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I Anno II RIO I>E JANEIRO.-QIARTA-FEIKA, 24 1>E OUTUBRO I>K lOOO Nhui. 55 O TALENTO DO JUQUINHA. Os bigí"^ <lo professor. V - {Continuação) i) O dr. Rubicundo apenas percebeu a pilhéria dcf2) D. Luiza, que não deixa Juquinha por o em Juquinha, interrompeu a lição e foi á procura de d. Luiza ramo verde, sahiu como uma fúria e foi até o gabinete de a quem se queixou. estudo, 3) ...onde se passou uma scena terrível!—Agarrou4) Juquinha, ao se ver livre das mãos maternas, es- o Juquinha com toda a força e fez-lhe o mesmo que elle fi- tava em misero estado e, aterrado com o que se passara, zera do professor: pintou-o.monologou em voz baixa: Nunca mais me metto a pintar nem o dr. Kubicundo Bnem a manta. Que dirá Chiquinho?!.. (Fim). RFDACCÃO E ADMINISTRAÇÃO. «•-".» do Ouvidor, 13J2-RIO DE JANEIRO d'Q _s*.-VX.:h:Q)TIRAGEM: 27.000 EXEMPLARESHiimoro *vul«o soo réia) í»v.lolic ação

O TALENTO DO JUQUINHA. {Continuação ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1906_00055.pdfdando direito a um brinquedo que será entregue na véspera do Natal. Todos os cartões tèm

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I Anno II RIO I>E JANEIRO.-QIARTA-FEIKA, 24 1>E OUTUBRO I>K lOOO Nhui. 55

O TALENTO DO JUQUINHA.Os bigí"^ <lo professor. V -

{Continuação)

i) O dr. Rubicundo apenas percebeu a pilhéria dcf 2) D. Luiza, que não deixa Juquinha por o pé emJuquinha, interrompeu a lição e foi á procura de d. Luiza ramo verde, sahiu como uma fúria e foi até o gabinete dea quem se queixou. estudo,

3) ...onde se passou uma scena terrível!—Agarrou 4) Juquinha, ao se ver livre das mãos maternas, es-o Juquinha com toda a força e fez-lhe o mesmo que elle fi- tava em misero estado e, aterrado com o que se passara,zera do professor: pintou-o. monologou em voz baixa:

— Nunca mais me metto a pintar nem o dr. Kubicundo

nem a manta. Que dirá Chiquinho?!.. (Fim).

RFDACCÃO E ADMINISTRAÇÃO. «•-".» do Ouvidor, 13J2-RIO DE JANEIROd'Q _s*.-VX.:h:Q) TIRAGEM: 27.000 EXEMPLARES Hiimoro *vul«o soo réia)í»v.lolicação

O InT-^^ZZ ido beiIII

T-A.T-A.O-

Como os nossos leitores de certo se recordam o rei TatãoXXV tendo perdido o sea bello nariz em uma batalha, man-dou chamar um s.ibio cirurgião que lhe fez um nariz postiço daperna de um frango. Terminada a operação o rei foi mirar-seao espelho...

<"1O nariz de frango ficava-lhe tao bem que to

dos os fidalgos da corte, quando o viram, curva-ram-se radiantes de satisfação.ti

1 ^TfXtr ,~"~^Í.íII»m*- f\ j " .' ' • -r,,tflo XXV re-olveu dar um passeio pela cidade. Mandou pre- gr- Jf^\t3

parar í m^faSa^lru^mí sahir' pefafruaí. Mas, de repentino meio ^^^^^^^^fc^f

de horror. Tinha-lhe nascido uma penna do nariz que... ^^ffiflmT-tHí\l\\\H|HíHHInUIlTlmfl W E 1

.. .sendo de carne de frango deu um-horrivel resultado. O rei TatáoXXV furioso, mandou immediatamente prender o cirurgião e...

...metel-o na cadeia. Mas isso nâo resolvia asituação. Elle tirou o nariz de frango e tratou dearranjar outro. Porém, como conseguil o? E1 oque havemos de ver no próximo numero.

Toda a correspondência, pedidos de assignatura, etc,devem ser dirigidos ao escriptorio e redacção d'0 Malho,rua do Ouvidor n. 132, Bio de Janeiro.

A empreza d'0 Malho publicará todas as quartas-feiras O Tico-Tico, jornal illustrado para crianças, noqual collaboram escriptoies e desenhistas de nomeada.

Condições da assignaturaInti-rior : 1 anno 118000, 6 mezes GgOOO. •Exterior: 1 anno 208000, G mezes 128000.

Numero avulso 200 réis. Numero atrazado 500 réis.Tiragem: 27.000 exemplares.Não se acceitarn assignaturas por menos de 6 mezes.As assignaturas começam em qualquer mez, termi-

nando em junho ou dezembro de cada anno.

O Tioo-TÍOO

AVISO AOS LEITORESFomos informados de que uma importante

casa da rua do Ouvidor resolveu dar a todas aspessoas que, desde o dia 2 de outubro até o dia24 de dezembro deste anno, comprarem, nos seusarmazéns, roupas ou objectos para meninos, dovalor de 201000 para cima, um cartão numerado,dando direito a um brinquedo que será entreguena véspera do Natal. Todos os cartões tèm di-reito a brinquedos; portanto, não se descuidemos nossos leitores. Também vão ser distribuídaslindíssimas collecçôes de cartões postaes.

A' ultima hora conseguimos saber que a casaem questão é a conhecida TORRE EIFFEL queassim festeja o anniversario da inauguração doseu esplendido palácio.

O NOSSO ANNIVERSARIORecebemos ainda as seguintes felicitações. Em lindos

cartões postaes:Deolinda Caldeira, villa de Cabuçú ; Lúcia Ramos,

Nelson Guimarães,alumno do Exteinato Aquino: ZuleikaDuarte Nunes, S, Paulo; Alda Duarte Nunes, S.Paulo;Mario Carquja, Paulino Baptista, Aurora da Paz, Virgíniada Paz, Carmen Moraes, Alzira Moreira Lopes, Juracy Vi-tal Barbosa, Raul Moreira Lopes, Jayme Reis, Judith dosSantos Lima.Paulo dos Santos Lima, Aristides Ildebrando,Dulce de Abreu, Grazielia Franco, Antônio Franco, Wal-demar Sanches de Brito.Evangelina Simas.Aicina Figuei-ledo, Arthur Figueiredo, Elza Quintino Costa, Manuelv!osta, rua Moraes e Valle n. 9; Cyrillo Carregai, Dagmar:3a Conceição, Elza Lemos, Carolina Marques, CecíliaBranco das Dores, Raul Josó de Araújo Machado, HeliFernandes de Oliveira, Campos; Gilberto Nobrega, SãoPaulo; Alayde Ramos, rua General Severiano n. 102; Ma-i n ua i^eiquena Lima, viciuna, «..anua riuiu umiusu,Hemique C. Lima, Victoria; Augusto M. A. Góes, OdecioBueno deCamanro.S. Paulo; Anna Freitas, Ismar TavaresMutel, Barra Mansa, Manuel Aranha, S. Paulo; AngelinaBezerra. Armando Mendes. S. Paulo; Paulo Baptista, He-lena de Jesus Figueira, Marino Pinheiro da Costa, Car-niello Garcia, S. Paulo; Rubens de Moraes, Santos; NelsonJardim, Gerson de Macedo Soares, Meyer Gualberto deMacedo Soares, Mario Voss,José Alves de Carvalho,JayftieSalse Junior, Nelson da Gazeta, Alice Fairbanks, Rita Sil-veira de Araújo Silva.Paulo de Moura, Mocinha de Moura,São Vicente, Santos; Guilmar de Macedo Soares, Maria deMar,(do Soares, Lolota Rimes, Jayme Moniz, BolinhaSoares, Rio Grande; Maria Costa, Guaratiba; MafaldaCosta, Antonietta Fernandes da Costa, Pedro Zamith, Cio-vis Pederneiras, Itabyrado Campo.Minas; Dulce de SennaCampos, Cordeiro, Minas; Hermance de Carvalho, Miltonde Carvalho, Alcindo de Almeida Nascimento, Lulusita de

