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 O Suicídio 1897 Expõe empiricamente o método e articulação conceitual positivista. Análise da sociedade industrial Nesta obra estão presentes os conceitos: divisão do trabalho social, solidariedade, coesão social, indivíduo e sociedade

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O Suicídio 1897 Expõe empiricamente o 

método e articulação conceitual positivista.

Análise da sociedade industrial

Nesta obra estão presentes os conceitos: divisão do trabalho social, solidariedade, coesão social, indivíduo e sociedade

  

Objetivo central da análise do suicídio:

Período de crescimento na incidência de suicídios, que vinha sendo interpretado como resultante da transição de uma ordem tradicional para a sociedade industrial.

Explicar  sociologicamente  um  evento  individual  que parecia  depender  quase  exclusivamente  de  fatores pessoais, psicológicos, mas que expressava uma forma mas que expressava uma forma de  dissolução  dos  laços  que  unem  os  homens, de  dissolução  dos  laços  que  unem  os  homens, possibilitava entender quais os laços que os levam a se possibilitava entender quais os laços que os levam a se associarem”associarem”. (NUNES, 1998, p.3)

  

●Pesquisou números de mortes registrados na França, Prússia, Inglaterra, Saxônia, Baviera, Dinamarca, entre 1841 a 1872 p.8

  

Hipótese que estrutura a obra:

A divisão do trabalho precisa se expandir e se reforçar para suplantar a ordem moral e religiosa que sustentava a solidariedade das sociedades tradicionais.

Isso porque, em uma sociedade moderna, em franco desenvolvimento quantitativo e qualitativo de indivíduos, insituições como a religião ou a moral tradicional não eram mais capazes de integrar todos os seus membros.

  

Solidariedade Mecânica e Orgânica Solidariedade Mecânica

Sociedades ”primitivas”

Indivíduos semelhantes

Funções semelhantes

Sem divisão do trabalho

Mecanismos de coerção exercidos de forma direta e/ou violenta.

Predomínio do direito repressivo: punição/exemplar

Menos complexas

Solidariedade Orgânica

Sociedades Industriais

Maior diferenciação individual

Funções especializadas

Com divisão do trabalho

Mecanismos de coerção mais formalizados e menos violentos.

Predomínio do direito restitutivo: reparação

Mais complexas

  

Solidariedade Mecânica e Orgânica

  

Desafios:

1) Desvincular tal fenômeno do determinante biológico/ psicológico.

Para tanto: 1.1 Definir os grupos que pretende estudar 

(homens/mulheres; jovens/idosos; casados/solteiros etc.)

1.2 Definir o que é suicídio: entre os diferentes tipos de morte agrupar os que possuem características comuns.

  

Definição de suicídio:  Senso comum ­ ”o fato de serem obra da própria 

vítima, de resultarem de um ato que o paciente é o autor” (DURKHEIM, p.9)

Problemas: nao apenas o que faz, mas o que deixa de fazer (tomar remédios, se alimentar etc.), tem que retirar aspectos orgânicos e psíquicos)

”O suicídio é toda morte que resulta direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo praticado pela própria vítima, ato que a vítima sabia dever produzir este resultado” (p.11/12) 

  

Suicídio como fato social:

Suicídio como ato de renúncia suprema a existência realizado com conhecimento de causa.

Estes  óbitos  constituem  portanto  um  grupo  definido, homogêneo,  discernível  de  outro  qualquer  e  que,  por conseguinte,  dever  ser  designado  por  um  termo específico”(DUKHEIM, ANO, p.11)

Durkheim então propõe que não abordemos o suicídio como casos isolados, mas sim como um fenômeno social, ou seja, levando em consideração a incidência coletiva do suicídio em  determinada  sociedade,  durante  um  determinado período.

  

Suicídio como fato social

“Para  isso,  deixando  de  ladodeixando  de  lado,  por  assim  dizer,  o  o indivíduo  enquanto  indivíduo,  seus  motivos  e indivíduo  enquanto  indivíduo,  seus  motivos  e suas  idéias,  indagaremos  imediatamente suas  idéias,  indagaremos  imediatamente  quais quais são  os  estados  dos  diferentes  meios  sociais são  os  estados  dos  diferentes  meios  sociais (credos  religiosos,  família,  sociedade  política, (credos  religiosos,  família,  sociedade  política, grupos profissionais etc.), em função dos quais grupos profissionais etc.), em função dos quais o suicídio varia.o suicídio varia.” (Durkheim, 1982:112)”.

  

Estruturação do Trabalho

Divide a sua análise em três partes: Causas extra­sociais: loucura, raça, hereditariedade, 

clima, sazonalidade e imitação. Natureza das causas sociais: métodos para abordar 

as causas e tipos sociais de suicídio (anômico, altruísta e egoísta)

Define no que consiste o suicídio e seu papel social como uma tendência coletiva, quais suas relações com os outros fatos sociais e através de que meios é possível agir sobre tal fenômeno.

