cada avaliação. Além dos resultados serem divulgados por meio destes periódicos a SEE/RS

promovia uma série de reuniões. Primeiro com os Coordenadores Regionais e,

posteriormente, destes com os diretores, supervisores e professores, onde era apresentado e

debatido o panorama da realidade do rendimento dos alunos no Estado e em cada unidade

escolar.

A chegada dos periódicos à escola implicava em estudos com a equipe diretiva,

docentes e comunidade escolar sobre as metodologias de ensino, as práticas pedagógicas, os

conteúdos curriculares, a situação socioeconômica e cultural dos alunos e o desempenho no

rendimento escolar dos estudantes.

O SAERS, junto com os resultados das avaliações nacionais e internacionais, ratificou

a necessidade de um currículo de referência e de formação de professores, assentado no

desenvolvimento das habilidades e competências. Tais ações foram desenvolvidas no Projeto

Lições do Rio Grande1, nas 30 Coordenadorias Regionais de Educação, em 2010, envolvendo

professores das diferentes áreas de atuação. A partir do projeto Lições do Rio Grande foi

colocado à disposição dos professores e gestores subsídios que contribuíssem para a

qualificação do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.

Entretanto, faz-se importante comentar que, tal como as avaliações realizadas no

último ano de governo de Antonio Britto Filho- 1998, os resultados da avaliação de 2010 não

foram divulgados, às escolas até o momento da defesa deste trabalho.

1 O Projeto Lições do Rio Grande vem com o propósito de apresentar às escolas uma proposta de referencial

curricular como um norte para os seus planos de estudos e propostas pedagógicas. Ao professor, oportunizar estratégias de intervenção pedagógica que favoreçam a construção de aprendizagens considerando o desenvolvimento das competências de leitura, produção de texto e resolução de problemas, aferidas pelo SAERS (RIO GRANDE DO SUL, 2011c).

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Com o intuito de deixar uma interrogação para o futuro, ainda relato informações

divulgadas no Jornal Zero Hora de 21 de março de 2011, referente às avaliações externas no

Estado. A notícia indica que uma nova avaliação será lançada no Estado do Rio Grande do

Sul em substituição ao SAERS.

O novo modelo não irá avaliar apenas o desempenho dos alunos, pretende avaliar

também o desempenho da Secretaria de Educação do Estado por meio de questionários aos

pais, alunos e professores com questões para mensurar a capacidade da SEE/RS de oferecer

boas condições de ensino e atender demandas.

A mesma notícia apresenta um quadro comparativo entre o processo de avaliação

ocorrido entre 2007/2010 e o previsto para a gestão 2011-2014.

Quadro 23 - Comparação entre o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar – SAERS no período de 2007/2010 e a proposta de avaliação para 2011/2014

O antigo O previsto

Séries Todos os alunos do 3º e 6º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio

Apenas algumas turmas serão selecionadas para participar – as que alcançarem as melhores notas no IDEB e as que apresentarem os piores resultados e algumas intermediárias. Não estão definidas as séries participantes.

Disciplinas Português e Matemática

Português, Matemática, e novas disciplinas devem ser incorporadas, como Geografia, História e até Artes.

Questionários

Alunos, professores e diretores para identificar condições internas e externas à escola que interferem no desempenho escolar dos alunos

Serão mais abrangentes. Incluindo o desempenho da SEE/RS. Inclusive toda a comunidade escolar deverá reponde-los. Serão aplicados em toda a rede estadual.

Fonte: Adaptado pela autora baseado jornal Zero Hora (21 de março de 2011).

Pelo exposto a próxima avaliação será amostral, com apenas algumas turmas a

participar. Há a possibilidade de mais disciplinas fazerem parte do processo de avaliação. Não

só os alunos, professores, diretores e aplicadores responderam a questionário como foi entre

2007 e 2010. Esta avaliação prevê que toda a comunidade escolar irá preencher os

questionários.

Para o atual Secretário da Educação do Estado, Jose Clóvis de Azevedo; “Queremos

entender o que está acontecendo. Para isso, vamos fazer uma análise mais qualitativa, e menos

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quantitativa”. Já para o ex- Secretário da pasta da Educação Ervino Deon; “A educação perde

muito sem a avaliação geral, já que fazer a prova apenas para uma amostra dos alunos não é a

mesma coisa” (ZERO HORA, 21 de Março de 2011).

Desta forma, este trabalho revelou a possibilidade de novas investigações. Uma delas

seria de analisar sobre a o SAERS na perspectiva de divulgação e apropriação dos resultados

pelas escolas, uma vez que esta pesquisa descreveu a institucionalização do Sistema de

Avaliação no Rio Grande do Sul no período de 1996 a 2009. E outra possibilidade seria

descrever e analisar a nova proposta de avaliação prevista pelo atual governo.

Por fim, acredita-se que este estudo traga contribuições que sirvam de subsídio a

futuras pesquisas que envolvam o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado do

Rio Grande do SUL – SAERS.

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______. Assembléia Legislativa. Gabinete de Consultoria Legislativa. Decreto nº 45.300, de 30 de outubro de 2007. Publicado no DOE nº 2007, de 31 de outubro de 2007d. Institui o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS. Disponível em:< http://www.al.rs.gov.br/legis/m010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO& Hid_TodasNormas=51098&hTexto=&Hid_IDNorma=51098>. Acesso em: 12 jun. 2010.

______. Assembléia Legislativa. Gabinete de Consultoria Legislativa. Decreto nº 45 273, de 04 de outubro de 2007e. Publicado no DOE n. 190 de 05 de outubro de 2007. Estabelece as diretrizes e competências para implementação dos Programas “Fazendo Mais com Menos” e “Modernização da Gestão Pública”, cria o Comitê de Governança Corporativa das Empresas Estatais, institui Grupo de Trabalho para elaborar Política Estadual de Desenvolvimento de Pessoal, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/ M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=51029&hTexto=&Hid_IDNorma=51029>. Acesso em: abr. 2011. 2007

______. Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Notícias. 2007f Disponível em: <http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/educa.jsp>. Acesso em: 2009 a 2011.

______.Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Projeto Básico: Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS/2008 – Ensino Fundamental e Médio. Porto Alegre, 2008a.

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145

______. Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Notícias. 2008b Disponível em: <http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/educa.jsp>. Acesso em: 2009 a 2011.

______. Secretaria da Coordenação e Planejamento. Plano Plurianual do Estado do Rio Grande do Sul, 2008-2011. Disponível em: <http://www.seplag.rs.gov.br/upload/ PPA_2008_2011_Lei_13091_CONSOLIDADA.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2010.

______.Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Projeto Básico: Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul – SAERS/2009 – Ensino Fundamental e Médio. Porto Alegre, 2009a.

______.______. Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul - SAERS. Disponível em http://www.saers.caedufjf.net/saers - Acesso em: 20 jul. 2009b.

______.______. Avaliação continuada: apropriação e utilização dos resultados. Juiz de Fora: UFJS/CAEd, 2009c.

______. Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Notícias. 2009d Disponível em: <http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/educa.jsp>. Acesso em: 2009 a 2011.

______.______. Institucional: estatísticas da educação: estabelecimentos de ensino por município: RS 2010. Porto Alegre, 2010. Disponível em: < http://www.educacao. rs.gov.br/dados/estatisticas_estabs_2010.pdf>. Acesso em: 25 maio 2010.

______. Secretaria do Planejamento e Gestão. Departamento de Monitoramento de Projetos. Programas Estruturantes. Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/ secretarias/upload/Arquivos/seges/081010_SEGES_Arq_programas.pdf>. Acesso: abr.2011a.

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______.Referenciais Curricultares, Lições do Rio Grande –Objetivos. http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/refer_curric.jsp?ACAO=acao1>. Acesso em: 20 jun. 2011c.

SAVIANI, Dermeval. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise do projeto do MEC. Educ. Soc, Campinas, v. 28, n. 100, 2007. Disponível em: http://www. scielo.br/ pdf/es/v28n100/a2728100.pdf. Acesso em: 01 jun. 2009.

SCHWARTZMAN, Simon. As avaliações de nova geração. In: SOUZA, Alberto de Mello (Org.). Dimensões da avaliação educacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. p. 15-34.

SOARES, José Francisco. O efeito da escola no desempenho cognitivo de seus alunos. In: SOUZA, Alberto de Mello (Org.). Dimensões da avaliação educacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. p. 174-204.

SOUZA, Alberto de Mello (Org.). A relevância dos indicadores educacionais para a educação básica: informações e decisões. In: Dimensões da avaliação educacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. p. 90-109.

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146

SOUZA. Sandra Z. L. de. OLIVIERA, Romualdo P. de. Políticas de Avaliação da Educação e Quase Mercado no Brasil. Educação e Sociedade. Campinas, v. 24, n.84, p.873-895, set. 2003.

TRIVINOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VIEIRA, Sofia Lerche. Política e planejamento educacional. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001.

WERLE, Flávia Obino C. Sistemas e instituições: repensando a teoria na prática. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE POLÍTICAS E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, 18., Anais ...Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997. v. 1, p. 265-290,

______. MANTAY, Carla; ANDRADE, Alenis C. de. Direção de escola básica em perspectiva municipal. Educação, Porto Alegre, v. 32, n.2, maio/ago., 2009. p. 139-149.

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147

APÊNDICE A - ENTREVISTA

ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA A COORDENADORA DA SECRETARIA DE

EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RESPONSÁVEL PELOS

TRABALHOS DO SAERS

1. Nível de Formação:

Graduação________________________________ Ano de Conclusão__________

Especialização_____________________________ Ano de Conclusão__________

1. Tempo de experiência na função atuante ________ anos.

2. Como surgiu a idéia de elaborar um Sistema de Avaliação para o Estado do Rio

Grande do Sul?

3. Qual o objetivo e a finalidade de elaborar um Sistema de Avaliação para o Estado do

Rio Grande do Sul?

4. Como foi a operacionalização das primeiras edições do Sistema de Avaliação?

5. Alguns documentos destacavam a formação de uma equipe específica para a

elaboração das provas. Como foi feita a seleção desta equipe?

6. Quem participou desta primeira avaliação? (Escolas, séries, disciplinas)

7. Após a primeira avaliação foi realizada algum tipo de capacitação para professores?

8. Quem participou da segunda edição em 1997? (Escolas, séries, disciplinas)

9. E da edição de 1998?

10. Como foi feita a divulgação dos resultados nestas três edições?

11. Você tinha conhecimento das práticas que as escolas executavam a partir dos

resultados do Sistema de Avaliação, que objetivam a melhoria do desempenho dos

alunos?

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148

ANEXO A - SISTEMAS DE AVALIAÇÃO NOS ESTADOS BRASILEIROS

O quadro abaixo apresenta dados referentes ao ano de implantação, exercício e, em

alguns casos, de extinção do sistema de avaliações. Bem como o enfoque que a avaliação visa

nos Sistemas de Avaliações Externas nos vinte e seis Estados brasileiros e Distrito Federal:

Estado Início de Implantação

Sistema Programa/Projeto Enfoque

Acre 2 exercícios 1999 e 2003

Desempenho dos alunos

Alagoas 2001 2005

SAVEAL - Sistema de Avaliação Educacional de Alagoas

Desempenho dos alunos

Amapá Sem informação

Amazonas Única aplicação em 2003

Desempenho dos alunos

Bahia 1999

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Extinto em 2005

Projeto de Avaliação Externa

Avaliação do desempenho e Avaliação da Aprendizagem

Programa Educar para Vencer

Desempenho do aluno

Desempenho do aluno e Avaliação de Aprendizagem

Ceará 1992

1996

2000 Ocorre nos anos pares

Programa Permanente de Avaliação das Escolas do CE SPAECE - Sistema Permanente de Avaliação do Ensino do Ceará SPAECE - Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

Todos pela Educação de Qualidade para Todos.

Desempenho escolar Desempenho dos alunos

Espírito Santo

2000

2004 Periodicidade 3 anos não ocorrendo em 2007

PAEBES - Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo

Classes de Alfabetização

Desempenho dos alunos

Goiás 2000 Interrompido em 2005

SAEGO - Sistema de Avaliação da Educação Básica do Estado de Goiás.

Aprendizagem dos alunos

Maranhão 2000 Desativado em 2001

AEP - Avaliação Estadual da Escola Pública

Aprendizagem dos alunos

Mato Grosso

Sem informações

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149

Mato Grosso do Sul

2003 SAEMS – Sistema de Avaliação da Educação Básica do Mato Grosso do Sul

Projeto Travessia, Arte e Letramento. Projeto das Oficinas Pedagógicas. Projeto de Capacitação Continuada

Desempenho dos alunos.

Minas Gerais

1992

1999 2000

Programa de Avaliação da Escola Pública da MG

SIMAVE – Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública

Pró - Qualidade PROEB – Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica Projeto Veredas

Desempenho dos alunos

Desempenho escolar

Pará Não existe.

Paraíba Sem informações

Paraná 1995 a 2002

2003

AVA – Avaliação do Rendimento Escolar o Ensino Fundamental e Médio

PQE – Projeto Qualidade no Ensino Público do Paraná. Programa de Avaliação do Sistema Educacional do Paraná Programa de Auto – Avaliação Institucional

Desempenho dos alunos.

Sistema Educacional

Pernambuco 2000 SAEPE – Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

Autonomia da gestão escolar.

Desempenho escolar

Piauí Sem informações

Rio de Janeiro

2000 Sistema Permanente de Avaliação das escolas da Rede Pública Estadual de Educação

Programa Estadual de Reestruturação da Educação Básica - Programa Nova Escola

Desempenho dos alunos

Rio Grande do Norte

Não há informações

Rio Grande do Sul

1996/1998 2005 2007 Aplicações anuais

SAERS - Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul

O Rio grande que queremos: Agenda 2020

Desempenho dos alunos

Rondônia 2000 Projeto Avaliação Institucional e Qualidade do Ensino ( monitoramento) SADE

Programa de Avaliação e Estatística

Subprojeto do Saeb no estado

Avaliação da escola

Desempenho dos alunos

Roraima Não há informações

Santa Catarina

Não há informações

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150

São Paulo

1992

1996

Programa de Avaliação Educacional da Rede Estadual SARESP – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo

Projeto Escola padrão

Autonomia das Delegacias de Ensino e da Universidade escolar

Desempenho dos alunos Desempenho dos alunos

Sergipe 2004

Extinto em 2006.

SAPED – Sistema de Avaliação Periódica do Desempenho

EXAEB-SE: Exame de Avaliação da Educação Básica do Estado de Sergipe. GRAVAD: Gratificação Variável de Desempenho.

Desempenho dos alunos

Desempenho do professor

Tocantins 2001 SAETO – Sistema de Avaliação do Estado do Tocantins

Desempenho dos alunos

Distrito Federal

1998 Avaliação do rendimento escolar

Integrado ao processo nacional de avaliação

Rendimento escolar

Fonte: Elaborado pela autora baseado em Freitas (2007) e Lopes (2007).

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152

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or r

esul

tado

s m

ais

baix

os,

mas

inc

enti

var

expe

riên

cias

exi

tosa

s”.

A p

arti

r do

Con

trat

o de

Ges

tão,

os

doce

ntes

da

2ª e

sér

ie d

as d

isci

plin

as d

e P

ortu

guês

e M

atem

átic

a da

s es

cola

s qu

e ad

erir

am

ao C

ontr

ato

seri

am c

apac

itad

os. “

Cad

a es

cola

des

envo

lver

á aç

ões

volt

adas

à

com

unid

ade

que

aten

de,

busc

ando

mel

hori

a ge

renc

ial,

redu

ção

de e

vasã

o,

repe

tênc

ia e

o c

resc

imen

to d

e al

unos

”, d

iz F

ortu

nati

.

2005

Nov

embr

o 25

/11/

2005

- C

PE

RS

ap

onta

A

not

ícia

rel

ata

uma

fort

e pr

essã

o do

CP

ER

S c

ontr

a o

Con

trat

o de

Ges

tão

Page 155: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

153

indi

cati

vo d

e gr

eve.

26/1

1/20

05-M

agis

téri

o fa

z pa

rali

saçã

o e

mar

cha.

nas

coor

dena

dori

as d

e S

oled

ade

e S

ão L

uiz

Gon

zaga

. Inc

lusi

ve e

sboç

ando

a

inte

nção

de

grev

e do

s pr

ofes

sore

s, p

ois

eles

tem

em q

ue o

Con

trat

o de

G

estã

o se

ja e

sten

dido

par

a to

do o

Est

ado.

A

crí

tica

do

CP

ER

S a

o C

ontr

ato

de G

estã

o re

laci

ona-

se c

om o

fat

o de

tra

tar

a ad

min

istr

ação

púb

lica

com

o se

fos

se p

riva

da e

que

o c

ontr

ato

apli

cado

de

form

a pi

loto

nas

dua

s C

oord

enad

oria

s nã

o é

a so

luçã

o pa

ra q

uali

fica

r a

educ

ação

do

Est

ado.

D

ezem

bro

11/1

2/20

05-

CP

ER

S

crit

ica

sist

ema

empr

esar

ial n

as e

scol

as.

11/1

2/20

05-F

ortu

nati

de

fend

e o

Con

trat

o de

Ges

tão.

A n

otíc

ia e

xplic

a qu

e o

Con

trat

o de

Ges

tão

foi

firm

ado

entr

e o

Sec

retá

rio

de

Est

ado

da E

duca

ção

e o

Sec

retá

rio

da C

oord

enaç

ão e

Pla

neja

men

to e

117

es

cola

s es

tadu

ais

das

regi

ões

de S

oled

ade

e de

São

Lui

z G

onza

ga.

Seg

undo

o

CP

ER

S o

con

trat

o ap

lica

do d

e fo

rma

pilo

to n

as d

uas

regi

ões

não

é a

solu

ção

para

qua

lifi

car

a ed

ucaç

ão d

o E

stad

o. A

trav

és d

os C

ontr

atos

de

Ges

tão

os

diri

gent

es

terã

o re

spon

sabi

lida

des

gere

ncia

is,

ampl

iaçã

o e

qual

idad

e de

ser

viço

s e

prod

utos

ass

umid

os p

ubli

cam

ente

. O

Sec

retá

rio

de

Edu

caçã

o, J

osé

Fort

unat

i, ex

plic

a qu

e ad

esão

ao

Con

trat

o de

G

estã

o é

volu

ntár

io

e qu

e o

sist

ema

de

aval

iaçã

o va

i co

mpa

rar

o de

sem

penh

o da

esc

ola

no 2

º se

mes

tre

/200

5 e

1º s

emes

tre/

2006

. “P

ara

as

esco

las

que

não

cons

egui

rem

mel

hora

r se

u de

sem

penh

o, o

fere

cere

mos

apo

io

das

34 u

nive

rsid

ades

par

ceir

as e

do

ME

C,

atra

vés

do c

urso

de

Ges

tão

Esc

olar

.”

Ano

M

ês

Dat

a/ T

itul

o da

s no

tíci

as

Res

umo

Jane

iro

31/0

1/20

06-C

PE

RS

e

Rig

otto

ag

enda

m e

ncon

tro.

C

PE

RS

e G

over

nado

do

Est

ado

agen

dam

enc

ontr

o. U

ma

das

paut

as d

a di

scus

são

é o

Con

trat

o de

Ges

tão.

Fe

vere

iro

06/0

2/20

06-C

PE

RS

crit

ica

prop

osta

s pr

omov

idas

no

ensi

no.

16/0

2/20

06-

CP

ER

S d

ecid

e fo

rtal

ecer

m

obil

izaç

ão.

Con

form

e o

CP

ER

S c

om o

Con

trat

o de

Ges

tão

o go

vern

o si

nali

za o

quê

en

tend

e po

r E

duca

ção,

ot

imiz

ando

re

curs

os

hum

anos

e

fina

ncei

ros,

pr

atic

ando

eco

nom

ia e

não

inve

stim

ento

. O

gov

erno

não

am

plia

os

Con

trat

os d

e G

estã

o.

2006

Abr

il

16/0

4/20

06-C

omis

são

aval

ia p

roje

tos

de c

ontr

ato

de g

estã

o.

A C

omis

são

de E

duca

ção

da A

ssem

bléi

a va

i re

aliz

ar r

euni

ões

de a

vali

ação

do

s co

ntra

tos

de G

estã

o na

s du

as C

RE

s.

O C

PE

RS

man

tém

a p

osiç

ão

cont

rári

a ao

Con

trat

o, j

usti

fica

ndo

que

eles

aca

bam

por

ger

ar

com

peti

ção

Page 156: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

154

entr

e es

cola

s, n

a qu

al a

pena

s as

mai

s ri

cas

têm

con

diçõ

es

de a

lcan

çar

a pr

emia

ção.

A e

sta

crít

ica

a C

oord

enaç

ão e

Pla

neja

men

to, C

arm

em F

igue

iró,

af

irm

ou

que

não

ranq

ueam

ento

en

tre

as

esco

las,

um

a ve

z qu

e as

pr

emia

das

são

as q

ue a

pres

enta

m o

s m

elho

res

dese

mpe

nhos

na

com

para

ção

com

os

resu

ltad

os d

o ex

ercí

cio

ante

rior

. Ju

nho

28/0

6/20

06-S

EC

pr

êmio

s do

C

ontr

ato

de G

estã

o.

A S

ecre

tari

a E

stad

ual

de E

duca

ção

fez

o re

pass

e as

23

esco

las

da 2

5ª C

RE

qu

e ti

vera

m o

mel

hor

dese

mpe

nho

nos

indi

cado

res

adm

inis

trat

ivos

num

tota

l de

R$

232

mil

. A

açã

o in

tegr

a o

Con

trat

o de

Ges

tão,

im

plan

tado

em

200

5,

por

mei

o da

SE

E/R

S e

a S

ecre

tari

a de

Coo

rden

ação

e P

lane

jam

ento

, em

117

es

cola

s da

25ª

e 3

2ª C

RE

s.O

pro

jeto

env

olve

u a

2ª e

seri

e do

ens

ino

fund

amen

tal.

Os

indi

cado

res

são:

ev

asão

, re

petê

ncia

, re

laçã

o en

tre

prof

esso

res/

alun

os e

des

empe

nho

esco

lar.

Con

form

e a

Sec

reta

ria

da é

poca

, N

elsi

Mul

ler,

na

25ª

CR

E d

e S

oled

ade

som

ente

2 d

as 5

6 es

cola

s av

alia

das

não

se a

uto

supe

rara

m.

Julh

o 02

/07/

2006

-RS

pio

ra d

esem

penh

o no

E

nsin

o.

02/0

7/20

06-C

PE

RS

cu

lpa

a at

ual

polí

tica

edu

caci

onal

.

O d

esem

penh

o do

s al

unos

na

Pro

va B

rasi

l, re

aliz

ada

em n

ovem

bro

de 2

005,

em

todo

o p

aís,

pre

ocup

ou a

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o do

Rio

Gra

nde

do S

ul.

A P

rova

Bra

sil

apon

tou

que

as e

scol

as p

úbli

cas

do E

stad

o ti

vera

m

as m

édia

s re

duzi

das

o qu

e, s

egun

do a

Sec

reta

ria

de E

stad

o da

Edu

caçã

o,

Nel

si M

ulle

r, p

rovo

cou,

nas

esc

olas

, re

flex

ão e

ava

liaç

ão d

os s

eus

proj

etos

pe

dagó

gico

s. A

dian

tou

que,

par

a re

vert

er e

ste

quad

ro,

uma

das

estr

atég

ias

seri

a a

ampl

iaçã

o do

s C

ontr

atos

de

Ges

tão,

apl

icad

o em

200

5 em

dua

s co

orde

nari

as.

A S

EE

/RS

ent

rego

u R

$ 37

6 m

il e

m p

rêm

ios

para

37

esco

las

que

mel

hora

ram

se

us

indi

cado

res,

te

ndo

com

o pa

râm

etro

s:

evas

ão,

repe

tênc

ia,

rela

ção

prof

esso

r/al

unos

e d

esem

penh

o es

cola

r.

O

CP

ER

S

culp

a a

atua

l po

líti

ca

educ

acio

nal

na

qued

a do

s ín

dice

s do

de

sem

penh

o do

s al

unos

. U

m d

os m

otiv

os f

oi a

im

plan

taçã

o do

Con

trat

o de

G

estã

o co

m 1

17 p

rem

iand

o 37

den

tre

as 3

.002

, e

indi

cand

o co

mo

suce

sso

um p

rogr

ama

pilo

to d

e m

eio

ano.

N

ovem

bro

18/1

1/20

06-E

vent

o de

bate

sis

tem

a de

av

alia

ção.

U

ma

das

paut

as d

e de

bate

s do

rec

ente

pro

jeto

“E

duca

tiva

- e

duca

ção

com

o te

ma”

es

tá a

im

plan

taçã

o de

um

sis

tem

a de

ava

liaç

ão d

o E

nsin

o no

Est

ado

Page 157: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

155

Pro

jeto

pr

opõe

pa

râm

etro

s qu

e en

volv

am c

onhe

cim

ento

e h

abil

idad

es

dos

alun

os, c

onfo

rme

cada

sér

ie.

com

o in

stru

men

to d

e G

estã

o E

duca

cion

al.