Sá: Joãosinho Nunes Serrão, Maria de Lourdes, rua Se-nador Vergueiro n. 49; Herminia B. Ferraz da LuziErnestoBibeiro, Campos, João Maldonado, Bebedouro, S. Paulo-Sylvia Vergueiro, Hilda Graça, Dulce César, S. Paulo; Ju-quita Novaes, estação da Cotia. S. Paulo; Bilú NovaesIsabel Vaz, Mario Ferreira da Silva, Flora Ferreira dáSilva, Hilda R. Chiabotto, Bernardino Rios, Alcidino Pe-reira, Anatilde Pacca e Cardelina Figueira.

Em gentilissimas cartas:Beatriz Cavalcanti Bulcão, Mario Cobradinho daCunha, Armando Mendes, Hamilton Peçanha, AthaydeMurse, S.Paulo; Camilla Soria Ferreira, Santos; Chiqüilo

Aguiar, S. Paulo; Gabriella D. Monteiro, Juiz de Fora;Marcello Octavio Rodrigues da Costa, Dolores Machado,S. Paulo: Octavio de Moraes, Amynthas de Aguiar, Guio-mar Corrêa, Herculano de Toledo Cabral, Elza Sussokind,Edgard Sussekind Mendonça, Carlos Sussekind de Men-donça, Elvira Sussekind, Mercedes Sussekind, Robes-pierre Bhering, Ponte Nova, Minas; Gladys Peteina Ihul-tlem, Ouro Preto e Floriano Ibultem Medrado.

Em amáveis cartões:João Alfredo Fortes, Luiz da Moita Almada, João Bor-

ges Baccarat, Santos; Álvaro P. A. Camargo, Santos; Sadida Costa Vieira, Lamartine Antônio da Cunha, S. Carlos doPinhal, S. Paulo; Lahyr de Azevedo, S. Paulo; MarcelloNeves Morelli, S. Paulo; Mariquita Seixas, Martha Asccn-são; Amalia Ascensão, Nize Baptista; Lauro de AlmeidaMoutinho, José Faustino da Silva Filho, Ary da CosiaVieira.

Em graciosos versos:Kant R. Duarte, Augusto Alves, Bello HorizonteWaldemar Guimarães e Julieta Moraes.Com galante desenho: Maria Gouvêa.— Por falta de espaço, deixamos de publicar aindamuitos nomes, o que faremos no próximo numero.O nosso leitor Geraldinò *F.

de Paula, residente naestação de Buarque de Macedo, celebrou o anniversariod'0 7'tco-7VcD,mandando ao Chiquinho deliciosos tiiolinhosde leite creme.AINDA O DINHEIRO HAJA

WJa vil J

O menino :-0 titto, como e que eu hei do fazer paraarranjar um Almanach d'0 Tico-Tico no fim do anno?O rio :—E' muito simples; você, em vez de comprarbalas todos os domingos, vá juntando os nickeis. Quemsabe economisar sempre se arranja.O menino :—Tem razão, Titio, dinheiro haja, que eu

irei juntando.(Desenho e legenda de Álvaro Barbosa Gonçalves,

Porto Alegre.)

O Tico-TICO

SOLUÇÃO AMIGÁVEL SEM ARBITRAMENTO

Domingo passado, dous engraxates da praça da Repu-blica brigaram por causa de um freguez.

E estavam já quasi se pegando a unlia, quando umdelles diz:

—A minha vingança é que eu tenho duzentos réis,vou comprar O Tico-Tico c nào te empresto.— Deveras !—disse o outro já muito satisfeito—Então,aperte a minha mão e vamos lazer as pazes para lermosO Tico-Tico juntos.

boro boracica —cura eezemas.

TJJ\r PASSEIOSahi da minba residência ás í horas da tarde alim do

ir assistir á kermesse que se realisava no Jardim da Pra-ça da Republica, em favor das victimas do Chile. O jar-dim estava deslumbrante : canellas, flores, e, entrelaça-Ias, as bandeiras Chile-Brazil. Era ainda cedo para a ker-/nesse. Sahi em direeção á rua da Aurora,onde se encon-travam famílias sentadas em cadeiras, ás portas de suasresidências, apreciando o rio Capibaribe que, com suaságuas verdes,mostrava todaa bolleza da natureza. Chegueiao Instituto Pernanbucano,d'onde a banda do mesmo coSc-gio em um vibrante dobrado, seguia em direeção á Praçado general Arthur Oscar, afim de depositar uma coroa emmemória á data da Independência do Brazil. Era bello veras crianças formadas em pelotões seguirem enthusias-madas, tendo como commandante uma criança represen-laudo 15 annos. Chegámos á dita Praça, onde era enor-me a massa popular. Minutos depois ouve-se a voz do Dr.Arthur Muniz, sendo a sua palavra muito applaudida pelopovo.Terminando a oração d'estc doutor ouviu-se o hymnonacional: era a escola de aprendizes marinheiros que fa-zia a guarda de honra ao pavilhão nacional. A's b' horaspòz-se o Instituto em á marcha, com destino á rua doApollo e ponte Buarquc de Macedo,d'onde se descortinavapouco mais adeante o Jardim da Republica com um movi-monto enorme de familias.emquanto a voz doleilociro.queera o acadêmico Bernado Porto, chamava o povo para au-xiliar esta nação amiga que é a grande republica do Chile,não grande pelo seu território, mas sim pela sua civilisa-cção e seu patriotismo I

Viva o Chile!Recife. Lino S. Quintas (12 annos).

YERSOSENVIADOS POR OCCASIÃO DO NOSSO ANNIVERSARIO

Hoje, a data gloriosaQue alegremente saudámosEm versos, ou mesmo em prosa,E em regosijo brincamos.

Hoje meu fraco idealUm presente muito ricoN'este dia sem igualOfferece a'O Tico-Tico.

Eu como sou amiguinhoOííereço ao jornalzinhoO soneto que versejo

A' grande data querida :Muitos bons annos de vidaET que sempre lhe desejo.

Estevam Gerson. (Parahyba)

Venho saudar-te Tico-Tico amadoHoje que um anno tu completas são.Toda alegria, todo perfumado,Qual d'açucena o cândido botão.E's pequenino, sim, porém, no cmtanto,Não mais podemos nós passar sem ti:Tu és da infância o verdadeiro encanto,O mestre, amigo, como jamais vi.Para provar-te que sou teu amigoDentro em meu peito eu preparei-te um ninhoOnde acharás affectuoso abrigo.E' todo de jasmins, e de boninasRosas, camelias, verde rosmaninhoQue ornam os campos e os jardins do Minas.

Francisco de Paula Santos, 11 annos(Guarará, Estado de Minas,;

VFelicitar o Tico-TicoE' de nossa obrigação :Faço votos ao SenhorPela sua redempção

E elle é o nosso único amigo,Que nos ligou importânciaE transformou um jornalPara divertir as crianças.

Desculpai-me, redactor,Meus versos de pés quebrados:Sou ainda pequeninoNão faço versos cuidados.