  

Taxa mortalidade suicídio

”Mede­se  a  intensidade  relativa  dessa  tendência tomando­se  a  relação  entre  o  número  global  por tomando­se  a  relação  entre  o  número  global  por mortes  voluntárias  e  a  população  de  todas  as mortes  voluntárias  e  a  população  de  todas  as idades  e  de  ambos  os  sexos. idades  e  de  ambos  os  sexos.  Designaremos  esse dado numérico por taxa de mortalidade­suicídio peculiar  à  sociedade  considerada.  É  calculada, em  geral,  proporcionalmente  a  um  milhão  ou  a cem mil habitantes” (Durkheim, 1982:19).

  

Suicídio Egoísta

Inicia sua análise observando a influência dos cultos religiosos sobre a taxa de incidência dos suicídios.

Constata que a taxa de mortalidade­suicídio entre protestantes era discrepantemente maior que entre católicos e judeus. (pg 70 e 71 XVIII)

”É na natureza destes sistemas religiosos que encontraremos a (causa) encontraremos”(p164)

Tanto o catolicismo quanto o protestantismo condenam o suicídio com a mesma intensidade. 

  

Catolicismo e Protestantismo

Constata que uma primeira diferença entre os dois é que o protestante admite o livre arbítrio e interpretação enquanto o católico impõe um conjunto de credos e crenças de maneira mais tradicional e portanto uniforme.

Um dos indícios disso é a proliferação de seitas protestantes frente a unidade e hierarquia da Igreja Católica.

Mas porque as igrejas protestantes estão mais calcadas no livre arbítrio?

  

Protestantismo

”Se  o  protestantismo  dá  uma  maior  margem  ao pensamento  individual  do  que  o  catolicismo,  é porque  tem  menos  credos  em  comum.  (…) Quanto  mais  maneiras  de  agir  e  pensar, Quanto  mais  maneiras  de  agir  e  pensar, marcadas  por  um  caráter  religioso  e  não marcadas  por  um  caráter  religioso  e  não submetidas, por consequencia, ao livre arbítrio submetidas, por consequencia, ao livre arbítrio existem,  tanto  mais  também  a  idéia  de  Deus existem,  tanto  mais  também  a  idéia  de  Deus está  presente  em  todos  os  detalhes  da está  presente  em  todos  os  detalhes  da existência e faz convergir para um único fim as existência e faz convergir para um único fim as vontades individuais”vontades individuais”(p167)

  

A igreja Protestante é menos integrada do que a Católica

Judeus: embora sejam intelectualizados, foram duramente perseguidos. Esse fato resultou em sentimentos de solidariedade (interdependência) e de pertença muito fortes,

Foram obrigados a permanecer unidos e formaram uma pequena sociedade compacta, com poucas divirgências individuais devido a uma contínua fiscalização de todos sobre cada membro.

Possui um conjunto de práticas que regulam minuciosamente todos os detalhes da existência, abrindo pouco espaço para interferências de juízo individual.

  

Prova Protestantismo na Inglaterra (indústria avançada) tem taxas 

de  mortalidade­suicídio  bem  inferiores  a  outros  países protestantes  (80  suicídios  por  milhão  enquanto  na Alemanha de 140 à 400 suicídios por milhão)

A  igreja  Anglicana  é  mais  integrada  que  as  outras  seitas protestantes  e  as  leis  do  país  são  influenciadas  pelo anglicanismo,  clero  anglicano  é  o  único  entre  as  seitas protestantes que é bem hierarquizado.

Possuem  grande  número  de  autoridades  anglicanas: Possuem  grande  número  de  autoridades  anglicanas: quanto mais preceitos e dogmas mais se faz necessária quanto mais preceitos e dogmas mais se faz necessária a presença da autoridade religiosa, quanto mais forte a presença da autoridade religiosa, quanto mais forte essa  presença  mais  coerção  sobre  as  liberdades essa  presença  mais  coerção  sobre  as  liberdades individuais.individuais.

  

Instrução e Religião

1) O amor pela cultura deve ser mais elevado nos protestantes e 2) a medida que revela um abalo nos credos deve apresentar um aumento correspondente nas taxas de suicídio.

Camadas populares: Protestantes ( Saxe, Noruega, Suécia, Bade Dinamarca e Prússia) a cada 1000 criancas entre 6 e 12 anos 957 estão na escola.

Católicos (França, Áustria, Espanha e Itália) no mesmo período e faixa etária 667 – 31 por cento a menos. (anafalbetismo entre católicos é maior)

  

A necessidade de instrução corresponde a um aumento na taxa de suicídio? 