Seg

undo

a c

oord

enad

ora

do

proj

eto,

Son

ia B

alza

no o

sis

tem

a pr

evê

a av

alia

ção

do c

onhe

cim

ento

e

habi

lida

des

dos

alun

os e

m c

ada

séri

e e

cons

tata

r se

os

prof

esso

res

estã

o pr

epar

ados

par

a at

ende

r as

nec

essi

dade

s do

s al

unos

. C

omen

ta q

ue R

io d

e Ja

neir

o o

prog

ram

a N

ova

Esc

ola

aval

ia

cole

tiva

men

te

a pr

oduç

ão

dos

prof

esso

res,

atr

avés

dos

alu

nos,

da

inte

raçã

o da

esc

ola

com

a c

omun

idad

e e

da u

tili

zaçã

o do

s re

curs

os f

inan

ceir

os e

hum

anos

. A

no

Mês

D

ata/

Tit

ulo

das

notí

cias

R

esum

o Ja

neir

o 10

/01/

2007

-CP

ER

S ap

rese

nta

as

reiv

indi

caçõ

es a

SE

C.

CP

ER

S m

anté

m p

osiç

ão c

ontr

ária

a p

rem

iaçã

o po

r de

sem

penh

o na

s es

cola

s do

E

stad

o,

afir

man

do

que

a qu

alif

icaç

ão

de

prof

esso

res

e fu

ncio

nári

os

acon

tece

rá q

uand

o ti

vere

m s

alár

ios

dign

os e

cur

sos

de a

perf

eiço

amen

to.

Junh

o 21

/06/

2007

-CR

Es

deba

tem

P

PA

e

SA

ER

S.

A S

ecre

tari

a E

stad

ual

de E

duca

ção,

Mar

iza

Abr

eu,

e a

atua

l go

vern

ador

a,

Yed

a C

rusi

us,

enco

ntra

ram

-se

com

30

CR

Es.

Ent

re o

s as

sunt

os d

ebat

idos

es

tão:

o P

lano

Plu

rian

ual

de E

duca

ção,

o C

ompr

omis

so A

gend

a 20

20 e

o

SA

ER

S.

Set

embr

o 27

/09/

2007

-Ens

ino

Ava

liaç

ão

Mar

iza

Abr

eu

anun

ciou

qu

e a

SE

E/R

S

impl

emen

tará

o

SA

ER

S

. A

U

nive

rsid

ade

Fed

eral

de

Juiz

de

Fora

de

Min

as G

erai

s se

rá r

espo

nsáv

el p

ela

elab

oraç

ão e

apl

icaç

ão d

as p

rova

s e

divu

lgaç

ão d

os r

esul

tado

s.

2007

Out

ubro

02

/10/

2007

-SE

C

fará

av

alia

ção

esta

dual

M

aria

Abr

eu i

nfor

ma

que

o S

AE

RS

veri

fica

rá a

com

petê

ncia

dos

alu

nos

de

2ª e

séri

e/ 3

º e

6º a

no d

o E

nsin

o Fu

ndam

enta

l e

1º a

no d

o E

nsin

o M

édio

, na

s di

scip

lina

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a de

toa

s às

esc

olas

da

rede

púb

lica

do

Est

ado.

A a

vali

ação

abr

ange

rá 1

3 m

il t

urm

as. A

ela

bora

ção,

ex

ecuç

ão e

aná

lise

dos

res

ulta

dos

esta

rão

a ca

rgo

do C

entr

o de

Pol

ític

as

Púb

lica

s e

Ava

liaç

ão d

a E

duca

ção

da U

nive

rsid

ade

Fede

ral

de J

uiz

de F

ora

de M

inas

Ger

ais

– C

AE

d/U

FJF.

A

rgum

ento

u qu

e o

obje

tivo

do

SA

ER

S é

ava

liar

esc

olas

não

alc

ança

das

pelo

s ex

ames

do

gove

rno

fede

ral

e di

vulg

ar o

s re

sult

ados

das

pro

vas

e al

gum

as q

uest

ões,

par

a qu

e si

rva

de f

erra

men

ta e

aná

lise

par

a aç

ões

e m

udan

ças

no p

roce

sso

ensi

no –

apr

endi

zage

m.

Ser

ão u

tili

zada

s, n

os t

este

s,

ques

tões

ob

jeti

vas

de

múl

tipl

as

esco

lhas

pa

ra

veri

fica

r co

mpe

tênc

ias

e ha

bili

dade

s em

int

erpr

etaç

ão d

e te

xto

e re

solu

ção

de p

robl

emas

. O

s al

unos

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156

da

séri

e/3º

an

o do

E

F te

rão

aind

a um

di

tado

de

um

te

xto.

S

erão

co

nsid

erad

os f

ator

es e

xter

nos

que

inte

rfer

em n

a ap

rend

izag

em d

os a

luno

s,

com

o o

níve

l de

esc

olar

idad

e da

s fa

míl

ias

e a

estr

utur

a da

esc

ola.

Os

resu

ltad

os o

rien

tarã

o o

trab

alho

da

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o pa

ra

apoi

ar a

s es

cola

s co

m v

ista

a m

elho

ria

da q

uali

dade

do

ensi

no.

O S

AE

RS

é u

ma

parc

eria

da

Sec

reta

ria

de E

duca

ção

do E

stad

o do

Rio

G

rand

e do

Sul

com

a U

nião

Nac

iona

l de

Dir

igen

tes

Mun

icip

ais

de E

duca

ção

– U

ND

IME

/RS

e o

Sin

dica

to d

o0s

Est

abel

ecim

ento

s do

Ens

ino

Pri

vado

-

SIN

EP

E/R

S.

O p

resi

dent

e do

SIN

EP

E/R

S c

omen

tou

que,

pel

a pr

imei

ra v

ez,

as e

scol

as d

a re

de p

arti

cula

r de

ens

ino

fora

m c

onvi

dada

s a

part

icip

ar d

e um

pr

ojet

o de

ava

liaç

ão.

Nov

embr

o 26

/11/

2007

-SE

C

com

eça

a ap

lica

r ex

ames

.

27/1

1/20

07-

CP

ER

S c

ritic

a av

alia

ção

e ‘d

esm

onte

’ da

esc

ola.

27/1

1/20

07-S

EC

qu

er

diag

nóst

ico

esco

lar.

O S

AE

RS

foi

apl

icad

o em

cer

ca d

e 40

0 m

il a

luno

s de

2ª e

5ª s

érie

do

EF

e 1º

an

o do

EM

, que

res

pond

eram

a q

uest

ões

de L

íngu

a P

ortu

gues

a, M

atem

átic

a e

a um

que

stio

nári

o so

bre

a re

alid

ade

da e

scol

a. A

lém

das

2.8

56 e

scol

as

esta

duai

s,

esco

las

de

58

mun

icíp

ios

e 16

pa

rtic

ular

es

part

icip

aram

do

pr

oces

so.

Os

test

es f

oram

org

aniz

ados

pel

o C

AE

d/U

FJF

junt

o co

m t

écni

cos

da S

EE

/RS

. O

CP

ER

S q

uest

iona

a r

eali

zaçã

o do

SA

ER

S c

omo

uma

aval

iaçã

o pa

ra

alun

os d

e 2ª

e 5

ª sé

ries

do

EF

e 1º

ano

do

EM

e a

con

trat

ação

da

UFJ

F/ M

G

para

a

apli

caçã

o da

s pr

ovas

. C

omen

ta

que

o go

vern

o ve

m

fala

ndo

de

prem

iaçã

o m

onet

ária

por

des

empe

nho

de e

scol

as e

de

estu

dant

es,

o qu

e re

pres

enta

um

equ

ivoc

o po

rque

tra

z pa

ra a

edu

caçã

o as

lei

s de

mer

cado

. O

s pr

ofes

sore

s ap

rese

ntam

pre

ocup

ação

com

os

resu

ltad

os d

o S

AE

RS

. O

SA

ER

S é

um

a in

icia

tiva

da

SE

E/R

S.

O o

bjet

ivo

é ob

ter

um d

iagn

ósti

co,

escl

arec

e M

ariz

a A

breu

, a p

arti

r do

s re

sult

ados

, com

a in

tenç

ão d

e fa

cili

tar

o pl

anej

amen

to d

e aç

ões

peda

gógi

cas

dos

gest

ores

e p

rofe

ssor

es.

As

boas

pr

átic

as s

erão

com

part

ilha

das

e as

esc

olas

com

pio

r de

sem

penh

o re

cebe

rão

aten

ção

da S

EE

/RS

. A

no

Mês

D

ata/

Tit

ulo

das

notí

cias

R

esum

o ��

��

2008

Abr

il

25/0

4/20

08-

Ava

liaç

ão

Res

ulta

dos

do

SA

ER

S/2

007

reve

lam

de

sem

penh

o pr

eocu

pant

e no

R

S.

Apl

icad

o na

s tu

rmas

de

2ª e

séri

es d

o E

F e

1º a

no d

o E

M.

Os

estu

dant

es

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157

25/0

4/20

08-

SA

ER

S:

nota

s ba

ixas

em

M

atem

átic

a.

do 1

º an

o do

EM

fic

aram

aba

ixo

da m

édia

em

am

bas

as d

isci

plin

as. A

méd

ia

mai

or e

stá

pres

ente

nas

inst

itui

ções

pri

vada

s.

Mes

mo

cons

ider

ando

os

resu

ltad

os c

omo

espe

rado

s a

SE

E/R

S f

icou

em

al

erta

, sob

retu

do c

om r

elaç

ão a

atu

ação

dos

pro

fess

ores

. Seg

undo

a S

EE

/RS

os

dad

os s

ervi

rão

para

ori

enta

r as

açõ

es p

ara

a m

elho

ria

do e

nsin

o. S

egun

do

a se

cret

aria

de

educ

ação

, Mar

iza

Abr

eu, o

apo

io d

o go

vern

o es

tará

vin

cula

do

à de

fini

ção

de m

etas

pel

as e

scol

as e

as

vari

açõe

s de

des

empe

nho

esbo

çam

a

cris

e na

ed

ucaç

ão,

com

o ta

mbé

m

dem

onst

ram

as

de

sigu

alda

des

de

dese

nvol

vim

ento

ent

re a

s re

giõe

s do

Rio

Gra

nde

do S

ul.

Os

resu

ltad

os d

o S

AE

RS

ser

ão d

ivul

gado

s as

esc

olas

par

tici

pant

es c

om e

xpli

caçõ

es s

obre

m

etod

olog

ia e

a p

osiç

ão n

o ní

vel g

eral

. Qua

dro

de r

esul

tado

s 20

07:

Sér

ieP

ortu

guês

Mat

emát

ica

152,

376

2,4

5ª20

2,4

211,

11º

249,

826

3,2

Os

resu

ltad

os d

o S

AE

RS

/200

7 m

ostr

aram

ren

dim

ento

, na

e 5ª

sér

ie,

abai

xo d

a m

édia

em

Mat

emát

ica

e em

Por

tugu

ês p

róxi

mo

à po

ntua

ção

mín

ima

do n

ível

bás

ico

dese

jado

. E

os

alun

os d

o 1º

ano

do

ensi

no m

édio

fi

cam

aba

ixo

da m

édia

em

am

bas

as d

isci

plin

as.

Mai

o 29

/05/

2008

- E

stad

o us

a av

alia

ção

das

esco

las.

29/0

5/20

08-

SE

C

deba

te

com

os

di

reto

res

os r

esul

tado

s do

SA

ER

S.

30/0

5/20

08-E

scol

as

deve

m

mel

hora

r

A s

ecre

tari

a es

tadu

al d

e ed

ucaç

ão, M

aria

Abr

eu, e

scla

rece

que

as

méd

ias

do

SA

ER

S r

efle

tem

a r

eali

dade

soc

ioec

onôm

ica

das

dive

rsas

reg

iões

do

Est

ado.

O

s da

dos

da a

vali

ação

ser

virã

o pa

ra o

rien

tar

polí

tica

s pú

blic

as e

duca

cion

ais.

O

s re

sult

ados

pos

itiv

os s

erão

inc

enti

vado

s, o

s ne

gati

vos

terã

o ap

oio

da

SE

E/R

S e

os

prof

esso

res

pode

rão

aper

feiç

oar

a aç

ão d

e sa

la d

e au

la.

A S

EE

/RS

pro

mov

e en

cont

ros

com

os

dire

tore

s da

s es

cola

s es

tadu

ais

para

an

ális

e do

s re

sult

ados

do

SA

ER

S/2

007.

De

acor

do c

om a

sec

reta

ria,

Mar

iza

Abr

eu “

No

fina

l d

roda

da,

os d

ados

ser

ão d

ivul

gado

s à

soci

edad

e ga

úcha

”.

Os

dire

tore

s sã

o es

tim

ulad

os a

uti

lizar

os

resu

ltad

os c

omo

diag

nóst

ico

para

qu

alif

icar

as

açõe

s pe

dagó

gica

s. P

arti

cipa

ram

280

mil

alu

nos

e 2,

8 m

il es

cola

s es

tadu

ais,

58

rede

s m

unic

ipai

s e

16 e

scol

as p

riva

das.

E

stão

pre

vist

as 1

5 re

uniõ

es c

om d

iret

ores

de

esco

la.

Os

dire

tore

s re

cebe

m

��

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158

o de

sem

penh

o.

um k

it co

m o

s bo

leti

ns d

a av

alia

ção

com

vis

ta a

aux

ilia

r o

diag

nóst

ico

e na

ut

iliz

ação

par

a qu

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icar

as

açõe

s pe

dagó

gica

s. “

È p

reci

so m

udar

a f

orm

a de

da

r au

la”

sali

enta

M

ariz

a A

breu

. O

s re

sult

ados

se

rão

divu

lgad

os

publ

icam

ente

, ass

im q

ue to

dos

os d

iret

ores

rec

eber

em o

mat

eria

l. Ju

nho

05/0

6/20

08-

Inst

ituí

do o

Boa

Esc

ola

para

Tod

os.

09/0

6/20

08-

Sit

e da

S

EC

di

vulg

a da

dos

do S

AE

RS

.

15/0

6/20

08-

Coo

rden

ador

ia f

este

ja o

re

sult

ado

Lan

çado

o p

rogr

ama

Boa

Esc

ola

para

Tod

os c

om i

nves

tim

ento

s pr

evis

tos

para

doi

s an

os.

Est

e pr

ogra

ma

está

art

icul

ado

ao M

ovim

ento

Com

prom

isso

T

odos

pel

a E

duca

ção

e co

m a

Age

nda

2020

. Ser

ão c

inco

pro

jeto

s vo

ltad

os a

m

elho

rias

da

qual

idad

e da

Edu

caçã

o B

ásic

a, r

eduç

ão d

a re

petê

ncia

e e

vasã

o es

cola

r, a

umen

to d

a ap

rend

izag

em e

à e

xpan

são

da e

duca

ção

prof

issi

onal

. E

ntre

os

pr

ojet

os

enco

ntra

-se

o S

AE

RS

qu

e já

av

alio

u em

20

07

o de

sem

penh

o do

s al

unos

da

2ª e

séri

e do

EF

e 1º

ano

do

EM

. T

ambé

m

com

põem

o

sist

ema

o pr

ojet

o pi

loto

de

av

alia

ção

da

Alf

abet

izaç

ão

de

cria

nças

com

6 e

7 a

nos

de i

dade

. O

obj

etiv

o do

SA

ER

S é

apr

ovei

tar

os

resu

ltad

os p

ara

corr

igir

os

pro

blem

as e

def

inir

mud

ança

s ne

cess

ária

s, a

lém

de

ser

vir

de s

ubsí

dio

para

a f

orm

ação

con

tinu

ada

dos

doce

ntes

. S

egun

do

Yed

a R

orat

o C

rusi

us, “

Se

a ed

ucaç

ão n

o R

io G

rand

e do

Sul

cai

u po

siçõ

es, o

di

agnó

stic

o m

ostr

ou o

po

rquê

e i

rem

os d

ispu

tar

nova

men

te o

pri

mei

ro

luga

r”.

Est

á di

spon

ível

no

si

te

da

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

E

duca

ção

do

RS

o

resu

ltad

o do

des

empe

nho

de 2

,8 m

il es

cola

s da

red

e es

tadu

al,

de 5

8 da

red

e m

unic

ipal

e 1

6 pa

rtic

ular

es q

ue p

arti

cipa

ram

do

SA

ER

S/2

007.

Os

dado

s já

fo

ram

apr

esen

tado

s as

30

CR

Es

e le

vado

s pa

ra a

s es

cola

s pa

ra s

erem

an

alis

ados

com

a c

omun

idad

e es

cola

r. S

egun

do a

sec

reta

ria,

Mar

iza

Abr

eu,

não

houv

e ra

nque

amen

to d

as e

scol

as.

“A i

déia

é i

dent

ific

ar b

oas

prát

icas

pa

ra q

ue s

irva

m d

e re

ferê

ncia

”.

A 5

ª C

RE

fes

teja

o r

esul

tado

do

SA

ER

S.

A ú

nica

esc

ola

do m

unic

ípio

de

Mor

ro

Red

ondo

de

stac

ou-s

e no

S

AE

RS

.

Seg

undo

a

SE

E/R

S

as

boas

pr

átic

as p

edag

ógic

as s

erão

usa

das

nas

dem

ais

inst

itui

ções

da

regi

ão e

do

Est

ado.

De

acor

do c

om a

dir

etor

a da

esc

ola,

os

resu

ltad

os d

o S

AE

RS

é o

re

flex

o de

um

a re

laçã

o de

int

eraç

ão c

om a

com

unid

ade

e um

a pr

opos

ta

peda

gógi

ca c

ontí

nua.

��

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159

Out

ubro

11

/10/

2008

O

corr

eu

o pr

egão

li

cita

tóri

o pa

ra

defi

nir

a em

pres

a re

spon

sáve

l pe

la

apli

caçã

o do

SA

ER

S/2

008.

O C

entr

o de

Pol

ítica

s P

úbli

cas

e A

vali

ação

da

Edu

caçã

o da

U

nive

rsid

ade

Fede

ral

de

Juiz

de

Fo

ra

- M

inas

G

erai

s –

CA

Ed/

UFJ

F, v

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ondu

zir

nova

men

te o

pro

cess

o m

etod

ológ

ico

de a

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ação

do

des

empe

nho

dos

alun

os d

as e

scol

as e

stad

ual

e d

a re

de m

unic

ipal

e

part

icul

ar

que

ader

irem

ao

si

stem

a.

O

SA

ER

S

faz

part

e da

s aç

ões

do

Pro

gram

a E

stru

tura

nte

Boa

Esc

ola

Par

a T

odos

, da

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

E

duca

ção

– R

S.

Vis

a ap

rim

orar

os

níve

is d

e ap

rend

izag

em d

as e

scol

as,

a pa

rtir

da

anál

ise

dos

dado

s do

des

empe

nho

dos

alun

os,

com

int

ençã

o de

in

stru

men

tali

zar

os p

rofe

ssor

es p

ara

o tr

abal

ho e

m s

ala

de a

ula.

N

ovem

bro

25/1

1/20

08-

SA

ER

S s

erá

apli

cado

em

no

vas

data

s.

A S

EE

/RS

alt

era

as d

atas

par

a a

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caçã

o do

SA

ER

S d

evid

o a

grev

e do

s pr

ofes

sore

s em

alg

umas

esc

olas

. V

isa

abra

nger

2,7

mil

esc

olas

da

rede

es

tadu

al,

além

de

inst

itui

ções

mun

icip

ais

e pa

rtic

ular

es q

ue a

deri

rem

ao

proc

esso

. Apl

icaç

ão d

as p

rova

s:

1º d

ia)

1º a

no d

o en

sino

méd

io;

2º d

ia)

alun

os d

a 5ª

sér

ie/ 6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal;

dia

) al

unos

da

2ª s

érie

/ 3ºa

no d

o en

sino

fun

dam

enta

l;

4º d

ia)

esco

las

situ

adas

na

zona

rur

al;

Dez

embr

o 06

/12/

2008

- S

AE

RS

te

os

resu

ltad

os e

m m

arço

. C

erca

de

300

mil

alu

nos

de 2

ª e

5ª s

érie

do

EF

e 1º

ano

do

EM

de

esco

las

esta

duai

s,

mun

icip

ais

e pa

rtic

ular

es

part

icip

aram

do

S

AE

RS

/200

8.

As

disc

ipli

nas

aval

iada

s fo

ram

P

ortu

guês

e

Mat

emát

ica

e a

esca

la

de

conh

ecim

ento

é a

mes

ma

usad

a na

s av

alia

ções

do

ME

C.

Os

alun

os a

inda

re

spon

dera

m a

que

stio

nári

os p

ara

iden

tifi

car

fato

res

exte

rnos

e i

nter

nos

que

��

inte

rfer

em n

a ap

rend

izag

em. N

o m

omen

to d

a m

atrí

cula

ser

á re

aliz

ado

um

leva

ntam

ento

qua

nto

o pe

rfil

soc

ioec

onôm

ico

dos

estu

dant

es.

Os

resu

ltad

os

sair

ão e

m m

arço

de

2009

. Os

dado

s se

rão

com

para

dos

com

os

resu

ltad

os d

e 20

07.

A i

nten

ção

é ut

iliz

ar a

s in

form

açõe

s do

s bo

leti

ns p

edag

ógic

os p

ara

veri

fica

r fa

tore

s qu

e in

terf

erem

na

apre

ndiz

agem

dos

est

udan

tes,

vis

ando

es

tabe

lece

r no

vas

prát

icas

edu

cati

vas.

As

esco

las

que

apre

sent

arem

bai

xos

resu

ltad

os te

rão

apoi

o da

SE

E/R

S e

os

prof

esso

res

serã

o ca

paci

tado

s.

Ano

M

ês

Dat

a/ T

itul

o da

s no

tíci

as

Res

umo

��

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160

Abr

il

28/0

4/20

09-

Sec

m

ostr

a re

ndim

ento

do

s al

unos

. S

egun

do a

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o o

dese

mpe

nho

dos

alun

os n

o S

AE

RS

/200

8 fo

i m

elho

r do

que

o a

nter

ior.

Os

mai

s de

260

mil

alun

os

aval

iado

s de

e 5

ª sé

rie

do E

F e

do 1

º an

o do

EM

apr

esen

tara

m u

ma

pequ

ena

elev

ação

nos

nív

eis

de h

abil

idad

es e

com

petê

ncia

s. A

sec

reta

ria,

M

ariz

a A

breu

acr

edit

a qu

e a

elev

ação

do

dese

mpe

nho

em

deu-

se d

evid

o as

di

scus

sões

, na

s es

cola

s,

dos

resu

ltad

os

do

SA

ER

S/2

007

que

busc

aram

al

tern

ativ

as d

e m

udan

ça n

as a

ções

ped

agóg

icas

. Ju

nho

18/0

6/20

09-

SA

ER

S

tem

ap

rese

ntaç

ão p

ara

esco

las,

O

Pro

jeto

Bas

e do

SA

ER

S/2

009

será

apr

esen

tado

aos

rep

rese

ntan

tes

das

esco

las

mun

icip

ais,

par

ticu

lare

s e

fede

rais

. O

SA

ER

S a

vali

a al

unos

de

séri

e/ 3

º an

o e

5ª s

érie

/ 6º

ano

do E

F e

1º a

no d

o E

M n

as d

isci

plin

as d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

��

2009

Julh

o 10

/07/

2009

- S

EC

exp

õe S

AE

RS

200

8 ge

stor

es.

23/0

7/20

09-

CP

ER

S cr

itic

a a

form

a de

ava

liar

.

A S

ecre

tari

a E

stad

ual

de E

duca

ção

está

ori

enta

ndo

as e

scol

as n

a an

ális

e e

util

izaç

ão d

os r

esul

tado

s do

SA

ER

S.

Con

duzi

dos

pela

s C

RE

s os

ges

tore

s e

supe

rvis

ores

das

esc

olas

par

tici

parã

o de

reu

niõe

s de

for

maç

ão. A

int

ençã

o é

prep

ará-

los

para

rec

eber

em o

s bo

leti

ns c

om o

des

empe

nho

dos

alun

os n

o S

AE

RS

/200

8.

De

acor

do

com

a

coor

dena

dora

da

co

mis

são

que

supe

rvis

iono

u a

elab

oraç

ão

do

sist

ema,

S

andr

a N

egri

ni,

a pr

opos

ta

é ca

paci

tar

os

prof

esso

res

e di

reto

res

a ut

iliz

arem

os

re

sult

ados

. “P

rim

eira

men

te,

a pr

ópri

a es

cola

dev

e fa

zer

uma

aval

iaçã

o do

s ín

dice

s de

20

08,

ante

200

7. O

pri

ncip

al o

bjet

ivo

não

é qu

e ap

enas

alg

uns

alun

os

tenh

am m

édia

mai

s al

ta,

mas

que

mai

s es

tuda

ntes

con

siga

m e

ssas

boa

s no

tas.

” P

ara

elev

ar o

índ

ice

de a

pren

diza

gem

dos

est

udan

tes,

“é

prec

iso

que

as i

nsti

tuiç

ões

de E

nsin

o en

tend

am q

ue a

s co

mpe

tênc

ias

e as

hab

ilid

ades

se

jam

tra

balh

adas

de

mod

o a

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ar o

cid

adão

nes

ta e

ra d

o co

nhec

imen

to”

fris

a a

coor

dena

dora

. P

arti

cipa

m d

o S

AE

RS

alu

nos

da 2

ª de

e 5ª

sér

ie d

o E

F e

ano

do

EM

. A

s di

scip

lina

s av

alia

das

é L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

Em

200

8 pa

rtic

ipar

am c

erca

de

260

mil

alu

nos

de e

scol

as

públ

icas

e p

arti

cula

res.