Nicolson da Silva Nazareth (10 annos.)*

Tico-Tico \& do Rio,Que vives nos deliciando ;Pelo teu anniversarioEu d'aqui te vou saudando !

Inoianita de Almeida

Ah Tico-Tico, garboso,Que um anno vai festejar,Neste dia venturosoEu lambem venho saudar !

Zülmira de Almeida*¦ »

Tico-Tico, meu encanto,Meu amor, minha affeiçáo,Receba neste meu cantoUm preito de gratidão.

Maria Bransford.,

Da cidade de CampinasCá, longe, longe, onde fico,Eu saudo alegrementeO valente Tico-Tico.O seu leitor bem constanteQue o aprecia com fervor,De Campinas felicitaO seu jornal, com amor,

Manuel df. Campos Leme (Campinas).

O Tico-Tico

Grande romance de aventuras (Para crianças)

1 ando-se, tornou-se li vido.homem cm frente a um terrível

CAPITULO IIO CÃO Nl-GRO APPARECE F. TORNA A OES AP PARECER

(Continuação)De repente, mudando de tom :—Mas não é elle quo vejo ao longe? Sim, é o meu

amigo. Deixa-me esconder aqui atrás da porta, para lhefazei- a liill uma surpreza...

E, no mesmo instante, impellindo-me, occultou-socommigo atrás da porta da entrada.

Eu me sentia amedrontado, e o meu pavor cresciaii. medida que notava que aquelle estranho indi-vlduo também parecia estar com muito medo. Entre-tanto, elle agitava a faca freneticamente.

11 hospede eritfou calmamente, sem perceber nossapresença, o dirigiu-se á mesa em que o esperava o seualmoço.

—Bill I disse, então, o estrangeiro, com uma vozmuito alterada.

. i Capitão, voDir-se-ia um

espcclro.—Então, Bill. não me reconheces? E'impossívelque lc tenhas esquecido do leu camarada.

Cão negro ! murmurou o Capitão alerrorisado.—Sou eu mesmo, continuou o outro, mais tran-

quillo. Tens deante de ti Cão Negro, que vem visitaro seu antigo companheiro. Meu pobre Bill, muitascousas temos visto depois do dia cm quo perdi estesdous dedos.

E o homem mostrava a mão mutilada.—Pois bem, já que descobriu onde eu estava diga

logo que quer._ Ora, bravo! reconheço afinal o amigo Bill:sempre prompto a discutir, sem palavras muteis,qualquer questão. E' lambem o meu habito. Em-quanto este bom menino me vai buscar um copo dcrhum, nós conversaremos como velhos camaradas.

Quando voltei com a garrafa de rhum, estavamambos sentados á mesa do Capitão. Cão Negro sesentara ao lado da porta, de modo a poder facilmenteretirar-se, si assim fosse necessário.

(Irdcnou-me que sahisse e deixasse aberta a porta deentrada.

i ibedeci, mas procurei, curiosamente, surprehender odialogo.

Durante muito tempo só me chegou aos ouvidos umrumor abafado, no qual náo pude distinguir uma syllaba.

Mas as vozes subiram a um diapasão mais alto e niti-daincnte ouvi o Capitão que dizia :

Náo, náo, náo...A estas palavras seguiu-se um infernal barulho: pra-

los quebrados, injuriase um grito de dor... Cão Negropassou junto a mim. com a faca ensangüentada, fugindodo Capitão, que ainda lhe atirou um golne, no momentoem que o adversário transpunha a porta. Mas a taça náo oiiitinuiu. Foi o lim do combate. O fugitivo, chegando á es-Irada, desenvolveu'uma agilidade maravilhosa e em me-nos dc meio minuto desappareceu.

VI nesse momento que o Capitão muito pallido seapoiava á parede. .

Approximei-me alerrorisado e ouviu-o pedir rhum.Eu vendo-o cambalear, indaguei:

Está ferido „ -. , . .. ,Hhuin I rhum! repetiu elle. Quero deixarja estealhei mie... . ,

Corri a buscar o que elle pedia, mas as minhas mãostremiam tanto que quebrei um copo. .

Quando eslava procurando outro num armário, ouvi orumor da queda do um corpo na sala dos hospedes.

Voltei a toda pressa c encontrei o Capitão caindo no'

Nesse instante minha ináUtlrahida pelos meus.gritos,veiu a correr da adega. Ajudou-me a erguer.o Capi aoque respirava penosamente. Seus olhos estavam fechadose seu rosto tinha a lividez da morte.

Meu Deus'! meu Deus! dizia minha mãi. «Mie ver-gonha para a nossa casa --»-,.;„ ncii

lulffavamos naturalmente, que o nosso locatano esli-vsse ferido porém, por mais que o examinássemos naolhe descobríamos ferimento algum.

vimosa sua

Assim foi com indescriptivel satisfação quechegar o Dr. Livesey, o qual vinha fazer a meu paivisita quotidiana.— Não está ferido, garantiu logo o medico; istoé simplesmento um ataque do apoplexia.

E, pedindo a minha mãi que oceultasse a oceura meu pai, o clinico rasgou a manga da camisa dohospede, em cujo braço musculoso se viam numtatuagens, que diziam assim :

rencianosso

erosas

teressante personagem,

..Bom vento!» - «O caprichodc Billy Bonés I...» Além de ou-trás inscripções. Junto á espaduatinha elle pintado na pelle, umaforca com um enforcado, nítidodesenho que eu muito admirei.

E' horóscopo deste pouco indisse o doutor e acçrescenlou,

dirigindo-se a mim . Jim, vai buscar uma bacia.Obedeci e quando voltei o medico perguntou-mo :

Menino,vocô tem medo de ver sangue numa pessoa .Não senhor, respondi eu.Então segura a bacia, emquanto eu lhe abro uma

iaFoi longa a sangria, foi preciso tirar muito sangue do

Capitão, para que elle abrisse os olhos.Voltando a si, o mysterioso marinheiro mostrou-se

descontente ao reconhecer o Dr. Livesey, mas acalmou-seao dar commigo alli a seu lado. Depois empalhdeceu etentou levantar-se, perguntando :

Onde está o Cão Negro ?Nào se preoecupe agora com isso, respondeu seve-

ramente o doutor. O senhor bebeu muito rhum e por issoteve uma apoplexia. Eu já lhe tinha avisado disso. Iratcide salval-O, p.>r que essa é a minha profissão, mas hqussabendo que se continuar a beber náo escapara de outroataque. ,. . _, .

E, assim dizendo, o medico nos ajudou a levar o Capi-tão para o seu leito. _

O medico, deixando-o, dirigiu-se ao aposento de meu'_

Que tem o Capilão ? indaguei.]-1 grave o seu estado?Não. Mas ò necessário que fique tranquillo durante

alguns dias.Estou, porém,certo de que não resistirá a um segundo

ataque.CAPITULO III

A MARCA NEGRA

Era approximadamente meio-dia, quando bati à portado Capitão, afim de levar-lhe medicamentos e bebidas re-frigerantes que o medico havia prescripto. O e,nl.erm0J?^"tava deitado na mesma posição em que nós o deixáramosc parecia extremamente enfraquecido, comquanto setasse certa excitaçáo em seu olhar. „^_ _,.-,

Jim, disse-me elle, tu és aqui a única pessoa qu.

O Tico-Tico

merece alguma consideração; por isso, como não podesnegar, sempre te revelei minha estima... Todos os mezesdei-te uma moeda de quatro pence. Agora, que me vejoabandonado por todos, tenho um favor a pedir-te...Nào creio quo sejas capaz de recusar-me a cousa tãosimples que te solicito.,. Eu quero... um copo de rhum.