Constata que tal lei pode ser verificada proporcionalmente em qualquer confissão religiosa.

A Itália é completamente católica e neste país a instrução popular e o suicídio possuem forte correspondência.

Há mais suicídios entre os instruídos do que entre os analfabetos.

O suicídio é excepcionalmente mais frequente entre os profissionais liberais que são mais intelectualizados e escolarizados.

  

Instrução e Gênero

Em todos os países do mundo a mulher se suicida menos do que o homem. (4 à 5 vezes menos) ”Ora ela é também muito menos instruída”. p.176

Mas e os judeus? (para cada 1000 jovens católicos que frequentam a escola, há 1,3 na Universidade enquanto há 2,5 de protestantes e 16 a cada 1000 judeus nas universidades)

  

Instrução e Religião:

”É uma lei geral o fato das minorias religiosas se esforçarem por terem conhecimentos superiores aos das populações que as rodeiam, a fim de poderem defender­se melhor contra os ódios de que são alvo (…) O judeu procura protanto O judeu procura protanto intruir­se não com o fim de substituir os intruir­se não com o fim de substituir os preconceitos coletivos por noções refleticas, preconceitos coletivos por noções refleticas, mas simplesmente para estar mais bem mas simplesmente para estar mais bem armado para a luta”armado para a luta”. P 178/179

  

Desafio: Religião judaica

Primitiva em certos aspectos, é um cerebral e um  requintado  noutros.  Acumula  deste Acumula  deste modo as vantagens da forte disciplina que modo as vantagens da forte disciplina que caracteriza  os  pequenos  grupos  de caracteriza  os  pequenos  grupos  de outrora  às  vantagens  da  cultura  intensa outrora  às  vantagens  da  cultura  intensa que  é  um  privilégio  das  nossas  grandes que  é  um  privilégio  das  nossas  grandes sociedades  atuais. sociedades  atuais.  Tem  toda  a  inteligência dos  modernos  sem  partilhar  o  desespero destes. (p 179) 

  

Reafirmação da tese tradição:

Demonstra,  com  efeito,  que  se  nos  meios intruídos  a  tendência  para  o  suicídio  se agravou,  este  agravamento  é  devido,  como dissemos,  ao  enfraquecimento  dos  credos tradicionais  e  ao  estado  de  individualismo moral  que  daí  resulta;  com  efeito,  não  se manifesta  quando  a  instrução  tem  uma outra  causa  e  responde  a  outras necessidades. P 179

  

Constatação influência religião e instrução

O  homem  procurar  instruir­se  e  mata­se  porque  a sociedade  religiosa  a  que  pertence  perdeu  a coesão;  mas  não  se  mata  pelo  fato  de  ter  se instruído.  Nem  sequer  é  a  instrução  que adquire  que  desorganiza  a  religião;  mas  é precisamente  pelo  fato  da  religião  estar desorganizada  que  nasce  a  necessidade  de instrução. P 180

  

Ciência e Suicídio

Longe  da  ciência  ser  a  origem  do  mal,  é, pelo  contrário,  o  remédio  e  mesmo  o único  que  dispomos.  Uma  vez  que  os credos  estabelecidos  desaparecem  em virtude da própria  evolução das  coisas, não se pode restabelecê­los artificialmente (…) a inteligência é o único guia que nos resta e é  através dela que  temos que reconstruir a consciência”. (oferece respostas mas não unidade moral, sentimento de pertença, solidariedade social 180)

  

Religião e Ciência:

É  um  fato  que  devemos  ser  cautelosos  e  evitar considerar  a  instrução  como  um  objetivo  que basta a si próprio, pois não é senão um meio. Se não é acorrentado artificialmente os espíritos que se conseguirá fazer com que eles percam o gosto pela independência, também não basta libertá­los para  que  adquiram  equilíbrio.  É  AINDA NECESSÁRIO  QUE  EMPREGUEM  ESTA LIBERDADE  DENTRO  DOS  LIMITES CONVENIENTES.

  

O fundo da autoridade religiosa:

Durkheim  constata  que  o  efeito  protetor  das religiões sobre a taxa de mortalidade suicídio tem menos  relação  com  o  conteúdo  de  suas  crenças (ambas  condenam  o  suicídio)  do  que  com  o  seu sistema  de  práticas  e  credos  impostos  que  a sistema  de  práticas  e  credos  impostos  que  a constituem  como  uma  sociedade  coesa  de constituem  como  uma  sociedade  coesa  de fortes  sentimentos  de  solidariedade  socialfortes  sentimentos  de  solidariedade  social (interdependência/ estados coletivos)

O essencial é que tenham possibilidade de alimentar uma vida coletiva suficientemente intensa. P 182

  

Família e Sociedade Política

Pensando  que  a  sociedade  religiosa  exerce influência sobre a  taxa de mortalidade suicídio o autor  busca  analisar  a  influência  de  outras sociedades como a família e a política.