C

PE

RS

cri

tica

a f

orm

a de

ava

liaç

ão -

SA

ER

S-

esco

lhid

a pe

la S

ecre

tari

a E

stad

ual

de

Edu

caçã

o.

Arg

umen

tand

o qu

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rios

el

emen

tos

deve

m

ser

cons

ider

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, e

que

não

pode

ser

est

abel

ecid

o um

par

ecer

a p

arti

r de

um

a

��

��

��

Page 163: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

161

23/0

7/20

09-

Ava

liaç

ão

reve

la

prob

lem

as n

o E

nsin

o pú

blic

o ga

úcho

.

únic

a pr

ova.

Com

o ta

mbé

m d

evem

ser

res

peit

adas

as

dive

rsid

ades

reg

iona

is

do E

stad

o do

RS

. S

alie

ntan

do q

ue a

mel

hori

a da

Edu

caçã

o re

sult

a de

: in

vest

imen

tos

nas

inst

itui

ções

, qu

alid

ade

de m

ater

ial

peda

gógi

co,

cond

içõe

s de

trab

alho

par

a os

doc

ente

s e

alun

os e

val

oriz

ação

do

prof

issi

onal

. A

co

orde

nado

ra

do

SA

ER

S,

San

dra

Neg

rini

, fr

ente

ao

s re

sult

ados

do

S

AE

RS

/200

8 es

clar

ece

que

“Con

segu

imos

mel

hor

aval

iaçã

o do

des

empe

nho

em 2

008,

em

rel

ação

a 2

007,

na

dist

ribu

ição

dos

alu

nos

pela

cla

ssif

icaç

ão d

a ap

rend

izag

em:

abai

xo d

o bá

sico

, bá

sico

, ad

equa

do e

ava

nçad

o”.

Ent

reta

nto

adm

ite

a ne

cess

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e de

ref

orça

r os

tra

balh

os c

om v

ista

a m

elho

ria

do

dese

mpe

nho

dos

alun

os d

entr

o da

s m

etas

do

Com

prom

isso

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os p

ela

Edu

caçã

o, q

ue e

stab

elec

e a

mel

hori

a da

apr

endi

zage

m n

o pa

ís a

té 2

022.

A

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o pr

omov

eu c

apac

itaç

ão d

os C

oord

enad

ores

R

egio

nais

par

a de

bate

r so

bre

os r

esul

tado

s do

SA

ER

S. A

par

tir

de a

gora

far

á um

est

udo,

das

esc

olas

, co

m

expe

riên

cias

ex

itosa

s, b

em

com

o as

com

re

sult

ados

pre

ocup

ante

s. A

coo

rden

ador

a af

irm

a ai

nda

que

“É p

reci

so q

ue a

in

stit

uiçã

o de

Ens

ino

tenh

a um

a at

uaçã

o lo

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para

um

a vi

são

glob

al.

E

tam

bém

est

ar a

tent

o a

ques

tões

com

o o

mat

eria

l pe

dagó

gico

uti

liza

do e

a

esco

lari

zaçã

o da

mãe

do

alun

o”.

Ago

sto

21/0

8/20

09

– E

nsin

o,

ciên

cia

e cu

ltur

a O

SA

ER

S f

oi t

ema

no F

órum

de

Edu

caçã

o da

Age

nda

2020

. Com

dis

cuss

ão

de

ades

ão

da

rede

pr

ivad

a ao

si

stem

a,

pois

so

men

te

18

das

1,9

mil

in

stit

uiçõ

es p

arti

cipa

ram

O

utub

ro

05/1

0/20

09 –

Esc

olas

pod

em a

deri

r ao

SA

ER

S

13/1

0/20

09–

Age

nda

do E

nsin

o.

15/1

0/20

09-

SE

C

pede

as

C

RE

s di

álog

o co

m e

scol

as

A

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

E

duca

ção

anun

ciou

qu

e re

cebe

a

ades

ão

de

mun

icíp

ios

e es

cola

s pa

rtic

ular

es

inte

ress

adas

em

pa

rtic

ipar

do

S

AE

RS

/200

9. O

SA

ER

S a

bran

gerá

2.6

mil

esc

olas

est

adua

is,

além

das

m

unic

ipai

s e

part

icul

ares

que

ade

rire

m. A

pro

va s

erá

apli

cada

pel

o C

entr

o de

P

olít

icas

Púb

lica

s da

Edu

caçã

o da

Uni

vers

idad

e Fe

dera

l de

Jui

z de

For

a –

CA

Ed/

UFJ

F qu

e já

con

duzi

u as

2 e

diçõ

es a

nter

iore

s. E

ste

sist

ema

esta

dual

de

ava

liaç

ão f

az p

arte

das

açõ

es d

o P

rogr

ama

Est

rutu

rant

e B

oa E

scol

a pa

ra

Tod

os.

Atr

avés

do

SA

ER

S a

SE

E/R

S b

usca

aco

mpa

nhar

a e

volu

ção

do

dese

mpe

nho

dos

alun

os, c

om v

ista

a o

rien

tar

polí

ticas

púb

lica

s ed

ucac

iona

is.

O r

esul

tado

est

á di

vidi

do p

or n

ívei

s, q

ue c

lass

ific

am a

apr

endi

zage

m c

omo:

���

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162

abai

xo d

o bá

sico

, bá

sico

, ad

equa

do e

ava

nçad

o. É

apl

icad

o na

e 5ª

sér

ie/

3º e

ano

do E

nsin

o Fu

ndam

enta

l e

1º a

no d

o E

nsin

o M

édio

. Ent

re 2

007

e 20

08 p

arti

cipa

ram

mai

s de

500

mil

alu

nos.

P

refe

itur

as

e in

stit

uiçõ

es d

e en

sino

pri

vado

dev

em i

nfor

mar

o t

otal

de

esco

las

e al

unos

que

par

tici

para

m d

o S

AE

RS

/200

9.

O S

ecre

tari

o E

stad

ual

de E

duca

ção,

Erv

ino

Deo

n, e

m p

rim

eira

reu

nião

com

as

30

Coo

rden

ador

ias

Reg

iona

l de

Edu

caçã

o re

iter

ou, d

entr

e ou

tros

ass

unto

s a

apli

caçã

o do

Sis

tem

a de

Ava

liaç

ão d

o R

endi

men

to E

scol

ar d

o R

S.

Nov

embr

o 23

/11/

2009

SA

ER

S-

aval

iaçã

o es

cola

r in

icia

hoj

e.

26/1

1/20

09 –

SA

ER

S-

apli

caçã

o da

s pr

ovas

term

ina

hoje

Par

tici

pam

do

SA

ER

S/2

009

2.6

mil

esc

olas

est

adua

is,

além

de

82 r

edes

m

unic

ipai

s e

18 in

stitu

içõe

s pr

ivad

as. O

gov

erno

pre

vê a

par

tici

paçã

o de

325

m

il a

luno

s. A

pro

va s

erá

apli

cada

pel

o C

entr

o de

Pol

ític

as P

úbli

cas

da

Edu

caçã

o da

Uni

vers

idad

e Fe

dera

l de

Jui

z de

For

a –

CA

Ed/

UFJ

F. F

az p

arte

da

s aç

ões

do P

rogr

ama

Est

rutu

rant

e B

oa E

scol

a pa

ra T

odos

. P

or m

eio

do

SA

ER

S o

gov

erno

bus

ca a

com

panh

ar a

evo

luçã

o es

cola

r do

s al

unos

, vis

ando

or

ient

ar a

s po

líti

cas

públ

icas

edu

caci

onai

s. O

res

ulta

do e

stá

divi

dido

por

veis

, qu

e cl

assi

fica

m a

apr

endi

zage

m c

omo:

aba

ixo

do b

ásic

o, b

ásic

o,

adeq

uado

e a

vanç

ado.

Em

200

8, c

onfo

rme

a S

EE

/RS

mai

s de

70%

dos

al

unos

fic

aram

ent

re o

s ní

veis

bás

ico

e ad

equa

do,

cerc

a de

20%

obt

iver

am

resu

ltad

os a

baix

o do

bás

ico

e 10

% a

ting

iram

o n

ível

ava

nçad

o.

Par

tici

para

m d

o S

AE

RS

/200

9 32

5 m

il a

luno

s de

2.6

mil

esc

olas

est

adua

is,

82 m

unic

ípio

s e

18 p

arti

cula

res,

alé

m d

o C

olég

io m

ilit

ar d

e P

orto

Ale

gre.

C

erca

de

12,5

mil

tur

mas

res

pond

eram

a q

uest

ioná

rios

que

aju

darã

o a

map

ear

a ed

ucaç

ão d

o E

stad

o. O

s re

sult

ados

ser

ão u

sado

s pa

ra c

onhe

cer

mel

hor

as d

eman

das

do s

iste

ma

educ

acio

nal g

aúch

o.

��

��

Page 165: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

163

AN

EX

O C

– D

OC

UM

EN

TO

S D

E P

OL

ÍTIC

A D

E A

VA

LIA

ÇÃ

O E

DU

CA

CIO

NA

L D

O E

STA

DO

DO

RIO

GR

AN

DE

DO

SU

L:

MA

PE

AM

EN

TO

OR

GA

NIZ

AD

O P

OR

CA

TE

GO

RIA

DA

PE

SQU

ISA

(19

96-2

009)

1996

Man

ual

Ana

lisa

r o

dese

mpe

nho

do S

iste

ma

Edu

caci

onal

com

o um

todo

– E

scol

as, R

egiõ

es, E

stad

o.

Ger

ar in

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açõe

s qu

e su

bsid

iem

: o p

roce

sso

ensi

no –

apr

endi

zage

m e

a g

estã

o de

moc

ráti

ca d

as e

scol

as.

1996

Rel

atór

io

das

2 fa

ses

Idem

Man

ual.

1996

D

ocum

ento

P

reli

min

ar

Idem

Man

ual.

1998

do

cum

ento

pr

elim

inar

do

s re

sult

ados

de

96

/97.

O d

ocum

ento

sin

aliz

a o

s ob

jeti

vos

da a

vali

ação

de

1997

, com

o:

Det

ecta

r as

áre

as d

e m

aior

dif

icul

dade

em

rel

ação

aos

con

teúd

os c

onti

dos

nos

test

es;

esta

bele

cer

os n

ívei

s de

de

sem

penh

o do

s al

unos

con

form

e o

grau

de

difi

culd

ade

das

ques

tões

; de

tect

ar o

s as

pect

os d

os p

roce

ssos

men

tais

qu

e fa

zem

par

te d

o en

sino

e a

pren

diza

gem

; ve

rifi

car,

atr

avés

da

reda

ção,

o d

omín

io d

a lí

ngua

; ve

rifi

car

o de

sem

penh

o do

s al

unos

nas

trê

s e

níve

is d

e co

mpl

exid

ade

cogn

itiv

a av

alia

das:

con

heci

men

to-c

ompr

eens

ão e

ap

lica

ção.

; ca

ract

eriz

ar o

s as

pect

os s

ócio

-eco

nôm

icos

-cul

tura

is d

os a

luno

s de

fin

aliz

ação

de

níve

l; s

ubsi

diar

com

in

form

açõe

s qu

e or

ient

em a

tom

ada

de d

ecis

ões

para

mel

hori

a da

Edu

caçã

o no

Est

ados

a S

E,

as D

Es,

as

Sec

reta

rias

Mun

icip

ais

e as

esc

olas

. 20

05P

roje

to S

AE

RS

/ 20

05.

Dia

gnos

tica

r as

hab

ilid

ades

cog

niti

vas

na á

rea

de L

eitu

ra/E

scri

ta e

Mat

emát

ica.

2006

Rel

atór

io

Téc

. P

edag

.

Dia

gnos

tica

r as

hab

ilid

ades

cog

niti

vas

na á

rea

de L

eitu

ra/E

scri

ta e

Mat

emát

ica.

Obj

etiv

o D

o Si

stem

a de

Ava

liaçã

o

2007

Pro

jeto

B

ásic

o D

iagn

osti

car

as h

abil

idad

es c

ogni

tiva

s na

s ár

eas

de L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

nos

alun

os d

e 2ª

sér

ie/3

º an

o e

5ª s

érie

/6º

ano

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l e 1

º an

o de

ens

ino

méd

io.

��

��

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164

SA

ER

S/ 2

007

Con

trib

uir

para

am

plia

r a

com

petê

ncia

do

prof

esso

r na

áre

a de

ava

liaç

ão e

na

busc

a de

alt

erna

tiva

s di

dáti

cas

mai

s ad

equa

das

ao p

roce

sso

de a

pren

diza

gem

dos

alu

nos.

20

07B

olet

im

Ped

agóg

ico

Dia

gnos

tica

r as

hab

ilid

ades

cog

niti

vas

nas

área

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a no

s al

unos

de

2ª s

érie

/3º

ano

e 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal e

ano

de e

nsin

o m

édio

.

2008

Pro

jeto

B

ásic

o do

S

AE

RS

/200

8.

Ava

liar

, de

form

a ob

jeti

va e

sis

tem

átic

a, a

qua

lida

de d

a ed

ucaç

ão b

ásic

a of

erec

ida

nas

esco

las

do R

io G

rand

e de

S

ul,

para

for

mul

ar,

com

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e no

s re

sult

ados

, po

líti

cas

públ

icas

, es

trat

égia

s e

açõe

s, p

ara

esta

bele

cer

padr

ões

de

qual

idad

e pa

ra a

edu

caçã

o bá

sica

dos

gaú

chos

. E

dia

gnos

tica

r as

hab

ilid

ades

cog

niti

vas

nas

área

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a no

s al

unos

de

2ª s

érie

/3º

ano

e 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal e

ano

de e

nsin

o m

édio

. 26

/200

8 B

olet

im

Ped

agóg

ico

Ava

liar

, de

form

a ob

jeti

va e

sis

tem

átic

a, a

qua

lida

de d

a ed

ucaç

ão b

ásic

a of

erec

idas

nas

esc

olas

do

RS

, vis

ando

a

form

ulaç

ão d

e po

líti

cas

públ

icas

, est

raté

gias

e a

ções

, com

vis

ta a

est

abel

ecer

pad

rões

de

qual

idad

e a

educ

ação

dos

ga

úcho

s.

2009

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

9

Ava

liar

, de

form

a ob

jeti

va e

sis

tem

átic

a, a

qua

lida

de d

a ed

ucaç

ão b

ásic

a of

erec

ida

nas

esco

las

do R

io G

rand

e de

S

ul,

para

for

mul

ar,

com

bas

e no

s re

sult

ados

, po

líti

cas

públ

icas

, es

trat

égia

s e

açõe

s, p

ara

esta

bele

cer

padr

ões

de

qual

idad

e pa

ra a

edu

caçã

o do

Est

ado.

E d

iagn

osti

car

as h

abil

idad

es c

ogni

tiva

s na

s ár

eas

de L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica,

adq

uiri

das

pelo

s al

unos

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2ª s

érie

/3º

ano

e 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal

e 1º

ano

de

ensi

no

méd

io.

2009

Gui

a de

est

udos

Id

em M

anua

l de

1996

. E

ain

da d

iagn

osti

car

as h

abil

idad

es c

ogni

tiva

s na

áre

a de

Lei

tura

e M

atem

átic

a.

2009

Bol

etim

P

edag

ógic

o

Uti

liza

r os

res

ulta

dos

com

o su

bsíd

io p

ara

inte

rven

ções

des

tina

das

a ga

rant

ir o

dir

eito

do

estu

dant

e a

uma

educ

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de

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idad

e.

Dia

gnos

tica

r o

dese

mpe

no d

os e

stud

ante

s em

dif

eren

tes

área

s do

con

heci

men

to e

nív

eis

de e

scol

arid

ade,

bem

co

mo

subs

idia

r a

impl

anta

ção,

a r

efor

mul

ação

e o

mon

itor

amen

to d

e po

líti

cas

educ

acio

nais

, co

ntri

buin

do

ativ

amen

te p

ara

a m

elho

ria

da q

uali

dade

da

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no

Est

ado.

A

vali

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e m

odo

perm

anen

te e

con

tínu

o, o

sis

tem

a de

ens

ino

do R

S.

Fin

alid

ade

Do

Sist

ema

de A

valia

ção

1996

Dec

reto

36

.893

/96

Lev

anta

r in

dica

dore

s pa

ra c

orre

ção

de p

rová

veis

des

vios

. Ana

lisa

r o

dese

mpe

nho

do S

iste

ma

Est

adua

l de

Ens

ino

e ge

rar

info

rmaç

ões

que

subs

idie

m d

ecis

ões

sobr

e o

proc

esso

de

ensi

no e

apr

endi

zage

m e

sob

re a

alo

caçã

o de

re

curs

os té

cnic

o-fi

nanc

eiro

s.

Info

rmar

a c

omun

idad

e es

cola

r os

res

ulta

dos

afer

idos

a f

im d

e su

bsid

iar

a re

aval

iaçã

o e

o ap

erfe

içoa

men

to d

o P

lano

Int

egra

do e

da

Pro

post

a P

edag

ógic

a da

esc

ola.

��

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165

2005

Pro

j. B

ásic

o S

AE

RS

/200

5

Forn

ecer

sub

sídi

os p

ara

a co

rreç

ão d

e po

líti

cas

educ

acio

nais

, vis

ando

, alé

m d

a qu

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ade

do e

nsin

o, a

aut

onom

ia

da e

scol

a, o

est

abel

ecim

ento

de

parc

eria

s co

m d

ifer

ente

s se

gmen

tos

e o

dese

nvol

vim

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de

uma

cult

ura

de

aval

iaçã

o qu

e en

volv

a to

da a

com

unid

ade

esco

lar.

20

07D

ecre

to

n.

45.3

00/2

007

O S

AE

RS

tem

a f

inal

idad

e de

apl

icaç

ão d

e pr

ovas

aos

alu

nos

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

méd

io,

bem

com

o o

pree

nchi

men

to d

e qu

esti

onár

ios

por

alun

os,

prof

esso

res,

dir

etor

es e

apl

icad

ores

das

pro

vas,

vis

ando

ava

liar

o

rend

imen

to e

scol

ar e

as

cond

içõe

s in

tern

as e

ext

erna

s à

esco

la q

ue in

terf

erem

no

dese

mpe

nho

esco

lar.

20

07

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 20

07

Idem

o P

roje

to B

ásic

o 20

05.

2007

Bol

etim

Ped

ag/

2007

O e

xpli

cito

no

Pro

jeto

Bás

ico

de 2

005

e 20

07.

2008

Pro

jeto

B

ásic

o do

S

AE

RS

/200

8.

Fina

lida

de d

o S

AE

RS

200

8 “f

orne

cer

subs

ídio

s pa

ra a

cor

reçã

o de

pol

ític

as e

duca

cion

ais,

vis

ando

, al

ém d

a qu

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ade

do e

nsin

o, a

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ia d

a es

cola

, o e

stab

elec

imen

to d

e pa

rcer

ias

com

dif

eren

tes

segm

ento

s so

ciai

s em

pr

ol d

e um

a m

elho

r at

uaçã

o da

esc

ola

e de

senv

olvi

men

to d

e um

a cu

ltur

a de

ava

liaç

ão q

ue e

nvol

va t

oda

a co

mun

idad

e es

cola

r”

2008

Bol

etim

P

edag

ógic

o

Forn

ecer

sub

sídi

os p

ara

a im

plem

enta

ção

na f

orm

ação

con

tinu

ada

de p

rofe

ssor

es c

om b

ase

nas

difi

culd

ades

dos

al

unos

; div

ulga

ção

das

prát

icas

des

envo

lvid

as p

elas

esc

olas

com

os

mel

hore

s re

sult

ados

; ide

ntif

icaç

ão d

as e

scol

as

com

res

ulta

dos

insu

fici

ente

s pa

ra r

eceb

er a

poio

do

pode

r pú

blic

o. C

ontr

ibui

r pa

ra a

mel

hori

a da

qua

lida

de d

o en

sino

e p

ara

a re

duçã

o de

des

igua

ldad

es e

duca

cion

ais,

vis

ando

des

envo

lver

um

a cu

ltur

a de

ava

liaç

ão q

ue

envo

lva

toda

a c

omun

idad

e es

cola

r.

2009

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

200

9

Fina

lida

de d

o S

AE

RS

/200

9 “f

orne

cer

subs

ídio

s pa

ra a

cor

reçã

o de

pol

ític

as e

duca

cion

ais,

vis

ando

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ém d

a qu

alid

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nsin

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aut

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a es

cola

, o e

stab

elec

imen

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rcer

ias

com

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eren

tes

segm

ento

s so

ciai

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pr

ol d

e um

a m

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r at

uaçã

o da

esc

ola

e de

senv

olvi

men

to d

e um

a cu

ltur

a de

ava

liaç

ão q

ue e

nvol

va t

oda

a co

mun

idad

e es

cola

r”

Par

tici

pam

esc

olas

da

rede

púb

lica

est

adua

l e d

a re

de m

unic

ipal

e p

arti

cula

r qu

e qu

iser

em a

deri

r ao

pro

cess

o.

2009

Gui

a de

est

udos

Id

em P

roje

to b

ásic

o 20

05, 2

007

e o

Bol

etim

Ped

agóg

ico

2007

.

2009

Bol

etim

P

edag

ógic

o

Con

trib

uir

para

a m

elho

ria

da q

uali

dade

do

ensi

no e

par

a a

redu

ção

das

desi

gual

dade

s ed

ucac

iona

is,

forn

ecen

do

dado

s e

info

rmaç

ões

para

um

a le

itur

a da

rea

lida

de.

Pro

moç

ão d

a qu

alid

ade

e da

equ

idad

e d

a ed

ucaç

ão.

��

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166

1996

–R

otei

ro

Pre

vê a

abr

angê

ncia

da

aval

iaçã

o: e

scol

as. D

Es,

mat

rícu

las

por

séri

e.

1996

–M

anua

l M

unic

ípio

s –

427.

DE

s –

30. E

scol

as –

3.3

55. A

prox

imad

amen

te 4

79.8

98 p

esso

as e

nvol

vida

s.

Alu

nos

envo

lvid

os 4

54.5

43 (

374.

837

do E

.F. e

79.

706

do E

.M.)

. 1º

gra

u 2º

gra

u sé

rie

turm

as

alun

os

séri

e tu

rma

s al

unos

5150

5624

4384

1027

2514

9954

1221

58

2384

79

706

tota

l 15

158

3748

37

tota

l 23

84

7970

6 Q

uadr

o co

nfor

me

Man

ual p

.8.

Dir

etor

es-

3355

e P

rofe

ssor

es –

22.

000.

19

96R

elat

ório

2

fase

s.

Idem

Man

ual.

1996

Doc

Pre

lim

inar

Id

em M

anua

l.

1997

- A

nál.

e an

únci

o P

rog.

de

Qua

lif.

de

Doc

ente

s.

Alu

nos

envo

lvid

os 4

54 m

il.

Abr

angê

ncia

Do

Sist

ema

de A

valia

ção

1998

-

Doc

. pr

elim

inar

do

s re

sult

ados

de

96/

97.

1996

: Esc

olas

– 3

.355

e A

luno

s 45

4.54

3. O

pre

vist

o no

Man

ual d

e O

rien

taçõ

es.

Em

199

7- P

arti

cipa

ção

dos

alun

os d

a re

de m

unic

ipal

de

ensi

no d

e 27

8 m

unic

ípio

s al

ém d

e to

dos

os a

luno

s da

s sé

ries

ava

liad

as d

e to

das

as e

scol

as d

a re

de e

stad

ual

em u

m t

otal

de

7.17

4 es

cola

s. N

úmer

o de

alu

nos

aval

iado

s:

R

ede

Est

adua

l E

ns. F

unda

men

tal

Ens

. Méd

io

4ª s

érie

84.

935

8ª s

érie

72.

658

Tot

al

157.

593

3ª s

érie

30.

564

Tot

al G

eral

1

88.1

57 a

luno

s

��

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167

Red

e M

unic

ipal

E

ns. F

unda

men

tal

Ens

. Méd

io

4ª s

érie

30.

090

8ª s

érie

8

.025

T

otal

38.1

15

3ª s

érie

1

50

Tot

al G

eral

38.

265

alun

os

Red

e E

stad

ual e

Mun

icip

al

Ens

. Fun

dam

enta

l E

ns. M

édio

sér

ie 1

15.0

25

8ª s

érie

80.

683

Tot

al

195

.708

3ª s

erie

30.

714

Tot

al G

eral

2

26.4

22 a

luno

s

Rel

atór

io d

a FA

UR

GS

- A

vali

ação

Ext

erna

-199

7 20

05P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S/

2005

.

Alu

nos

das

esco

las

esta

duai

s de

2 C

oord

enad

oria

s R

egio

nais

de

Edu

caçã

o, 2

5ª e

32ª

co

m s

ede

resp

ecti

vam

ente

em

Sol

edad

e e

São

Lui

z G

onza

ga,

bem

com

o al

unos

de

esco

las

mun

icip

ais

de 7

7 M

unic

ípio

s qu

e ad

erir

am a

o pr

oces

so.

Env

olve

ndo:

332

turm

as e

m 1

20 e

scol

as r

urai

s e

urba

nas

com

5.3

97 a

luno

s, e

m 2

9 M

unic

ípio

s da

red

e E

stad

ual e

2.

264

turm

as e

m e

scol

as m

unic

ipai

s ru

rais

e u

rban

as c

om 4

9.94

2 al

unos

em

77

Mun

icíp

ios.