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ttra approximadamcnte moio dia quando fuilevar-lhe us medicamentos.

—Lembre-se, Ca-pi tão, de que o me-dico...

O enfermo, in-terronípcu-mecomvoz fraca:

— Os médicosnão sabem o quedizem. 0 teu dou-tor nào pôde com-prenhendero tem-peramento de um homem do mar. Eu já habitei logaresmais quentes do que o próprio inferno, e onde toda agente morria de febre... E sabes por que nào morri?Graças ao rhum, o meu caro e velho amigo rhum... NãoJim não concorras para a minha morte, privando-me deum pequeno cálice ; não queiras assasinar-me.

E o Capitão vociferou impropérios contra o Dr.Livesey.

Em seguida, murmurou tristemente :—Meu bom Jim, vês tu corno meus dedos tremem ?E' porque até este-momcnto,ncm uma gotta de rhum veiureconfortar o meu estômago. Nào acredites na sciencia domedico, não obedeças ás suas ordens insensatsfs.

Meu amigo Jim, si nào me deres um pouco de rhum,eu enlouquecerei. Já tenho allucinaçõcs ; começo a ver ovelho Flint naquelie canto, atrás de ti...Si este suppliciocontinuar, eu praticarei terríveis loucuras. Demais, o teudoutor disse que um só copo nào me faria mal. Queres porum pouco de rhum uma bella moeda de ouro ? Dou-te umguinéo a troco de um pequeno copo, meu caro Jim...

Efiectivamente, o clinico dissera que um copo úniconào seria nocivo ao nosso hospede ; assim, sem escrúpulo,eu poderia dar ao Capitão o prazer ineffavel de ingeriralgumas gottas de álcool. Entretanto, eu me sentia offen-dido pela maneira porque era solicitado o obséquio. Desa-gradava-rne em extremo a tentativa de corrupção a pesodo ouro.

— Não preciso de seu dinheiro, declarei altivamente ;acceitarei apenas o que o senhor deve a meu pai. Quantoao rhum; dar-Ihe-ei um copo ; mas devo dizer-lhe q»jeserá apenas um.Quando, minutos após subi ao quarto do Capitão,levando o rhum consolador, o enfermo, apoderando-sc docopo com avidez, esvasiou-o de um só trago.Sinto-me melhor, disse elle, fazendo estalar a língua.

Quanto tempo, continuou, pretende o teu medico obrigar-n»e ao sacrrücio de ficar deitado ?—Julgo que uma semana.—Uma semana ! exclamou o Capitão. E' impossível!Anles disso elles me terão enviado a marca negra.. .Já osvejo rodar em volta de mim... Imbecis! Por que nào guar-daram o que possuíam ? Por que nào fizeram como eu ?Contem com a minha vingança, miseráveis ! Suppõemelles que me atemorisam ? Já tenho luetado com mais va-lentes...

E emquanto proferia essas palavras, que encerravampara miip um estranho enigma, o Capitão se erguia, pou-co a pinico, apoiando-se ao rneii hombro.

Quiz dar alguns passos no quarto, mais as suas pernasnão o sustinham.—O doutor matou-me, disse elle, sentando-se no leito.

Tenho a cabeça tão fraca..:E deitou-se pesadamente. Durante longos minutos

conservou-se silencioso, até que, fitando-me, disse:—Jim, lembras-te do marinheiro que esta manhãveiu á hospedaria?

—Cão negro ? perguntei.—Sim. E' um indivíduo máo, porém, peiores do queelle sào aquelles que o enviaram. Escuta-me,'meu bomJim... Si por qualquer motivo nào me fòr possível partire si, por acaso, elles aqui me encontrarem ainda e memandarem a marca negra não té esqueças de que o queelles querem éa minha pequena mala... Vou rogar temais um obséquio, Jim... Sabes porventura montaracavallo'?

Fiz um signal affirmativo.(Continua.)

Da conhecida e popular Casa Edison, que tem enchidoo Brazil de grapho, gramo e zohophones, recebemos 1tinteiro, 1 estojo de talher e 2 chicaras e bandeja -- tudoprateado e de fino gosto, segundo a valiosa opinião doChiquinho, que agradece.

A saúde da mulher.Cura todas as enfermidades das senhoras.

O próximo numero d'0 Tico Tico será augmentado deoito paginas, afim de se completar a publicação da lista deIeitoresinhos, que têm enviado soluções para os nossosconcursos.

E' claro que tendo mais esse oitavo terá mais cousaspara ver sem ser só os nomes.

Um numero especial, portanto.

boro boracica — cura o azatrre.

Gaiola d'0 TICO-TICOPedro Landim—Nào ha tal; serão aproveitados. Mas

não houve tempo para sahir no numero do anniversario.Raul Costa Lino (Lisboa)—Muito agradecidos pelassuas gentis palavras.Climerio V. de Oliveira (Victoria)— Nào recebemos

a carta anterior a que se refere. Agora providenciamosimmedialamente.Nayda de Arruda Pereira (S. Paulo)—Pois olhe que nfio

dizem mentira. Mas o retralinho que nos mandou é làopequer.o! Porque nào nos mandou oulio maior para quoo publiquemos no Almanach'!

Fehppe Viviani—Não creia nisso; aqui nào ha prole-gido. Nào recebemos as perguntas a quo se refere.

Oguh, Antônio da Silva Reis, Waldemar do Rego Fal-cão, Maria de Lourdes, Maurillo Nabuco de Abreu. Ma-nuel Boquara, Sarah Ftòsita Campei Io, Maria ZulmiraSenna r,gas de Mello Muniz Maia (Niclherov), JoséMaria Vaz Lobo, Ninita Olivar Soares —Recebemos'ostrabalhos.

Lincoln de Souza—Recebemos o n. 2 do seu inicies-sante semanário 0 Neco. Está, na verdade, magniliro.

Julieta Moraes—Ora, até que afinal! Seja muito bemapparecida. Entào? que foi isso? Esteve doente? A faltade sua collaboraçào foi muito sentida.

Gloria Alves Teixeira (S. Paulo)—Nào tem que agra-decer; cumprimos um grato dever. Fazemos os maissinceros votos pelo seu promplo restabelecimento.

Lisette Silva (Baturité, Ceará)—Está magnífico o seumonólogo.

Como solução do nosso concurso n. 78, enviou-nos oinlelligente menino Paulo Goulart.um magnífico trabalho:Debruçado á janella, vê-se a figura do terrível petiz, noacto em quo lança á rua todos os objectos que vão cahirdesastradamente sobre a cabeça de um pobre transeunteque passa na oceasião, pregando-lhe terrível susto e pon-do-lhe o chapéd em ruim estado. Muitíssimo curioso!Interessantíssimo. Ao nosso leitorzinho os nossos pa-rabens.

Infelizmente a sorte esqueceu-se de recompensar osesforços do nosso amiguinho, concedendo um dos pre-mios no sorteio, mas isso nao importa, fica para outravez. Por emquanto, contente-se o menino com os meusapplausos ao seu grande talento.

Historia ,iu vários capítulos, relatando episódios interessantes passados antes, durante e depois do Dilúvio. - XVI

Foi uma chuva tâo forte, tãocerrada que em poucas horas a

planície em que a Arca fora cons-truida ficou trasformada em umavasta lagoa, e a colossal embarca-çao architectada pelo sábio Noé,começou a boiar.

Deram-se então cousas espan-tosas. Admirados, aquelles bi-chos que nunca tinham andadoembarcados, quando viram a Arcamovendo-se em cima d'água fica-ram cheios de susto e muito afli-ctos.