Contrasta  taxas  de  suicídios  entre  homens  e mulheres  casados  e  celibatários.  (quadro  XXI  p 84 pdf)

  

Família:

Os casamentos demasiado precoces têm uma influência agravante sobre o suicídio, sobre tudo no que diz respeito aos homens. p193

A partir dos 20 anos, os casados dos 2 sexos beneficiam de um coeficiente de preservação em relação aos celibatários.

Mas o coeficiente de proteção dos casados parece variar conforme as sociedades onde estão inseridos. (quadro XXII p 93 pdf)

  

Família

Se a imunidade entre homens e mulheres casados se distribui  de  maneira  desigual  (em  alguns  casos beneficiando os homens e em outros as mulheres)  é  porque  a  vida  em  família  deve  afetar  de maneira  diferente  a  consituição  moral  dos  dois sexos.

Quanto  mais  densa  for  a  família  (filhos)  maior  o coeficiente  de  proteção  dos  casados.  O  suicídio diminui a medida em que as responsabilidades da vida aumentam. (idéia de integração)

  

Sociedade Política:

A  princípio  se  pensa  que  todas  as  agitações políticas  elevam  a  tendência  ao  suicídio  mas Durkheim  constata  que  todas  as  revoluções  que ocorrerram  na  França  durante  o  século  XIX fizeram diminuir as taxas de suicídio.

As taxas só aumentam alguns meses ou anos depois das guerras ou revoluções (se são apenas políticas ou  envolvem  a  população)  e  a  depender  da natureza  de  sua  influência  e  do  local  onde  ela ocorre (campo ou cidade). 

  

Influência da Sociedade Política:

Estes fatos só podem portanto ter uma explicação. É que  os  grandes  abalos  sociais  assim  como  as grandes  guerras  populares  excitam  os sentimentos  coletivos,  estimulam  o  espírito  de partido,  assim  como  o  patriotismo,  os  credos políticos  assim  como  a  fé  nacional  e,  ao concetrarem  as  atividades  com  vista  a  um mesmo  fim,  provocam,  pelo  menos momentaneamente, uma integração mais forte da sociedade. (p223) 

  

O suicídio varia na razão inversa ao grau de integração dos grupos sociais A influência da sociedade religiosa, doméstica e 

política vai depender de sua maior ou menor integração.

Durkheim  chega  a  conclusão  de  que  quanto  mais enfraquecido  os  grupos,  menos  os  indivíduos dependem  deles  e  mais  reconhecem  apenas  as regras de comportamento que se baseiam em seus interesses particulares.  Ele chama de egoísmo o  Ele chama de egoísmo o estado  em  que  o  eu  individual  se  sobrepõe estado  em  que  o  eu  individual  se  sobrepõe exageradamente ao eu social. exageradamente ao eu social. 

  

Integração = Solidariedade social

Foi a ação da sociedade que suscitou em nós esses sentimentos  de  simpatia  e  solidariedade  que  nos fazem  propender  para  outrem;  foi  ela  que,  ao foi  ela  que,  ao afeiçoar­nos  à  sua  imagem,  nos  inculcou  credos afeiçoar­nos  à  sua  imagem,  nos  inculcou  credos religiosos,  políticos, morais  que dirigem o nosso religiosos,  políticos, morais  que dirigem o nosso comportamentos;comportamentos;  é  para  podermos desempenhar  o  nosso  papel  social  que desenvolvemos  a  inteligência  e  foi  ainda  a sociedade que, ao transmitir­nos a ciência, pôs ao nosso  dispor  os  instrumentos  desse desenvolvimento.

  

A sociedade nos ultrapassa A sociedade e os grupos sociais aos quais estamos 

integrados nos proporcionam objetivos que ultrapassam nossa efêmera existência individual. Nos oferecem um para que? da existência. (família, filhos, Deus, pátria, nação, partido e etc)

Mas, na medida em que o crente duvida, isto é, na medida em que se sente menos solidário do grupo religioso a que pertence e se emancipa dele, (…) da família e da sociedade, torna­se um mistério para si próprio, não conseguindo escapar à irritante e angustiante pergunta: para que?

  

Desintegração social = desintegração dos laços que nos ligam a vida.

Assim, no próprio momento em que se liberta em excesso do meio social está ainda sob a influência  deste.  Por  mais  individualizado que  cada  um  de  nós  seja,  há  sempre  um sentimento  coletivo  que  subsiste  que  é  a depressão e a melancolia que resultam dessa individuação exagerada.  Quando não resta Quando não resta mais  nada  em  comum,  comunga­se  na mais  nada  em  comum,  comunga­se  na tristeza. DURKHEIMtristeza. DURKHEIM