20

06R

elat

ório

Fi

nal

Con

trat

o de

G

estã

o

Qua

nto

a ab

rang

ênci

a do

S

ubco

ntra

to

de

Ges

tão,

da

s 11

7 es

cola

s fi

rmad

os

part

icip

aram

11

5 de

vido

a

disp

onib

iliz

ação

de

resu

ltad

os e

m d

uas.

Per

faze

ndo

um to

tal d

e 19

.707

alu

nos

(11.

432

da 2

5ª C

RE

e 8

.275

da

32ª

CR

E).

Des

tas

fora

m p

rem

iada

s 23

esc

olas

da

25ª C

RE

e 1

4 es

cola

s da

32ª

CR

E.

Qua

nto

a ab

rang

ênci

a ap

rese

nta

o se

guin

te q

uadr

o 2

séri

e 5ª

sér

ie

Tot

al

gera

l R

ede

Est

a du

al

Mun

i ci

pal

Tot

al

Est

a du

al

Mun

i ci

pal

tota

l

Esc

ola

116

740

856

107

503

610

1466

Tur

ma

145

1296

14

41

153

952

1105

25

46

Alu

nos

1865

20

812

2367

7 26

66

2108

2 23

748

4741

5

Qua

dro

conf

orm

e o

docu

men

to p

.7.

2007

E

ste

Pro

jeto

apr

esen

ta u

ma

esti

mat

iva

de 1

3.88

4 tu

rmas

com

373

.073

alu

nos

da r

ede

esta

dual

que

par

tici

pari

am

��

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168

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

7 do

SA

ER

S/2

007

segu

ndo

font

e do

Cen

so E

scol

ar 2

006

do I

NE

P/M

EC

.

2007

Bol

etim

Ped

ag./

2007

Apr

esen

ta a

abr

angê

ncia

de

2005

: 4.

531

alun

os d

as 2

23 e

scol

as e

stad

uais

das

2 C

RE

s (

25ª

e 32

ª);

41.8

94 a

luno

s da

s 1.

243

esco

la m

unic

ipai

s de

77

mun

icíp

ios

que

ader

iram

ao

proc

esso

. Par

tici

para

m d

a av

alia

ção

em 2

007,

370

m

il a

luno

s, d

e 13

.800

turm

as d

e 2.

856

esco

las

do E

stad

o.

2008

- 20

11

Pla

no P

luri

anua

l A

vali

ando

536

.674

alu

nos

da r

ede

esta

dual

nas

2ª e

5ª s

érie

s do

ens

ino

fund

amen

tal e

no

1º a

no d

o en

sino

méd

io.

2008

Pro

jeto

B

ásic

o do

S

AE

RS

/200

8.

Est

e P

roje

to a

pres

enta

um

a es

tim

ativ

a de

12.

179

turm

as c

om 3

38.7

77 a

luno

s da

red

e es

tadu

al q

ue p

arti

cipa

riam

do

SA

ER

S/2

008,

seg

undo

o M

ovim

ento

da

Mat

ricu

la R

eal/

SE

/PR

OC

ER

GS

. E

stim

ativ

a:

M

atri

cula

inic

ial

Tur

mas

sér

ie E

F de

8 a

nos

70.6

92

2.96

1 3º

ano

EF

de 9

ano

s 59

6 36

sér

ie E

F de

8 a

nos

106.

746

3.97

6 6º

ano

EF

de 9

ano

s 49

1 22

ano

do

EM

17

0.25

2 5.

184

Tot

al

348.

777

12.1

79

Font

e: M

ovim

ento

da

Mat

rícu

la R

eal –

abr

il/2

008.

20

08B

olet

im

Ped

agóg

ico/

20

08

Apr

esen

ta a

mes

ma

abra

ngên

cia

para

o a

no 2

005

expl

ícit

a no

Bol

etim

de

2007

. P

ara

2007

- es

cola

s m

unic

ipai

s de

56

mun

icíp

ios,

de

18 e

scol

as d

a re

de p

arti

cula

r e

uma

fede

ral,

num

tot

al d

e 28

8.73

4 al

unos

ava

liad

os.

Par

a 20

08 p

arti

cipa

ram

do

SA

ER

S e

scol

as d

a re

de p

úbli

ca e

stad

ual,

urba

nas

e ru

rais

, ind

epen

dent

e do

núm

ero

de

alun

os, a

lém

de

esco

las

mun

icip

ais

e pa

rtic

ular

es q

ue a

deri

rem

ao

proc

esso

. N

o an

o de

200

8 fo

ram

ava

liad

os 2

43.5

84 a

luno

s da

s 2.

690

esco

las

esta

duai

s e

alun

os d

as e

scol

as m

unic

ipai

s de

5

mun

icíp

ios,

alé

m d

e 15

esc

olas

pri

vada

s u

ma

fede

ral,

tota

liza

ndo

2.70

6 es

cola

s e

243.

584

alun

os.

200

9 P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S/ 2

009

Est

e P

roje

to a

pres

enta

um

a es

tim

ativ

a de

12.

060

turm

as e

323

.969

alu

nos

da r

ede

esta

dual

que

par

tici

pari

am d

o S

AE

RS

/200

9, s

egun

do o

Mov

imen

to d

a M

atri

cula

Rea

l/S

E/P

RO

CE

RG

. E

stim

ativ

a:

M

atri

cula

T

urm

as

2ª s

érie

EF

de 8

ano

s 70

.092

2.

895

3º a

no E

F de

9 a

nos

606

31

��

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169

5ª s

érie

EF

de 8

ano

s 10

3.88

1 3.

965

6º a

no E

F de

9 a

nos

495

24

1º a

no d

o E

M

148.

925

5.14

5 T

otal

32

3.96

9 12

.060

Fo

nte:

Mov

imen

to d

a M

atrí

cula

Rea

l – D

ezem

bro/

2008

. 20

09G

uia

de e

stud

os

Apr

esen

ta a

abr

angê

ncia

das

ava

liaç

ões

nos

segu

inte

s an

os:

1997

- 3.

297

esco

las

esta

duai

s e

ain

da o

utra

s de

278

mun

icíp

ios;

19

98-

3.29

7 es

cola

s es

tadu

ais

e 2.

719

esco

las

mun

icip

ais;

20

05-

4.53

1 al

unos

das

223

esc

olas

est

adua

is d

as 2

CR

Es

( 25

ª e 3

2ª);

41.

894

alun

os d

as 1

.243

esc

ola

mun

icip

ais

de 7

7 m

unic

ípio

s qu

e ad

erir

am a

o pr

oces

so.

2007

- fo

ram

ava

liad

os 2

60 m

il a

luno

s da

red

e es

tadu

al e

30

mil

alu

nos

da r

ede

mun

icip

al e

par

ticu

lar.

20

08-

teve

a a

bran

gênc

ia d

e 30

0 m

il a

luno

s da

red

e es

tadu

al.

1996

– -

Rot

eiro

S

eleç

ão d

as m

atér

ias

de a

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ação

por

sér

ie e

dos

con

teúd

os s

obre

os

quai

s im

plic

aria

a a

vali

ação

.

1996

Man

ual

2ª, 5

ª,7ª,

séri

e do

ens

ino

fund

amen

tal e

2ª s

érie

do

ensi

no m

édio

.

1996

Rel

atór

io

2 fa

ses.

Idem

Man

ual.

1996

D

ocum

ento

P

reli

min

ar

Idem

Man

ual.

199

7-

Aná

l. e

anún

cio

do

Pro

g.

de

Qua

lif.

de

D

ocen

tes.

Pre

via

mud

ança

s pa

ra a

apl

icaç

ão e

m 1

997

- 4ª

e 8

ª sé

ries

do

1º g

rau

e 3ª

sér

ie d

o 2º

gra

u. A

s di

scip

lina

s se

riam

P

ortu

guês

, Mat

emát

ica

e C

iênc

ias.

Séri

es

e D

isci

plin

as

1998

-

Doc

umen

to

prel

imin

ar

resu

ltad

os

de

Rel

ata

a ap

lica

ção

das

prov

as, e

m 1

996,

nas

2ª,

5ª,7

ª, sé

rie

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

2ª s

érie

do

ensi

no m

édio

na

s di

scip

lina

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a.

Em

199

7 av

alia

ção

nas

4ª e

séri

es d

o en

sino

fun

dam

enta

l e

3ª s

érie

do

ensi

no m

édio

e

incl

usão

de

reda

ção

no

test

e de

Lín

gua

Por

tugu

esa.

��

��

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170

96/9

7 20

05P

roje

to

SA

ER

S/2

005.

Dis

cipl

inas

- L

eitu

ra/E

scri

ta e

Mat

emát

ica.

S

érie

s- 2

ª e

5ª s

érie

s do

ens

ino

fund

amen

tal

de 8

ano

s le

tivo

s ou

e 6º

ano

do

ensi

no f

unda

men

tal

de 9

ano

s le

tivo

s.

2006

Rel

atór

io

T

èc.

Ped

.

Rei

tera

as

séri

es,

as d

isci

plin

as e

as

2 co

orde

nado

rias

que

par

tici

para

m d

o pr

oces

so

de a

vali

ação

de

form

a ce

nsit

ária

.

2007

Dec

reto

n.

45

.300

/200

7

séri

e/3º

ano

e 5

ª sé

rie/

6º a

no d

o en

sino

fun

dam

enta

l e

no 1

º an

o do

ens

ino

méd

io.

Nas

dis

cipl

inas

de

Lín

gua

Por

tugu

esa

(lei

tura

, int

erpr

etaç

ão e

pro

duçã

o de

text

o) e

Mat

emát

ica

(res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

).

2007

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

7

séri

e/3º

ano

e 5

ª sé

rie/

6º a

no d

o en

sino

fun

dam

enta

l e

no 1

º an

o do

ens

ino

méd

io.

Nas

dis

cipl

inas

de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a.

2007

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2007

Cit

a qu

e em

199

6 fo

ram

ava

liad

os a

luno

s da

2ª,

5ª e

7ª s

érie

do

ensi

no f

unda

men

tal e

ano

do e

nsin

o m

édio

.E

m 1

997

e 19

98 a

s sé

ries

for

am a

4ª e

8ª s

érie

do

ensi

no f

unda

men

tal e

ano

do e

nsin

o m

édio

nas

dis

cipl

inas

de

Lín

gua

Por

tugu

esa,

Red

ação

e M

atem

átic

a.

Em

200

5 as

dis

cipl

inas

for

am L

íngu

a P

ortu

gues

a co

m R

edaç

ão e

Mat

emát

ica

Em

200

7 fo

ram

ava

liad

as a

séri

e/3º

ano

, 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal

e 1º

ano

do

ensi

no m

édio

, na

s di

scip

lina

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a e

os a

luno

s da

2ª s

érie

rea

liza

ram

um

dit

ado.

20

08P

roje

to

Bás

ico

do S

AE

RS

/200

8

Par

tici

pam

alu

nos

da

2ª s

érie

/3º

ano

e 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal e

do

1º a

no d

o en

sino

méd

io.

As

disc

ipli

nas

aval

iada

s: L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

2008

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2008

Par

a os

ano

s de

199

6/19

97 e

199

8, e

ste

docu

men

to a

pres

enta

os

mes

mos

dad

os d

o B

olet

im 2

007.

Q

uant

o a

2005

, o

Bol

etim

rel

ata

que

part

icip

aram

da

aval

iaçã

o al

unos

da

2ª s

érie

/3º

ano

e 5

séri

e/ 6

º a

no d

o en

sino

fun

dam

enta

l e 1

º an

o do

ens

ino

méd

io d

a 25

ª e 3

2ª C

RE

s.

Em

200

7 fo

ram

tes

te d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

a al

unos

séri

e/3º

ano

e 5

ª sé

rie/

6º a

no d

o en

sino

fu

ndam

enta

l e d

o 1º

ano

do

ensi

no m

édio

. P

ara

2008

par

tici

para

m a

luno

s da

séri

e/3º

ano

e 5

ª sé

rie/

6º a

no d

o en

sino

fun

dam

enta

l e

do 1

º an

o do

ens

ino

méd

io, n

as d

isci

plin

as d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

20

09P

roje

to

Bás

ico

Par

tici

pam

alu

nos

da

2ª s

érie

/3º

ano

e 5ª

sér

ie/6

º an

o do

ens

ino

fund

amen

tal

e do

ano

do e

nsin

o m

édio

. A

s di

scip

lina

s av

alia

das

são

Lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a. C

om q

uest

ioná

rio

para

alu

nos,

pro

fess

ores

, di

reto

res �

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171

SA

ER

S /2

009

ou s

uper

viso

res

das

esco

las

e tu

rmas

par

tici

pant

es,

obje

tiva

ndo

iden

tifi

car

fato

res

exte

rnos

e i

nter

nos

às e

scol

as

que

infl

uenc

iam

nos

res

ulta

dos

da a

pren

diza

gem

20

09G

uia

de e

stud

os

O G

uia

de e

stud

os a

pres

enta

os

dado

s a

part

ir d

e 19

96 a

200

8:

1996

- L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

aos

alun

os d

a 2ª

, 5ª

e 7ª

sér

ie d

o en

sino

fun

dam

enta

l e

2ª s

érie

do

ensi

no

méd

io.

199

7- t

este

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa,

Red

ação

e M

atem

átic

a a

alun

os d

a a

4ª e

séri

e do

ens

ino

fund

amen

tal

e 3ª

rie

do e

nsin

o m

édio

. 19

98-

nova

men

te a

luno

s da

a 4

ª e

8ª s

érie

do

ensi

no f

unda

men

tal

nas

disc

ipli

nas

de L

íngu

a P

ortu

gues

a, R

edaç

ão,

Mat

emát

ica

e C

iênc

ias.

E p

ara

os a

luno

s da

séri

e do

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ino

méd

io a

s di

scip

lina

s fo

ram

Lín

gua

Por

tugu

esa,

R

edaç

ão, M

atem

átic

a, F

ísic

a, Q

uím

ica

e B

iolo

gia.

20

05-

Lín

gua

Por

tugu

esa,

Red

ação

e M

atem

átic

a.

2007

- 2ª

sér

ie/3

º an

o e

5ª s

érie

/6º

ano

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

do 1

º an

o do

ens

ino

méd

io. D

isci

plin

as d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

Os

alun

os d

a 2ª

sér

ie/3

º an

o re

aliz

aram

um

dit

ado.

20

09B

olet

im P

edag

. 20

09

2009

- sé

rie/

3º a

no e

5ª s

érie

/6º

ano

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l e d

o 1º

ano

do

ensi

no m

édio

das

púb

lica

s e

priv

adas

do

RS

. D

isci

plin

as d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

Ges

tore

s e

Dir

etor

es d

as u

nida

des

envo

lvid

as n

a av

alia

ção.

1996

–M

anua

l P

elo

dire

tor

sobr

e a

gest

ão d

a es

cola

.

1996

Rel

atór

io

2 fa

ses.

Apl

icaç

ão d

e 2

inst

rum

ento

s so

bre

a G

estã

o E

scol

ar.

Um

res

pond

ido

pelo

dir

etor

de

cada

um

a da

s es

cola

s es

tadu

ais

e ou

tro

por

um p

rofe

ssor

rep

rese

ntan

te d

o C

onse

lho

Esc

olar

. O

ins

trum

ento

do

dire

tor

apre

sent

ava:

id

enti

fica

ção

pess

oal

e da

esc

ola,

for

maç

ão e

exp

eriê

ncia

pro

fiss

iona

l, es

trut

ura

da g

estã

o, a

vali

ação

da

gest

ão,

cons

ider

açõe

s so

bre

a 1ª

fas

e da

Ava

liaç

ão E

xter

na.

O in

stru

men

to d

o pr

ofes

sor

repr

esen

tant

e do

Con

selh

o E

scol

ar: i

dent

ific

ação

da

esco

la e

do

prof

esso

r, f

orm

ação

e

expe

riên

cia

prof

issi

onal

, est

rutu

ra, d

esen

volv

imen

to e

ava

liaç

ão d

a ge

stão

. “O

s re

sult

ados

des

tas

info

rmaç

ões

poss

ibil

itou

o c

onhe

cim

ento

do

apro

veit

amen

to e

scol

ar d

os a

luno

s na

s ár

eas

e co

nteú

dos

defi

nido

s co

mo

prog

ram

a, b

em c

omo,

de

algu

mas

prá

tica

s de

ges

tão

e do

cênc

ia q

ue,

em i

nter

ação

, co

nstr

oem

o e

spaç

o só

cio-

cult

ural

em

que

se

dese

nvol

ve o

pro

cess

o en

sino

-apr

endi

zage

m”.

1996

D

ocum

ento

P

reli

min

ar

Que

stio

nári

o ao

s di

reto

res

das

3.35

5 es

cola

s e

pelo

pro

fess

or r

epre

sent

ante

do

Con

selh

o E

scol

ar.

Que

stio

nári

o re

spon

dido

ju

nto

com

os

test

es

de

aval

iaçã

o

1996

R

esul

tado

dos

dad

os p

roce

ssad

os e

rel

atór

ios

dos

ques

tion

ário

s re

spon

dido

s pe

los

dire

tore

s e

prof

esso

res

na

��

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172

Ges

tão

Esc

olar

2ª F

ase

aval

iaçã

o de

199

6.

O q

uest

ioná

rio

foi

elab

orad

o pe

lo D

PA

I. E

m 2

9 de

Nov

embr

o de

199

6, 3

049

dire

tore

s e

2914

pro

fess

ores

re

pres

enta

ntes

do

Con

selh

o E

scol

ar r

espo

nder

am q

uest

ões

sobr

e: f

orm

ação

e e

xper

iênc

ia p

rofi

ssio

nal;

din

âmic

a es

trut

ural

; des

envo

lvim

ento

e a

vali

ação

da

gest

ão.

O d

iret

or a

inda

res

pond

eu q

uest

ões

que

envo

lvia

m a

apr

ecia

ção

sobr

e a

prim

eira

fas

e de

ava

liaç

ão. O

que

stio

nári

o do

dir

etor

con

tinh

a 43

que

stõe

s ob

jeti

vas

com

3 a

dmit

indo

com

plem

enta

ção.

O q

uest

ioná

rio

do p

rofe

ssor

era

de

46 q

uest

ões,

ond

e 5

adm

itia

m c

ompl

emen

taçã

o. N

a m

aior

ia d

as q

uest

ões

pode

riam

opt

ar p

or m

ais

de u

ma

alte

rnat

iva.

R

essa

lva

a im

port

ânci

a de

um

a au

tono

mia

adm

inis

trat

iva,

fin

ance

ira

e pe

dagó

gica

e e

leiç

ão d

e di

reto

res,

com

o in

icia

tiva

s qu

e vi

sam

cri

ar u

m e

spaç

o de

par

tici

paçã

o e

com

prom

etim

ento

dos

div

erso

s se

gmen

tos

esco

lare

s.

1998

-

docu

men

to

prel

imin

ar

dos

resu

ltad

os

de

96/9

7

Com

enta

sob

re o

s qu

esti

onár

ios

apli

cado

s em

199

6 ao

s di

reto

res

e pr

ofes

sor

repr

esen

tant

e do

Con

selh

o E

scol

ar.

Em

199

7 el

abor

ação

de

ques

tion

ário

sóc

io-e

conô

mic

o-cu

ltur

al d

irig

ido

aos

alun

os f

inal

ista

s do

s do

is n

ívei

s de

en

sino

. E

m 1

997

foi

apli

cado

um

que

stio

nári

o pa

ra o

s al

unos

de

8ª s

érie

do

EF

e 3ª

sér

ie d

o E

M r

efer

ente

a s

itua

ção

sóci

o-ec

onôm

ica

e cu

ltur

al.

2005

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 20

05.

Que

stio

nári

o pa

ra a

luno

s, p

rofe

ssor

es, d

iret

ores

ou

supe

rvis

ores

com

vis

ta a

iden

tifi

car

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res

exte

rnos

e in

tern

os

as e

scol

as q

ue i

nflu

enci

am n

a ap

rend

izag

em d

os a

luno

s. O

pro

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esc

lare

ce q

ue o

s qu

esti

onár

ios

deve

rão

ser

elab

orad

os c

om b

ase

no S

AE

B e

ser

em v

alid

ados

pel

as s

ecre

tari

as p

arti

cipa

ntes

do

proc

esso

.

2006

Rel

atór

io

Téc

. P

ed.

Os

alun

os d

e 5ª

sér

ie r

espo

nder

am, a

lém

da

prov

a, u

m q

uest

ioná

rio

soci

oeco

nôm

ico

cult

ural

. O

s qu

esti

onár

ios

resp

ondi

dos

pela

s 5ª

sér

ies

cont

inha

m 4

3 qu

estõ

es c

om i

nfor

maç

ões

pert

inen

tes

aos

alun

os e

fa

mil

iare

s. O

s re

sult

ados

das

méd

ias

dest

es q

uest

ioná

rios

tam

bém

est

ão n

este

rel

atór

io.

2007

Dec

reto

n.

45.3

00/2

007

Pre

ench

imen

to d

e qu

esti

onár

ios

por

alun

os, p

rofe

ssor

es, d

iret

ores

e a

plic

ador

es d

as p

rova

s.

2007

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

7.

Que

stio

nári

o pa

ra a

luno

s, p

rofe

ssor

es, d

iret

ores

ou

supe

rvis

ores

. D

ever

ão

ser

elab

orad

os

com

ba

se

no

SA

EB

e

ser

vali

dado

s pe

la

Com

issã

o C

oord

enad

ora

Est

adua

l do

S

AE

RS

/200

7.

2007

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

Em

200

5 es

tuda

ntes

, pr

ofes

sore

s e

dire

tore

s re

spon

dera

m a

o qu

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onár

io p

ara

iden

tifi

car

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res

exte

rnos

e

inte

rnos

à e

scol

a qu

e in

flue

ncia

vam

nos

res

ulta

dos.

E

m 2

007

alun

os,

prof

esso

res

e di

reto

res

resp

onde

ram

ao

ques

tion

ário

com

dad

os c

onte

xtua

is e

inf

orm

açõe

s de

��

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173

2007

in

frae

stru

tura

de

cada

esc

ola.

20

08P

roje

to

Bás

ico

do

SA

ER

S/2

008.

Com

que

stio

nári

o pa

ra a

luno

s, p

rofe

ssor

es, d

iret

ores

ou

supe

rvis

ores

. O

s qu

esti

onár

ios

deve

rão

ser

elab

orad

os c

om b

ase

no S

AE

B e

ser

val

idad

os p

ela

Com

issã

o C

oord

enad

ora

Est

adua

l do

SA

ER

S/2

008

e 20

09.

2008

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2008

Rel

ata

que

em 2

007

alun

os,

prof

esso

res

e di

reto

res

pree

nche

ram

que

stio

nári

os i

nfor

man

do d

ados

con

text

uais

e

info

rmaç

ões

sobr

e as

con

diçõ

es d

e in

frae

stru

tura

da

cada

esc

ola.

Q

uest

ioná

rio

resp

ondi

do p

elos

alu

nos,

pro

fess

ores

e d

iret

ores

ou

supe

rvis

ores

com

o o

bjet

ivo

de i

dent

ific

ar

fato

res

exte

rnos

e in

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os à

s es

cola

s qu

e in

flue

ncia

m n

os r

esul

tado

s de

apr

endi

zage

m.

200

9 P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S/ 2

009

Qua

nto

aos

ques

tion

ário

s de

verã

o se

r el

abor

ados

co

m

base

no

S

AE

B

e se

r va

lida

dos

pela

C

omis

são

Coo

rden

ador

a E

stad

ual d

o S

AE

RS

/200

9.

2009

Gui

a de

est

udos

R

elat

a qu

e:

1996

- em

cad

a es

cola

est

adua

l fo

ram

res

pond

idos

que

stio

nári

os s

obre

ges

tão

esco

lar

pelo

dir

etor

e p

or u

m

prof

esso

r re

pres

enta

nte

do c

onse

lho

esco

lar.

19

97-

os a

luno

s re

spon

dera

m u

m q

uest

ioná

rio

para

leva

ntam

ento

do

cont

exto

sóc

io-e

conô

mic

o-cu

ltur

al.

1998

- fo

ram

apl

icad

os q

uest

ioná

rios

par

a le

vant

amen

to d

e as

pect

os p

edag

ógic

os n

as d

isci

plin

as d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

aos

alun

os d

a 8ª

sér

ie d

o en

sino

fun

dam

enta

l e 3

ª sér

ie d

o en

sino

méd

io.

2005

- A

luno

s, p

rofe

ssor

es e

dir

etor

es r

espo

nder

am a

que

stio

nári

os p

ara

a id

enti

fica

ção

de f

ator

es e

xter

nos

e in

tern

os à

esc

ola

que

infl

uenc

iam

nos

res

ulta

dos.

20

07-

Que

stio

nári

o pa

ra d

iret

ores

e/o

u su

perv

isor

es e

scol

ares

par

a co

leta

de

dado

s co

ntex

tuai

s e

de c

ondi

ções

de

infr

aest

rutu

ra.

2009

Bol

etim

Ped

ag.

2009

Que

stio

nári

os a

os e

stud

ante

s, d

iret

ores

e p

rofe

ssor

es p

ara

a co

mpr

eens

ão d

e fa

tore

s in

tra

e ex

trac

urri

cula

res

que

pode

m

inte

rfer

ir,

de

man

eira

po

siti

va

ou

nega

tiva

no

de

sem

penh

o do

s al

unos

na

s di

fere

ntes

ár

eas

do

conh

ecim

ento

. 20

09B

olet

im

Con

text

ual d

a E

scol

a V

ol. 4

SA

ER

S/

2009

Apr

esen

ta a

s in

form

açõe

s co

leta

das

nos

ques

tion

ário

s co

ntex

tuai

s re

spon

dido

s pe

los

alun

os e

as

poss

ívei

s re

laçõ

es c

om o

s re

sult

ados

alc

ança

dos

nos

test

es d

e pr

ofic

iênc

ia d

e 20

09.