Quasi todos enjoaram; os ele-

phantes, leões e outros animaesde maior figura, ficaram cahidos,sem um só movimento. Um hippo-

potamo e um urso tentavam agar-rar-se ao soalho com as garras esoltavam urros tremendos cadavez que a Arca se balançava; uma

gyrafa enorme edesageitada, pro-curava equilibrar o corpo sobre as

pernas finas e batia com a ca-beca no tecto, e os outros anda-vam por toda parte tontos, escor-regando a cada passo. . . Os pas-saros esvoaçavam allucinados. ..

^^ O próprio Noé, também afflicto,com ò enjôo, não sabia a queattender por se seritir extenuadono meio de toda aquella desordem. Só alguns de seus filhos e especialmente uma de suas filhas conservavam calma e procuravam melhorar a situação. '(Continua.)

O MOLEQUE AUTOMÓVEL

N. i—As cabras, como é sabido, gost3in muito de abo- N. 2. —De repente a corda, a que a cabra estava presa,boras. Certo dia em que a Branquinha se esforçava por rebentou e a pobre Branquinhi espetou os chavelhos nadeitar o dente a uma, a risco de se estrangular enorme cucurbitacea.

N. 3.—Os seus balidos chamaram a attenção de Bam- N. 4.-Furiosa, a Branquinha, com uma violenta mar-bula, um moleque peor que as cobras, que em vez de lhe rada, pespega com a abóbora em cima do atrevido moleque,acudir, se poz a fazer troça d'ella.

N. 5.—Agora é ella quem se ri a bom rir, ao ver a figura N- 6.—«Deixa, estar que m'as has de pagar, logo quede Bambulá que era a coisa mais ridícula d'este mundo eu me tlver desembaraçado d'este trambolho !» exclama omoleque fora de si.

}í.7:—Ao ouvir isto, a Branquinha avança para o amigoBambulá e Çerra-lhe um encontrão que o faz rebolar pela quando a^aboboríencosta abaixo. estava

ts

8.— Só parou esse automóvel de nova espéciese pertiu pelo meio, mas tão atordoadocava que nâo pensou mais em vingar-se e se poz ao frescolregando os quadris.

Q-ÁTO FOBLEBEE!

0 Manduca, um carregador muito tolo foi encarregado pelo Zé da venda de levar uma lebre a D. Ger-trudes.

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Manduca pensando que a lebre era um bicho so-cegado metteu-a na cesta e poz-se a andar...

Isso mesmo e que a lebre queria.Fugiu logo. O Manduca ficou desesperado.

Z- ¦ \\m^lLS—SÊ

V '*""*» *=***?****************l_^ ~—¦¦•»— H.IB.HLBIB.-.

Ai, meu Deus!-exclamavae.—E agora como ha de ser?

Felizmente nesse mesmo instante viu um gato atra- E imaginem o espanto de D. Gertrudes que es-vessando a rua. Pricipitou-se, agarrou-o, metteu-o no perava uma lebre e recebeu um gato, a miar como umcesto... damnado.

MMMSTOMIMA RO RMtASMI EM EIGMJRASAcontecimento do rim do reinado de D. Pedro 1

(i)N3razileiros e Argentiflos estavam fatigados da guerra; assimcom satisfação a offerta da mediação ingleza.

Commissarios argentinos vieram ao Rio onde se assignou o tratado de paz(Agosto de 1828).

Assim, sem guerra, os pais despreoccupados viviam alegres no lar; a hu-manidade marchava para a perfeição—a pátria progredia!

(2) Houvo depois uma sedirão militar emPernambuco. 0 governo exaggerou-se nas pu-nições. A opposição do parlamento dirigiagraves censuras ao imperador, <|Ue desgostosofoi ao Senado e fez um discurso dizendo :

«Digníssimos e augustos representantes »íanação: Está encerrada a sessão.»

panto foi geral.

(3) Foi por esse tempo que chegou aqui asegunda imperatriz D. Amélia de Leuchtem-berg, que desembarcou com um vestido côr derosa. D. Pedro I que tinha alma de poeta, nummomento de emoção instituio a Ordem da Rosa,em homenagem á sua segunda mulher .

(4) Mas a agitação rias províncias era cada vez mais ameaçadora. Em Minasa imprensa e as sociedades secretas faziam presagiar graves acontecimentos.

Para lá partiu D. Pedro I em companhia da imperatriz. Dessa vez, porém,a sua viagem não teve êxito. Os mineiros diziam : Quem é ? quem é ?. .. E' oimperador? e davam-lhe as costas.

Ysàs\^sl passou pelo desgosto de ser mal recebido

,a jornada publicou o imperador uma proclamação em que amargamente se queixava da injustiça que(5) 1N0 nm heeada aqui, alguns portuguezes pretenderam realizar festejos que iam ser uma espécie de desag-

lhe laziam e, na w 5 perturbadas por distúrbios em que o povo apagou as lanternas e fogeiras com fundos de gar-.gravo, hssas

^o enthusiaSmo com cacetadas, na noite de 13 para 14 de Março de 1831, que passou á historia com o nome de

notte das gar rafadas

O Ticc-T ICO

0V0Tencionava falar-vos hoje dos grandes navegadores

portuguezes, para vos mostrar que descendemos de umpovo que já dominou todos os mares,como talvez nenhumoutro; mas vejo que vocês estão muito preoccupados eimpressionados com esse roubo da casa de jóias da ruada Carioca, isto é, com o estrangulamento do menino ita-liano Paulino Fuoco e de seu irmão Carlos. Resolvo, porisso, guardar aquelle assumpto para outro dia.

Meninos : ha muito que considerar e aprender nessecrime horroroso que abalou o commoveu esta grande ca-pitai. Não falemos na imprudência do menino Paulino, quotendo muitos motivos para desconfiar de que dentro daloja do jóias Qnde dormia seu irmão e elle também ia dor-mir, se passava alguma cousa fora do commum; que,tendonotado a falta da costumada luz dentro da loja, não deviater entrado, sem primeiro provocar, de qualquer fôrma, afala de quem lhe abria a porta.Foi, pois, uma grande imprudência do pobre meninoPaulino.

E' verdade queasua poucaidade justifica um tanto essafalta de cautela; mas vocês devem tomar nita desse facto,para nunca praticarem certas acçoes, sem primeiro rede-ctirem muito.

E o Carlos Fuoco. o Carluçce, o infeliz mocinho irmãodo Paulino.'! Coibido! Era um empregado honesto, me-recia toda a confiança de seu tio e patrão, andava com aschaves da casa do jóias no bolso; no em tanto deixou-searrastar pelas más companhias.não dando talvez valor aosábio o antigo úíào—Antes só que mal acompanhado...

Isto no caso do pobre moço nào ignorar com que qua-lidado de gente so metteu. Si elle, porém ignorava; si nãosabia que os taes homens que o convidaram para umpasseio, eram typos criminosos, também até certo pontose justifica o ter andado cm tao.má. companhia; mas com-metteu, não ha duvida, grande imprudência, acceitandopasseios com gente que não era de sua intimidade, nemconhecia bem. Boa romaria faz quem em sua casa fica empaz — diz a sabedoria do povo. Carluçce nào teria sido cs-trangulado, nem daria occasião a,quc seu irmão lambemo fosse, si tivesse tido a prudência de se não atirar a essegrande passeio por terra ou por mar. E, vejam'vocôs,meninos, como chegaram a pensar que ello lnrà ató oautor do.roubo e da morte de seu pobre irinap ! Por maisque o tio affirmasse e jurasse pela honestidade do empre •gado e sobrinho, só se acreditou na sua innocencia quandooi corpo do pobre moço appareceu boiando, no mar. comuma pedra amarrada á cintura! E por aqui vocês lambempodem julgar como é péssimo o costume de se fazer máojuizo, sem motivo, nem base de razão, antes de tempo.