Est

as i

nfor

maç

ões

seve

m d

e pa

ra

auxi

liar

no

plan

ejam

ento

de

açõe

s e

prát

icas

vol

tada

s a

mel

hori

a da

edu

caçã

o e

prom

oção

da

equi

dade

de

opor

tuni

dade

s ed

ucac

iona

is.U

m

dos

obje

tivo

s de

ste

docu

men

to

é es

clar

ecer

a

impo

rtân

cia

da

esco

la

no

apre

ndiz

ado

dos

alun

os.

Doi

s fa

tore

s sã

o re

ssal

tado

s: o

nív

el s

ocio

econ

ômic

o do

s al

unos

e a

def

asag

em e

ntre

a

idad

e qu

e po

ssue

m e

a s

érie

que

fre

quen

tam

.

��

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174

Fato

res

exte

rnos

a e

scol

a sã

o im

port

ante

s pa

ra a

com

pree

nsão

da

dinâ

mic

a do

pro

cess

o de

en

sino

e d

e ap

rend

izag

em.

O e

stud

o do

s fa

tore

s co

ntex

tuai

s e

a re

laçã

o co

m o

des

empe

nho

dos

alun

os e

im

port

ante

par

a a

2 di

men

sões

no

âmbi

to e

scol

ar:

a ge

stão

e a

ped

agóg

ica.

Par

a a

gest

ão o

fere

ce u

ma

refl

exão

com

vis

ta a

apo

ntar

sol

uçõe

s pa

ra a

es

cola

que

des

eja

mel

hora

r. P

ara

a di

men

são

peda

gógi

ca s

ão d

ados

que

per

mit

em e

nten

dim

ento

ace

rca

das

med

idas

de

dese

mpe

nho

alca

nçad

as p

elos

alu

nos

nos

test

es d

e pr

ofic

iênc

ia.

O d

ocum

ento

cla

rifi

ca a

rel

ação

exi

sten

te e

ntre

o n

ível

soc

ioec

onôm

ico

das

fam

ília

s do

s al

unos

e o

des

empe

nho

esco

lar.

Rel

atan

do q

ue,

util

izan

do c

omo

indi

cado

r de

pob

reza

a i

nclu

são

no B

olsa

Fam

ília

e o

s al

unos

que

pa

rtic

ipar

am d

o S

AE

RS

/200

9, c

erca

de

um te

rço

das

fam

ília

s do

s al

unos

do

6º a

no e

um

qui

nto

do e

nsin

o m

édio

es

tão

insc

rita

s no

pro

gram

a. O

per

cent

ual

de p

arti

cipa

ção

do p

rogr

ama

no B

olsa

Fam

ília

é m

aior

no

níve

l fu

ndam

enta

l on

de o

núm

ero

de e

stud

ante

s po

bres

é m

ais

sign

ific

ativ

o. D

esta

man

eira

a r

elev

ânci

a es

tatí

stic

a da

va

riáv

el s

ocio

econ

ômic

a fo

i co

nfir

mad

a na

pes

quis

a. N

este

sen

tido

, qu

al a

fun

ção

da e

scol

a? P

esqu

isa

com

re

laçã

o a

efic

ácia

da

esco

la t

em c

ompa

rado

e a

nali

sado

com

o di

fere

ntes

fat

ores

int

erno

s à

esco

la i

nflu

enci

am n

o de

sem

penh

o do

s al

unos

. O d

ocum

ento

cit

a as

pri

ncip

ais

cara

cter

ísti

cas

de u

ma

esco

la e

fica

z:

1.L

ider

ança

Efi

caz

– li

dera

nça

obje

tiva

e f

orte

por

par

te d

o di

reto

r, m

as c

om a

bord

agem

par

tici

pati

va o

nde

toda

a

equi

pe d

iret

iva

e os

pro

fess

ores

est

ejam

env

olvi

dos

na t

omad

a de

dec

isõe

s. O

utra

car

acte

ríst

ica

de u

m g

esto

r ef

icaz

ser

ia a

lid

eran

ça p

edag

ógic

a qu

e co

mpr

eend

e: a

dem

arca

ção

e co

nhec

imen

to p

or t

odos

dos

obj

etiv

os;

a co

orde

naçã

o do

cur

rícu

lo e

aco

mpa

nham

ento

do

ensi

no e

pro

gres

so d

os a

luno

s; p

rom

oção

de

ambi

ente

ade

quad

o pa

ra p

rofe

ssor

es e

alu

nos

e pr

omoç

ão d

e um

am

bien

te la

bora

l de

apoi

o de

todo

s os

seg

men

tos

esco

lare

s.

2.O

pro

fess

or e

a e

ficá

cia

no e

nsin

o –

a co

nstr

ução

de

ambi

ente

s ef

icaz

es à

apr

endi

zage

m n

as s

alas

de

aula

. P

rofe

ssor

que

stio

nado

r, f

ocad

o, s

uper

viso

r da

s ta

refa

s, a

bert

o a

ques

tion

amen

tos

dos

alun

os.

3.A

ltas

Exp

ecta

tiva

s qu

anto

ao

rend

imen

to e

ao

com

port

amen

to –

alt

a ex

pect

ativ

a do

s pr

ofes

sore

s qu

anto

aos

al

unos

, alt

a ex

pect

ativ

as d

o di

reto

r co

m r

elaç

ão a

sua

equ

ipe.

S

egun

do a

s pe

squi

sas

alé

m d

esta

s ca

ract

erís

tica

s ou

tros

fat

ores

de

efic

ácia

são

: 1.

Ass

ocia

dos

aos

alun

os

– gr

ande

mer

o de

al

unos

em

po

siçã

o de

au

tori

dade

e

de

resp

onsa

bili

dade

,; pa

rtic

ipaç

ão d

os a

luno

s em

clu

bes

e so

cied

ades

, esc

lare

cim

ento

qua

nto

aos

dire

itos

dos

alu

nos;

2.

Ass

ocia

dos

à di

reçã

o da

esc

ola

– re

levâ

ncia

na

impo

siçã

o de

reg

ras

no q

ue ta

nge

a ve

stim

enta

s, c

ompo

rtam

ento

e

à m

oral

, bo

m a

mbi

ente

de

trab

alho

com

man

uten

ção

e de

cora

ção,

enf

oque

na

apre

ndiz

agem

, cu

ltur

a es

cola

r po

siti

va.

3.A

ssoc

iado

s à

sala

de

aula

– p

ress

ão n

os e

stud

os, u

so d

o de

ver

de c

asa,

obj

etiv

os c

laro

s e

bem

def

inid

os e

de

alta

ex

pect

ativ

a; g

eren

ciam

ento

ade

quad

o do

s pe

ríod

os d

e au

la.

��

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175

4.A

ssoc

iado

s ao

s P

rofe

ssor

es

– m

odel

o de

co

mpo

rtam

ento

es

tabe

leci

dos

pelo

s pr

ofes

sore

s,

lide

ranç

a e

envo

lvim

ento

dos

pro

fess

ores

, tre

inam

ento

efe

tivo

. O

doc

umen

to a

pres

enta

tam

bém

um

grá

fico

con

heci

do c

omo

Dia

gram

a de

Dis

pers

ão q

ue a

ssoc

ia o

índ

ice

soci

oeco

nôm

ico

méd

io d

as e

scol

as a

vali

adas

e a

pro

fici

ênci

a m

édia

das

esc

olas

ava

liad

as. A

par

tir

dest

e gr

áfic

o,

cada

esc

ola

tem

com

o di

agno

stic

ar o

qua

dran

te e

m q

ue s

e si

tua

(qua

dran

te 1

, 2,

3,

e 4)

. P

ara

cada

qua

dran

te o

do

cum

ento

apr

esen

ta a

res

pect

iva

desc

riçã

o.

Apr

esen

ta a

inda

o Í

ndic

e de

Efi

cáci

a E

scol

ar –

IE

: IE

= p

rofi

ciên

cia

ger

al

méd

ia/í

nd

ice

soci

oec

on

ôm

ico

méd

io

A in

terp

reta

ção

dest

e ín

dice

impl

ica

em q

uant

o m

aior

o s

eu v

alor

, mai

or é

a e

ficá

cia

da e

scol

a, o

u se

ja, a

esc

ola

é ca

paz

de f

azer

mai

s pe

los

seus

alu

nos,

red

uzin

do a

s de

sigu

alda

des

extr

aesc

olar

es m

elho

rand

o o

dese

mpe

nho

dos

mes

mos

con

side

rand

o o

seu

índi

ce s

ocio

econ

ômic

o m

édio

. 19

96 –

Pro

jeto

-R

otei

ro

Pre

via

a ed

ição

dos

ins

trum

ento

s de

ava

liaç

ão;

sele

ção

de c

anai

s de

env

io e

rec

olhi

men

to d

o m

ater

ial

às e

scol

as;

apli

caçã

o do

s in

stru

men

tos

aos

alun

os e

a g

estã

o e

emis

são

de r

elat

ório

s.

1996

Man

ual

Det

erm

inav

a se

r de

Com

petê

ncia

da

Sec

reta

ria

de E

duca

ção,

das

Del

egac

ias

de E

nsin

o e

das

Esc

olas

Est

adua

is o

de

senv

olvi

men

to d

o P

roje

to d

e A

vali

ação

. 19

96R

elat

ório

A

pres

enta

as

2 fa

ses

dese

nvol

vida

s na

Ava

liaç

ão d

as e

scol

as p

úbli

cas.

Fa

se 1

- ap

lica

ção

dos

test

es c

om a

luno

s: a

bran

gênc

ia, e

labo

raçã

o do

s te

stes

, tre

inam

ento

. A

pós

os t

este

s, a

s fo

lhas

de

resp

osta

s fo

ram

enc

amin

hada

s da

s es

cola

s pa

ra a

s D

Es

e de

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par

a a

Fund

ação

de

Des

envo

lvim

ento

de

Rec

urso

s H

uman

os a

fim

de

ser

proc

essa

do. O

s da

dos

orig

inar

am 4

rel

atór

ios:

1.

Cla

ssif

icaç

ão

das

ques

tões

po

r ní

vel

de

com

plex

idad

e co

gnit

iva,

gr

au

de

difi

culd

ade

e di

stri

buiç

ão

das

alte

rnat

ivas

por

que

stão

; 2.

Méd

ia d

as d

isci

plin

as p

or s

érie

e g

rau;

3.

Dis

trib

uiçã

o do

s al

unos

do

2º g

rau

por

curs

o e

perc

entu

ais

de a

cert

os p

or in

terv

alo.

4.

Dis

trib

uiçã

o do

s al

unos

por

fai

xa e

tári

a e

perc

entu

ais

de a

cert

os p

or in

terv

alos

.N

o fi

nal

fora

m r

eali

zado

s ai

nda

2 le

vant

amen

tos

de o

pini

ão:

um r

efer

ente

as

ativ

idad

es d

esen

volv

idas

pel

a D

ivis

ão d

e P

esqu

isa

e A

vali

ação

Ins

titu

cion

al j

unto

às

chef

ias

Ped

agóg

icas

das

DE

s, e

out

ro r

elac

iona

do a

os

test

es d

a A

vali

ação

, dir

igid

o ao

s pr

ofes

sore

s da

s es

cola

s, r

epre

sent

ando

por

am

ostr

agem

, tod

as a

s D

Es.

fas

e- A

plic

ação

do

ques

tion

ário

da

Ges

tão

Esc

olar

. E

nvol

vend

o um

ins

trum

ento

res

pond

ido

pelo

dir

etor

de

cada

esc

ola

e ou

tro

inst

rum

ento

res

pond

ido

por

um p

rofe

ssor

rep

rese

ntan

te d

o C

onse

lho

Esc

olar

. E

sta

fase

oco

rreu

em

29/

11/1

996.

Ope

raci

onal

iza

ção�

��

��

��

1996

A o

pera

cion

aliz

ação

ser

á at

ravé

s do

Pro

gram

a A

nual

de

Ava

liaç

ão,

cons

titu

ídos

de

proj

etos

ela

bora

dos

e ��

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176

Dec

reto

36

.893

/199

6 di

vulg

ados

pel

o S

E.

A i

mpl

anta

ção

e im

plem

enta

ção

do S

iste

ma

de A

vali

ação

Ext

erna

ser

á de

com

petê

ncia

da

SE

E/R

S, D

eleg

acia

s de

Ens

ino

e da

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scol

as. C

omo

tam

bém

esc

lare

ce a

s at

ribu

içõe

s de

cad

a de

stas

.

Esb

oça

que,

no

âmbi

to d

a S

ecre

tari

a de

Edu

caçã

o do

Est

ado,

é d

e co

mpe

tênc

ia d

o D

epar

tam

ento

Ped

agóg

ico

e do

D

epar

tam

ento

de

Pla

neja

men

to,

atra

vés

da D

ivis

ão d

e P

esqu

isa

e A

vali

ação

Ins

titu

cion

al,

a im

plan

taçã

o do

S

iste

ma

de A

vali

ação

cla

rifi

cand

o to

das

as a

tivi

dade

s e

resp

onsa

bili

dade

s do

mes

mo.

19

96

Doc

umen

to

Pre

lim

inar

Coo

rden

ação

Ger

al:

SE

E/R

S D

epar

tam

ento

Ped

agóg

ico;

Dep

arta

men

to d

e P

lane

jam

ento

; D

ivis

ão d

e P

esqu

isa

e A

vali

ação

Ins

titu

cion

al.

Coo

rden

ação

Reg

iona

l: D

eleg

acia

s de

Ens

ino;

Coo

rden

ação

Loc

al: E

scol

as E

stad

uais

. 19

98-

do

cum

ento

pr

elim

inar

do

s re

sult

ados

de

96

/97.

Apr

esen

ta a

ava

liaç

ão d

a re

de p

úbli

ca e

stad

ual o

corr

ida

em 2

6 e

27 d

e no

vem

bro

de 1

997.

Os

test

es f

oram

ela

bora

dos

e va

lida

dos

por

prof

esso

res

vinc

ulad

os a

esc

olas

de

Ens

. Fu

ndam

enta

l e

Méd

io

espe

cial

men

te d

a re

de p

úbli

ca e

de

inst

itui

ções

de

ensi

no s

uper

ior.

For

am l

evad

os e

m c

onsi

dera

ção

os n

ívei

s de

co

mpe

tênc

ia c

ogni

tiva

, en

foca

ndo

desd

e aç

ões

de c

ompl

exid

ade

mín

ima

(con

heci

men

to)

até

as m

ais

com

plex

as

(com

pree

nsão

e a

plic

ação

do

que

foi a

pree

ndid

o). A

s qu

estõ

es f

oram

dis

trib

uída

s em

fác

eis,

méd

ias

e di

fíce

is.

2005

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 20

05.

Rel

ata

que

a S

ecre

tari

a de

Est

ado

- S

EE

/RS

e a

Uni

ão N

acio

nal

de D

irig

ente

s M

unic

ipai

s de

Edu

caçã

o -

UN

DIM

E/R

S f

irm

aram

par

ceri

a co

m o

pro

pósi

to d

e re

tom

ada

do S

iste

ma

de A

vali

ação

im

plan

tand

o no

s an

os d

e 19

96/1

997

e 19

98.

Apl

icad

o em

um

dia,

na

2ª q

uinz

ena

de n

ovem

bro.

O p

roje

to a

pres

enta

os

prod

utos

e

serv

iços

con

trat

os n

o qu

e ta

nge

a pr

epar

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da

aval

iaçã

o, a

náli

se d

os d

ados

e r

elat

ório

s do

s re

sult

ados

. O

pro

jeto

esc

lare

ce o

s pr

odut

os e

ser

viço

s a

sere

m c

ontr

atad

os,

com

o: a

s at

ivid

ades

de

cada

stro

de

esco

las,

tu

rmas

e a

luno

s; e

labo

raçã

o da

s pr

ovas

e q

uest

ioná

rios

. È t

ambé

m d

e re

spon

sabi

lida

de d

a co

ntra

tada

a i

mpr

essã

o do

s in

stru

men

tos

de a

vali

ação

. Est

abel

ece

tam

bém

, as

cond

içõe

s de

em

paco

tam

ento

, dis

trib

uiçã

o e

reco

lhim

ento

do

s in

stru

men

tos.

O t

rein

amen

to d

as e

quip

es d

e av

alia

ção,

coo

rden

ador

es r

egio

nais

e m

unic

ipai

s ac

onte

cerá

em

P

orto

Ale

gre

com

2 d

ias

de d

uraç

ão s

ob r

espo

nsab

ilid

ade

da c

ontr

atad

a, e

ntre

tant

o o

cust

eio

com

hos

peda

gem

, re

mun

eraç

ão o

u gr

atif

icaç

ão s

erá

de r

espo

nsab

ilid

ades

das

sec

reta

rias

de

educ

ação

. A

apl

icaç

ão d

as p

rova

s e

ques

tion

ário

s se

rá d

e re

spon

sabi

lida

de d

a se

cret

aria

est

adua

l e m

unic

ipal

de

educ

ação

. Par

a a

corr

eção

das

pro

vas

e pr

oces

sam

ento

s do

s da

dos

das

prov

as,

dos

ques

tion

ário

s de

alu

nos,

pro

fess

ores

e d

iret

ores

ou

supe

rvis

ores

a

resp

onsa

bili

dade

é d

a co

ntra

tada

seg

undo

nor

mat

ivas

est

abel

ecid

as n

o pr

ojet

o. A

con

trat

ada

deve

rá o

rgan

izar

a

base

de

dado

s de

man

eira

est

rutu

rada

em

arq

uivo

s po

r M

unic

ípio

, red

e de

ens

ino,

esc

ola,

sér

ie/a

no, t

urno

e tu

rma

disp

onib

iliz

ando

às

Sec

reta

rias

Est

adua

is e

Mun

icip

ais

que

part

icip

aram

do

SA

ER

S/2

005.

A c

ontr

atad

a de

verá

fa

zer

a an

ális

e es

tatí

stic

a do

s da

dos

de a

cord

o co

m a

Teo

ria

da A

náli

se C

láss

ica

e a

Teo

ria

de R

espo

sta

ao I

tem

. C

om b

ase

na le

itur

a ót

ica

das

folh

as d

e re

spos

tas,

a c

ontr

atad

a de

verá

org

aniz

ar a

bas

e de

dad

os c

om a

s re

spos

tas

das

prov

as d

os a

luno

s, d

os q

uest

ioná

rios

dos

alu

nos,

dos

pro

fess

ores

,dos

dir

etor

es o

u su

perv

isor

es,

sobr

e a

infr

a

��

Page 179: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

177

estr

utur

a da

esc

ola

e as

res

post

as d

o re

lató

rio

do a

plic

ador

. R

espo

nsab

ilid

ades

da

SE

E/R

S e

SM

ED

s- f

orne

cer

a co

ntra

tada

info

rmaç

ões

pert

inen

tes

ao p

roce

sso

de a

vali

ação

. C

rono

gram

a- I

nici

ado

as a

tivi

dade

s em

set

embr

o de

200

5 at

é o

ence

rram

ento

em

Abr

il d

e 20

06.

2006

Rel

atór

io

Tèc

.Ped

ag.

O r

elat

ório

con

sist

e em

des

crev

er a

abr

angê

ncia

, a

apli

caçã

o do

s te

stes

fei

to p

elas

sec

reta

rias

de

educ

ação

, o

proc

essa

men

to e

aná

lise

dos

dad

os,

com

a i

ntro

duçã

o do

uso

da

TR

I, o

s re

sult

ados

do

dese

mpe

nho

dos

alun

os,

índi

ce s

ocio

econ

ômic

o e

anál

ise

técn

ica

e pe

dagó

gica

dos

iten

s de

test

es.

As

etap

as r

efer

idas

nes

te r

elat

ório

diz

em r

espe

ito

às a

tivi

dade

s de

pre

para

ção,

de

anál

ise

dos

dado

s e

de

elab

oraç

ão d

e re

lató

rios

dos

res

ulta

dos.

Tod

a a

part

e de

pre

para

ção

e el

abor

ação

da

prov

a at

é o

envi

o pa

ra a

s C

RE

s e

Sec

reta

rias

Mun

icip

ais

de E

duca

ção

foi

da F

unda

ção

Ces

gran

rio.

Apó

s o

reco

lhim

ento

das

fol

has

de

resp

osta

s e

dos

ques

tion

ário

s a

anál

ise

de d

ados

com

pree

ndeu

a l

eitu

ra e

o p

roce

ssam

ento

dos

dad

os,

a an

ális

e es

tatí

stic

a do

s da

dos

com

bas

e na

met

odol

ogia

da

Teo

ria

Clá

ssic

a e

da T

RI.

Alé

m d

a em

issã

o de

bol

etin

s de

re

sult

ados

as

esco

las

e re

lató

rios

as

CR

Es

e S

ME

D.

O r

elat

ório

des

crev

e um

a sé

rie

de m

ater

iais

de

apoi

o el

abor

ados

par

a a

real

izaç

ão d

o S

AE

RS

200

5, c

omo;

m

anua

is, f

olha

s de

res

post

as, f

olha

s de

pre

senç

a e

list

agem

de

mat

eria

is e

nvia

dos

e re

colh

idos

das

CR

Es,

P

ara

o tr

eina

men

to d

os C

oord

enad

ores

Reg

iona

is e

Mun

icip

ais

a Fu

ndaç

ão C

esgr

anri

o m

inis

trou

um

sem

inár

io

com

dur

ação

de

um d

ia e

mei

o de

Por

to A

legr

e.

Fic

ou s

ob a

res

pons

abil

idad

e S

ecre

tari

a E

stad

ual

e M

unic

ipal

de

Edu

caçã

o a

esco

lha

dos

coor

dena

dore

s e

apli

cado

res

de S

AE

RS

200

5.

As

prov

as f

oram

apl

icad

as d

ia 2

3 de

nov

embr

o/20

05, n

o tu

rno

da m

anhã

e ta

rde

pela

s eq

uipe

s de

cad

a S

ecre

tari

a.

Na

obte

nção

dos

res

ulta

dos

do S

AE

RS

2005

for

am r

eali

zada

s a

anál

ise

clás

sica

dos

ite

ns d

os t

este

s e

a an

ális

e T

RI.

O r

elat

ório

apr

esen

ta a

s m

édia

s ge

rais

do

des

empe

nho

dos

alun

os p

or d

isci

plin

a av

alia

das,

em

cad

a sé

rie,

na

s re

des

mun

icip

ais

e na

s C

oord

enad

oria

s.

Apr

esen

ta t

ambé

m a

des

criç

ão d

os n

ívei

s da

esc

ala

de L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

de c

ada

séri

e av

alia

da,

com

o ai

nda

o pe

rcen

tual

dos

alu

nos

dist

ribu

ídos

em

cad

a ní

vel d

istr

ibuí

dos

de a

cord

o co

m a

sér

ie e

dis

cipl

ina.

20

07D

ecre

to

n.

45.3

00/2

007

Dec

reta

que

o S

AE

RS

ser

á ap

lica

do e

m t

odas

as

esco

las

esta

duai

s ur

bana

s e

rura

is,

com

per

iodi

cida

de n

ão

supe

rior

a 2

ano

s, p

oden

do e

scol

as m

unic

ipai

s e

part

icul

ares

par

tici

par

por

ades

ão.

Par

a as

pro

vas

leva

r em

co

nsid

eraç

ão s

: D

CN

s e

PC

Ns

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

méd

io;

Mat

rize

s de

Ref

erên

cia

do S

AE

B;

os t

exto

s do

s li

vros

did

átic

os m

ais

soli

cita

dos

pelo

s pr

ofes

sore

s da

red

e pú

blic

a es

tadu

al e

mun

icip

al d

o R

S n

os P

NL

Ds

de

2006

e 2

007;

incl

usão

de

iten

s ce

dido

s pe

lo I

NE

P/M

EC

que

via

bili

zem

a c

ompa

raçã

o do

s re

sult

ados

da

5ª s

érie

/6º

ano

e do

ens

ino

méd

io c

om o

SA

EB

; o

acom

panh

amen

to d

a se

leçã

o de

ite

ns d

uran

te a

ela

bora

ção

das

prov

as p

or

com

issã

o de

esp

ecia

list

as in

dica

dos

pela

SE

E/R

S, U

ND

IME

/RS

e o

SIN

EP

E.

Page 180: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

178

2007

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

7.

Apr

esen

ta i

nclu

são

das

esco

las

part

icul

ares

, a p

arce

ria

com

o S

indi

cato

dos

Est

abel

ecim

ento

s do

Ens

ino

Pri

vado

no

Est

ado

do R

io G

rand

e do

Sul

– S

INE

PE

/RS

. Coo

rden

ado

pela

SE

E/R

S, p

or m

eio

do D

EP

LA

N.

Qua

nto

aos

prod

utos

e s

ervi

ços

cont

rata

dos

o P

roje

to/2

007

esta

bele

ce q

ue a

con

trat

ada

deve

ria

ter

prof

issi

onai

s te

cnic

amen

te q

uali

fica

dos

e co

m p

erfi

l de

acor

do c

om a

s fu

nçõe

s a

sere

m d

esem

penh

adas

. E

scla

rece

que

a c

ontr

atad

a re

aliz

ará

as a

tivi

dade

s de

cad

astr

o de

esc

olas

, tur

mas

e a

luno

s; e

labo

raçã

o da

s pr

ovas

e

ques

tion

ário

s.

E

spec

ific

a ta

mbé

m,

as

cond

içõe

s de

em

paco

tam

ento

, di

stri

buiç

ão

e re

colh

imen

to

dos

inst

rum

ento

s.

As

equi

pes

de a

plic

ação

da

aval

iaçã

o do

Pro

jeto

/20

07 f

oram

com

post

as p

or 3

0 co

orde

nado

res

regi

onai

s (

não

rem

uner

ados

), 1

sup

ervi

sor

regi

onal

par

a ca

da 4

0 tu

rmas

e 1

apl

icad

or p

ara

cada

turm

a (

ambo

s re

mun

erad

os).

O

Pro

jeto

est

abel

ecia

a f

unçã

o de

cad

a um

. S

erá

de r

espo

nsab

ilid

ade

da c

ontr

atad

a o

trei

nam

ento

das

equ

ipes

de

aval

iaçã

o, c

ompo

sta

por

30 c

oord

enad

ores

e

cerc

a de

350

sup

ervi

sore

s re

gion

ais,

com

dur

ação

de

até

2 di

as e

m P

orto

Ale

gre.

As

desp

esas

ser

ão d

a co

ntra

tada

. O

pro

jeto

/200

7 pr

evê

que

a co

ntra

tada

sej

a re

spon

sáve

l pe

la a

plic

ação

dos

ins

trum

ento

s de

ava

liaç

ão d

e ac

ordo

co

m u

m c

rono

gram

a fi

xado

pel

a S

EE

/RS

. A

sec

reta

ria

será

res

pons

ável

pel

os m

ater

iais

e p

roce

dim

ento

s de

div

ulga

ção

da a

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ação

a c

omun

idad

e es

cola

r.

Par

a a

corr

eção

das

pro

vas

e pr

oces

sam

ento

s do

s da

dos

das

prov

as,

dos

ques

tion

ário

s de

alu

nos,

pro

fess

ores

e

dire

tore

s ou

sup

ervi

sore

s a

resp

onsa

bili

dade

é d

a co

ntra

tada

seg

undo

nor

mat

ivas

est

abel

ecid

as n

o pr

ojet

o.

A c

ontr

atad

a de

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org

aniz

ar a

bas

e de

dad

os d

e m

anei

ra e

stru

tura

da e

m a

rqui

vos

por

Mun

icíp

io, r

ede

de e

nsin

o,

esco

la, s

érie

/ano

, tur

no e

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a di

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ibil

izan

do à

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o.

A c

ontr

atad

a se

rá r

espo

nsáv

el p

ela

anál

ise

dos

resu

ltad

os e

pel

o fo

rnec

imen

to d

e bo

leti

ns d

e de

sem

penh

o e

rela

tóri

os d

e av

alia

ção

e en

vio

à S

EE

/RS

. A c

ontr

atad

a de

verá

faz

er a

aná

lise

est

atís

tica

dos

dad

os d

e ac

ordo

com

a

Teo

ria

da A

náli

se C

láss

ica

e a

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ria

de R

espo

sta

ao I

tem

– T

RI.

R

espo

nsab

ilid

ades

da

SE

E/R

S -

for

nece

r a

cont

rata

da in

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açõe

s pe

rtin

ente

s ao

pro

cess

o de

ava

liaç

ão.

Cro

nogr

ama-

Ini

ciad

o as

ati

vida

des

em s

etem

bro

de 2

007

até

o en

cerr

amen

to e

m A

bril

de

2008

. 23

/200

7 B

olet

im

Ped

agóg

ico

Com

post

o po

r 5

bole

tins

: um

par

a a

2ª s

érie

/3º

ano;

doi

s pa

ra a

5ª s

érie

/6º

ano

um e

m

Lín

gua

Por

tugu

esa

e ou

tro

em M

atem

átic

a e

dois

par

a o

1º a

no d

o en

sino

méd

io,

um p

ara

Lín

gua

Por

tugu

esa

e ou

tro

para

Mat

emát

ica.

O

obje

tivo

des

te m

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qua

lifi

car

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ient

ar a

açã

o pe

dagó

gica

no

Est

ado.

Esc

lare

ce q

ue o

SA

ER

S é

um

a in

icia

tiva

da

SE

E/R

S e

m p

arce

ria

com

a U

nião

Nac

iona

l do

s D

irig

ente

s M

unic

ipai

s de

Edu

caçã

o (U

ND

IME

/RS

), c

om o

Sin

dica

to d

os E

stab

elec

imen

tos

do E

nsin

o P

riva

do d

o R

io

gran

de d

o S

ul (

SIN

EP

E/R

S)

e co

m o

Cen

tro

de P

olít

icas

Púb

lica

s e

Ava

liaç

ão d

a E

duca

ção

da U

nive

rsid

ade

Fede

ral

de J

uiz

de F

ora

(CA

Ed/

UFJ

F).

Rel

ata

que

os d

ados

col

etad

os p

ela

aval

iaçã

o do

des

empe

nho

esco

lar

��

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179

poss

ibil

itam

a r

eori

enta

ção

das

polí

tica

s pú

blic

as e

do

trab

alho

rea

liza

do p

elos

pro

fess

ores

, com

vis

ta à

equ

idad

e e

à qu

alid

ade

da E

duca

ção.

Ju

nto

com

o B

olet

im a

esc

ola

tem

ace

sso

a um

DV

D c

om p

rogr

amas

e in

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açõe

s so

bre

aval

iaçã

o. E

ste

bole

tim

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form

atad

o pa

ra d

ar a

im

pres

são

de s

er u

ma

viag

em p

elos

cam

inho

s da

ava

liaç

ão e

m l

arga

esc

ala.

Cad

a ca

pítu

lo é

den

omin

ado

de e

staç

ão e

a tr

aves

sia

deve

rá o

corr

er a

equ

ipe

dire

tiva

e p

edag

ógic

a e

prof

esso

res.

A

pri

mei

ra E

staç

ão a

pres

enta

a M

atri

z de

Ref

erên

cia

para

a a

vali

ação

de

2007

com

a id

enti

fica

ção

e co

mpr

eens

ão

de s

eus

desc

rito

res

nas

disc

ipli

nas

de l

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

em c

ada

séri

e av

alia

da.

Tra

z a

expl

icaç

ão

do q

ue s

ão o

s it

ens

de u

m t

este

de

prof

iciê

ncia

; es

clar

ece

com

o sã

o re

aliz

ados

e e

labo

rado

s os

tes

tes

de

prof

iciê

ncia

. Cla

rifi

ca q

uant

o a

met

odol

ogia

de

anál

ise

dos

test

es d

e pr

ofic

iênc

ia.

A E

staç

ão I

I ap

rese

nta

as e

scal

as d

e pr

ofic

iênc

ia e

m L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

em c

ada

séri

e av

alia

da, o

s re

sult

ados

ind

ivid

ual

de c

ada

esco

la,

o di

agnó

stic

o pe

dagó

gico

e s

uges

tões

de

ativ

idad

es p

ara

os p

rofe

ssor

es

trab

alha

rem

com

os

alun

os e

m s

ala

de a

ula.

Rel

ata

que

em 1

997

e 19

98, o

corr

eu a

par

ceri

a co

m a

Fed

eraç

ão d

as

Ass

ocia

ções

dos

Mun

icíp

ios

do R

io G

rand

e do

Sul

- F

AM

UR

S,

2

008-

201

1 P

lano

Plu

rian

ual

Com

a p

reoc

upaç

ão c

om a

uni

vers

aliz

ação

do

aces

so, r

eduç

ão d

o ín

dice

de

repr

ovaç

ão e

da

evas

ão e

scol

ar o

PP

A

2008

-201

1 es

tabe

lece

a “

revi

são

dos

curr

ícul

os e

scol

ares

com

bas

e no

s pa

râm

etro

s na

cion

ais,

nas

com

petê

ncia

s e

habi

lida

des

cogn

itiv

as d

as m

atri

zes

de r

efer

ênci

a do

Sis

tem

a de

Ava

liaç

ão d

a E

duca

ção

Bás

ica

(SA

EB

), d

o E

xam

e N

acio

nal

de E

nsin

o M

édio

(E

NE

M)

e da

Pro

va B

rasi

l”.

(p.7

2).

Nes

te s

enti

do,

o G

over

no E

stad

ual

obje

tiva

es

tabe

lece

r es

cala

s de

ha

bili

dade

s e

com

petê

ncia

s co

gnit

ivas

a

sere

m

dese

nvol

vida

s em

ngua

po

rtug

uesa

, mat

emát

ica

e na

alf

abet

izaç

ão p

ara

o ní

vel f

unda

men

tal e

méd

io.

Seg

undo

o d

ocum

ento

as

estr

atég

ias

para

int

ensi

fica

r m

aior

qua

lida

de a

o en

sino

fun

dam

enta

l e

méd

io s

ão a

“i

mpl

anta

ção

de

um s

iste

ma

de a

vali

ação

ext

erna

que

per

mit

a af

erir

os

níve

is d

e ap

rend

izag

em n

a re

de d

e en

sino

ga

úcha

com

para

do a

pad

rões

nac

iona

is i

nter

naci

onai

s e

a c

riaç

ão d

e in

cent

ivos

às

esco

las

e pr

ofes

sore

s e

capa

cita

ção

de p

rofe

ssor

es e

ges

tore

s es

cola

res

visa

ndo

à m

elho

ria

da q

uali

dade

do

ensi

no e

da

gest

ão e

scol

ar.”

(p

.73)

. O S

AE

RS

, em

par

ceri

a co

m a

red

e m

unic

ipal

e p

arti

cula

r, s

erá

impl

anta

do e

m 2

008

e 20

10.

2008

Pro

jeto

B

ásic

o do

SA

ER

S/2

008

Sem

elha

nte

ao P

roje

to B

ásic

o -

Sis

tem

a de

Ava

liaç

ão d

o R

endi

men

to E

scol

ar –

SA

ER

S/2

007

o P

roje

to d

e 20

08

está

div

idid

o na

s m

esm

as 5

par

tes.

P

arce

ria

com

a U

nião

Nac

iona

l de

Dir

igen

tes

Mun

icip

ais

de E

duca

ção

– U

ND

IME

/RS

e o

Sin

dica

to d

os

Est

abel

ecim

ento

s do

Ens

ino

Pri

vado

no

Est

ado

do R

io G

rand

e do

Sul

– S

INE

PE

/RS

. Q

uant

o ao

s pr

odut

os e

ser

viço

s co

ntra

tado

s o

Pro

jeto

/200

8 es

tabe

lece

que

a c

ontr

atad

a de

verá

ter

pro

fiss

iona

is

tecn

icam

ente

qua

lifi

cado

s e

com

per

fil d

e ac

ordo

com

as

funç

ões

a se

rem

des

empe

nhad

as.

Ati

vida

des

a se

rem

des

envo

lvid

as-

O p

roje

to/2

008

e 20

09 r

efer

enci

a qu

e a

cont

rata

rea

liza

rá a

s at

ivid

ades

de ��

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180

cada

stro

de

esco

las,

turm

as e

alu

nos;

ela

bora

ção

das

prov

as e

que

stio

nári

os.

É d

e re

spon

sabi

lida

de d

a co

ntra

tada

a i

mpr

essã

o do

s in

stru

men

tos

de a

vali

ação

seg

undo

esp

ecif

icaç

ões

e qu

anti

dade

s de

term

inad

a no

pr

ojet

o 20

08

e 20

09.

E

spec

ific

a ta

mbé

m,

as

cond

içõe

s de

em

paco

tam

ento

, di

stri

buiç

ão e

rec

olhi

men

to d

os in

stru

men

tos.

A

s eq

uipe

s de

apl

icaç

ão d

a av

alia

ção

do P

roje

to /

2008

e 2

009

fora

m c

ompo

stas

por

30

coor

dena

dore

s re

gion

ais

(não

rem

uner

ados

), 1

sup

ervi

sor

regi

onal

par

a ca

da 4

0 tu

rmas

e

1 a

plic

ador

par

a ca

da t

urm

a (

ambo

s re

mun

erad

os).

O P

roje

to e

stab

elec

ia a

fun

ção

de c

ada

um.

Ser

á de

res

pons

abil

idad

e da

con

trat

ada

o tr

eina

men

to d

as e

quip

es d

e av

alia

ção,

com

post

a po

r 30

coo

rden

ador

es e

ce

rca

de 3

50 s

uper

viso

res

regi

onai

s, c

om d

uraç

ão d

e at

é 2

dias

em

Por

to A

legr

e. A

s de

spes

as s

erão

da

cont

rata

da.

O p

roje

to/2

008

e 20

09 p

revê

que

a c

ontr

atad

a se

ja r

espo

nsáv

el p

ela

apli

caçã

o do

s in

stru

men

tos

de a

vali

ação

de

acor

do c

om u

m c

rono

gram

a fi

xado

pel

a S

EE

/RS

. A

sec

reta

ria

será

res

pons

ável

pel

os m

ater

iais

e p

roce

dim

ento

s de

div

ulga

ção

da a

vali

ação

a c

omun

idad

e es

cola

r.

Par

a a

corr

eção

das

pro

vas

e pr

oces

sam

ento

s do

s da

dos

das

prov

as,

dos

ques

tion

ário

s de

alu

nos,

pro

fess

ores

e

dire

tore

s ou

sup

ervi

sore

s a

resp

onsa

bili

dade

é d

a co

ntra

tada

seg

undo

nor

mat

ivas

est

abel

ecid

as n

o pr

ojet

o. Q

uant

o à

corr

eção

das

pro

vas

a ún

ica

alte

raçã

o oc

orri

da d

esde

o

SA

ER

S/2

005

está

na

aval

iaçã

o do

dit

ado

da 2

ª sé

rie

ou

3º a

mo

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l qu

e de

verá

ser

obs

erva

do o

em

preg

o da

gra

fia

corr

eta

de p

alav

ras

form

adas

por

laba

s si

mpl

es;

uso

de m

arca

s de

nas

aliz

ação

, de

let

ras

conc

orre

ntes

, de

díg

rafo

, de

let

ra m

aiús

cula

e o

uso

de

sina

s de

pon

tuaç

ão.

A c

ontr

atad

a de

verá

org

aniz

ar a

bas

e de

dad

os d

e m

anei

ra e

stru

tura

da e

m a

rqui

vos

por

Mun

icíp

io,

rede

de

ensi

no,

esco

la,

séri

e/an

o, t

urno

e t

urm

a di

spon

ibil

izan

do à

Sec

reta

ria

Est

adua

l de

Edu

caçã

o.

Ser

á re

spon

sáve

l pe

la a

náli

se d

os r

esul

tado

s e

pelo

for

neci

men

to d

e bo

leti

ns d

e de

sem

penh

o e

rela

tóri

os d

e av

alia

ção

e en

vio

à S

EE

/RS

. A c

ontr

atad

a de

verá

faz

er a

aná

lise

est

atís

tica

dos

dad

os d

e ac

ordo

com

a T

eori

a da

A

náli

se C

láss

ica

e a

Teo

ria

de R

espo

sta

ao I

tem

– T

RI.

Q

uant

o ao

Bol

etim

Ped

agóg

ico,

o P

roje

to B

ásic

o do

SA

ER

S/2

008,

res

salt

a qu

e os

mes

mo

deve

con

ter

a se

guin

te

estr

utur

a: E

lem

ento

s pr

é-te

xtua

is; E

lem

ento

s te

xtua

is (

intr

oduç

ão e

três

cap

ítul

os: 1

º) M

atri

z de

Ref

erên

cia,

Ite

ns,

Met

odol

ogia

de

Ana

lise

, TR

I; 2

º) A

náli

se d

os r

esul

tado

s da

esc

ola;

3º)

Aná

lise

ped

agóg

ica

dos

iten

s);

Ele

men

tos

pós-

text

uais

. Dev

em c

onte

r ai

nda

a in

trod

ução

com

os

prin

cipa

is c

once

itos

uti

liza

dos

nas

aval

iaçõ

es e

xter

na.

Res

pons

abil

idad

es d

a S

EE

/RS

– f

orne

cer,

a c

ontr

atad

a, i

nfor

maç

ões

pert

inen

tes

ao p

roce

sso

de a

vali

ação

. S

egun

do o

Pro

jeto

Bás

ico

SA

ER

S/2

008

os d

ados

de

alun

os e

de

esco

las

serã

o fo

rnec

idos

de

acor

do c

om o

M

ovim

ento

da

mat

rícu

la r

eal/

abri

l 200

8.

Nes

tes

proj

etos

apa

rece

m e

stab

elec

idos

a f

orm

a de

pag

amen

to d

os tr

abal

hos

à co

ntra

tada

pel

a S

EE

/RS

C

rono

gram

a -

Inic

iado

as

ativ

idad

es e

m s

etem

bro

de 2

008

até

o en

cerr

amen

to e

m A

bril

de

2009

.

Page 183: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

181

Sal

ient

a qu

e os

res

ulta

dos

do S

AE

RS

dev

erão

per

mit

ir a

s se

cret

aria

s de

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caçã

o e

as e

scol

as r

eori

enta

rem

sua

s ár

eas

de a

tuaç

ão e

açõ

es, e

spec

ialm

ente

qua

nto

à fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a do

s pr

ofes

sore

s e,

no

caso

das

SE

E/R

S, a

o ex

ercí

cio

da f

unçã

o re

dist

ribu

tiva

com

as

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las

quan

to à

alo

caçã

o de

rec

urso

s hu

man

os

e/ou

mat

éria

s, n

a pe

rspe

ctiv

a da

equ

idad

e e

mel

hori

a da

qua

lida

de d

o en

sino

. O

Pro

jeto

Bás

ico

- S

iste

ma

de A

vali

ação

do

Ren

dim

ento

Esc

olar

do

Rio

Gra

nde

do S

ul S

AE

RS/

2008

est

abel

ece

que

para

os

Mun

icíp

ios,

tra

ta-s

e ag

ora

de v

erif

icar

se

as p

olít

icas

ado

tada

s re

vert

em e

m m

elho

ria

dos

níve

is d

e ap

rend

izag

em d

os a

luno

s. E

par

a as

SE

E/R

S, a

lém

de

acom

panh

ar o

s re

sult

ados

obt

idos

, tra

ta-s

e de

im

plem

enta

r o

proc

esso

ava

liat

ivo

no p

rim

eiro

ano

de

gest

ão d

e m

anei

ra a

pos

sibi

lita

r a

reor

ient

ação

das

pol

ítica

s pú

blic

as

educ

acio

nais

nos

qua

tro

anos

sub

seqü

ente

s co

rres

pond

ente

a e

xecu

ção

do P

lano

Plu

rian

ual e

labo

rado

em

200

7.

Con

diçõ

es g

erai

s- C

oord

enad

o pe

la S

EE

/RS

, por

mei

o do

DE

PL

AN

. 20

08B

olet

im

Ped

agóg

ico/

20

08

A d

istr

ibui

ção

por

séri

e e

disc

ipli

na d

os B

olet

ins

é a

mes

ma

dos

Bol

etin

s de

200

7. O

doc

umen

to a

pont

a qu

e os

B

olet

ins

têm

com

o ob

jeti

vo “

prom

over

a d

iscu

ssão

dos

res

ulta

dos,

pos

sibi

lita

ndo

a to

dos

conh

ecer

o d

esem

penh

o da

esc

ola,

ide

ntif

ican

do a

s ha

bili

dade

s fu

ndam

enta

is q

ue f

oram

, e

as q

ue a

inda

não

for

am,

adeq

uada

men

te

dese

nvol

vida

s pe

los

alun

os.

Ess

e é

um p

asso

im

port

ante

par

a o

reco

nhec

imen

to d

e bo

as p

ráti

cas

peda

gógi

cas

e pa

ra a

con

stru

ção

de n

ovas

açõ

es c

apaz

es d

e el

evar

os

níve

is d

e ap

rend

izag

em d

os a

luno

s”.(

p.8)

. N

a E

staç

ão I

é a

pres

enta

do o

his

tóri

co e

os

obje

tivo

s do

SA

ER

S.;

A E

staç

ão I

I re

lata

a

Mat

riz

de R

efer

ênci

a pa

ra a

ava

liaç

ão c

om a

ide

ntif

icaç

ão e

com

pree

nsão

de

seus

de

scri

tore

s na

s di

scip

lina

s de

lín

gua

Por

tugu

esa

e M

atem

átic

a em

cad

a sé

rie

aval

iada

. T

raz

a ex

plic

ação

da

com

posi

ção

dos

test

es d

e pr

ofic

iênc

ia, c

lari

fica

qua

nto

a m

etod

olog

ia d

e an

ális

e do

s te

stes

de

prof

iciê

ncia

. N

a E

staç

ão I

II e

stá

o D

iagn

ósti

co, o

u se

ja, o

s re

sult

ados

e a

aná

lise

do

dese

mpe

nho

de c

ada

esco

la n

as d

isci

plin

as

e sé

ries

ava

liad

as.

Na

últi

ma

esta

ção,

den

omin

ada

de M

udan

ça é

apr

esen

tado

sug

estõ

es d

e at

ivid

ades

ped

agóg

icas

. P

ara

a S

EE

/RS

os

resu

ltado

s tr

atam

de

impl

emen

tar

o de

sem

penh

o do

s al

unos

no

prim

eiro

ano

de

gest

ão,

de

man

eira

a r

eori

enta

r a

exec

ução

do

Pla

no P

luri

anua

l 200

8-20

11. J

á pa

ra o

s M

unic

ípio

s o

SA

ER

S/2

207

trat

a-se

de

veri

fica

r se

as

polí

tica

s ad

otad

as r

ever

tera

m-s

e em

mel

hori

a da

apr

endi

zage

m d

os a

luno

s.

Ade

mai

s o

cont

eúdo

apr

esen

tado

é o

mes

mo,

com

exc

eção

dos

res

ulta

dos

que

são

de 2

008.

20

09P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S /2

009

Sem

elha

nte

ao P

roje

to B

ásic

o 20

07 e

o 2

008

- o

Pro

jeto

de

2009

est

á di

vidi

do n

as m

esm

as 5

par

tes.

P

arce

ria

com

a U

nião

Nac

iona

l de

Dir

igen

tes

Mun

icip

ais

de E

duca

ção

– U

ND

IME

/RS

e o

Sin

dica

to d

os

Est

abel

ecim

ento

s do

Ens

ino

Pri

vado

no

Est

ado

do R

io G

rand

e do

Sul

– S

INE

PE

/RS

. O

doc

umen

to a

pres

enta

um

bre

ve h

istó

rico

da

aval

iaçã

o no

Est

ado

desd

e 19

96 a

200

8 re

lata

ndo

as s

érie

s e

disc

ipli

nas

aval

iada

s e

a ab

rang

ênci

a em

cad

a an

o.

Page 184: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

182

Vis

ando

apo

iar

mel

hor

as e

scol

as a

SE

E/R

S r

eali

za u

ma

pesq

uisa

de

perf

il s

ocio

econ

ômic

o da

s co

mun

idad

es

aten

dida

s pe

las

esco

las

de

rede

es

tadu

al.

Ass

im,

é co

leta

do

info

rmaç

ões

rela

tiva

s à

esco

lari

dade

, oc

upaç

ão/t

raba

lho

e re

nda

fam

ilia

r da

s fa

míl

ias

dos

alun

os. O

SA

ER

S/

2009

ser

á C

oord

enad

o pe

la S

EE

/RS

, por

m

eio

do D

EP

LA

N.

Qua

nto

aos

prod

utos

e s

ervi

ços

cont

rata

dos

o P

roje

to/2

009

est

abel

ece

que

a co

ntra

tada

dev

erá

ter

prof

issi

onai

s te

cnic

amen

te q

uali

fica

dos

e co

m p

erfi

l de

acor

do c

om a

s fu

nçõe

s a

sere

m d

esem

penh

adas

. O

pro

jeto

/200

9 re

fere

ncia

que

a c

ontr

ata

real

izar

á as

ati

vida

des

de c

adas

tro

de e

scol

as,

turm

as e

alu

nos;

el

abor

ação

das

pro

vas

e qu

esti

onár

ios.

É

de

resp

onsa

bili

dade

da

cont

rata

da a

im

pres

são

dos

inst

rum

ento

s de

ava

liaç

ão s

egun

do e

spec

ific

açõe

s e

quan

tida

des

dete

rmin

ada

no p

roje

to 2

008.

E

spec

ific

a ta

mbé

m,

as c

ondi

ções

de

empa

cota

men

to,

dist

ribu

ição

e

reco

lhim

ento

dos

inst

rum

ento

s.

As

equi

pes

de a

plic

ação

da

aval

iaçã

o do

Pro

jeto

200

9 fo

ram

com

post

as p

or 3

0 co

orde

nado

res

regi

onai

s (n

ão

rem

uner

ados

), 1

sup

ervi

sor

regi

onal

par

a ca

da 1

50 t

urm

as

e 1

apli

cado

r pa

ra c

ada

turm

a (

ambo

s re

mun

erad

os

pela

con

trat

ada)

. O P

roje

to e

stab

elec

ia a

fun

ção

de c

ada

um.

Ser

á de

res

pons

abil

idad

e da

con

trat

ada

o tr

eina

men

to d

as e

quip

es d

e av

alia

ção,

com

post

a po

r 30

coo

rden

ador

es e

ce

rca

de 3

50 s

uper

viso

res

regi

onai

s, c

om d

uraç

ão d

e at

é 2

dias

em

Por

to A

legr

e. A

s de

spes

as s

erão

da

cont

rata

da.