Si por uma circumstancia qualquer não apparecesse ocadáver de Carluçce—vejam vocês como a honestidadedo pobre mocinho ficaria pelas ruas da amargura !...

E os bandidos que estrangularam os dous irmãos?!Os que a policia apanhou procuram innocentar-se, porum natural instincto de defesa; mas têm cabido em gran-des contradições, e é de crer que afinal, apertados pelastestemunhas e pelas autoridades, venham a confessartudo! A verdade é como o azeite: por mais agitadas e turvasque sejam as aguas,elle sobrenãda sempre á dor deilas.

O disfarce ea mentirapodeiúxonseguir.quando muito,relardar.mas nunca impedir que a verdade appareça.

Emfim, meninos, neste crime que lauto nos tem im-pressionado, deveis aprender a ter prudência, a desviar-vos sempre das más companhias, a não vos metterdes emfestas c passeiatassinãocom pessoas da vossa inteira con-banca e intimid-_.de, de maneira que nunca estejais sós, emqualquer logar perigoso ou em qualquer fado que porventura possa aconte :er.

Onde está o homem está o perino—diz ainda um prover-hio; mas—cautelaecaldo degalCinha nào fazem malanin-guem— diz também outro rifáo, que, nem por ser um tantogalhofeiro, deixa de encerrar uma grande verdade e umagrande lição. — Vovó.

O NOSSO ALMANACHEsláem activo preparo o Almanach d'0 Tico-Tico,

esse livro de fim de anno, que vai ser o maior suecessodestes últimos tempos. Os nossos leitoresinhos vão ver oque é um volume elefante e alegre, cheio de coiisas m-teressantesá vista e"á imaginação. O nosso almanachafasta-se do typo commum dessas publicações e será lidoc guardado pela galante peüzada, como um documento deapreço que se deve ligar ao mundo infantil. O Almanach.d'0 Tko-Tico sahirá á luz na véspera do Natal, infallivel-mente. A postos e em guarda, queridos leitores.

UMA ARTE MALLOGRADA~

(1) Luiz e Affonso queriam pregar uma peça á criadaporque ella contara ã mamai uma traquinada feita porelle.

Que fizeram então? Puzeram um balde cheio d'aguadeante da porta da cozinha...

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(2) Depois arranjaram uma corda e amarraram umaponta no balde que estava em cima de uma porção de po-dras e a outra ponta do outro lado da porta.Assim, pensavam elles, descendo a criada, quando sa-bir. tropeça na corda, puxa o baldc.cste vira-se, molhan-do-lhe os pés.

O Tico-Tico

A SAÚDE DA MULHER DEPOSITO GERALDrogaria Pacheco

tíemedio heróico para a cura radical das moléstias das senhoras niii nno Alumínio cííem todas as suas phases. RUA DOS ANDHADAS 59

^ilfllliílilIlil/IHlllHfilfflFllIlIllillllilí/W1/!

'(3) Mas nâo contavam com uni incidade inesperado.Exáctamente neste momento um cachorro, que estava

na cozinha, rouba um pedaço de carne. Mamai, vendoaquillo, persegue o cachorro, que, fugindo, abre a porta.

'Hiwriwa";Mii ~!y^' íi

'JBlU.\iÁ.tui\\llIlllvl\ü

(41 E sabe a correr com tanta fúria, «pie se embaraçana corda, dando-lhe um formidável empuxão.

< | baldo vai pólos ares, e os dous meninos é que le-vain um banho tremendo, para castigo do maldoso plano.

HISTORIA DO COMMENDADOR TOTÓ E DO DR. GATO

. ,m**s-~~.—;.¦..-. p.Lj ¦ .„ „^.„ i M, . r'^r" ^irt^tJ^ 4^" ~*nr- !

O commendador Totó querendo dar um passeio aocampo, convidou o Dr. Gato para lhe fazer companhia, eesle acceitou com o fim de ser agradável. Esairam juntos.Depois de ter andado bastante resolveram descan-ç.ar um pouco, e conversavam parados. O commendadorTotó que eslava sem vintém, achou que a oceasiâo erapropricia para arranjar uns cobres, e disse ao Dr. Gato:Doutor, não sei se irei inolcstal-o com um pedido,que,devido a certas circunislancias,sou obrigado a fazer...—Diga, commendador: Si estiver em minhas mãos esendo possivcl está servido.

—Eu queria que o doutor me emprestasse cem milréis por alguns dias; a quantia não ó muito grande...

Dr. Galo muda de feiçijes, reflecte um pouco ediz:Cem mil reis, commendador! Ha muito tempo quenão vejo essa importância... Sinto não lhe poder servir.Então, disse o commcndador--ao menos uns cincoen-

Ia e fica me devendo o resto.—O commendador quer mo obrigar ater dinheiro?Eu não estou gracejando. Nâo lenho aqui nem em casa;as cousas estão mesmo bicudas.

O Commendador, cavarjueando com a franqueza doDr. Gato c tomando-a como insulto, formalisa-se, dc bon-galla em punho, em attilude ameaçadora, querendo saciarsua raiva.

Dr. Gato, que não é molle.trepou immodiatamcnlo emunia arvoro que havia alli perto e, lá do cima,arregalou osollhos para seu companheiro, que se tornara inimigo,passando-lhe uma descompostura, dc câo para baixo.

O grande commendador ouvira tudo, boquiaberto,sem dar uma palavra.Já eram dous quadrúpedes verdadeiros, como que ma-gnclizados.

Juiz de ForaSf.bastiâo Xavii:h Bastos '10 annos'.

.Mais fortificai cs vosses filhos com oolco de ligadojlc bacalháo, em homceopathia, sem gosto esem eheiro.doJ. Coelha Barbosa & C, ruas dos Ourives n. 8(1 c Quitandan. 74 !•'.

ÚNICA DIVERSÃOInstpuçtiüa papa os nossos pe=

quenos leitopesü!Todos á TERRA SANTA !

i<lo ver* os lo/garres onde Jesusçiu-isio nasceu, soflFrou, fez mi la-

üi-os, morreu,etc, eto.IJniii belllssima viafiom do 8

mil léguas em 30 minutos :

154 AVENIDA CENTRAL 154I<1 o ver! Ido voi'!

O Tico-T ICO

OS NOSSOS CONCURSOSBESULTADO DO CONCURSO N. 78

I __________ K

I VCD

... ii

SOLUÇÃO EXACTA

Grande successo ! Maravilhoso ! Estupendo !... Todoeste sarilho é para pintar de modo muito pallido, o quo foieste sensacional concurso para o qual a petizada foi incan-savel, remettendo-nos um sem numero de soluções (namaioria certas) que nos puzeram a cabeça tonta. Masque tem isso? Ao menos tivemos oceasião de ver a petizadaapplicar sciencia que foi um gosto ! Magnitico !... O quea meninada precisa é disso mesmo : exercitar-se o diver-iir-se. Com este progranima. vai-se até ao céo.