O p

roje

to/2

009

prev

ê qu

e a

cont

rata

da s

eja

resp

onsá

vel

pela

apl

icaç

ão d

os i

nstr

umen

tos

de a

vali

ação

de

acor

do

com

um

cro

nogr

ama

fixa

do p

ela

SE

E/R

S.

A s

ecre

tari

a se

rá r

espo

nsáv

el p

elos

mat

eria

is e

pro

cedi

men

tos

de d

ivul

gaçã

o da

ava

liaç

ão a

com

unid

ade

esco

lar.

P

ara

a co

rreç

ão d

as p

rova

s e

proc

essa

men

tos

dos

dado

s da

s pr

ovas

, do

s qu

esti

onár

ios

de a

luno

s, p

rofe

ssor

es e

di

reto

res

ou s

uper

viso

res

a re

spon

sabi

lida

de é

da

cont

rata

da s

egun

do n

orm

ativ

as e

stab

elec

idas

no

proj

eto.

A

con

trat

ada

deve

rá o

rgan

izar

a b

ase

de d

ados

de

man

eira

est

rutu

rada

em

arq

uivo

s po

r M

unic

ípio

, red

e de

ens

ino,

es

cola

, sér

ie/a

no, t

urno

e tu

rma

disp

onib

iliz

ando

à S

ecre

tari

a E

stad

ual d

e E

duca

ção.

Ser

á re

spon

sáve

l pel

a an

ális

e es

tatí

stic

a e

peda

gógi

ca d

os r

esul

tado

s da

s pr

ovas

e d

os q

uest

ioná

rios

, pe

lo f

orne

cim

ento

de

bol

etin

s de

de

sem

penh

o, r

elat

ório

s de

ava

liaç

ão e

env

io à

SE

E/R

S. A

con

trat

ada

deve

rá f

azer

a a

náli

se e

stat

ísti

ca d

os d

ados

de

aco

rdo

com

a T

eori

a da

Aná

lise

Clá

ssic

a e

a T

eori

a de

Res

post

a ao

Ite

m –

TR

I.

Qua

nto

aos

Bol

etin

s de

des

empe

nho,

o P

roje

to B

ásic

o do

SA

ER

S/2

009,

man

tém

a

estr

utur

a de

200

8, e

ntre

tant

o m

uda

o co

nteú

dos

cós

capí

tulo

s: E

lem

ento

s pr

é-te

xtua

is;

Ele

men

tos

text

uais

(In

trod

ução

e t

rês

capí

tulo

s: 1

º)

Con

text

ualiz

ação

dos

res

ulta

dos

da e

scol

a; 2

º) A

náli

se P

edag

ógic

a do

s it

ens;

3º)

Rel

atos

de

expe

riên

cias

em

av

alia

ção.

; E

lem

ento

s pó

s-te

xtua

is.

Dev

em c

onte

r ai

nda

a in

trod

ução

com

os

prin

cipa

is c

once

itos

uti

liza

dos

nas

aval

iaçõ

es e

m la

rga

esca

la.

Page 185: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

183

4. R

espo

nsab

ilid

ades

da

SE

E/R

S –

for

nece

r, a

con

trat

ada,

inf

orm

açõe

s pe

rtin

ente

s ao

pro

cess

o de

ava

liaç

ão.

Seg

undo

o P

roje

to B

ásic

o S

AE

RS

/200

8 e

2009

os

dado

s de

alu

nos

e de

esc

olas

ser

ão f

orne

cido

s de

aco

rdo

com

o

Mov

imen

to d

a m

atrí

cula

rea

l/ab

ril 2

008

e 20

09.

Nes

tes

proj

etos

apa

rece

m e

stab

elec

idos

a f

orm

a de

pag

amen

to d

os tr

abal

hos

à co

ntra

tada

pel

a S

EE

/RS

U

ma

novi

dade

nes

te P

roje

to/2

009

é o

item

sob

re d

ivul

gaçã

o e

apro

pria

ção

dos

resu

ltad

os,

onde

a c

ontr

atad

a de

verá

apr

esen

tar

um p

roje

to c

om a

pro

gram

ação

das

for

mas

de

divu

lgaç

ão e

apr

opri

ação

dos

res

ulta

dos

do

SA

ER

S/2

009.

Is

to

para

ga

rant

ir

que

os

prof

esso

res

das

esco

las

esta

duai

s te

nham

um

a m

aior

e

mel

hor

com

pree

nsão

da

aval

iaçã

o ex

tern

a da

apr

endi

zage

m e

a p

ossi

bili

dade

de

util

izar

os

resu

ltad

os n

a m

elho

ria

da��

qual

idad

e do

ens

ino.

5.

Cro

nogr

ama

- In

icia

do a

s at

ivid

ades

em

set

embr

o de

200

8 e

resp

ecti

vam

ente

de

2009

até

o e

ncer

ram

ento

em

A

bril

de

2009

e 2

010.

20

09G

uia

de e

stud

os

1997

– P

arce

ria

com

a F

AM

UR

S.

2005

- A

Sec

reta

ria

de E

duca

ção

do R

S f

irm

ou p

arce

ria

com

a U

nião

dos

Dir

igen

tes

de E

duca

ção-

RS

par

a re

tom

ada

do s

iste

ma

de a

vali

ação

. 20

07-

Bus

cand

o re

dim

ensi

onar

as

polí

tica

s pú

blic

as n

a ed

ucaç

ão e

qua

lifi

car

o pr

oces

so e

nsin

o –

apre

ndiz

agem

qu

e o

SA

ER

S f

oi i

nsti

tuíd

o pe

lo D

ecre

to 4

5.30

0/20

07. R

eali

zado

sob

a c

oord

enaç

ão d

a S

ecre

tari

a de

Est

ado

da

Edu

caçã

o em

par

ceri

a co

m a

Uni

ão N

acio

nal

de D

irig

ente

s M

unic

ipai

s de

Edu

caçã

o -

UN

DIM

E-R

S e

pel

o S

indi

cato

das

Esc

olas

Par

ticu

lare

s do

Est

ado

RS

– S

INE

PE

. 20

09B

olet

im

Ped

agóg

ico/

20

09

Rel

ata

que

desd

e 20

07

a S

ecre

tari

a de

Est

adua

l de

Edu

caçã

o ju

ntam

ente

com

A U

nião

Nac

iona

l do

s D

irig

ente

s M

unic

ipai

s de

Edu

caçã

o –U

ND

IME

/RS

e o

Sin

dica

to d

os E

stab

elec

imen

tos

do E

nsin

o P

riva

do –

SIN

EP

E/R

S

dese

nvol

vem

o p

rogr

ama

de a

vali

ação

do

Est

ado

do R

S,

o S

AE

RS

. E

m 2

009

foi

firm

ada

parc

eria

com

o C

entr

o de

Pol

ític

as P

úbli

cas

e A

vali

ação

da

Edu

caçã

o da

Uni

vers

idad

e Fe

dera

l de

Juiz

de

Fora

– C

AE

d/U

FJF

. E

ste

docu

men

to v

em d

ifer

ente

dos

pro

duzi

dos

em 2

007

e 20

08.

Est

á di

vidi

do e

m 4

vol

umes

que

int

egra

m a

C

oleç

ão S

AE

RS

/200

9:

1.B

olet

im d

o P

rogr

ama

de A

vali

ação

– A

pres

enta

a a

bran

gênc

ia,

as M

atri

zes

de R

efer

ênci

a da

s di

scip

lina

s de

L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica

com

os

devi

dos

desc

rito

res

e it

ens,

a c

ompo

siçã

o do

s te

stes

e a

met

odol

ogia

de

anál

ise.

2.

Bol

etim

de

Res

ulta

dos

Ger

ais

- I

nfor

maç

ões

da p

arti

cipa

ção

na a

vali

ação

e o

s re

sult

ados

de

prof

iciê

ncia

par

a to

da a

s sé

ries

/ano

s e

disc

ipli

nas

aval

iada

s po

r E

stad

o, C

RE

, Mun

icíp

io e

Esc

olas

.3.

Bol

etim

de

Res

ulta

dos

da E

scol

a- I

nfor

ma

a ca

da e

scol

a os

res

ulta

dos

de p

rofi

ciên

cia

e su

a in

terp

reta

ção

qual

itat

iva,

com

o ta

mbé

m o

s P

adrõ

es d

e D

esem

penh

o e

a A

náli

se P

edag

ógic

a do

s it

ens

do te

ste.

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184

4.B

olet

im C

onte

xtua

l- I

nfor

ma

os f

ator

es i

ntra

e e

xtra

esco

lare

s qu

e in

terf

erem

nos

res

ulta

dos,

o Í

ndic

e de

E

ficá

cia

da E

scol

a, f

ator

que

per

mit

e co

mpr

eend

er o

res

ulta

do d

o de

sem

penh

o es

cola

r, c

ontr

olad

o o

níve

l so

cioe

conô

mic

o do

s es

tuda

ntes

, e o

s re

sult

ados

con

text

uais

de

cada

uni

dade

esc

olar

.R

elat

a qu

e o

Gov

erno

do

Est

ado

lanç

ou e

200

8 os

Pro

gram

as E

stru

tura

ntes

que

são

pro

jeto

s m

ulti

sset

orai

s qu

e co

ntem

plam

div

ersa

s aç

ões

fund

amen

tais

ao

cres

cim

ento

do

Est

ado

e à

mel

hori

a da

qua

lida

de d

e vi

da d

os

gaúc

hos.

E o

SA

ER

S f

az p

arte

de

um d

os c

onju

ntos

de

proj

etos

que

com

põem

o P

rogr

ama

Est

rutu

rant

e B

oa

Esc

ola

Par

a T

odos

. O

s re

sult

ados

que

che

gam

as

esco

las

estã

o ap

rese

ntad

os d

entr

o do

s P

adrõ

es d

e D

esem

penh

o de

fini

dos

para

o u

so

peda

gógi

co d

a av

alia

ção,

per

mit

indo

a c

ompa

raçã

o an

o a

ano.

O

SA

ER

S b

usca

ofe

rece

r as

CR

Es,

pre

feit

uras

, esc

olas

e a

os a

luno

s um

dia

gnós

tico

do

dese

mpe

nho

das

rede

s de

en

sino

. 19

96 –

Pro

jeto

-R

otei

ro

Pre

via

a co

nsti

tuiç

ão d

a eq

uipe

exe

cuti

va e

de

cons

ulto

res,

mon

tage

m d

os i

nstr

umen

tos,

tes

te d

e ca

mpo

e a

náli

se

dos

resu

ltad

os.

1996

–M

anua

l Fo

ram

con

stit

uída

s eq

uipe

s de

esp

ecia

list

as n

as d

uas

disc

ipli

nas

aval

iada

s, c

om a

sses

sora

men

to d

e té

cnic

os d

a D

ivis

ão d

e P

esqu

isa.

O

s te

ste,

em

for

ma

de c

ader

no, c

ompu

nha-

se d

e 30

que

stõe

s ob

jeti

vas

com

5 a

lter

nati

vas

de r

espo

stas

, exc

eto

os

da 2

ª sé

rie

com

20

ques

tões

com

3 a

lter

nati

vas.

Alé

m d

o ca

dern

o de

tes

te c

ada

alun

o re

cebe

u um

a fo

lha

de

resp

osta

. 19

96–

Rel

atór

io

das

2 fa

ses.

Ela

bora

dos

a pa

rtir

de

uma

equi

pe e

spec

ífic

a co

m l

onga

exp

eriê

ncia

nes

te t

ipo

de t

raba

lho.

Seg

uind

o al

guns

pa

ssos

im

port

ante

s: 1

.Lev

anta

men

to d

os

cont

eúdo

s de

senv

olvi

dos

nas

esco

las;

2.S

eleç

ão e

con

trat

ação

de

prof

esso

res

espe

cial

ista

s pa

ra e

labo

raçã

o do

s pr

ogra

mas

de

cada

sér

ie n

as d

isci

plin

as d

e P

ortu

guês

e M

atem

átic

a;

3. O

rien

taçã

o ao

s el

abor

ador

es d

o pr

ogra

ma

quan

to a

os p

roce

dim

ento

s e

obje

tivo

s da

ava

liaç

ão,

supe

rvis

ão e

ac

ompa

nham

ento

do

trab

alho

. E q

uant

o as

com

petê

ncia

s e

habi

lida

des

dese

nvol

vida

s pe

las

disc

ipli

nas,

bem

com

o em

rel

ação

a s

iste

mát

ica

dos

test

es e

met

odol

ogia

par

a ab

orda

gem

de

cont

eúdo

s e

elab

oraç

ão d

as q

uest

ões;

4.

Aná

lise

téc

nico

-lin

guís

tica

das

que

stõe

s do

s te

stes

; 5.

Dis

cuss

ão c

om o

s el

abor

ador

es d

os t

este

s da

s qu

estõ

es q

ue

apre

sent

aram

pro

blem

as;

6. S

eleç

ão e

con

trat

ação

de

prof

esso

res

espe

cial

ista

s pa

ra v

alid

ação

do

cont

eúdo

e

fixa

ção

do g

abar

ito

dos

test

es,

orie

ntaç

ão,

supe

rvis

ão e

aco

mpa

nham

ento

dos

tra

balh

os;

7. A

sses

sora

men

to a

os

elab

orad

ores

e v

alid

ador

es d

os t

este

s; 8

. A

com

panh

amen

to e

sup

ervi

são

do p

roce

sso

de d

igit

ação

e r

evis

ão a

pós

cada

et

apa;

9.

Rev

isão

fi

nal

dos

orig

inai

s do

s te

ses.

10.A

com

panh

amen

to

e su

perv

isão

ju

nto

a gr

áfic

a,

empa

cota

men

to e

dis

trib

uiçã

o as

DE

s.

Ela

bora

ção

e E

stru

tu

ra

das

prov

as �

1996

P

rova

s es

crit

as c

om q

uest

ões

de c

arát

er t

eóri

co,

dest

inad

as a

ava

liaç

ão d

a re

de p

úbli

ca e

stad

ual.

A D

ivis

ão d

e

��

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185

Inst

ruçõ

es

quan

to

a el

abor

ação

da

s pr

ovas

.

Pes

quis

a e

Ava

liaç

ão I

nsti

tuci

onal

for

nece

rá, a

o el

abor

ador

, o m

ater

ial b

ásic

o à

conf

ecçã

o da

s pr

ovas

, con

sist

indo

em

”M

AP

EA

ME

NT

O D

A P

RO

VA

”, c

om i

ndic

ação

do

núm

ero

de q

uest

ões,

dis

trib

uída

s da

seg

uint

e fo

rma:

06

fáce

is,

21 m

édia

s e

03 d

ifíc

eis,

“FO

LH

AS

DE

QU

ES

O D

E P

RO

VA

S”

E “

PR

OG

RA

MA

S”.

As

inst

ruçõ

es

refe

riam

-se

a ap

rese

ntaç

ão d

a pr

ova,

qua

nto

as q

uest

ões,

qua

nto

a en

treg

a da

s pr

ovas

. O

doc

umen

to d

esta

ca d

uas

obse

rvaç

ões:

“1

. A p

arti

r do

mom

ento

da

entr

ega

da p

rova

a e

sta

Div

isão

e a

té a

dat

a de

sua

apl

icaç

ão, c

aber

á a

amba

s as

pat

ês

cont

rata

ntes

a r

espo

nsab

ilid

ade

de m

ante

r o

sigi

lo d

as m

esm

as;

2.D

uran

te a

apl

icaç

ão d

as p

rova

s, o

s pr

ofes

sore

s el

abor

ador

e v

alid

ador

dev

erão

se

man

ter

a di

spos

ição

da

DIV

ISÃ

O p

ara

cont

ra-a

rgum

enta

r po

ssív

eis

recu

rsos

im

petr

ados

par

a an

ulaç

ão d

e qu

estõ

es,

uma

vez

que

o co

nteú

do d

a pr

ova

é re

spon

sabi

lida

de d

o el

abor

ador

e d

o va

lida

dor”

. 20

05 P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S/

2005

.

Obj

etiv

a de

Lei

tura

e M

atem

átic

a, c

om q

uest

ões

de m

últi

pla

esco

lha

com

4 a

lter

nati

vas

para

2 a

sér

ie/3

º an

o co

mpo

sta

por

4 bl

ocos

de

7 it

ens

cada

um

sen

do 2

blo

cos

de L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a e

com

4 q

uest

ões

subj

etiv

as. P

ara

os a

luno

s de

5ª s

érie

/6º

ano

a pr

ova

será

obj

etiv

a co

m q

uest

ões

de m

últi

pla

esco

lha

com

post

a po

r 4

bloc

os d

e 10

iten

s ca

da u

m, s

endo

2 b

loco

s de

Lei

tura

e 2

de

Mat

emát

ica

P

ara

as p

rova

s le

vara

m e

m c

onsi

dera

ção

s: D

CN

s e

PC

Ns

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l; M

atri

zes

de R

efer

ênci

a do

S

AE

B;

os t

exto

s do

s li

vros

did

átic

os m

ais

soli

cita

dos

pelo

s pr

ofes

sore

s da

red

e pú

blic

a es

tadu

al e

mun

icip

al d

o R

S n

os P

NL

Ds/

2004

e 2

005;

tex

tos

sele

cion

ados

a p

arti

r do

s ti

pos

de g

êner

os e

spec

ific

ados

nas

Mat

rize

s de

R

efer

ênci

a do

SA

EB

; in

clus

ão d

e it

ens

que

viab

iliz

em a

com

para

ção

dos

resu

ltad

os d

a 5ª

sér

ie/6

º an

o co

m o

S

AE

B; c

lass

ific

ação

dos

iten

s qu

anto

ao

grau

de

difi

culd

ade-

fác

il, m

édio

-dif

ícil

; uti

lizaç

ão d

e di

fere

ntes

rec

urso

s gr

áfic

os.

2006

R

elat

ório

T

èc. P

ed.

Os

alun

os d

e 2ª

e 5

ª sé

rie

resp

onde

ram

as

prov

as e

os

de

5ª s

érie

res

pond

eram

ain

da u

m q

uest

ioná

rio

soci

oeco

nôm

ico

cult

ural

. N

as d

uas

séri

es a

s pr

ovas

de

Lei

tura

e M

atem

átic

a er

am c

ompo

stas

por

que

stõe

s de

m

últi

pla

esco

lha

com

qua

tro

alte

rnat

ivas

e t

ambé

m a

um

a re

daçã

o. S

egun

do o

rel

atór

io f

oi p

rest

ada

aten

ção

aos

aspe

ctos

mul

ticu

ltur

ais

do R

S p

ara

que

regi

onal

idad

e fo

sse

cont

empl

ada

na s

eleç

ão d

os te

xtos

da

prov

a. P

ara

a 2ª

rie

a pr

ova

foi

com

post

a po

r 4

bloc

os d

e 7

ques

tão

cada

um

, se

ndo

2 de

Lei

tura

e 2

de

Mat

emát

ica

e po

r 5

ques

tões

int

rodu

tóri

as

para

ide

ntif

icar

o n

ível

de

alfa

beti

zaçã

o da

cri

ança

. O

s al

unos

que

não

con

segu

iam

re

spon

der

a el

as e

ram

ins

truí

dos

a de

senh

arem

e o

apl

icad

or f

azia

um

a re

ssal

va n

a ca

pa d

a pr

ova

colo

cand

o “n

ão

alfa

beti

zado

”. C

ada

alun

o re

spon

deu

a 28

ite

ns.

Par

a a

5ª s

érie

a p

rova

era

com

post

a de

4 b

loco

s de

10

iten

s,

send

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a. C

ada

alun

os r

espo

ndeu

a 4

0 qu

estõ

es.

Nes

ta p

rova

, e

m c

ada

disc

ipli

na,f

oi i

nclu

ído

um b

loco

de

iten

s de

séri

es c

alib

rado

s na

s es

cala

s de

des

empe

nho

do S

AE

B d

e m

odo

a se

r es

tabe

leci

do u

m p

adrã

o de

ref

erên

cia

para

aná

lise

com

para

tiva

dos

alu

nos

de 5

ª se

rei

do S

AE

RS

com

os � �

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186

bras

ilei

ros.

Na

2ª s

érie

as

resp

osta

s do

s al

unos

foi

no

próp

rio

cade

rno

já n

a 5ª

sér

ie a

fol

ha d

e re

spos

ta f

oi

colo

cada

no

fina

l. A

s re

daçõ

es f

oram

cor

rigi

das

por

Ban

cas

de p

rofe

ssor

es d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a na

sed

e da

Fu

ndaç

ão C

esgr

anri

o. F

oi c

onsi

dera

do t

ambé

m,

na e

labo

raçã

o do

s it

ens,

o g

rau

de d

ific

ulda

des

de c

ada

um e

m

fáci

l, m

édio

e d

ifíc

il.

O q

uest

ioná

rio

dos

alun

os d

e 5ª

sér

ie t

inha

por

obj

etiv

o co

leta

r in

form

açõe

s so

bre

o co

ntex

to s

ocio

econ

ômic

o e

cult

ural

com

o ai

nda

a tr

ajet

ória

de

esco

lari

zaçã

o. O

rel

atór

io e

sboç

a um

qua

dro

fina

l on

de e

stá

o to

tal

de a

luno

s re

spon

dent

es d

a 5ª

sér

ie,

a m

édia

de

prof

iciê

ncia

s em

cad

a di

scip

lina

e a

méd

ia d

o ní

vel s

ocio

econ

ômic

o, p

or m

unic

ípio

s qu

e pa

rtic

ipar

am d

o S

AE

RS

/200

5 e

na 2

5ª e

32ª

CR

E s

. 20

07D

ecre

to

45.

300/

200

7

As

prov

as d

e 20

07 a

vali

arão

hab

ilid

ades

e c

ompe

tênc

ias

cogn

itiv

as e

m L

íngu

a P

ortu

gues

a (l

eitu

ra, i

nter

pret

ação

e

prod

ução

de

text

o) e

Mat

emát

ica

(res

oluç

ão d

e pr

oble

mas

).

2007

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 200

7.

Qua

nto

a es

trut

ura

das

prov

as-

Obj

etiv

a de

Lei

tura

e M

atem

átic

a, c

om q

uest

ões

de m

últi

pla

esco

lha

com

4

alte

rnat

ivas

par

a 2

a sé

rie/

3º a

no c

ompo

sta

por

4 bl

ocos

de

7 it

ens

cada

um

sen

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a e

com

dit

ado

de p

eque

no.

Par

a os

alu

nos

de 5

ª sé

rie/

6º a

no a

pro

va s

erá

obje

tiva

com

que

stõe

s de

m

últi

pla

esco

lha

com

post

a po

r 4

bloc

os d

e 10

ite

ns c

ada

um,

send

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a A

di

fere

nça

para

o 1

º an

o do

Ens

ino

Méd

io e

stá

na c

ompo

siçã

o do

s bl

ocos

que

ser

á de

4 b

loco

s de

13

iten

s ca

da u

m,

send

o 2

de L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a.

Par

a as

pro

vas

leva

ram

em

con

side

raçã

o os

: D

CN

s e

PC

Ns

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

méd

io;

Mat

rize

s de

R

efer

ênci

a do

SA

EB

; os

tex

tos

dos

livr

os d

idát

icos

mai

s so

lici

tado

s pe

los

prof

esso

res

da r

ede

públ

ica

esta

dual

e

mun

icip

al d

o R

S n

os P

NL

Ds/

2006

e 2

007;

tex

tos

sele

cion

ados

a p

arti

r do

s ti

pos

de g

êner

os e

spec

ific

ados

nas

M

atri

zes

de R

efer

ênci

a do

SA

EB

; in

clus

ão d

e it

ens

que

viab

iliz

em a

com

para

ção

dos

resu

ltad

os d

a 5ª

sér

ie/6

º an

o e

do 1

º an

o do

ens

ino

méd

io c

om

o S

AE

B;

clas

sifi

caçã

o do

s it

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quan

to a

o gr

au d

e di

ficu

ldad

e- f

ácil

, m

édio

-dif

ícil

; ut

iliz

ação

de

dife

rent

es

recu

rsos

grá

fico

s.

2007

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2007

A m

onta

gem

dos

tes

tes

segu

iu o

mod

elo

cham

ado

Blo

cos

Inco

mpl

etos

Bal

ance

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– B

IB,

onde

os

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s sã

o or

gani

zado

s em

blo

cos

que

com

põe

dife

rent

es c

ader

nos

de m

anei

ra a

con

tem

plar

as

habi

lida

des

bási

cas

para

cad

a ní

vel

de e

scol

arid

ade

aval

iado

. E

stes

ite

ns f

oram

pré

-tes

tado

s. F

oram

uti

liza

dos

49 i

tens

de

líng

ua P

ortu

gues

a e

49 i

tens

de

Mat

emát

ica.

Est

es i

tens

for

am d

ispo

stos

em

7 b

loco

s co

m 7

ite

ns c

ada

para

cad

a di

scip

lina

e, a

trav

és

do B

IB, f

oram

ger

ados

21

mod

elos

dif

eren

tes

de c

ader

nos.