Antes, porém, de chegar lá, vejamos primeiro os no-mes dos dous intrépidos que triumpharam no sorteio. Al-cançou o primeiro logar o menino

ATAHUALPA GUIMARÃESdc 10 annos de idade, residente á rua Bambina A 23, Bo-tafogo, que pôde vir ao nosso escriptorio receber o pri-meiro prêmio, que é de 15$, c o segundo a menina

ARACY FRÓESdc 8 annos de idade, moradora a. rua Riachuelo n. 143,Porto Alegre. Rio Grande do Sul, que pôde mandar bus-car, por pessoa competcnteinente autorisada, o segundoprêmio, que é também de 15$<mmi.MANDARAM-NOS SOLUÇÕES CERTAS PARA ESTE CONCURSO

OS SEGUINTES PETIZES \

Angélica Beviláqua,Custodio Quaresma, Lelio Simõesda Cruz, Maria Thereza de Almeida, Francisco de Paula,Edgard Costa, Américo de Barros, Alice Garcia, DivaSouto, Maria de Oliveira, Bébè Souza, Maria de Lourdes,Babo, Maurício Pereira Nunes, Onofre Manoel da Hora,Alice Balthazar da Silveira, Emilia Vieira de Carvalho,Oswaldo Costa, João Baptista Corrêa Loques, José CorrêaLoques, Antônio d'Ascenção, Mathias d'Ascençáo,SebastiáoConêa Loques, Jorge Tibiriçá Filho, Alexandre da Costa,Marcondes dos Santos, Oscar Carneiro Monteiro, JuquinhaRernardo Cardoso.F. Gragoatá, Isa Ferreira, Sérgio BritoCosta, Maria Cândida Fay, Marina de Azevedo, CecíliaTeixeira Leite, Zezinho Cardoso, Annita Teixeira Pinto,Carmen Moraes, Carmen Lorena Boisson, Virgínia Arau-jo da Paz, Flavio dc Faro, Maria das Dores Machado da

Silva, Augusto Paulino de Brito, Heloisa Ayres, Noel Fal*cão, Paulo Accioli, Atahualpa Guimarães, Erothides Ba-plista da Silva, Ruderno Dantas Barreto, Carlos Fonseca,Nasinha Chaves,Elza -Mayrhoper, Dagmar Britos Lepage,Rodolpho Fagundes, Benjainin Pinto Martins, GloriaAlves Teixeira, João Carvalho Brandão, Valentim Olivados Santos, Júlio Sodré, Edith Duarte, Martha Leuzinger,Hestéa Ribeiro Barroso, Carmelita Rosenihurg, Zazá Gly-cerio, Galileu Queiroz, José Maria da Silva Porto, ManoelJayme Reis, Arlindo de Brito Ferraz, Darcilia de BritoFerraz da Luz, Beatriz Cavalcanti Bulcão,Jorge ConceiçãoGuimarães, Mario Ferraz, Zizinho Moreira," Eduardo dePaula Reis, Marietta Soares Ribeiro de Souza, Aracy FróesJosé de Ribamar Bastos Lima, Quelio Cracel, Alice Cracel,Diva de Souza Rodrigues, Maria Thereza Valle, JoaquimPereira de Castro, Ida Leonardo, Abcdizia Fluminenseda Trindade, Sylvia Feijó, Jurandyr dos Reis Paes Leme,Renato dos Reis Paes Leme, Chryso Ribeiro Barroso, C.M. de S., Miguel Carnicelli, Solange Fonseca, BernardoXavier Rebello, Octavio Torres, Olga de Medeiros Alves,Miltoi Santos da Fonseca. Guilherme Seraphico de AssisCarvalho, Florinda Rocha, Jandyra Rocha Pinto, Ida Cro-palato, Luiz Guiltan Filho, José Paulo P. Cabrito, Julia C.F. de Souza o Silva, Dinah Nogueira Pinto, Eduardo Hoer-hann.Jayniinho Pinto, Carola Oswaldo, G. SanfAnna, < )lgado Paiva, Maria da Conceição de Paiva, Maurício Araújo,Joaquim Monteiro de Barros, Octavio Galvão, OrlandoCarlomagno, Alice Maria do Bosario, Savio Ramos deAzevedo, Odette D. Gomes, Octacilio Dias Gomes, Oswal-do D. Gomes, Alcidino Pereira, Violeta Lacerda, MariaAmélia Borges, Mariota Pinto, Floriano P. Pinto Carva-lho, Dario Puno Nogueira, Diavolina Pereira Vianna,José Carlos d'Almeida, Carmen Monte de Almeida, CarmenSoares, Loopoldina Barreto, José Maria Goulart, JoséCalazans Lemos Garcia, Nair Dayle, Chrvsantina Penha,Egberto Paranhos de Macedo, Adolpho Murat. Ròber-vai Silva Rodrigues, Olga Fairbanks, Alice Fairbanks,Nize Baptista, Heitor Moreira Alves, Zillah Lussac, Guio-mar da Fonseca. AmariUis Sócrates, Nicanor Monteiro,Dirce Monteiro, Eunice Amaral, Oswaldo Przewodouski,Alice Vieira de Mello, Odette Segurado, Alfredo AlvimFilho, Amadir Cisneros, Plinio de Oliveira Adams,Miguel Meirelles, Áurea de Sá C. Rabello, Maria JcniRoloff, Paulo Malheiros, Dolores A. de S. Paio,Clotilde deFreitas, Hermelino Emilio de Leão e Silva, WalkyriaFragoso Lopes, Goudowldo A. Bastos, Gracino de Castro,Maria Ondina Coelho, Mario Maia, Elinah Fausto, Ar-minda Raphael, Manoel Paiva, Olga Machado, Maria daCandelária Diniz, Mario Gonçalves dos Santos, Nair daApparecida Junqueira, Alberto Carneiro Leão, Carlos Car-neiro Leão. Mario de Oliveira Lobo, Nereu CastelloBranco, Heitor Fonseca da Cunha, Adelaide Braga Araújo,Angelina Braga Araújo, Amazilia Braga Monteiro, André-lina Braga Monteiro, Mocinha Braga da Silva, BobertoBedon, Henrique José dos Santos,José Vianna, Mercedesde Carvalho, Waldemar Sanches de Brito, Gastão dosSantos, Elyto Passos, Augusto Drumond, Honorino Car-neiro, Maria Helena Frota de Andrade Pinto, Laura deAndrade Pinto, Noemia Bahiana Pereira Guimarães oMario Adherbal de Carvalho, Manuel Mendes Franco eLuiz C. F. e Silva.

Enviaram-nos soluções quasi certas :ElviraValceri, Baul José de Araújo Machado, Alberto

de Araújo Almeida, Joaquim José de Araújo Machado,Álvaro Luiz Pereira, Plinio Frota, Eduardo Jorge, Henri-que Lopoluc, Armando Moreira Lúcio, Mario de Souza,Aida Paiva Moraes, Armanda Coelho Barbosa, CarmenRegina de Andrade Maduro, • Edgar P, Vianna, RomeuMendes Ribeiro, Álvaro, Jordelino Nunes Guerra, Arydos Santos Silva, Octavio de Moraes, Judith Salgado, JoãoBorges Baccarat, Alayde Netto, Maria de Lourdes PeixotoFortuna, Cacilda Souza, Cleyde Silveira, Álvaro Cardosoda Silva. Octavio Moreira Baptista, Daniel Alonso daCosta, Petite Ferreira, Zulmira Silveira Corrêa de Menc-zcs, Angenor das Chagas Guimarães, Júlio Ramos de Car-valho, Olindo Balleste Filho, João de Medeiros, MariaSophia Machado, Christina dos Santos, Mario Costa, Lu-luzila de Sá, Laurita de Sá C. Babello, Mario José Freitasde Sá, Vicentina de Paula, Jayme Salse Júnior, NairDuarte Nunes, Lindolpho de Souza, Arthur Buschmann,Nelson Guimarães.

RESULTADO DO CONCURSO N. 8.RESPOSTAS certas

1»—Livro.2a—Penna.3a—Cubo, Cuba.4*—Agulha.

O Tioo-Tioo

5»—Pe.6a—Esquadro, esquadra.Nào ha nada como um dia depois do outro. Desta vez

apetizada deu-nos unia lição de mestre (o que era ha muitode esperar), resolvendo todos os nossos problemas comuma facilidade admirável. Sim senhor.isto é que se chamauma meninada escovada ! Foi uma verdadeira rchabilita-çào! Um verdadeiro triumpho! E nós ainda tivemos a c<>-ragem de dizer que elles tinham embatucado.

Qual nada ! Embatucados ficamos nós deante deste tãograndioso suecesso !

Mettamos, portanto, a viola no sacco e vejamos, quaesos dous petizes que, no serteio, alcançaram a ponta.

Eil-os :CARLOS DA CUNHA COUTINHO

de 11 annos de idade, morador á rua Paula Mattos n. 47,que pôde vir ao nosso escriptorio receber o primeiro pre-mio, que é de lõgOOO, e

LUIZA PINHEIROde 8 annos de idade, residente á rua Muller n. 2!), S.Paulo,que pôde mandar buocar.por pessoa autorisada, o segundoprêmio, que é também de 15g000.

—No próximo numero publicaremos a relação denomes deste concurso.

CONCURSO N. 87

(Para os leitoresiniios desta capital e estadospróximos)

Perguntas :Ia Quasi um quadrúpede sou,

Salvo alguma exccpçâo,Nas mattas virgens nasci,E fui trazida ao salão.Si aos banquetes assistoNem sempre sirvo ao prazer.E ás vezes, saudosos prantos,Junto a mim se vão verter.

Qualro lettrinhas somente,Eis a chave da questão.Bem perto de vós talvezAchareis a solução !

(Enviada pela menina Maria de Lourdes.)2a Que é que elle é gordo e ella faz engordar ?

(Enviada pela menina Minervina Macedo de Carvalho.)3a Ella sendo de ferro, éde grande estimação,

tratada com mui carinho, por esse grande mandão.Elle, o pobresinho, quasi sempre maltratado,trabalhando, noite e dia, pois é sua obrigação.

(Enviada pela menina Lulú Sayão.)4a Que é que elle está na mesa e cila no bolso ?

(Enviada pela menina Maria de Faria Coelho.)5o Que é que é : que elle é asseio corporal, ella é ali-

mento animal?(Enviada pelo menino Ernani Carneiro de Campos.)

6* Sou torto, mas assim torto,Roubo a vida ao mais direito,Sem ser de veneno feito,Quem me engole lica morto ;li sou de condição tal,Quo estando preso matoE solto não faço mal.

(Enviada pelo menino Paulo Vaz.)

Nada mais interessante nem mais fácil.São seis verdadeiras teteias, as perguntinhas de hoje;

as respostas quasi que estão nas perguntas.Agora, a petizada que se aprume e dê começo á tarefa,

que nós cá ficamos na toca a espera do coelho !...Os prêmios que conferimos aos dous vencedores serão

dous de lOg cada um, por sorteio entre meninos e meni-nas.

As soluções, com os vales, nos devem ser remeltidasaté o dia Io de novembro.

CONCURSO N. 88

(para os leitoresiniios desta, capital e dos estados)

y £..-v °6}Para hoje apresentamos aos nossos petizes um con-

curso muitíssimo curioso.Ahi estão Ires figuras a olharem assim com um ar meio

desconfiado, como quem não está gostando nada da festa.Por que será 1 Que haverá entre elles ? Estas serão natu-ralinente as perguntas qu<^ os petizes vão fazer de si parasi ao contemplai as. Pois bem, querem saber por que é 1Ouçam: O Jagunço, pfthando-as distrahidas, furtou-lhes oschanéos e, oceultando-se, pol-os em miscro estado.

Não ha duviaa que os camaradas têm razão, maspara evitar barulho, os meninos que se incumbamde pôr sobre a cabeça de cada um delles o seu respectivochapéo e assim tudo ficará em paz. Não acham ? Pois en-tão, mãos á obra !

Os prêmios serão dous de 158000, por sorteio, entremeninas e meninos. As soluções, acompanhadas do res-pectivo vale que vai impresso em uma das paginas colo-ridas, nos devem ser enviadas até <i dia 22 de novembro.

O PALHAÇO-SOLDADCí

i Uma vez um Palhaço, por signal que muito habilidoso _ --„ r -^=«°~^-'. l|T*iiÍrTTTTC5Í

resolveu assentar praça. 2 " Palhaço montou a cavallo e sanai pela rua £_-yJyjfc^ÇJ^Logo no dia seguinte foi encarregado pelo coronel de ir . a«ora muito lampeiro. _^ *1 r V >

fazer uma ronda. Mas de repente notando que toda_ -==^^^^^. ^«y>-,é^- ¦ ^-_ a gente o admirava. .. :;iJiÍ^ss=SSgÍBpgpIlsãi_ \j f ~

Wi\wS!Ê^k""yffi,T^>^\vKSShÉÊ mm '*vf^'*\. r1^mü.jlfiT- ~±w itâsHÍ Rn >-*^ . ° üívL " „ -•. v" *- \S*f?y. tí=^*tr^ r1 tf¦ istiiu ss^w^^^?^'^g?iir^ IE_ > ^sE^^sssssE5^=/ o • R» .<_A ^->-«y .h(£ 7 .^ D^===^//, mi»Jm\mssE==E==ÊÊmBÈÊÈm •vzzz^y V yjS

3 Quiz mostrar as suas habilidades e começou a fazer gymnastica emcima do cavallo. Sahiu do selim equilibrou-se na anca do animal. U co-ronel encontrou-o assim e ficou muito espantado...

4 Mais adiante estava uma velha na calçadamandando pendurar a taboleta nova de sua loja.

6 A velha poz-se a gritar, acudiu gente veiu a policia e o Palhaço\\n n Mirin nor vewa pw-se a gruar, acUOUl gente veiu a pu.n.11, 5 O Palhaço juntou as rédeas e saltou com cavauo c iuuu pu para nao ser preso (eve que pagar uma mu|ta enorme,

dentro da taboleta como costumava fazer com os arcos ia no Isso prova que é bom tgr nabilidadeSj mas que nao se deve andarc'rco. com a preoccupação de mostral-as por toda a parte.

TYPO-LiTHO — L. MALAFAIA JÚNIOR — ASSEMBLFA, 73.

AS RESrEJWTURAS HO CHIQUINHOlTin passeio de carro

i) Chiquinho ha muito tempo estava fazendo um ca"inhode um caixote. No ultimo domingo acabou esse bello trabalho,mas só então éque se lembrou que não tinha cavallo.

2) Mas não faz mal - pensou Chiquinho-eu me arranjo como jagunço. E atrelou-o cuidadosamente ao seu carro. Jagunço,porém, é que não esteva pelos autos e nto quiz andar.

Como ha de ser? pensou Chiquinho.-Ah! Tenho umaidéia. E dirigindo-se á gaiola de papagaio que papai compraranaquelle dia

4) ... soltou-o. O papagaio sahiu voando pela casa. Jagunçoquerendo perseguilo correu atraz d'elle e sem dar por issopuxou o carro que foi um gosto.

5 O peior é que o papagaio depois de fugir para todo» 6) Jagunço immediatamente pulou também, rebentando os arreios. E oos cantos da sala achou uma janella aberta e sahiu por nosso Chiquinho levou um trambolhâo terrível.Cila