Cad

a ca

dern

o é

com

post

o po

r 4

bloc

os d

e it

ens,

sen

do

os c

ader

nos

pare

s in

icia

dos

com

2 b

loco

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

( 14

que

stõe

s) s

egui

dos

de 2

blo

cos

de

Mat

emát

ica

( 14

que

stõe

s) e

os

cade

rnos

ím

pare

s na

ord

em i

nver

sa,

o qu

e pe

rfaz

um

tot

al d

e 28

que

stõe

s pa

ra

cada

alu

no r

espo

nder

. Com

o o

bjet

ivo

de g

erar

um

a es

cala

de

habi

lida

de ú

nica

e c

ompa

ráve

l com

a e

scal

a ge

rada

��

Page 189: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

187

em 2

005,

for

am d

efin

idos

cer

ca d

e 20

% d

e it

ens

com

uns

entr

e a

aval

iaçã

o de

200

5 e

a 20

07.

Isto

gar

ante

a

com

para

bili

dade

dos

res

ulta

dos.

Par

a a

2ª s

érie

/3º

ano

além

do

test

e os

alu

nos

real

izar

am u

m d

itad

o co

mpo

sto

por

um d

iálo

go c

om 3

fra

ses.

20

08P

roje

to

Bás

ico

do S

AE

RS

/200

8

Qua

nto

a es

trut

ura

das

prov

as -

Obj

etiv

a de

Lei

tura

e M

atem

átic

a, c

om q

uest

ões

de m

últi

pla

esco

lha

com

4

alte

rnat

ivas

par

a 2

a sé

rie/

3º a

no c

ompo

sta

por

4 bl

ocos

de

7 it

ens

cada

um

sen

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a e

com

dit

ado

de p

eque

no.

Par

a os

alu

nos

de 5

ª sé

rie/

6º a

no a

pro

va s

erá

obje

tiva

com

que

stõe

s de

m

últi

pla

esco

lha

com

post

a po

r 4

bloc

os d

e 10

ite

ns c

ada

um,

send

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a A

di

fere

nça

para

o 1

º an

o do

Ens

ino

Méd

io e

stá

na c

ompo

siçã

o do

s bl

ocos

que

ser

á de

4 b

loco

s de

13

iten

s ca

da u

m,

send

o 2

de L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a.

Par

a as

pro

vas

leva

ram

em

con

side

raçã

o os

: D

CN

s e

PC

Ns

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

méd

io;

Mat

rize

s de

R

efer

ênci

a do

SA

EB

; os

tex

tos

dos

livr

os d

idát

icos

mai

s so

lici

tado

s pe

los

prof

esso

res

da r

ede

públ

ica

esta

dual

e

mun

icip

al d

o R

S n

os P

NL

Ds

/200

6, 2

007

e 20

08;

text

os s

elec

iona

dos

a pa

rtir

dos

tip

os d

e gê

nero

s es

peci

fica

dos

nas

Mat

rize

s de

Ref

erên

cia

do S

AE

B/2

008;

inc

lusã

o de

ite

ns q

ue v

iabi

lize

m a

com

para

ção

dos

resu

ltad

os d

a 5ª

rie/

6º a

no e

do

1º a

no d

o en

sino

méd

io c

om o

SA

EB

; cl

assi

fica

ção

dos

iten

s qu

anto

ao

grau

de

difi

culd

ade-

cil,

méd

io-d

ifíc

il; u

tili

zaçã

o de

dif

eren

tes

recu

rsos

grá

fico

s.

2008

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2008

Os

test

es f

oram

mon

tado

s se

gund

o o

BIB

. P

ara

2ª s

érie

/3º

ano

do e

nsin

o fu

ndam

enta

l fo

i ut

iliz

ado

49 i

tens

de

líng

ua P

ortu

gues

a e

49 i

tens

de

Mat

emát

ica.

Est

es i

tens

for

am d

ispo

stos

em

7 b

loco

s co

m 7

ite

ns c

ada

para

cad

a di

scip

lina

. C

ada

cade

rno

é c

ompo

sto

por

4 bl

ocos

de

iten

s, s

endo

2 d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a e

2 de

Mat

emát

ica,

to

tali

zand

o 28

iten

s e

um d

itad

o de

um

text

o si

mpl

es p

ara

cada

alu

no r

espo

nder

. Já

par

a a

5ª s

érie

/6º

ao f

oi u

tili

zado

77

iten

s de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e 77

ite

ns d

e M

atem

átic

a di

spos

tos

em 7

bl

ocos

de

11 i

tens

. Cad

a ca

dern

o de

tes

te é

com

post

o po

r 2

bloc

os d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a (2

2 it

ens)

e 2

blo

cos

de

Mat

emát

ica

(22

iten

s) to

tali

zand

o 44

iten

s pa

ra c

ada

alun

o.

E p

ara

o 1º

ano

do

ensi

no m

édio

for

am s

elec

iona

dos

91 i

tens

de

Lín

gua

Por

tugu

esa

e 91

ite

ns d

e M

atem

átic

a di

spos

tos

e 7

bloc

os c

om 1

3 it

ens.

Cad

a ca

dern

o de

tes

te é

com

post

o po

r 2

bloc

os d

e L

íngu

a P

ortu

gues

a (

26

iten

s) e

2 b

loco

s de

Mat

emát

ica

( 26

iten

s) ,

perf

azen

do u

m to

tal d

e 52

iten

s pa

ra c

ada

alun

o. 2

009

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

200

9

Qua

nto

a es

trut

ura

das

prov

as -

Obj

etiv

a de

Lei

tura

e M

atem

átic

a, c

om q

uest

ões

de m

últi

pla

esco

lha

com

4

alte

rnat

ivas

par

a 2

a sé

rie/

3º a

no c

ompo

sta

por

4 bl

ocos

de

7 it

ens

cada

um

con

tend

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a e

com

dit

ado

de p

eque

no.

Par

a os

alu

nos

de 5

ª sé

rie/

6º a

no a

pro

va s

erá

obje

tiva

com

que

stõe

s de

m

últi

pla

esco

lha

com

post

a po

r 4

bloc

os d

e 10

ite

ns c

ada

um,

send

o 2

bloc

os d

e L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a A

di

fere

nça

para

o 1

º an

o do

Ens

ino

Méd

io e

stá

na c

ompo

siçã

o do

s bl

ocos

que

ser

á de

4 b

loco

s de

13

iten

s ca

da u

m,

send

o 2

de L

eitu

ra e

2 d

e M

atem

átic

a.

��

Page 190: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

188

Par

a as

pro

vas

leva

ram

em

con

side

raçã

o os

: D

CN

s e

PC

Ns

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l e

méd

io;

Mat

rize

s de

R

efer

ênci

a do

SA

EB

; os

tex

tos

dos

livr

os d

idát

icos

mai

s so

lici

tado

s pe

los

prof

esso

res

da r

ede

públ

ica

esta

dual

e

mun

icip

al d

o R

S n

os P

NL

Ds

2006

, 20

07,2

008

e 20

09;

text

os s

elec

iona

dos

a pa

rtir

dos

tip

os d

e gê

nero

s es

peci

fica

dos

nas

Mat

rize

s de

Ref

erên

cia

do S

AE

B/2

009;

inc

lusã

o de

ite

ns q

ue v

iabi

lize

m a

com

para

ção

dos

resu

ltad

os d

a 5ª

sér

ie/6

º an

o e

do 1

º an

o do

ens

ino

méd

io c

om o

SA

EB

; cl

assi

fica

ção

dos

iten

s qu

anto

ao

grau

de

difi

culd

ade-

fác

il –

méd

io -

dif

ícil

; uti

lizaç

ão d

e di

fere

ntes

rec

urso

s gr

áfic

os; R

efer

enci

al C

urri

cula

r do

Est

ado

do

RS

e o

s de

scri

tore

s de

cad

a sé

rie/

ano

aval

iado

s pe

lo S

AE

RS

, es

peci

fica

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Mat

rize

s de

Ref

erên

cia

para

a

Ava

liaç

ão e

m L

íngu

a P

ortu

gues

a e

Mat

emát

ica.

20

09B

olet

im

Ped

ag.

2009

Idem

Bol

etim

Ped

agóg

ico

2008

. E

ssa

conf

igur

ação

per

mit

e qu

e to

dos

os d

escr

itor

es d

a M

atri

z de

Ref

erên

cia

seja

m a

vali

ados

.

1996

–R

otei

ro

Pre

via

a m

onta

gem

da

equi

pe d

e pr

oces

sam

ento

e a

náli

se, d

igit

ação

, edi

ção

e an

ális

e do

s re

lató

rios

; id

enti

fica

ção

de in

cidê

ncia

s, in

cidê

ncia

s nã

o-m

odai

s ou

de

exce

ção,

hip

ótes

es q

uant

o ao

s re

sult

ados

obt

idos

e c

oncl

usõe

s;

1996

Man

ual

Ser

iam

fei

tos

rela

tóri

os a

par

tir

dos

dado

s da

s fo

lhas

de

resp

osta

s e

enca

min

hado

s, p

oste

rior

men

te,

as D

Es

com

de

vida

s or

ient

açõe

s so

bre

a an

ális

e do

s re

sult

ados

. 20

05P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S/

2005

.

O p

roje

to p

revê

que

a c

ontr

atad

a se

ja r

espo

nsáv

el p

ela

anál

ise

dos

resu

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os e

for

neci

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to d

os b

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ins

de

dese

mpe

nho

e re

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rios

da

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iaçã

o, e

m m

eio

mag

néti

co (

CD

-Rom

) e

uma

cópi

a im

pres

sa d

e ca

da u

m d

eles

à

SE

E/R

S e

Sec

reta

rias

Mun

icip

ais

de E

duca

ção

que

part

icip

aram

do

proc

esso

. O

s bo

leti

ns d

os a

luno

s de

verã

o co

nter

: o

perc

entu

al d

e ac

erto

s em

cad

a qu

estã

o da

pro

va,

a ha

bili

dade

méd

ia d

os a

luno

s em

cad

a co

mpo

nent

e cu

rric

ular

, os

nív

eis

da e

scal

a de

des

empe

nho,

uti

liza

ndo-

se a

esc

ala

do S

AE

B p

ar a

séri

e/6º

ano

do

EF;

di

stri

buiç

ão d

os a

luno

s pe

los

níve

is d

a es

cala

de

dese

mpe

nho.

O b

olet

im s

erá

emit

ido

por

esco

la, i

nclu

indo

tod

as

as tu

rmas

que

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tici

para

m, p

or M

unic

ípio

e p

or r

ede

de e

nsin

o.

A c

ontr

atad

a de

verá

ela

bora

r os

seg

uint

es r

elat

ório

s: d

o pe

rfil

dos

alu

nos,

dos

pro

fess

ores

, do

s di

reto

res

ou

supe

rvis

ores

, rel

atór

io d

as c

ondi

ções

de

infr

a-es

trut

ura

das

esco

las,

das

var

iáve

is q

ue in

terf

erem

nos

res

ulta

dos

do

dese

mpe

nho

dos

alun

os,

e po

r fi

m,

o re

lató

rio

gera

l do

SA

ER

S/2

005,

com

grá

fico

s e

tabe

las

rela

tivo

s ao

s pr

inci

pais

res

ulta

dos.

Est

e re

lató

rio

fina

l dev

erá

aind

a co

nter

: car

acte

ríst

icas

ger

ais

da a

vali

ação

, apr

esen

taçã

o do

s da

dos

e pa

rtic

ipaç

ão d

o pr

oces

so,

anál

ise

dos

resu

ltad

os d

o de

sem

penh

o em

cad

a di

scip

lina

, sé

rie,

esc

ola

e re

de

de e

nsin

o, c

oncl

usõe

s fi

nais

e r

ecom

enda

ções

.

Aná

lise

e di

vulg

ação

do

s re

sult

ados

2006

Rel

atór

io

T

éc.

Ped

.

Em

rel

ação

ao

proc

essa

men

to e

aná

lise

de

dado

s a

Fund

ação

Ces

gran

rio

info

rmou

por

mei

o de

ste

rela

tóri

o qu

e su

bsti

tuiu

sua

tecn

olog

ia d

e le

itur

a ót

ica

de d

ados

por

dig

itaç

ão d

as f

olha

s de

res

post

as d

os a

luno

s. U

ma

folh

a de

re

spos

ta m

ais

sim

ples

que

apó

s su

a di

gita

ção

recu

pera

qua

lque

r m

arca

ção

feit

a pe

lo a

luno

foi

uti

liza

da p

ela

Page 191: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

189

prim

eira

vez

na

fund

ação

par

a a

aval

iaçã

o do

da

AN

RE

SC

e n

o S

AE

RS

200

5.

2007

Dec

reto

n.

45

.300

/200

7

Os

resu

ltad

os s

erão

ana

lisa

dos

com

bas

e na

TR

I ap

rese

ntad

as n

a es

cala

de

prof

iciê

ncia

do

SA

EB

e d

ivul

gado

s po

r tu

rma,

esc

ola,

CR

Es

e co

njun

to d

a re

de e

stad

ual.

2007

Bol

etim

P

edag

ógic

o/

2007

As

resp

osta

s do

s te

stes

são

env

idas

ao

CA

Ed.

As

info

rmaç

ões

são

orga

niza

das

e an

alis

adas

por

mei

o de

um

a m

etod

olog

ia d

e fo

rma

a ge

rar

uma

med

ida

deno

min

ada

Pro

fici

ênci

a P

ara

isto

é u

sada

a T

RI.

A T

RI

leva

em

con

ta

3 pa

râm

etro

s: 1

. G

rau

de d

ific

ulda

de;

2. C

apac

idad

e de

dis

crim

inar

gru

pos

de e

stud

ante

s qu

e ac

erta

ram

ou

não

dete

rmin

ado

item

; 3.

P

ossi

bili

dade

do

acer

to a

o ac

aso.

A

ssim

, a

TR

I as

soci

ada

a ou

tros

ele

men

tos

esta

tíst

icos

pe

rmit

e es

tim

ar a

s pr

ofic

iênc

ias

em n

ível

de

Est

ado,

Reg

ião,

Esc

ola

e, t

ambé

m m

onit

orar

o p

rogr

esso

s de

um

si

stem

a ed

ucac

iona

l. U

ma

das

vant

agem

im

port

ante

s da

TR

I é

poss

ibil

itar

a c

onst

ruçã

o de

um

a es

cala

de

habi

lida

des

por

mei

o de

nív

eis

pré-

fixa

dos.

20

08B

olet

im

Ped

agóg

ico/

20

08

Os

resu

ltad

os d

a ap

lica

ção

dos

test

es f

azem

par

te d

e um

con

junt

o de

inf

orm

açõe

s or

gani

zada

s em

um

a ba

se d

e da

dos,

ide

ntif

icad

as p

or C

RE

s, M

unic

ípio

, es

cola

, sé

rie,

tur

no,

turm

a e

por

alun

o. A

pós

a m

onta

gem

da

base

de

dado

s é

feit

o o

trat

amen

to e

stat

ísti

co d

as r

espo

stas

com

bas

e na

TR

I. É

um

a m

odel

agem

que

pos

sibi

lita

ger

ar p

ara

cada

alu

no u

ma

med

ida

de s

ua h

abil

idad

e de

nom

inad

a pr

ofic

iênc

ia. U

m d

os r

esul

tado

s m

ais

impo

rtan

tes

da T

RI

é a

cons

truç

ão e

inte

rpre

taçã

o de

esc

ala

de h

abil

idad

es e

m n

ívei

s pr

é-fi

xado

s.20

09B

olet

im

Ped

agóg

ico/

20

09

O f

oco

não

é ex

clus

ivam

ente

o d

esem

penh

o in

divi

dual

do

alun

o, m

as t

ambé

m a

s ha

bili

dade

s de

scri

tas

na M

atri

z de

R

efer

ênci

a.

Os

resu

ltad

os

serã

o an

alis

ados

co

m

base

na

T

RI,

qu

e pr

oduz

em

info

rmaç

ões

sobr

e as

ca

ract

erís

tica

s do

s it

ens.

Est

as c

arac

terí

stic

as s

ão d

enom

inad

as d

e pa

râm

etro

s:

1. G

rau

de d

ific

ulda

de;

2. C

apac

idad

e de

dis

crim

inar

gru

pos

de e

stud

ante

s qu

e ac

erta

ram

ou

não

dete

rmin

ado

item

; 3.

Pos

sibi

lida

de d

o ac

erto

ao

acas

o.

Uso

do

s re

sult

a do

s

1997

-

Aná

lise

e

anún

cio

do

Pro

gram

a de

Q

uali

f.

de

Doc

ente

s.

De

poss

e de

stes

res

ulta

dos

o G

over

no e

star

ia l

ança

ndo

o P

rogr

ama

de Q

uali

fica

ção

de D

ocen

tes,

env

olve

ndo

apro

xim

adam

ente

14

m

il

prof

esso

res

das

disc

ipli

nas

e sé

ries

av

alia

das

perf

azen

do

um

tota

l de

20

%

do

Mag

isté

rio.

O

pro

cess

o se

ria

dese

nvol

vido

em

2 n

ívei

s: u

m d

e S

ensi

bili

zaçã

o e

Mob

iliz

ação

e o

utro

de

Edu

caçã

o C

onti

nuad

a co

m ê

nfas

e na

div

ersi

dade

e d

esce

ntra

liza

ção.

A

lem

des

tes

prog

ram

as e

xecu

tado

s pe

la S

E e

Des

, as

esco

las

pode

riam

des

envo

lver

seu

s pr

ópri

os p

rogr

amas

par

a se

us p

rofe

ssor

es.

O d

ocum

ento

rel

ata

que

a S

E e

star

ia c

oord

enan

do d

iscu

ssõe

s qu

e le

varã

o a

um P

adrã

o R

efer

enci

al d

e C

urrí

culo

, qu

e si

gnif

ica

o bá

sico

de

conh

ecim

ento

par

a o

ensi

no f

unda

men

tal

e m

édio

do

RS

. A

pres

enta

par

a 19

97:

uma

��

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190

nova

met

odol

ogia

, ap

oio

técn

ico

da U

nesc

o, u

tili

zaçã

o do

s m

esm

os c

rité

rios

do

ME

C,

perm

itin

do c

ompa

raçõ

es.

“Apó

s an

ális

e pr

elim

inar

fei

ta p

ela

SE

, pr

ofes

sore

s un

iver

sitá

rios

e c

onsu

ltor

es d

a U

nesc

o es

tão

real

izan

do a

an

ális

e qu

anti

tati

va d

os r

esul

tado

s”.

Cad

a es

cola

rec

eber

á se

us r

esul

tado

s. A

SE

ter

á os

res

ulta

dos

atin

gido

s em

ca

da q

uest

ão, a

idad

e do

s al

unos

e o

nív

el d

e ac

erto

e a

ava

liaç

ão p

or ti

po d

e cu

rso

do 2

º gr

au

1998

-

docu

men

to

prel

imin

ar

dos

resu

ltad

os

de

96/9

7.

A a

náli

se d

os r

esul

tado

s do

des

empe

nho

dos

alun

os t

anto

do

ensi

no f

unda

men

tal,

quan

to d

o m

édio

e

a si

tuaç

ão

sóci

o-ec

onôm

ica

e cu

ltur

al s

ervi

rão

de b

ase

para

o c

ompr

omis

so d

a S

ecre

tari

a de

Est

adua

l de

Edu

caçã

o do

RS

co

m r

elaç

ão a

efi

cáci

a da

edu

caçã

o.

Pon

tua

que

os d

ados

col

etad

os a

liad

os a

o al

to n

ível

de

repr

ovaç

ão e

re

petê

ncia

ind

icam

um

con

side

ráve

l gr

au d

e di

ficu

ldad

e do

alu

nado

no

que

tang

e ao

s co

nteú

dos

aval

iado

s. B

em

com

o as

car

acte

ríst

icas

ele

ncad

as d

os d

iret

ores

e p

rofe

ssor

es r

epre

sent

ante

s do

Con

selh

o E

scol

ar.

2005

Pro

jeto

B

ásic

o S

AE

RS

/ 20

05.

Os

resu

ltad

os d

o S

AE

RS

dev

erão

per

mit

ir q

ue a

s S

E r

eori

ente

m s

uas

área

s de

atu

ação

, es

peci

alm

ente

qua

nto

a fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a do

s pr

ofes

sore

s, e

no

caso

das

sec

reta

rias

, no

exer

cíci

o da

fun

ção

rede

stri

buti

va e

m r

elaç

ão

a al

ocaç

ão d

e re

curs

os h

uman

os e

/ou

mat

eria

is.

Bem

com

o, a

mpl

iar

a co

mpe

tênc

ia d

o pr

ofes

sor

na á

rea

de

aval

iaçã

o e

na b

usca

de

alte

rnat

ivas

did

átic

as m

ais

adeq

uada

s ao

pro

cess

o de

ens

ino

e ap

rend

izag

em.

2007

Dec

reto

n.

45

.300

/ 07

Os

resu

ltad

os s

erão

con

side

rado

s pa

ra:

impl

emen

taçã

o na

for

maç

ão c

onti

nuad

a de

pro

fess

ores

com

bas

e na

s di

ficu

ldad

es d

os a

luno

s; d

ivul

gaçã

o da

s pr

átic

as d

esen

volv

idas

pel

as e

scol

as c

om o

s m

elho

res

resu

ltad

os;

iden

tifi

caçã

o da

s es

cola

s co

m r

esul

tado

s in

sufi

cien

tes

para

apo

io d

o po

der

públ

ico.

20

07P

roje

to

Bás

ico

SA

ER

S /2

007

Idem

Pro

jeto

Bás

ico

– S

AE

RS

200

5.

2007

Bol

etim

Ped

ag.

2007

Idem

o D

ecre

to 4

5.30

0/20

07.

2008

Pro

jeto

B

ásic

o do

SA

ER

/200

8.

Dev

erão

per

mit

ir q

ue a

s se

cret

aria

s de

edu

caçã

o e

as e

scol

as r

eori

ente

m s

uas

área

s de

atu

ação

e a

ções

qua

nto

à fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a do

s pr

ofes

sore

s. N

o ca

so d

as s

ecre

tari

as a

o ex

ercí

cio

da f

unçã

o re

dist

ribu

tiva

em

rel

ação

a

suas

esc

olas

qua

nto

à al

ocaç

ão d

e re

curs

os h

uman

os e

/ou

mat

eria

is, s

empr

e na

per

spec

tiva

da

equi

dade

e m

elho

ria

da q

uali

dade

do

ensi

no.

2008

Bol

etim

Ped

ag.

2008

Form

ular

pol

ític

as p

úbli

cas,

est

raté

gias

e a

ções

vis

ando

est

abel

ecer

pad

rões

de

qual

idad

e pa

ra a

edu

caçã

o.

Idem

, ai

nda,

o P

roje

to B

ásic

o 20

05 e

200

7.

200

9 P

roje

to

Bás

ico

Sal

ient

a qu

e os

res

ulta

dos

do S

AE

RS

dev

erão

per

mit

ir a

s se

cret

aria

s de

edu

caçã

o e

as e

scol

as r

eori

enta

rem

sua

s ár

eas

de a

tuaç

ão e

açõ

es, e

spec

ialm

ente

qua

nto

à fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a do

s pr

ofes

sore

s e,

no

caso

das

SE

E/R

S, a

o ��

Page 193: O SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR DO …biblioteca.asav.org.br/vinculos/tede/CarmenMariaKoetz.pdf · 2011. CARMEN MARIA KOETZ ... Quadro 14 - Estruturação das provas

191

SA

ER

S/ 2

009

exer

cíci

o da

fun

ção

redi

stri

buti

va c

om a

s es

cola

s qu

anto

à a

loca

ção

de r

ecur

sos

hum

anos

e/o

u m

atér

ias,

na

pers

pect

iva

da e

quid

ade

e m

elho

ria

da q

uali

dade

do

ensi

no.

2009

Gui

a de

est

udos

Q

uant

o ao

uso

dos

res

ulta

dos

cita

o e

stab

elec

ido

pelo

Dec

reto

45.

300/

2007

no

seu

Art

. 4 p

ara

o S

AE

RS

/200

8.A

pres

enta

um

cap

ítul

o so

bre

com

o tr

abal

har

os r

esul

tado

s do

SA

ER

S,

ince

ntiv

ando

os

gest

ores

a s

erem

um

ar

ticu

lado

r en

tre

os p

rofe

ssor

es e

coo

rden

ador

es p

edag

ógic

os d

e su

a re

spec

tiva

esc

ola,

com

o i

ntui

to d

e re

aliz

ar

um tr

abal

ho d

e di

vulg

ação

, apr

opri

ação

e u

tili

zaçã

o do

s re

sult

ados

do

SA

ER

S.

2009

Bol

etim

Ped

ag.

2009

Sej

am u

tili

zado

s, e

m c

ada

esco

la, p

ara

o pl

anej

amen

to d

as a

ções

dec

orre

ntes

do

Pro

jeto

Ped

agóg

ico.

O

fere

cem

aos

ges

tore

s im

port

ante

s in

form

açõe

s pa

ra a

ela

bora

ção

de p

olít

icas

púb

lica

s e,

às

esco

las,

um

di

agnó

stic

o da

s ha

bili

dade

s de

senv

olvi

das

pelo

s es

tuda

ntes

no

âmbi

to d

as d

isci

plin

as q

ue c

ompõ

em o

qua

dro

curr

icul

ar,

com

o ai

nda

fato

res

intr

a e

extr

acur

ricu

lare

s qu

e in

terf

erem

no

proc

esso

de

dese

nvol

vim

ento

. E

sses

da

dos

auxi

liam

no

plan

ejam

ento

de

inte

rven

ções

ped

agóg

icas

das

rea

is n

eces

sida

des

das

esco

las

e do

s al

unos

.

��